informativo de abril

Boletim Federação Imaculada Conceição dos Mosteiros da OIC no Brasil Abril de 2010 – Ano 03 – Número 20

1

“SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE “SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE “SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE “SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO!”GERAÇÃO EM GERAÇÃO!”GERAÇÃO EM GERAÇÃO!”GERAÇÃO EM GERAÇÃO!”–––– pág. 03 pág. 03 pág. 03 pág. 03 (Ir. Mª Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue – OIC Presidente da Federação Imaculada

Conceição no Brasil)

LOUVORES À VIRGEM MARIA (1LOUVORES À VIRGEM MARIA (1LOUVORES À VIRGEM MARIA (1LOUVORES À VIRGEM MARIA (11111)))) ---- pág. 04 pág. 04 pág. 04 pág. 04

(Frei Eulálio Gómez M., OFM )

AVE MAAVE MAAVE MAAVE MARIA... AGRACIADA POR DEUS!RIA... AGRACIADA POR DEUS!RIA... AGRACIADA POR DEUS!RIA... AGRACIADA POR DEUS!–––– pág.pág.pág.pág. 05 05 05 05 FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO FICHA DE REFLEXÃO –––– pág. pág. pág. pág. 07070707

(Frei Estêvão Ottenbreit, OFM – Assistente da Federação Imaculada Conceição no

Brasil)

FORMAÇÃO PERMANENTE FORMAÇÃO PERMANENTE FORMAÇÃO PERMANENTE FORMAÇÃO PERMANENTE CONCEPCIONISTA CONCEPCIONISTA CONCEPCIONISTA CONCEPCIONISTA –––– pág. pág. pág. pág. 08080808

(Me. Lindinalva de Maria – OIC )

CONVITE: JUBILECONVITE: JUBILECONVITE: JUBILECONVITE: JUBILEU DE OURO DE IR. MARIA U DE OURO DE IR. MARIA U DE OURO DE IR. MARIA U DE OURO DE IR. MARIA CRISTINA, OICCRISTINA, OICCRISTINA, OICCRISTINA, OIC ---- pág. 10 pág. 10 pág. 10 pág. 10 MENSAGENS DE PÁSCOA MENSAGENS DE PÁSCOA MENSAGENS DE PÁSCOA MENSAGENS DE PÁSCOA –––– pág. pág. pág. pág. 11 11 11 11


2

CAMINHANDO COM MARIA (VCAMINHANDO COM MARIA (VCAMINHANDO COM MARIA (VCAMINHANDO COM MARIA (VIIIII)I)I)I) ---- pág. pág. pág. pág. 11113333 (Ir. Maria Imaculada de Jesus Eucarístico -

OIC)

VOCAÇÃO CONCEPCIONISTAVOCAÇÃO CONCEPCIONISTAVOCAÇÃO CONCEPCIONISTAVOCAÇÃO CONCEPCIONISTA ---- pág. pág. pág. pág. 14141414

(Ir. Maria Imaculada de Jesus Eucarístico - OIC)

O GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSALO GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSALO GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSALO GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSAL –––– pág. pág. pág. pág. 16161616

(Ir. Maria Antônia de Alencar - OIC)

CANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURA ---- p p p pág.ág.ág.ág. 17 17 17 17

(Irmã de S. Galvão – OI

FELICFELICFELICFELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) IDADES! (ANIVERSÁRIOS) IDADES! (ANIVERSÁRIOS) IDADES! (ANIVERSÁRIOS) –––– pág. 19 pág. 19 pág. 19 pág. 19


3

“SUA MISERICÓRDIA SE ESTENDE DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO!”

No segundo domingo da Páscoa (11/04/10) celebramos o Domingo

da Divina Misericórdia. Misericórdia é o nome do AMOR MATERNO DE DEUS por nós, seus filhos e filhas.

Jesus veio ao mundo nos revelar o amor Deus. Com suas palavras, gestos, enfim com sua vida Jesus se empenha em nos revelar a ternura infinita com que Deus derrama sobre nós o seu amor.

