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EDIVALDO PEREIRA DE SOUZA 1 Igreja e denominação Por que tanta diferença? Edivaldo Pereira De Sousa

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EDIVALDO PEREIRA DE SOUZA

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Igreja e denominação

Por que tanta diferença?

Edivaldo Pereira De Sousa

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IGREJA OU DENOMINAÇÃO PORQUE TANTA DIFERENÇA?

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Copyright © 2015 Edvaldo Pereira

Todos os direitos reservados a editora Sarça.

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, salvo com

autorização do autor.

Primeira edição – Julho de 2015

Igreja e denominação, por que tanta diferença?

Categoria: teologia - História

Brasil – 2015 - Pereira. Edvaldo

Revisão de texto: Hermes

Digitação e Diagramação: Editora Sarça

Criação e capa: SARÇA

Fone: (11) – 2013-9069 ou (11) -9.6451-2626

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Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus, pela inspiração e o desejo de escrever esta obra, sem a permissão divina nada seria feito, eu não existiria, pois Deus é a razão da minha existência.

Agradeço a Jesus Cristo, a quem devo a minha adoração, gratidão, pela salvação que ele me ofertou de graça.

Agradeço ao bendito Espírito Santo pelo cuidado que tem comigo.

À toda a minha família que tem me incentivado muito e orado por mim para que esse trabalho fosse realizado. Em especial à minha esposa Maria José Silva de Souza, a quem Deus colocou no meu caminho para me ajudar no meu ministério; à minha mãe Horminia Almeida Souza; a meu pai Paulino de Jesus Souza; e aos meus filhos Wallace e Geisislaine.

Ao meu irmão Antônio Pereira de Souza e sua esposa Joelma dos Santos Souza e ao pastor Moisés Diniz, meu pastor e amigo, que me abençoa e me apoia sempre; ele é uma benção para mim.

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ÍNDICE

Agradecimentos - 3

Apresentação - 7

Por que a denominação é diferente da igreja? - 9

Um resumo da expansão da igreja -11

A igreja do Período Pentecostal - 15

A perseguição dos cristãos nos três primeiro séculos - 21

A entrada de heresias na igreja - 27

Os concílios da igreja - 31

A denominação hoje - 37

A denominação e o neopentecostalismo – 41

O Neopentecostalisno e a Liturgia – 47

A Teologia da Prosperidade - 49

O pentecostes e sua origem - 53

O perfil da verdadeira igreja - 57

Uso doutrina e costumes - 65

Para que era usado o Dízimo - 81

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Confissão positiva – 83

Maldição hereditária - 87

Em que crê a igreja de Cristo? - 89

Os atributos naturais de Deus - 93

Os atributos morais de Deus - 99

Os nomes de Deus - 103

A santíssima Trindade - 105

A igreja crer no Senhor Jesus Cristo - 109

Fontes não-cristãs que escreveram sobre Jesus - 107

O Talmude tem referências históricas sobre Jesus - 117

Bibliografia - 121

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APRESENTAÇÃO

Eu agradeço ao Senhor Deus pela oportunidade que Ele meu deu de escrever esta obra, que tem o objetivo esclarecer algumas controvérsias que temos nas denominações atuais. Esta obra não tem como objetivo denegrir a imagem de qualquer denominação ou pessoa.

É uma obra de esclarecimento, visando a edificação do leitor. É importante saber que a igreja do Senhor custou caro e quem a comprou foi Jesus Cristo, Filho de Deus, e não tem nenhuma inovação. É um projeto de Deus, que quer uma igreja limpa, sábia e verdadeira.

Espero que este livro possa contribuir com os caros leitores que gostam da história da igreja cristã e que possa esclarecer as mais variadas denominações que existem na terra; umas cristãs, outras não, mas que possamos ter em mente que só a igreja será arrebatada para estar com o Senhor Jesus.

Que este livro possa contribuir para o crescimento dos membros da igreja de Cristo, nesse tempo de muitos homens querendo ser senhor, temos hoje muitos brigando para serem presidentes, líderes etc.

Temos muitos que se dizem líderes, mas que já não fala mais com seu irmão, não o cumprimenta, tem os que denigrem a

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imagem do seu irmão. Tudo isso por causa de cargo e presidência de suas respectivas denominações. Para obter votos a seu favor, ouvimos falar que há suborno, como há pessoas que não tem direito há voto, mas mesmo assim o faz. É o mundo dos homens, é o mundo das denominações que o homem fundou para si próprio. Então, tenhamos cuidado para não nos desviarmos dos caminhos do Senhor, pois a igreja é o povo escolhido. Que Deus abençoe a todos os leitores.

Edivaldo Pereira de Souza

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POR QUE A DENOMINAÇÃO É DIFERENTE DA IGREJA?

Vivemos nos dias de hoje uma situação muito diferente da igreja primitiva, onde todos tinham comunhão uns com os outros, no partir do pão e na oração (Atos dos Apóstolos. 2:42). Hoje vivemos dias difíceis em que os crentes não se identificam, onde a maioria defende seus interesses, costumes, liturgias, etc.

As denominações hoje têm sido esconderijo para muitos que defendem teses e pensamentos humanos puramente carnais, onde de um costume local criam uma doutrina. É assim que surge o conflito; o outro que também se diz cristão não acha certo e acaba tendo uma crise de identidade. Surgem então pessoas que dizem “eu não posso ter comunhão com fulano porque não é da minha ‘Igreja Denominação’”, e assim por diante. Quero lembrar que temos que respeitar o direito de cada um, pois todos têm a liberdade de escolha, e se Deus respeita o livre arbítrio do homem devemos também respeitar.

No tocante, a doutrina (ensino) da palavra de Deus isso quem julga é Ele, pois o caminho para conhecê-Lo é Jesus Cristo seu filho, que Ele (Deus) enviou para salvar o homem.

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UM RESUMO DA EXPANSÃO DA IGREJA NEOTESTAMENTÁRIA

Como vamos estudar a história da igreja, temos que levar em consideração os seis períodos gerais da historia da igreja. Logo depois de Jesus haver ressurgido entre os mortos

Um pequeno grupo de judeus iniciou uma comunidade (uma igreja). No princípio a igreja estava só nos limites de Jerusalém do judaísmo. Contudo, foram alargando gradualmente seus conceitos e ministério sob a direção de Pedro e Paulo e seus cooperadores imediatos. Aí temos uma igreja estabelecida, em espaço do tempo de duas gerações, e a igreja estendeu-se em quase todos os países, desde o Eufrates até a o Tigre.

O primeiro período terminou com a morte de João. Isso ocorreu aproximadamente no ano 100 a.C; período de “Era Apostólica”. Segundo a história, o período da “Era Apostólica” durou mais de 200 anos. A igreja esteve sob a espada da perseguição. Portanto, durante o segundo e terceiro séculos, e uma parte do quarto, havia um império que era considerado o mais poderoso da terra, que por sua vez partiu para destruir aquilo que o chamava de “supertição Cristã”. Naquela época houve muitos mártires que conquistaram coroas sob os rigores da espada, das feras na arena e nas fogueiras ardentes. Mas com todas as perseguições aqui mencionadas os seguidores de Cristo aumentaram em números até alcançar quase todo

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Império Romano. Finalmente, um império Cristão subiu ao trono. E logo decretou o fim das mortes.

Vimos que por muito tempo os Cristãos foram oprimidos e perseguidos, mas de forma rápida e inesperada passaram da prisão para o trono. A igreja perseguida passou a ser a igreja do imperial. A Cruz tomou lugar da águia como símbolo da bandeira da nação, logo o Cristianismo converteu-se à religião do Império Romano. Logo surgiu uma capital Cristã que foi Constantinopla.

Contudo, Roma, ao aceitar o Cristianismo, começou a ganhar prestígio como capital da igreja, mas o Império Romano ocidental foi derrotado pelas hordas de Bárbaros, mas eles foram conquistados pela igreja e fundaram na Europa nações Cristãs.

Após a queda do Império Romano Ocidental, iniciou-se o período de mil anos, que é conhecido com Idade Média. Quando esse período se iniciou, na Europa, se tornou um caos, um continente de tribos sem governo, sem lei de nenhum poder central. Naquela época a religião de Maomé ia conquistando todos os países do Cristianismo primitivo. Daí surgiram os movimentos das cruzadas, com um vão esforço para conquistar a Terra Santa, que na época estava em poder dos muçulmanos. Veja que a História Antiga termina com a queda de Roma e na História Medieval termina com a queda de Constantinopla.

Chegamos agora no século quinze e dezesseis. Veio então à reforma protestante, cujo principal protagonista desse movimento foi um monge Católico que se chamava Martinho

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Lutero, que fixou 95 teses na porta da catedral de Wittemberg. Em conseqüência, ele teve que se defender e para isso teve que comparecer ante o imperador e os nobres da Alemanha.

Naquela época a igreja Romana estava dividida e os povos da Europa Setentorial fundaram suas igrejas nacionais de caráter mais puro. Vale apena lembra que a decisão de Lutero é conhecida como A Reforma, ou seja, a igreja reformada. Assim surgiu a contra-reforma, que foi iniciada nos países católicos. Essa guerra, para conter o movimento da reforma, durou 30 anos, e em 1648 foi feito um tratado de paz em Westfália. Daí para frente passou-se a ter uma linha permanente entre as nações católicas romana e as nações protestantes.

Nos últimos três séculos, surgiram grandes movimentos que abalaram as igrejas e o povo, na Inglaterra, na Europa e na América do Norte. Esses movimentos foram chamados de puritanos, Wesleyano, Racionalista, Anglo-Católico e os movimentos missionários atuais. Tudo isso contribuiu para a edificação da igreja em nossos dias, e a igreja hoje estar em todo mundo.

Chegamos então no século XX e XXI, e concluo dizendo que as grandes mudanças transformaram o Cristianismo e temos hoje uma poderosa organização, para a glória de Deus, e para servir aos homens no que diz respeito ao social.

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A IGREJA DO PERÍODO PENTECOSTAL

Desde a ascensão de Cristo, 30 d.C. até à pregação de Estevão, 35 d.C.

A igreja de cristã em todas as épocas, quer na passada, presente ou futura, é formada por todos aqueles que creem em Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. No ato de crer está implícita a aceitação de Cristo por seu salvador pessoal, para obedecer-lhe como a Cristo, o príncipe do reino de Deus sobre a terra.

Quando a igreja surgiu como instituição em Jerusalém, no dia de Pentecostes, isso ficou na história porque foi de caráter mundial. O dia de Pentecostes foi no fim do ano 30, 50 dias após a ressurreição do Senhor Jesus; dez dias depois sua ascensão ao céu. Foram acrescentados ao pequeno grupo de crentes três mil membros. O crescimento da igreja foi tão rápido que deixou os sacerdotes que ministravam no templo muito admirados, em poucos dias o número de crentes chegou a quase cinco mil.

Assim, a igreja foi crescendo e se multiplicando (Atos dos Apóstolos. 14: 6,7). Mas, nos primeiros anos de sua história, as suas atividades limitaram-se àquela cidade e arredores. Em todo o país, especialmente na província setentrional da Galiléia, havia grupos de pessoas que acreditavam em Jesus como o Rei Messias, mas não se tem mais informações que indiquem a organização nem reconhecimento de tais grupos

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como igreja. Naquela época as sedes gerais da igreja eram o Cenáculo, Monte Sião e o Pórtico de Salomão, no Templo.

Todos os membros da Igreja Pentecostal eram judeus, que na época dividiram-se em três classes, e as três estavam representadas na igreja de Jerusalém. Os hebreus eram aqueles que seus antepassados haviam habitado a Palestina durante várias gerações; eram elas as verdadeiras raças israelitas. Seu idioma era chamado “língua hebraica”, depois esse idioma mudou para dialeto que se chamava aramaico ou siro-caldaico. As escrituras eram lidas nas sinagogas em hebreu antigo, mas havia tradutor, frase por frase. Os judeus gregos ou helenistas eram descendentes dos judeus da dispersão, ou seja, judeus cujos antepassados estavam em terras estrangeiras. Muito desses judeus haviam se estabelecido em Jerusalém ou na Judéia e havia formado sinagogas para atender as várias nacionalidades. Os prosélitos eram pessoas não descendentes de judeus, que renunciavam o paganismo, aceitavam a lei judaica e passavam a pertencer à igreja judaica, recebendo o rito da circuncisão. Apesar de serem minoria entre os judeus, os prosélitos eram encontrados em muitas sinagogas em todas as cidades do Império Romano e gozavam de todos os privilégios do povo judeu.

A igreja em Samaria

Devido à perseguição que se levantou contra a igreja em Jerusalém, os crentes, com exceção dos Apóstolos, foram espalhados pela Judéia e Samaria. Pelo ministério de Felipe e

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dos Apóstolos Pedro e João, a igreja estende-se até Samaria, conforme está escrito em Atos dos Apóstolos. 8:17, que os Samaritanos foram batizados como Espírito Santo.

A igreja se estende pela Palestina

Lucas afirma em Atos dos Apóstolos. 9:31 que a igreja se espalhou até a Galiléia e crescia em números os crentes. Alcançaram Damasco, Jope e foram para o sul, até a Etiópia. Havia crestes espalhado até a Fenícia, Chipre e Antioquia (Atos dos Apóstolos. 11:19).

A igreja alcança os gentios

Depois do concílio em Jerusalém, a igreja ficou com liberdade para iniciar uma obra de maoir vulto, para levar o evangelho às pessoas de todas as raças e nações para o reino de Jesus Cristo. E nesse cresimento descamos três dirigentes da igreja que mais se sobressaíram. O mais conhecido foi Paulo, o viajante incansável, obreiro idômito, o fundador das igrejas e o eminente teólogo. Depois apareceu Pedro, que foi reconhecido por Paulo como uma das colunas. O terceiro dos grandes nomes desse época foi Tiago, o irmão do Senhor, e dirigente da igreja de Jerusalém. Tiago era fiél conservador dos costumes judaicos. Era reconhecido como dirigente dos judeus cristãos. A epístola de Tiago foi escrito por ele. Tiago foi morto no Templo por volta do ano 62. Assim, como todos os líderes desse período, entre muitos outros menos conhecidos,

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perderam suas vidas como mártires da fé. O centurião Cornélio foi o primeiro gentio a tomar parte do corpo de Cristo. Depois de ouvirem o evangelho que foi pregado por Pedro, Cornélio e sua família foram batizados com o Espírito Santo, como no dia de Pentecostes. Os Judeus então reconheceram a salvação também para os gentios.

A igreja chega até Antioquia

Alguns crentes de Chipre e Cirene foram levar a mensagem de Jesus até os gentios de Antioquia da Síria, uma das maiores cidades daqueles tempos. Muitos se converteram ao Senhor.

Paulo e Barnabé passaram um ano inteiro ensinando aqueles crentes em Antioquia da Síria. Foi nesta época que os crentes foram pela primeira vez chamados cristãos.

Daí em diante a igreja se espalhou pela Ásia Menor. Por indicação do Espírito Santo, a igreja de Antioquia da Síria envia dois missionários para a Ásia Menor. E assim surgem também as igrejas em Antioquia da Prísia, Icônio, Lista e Derbe, mais tarde surgem também às igrejas de Efésios e Colossos.

