introdução à ciência saber ler os rótulos -...
TRANSCRIPT
Introdução à Ciência
Atividade 1 – Saber ler os rótulos
Para esta atividade é necessário recolher um conjunto de rótulos de vários produtos. O objetivo
é que os alunos, individualmente ou em grupo, analisem rótulos de diferentes substâncias e
avaliem a sua perigosidade, justificando e explicando oralmente para a turma. Os rótulos para
esta atividade podem ser recolhidos anteriormente pelo professor e/ou alunos ou usar a lista
de rótulos em anexo (cf. anexo 1).
Para finalizar a atividade é importante que os alunos façam o registo gráfico das aprendizagens
(escrever ou desenhar) os símbolos que identificaram, os perigos que representam e os cuidados
a ter.
Atividade 2 – Os símbolos de perigo no laboratório
Os símbolos de perigo que foram identificados nos rótulos (cf. atividade 1) estão também
presentes no laboratório. É necessário explicar aos alunos que para proceder a algumas reações
químicas os cientistas recorrem à utilização de algumas substâncias que, não sendo
corretamente utilizadas, podem ser nocivas. Assim como, há alguns produtos que temos em
casa (como o caso da lixívia, álcool etílico, medicamentos etc.) que só devem ser manuseados
por adultos porque podem ser perigosos para a saúde. Para tratar esta temática propõe-se que
o professor mostre aos alunos o cartaz com os diferentes sinais de perigo (cf. anexo 2) e que
desconstrua as respetivas definições.
Para finalizar a atividade os alunos devem elaborar um conjunto de regras de cuidados a ter
quando se realiza trabalho laboratorial e experimental. O ideal seria construir um cartaz com as
regras que a turma formulou e afixar no local onde trabalham.
Sugere-se que para acompanhar esta atividade os alunos (acompanhados pelos pais, por
exemplo) procedam a uma pesquisa na Internet. O ponto de partida para esta pesquisa poderá
ser a página da ECHA – European Chemicals Agency – http://echa.europa.eu/pt/chemicals-in-
our-life/clp-pictograms.
*Nota: O Regulamento CRE introduziu um novo sistema de classificação e rotulagem para os
produtos químicos perigoso na União Europeia. Os pictogramas também foram alterados e
estão em conformidade com o Sistema Mundial Harmonizado das Nações Unidas (GHS).
Os novos pictogramas têm a forma de um losango vermelho com fundo branco e substituirão
os antigos símbolos quadrados cor de laranja previstos na legislação anterior. Desde 1 de
dezembro de 2010, algumas substâncias e misturas foram já rotuladas em conformidade com a
nova legislação, mas os pictogramas antigos ainda podem estar no mercado até 1 de junho de
2017.
A água e as mudanças de estado físico
Atividade 3 – Flutuação em líquidos
Resumo da atividade
O conceito de flutuação é referido no programa do 1º ciclo do ensino básico quando este sugere
a realização de experiências que permitam reconhecer materiais que flutuam e não flutuam. A
finalidade desta atividade prende-se em compreender que diferentes objetos assumem
diferentes comportamentos em líquidos (flutuação / não flutuação). É também pretendido que
os alunos compreendam os fatores que influenciam o comportamento dos objetos quando
mergulhados em líquidos. Assim os conceitos-chave desta atividade são:
- a flutuação de um objeto depende da sua densidade e da densidade do líquido em que é
inserido.
- um objeto apenas flutua quando a sua densidade é igual ou menor do que a do líquido em que
é inserido.
- a densidade é uma grandeza física que se pode definir como a massa por unidade de volume.
No que respeita ao enquadramento curricular da atividade proposta pretende-se cumprir os
seguintes objetivos gerais, de acordo com o programa de estudo do meio do ensino básico:
- Utilizar processos simples de conhecimento da realidade envolvente, assumindo uma atitude
permanente de pesquisa e experimentação;
- Identificar experimentalmente as propriedades da água.
Protocolo da atividade
Material:
- recipiente (exemplo garrafão de água cortado ao meio ou caixa de plástico);
- água;
- bola de plasticina do tamanho de uma noz (plasticina própria para usar com água);
- rolha de cortiça;
- pedaço de madeira;
- clipe;
- prego;
- moedas de diferentes tamanhos (1€, 50 cêntimos, 10 cêntimos);
- tabelas de registo (cf. anexo 3).
Procedimento - Em primeiro lugar o professor deve encher o recipiente com água e colocar de
forma visível os diferentes objetos (plasticina, rolha de cortiça, pedaço de madeira, clipe, prego
e moedas) e discutir com os alunos as suas previsões. As previsões dos alunos devem ser
registadas numa tabela (cf. anexo 3), caso os alunos não saibam ler nem escrever estas previsões
podem ser feitas oralmente e registadas pelo professor. Na discussão sobre a justificação das
previsões dos alunos, estes poderão apontar como motivos justificativos de um objeto
“afundar”, ou não, o seu peso ou tamanho.
Seguidamente é necessário levar os alunos a formular a questão-problema que deve ser «Quais
os objetos que afundam?».
Depois desta abordagem deve-se passar para a experimentação. Para a realização da atividade
a turma deverá ser dividida em grupos e cada grupo deve ter na mesa de trabalho um recipiente
com água e um exemplar de cada um dos objetos enunciados. Pela ordem estabelecida pelo
professor os alunos deverão mergulhar os objetos no recipiente e observar o que acontece. A
flutuação explica-se enunciando o Princípio de Arquimedes: “Todo o corpo mergulhado num
fluido sofre, por parte deste, uma força vertical de baixo para cima (impulsão) cuja intensidade
é igual ao volume de peso deslocado pelo corpo”. Conclui-se assim que a flutuação depende da
densidade (a densidade é uma medida da concentração de uma determinada substância que se
obtém dividindo a sua massa pelo volume que ocupa). No final da atividade os alunos devem
comparar as previsões com os resultados obtidos na experimentação. Também nesta etapa os
alunos devem efetuar os registos na tabela em anexo (cf. anexo 3). Devem ainda responder à
questão enunciada no documento.
Atividade 4 – Propriedades da água: água própria para consumo
Resumo da atividade
Esta proposta de atividade enquadra-se no âmbito do programa de estudo do meio do ensino
básico ao cumprir os objetivos gerais: utilizar processos simples de conhecimento da realidade
envolvente, assumindo uma atitude permanente de pesquisa e experimentação e identificar
experimentalmente as propriedades da água. Embora os alunos saibam que a água está
presente por toda a natureza, podem não ter a consciência de que nem toda a água é própria
para consumo. Esta proposta de atividade pretende dissertar sobre as características da água
potável, através da observação. A implementação da atividade deve ser acompanhada pela
folha de registo (cf. anexo 4).
Protocolo da atividade
Material:
- folha de registo (cf. anexo 4);
- 1 gobelet com água com corante;
- 1 gobelet com água com aroma de baunilha;
- 1 gobelet com água com açúcar;
- 1 gobelet com água destilada (água pura);
- 1 gobelet com água potável (água engarrafada).
- microscópio.
Procedimento - Os gobelets deverão ser colocados lado a lado. Os alunos deverão observar cada
um dos gobelets e ir excluindo aqueles que pensam não corresponder à água pura, procedendo
aos registos (cf. anexo 4). O primeiro a ser eliminado deverá ser o gobelet que tem corante, uma
vez que os alunos facilmente compreendem que se a amostra tem cor, não pode corresponder
à água pura. De seguida, deverá ser solicitado que explorem outras características da água como
o odor e o sabor da água*. Os alunos excluirão as amostras que tem sabor e odor. Por fim,
restará o gobelet que corresponde à água pura e o gobelet que corresponde à água engarrafada.
O professor deverá inquirir os alunos sobre as suas previsões. Será que os dois gobelets têm
água potável? Será que apenas um dos gobelets tem água potável? Qual será o gobelet que tem
água potável? O professor deverá levar os alunos a refletir sobre a experiência, dando enfoque
ao facto de a água que consumimos não ser pura, uma vez que tem sempre elementos
associados, como os minerais, havendo diferença entre água pura e água própria para consumo.
As características da água pura são: incolor, inodora e insípida. Contudo a água potável, embora
seja incolor e inodora, não é insípida pois tem na sua constituição minerais e outros elementos
associados que lhe atribuem sabor.
Os alunos poderão pesquisar na Internet sobre a constituição química de diferentes águas e
compreender que a constituição de cada uma delas é diferente. Poderá também fazer-se
paralelismo com o ciclo da água, referindo que as partículas resultantes da evaporação
correspondem à água pura. Caso seja possível, seria interessante que os alunos analisassem uma
amostra de cada um dos gobelets ao microscópio e procedessem aos respetivo registo (cf. anexo
5).
*Nota: É importante que os professores alertem os alunos para o facto da água destilada (água
pura) não ser destinada ao consumo humano, não devendo ser ingerida. Os alunos poderão
molhar o dedo e levá-lo à boca de forma a perceberem que a amostra não tem nenhum sabor,
ao contrário da água engarrafada (própria para consumo).
Atividade 5 – Fatores que influenciam o tempo de dissolução de um material
Resumo da atividade
A dissolução é um fenómeno que resulta de interações das unidades estruturais do soluto
(substância dissolvida) com unidades estruturais do solvente (substância que, misturada com
um ou mais solutos, origina uma solução). Pode-se assim afirmar que a dissolução é um
fenómeno de interação soluto-solvente, através das suas unidades estruturais.
O comportamento dos materiais em água é um dos domínios do dia-a-dia que pode despertar
interesse às crianças. Com esta atividade é suposto que os alunos compreendam que dissolver
um material (soluto) noutro (solvente) significa a obtenção de uma solução – mistura
homogénea. Através da realização desta atividade os alunos compreenderão que uma
dissolução mais rápida é sinónimo que o soluto se dissolve mais depressa no solvente.
Protocolo da atividade
Material:
- cartaz com possibilidades de previsões dos alunos (cf. anexo 5);
- carta de planificação (cf. anexo 6);
- 3 gobelets (identificados com as letras A, B e C);
- 100 mL de água à temperatura ambiente (3 vezes);
- 2 varetas (para agitar);
- 3 rebuçados do mesmo tipo (tamanho, cor e tipo);
- relógio ou cronómetro para medir o tempo de dissolução do rebuçado.
Procedimento – O professor deverá começar por dialogar com os alunos questionando-os sobre
o que pensam ser a dissolução de um material. Tendo em conta as respostas dos alunos o
professor pode dar alguns exemplos de materiais que se podem dissolvem: como sal que se
dissolve na sopa quando cozinhamos ou o açúcar que se dissolve no chá ou café, ou ainda o
rebuçado (o rebuçado é produzido, entre outros ingredientes, por açúcar) que se dissolve na
boca quando o comemos.
De seguida o professor deverá formular a seguinte questão-problema: «A agitação da mistura
influencia o tempo de dissolução do rebuçado?» Depois de colocada a questão-problema é
importante discutir com os alunos as suas previsões, para auxiliar nesta tarefa pode-se usar o
cartaz em anexo, com exemplos de previsões que as crianças poderão apontar (cf. anexo 5).
