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Ano 2 - 08 - 200 9 Ano 2 - 08 - 2009 FISCAL Publicação do Sindicato dos Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro Ano 2 - 08 - 2009 IMPRESSO sumário Bate-papo: Modesto Clóvis Castilho Fiscal de Rendas 45 e Cabe ao fiscal exigir o tributo e à sociedade fiscalizar a sua correta aplicação. PLANTÃO 7 Herança Maldita? N esta edição o Plantão Fiscal mostra, mais uma vez, que a falta de investimentos atinge os setores essenciais para o bom funcionamento da Secretaria de Fazenda. Uma visita ao imóvel da Rua Buenos Aires mostra que a negligência com a segurança patrimonial da instituição coloca em risco bilhões de reais em impostos não pagos. páginas 08 e 09 3 Corregedoria indicia diretor do Sinfrerj SEGURANÇA AMEAÇADA SEGURANÇA AMEAÇADA

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Plantão Fiscal 8

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FISCALPublicação doSindicato dos Fiscais de Rendasdo Estado do Rio de JaneiroA n o 2 - N º 0 8 - 2 0 0 9I M P R E S S O

sumário

Bate-papo: Modesto Clóvis CastilhoFiscal de Rendas

4 5e

Cabe ao fiscal exigir o tributo e à sociedade fiscalizar a sua correta aplicação.

PLANTÃO

7Herança Maldita?

N esta ed ição oP l a n t ã o F i s c a lmostra, mais uma

v e z , q u e a f a l t a d einvestimentos atinge ossetores essenciais para o bomfuncionamento da Secretariade Fazenda. Uma visita aoimóvel da Rua Buenos Airesmostra que a negligência coma segurança patrimonial dainstituição coloca em riscobilhões de reais em impostosnão pagos.

páginas 08 e 09

3Corregedoria indiciadiretor do Sinfrerj

SEGURANÇAAMEAÇADASEGURANÇAAMEAÇADA

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editorial

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A Diretoria

E o vento levou

As relações dos Fiscais de Rendas com as

cúpulas dos governos passaram por

fortes transformações nos últimos 40

anos.

Lá pela década de 60, vivia-se no Éden. Bons

tempos! A classe prestigiada. Remunerações e

premiações condizentes com a relevância do

cargo. O trânsito na alta cúpula do governo era fácil

e amistoso, até porque vários secretários saíram da

nossa própria categoria. Não é incomum ouvirmos

de algum veterano: “O governador me puxou para

um canto e me segredou.. .”. Este bom

relacionamento agia como um fermento: obras

grandiosas resultaram de apelos dos governantes

à classe para aumento da arrecadação. Bons

tempos!

Mas as coisas foram mudando. Sobretudo de

uns 20 anos para cá, uma série de fatos tornou

nossa vida muito difícil. Para citar apenas alguns: a

arrecadação dependente de umas poucas

empresas (desde a criação do ICMS pela

Constituição de 88); as fáceis receitas não

tributárias; governos e mais governos sem nenhum

compromisso com o futuro e a coisa pública; a

transformação, durante muito tempo, da Secretaria

de Fazenda em mera moeda de troca para acalmar

as pressões da baixa política; alguns escândalos

de corrupção com grande repercussão pública e,

acima de tudo, o furacão neoliberal, com sua gana

de eliminar o servidor público.

O resultado é que já não temos mais

governadores com quem possamos partilhar

segredos de Estado. Aliás, não temos

governadores sequer para partilhar dificuldades. O

atual, por exemplo, recusa-se a receber qualquer

servidor público. Da alta administração, já ouvimos

toda sorte de desrespeitos. Em realidade, o clima

entre servidores públicos e governantes tem

ficado por vezes tão inóspito que faz lembrar os

velhos filmes de faroeste: “Essa cidade é pequena

demais para nós dois”.

Quando se considera que o Sinfrerj tem como

sua principal missão a defesa da categoria dos

Fiscais de Rendas, surge logo a pergunta: o que

fazer então diante deste quadro nada animador?

Com certeza nossa reação não pode ser a

mesma de 40 anos atrás. Tapinhas nas costas

ficaram definitivamente enterrados. De outro lado,

não podemos cair na armadilha das agressões e

xingamentos destemperados, cujo único efeito é

fechar portas. Por vocação, esta gestão do Sinfrerj

busca a negociação, o tratamento respeitoso.

Porém, a defesa da classe e da instituição neste

cenário hostil tem nos obrigado a uma vigilância

crítica permanente e, por vezes, à adoção de

medidas duras contra o governo. É interessante

registrar que não adotamos tais posturas

beligerantes por prazer ou por rebeldia juvenil. Ao

contrário do que diz a Administração, não somos

xiitas. As posições mais duras contra o governo

decorrem tão-somente da necessidade.

Ainda assim, uns poucos integrantes da classe

nos criticam. Prefeririam jamais brigar com o

governo. Alguns, por estarem presos a um

nostálgico e anacrônico respeito reverencial, como

se ainda vivêssemos os velhos tempos; outros,

como alguns ocupantes de cargos de confiança,

por acreditarem, falsamente, que a lealdade devida

à Administração os impede de se insurgirem

contra quaisquer determinações dos governantes.

Nos tempos que correm, os servidores

públicos não têm alternativa: ou lutam ou

sucumbem.

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opinião

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De volta à ditadura?Sabe-se que Chico Buarque foi talvez, como

pessoa física, o mais importante desestabilizadordo regime ditatorial que vivemos no Brasil. Nãoque ele tenha desejado ou buscado esse papel –na verdade, nunca o quis. Também nunca pegouem armas, nem foi parar noAraguaia. Mas, repetindo o queouvi há muito tempo: meia palavrado Chico, aqui no Rio, e osgenerais tremiam em Brasília.

Porém, o que tem a ver omestre da música brasileira comum texto do presidente doSindicato dos Fiscais de Rendasdo Estado do Rio de Janeiro?

Eu me explicarei. RicardoBrand é um brilhante fiscal,também diretor do nossoSindicato, que luta pelo bem dafiscalização e - o que é a mesmacoisa - luta também para que esteestado disponha de recursos parapoder garantir a seus cidadãossegurança, saúde, educação e tantas outrascoisas primordiais.

