guiões pedagógicos "move-te pela mudança" - unidade letiva 1 - anexo 1

1
ANEXO 1 CARTA ENCÍCLICA DE BENTO XVI: CARIDADE NA VERDADE 53. Uma das pobrezas mais profundas que o homem pode experimentar é a solidão. Vistas bem as coisas, as outras pobrezas, incluindo a material, também nascem do isolamento, de não ser amado ou da dificuldade de amar. As pobrezas frequentemente nascem da recusa do amor de Deus, de uma originária e trágica reclusão do homem em si próprio, que pensa que se basta a si mesmo ou então que é só um facto insignificante e passageiro, um «estrangeiro» num universo formado por acaso. O homem aliena-se quando fica sozinho ou se afasta da realidade, quando renuncia a pensar e a crer num Fundamento. A humanidade inteira aliena- se quando se entrega a projetos unicamente humanos, a ideologias e a falsas utopias. A humanidade aparece, hoje, muito mais interativa do que no passado: esta maior proximidade deve transformar-se em verdadeira comunhão. O desenvolvimento dos povos depende sobretudo do reconhecimento que são uma só família, a qual colabora em verdadeira comunhão e é formada por sujeitos que não se limitam a viver uns ao lado dos outros. (…)

Upload: fec-fundacao-fe-e-cooperacao

Post on 01-Apr-2016

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Guiões Pedagógicos "Move-te pela Mudança" - Unidade Letiva 1 - Anexo 1

ANEXO 1

CArtA ENCíCliCA dE BENtO XVi: CAridAdE NA VErdAdE

53. Uma das pobrezas mais profundas que o homem pode experimentar é a solidão. Vistas bem as coisas, as

outras pobrezas, incluindo a material, também nascem do isolamento, de não ser amado ou da dificuldade de

amar. As pobrezas frequentemente nascem da recusa do amor de Deus, de uma originária e trágica reclusão

do homem em si próprio, que pensa que se basta a si mesmo ou então que é só um facto insignificante e

passageiro, um «estrangeiro» num universo formado por acaso. O homem aliena-se quando fica sozinho ou

se afasta da realidade, quando renuncia a pensar e a crer num Fundamento. A humanidade inteira aliena-

se quando se entrega a projetos unicamente humanos, a ideologias e a falsas utopias. A humanidade

aparece, hoje, muito mais interativa do que no passado: esta maior proximidade deve transformar-se em

verdadeira comunhão. O desenvolvimento dos povos depende sobretudo do reconhecimento que são

uma só família, a qual colabora em verdadeira comunhão e é formada por sujeitos que não se limitam a

viver uns ao lado dos outros. (…)