Depois de reunidas e apontadas as previsões dos alunos, o professor, em conjunto com os
alunos, deve definir os critérios que serão mantidos e os que serão alterados e ainda definir
como serão registadas as observações (cf. anexo 6) Sumariamente, é necessário que definir os
seguintes critérios:
O que vamos mudar…
- a agitação da mistura: não agitar, agitar de forma contínua ou agitar por intervalos, por
exemplo de 10 em 10 min.
O que vamos medir…
- o tempo que demora um rebuçado a dissolver completamente com diferentes agitações da
mistura.
O que vamos manter e como vamos manter…
- o tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçados. Os rebuçados devem ser todos do mesmo
tipo (dureza, cor, composição e tamanho).
- o tipo e quantidade (volume) e temperatura do solvente (por exemplo, usar 100 mL de água à
temperatura ambiente.
- o momento de introdução dos rebuçados nos recipientes.
Como vamos registar as observações…
- consultar carta de planificação (cf. anexo 6).
Para a experimentação será conveniente dividir a turma em grupos e distribuir por cada um dos
grupos o material acima mencionado. Assim, é necessário dispor na mesa de trabalho três
gobelets identificados e colocar o mesmo volume de água em cada um deles (por exemplo, 100
mL). Sugere-se a utilização de um termómetro para a medir a temperatura da água.
Seguidamente, é necessário definir que no gobelet A, depois do rebuçado ser introduzido, não
se irá provocar agitação, que no gobelet B a agitação será provocada de 10 em 10 minutos e no
gobelet C a agitação será provocada continuamente, com o auxílio de uma vareta.
Os rebuçados deverão ser introduzidos em simultâneo em todos os gobelets. Durante o
processo os alunos devem controlar o tempo de dissolução fazendo a contagem (em minutos)
com a ajuda de um relógio ou cronómetro.
No final da atividade é suposto que os alunos concluam que o rebuçado que se dissolveu mais
rapidamente foi o do gobelet C, onde foi aplicada uma agitação contínua e que, em contraponto,
o rebuçado que mais demorou a dissolver-se foi o do gobelet A, no qual não foi provocada
qualquer agitação.
Em suma, a resposta à questão-problema é que quando se agita a mistura, o rebuçado demora
menos tempo a dissolver-se em água (à temperatura ambiente).
Atividade 6 – Qual o efeito da temperatura no estado físico dos materiais?
Resumo da atividade
A temática geral dos materiais é mencionada nos programas do ensino básico, quer do 1º ciclo
quer do 2º ciclo, quando se definem como objetivos a observação da multiplicidade de formas,
características e transformações que ocorrem nos materiais, a explicação de alguns fenómenos
com base nas propriedades dos materiais e a realização de atividades experimentais simples a
fim de identificar algumas propriedades dos materiais, relacionando-os com as suas aplicações
no quotidiano. São ainda mencionados os fenómenos de mudança de estado físico, em
particular da água, definindo-se como objetivos neste âmbito reconhecer e observar fenómenos
de condensação e de solidificação, realizar experiências que representes os fenómenos de
evaporação, de condensação e de solidificação e observar os efeitos da temperatura sobre a
água.
Assim, são apontadas como principais finalidades da atividade a identificação dos estados
físicos da água, compreender que um material, em particular a água, se pode apresentar sob
diferentes estados físicos e identificar os fatores que podem influenciar a rapidez com que
ocorrem as mudanças de estado físico.
Protocolo da atividade
Material:
- 3 amostras (sacos) – azeite, leite, manteiga, álcool etílico e sal;
- 2 termómetros digitais;
- 2 tabuleiros;
- 1 caixa de esferovite com tampa;
- 1 caixa de vidro com tampa;
- 1 placa elétrica;
- gelo.
Procedimento – O professor deverá dar início à atividade perguntando aos alunos o que pensam
que acontece aos materiais (amostras A, B, C, D, E…) que se encontram à temperatura ambiente,
caso estes sejam:
HIPÓTESE A:
- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura inferior a 0ºC (aproximadamente -5ºC);
HIPÓTESE B:
- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura superior a 0ºC (aproximadamente 40ºC).
O professor deverá registar as previsões dos alunos que devem ser, para a primeira hipótese,
“umas ficam na mesma…”, “ficam duras…” ou “ficam mais pesadas…” e para a segunda hipótese,
“não lhes acontece nada…”, “derretem…” ou “ficam moldes…”. Para dar início à experimentação
a turma deve ser dividida em dois grupos (G1 e G2).
O G1 irá testar a realização da atividade levantada na primeira hipótese, por sua vez, o G2 testará
a atividade correspondente à segunda hipótese. O professor deverá solicitar ao G1 que coloque
1 saco de cada amostra num recipiente com tampa, contendo gelo (a uma temperatura
aproximada de -5ºC). É importante efetuar-se a medição da temperatura a que se encontra o
gelo e proceder ao respetivo registo. Da mesma forma, o professor deverá solicitar ao G2 que
coloque 1 saco de cada amostra numa caixa de vidro com tampa contendo água aquecida a uma
temperatura aproximada de 40ºC. Mais uma vez, é imprescindível medir a temperatura da água
e registar.
Os dois grupos devem observar de minuto em minuto (durante 10 minutos) as alterações que
ocorrem no conteúdo dos sacos, centrando a sua observação nas alterações e também na ordem
pela qual estas sucedem.
No final cada um dos grupos deve descrever o que verificou com as suas amostras durante o
período de observação. O professor deverá conduzir o diálogo por forma a introduzir os
conceitos de solidificação (fenómeno de passagem do estado líquido para o estado sólido dos
materiais) e fusão (fenómeno de passagem do estado sólido para o estado líquido pelo efeito
do calor). A realização desta atividade deverá ser acompanhada pelo preenchimento da carta
de planificação (cf. anexo 7) onde está definida a questão-problema e a tabela de registo das
observações efetuadas.
Para concluir a atividade os alunos devem reconhecer que, às temperaturas experimentadas, o
estado físico de alguns materiais se alterou, enquanto outros se mantiveram inalterados, através
do confronto entre as suas previsões e das observações registadas.
Em suma, o professor poderá acrescentar que a variação de temperatura pode fazer alterar o
estado físico de um material e que a alteração do estado físico se relaciona quer com as
propriedades do material, quer com a temperatura a que este é sujeito. Pode-se ainda
acrescentar que, tal como se verificou na experimentação, a fusão é o fenómeno de passagem
de um material e/ou substância do estado sólido para o estado líquido e que a solidificação
consiste no fenómeno de passagem de um material e/ou substância do estado líquido para o
estado sólido.
Atividade 7 – O ciclo da Água
Resumo da atividade
O objetivo da atividade é levar os alunos a compreender que a existência de água no estado
gasoso na atmosfera se relaciona com a existência de água no estado líquido à superfície da
Terra. Além disso, é suposto que os alunos compreendam que o ciclo da água como uma
sequência de fenómenos de evaporação, condensação (com queda sob a forma de chuva – água
no estado líquido ou granizo – água no estado sólido), infiltração da água nos solos e nova
evaporação. Para a exploração dos vários fenómenos que ocorrem no ciclo da água o professor
pode aceder à Plataforma de Ensino Assistido – PEA, com os seus dados de acesso, e explorar o
recurso educativo multimédia sobre esta temática.
Protocolo da atividade
Material:
- carta de planificação (cf. anexo 8)
- Material para construir maqueta do ciclo da água:
caixa de bolo ou outro recipiente transparente e fechado;
recipiente mais pequeno para simular nuvem;
gelo com corante;
plástico para simular um lago;
lâmpada para simular o sol;
água com sal (simular água do mar).
Procedimento - O professor deverá dar início à atividade interrogando os alunos sobre “de onde
vem e para onde vai a água da chuva?” Sugere-se que durante a discussão os alunos registem
as suas opiniões sob a forma de desenho.
Os alunos, ou pelo menos, grande parte deles irá considerar que a chuva vem das nuvens. Neste
sentido, sugere-se que os alunos façam um trabalho de pesquisa, com recurso à internet, sobre
a questão (este trabalho pode ser realizado em sala de aula ou em casa, com a ajuda dos pais e
com recurso à internet). Com esta pesquisa é suposto que os alunos reconhecerem que as
nuvens são formadas por micro partículas de água que podem estar no estado líquido ou sólido,
consoante a posição que ocupam na atmosfera.
Seguidamente, o professor poderá apresentar a seguinte questão-problema: «Como podemos
simular o ciclo da água?»
Partindo do esquema apresentado (cf. Figura 1) a turma deve construir um simulador do ciclo
da água.
Reunido o material acima referido é necessário colocar no fundo do recipiente
aproximadamente 5 dL de água salgada, adicionar o gelo colorido no recipiente que simulará a
nuvem e ligar o foco que irá simular o sol (a lâmpada deve ter potência superior a 60 watt) e
deve ser apontada para a “água do mar”.
Figura 1 - Esquema maqueta do ciclo da água (retirado de Coleção Ensino Experimental das Ciências - Explorando…mudanças de estado físico, Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
O professor deve disponibilizar aos alunos a tabela para procederem aos registos das
observações (cf. anexo 8) que devem ser continuadas por um período nunca inferior a 1 hora
para que os resultados sejam visíveis.
No final, e para sintetizar os conceitos desta atividade, o professor poderá aceder à PEA –
Plataforma de Ensino Assistido, com os seus dados de acesso, e explorar o recurso educativo
multimédia disponível sobre esta temática.
Seres vivos: plantas e animais
Resumo da atividade
A temática dos seres vivos: plantas é mencionada no programa do ensino básico quando se
enumera como objetivo geral identificar elementos básicos do meio físico envolvente (flora) e
como objetivos específicos reconhecer alguns cuidados a ter com as plantas e reconhecer
manifestações da vida vegetal. Para trabalhar em sala de aula a temática das plantas o professor
poderá consultar na Plataforma de Ensino Assistido – PEA o recurso educativo multimédia
referente ao tema. Para isso, deverá aceder à plataforma, selecionar o menu didática –
conteúdos – estudo do meio e selecionar o conteúdo «classificação e características das
plantas». O professor poderá explorar os diferentes menus do conteúdo consoante o
desenvolvimento das diferentes atividades. Com este recurso o professor poderá explorar
questões como: «Como nascem as plantas», «Utilidades das plantas», «Variedade de plantas»
e «Cuidados a ter com as plantas».
Atividade 8 – Germinação do feijão
A implementação desta atividade deverá ser acompanhada pelo recurso educativo multimédia,
disponível na Plataforma de Ensino Assistido – PEA. No separador atividades o professor poderá
consultar a lista de material necessário, bem como o protocolo da atividade (cf. Figura 2).