E haja luta. Por pelo menos 20 anos,sucessivos governos estaduais não deram àSecretaria de Fazenda a atenção por elamerecida. A consequência desse descaso é umasó: por mais competentes e sérios que sejam seustécnicos, o Estado do Rio de Janeiro tem hojelimitadíssimas condições de arrecadar recursos ecombater a sonegação.

Um exemplo disso é o Posto Fiscal deNhangapi, a mais importante barreira fiscal dopaís, localizada em território fluminense, na ViaDutra, perto de Resende. Principal entrada demercadorias no estado, é lá que poderiam serfeitas as mais contundentes fiscalizações, eincontáveis seriam os milhões que, dessa forma,dariam entrada nos cofres do Estado do Rio. Noentanto, o Posto Fiscal de Nhangapi apodreceu, lánão se consegue fazer nada.

Na qualidade de diretor sindical, e fora do seu

expediente de trabalho, o fiscal Ricardo Brandacompanhou o respeitado jornalista Dimmi Amorapara mostrar as condições precárias deste postofiscal. Do trabalho, resultou uma matéria de páginainteira, publicada no Jornal O Globo, na edição de

25/01/09, sob o título “Barreirafiscal vira peneira um ano apósreforma”.

O Fiscal de Rendas RicardoBrand, ao colaborar para mostraraos fluminenses o descalabroque fazem com seu dinheiro,revelando que o Posto Fiscal deNhangapi está caindo aospedaços, teria feito algo errado?Ou estaria cumprindo seu deverde cidadão e servidor público?Desde quando um diretor sindicalnão pode operar em questõescomo essa? Omitir tais fatos dapopulação não seria uma enormeirresponsabilidade?

Qualquer cidadão de bomsenso diria que Ricardo Brand agiu corretamente.Infelizmente, não é o que pensa o governo SérgioCabral. Não é o que pensa a CorregedoriaTributária de Controle Externo da Secretaria deFazenda, que, arrumando ou torcendo leis aqui eali, abriu um inquérito contra este fiscal.

Aí fica claro porque me lembrei de ChicoBuarque. Já na época da distensão do regimemilitar, diante das inúmeras pressões que osgenerais promoviam contra o músico genial,alguém teve a sabedoria de vaticinar: “Daqui a 20anos, esses generais serão, quando muito,estátuas que ninguém vai parar para olhar,servirão, no máximo, para depósito de dejetos depássaros. Quanto ao Chico, enquanto houverseres humanos sensíveis, ele será venerado”.

Na história deste inquérito contra um fiscal,haverá alguém que esteja se esforçando paratornar-se depósito de dejetos? Se houver, possogarantir que esse não é o caso do Fiscal deRendas Ricardo Brand.

Juarez Barcellos de SáPresidente do Sinfrerj

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bate-papo

M o d e s t o C l ó v i s C a s t i l h o ,entrevistado desta edição, nasceu emItaperuna, noroeste fluminense. É Fiscalde Rendas aposentado, segundo elemesmo afirma, “por aposentadoriavoluntária”. Em conversa com o PlantãoFiscal, relatou que desde os tempos emque atuava nas barreiras fiscais tinha ohábito de escrever poesias entre umcaminhão e outro. Advogado e poeta, éautor dos livros "Perfis", "Sol doEntardecer", "Sino Partido" e organizador da antologia poética sobre o sapo, sob o título"Festa na Lagoa" - todos já esgotados.

Espírita e maçom, prestes a completar 91 anos em agosto, reside atualmente emConrado, 3º Distrito de Miguel Pereira.

O senhor foi o único Fiscal de Rendas que teveo privilégio de receber algumas palavras por partedo governador Sérgio Cabral (veja poesiarepublicada na página ao lado). A respostarecebida estava à altura do seu inspirado pleito?

Nunca se viu tanta gente de fora dos quadrosda Secretaria de Fazenda trabalhando na casa.Nunca se viu, também, um desempenho dearrecadação tão medíocre. O senhor não acha queestá na hora de ver se santo de casa faz milagre?

Dá para voltar a acreditar nos sorrisos e naspromessas de campanha daqueles que dedicamtanto desrespeito e desprezo aos colegas daterceira idade?

O governador Sérgio Cabral sempre se posicionou,ao longo de sua carreira política, em favor da terceiraidade, daí a esperança que acalentei, ao dirigir-me a eleem "carta-trova" pleiteando rápida solução aoMandado de Segurança nº 605/93, que manda reporaos Fiscais de Rendas o que lhes foi indevidamenteretirado no governo Brizola. A resposta foi apenas umgesto de gentileza do governador.

A Classe Fiscal, pelo que se vê, não me pareceestar sendo prestigiada pelo governo do estado,através de seu secretário de Fazenda. E se assim é,como esperar bom desempenho de arrecadação?

lnfelizmente não dá para acreditar. No caso dosFiscais de Rendas, por exemplo, mesmo com todoempenho do nosso Sindicato, a coisa não anda - o quedemonstra total desinteresse por parte do governo doestado. É triste, é doloroso, mas é verdade.

O governador Sérgio Cabral é um homem educadoe creio não deixará sem resposta aos que a ele sedirigirem de forma educada e respeitosa na busca deuma justa pretensão. Foi o que fiz. Não obtive êxito naminha pretensão, mas sou-lhe agradecido pela atençãoque me dispensou.

Como poeta e como parte interessada no rápidoandamento do Mandado de Segurança nº 605/93,dedico, respeitosamente, ao Dr. Joaquim Levy, ilustresecretário de Fazenda, a seguinte trova:

Doutor LEVY, meu prezado,O que lhe peço e esperoÉ não deixar o MANDADODormindo na estaca zero.

Que sugestão o senhor daria para aqueles quenão são poetas e gostariam de ser recebidos pelonosso governador?

O senhor gostaria de dedicar uma quadrinhaou um pequeno poema ao nosso secretário Levy?

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POESIA PUBLICADA NA EDIÇÃO Nº 4 DO PLANTÃO FISCAL:

SÉRGIO CABRAL, meu amigo,Um pedido vou fazer,Eu sempre estive contigo,Sempre cumpri meu dever.

