programa final b - skyros congressos

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HOTEL GRANDE REAL DE SANTA EULÁLIA ALGARVE Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular REUNIÃO DA SPCCTV PROGRAMA FINAL | RESUMOS 28 a 30 Nov. 2013

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Page 1: Programa Final B - Skyros Congressos

HOTEL GRANDE REAL DE SANTA EULÁLIAALGARVE

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

PROGRAMA FINAL| RESUMOS

28 a 30 Nov. 2013

Page 2: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

CORPOS GERENTES SPCCTV

Presidente da Reunião | R. Roncon de Albuquerque

Presidente | R. Roncon de AlbuquerqueVice-Presidente | José Pedro NevesSecretário-geral | José Fernando TeixeiraTesoureiro | Manuel José Fonseca Vogais | Pedro Antunes | Jorge Casanova | Fernando Martelo

Presidente | Luis VougaSecretários | João Bernardo | Nelson Paulo

Presidente | Luis Mota CapitãoSecretários | Francisco Félix | Gonçalo Sobrinho

ORGANIZAÇÃO DA REUNIÃO

Fundada em 1984

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

1

Direcção

Mesa da Assembleia Geral

Concelho Fiscal

PATROCINADORESA Comissão Organizadora agradece a colaboração das seguintes empresas:

ETHICONLEOLUSOPALEXMAQUETMEDICINÁLIA CORMÉDICA / W.L. GORE Y ASSOCIADOS S.L.

MEDINFAR-SOROLÓGICO – PRODUTOS E EQUIPAMENTOS, S.A.

MEDTRONIC PORTUGAL, LDATAKEDA FARMACÊUTICOS PORTUGAL

COOK | CR BARD | FARMIMPEX | SIGVARIS

Page 3: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

CORPOS GERENTES SPCCTV

Presidente da Reunião | R. Roncon de Albuquerque

Presidente | R. Roncon de AlbuquerqueVice-Presidente | José Pedro NevesSecretário-geral | José Fernando TeixeiraTesoureiro | Manuel José Fonseca Vogais | Pedro Antunes | Jorge Casanova | Fernando Martelo

Presidente | Luis VougaSecretários | João Bernardo | Nelson Paulo

Presidente | Luis Mota CapitãoSecretários | Francisco Félix | Gonçalo Sobrinho

ORGANIZAÇÃO DA REUNIÃO

Fundada em 1984

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

1

Direcção

Mesa da Assembleia Geral

Concelho Fiscal

PATROCINADORESA Comissão Organizadora agradece a colaboração das seguintes empresas:

ETHICONLEOLUSOPALEXMAQUETMEDICINÁLIA CORMÉDICA / W.L. GORE Y ASSOCIADOS S.L.

MEDINFAR-SOROLÓGICO – PRODUTOS E EQUIPAMENTOS, S.A.

MEDTRONIC PORTUGAL, LDATAKEDA FARMACÊUTICOS PORTUGAL

COOK | CR BARD | FARMIMPEX | SIGVARIS

Page 4: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Adelino Leite MoreiraAlbano Manuel RodriguesAlda CatelaAlexandra CanedoAlfredo CerqueiraAmérico Dinis da GamaAna Paula CaseiraAndreza MelloÂngelo NobreAntónio AssunçãoAntónio Albuquerque MatosAntónio Rodrigues SousaAntónio SarmentoAntónio SimõesArlindo MatosArnaldo DiasCarlos GonçalvesCarlos VaqueroCláudia AlmeidaChristina KoehlerCristina RodriguesDiogo Cunha e SáDuarte MedeirosElaine PinaEmmanuel LansacEster MalcatoFernando Palma MarteloFernando RamosFernando SilvaFrancesco SpinelliFrederico GonçalvesHélder SantosHenrique Cyrne CarvalhoHugo ValentimIgnacio LojoIvan BravioIvaro Ortiz de SalazarJean François UhlJoana SilvaJoão AbecasisJoão Albuquerque CastroJoão Eurico ReisJoão BernardoJoão Pedro Almeida PintoJoão RodriguesJorge CruzJorge MimosoJosé MirandaJosé Pereira Albino

PARTICIPANTES BOAS-VINDAS aos Congressistas da XV Reunião da SPCCTV

José AramendiJosé Daniel MenezesJosé Fernando TeixeiraJosé FragataJosé Maria FolgadoJosé NevesJosé RoquetteJosé VidoedoLeonor VasconcelosLino GonçalvesLuís VougaLuís Mota CapitãoMaria do Sameiro PereiraManuel AntunesManuel FonsecaManuel Matas DocampoManuel ValenteMaria Helena RamosMaria José FerreiraMarlene CarvalhaisMiguel CongregadoMiguel LoboMiguel Sousa UvaNuno BanazolNuno MarquesNuno MeirelesNuno BorgesNuno RaposoOmar AranjiPaulo BatistaPaulo PinhoPedro BastosPedro Antunes Pedro GomesPedro Lucas FonsecaPedro AlmeidaRicardo LealRoberto Roncon de AlbuquerqueRosa SantosRui ChavesRui MachadoRui TelesSalomé CoutinhoSantos CarvalhoSofia SantosSónia RibeiroValentin Fernandez ValenzuelaVirgínia PereiraVitor Monteiro

32

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

A Sociedade Portuguesa de C.C.T.V. fundada em 1984 tem por objetivo promover o desenvolvimento da medicina Cardio Torácica e Vascular e através deste meio melhorar a saúde da população portuguesa.Esta XV Reunião irá mobilizar nomes importantes da medicina Nacional e Internacional e continuará a revelar-se promotora de formação e atualização de toda a atividade científica nesta área médica.