Nesta atividade o professor deverá dar ênfase à questão «Como nascem as plantas». Sendo que,
a germinação do feijão leva algum tempo a surtir resultados visíveis o professor poderá sugerir
aos alunos que levem o copo/frasco com o feijão para casa e que estes procedam à observação
dos resultados, em colaboração com os encarregados de educação, preenchendo os resultados
na folha de registo da atividade (cf. anexo 9).
Figura 2 – Protocolo interativo da atividade «Germinação do feijão».
Passados 15 dias, a grande maioria dos feijões já terá germinado, pelo que será possível
visualizar algumas das partes constituintes da planta. Recorrendo ao recurso educativo
multimédia o professor poderá discutir com os alunos e verificar que partes da planta
conseguem observar (cf. Figura 3).
Figura 3 – Variedades de plantas: partes da planta.
O professor poderá pedir aos alunos que, juntamente com os encarregados de educação, façam
uma recolha de diferentes tipos de plantas (é conveniente que o professor alerte os alunos para
a variedade de plantas). Cada aluno poderá apresentar a planta que trouxe, falando sobre o BI
(bilhete de identidade) da planta à turma (cf. Figura 4). Para o preenchimento do BI da planta os
alunos deverão fazer uma recolha de informação com recurso à internet.
Nome comum: ______________________
Nome científico: _____________________
Partes da planta que consigo observar:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
A minha planta
Figura 4 – Exemplo de BI da planta.
Este é um exemplo do trabalho que os alunos poderão apresentar (cf. Figura 5). Pode-se sugerir
que o BI da planta seja colado no vaso.
Atividade 9 – A influência da água e da luz na germinação de sementes
Resumo da atividade
Os alunos pela experiência do seu quotidiano sabem que nem todas as sementes germinam na
mesma altura do ano, mas provavelmente ainda não refletiram sobre os fatores que influenciam
a germinação das sementes. Nesta atividade irão explorar dois fatores que influenciam a
germinação: água e luz. Nesta medida, a atividade divide-se em duas etapas que servem para
que os alunos compreendam de que forma os fatores ambientais interferem na germinação de
sementes.
Protocolo da atividade
Atividade 9 (1)
Questão-problema I: Qual o efeito da humidade na germinação das sementes de feijão?
Material:
- 2 recipientes de plástico transparente com orifício na base;
- pedaços de papel pardo;
- 6 sementes de feijão;
- água.
Figura 5 – Exemplo BI da planta preenchido pelo aluno.
Procedimento – Inicialmente é necessário que o professor discuta com os alunos a variável que
irá mudar durante a experimentação, neste caso a variável que será alterada é a humidade. A
turma deverá preparar dois recipientes para esta atividade. No recipiente A deverá ser colocado
um pedaço de papel pardo contendo 3 sementes de feijão. Diariamente, os alunos deverão
deitar uma determinada quantidade de água no pedaço de papel pardo que contém 3 sementes
de feijão. Por outro lado, no recipiente B deverão ser colocados, num pedaço de papel pardo, o
mesmo número de sementes de feijão mas a este recipiente não deve ser adicionada água. Os
alunos deverão anotar o dia de início da experimentação. Devem ser ainda definidos outros
fatores como:
O que vamos medir…
- o tempo (em dias) que cada semente de feijão demora a germinar.
O que vamos manter e como…
- o tipo e número de sementes, quantidade de papel e as condições de luz, temperatura e
arejamento (para este efeito pode-se usar uma mini-estufa de tampa transparente – caixa de
plástico com tampa).
Para o registo das observações o professor pode disponibilizar uma tabela, à semelhança da
apresentada (cf. Tabela 1).
Sementes
Tempo de germinação (em dias)
Data de início da experimentação: ____/____/_____
Feijão (3 exemplares)
Recipiente A
Recipiente B
1º dia 2º dia 3º dia … 1º dia 2º dia 3º dia …
Não
germinam
Não
germinam
Tabela 1 – Exemplo de tabela para registo de observações.
No final da atividade os alunos deverão concluir que a água é indispensável à germinação das
sementes de feijão.
Atividade 9 (2)
Questão-problema I: Qual o efeito da luminosidade na germinação das sementes de feijão.
Material:
- 2 recipientes de plástico transparente com orifício na base;
- pedaços de papel pardo;
- 6 sementes de feijão;
- água.
Procedimento – Nesta etapa da atividade a variável que deverá ser alterada é a luminosidade.
Para a realização da atividade o professor deverá sugerir aos alunos que coloquem, em cada um
dos recipientes (A e B), 3 sementes de feijão. Os recipientes devem ser iguais (transparentes, de
plástico e com um orifício na base). Devem ainda conter pedaços de papel pardo humedecidos.
O primeiro recipiente deve ser colocado numa mini estufa transparente, enquanto o recipiente
B deverá ser colocado numa mini estufa opaca. Os pedaços de papel pardo devem ser
humedecidos diariamente com uma determinada quantidade de água.
Poder-se-á definir ainda os seguintes critérios:
O que vamos medir…
- o tempo (em dias) que a semente de feijão demora a germinar.
O que vamos manter e como…
- o tipo e número de sementes e a quantidade de papel pardo.
- a humidade dos pedaços de papel adicionando, simultaneamente, a cada um a mesma
quantidade de água.
Para o registo das observações o professor pode disponibilizar uma tabela, à semelhança da
apresentada (cf. Tabela 2) onde os alunos podem escrever ou desenhar as observações
efetuadas.
Tabela 2 – Tabela de registo da etapa 2.
No final da atividade os alunos deverão concluir que a luz não é indispensável à germinação das
sementes de feijão.
Atividade 10 – Será que todas as plantas nascem de sementes?
Resumo da atividade
Nas atividades anteriores os alunos verificaram a germinação da semente de feijão mas devem
ser alertados para o facto de nem todas as plantas nascerem a partir da germinação de
sementes. Para isso, o desafio proposto é que os alunos plantem um ananás.
Protocolo da atividade
Questão-problema: Será que todas as plantas nascem de sementes?
Material:
- vaso;
- terra;
- topo de um ananás;
- termómetro para plantas;
Sem
en
tes
de
feijã
o
Sem
en
tes
de
feijã
o
Mini estufa transparente Mini estufa opaca
Recipiente A (recipiente c/ papel pardo
humedecido em mini estufa transparente)
Recipiente B (recipiente c/ papel pardo
humedecido em mini estufa opaca)
Tempo de germinação (em dias)
Recipiente A (exposição à luz) Recipiente B (na obscuridade)
1º dia 2º dia … 1º dia 2º dia …
- pá;
- regador;
- água.
Procedimento – Antes da experimentação é necessário reunir o número de coroas de ananás
necessárias com cerca de 2 cm de casca, sem polpa. É conveniente deixar as coroas repousar
durante três dias num local tépido.
Para a experimentação, a turma poderá ser dividida em grupos. Cada grupo deverá ter um vaso,
terra e uma coroa de ananás. Os alunos deverão plantar a coroa do ananás num vaso (a parte
da casca deverá ficar submersa na terra) e colocar o vaso num local solarengo com uma
temperatura entre os 20 e 25º C.
Os alunos deverão ficar responsáveis por regar o vaso de 10 em 10 dias. Ao final de cerca de seis
semanas poderão verificar que a coroa começa a criar raízes e podem responder à questão-
problema ao verificar que o ananás, que não foi plantado sob a forma de semente, está a criar
raízes. Quer isto dizer que as plantas não nascem todas de sementes.
Para a planificação da rega poderá criar-se uma tabela onde os alunos registam as observações
ao longo do tempo (cf. Tabela 3).
Plantar um ananás
Regar o vaso de 10 em 10 dias
(anotar a data de cada rega).
Observamos que…
Semana 1
Semana 2
Semana 3
Semana 4
Semana 5
Semana 6
Semana 7
Tabela 3 – Tabela de registo da evolução do desenvolvimento da plantação de ananás.
Atividade 11 – Construir uma estufa
Resumo da atividade
Nas atividades anteriores os alunos compreenderam que há diversos fatores que influenciam a
germinação de sementes e que algumas plantas podem nascer a partir da germinação de
sementes e que noutros casos não. Nas atividades anteriores foi pedido aos alunos que criassem
mini estufas a fim de condicionar os fatores ambientais que favorecem ou prejudicam o
crescimento das plantas. Nesta atividade é sugerido que os alunos construam uma estufa e
compreendam a importância das mesmas na manutenção de culturas ao longo de todo o ano.
Para a implementação desta atividade poderá ser pedida a colaboração dos encarregados de
educação a fim de auxiliarem os alunos na construção das estufas. Se algum dos encarregados
de educação trabalhar na área da agricultura e tiver estufas onde cultiva algum produto, seria
interessante partilhar com os alunos o seu ponto de vista quanto à utilização de estufas na
agricultura.
Protocolo da atividade
Material:
- caixa de madeira 60x30 cm – o tamanho das caixas pode ser diferente do sugerido;
- martelo;
- pregos;
- barras de madeira;
- verniz protetor impermeável;
- pincel;
- chave de fendas;
- dobradiças;
- tranqueta;
- cola vinílica;
- folha de plástico transparente.
Procedimento – Com a ajuda de um adulto, solicitar aos alunos que façam dois ou três furos no
fundo da caixa para drenar a água. Com as barras de madeira constrói-se um caixilho com as
mesmas dimensões da caixa. Sugere-se que se pinte a caixa e o caixilho com o verniz
impermeável. Para terminar a tampa, cola-se a folha de plástico com cola vinílica. Seguidamente
é necessário colocar a tampa sobre a caixa e fixa-la com as dobradiças.
Sugere-se ainda a colocação de uma tranqueta para que o vento não abra a estufa. Depois os
alunos devem colocar terra na estufa e plantar, por exemplo um morangueiro (embora se possa
escolher outra planta).
No final da atividade é suposto que os alunos compreendam que a estufa é uma estrutura que
tem como objetivo absorver o calor proveniente do sol e mantê-lo condicionado no seu interior.
A estufa de plantas, além de proteger a planta contra possíveis ameaças externas, mantém a
temperatura interna controlada. No final, o professor e alunos deverão escolher o melhor local
para manter a estufa, para mais tarde saborear deliciosos morangos.
Atividade 12 – Trabalho de pesquisa: o que é o efeito de estufa?
Resumo da atividade
Depois da construção da estufa os alunos poderão ser desafiados a pesquisar sobre o «efeito de
estufa», averiguando as suas causas e consequências. Esta atividade pretende alertar os alunos
para os efeitos nefastos da poluição para a sustentabilidade do planeta Terra. Com recurso à
internet os alunos poderão consultar as seguintes páginas web:
http://www.infopedia.pt/$efeito-de-estufa
http://www.greenpeace.org/portugal/pt/O-que-fazemos/oceanos/aquecimento-global/
http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Ambiente&ID=1329
Para completar a pesquisa os alunos deverão formular um resumo das causas e consequências
do efeito estufa na sustentabilidade da Terra, preenchendo um formulário à semelhança do que
se segue.
