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AFS [email protected] Director> Sousa Marques N tícias Mensal > Dez. 2010 Edição n.º 9 € 0.50 Taça AFS avança para eliminatórias Mais de 500 petizes e traquinas em três Encontros Distritais Relatório e Con- tas aprovado reflecte objecti- vos amplamente atingidos pela Direcção Elevado rating de credibilidade e confiança peran- te clubes e agentes económicos Autonomia Finan- ceira da Associa- ção de Futebol de Setúbal está acima dos 60% Actual cenário económico do país deve motivar uma reorganização nos clubes Duarte Gomes deu uma aula de arbitragem no Núcleo do Barreiro 010 .50 >> PÁG. 6 Pub. Sousa Marques Presidente da Direcção da A.F. Setúbal Após a realização da Assembleia Geral de aprovação do Relatório e Contas, gostaria de deixar uma nota sobre a pouca participação dos clubes filiados nesta reunião. De facto o momento de apresentação do relatório e das contas de uma Associação Desportiva é um momento relevante na vida associativa e que devia merecer por parte dos seus associados uma maior atenção e partici- pação. Não basta aos clubes manifestarem o seu descontentamento devido às arbitragens, às penas disciplinares e apresentarem as suas dificuldades em cumprirem os seus compromissos financeiros, é preciso participar em todas as iniciativas reali- zadas, particularmente nos actos que estatutaria- mente previstos e aproveitar essa oportunidades para discutir matérias que são do interesse de todos, porque a Associação é dos seus sócios e é aquilo que os seus filiados quiserem. Gostaria de, não enterrando a cabeça na areia, chamar à atenção para a situação que se está a verificar nos campeonatos distritais com jogos que não chegam ao fim do tempo regulamentar devido a agressões a árbitros ou a abandonos de campo. Importa avaliar e tomar as medidas para que situações desta natureza não voltem a aconte- cer. O Fair Play é algo que deve imperar em todas as competições, principalmente nas camadas jovens onde deve ser ensinado. Situações menos próprias que acontecem nos escalões mais baixos, por exclusiva responsabilidades do Estado por não existir policiamento desportivo, mas também nos outros escalões em que os exemplos observados não dignificam ninguém, são repro- váveis, têm de ser ponderados e definitivamente erradicadas do futebol. Desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo Saudações Desportivas Mais participação e mais Fair Play Editorial Este jornal faz parte integrante do Semmais e não pode ser vendido separadamente Os guardiães das boas contas da Associação António Monteiro Presidente do Conselho de Contas da AFS José Araújo Vice-presidente financeiro da AFS Fotos: Noticias AFS DR Está concluída a primeira etapa da mais re- cente competição de futebol sénior da As- sociação. Depois da fase de grupos, es- tão encontradas as oito equipas para dis- cutirem, no próximo dia 20 de Fevereiro, o acesso às meias-finais da Taça AFS. >> PÁG. 4 >> PÁG. 4 A Associação já contabilizou mais de meio milhar de crianças em acção nos Encon- tros Distritais de petizes e traquinas. João Aires, director do Gabinete Técnico, assu- me que os eventos são um sucesso.

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Jornal Dezembro 2010

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Page 1: Notícias AFS/9

[email protected] Director> Sousa Marques

N tíciasMensal > Dez. 2010Edição n.º 9 € 0.50

Taça AFS avança para eliminatórias

Mais de 500 petizes e traquinas em trêsEncontros Distritais

Relatório e Con-tas aprovado ref lecte objecti-vos amplamente atingidos pela Direcção

Elevado rating de credibilidade e confiança peran-te clubes e agenteseconómicos

Autonomia Finan-ceira da Associa-ção de Futebol de Setúbal estáa ci ma dos 60%

Actual cenárioeconómico do paísdeve motivar umareorganização nos clubes

Duarte Gomesdeu uma aulade arbitragem no Núcleodo Barreiro

010.50 >> PÁG. 6

Pub.