O programa desta XV Reunião comtemplará um número largo de sessões dedicadas à inovação e a técnicas que permitirão um avanço médico de forma a melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de um evento cardiovascular.

É para nós uma grande honra e um prazer poder levar a cabo uma Reunião tão importante como esta e poder aproximar a decisão médica das entidades políticas que se esforçam por melhorar a saúde cardiovascular em Portugal envolvendo-os de forma a poder reforçar os laços que se prendem com a prestação dos melhores cuidados e melhor saúde.

Durante as sessões muito haverá para discutir e aprender, avaliar e decidir sobre a melhor forma de se agir para se obter um resultado nitidamente positivo no avanço da técnica em prol duma saúde cada vez mais adequada a padrões de diagnóstico e tratamento que se vão coadunar com a melhor prestação de cuidados de saúde à população portuguesa.

Para todos que irão participar nesta tão importante reunião desejamos uma boa estadia e o usufruto de tudo quanto de agradável temos para oferecer, desde um sol inigualável até a uma agradável restauração tão apreciada por muitos.

Esperamos que o nível científico e social corresponda às espectativas de todos os participantes.Estamos particularmente gratos pela colaboração das indústrias farmacêuticas, de equipamentos e dispositivos médicos que sem elas dificilmente seria possível a realização de um evento como este.

Queremos enaltecer a honra pela presença dos participantes que irão abrilhantar esta XV Reunião e a todos desejamos um bom congresso e uma boa estadia.

Sejam bem-vindos.

R. Roncon de AlbuquerquePresidente da SPCCTV

Page 5: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Adelino Leite MoreiraAlbano Manuel RodriguesAlda CatelaAlexandra CanedoAlfredo CerqueiraAmérico Dinis da GamaAna Paula CaseiraAndreza MelloÂngelo NobreAntónio AssunçãoAntónio Albuquerque MatosAntónio Rodrigues SousaAntónio SarmentoAntónio SimõesArlindo MatosArnaldo DiasCarlos GonçalvesCarlos VaqueroCláudia AlmeidaChristina KoehlerCristina RodriguesDiogo Cunha e SáDuarte MedeirosElaine PinaEmmanuel LansacEster MalcatoFernando Palma MarteloFernando RamosFernando SilvaFrancesco SpinelliFrederico GonçalvesHélder SantosHenrique Cyrne CarvalhoHugo ValentimIgnacio LojoIvan BravioIvaro Ortiz de SalazarJean François UhlJoana SilvaJoão AbecasisJoão Albuquerque CastroJoão Eurico ReisJoão BernardoJoão Pedro Almeida PintoJoão RodriguesJorge CruzJorge MimosoJosé MirandaJosé Pereira Albino

PARTICIPANTES BOAS-VINDAS aos Congressistas da XV Reunião da SPCCTV

José AramendiJosé Daniel MenezesJosé Fernando TeixeiraJosé FragataJosé Maria FolgadoJosé NevesJosé RoquetteJosé VidoedoLeonor VasconcelosLino GonçalvesLuís VougaLuís Mota CapitãoMaria do Sameiro PereiraManuel AntunesManuel FonsecaManuel Matas DocampoManuel ValenteMaria Helena RamosMaria José FerreiraMarlene CarvalhaisMiguel CongregadoMiguel LoboMiguel Sousa UvaNuno BanazolNuno MarquesNuno MeirelesNuno BorgesNuno RaposoOmar AranjiPaulo BatistaPaulo PinhoPedro BastosPedro Antunes Pedro GomesPedro Lucas FonsecaPedro AlmeidaRicardo LealRoberto Roncon de AlbuquerqueRosa SantosRui ChavesRui MachadoRui TelesSalomé CoutinhoSantos CarvalhoSofia SantosSónia RibeiroValentin Fernandez ValenzuelaVirgínia PereiraVitor Monteiro

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Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

A Sociedade Portuguesa de C.C.T.V. fundada em 1984 tem por objetivo promover o desenvolvimento da medicina Cardio Torácica e Vascular e através deste meio melhorar a saúde da população portuguesa.Esta XV Reunião irá mobilizar nomes importantes da medicina Nacional e Internacional e continuará a revelar-se promotora de formação e atualização de toda a atividade científica nesta área médica.

O programa desta XV Reunião comtemplará um número largo de sessões dedicadas à inovação e a técnicas que permitirão um avanço médico de forma a melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de um evento cardiovascular.

