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PLANEJAMENTO URBANO E PLANO DIRETOR Prof. Marcos Aurélio Tarlombanai da Silveira Prof. Marcos Aurélio Tarlombanai da Silveira

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PLANEJAMENTO URBANO E PLANO DIRETOR

Prof. Marcos Aurélio Tarlombanai da SilveiraProf. Marcos Aurélio Tarlombanai da Silveira

O PLANO DIRETOR É A BÚSSOLA DA CIDADE, ISTO É, O RUMO QUE ELA DEVERÁ TOMAR.

UMA CIDADE SEM PLANEJAMENTO É UMA CIDADE SEM RUMO.

NÃO É TAREFA FÁCIL CONSTRUIR UMA DEFINIÇÃO DO QUE SEJA UM PLANO DIRETOR, UMA VEZ QUE ESTES TÊM SIDO ALVO DE DIVERSAS DEFINIÇÕES E CONCEITUAÇÕES, E SUAS CARACTERÍSTICAS TÊM VARIADO DE MUNICÍPIO PARA MUNICÍPIO.

[Plano diretor é o] Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)

Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social, econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua região, apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infra-estrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, para a cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238)O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que constroem e utilizam o espaço urbano. (BRASIL, 2002, p. 40).

FRACASSOS DOS PLANOS DIRETORES Elaboração para o simples cumprimento de requisitos

legais (decisão política falha); Elaboração sem a participação dos atores sociais que

fazem a cidade; Adoção de modelos sem adaptações a realidade; Desconhecimento da cidade por parte dos gestores do

Serviço Público.

CAUSA: FALTA DE LEGITIMIDADE, DEMOCRACIA, RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR O PROCESSO DE PLANEJAMENTO É MAIS IMPORTANTE DO

QUE O PLANO. ESTA REGRA SIGNIFICA QUE UM PLANO DIRETOR, PARA

TER SENTIDO, TERÁ QUE SER RESULTADO DE UM PROCESSO DE ELABORAÇÃO QUE REALMENTE IDENTIFIQUE OS PROBLEMAS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA CIDADE OU MUNICÍPIO, E QUE DE FORMA PARTICIPATIVA COM AS DIVERSAS VISÕES DAS DIVERSAS FORÇAS POLÍTICO SOCIAIS E ECONÔMICAS, ENCONTRE-SE SOLUÇÕES NEGOCIADAS QUE GARANTAM O CUMPRIMENTO DAS FUTURAS AÇÕES POR TODOS OS AGENTES ENVOLVIDOS NO PROCESSO.

O PROCESSO DE PLANEJAMENTO DEVE ELABORAR UM PLANO DIRETOR LASTREADO NA REALIDADE.

O FUNDAMENTAL É QUE SEJA ATACADA DE FORMA DIRETA A REALIDADE.

PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE DEVEM NORTEAR O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR

O PLANO DEVE SER REALIZÁVEL. UM PLANO DIRETOR DEVE TER COMO BASE DE ELABORAÇÃO A VIABILIDADE DAS PROPOSTAS APRESENTADAS, DEVENDO PACTUAR QUE O PODER SER É MAIS IMPORTANTE DO QUE O QUERER SER.

A PROFUNDIDADE DOS ESTUDOS DEVE SER NECESSÁRIA NA MEDIDA EM QUE FOR ORIENTAR A ELABORAÇÃO DO PLANO DESEJADO.

O PLANO DEVE CONSIDERAR E SE ADEQUAR COM OS PLANOS, PROGRAMAS E INVESTIMENTOS ESTADUAIS E FEDERAIS EXISTENTES OU PREVISTOS, BUSCANDO UMA INTEGRAÇÃO DA AÇÃO PÚBLICA, DIMINUINDO PERDAS E AMPLIANDO O ALCANCE SOCIAL DESTES RECURSOS.

DEMOCRACIA E ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS, DE MODO A ASSEGURAR A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA E DA INICIATIVA PRIVADA EM TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR

PLANO DIRETOR NO ESTATUTO DAS CIDADESCAPÍTULO III DO PLANO DIRETORArt. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.§ 5o (VETADO)

PLANO DIRETOR NO ESTATUTO DAS CIDADES

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:I – com mais de vinte mil habitantes;II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas.§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infra-estrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5o desta Lei;II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;III – sistema de acompanhamento e controle.