Sousa MarquesPresidente da Direcç ão da A.F. Setúbal

Após a realização da Assembleia Geral de aprovação do Relatório e Contas, gostaria de deixar uma nota sobre a pouca participação dos clubes filiados nesta reunião. De facto o momento de apresentação do relatório e das contas de uma Associação Desportiva é um momento relevante na vida associativa e que devia merecer por parte dos seus associados uma maior atenção e partici-pação. Não basta aos clubes manifestarem o seu descontentamento devido às arbitragens, às penas disciplinares e apresentarem as suas dificuldades em cumprirem os seus compromissos financeiros, é preciso participar em todas as iniciativas reali-zadas, particularmente nos actos que estatutaria-mente previstos e aproveitar essa oportunidades para discutir matérias que são do interesse de todos, porque a Associação é dos seus sócios e é aquilo que os seus filiados quiserem.Gostaria de, não enterrando a cabeça na areia, chamar à atenção para a situação que se está a verificar nos campeonatos distritais com jogos que não chegam ao fim do tempo regulamentar devido a agressões a árbitros ou a abandonos de campo. Importa avaliar e tomar as medidas para que situações desta natureza não voltem a aconte-cer. O Fair Play é algo que deve imperar em todas as competições, principalmente nas camadas jovens onde deve ser ensinado. Situações menos próprias que acontecem nos escalões mais baixos, por exclusiva responsabilidades do Estado por não existir policiamento desportivo, mas também nos outros escalões em que os exemplos observados não dignificam ninguém, são repro-váveis, têm de ser ponderados e definitivamente erradicadas do futebol.

Desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

Saudações Desportivas

Mais par t ic ipaç ão e mais Fa ir Play

Editorial

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Os guardiães das boas contas da Associação

António MonteiroPresidente do Conselho de Contas da AFS

José AraújoVice-presidente f inanceiro da AFS

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AFS

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Está concluída a primeira etapa da mais re-cente competição de futebol sénior da As-sociação. Depois da fase de grupos, es-tão encontradas as oito equipas para dis-cutirem, no próximo dia 20 de Fevereiro, o acesso às meias-f inais da Taça AFS.

>> PÁG. 4>> PÁG. 4

A Associação já contabilizou mais de meio milhar de crianças em acção nos Encon-tros Distritais de petizes e traquinas. João Aires, director do Gabinete Técnico, assu-me que os eventos são um sucesso.

Page 2: Notícias AFS/9

[2]Notícias AFS > Dezembro 2010 entrevista

Notícias AFS - Como analisa de forma global o Relatório e as Contas da Associação de Fute-bol de Setúbal, recentemente aprovados?António Monteiro - O Relató-rio está muito bem elaborado e expressa, com clareza e de-talhe suficientes, a activida-de dos Òrgãos Sociais da As-sociação e toda uma dinâmica de fomento do futebol distri-tal nas suas vertentes, em to-dos os escalões e níveis, para além da continuada política de aproximação aos Clubes, Àrbi-tros e demais agentes que o sustentam e promovem. O Pa-recer do Conselho de Contas quanto às Demonstrações Fi-nanceiras do exercício findo em 30 de Junho de 2010 é cla-ro e reflecte o reconhecimento da gestão e dos objectivos am-plamente atingidos pela Direc-ção, de reforço da situação pa-trimonial e do equilíbrio finan-ceiro da Associação. Acrescentarei o elevado rating de credibilidade e de confi ança da Associação perante os Clubes e os agentes económicos com quem se relaciona.

Há alguma análise que se pos-sa entender como menos posi-tiva? Em termos de forma, não des-cortino. A informação económi-ca e fi nanceira é padronizada pelo POC aplicável às Federações Desportivas, Associações e Agru-pamentos de Clubes. Em subs-tância e fora deste âmbito, é cla-ro que se pode sempre melhorar. Mas, como digo, o documento é muito completo e serve o objec-tivo por que foi elaborado.

Com mais de uma centena de clubes fi liados, considera que as contas da AFS espelham a dimensão da instituição?A Associação, o seu status patri-monial e indicadores operacionais e de gestão, a dimensão e quali-dade dos seus projectos, a sua ex-pressão representativa e peso ins-titucional nos diversos areópagos de debate e decisão, designada-mente na Federação Portuguesa de Futebol, são, necessariamen-te, a resultante do número e da di-

mensão dos Clubes seus fi liados.