Peço leres com paciência,De alma tranquila e benta...Não te trato de excelência,Tou gagá e com noventa...

Te trato na intimidadeQue nossa amizade é "véia",Vem do tempo - que saudade,Quando estavas na Assembléia.

Te trato na intimidadeMas não te falto ao respeito,Eu sou da terceira idade,Educado e bom sujeito.

RESPOSTA DO GOVERNADOR

Prezado Modesto,Que bom seria se recebêssemos sempre correspondências como a sua. Tamanha capacidade de

expressão, ótimos versos e rimas, humor e charme que somente um homem chamado Modesto diria ser"fraca a minha bossa". Quanta modéstia, Modesto. Parabéns e obrigado pela poesia.

Creia que efetuar o pagamento não é questão de decisão humana, falta ao Estado a tal disponibilidadeorçamentária. Na verdade, as dívidas de exercícios anteriores são muitas e de grande monta, mas creia quetemos feito o possível para fomentar o progresso do Estado e aumentarmos a receita. Eu é que sereitambém feliz, quando puder honrar os pagamentos devidos. E vamos chegar lá, para isso estamosempenhados e trabalhando com seriedade, transparência e ética.

Aproveito a oportunidade para expressar os meus votos de estima e consideração, permanecendo à suadisposição para o que estiver ao meu alcance.

Um grande abraço.Sérgio Cabral (Governador do Estado do Rio de Janeiro)

Está sobre a tua mesa,Pra ser pago parcelado,Feito com toda clarezaO processo do MANDADO...

É o 605Que a Justiça mandouQue se reponha aos FISCAISO que o Brizola tirou.

Pra chegar aonde chegamosFoi uma luta danada...Do LEVY nada esperamos,Tá sempre de mão fechada...

O que estamos pretendendoÉ uma decisão humana,Pois só tem FISCAL morrendoSem botar a mão na grana.

Eu sempre fui teu amigo,Sou da turma dos fiéisTu podes contar comigoNo ano 2010!

A DEUS peço, finalmente,Te mantenha iluminadoPra que despaches contenteO já velhinho MANDADO.

Sei que é fraca a minha bossa,Que esta carta não tem brilho,Sou o poeta da roça,MODESTO CLÓVIS CASTILHO

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Fazendários em greve, arrecadação em baixa e osistemático descumprimento das leis peloPoder Executivo. A crise na Secretaria de

Fazenda foi o principal tema da reunião realizada nodia 22 de junho, no gabinete do deputado Luiz PauloCorrêa da Rocha (PSDB), com representantes dadiretoria do Sinfrerj.

O deputado, presidente da Comissão deArrecadação da Alerj, reiterou sua avaliação de que apolítica de desvalorização e isolamento dosservidores de carreira da Sefaz é um dos principaismotivos pelo fraco desempenho da arrecadaçãofluminense.

O encontro ainda serviu para que fossemdebatidos aspectos legais e técnicos da Proposta deEmenda Constitucional nº 37/2009, que tem odeputado como relator. O trabalho que o Sinfrerj vemdesempenhando junto à Alerj não foi esquecido peloparlamentar:

- É dever de uma instituição trabalhar por umaimagem forte e vocês estão no caminho certo.

A valiosa troca de informações ensejou o convite

Deputado Luiz Paulo preocupadocom a crise na Secretaria de Fazenda

Nova Friburgo recebe diretoriasdo Sinfrerj e da Afiperj

As diretorias do Sinfrerj, representadas por Juarez Barcellos deSá, José Cid Fernandes Filho, e da Associação dos FiscaisInativos e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Afiperj),

para que o encontro passe a se realizar periodicamente. Porfim, o deputado renovou seu compromisso com ofortalecimento da Fazenda Estadual e de suas carreiras.

por Rosalvo Reis, foram recebidas pelosFiscais de Rendas da região de NovaFriburgo, no último dia 18 de junho. Oencontro aconteceu no Centro deConvenções do tradicional Hotel Bucksy.

Cerca de 20 fiscais ouviram osesclarecimentos prestados pela advogadado Sinfrerj, Dra. Fernanda Guerra, sobre osMandados de Segurança 605 e 779, bemcomo sobre o andamento dos demaisprocessos judiciais de interesse da ClasseFiscal. Temas como mensalidade, seguro,mútua, planos de saúde foram tambémdiscutidos pelo grupo. Ao final, todosconfratern izaram em almoço norestaurante do hotel.

Juarez Barcellos de Sá e o Deputado Luiz Paulo

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Herança maldita?Conforme dados do CONFAZ, o ICMS arrecadado pelo Estado de Minas Gerais, nos últimos anos, vem mantendo

seu patamar histórico próximo de 10%, mais ou menos 1% do ICMS de todo o Brasil. Este também costumava ser opatamar histórico de arrecadação de ICMS do Rio de Janeiro. Mas, tomando-se por base a arrecadação mineira, o ICMSno Rio - embora tenha ensaiado uma recuperação na segunda metade de 2006 - a partir de 2007, ficou bem aquém daarrecadação de seu vizinho.

Fonte: CONFAZ

PARCELA % do ICMS arrecadado por TODOS os Estados

do Brasil

UF

Administração ANTERIOR Administração ATUAL

2003 2004 2003‐2004 2007 2008 2007‐2008

MG 9,2% 9,6% 9,4% 10,3% 10,4% 10,4%

RJ 9,4% 9,4% 9,4% 8,4% 8,0% 8,2%

(MG + RJ) 18,6% 19,0% 18,8% 18,7% 18,5% 18,5%Fonte: CONFAZ ( julho/2009)

OBS. 1: A participação conjunta dos dois Estados (MG + RJ) manteve-se praticamente a mesma nos primeiros biênios dasduas últimas administrações (2003-2004 ) e (2007-2008), respectivamente, 18,8% e 18,5%.

OBS. 2: Na região (MG + RJ), do biênio 2003-2004 para o biênio 2007-2008, a queda do ICMS do RJ "correspondeu" ao"acréscimo" do ICMS em Minas.Mostra que o ICMS do RJ “migrou” para MG. Minas não cresceu autonomamente; apenas "herdou" parte do ICMS queo RJ deixou de arrecadar.