A igreja chega até a Europa

O apóstolo Paulo teve uma visão, na qual apareceu um varão Macedônio que disse: “passa a Macedônia e ajuda-nos” (Atos dos Apóstolos. 16:9). Atendendo o apelo e o evangelho entrou

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na Europa, e Paulo fundou igreja por toda Macedônia, Tessalônica e Corinto. Finalmente a igreja chegou até Roma, na Itália, onde Paulo ficou preso por algum tempo.

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A PERSEGUIÇÃO DOS CRISTÃOS NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS.

JUDEUS E ROMANOS CONTRA OS CRISTÃOS.

A primeira perseguição local

Os Judeus perseguiram os cristãos por dois motivos principais:

1º - Os cristãos pregavam que Jesus era o verdadeiro Messias e permitiam que os gentios participassem das reuniões da igreja sem serem circuncidados.

Vale apena lembrar que Estevão foi o primeiro mártir da igreja. O Diácono Estevão foi morto porque pregava o Jesus como Messias, por isso os Judeus o mataram. Ele se tornou o primeiro mártir do Cristianismo (Atos dos Apóstolos. 7:54-60). Os Judeus não aceitaram a Jesus como o Messias prometido porque eles esperavam um Rei poderoso que os libertassem do poder Romano.

Quem eram os judeus?

Os Judeus eram todos aqueles que descendiam de uma das doze tribos de Israel. Todas as outras pessoas eram

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consideradas gentias. O mundo para os Judeus era dividido entre os descendentes das tribos de Israel, que são considerados como herdeiros de Deus (das promessas de Deus), e os gentios que segundo eles (os Judeus) estavam fora das promessas de Deus. Entretanto, conforme está escrito em Atos dos Apóstolos. 15:1-21, foi realizado em Jerusalém um concílio, no qual ficou decidido que os gentios não precisavam ser circuncidados, deviam apenas se absterem das contaminações dos ídolos, da prostituição do que é sufocado e do sangue.

Apesar disso, muitos Judeus perseguiam os cristãos, porque tratavam os gentios em pé de igualdade, sem preconceitos.

A perseguição dos romanos contra os cristãos

Segunda perseguição local

Jesus nasceu na época em que os Romanos dominavam militarmente o mundo conhecido. Durante os primeiros séculos, o Cristianismo se desenvolveu sob o domínio do Império Romano, que compreendia as regiões ao redor do Mar Mediterrâneo, com a capital na Itália, na cidade de Roma. As regiões por onde Paulo pregou o evangelho, todas elas faziam parte desse Império.

O primeiro Imperador Romano a perseguir os cristãos foi Nero. Foi também um dos Imperadores mais cruéis. As perseguições foram de caráter local e as causas dessas perseguições foram as acusações aos cristãos de serem: ANTISSOCIAIS, DESLEAIS AO IMPÉRIO e ATEUS.

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Acusavam os cristãos de serem ANTISSOCIAIS , pelo fato de não gostarem de dar “bom dia” aos seus vizinhos, uma vez que essa expressão de saudação entre os Romanos era considerada louvor a um deus pagão, isto é, com um simples cumprimento os cristãos tinha que invocar o nome do deus Júpiter.

Quando era convidado para jantar, o cristão se recusava a participar das cerimônias pagãs antes das refeições, já que o imperador era considerado divino. Por recusarem reconhecer o imperado como tal, os cristãos eram considerados desleais a ele e leais a outro rei, chamado Jesus. Muitas vezes se reuniam secretamente para os cultos e orações, os romanos acusavam que essas reuniões eram a prova de deslealdade ao imperador.

Quanto à acusação de serem ATEUS, refere-se ao caso de que quando alguém se convertia ao Cristianismo destruía logo todos os ídolos, com isso os cristãos tentavam explicar que o verdadeiro Deus era invisível, mas os romanos insistiam em dizer que qualquer pessoa que não tivesse nenhum ídolo em casa era um ATEU.

Assim, para os romanos, qualquer catástrofe (doenças, colheita fraca, derrota na guerra) era o resultado da ira dos deuses. Os cristãos eram culpados de tudo o que acontecia, pois eram considerados ATEUS, por desprezarem os deuses romanos.

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Perseguição universal

Por volta do ano 250 d.C. o imperador Décio decretou pela primeira vez uma perseguição universal aos cristãos, que atingiu todo o Império Romano. Em 303, outra perseguição foi decretada pelo imperador Diocleciano. A perseguição declarada por Décio foi muito violenta, entretanto a perseguição movida por Diocleciano foi a mais feroz de todas.

Segundo o imperador Diocleciano, os cristãos eram os culpados de todas as tragédias que atingia o Império Romano. Nesta época as escrituras sagradas foram queimadas, milhares de cristãos foram encarcerados e muitos sofreram martírio (grande sofrimento). Os mártires foram pessoas que morreram por sua fé religiosa. A palavra mártir vem do grego e significa ‘testemunha’.

Depois disto surgiram pessoas defendendo o Cristianismo

Essas pessoas eram chamadas de apologista, defensores da fé cristã. Um dos defensores era Justino. Por causa da perseguição, muitos cristãos ilustres começaram a escrever livros em defesa do Cristianismo, esses homens foram e são chamados de apologistas. A palavra apologia significa defesa.

Justino dirigiu sua apologia ao imperador Antonino Pia em 313 d.C. e defendeu o Cristianismo das três principais acusações que os romanos fizeram. Justino escreveu duas obras em defesa do Cristianismo.

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Tertuliano também era um defensor do Cristianismo que nasceu e viveu em Cartago, na África. Foi um grande apologista e também escreveu várias obras. Foi Tertuliano que usou o termo ‘Trindade’ pela primeira vez, para se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo.

Houve outros defensores do Cristianismo, como Taciano e Melito.

O fim das perseguições e o Edito de Milão

O Edito de Milão foi assinado pelos imperadores Constantino e Licinio, no ano 313 d.C.. Estabeleceu liberdade religiosa para todos. A palavra Edito trata-se de uma ordem o regulamento estabelecido por uma autoridade.

A liberdade dos cristãos, segundo a História, registra que Constantino (O grande) foi o primeiro imperador romano a se tornar um cristão. A tradição diz que certa vez, em uma luta, Constantino viu no céu uma cruz flamejante e as palavras: “Com este sinal vencerás”, então ele adotou a cruz como símbolo do Cristianismo.

Assim, Constantino promulgou o Edito. Segundo o mesmo, os cristãos seriam tolerados em todo o Império Romano.

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ENTRADA DA HERESIA NA IGREJA

O que é heresia?

A heresia (do latim haeresis que, por sua vez, vem do grego haíresis que significa capacidade de escolher) é qualquer doutrina contrária à da igreja de Cristo. Opõe-se, desta forma, à ortodoxia. Por extensão, designa-se por heresia a qualquer desvio de uma religião, credo ou sistema religioso que pressuponha uma doutrina ortodoxa. Da mesma forma, a palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. Ao fundador de uma heresia dá-se o nome de heresiarca.

Heresia no Cristianismo

Heresias no Cristianismo primitivo

Desde Paulo existe um impulso para estabelecer uma uniformidade no Cristianismo. Na metade do século II havia grupos não-ortodoxos em Roma, como os fundados por Marcion, Montanus e a gnose de Valentinus. A Prescrição de Tertuliano contra os heréticos e o contra as heresias de Irineu foram ataques contra os heréticos. O Concílio de Nicéia foi convocado pelo imperador Constantino devido a disputas em torno da natureza da Trindade.

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A palavra herético adquiriu conotação negativa nessa época, quando o Império Romano impunha o culto a seus deuses, portanto os ataques eram apenas verbais, estando à palavra herético muitas vezes associada a ofensas pesadas.

A partir de 325, algumas crenças foram establecidas como dogma através de cânones promulgados pelos concílios. O Credo Niceno atacava os arianos e foi usado por Cirilo para expulsar Nestório.

Irineu lançou os argumentos para a sucessão apostólica, dizendo que não havia ensinamentos secretos no Cristianismo, tudo era público. Esta afirmação condenava a gnose e outras crenças na revelação contínua.

O asceta espanhol Prisciliano de Ávila foi o primeiro a ser executado por heresia, 60 anos após o Concílio de Nicéia (em 385).

Uma das linhas que foi condenada como heresia era a que divergia da afirmação de que Cristo era totalmente divino e totalmente humano, e que as três pessoas da Trindade são iguais e eternas. Este dogma só foi estabelecido depois que Arius o desafiou, e mesmo o Novo Testamento só se tornou o que hoje conhecemos no século IV por Atanásio.

Historicamente, houve muitas discordâncias do dogma oficial da Igreja, mas estes só eram condenados quando se tornavam uma ameaça para a autoridade eclesiástica.

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As principais heresias

O Gnosticismo vem do grego “Gnosis”, que quer dizer conhecimento.

O Docentismo vem do grego “Dokem”, que quer dizer parecer.

Os Ebonitas vem do hebraico, que significa pobre.

Os Maniqueus eram de origem persa, eram chamados por esse nome em razão do seu fundador que se chamava Mani, morto no ano 276 d.C.

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OS CONCÍLIOS DA IGREJA

Apesar de Constantino ser um imperador cristão, a igreja tinha muitos desafios pela frente, porque Constantino era tolerante, tanto por temperamento como por motivos políticos. Portanto, ele conservou alguns títulos pagãos do imperador tal como o de “PONFITEX MAXIMUS”, ou sumo pontífice, esse título é conservado até hoje pelos papas da igreja romana.

Mas os sucessores de Constantino se mostraram intolerantes ao conservadorismo do seu ex-imperador, e a conversão dos pagãos crescia rapidamente para o bem-estar da igreja, e assim a igreja crescia aceleradamente. Logo os ritos pagãos foram proibidos, e assim sucessivamente.

Tendo terminado um longo conflito do Cristianismo com o paganismo, surgiu uma guerra de pensamentos; estava instalado uma série de controversas dentro da igreja, acerca de doutrina. Começou a luta pela própria sobrevivência contra a perseguição, não obstante as lutas a igreja conservou-se unida.

Por causa das dissensões doutrinárias, surgiram acalorados debates acerca de suas doutrinas. Nesse períodos surgiram três grandes controversas dentre outras de menor importância. Para resolver essas questões foram convocadas reuniões que na época eram chamadas de concílios, como em toda igreja. Nesses concílios somente os bispos tinham direito a voto. E

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assim sendo os demais clérigos e leigos deviam submeter-se às decisões que eles tomassem.

A primeira controversa apareceu por causa da doutrina da Trindade, especialmente em relação ao Pai e o Filho: Ário ou Arius nasceu em 256 d.C e faleceu em 336 d.C Presbítero de Alexandria, mais ou menos no ano 318 d.C, Ário defendeu uma doutrina que ficou conhecida como arianismo, que dizia que Jesus Cristo era superior a natureza humana, mas inferior a Deus; não admitia a existência eterna de Jesus Cristo e pregava que Jesus teve princípio.

Logo apareceu um opositor dessa doutrina. Atanásio, também de Alexandria. Atanásio afirmava a unidade do Pai e do Filho, a unidade de Cristo e sua existência externa.

A contenda estendeu-se a toda igreja, isso depois que Constantino havia feito tudo para sanar o problema, mas sem êxito, então ele convocou um concílio de Bispos, que se reuniram em Nicéia (atual cidade de Iznik, Província de Anatólia, na Turquia asiática), no ano 325 d.C. Na ocasião Atanásio era apenas Diácono, teve direito a falar, mas não teve direito a votar. Mesmo sem direito a votar, conseguiu fazer com que a maioria dos Bispos que estava no concílio condenasse a doutrina de Ário, no concílio de Nicéia. Ário tinha apoio político e era bem amparado, existia muitos membros influentes que pertencia às classes elevadas, que defendia as opiniões de Ário, inclusive e sucessor de Constantino, por isso Atanásio foi exilado cinco vezes e cinco vezes trazido a desterro.

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Houve um amigo de Atanásio que lhe disse: “Atanásio, o mundo está contra ti”. Ele respondeu: “Assim seja, Atanásio contra o mundo”.

No ano 373 d.C Atanásio morreu em Alexandria, mas suas ideias foram vitoriosas e aceita por toda igreja, tanto no Oriente como no Ocidente. Logo depois apareceu outro cisma acerca da natureza de Cristo. Apolinário, Bispo em Laodicéia, no ano 360 d.C., o dizia que Jesus na terra não era homem, era Deus em forma humana. A maioria dos Bispos e teólogos da época dizia que Jesus tinha duas naturezas, ou seja, uma união de Deus e homem (Divina e humana). A heresia Apolinária foi condenada no concílio de Constantinopla no ano 281 d.C., o que motivou Apolinário a afastar-se da igreja.

Mas houve uma outra controvérsia nesse período, que dizia a respeito do pecado e da salvação; desta vez foi Pelágio quem deu origem a essa controversa. Pelágio era um monge que veio da Grã-Bretanha para Roma por volta do ano 410 d.C. Na sua doutrina ele declarava que nós não herdamos as tendências pecaminosas de Adão, mas que a alma faz a sua própria escolha, seja para pecar, seja para viver retamente. Dizia também que a vontade humana é livre e cada um é responsável por suas decepções. Contra essa ideia surgiu o maior intelecto da história da igreja e do Cristianismo, depois do apóstolo Paulo. Era Agostinho que sustentava que Adão representava toda a raça humana, Adão pecou, todos pecaram e são pecadores, e todo o gênero humano é considerado culpado. Na verdade o homem não pode aceitar a salvação unicamente por sua própria escolha, mas só pela vontade de Deus.

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A doutrina de pelágio foi condenada, no concílio de Cartago, no ano 418 d.C., e assim a teologia Agostiniana tornou-se a regra ortodoxa da igreja.

Já nos tempos modernos, na Holanda, sob orientação de Armínio, no ano 1600, e no século XVII, com João Wesley, é que a igreja se afastou da doutrina de Agostinho, ou sistema doutrinário agostiniano. E foi assim esse período da igreja, com muitas lutas, mas a igreja obteve vitória, sobre os referidos movimentos controversos. Iniciou-se outro grande movimento que alcançou grandes proporções na idade média: o nascimento do espírito monástico; lembrando que na igreja primitiva não havia nem Freira e nem Monge.

Na primitiva história cristã se pode encontra alguns casos de vida solitária. O fundador do monasticismo foi Antão, no ano 320 d.C.; sua vida foi de asceta. O que um asceta? “É uma pessoa que vive uma vida austera, é aquele que renuncia ao prazer ou mesmo à satisfação de algumas necessidades primárias com fim de atingir determinados fins espirituais”. O que chamou atenção foi que ele viveu sozinho durante muitos anos em uma caverna no Egito. E muitos o imitariam. Esses que assim viviam eram chamados de Ancoretas, aquele que formavam essa comunidade eram conhecidos por Cenobitas. Esse termo vem do latim arcaico que significa “membro de uma comunidade religiosa”. Do Egito esse movimento espalhou-se pelas igrejas do Oriente, onde a vida monástica foi adotada por muitos homens e mulheres.