É para nós uma grande honra e um prazer poder levar a cabo uma Reunião tão importante como esta e poder aproximar a decisão médica das entidades políticas que se esforçam por melhorar a saúde cardiovascular em Portugal envolvendo-os de forma a poder reforçar os laços que se prendem com a prestação dos melhores cuidados e melhor saúde.

Durante as sessões muito haverá para discutir e aprender, avaliar e decidir sobre a melhor forma de se agir para se obter um resultado nitidamente positivo no avanço da técnica em prol duma saúde cada vez mais adequada a padrões de diagnóstico e tratamento que se vão coadunar com a melhor prestação de cuidados de saúde à população portuguesa.

Para todos que irão participar nesta tão importante reunião desejamos uma boa estadia e o usufruto de tudo quanto de agradável temos para oferecer, desde um sol inigualável até a uma agradável restauração tão apreciada por muitos.

Esperamos que o nível científico e social corresponda às espectativas de todos os participantes.Estamos particularmente gratos pela colaboração das indústrias farmacêuticas, de equipamentos e dispositivos médicos que sem elas dificilmente seria possível a realização de um evento como este.

Queremos enaltecer a honra pela presença dos participantes que irão abrilhantar esta XV Reunião e a todos desejamos um bom congresso e uma boa estadia.

Sejam bem-vindos.

R. Roncon de AlbuquerquePresidente da SPCCTV

Page 6: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov. Nov.quinta-feira quinta-feira

28 2814.00h

14.30h

16.45h

14.00h

14.30h

16.45h

Sala A Sala B

Abertura do Secretariado

Simpósio de Enfermeiros de Cirurgia CardiotorácicaPresidente: Ester Malcato (HSMaria-CHLN) Moderador: Ângelo Nobre (HSMaria-CHLN)

Readaptação psico-social/funcional da pessoa submetida a cirurgia cardíacaAna Paula Caseira (CHSJ), Marlene Carvalhais (CHSJ)

Readaptação psico-social/funcional da Pessoa submetida a cirurgia de transplantaçãoAlda Catela (HSMarta-CHLC), Joana Silva (HSMarta-CHLC)

Readaptação da pessoa submetida a cirurgia cardíaca com necessidade de técnicas de substituição renalRicardo Leal (HSMaria-CHLN), Carlos Gonçalves (HSMaria-CHLN)

Discussão

Simpósio de Técnicos de Cardiopneumologia (Perfusão)

Presidente: António Rodrigues Sousa (CHSJ) Moderador: Hélder Santos (ESTSC), Andreza Mello (CHVNG)

Proteção cerebral em contexto de cirurgia do arco aórticoNuno Raposo (HSCruz-CHLO)

Balanço de fluídos e hemodiluição - o estado da arteSofia Santos (CHUC)

Gestão de coagulopatia durante a cirulação extra-corporalClaudia Almeida (CHSJ)

Mediadores inflamatórios e ultrafiltraçãoPedro Lucas (HSMarta-CHLC)

Discussão

Intervalo para Café

Abertura do Secretariado

Intervalo para Café

Simpósio de Enfermeiros de Cirurgia Vascular Presidente: Virgínia Pereira (CHSJ) Moderadora: Salomé Coutinho (CHAlgarve)

Vigilância epidemiológica das infeções no local cirúrgico à luz do programa de prevenção de controlo de infeção e resistência aos antimicrobianosElaine Pina (CHSJ)

Mais-valias do programa "cirurgia segura" na cirurgia vascular e cirurgia torácicaManuel Valente (CHP)

Screening - o quê e a quem?Arnaldo Dias (CHSJ)

Discussão

Simpósio de Técnicos de Cardiopneumologia (Vascular)Presidente: Pedro Almeida (APTEC)Moderadores: Albano Rodrigues (CHSJ), Paulo Batista (HSMaria-CHLN)

Eco-Doppler Vascular e a importância do diagnóstico de AAANuno Borges (Hbraga)

Programa de rastreio de AAA, critérios e resuladosSónia Ribeiro (HSMaria-CHLN)

Follow-up de AAA pós intervençãoRui Chaves (CHSJ)

Da ecografia ao rastreio do AAAJosé Folgado (ULSCB-HAL)

Doença cerebrovascular em doentes com AAARosa Santos (CHSJ)

Discussão

16.15h 16.15h

54

Page 7: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov. Nov.quinta-feira quinta-feira

28 2814.00h

14.30h

16.45h

14.00h

14.30h

16.45h

Sala A Sala B

Abertura do Secretariado

Simpósio de Enfermeiros de Cirurgia CardiotorácicaPresidente: Ester Malcato (HSMaria-CHLN) Moderador: Ângelo Nobre (HSMaria-CHLN)

Readaptação psico-social/funcional da pessoa submetida a cirurgia cardíacaAna Paula Caseira (CHSJ), Marlene Carvalhais (CHSJ)

Readaptação psico-social/funcional da Pessoa submetida a cirurgia de transplantaçãoAlda Catela (HSMarta-CHLC), Joana Silva (HSMarta-CHLC)

