Consequências da União Ibérica

AUnião Ibérica foi um período de 1580 a 1640, na qual o mesmo Rei governa ao Portugal e Espanha. O Rei

pertencia a Dinastia Hasburgo e foi ao mesmo tempo Rei de Portugal e Rei da Espanha.

Antecedentes:

Em 1578, Dom Sebastião "desaparece" na Batalha de Alcácer-Qiber, o que deixa o trono livre para o seu

sucessor. Porém, seu sucessor havia morrido na Batalha de Açores.

Em 1580, Filipe II Hamburgo (que já era Rei da Espanha) comanda uma invasão a Portugal. Filipe II vence a luta e

deu inicio da União Ibérica, que duraria até 1640.

Invasões Estrangeiras: França e Holanda expandem território

A Invasão Francesa

A França invadiu o Brasil duas vezes. A primeira vez, em 1555, no território do Rio de Janeiro. Inclusive, franceses

estabeleceram comércio na Bacia de Guanabara. Porém, Estácio de Sá recebeu o Título de Capitão-Mor, que lhe

dava pelos poderes de expulsar franceses da região do Rio de Janeiro. A Expedição de Estácio de Sá aportou na

Bacia de Guanabara e franceses foram duramente derrotados, o que resultou na reintegração do território carioca.

Como consequência, a Corou portuguesa reforça a colonização do Brasil.

A segunda invasão francesa ao território Brasileiro foi em 1612, no Estado de Maranhão. Foi chamado de França

Equinocial, pois a França tinha objetivos de colonizar a América Latina, em torno da linha do Equador. A

Expedição francesa saiu do porto de Cancale e aportou no atual estado do Maranhão, no qual o franceses

chamavam de Saint Louis. Mesmo após a recolonização portuguesa, a capital do estado permaneceu com o

mesmo nome, São Luis, em homenagem a Luis XIII da França.

1. França Antártica (1555-1567)

2. França Equinocial (1612-1615)

O Brasil Holandês

Mauricio de Nassau promoveu a Companhia das Índias Ocidentais para

iniciar o processo de colonização da região nordeste do Brasil, em

1636. A expedição aportou no atual Recife em 1637.

Nassau tinha grande interesse pelas Artes, o que o fez promover

diversas missões artísticas. As Missões Artísticas, consistiam no

patrocínio de pintores de talento, que estavam iniciando sua carreira. Nassau trouxe alguns pintores para o Brasil,

junto com suas expedições, como por exemplo, Rembrandt.

Nassau faz fortes no território Brasileiro. Inclusive ocorre a fundação de Belém em 1616. O principal forte criado

por Nassau foi a margem do rio Xingu, próximo ao Rio Amazonas.

Após sua chegada no Brasil, Nassau promove o conflito com portugueses, pelo território da Bahia, no qual se

torna vitorioso. Com isso, o João VI de Portugal fica sabendo do invasor e envia tropas ao Brasil, para readquirir

os territórios perdidos. As tropas de Nassau tinham partido para colonizar Luanda, e por isso, estavam em número

desfavorável. Duque de Bragança, aproveita o momento e envia tropas portuguesas ao Brasil. Com isso, Portugal

vence o conflito e Nassau é expulso do território brasileiro.

Neste Contexto, a Europa está sofrendo com a Guerra dos 30 anos entre França e Inglaterra. A Guerra termina

em 1648 com a Paz de Westphália, na qual Nassau implanta a liberdade / tolerância religiosa.

Cronologia

1630 - 1637: Guerra de Invasão de Pernambuco

1637 - 1614: Apogeu de Nassau, PAZ Nassau inverte o exclusivismo colonial, ele coloca recursos da metrópole na

Companhia das Índias Orientais da Colônia, que em 1625 haviam tomado Salvador.

A expulsão dos holandeses é fruto da política Nassariana.

1645 - 1654: Insurreição Pernambucana

A Insurreição Pernambucana foi o 1º Confronto Nativista do Brasil, para expulsar holandeses do território. Nessa

guerra, as tropas brasileiras não tiveram apoio de Portugal, pois na Espanha está havendo a Guerra de

Independência da União Ibérica e, todos os esforços portugueses estão voltados para Espanha. No Brasil, devido

a escassez de milícias, pela primeira vez, índios, africanos e senhores de Engenho unem-se em favor de uma

causa. A Batalha de Guararape foi fundamental para construção da identidade Brasileira, que se consolidou com a

união de negros, brancos e índios. Inclusive foi retratada em diversas obras de arte,posteriormente.

Consequências

1. Movimento Nativista, quem liderou o processo eram as próprias elites locais. A Independência foi viabilizada

pela União das 3 raças. Esse processo ficou conhecido como o Mito das Três Raças (brancos, negros e

índios) que tinham necessidade de Conciliação com a Holanda por meio do Tratado do Haia.

2. Como os escravos se beneficiavam das guerras para fugir, os Senhores não entregavam armas para

Escravos, com exceção da Insurreição Pernambucana, na qual escravos lutaram armados. Quilombo dos

Palmares foi fruto das Guerras.

3. Os holandeses vão embora, mas levam escravos e técnicas de refino para implantar nas Antilhas. Só há

lucro quando há monopólio, e o Brasil perde o monopólio do açúcar. Como consequência há decadência do

açúcar no Nordeste em razão da concorrência do açúcar antilhano.

Diretas Já

Redemocratização do Brasil

A redemocratização foi o período em que a democracia voltou a ser instaurada no Brasil após

a Ditadura Militar que ocorria no país desde 1964. Durante a presidência do militar João Baptista

Figueiredo vários acusados e condenados políticos receberam anistia. Outra decisão importante foi

o restabelecimento do pluripartidarismo que culminou na criação de vários partidos como o PDS,

PMDB, PDT, PTB e PT.

Pode-se dizer que esse período teve início durante a presidência de Ernesto Geisel e durou até a

eleição de Tancredo Neves. O regime militar começou a ruir à partir do governo de Ernesto Geisel,

pois o país passava por uma grande inflação, denúncias de corrupção e descontentamento da

população com o governo e a censura.

Além disso, sindicatos das fábricas do ABC começaram a se manifestar e a população recebeu o

apoio de lideranças da Igreja Católica como os arcebispos como Dom Hélder Câmara e Dom

Evaristo Arns. Alguns jornais também conseguiram fazer oposição ao governo contestando suas

atitudes. Em 1984 a população começou a campanha pelas Diretas Já!

Diretas Já

Foi um movimento popular que marcou a história recente do Brasil. O país estava no fim do regime

militar e a última eleição direta tinha ocorrido em 1960. Com altos índices de inflação e

desemprego, o sistema militar ganhava mais críticas e menos apoio. Estava prevista uma eleição

para 1984, mas o processo seria feito através de um Colégio Eleitoral. A eleição só poderia ser feita

de forma direta com a aprovação da emenda Dante de Oliveira, proposta pelo deputado que deu

nome a essa emenda.