Há, porém, uma página do Evangelho em que ele traduz em parábola esse infinito amor. É a parábola do “pai que tinha dois filhos” (Lc 15,15-31). Um filho partiu para muito longe e o outro que estava sempre com ele. É o pai cheio de ternura que acolhe o filho de volta, após malbaratar a herança, e encontra palavras de carinho para o irmão que permanece fiel. “Era preciso que festejássemos, pois o teu irmão foi encontrado com vida”; “meu filho tu estás sempre comigo, tudo o que é meu é teu”. Interessante notar que o “bom” filho, se julga como servo; “há tanto tempo te sirvo”; o filho transviado, entretanto apesar de tudo se reconhece filho “não sou digno de ser chamado teu filho”

Não é, pois, o nosso comportamento que determina o amor de Deus para conosco, mas é a sua infinita misericórdia que nos envolve amorosamente como a “brisa mansa da tarde”.

Deus derrama sobre nós o seu amor sem limites nem medidas, fazendo brilhar o sol sobre os justos e os pecadores, sobre bons e maus... Experimentássemos nós essa bondade infinita e nos deixássemos envolver por ela... Como seria o mundo? Abramos, pois, de par em par as portas de nosso coração e deixemos a misericórdia de Deus invadir a nossa casa. Em troca respondamos ao que nos pede o Senhor: “Sede misericordiosos como o vosso Pai que está nos céus é misericordioso”.

“Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia!” Na alegria de sermos perdoados no amor, desejo a todos um

abençoado TEMPO PASCAL!

Irmã Maria Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue – OIC

Presidente da Federação Imaculada Conceição


4

LOUVORES À VIRGEM MARIA (11)

- Maria, Criatura Nova, é sinal de que o mundo pode

renovar-se.

- Quando acontece alguma renovação no mundo, Ela está

presente aí.

Maria não é Mulher para si mesma; existe em função do bem social, do bem comunitário. Ela é solidária, nunca solitária. É comunidade com o mundo, é ícone dele, é seu espelho, seu anúncio, seu início de realização. A novidade pessoal que traz, ela a transmite à criação de maneiras muito discretas. O mundo surge renovado de Maria como a árvore brota da seiva da terra.

Quando uma pessoa ou um grupo apontam algo novo que renova o mundo, comprovam a presença de uma força geradora, renovadora, que está ativa

como em Maria e a partir de Maria. Ela está aí inserida, nem sempre é percebida, cooperando para que a criação e a sociedade surjam

continuamente na novidade nelas mesmas semearam o Semeador do sempre novo.

Renovação do mundo e novidade de Maria vão e operam juntas, como tudo o que Deus une e que nunca separará.

Frei Eulalio Gómez M., ofm, Biendezires Marianos de lo encarnado,

(Tradução: Ir. Sandra Cristina – OIC)


5

AVE MARIA... AGRACIADA POR DEUS!

Quando vocês lerem estas linhas, já estaremos perto do mês de maio, mês escolhido para homenagear Maria, a Mãe de Deus.

Celebrar Maria no mistério de Cristo foi o sonho que Dona Beatriz

da Silva pensou na fundação de uma ordem nova, totalmente dedicada à celebração da escolha de Maria, desde toda a eternidade, para ser a mãe do Filho de Deus. Por isso não nos podemos jamais cansar de dizer que o carisma concepcionista nasce e tem as suas raízes no mistério da encarnação.

São Francisco de Assis, voltando de sua viagem ao oriente, onde

conviveu com os muçulmanos, e impressionado por seu modo de rezar (por diversos momentos durante o dia, são convidados do alto da torre da mesquita pela voz do muizin a prostrar-se em oração), quis também “simplificar”, isto é, resumir em poucas e simples palavras a história da salvação e encontrar uma forma de poder recordá-la todos os dias.

Assim ele “inventou” e divulgou com seus primeiros companheiros a

oração do “Angelus” com o toque diário do sino e a recordação de três momentos importantes na história da salvação.

1. A saudação do anjo: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo!

2. A resposta de Maria: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua vontade.

3. A encarnação do Verbo de Deus: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.


6

Assim, em poucas palavras, Francisco resume toda a história da salvação e também de nossa caminhada na fé:

1. Deus nos faz uma proposta. 2. O homem dá uma resposta. 3. E uma nova realidade se faz. O franciscano Duns Escoto iria então mais tarde deduzir desta

verdade de fé a sutil argumentação da Imaculada Conceição de Maria, isto é que Maria foi escolhida por Deus, desde toda a eternidade, para ser uma morada santa para poder conceber e dar à luz o Filho de Deus.