Outro que se destacou, devido uma forma peculiar de asceticismo, foi Simão ou Simão Estilista, um Monge Sírio

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apelidado por “da colina”. Esse movimento monástico desenvolveu-se na idade média. E foi assim que decorreu a história da igreja cristã, que passou por vários estágios para estar no status que está hoje.

Em nossos dias tem surgido essa diferença entre doutrinas e costumes, muita pessoas menos informadas tem feito confusão com essas duas palavras, tem até pessoas que se dizem líderes de ministérios neopentecostais, nesse erro. O que significa doutrina? É um conjunto de princípio que serve de base a um sistema religioso, filosófico, político, cientifico, entre outros. O que significa costumes? É uma forma local de se portar, de falar, é cultura, seja de um país, de uma cidade ou de estados, províncias, e até bairro. Os costumes são muito diversificados em cada região.

Todo mundo que ir pro céu, quer ser arrebatado por Jesus, mas com tantas diferenças fica difícil chegar lá. Devemos ter cuidado com isso. Às vezes queremos que as pessoas sejam como nós, mas na fé cristã não é assim, pois a Bíblia diz que a salvação é individual; eu devo pregar, mas salvar é com Jesus, pois foi ele quem morreu na cruz por todos os homens.

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A DENOMINAÇÃO HOJE

Na denominação uns defendem os seus costumes, como ósculos santo (beijo), véu, condenam dízimo, dizem que não existem pastores e sim anciões, e até dizem que a graça de Deus é o nome de sua denominação. Outros defendem usos e costumes, uns dizem que a mulher não pode usar calça, brinco, corrente (pingente), tiara (arco), batom ou maquiagem em geral, outros defendem que pode bater palmas nos culto, outros dançam, fazem coreografias, etc.

Outros dizem que a mulher não deve cortar o cabelo, outros dizem que não tem problema a mulher cortar o cabelo, outros dizem que o homem cristão pode ter cabelos longos. Uns defendem que devemos louvar a Deus com hinos sacros, outros defendem que na suas congregações pode se cantar o Rock, Pop, Pagode, Sambas, Serestas, ou seja, igreja de todos os ritmos. Esses ritmos acima citados são mais usados pelos cantores da música popular.

É tanta coisa que tem gente imatura que chega a dizer que usar perfume é pecado. Muitos são tomadas pelo excesso de santidade e começa a espiritualizar tudo; mas é bom saber que a igreja de Cristo tem um padrão a ser seguido, e não precisar de ajuda e inovação de ninguém.

Quem é de Deus ouve a palavra de Deus. (Jo. 08h47min). Não é normal entre os que pertencem à igreja de Cristo não se

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identificarem, pois todos que têm Cristo como cabeça tem uma identidade perfeita, onde se encontram, se cumprimentam, falam de Jesus, contam benção, se alegram no senhor. Isso é independente da congregação a qual pertence, pois é a igreja de Cristo.

Temos em nossos dias muitos que se dizem crentes, mas não são cristãos (seguidores de Cristo). Dizem assim: “eu sou crente da igreja tal ou denominação tal”, mas não tem condições de falar que é crente em Jesus; na verdade quem está gostando disso é o inimigo, ele é quem gosta de divisão.

Muitos dizem que conhecem a Bíblia, mas não conhecem o Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia não faz acepção de pessoas, pois ele ama a todos, mesmo não o servindo. Veja João. 3:16. Já as denominações tem seu dogmas, muitos homens se acham donos da igreja. Eu me atrevo a dizer que com muitos jeitinhos alguns líderes têm baixado o preço, ou seja, tem feito muita associação com o mundo, pois tem muitas coisas que a Bíblia não diz, mas eles dizem, outra coisa a Bíblia proíbe, mas alguns líderes dizem que não tem problema. Hoje vemos muito o evangelho das facilidades, das barganhas, dos tapinhas nas costas; isso é, baixar o preço. Mas saibam os senhores que a igreja de Cristo custou o preço de sangue, e sangue inocente, sangue de Jesus, o filho do Deus vivo. Por isso os justos têm que se manifestar, para mostrar que a igreja de Cristo existe sim e é uma realidade, pois a igreja não é doente, não morre e não fica pobre.

Por isso o apóstolo Paulo escreveu aos Colossenses: 2:8 - Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por

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meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.

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A DENOMINAÇÃO E O NEOPENTECOSTALISMO

O Neopentecostalismo tem crescido muito nesses últimos dias, isso tem trazido algumas inovações e invencionices que têm fragmentado um pouco os bons costumes. Essas inovações têm mudado o comportamento de alguns dos nossos irmãos, e em decorrência disso as liturgias nos cultos de algumas igrejas tem mudado um pouco e algumas denominações, querendo manter-se conservadoras, têm se tornado em alguns casos legalistas. Usando slogan assim: não pode isso, não pode aquilo, assim vai, mas a verdadeira igreja existe, pois ainda tem a Bíblia como regra de fé e prática. Ela tem mantido a liturgia sem inovação e a palavra de Deus ainda é ensinada nos chamados cultos de doutrina.

A igreja não inventa, segue a palavra de Deus e todos os costumes têm base Bíblica; não é legalista, mas e legalizada pela palavra de Deus. Alguns líderes proíbem que seus membros usem bigode e barba, pois dizem que é pecado. Muitos começam a ver pecado em tudo e em todos, menos neles. Acredito que isso tira um pouco da identidade da igreja, isso é complicado.

Eu pergunto por que não somos mais perseguidos, por que nós aceitamos que, por exemplo, uma imagem que fora encontrado no rio seja a padroeira da nossa nação. Tem muito que se dizem cristãos, mas vivem praticando obras de pagãos,

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tal como a comemoração do Natal, onde, na Bíblia, não tem nenhuma referência para se comemorar, que não e só um feriado comercial, mas uma comemoração pagã. E estamos aceitando isso com muita naturalidade. Não é bom, o povo cristão tem que abrir os olhos e ver que a palavra de Deus e a base para nossa fé.

Temos hoje, por exemplo, o antropocentrismo, ou seja, o homem é o centro das atenções, pois para os homens glórias, para Jesus a rude cruz. Isso é inadmissível, pois isso já foi feito, ele já foi ao madeiro e também já o deixou para que nos fossemos salvos.

E por isso denominamos esse comportamento no meio evangélico de evangelho antropocêntrico.

No meio do neopentecostalismo se acha também o evangelho da prosperidade, esse assunto eu abordei posteriormente.

O evangelho ecumênico

A palavra “ecumênico” deriva do grego oikoumenikos, que significa “aberto para o mundo”, pois tem como objetivo fazer como que os crentes em Jesus deixem de pregar o evangelho completo para as pessoas do mundo, para que vejam de forma simpática, na tentativa de se livrar de preconceito ou perseguições. Para isso o crente em Jesus deve abrir mão de pregar o verdadeiro evangelho e pregar contra o pecado, por isso digo, não vamos baixar o preço, vamos pregar contra o pecado e não vamos tratar o assunto com imparcialidade em

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detrimento da verdade, pois está escrito em João. 10:9: Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

Os adeptos do ecumenismo argumentam que cada pessoa tem o seu ponto de vista, o importante é acreditar que Deus ama o próximo. Se alguém faz isso já é uma pessoa do bem, e assim sendo não precisa se submeter aos mandamentos que estão contidos nas escrituras. Se não prestarmos bem a atenção vamos entender que esse conceito de ecumenismo está cobertos de coerência, partindo do pressuposto que cada pessoa possui sua crença e que devemos respeitá-la. Parte do princípio democrático que cada um tem o direito de acreditar no que quiser sem ser incomodado. Isto é um outro evangelho, e por causa disso há uma série de denominação espalhada por esse Brasil afora, pois já não há mais espaço para “protestantes”. Ninguém deve ser intolerante se alguém pensa crer na verdade. A cortesia, o bom-senso, a coerência e a ética mandam que mantenha consigo os seus pensamentos.

Em um mundo pós-moderno não existe objetivo nem verdade universal. Há somente a perspectiva do grupo, não importa qual seja: afro-americanos, mulheres, homossexuais, hispânicos, etc. “No pós-modernismo, todos os pontos de vista, todos os estilos de vida, todas as crenças e todos os comportamentos são considerados igualmente validos”. Charles Colson, no livro E agora, como viveremos?

Ainda temos o evangelho teológicocêntrico. O que é o evangelho teológicocêntrico? Os defensores desse evangelho não aceitam que haja uma fonte máxima de autoridade: a

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palavra de Deus, considerando a teologia a sua principal fornecedora de argumentos lógicos e confiáveis.

É claro que não desprezamos a grande contribuição dos teólogos ao longo da história, mas qualquer teologia que rejeite a inspiração plenária da Bíblia é rechaçada pela igreja de Cristo. Conforme está escrito em II Pe. 1:20, 2; Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura e de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

Infelizmente, temos muitos teólogos hoje que têm as suas próprias opiniões, e na sua própria sabedoria e em seus conhecimentos se baseiam o seu intelecto. Mas Paulo foi um grande Teólogo que a meu ver está em extinção.

Em ICo. 1: 4-10 ele escreveu assim: A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos a sabedoria de Deus, oculto em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nosso glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou que

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seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.

Então, como já vimos, só a palavra de Deus nos leva ao pleno conhecimento dos caminhos da salvação, enfim, só a Bíblia tem razão, pois não é especulação. Os teólogos se contradizem, a Bíblia não e a verdade. Têm teólogos que são romanistas, outros são fascinados pelo darwinismo e assim vai.

Mas eu fico com a palavra de Deus, pois ela nos revela que Deus está contemplando tudo isso. Não é da boca dessas pessoas que se dizem sábias que sai a verdade, eles podem até expor suas ideologias, mas só de Deus vem à verdade, porque Deus é justo, o homem é dependente de Deus o homem é falho. Veja o que diz a Bíblia. (Sl. 90:5-6; 103:15-16; Is. 37:27; 40:6-7; 51:12; Tg. 1:10; 1Pe. 1:24).

Sl. 90:5-6 - Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada; de madrugada, cresce e floresce; à tarde, corta-se e seca.

Sl. 103:15-16 - Porque os homens são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce; Pois passando por ele o vento logo se vai, e o seu lugar não conhece mais.

Is. 37:27 - Por isso, seus moradores, com as mãos caídas, andaram atemorizados e envergonhados; eram como a erva do campo, e a erva verde, e o feno dos telhados, e o trigo queimado antes do crescimento.

Is. 40:6-7 - Voz que diz: Clama; e alguém disse; que hei de clamar Toda carne e erva, e toda a sua beleza, como as flores

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do campo. Seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo e erva.

Is. 51:12 - Eu sou aquele que vos consola; quem, pois és tu, para que temas o homem, que se tornara feno?

Tg. 1:10 - E o rico, em seu abatimento, porque ele passara como a flor da erva.

1Pe. 1:24 - Porque toda carne e como a erva, e toda a gloria do homem, como a flor da erva. Seca-se a erva, e caiu a sua flor;

Então, conforme a Bíblia, todo homem é fraco e dependente de Deus.

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O NEOPENTECOSTALISMO E A LITURGIA

O que é liturgia?

Conforme o Dicionário Globo, liturgia é um conjunto dos símbolos, cânticos e cerimônias pelas quais se externa o culto religioso; ritual.

No Neopentecostalismo há muitas misturas e em algumas reuniões neopentecostais não se sabe se o culto é um culto cristão ou culto afro, usam amuletos como rosa ungida, água, sal grosso, o 7 como número da sorte, e corrente para todos os fins.

Essas práticas em muitos casos é simonia, ou seja, querendo comprar benção. Isso é reprovado por Deus, pois Ele já deu seu filho para nos abençoar. É bom que todos saibam que as bênçãos materiais são consequência da nossa comunhão com Deus, pois a Bíblia diz que devemos buscar primeiro o reino de Deus e as demais coisas nos seriam acrescentadas. Isso que dizer que não adianta corrente ou campanha, pois ninguém apressa Deus. Ele é soberano, se quisermos casas, carros ou outros bens, devemos trabalhar e obedecer ao senhor nosso Deus.

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TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

O que e a teologia da prosperidade?

Esse movimento surgiu nas décadas de 60 e 70 e uma corrente doutrinária sai do movimento que foi abordado anteriormente (o neopentecostalismo) e varreu os Estados Unidos da América, parecia uma renovação pentecostal. Esse movimento apareceu prometendo saúde perfeita, prosperidade e triunfo. No início parecia o verdadeiro evangelho, logo os evangelistas que eram percursores desta doutrina ficaram famosos, eles tinha na suas mensagens fé e prosperidade. Temos vários nomes dos famosos evangelitas e divulgadores desta vertente. São eles: Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Benny Hinn, David Robertson, Oral Robertson, Fredprince e Paul Crouch.

Vejam que esse movimento não é só fé e prosperidade, mas também riqueza, fama e sucesso. Verdadeiras multidões em busca desse fenômeno da prosperidade, igrejas estádios de futebol lotavam, eram grandes concentrações públicas.

A teologia da prosperidade também é chamada de “confissão positiva”. Esse movimento ensina que qualquer Cristão que esteja sofrendo indica falta de fé, pobreza e doença. São resultados de falta de fé e é coisa de crente fracassado, que vive em pecado. Logo atrás dessa confissão vem a ideia de que os homens possuem uma natureza divina, ou seja, o homem é um

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mini-deus. Esse movimento é controverso. E lamentável dizer que muitas igrejas tradicionais se tornaram vulneráveis e trouxeram vários desapontamentos e confusão em muitas igrejas de diferentes denominações.

A confissão positiva é um título alternativo para a teologia da prosperidade, esse movimento teve a liderança e inspiração de Essek William Kenyon. As expressões “confissões positivas” referiram-se literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé e uma confissão.

Observando alguns documentos descobri que a confissão positiva tem origem no gnosticismo.

Os gnósticos acreditavam que na natureza humana há o princípio do dualismo, e que o espírito e o corpo, “duas unidades separadas”, são opostos para os gnósticos. O pecado só habitava na carne, ou seja, o corpo podia fazer tudo o que tinha vontade e que lhe agradasse, vivendo nos prazeres da carne.

Isso não é verdade, pois somo templo do Espírito Santo, e Paulo disse que nos deveríamos santificar o nosso corpo e espírito, os quais pertencem a Deus. O homem é criatura bem inferior do Criador, e não adianta fazer campanha da revolta, quebra de maldição, pois o sacrifício vicário de Cristo é suficiente, pois todos que estão em Cristo nova criatura é. Deus exalta os humildes, mas os exaltados Ele abate. Existe um chavão de determinismo que o homem acha que tem que determinar isso e aquilo, mas Deus não é dominado pelo homem, Ele sabe das nossas necessidades, em que nós

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precisamos crer e a quem obedecer. A cruz está vazia, a sepultura também, pois Cristo ressuscitou e está vivo para sempre! Aleluia!