Na plataforma do PmatE – PEA está
disponível um recurso educativo
multimédia sobre o tema poluição. O
professor poderá aceder à plataforma e
utilizar o recurso educativo multimédia
(cf. Figura 6) como complemento ao
trabalho de pesquisa dos alunos,
abordando questões como: O que é a
poluição e os tipos de poluição existentes. Figura 6 – Recurso educativo multimédia sobre a poluição.
Sabes o que é o efeito de estufa?
Enumera algumas das causas do efeito de estufa:
____________________;
____________________;
____________________;
____________________.
Enumera algumas consequências do efeito de estufa:
____________________;
____________________;
____________________;
____________________.
Explica por palavras tuas o que é o efeito de estufa.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Folha registo – Exemplo de folha de registo para o trabalho de pesquisa.
A temática dos seres vivos: animais é mencionada no
programa do ensino básico quando se enumera como objetivo
geral identificar elementos básicos do meio físico envolvente
(fauna) e como objetivos específicos reconhecer alguns cuidados a ter
com os animais e reconhecer manifestações da vida animal.
Para trabalhar em sala de aula a temática dos animais o professor poderá consultar na
Plataforma de Ensino Assistido – PEA o recurso educativo multimédia referente ao tema. Para
isso, deverá aceder à plataforma, selecionar o menu didática – conteúdos – estudo do meio e
selecionar o conteúdo «Características gerais dos animais». O professor poderá explorar os
diferentes menus do conteúdo consoante o desenvolvimento das diferentes atividades. Com
este recurso o professor poderá explorar questões como a classificação dos animais quanto: ao
modo de vida, tipo de alimentação, tipo de revestimento, modo de deslocação, tipo de
reprodução e características do corpo.
Atividade 13 – Trabalho de pesquisa: caracteriza os animais
Resumo da atividade
Depois de explorar em sala de aula o recurso educativo multimédia os alunos irão compreender
que os animais podem ser classificados consoante diferentes critérios. O professor pode
acrescentar que, tal como as plantas, os animais são seres vivos e que o critério que difere entre
animais e plantas é o facto de os animais poderem deslocar-se.
Através de um trabalho de pesquisa os alunos devem preencher a seguinte tabela (cf. Tabela 4),
com alguns exemplos de animais com características distintas.
Para este trabalho de pesquisa os alunos poderão recorrer à Internet e o professor poderá
solicitar que cada aluno requisite um livro sobre o tema na biblioteca escolar ou traga um livro
de casa. Os alunos durante a atividade poderão partilhar o material.
Classificação dos animais
Modo de vida
Tipo de
alimentação
Tipo de
revestimento
Grupo
(consoante as
características do
corpo)
Animal selvagem doméstico
Urso Polar
X
pelo
Cão
mamífero
Golfinho
X
Águia
aves
Tabela 4 – Classificação dos animais.
Além destes, os alunos poderão caracterizar outros animais que lhes suscitem interesse,
registando os dados obtidos através da pesquisa realizada.
Atividade 14 – Construir um m2 e observar animais na escola
Resumo da atividade
Depois de compreenderam a diversidade de animais existente, os alunos poderão averiguar
sobre quais os animais que existem no recreio da escola. Neste sentido, seria pertinente
desenvolver um trabalho de campo.
A proposta de trabalho de campo seria os alunos construírem um m2 e colocarem num local, de
preferência ajardinado, do recreio da escola e observarem os animais que habitam aquele
espaço. Os encarregados de educação podem ser chamados a participar nesta atividade.
Protocolo da atividade
Atividade 14 (1)
Material:
- para o quadrado com 1 m2 de área:
- barras de madeira com 1 m de comprimento;
- cola de contacto.
Procedimento – Para a construção do m2 os alunos, com o auxílio de um adulto, devem
posicionar as barras de madeira com um 1 m de comprimento na forma de um quadrado.
Seguidamente, com cola de contacto, os alunos deverão colar as extremidades das barras de
madeira por forma a fixá-las umas nas outras.
Atividade 14 (2)
Depois de ter o m2 construído, os alunos deverão ir para o recreio da escola, de preferência para
uma área ajardinada, e escolher um local para colocar o seu m2. Na área definida os alunos
deverão observar os animais existentes. Os alunos deverão proceder ao registo das observações.
Para esse efeito podem utilizar a tabela de registo (cf. Tabela 5).
Animais na Escola Data da observação: ___/___/____
Quantos animais observei? Desenha os animais que observaste.
Tabela 5 – Registo de observação dos animais observados.
Atividade 15 – Casa para pássaros
Resumo da atividade
Alguns pessários colocam os seus ovos em buracos no tronco de árvores ou rochas, fazendo
desses espaços os seus ninhos. O objetivo desta atividade é construir casas para que os pássaros
possam habitar o recreio da escola.
Para esta atividade é importante a participação dos encarregados de educação, a fim de
auxiliarem os alunos na construção das casas para pássaros e também eles reviverem esta
tradição.
Protocolo da atividade
Material:
- cola vinílica;
- plástico transparente;
- caixa de sapatos;
- martelo;
- pregos;
- compasso;
- tesoura,
- ganchos.
Procedimento – Em primeiro lugar os alunos deverão forrar a caixa de sapatos com o plástico.
Na tampa da caixa de sapatos, com o auxílio de um compasso, desenha-se um círculo com 8 cm
de diâmetro e recorta-se. Na parte de trás da caixa deve-se colocar os ganchos para que seja
possível pendurar a casa de pássaros.
No final é necessário colar a caixa e a tampa com a cola vinílica. No recreio da escola os alunos
devem procurar um local protegido do vento e da chuva para pendurar a casa de pássaros.
Depois resta esperar que a casa de pássaros receba um novo habitante.
Atividade 16 – O corpo humano – o ar que entra é igual ao ar que sai?
Resumo da atividade
Nas atividades anteriores os alunos falaram e experimentaram situações relacionadas com
plantas e animais. Através da realização das diferentes atividades compreenderam que há uma
grande diversidade de plantas e animais, ou seja, há uma grande diversidade de seres vivos. A
questão que se coloca agora é: as plantas e os animais são seres vivos. E o ser humano?
É importante discutir com os alunos que o ser humano é também um ser vivo, que pode ser
classificado como os restantes animais. Por exemplo, o professor poderá dizer que o ser humano
é um mamífero porque tem características semelhantes a outros animais do mesmo reino como,
por exemplo: corpo coberto por pelo, temperatura interna constante, a pele é formada por duas
camadas (epiderme e derme) e o corpo é constituído pelos sistemas digestivo, respiratório,
circulatório e reprodutivo. Contudo, distingue-se de todos os outros animais por características
únicas como, por exemplo: é um animal racional, isto é, tem a capacidade de raciocinar, não
agindo apenas pelo instinto.
Para abordar esta questão do corpo humano o professor
poderá recorrer ao recurso educativo multimédia disponível
na plataforma do PmatE, acedendo ao menu didática –
conteúdos – estudo do meio – O Corpo Humano.
Nesta proposta de atividade os alunos irão trabalhar o sistema respiratório humano, refletindo
sobre a importância do ar para a vida humana, e compreendo que no processo de respiração se
estabelece um ciclo inspiração –> chegada do ar aos pulmões –> expiração. O que será que muda
neste ciclo?
Protocolo da atividade
Material:
- água de cal;
- 2 recipientes iguais;
- 2 seringas.
Procedimento – Através da exploração do recurso educativo multimédia os alunos poderão
compreender que o ar expirado contêm dióxido de carbono. Nesta medida, o professor pode
colocar a seguinte questão-problema: Qual possui maior quantidade de dióxido de carbono? O
ar inspirado ou o ar expirado? As crianças poderão dar respostas do tipo: “O ar que sai tem mais
dióxido de carbono” ou “Quando respiramos entra o oxigénio que está no ar e sai o dióxido de
carbono do nosso corpo.” Depois do diálogo o professor deverá preparar o seguinte ensaio,
definindo os seguintes critérios:
O que vamos mudar…
- o tipo de ar (ar atmosférico ou inspirado, ar expirado)
O que vamos observar…
- a maior ou menor presença de dióxido de carbono
O que vamos manter e como…
- o tipo e a quantidade de água de cal
- o tipo, tamanho e forma do recipiente
- a quantidade de ar
- o momento da introdução do ar nos recipientes
Para efetuar o registo das observações o professor deverá disponibilizar a seguinte tabela (cf.
Tabela 6).
Coloração/turvação da água de cal
Recipiente A – ar inspirado
Recipiente B – ar expirado
Tabela 6 – Registo das observações.
Para a experimentação os alunos deverão colocar a mesma quantidade de água de cal em dois
recipientes iguais, rotulando-os. Deverão rotular as duas seringas e enchê-las com a mesma
quantidade de ar: uma com ar inspirado, usando o ar atmosférico e outra com ar expirado
(expirar para dentro da seringa). Seguidamente, deverão mergulhar a ponta da seringa na água
de cal e libertar o ar contido na seringa. Observar e registar em qual dos recipientes a água de
cal ficou mais turva.
Com esta atividade os alunos deverão concluir que o ar expirado contém mais dióxido de
carbono do que o ar inspirado e que a quantidade de dióxido de carbono interfere no grau de
turvação da água de cal. Portanto, no recipiente onde for libertado o ar expirado a água de cal
ficará mais turva, pelo que o ar expirado contem mais dióxido de carbono que o inspirado.
Universo, Sistema Solar e Dinâmica da Terra
Atividade 17 – Conhecer o sistema solar
Resumo da atividade
Para a concretização desta atividade é necessário que os alunos façam, em primeiro lugar, um
trabalho de pesquisa para prepararem o trabalho prático. Nesta atividade os alunos irão
pesquisar sobre alguns conceitos fundamentais sobre o Sistema Solar para depois concretizarem
um modelo do Sistema Solar.
Protocolo da atividade
Material:
- folha de registo (cf. anexo 11);
- plasticina de várias cores;
- retângulo de esferovite;
- fita métrica;
- 2 m de arame;
- jornais ou papéis velhos;
- cartolina;
- tesoura;
- papel crepe amarelo;
- tinta spray preta.
Procedimento – O professor deverá dividir a turma em grupos. Cada um dos grupos de trabalho
deverá proceder a um trabalho de pesquisa com recurso à Internet e/ou livros requisitados na
biblioteca escolar. A pesquisa levada a cabo pelos alunos deverá incidir sobre a temática do
sistema solar. Através do trabalho de pesquisa, os alunos deverão preencher a folha de registo
(cf. anexo 11). Numa tabela e discutindo com os alunos os dados obtidos pela pesquisa, os
professores poderá organizar os dados recolhidos, sendo que no final esta deve conter os
seguintes dados:
O Sistema Solar
Planetas Número total de planetas Nomes dos planetas
oito Mercúrio, Vénus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e
Neptuno
Mercúrio É o planeta mais próximo do Sol. É um planeta telúrico porque a
constituição da sua crosta é densa, ou seja, tem uma crosta sólida.
Vénus É o segundo planeta do Sistema Solar por ordem de distância do Sol.
Também Vénus é um planeta telúrico.
