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    OFICINA DE

    DIAGNSTICO RURAL PARTICIPATIVO

    Rio de Janeiro

    Apoio:

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    SUMRIO

    1. APRESENTAO................................................................................................................................. 2

    2. HISTRICO......................................................................................................................................... 4

    3. OBJETIVOS......................................................................................................................................... 4

    4. METODOLOGIA................................................................................................................................... 5

    5. O QUE UM DIAGNSTICO RURAL PARTICIPATIVO?........................................................ 6

    6. MATERIAIS PARA A OFICINA...................................................................................................... 9

    7. FERRAMENTAS DE DRP PLANEJADAS PARA AS OFICINAS.............................................. 20

    8. FONTES CONSULTADAS............................................................................................................... 31

    9. EQUIPE................................................................................................................................................ 32

    H o suficiente no mundo para

    todas as necessidades humanas.No h o suficiente para a cobia

    humana.(Mahatma Gandhi)

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    1. APRESENTAO

    Este documento apresenta o material elaborado para as Oficinas de

    Diagnstico Rural Participativo (DRP) realizadas em diversos municpios no

    Estado do Rio de Janeiro. Essas atividades fazem parte do escopo da

    pesquisa junto ao produtor rural, realizada no Estado do Rio de Janeiro, parte

    integrante do projeto em desenvolvimento "Centro de Inteligncia em

    Orgnicos", realizado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) com

    apoio do Sebrae. O propsito do projeto incentivar o fortalecimento da

    cadeia de alimentos e produtos orgnicos no Brasil, por meio da integrao e

    difuso de informao e conhecimentos.

    As oficinas sero realizadas das 9h s 17h, durante dos dias nos

    municpios, e contam com o apoio das Prefeituras municipais. As atividades

    sero coordenadas pela professora da Universidade Federal Rural do Rio de

    Janeiro (CTUR-UFRRJ), Juliana Arruda e por sua equipe.

    O contedo desta publicao no deve ser visto como um guia rgido.

    Ao contrrio, os princpios bsicos das tcnicas e ferramentas so a

    flexibilidade e a sensibilidade para a inovao. Assim, no se pretendeestabelecer linhas de conduta, mas auxiliar as pessoas a estabelecer formas

    de trabalho, de acordo com os contextos ambientais, socioeconmicos e

    polticos, que sabemos serem extremamente diversificados.

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    2. HISTRICO

    A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) a mais antiga instituio

    do setor agrcola do Brasil, com 115 anos realiza, desde o incio deste

    sculo, um trabalho direcionado ao desenvolvimento do setor orgnico no

    Brasil.

    Com a aprovao do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e

    de outros rgos, implementou, por intermdio de sua Incubadora de

    Empresas, e com o apoio do Sebrae, o Projeto OrganicsNet, que tem seu

    foco voltado para a agricultura orgnica brasileira. A partir de uma plataforma

    na Internet, lanada em 2008, a SNA passou a estimular a cadeia de

    produo do setor, oferecendo apoio a pequenos e mdios produtores.

    Agora, com o lanamento do Centro de Inteligncia em Orgnicos, a

    Sociedade Nacional de Agricultura refora seu trabalho junto a essa parcela

    de produtores rurais, realizando pesquisas, capacitaes, eventos e

    seminrios com o apoio doSebrae.

    3. OBJETIVOS

    O objetivo das oficinas identificar, de forma participativa, os requisitos necessriospara fortalecer a produo orgnica municipal.

    Este material visa contribuir para:

    - Tornar o grupo eficaz no trabalho e na ao conjunta;

    - Melhorar a manuteno de registros e anotaes;

    - Intensificar a comunicao e a abertura dentro

    de um grupo;

    - Incentivar os grupos a tomar medidas

    http://www.sna.agr.br/http://www.organicsnet.com.br/http://www.sebrae.com.br/uf/rio-de-janeirohttp://www.sebrae.com.br/uf/rio-de-janeirohttp://www.organicsnet.com.br/http://www.sna.agr.br/
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    positivas e autnomas sem a interveno externa.

    4. METODOLOGIA

    Para comearmos neste trabalho conjunto, alguns passos so

    importantes e antes de iniciarmos, vamos compreender como este material

    est dividido.