A campanha ganhou as ruas com a participação de estudantes, artistas, religiosos e sindicatos. Em

março daquele ano ocorreu a primeira manifestação pública. Mas, foram dois comícios ocorridos

em São Paulo que se tornaram famosos e levaram milhares de pessoas a Praça da Sé. Nomes

como Ulysses Guimarães, Lula e Osmar Santos apoiaram o movimento. Para reprimir os

manifestantes, o presidente João Figueiredo censurou jornais e prendeu pessoas.

A emenda foi votada no Congresso Nacional em 25 de abril de 1984. Seria preciso 2/3 dos votos

para a aprovação, ou seja, 320 votos. O resultado foi: 298 votos a favor, 65 contra e 3 abstenções.

Mais de 100 deputados não apareceram no Congresso.

Com a derrota, a eleição indireta foi disputada por Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB).

Tancredo foi o vencedor da eleição pelo Colégio Eleitoral.

Era Vargas

Getúlio Vargas foi o presidente do Brasil entre 1930 e 1945 por um período que ficou conhecido

como Era Vargas. Ainda na década de 30, o Brasil passava pela República Velha com lideranças

café com leite, ou seja, revezado entre políticos mineiros e paulistas. A presidência na época era

ocupada por Washigton Luís, um paulista, portanto, ele deveria apoiar um mineiro. No entanto, ao

apoiar o também paulista Júlio Prestes foi instituída uma revolta armada.

Com o fim da República Cafeeira, Getúlio chegou ao poder após um golpe militar. A era Vargas

pode ser dividida de três formas: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo.

O Brasil vivia um período de ditadura e foram criados novos ministérios e o Estado continuou

valorizando o café na economia brasileira. Em 1931 a Constituição foi extinta e culminou

na Revolução Constitucionalista de 1932. A cidade de São Paulo lutou durante três meses

contra militares de outros estados que eram favoráveis ao governo getulista.

Apenas em 1934 foi promulgada uma nova Constituição com novidades como o voto secreto e

feminino, ensino primário obrigatório, criação do Tribunal do Trabalho e eleições diretas para o

Executivo e Legislativo. Nesse período surgiram dois partidos políticos importantes: AIB e ANL.

O partido da Ação Integralista Brasileira (AIB) era de extrema direita e anticomunista com a defesa

do Estado totalitário. Já a Aliança Nacional Libertadora (ANL) defendia um governo popular e

democrático. Rapidamente a ANL recebeu apoio de comunistas, tenentes, socialistas e sindicatos.

Para conter o crescimento desse partido foi instituída a Lei de Segurança Nacional, com o

fechamento de núcleos do partido. A resposta veio com movimentos em vários estados, a

chamadaIntentona Comunista.

Estado Novo (1937-1945)

Em 1937 Getúlio Vargas deveria deixar o poder para sucessão presidencial. Havia três candidatos

a eleição: Armando de Sales Oliveira, Plínio Salgado e José Américo de Almeida. Getúlio queria

permanecer no poder e tinha apoio de militares. Sendo assim, houve a divulgação do Plano

Cohen, um plano falso criado para o golpe de estado em novembro de 1937. O Congresso

Nacional foi fechado, suspenderam a Constituição e as eleições para presidente.

Ainda naquele ano foi outorgada uma nova Constituição, que apresentava legislação trabalhista,

centralização política, intervenção nos Estados, fim do legislativo, fim dos partidos políticos e

crescimento do poder presidencial. Também foram proibidas greves e manifestações. Uma das

decisões favoráveis a população foi a Criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que

foi usado para aumetar o populismo do governo Vargas.

Foram criadas várias empresas estatais para administrar os setores econômicos do governo. Dois

órgãos estatais surgiram nesse período: o DASP (Departamento de Administração e Serviço

Público e o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). O DIP era responsável pela censura

dos meios de comunicação.

Na Segunda Guerra Mundial, em 1942, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo com o envio da

FEB (Força Expedicionária Brasileira) e da FAB (Força Aérea Brasileira). O país que lutava contra

países ditatoriais era o que também passava por uma ditadura.

O Fim do Estado Novo

Em 1945 foram marcadas eleições presidenciais e três partidos concorreram. A União Democrática

Nacional (UDN), que fazia oposição a Vargas e tinha como candidato o Eduardo Gomes. E o

Partido Social Democrático (PSD) que apoiavam o general Eurico Gaspar Dutra para a presidência.

E o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de Getúlio Vargas. Naquele ano surgiu um movimento que

pedia a permanência de Getúlio Vargas no poder.

Em outubro de 1945 foi aplicado um golpe e o presidente foi deposto e em dezembro foram

organizadas novas eleições com a vitória de Eurico Gaspar Dutra.

Em 1950 o PTB o lançou novamente como candidato e pelo voto popular ele retornou ao poder em

1951. Mas, agora ele governava democraticamente e isso enfraqueceu sua política. Em agosto de

1954 Getúlio Vargas se suicidou deixando uma carta.

Escravidão no Brasil

No século XVI, os portugueses precisavam de mão-de-obra para realizar o trabalho braçal, mas

não conseguiam fazer com que os índios fizessem esse tipo de atividade, pois eles eram

protegidos pelos religiosos. Apesar disso, muitos indígenas também eram utilizados como escravos

naquele período. Em busca de mão de obra, os portugueses buscaram os negros na África para

que eles realizassem o trabalho escravo na colônia.

Eles eram transportados em péssimas condições nos porões dos navios negreiros. Muitos não

conseguiam chegar ao destino devido a falta de comida e higiene básica durante a viagem. Eles

eram escravizados durante a produção açucareira, serviços domésticos, agricultura e mineração.

Viviam nas senzalas, ficavam presos quando não estavam trabalhando, quase não descansavam e

eram castigados e punidos quando contrariavam seus donos. Muitos fugiam para os quilombos

para escapar dos maus tratos e péssimas condições de sobrevivência. Nos quilombos eles viviam

livres, faziam suas próprias roupas e móveis, produziam seus próprios alimentos e praticavam as

crenças africanas. O Quilombo dos Palmares é o mais famoso e ficava na região onde hoje é o

estado de Alagoas.

Mesmo após a Independência do Brasil a escravidão permaneceu ativa e o preconceito racial

também. Mas, os ideais iluministas foram sendo difundidos no país e a escravidão passou a ser

vista como algo defasado e desnecessário. No século XIX, diversos países pressionavam para que

o tráfico negreiro fosse extinto.

Com a Revolução Industrial, a Inglaterra passou a apoiar o fim da escravidão porque precisava de

mercado consumidor para os que eram produzidos. Como o Brasil comprava milhares de escravos

todos os anos, o país era muito pressionado sobre o assunto.