OBS. 3: O patamar histórico tanto de Minas quanto do Rio de Janeiro sempre oscilou praticamente em torno de 10%, mais oumenos 1%.Minas vem mantendo este patamar; mas o patamar do Rio decresceu, e, com isso, fugiu ao padrão histórico.

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RJ 93,5 84,1 84,8 79,9 85,4 83,0 84,3 85,8 89,4 89,1 89,0 93,8 89,8 82,2 84,1 82,4 80,9 75,2 74,7 74,4 81,3 84,8 88,6 74,7 84,0 82,2 56,1 77,9 75,2 76,5 75,1 74,4 81,6 76,5 83,8 81,5

ARRECADAÇÃO de ICMS: MG x RJPeríodo: 2006 a 2008 BASE: Arrecadação de MG = 100

MG

RJ

Máximo-RJ em 2006: DEZ = 93,8 Máximo-RJ em 2007: JAN = 89,8 Máximo-RJ em 2008: JAN = 84,0

Mínimo-RJ em 2006: ABR = 79,9 Mínimo-RJ em 2007: AGO = 74,4 Mínimo-RJ em 2008: MAR = 56,1

Média Mensal-RJ em 2006 = 86,8 Média Mensal-RJ em 2007 = 81,1 Média Mensal-RJ em 2008 = 77,1

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CHOQUE DE INSEGURANÇA

Quem passa pelo decadente prédio da

Secretaria de Fazenda, situado na esquina das

ruas Buenos Aires e Quitanda no centro do

Rio, não é capaz de avaliar seu valor estratégico para a

instituição. Ali funcionam duas subsecretarias, três

inspetorias especializadas de fiscalização e a Junta de

Revisão Fiscal: repartições responsáveis pela guarda

de processos que reclamam bilhões de reais em

tributos não pagos. Não menos valioso é o centro de

processamento de dados ali instalado, que armazena

todos os dados corporativos da instituição em

equipamentos adquiridos por milhões de reais. O risco

que uma avaria em tais computadores pode causar é a

significativa perda da qualidade dos serviços

informatizados colocados à disposição de cidadãos e

servidores.

Não é necessário ser um especialista em

segurança patrimonial para constatar que há algo de

muito errado: trata-se de um imóvel sensível a invasões

por permitir o fácil acesso a suas dependências a partir

dos imóveis contíguos. Abrigar tamanho patrimônio em

um prédio tão vulnerável seria motivo de sobra para

redobrar as preocupações com a sua segurança.

Inexplicavelmente, o Departamento Geral de

Administração e Finanças (DGAF), órgão responsável

pelo apoio administrativo da Secretaria, o relega

praticamente à sua própria sorte. A vigilância de todo o

prédio está entregue à Associação Niteroiense de

Deficientes Físicos (ANDEF), instituição encarregada

do fornecimento de mão-de-obra terceirizada para a

Secretaria de Fazenda. Em que pese a dedicação de

seus funcionários, a ANDEF está longe de ter

capacidade de prover o padrão de especialização em

segurança que o imóvel requer.

Os desafios impostos a esses bravos

encarregados de guardar esse patrimônio são

monumentais, principalmente se considerarmos a

inexistência de câmeras, sensores, alarmes ou

qualquer equipamento de segurança para apoiar suas

atividades. Durante o dia, o controle de entrada e saída

de pessoal é feito à base de papel e

caneta, sem o apoio de qualquer

meio eletrônico. À noite, a situação

se agrava: um único vigia é

escalado para monitorar os seis

andares do imóvel. É importante

ressaltar que não se trata de um

funcionário qualificado para

exercer tarefas de segurança

patrimonial, mas um vigia pinçado

dos quadros da ANDEF que,

sozinho, tem que dar conta de

identificar e enfrentar eventuais

invasores.

Considerando-se a importân-

cia do patrimônio ali acautelado e a

frouxa segurança, trata-se de um

Patrimônio a descoberto:Sefaz/Rua Buenos Aires

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descaso sem paralelo na administração do

estado. Tome-se como exemplo o prédio da

Procuradoria Geral do Estado situado na Rua

Dom Manuel, 25, Centro do Rio (foto). Além da

segurança do imóvel ser feita por uma empresa

especializada, o controle de entrada e saída de

pessoas fica a cargo de um sofisticado sistema

que conjuga identificação por impressão digital

de servidores e registro fotográfico de visitantes.

A lógica de tamanho cuidado é mais que óbvia:

com dinheiro não se brinca, principalmente

quando se trata de bilhões de reais.

Tamanho descaso cobra seu preço: nos

últimos dois anos, o furto de equipamentos no

local está se tornando uma incômoda rotina. Em

pelo menos quatro oportunidades, computadores,

impressoras e até mangueiras de incêndio

desapareceram durante a noite ou nos finais de

semana sem deixar qualquer vestígio. Os

recorrentes sinais de alerta não foram ainda

suficientes para que os responsáveis decidissem

investir na solução desse problema. As desculpas,

de sempre, que remetem as atuais mazelas a uma

herança maldita, ou promessas de que novas

instalações estão a caminho, não justificam a

manutenção desse risco para a instituição. Um

investimento ínfimo e plenamente justificável é

imperioso para a proteção do patrimônio do

estado. Infelizmente parece que teremos que

esperar por um incidente mais sério para que

alguma providência seja tomada.

Um secretário muito bem protegidoO descaso com a segurança dos bilhões guardados no prédio da Rua Buenos Aires contrasta com

aparato de segurança dedicado ao secretário de Fazenda. Os homens de preto encarregados da segurança

pessoal de Joaquim Levy se destacam na portaria da sede da Rua da Alfândega, todas as vezes que o

secretário não se encontra em uma de suas viagens pelo mundo.