Terra É o terceiro planeta do Sistema Solar. O planeta Terra tem
características únicas: tem grandes quantidades de água, tem placas
tectónicas e um forte campo magnético. É o único corpo planetário que
possui vida. É um planeta telúrico.
Marte É o quarto planeta do Sistema Solar. Tem uma coloração avermelhada.
Tem dois satélites: Deimos e Fobos. Marte o último dos planetas
telúricos.
Júpiter É o maior plante do Sistema Solar e ocupa a quinta posição. Em sua volta
possui um ténue anel. Tem 63 satélites. É o primeiro dos planetas
gigantes. Os planetas gigantes caracterizam-se pela sua grande
dimensão mas são pouco densos, são constituídos essencialmente por
gases.
Saturno Saturno é rodeado por um sistema de anéis. É o segundo maior planeta
do Sistema Solar e está na sexta posição por ordem de distância do Sol.
É um planeta gigante.
Urano Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar e é caracterizado pela sua
cor verde-azulada. Esta coloração deve-se à abundância de metano
gasoso na sua atmosfera. É um planeta gigante.
Neptuno Este é o último planeta do Sistema Solar. A sua atmosfera é constituída,
essencialmente por gases como o hidrogénio e o hélio. É um planeta
gigante.
No decorrer do preenchimento da tabela e discussão da pesquisa os alunos deverão ser capazes
de responder às seguintes questões (o professor poderá sugerir que a respostas às questões
sejam registadas no quadro ou no caderno):
O que é um planeta?
O que são planetas telúricos e planetas gigantes?
Qual a estrela central do Sistema Solar?
O que é a Lua?
Que outros astros conheces?
O professor poderá acrescentar outras perguntas que lhe pareçam convenientes. Para a
construção do modelo do Sistema Solar cada grupo de trabalho deve ter disponível o material
no protocolo enumerado. A cada grupo de trabalho deverá ser também disponibilizada a
seguinte tabela informativa:
cf. tabela em http://educa.fc.up.pt/ficheiros/trabalhos/401/documentos/307/Sistema%20solar.pdf
O professor deverá explicar que na tabela estão indicados os diâmetros das esferas que
representam os planetas, a distância relativa ao Sol e as cores que devem utilizar em cada caso.
É ainda de salientar que o tamanho relativo dos planetas e a distância ao Sol têm diferentes
escalas.
Os passos a seguir para a construção do modelo do sistema solar são os seguintes:
1. Fazer uma bola com 50 cm de diâmetro com papel de jornal e forrá-la com papel crepe
amarelo. O Sol deverá ter um diâmetro muito maior que os planetas. Pode-se simular as
manchas solares com tinta spray preta;
2. Com arame prender o «Sol» numa das extremidades da placa de esferovite;
3. Marcar na placa de esferovite, a partir do Sol, as distâncias enumeradas na tabela que
representam a distância a que cada planeta se posiciona em relação ao Sol;
4. Moldar bolas de plasticina, com os diâmetros e cores sugeridas, para representarem os
diferentes planetas;
5. Em cartolina desenhar/construir os aros que irão representar os anéis dos planetas
gigantes e adaptá-los às respetivas esferas;
6. Cortar o fio de arame com cerca de 10 cm de comprimento e prende-lo às esferas
representativas dos planetas;
7. Colocar cada um dos planetas na marcação correspondente, utilizando o arame
introduzido na placa de esferovite.
Atividade 18 – As fases da Lua
Resumo da atividade
A Lua é o vizinho mais próximo da Terra. Sabe-se mais sobre a Lua do que sobre qualquer outro
planeta do Sistema Solar. Em 1969 a Lua foi pisada pela primeira vez pelo Homem.
A Lua é o único satélite natural da Terra, sendo um satélite não possui luz própria mas reflete a
luz do Sol. A luz do Sol ilumina diferentes partes da Lua durante o seu movimento de rotação
em volta da Terra e, por isso a Lua é visível, a partir da Terra, com diferentes aspetos. Esta
atividade pretende simular de que forma a Lua passa pelas diferentes fases.
Protocolo da atividade
Material:
- bola de futebol ou de futebol de praia;
- cola;
- pincel para espalhar a cola;
- papel de alumínio;
- tesoura;
- fita adesiva de feltro;
- lanterna.
Procedimento – Para simular a Lua, em primeiro lugar, os alunos deverão certificar-se que a
bola de futebol está bem limpa e seca. Depois, com o auxílio de um pincel, deverão cobrir toda
a superfície da bola com cola. Depois, cuidadosamente, deverão forrar a bola com o papel de
alumínio. A superfície da «Lua» deverá ficar o mais lisa possível.
Colar na «Lua» uma das partes da fita adesiva de feltro. A outra parte deverá ser colada na mesa.
É suposto posicionar a bola em cima da mesa por forma a que esta fique fixa, através das tiras
de feltro.
Dois a dois, os alunos deverão posicionar-se frente a frente, cada um de um lado da mesa. Um
dos alunos deverá segurar uma lanterna que será o «Sol». É conveniente que a sala não tenha
muita luminosidade. Seguidamente, liga-se a lanterna e os alunos deverão circular
gradualmente em torno da mesa. Desta forma, a bola irá sendo iluminada de diferentes ângulos,
simulando as fases da Lua. O aluno que não tem a lanterna deverá observar as simulações das
diferentes fases da Lua. Os alunos poderão ainda fotografar as diferentes simulações e compará-
las com imagens retidas da Internet. A atividade poderá ser acompanhada por um esquema das
fases da Lua (cf. esquema 1) para ajudar os alunos no seu posicionamento em volta da mesa
para obter as diferentes fases da Lua.
Esquema 1 – Esquema ilustrativo das fases da Lua.
Atividade 19 – Vulcão num frasco
Resumo da atividade
O vulcão é um aparelho natural formado por um canal (chaminé) aberto através da crosta
terrestre por onde são expelidos produtos gasosos, sólidos e líquidos (lavas) a temperaturas
muito altas. À abertura do vulcão chamamos cratera. Quando pensamos num vulcão em
erupção pensamos em pedaços incandescentes de rocha a serem lançados a milhares de pés no
ar. Pensamos em fluxos de magma líquido e em fluxos de fumo. Mas isso nem sempre sucede.
Alguns vulcões entram em erupção debaixo de água. Neste caso, o fumo quente e seus
subprodutos são imediatamente refrigerados. Com esta experiência pode-se observar o
comportamento do magma numa erupção vulcânica debaixo de água.
Protocolo da atividade
Material:
- bico de bunsen ou placa de aquecimento;
- areia;
- cera/vela;
- frasco de vidro resistente ao calor (tipo Pyrex);
- água.
Procedimento – Primeiramente deve-se colocar uma porção de cera (aproximadamente do
tamanho 1 x 1 cm) no fundo do frasco de vidro. Seguidamente deve-se despejar no frasco uma
porção de areia que seja suficiente para cobrir o cubo de cera. Depois, lentamente, deve-se
despejar no frasco uma quantidade de água por forma a que o frasco fique quase cheio. Atenção
o frasco não deverá ficar completamente cheio para evitar que quando a água entrar em
ebulição salte para fora do frasco. Por fim, basta colocar o frasco de vidro sobre o bico de bunsen
ou sobre a placa de aquecimento e ajustar a temperatura para médio/alto. Resta observar o que
acontece! A cera aquece debaixo da areia, criando bolhas que para se libertarem “furam” a areia
para encontrar o caminho até à superfície.
Com esta atividade pretende-se simular uma erupção vulcânica debaixo de água, remetendo
para o que acontece quando o magma contido no núcleo da Terra irrompe através da crosta
terrestre. Quase 80% das erupções vulcânicas ocorrem debaixo de água.
Nesta experiência é pretendido recriar o movimento do magma (cera aquecida) coberto de areia
(crosta terrestre). Quando as bolhas formadas pelo aquecimento da cera se libertam da camada
de areia entram em contacto com a água que, estando mais fria, provoca a sua solidificação, à
semelhança do que acontece com o magma quando em contacto com a água do oceano.
Objetos e Materiais
Atividade 20 – Misturar cores, criar novas cores
Resumo da atividade
A finalidade desta atividade é que os alunos compreendam que ao misturar cores podem formar
novas cores. Além disto, esta atividade promove a compreensão do conceito de cores primárias:
azul ciano, magenta e amarelo, como sendo cores puras, que não se conseguem obter pela
mistura de outras cores e cores secundárias: vermelho, verde e violeta que se obtêm a partir da
mistura de duas cores primárias.
Protocolo da atividade
Para a realização desta atividade o professor deverá começar por apresentar guaches das três
cores primárias aos alunos: azul ciano, magenta e amarelo e questioná-los sobre que
possibilidades de misturas de cores se podem efetuar com as três cores, sendo que apenas
poderão ser misturadas duas a duas.
Discutindo com os alunos o professor poderá elaborar um esquema com as combinações
possíveis. O esquema abaixo apresentado poderá ser entregue aos alunos e completado pelos
mesmos.
Possibilidades de mistura de cores primárias
Azul Ciano
Magenta
Amarelo
AZUL CIANO
+
AMARELO
=
MAGENTA
+
AZUL CIANO
=
AMARELO
+
MAGENTA
=
Quando as diferentes possibilidades estiverem combinadas deve-se passar à experimentação.
Para isso a turma deverá ser dividida em grupos (máximo de cinco elementos). Cada grupo de
trabalho deverá ter um tubo de guache de cor azul ciano, um tubo de guache magenta e um
amarelo. Numa paleta ou numa folha de papel, com o auxílio de um pincel ou dos dedos,
deverão efetuar todas as combinações definidas e preencher a tabela, pintando o espaço
correspondente a cada uma das combinações com a cor resultante da sua experimentação. No
final da atividade os alunos deverão concluir que há três cores primárias e enumerá-las e
compreender que a partir da mistura das mesmas se podem formar novas cores, chamadas
cores secundárias.
Nota-se que o professor deverá alertar os alunos para a quantidade de guache que utilizam.
Para as cores obtidas serem o mais aproximadas possível deve-se misturar a mesma quantidade
de guache de uma e outra cor.
Para dar continuidade à atividade pode-se pedir aos alunos que misturem as três cores primárias
– mistura subtrativa - e verificar que cor resulta da mistura das três cores primárias.
Atividade 21 – Cromatografia de canetas
Resumo da atividade
A cromatografia é um método de separação química de misturas que se fundamenta na
distribuição seletiva dos seus constituintes. Nesta atividade pretende-se aplicar o método da
cromatografia na separação das cores que formam as cores das canetas de feltro.
Para a realização desta atividade será necessário o seguinte material: tesoura, filtros de café de
papel branco ou lenços de papel, caneta de feltro de cor preta (não pode ser caneta de tinta
permanente), água, conta-gotas, chávena de café ou caneca.