    No item n 5, vocs encontraro informaes sobre os contedos

    relacionados a O que um DRP?;

    No item n 6, sero apresentados os materiais utilizados durante as

    oficinas (crnicas, msicas, filmes etc.);

    O item n 7 trar as ferramentas de DRP planejadas para a realizao

    das oficinas;

    Vamos aproveitar esta chance para confraternizar

    com pessoas que tm interesses comuns aos nossos etransformar este final de semana num momento de

    alegria e trabalho.

    ejam bem-vindos!

    Agradecemos a presena de todos e mos a obra!

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    5. O QUE UM DIAGNSTICO RURAL PARTICIPATIVO?

    O Diagnstico Rural Participativo (DRP) um conjunto de tcnicas e

    ferramentas que permite que as comunidades faam o seu prprio

    diagnstico e a partir da comecem a autogerenciar o seu planejamento e

    desenvolvimento.

    Desta maneira, os participantes podero compartilhar experincias e

    analisar os seus conhecimentos, a fim de melhorar as suas habilidades de

    planejamento e ao.

    Embora originariamente tenham sido concebidas para zonas rurais,

    muitas das tcnicas do DRP podem ser utilizadas igualmente em

    comunidades urbanas.

    O objetivo principal do DRP apoiar a autodeterminao

    da comunidade pela participao e, assim, fomentar um

    desenvolvimento sustentvel.

    A partir do DRP tenta-se avaliar os problemas e as oportunidades desoluo, identificando os possveis projetos de melhoria dos problemas mais

    destacados por grupos de pessoas de diferentes idades, posio social e

    poltica, que podem apresentar posturas semelhantes ou contrrias, e que

    contribuem com seus pontos de vista.

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    Os princpios bsicos do DRP

    Respeita a sabedoria e a cultura do grupo.

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ____________________________________________

    Analisa e entende as diferentes percepes.

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ____________________________________________

    Escuta a todos da comunidade.______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ____________________________________________

    Visualizao imediata dos assuntos tratados.

    ____________________________________________________________________________________________________________________________

    ____________________________________________

    Anlise e apresentao na comunidade.

    ______________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________________________________

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    Para realizar esta oficina e torn-la, a mais

    participativa possvel, sugerimos os seguintes passos:

    1. Fixar o objetivo do diagnstico.

    2. Identificar as expectativas dos/as participantes no

    DRP.

    3. Incentivar a participao de todos nas ferramentas de

    diagnstico.

    4. Desenhar o processo do diagnstico em conjunto.

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    6. MATERIAIS PARA A OFICINA

    CRNICAS

    A crnica a seguir foi escrita por Paulo Coelho em seu livro O livro dosmanuais.

    MANUAL PARA SUBIR MONTANHAS

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    A crnica abaixo foi escrita por Ruben Braga h mais de trinta anos epoderia ter sido escrita por um dos participantes, diante de suas produes,

    seus cultivos.

    UM P DE MILHO

    Os americanos, por meio do radar, entraram em contato com a Lua, o

    que no deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana

    aconteceu com o meu p de milho.

    Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo

    jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um p de capim - mas descobri

    que era um p de milho.

    Transplantei-o para o exguo canteiro da casa. Secaram as pequenas

    folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho

    de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era

    capim. Quando estava com dois palmos, veio outro amigo e afirmou que era

    cana.

    Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razo. Ele

    cresceu, est com dois metros, lana suas folhas alm do muro e um

    esplndido p de milho.

    J viu o leitor um p de milho?

    Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas

    diferente. Um p de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do

    porto, numa esquina de rua - no um nmero numa lavoura, um ser vivo

    e independente.

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    Suas razes roxas se agarram no cho e suas folhas longas e verdes

    nunca esto imveis. Detesto comparaes surrealistas - mas na lgica de

    seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o p de milho parecia um

    cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, parecia um galo

    cantando.

    Anteontem aconteceu o que era inevitvel, mas que nos encantou como

    se fosse inesperado: meu p de milho pendoou.

    H muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho no ser a mais

    linda. Mas aquele pendo firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veioenriquecer nosso canteirinho vulgar com uma fora e uma alegria que me

    fazem bem. alguma coisa que se afirma com mpeto e certeza.

    Meu p de milho um belo gesto da terra.