Quem determina benção ou maldição é Deus. Veja o que diz a Bíblia em Dt. 11:26: Eis que hoje eu ponho diante de vós a benção e a maldição. Jr. 21:8: E a este povo dirás: Assim diz o SENHOR: eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.

Essas distorções que citei é fruto de uma interpretação Bíblica distorcida, e falta de hermenêutica.

O que e hermenêutica?

Vou dar aqui algumas definições básicas:

Diz-se que a palavra hermenêutica teve sua origem a o nome de Hermes, o deus grego que servia de mensageiro dos deuses, transmitindo e interpretando suas comunicações aos seus afortunados ou, com frequência, desafortunados, ou seja, destinatários.

Em seu significado técnico, muitas vezes se define a hermenêutica como a ciência e arte de interpretação Bíblica. A hermenêutica é ciência porque ela tem normas ou regras, essas podem ser classificadas num sistema ordenado. É considerada como arte porque a comunicação é flexível e, portanto, uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação.

Exige-se do bom intérprete que ele aprenda as regras da hermenêutica bem como a arte de aplicá-las. A teoria

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hermenêutica divide-se em duas subcategorias – Hermenêutica Geral e a Especial.

Hermenêutica Geral: é o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro. Inclui os tópicos das análises histórico, cultural, léxico-sintatica, contextual e teológica.

Hermenêutica Especial: é o estudo das regras que se aplicam aos gêneros específicos, como parábolas, alegorias, tipos e profecia. Portanto, a hermenêutica e necessária por causa das lacunas históricas, culturais, linguísticas e filosóficas que obstruem a compreensão espontânea e exata da palavra de Deus.

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O PENTECOSTES E SUA ORIGEM

O povo Judeu comemorava três principais festas: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos.

Essas três festas era muito significativa para o Judeu, e até nos dias atuais as festas são comemoradas:

1 – A Páscoa é a comemoração da saída dos filhos de Israel do Egito; também era conhecida como festa dos pães asmos ou azimos.

2 – A festa de Pentecostes era celebrada 50 dias depois da Páscoa, Lv. 23:15-16. Veja o que diz o texto: Depois, para vos contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, cantarei cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de manjares ao SENHOR. Em hebraico é chamada de ‘hctgh shavuot’, que significa festa das semanas, Dt. 16:10, pois são contadas sete semanas a partir da Páscoa, somando 49 dias. O quinquagésimo dia é o da celebração da festa das semanas. A festa das primícias ou das colheitas davam início a esse período de 50 dias. Veja o que diz a Bíblia em Ex. 34:22; Lv. 23:11-12.

Veja o que diz a Bíblia em Dt. 16:10. Depois, celebrarás a festa das semanas ao SENHOR, teu Deus; o que deres será

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tributo voluntário da tua mão, segundo o SENHOR, teu Deus tiver abençoado.

Ex.34:22. Também guardaras a festa das semanas, que e a festa das primícias da sega do trigo, e a festa da colheita no fim do ano.

Lv. 23:11-12. Ele moverá o molho perante ao SENHOR, para que sejas aceitos; ao seguinte dia do sábado, e movera o sacerdote. E, no dia em que moverdes o molho, preparares um celeiro sem mancha, de um ano em holocausto ao SENHOR.

A festa de Pentecostes, fim desse ciclo comemorativo, coincidia com o fim da colheita da cevada. A palavra pentecostes é grega e significa quinquagésimo. A festa de Pentecostes, portando, ganhou este nome por ser realizada no quinquagésimo dia depois da Páscoa.

3 – A festa dos Tabernáculos é chamada em hebraico de “sucot”, ela comemora o período em que os filhos de Israel viveram em cabanas no deserto quando o Senhor os libertou do Egito. Veja o que diz a Bíblia em Lv. 23:33-43. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: aos quinze dias deste mês sétimo, será a festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; dia solene e, e nenhuma obra servil fareis. Estas são as solenidades do SENHOR, que

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apregoareis para santa convocação, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio; além dos sábados do SENHOR, e além dos vossos dons, e além de todos vossos votos, e além de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao SENHOR. Porém, aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido a novidade da terra celebrareis a festa do SENHOR, por sete dias; ao dia primeiro, haverá descanso, e, ao dia oitavo, haverá descanso. E, ao primeiro dia, tomareis para vos ramos de formasas arvores, ramos de palmas, ramos de arvores espessas e salgueiros de ribeiras; e vos alegreis perante o SENHOR, vosso Deus, por sete dias. E celebrareis esta festa ao SENHOR, por sete dias cada ano; estatuto perpetuo e pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis.

Sete dias habitareis debaixo de tendas; todos os naturais em Israel habitação em tendas; para que saibam que a vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.

Após a sua morte, Jesus ficou 40 dias com seus discípulos (At. 1:3). No décimo dia após a sua ascensão ao céu, que corresponde ao quinquagésimo dia após a Páscoa, era o dia de Pentecostes (At.2:1). Houve três mil almas convertidas naquela ocasião (At. 2:41). São as primícias da grande colheita da dispensação da igreja. Somos chamados pentecostais porque cremos nessa manifestação do Espírito Santo iniciado em Jerusalém, no dia de Pentecostes, que continua a operar até hoje em nosso meio.

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O PERFIL DA VERDADEIRA IGREJA

(Mt. 16:18) A palavra grega Ekklesia (Igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação. No Novo Testamento, o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadão do reino de Deus, Ef. 2:19 diz. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadões dos santos e da família de Deus; Com o propósito de adorar a Deus.

A palavra igreja pode referir-se a uma igreja local. Mt. 18:17; At.15:4. Veja o que diz a Bíblia. Mt. 18:17. E, se não as escutar, dize-o a igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como gentil e publicano. At. 15:4 diz. Quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos e lhe anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles.

A igreja no sentido universal, At.20:28. Olhai, pois, por vos e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou como seu próprio sangue. Ef. 2:21-22, vejam o que diz, no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce par templo santo no Senhor, no qual também vos juntamente sois edificados para moradas de Deus no Espírito.

1- A igreja apresentada como povo de Deus. Veja 1Co. 1:2; a igreja de Deus que estar em Corinto, aos santificados em

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Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:

1Co. 10:32 diz, Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem a igreja de Deus.

O agrupamento dos crentes remidos como fruto da morte de Cristo, IPe. 1:18-19, diz. Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas como o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado. E um povo peregrino que já não pertence a esta terra conforme Hb. 13:12-14, diz, E por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.

Cujo primeiro dever e viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus. IPe. 2:5 o texto diz assim: vos também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, Jesus Cristo. Veja também, Hb. 11:6. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque e necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

2- A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente da

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natureza da igreja e a recompensa disso é ter o SENHOR por Deus e Pai. IICo. 6:16-18. E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vos é o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão meu povo. Pelo que sai do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não vos toqueis em nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vos pai, e vos serei para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso.

3 - A igreja e o templo de Deus e do Espírito Santo. 1Co. 3:16; 2Co. 6:14; 7:1; Ef. 2:11-12; 1Pe. 2:4-10. Este fato, no tocante a igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade.

Veja o que diz a Bíblia. 1Co. 3:16, Não sabeis vos que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vos?

2Co. 6:14. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que que sociedade tem a justiça com a injustiça e que comunhão tem a luz com as trevas?

Ef. 2:11-12. Portanto, lembrais-vos de que vos, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisões feitas pela mão dos homens; que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.

1Pe. 2:4-10. E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas com Deus eleita e preciosa, vos também, como pedra vivas sois edificados casa

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espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.

Pelo que também nas escrituras se contem: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vos, os que credes, e preciosa mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina; e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vos sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz; vos que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, é povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

4 – A igreja e o corpo de Cristo. 1Co. 6:15-16; 10:16-17; 12:12-27. Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A cabeça do corpo e Cristo. Cl. 1:18; Ef. 1:22; 4:15; 5:23.

Vejam o que diz os textos relacionados. 1Co. 6:15-16. Não sabeis vos que os vossos corpos são membros de Cristo tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela porque serão, disse, dois numa so carne.

1Co. 10:16-17. Porventura, o cálice de benção que abençoamos não e a comunhão do sangue de Cristo? O pão

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que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um so pão e um so corpo; porque todos participamos do mesmo pão.

5- A igreja e a noiva de Cristo. Esse conceito nupcial enfatiza a lealdade, devoção e fidelidade da igreja de Cristo, quanto ao amor de Cristo a sua igreja e comunhão com ela. Veja o que diz os textos:

2Co. 11: 2; Ef. 5:23-27; Ap. 19:7-9.

6- A igreja é uma comunhão (gr) (Koinonia) espiritual. Isso inclui a habitação nela do Espírito Santo, a unidade do Espírito e o batismo com o Espírito Santo. Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre irmãos. Veja o que diz os textos: 2Co. 13:14; Fp. 2:1; Lc. 11:13; Jo. 7:37; 20:22; Ef. 4:4; At. 1:4; 2:4; 8:14-17; 10:44; 19:1-7 e Jo. 13:34-35.

7- A igreja é um ministério (gr) (diakonia) espiritual. Ela ministra por meio dos dons no gr quer dizer charismata outorgados pelo Espírito Santo. Rm. 12:6; 1 Co. 1:7; 1Co.12: 4-11, 20, 31; Ef. 4:11.

8- A igreja é um exército engajado num conflito espiritual batalhando com a espada e o poder do Espírito. Ef, 6:17. Seu combate é espiritual contra Satanás e o pecado, o Espírito que estar na igreja e a enche de poder e autoridade para guerrear, manejando a palavra da verdade, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas. At. 4:12; Ap. 1:16; 2:16; 19:15-21.

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9- A igreja é a coluna e o fundamento da verdade, 1Tm. 3:15. Veja o que diz o texto: Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.

Funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção, a igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra. Fp. 1:17. Está escrito assim: Mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acresentar aflição as minhas prisões.

10- A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por certo a volta de Jesus Cristo para buscar o seu povo. Veja o que diz o texto; Jô. 14:3; 1Tm. 6:14; 2Tm. 4:8; Tt. 2:13; Hb. 9:28.

João. 14:3 diz. E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde estiver estejais vós também.

1Tm. 6:14 diz. Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo;

2Tm. 4:8 diz. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vida.

Tt. 2:13 diz. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;

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Hb. 9:28 diz. Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que esperam para a salvação.

Se a igreja de Cristo tem todas essas características, não tem como ela não ter uma boa e sólida identidade. Por isso não quero que o leitor interprete errado, pois não estou criticando ou desmerecendo ninguém, mas estou abordando uma realidade em nossos dias, porque um irmão não pode estar contra o outro, porque a Bíblia diz diferente, Rm. 12:9-10, 13, 21. Veja o que diz a palavra de Deus.

Rm. 12:9-10. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.

Amai-vos cordialmente uns aos outro com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Comunicai com os Santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Todos que se dedicam ao senhor Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo, com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, devemos honrar uns aos outros.

1Ts. 4:9-10 diz que: Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros. Porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto abundeis cada vez mais.

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Jô. 13:34-35 diz. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros: como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Quem quiser subir com Jesus no arrebatamento da igreja, para isso tem que fazer parte da igreja, pois quem faz parte da igreja, ama, ajuda, ensina, perdoa, entende e suporta. Dentre essas qualidades a mais essencial é o amor, pois o amor de muitos tem se esfriado. Vale a pena salientar que nenhum homem pode descriminar o outro, principalmente os que se dizem crentes, porque crente não é juiz, e sim observador e cumpridor das coisas de Deus. Isto é, se quiser fazer parte da igreja, Jesus é a porta, e não a ideologia do homem. Para chegarmos no céu não existe inovação humana, temos que ser crentes fiéis a Deus, temos que ler a Bíblia para conhecermos o Deus da Bíblia.

Sabemos que o que está acontecendo faz parte do fim, pois Jesus está vindo buscar a sua igreja. Portanto, a nossa tarefa nesses últimos dias é pregar o evangelho de Cristo para os pecadores, que, com certeza, estão necessitados de salvação. Oremos a Deus para que os crentes se unam em um só propósito, que é um dia estar para sempre com Jesus. Enquanto Jesus não volta, vamos anunciar o evangelho; e que essa falta de identidade seja extirpada em nome de Jesus.

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USO, DOUTRINA E COSTUMES

Para falarmos desse assunto, é preciso falar um pouco de culturas, usos e costumes, todas as nações, povos tribos e linhas, cidades, estados, enfim, isso é muito particular, porque muda de país para país, estados ou províncias, cidades. Cada local tem seus costumes e sua forma de se vestir, de falar, sotaques, etc.

Mas a igreja não devia ser assim, pois a igreja é de Cristo. Ele determinou um modus vivendi para a igreja, e lamentavelmente os conflitos denominacionais são derivado deste tipo de coisa, ou seja, de conflitos de usos e costumes. Muitos líderes querem atribuir ou seguir algo dos tempos de Jesus, mas devemos saber que a sociedade da época de Jesus era bem diferente da dos nossos dias. Quero enfatizar que, conforme a Bíblia, o que mais Jesus pregou foi o amor de Deus para com a humanidade. Mas muito legalistas esqueceram disso; recentemente ouvi um caso em uma determinada denominação, em que um dos membros escreveu um livro fazendo alguns esclarecimentos, sobre os costumes daquela comunidade, e naquele livro ele concordava com uma coisa e discordava de outra, e foi chamado para se reportar aos seus líderes. O mesmo apresentou provas bíblicas para suas discordâncias, e, segundo ele, os responsáveis por aquela comunidade concordaram com ele, mas não aceitaram,

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disseram que ele estava certo, mas iam ficar com as tradições da denominação.

Isso aconteceu na Cidade de São Paulo, Brasil, no mês de fevereiro de 2008, é uma denominação antiga, com quase 100 anos de existência.

Vejam que temos nas denominações muitas posições humanas, uns dizem que podem fazer isso, outros aquilo, mas pouco importa à palavra de Deus; o que importa é que está dando certo. Uns vivem para o ministério da fama, dinheiro e barriga cheia, pouco importa o povo, tiram a lã das ovelhas e pouco importam as ovelhas, e assim vai!

Uso: segundo o Dicionário Globo: é hábito; moda; prática; ato ou efeito de usar.

Doutrina: Conjunto de princípios básicos em que se fundamenta um sistema religioso, filosófico ou político; rudimentos da fé cristã; norma. (Do latim doctrina.).

Costume: Prática geralmente observada; uso; hábito; particularidade; moda feminina como pintura de cabelos; trajes; vestuário; roupa do homem, calça e paletó; geralmente é o modo de viver; procedimento.

No meio neopentecostal, por exemplo; tem muito isso de proibir o que a Bíblia não proíbe. Vejamos algumas proibições: a mulher não pode usar calça cumprida. Há várias denominações que pregam e ensinam isso, mas o que a Bíblia proíbe, as tais denominações condenam, pois alegam que é pecado. Dizem que por causa da calça comprida Deus não pode

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operar maravilha ou encher com o Espírito Santo uma mulher que veste calça comprida. É muito descriminada por algumas pessoas que se dizem crente, mas essas pessoas não apresentam nenhuma prova bíblica, pois geralmente vivem pelo que ouvem, e não leem a Bíblia. Geralmente apresentam o texto de Deuteronômio. 22:5, que diz: Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher: porque qualquer que faz isto abominação é ao senhor teu Deus.