Dona Beatriz, desde a infância acostumada a ouvir na casa paterna

a conversa dos frades franciscanos, assíduos visitantes de sua família e tendo até um irmão que se fez frade franciscano, muito empenhado pela “defesa” da Imaculada, certamente teve diante dos olhos esta mesma inspiração ao querer que uma comunidade de mulheres, consagradas totalmente a Deus, “celebrasse” com sua vida, suas palavras e suas ações esta escolha, esta entrega, esta encarnação do Verbo de Deus.

Assim como a “Anunciação à Maria” inspirou os artistas ao longo de

mais de dois mil séculos, tentando com sua linguagem artística dar visibilidade ao mistério da encarnação, Dona Beatriz, por assim dizer, quis que, através de sua Ordem a ser fundada, o mistério da infinita bondade de Deus, ao escolher Maria entre todas as mulheres, fosse manifestada ao mundo através da vida, ação e presença das irmãs no seio da Igreja e para a redenção do Mundo.

Que no mês de maio possamos cantar os louvores de Deus que

tantas maravilhas fez em Maria e ainda faz através das irmãs, do passado e do presente, buscando imitar a Maria no seu “Sim”!

Frei Estêvão Ottenbreit, OFM

Assistente Religioso da Federação

Imaculada Conceição


7

Graça das Origens – 500 anos da Regra OIC

Tema do ano: Concentrar-se sobre o essencial de nossa vocação.

Enfoque do mês: ENTREGA TOTAL

1. Na vida de Santa Beatriz: Desde a sua infância, na casa paterna, Beatriz ouve a conversa dos

frades visitantes. O assunto da época era muitas vezes a “Imaculada Conceição”, assunto não sempre pacífico e aceito por todos. Como seu irmão Amadeu, também ela ficou certamente fascinada por esta misteriosa vocação e missão de Maria. No silêncio do claustro e na contemplação diária do mistério da encarnação do Filho de Deus, amadurece o grande desejo de reunir uma comunidade para celebrar com todas as dimensões da vida a escolha por Deus, e a resposta generosa de Maria.

2. Na Palavra de Deus: - Gênesis 3, 14 - Cânticos 4, 7 - Isaías 7, 14 - Lucas 1, 26 – 38 3. Em nossa vida: - O que dificulta a nossa entrega total no dia a dia? - Nossa consagração a Deus, a exemplo de Maria, nos levou a

renunciar livremente algumas coisas (votos). Será que não busco/buscamos de “recuperar” estas coisas pouco a pouco?

O que seria eventualmente? - Eu e minha comunidade buscamos “reviver” o anúncio feito pelo

anjo (Deus nos ama, Deus conto conosco) e a resposta generosa de Maria (confiança, fidelidade, entrega incondicional) ou celebrar a “Imaculada Conceição” se restringe a um mero ato devocional?


8

FORMAÇÃO: Um caminho a percorrer

“A formação na Ordem da Imaculada Conceição tem

como objetivo conseguir, no tempo atual, que as

monjas e candidatas se capacitem para seguir Jesus

Cristo e viver, a partir da contemplação, o Evangelho

e o mistério da Imaculada Conceição, segundo o

estilo de vida de Santa Beatriz” (CCGG 124).

II. FORMAÇÃO PERMANENTE CONCEPCIONISTA A formação permanente concepcionista deve encarnar-se na

realidade da pessoa de cada irmã e na realidade de cada um dos Mosteiros. Modela a pessoa, dispondo-a a ser “oblação pessoal que se oferece a Jesus Cristo nosso Redentor e sua gloriosa Mãe, entregando-se a Ele como hóstia viva em alma e corpo” (R 2).

Diria aqui o que Davi disse aos emissários de Saul quando este lhe

propôs casar-se com sua filha: “pois não é nada ser genro do rei?” (1Sm 18,23). Nós poderíamos dizer: “pois não é nada ser hóstia viva, viver em oblação pessoal, para Jesus Cristo e para sua Mãe?”. Não é fácil, mas para Deus nada é impossível. E para isto deve-se fazer um caminho que vá desde a entrada pela porta regular do Mosteiro até a entrada pela porta gloriosa da misericórdia do Pai em seu seio de glória.