Protocolo da atividade
Para a experimentação a turma deverá ser dividida em grupos de trabalho. Cada grupo deverá
ter na sua bancada de trabalho o material acima enumerado. Em primeiro lugar, com a tesoura
deve-se cortar um círculo no filtro de café (não precisa ser um círculo prefeito). Depois, com a
caneta de feltro preta desenha-se uma linha de uma ponta à outra do círculo (a linha deverá ser
desenhada mais ou menos a meio do círculo). Colocar água suficiente para cobrir o fundo da
chávena/caneca. O papel de filtro irá começar a absorver a água e quando esta atingir a linha
desenhada a caneta de feltro, será possível observar algumas cores diferentes. Deve-se deixar
atuar por forma a que as cores percorram todo o caminho até às bordas do papel. Quantas cores
é possível observar?
Em opção pode-se fazer a experimentação usando um círculo de papel de filtro, desenhar uma
pinta no centro, usando a caneta de feltro preta, e colocar o papel num pires. Com um conta-
gotas deitar uma ou duas gotas de água. Em poucos minutos é possível observar a formação de
círculos com diferentes cores.
Esta atividade pode ser replicada usando caneta de feltro de outras cores, além do preto. É
desaconselhável usar as canetas das cores primárias pois os resultados podem não ser visíveis a
olho nu, apenas com o auxílio de microscópio.
Porque é que isto acontece? Muitas canetas usam tintas que são feitas de pigmentos coloridos
e água. Em contacto com o filtro de café a água leva o pigmento ao papel, quando a tinta seca,
o pigmento permanece no papel. A velocidade a que cada pigmento percorre o papel é diferente
e depende do tamanho da molécula do pigmento, por isso se formam várias linhas coloridas.
Atividade 23 – Objeto ou material?
Resumo da atividade
O objetivo desta atividade é que os alunos observem diversos objetos e identifiquem de que
material são feitos, compreendendo a diferença entre objetos e material. É ainda suposto levar
os alunos a agrupar diferentes objetos por grandes grupos (plásticos, metais…).
Protocolo da atividade
O professor deverá reunir previamente um conjunto de objetos. Os objetos apresentados
devem ser variados (ex. chaves, colheres, pulseiras, copos, escovas, berlindes, bonecos,
carrinhos…). Deve-se incluir neste conjunto objetos iguais de materiais diferentes (ex. colher de
plástico, colher de pau, colher de plástico, copo de vidro, copo de inox, clip de metal, clip
revestido de borracha…). Os objetos devem ser observados a fim de identificarem de que
material são feitos.
Posto isto, deve-se proceder à organização dos objetos em dois grandes grupos: o grupo 1
deverá englobar os objetos constituídos por apenas um material e o grupo 2 deve conter os
objetos constituídos por mais que um material. No final, o professor deverá validar a
constituição dos grupos de objetos. O grupo 1 – objetos constituídos por apenas um material –
poderá ser subdividido em grupos, segundo do critério material de que são feitos, pelo que se
poderá criar os subgrupos metais, plásticos, madeiras, tecidos, vidro/cerâmica…
Para a atividade surtir o efeito desejado o professor deverá assegurar a diversidade de materiais
em apreciação, por exemplo: metais (cobre, ferro, alumínio, ouro, prata…), plásticos (PVC, PET,
polietileno, acrílico…), madeiras (pinho, carvalho…), fibras têxteis (lã, nylon, algodão…), papéis
(escrita, jornal, papel de cozinha), vidros e cerâmicas (barro, porcelana, vidro…). Pode-se dar
continuidade à atividade discutindo com os alunos a origem dos materiais: origem natural ou
origem não natural. Dos objetos de origem natural pode-se fazer a distinção entre os objetos de
origem animal, vegetal ou mineral.
Atividade 24 – Fazer plástico a partir de leite
Resumo da atividade
Esta atividade pretende tornar possível a produção de plástico a partir de leite e vinagre. Permite
que os alunos compreendam a aplicação de materiais de origem natural na produção de
materiais que servem para a produção de objetos.
Protocolo da atividade
Para a realização da atividade deverá reunir-se o seguinte material: 1 copo de leite, 4 colheres
de chá de vinagre branco, micro-ondas, filtro (peneira fina ou pano), colher. Com a ajuda do
professor, os alunos deverão aquecer o leite no micro-ondas (durante cerva de 1 minuto). O
leite tem que estar quente mas não é necessário ferver. Caso tenha um termômetro de líquidos,
a temperatura ideal será 50º C. Seguidamente, deve-se adicionar ao leite o vinagre. Poderá
verificar-se que o leite irá coalhar. A mistura deverá ser coada por forma a reter no filtro os
nódulos de leite coalhado (sólido) e descartar a parte líquida da mistura. Os nódulos de leite
coalhado devem ser moldados como se de uma massa se tratasse.
Utilizando formas/moldes (tipo formas de biscoitos) deve-se cortar a massa, criando formas. Em
poucos dias a massa irá endurecer e ficar com um aspeto semelhante ao plástico. Depois de seca
a massa poderá ser pintada e decorada.
Porque é que isto acontece? A substância que resultou desta atividade (a partir da mistura de
leite e vinagre) chama-se caseína. Depois de seca tem um aspeto semelhante ao plástico.
Contudo, o plástico é produzido a partir de petróleo. A caseína é utilizada como suplemento
alimentar e na produção de botões. Os nódulos resultantes da mistura de leite e vinagre são o
resultado da reação química do leite com o ácido do vinagre.
Atividade 25 – Extrair ferro dos cereais
Resumo da atividade
O ferro é um dos elementos mais abundantes no Universo e é essencial à vida. A carência de
ferro na dieta do ser humano pode causar alguns problemas de saúde. Tendo em conta esta
necessidade alguns fabricantes de flocos de cereais ricos em ferro adicionam minúsculos
pedaços de liga de ferro metálico. O objetivo desta atividade é extrair o ferro dos cereais de
pequeno-almoço, estudando o comportamento atração dos materiais, neste caso do ferro.
Protocolo da atividade
Para a experimentação é necessário ter reunido o seguinte material: íman (quanto mais forte
melhor – os ímanes mais eficazes para esta atividade são os íman de Neodómio e podem ser
adquiridos comercialmente, flocos de cereais (tipo Fitness da Nestlé), varinha mágica ou
almofariz e pilão, copo/tigela e água.
Os alunos deverão começar por colocar na tigela uma porção de cereais e cobrir com água,
deixando amolecer por alguns minutos. Seguidamente deve-se esmagar os flocos com a varinha
mágica ou com o pilão até formar uma pasta de cereais. No final, basta fazer percorrer o íman
junto à pasta e os pedacinhos de ferro irão ficar presos no íman.
Se o íman for realmente forte sugere-se que se envolva em película aderente antes da
experimentação a fim de facilitar a remoção da limalha de ferro. Porque é que isto acontece?
Acontece porque ao desfazer os flocos de cereais em água, libertam-se os pedaços de ferro
adicionados aos flocos e o íman captura-os, ficando nele presos e visíveis.
Atividade 26 – Construir uma bússola
Resumo da atividade
A bússola é um instrumento que nos indica a direção do polo norte da Terra, ou seja a bússola
indica-nos a direção norte, independentemente da nossa posição no globo terrestre. Isto é
possível porque a bússola tem uma agulha magnética que é atraída para o polo magnético
terrestre (Norte). Esta atividade promove a construção de uma bússola.
Protocolo da atividade
Para a realização da atividade irá precisar do seguinte material: íman, agulha ou clipe de metal
e rolha de cortiça, recipiente e água. Em primeiro lugar, o professor deverá pedir aos alunos que
magnetizem uma das pontas da agulha, esfregando-a no íman. O íman, tal como a Terra, possuí
energia magnética. Ao esfregar a agulha no íman uma parte dessa energia é transferida para o
metal. Seguidamente, faz-se duas ranhuras na rolha de cortiça por forma a permitir segurar a
agulha. Pode-se identificar, escrevendo com uma caneta, N para simbolizar o ponto cardeal
norte. Deve-se colocar a agulha na rolha com a ponta magnetizada virada para o lado onde foi
identificado o norte. Colocar água no recipiente de vidro ou de plástico e, cuidadosamente,
colocar a rolha com a agulha na água. Aos poucos a rolha irá virar-se e a agulha apontará para o
Polo Norte Magnético.
Relógio de Sol
Introdução
O presente guião organiza um conjunto de atividades subordinadas ao tema dinâmica da Terra
– relógio de Sol. As propostas de atividades serão implementadas com crianças do 1º ciclo do
ensino básico a fim de serem aprofundadas questões relacionadas com os movimentos dos
corpos celestes, em particular, do sistema Sol - Terra.
A sucessão e duração das estações do ano ou o movimento diurno do Sol parecem fenómenos
simples de explicar, no entanto, abordar este assunto com crianças desta faixa etária pode
tornar-se complicado já que o estádio do pensamento abstrato apenas se inicia por volta dos 12
anos. As atividades estão pensadas por forma a usar a observação como processo para entender
melhor os fenómenos em discussão.
Enquadramento Curricular
No que respeita ao enquadramento curricular das atividades propostas pretende-se cumprir os
objetivos gerais «Utilizar processos simples de conhecimento da realidade
envolvente…assumindo uma atitude de permanente pesquisa e experimentação», «Selecionar
diferentes fontes de informação…e «Utilizar diversas formas de recolha e de tratamento de
dados simples…», de acordo com o programa de estudo do meio do ensino básico.
Pretende-se ainda cumprir os objetivos específicos enumerados no programa de estudo do meio
do ensino básico, no que respeita ao bloco programático 3 – À descoberta do ambiente natural
quando é referido «…reconhecer o Sol como fonte de luz e calor», «Verificar as posições do Sol
ao longo do dia…», «observar e representar os aspetos da Lua nas diversas fases» e «Observar
um modelo do Sistema Solar».
Atividade 27 – simulação da sucessão das estações do ano
Resumo da atividade
Utilizando o modelo construído pelos alunos no âmbito das atividades propostas para o Projeto
Pais com a Ciência, bloco temático 3 – Universo, Sistema Solar e Dinâmica da Terra - posicionar
o Sol e a Terra de modo a simular o fenómeno das estações do ano – A (cf. Figura 1) e duração
dos dias – B (cf. Figura 1).
Caso o modelo não esteja disponível ou não seja funcional, poderá ser substituído por um globo
terrestre e uma lâmpada/candeeiro que ilumine completamente um lado do globo e não apenas
uma pequena área (o que acontece quando se utilizam lanternas pequenas).
A imagem representa a posição da Terra em diferentes pontos da sua trajetória, sendo que as
estações identificadas dizem respeito ao Hemisfério Norte.
Protocolo da atividade
Material:
- modelo sistema Terra-Sol ou globo terrestre e candeeiro.
Procedimento - O modelo construído deve ser usado numa sala escura para que ao acender-se
o candeeiro que simula o Sol seja possível observar a luz a incidir apenas em metade da esfera
Figura 7 – Imagem ilustrativa da sucessão das estações do ano e da duração dos dias.
que representa a Terra. Colocar a Terra em cada uma das posições A, B, C e D e registar as
observações na seguinte tabela (cf. Tabela 7).
Tabela 7 – Tabela registo de observações.