Mas o restante do versículo que faze parte da epígrafe não dá a conotação de que seja proibição, mas de estar falando do homossexualismo, isso é problema de exegese.

O apóstolo Paulo nas suas expressões jamais proibiu usos e costumes algum, veja o que está escrito em 1Co. 10: 28-33: Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude. Digo porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças?Portanto, que comais que bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos Judeus, nem aos gregos, nem a igreja de Deus. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, que assim se possa salvar.

Já outros dizem que não é pecado a mulher usar calça comprida, por entender que não há nenhuma proibição acerca

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deste assunto. Irmãos, as denominações estão sendo bombardeadas pelo formalismo e muitas modernidade, mas qual é a igreja que Jesus sonhou na cruz? Não podemos viver de ‘posso e não posso’, porque a Bíblia tem a resposta. A Bíblia não enfeita a estante da sua casa, ela é a palavra de Deus, e é por ela que conhecemos a Deus e seu plano salvivico para a humanidade, que vive questionando que o que não está na Bíblia está propenso a criar uma crise de identidade. Eu acho que a igreja aqui constituída devia ter um padrão em todos os lugares onde exista. Essa crise de identidade tem prejudicado o desenvolvimento deve cumprir na vida da igreja o Salmo 133.

Portanto, concluo dizendo que a mulher usar calça comprida não é pecado, é uma questão de costume, e costume não é doutrina, e se o costume não fere a doutrina (o ensino da palavra de Deus) não há pecado.

Uso de joias

Essa questão é eu nem deveria comentar, pois a Bíblia não proíbe adorno para igreja, se formos pro Antigo Testamento a começar do Gênesis, vamos ver o povo de Deus com adorno, jóias e etc. E no Novo Testamento também não tem nenhuma proibição, o apóstolo Paulo, escreveu a Timóteo advertido contra o excesso, mas não proibi nada, Veja também em 1Pe. 3:3. O efeito delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos;

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Temos mais algumas referências e daí conclui que usar jóias não é pecado, para muitos usar brinco é pecado, mas pecados é aquilo que ofende a moral de Deus, e usar brinco não ofende o Senhor nosso Deus e nem seus ensinos. Vejamos o que diz os demais textos e a Bíblia fala tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento. Ex. 33:4. E, ouvindo o povo esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si seus atavios.

Isaías. 3:18-19: Naquele dia tirará o Senhor os ornamentos dos pés, e as toucas, e adornos e forma de lua, Os pendentes, e os braceletes, as estolas,

Jeremias. 2:32: Porventura se esquece a virgem dos seus enfeites, ou a noiva dos seus adornos? Todavia o meu povo se esqueceu de mim por inumeráveis dias.

Jeremias. 4:30: Agora, pois, que farás ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus olhos, debalde te farias bela; os amantes te desprezam, e procuram tirar-te a vida.

Ezequiel. 16:11: E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao redor do teu pescoço.

Ezequiel. 23:40: E, o que mais é ainda, mandaram vir alguns homens, de longe, aos quais fora enviado um mensageiro, e eis que vieram. Por amor deles te levaste, coloriste os teus olhos, e te ordenaste de enfeites.

Vimos que essas referências fala-nos de adorno físico (uso). Referência que mostra que usar brinco não é pecado: Gn.

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35:4; Ex. 32:2; 35:22; Nm. 31:50; Jz. 8:24; Jo. 42:11; Pv. 25:12; Ez. 16:12; Os. 2:13.

Gn. 35:4 diz: Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que estar junto a Siquém.

Ex. 32:2: E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos.

Ex. 35:22: Assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivela, e pendentes, e anéis, e braceletes, todos os objetos de ouro; e todo o homem fazia oferta de ouro ao SENHOR;

Nn. 31:50: Pelo que trouxemos uma oferta ao Senhor, cada um o que achou, vasos de ouro, cadeias, ou manilhas, anéis, arrecadas, e colares, para fazer propiciação pelas nossas almas perante o Senhor.

Jz. 8:24: E disse-lhes mais Gideão: Uma petição vos farei: daí-me cada um de vós os pendentes do seu despojo (porque tinham pendentes de ouro, porquanto eram ismaelitas).

Jo. 42:11: Então vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quanto dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um pendente de ouro.

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Pv. 25:12: Como pendente de ouro e gargantilha de ouro fino, assim, é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte.

Ez. 16:12: E te pus uma jóia na testa, e pendentes nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça.

Os. 2:13. E sobre ela visitarei os dias de Baal, nos quais lhe queimou incenso, e se adornou dos seus pendentes e das suas gargantilhas, e andou atrás de seus namorados, mas de mim se esqueceu diz o Senhor.

A Bíblia nos fala de anéis para os dedos, ou, seja para ser usado. Veja o que diz os textos abaixo.

Gn. 41:42; Et. 3:10; 8:8; Is. 3:21; Ez. 15:22.

Gn. 41:42: E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o Fez vestir de vestidos de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.

Et. 3:10: Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.

Et. 8:8: Escrevei, pois aos judeus, como parece bem aos vossos olhos, e em nome do rei, e selai-o com anel do rei; porque a escritura que se escreve em nome do rei, e se sela com o anel do rei, não é para revogar.

Is. 3:21: Os anéis, e as jóias pendentes do nariz.

E diz o texto 1Tm. 2:9-10: Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Mas

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(como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.

Com anel do rei; porque a escritura que se escreve em nome do rei, e se sela com o anel do rei, não é para revogar.

Is. 3:21: Os anéis, e as jóias pendentes do nariz:

Lc. 15:22: Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, alparcas nos pés.

Joias rejeitadas. Vejam o que diz a Bíblia em Ex. 33:4: E ouvindo o povo esta má notícia, entresteceram-se, e nenhum deles pôs sobre si os seus atavios.

Deus só proibiu o povo de usar joias quando o povo pecou, assim Deus proibiu por causa da desobediência do povo. Em Gênesis 35:1-4 Deus mandou Jacó ir a Betel, depois dos acontecimentos terríveis que estão registrados no Gênesis 34. Deus mandou Jacó ir a Betel para que ele tivesse uma estreita comunhão e obediência a Deus, pois precisou fazer uma limpeza total. Logo Jacó fez uma geral e o povo deu a ele os deuses estranhos, pois a família de Jacó estava em degradação moral, e tiveram que remover do lar tudo que atrapalhava a adoração ao Senhor Deus. Ele agora tinha que viver uma vida pessoal em santidade ao Senhor, teve que renovar voto de adoração a Deus. Foi por isso que Deus tirou o privilégio do povo. Gn. 28:20-22. Veja o que diz o texto: E Jacó votou um voto dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestido para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus;

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E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e tudo quanto me deres certamente te darei o dízimo.

Deus fez com Judá, em Isaías capitulo três, a mesma coisa, proibindo eles de se adornarem por causa do pecado que o povo havia cometido contra o Senhor. Deus os puniu proibindo o que eles gostavam de usar: joias.

Portanto, temos que examinar a Bíblia com muito cuidado para que cometamos erros de interpretação. Uma incorreta exegese do texto e contexto é motivo de discordância sem necessidade, interferindo assim na comunhão dos irmãos, que leem à mesma Bíblia, pregam a mesma mensagem e falam de Jesus. Muitas das vezes os dogmas são iguais, mas devido a algumas poucas coisas, como os adereços citados acima, cria-se um cisma, e é por isso que a denominação vai perdendo a identidade de igreja de Cristo. Porque a denominação defende costumes próprios, mas a igreja defende o que a Bíblia diz e ensina. Veja o que é costume e o que é doutrina.

Ósculo Santo

O que é ósculo santo? De onde essa expressão procede? Popularmente é conhecido como beijo, que é a manifestação mais objetiva de algum tipo de sentimento humano, como amor, estima fraternal, etc.

A despeito de ser um símbolo de amor e amizade fraternal, serviu como sinal para Judas Iscariotes aprontar e trair Jesus.

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Mt. 26:48. E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é essa; prendei-o.

Essa prática de dar um ósculo era usado entre os irmãos nos tempos de Paulo, na cultura que ele vivia, naqueles tempos. Se o Apóstolo Paulo fosse escrever uma carta aos brasileiros, por certo ele recomendaria ao destinatário “um forte abraço”, porque é assim que geralmente nossa cultura se saúda. Embora temos nos nossos dias muitas denominações para saudações com beijo, ou seja, ósculo santo, os membros dessas denominações fazem separação, pois os homens beijam os homens, e as mulheres beijam as mulheres. A Bíblia ensina que a saudação era extensiva a todos e não só para alguns como fazem as denominações. Vejam que ironia, o versículo que as denominações usam para defender essa prática diz que é para todos. Veja o que diz ICo. 16:20: Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.

A Bíblia nos fala do ósculo da caridade, ora, a caridade não tem malícia e não suspeita mal. Veja o que diz IPe. 5:14: Saudai-vos uns aos outros com ósculo da caridade. Paz seja como todos vos que estas em Cristo Jesus. Amém.

Como já vimos que a Bíblia diz que a saudação é para todos, por que não saudar as mulheres com ósculo? É lógico que tem malícia, então há um equivoco aí. Na verdade as denominações deixam a desejar, pois alguns líderes deixam a Bíblia e ensinam seus próprios pensamentos. Vejam o que diz o apóstolo Paulo a Corintos, 2Co. 13:12: Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.

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ITs. 5:26: Saudai a todos os irmãos em ósculo santo.

Veja que Paulo cita que devemos saudar as mulheres, Rm. 16:3, 6-7,10-16: Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus. Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós. Saudai a Andrônio e a Junia meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo. Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo. Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor. Saudai a trifena e a trifosa as quais trabalham no Senhor. Saudai a amada persida, a qual muito trabalhou no Senhor. Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha. Saudai a Asíncrito, Flegonte, a Hermas, a Pátrobas, a Hermas, e aos irmãos que estão com eles. Saudai a Filólogo e a Junia, a Nereu e a sua irmã, e a Olímpia, e a todos os santos que com eles estão. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. As igrejas de Cristo vos saúdam.

Como dizem os textos acima citados, as mulheres têm seus nomes mencionados de forma ambudante. Portanto, a saudação não pode ser retaliada. O ósculo santo era para saudar a todos os da igreja de corintos e não só aos homens.

A Bíblia prova que a saudação é extensiva a todos, será que a denominação tem como provar que a saudação tem exceção?

Em algumas denominações de nossos dias eu vejo muitas discrepâncias entre seus próprios costumes e o ensino da palavra de Deus. Isso é preocupante, traz uma crise de

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identidade. Estou certo que cada denominação tem seus costumes, mas não podemos abusar no que diz respeito há alguns jugos que se colocam para o povo carregar. Isso não pode, porque Jesus disse que seu julgo é suave e seu fardo é leve. Deus não faz acepção de pessoas, nem judeu, nem grego, nem gentil, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Veja o que disse o apóstolo Paulo, quando escreveu aos Gálatas, 3:28: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

Todos são um em Cristo: vejamos ainda o que diz o texto em 1Pe. 5:14. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de caridade. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém.

Não podemos esconder que hoje nos nossos dias temos muitos grupos que se dizem evangélicos, que há muito tempo deixaram a Bíblia de lado e vivem só de costumes próprios. As mais variadas formas de liturgia e tantas outras coisas que não fazem parte da igreja de Cristo, os tais não têm mais a Bíblia como regra de fé e prática. Todos nós sabemos que o costume não gera doutrina, mas a doutrina gera bons costumes.

No meio do neopentecostalismo temos muitos movimentos que investem muito em marketing, é muita propaganda para nada; uns colocam faixas nas portas dos seus templos, para poder oferecer seus serviços, como campanha da vitória, campanha de libertação, cura divina, campanha da revolta, campanha de quebra de maldição, etc. Muitos prometem até cessar o sofrimento do povo, e estampam em uma grande faixa escrito “Pare de sofre”. isso é falácia, não é verdade. Jesus diz

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que nesse mundo teríamos aflição, mas disse que nós teríamos bons animo.

Essas coisas que acabei de citar são opostas à palavra de Deus, pois ninguém apressa a Deus, Ele é soberano, e não depende da criação para nada. Tentar apressar a Deus é coisa de tolo. A igreja de Cristo não inventa nada para receber a benção de Deus, basta ser fiel ao Senhor nosso Deus, pois Ele não é injusto. Está escrito assim, em evangelho de João, 15:7: Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedirei tudo o que quiserdes, e vós será feito.

Para vermos os frutos da fé, nos é necessário sermos obedientes a o Senhor e crer no impossível, pois Deus é especialista em operar nas coisas impossíveis. Deus é fiel para quem é fiel com Ele, esse negócio de campanha é sacrifício de tolo, Deus não precisa destas coisas para abençoar os seus fiéis pertencentes da igreja de Cristo.

No mundo dos homens, todas as religiões levam a Deus, mas isso é uma mentira tremenda. Há muitas denominações que tem prática diferente da igreja de Cristo; existe muito culto que mais parece ritual afro, mas Jesus tem guardado sua igreja.

Existem grupos que se dizem evangélicos que não aceitam dízimo, alegando que no Novo Testamento não faz referência a essa prática. Em contrapartida temos grupos que são exagerados, chegando até a estipular porcentagens de 20% e 30% e daí para frente, mas a verdadeira igreja adora a Deus com suas contribuições, tal como ofertas e dízimos, e o dízimo é um dever do verdadeiro adorador. É claro que você não vai

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ser salvo por meio do dízimo ou oferta, mas é uma prática antiga, não só no Velho Testamento como no Novo Testamento.

A palavra dízimo, em hebraico ma’ aser, significa literalmente a décima parte. Entregar o dízimo é uma forma de gratidão ao Senhor Deus pelas bênçãos divinas, conforme os seguintes textos. Dt. 14:22-29; Nm. 18:21,24,26; Lv. 27:30-32.

Dt. 14:22-29. Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher no campo. E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu mosto, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR, teu Deus, todos os dias. E, quando o caminho te for tão comprido, que os não possas levar, por estar longe de ti o pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR, teu Deus. E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; comei-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;

Porém não desampararás o levita que estar dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos, tirarás todos os dízimos da tua novidade no mesmo ano e os recolherás nas tuas portas. Então, virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão,

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e fartar-se-ão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda a obra das tuas mãos, que fizeres.

Nm. 18: 21, 24, 26. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem o ministério da tenda da congregação. Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhe disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdareis. Também falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao SENHOR: o dízimo dos dízimos.

Lv. 27: 30-32. Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR.

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PARA QUE ERA USADO O DÍZIMO?

Era usado para cobrir as despesas do culto e o sustento do sacerdote. Por isso devemos dizimar ao Senhor. Não é só por isso, mas também para agradecer ao Senhor Deus por vários benefícios que Ele nos tem feito.

Primeiro, porque devemos o fôlego da vida ao Senhor. Gn. 1:26-27; Atos. 17:28. Segundo, por tudo que temos recebido do Senhor. Jô. 3:27; 1Co. 4:7.