Readaptação da pessoa submetida a cirurgia cardíaca com necessidade de técnicas de substituição renalRicardo Leal (HSMaria-CHLN), Carlos Gonçalves (HSMaria-CHLN)

Discussão

Simpósio de Técnicos de Cardiopneumologia (Perfusão)

Presidente: António Rodrigues Sousa (CHSJ) Moderador: Hélder Santos (ESTSC), Andreza Mello (CHVNG)

Proteção cerebral em contexto de cirurgia do arco aórticoNuno Raposo (HSCruz-CHLO)

Balanço de fluídos e hemodiluição - o estado da arteSofia Santos (CHUC)

Gestão de coagulopatia durante a cirulação extra-corporalClaudia Almeida (CHSJ)

Mediadores inflamatórios e ultrafiltraçãoPedro Lucas (HSMarta-CHLC)

Discussão

Intervalo para Café

Abertura do Secretariado

Intervalo para Café

Simpósio de Enfermeiros de Cirurgia Vascular Presidente: Virgínia Pereira (CHSJ) Moderadora: Salomé Coutinho (CHAlgarve)

Vigilância epidemiológica das infeções no local cirúrgico à luz do programa de prevenção de controlo de infeção e resistência aos antimicrobianosElaine Pina (CHSJ)

Mais-valias do programa "cirurgia segura" na cirurgia vascular e cirurgia torácicaManuel Valente (CHP)

Screening - o quê e a quem?Arnaldo Dias (CHSJ)

Discussão

Simpósio de Técnicos de Cardiopneumologia (Vascular)Presidente: Pedro Almeida (APTEC)Moderadores: Albano Rodrigues (CHSJ), Paulo Batista (HSMaria-CHLN)

Eco-Doppler Vascular e a importância do diagnóstico de AAANuno Borges (Hbraga)

Programa de rastreio de AAA, critérios e resuladosSónia Ribeiro (HSMaria-CHLN)

Follow-up de AAA pós intervençãoRui Chaves (CHSJ)

Da ecografia ao rastreio do AAAJosé Folgado (ULSCB-HAL)

Doença cerebrovascular em doentes com AAARosa Santos (CHSJ)

Discussão

16.15h 16.15h

54

Page 8: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.sexta-feira

29Nov.

sexta-feira

29

10.30h

10.30h

Sala A

Comunicações Orais Cirurgia Cardiotorácica (CO1-CO09)Moderadores: João Rodrigues (CHFunchal), Ivan Bravio (HSMarta-CHLC)

Cirurgia CardíacaInsuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? Presidente: Luís Vouga (CHVNG)Moderadores: Manuel J. Antunes (CHUC), José Fragata (HSMarta-CHLC)

ETE intra-operatório na patologia mitralJoão Abecasis (HSCruz-CHLO)

Insuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? PróÂngelo Nobre (HSMaria-CHLN)

Insuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? Contra Paulo Pinho (CHSJ)

Discussão

Sessão Plenária Conjunta com a SPIInfeção em Cirurgia Cardiotorácica e Vascular

Presidentes: Roncon de Albuquerque (Porto), Mª. Helena Ramos (SPDIMC) Moderadores: Paulo Pinho (CHSJ), Diogo Cunha e Sá (HBA-Loures)

Mais infecções, mais resistências e velhos antibióticos; como vai isto terminar?António Sarmento (CHSJ)

Indicações e timing da cirurgia na endocardite infeciosa de válvula nativa esquerda Manuel J. Antunes (CHUC)

Endocardite infeciosa e complicações neurológicas - Estratégia terapêuticaFernando Silva (CHUC)

Infeção de endoprótesesDuarte Medeiros (HEMoniz-CHLO)

Discussão

Cerimónia de Abertura e Boas Vindas do Presidente

Conferencista convidado Doença da saúde em Portugal, 12 anos depoisManuel J. Antunes (CHUC)

Intervalo para Café

Almoço de Trabalho

Comunicações Orais Cirurgia Vascular (CO1-CO10)Presidente: Alexandra Canedo (CHVNG)Moderadores: João Pedro Almeida Pinto (CHATâmega), António Simões (HST-Viseu)

Patologia da Carótida Presidente: José Fernando Teixeira (CHSJ)Moderadores: Arlindo Matos (CHP), Nuno Meireles (CHLN)

Cirurgia endovascuar carotídea: estado da arteIgnacio Lojo (HQuirón-Coruña)

Deve-se evitar o stent carotídeo em pacientes com mais de 70 anos?Manuel Matas Docampo (H. Vall d'Hebron Barcelona)

AIT's e AVC's - qual a urgência na cirurgia da carótida? Pereira Albino (H. Lusíadas)

Discussão

SymposiumModerardor: José Fernando Teixeira (CHSJ)

Rivaroxaban on VTE treatment – from trials to reality – Insights from the Dresden NOAC RegistryChristina Koehler (Dresden Univ.Hosp)