    Eu no sou mais um medocre homem que vive atrs de uma chata

    mquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Jlio de Castilhos.

    http://zoom50.wordpress.com/2011/05/17/maiz-moradopurple-cornzea-mays-l-%E2%80%98kculli%E2%80%99/

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    MSICAS

    Tocando em Frente - Almir Sater

    Ando devagar porque j tive pressa,E levo esse sorriso, porque j chorei demais,

    Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,S levo a certeza de que muito pouco eu sei,

    ou nada sei. Conhecer as manhas e as manhs,

    O sabor das massas e das mas. preciso amor pra poder pulsar, preciso pazPra poder sorrir, preciso a chuva para florir.

    Penso que cumprir a vida, seja simplesmenteCompreender a marcha, ir tocando em frente,Como um velho boiadeiro, levando a boiada

    Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,Estrada eu sou. Conhecer as manhas e as manhs,

    O sabor das massas e das maas, preciso amor pra poder pulsar, preciso paz

    Pra poder sorrir, preciso a chuva para florir.

    Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,Um dia a gente chega, no outro vai embora.

    Cada um de ns compe a sua histria, cada ser em siCarrega o dom de ser capaz, e ser feliz.

    Conhecer as manhas e as manhs,O sabor das massas e das maas,

    preciso amor pra poder pulsar, preciso pazPra poder sorrir, preciso a chuva para florir.

    Ando devagar porque j tive pressa,E levo esse sorriso, porque j chorei de mais,Cada um de ns compe a sua histria, cada ser em si

    Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.

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    No Rastro da Lua Cheia - Almir Sater

    No quintal l de casa

    Passava um pequeno rio

    Que descia l da serra

    Ligeiro escorregadio

    A agua era cristalina

    Que dava pra ver o cho

    Ia cortando a floresta

    Na direo do serto

    Lembrana ainda me resta

    Guardada no corao...

    E tudo era azul celeste

    Brasileiro cor de anil

    Nem bem comeava o ano

    J era final de Abril

    O vento pastoreando

    Aquelas nuvens no cu...

    Fazia o mundo girar

    Veloz como um carrossel

    E levantava a poeira

    E me arrancava o chapu

    Ah o tempo faz, tempo desfaz

    E vai alm sempre...

    A vida vem l de longe

    como se fosse um rio

    Pra rio pequeno canoa

    Pros grandes rios navios

    E bem l no fim de tudo

    Comeo de outro lugar

    Ser como Deus quiser

    Como o destino mandar

    No rastro da lua cheia

    Se chega em qualquer lugar!

    Preldio - Raul Seixas

    Sonho que se sonha s

    s um sonho que se sonha s

    Mas sonho que se sonha junto realidade

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    Semente - Almir Sater

    Atirei minha semente

    Na terra onde tudo d

    Chuva veio de repente

    Carregou levou pro mar

    Quando as guas foram embora

    Plantei sonhos no cho

    Mais demora minha gente

    Ter na hora um verde puro

    Ou dar fruto bem maduro

    Um pomar

    Meu adubo foi amor

    Esperana o regador

    Bem na hora da colheita

    L se vai a iluso

    Foi geada e a seca me

    Queimando a florao

    Me doeu a impotncia

    Diante da sorte m

    Ento eu fiz pacincia

    Bem maior do que o azar

    Convoquei os meus duentes

    Pra fazer mutiro

    Logo um toque de magia

    Passou de mo em mo

    Esse ano com certeza

    Desengano vai Ter fim

    Natureza tem seus planos

    Mas no sabe ser ruim

    To seguro quanto o ar

    Ser mais quente no vero

    Da semente sai futuro

    Nem que seja temporo

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    POESIA

    Terra Cho, Terra Po - Ademar Bogo

    Terra gentil, hmus da vida

    Fora contida que faz gerar

    Massa que guarda corpos, razes...

    Campos felizes, festa, cano.

    Terra molhada, seca, curtida

    Fora mantida em proteo

    Folhas curtidas, flores, perfumes...

    Coisas... costumes da tradio.

    Terra plantada, planta, colheita...

    Que se deleita ao ver sorrir

    Fome saciada, palha comida

    Refeita a vida, volta a dormir.

    Rasteira, alta ou baixa...

    sempre po!

    Morena, plida, escura, clara...

    sempre po!

    Penhascos, pntanos, desertos...

    sempre po!Fundo do mar, dos rios e vales...

    sempre po!

    Sempre h uma vida em qualquer espao

    H sempre um brao estendendo a mo.

    Vida! Vida! Por que tens que ser tanto dividida?