Quais os números que mere-cem uma especial referência?Naturalmente, o Resultado Líqui-do do Exercício, que ascendeu a 40,4 mil euros e o sequente re-forço da Situação Líquida da As-sociação, que se fi xa, agora, em 680,6 mil euros. Mas haverá ain-da a realçar os indicadores de es-tabilidade e equilíbrio fi nancei-ro, traduzidos nos rácios de Li-quidez Geral (1,48), Solvabilida-de (2,14) e Autonomia Financei-ra(68%). São dados que, no fi m do exercício relevam, por um lado, capacidade de resposta às responsabilidades de curto pra-zo e provisionam, por outro lado, algum conforto de resposta a conjunturas difíceis e de incerte-za como as que já atravessamos.

Até que ponto a actual con-jectura económica poderá in-fl uenciar as contas da AFS no próximo ano?A presente conjuntura e as que, no imediato prazo se seguirão, não vão ser fáceis para o país, para as empresas e para as famí-lias. E o futebol e os Clubes sen-tirão o impacto deste cenário de crise. Haverá, expectavelmente,

uma diminuição das assistências, menor investimento na sponsori-zação, menores apoios autárqui-cos, entre outras consequências. A actividade da Associação, sen-do de jusante, está directamente dependente da maior ou menor capacidade dos seus Clubes em enfrentar e minimizar os efeitos da crise, ou, no limite, a ela con-tinuar a resistir. De qualquer for-ma, o Orçamento da Associação para 2010/2011, refl ecte, já, uma

perspectiva cautelar de redução de Proveitos e de ajustamento da sua estrutura de Custos e não só, acrescente-se, pelas difi culdades deste tempo de incertezas, mas igualmente pelo eventual não en-caixe do subsídio relativo ao Con-trato Programa com a FPF, que no exercício fi ndo totalizou cerca de 15 mil euros, em resultado do di-ferendo desta com o Governo so-bre o Estatuto Jurídico das Fede-rações.

ASSOCIAÇÃO AJUSTADA ÀS NECESSIDADES

Que balanço faz da sua presi-dência no Conselho de Contas?Muito positivo. Tenho a honra e o privilégio de trabalhar e privar, no Conselho, com pessoas de elevado gabarito profi ssional e competência técnica, que aliam o rigor analítico ao fundamento do trabalho em equipa, à impor-tância do debate e às conclusões devidamente suportadas do tra-balho efectivado.

Quais têm sido as maiores preo-cupações no exercício do cargo?As minhas preocupações, em rigor as preocupações do Conselho, são as do cumprimento estrito das fun-ções regimentais e regulamentares que para o Órgão estão defi nidas. Adicionalmente, e sem prejuízo da especifi cidade e natureza destas, uma posição de solidariedade ins-titucional e de diálogo com os de-mais Órgãos Sociais da Associação.

Como olha o líder do órgão para a importância da estrutura da AFS, nas suas mais variadas áreas?A estrutura organizativa da Associa-ção, parece-me, em primeiro lugar, ajustada às suas necessidades e “ob-jecto social”. As diversas áreas de in-tervenção, conjugam a sua desejável autonomia, com os objectivos de op-timização do produto final da Institui-ção: servir os Clubes, e o Distrito.

As boas contas da AssociaçãoA Associação de Futebol de Setúbal viu aprovados, no dia 29 de Novem-bro, em Assembleia Geral, o Relatório e Contas da instituição referen-te ao período de 1 de Julho de 2009 a 30 de Julho de 2010. No sentido de dissecar o documento, o Notícias AFS foi ao encontro dos dois diri-gentes responsáveis pela gestão económica e fi nanceira da Associação.

Em discurso directo, o presidente do Conselho de Contas da Associação, António Monteiro, e o vice-presidente fi nanceiro da Direcção, José Araú-jo, analisam a saúde fi nanceira da AFS, comentam a actividade da Asso-ciação e perspectivam desafi os e repercussões para o futebol do distrito tendo em conta o cenário económico que o país atravessa.

«Parecer refl ecte objectivos de gestão amplamente atingidos»

Como olha o presidente do

Conselho de Contas

para a realidade do futebol

e futsal da nossa região?