Intervalo para Café

Curso de Formação Técnicas para Anastomose Cardiotorácica

Tutores: Miguel Uva (HCVP), José Neves (HSCruz-CHLO)

08.00h

09.30h

12.30h

11.00h

12.45h

13.00h

Sala B

Sala C

08.00h

09.00h

10.00h

08.30h

13.00h

76

Page 9: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.sexta-feira

29Nov.

sexta-feira

29

10.30h

10.30h

Sala A

Comunicações Orais Cirurgia Cardiotorácica (CO1-CO09)Moderadores: João Rodrigues (CHFunchal), Ivan Bravio (HSMarta-CHLC)

Cirurgia CardíacaInsuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? Presidente: Luís Vouga (CHVNG)Moderadores: Manuel J. Antunes (CHUC), José Fragata (HSMarta-CHLC)

ETE intra-operatório na patologia mitralJoão Abecasis (HSCruz-CHLO)

Insuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? PróÂngelo Nobre (HSMaria-CHLN)

Insuficiência Mitral Isquémica - Valvuloplastia sempre? Contra Paulo Pinho (CHSJ)

Discussão

Sessão Plenária Conjunta com a SPIInfeção em Cirurgia Cardiotorácica e Vascular

Presidentes: Roncon de Albuquerque (Porto), Mª. Helena Ramos (SPDIMC) Moderadores: Paulo Pinho (CHSJ), Diogo Cunha e Sá (HBA-Loures)

Mais infecções, mais resistências e velhos antibióticos; como vai isto terminar?António Sarmento (CHSJ)

Indicações e timing da cirurgia na endocardite infeciosa de válvula nativa esquerda Manuel J. Antunes (CHUC)

Endocardite infeciosa e complicações neurológicas - Estratégia terapêuticaFernando Silva (CHUC)

Infeção de endoprótesesDuarte Medeiros (HEMoniz-CHLO)

Discussão

Cerimónia de Abertura e Boas Vindas do Presidente

Conferencista convidado Doença da saúde em Portugal, 12 anos depoisManuel J. Antunes (CHUC)

Intervalo para Café

Almoço de Trabalho

Comunicações Orais Cirurgia Vascular (CO1-CO10)Presidente: Alexandra Canedo (CHVNG)Moderadores: João Pedro Almeida Pinto (CHATâmega), António Simões (HST-Viseu)

Patologia da Carótida Presidente: José Fernando Teixeira (CHSJ)Moderadores: Arlindo Matos (CHP), Nuno Meireles (CHLN)

Cirurgia endovascuar carotídea: estado da arteIgnacio Lojo (HQuirón-Coruña)

Deve-se evitar o stent carotídeo em pacientes com mais de 70 anos?Manuel Matas Docampo (H. Vall d'Hebron Barcelona)

AIT's e AVC's - qual a urgência na cirurgia da carótida? Pereira Albino (H. Lusíadas)

Discussão

SymposiumModerardor: José Fernando Teixeira (CHSJ)

Rivaroxaban on VTE treatment – from trials to reality – Insights from the Dresden NOAC RegistryChristina Koehler (Dresden Univ.Hosp)

Intervalo para Café

Curso de Formação Técnicas para Anastomose Cardiotorácica

Tutores: Miguel Uva (HCVP), José Neves (HSCruz-CHLO)

08.00h

09.30h

12.30h

11.00h

12.45h

13.00h

Sala B

Sala C

08.00h

09.00h

10.00h

08.30h

13.00h

76

Page 10: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.sexta-feira

29Nov.

sexta-feira

29

16.00h

16.30h

Sala A

Cirurgia Torácica - Cirurgia Minimamente InvasivaPresidente: Pedro Bastos (CHSJ)Moderadores: Fernando Martelo (HSMarta-CHLC) João Bernardo (CHUC)

Abordagem minimamente invasiva no estadiamento ganglionar mediastínico do cancro do pulmãoJosé Miranda (CHVNG)

Cirurgia minimamente invasiva nos tumores do mediastino e da pleuraCristina Rodrigues (HPV-CHLN)

Lobectomia pulmonar por porta únicaJorge Cruz (HSMaria-CHLN)

Cirurgia minimamente invasiva no tratamento do cancro do pulmãoJoão Eurico Reis (HSMarta-CHLC)

Lobectomia pulmonar por VATS - experiência de um centro espanholMiguel Congregado (Sevilha)

Discussão

Sessão Plenária Conjunta com Sociedade Portuguesa de Cardiologia: Cirurgia Coronária

Presidentes: Lino Gonçalves (SPC), Pedro Antunes (CHUC)Moderadores: Jorge Mimoso (SPC), Vitor Monteiro (CHSJ)

Avaliação da significância de estenoses coronárias - importância de diferentes técnicasLino Gonçalves (CHUC)

Revascularização arterial - condutos, métodos e resultadosAdelino Leite Moreira (CHSJ)

Stents bioabsorviveis - indicações actuais e perspectivas futuras Henrique Cyrne Carvalho (CHP)