No Velho Testamento, havia várias ofertas. Os Israelitas eram instruídos a ofertar ao Senhor, na forma de oferenda em sacrifício, tais como o holocausto. Lv. 1: 6, 8-13.

Oferta de manjares, Lv. 2:6, 14-23.

Oferta pelo pecado, Lv. 4: 1, 3, 6, 13, 24-30; 5:6, 7.

Oferta pacífica Lv. 3:7, 11-21.

Oferta pela culpa, Lv. 7:1-10.

Havia também as ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas ofertas voluntárias tinham datas determinadas. Lv. 22:18-23; Nm. 15:3; Dt. 12:6, 17. Eles ofertavam, por exemplo, na construção de tendas, Êx. 35:20-29, e nos concertos dos templos, IIRs. 12:9-10. Portanto, como já vimos, os textos dizem que devemos fazer o dízimo e a oferta, pois é o

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nosso dever e a igreja de Cristo faz isso com muita alegria, pois o dízimo é entregue por quem é salvo e não para ser salvo.

Todas essas diferenças trazem uma crise de identificação entre a igreja e a denominação. É certo que a igreja é diferente, pois é eleita de Deus, é noiva do cordeiro e o aprisco fechado, o corpo de Cristo. Quem quiser fazer parte do corpo de Cristo deve obedecer a quem diz a palavra de Deus, tem que estar moldado pelo ensino da palavra do Senhor, pois a Bíblia é a palavra de Deus, que é a regra de fé e a prática daqueles que querem servir a Deus. Por isso não pode ser diferente e nem se pode criar doutrina em cima dos costumes de muitas civilizações da terra.

Temos hoje muitos ensinos contraditórios às palavras de Deus, são ensinamentos extra-bíblicos.

Vejamos alguns ensinos contraditórios: maldição hereditária, espíritos territoriais, cair no espírito, gargalhada santa, emagrecimento espiritual, cola santa, olé ungida, cinza de Israel, óleo de Israel, etc.

A confissão positiva e as invenções acima citadas têm tudo haver com o ocultismo. Essas mazelas vêm de pensamentos de pessoas como Finéias Parkhust Quiby (hipnotizador e curandeiro 1806-1866). Sra. Mary Baker Eddy (fundadora da igreja da ciência Cristã), e Essek William Kenyon (considerado o pai do movimento da confissão positiva).

As igrejas neopentecostais de hoje devem tomar cuidado, pois podem se tornar terreno fértil para essa doutrina extra-bíblica (confissão positiva). Hoje nas igrejas temos muitas

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inovações, além de muita dança, coreografias, pulos e muita desordem. Têm muitas coisas que é só ficção, como sapato de fogo, espada de fogo, manto de fogo, tapete de fogo, etc. Em muitas reuniões não se fala mais em Jesus Cristo, mas falam-se muito em anjos; anjo da vitória, anjo do renovo, anjo de guerra, etc.

Vale a pena dizer que os anjos só fazem algo quando Deus ordena, pois os anjos estão a serviço de Deus, e o culto é para adorar a Deus e a Jesus Cristo, pois eles são superiores aos anjos. Então, adoremos ao Senhor Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

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CONFISSÃO POSITIVA

Um dos mais conhecidos predicadores desse movimento foi Kaneth Copeland. Ele afirma que Deus tem fé e diz que Deus fez todas as coisas por meio dela. Dizia também que as palavras de Deus estavam carregadas de fé, ou seja, Ele a liberou e as coisas aconteceram. E dizem mais, que os homens devem ter a fé de Deus para fazerem as coisas acontecerem.

Charles Capps disse que a fé foi a substância que Deus usou para criar o universo. Esses homens dizem que Deus parece com o homem, ele tem até a medida de Deus, diz que Deus mede entre 1.88 a 1.90 metros de altura, pesando 90 kg, dizem ainda que Deus criou a terra como réplica do céu pela palavra da fé, e que Deus não pode fazer nada sem a permissão de Adão. Aqui no Brasil temos a Valnice Milhomes que diz: “Deus assumiu a natureza humana para que o homem assuma a natureza divina”.

A igreja sabe que a primeira tentativa de deificar o homem partiu de Satanás no Éden, conforme está escrito em Gênesis. 3:5: Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

O hinduismo defende essa crença, a New Age (nova era) e o mormonismo. Segundo a expressão do líder dos mórmons,

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Talmage, em sua obra as regras de fé dizem: “como o homem é Deus foi como Deus é o homem poderá vir a ser”.

Keneth Hagin afirmava que “o homem foi criado em forma de igualdades com Deus”. Kenneth Copeland dizia “a razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo”. Charles Capps disse “Deus duplicou a si mesmo em espécie! Adão foi uma exata duplicação do tipo de Deus”.

Os profetas da teologia da prosperidade pregam que a enfermidade é pecado ou falta de fé, mas isso não é verdade, tanto que a esposa de um dos profetas, Fiederick K. C. Price, morreu de câncer. Se isso for prosperidade; dinheiro e saúde são a marca registrada do cristão, são os instrumentos afiadores do grau de espiritualidade e santidade do crente.

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MALDIÇÃO HEREDITÁRIA

Esse problema é contraditório, porque alguns movimentos neopentecostal ensinam que são maus que vieram dos seus pais, avós etc. Dizem que alguém que tem problemas como adultério, pornografias, divórcios, alcoolismo, tendência suicidas, como eu citei acima, aluem de sua família ou descendências, avós, bisavós tataravôs e daí vai.

Esse tipo de ensinamento foi propagado pela senhora Hickey, principal promotora dessa doutrina. Na verdade essa doutrina não existe. A Bíblia diz que todos que estão em Cristo novas criaturas são. As coisas velhas se passaram e eis que tudo se fez novo. Então sendo assim esse ensinamento é nulo completamente, pois Jesus levou todo o nosso passado, isso foi profetizado por Isaías em 53:4, 5, que diz: Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados.

Existem outras doutrinas extra-bíblicas atuais, como a gargalhada santa, também chamada de unção do riso. Os participantes começam a dar gargalhada, urrar, latir e outras imitações de animais. Recentemente um grupo gospel, muito famoso aqui no Brasil, em um dos seus shows, fez isto. A vocalista começou a andar como animal quadrúpede, dizendo

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que havia recebido a unção do Leão. Isso é no mínimo estranho, pois a vocalista alegou que era a unção do leão da tribo de Judá. É realmente estranho e antibíblico.

Essa questão do riso tenta justificar com o sorriso de Sara, mas isso não tem nada a ver com o que está escrito em Gn. 18:12, 13, que diz: Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho? Disse o SENHOR a Abraão: por que se riu Sara, dizendo: Na verdade, gerei eu ainda, havendo já envelhecido?

O povo de Israel também riu quando saíram do cativeiro, veja o que diz a Bíblia.

Salmos. 126:2, 3: Então minha boca se encheu de riso, e a nossa língua de cânticos; então dizia entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres.

A igreja é firme na palavra de Deus, para não ser afetada por essas mazelas. Com o crescimento denominacional, têm surgido muitas confusões e teses diferentes, maus costume que não é próprio da igreja de Cristo. Onde vamos parar com essa babel?

Esse termo babel é usado para mostra a confusão de linguagens denominacionais, é uma complexidade terrível. Esse termo foi usado na construção da Torre de Nirode, que ficou conhecida como Torre de Babel. Em Gn. 11:9 e em todo capítulo 11 do Gênesis está toda história de Babel e a confusão que foi.

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EM QUE CRÊ A IGREJA DE CRISTO?

A igreja crê na Bíblia como infalível, pois é na Bíblia que Deus se revela ao ser humano. A igreja crê que só Jesus pode salvar e que a Bíblia é o manual de fé e prática dos Cristãos. A igreja crê na inspiração total da Bíblia.

A inspiração da Bíblia

A palavra inspiração vem do latim e é a tradução do termo grego theopneustos. Na Bíblia revista e corrigida temos assim traduzido: “toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar para redargüir, para corrigir e para instruir em Justiça.”.

Conforme a tradução ARA, é pela inspiração da Bíblia que Deus se revelou à humanidade. Deus determinou as ocasiões da sua revelação. Deus não se revelou de uma vez só, mas paulatinamente no decorrer dos séculos, conforme diz o texto de Hb. 1:1, 2: Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo seu filho.

Deus se revelou quando achou por bem fazer conhecido o seu nome e os seus caminhos (Ex. 3:14,15). Até mesmo a maneira de Deus se revelar ajudando os seres humanos a compreender a sua natureza, caminhos e o seu relacionamento com eles, Deus

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sempre usou método para se revelar, tal como uma voz (At. 9:3-4), um vento, uma nuvem ou um anjo. Em outras ocasiões, a revelação era interna: um sonho ou visão (Ex. 13:21-22; Nm. 12:6; Dn. 9:21-22). Veja que Deus sempre escolheu a maneira de revelar a sua verdade. Semelhantemente, Deus determinou o local e as circunstâncias da sua revelação, Deus se fez conhecer no Éden, no deserto de Mídia e no Monte Sinai. Gn (2:15-17; Ex. 3:4-12; 19:9-19).

Quando o ser humano busca a Deus só consegue achá-lo segundo as condições por Ele estabelecidas (Jr. 29:13). Deus determina quem receberá a sua revelação, quer se trate de pastores ou reis, quer de pescadores ou sacerdote (Dn. 5:5-24; Mt. 4:18-20; 26:63,64).

É por isso que a igreja crê na Bíblia como palavra de Deus, pois suas mensagens são infalíveis, a Bíblia é inerrante, não contem erros. Por esta razão usa-se os termos infalibilidade e inerrância, que são empregados para aludir a veracidade das escrituras. Tudo que nela está escrito é verdade (Mt. 5:17,18; Jo. 10:35).

A igreja crê no Deus único e verdadeiro

Devido aos seus atributos morais, à sua natureza divina e à sua supremacia, Ele não se revelou só para transmitir-nos conhecimentos teóricos a respeito de si mesmo, pelo contrário, as suas revelações sempre teve e sempre terá objetivos positivos em nossas vidas. Isso ficou provado quando Deus se

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revelou num encontro com Adão, com Abraão, Com Jacó, com Moisés, com Isaías, com Marta, com Elias, etc.

A existência de Deus

A Bíblia não se preocupa em oferecer-nos qualquer prova racional quanto à existência de Deus. Pelo contrário, ela já começa tomando a sua existência como pressuposição básica: no princípio, Deus criou os céus e a terra (Gn. 1:1). Deus existe! Ele é o ponto de partida. Por toda a Bíblia há evidências, substâncias da existência de Deus.

Os néscios dizem que não há Deus (Salmos. 14:1). Por outro lado, os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Salmos. 19:1). Não podem existir provas mais contundentes do que a criação e a forma como Deus sustenta tudo o que existe; Ele dá a vida, alento, alimento e alegria (At. 14:17; 17:24-28).

Deus também se mostra através dos ministérios dos profetas e sacerdotes, reis e servos fiéis, e, finalmente, Deus se revelou por meio de seu filho Jesus Cristo e por meio do Espírito Santo que habita em nós.

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OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS

Deus nunca dependeu de ninguém, porque Ele é único e soberano em tudo e para todos. Ele é Criador e não depende de nada do que criou; está separado dela, e a sustenta em tudo. Moisés já conclamava o povo dizendo: Ouve Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Dt. 6:4.

Nem tão pouco é servido por mão de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. At. 17:25. Deus existe por si mesmo, pois não precisa de nenhuma fonte originária para isso. Seu próprio nome ‘Yahweh’ declara que Ele é e continuará sendo Deus não depende de ninguém para aconselhá-lo ou ensiná-lo, Ele não necessita de outro ser para ajudá-lo na criação e na providência. Is. 40:14; 44:24. Deus é único a independer de ninguém (Jo. 5:26). Sendo assim, nenhum ser criado pode fazer tal declaração; nós que somos criaturas, só nos resta adorá-lo. Digno és o SENHOR, de receber glória, honra e poder, porque Ele criaste todas as coisas, por própria vontade. Ap. 4:11.

Deus é Espírito

Jesus, quando estava conversando com a mulher Samaritana, desfez um grave erro ao dizer: Deus é espírito, importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João. 4:24).

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Os Judeus e os Samaritanos não se davam bem. Havia uma cisma entre eles, pois Moisés havia dito que o lugar de adoração era no monte Gerizim, mas os Judeus iam ao Templo adorar. Também os Samaritanos rejeitavam uma parte do Velho Testamento, chegando até a elaborarem uma própria tradução do Pentateuco, por isso os Judeus não tinham comunhão com eles.

Deus, como espírito, habita na luz, da qual os seres humanos são incapazes de aproximar-se, pois até então nenhum homem viu e nem pode ver. 1Tm. 6:16 diz: aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém! A natureza espiritual de Deus nos é de difícil entendimento, pois ainda não o vimos conforme Ele é, mas um dia o veremos. 1 João. 3:2 nos diz: Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como ele é o veremos.

Então, quando chegarmos nos céus, vamos nos aproximar da sua presença, porque a nossa mortalidade será anulada, e seremos vestidos de imortalidade. Deus é cognoscível, ou seja, pode ser conhecido. Porque, até então Ele não foi visto por ninguém; o apóstolo Paulo frisou isso falando à igreja de Corinto quando escreveu a sua primeira carta. Ele ensina sobre a imortalidade e que só assim veremos a Deus, pois que tem o corpo corruptível não pode ver a Deus como Ele é. Veja em 1Co. 15:51-54: Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,

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num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi à morte na vitória.

Apesar disso, Deus se manifestou de várias maneiras. É da sua vontade que o conhecemos e que tenhamos um bom relacionamento com Ele (Jo. 1.18, 5.20, 17.3; Rm. 1.18.-20). Mas isso não quer dizer, porém, que podemos compreender completa e exaustivamente a totalidade do caráter e da natureza de Deus (Rm. 1.18-20 2.14-15). Deus se revela e se oculta (Is. 45.15), isso porque Deus decidiu agir através do seu filho, conforme Hb. 1:2. Deus tem prazer de sua plenitude habitando no seu filho Jesus (Cl. 1:19), por isso Jesus é divino em tudo.

Deus é eterno

O Deus que a igreja crê não está limitado pelo tempo. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus (Salmos. 90:2). Portanto, somos impossibilitados de entender a revelação entre o tempo e a eternidade, então temos que nos confessar. 1Tm. 1:17: Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo sempre. Amém!(Nm.23.19; Sl. 33.11, 102.27; Is.57.15).

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Deus é Onipotente

Um antigo questionamento filosófico aborda o seguinte assunto: Deus é capaz de criar uma rocha tão grande que Ele não pode mover . Se Ele não consegue movê-la, logo, Ele não é Todo-Poderoso. Se Ele é capaz de criar uma rocha tão grande assim, isso comprova que Ele também não é Todo-Poderoso. Essa concepção é uma falácia da lógica, pois o poder de Deus está relacionando com os seus propósitos.