>>O futebol, no Distrito, sentiu os efeitos das

convulsões sociais, políticas e económicas

registadas na península de Setúbal há 30 anos

atrás. Mas não só por isso. Também por efeito de

novos fenómenos de concentração de poder e

infl uência, de mediatismo focado numa elite re-

servada, a sustentabilidade dos Clubes chama-

dos de 2ª linha foi-se tornando cada vez mais di-

fícil, como mais difícil, passou a ser a sua capaci-

dade competitiva, até no domínio da fi xação de

adeptos e de atractividade de investidores, de

publicidade, de visibilidade.

A Associação, que chegou a ter cinco fi liados na

então 1ª Divisão, assistiu ao declínio de históricos

como o Barreirense, a CUF (hoje Fabril), o Despor-

tivo do Montijo (extinto e entretanto “recuperado”

pelo Olímpico) e o Amora. Resistiu o Vitória. Mas,

no que é hoje a realidade do futebol distrital (e

aqui incluo o Futsal), vejo com agrado a força, a di-

nâmica e o entusiasmo da nossa ‘tribo’, traduzidos

no número de Clubes (mais de 100 desde há cin-

co épocas), de Atletas (sempre em crescendo desde

2005/06 e fi xando-se em cerca de 7000, no fi nal da

época 2009/10) e de Árbitros – e neste ponto, refi ro

o excelente trabalho de formação, preparação e in-

formação por parte dos respectivos Núcleos.

Mas o grande destaque, pelo que represen-

ta para o futuro, é a força da Formação, com jo-

vens de todos os escalões a competir nos diver-

sos campeonatos.

O efeito conjugado de tudo isto, aliado à acção,

ao saber, à capacidade de diálogo de todos os

intervenientes no fenómeno, convidam a con-

fi ar que, no mediato prazo, o futebol do Distrito

venha a recuperar o espaço marcante que já foi

seu, de pleno direito, a nível nacional.

Per f il

Idade: 61 anos

Naturalidade: Sarilhos Pequenos

Profi ssão: Economista

Cargos que ocupou no diri-gismo desportivo: Presidente da Direcção do 1º de Maio FC Sarilhense ( 1981/82; 1997/1998); Presidente da Assembleia Geral do 1º de Maio FC Sarilhense desde 2002.

Cargos que ocupou no seio da AFS: Presidente do Conse-lho de Contas (1982/1983, a 1990/1991) e desde 2008/2009;Vice-Presidente Administrativo e Financeiro (1991/1992 a 1994/1995)

António Monteiro, presidente do Conselho de Contas da AFS, elogia o Relatório

Not

ícia

s A

FS

Page 3: Notícias AFS/9

[3]Notícias AFS > Dezembro 2010

Notícias AFS - Como caracteri-za a saúde fi nanceira da Asso-ciação?José Araújo - Pese embora a cri-se e o facto de termos adquiri-do instalações próprias que, em parte, ainda estão a ser liquida-das as prestações do contrato de locação, a AFS apresenta uma si-tuação económica equilibrada, isto é, as receitas correntes equi-libram os gastos correntes e ain-da libertam um excedente para compensar o investimento e o fi -nanciamento. Em termos fi nan-ceiros, a AFS apresenta uma Au-tonomia Financeira acima dos 60% e uma liquidez geral acima da unidade, o que revela uma es-trutura equilibrada e até alguma capacidade de endividamento, que esperemos não ser necessá-ria usar.

De onde resultam as principais receitas?As principais receitas são os pro-veitos associativos, onde as taxas de inscrição e de transferência assumem particular importân-cia, com cerca de 43%, mas tam-bém os cursos organizados con-tribuem para as receitas corren-tes. Embora não consideradas re-ceitas principais da actividade, as taxas de arbitragem, que não chegam para cobrir as despesas de arbitragem, também assu-mem uma importância relativa-mente grande na estrutura total de receitas com cerca de 26%.

E onde estão centradas as maiores despesas?Além dos custos de estrutura, in-cluindo o pessoal que tem vindo a diminuir o seu peso específi co ao longo dos anos, temos os en-cargos com a arbitragem que re-presentam cerca de 40% do total dos custos da actividade.