Notas da atividade
Solstício de Inverno
A inclinação do eixo da Terra relativamente ao plano que inclui a trajetória da Terra em volta do
Sol origina vários fenómenos:
- o polo norte não recebe luz solar durante o inverno e parte do outono;
- a temperatura à superfície é menor já que há menos raios solares a incidir na superfície
terrestre por unidade de área, comparado com o que acontece no verão;
- há menos horas de luz, tornando os dias mais pequenos e frios.
Solstício de Verão
A inclinação do eixo da Terra em direção ao Sol origina vários fenómenos:
- no polo norte é sempre de dia – o sol não se põe - durante o inverno e parte do outono;
- a temperatura à superfície é maior já que há mais raios solares a incidir na superfície
terrestre por unidade de área, comparado com o que acontece no inverno;
- há mais horas de luz, os dias são mais longos e quentes.
Posição da Terra O Polo Norte
está iluminado?
O Polo Sul está
iluminado?
Como está orientado o eixo da
Terra?
A – Solstício de Verão
B – Equinócio de Primavera
C – Solstício de Inverno
D – Equinócio de Outono
Equinócios de Primavera e Outono
- o eixo da Terra é paralelo ao Sol, logo a sua inclinação não influência a duração dos dias
e das noites e ambos os polos, norte e sul, encontram-se iluminados.
- a quantidade de radiação solar recebida por unidade de área é maior do que acontece
no inverno.
- nestes dias, os dias (horas de Sol) têm a mesma duração das noites.
Atividade 28 – simulação dos dias e das noite
Resumo da atividade
Com esta atividade é pretendido que os alunos compreendam como se concretiza o fenómeno
da sucessão dos dias e das noites e como este facto se relaciona com a variação do número de
horas de Sol ao longo do ano.
Protocolo da atividade
Material:
- lanterna ou lâmpada do modelo;
- palito comprido de espetada;
- bola de esferovite de diâmetro 20 cm;
- balão azul;
- arame de comprimento igual a 40 cm.
Procedimento - A lâmpada ou lanterna servirá para simular o Sol
enquanto a bola de esferovite representará a Terra. Para “fazer” a
Terra, cortar a entrada do balão e “vestir” a bola de esferovite com
o balão. Atravessar a bola de esferovite de um lado ao outro, no
centro, com o arame. Considerando esta bola a “Terra” o arame entra num polo e sai no outro.
Repetir o processo utilizando um palito, mas procedendo de modo a que este faça um ângulo
de 23,5⁰ com o arame. O palito representará o eixo da Terra.
Uma vez construída a Terra, deve-se apagar a luz da sala e segurar no arame por forma a que
este se encontre perpendicular ao chão ou superfície onde se realiza a atividade. Sempre que se
rodar a Terra deve-se garantir que o arame está sempre na vertical já que é utilizado como
referência para se respeitar a correta inclinação do eixo da Terra. Acender o “Sol” e posicionar
a Terra em cada uma das situações A, B C e D ilustradas nas figuras (cf. Figura 8, 9 e 10).
Notas da atividade
O fenómeno da sucessão dos dias e das noites relaciona-se com o movimento de rotação da
Terra. A Terra completa uma rotação sobre o seu eixo aproximadamente, a cada 24 horas.
A um observador na superfície terreste, este movimento de rotação da Terra confunde-se com o
movimento aparente do Sol no céu. Na realidade o corpo que se move é a Terra e não o Sol.
Dependendo da latitude a que se encontra o observador, os dias podem durar mais ou menos
tempo, ou seja, as horas de Sol são diferentes consoante a localização.
Para se identificar a localização de um corpo/objeto à superfície da Terra utilizam-se coordenadas
geográficas: a latitude e a longitude. A latitude é o ângulo que o raio da Terra faz entre a linha do
Figura 8 - Solstício de Verão no Hemisfério Norte
(Posição A).
Figura 9 - Solstício de Inverno no Hemisfério Norte
(Posição C).
Figura 10 - Equinócios (Posição B e D).
Equador e o lugar à superfície da Terra. Às circunferências paralelas ao Equador chamam-se
paralelos. A latitude é medida em graus (°) para Norte ou para Sul, sendo o Equador a linha com
latitude igual a 0° (cf. Figura 11).
A longitude é o ângulo que o raio da Terra faz entre a linha do meridiano de Greenwich, e o lugar
à superfície da Terra. Às circunferências que passam pelos dois polos (Norte e Sul) chamam-se
meridianos. O meridiano de referência que corresponde a 0° de longitude chama-se meridiano
de Greenwich. A latitude é medida em graus (°) para Este ou Oeste
Figura 11 – Representação da latitude.
Figura 12 – Representação do meridiano de Greenwich.
Rosa dos Ventos
A Rosa dos Ventos reúne a orientação das linhas que
indicam as direções cardeais: norte, sul, este e oeste.
Para além destes pontos podem ter mostrar ainda os pontos
colaterais NE (nordeste), NO ou NW (noroeste), SE (sudeste)
e SO ou SW (sudoeste) (cf. Figura 13).
Atividade 29 – evolução da posição da sombra
Resumo da atividade
Com a implementação deste trabalho de campo os alunos terão a possibilidade de observar a
posição do Sol no céu ao longo do dia e perceber como nos podemos orientar recorrendo à
interpretação desse movimento. Desta forma, é suposto que a atividade proporcione aos alunos
a possibilidade de relacionar o movimento aparente do Sol com os pontos cardeais e a direção
da sombra de um objeto.
Protocolo da atividade
Material:
- vara de 1 m de altura ou uma pessoa;
- giz de várias cores;
- superfície;
- dia de sol;
- relógio;
- superfície de 10 m2 (pátio ou campo de jogos) onde seja possível escrever com giz;
- fita métrica 5 m;
- fio de prumo.
Procedimento - Em primeiro lugar, é necessário averiguar qual será o melhor local para a
realização da atividade. O local para a sua implementação deverá ser uma zona em que o Sol
incida todo o dia e aonde não se sobreponha nenhuma sombra.
Figura 13 – Representação da Rosa dos Ventos.
Depois de identificado o local com as condições acima enumeradas, deve-se marcar o centro
com giz. No centro deverá ser colocada a vara na vertical. Se não for possível ter uma suporto
para a vara, esta deverá ser segurada por um aluno, ou o próprio aluno poderá posicionar-se no
centro e a partir da sua sombra, fazer-se as respetivas medições. As medições do comprimento
da sombra devem ser efetuadas de 30 em 30 minutos e devem-se proceder ao seu registo,
recorrendo à tabela (cf. Tabela 8). No final da atividade pode-se desafiar os alunos a indicarem
no chão, com giz, os pontos cardeais.
Notas da atividade
É esperado que se observe o seguinte:
- a sombra tem maior comprimento de manhã e ao final do dia.
- à medida que a sombra se movimenta ao longo da manhã, o seu comprimento diminui até
assumir o menor comprimento possível – corresponde ao momento/instante em que o Sol se
encontra mais alto no céu. No Hemisfério norte, a sombra ao meio dia solar corresponde ao
ponto cardeal Norte. Para latitudes superiores ao Trópico de Câncer a sombra mínima
corresponde ao meio-dia solar e a direção desta sombra indica o Norte;
- quando Sol está mais alto no céu, a sombra é mais pequena.
Tempo
(hora e minutos)
Comprimento da sombra (cm)
08h00min
08h30min
09h00min
09h30min
10h00min
10h30min
11h00min
(…)
18h00min
Se possível, usar um escadote para tirar uma fotografia de cima com o resultado final.
Tabela 8 – Proposta para registo das medições da sombra ao longo do dia.
- ao longo da tarde longo da tarde, comprimento da sombra volta a aumentar até ao pôr-do-
sol.
- no dia do equinócio, o Sol nasce na direção do ponto cardeal Este e põe-se no ponto cardeal
Oeste.
- no dia do solstício de verão, o Sol nasce e põe-se mais a norte relativamente à posição ocupada
nos equinócios. Já no dia do solstício de inverno, o Sol nasce e põe-se mais a sul.
Atividade 4 – construção do relógio de Sol
Resumo da atividade
Aproveitando o estudo da posição da sombra realizado na atividade 3, pode concluir-se que a
formação da sombra e variação do seu comprimento é um fenómeno que ocorre todos os dias
de forma sequencial. Este facto permite a construção de um Relógio de Sol. Os egípcios
utilizavam este método para determinar o tempo usando a sombra de obeliscos majestosos. Os
egípcios dividiam o dia em 24 horas: doze horas de luz e outras doze horas de escuridão e nas
praças romanas era comum encontrar relógios de Sol.
Protocolo da atividade
Material:
- modelo do relógio kit Latitude e Longitude;
Figura 14 – Posição do Sol no ocaso em quatro dias diferentes.
- palhinha;
- bússola;
- cola;
- tesoura.
Procedimento
Depois de recortar pela linha indicada a verde, seguir as instruções do esquema (cf.
http://www.pavconhecimento.pt/media/media/775_662-instrumentos.pdf).
Como funciona um relógio do Sol equatorial
Nesta ilustração, considera-se o movimento aparente do Sol, ou seja, imagina-se que é o Sol que
se move à volta da Terra num dia de verão no polo norte. Considerando um plano horizontal
colocado no por do sol (base do relógio) e uma vara na vertical (gnómon), verifica-se que a cada
Figura 15 – Indicações para construção do relógio de Sol equatorial.
hora que passa, a sombra do gnómon roda 15°. Usa-se como referência para a posição da
sombra a linha de longitude 0° - o meridiano de Greenwich.
O Sol encontra-se fixo e a Terra realiza o movimento de rotação representado pela seta a
vermelho. Ao final de uma hora, a Terra rodou 15° e, passada outra hora, rodou mais 15°. Depois
de 24h, a sombra dividiu o disco em 24 partes iguais. Para um relógio do sol deste tipo, isto só
Figura 16 – Evolução da sombra no polo norte, no verão.
Figura 17 – Evolução da sombra no polo norte, no verão, visto do topo.
acontece nos polos durante o verão. Para lugares com outras latitudes é necessário ajustar a
posição da base do relógio para que cada hora também corresponda a uma variação de 15°.
Devido à distância da Terra ao Sol ser muito grande, os raios solares são paralelos uns aos outros
quando incidem na superfície terreste.
Quando é verão, no hemisfério norte, o eixo da Terra está orientado para o Sol. Uma
consequência desta inclinação é o sol nunca se pôr durante esse tempo no Polo Norte, estando
sempre acima da linha do horizonte. No inverno a situação inverte-se, e o Sol nunca nasce.
Para se ter um relógio de sol equatorial, a sua base, onde estão indicadas as horas, tem de ser
paralela ao paralelo do equador e o gnómon tem de ser paralelo ao eixo da Terra. Seguindo estas
regras, teremos um relógio equivalente ao apresentado nos pólos norte e sul, em que a base está
colocada na horizontal.
Figura 18 – Incidência dos raios solares no inverno e no verão.
Figura 19 – Posição de relógios em diferentes latitudes.