Em 1850 foi aprovada a primeira lei que beneficiava os escravos, a Lei Eusébio de Queirós, que

acabava com o tráfico negreiro. Em 1871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre que garantia que os

filhos de escravos que nascessem, seriam considerados livres. Apenas em 1888, a Princesa Isabel

assinou a Lei Áurea que acabou com a escravidão no Brasil.

Expansão do Território

A expansão do território brasileiro se deu de diversas formas, conforme explicitado a seguir.

Causalidade

1. Jurídica

2. Ideológica

3. Econômica

Jurídica

Acontece a ocupação cada vez mais intensa para o interior do país, em direção ao sertão. Essa

ocupação era favorecida pela União Ibérica. Os portugueses que se estabelecem em Belém, em

1606, recebem autorização para garantir uma reação com outros franceses e espanhóis, pois

possuem precedente jurídico para viabilizar essa expansão.

Ideológica

Mito Ilha Brasil

Há o mito de que o Brasil seria uma Grande Ilha interligada. Essa é uma visão ideológica, com

informação geográfica, que favorece a expansão de pessoas pelo território. Segundo esse

pensamento, os territórios são extensos, sem obstáculos, o que facilitaria o percurso a pé ou a

cavalo.

Econômica

A principal riqueza colonial brasileira era a cana-de-açúcar, que estava plantada no litoral do país.

Para abastecer a cana, era necessário a criação de gado para facilitar o transporte e a distribuição

da cana-de-açúcar. Dessa forma, a pecuária se expande para o Centro-Sul do país, com a criação

extensiva de gado, no século XVIII.

Bandeiras

Os bandeirantes fazem a prospecção de ouro, patrocinados pela Coroa. Nesse contexto, os

bandeirantes são expulsos do território, por causa da Guerra dos Emboabas (entre paulistas e

emboabas).

Ocorre também a apreensão de Índios, que são levados para o sul do país, para trabalhar nas

fazendas de cana e, posteriormente, café.

Belém, 1616: Drogas do Sertão

As drogas do sertão também forma motivo para expansão do território brasileiro. Os bandeirantes

foram para Belém do Pará extrair especiarias nativas da florestas brasileiras. Essas especiarias

faziam grande sucesso entre os europeus, que ainda não conheciam a maioria delas. As principais

especiarias eram:

1. Cacau

2. Canela

3. Cravo

4. Baunilha

5. Guaraná

Em 1689, os portugueses fundam a Colônia do Sacramento na Bacia do Prata, para ocupar o

território.

O Tratado de Tordesilhas nunca foi revogado, mas perdeu a eficácia durante a União Ibérica.

Governo Collor

Depois de anos de ditadura e repressão o Brasil teve sua primeira eleição direta para presidente

em 1989. O pleito dessa vez escolheria o sucessor de José Sarney. Vários candidatos estavam

concorrendo, dentre eles, Lula, Leonel Brizola, Fernando Collor de Mello, Mário Covas e Paulo

Maluf.

Durante as eleições presidenciais, que duraram dois turnos, Collor teve o apoio da direita

conservadora e industrializada. Seu oponente no segundo turno foi Luiz Inácio Lula da Silva que

representava a esquerda apoiado pelos sindicatos e os movimentos populares. Fernando

Collor passava uma imagem de defensor dos mais pobres e opressor dos políticos corruptos.

Fernando Collor foi eleito com 35 milhões de votos.

Quando ele assumiu o governo a ministra da fazenda Zélia Cardoso de Mello implantou o Plano

Collor, medidas para controlar a hiperinflação. Preços e salários ficaram congelados e depósitos

nos bancos foram confiscados por 1 ano e meio. Além disso, a medida previa a volta do Cruzeiro

como moeda e redução dos órgãos e funcionários públicos.

Mas, essas decisões geraram desemprego e insatisfação popular. O presidente foi perdendo apoio

no Congresso Nacional e aumentou a crise econômica no país. Depois foi lançado o Plano Collor II

que previa outros cortes no orçamento e novamente gerou descontentamento na população

brasileira.

O governo passou a receber diversas acusações e denúncias envolvendo ministros e assessores.

Em 1992 Pedro Collor, irmão do presidente, denunciou um esquema de corrupção que era

comandado pelo tesoureiro da presidênciaPaulo César Farias. O Congresso Nacional criou uma

CPI para investigar o caso e foram encontrados indícios de envolvimento de PC Farias e Fernando

Collor. Consequentemente foi aberto um processo de impeachment do presidente.

Nos meses seguintes o país passou a acompanhar todo o processo com manifestações pedindo a

saída de Collor. Muitos estudantes foram às ruas com os rostos pintados de verde e amarelo e

ficaram conhecidos como “cara-pintadas”. As manifestações ficaram cada vez maiores e o

presidente isolado politicamente. Em setembro de 1992 o impeachment foi aprovado, mas o

presidente renunciou em dezembro daquele ano.

Governo Fernando Henrique

Governo Itamar Franco

O político Itamar Franco assumiu a presidência do Brasil interinamente depois que Fernando Collor

sofreu o Impeachment e logo depois ficou definitivamente no poder por um período de dois anos. O

país passava por um período ruim e problemas com a inflação e o desemprego. Além disso, os

políticos passavam por um período de descrédito com os brasileiros.

O presidente procurou administrar um governo transparência. Em 1993 ocorreu um plebiscito, que

estava previsto na Constituição, em que os brasileiros decidiriam o regime político e a forma de

governo do país.

Durante seu governo foi criado o Plano Real através do Ministério da Fazenda, cargo ocupado por

Fernando Henrique Cardoso na época. O plano real efetivamente derrubou a inflação e aumentou o

poder aquisitivo do brasileiro. Itamar apoiou a candidatura de FHC que seria seu sucessor na

presidência.

Governo Fernando Henrique

Fernando Henrique Cardoso foi o presidente do Brasil entre 1995 e 2002 em dois mandatos

consecutivos. Em 1978 FHC foi suplente do senador Franco Montoro e em 1986 foi eleito senador

pelo estado de São Paulo. Ele ajudou a fundar o PSDB e durante a presidência de Itamar Franco

assumiu o Ministério das Relações Exteriores e logo depois oMinistério da Fazenda.

Para controlar a inflação que assolava o país foi criado o Plano Real que passou a vigorar em

1994. Em 1993 ele lançou sua candidatura a presidência e concorreu contra Lula, que na época era

o favorito. Fernando Henrique Cardoso foi eleito e teria que lutar para combater a alta inflação no

país.