Patrimônio vigiado:Procuradoria Geral do Estado

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Pedro Gonçalves Diniz FilhoFiscal de Rendas ativo

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canal direto

Vale a pena ler de novo"Um pastor está cuidando de suas ovelhas ao

longo de uma estrada deserta. O ambiente é de paz, ovisual deslumbrante. Só o que se ouve são algunsbalidos e o canto dos pássaros. De repente, o pastorcomeça a ouvir ao longe o som de um potente motor deautomóvel, vindo em alta velocidade. Logo um Porschevermelho novinho em folha paraabruptamente cantando pneu.

O motorista, trajando ternoArmani, sapatos Cerutti, óculos Ray-Ban , re lóg io de pulso TAG-Heuer/GPS e gravata Pierre Cardin,sai do automóvel e olha para o céu.Não há nuvens. Isso é bom, pensa ele.Dirige-se ao pastor, e pergunta semrodeios: “Se eu lhe disser quantasovelhas você tem, você me dá umadelas?” O pastor analisa rapidamenteo impetuoso jovem e depois olha paraseu numeroso rebanho. Dá de ombrose responde: “OK”.

O rapaz estaciona numa manobrarápida, ruidosa, mas precisa. Tira os óculos e conectaseu laptop a um fax-modem-celular. Apesar do sol forte,ele demonstra frieza absoluta. Nenhuma gota de suorescorre de sua fronte. Seus movimentos são exatos ecalculados com precisão. Seu próximo passo é entrarnum website oculto da Nasa, para informar ascoordenadas do ponto onde se encontra pelo seurelógio equipado com Bluetooth. Com isto, aciona umsatélite em órbita que realiza uma varredura no terrenoe invoca nos servidores da agência espacial umaaplicação de processamento paralelo, para efetuar acontagem dos animais. O sistema devolve uma matrizde comandos criptografados que, no laptop domancebo, abre 14 bancos de dados e 60 planilhascheias de logaritmos neperianos, curvas de Gauss etabelas-pivô.

Em segundos, o sujeito imprime um relatório de150 páginas em cores com sua mini-impressora. Comos papéis em mãos, respira fundo, põe novamente osóculos, vira-se para o pastor e diz, com empáfia: “Vocêtem exatamente 1.586 ovelhas aqui.” O pastor seempolga: “Está certíssimo, pode ficar com sua ovelha.”Com uma ginga de príncipe, o consultor faz sua escolha,pondo o animal cuidadosamente no banco de trás deseu Porsche.

O pastor franze a testa, olha para o camarada epergunta: “Se eu adivinhar sua profissão, você me

devolve o animal?” O sujeito olha para o relógio, faz umadiscreta careta, examina o homem de cima a baixo eresponde: “Sim, por que não?” O pastor diz então, nalata: “Você é um consultor!” “Como é que você sabe?”,indaga surpreso o consultor. “É simples”, responde opastor. “Primeiro, você chegou aqui sem ser chamado.

Segundo, me cobrou um valor para medizer algo que eu já sabia, e terceiro,você não entende nada sobre o meunegócio... E agora, poderia fazer o favorde me devolver o meu cão pastor?”

É hora de relembrar esta história,publicada há uns anos num dos jornaisdo Sindicato.

Novamente estamos cercados deconsultores e, desta vez, parece que émuito pior, pois estão tentando criar umnovo tipo de roda, já que este inventomilenar deve estar defasado... Então, épreciso redesenhar todos os nossossistemas a partir do zero.

Enquanto a nova roda não vem, osproblemas se avolumam, os sistemas gerenciais jáimplantados não recebem a atenção necessária eperdemos os controles cadastrais, da arrecadação, dacobrança, e da fiscalização. A grande quantidade dedeclarações de trabalho elaboradas pelos diversossetores da administração que não foram atendidas pelaATI até o momento só prova uma coisa: as prioridadeselegidas pela área técnica da SEFAZ estão emsegundo plano. Enquanto os outros estados estãoempenhados no acompanhamento de projetos dofuturo tais como a NF Eletrônica e a escrituração digital,a SEFAZ quer remontar os seus sistemas básicos.

Será que se os recursos tecnológicos e financeirosem poder dos consultores fossem entregues ao pastortudo não estaria andando com muito mais velocidade?Será que as 1.586 ovelhas já não poderiam ser umasduas mil?

Os dados do CONFAZ mostram que os outrosfazendeiros do país estão com o dever de casa em dia,com pastores competentes e respeitados pelaadministração, que lhes oferece remuneraçãocompatível com as suas responsabilidades.

Não poderia deixar de dizer que o texto acima veioda lavra do Carlos Alberto Teixeira, o C@T, um consultorde informática que entende tudo de seu negócio. Tenhocerteza de que nunca viria dar palpites na área deadministração tributária.

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TETO SALARIAL DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL(em termos relativos %)

LÁ COMO AQUI...

O GLOBO - COLUNA MIRIAM LEITÃO (PANORAMA ECONÔMICO - 14/07/2009)

A Receita está funcionando mal e isso não tem a ver apenas com a secretária que sai. Ela está sendoperigosamente politizada e esvaziada nos últimos anos. E fazer isso com o Fisco pode ser construir asbases de uma crise duradoura. Os auditores têm que ter ambiente para fazer seu trabalho; os técnicos têmque focar no mais importante que é arrecadar, em vez de dividir-se em grupos e facções com rivalidadesalimentadas pelas próprias autoridades. E simplesmente o órgão não pode ser esvaziado por decisão dequem está na administração pública temporariamente. A Receita Federal permanece lá e o país precisaque ela funcione corretamente, sempre.

Queda real

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Fiscal de Rendas assume SecretariaMunicipal de Fazenda de Teresópolis

Paulo Marcos Troncoso Justo esteve à frente da Inspetoria de Teresópolis,por pouco mais de um ano, procurando treinar e capacitar os servidores visando àmelhoria de eficiência, velocidade e qualidade do atendimento ao público.

Segundo Paulo, Teresópolis reflete bem o esvaziamento econômico sofridopelo Estado do Rio de Janeiro ao longo dos anos, com estagnação de suaeconomia, crescimento desordenado e carência de infraestrutura mínima.