Para a nossa latitude, que varia entre 38° N e 42° N, o relógio tem de respeitar a seguinte
inclinação:
A letra ϕ corresponde à latitude do lugar, enquanto α corresponde à co-latitude: 𝛼 = 90° − 𝜑, o
que significa que o ângulo entre o gnómon e o chão é igual à latitude nesse local. A parte superior
do relógio de Sol equatorial é indicada para utilizar no verão e a parte inferior utiliza-se no
inverno.
Figura 20 – Pormenor da construção de relógio do Sol para as latitudes de Portugal.
Atividade 30 – Pega Monstros
MATERIAL:
Copos; varetas; colher de chá; cola líquida transparente; borato de sódio; corante alimentar.
PROCEDIMENTO
1. Num copo verter uma colher de cola líquida;
2. Acrescentar algumas gotas de corante e mexer muito bem;
3. Adicionar 3 mL de solução aquosa saturada de borato de sódio e misturar muito bem;
4. Agitar de forma enérgica;
5. Retirar o excesso de líquido (se existir) e está pronto!
EXPLICAÇÃO
A mistura de cola com borato de sódio forma um polímero de silicone com propriedades
espetaculares. Testa-as (estica-o, comprime-o, faz uma bola e verifica de salta).
Nota: Quando terminares de testar as propriedades do pega monstros lava muito bem as mãos.
Atividade 31 – Fluído Não Newtoniano
MATERIAL
Bacia/alguidar; copo medida; colher de pau; água e amido de milho
(Maizena).
PROCEDIMENTO
1. Colocar no alguidar 2 copos de amido de milho;
2. Adicionar, lentamente, 1 copo de água e com as mãos mexer;
3. A mistura está pronto quando escorrer das mãos e parecer sólida quando
pressionada.
EXPLICAÇÃO
A mistura de amido de milho com água comporta-se como um fluido não-newtoniano.
Nesta atividade é possível observar as alterações que este fluído sofre quando é sujeito
a interações/forças.
Atividade 32 – Gelado num minuto
MATERIAL
Copo de leite com sabor (ex. leite com chocolate); gelo; uma colher de sopa
de açúcar; seis colheres de cloreto de sódio (sal de cozinha/sal grosso); sacos de
conservação com fecho zip.
PROCEDIMENTO
1. Misturar meio copo de leite com uma colher de sopa de açúcar num saco com
fecho zip;
2. Encher outro saco de conservação com gelo e adicionar seis colher de sopa com
sal grosso;
3. Colocar o saco com a mistura dentro do saco com gelo e agitar durante 5
minutos;
4. A mistura deverá solidificar ficando com o aspeto de um gelado.
EXPLICAÇÃO
Quando o sal entra em contacto com o gelo faz com que o ponto de fusão diminua, ou
seja, faz com que o gelo derreta a uma temperatura inferior a 0 °C. Essa diminuição
depende da quantidade de sal que é adicionada, quanto mais sal for adicionado ao gelo,
menor será a temperatura a que o gelo funde. Antes de derreter, o gelo precisa de
absorver energia. Neste caso, a energia que vai ser absorvida provém do leite que se
encontra a uma temperatura superior. Estão assim reunidas as condições para que o
leite congele em poucos minutos sem se recorrer ao congelador.
Anexo 2
Tabela de registo de previsões
Preenche a seguinte tabela com as tuas previsões, colocando um x no local correto.
Previsões sobre a flutuação dos materiais
Material Flutua Não flutua
Bola de plasticina
Pedaço de madeira
Rolha de cortiça
Clipe
Prego
Moedas
Valor
Tabela de registo de observações efetuadas
Preenche a seguinte tabela com os resultados que obtiveste na experimentação,
colocando um x no local correto.
Previsões sobre a flutuação dos materiais
Material Flutua Não flutua
Bola de plasticina
Pedaço de madeira
Rolha de cortiça
Clipe
Prego
Moedas
Responde à questão:
Porque é que alguns materiais afundam?
Saber mais…
Como é que os barcos, apesar de serem tão grandes e pesados, flutuam? Com a ajuda
dos teus pais investiga sobre o assunto fazendo pesquisa, por exemplo, na Internet.
Anexo 3
Propriedades da água: água própria para consumo
Folha de registo (adaptada de Vieira, 2003)
Qual dos gobelets corresponde a água potável (própria para consumo humano)? Assinala
com um X aqueles que consideras não corresponderam a água potável e com um V
aquele(s) que consideras corresponder a água potável. Deves preencher a tabela antes e
depois da experimentação
Am
ost
ras
GOBELÉ A
GOBELÉ B
GOBELÉ C
GOBELÉ D
GOBELÉ E
As
min
has
pre
visõ
es
O q
ue
veri
fiq
uei
Responde às questões:
Observa os gobelets C e D. Um deles contém água potável e outra água imprópria para consumo.
Consegues identificar qual o frasco com água imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.
Observa, tendo em atenção caraterísticas como o odor, a turvação da água, entre outras, uma
amostra do gobelet D e outra do gobelet E. Achas que já consegues descobrir qual a água
imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.
Observa as duas preparações ao microscópio, uma do gobelet C e outra do gobelet D. Regista as
observações.
Amostra do gobelet C
Amostra do gobelet DD
Anexo 4
Será que se enchermos diferentes recipientes com
água e colocarmos rebuçados estes se irão
dissolver? Se agitarmos (mexermos) a solução o
rebuçado irá se dissolver-se mais rapidamente?
Eu penso que os rebuçados dissolvem-
se ao mesmo tempo porque são
iguais.
Eu acho que se agitarmos mais o
rebuçado desaparece mais
depressa.
Anexo 5
Tabela para controlo de variáveis Para medir o tempo de dissolução de um material, deves ter em conta alguns critérios.
Para realizar esta atividade é necessário definir alguns critérios. Com a ajuda do teu professor
preenche os espaços em branco (com texto ou desenhos) e a tabela que se segue. No final deves
ser capaz de responder à questão colocada.
O que vamos mudar…
O que vamos medir…
O que vamos manter…
Como vamos registar…
Ensaio Agitação da mistura Temperatura do
solvente
Tempo de
dissolução completa
(min.)
A
Agitação nula
B
Agitação de 10 em
10 min
C
Agitação continuada
O que observamos…
Resposta à questão-problema…
Anexo 6
Carta de planificação
Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)
Como vamos registar o que observamos…
Estados físicos
Amostras
À temperatura
ambiente
Na caixa com
gelo à
temperatura
de ____ºC
Na caixa c/ água
aquecida à
temperatura de
____ºC
Ordem de
fusão (1º,
2º…)
Ordem de
solidificação
(1º, 2º…)
Azeite
Leite
Manteiga
Álcool
etílico
Sal
Questão-problema: Qual o efeito da temperatura no estado físico de um
material ou substância?
Anexo 7
Trabalho prático
Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)
Como podemos simular o Ciclo da Água? Observa o esquema.
O que representa cada parte? Completa.
Foco de luz: ____________
Recipiente com gelo: camada da atmosfera com a temperatura mais baixa
Água com sal: ___________
Questão-problema: Como vai a água parar às nuvens?
Como vamos registar…. (completa a tabela com as observações que efetuares)
Após a montagem
30 minutos depois
60 minutos depois
Anexo 8
Germinação do feijão
Folha de registo
Depois de colocares o algodão e o feijão no copo e regares o que podes observar? Preenche a
seguinte tabela, na qual deves registar as observações que fizeste ao longo do tempo (podes
desenhar ou escrever as alterações que verificas.
Germinação do feijão
(inicialmente o copo contem algodão embebido em água e um feijão)
O que verifico passado…
1 dia
3 dias
5 dias
10 dias
15 dias
Passados 15 dias que partes da planta consegues identificar?
Referências bibliográficas
Afonso, M. M. (2008), A educação científica no 1º ciclo do Ensino Básico. Das teorias às práticas.
Porto: Porto Editora.
Costa, S. (2009), Actividades Experimentais Para o Primeiro Ciclo: um guia prático para
Professores e Pais. Areal Editores.
Martins, I. P, et all. (2009), Despertar para a Ciência: Actividades dos 3 aos 6. Lisboa: Ministério
da Educação.
Martins, I. P, et all. (2006), Educação em Ciências e Ensino Experimental: Formação de
Professores. Coleção Ensino Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação. Martins,
I. P, et all. (2007), Explorando plantas: sementes, germinação e crescimento: guião didáctico
para professores. Coleção Ensino Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação.
Martins, I. P., et all. (2008), Explorando: Mudanças de Estado Físico. Coleção Ensino
Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação.
Sá, J. (2002), Renovar Práticas no 1º Ciclo pela via das Ciências da Natureza. Coleção Mundo de
Saberes. Porto: Porto Editora.
Sá, J. com Varela, P. (2004), Crianças Aprendem a Pensar Ciências: uma abordagem
interdisciplinar. Porto: Porto Editora.
Sá, J. com Varela, P. (2007), Das Ciências Experimentais à Literacia: Uma proposta didáctica para
o 1.º ciclo. Coleção Panorama. Porto: Porto Editora.
Vieira, R. M., et all. (2011), Educação em Ciências com orientação CTS – atividades para o ensino
básico. Porto: Areal Editores.
Organização Curricular e Programas do Ensino Básico – 1º ciclo, Ministério da Educação
Organização Curricular e Programas do Ensino Básico – 2º ciclo, Ministério da Educação
Metas Curriculares de Ciências Naturais do Ensino Básico
http://educa.fc.up.pt/ficheiros/trabalhos/401/documentos/307/Sistema%20solar.pdf Organização Curricular e Programas Ensino Básico – 1º ciclo (2006). Lisboa: Ministério da
Educação
Martins, I. P, et all. (2009), Despertar para a Ciência: Actividades dos 3 aos 6. Lisboa: Ministério
da Educação.
http://www.exploratorium.edu/science_explorer/black_magic.html [consultado em 25/02/2014]
http://www.madaboutscience.com.au/store/index.php?main_page=page&id=51 [consultado
em 25/02/2014]
http://www.earlytechnicaleducation.org/portugal/Cassp7.htm [consultado em 25/02/2014]
Falk, D. (2009), In Search of Time: The Science of a Curious Dimension. Canada: Emblem Editions.
Estudo do Meio 3º ano (2012), Projetos Desafios, Lisboa: Santillana
Trampolim 4 (2006), Porto: Porto Editora
Ramos A., Ramos E., Bonifácio V. A astronomia enquanto actividade interdisciplinar e
interescolar - dois projectos experimentais. Em Isabel Malaquias e Vítor Amaral,
coordenadores, Física 2006 - Traçando o Futuro, 16º Encontro Ibérico para o Ensino da Física,
Aveiro.
http://www.cienciaviva.pt/equinocio/download/onde_estas.pdf [consultado em 31/03/2014]
http://www.cienciaviva.pt/equinocio/download/lat-long.pdf [consultado em 31/03/2014]
http://www.sundialsoc.org.uk/HDSW.php [consultado em 31/03/2014]