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    VDEOS

    Agricultura Orgnica - Embrapa

    O vdeo apresenta a experincia da Embrapa Agrobiologia, que vem h

    mais de 10 anos gerando conhecimentos e tecnologias para a

    agricultura orgnica.

    Este vdeo encontra-se disponvel no seguinte endereo eletrnico:

    http://www.youtube.com/watch?v=bd1GinLhZQE

    Agricultura Orgnica de Alto Valor Nutritivo

    O vdeo apresenta a experincia da agricultura orgnica em

    Vassouras-RJ depois do declnio da cafeicultura na cidade. Apresenta

    a iniciativa dos produtores de recuperar a fertilidade do solo atravs de

    prticas utilizadas na agricultura orgnica e a difuso de conceitos

    ecolgicos para os demais agricultores da regio.

    Este vdeo encontra-se disponvel no seguinte endereo eletrnico:

    http://www.youtube.com/watch?v=4aL0Pk3Y6uM&feature=related

    Sebrae - Agricultura Orgnica

    O vdeo apresenta um agricultor atento aos riscos relacionados aos

    agrotxicos e seus efeitos sade humana e como a agricultura

    orgnica influencia em uma melhor qualidade de vida. Esse

    empreendedor mostra com satisfao a sua propriedade e sua

    produo orgnica.

    http://www.youtube.com/watch?v=bd1GinLhZQEhttp://www.youtube.com/watch?v=4aL0Pk3Y6uM&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=4aL0Pk3Y6uM&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=bd1GinLhZQE
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    Este vdeo encontra-se disponvel no seguinte endereo eletrnico:

    http://www.youtube.com/watch?v=68lyO9m5jJs&feature=related

    7. FERRAMENTAS DE DRP PLANEJADAS PARA AS OFICINAS

    CALENDRIO AGRCOLA

    TEMA: mostra informao sobre as estaes agrcolas e

    atividades produtivas da comunidade. Refere-se ao tipo de cultivo, ao

    tipo de criao, ao tempo adequado para cultiv-lo e s atividades

    agrcolas realizadas.

    OBJETIVO: identificar os produtos que so cultivados na

    comunidade e em que tempo so realizados. Permite revisar se os

    produtos esto sendo cultivados no tempo adequado ou se

    necessrio identificar tcnicas mais adequadas. Tambm mostra a

    rotao de cultivos nas diferentes pocas do ano.

    TEMPO: 1-2 horas.

    MATERIAL: pedao de papel, lpis, pincis, giz de cera ou

    materiais disponveis no cho.

    COMO FEITO: formar um grupo formar um grupo e explicar o

    objetivo e os elementos do calendrio agrcola. Inicia-se definindo aescala de tempo (semanas, meses, estaes, etc.). Costuma-se

    comear com o cultivo mais importante, o segundo mais importante e

    assim sucessivamente.

    Definir as atividades agrcolas e pecurias para cada cultivo ou

    animal e em que momento do ano so realizadas: o plantio, a colheita,

    a limpeza dos cultivos, a limpeza do terreno, a poda, acomercializao, etc.

    http://www.youtube.com/watch?v=68lyO9m5jJs&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=68lyO9m5jJs&feature=related
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    Exemplo de calendrio agrcola:

    Fonte: Verdejo, 2006.

    FLUXOGRAMA COMERCIAL (OU DE COMERCIALIZAO)

    TEMA: diagrama que expe todos os fluxos econmicos de uma

    entidade. Esta pode ser uma propriedade, uma associao de

    produtores ou qualquer outro conjunto produtivo.

    OBJETIVO: expor os fluxos comerciais em sua totalidade,permitindo uma anlise da eficincia, as debilidades e os potenciais

    comerciais.

    TEMPO:aproximadamente 2 horas.

    MATERIAL:pedao grande de papel, fichas em branco, cartolina,

    pincis ou qualquer tipo de materiais disponveis sobre o cho.

    COMO FEITO: reunir o grupo de pessoas representantes daunidade de comercializao (a famlia da propriedade e seus

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    empregados, os membros da associao de produo, etc.). Como

    ponto de referncia, pode-se desenhar a propriedade ou o armazm da

    associao. Posteriormente so nomeados todos os produtos que so

    comercializados, e, a seguir, vo sendo detalhados os passos (fluxos)

    na comercializao de cada um.