Até que ponto é que a suspen-são do Estatuto de Utilidade Pública da Federação Portu-guesa de Futebol afectou fi -nanceiramente a AFS e/ou os clubes?Felizmente, ou não, esse facto apenas pesou na quantia atribu-ída pelo Governo no âmbito do Contrato-Programa que repre-senta cerca de 15 mil euros e, por isso, menos de 3% do total dos

proveitos da Associação. Este facto só vem provar que quem fi -nancia a promoção do desporto são os clubes e os seus dirigentes e não o Governo, como deveria ser em qualquer país que se de-signe como desenvolvido. A esse propósito não podemos deixar de dizer que, se o Governo quer efectivamente gerir o desporto deverá começar pelas escolas, como é sua competência e dei-xar o livre associativismo seguir o seu percurso. A ingerência do Regime jurídico das Federações na livre organização das associa-ções é nitidamente uma medi-da de tomada do protagonismo que o futebol atingiu por mérito próprio e do trabalho das bases (clubes e associações), por par-te de dirigentes que nada prova-ram em prol do futebol.

Como avalia a importância das receitas provenientes da cele-bração de Contratos-Programa do Estado e o encaixe de re-ceitas resultantes das apostas mútuas desportivas?Essa poderia ser uma boa me-dida de apoio do Estado, espe-cifi camente do Governo, à pro-moção do desporto, apoiando a criação, manutenção e susten-tação de infra-estruturas dignas para a prática desportiva . O que se verifi ca é que com a passagem do tempo estas quantias são cada vez mais insignifi cantes.

Qual foi o impacto do apelida-do “Totó-Negócio” nos clubes do distrito?Um desastre. A título de exem-plo, um dos nossos fi liados ain-da tem uma quantia signifi cati-va a receber desse processo que não tem fi m.

FORMAÇÃO PARASUSTENTAR O FUTURO

Que repercussões poderão ad-vir para a AFS, perante o cená-rio económico/fi nanceiro que o país atravessa acrescentan-do-se as recorrentes difi culda-des sentidas pelos clubes?A Associação representa os clu-bes seus filiados. Se os clubes estão mal a Associação não po-derá estar bem. Exige-se ou-tro tipo de organização que, com alguma criatividade, pos-sa obter receitas e que, por ou-tro lado, reduza os custos. Pen-so que o futebol sénior tem de ser uma continuidade das ca-madas jovens e por isso os pro-jectos desportivos dos clubes terão de ser estruturados das camadas jovens até aos vete-ranos, colocando em evidên-cia a competitividade bairrista e de vizinhança em detrimento da captação de seniores forma-dos noutros clubes. Os resulta-dos não são tudo, a formação e a prática desportiva deverão estar em primeiro lugar e é pre-ciso que a massa adepta (fami-

liares, vizinhos e sócios) enten-da isso mesmo.

De que forma é que analisa a actual realidade das obriga-ções fi scais e de Segurança So-cial assumidas pelos clubes e pelo sector da arbitragem?Esse é outro dos factores que tem desmotivado os praticantes e dirigentes. Exigir o início de ac-tividade e tributação em IRS e Se-gurança Social dos jovens é um disparate tremendo. Penso que as recentes tomadas de posição dos árbitros vieram, fi nalmen-te, realçar a necessidade de se-parar o mero reembolso de des-pesas ou um rendimento insig-nifi cante, mas muito importante para quem está a estudar do ren-dimento do trabalho. Embora te-nham sido criados diversos gru-pos de trabalho, o poder político nunca encarou esta situação da forma como deveria e mais uma vez se demonstra que o interes-se dos Governantes só é desper-to quanto o assunto dá capa de jornais ou tempo de antena.

A AFS fez um grande inves-timento com a aquisição da

nova sede social. O edifício ainda tem aberta a possibilida-de de rentabilização de espa-ços ainda não ocupados. Estão previstas algumas soluções? A não ocupação da totalidade do edifício foi uma medida to-mada com o objectivo de ren-tabilizar o espaço possível sem perturbar o normal funciona-mento dos serviços e órgãos da Associação. Não tem sido fácil encontrar interessados mas te-mos algumas propostas interes-santes em estudo. Se a Associa-ção estivesse noutro patamar de capacidade fi nanceira poderia equacionar a abertura de uma clínica desportiva mas isso ain-da não foi possível.