Primeiro Mandato (1995-1998)

Nos quatro primeiros anos o presidente privatizou diversas empresas estatais recebendo críticas

de uma boa parte da população. Entre as empresas privatizadas estavam a Companhia Vale do

Rio Doce, Telebrás, Banespa e a Eletropaulo. Aumentou o investimento estrangeiro no país com

diversas empresas abrindo fábricas no Brasil. Foi aprovada em 1997 uma emenda constitucional

que permitia a reeleição para cargos no executivo beneficiando o próprio presidente que poderia se

reeleger. Graças ao controle feito à inflação e o Plano Real, FHC conseguiu a segunda vitória nas

urnas e foi reeleito.

Segundo Mandato (1999-2002)

Esse segundo período foi mais turbulento, com recessão econômica e grande índice de

desemprego. Em 1999 o país foi abatido por uma crise internacional e recorreu ao FMI (Fundo

Monetário Internacional, ocasionando a desvalorização da moeda brasileira.

Ocorreram também mudanças na educação do país com a aprovação das Leis de Diretrizes e

Bases para a Educação e a criação dos Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.

O presidente sofreu mais com a oposição, principalmente do Partido dos Trabalhadores. No ano de

2001 dois graves problemas abalaram o governo FHC: senadores da base aliada foram

denunciados e renunciaram seus mandatos. Além disso, o país passou por uma grave crise

energética e todos os setores da população tiveram que reduzir o consumo de energia elétrica.

Essas crises desgastaram a imagem do presidente que pouco pode fazer para eleger José Serra

contra Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

Governo Lula

Para chegar na presidência do país, Luiz Inácio Lula da Silva fez várias tentativas até alcançar o

maior cargo do Brasil. Ex-sindicalista ele candidatou-se em 1989 e foi derrotado por Fernando

Collor e perdeu duas eleições para Fernando Henrique Cardoso. Em 2002 finalmente saiu vitorioso

ao derrotar no segundo turno o candidato José Serra com mais de 60% dos votos (58 milhões).

Na economia o Brasil permaneceu estável, com superávit na balança comercial, o governo

conseguiu reduziu a dívida externa e estabeleceu negócios prósperos com a Organização Mundial

do Comércio (OMC). Ouve também aumento na distribuição de renda com a implantação de vários

programas sociais.

Em relação a política externa o Brasil assegurou relacionamento com países da América do Sul,

Ásia e África. No entanto, a imagem do país sofreu abalos ao apoiar governos ditatoriais no Irã e

em Cuba.

Lula foi um presidente que conseguiu agradar as classes mais carentes da população, no entanto,

não avançou em reformas na previdência e no campo.

Programas Sociais

Bolsa Família

Programa de transferência de renda criado em 2004 para auxiliar pessoas em estado de pobreza

ou extrema miséria. As famílias devem ter crianças de até 15 anos na escola (devem ser

frequentes) e carteira de vacinação em dia. Milhares de famílias foram beneficiadas em todo o país.

Fome Zero

Surgiu em 2003 em uma tentativa de acabar com a fome no país e reduzir a subnutrição. Criado

pelo Governo Federal ele envolve ações de vários ministérios e secretarias.

Prouni

O Programa Universidade para Todos foi criado em 2005 e oferece bolsas de estudos em várias

universidades e faculdades do país. Foi uma forma que o Governo encontrou para levar pessoas

pobres e carentes ao ensino superior. Ele oferece bolsas que variam entre 50% e 100% em

faculdades particulares. Para se inscrever é preciso ter feito o ENEM e ter obtido pelo menos 450

pontos na média das provas do exame. As vagas são abertas duas vezes ao ano e foi responsável

por proporcionar ensino superior a diversos alunos no Brasil.

Luz Para Todos

Programa lançado em 2003 e voltado para levar energia elétrica as localidades rurais do Brasil e de

autoria de Dilma Rousseff, ex-ministra de Minas e Energia. O governo cobre os custos de

instalação.

Polêmicas do Governo Lula

O governo recebeu muitas críticas, principalmente da igreja, contrárias a transposição do Rio

São Francisco. Muitas entidades criticaram essa decisão e um padre chegou a fazer greve de

fome como forma de protesto.

Outra polêmica ambiental foi a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e Jirau. Muitas

críticas foram direcionadas contra o projeto devido a interferência na vida da população

indígena local e o impacto ao meio ambiente.

Viagens do filho de Lula no avião presidencial causaram polêmica quando a informação chegou

à imprensa. Flores com o formato da estrela do PT no Palácio da Alvorada também foram

criticadas durante o mandato.

O uso indevido de cartões de crédito corporativos em 2007 expôs diversas compras suspeitas

feitas por ministros. Esses cartões devem ser utilizados para comprar material, pagar serviços e

diárias em viagens.

O mensalão foi sem dúvidas o maior escândalo da Era Lula. O esquema tratava-se de

pagamento de propinas para conseguir apoio em votações parlamentares. Diversos políticos

petistas caíram e recentemente o julgamento dos acusados foi realizado.

Governo Sarney

Após a rejeição da campanha Diretas Já, as eleições foram realizadas em janeiro de 1985 de forma

indireta por um colégio eleitoral que elegeu Tancredo Neves para presidente do Brasil e seu

vice José Sarney. Os dois derrotaram Paulo Maluf, o candidato da oposição. No entanto, antes

que Tacredo pudesse tomar posse ele foi internado e viria a falecer em abril daquele ano.

José Sarney assumiu o governo, mas não tinha aprovação popular, pois apoiou a ditadura e votou

contra a emenda Dante de Oliveira. O país estava com grandes índices de pobreza, desemprego e

uma índice externa.

Em 1986 foi lançado o Plano Cruzado:

Foi criada uma nova moeda chamada Cruzado;

Os preços foram congelados;

Salários congelados de acordo com o valor da inflação;

Fim da correção monetária.

Os empresários não aprovaram essa medida, mas a população apoiou o governo fiscalizando os

estabelecimentos que realizavam remarcações nos preços. Ainda no governo Sarney foram

criados o Plano Cruzado II, Bresser e Verão, sem que tenham surtido efeito significativo na

economia brasileira.

Em 1987 foi convocada uma Assembleia Constituinte para elaborar a nova Constituição do país

que foi promulgada em outubro de 1988. O mandato de José Sarney terminou em 1990.

Independência do Brasil

A Independência do Brasil foi fruto de várias guerras em diversos estados brasileiros e é um marco

na história do Brasil.

Revolta Pernambucana em 1817:

Revoluções em Pernambuco em um momento de governo liberal. A Revolução tinha

objetivo separatista e foi fortemente reprimido pelo Governo.

Como D. João, além de manter um governo liberal, pregava a tolerância religiosa e a abertura

comercial, o início das Revoltas foi postergado no Rio de Janeiro.