    Exemplo de fluxograma de comercializao:

    Fonte: Verdejo, 2006.

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    RVORE DE ENCADEAMENTO LGICO (RVORE DE

    PROBLEMAS)

    TEMA: analisar a relao de causa-efeito de vrios aspectos de

    um problema previamente determinado pelo grupo. As razes da rvore

    simbolizam as causas do problema; o prprio problema se encontra no

    tronco; e os galhos e as folhas representam os efeitos.

    OBJETIVO:a inteno identificar e analisar um problema com

    a finalidade de estabelecer as causas primrias. Estas causas

    primrias sero o ponto de partida para a busca de solues.

    TEMPO:aproximadamente 2 horas.

    MATERIAL: papel, pinceis, cartes (ou papel cortado em

    pedacinhos pequenos) e cola.

    COMO FEITO: formar um grupo e explicar a tcnica. Inicia-se

    desenhando uma rvore e colocando o problema identificado

    previamente no tronco da rvore. Na discusso, em grupos menores,

    devem ser preenchidos cartes com possveis causas (razes) e efeitos

    (galhos) do problema. Depois de identificados, os grupos se renem e

    colocam os cartes com as causas e efeitos na rvore.Uma vez selecionados todos os elementos, discute-se o que

    verdadeiramente causa ou efeito e, se for necessrio, trocam-se da

    raiz aos galhos ou o inverso. Quando o grupo estiver de acordo com a

    colocao dos cartes, estes so fixados na rvore.

    No debate final, discute-se quais das

    causas podem ser eliminadas ou controladaspor atividades da comunidade.

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    Exemplo de rvore de problemas

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    Fonte: Drumond, 2002.

    ANLISE SWOT OU FOFA

    TEMA: esta matriz analisa os grupos organizados da

    comunidade.

    OBJETIVO: identificar, analisar e visualizar a situao atual dos

    grupos para conseguir um fortalecimento organizativo.TEMPO: 1 hora.

    MATERIAL: bloco de papel, cartes, lpis, pinceis, giz de cera.

    COMO FEITO: reunir um grupo de homens e mulheres da

    comunidade que participam regularmente dos diferentes grupos.

    Explicar a ferramenta e seus objetivos (podem ser grupos divididos por

    tipo de produo). Comear a discutir as fortalezas, fraquezas,

    oportunidades e ameaas que podem afetar cada grupo.

    Fortalezasso fatores no interior do grupo que contribuem para

    o seu melhor desempenho.

    Fraquezas so fatores no interior do grupo que influem

    negativamente sobre o desempenho.

    Oportunidades so fatores externos que influem ou poderiam

    influir positivamente no desenvolvimento organizativo do grupo, porm

    sobre os quais o prprio grupo no exerce controle.

    Ameaasso fatores externos que influem negativamente sobre

    o desenvolvimento organizativo do grupo, porm sobre os quais o

    prprio grupo no tem controle.

    Finalmente so discutidas as relaes

    existentes do grupo com os outros grupos da

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    comunidade e com instituies externas,

    analisando o estado atual das relaes e

    como poderiam fortalecer-se.

    Exemplo de anlise FOFA:

    Fonte: Verdejo, 2006.

    MATRIZ DE PRIORIZAO DE PROBLEMAS

    TEMA: ferramenta que permite de maneira fcil priorizar os

    problemas identificados durante o diagnstico, segundo sua

    importncia e ou urgncia.

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    OBJETIVO: estabelecer uma hierarquia dos problemas

    identificados que permita comunidade se concentrar nos problemas

    que consideram mais importantes.

    TEMPO: 2-3 horas.

    MATERIAL: papel, carto e pinceis.

    COMO FEITO: formar um grupo e explicar a ferramenta. Anotar

    os problemas identificados durante a elaborao da rvore de

    problemas. Discutir e estabelecer se sero valorizados numa matriz,

    segundo sua importncia e urgncia, ou se sero feitas duas matrizes

    separadas: uma para priorizar a urgncia e outra para a importncia.

    Segundo o tamanho do grupo, cada participante pode votar em at 3

    problemas (grupos pequenos) ou por um s problema (grupos

    grandes).

    Exemplo de matriz de priorizao de problemas:

    Fonte: Verdejo, 2006.

    PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES COM O MTODO DOS

    CINCO DEDOS

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    Para que as atividades tenham xito,

    sempre til primeiramente planej-las

    cuidadosamente e coloc-las em ordem de

    prioridade.