O Documento Vita Consecrata orienta neste sentido, sobre a

necessidade de esclarecer o conceito, insistindo que seja um processo sistemático, concreto e aberto a acompanhar toda a vida, em todas as suas fases e níveis até uma plena maturidade: “É muito importante, portanto, que cada Instituto inclua, como parte da ratio institucionis, a definição de um projeto de formação permanente o mais preciso e sistemático possível, cujo objetivo primeiro seja o de acompanhar a cada pessoa consagrada com um programa que alcance toda a sua existência. Ninguém pode ficar isento de aplicar-se ao próprio crescimento humano e religioso; como ninguém pode, tampouco, presumir de si mesmo e levar sua vida com autossuficiência. Nenhuma fase da vida pode ser considerada tão segura e fervorosa que se possa excluir toda oportunidade de ser assistida e poder ter, desse modo, maiores garantias de perseverança na fidelidade; nem existe idade alguma


9

em que se possa dar por concluída a completa maturidade da pessoa” (VC 69).

É, pois, este um caminho integral donde a pessoa vá modelando-se

e unificando-se através do exercício de todo um leque de mediações, que põem em jogo dinâmico toda a riqueza das dimensões da pessoa a nível humano, cristão e concepcionista; tal e como nos mostram os Documentos da Igreja e nossos próprios documentos e, sobretudo, o Evangelho, fonte donde bebe a vida da Igreja e o autêntico manancial de nossa Ordem.

Como concepcionistas, estamos chamadas a ser mulheres novas em

Cristo, para termos em nós seus mesmos sentimentos (Fl 6,2), seguindo de perto o modelo de Maria no Mistério de sua Imaculada Conceição.

A Formação permanente Concepcionista tem em nossa Ratio

Formationis confederal vários objetivos. Enumero somente alguns: - “Animar, nutrir e apoiar a fidelidade vocacional, tanto pessoal

como comunitária, em todas as dimensões da vida: humana, cristã, Concepcionista...”

- “Preencher com a presença de Deus a solidão e o silêncio do

claustro e do mundo. Esta atitude contemplativa a capacitará para descobrir a Deus em tudo o que vive, em tudo o que ama e em tudo o que lhe rodeia”.

- “Superar as tendências que convidam ao imobilismo e ao

isolamento, a fixar-se nas formas externas, nos costumes e nas tradições e não levantar o olhar para contemplar e amar o rosto sempre novo de Deus”.

Para conseguir esses objetivos e outros que irei citando nesta

exposição, a Ratio propõe alguns meios. Não me detenho neles pois me faria interminável. Somente quero dizer que para esta adequada Formação Permanente, deve-se cultivar os aspectos doutrinais, espirituais e técnicos, assim como trabalhar os projetos comunitários e pessoais.

Portanto, a Formação Permanente Concepcionista consiste em fazer

espiritualidade, fazer experiência vocacional do que somos e do que estamos chamadas a ser. É assumir nossa vocação com carinho e respeito. É um dom que nos foi dado e temos que cultivar até dar o fruto que Deus espera.


10

Tradução de Me. Lindinalva de Maria, OIC

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição - Salvador/BA

CONVITE


11

Muito queridas Irmãs: O Senhor conceda-lhes a alegria e a paz destes dias de Páscoa que estamos inaugurando. Muito agradecidas a todas as que nos fizeram chegar vossa felicitação nestas festas de Páscoa, centro de nossa fé. Também nós lhes desejamos que a presença de Cristo ressuscitado encha vossa vida e as faça testemunhas alegres e intrépidas, como foram as santas mulheres e os discípulos. Que a través de nossa oração contemplativa agradeçamos ao Senhor o dom da redenção e vivamos nesta vida nova que o Senhor nos presenteou, buscando sempre os bens do alto, como nos recorda o apóstolo Paulo. À Rainha do Céu, alegre pela ressurreição de seu Filho, recomendamos cada uma de vossas Comunidades. Sor Mª Julia B. de la Inmaculada y Cdad.