A revolta em Portugal:

Liberais em 1820 fazem a Revolução do Porto, que contribui para o

processo de independência do Brasil, cujos objetivos eram:

1. Retorno da Família Real

2. Criação de uma Constituição, que irá se consolidar em 1824

3. Retorno do Exclusivismo Metropolitano

Independência do Brasil ocorreu graças a interiorização da metrópole, pois houve aliança entre

Reinóis e as elites do sudeste, visto que os portugueses que vieram com D. João eram a favor do

regime liberal. Dessa forma, o Príncipe Regente D. Pedro I se torna símbolo de aliança, que

garante a independência do Brasil no confronto com as Cortes Portuguesas. Além disso, há o

confronto aberto entre a Corte Portuguesa e o Príncipe, apoiado pelos portugueses e pelas Elites.

1822: Dia do Fico

As Leis das Cortes Portuguesas só valem no Brasil se o Príncipe Regente colocar o Cumpra-se no

documento. Por isso, José Bonifácio é declarado o primeiro Chanceler brasileiro, pois dessa forma,

o Brasil teria uma continuidade política. Então, é dado o título de imperador a D. João VI e D. Pedro

I é declarado Rei do Brasil. Seguindo o mesmo fluxo, Imperatriz Dona Leopoldina assina o

Documento de Independência.

De 1808 a 1853 ocorrem 3 guerras:

1. Balaiada no Maranhão

2. Cabanagem em Belém

3. Guerra da Cisplatina

7 de setembro de 1822:

Ocorreu a Independência do Brasil, que foi um processo gradual desde 1808, processo suave,

sem grandes revoltas, consequência do Brasil ter deixado de ser colônia em 1815; porém, resultou

na Lei Alves Branco de 1844.

Nova República

O período histórico denominado Nova República correspondem aos

anos seguintes a ditadura militar. O país passou a ter estabilidade

econômica e política. Vivendo o regime militar desde 1964, o país era

assombrado pela repressão. O processo de abertura democrática foi

gradativo e começou com Ernesto Geisel.

Em 1984 o Brasil presenciou diversas manifestações populares que ficaram conhecidas

como Diretas Já que exigiam o fim do regime as eleições diretas para presidente. Em 1985

Tancredo Neves foi eleito por um colégio eleitoral, mas estava internado para tratar uma doença e

acabou falecendo em abril daquele ano. A presidência foi assumida por José Sarney de forma

definitiva.

Durante o governo de José Sarney, vários planos econômicos foram lançados na tentativa de

reduzir a inflação. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal vigente e no ano seguinte foi

lançado o Plano Verão.

Em 1989 a presidência da república foi assumida por Fernando Collor, o primeiro presidente eleito

de forma direta desde o mandato de João Goulart. Collor conquistou o eleitorado por ser um

candidato jovem e por uma intensa campanha de marketing durante a eleição. Dois anos depois,

seu irmão Pedro Collor fez diversas denúncias sobre corrupção relacionadas ao tesoureiro da

campanha PC Farias. Após a instauração de uma CPI no Congresso Nacional e do movimento

dos cara-pintadas, Fernando Collor renunciou da presidência e esta foi assumida por Itamar

Franco.

Foi no governo de Itamar Franco que o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso deu

início ao Plano Real. Em 1994 e 1998 FHC, como era chamado, ficou na presidência do Brasil em

um mandato marcado por estabilidade monetária e privatização de grandes estatais. Já em 2002,

as eleições foram vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-metalúrgico que em sua campanha

apoiava o crescimento da oferta de programas sociais do governo. No governo Lula cresceu a

quantidade de beneficiários do Bolsa Família e foi implantado o Prouni. Lula foi reeleito em 2006.

Em 2010 Dilma Rousseff foi eleita como a primeira mulher presidente do Brasil. Ela teve o apoio de

Lula e obteve nas urnas 56,05% dos votos.

Período Colonial

Século XVI

O Século XVI foi marcado pelo período colonial, não só do Brasil mas de

diversos países da América do Sul. No sistema denominado Pacto

Colonial, as colônias só poderiam importar produtos da metrópole, ao

passo que a Metrópole poderia explorar livremente os produtos mais lucrativos da Colônia.

A Civilização do Açúcar

1500 - 1532: Período Pré-Colonial, havia feitorias para marcar a Rota Atlântico, pois o interesse era

nas Índias.

1532: Início da Colonização, capitanias hereditárias estruturaram o açúcar, pois o interesse era a

cana-de-açúcar.

Por que os portugueses demoraram para colonizar o Brasil?

1. Porque não havia ouro nem metais preciosos.

2. Porque os lucros estavam nas especiarias do Oriente.

3. Porque o custo de colonizar era alto, e os portugueses não estavam dispostos a gastar tanto.

Porque os portugueses decidiram colonizar depois?

1. Porque houve decadência do comércio Oriental (há lucro quando há monopólio, e Portugal

perde o monopólio das Índias para Espanha e Holanda).

2. Porque há hipóteses de que pode haver ouro e prata, já que os espanhóis encontraram ouro

na Bolívia, o que aumenta a esperança de encontrar mais ouro no mesmo continente.

3. Porque a soberania portuguesa estava ameaçada por parte de Piratas Franceses.

Capitanias Hereditárias: Foi um sistema de exploração adotado por Portugal, na qual

determinadas áreas são divididas entre particulares para sua exploração.

O Sistema de Capitanias Hereditárias prevê a transferência dos altos custos para particulares

através de um documento chamado Foral (Donatário), pois precisa proteger o território, ocupá-lo e

pagar impostos. Porém, o Sistema de Capitanias não obteve o êxito esperado. Apenas

sobreviveram as capitanias de Pernambuco e de São Vicente. Então, a Coroa resolve, em 1548,

pelo Governo Geral de Marquês do Pombal, pela extinção do sistema de capitanias hereditárias.

Governo Geral

Defesa: Capitão-Mor.

Impostos: Provedor-Mor.

Justiça: Ouvidor-Mor.

A tentativa de centralização do Sistema de Capitanias Hereditárias, que não deu certo. Pois havia a

defesa do sistema econômico Plantation por meio Exclusivismo Colonial. Ou seja, Portugal tinha

exclusividade sobre as colonias brasileiras. Dessa forma, o Brasil não poderia negociar com outros

paises, nem Inglaterra, nem Holanda e nem França. Portugal obteve muito lucro com esse sistema

exclusivista de colonização.

Plantation

A forma de cultivo denominada Plantation era baseada em cultivo de cana de açúcar em grandes

extensões. Geralmente era baseado no trabalho escravo e o cultivo era feito apenas com uma

modalidade de semente, para facilitar a produção. Resumindo, os três pilares do plantation eram:

1. Latifúndio.

2. Monocultura.

3. Escravidão.

Economia da Cana-de-Açúcar viabilizara riqueza para Portugal.