Os resultados aprovados no úl-timo Relatório e Contas estão dentro dos objectivos traçados pela Direcção? Sim, embora o Orçamento para o presente ano já antecipe algu-mas difi culdades futuras.

Que desafi os fi nanceiros

enfrenta a Associação

a breve prazo?

>>Se a AFS tivesse sido correspondida na sua

iniciativa de investimento em prol do des-

porto com o apoio das autoridades locais tal-

vez tivéssemos sido mais ambiciosos, uma

vez que a nossa intenção passava por criar e

desenvolver um parque desportivo onde se-

riam instalados os serviços. O presidente da

Direcção, Sousa Marques, até tinha em men-

te que essas instalações fossem partilhadas

por outras Associações, mas foi um processo

que embora agradasse nunca mereceu apoio.

É pena, a cidade é que perdeu, resta-nos viver

com a realidade e dentro das nossas possibili-

dades. Por isso, os desafios passam por liqui-

dar o empréstimo em curso e apoiar, dentro

do possível, os nossos filiados nesta fase difí-

cil também para o futebol.

Per f il

Idade: 42 anos

Naturalidade: Setúbal

Profi ssão: Licenciado em Au-ditoria, Formador e TOC.

Há quantos ano ligado à AFS e em que funções? Há cerca de 10 anos e sem-pre como vice-presidente fi -nanceiro.

«A AFS apresenta uma Autonomia Financeira acima dos 60 por cento»

Pub.

José Araújo, vice-presidente fi nanceiro da AFS, tem em estudo propostas para rentabilização de espaços livres na sede social

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Page 4: Notícias AFS/9

[4] futsalNotícias AFS > Dezembro 2010[4] futebol

Pub.

Em menos de um mês, a Associa-ção já contabilizou mais de 500 parti-

cipações de jovens atletas nos três Encontros Distritais de Petizes e Traquinas já re-alizados. Um número assi-nalável e que representa a importância destas acções promovidas pela Associa-ção de Futebol de Setúbal.João Aires, Director do Ga-binete Técnico da Associa-ção, não hesita em afi rmar que «tem havido um cres-cimento no número de ins-crições muito signifi cativo», o que no entender do res-ponsável da AFS, «demons-tra uma renovada aposta dos clubes em fomentar a formação de base».O calendário dos encon-tros distritais de petizes (5 e 6 anos) e traquinas (6 e 7 anos) arrancou no dia 13 de Novembro, no Lavradio. No Complexo Desportivo do Fa-bril, o 1.º Encontro de Petizes registou a participação de 92 atletas, em representação de 12 clubes. Uma semana de-pois, o Alfarim abriu as por-tas do seu recinto ao encon-tro de estreia dos traquinas, com 16 clubes envolvidos a representarem mais 181 jo-vens praticantes.Já este mês, os traquinas vol-taram à acção, com o 2.º en-contro, realizado no Brechão, em Sarilhos Pequenos, cam-po do 1.º de Maio, a reunir 234 jovens, de 18 clubes, tra-duzindo uma signifi cativa evolução de participações à medida que os eventos são realizados. Era nesse sentido que apon-

tavam as previsões para o 2.º Encontro de Petizes, agen-dado para o passado dia 8, em Sarilhos, no Campo de Jogos “Castanheiro”. Todavia, devido às más con-dições climatéricas a AFS viu-se obrigada a adiar a acção, que contava à partida com a inscrição de 21 clubes.

UMA APRENDIZAGEMQUE ENVOLVE TODOS

De acordo com João Aires «estes convívios informais à volta do futebol são um im-portante local de aprendi-zagem e partilha de experi-ências». O responsável des-portivo da Associação lem-bra que a participação de técnicos e jovens árbitros recém-formados «assume-me como mais uma etapa evolutiva nas suas áreas», pelo que, «a juntar aos en-

sinamentos das crianças, todos saem a ganhar».Sem preocupações com re-sultados, João Aires recor-da que os encontros têm como objectivo «promover a diversão entre as crianças e estimular a prática da ac-tividade física através do futebol. Perceberem que na vida existe competiti-vidade e envolvê-los num processo de conhecimento das regras do jogo».Estas são consequências para as quais a AFS quer continuar a contribuir sempre que existe o senti-mento de que o processo evolutivo de todos os in-tervenientes deu mais um passo.Refi ra-se que a Associação, realizou na última época oito encontros do género. Para esta temporada o calendário prevê um total de 16.