Procedimentos híbridos - onde estamos?Rui Teles (HSCruz-CHLO)

Discussão

Conferencista convidadoUma reflexão sobre o desenvolvimento tecnológico a investigação e progresso da cirurgia

A. Dinis da Gama (H.Luz)

Assembleia Geral da SPCCTV

Intervalo para Café

Jantar da Reunião - LE CLUB

Patologia da Aorta Presidente: Luís Mota Capitão (HSMarta -CHLC)Moderadores: João Albuquerque e Castro (HSMarta-CHLC), Miguel Lobo (CHVNG)

Cirurgia híbrida na doença oclusiva aorto ilíaca: como tratar? Ignacio Lojo (HQuirón-Coruña)

Cirurgia por mini laparotmia versus EVAR fenestrada no tratamento do AAA com anatomia hostil em doentes de alto riscoFrancesco Spinelli (Univ. Messina)

Formas familiares de aneurisma da aorta abdominal: implicações para o tratamento endovascularFrederico Gonçalves (HSMaria-CHLN)

Tratamento endovascular de pseudoaneurismas aorto-ilíacos: uma bôa opção?Rui Machado (CHP)

Resultados a longo prazo após reparação endovascular de trauma torácicoFrancesco Spinelli (Univ. Messina)

Endopróteses nos Aneurismas do Arco Aórticolvaro Ortiz de Salazar (H. Basurto-Bilbao)

EVAR mil casos. Lições aprendidasCarlos Vaquero (Univ. Valladolid)

Discussão

Posters Cirurgia Vascular (PO01- PO10)Presidente: Santos Carvalho (Lisboa)Moderadores: Hugo Valentim (HSMarta-CHLC)

Posters Cirurgia Vascular (PO11- PO21)Presidente: Mª. Do Sameiro Pereira (CHP)Moderador: Leonor Vasconcelos (HSMarta-CHLC)

Intervalo para Café

14.30h

18.00h

19.00h

20.00h

Sala B

14.30h

16.30h

18.00h

16.00h

Curso de Formação Técnicas para Anastomose Vascular

Alfredo Cerqueira (CHSJ), Manuel Fonseca (CHUC)

Sala C

14.30h

98

19.00h

Page 11: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.sexta-feira

29Nov.

sexta-feira

29

16.00h

16.30h

Sala A

Cirurgia Torácica - Cirurgia Minimamente InvasivaPresidente: Pedro Bastos (CHSJ)Moderadores: Fernando Martelo (HSMarta-CHLC) João Bernardo (CHUC)

Abordagem minimamente invasiva no estadiamento ganglionar mediastínico do cancro do pulmãoJosé Miranda (CHVNG)

Cirurgia minimamente invasiva nos tumores do mediastino e da pleuraCristina Rodrigues (HPV-CHLN)

Lobectomia pulmonar por porta únicaJorge Cruz (HSMaria-CHLN)

Cirurgia minimamente invasiva no tratamento do cancro do pulmãoJoão Eurico Reis (HSMarta-CHLC)

Lobectomia pulmonar por VATS - experiência de um centro espanholMiguel Congregado (Sevilha)

Discussão

Sessão Plenária Conjunta com Sociedade Portuguesa de Cardiologia: Cirurgia Coronária

Presidentes: Lino Gonçalves (SPC), Pedro Antunes (CHUC)Moderadores: Jorge Mimoso (SPC), Vitor Monteiro (CHSJ)

Avaliação da significância de estenoses coronárias - importância de diferentes técnicasLino Gonçalves (CHUC)

Revascularização arterial - condutos, métodos e resultadosAdelino Leite Moreira (CHSJ)

Stents bioabsorviveis - indicações actuais e perspectivas futuras Henrique Cyrne Carvalho (CHP)

Procedimentos híbridos - onde estamos?Rui Teles (HSCruz-CHLO)

Discussão

Conferencista convidadoUma reflexão sobre o desenvolvimento tecnológico a investigação e progresso da cirurgia

A. Dinis da Gama (H.Luz)

Assembleia Geral da SPCCTV

Intervalo para Café

Jantar da Reunião - LE CLUB

Patologia da Aorta Presidente: Luís Mota Capitão (HSMarta -CHLC)Moderadores: João Albuquerque e Castro (HSMarta-CHLC), Miguel Lobo (CHVNG)

Cirurgia híbrida na doença oclusiva aorto ilíaca: como tratar? Ignacio Lojo (HQuirón-Coruña)

Cirurgia por mini laparotmia versus EVAR fenestrada no tratamento do AAA com anatomia hostil em doentes de alto riscoFrancesco Spinelli (Univ. Messina)

Formas familiares de aneurisma da aorta abdominal: implicações para o tratamento endovascularFrederico Gonçalves (HSMaria-CHLN)

Tratamento endovascular de pseudoaneurismas aorto-ilíacos: uma bôa opção?Rui Machado (CHP)

Resultados a longo prazo após reparação endovascular de trauma torácicoFrancesco Spinelli (Univ. Messina)