Nesse contexto, o trabalho manual é desvalorizado, é visto como um sacrifício perene. Apenas

muitos anos depois, na época do governo Vargas, que ele conseguirá mudar essa visão do

trabalho, com o que Vargas chamou de Trabalhismo, no qual o trabalho manual passa a ser

valorizado pela sociedade.

Colonizados: Mundo do Trabalho, africanos, índios, mulatos, mestiços e brancos pobres. Havia

hierarquização dentro da senzala, aqueles que já falavam português, ou aqueles que haviam

nascido no Brasil (mulatos), tinham o privilégio de entrar na casa-grande, enquanto os recém-

chegados ficavam na senzala. Geralmente os homens faziam o trabalho rural, enquanto as

mulheres ficavam na cozinha.

Período Joanino

As Reformas Joaninas contribuíram, sobretudo na região sudeste do Brasil, para a interação dos

elementos reinóis com os colonos do centro-sul.

Reformas Joaninas

O impulso inicial na industrialização brasileira ocorreu com a chegada da família real, que

promoveu a revogação do alvará proibindo as manufaturas no Brasil. Dessa forma, as reformas

joaninas ficam concentradas no sudeste no Brasil, que é zona mineradora e sede do vice-reinado

desde 1763, quando é transferida da Bahia para o Rio de Janeiro.

A hora do tigre são as reformas de D. João VI na área de saneamento básico.

Alguns exemplos das Reformas:

1. Criação do Jardim Botânico

2. Construção da Faculdade de Medicina de Salvador

3. Implantação do Banco do Brasil

4. Imprensa Régia (baralho, panfletos, oposição a D. Pedro I, movimentos políticos)

5. Criação da Escola Militar de 1811

6. Área Cultural: Escola de Música, Biblioteca Real com todos os livros trazidos de Portugal,

Teatro Real

7. Incentivo às manufaturas: Metalúrgicas em Minas Gerais, Fábrica de Pólvora, Arsenal de

Guerra da Marinha

8. Estradas no Sudestepara escoar a produção

9. Imigrantes suíços no sudestedo país

D. João VI ficou no equilíbrio entre Inglaterra e Alemanha. Negociava com os dois países, sem

decidir vincular-se a nenhum. A Política Externa de D. João VI foi marcada pelo intervencionismo.

1809: Invasão e tomada de Caiena até o Concerto Europeu em 1817, no qual é devolvido à França

1811: Invasão da Banda Oriental (Uruguai), na tentativa de conter as vontades de Carlota

Joaquina, que queria ser Rainha do Prata. A invasão tinha como objetivo romper o impulso

republicano de Artigas. Porém o Lorde Strangford da Inglaterra, exige a retirada de tropas do

Uruguai. Em 1814, após Napoleão ir para o Exílio de Elba, há diminuição da influência inglesa. E

Portugal faz pressão para voltar a elevar o Brasil a Reino Unido em 1815.

1816: D. João VI retoma a intervenção na Bacia Platina, marcando a 2ª intervenção na Banda

Oriental.

1821: Portugal incorpora a Província Cisplatina.

As principais capitais são: Madri, Inglaterra e França, pois Espanha está em meio as reformas

Bourbônicas.

Missão Artística Francesa:

Alguns artistas neoclassicos, como Debret, por exemplo, vêm da França para o

Brasil, retratar a cultura brasileira, por meio de índios e escravos nas suas obras.

O Governo de Napoleão financiava suas obras para que pudessem ser

conhecidos pela elite brasileira, que estava no Rio de Janeiro, São Paulo e

Minas Gerais. Neste contexto, D. João VI cria a Escola de Belas Artes, que começa a funcionar 10

anos depois, em 1826.

Período Minerador

As primeiras notícias de que existe ouro no Brasil chegam à Portugal no final do século XVIII.

Entradas: Paulistas a procura de ouro;

Momento Inicial

Levou 195 anos para encontrar ouro, ainda assim, o caminho do ouro era muito difícil de ser

percorrido, pois passava por duas serras. Quando se descobre, provoca a Febre do Ouro, que são

migrantes de diversas partes, em busca de enriquecimento fácil, já que o ouro era de Aluvião, que

fica na beira do rio. A consequência é explosão demográfica. No nordeste, os senhores de engenho

vão para Minas Gerais procurar ouro, tendo em vista a concorrência do açúcar de beterraba nas

Antilhas.

Arraiáis: acampamento de garimpeiros sem infra-estrutura, porque ninguém mais consegue

produzir alguma coisa. A carestia era muito alta, além da fome e das epidemias.

O Estado Português não está presente neste primeiro momento.

A civilização do ouro é urbana. Os bandeirantes têm vantagem neste momento inicial, pois eles

dominam junto com os emboabas, que não eram nem paulistas e nem bandeirantes.

Guerra dos Emboabas

Ocorreu entre Paulistas e Emboabas de 1708 a 1710. Bandeirantes capturavam índios, mas não

repassavam lucros à Coroa, o que estimulava o tráfico negreiro. A Guerra dos Emboabas trouxe

um aumento dos lucros da Coroa Portuguesa, que fez presença fiscal em busca de impostos.

Apogeu

Em 1725 há declínio do ciclo aurífero. Assim, os donos de fazenda começam a plantar feijão, milho,

trigo para abastecer a zona aurífera. Marquês do Pombal assume o poder até 1750, quando ocorre

nova Virada, com presença da Coroa Brasileira baseada no fiscalismo.

Datas Auríferas

São lotes de terra que a coroa distribui para quem tivesse o maior número de escravos. Para

centralizar a extração do ouro e garantir cobrança mais eficiente do Quinto, a Coroa cria as Casas

de Fundição (proibição de ouro em pó e circulação do ouro bruto), para evitar desvios e roubos.

Dessa forma, o outro só podia circular em forma de pepitas.

A Arraía miúda, que são os faiscadores pobres, se revoltam em 1720, na Revolta da Vila Rica ou

Revolta de Felipe dos Santos, pois queriam acabar com as casas de Fundição.

Declínio

1750 Período Pombalino,

1750-1777 Dona Maria a Viradeira, que enfraquece a burguesia e desfaz todos projetos que

Pombal havia construído. Dona Maria foi afastada e D. João transmigrou a corte para o Rio de

Janeiro. Foi um período de enfraquecimento do clero e da aristocracia, com aumento

dos intelectuais. O Estado Português está se fortalecendo e está vencendo a dependência criada

no Tratado de Methuen.

Vencer as Dependências

Surge o Despotismo Esclarecido como forma de vencer a dependência econômica. Os impostos

pagos à Colônia continuam sofrendo aumentos sucessivos, o que gera descontentamento da elite

intelectual. O Despotismo esclarecido foi um movimento brasileiro que seguiu a linha do Iluminismo

francês.

Período Mariano

O Período Mariano ocorreu de 1777 a 1816. Houve declínio da Extração de Ouro desde 1725, por

dois motivos: os Colonos começam a sonegar e também porque não tinha mais tecnologia para

pegar ouro mais profundo.