Está concluída a primeira eta-pa da Taça AFS em futebol sé-nior. No dia 8 de Dezembro, as 20 equipas envolvidas na I e II divisões jogaram a 3.ª e derradeira ronda da fase de grupos da qual resultou oito clubes apurados.Numa prova que continua a merecer grande expectati-va quanto ao vencedor, des-taque para a prestação dos clubes do patamar secundá-rio. De facto, das 11 forma-ções que entraram na Taça, quatro seguem em fren-te, sendo que Melidense e Monte de Caparica vence-ram as suas séries.No que respeita à partici-pação dos primodivisoná-rios, nota para o afastamento do Olímpico do Montijo. Os montijenses golearam (8-0) o Lagameças na última jorna-da, mas o desempate com os demais adversários com igual número de pontos da série B, não foi favorável.Feitas as contas à fase de grupos, os próximos jogos, em eliminatórias, são os se-guintes: Melidense-Zam-bujalense; Vasco da Gama-Grandolense; Paio Pires-Quintajense, e Monte Ca-parica-Barreirense.Os desafi os estão agenda-dos para o próximo dia 20 de Fevereiro.

A sede do Núcleo de Con-fraternização de Árbi-tros de Futebol do Barrei-ro (NCAFB) encheu-se, no dia 3, para ouvir “ Uma aula com Duarte Gomes”, árbitro internacional da AF Lisboa.A sessão especial de tra-balho, promovida no âm-bito das iniciativas anuais do núcleo barreirense, foi considerada «muito positi-va» por Carlos Alves, presi-dente do NCAFB. «Foi uma aula teórica com vários en-sinamentos a propósito da actuação em campo, com abordagem a aspectos de condução do jogo, o modo reagir em determinadas si-tuações de simulações e gestão de confl itos, entre outras sugestões para um melhor desempenho dos árbitros», explicou Carlos Alves, que não deixou de

elogiar o dinamismo com que Duarte Gomes parti-lhou a sua intervenção. A sessão contou com a presença de muitos árbi-tros de vários pontos do distrito – o Núcleo do Pi-nhal Novo fez-se represen-tar com três dos seus mais

representativos membros - e de várias categorias, ten-do todos saído mais enri-quecidos e satisfeitos. De acordo com Carlos Al-ves, a próxima iniciativa do género deverá realizar-se em Março de 2011, com o futsal a assumir destaque.

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE A

J V E D G P

1- Melidense 3 3 0 0 6-2 9

2- Grandolense 3 2 0 1 9-6 6

3- Almada 3 1 0 2 3-6 3

3- Ch. Caparica 3 0 0 3 3-7 0

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE B

J V E D G P

1- V. Gama 3 2 0 1 9-3 6

2- Quintajense 3 2 0 1 8-4 6

3- Ol. Montijo 3 2 0 1 9-2 6

3- Lagameças 3 0 0 3 1-18 0

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE E

J V E D G P

1- Zambujalense 3 2 1 0 8-5 7

2- D. Portugal 3 1 2 0 6-2 5

3- Botafogo 3 1 1 1 5-4 4

3- Jardiense 3 0 0 3 2-10 0

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE D

J V E D G P

1- M. Caparica 3 2 1 0 10-5 7

2- Alfarim 3 2 0 1 7-5 6

3- Arrentela 3 0 2 1 3-4 2

3- E. S. André 3 0 1 2 0-6 1

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE C

J V E D G P

1- Paio Pires 3 2 0 1 7-4 6

2- Barreirense 3 2 0 1 6-2 6

3- C. Indústria 3 1 1 1 4-4 4

3- Qt.ª Conde 3 0 1 2 1-8 1

Encontros distritais já animaram mais de meio milhar de crianças

Taça AFSfechoucontas dos grupose seguea eliminar

Duarte Gomes deu uma aulano Núcleo de Árbitros do Barreiro

Em Alfarim, quase 200 traquinas deram largas à animação no relvado

O árbitro internacional da AF Lisboa partilhou a sua experiência

O Complexo do Fabril recebeu o 1.º Encontro Distrital de Petizes

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