O convite feito pelo prefeito Jorge Mario Sedlacek se deu em razão daprioridade dada à formação técnica na composição do seu secretariado:

- Não tenho dúvida da excelência do Grupo Fisco do Estado; esta é a razãode termos hoje quatro Fiscais de Rendas ocupando cargos de secretáriosmunicipais de Fazenda. Hoje parece que o governo estadual começa a ter umanova visão do grupo. Ao acabar com a influência política na indicação dos cargosde direção, a tendência será a valorização da classe e um aumento naarrecadação.

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Jornal O Dia - 20/05Ricardo Brand, 1º secretário do Sinfrerj, fala sobre o Fundo de Combate à Pobreza (Leia o texto, na íntegra, no site do Sinfrerj):

Jornal do Brasil - 24/05A matéria aborda o momento crítico da arrecadação do Rio de Janeiro (Leia o texto, na íntegra, no site do Sinfrerj):

Jornal do Brasil – 24/05A colunista Anna Ramalho reforça o tema do Fundo da Pobreza:

Jornal do Brasil – 02/06Waldemar de Paiva, vice-presidente financeiro do Sindicato, defende a necessidade da criação de um órgão de Justiça Fiscal(Leia o texto, na íntegra, no site do Sinfrerj):

A Voz da Serra – 30/06A colunista Beth do Licínio noticia a visita do Sinfrerj aos colegas de Nova Friburgo:

O Globo – 02/07 e Jornal do Brasil – 03/07Os colunistas Ancelmo Gois e Anna Ramalho mencionam a entrada do Sindicato no Twitter (ver nota na página 14):

Com a nobre missão de “combater a pobreza e as desigualdades sociais”, foi criado no Estado do Rio de Janeiro, há seis anos, umadicional do ICMS, um tributo barato para quem cobra e caro para quem paga. O Fundo Estadual de Combate à Pobreza mostrou-semero aumento das alíquotas para atender à voracidade tributária de uma administração pública com muita vocação para gastar epouca disposição para fiscalizar os sonegadores. A criação desse adicional foi a prova incontestável do sucateamento dafiscalização estadual. Na falta de meios para buscar o sonegador, promoveu o arrocho dos contribuintes indefesos.

O Rio de Janeiro está vivendo uma fase crítica em suas finanças, particularmente na arrecadação do Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços – que representou, em 2008, 85,4% da receita tributária do estado. O recolhimento do tributo vem caindoem termos relativos continuamente, devido a uma sonegação crescente, alimentada pelo desaparelhamento da fiscalização. Orombo que daí se origina nos recursos do estado vem sendo coberto por uma singularidade fiscal única no país: uma cobrançaadicional de até 5% nas alíquotas do imposto, que resulta na taxação de até 30% de serviços essenciais como telecomunicações eenergia, o que, além de criar um ambiente pouco propício à atração de empresas e investimentos, onera de maneira ímpar todas ascamadas da população do estado.

Para remediar o combalido caixa do estado, entrou em vigor, em 2003, certo Adicional do Fundo da Pobreza, com data de validadeprevista até dezembro do próximo ano. Para o dito-cujo continuar sendo cobrado, tem que ser novamente aprovado pela Alerj, que játrabalha com a previsão de o governo empurrá-lo goela abaixo do contribuinte até 2012.

Quem conhece bem o mecanismo da fiscalização sabe que esse fundo aí está para arrancar ainda mais recursos daqueles que já pa-gavam pesados impostos, como mostra o informativo Plantão Fiscal. Quem quiser pode conferir os números no site do Sindicato dosFiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro.

Diante da crise que assola o Brasil, cabe a cada estado equacionar, à sua maneira, mecanismos econômicos e fiscais para enfrentá-la. A imprensa tem procurado apontar aqueles que estão sabendo atuar em momentos de crise. Todos são exemplos de gestãopública moderna, tema que está no centro do debate sucessório: o Espírito Santo, já sabemos, se antecipou e deu uma respostamais organizada à crise. Depois do Espírito Santo, vem São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal – também apontados comooutros exemplos de boa atuação administrativa. Para onde vai o Estado do Rio de Janeiro, excluído e fora dos conceitos dos estadosmais preparados? Nossa Secretaria de Fazenda necessita, com urgência, criar uma estrutura de técnicos, especialistas e estudiosospara promover pesquisas e levantamentos com apresentação de diagnóstico conclusivo no curto prazo, com base no DireitoTributário Comparado, praticado pelos principais estados da federação que tiveram crescimento real da arrecadação.

Com a presença do doutor Juarez Barcellos de Sá, presidente do Sindicato dos Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro e dopresidente da Associação dos Fiscais de Rendas Aposentados, Rosalvo Reis, os fiscais de rendas da região se reuniram emagradável confraternização.Nas dependências do Hotel Buscky, os participantes tiveram oportunidade de tomar conhecimento das atuais posições de ações deinteresse da classe.Entre outros, estiveram presentes, Paulo Vidal, Licinio José da Silva, João de Moraes Souza, Leone Reis da Silva, Paulo Miguez,Manoel Teixeira de Carvalho, Marcelo Couto, Antonio Ventura de Moraes, Rui, Rogério Turque e Wellington Paiva Karl.A presença feminina ficou por conta da assessora de imprensa, Renata, da assessora jurídica, Fernanda Guerra, e das esposas dosfiscais de rendas, Ângela Couto e Ana Maria Vidal.

Cadê a pobreza?

Rio na corda bamba do ICMS

Olho vivo

Prova dos nove

Cadê a Justiça Fiscal?

Confraternização da fiscalização estadual

O Sindicato dos Fiscais de Rendas está no Twitter: twitter.com/Sinfrerj.

Sinfrerj na mídia

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Notas

Governador dá “autorizo”ao MS 605

O tão esperado “autorizo” do Governador do Estado no MS 605

foi publicado na edição de 8 de julho de 2009 do Diário Oficial. Essa

autorização garante a celebração do acordo para o pagamento dos

atrasados do Mandado de Segurança 605 (período de fevereiro de

95 a dezembro de 98) o mais breve possível.

O Sinfrerj irá adotar todas as medidas para implantar o

pagamento junto à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

Tão logo tenha conhecimento, o Sindicato divulgará a data do

primeiro pagamento.

Veja a íntegra do texto publicado no D.O.