1755: Terremoto de Lisboa favorece a Finta, extração de 100 arroubos de ouro por ano, por isso há

a possibilidade de a Colônia ficar sempre devendo.

Derrama: Direito da Coroa de cobrar coletivamente impostos e de pegar bens da população. Ou

seja, era o Monopólio Real sobre o Distrito Diamantino.

Nessa época, alguma mobilidade social era permitida, foi quando surgiu Chica da Silva.

Expulsão de Jesuítas deu a ilusão à Pombal de que ele poderia obter o controle da sociedade, mas

não foi o que aconteceu.

1763: Mudança da Capital, de Salvador para o Rio de Janeiro, para ficar mais perto do Prata, onde

haviam conflitos. Essa mudança ocorreu por dois motivos: conter os conflitos e também para

fiscalizar a extração de ouro.

1776: Independência das Treze Colônias na América do Norte, que inspira a Inconfidência Mineira.

Pois mineiros sonhavam com uma república tão livre e próspera quanto a América inglesa.

1780: Ocorre o Renascimento Agrícola e a Renovação Educacional, que era laica, sem a

presença de padres. A Coroa Portuguesa vai para Minas Gerais, pressionar os colonos, já que o

ouro está acabando. Neste momento, D. Maria proíbe as manufaturas em 1785 e em 1795. No

século XVIII começam a surgir as ideias iluministas. Saiba mais sobre o movimento iluminista

acessando o site Idade Moderna!

1789: Inconfidência Mineira, que ocorre antes da Revolução Francesa. A Inconfidência foi um

movimento de elites, que estavam se sentido prejudicadas pela Derrama. Não era como os

movimentos nativistas, pois era Separatista eRepublicano. Tiradentes foi esquartejado como

símbolo. Da mesma forma que a inconfidência mineira, no Haiti estava ocorrendo a independência,

que também era um movimento de elites. Diferentemente, a Conjuração Baiana era um movimento

popular. Foi o 1º projeto a tentar abolir a escravidão.

Consequências do Período Minerador

1. Foi criado uma civilização urbana, um modelo urbano que não existia

antes.

2. Criação de uma camada média da população, formada por funcionários públicos da coroa,

tabeliães, juízes, integrantes do exército, padres com função de cartório.

3. Havia maior mobilidade social, pois muitos escravos foram alforriados, como consequência do

contrabando do ouro

4. Ocorreu difusão da mão-de-obra africana, porém a indígena era pouco expressiva

5. Surgiu um percursor do mercado interno, formado por feijão, milho e mandioca o eixo

econômico se transfere do nordeste para a região centro-sul oportunidade de maior difusão

cultural, por causa de uma sociedade mais complexa

6. Em 1808 D. João permite a imprensa no Brasil

7. Surge o Barroco, como movimento estético autônomo

8. Ocorre maior difusão das ideias da ilustração

9. Elite brasileira possui maior grau de autonomia da Elite Portuguesa, pois muitos brasileiros iam

estudar em Coimbra.

Regime Militar

O Regime Militar é o período equivalente entre os anos de 1964 a 1985 em que o país era

governado pelos militares. Durante esses anos o cargo de presidente era ocupado por generais do

exército. Jânio Quadros renunciou em 1961 e a política brasileira passava por uma grave crise,

que permaneceu durante o governo de João Goulart (1961-1964). Goulart deu abertura para

estudantes e camadas sociais e isso alarmou a classe mais conservadora.

Os EUA acreditavam que o país estava à beira de um golpe comunista e isso também era

compartilhado com militares, banqueiros, a igreja católica e empresários. Após algumas pressões,

Jango foge do país para o Uruguai e os militares assumem o poder em março de 1964. Em 09 de

abril daquele ano foi decretado o AI-1, que cassava políticos opositores ao regime e acabava com a

estabilidade dos funcionários públicos.

Castello Branco (1964 a 1967)

Ele foi eleito pelo Congresso Nacional em 15 de abril de 1964 e seu governo foi caracterizado pelo

autoritarismo. Instituiu eleições indiretas para presidente, acabou com os partidos políticos, cassou

políticos estaduais e federais (Jânio Quadros, Darcy Ribeiro, Luis Carlos Prestes, Leonel Brizola,

Miguel Arraes, etc.) e os sindicatos sofreram intervenção governamental. Na economia o país

reduziu investimentos causando a falência de muitas empresas e gerando muitas demissões.

Foi aprovado o bipartidarismo com a criação do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a

Aliança Renovadora Nacional (ARENA). O MDB funcionava como uma "oposição" aprovada pela

ditadura que queria transparecer uma democracia. Alguns políticos do partido eram Íris Resende,

Dante de Oliveira, Itamar Franco e Mário Covas. Em seu governo também foi aprovada uma nova

Constituição para o país.

Costa e Silva (1967 a 1969)

O general Arthur Costa e Silva também foi eleito indiretamente e passou por muitos protestos em

seu governo. O país estava insatisfeito com a repressão militar e foi às ruas com manifestações e

greves de operários. Nesse período alguns jovens formaram guerrilhas que realizaram roubos e

sequestros como forma de angariar fundos para a luta armada.

Em 1968 foi realizada a Passeata dos Cem Mil, mas a repressão continuava cada vez mais

violenta. No fim daquele ano foi decretado o AI- 5 que suspendia o habeas-corpus, aumentava a

repressão e cassou mandatos.

Junta Militar

Essa junta, formada por militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica, governou o país por 2

meses após Costa e Silva ficar doente. Nesse período os grupos de esquerda MR- 8 e

ALN sequestraram o embaixador dos EUA no país em troca da libertação de 15 presos políticos. A

junta militar aprovou a expulsão do país de quem fosse considerado subversivo.

Médici (1969 a 1974)

Emílio Garrastazu Médici assumiu o país em 1969 e seu governo ficou conhecido como “anos de

chumbo”. A repressãoatingiu níveis máximos e a censura a expressões artísticas, jornais,

revistas e músicas ficava cada vez mais abusiva. Vários professores, músicos, políticos e artistas

foram torturados, presos e exilados.

Em relação a economia do país o período ficou conhecido como Milagre Econômico com

investimentos e geração de empregos. No entanto, isso aconteceu graças a investimentos e

empréstimos do exterior e a dívida externa do Brasil chegou a um patamar alto. Nesse período foi

criado o INCRA, o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e o Pis (Plano de Integração

Nacional).

Geisel (1974 a 1979)

Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil e começou um vagaroso processo de

democratização. A população já não se sentia satisfeita com os impostos e o país sofria com a falta

de empréstimos internacionais e a recessão mundial. A “oposição” conseguiu maioria no Senado e

muitos militares da linha dura ficaram insatisfeitos com os rumos tomados por Geisel.