12

FEDERACION “LA INMACULADA CONCEPCIÓN”

Orden de la Inmaculada Concepción

Telf. (51.1) 3593356 Fax (51.1) 3590155 E-mail: [email protected]

Aptdo. 3859 – Lima 100 PERÚ

“Ave Maria Puríssima”

Lima, 3 de Abril de 2010 Muito queridas Irmãs:

Graça e Paz em Jesus Cristo Ressuscitado! Nesta Semana Santa revivemos o Mistério Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, e ficamos renovadas com fortaleza para sermos testemunhas do Senhor da Vida entre nós e ante o mundo que nos rodeia. Como Ordem do Imaculada Conceição, compartilhamos o desejo de contribuir com nossa vida maior santidade a nossa Mãe a Igreja; que Jesus Cristo, nosso Redentor com seu amor e entrega vá limpando as manchas dos pecados que afetam seu rosto e a faça mais crível e autêntica para nossos irmãos. Neste Ano Sacerdotal oremos incessantemente pelo Santo Padre Bento XVI , nossos Pastores e Presbíteros, para que a Santa Trindade derrame seu Espírito de graça e verdade e como Maria Imaculada a irradiem e atraiam a humanidade para Deus. Unidas no amor do Senhor Ressuscitado. Fraternalmente,

Ir. Margarita Parodi C., OIC.

Presidente Federal FEDERACION “LA INMACULADA CONCEPCION” PERU

Vivendo em clausura por amor de Cristo, as concepcionistas se

convertem em semente fecunda que aponta desde o sulco a ressurreição, na contemplação onde Cristo renasce cada dia ao mundo

e no anúncio peculiar da morte do Senhor até que Ele venha.

(RR.CC.GG.OIC. Art.61)


13

CAMINHANDO COM MARIA (VII) O Espírito Santo em nós Disse-lhe o Anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti” (Lc 1, 35)

São Paulo nos diz que somos templos do Espírito Santo que habita

em nós. De fato, no batismo, recebemos a plenitude da Graça Divina, fomos adotados como filhos no Filho e a Trindade de Amor passou a habitar em nós, ou seja, o Pai que nos criou, o Filho que nos salvou e o Espírito Santo que imprimiu em nós o caráter da santidade, nossa vocação primeira.

No Batismo, Deus fecundou em nós a semente da Missão à qual Jesus chama e o Espírito envia. É o Espírito Santo que nos ajuda a discernir a vontade de Deus e nos capacita a realizá-la. Foi o próprio Cristo que nos garantiu: “Não vos deixarei órfãos, rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que fique eternamente convosco. Ele vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.”

Portanto, se formos dóceis às moções do Espírito, Ele nos conferirá uma vida nova, fecundada pelo amor e alimentada pelas delícias eternas, haurindo a essência de Deus e nos tornando “um com Ele”. É o Espírito Santo também que nos inspira o desejo de nos assemelhar a Maria, de aprender essa docilidade amorosa para deixarmo-nos revestir pela graça de Deus, que fez dela uma mulher de coragem extrema. Ela, melhor do que ninguém, viveu essa relação de amor com Deus, porque “hauria do Espírito Santo toda a seiva que Ele é capaz de dar”.

Precisamos mergulhar nesse manancial do amor como Maria, para desenvolver nossa capacidade de amar e se doar na generosidade de um sim vivido na perseverança de cada dia.

“Santa Beatriz, dócil aos apelos do Espírito, pôs-se a disposição de Cristo e de Maria. A Concepcionista, fiel à sua vocação e ao Carisma de Beatriz, procura ter sobre todas as coisas o Espírito do Senhor e sua santa operação”.

Virtude Basilar: Docilidade

Irmã Maria Imaculada de Jesus Eucarístico – OIC

Mosteiro Maria Imaculada Rainha da Paz – Joiville/SC


14

VOCAÇÃO CONCEPCIONISTA “Iluminadas e chamadas por Deus” “Santa Beatriz fundou a Ordem da Imaculada Conceição para o

serviço e a celebração do Mistério de Maria em sua Conceição Imaculada.” Como sabemos, o dia 30 de abril é o dia de rezar e celebrar a

vocação concepcionista como “uma escolha amorosa de Deus que seduz e desposa em fidelidade”. D’Ele nascemos como primícias do amor eterno, ocultas na clausura da misericórdia divina. Fomos chamadas, escolhidas e acolhidas sem nenhum mérito, “tudo é graça”!