Concurso atrainúmero pequeno

de inscritosApenas 5.800 candidatos vão

disputar as 100 vagas oferecidas para oconcurso de Fiscal de Rendas. Asinscrições foram encerradas no dia 30junho. São oferecidas 100 vagas nocargo, com a remuneração inicial de R$9.885,40. A prova será realizada em doisdias (01 e 02 de agosto de 2009), pelaFundação Getúlio Vargas – FGV.

Em 1989, o concurso atraiu mais de22 mil interessados, que disputaram as376 vagas disponíveis.

Programa IdentidadeFuncional

O projeto Programa Identidade Funcional foi criado pela

Secretaria de Planejamento e Gestão e consiste na identificação por

meio de coleta de digitais, fotografia e confirmação de dados pessoais

e profissionais. É válida em todos os órgãos do governo estadual e

identifica o servidor com sua função pública. O governo promete

melhorar a gestão de pessoas e valorizar o servidor ativo, aposentado

e pensionista.

O servidor deve acessar o site www.idfuncional.rj.gov.br e

consultar a data para fazer a sua identificação. Se houver dificuldade

de acesso, ligar para o telefone 0800-2822326, no período das 8 às

20 horas. O recadastramento é obrigatório.

Os segurados com problemas de locomoção já podem solicitar ao

Rio Previdência uma visita de seus técnicos para fazer a identificação

em casa.

Sinfrerj no

O espaço virtual tem sido cadavez mais usado como fonte de debatee denúncia por autoridades, partidospolíticos, entidades de classe,imprensa e por toda a sociedademundial. O Sinfrerj não poderia ficarde fora e entrou no Twitter.

O Twitter é uma das redes sociaismais movimentadas no Brasilatualmente. Trata-se de um serviçogratuito que pode ser desfrutado porqualquer internauta, não requerconvite e permite que você publiquetextos de até 140 caracteres.

Faça par te do grupo de“seguidores” do Sindicato. Acessetwitter.com/Sinfrerj e fique por dentrode tudo o que acontece.

Para começar entre no site(twitter.com) e crie uma conta. Paraseguir os seus contatos, entre em

. Cada vez que o usuárioadiciona um contato, começa areceber as mensagens dele. Quandouma mensagem é enviada todomundo que estiver seguindo esteusuário irá recebê-la.

Como usar

follow

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QUANTOS SOMOS

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500

700

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117

82

588

VAGAS DA LEI 69/90

Fonte: Secretaria de Estado de Fazenda - 09/07/2009

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO 2009MÊS/REFERÊNCIA

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DÉCIMO TERCEIRO

ACIMA DE R$ 950

7 DE AGOSTO

8 DE SETEMBRO

8 DE OUTUBRO

6 DE NOVEMBRO

8 DE DEZEMBRO

18 DE DEZEMBRO

FALECIMENTOS (MAIO a JULHO)

Maria de Lourdes de Saboia e Silva – 09/05/2009Alberto Callado Junior – 21/05/2009Maurício Ney Guimarães - 27/05/2009José Gomes Filgueiras – 31/05/2009José Alves Queiroz – 05/06/2009Suede Ribeiro da Silva – 14/06/2009Edson da Cunha Vargas – 23/06/2009Wilson Pereira Nunes – 27/06/2009

Ivan Gonçalves Moreira – 03/07/2009Luiz Johnson Fraga – 11/07/2009

Walter Sepúlveda Florido - 29/06/2009

APOSENTADORoberto Elysio de Almeida

Fonte: Diário Oficial – 11/12/2008

Mensagem aos 878 Fiscais de Rendas quefaleceram nos últimos 15 anos sem receber osdireitos oriundos dos Mandados de Segurança605/93 e 779/99:

calar se o que temos adizer não valha mais do que o silêncio

Representando os companheiros desapare-cidos temos divulgado nas edições do Plantão Fiscalchamamentos (trabalhos e citações) de nossapesquisa e produção, para lhes dar uma noção, aindaque aligeirada, de como se destrama uma querela denatureza trabalhista, representada pela subtraçãoindevida de salários, sempre devidos, consoantereiteradas decisões judiciais irrecorríveis nos autosdos mandados inicialmente citados, que asautoridades responsáveis teimam e reteimam emnão restituir em flagrante desrespeito ao Direito e àJustiça.

Direitos transitados em julgado, assaz das vezesminimizados pela momentânea inexpressividade dacategoria, mas que aos olhos dos muitosnecessitados que compareceram à últimaAssembleia Geral Extraordinária, realizada em03/03/2009, no Clube Municipal, parecemimpostergáveis, já que lhes representam a própriasubsistência.

Trabalho de dimensão gráfica reduzida,desbastemo-lo o mais que pudemos do que pareceutrivial, para não incidirmos na admoestação deSêneca quando aconselhou

.

NOVO SINDICALIZADO

Gwyer Borges

In memorian

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flyers cartazes folders cartõesinformativos livros catálogosrevistas pastas timbradosenvelopes blocos em geralimpressos com cortes especiaisimpressos fiscais

Rua Bruno Seabra, 35 - Jacaré - Rio de Janeiro - RJwww.graficamarinattos.com.brmarinattos@graficamarinattos.com.br

Impressão para pequenas emédias tiragens em até 24 horas

Arte Final

Grátis

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PLANTÃO FISCAL – ANO 2 – 2009– Nº 08

FISCALPLANTÃOResponsáveis:Maria Assis

(MTB 26629/RJ - [email protected])Renata Stern

(MTB 29087/RJ [email protected] )Editoração e Impressão:

Gráfica Marinatto's - tel: (21) 2501-3410Distribuição dirigida: 3000 exemplares

Data do fechamento desta edição: 20/07/2009

É livre a reprodução e difusão das matérias deste informativo,desde que citada a fonte.

O Sinfrerj não se responsabiliza pelos serviços ou produtosanunciados nesta edição.