Mas a igreja sabe que Deus é o Todo-Poderoso para fazer tudo quanto pretende, tudo que esteja de acordo com o seu propósito e de seu decreto, pois Deus tem capacidade para realizar tudo quanto quer e deseja (Is. 14.27). O único e verdadeiro Deus jamais será resistido, impedido ou anulado pelo ser humano (2Cr. 20.6; Si. 147.5; Is. 43.13; Dn. 4.35). Haveria coisa alguma difícil ao Senhor (int) (Gn. 18.14; Jr.32.17).

Deus é onipresente

Havia um equívoco nas dias do Antigo Testamento. As nações ao redor de Israel serviam a deuses regionais ou nacionais, cujo poder limitava-se à localidade e ao ritual, e na maioria dos casos os devotos achavam que seus deuses tinham poder só nos domínios habitados pelo povo que lhe prestava cultos. Naquela época, o Senhor falava com aquele que manifestava a sua presença somente no santo dos santos do

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Tabernáculo, e, posteriormente, no templo que Salomão construiu. Mas a onipresença não está limitado a lugares especifico na Terra. Salomão reconheceu isso (1Rs. 8.27). Nós, os seres humanos, não temos como fugir da presença de Deus (Sl. 139.7-10; Jr.23-24). A natureza espiritual de Deus permite que seja Ele onipresente e ao mesmo tempo que esteja mui próximo de nós (At.17.27-28).

Deus é onipotente

Quando lemos a palavra de Deus em Hebreus 4.13, encontramos que nenhuma criatura está oculta diante dos olhos do Todo-Poderoso. Em Salmos 139.1-4, Deus conhece todos os nossos pensamentos e intenções. Deus não se cansa de sua atividade de discerni-los (Is. 40.28). Deus conhece as coisas antes mesmo de terem início (Is. 46.10). É difícil compreender totalmente como Ele pode conhecer previamente o futuro antes mesmo do seu início, pois não podemos adentrar no conhecimento e a sabedoria de Deus (Rm. 11.33).

Deus é Sábio

Quando o homem olha para a natureza ou para toda criação, sabe que quem os criou tem uma sabedoria sem explicação. Quem quer fazer pesquisas para descobrir quem criou tudo o que há na natureza, começa a perceber não houve e não haverá homem que tenha tamanha sabedoria. Deus é o criador de todas as coisas. Quando colocamos a sabedoria no âmbito da prática,

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nosso modelo para tal sabedoria é Deus (Hachmah). Sabedoria reúne o conhecimento da verdade com experiência do cotidiano. A verdadeira sabedoria nos orienta para termos certeza da sabedoria de Deus; basta sabermos que Deus está além da nossa imaginação (Sl. 147.5). Todas as obras de Deus são feitas pela sua grande sabedoria (Sl. 104.24), nosso Deus faz tudo que lhe parece bem (Dn. 2.21), Deus faz tudo para nós conhecermos os seus planos a nosso respeito, para que assim possamos viver no centro da sua vontade (Cl. 2.2-3).

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OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

Deus é Fiel

No Oriente, os deuses das religiões eram volúveis e caprichosos, mas a grande exceção era o Deus de Israel. A palavra hebraica ‘amém’ quer dizer ‘verdadeiramente’. Essa palavra é uma das descrições notáveis do caráter de Deus, essa descrição reflete a fidedignidade de Deus. O profeta Isaías disse que os conselhos antigos são verdade a firmeza (‘em unah ‘ornen) que significa literalmente: fidelidade de confiabilidade (Is. 25.1).

Nós, os cristãos, usamos frequentemente a palavra ‘amém’ para expressar nossa certeza quanto ao fato de Deus responder-nos às orações, e atribuir às bênçãos que recebemos a natureza fiel de Deus (Gn. 24.27). O Senhor é fiel para cumprir o que promete (Dt. 7.9). Josué, já no fim de sua vida, declarou ao povo de Israel que o senhor nunca lhe faltará, nem sequer numa única promessa (Is. 23.14). O salmista confessou: tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus (Sl. 89.2). Jeremias disse no livro de lamentações: as misericórdias do senhor são a causa de não sermos consumidos: porque as suas misericórdias são novas a cada manha: grande é a tua fidelidade (Lm. 3.22-23).

O apóstolo Paulo confirmou a fidelidade de Deus e que seria impossível pensar que Deus venha abandonar os seus filhos

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1Co. 10:13. No livro de números está escrito que Deus não é homem para que minta; e nem filho de homem para que se arrependa; porventura, diria Ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria (int). Nm. 23:29.

A fidedignidade de Deus é absoluta, porque Ele é fiel e verdadeiro, conforme está escrito em Deuteronômio. 32: 4; Sl. 89:8; 1Tss. 5: 23-24; Hb. 10:23; 1Jo. 1:9.

Deus é verdadeiro

Deus é vivo e verdadeiro e a sua veracidade forma um contraste com a desonestidade do ser humano. Sl. 33:4; 119:151. Integridade moral de Deus é a sua característica pessoal permanente. Sl. 119:160. Deus é tão verdadeiro, que somos santificados. A Bíblia diz que a verdade proclamada tornou-se a verdade encarnada: santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Jo. 17:17. Nossa esperança depende diretamente de tudo quanto Deus nos revelou, e a igreja tem garantia da mais absoluta verdade João. 14:6; Tito. 1:1.

Deus é bom

O próprio Deus se acha bom. No Éden o SENHOR examinou a sua obra e disse que era boa, pois lhe agradava e era apropriada aos seus propósitos. Gn. 1:4, 10, 18, 21, 25, 31. O salmista disse que o SENHOR é bom. Sl. 100:5; 145:8-9; Lm. 3:25. Essa qualidade do SENHOR prover todas as nossas necessidades materiais; as chuvas e as colheitas (At. 14:7) e

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também as nossas necessidades espirituais (alegria em nossos corações). At. 14:17. A igreja de Cristo sabe que o SENHOR é bom em todo tempo. Conforme Tiago. 1:17, a bondade de Deus se contrasta com as crenças antigas, segundo as quais todos os demais deuses eram imprevisíveis, malévolos, dentre outras coisas piores, mas a Bíblia diz que Deus é bom em todo tempo.

Deus é paciente

Vivemos nos dias de hoje em um mundo muito conturbado em todas as áreas, mas Deus tem sido longânimo, e está disposto a perdoar a iniquidade e transgressão de todos que querem ser perdoados. Nm. 14:18: O SENHOR é longanimo e grande em beneficência, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até terceira e quarta geração.

Longânimo significa ‘tardio em irar-se’. O salmista já dizia que Deus é paciente e cheio de compaixão e graça. Sl. 86:15. A longanimidade de Deus é muito grande, pois Ele não quer que ninguém se perca. IIPe. 3:9-15.

Deus é amor

Quando uma pessoa se torna cristão, logo memoriza uma frase, e a frase é esta: Jo. 3:16: Deus nos amou primeiro, pois enviou o seu filho para propiciação pelos nossos pecados,

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conforme o evangelho de Jo. 4:10. O maior amor é o amor de Deus, Ele nos dá proteção. Dt. 33:12. Por isso devemos sempre lembrar sempre de agradecer. Sl. 42:8; 63:3; Jr. 31:3.

Deus é santo

A santidade de Deus está relacionada à sua própria natureza. O SENHOR está separado do pecado e da humanidade pecaminosa. Há razão para isso porque nós, seres humanos, somos incapazes de nos aproximar de Deus, em nosso estado de pecado. É porque não somos santos, quem está no pecado é impuro. Is. 6:5. O pecado é um ladrão; ele rouba a pureza do homem, ele rouba a consciência do homem, ele rouba a paz do homem. O pecado é a violação da vontade de Deus, pois todos que permanecem no pecado são rebeldes, ao passo que Deus é íntegro e reto, Santo Poderoso e autoexistente.

A santidade é o caráter e a atividade de Deus, conforme é revelado em seu nome em hebraico, é ‘Yahweh m qaddesh’, que significa ‘o Senhor que vos santifica’. Lv. 20:8. Mas Deus nos convida para participarmos de sua justiça e a adorá-lo. IPe. 1:15. Os quatros seres viventes no Apocalipse vivem dia e noite dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR Deus. Ap. 4:8; Sl. 22:3.

Portanto, a igreja de Cristo não pode e não inova algo para tentar ao SENHOR Deus, ela conhece o Deus incomparável que tem como seu SENHOR.

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OS NOMES DE DEUS

Para Israel havia um só Deus verdadeiro, que era chamado de Deus de Israel, em hebraico ‘El Elohe Yisra’ el, ou seja, poderoso Deus de Israel. Gn. 33:20. Na Bíbila esse nome forma termos descritivos compostos, tais como: Deus (‘el) da glória Sl. 29:3, Deus (‘el) do conhecimento 1Sm. 2:3. Deus (‘el) da salvação Is. 12:2, Deus (‘el) da vingança, Sl. 94:1 e Deus (‘el) grande e terrível, Nee. 1:5; 4:14; 9:32; Dn. 9:4.

Na forma plural, Elohim encontra-se quase 3.000 vezes no Antigo Testamento, pelo menos 2.300 dessas referências falando do Deus de Israel. Gn. 1:1; Sl. 68:1. Abraão o identificou como ‘El shadai, Gn. 1:17.

Deus também e chamado de ‘El Elyon’, Deus altíssimo. Gn. 14:22; Nm. 24:16; Dt. 32:8. Já a natureza eterna de Deus é representada por ‘El’Olam, que é ‘perpétuos ou eternos’. Gn. 21:33; Cf. Sl. 90:2. Todos que precisam de libertação invocam ‘Elohim yish’ que quer dizer ‘Deus nosso salvador’. 1Cr. 16:35; Sl. 65:5, 68:19, 79:9. O nome pessoal de Deus, que era pronunciado pelos Serafins, era ‘Yahweh’. Este nome aparece 6.828 vezes em 5.790 versículos do Antigo Testamento, essa é a designação mais frequente de Deus na Bíblia.

Essa expressão significa ‘estar presente’. Ex. 3:1. Lembrando quando Deus disse: Eu sou o que sou (Ex. 3:14-

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15), em hebraico ‘Eheh’ashr’ehyeh’. Isso indica a existência em ação. Temos também ‘Yhwh’, que quer dizer ‘Senhor’.

Alguns nomes de Deus no Novo Testamento

O Novo Testamento oferece uma revelação muito mais clara do Deus Trino e Uno. Deus é Pai: João. 8:54; 20:17; filho: Fp. 2:5-7; Hb. 1:8; e Espírito Santo: At. 5:3-4; 1Co. 3:16.

Jesus usava o título ‘Pai’, que no grego é ‘Pater’, que significa ‘patriarca’. Já em Mc. 14; 36, Jesus usou o termo aramaico ‘Abba’. Em Gálatas, o apóstolo Paulo também usou o termo grego ‘ho pater’, ou seja, ‘Aba Pai’. Em Rm. 15:16, ‘Ho pater’ significa ‘Ó pai’. Esses são alguns nomes do nosso Deus do Novo Testamento.

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A SANTÍSSIMA TRINDADE

O que é a Santíssima Trindade? É o Pai incriado, o Filho incriado, e o Espírito Santo incriado. O Pai incomensurável, o Filho incomensurável, e o Espírito Santo Incomensurável. O pai eterno, o filho eterno, e o Espírito Santo eterno. Mesmo assim não são três eternos, mais só um eterno.

A Trindade é um mistério e para dissecarmos os mistérios da Bíblia temos que usar também a razão, pois o papel da razão é o de auxiliar, e nunca dominar (atitude racionalista). Para entendermos a Trindade, temos que considerar as evidencias históricas que estabelecem a identidade de Jesus: Jesus como homem, e também como Deus, em virtude do seu caráter divino, pois Jesus tinha um relacionamento sólido com Deus e com o Espírito Santo, e esse relacionamento é eterno. A própria Bíblia sustenta essa doutrina do Pai, Filho e Espírito Santos. São três pessoas distintas.

A conclusão, baseada nas escrituras, é que o Deus da Bíblia é um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade. No Antigo Testamento temos a luz sobre a pluralidade na deidade. Vejamos o que diz a Bíblia em Gênesis 1:26: Façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança.

Aí temos uma comunicação interpessoal divina, isso requer uma unidade de pessoas na deidade. Gênesis. 16:7; 18:1-21; 19:1-28; 32:24-30.

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Jacó disse: tenho visto a Deus face a face, com referência ao Anjo do Senhor. em Isaías. 48:16; Is. 61:1; 63:9-10. João começa o prólogo do seu evangelho com a revelação do verbo dizendo: no princípio era o verbo, e o verbo era Deus. E João continua (João 1:1): e o verbo estava com Deus. Do grego é pros tontheon. Verbo é o (logos) e ele existe em uma perfeita comunhão com Deus, por toda eternidade.

João revela o verbo que entrou na história (1:14). E ele se revelou como Jesus de Nazaré, sendo Ele mesmo o único Deus, que está ao lado do Pai, e o verbo tornou o Pai conhecido. Conforme João 1:18, foi através do verbo eterno, Jesus Cristo, que o Pai criou todas as coisas. João. 1:3; Ap. 3:14.

O próprio Jesus se apresenta como soberano dizendo “eu sou” (João. 8:58; Ex. 3:14). Já em João 10:30, Ele falou “Eu e o Pai somos um”. O apóstolo Paulo disse Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele. Cl. 1:17, Jesus é o Deus forte. Is. 9:6-7. Jesus está presente em todos os lugares. Mt. 18:20. E é imutável. Hb. 13:8.

Jesus dividiu esse título com o Pai. Ele é o primeiro e o último. Ap. 1:17; 22:13. Ele é o nosso salvador e redentor. Jô. 3:16; Hb. 9:28; 1Jo. 2:2. Ele é vida e luz. Jô. 1:4. Ele é Pastor. Jô. 10:14; 1Pe. 5:4. Ele é aquele que justifica. Rm. 5:1. E que breve virá com Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Ap. 19:16. Jesus é a verdade. Jô. 14:6. É o consolador. 2Co. 1:5. É o conselheiro. Is. 9:6. Ele é a rocha. Rm. 9:33; 1Co. 10:4. Ele é Santo. Lc. 1:35. E Ele habita naqueles que invocam o seu nome. Rm. 10:9-10; Ef. 3:17.

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Jesus reivindicava plena divindade para o Espírito Santo, João. 14:16. A o chamar o Espírito Santo

(Allon Parakleton). A Bíblia dá testemunho da dinvidade com a terceira pessoa da Trindade, Sl. 104:30. Revela o Espírito Santo como Criador.

O Espírito Santo possui atributos da deidade. O Espírito Santo conhece todas as coisas (1Co. 2:10-11). Ele está presente em todos os lugares. Sl. 139:7-8. Ele distribui dons, pois Ele é um só, Ele é a verdade. 1Co. 12:11; Jo. 15:26; 16:13; 1Jo. 5:6. Ele é o autor da vida. Jô. 3:3-6; Rm. 8:10. Mediante a renovação. Tito. 3:5. E nos sela para o dia da redenção. Ef. 4:30.

O pai nosso santificador (1Tss. 5:13).

Jesus Cristo é nosso Santificador (1Co. 1:2).