“Deus nos amou por primeiro e fez aliança conosco” para que:

“celebrando o mistério de Maria em sua Conceição Imaculada lhe demos glória pela santidade de nossa existência na terra.

Neste “ocultamento da vida escondida com Cristo em Deus, em

despojamento e em amor crucificado e crucificante” experienciamos que “o Senhor é o único bem necessário”, por isso nossa atitude deve ser de docilidade às moções do Espírito, que se traduz num contínuo “eis-me aqui, faça-se”. Revelando dessa maneira nossa identidade de servas.

Para viver por Deus e em Deus “renunciamos a presença física no

mundo”, e na vivência de um amor indiviso e incondicional, a Ele, livremente nos entregamos de corpo e alma, optando pelo silêncio e a solidão do monte, contemplando e nos deixando contemplar pelo Senhor em quem depositamos toda a nossa confiança, e “buscamos o princípio e o fim de todas as coisas”.

Nossa opção radical por Deus não é fuga, muito menos alienação. É

antes, “um saber escolher a melhor parte” com santa ousadia de viver o céu na terra, possuindo já nesta vida o “penhor da glória futura”. O Mosteiro é o “jardim secreto”. O oásis sagrado onde vivemos nossa vocação contemplativa, que sem dúvida podemos dizer com Santa Terezinha: “é o amor”. No coração da Igreja somos o amor que impulsiona suas ações no mundo, sustentando na oração os desafios e combates que seus pastores e fiéis enfrentam na realidade concreta de sua missão diária.


15

Aos pés do Senhor, transcendemos o humano, e as “grades do

amor” que nos “prendem” nesta clausura fazem dela um sacrário vivo que nos abriga, pois somos “Hóstias vivas” que se imolam continuamente no altar da consagração, unidas ao sacrifício de Cristo numa oferenda de amor pela salvação da humanidade. Somos “reclusas” de Deus, fecundadas pelo seu Espírito, germinamos as sementes do Reino para que os homens possam colher os seus frutos. Temos a plena convicção de que não pertencemos a este mundo, e não precisamos de palavras para expressar esta verdade. Seduzidas e desposadas pelo Amado, nossa vida se torna um grito silencioso, que perpassa os muros do Mosteiro, ressoando aos ouvidos do mundo como um sinal profético e escatológico. O que vemos, ouvimos, contemplamos e experienciamos no ocultamento da clausura, proclamamos na linguagem do silêncio, deixando que o nosso testemunho resplandeça a “Sabedoria absoluta de Deus”.

“A alma que se eleva, eleva o mundo”. Em atitude humilde e orante,

recolhemos a nossa pequenez na grandeza divina, reconhecendo que o dom de nossa vocação é um sublime mistério de fé e de amor que jamais conseguiremos compreender nesta vida. É confiando na graça de Deus, que sustenta nossa fragilidade, que respondemos o nosso sim, “abraçando a vontade salvífica do Senhor”, para “manter viva a chama que o Espírito Santo acendeu em Santa Beatriz”.

Rezemos, portanto, para que sejamos fiéis vivendo de fato essa

oblação de amor que fizemos a Deus, na alegria de um sim generoso e sem limites, expresso na caridade fraterna. Nosso projeto de vida são os ideais de Beatriz, que devemos assumir e revestirmo-nos deles para que se tornem vida em nossa vida, perpetuando na Igreja e no mundo o Carisma de nossa Mãe Fundadora. Peçamos também, pelo aumento e perseverança das vocações para a nossa Ordem. Que o “Senhor da messe e Pastor do rebanho” lembre-se com carinho de nossos Mosteiros e envie aquelas que Ele escolheu desde toda a eternidade, e as desposou como Monjas Concepcionistas Franciscanas, para que juntas demos continuidade a essa linda história de amor que atravessa séculos de existência.