Endopróteses nos Aneurismas do Arco Aórticolvaro Ortiz de Salazar (H. Basurto-Bilbao)

EVAR mil casos. Lições aprendidasCarlos Vaquero (Univ. Valladolid)

Discussão

Posters Cirurgia Vascular (PO01- PO10)Presidente: Santos Carvalho (Lisboa)Moderadores: Hugo Valentim (HSMarta-CHLC)

Posters Cirurgia Vascular (PO11- PO21)Presidente: Mª. Do Sameiro Pereira (CHP)Moderador: Leonor Vasconcelos (HSMarta-CHLC)

Intervalo para Café

14.30h

18.00h

19.00h

20.00h

Sala B

14.30h

16.30h

18.00h

16.00h

Curso de Formação Técnicas para Anastomose Vascular

Alfredo Cerqueira (CHSJ), Manuel Fonseca (CHUC)

Sala C

14.30h

98

19.00h

Page 12: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.Sábado

30

11.00h

10.30h

11.30h

Sala A

Comunicações Orais Cirurgia Cardiotorácica (CO10-CO15)Moderadores: Nuno Banazol (HSMarta-CHLC), Jorge Cruz (HSMaria-CHLN)

Sessão Plenária - Listas de Espera Presidentes: Roncon de Albuquerque (Porto), Ignacio Lojo (H. Quirón-Coruña)Moderadores: Emmanuel Lansac (Paris), José Neves (HSCruz-CHLO)

SIGIC panorama nacional em cirurgia cardiotoracica e vascularPedro Gomes (ACSS)

Listas de espera em cirurgia cardiotorácica e vascularValentin Fernández Valenzuela (SEACV)

Como definir tempos de espera clinicamente aceitáveis em cirurgia cardíaca e cardiologiaMiguel Uva (HCVP)

Discussão

Simpósio Moderador: Adelino Leite Moreira (CHSJ)

Estatinas e cirurgia: o que há de novo?Jorge Mimoso (HFaro), Nuno Marques (HFaro)

Cirurgia Cardíaca: Cirurgia Valvular Aórtica - Desafios e Perspectivas

Presidente: José Roquette (H.Luz)Moderadores: José Pedro Neves (HSCruz-CHLO), Ângelo Nobre (HSMaria)

Bicuspide Aortic Valve Repair and Valve-Sparing operations Emmanuel Lansac (Paris)

TAVI - o papel do cirurgião cardíaco. Passado, presente e futuro Omar Aranji (Sevilha)

Estenose valvular aórtica com gradiente baixo - indicações para cirurgiaJosé Fragata (HSMarta-CHLC)

Futuro lugar das próteses sutureless e valve in valveJosé Aramendi (Bilbaao)

Discussão

Entrega de Prémios: Manuel Machado Macedo / João Cid dos Santos

Cerimónia de Encerramento

Intervalo para Café

08.30h

09.30h

13.00h

Nov.Sábado

30Comunicações Orais Cirurgia Vascular (CO11-CO26)Presidente: Mª José Ferreira (HGO)Moderadores: José Vidoedo (CHATâmega), António Assunção (HBraga)

Doença Venosa / Vasculites Presidente: Albuquerque de Matos (CHUC)Moderadores: Daniel Menezes (HCuf Descobertas), Fernando Ramos (CHSJ)

Doença Venosa Crónica: tratamento Médico e Cirúrgico na actualidadeJean François Uhl (Paris)

Ablação endovenosa : presente e futuroHugo Valentim (HSMarta-CHLC)

Doença de Behçet : experiência pessoalA. Dinis da Gama (HLuz)

Doença de Buerger: avanços no diagnóstico e tratamentoRoncon de Albuquerque (Porto)

Discussão

Intervalo para Café

Sala B

08.00h

11.30h

11.00h

1110

Page 13: Programa Final B - Skyros Congressos

Nov.Sábado

30

11.00h

10.30h

11.30h

Sala A

Comunicações Orais Cirurgia Cardiotorácica (CO10-CO15)Moderadores: Nuno Banazol (HSMarta-CHLC), Jorge Cruz (HSMaria-CHLN)

Sessão Plenária - Listas de Espera Presidentes: Roncon de Albuquerque (Porto), Ignacio Lojo (H. Quirón-Coruña)Moderadores: Emmanuel Lansac (Paris), José Neves (HSCruz-CHLO)

SIGIC panorama nacional em cirurgia cardiotoracica e vascularPedro Gomes (ACSS)

Listas de espera em cirurgia cardiotorácica e vascularValentin Fernández Valenzuela (SEACV)

Como definir tempos de espera clinicamente aceitáveis em cirurgia cardíaca e cardiologiaMiguel Uva (HCVP)

Discussão

Simpósio Moderador: Adelino Leite Moreira (CHSJ)

Estatinas e cirurgia: o que há de novo?Jorge Mimoso (HFaro), Nuno Marques (HFaro)

Cirurgia Cardíaca: Cirurgia Valvular Aórtica - Desafios e Perspectivas

Presidente: José Roquette (H.Luz)Moderadores: José Pedro Neves (HSCruz-CHLO), Ângelo Nobre (HSMaria)