O Espírito Santo é o nosso Santificador (Rm. 15:16).

O Espírito Santo é nosso conselheiro (Jô. 14:16, 26; 15:26).

Ele habita naqueles que o temem (Jo. 14:17; 1Co. 3:16-17; 6; 19; 2Co. 6:16).

As pessoas da Trindade têm vontades separadas, porém nunca conflitantes. Lc. 22:42; 1Co. 12:11. Quando o Pai falou ao filho, Ele empregou o pronome da segunda pessoa do singular dizendo: Tu és o meu filho amado; em ti eu tenho prazer, ou tenho comprazido. Lc. 3:22. Jesus se oferece ao pai pelo Espírito Hb. 9:14, quando observamos o nascimento virginal de Jesus Cristo podemos ver que há um inter-

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relacionamento entre os três membros da Trindade. Lc. 1:35. Por ocasião da criação houve envolvimento do Espírito. Gn. 1:2. Jesus. quando ordenou aos discípulos, colocou os três membros da deidade. Mt. 28:19. O apóstolo Paulo, que era Judeu monoteísta e aprendeu com um grande erudito que se chamava Gamaliel (Fp. 3:5), deu o caminho definido à Teologia Trinitariana. Em sua saudação à Igreja de Corinto disse: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos 2Co. 13:14.

Assim, segundo a Bíblia, chegou decididamente à conclusão de que, dentro da natureza do único Deus verdadeiro, há três pessoas, sendo que cada um é coeterna, coigual e coexistente.

Assim sendo, com toda essa clareza, não temos como não crermos na Trindade, pois a igreja de Cristo continuará pregando a doutrina da Trindade.

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A IGREJA CRÊ NO SENHOR JESUS CRISTO

O Senhor Jesus Cristo é a figura central de toda realidade cristã, Jesus é a verdade central do Cristianismo. Os cristãos entendem que Ele é o cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, bem como o Rei vindouro. Em Atos dos apóstolos (13:8; 19:11-16), Pedro inicia lembrando aos Judeus o poder de Jesus, e os Judeus pedem um sinal. 1Co. 1:22. Jesus é o cabeça da igreja, Ele é quem mantém a igreja. Por isso a igreja o adora sempre, sem Jesus não existiria a igreja.

O que pensam os críticos acerca de Jesus Cristo?

Jesus nunca escreveu nada, mas o que escreveram sobre Ele é uma grandeza. Existem milhares de livros escritos a seu respeito. Jesus é a maior personalidade da história, sua mensagem vem ao longo dos séculos atingindo e transformando a vida de inúmeras pessoas pertencentes a todas as camadas sociais. Isso incomoda reis, impérios e governos; sim, isso tem sido uma perturbadora realidade sobre a face da terra. Desde que o verbo se fez carne e habitou entre nós, a perseguição a Jesus ainda continua, pois um grupo de homens tem-se empenhado desde o século XVIII para apagar o nome de Jesus Cristo da história, afirmando que Ele nunca existiu.

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Esses homens são filósofos inimigos do evangelho, homens envenenados pelo ateísmo e o materialismo. Houve dois homens que criaram a doutrina Cristomítica: os alemães David Strauss (autor do livro Uma Nova Vida de Jesus), e Arthur Drews (autor do livro O Mito de Cristo). Eles disseram: fora do Novo Testamento não existe nenhuma referência histórica da época de Jesus Cristo que faça referência a Ele.

No rastro dessa diabólica teoria, o jornal Correio Brasiliense publicou, em 2 de Agosto de 1983, um violento ataque contra a existência histórica de Jesus. O artigo foi assinado por Ézio Flavio Bazzo, a matéria intitulada: Mito, história ou mentiras. Cristo nunca existiu. Essa era síntese de um livro publicado na Itália, e foi também na Itália que surgiu o livro ‘Cristo Nunca Existiu’, cujo autor é Emilio Bossi.

Não foram só esses ataques. O filósofo Voltaire, apesar de confessar a existência de Deus em um livro de cunho filosófico, onde disse que era impossível o homem racional não acreditar na existência dele, disse, sobre Jesus, no livro ‘Deus e os Homens’ que não se conserva nenhum documento romano em que conste que fizeram crucificar Jesus. Em outro trecho do livro, Voltaire afirma: Nenhum autor grego ou romano fala de Jesus.

É lamentável dizer que a tentativa de jogar Jesus na galeria das figuras lendárias ou irreais chegou ao Brasil pelos escritores Jorge Brandes, autor do livro ‘Jesus Cristo é mito’ (Biblioteca Contemporânea. Rio de Janeiro. 184 Páginas), e Oscar Algarve, autor de ‘Jesus de Nazaré e a Critica da

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História’. (Editora Germinal. Rio de Janeiro, publicado em 1962. 245 páginas).

Acredito que esses brasileiros escreveram esses livros sob a influência maligna e diabólica, pois eles só tentaram fazer com que seus leitores acreditassem que Cristo nunca existiu, mas Jesus Cristo não é uma lenda e Ele existiu e sempre existirá. Ele tem revolucionado a humanidade ao longo do tempo e da história; vidas têm sido alcançadas e transformadas. Escrever que Cristo nunca existiu é falar sozinho e sobre isso jamais terá ouvintes. Quem isso faz só irá receber criticas. Mas Jesus Cristo pode e quer salvar essas pessoas. A igreja de Jesus Cristo o adora, e sabe porque o serve. JESUS é a cabeça da igreja, Ef. 1:22, 23.

Dando resposta aos críticos, quero dizer que temos sim como afirmar que Jesus Cristo existiu, temos sim documentos históricos que comprovam a existência de Jesus Cristo, temos fontes judaicas, como Antiguidades Judaicas, de autoria do historiador Flavio Josefo, onde nós encontramos duas referências de Jesus.

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FONTES NÃO CRISTÃS FORA DAS ESCRITURAS QUE ESCREVERAM SOBRE

JESUS

Temos vários historiadores que foram contemporâneos de Jesus ou viveram logo depois. Ele é mencionado pelos historiadores romanos Tácito, Plínio, Seutônio e pelo historiador judeu Flávio Josefo.

Flávio Josefo (37- 100 d.C.)

Ele era filho de sacerdote, fariseu de família abastada. A primeira delas encontra-se no livro XVII, no capítulo IV, parágrafo 772. E o registro está assim:

Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se, todavia devemos considerá-lo simplesmente como um homem, tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos gentios. Era o Cristo o mais ilustre da nossa nação, acusaram-no perante Pilatos e ele fez crucificar. Os que haviam amado durante a vida abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia como os santos profetas o tinham predito e que ele faria muitos outros milagres. É dele que os Cristãos, que vemos ainda hoje. Tiraram seu nome.

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Referência que Flavio Josefo fez acerca de Cristo, encontra-se no livro XX, capítulo VIII,

Parágrafo 856 da Antiguidade Judaica.

Morrendo Festo, Nero de governo da Judéia a Albino, ele aproveitou o tempo da morte de Festo, Albino ainda não tinha chegado, para reunir um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamando Cristo e alguns outros.

E Anano havia acusado a Tiago, irmão de Jesus de transgredir a lei e os mandou para apedrejamento. Mais isso não caiu bem nem ao mais zeloso observador da lei.

Tácito (55 a 56 – 120 d. C).

Cornelius Tacitus, membro da aristocracia senatorial, ocupou cargos habituais, foi procônsul da Ásia em 112 e 113 e ficou conhecido como historiador por suas duas grandes obras: as Histórias (105 e 110) e os Anais (116 – 117). E ele relatou assim: Mas nem todo o socorro que uma pessoa poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiam que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores, acusou falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas. Christus, o que deu origem ao nome cristão,

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foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas reprimida por algum tempo, a supertição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também em toda cidade de Roma (Anais XV. 44).

Plínio (61 – 120 d. C).

Plinius Caecilius Secundus era membro da aristocracia romana, advogado e funcionário público. Por volta de 111 d.C, Plínio foi enviado pelo imperador Trajano (98-117) à província da Bitínia e pronto para averiguar acusações contra os cristãos. Nesse período ele manteve ampla correspondência com Trajano, do que nos restou uma coleção de dez volumes. Numa dessas cartas, Plínio descreve as práticas de adoração dos primeiros cristãos: Veja a transcrição.

...quod essent soliti stato die ante lucem convenirecarmenque christo quase deo dicere secum invicem seque sacramento non in scelus aliquod stringere, sed ne furta, ne latrocina, ne adulteria committerent, ne fidem fallerent, ne depositum adpelleti abnegarent.

Veja a tradução: [Eles tinham] o costume de se reunir antes do amanhecer num certo dia, quando então cantavam responsivamente os versos de um hino a Cristo, tratando-o como Deus, e prometiam solenemente uns aos outros não cometer maldade alguma, não fraudar, não roubar, não adulterar, nunca mentir, e a não negar a fé quando fosse instado a fazê-lo (Epístola X, 96).

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Suetônio.

Caius Suetonius Tranquillus era membro da ordem dos cavaleiros, advogado, amigo particular de Plinius Caecilius, que lhe abriu os caminhos para os mais altos cargos públicos sob o governo do imperador Trajano e Adriano. Desse modo, Suetônio obteve acesso aos arquivos reais. Ele redigiu uma obra chamada de a Vida dos Césares, e na obra ele se referiu assim:

Judaeos impulsore chresto assidue tumultuantes Roma expult (Ele expulsou de Roma os Judeus que, incitados por Chrestus, não paravam de provocar tumultos – Vida de Cláudio, 25.4).

Escreveu também: “Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas dadas a uma supertição nova e maléfica” (Vida dos Césares, 26.2).

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O TALMUDE TEM REFERÊNCIA HISTÓRICA SOBRE JESUS

A segunda grande fonte de origem judaica que confirma a existência histórica de Jesus é o Talmude. O que é o Talmude? É uma coleção de doutrina e comentários acerca da lei, elaborada a partir do primeiro século da era cristã, essa obra foi escrita por rabinos, no tratado do Sinédrio, número 43 (uma das partes que compõem o Talmude).

Bíblia: o livro mais conhecido do planeta atesta a existência de Jesus

Os profetas falaram do nascimento de Jesus Cristo. Em Gênesis houve a primeira profecia sobre Jesus (Gn. 3:15), essa profecia cumpriu-se em Jesus (Gl. 4:4). O profeta Isaías profetizou que Jesus nasceria de uma virgem (Is. 7:14). O evangelista Mateus registrou o cumprimento dessa profecia (Mt. 1:18, 24-25; Lc. 1:26-35).

O Messias nasceria em Belém, entre os anos 738 a 698 a.C.. Um chamado Miquéias exerceu o ministério profético e falou sobre Jesus (Mq. 5:2). Jesus realmente nasceu em Belém da Judéia, Mt. 2:1-6; Lc. 2:4-7. O Salmista também falou sobre Jesus (Sl. 72:10). Essa profecia cumpriu-se em Jesus, Mt. 2:1, 11. Jesus descendente de Abraão, Gn. 12:7; 22:18.

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Cumprimento em Jesus, Mt. 1:1. Jesus era descendente de Isaque (Gn. 21:12; Lc. 3:23-24). Jesus era descendente de Jacó (Nm. 24:17; Lc. 3:34). Jesus era descendente da Tribo de Judá (Gn. 49:10; Lc. 3:23-24). Jesus, o Senhor entre nós (Sl. 110:1; Lc. 2:11; 20:41-44). Jesus (Deus Conosco) (Is. 7:14; Mt. 1:23).

Jesus seria profeta (Dt. 1:18). Os evangelistas Mateus, Lucas e João registraram o cumprimento dessa profecia em Mt. 21:11: A multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.

Lc. 7:16. O grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.

João. 4:19. Disse-lhe a mulher vejo que tu és profeta.

João. 6:14. Este é verdadeiramente o profeta que deveria vir ao mundo.

João. 7:40. Verdadeiramente este é o profeta.

Jesus, o Sacerdote (Sl. 110:4; Hb. 3:1; 4:14; 5:5-6; 7:15, 26-28).

Essas provas irrefutáveis são as que a igreja tem para mostrar aos críticos de Jesus, dentre outras provas que não apresentamos aqui sobre a existência de Jesus Cristo. Ninguém vai enganar a igreja, pois ela tem as marcas de Cristo, pois cada um que aceitou Jesus é um milagre, pois a salvação é o primeiro milagre que recebemos, pois fomos transformados por Jesus Cristo.

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Portanto, a igreja sempre prestará culto a Deus por meio do Senhor e Salvador Jesus Cristo, porque Jesus é Deus (João. 10:30). Eu e o Pai somos um.

Jesus é o salvador - Is. 43:11; 45:22; Jô. 4:42.

Jesus é o Juiz, 1Sm - 2:6; Jô. 5:27.

Jesus é o Nosso redentor - Os. 13:14; Ap. 5:9.

Jesus é o Pastor - Sl. 23:1; Jo. 10:11.

Jesus e a Luz, Is - 60:19-20; Jo. 8:12.

Jesus o primeiro e último - Is. 41:4; 44:6; Ap. 1:17; 2:8.

Jesus e a Rocha - Sl. 18:2; 1Co. 10:4.

Jesus e a Gloria de Deus - Is. 42:8; 48:11; Jo. 17:1, 5.

Jesus o Perdoador de Pecados - Jr. 3:1, 34; Mc. 2:7, 10.

Essas são algumas das características do nosso salvador Jesus. Igreja e Jesus, uma relação sem intrigas, é a relação mais saudável que existe.

Mediante o que foi abordado sobre as denominações nas páginas anteriores, quero deixar claro que não tenho nada contra as boas intenções daqueles que procuram seguir as diretrizes da palavra de Deus, mas sim dos que procuram inovar, criar doutrinas sobre os costumes e teses contraditórias à verdadeira e genuína doutrina da palavra de Deus, pois Deus registrou tudo que é possível para um ensino verdadeiro e

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sólido. Portanto não precisamos criar nenhuma doutrina, mas sim obedecermos à palavra do Deus vivo.

A igreja de Cristo vive e obedece à sã doutrina sem nenhuma mistura, pois o maior exemplo foi Jesus Cristo, a cabeça da igreja. A igreja não inova pois é um projeto de Deus (Ef. 3:10). A igreja provêm de Deus, é protegida por Deus, guardada por Deus, é a menina dos olhos de Deus. 1Co. 1:2; 2Co. 1:1; Gl. 1:13; 1Tss. 2:14; 1Tm. 3:5, 15.

Alguns nomes da igreja

A igreja de água viva - Ap. 22:7.

A igreja Templo de Deus - 2Co. 6:16.

A igreja Depositária do evangelho - Mt. 28:16-20.

A igreja um lugar de paz - Fp. 4:7-9.

A igreja destinada à salvação - 1Tss. 5:8- 10

A igreja guardiã da fé - 1Pe. 1:3-9.

A igreja lavoura de Deus - 1Co. 3:6-9.

A igreja o sal da terra - Mt. 5:13.

São essas algumas características que a Bíblia apresenta para a igreja, fundamentada em Jesus Cristo o Senhor.

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BIBLIOGRAFIA

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