Irmã Maria Imaculada de Jesus Eucarístico – OIC

Mosteiro Maria Imaculada Rainha da Paz – Joinville/SC


16

“O GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSAL”

Vergado ao peso das nações culpadas, Vem “O GRANDE RECONCILIADOR UNIVERSAL”. É o Cristo Jesus, que perante o Pai, Se tornara Credor da pobre humanidade pecadora, Excluída do Céu sem remissão. Ei-Lo, cambaleante, cansado, a passos lentos, Parecendo sucumbir a cada instante, De suor de Sangue a banhar-lhe a fronte, Sob o peso enorme de tamanho fardo. Todos os crimes, pecados cometidos, Pelo ser humano, no decorrer da História. Tudo está portanto acumulado, No desmedido e tamanho fardo, Que esmaga os ombros do Senhor Jesus.

Ir. Maria Antônia de Alencar, OIC

Mosteiro da Imaculada Conceição, da Divina Providência e de São José

Uberaba, 25/03/2010


17

CANTINHO DE LEITURA

Um mundo contaminado pelo barulho e pela desordem! Nele

vivemos e circulamos. Os monges e todos os que desejam ter o espírito e o interior ordenado precisam frequentar áreas de silêncio e cultivar um espaço interior de serenidade: a cela. Transcrevemos um texto de Enzo Bianchi, monge italiano.

Caríssimo João, Entre os Padres do Deserto encontramos homens com caracteres os

mais diversos. Se alguns se apresentam em perfeita austeridade como é o caso do Abba Arsênio, outros são de cordial mentalidade. Assim Abba Moisés, o Egípcio, que viveu na segunda metade do século IV.

Este monge, preciso será que eu o situe, era negro, de grande estatura e constituição física robusta. Antes de se retirar para o deserto egípcio, Moisés foi um bandido. Esteve mesmo à frente de uma quadrilha que havia cometido atos abomináveis. Com seu temperamento violento, resolve fugir para o deserto, sem dúvida para escapar das garras da justiça. Lá conheceu os Padres do Deserto, entrou em sua escola e pôde realizar uma conversão radical à caridade evangélica.

Para ele foi dura a vida solitária. Esta se lhe tornou mais pesada devido à cor negra de sua pele. Tal fato provocava desprezo e desdém por parte de alguns Padres egípcios. “O que vem fazer em nosso meio esse etíope?”, zombavam eles um dia, em pleno grupo, em sua presença.

Passado o episódio, Moisés foi interrogado se as referidas acusações não o perturbaram. Moisés respondeu: “Na verdade senti-me perturbado, mas guardei silêncio.” Mostrava assim quanto ele havia aprendido o ensinamento do deserto. Desta maneira, Moisés, com o coração generoso, tornou-se para todos exemplo de humildade e de doçura.

Abba Moisés tinha consciência da grande misericórdia da qual ele tinha sido objeto da parte do Senhor no tocante à suas culpas passadas. Devido a isto ele era impulsionado a exercer a mesma misericórdia em relação aos seus irmãos. Certa vez um deles havia cometido uma falta. Convocou-se um conselho para dar uma sanção, para a qual Abba Moisés fora convidado. Este, porém, recusou a convocação. Fizeram chegar até ele a insistência pelo seu comparecimento: “Vem, todo mundo está te esperando”. Ele se levantou, tomou uma cesta furada, encheu-a de areia e levou consigo. Os outros lhe disseram: “Que é isso, Pai?” O ancião lhes disse: “Meus


18

pecados escorrem através de mim e não os vejo e venho aqui para julgar as faltas de outro!” Ouvindo isto, os outros não disseram mais nada ao irmão faltoso, mas o perdoaram.

Sabes, caro amigo, onde Moisés aprendeu esta bondade e esta doçura e esta humildade? Certamente não pelo contato incessante com os outros, mas antes de tudo na solidão de sua cela. Ele mesmo disse, certa ocasião, a um irmão que lhe solicitava uma palavra: “Vai, senta-te em tua cela e a tua cela te ensinará todas as coisas”.

A cela não é uma prisão, mas um quarto, limitado por quatro paredes e um teto. Neste lugar isolado é que o monge consegue se exercitar na liberdade, no discernimento de seu próprio coração e a ouvir a voz de Deus que lhe fala no silêncio. Um outro Padre do Deserto disse: “Como os peixes morrem, se permanecerem muito tempo fora da água, o mesmo acontece com os monges que abandonam por longo tempo sua cela”.

A cela ensina o solitário a lutar contra os maus impulsos que o habitam e gostariam que o monge cometesse atos mortais. Por paradoxal que possa parecer, a solidão da cela ensina-o a se exercitar na comunhão com todos os homens.