A morte de Vladimir Herzog marcou o governo Geisel. Ele foi assassinado dentro do DOI-Codi em

São Paulo após comparecer no local para esclarecimentos. Em 1978 o AI-5 foi destituído, dando

mais um passo na democratização do país.

Figueiredo (1979 a 1985)

O governo de João Baptista Figueiredo marca definitivamente o início da redemocratização do país.

O general decretou aLei da Anistia garantindo o retorno de diversos brasileiros exilados em outros

países. No entanto, essa lei não abrangeu os que foram acusados de atentados políticos e

sequestros. Surgiu a figura de Lula como uma forte liderança operária durante as manifestações e

greves dos metalúrgicos. Também foi aprovado nesse período a volta do pluripartidarismo com a

criação dos partidos PDS, PMDB, PDT e PT.

Transmigração da Corte

Segundo Maria Odila Leite Dias, ocorre a Interiorização da Metrópole, ou seja, ocorre maior

integração sócio-econômico cultural entre as elites do reino e as elites do sudeste, já que a

metrópole agora está no sudeste, pois a Coroa saiu de Portugal para o Rio de Janeiro.

Medidas Iniciais

1. A Economia brasileira é extremamente robusta quando D.João VI chega ao Rio de Janeiro;

2. Abertura dos Portos, em 1808, à Inglaterra, no qual fica claro o fim do Pacto Colonial entre

Brasil e Portugual;

3. Incentivo aberto às manufaturas-metalurgia, à Casa da Moeda, à extração de ferro, cobre e

ouro. Mas não é o início das relações internacionais brasileira, por causa dos tratados.

1810: Tratados com Inglaterra que são prejudiciais aos produtos portugueses. Consistia em

Ingleses ter autorização para tudo, menos navegação de cabotagem, comércio de ouro e pau-

brasil, que eram monopólios portugueses. Nessa época ocorre o fim da inquisição no Brasil, que

anulavam as manufaturas brasileiras. Ou seja, o Brasil não teve crescimento econômico, enquanto

a Inglaterra comercializava produtos brasileiros.

Difusão do Modelo Liberal:

Transição da Colônia brasileira de uma esfera de influência

do Mercantilismoportuguês, para a órbita do Liberalismo britânico.

O Brasil deixa de ser colônia de Portugal para se submetar aos tratados com Inglaterra. A Inglaterra

teve elevado crescimento econômico por conta do comércio com o Brasil.

Tratados de Limites

O Brasil, ao longo dos anos, estabeleceu alguns tratados para formar os limites territoriais que são

conhecidos atualmente.

Tratado de Utrecht, 1713

Encerra uma Guerra Espanhola, na qual os Bourbons venceram. Nesta época, Portugal já possui

laços políticos e econômicos com a Grâ-Bretanha, e todos países se unem contra França, ao lado

de Espanha.Algumas consequências do Tratado de Utrecht:

1. O Tratado de Utrecht impede união das coroas entre França e Espanha.

2. Transformação do porto Espanhol em lugar estratégico para o Mar Mediterrâneo. Com isso, o

Estreito de Gibraltar foi cedido para Grã-Bretanha, que permanece com o território até os dias

de hoje.

3. A Espanha adquire o direito de carregar produtos ingleses em navios Espanhóis. Isso resulta

na derrota da França, que sofre de desabastecimento.

América: Aliança de Portugal com França faz com que França aceite o Rio Oiapoque como

fronteira natural, mas não foi respeitado.

2º Tratado de Utrecht, 1715

Colônia do Sacramento foi invadida diversas vezes, pois é um ponto de discórdia entre portugueses

e espanhóis, que disputam a Colônia do Sacramento para ter acesso ao Mato Grosso por mar, já

que não existiam estradas por terra. Finalmente, o conflito termina e a Colônia do Sacramento é

devolvida aos Portugueses.

Divisão da União Ibérica: Pacto da Família dos Bourbons.

Portugal alia-se a Grã-Bretanha pelo Tratado de Methuen, 1793, porém a demanda por tecido é

maior do que a demanda por vinho, apesar do vinho ter maior valor agregado. Espanha está ao

lado da França contra Portugal e Inglaterra.

Tratado de Madri, 1750

O Tratado de Madri foi negociado por Alexandre de Gusmão, que é Santista. Alexandre de Gusmão

fez negociação diplomática em todo território brasileiro, e foi o 1º a negociar o Tratado de Madri.

Secretário de Dom João V, mais conhecido como Padre Voador, também negociou fronteiras como

Amapá, Oiapoque e Sacramento.

Negociação do Tratado de Madri é secreta, pois envolve o dinheiro romano.

O Tratado de Madri foi uma permuta entre Colônia do Sacramento e Sete Povo das Missões.

Dessa forma, Alexandre de Gusmão achava possível entregar Sacramento pois, com isso,

Espanhóis entregariam qualquer território para Portugal. E o tratado se encerra com Portugal

ganhando os Sete Povos e Gusmão satisfeito. O tratado foi fechado, porém nunca entrou em vigor.

Contexto Internacional

No contexto mundial está ocorrendo a Guerra dos Sete Anos entre França e Espanha X Grã-

Bretanha e Portugal

Uti Possidetis: Direito de Posse, ou seja, quem possui de fato, possui o direito de posse do

território.

Flexibilizações: Acidentes geográficos visíveis, como fronteiras naturais, que revitalizavam o Uti

Possidetis.

O Mapa das Cortes foi importante para consolidação do Tratado de Madri, porém não tinha

longitude, apenas as latitudes.

A Guerra Guaranítica impede que o Tratado de Madri tenha consequências, por isso ele não entrou

em vigor. Nesse contexto, Marquês do Pombal fica poderosíssimo e tem como objetivo proteger e

defender o território de sacramento. Em 1763, é fundada a nova Capital do Vice-Reino, que é o Rio

de Janeiro.

Tratado de El Pardo, 1761

Esse tratado de El Pardo revoga o tratado de Madri, que perde sua validade. Em 1776, o Vice-

Reino do Prata funda a sua capital em Buenos Aires, na Argentina.

Tratado de Santo Ildefonso, 1777

No momento em que Santa Catarina é ocupada, o tratado de Santo Ildefonso se

torna desfavorável a Portugal. Pois como consequência, Portugal perde

Sacramento e Missões, em troca do território de Florianópolis.

Tratado de Badajós, 1801

Com este tratado, Sacramento passa a ser da Espanha e as Missões passam a ser de Portugal.

Legado: Zona de conflito no Prata, pela conquista do Sacramento. O objetivo era ganhar acesso

marítimo ao Mato Grosso. Era o 3º Exército mais militarizado do Rio Grande do Sul. Em 1870, as

tropas saem do sul e vão proteger as fronteiras com a Amazônia.