PRESIDENTE:

1º VICE-PRESIDENTE:

2º VICE-PRESIDENTE:

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO:

VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO:

1º SECRETÁRIO:

2º SECRETÁRIO:

1º TESOUREIRO:

2º TESOUREIRO:

DIRETOR JURÍDICO:

DIRETOR DE PATRIMÔNIO:

DIRETORA SOCIAL:

DIRETOR DE INATIVOS:

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL:

SUPLENTES DE DIRETORIA:

CONSELHO FISCAL:

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL:

CONSELHO CONSULTIVO:

CONSELHEIROS NATOS:

AGÊNCIAS REGIONAIS:NITERÓI:

PETROPÓLIS:

CAMPOS:

Juarez Barcellos de Sá

José Cid Fernandes Filho

Eduardo Bastos Campos

Saverio La Ruina

Waldemar de Paiva

Ricardo Brand

José Márcio Bastos

Hydson Peçanha

Mauro Oberg

Jonathas Barbosa Pinheiro

Lione Viana da Cruz

Almir Fernandes

Regina Célia Pereira Rosas

Fernando Pinto Theóphilo - Graciliano José Abreu dosSantos - Hudson Luz Trindade - Joacer Bastos Lacerda

Lúcia Maria de Almeida Palazzo - Neuhyr de OliveiraMedeiros - Walter de Aguiar Amazonas Filho

Gilson Dart Tupinambá - Luiz Octávio Mendes de AbreuMaria Gabriela Cecílio de Lima

Eni Braga da Silva - Ricardo Avelino Silva Almeida

Cesar Augusto Alves de Oliveira - Creudo Borburema deCastro - Custódio da Rocha Maia Filho - Geraldo MiguelVila - Forte Machado - Ivan Saroldi Martins - Octacílio de

Albuquerque Netto - Severino Pompilho do Rego

João Dias Ribeiro ( )Elmiro Chiesse Coutinho ( ) - Nelson Chiurco -

Murillo Castilho Gomes - Osmar Lopes Rezende- Joaquim da Costa Monteiro Junior - Paulo

Glicerio de Souza Fontes - Thompson Lemos da Silva NetoJoão Bosco de Azevedo

Agente Regional: Mem de Sá Marinho Falcão -Agente Regional Substituto: Marcos Antônio de Mesquita

Pinto Furtado(Rua Eduardo Luiz Gomes, 13/101- Centro

(21) 2717-0306)Agente Regional: Antônio José Romão

Netto - Agente Regional Substituto: Hivano Menezes deSouza (Rua do Imperador, 288/404 - Centro

(24) 2231-5397)Agente Regional: Milton Ribeiro Arêas - Agente

Regional Substituto: Nilton Manhães Gomes de Almeida(Rua 7 de Setembro, 505/901 - Centro - (22) 2734-9605)

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Ivette Borba Ramos

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Rua Uruguaiana, 94 - 5º andar - CentroRio de Janeiro - RJ - CEP: 20050-091Tel: (21) 2509-2706 Fax: (21) 2221-4694www.sinfrerj.com.br - [email protected]

Sindicato dos Fiscais de Rendasdo Estado do Rio de Janeiro

Sinfrerj apoia movimentodos Fazendários

No mês de junho, os funcionários da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz)iniciaram um movimento de greve com o propósito de resolver o impasse queenvolve o reajuste da Retribuição Especial de Trabalho da Administração

Fazendária, a Retaf - prevista na Lei 1.650/90. O Sinfrerj, apesar de não aderir aomovimento, participou solidariamente, comparecendo às audiências e reuniões, além deinstruir sindicalizados e inspetores na condução do processo.

A ausência dos secretários de estado de Fazenda, Joaquim Levy, e dePlanejamento e Gestão (Seplag), Sérgio Ruy Barbosa, foi muito criticada tanto porparlamentares como por sindicalistas em todas as três audiências.

O presidente da Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual eFiscalização dos Tributos Estaduais da Alerj, deputado Luiz Paulo (PSDB), foi enfático:

- A falta de valorização do servidor público da Secretaria de Fazenda é o que causaa queda da arrecadação, que está muito aquém das possibilidades do estado. Hojeestamos muito atrás de Minas Gerais, segundo colocado no ranking nacional. Existemvários motivos para esse problema, mas o principal deles é a falta de funcionários paradar conta do serviço. É preciso que sejam feitos concursos públicos, tanto parafazendários como para fiscais. A arrecadação do estado precisa crescer. Queremossaber que política é essa que pune o servidor e prejudica a arrecadação.

Na segunda audiência, em 18 do mês passado, o deputado Paulo Ramos criticou osecretário de Fazenda, Joaquim Levy:

-A arrecadação do estado está caindo bastante e o secretário está viajando. Vouprocurar o presidente da Alerj, deputado (Jorge) Picciani (PMDB), para que ele alerte ogovernador Sérgio Cabral. O secretário não pode desrespeitar o Legislativo, sob pena deser processado por crime de responsabilidade. Parece que o objetivo do secretário écontribuir com a sonegação.

Segundo o deputado Luiz Paulo, o anúncio da greve é “desanimador”:- No processo de administração podemos temer muitas coisas, mas é imperdoável

que os gestores da Fazenda continuem com essa falta de inteligência. O que está emjogo não é o futuro desses trabalhadores e sim o futuro da arrecadação do estado. Secompararmos a arrecadação do ICMS do Rio com a do Estado de Minas Gerais, vamosperceber que, em dezembro de 2006, arrecadamos 7% a menos que eles. Em 2007, adiferença passou para 34% e, em 2008, a média anual chegou a 30% de diferença.

Na terceira audiência, ocorrida no dia 29, as comissões de Trabalho, LegislaçãoSocial e Seguridade Social e de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual eFiscalização dos Tributos Estaduais da Alerj prometeram empenho para que o PoderExecutivo obedeça à Lei 1.650/90.

Outra reunião, com Sérgio Ruy Barbosa, foi marcada pelo deputado Jorge Piccianipara o dia 07 de julho, mas não aconteceu em função da ausência do secretário.

Em 13 de julho, enfim, houve o encontro dos Sindicatos dos Fazendários e dosFiscais Rendas com o secretário de Planejamento e Gestão, que pediu paciência,solicitando que os servidores aguardem por mais 15 dias pelo contato telefônicoagendando nova reunião.

Nota do Sinfrerj: Existe maior desrespeito que esse?