Não é fácil ficar sozinho em sua cela: será preciso travar rude combate para não responder a todas as solicitações que nos são feitas para vivermos fora de nós mesmos em vez de aprofundar nossa interioridade. Sem este lugar de bênção seríamos pessoas de um momento. Haveríamos de nos tornar objeto de emoções passageiras, incapazes de nos levar ao âmago de nós mesmos e de reconhecer os outros em sua verdade.

Compreendeste? Tu também podes encontrar um lugar retirado e aprender a

verdadeira liberdade: descobrirás que esta última é marcada pela misericórdia e pelo amor de todos.

Teu amigo, Enzo


19

FELICIDADES! Vimos cumprimentar todas as queridas Irmãs que aniversariam no

mês de maio, pedindo ao Bom Deus, pela intercessão de nossa Mãe Imaculada que cumule a todas com toda a sorte de bênçãos e graças. Felicidades e Santa Perseverança!

MAIO Aniversário de Profissão Religiosa 01- Irmã Míriam de Jesus (Rio de Janeiro) 01- Irmã Maria Auxiliadora (Macaúbas) 01- Irmã Luzia da Imaculada Conceição (Macaúbas) 01- Irmã Antônia Natalícia Rodrigues (Macaúbas) 01- Irmã Maria Teresinha da Santa Face (Salvador) 01- Irmã Maria Josefina do Menino Jesus (Guaratinguetá) 01- Irmã Míriam Beatriz de Jesus Crucificado (Fortaleza) 01- Irmã Ângela Beatriz de Maria Imaculada (Floriano) 01- Madre Maria Leoni de São José (Ponta Grossa) 01- Irmã Maria Beatriz de São Rafael (Ponta Grossa) 01- Irmã Matilde Maria do Coração de Jesus (Ponta Grossa) 03- Irmã Maria Clara do Bom Pastor (Bauru) 03- Irmã Maria Cristina do Precioso Sangue (Fortaleza) 04- Irmã Maria Celina da Santa Face (Sorocaba) 06- Irmã Elisete Maria de Jesus (Ponta Grossa) 08- Irmã Maria Salete de Sant’Ana (Itu) 10- Madre Eliana Cristina Lopes (São Paulo) 11- Irmã Maria de Lourdes da Assunção (Guaratinguetá) 16- Irmã Lucilene Maria do Divino Pastor (Ponta Grossa) 18- Irmã Ângela Maria da Eucaristia (Fortaleza) 24- Irmã Maria Auxiliadora da Santíssima Trindade (Salvador) 24- Irmã Mariana de Jesus e da Eucaristia (Fortaleza) 24- Irmã Maria Verônica de São José (Rio de Janeiro) 26- Madre Adriana de Na. Sra. do Sagrado Coração (Joinville) 27- Irmã Maria Gil de Jesus Crucificado (Sorocaba) 27- Irmã Suélen Beatriz do Divino Amor (Joinville) 31- Irmã Maria de São Miguel (Macaúbas) 31- Irmã Maria Joana Angélica de Jesus (Salvador)


20

31- Irmã Maria Helena da Cruz (Sorocaba) 31- Irmã Maria Madalena da Eucaristia (Itu) 31- Irmã Maria José do Santíssimo Sacramento (Itu) Aniversário Natalício 02- Irmã Maria Antônia de Santana Galvão (Piracicaba) 08- Irmã Maria Celina da Santa Face (Sorocaba) 11- Madre Beatriz Maria de Jesus e da Imaculada (Fortaleza) 11- Irmã Maria Beatrice de Jesus Crucificado (Fortaleza) 13- Irmã Maria Jacinta de São José (Uberaba) 14- Irmã Maria Aparecida de São José (São Paulo) 22- Irmã Ângela Beatriz de Maria Imaculada (Floriano) 23- Madre Maria Imaculada de Jesus Hóstia (Macaúbas) 25- Irmã Maria Celina da Santa Face (Fortaleza) 28- Irmã Maria Lúcia da Eucaristia (Uberaba) 28- Irmã Maria Alice de Cristo Rei (Bauru) 30- Irmã Míriam de Jesus (Rio de Janeiro)

informativo de abril

Documents