    Por este motivo, primeiro fizemos a matriz de priorizao de

    problemas.

    Uma vez que o grupo tenha decidido quais so os problemas

    prioritrios, ele pode comear a agir.

    As Perguntas dos Cinco Dedos so uma boa forma de

    planejamento:

    Fonte: Carter, 2002.

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    Por que importante fazer estas perguntas para todas as

    atividades que o grupo pretende realizar?

    O que poderia acontecer, se elas no fossem feitas?

    Experimente-as para pelo menos trs problemas que os

    participantes esto pretendendo resolver.

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    EXEMPLOD

    ECO

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    8. FONTES CONSULTADAS

    CARTER, Isabel. Desenvolvendo as capacidades de grupos locais. GuiaPILARES. Reino Unido: Tearfund, 2002.

    DRUMOND, Maria Auxiliadora. Participao comunitria no manejo deunidades de conservao: manual de tcnicas e ferramentas. Belo Horizonte:Instituto Terra Brasilis de Desenvolvimento Socioambiental, 2002.

    PEREIRA, Denise Scabin; FERREIRA, Regina Brito. Ecocidado. Cadernos deEducao Ambiental. So Paulo: Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria deEducao Ambiental, 2008.

    Planejando a sustentabilidade. Revista Passo a Passo, n.64, nov. 2005.

    Trabalho no campo. Coleo Cadernos de EJA, Braslia: MEC, 2007.

    VERDEJO, Miguel Expsito.Diagnstico Rural Participativo: Um guia prtico.Braslia: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio / Secretaria de Agricultura Familiar,

    2006.

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    9. EQUIPE

    Coordenao

    Sylvia WachsnerCoordenadora, CI Orgnicos, SNA

    Maria Chan - Consultora da SNA

    Ricardo Salles - ntegra Ambiental

    Execuo

    Wellington MaryEngenheiro Agrnomo (UFRRJ, 1988), Mestre em Fitotecnia (UFRRJ, 1995) e Doutor emEngenharia Agrcola (UNICAMP, 2005). Atualmente professor da UFRRJ e atua nasseguintes reas: Cultivo Protegido e Ambincia, Hidroponia, Solues Nutritivas,Substratos, Agricultura Urbana, Paisagismo e Conforto Ambiental de Edificaes ("telhadoverde"). Experincia em projetos de pesquisa e extenso com enfoque em tecnologiasalternativas e incluso social.

    Juliana ArrudaGraduada em Cincias Agrcolas (UFRRJ, 2004), Mestre em Engenharia Agrcola(UNICAMP, 2006) e Doutora em Cincias Sociais (UFRRJ, 2011). Atualmente professorano Colgio Tcnico da UFRRJ e atua nas seguintes reas: Agricultura Urbana,Agroecologia, Educao Ambiental e Extenso Rural. Experincia em projetos de pesquisae extenso com enfoque socioambiental.

    Vagner SilvaGraduado em Cincias Agrcolas (UFRRJ, 2009). Atualmente mestrando na PUC e atuanas seguintes reas: Planejamento da Agenda 21, Educao Ambiental, DiversidadeSexual e Identidades de Gnero na Escola. Experincia em projetos de ExtensoUniversitria (Conexes de Saberes) e de Extenso Rural (Projeto de DesenvolvimentoAgrcola Sustentvel em reas de Reforma Agrria na Baixada Fluminense - DASARA).

    Pammella DutraGraduada em Cincias Agrcolas (UFRRJ, 2010). Atualmente faz especializao na UFF e professora no municpio de Itagua-RJ. Atua nas seguintes reas: Educao Infantil ePr-escolar, Oficinas de Cincias, Agricultura Urbana e Metodologias Participativas.Experincia em projeto de pesquisa em agricultura urbana (Anlise e Acompanhamento daRede Fitovida na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro - RJ) e de Extenso Universitria(Hortas pedaggicas em Seropdica - RJ).

    Raphaella Santos de SouzaEstudante de agronomia (UFRRJ). Atualmente professora do Pr-Vestibular ComunitrioDom Helder Cmara, em Anchieta - RJ. Atua em atividades de desenvolvimento de

    projetos socioambientais. Experincia em Educao, com nfase em EducaoComunitria, Metodologias Participativas, Agricultura Urbana e Segurana Alimentar e