Bicuspide Aortic Valve Repair and Valve-Sparing operations Emmanuel Lansac (Paris)

TAVI - o papel do cirurgião cardíaco. Passado, presente e futuro Omar Aranji (Sevilha)

Estenose valvular aórtica com gradiente baixo - indicações para cirurgiaJosé Fragata (HSMarta-CHLC)

Futuro lugar das próteses sutureless e valve in valveJosé Aramendi (Bilbaao)

Discussão

Entrega de Prémios: Manuel Machado Macedo / João Cid dos Santos

Cerimónia de Encerramento

Intervalo para Café

08.30h

09.30h

13.00h

Nov.Sábado

30Comunicações Orais Cirurgia Vascular (CO11-CO26)Presidente: Mª José Ferreira (HGO)Moderadores: José Vidoedo (CHATâmega), António Assunção (HBraga)

Doença Venosa / Vasculites Presidente: Albuquerque de Matos (CHUC)Moderadores: Daniel Menezes (HCuf Descobertas), Fernando Ramos (CHSJ)

Doença Venosa Crónica: tratamento Médico e Cirúrgico na actualidadeJean François Uhl (Paris)

Ablação endovenosa : presente e futuroHugo Valentim (HSMarta-CHLC)

Doença de Behçet : experiência pessoalA. Dinis da Gama (HLuz)

Doença de Buerger: avanços no diagnóstico e tratamentoRoncon de Albuquerque (Porto)

Discussão

Intervalo para Café

Sala B

08.00h

11.30h

11.00h

1110

Page 14: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Comunicações OraisCirurgia Cardiotorácica

Sala A

Page 15: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Comunicações OraisCirurgia Cardiotorácica

Sala A

Page 16: Programa Final B - Skyros Congressos

1 2 3 4 5Benjamim Marinho ; Marina Fernandes ; Vitor Monteiro ; Vitor Sanfins ; Paulo Pinho1 - Interno Cirurgia Cardiotorácica H.J.João; 2 - Interna Cardiologia H. Guimarães; 3 - Assistente Hospitalar Graduado Cirurgia Cardiotorácica H.J.João; 4 - Assistente Hospitalar Graduado Cardiologia H.Guimarães ; 5 - Director Serviço de Cirurgia CArdiotorácica H.SJoão

Sala A

Introdução: A terapêutica de ressincronização cardíaca (CRT) visa melhorar a condução auriculo-ventricular, interventricular e intraventricular. Esta redução da dissincronia condiciona uma remodelagem reversa da cavidade ventricular (redução da insuficiência mitral), com consequente melhoria da classe funcional (NHYA), qualidade de vida (QoL), aumeno da distancia percorrida no teste de caminha de 6 minutos, aumento da fração de ejeção (FE) no ecocardiograma (ETT), redução do número de internamentos e aumento da sobrevida. A CRT consiste na implantação convencional de eléctrodos na auricular direita (se o doente estiver em ritmo sinusal), no ventrículo direito e no ventrículo esquerdo. Esta última é normalmente por abordagem transvenosa, ou seja, pela implantação do electrodo numa das vias tributarias do seio coronário. Relatado fracasso entre 5-15% na implantação primária do electrode no VE. Nos casos em que para terapêutica de ressincronização não é possível, impõe-se a necessidade de implantação cirúrgica do eléctrodo, através de uma pequena toracotomia e podendo mapear-se a região com activação mais tardia.

Objectivos: Avaliar as diferenças clínicas e ecocardio-gráficas da ressincronização através da cateterização do seio coronário ou implantação cirúrgica, com follow up mínimo de 1 ano

Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Foram incluídos doentes submetidos a CRT, com implantação de

RESSINCRONIZAÇÃO EPICÁRDICA - VANTAGEM OU INCONVENIENTE?

co01

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Palavras-chave: Ressincronização epicardica, toracotomia

NotasNotas

15

elétrodo epicárdico entre 2002 e 2011 e implantação de elétrodo no seio coronário entre 2002 e 2008. A cirurgia foi por minitoracotomia antero-lateral esquerda com visualização direta do epicárdio.

Resultados: População de 66 doentes, 23 (31,3%) implantaram elétrodo epicárdico (Epi) e os restantes implantaram elétrodo do seio coronário (SC). A idade média foi de 66,2 anos (DP11,3), 71,9% eram do sexo masculino, e não houve diferenças significativas nos factores de risco cardiovasculares e cardiopatia subjacen-te entre os dois gupos. Na fase aguda com maior taxa de insuficiência renal aguda no grupo do SC e um tempo de internamento maior no grupo Epi, mas sem diferenças a longo prazo. No grupo Epi a FE aumentou 14% vs 16% nos SC, mas sem diferença significativa, assim como sem diferença na redução da classe NYHA e volume telediastó-lico do VE.

Conclusões: A implantação epicárdica continua uma boa alternativa se incucesso da implantação da via transvenosa. A visualização direta do epicárdio, que permite evitar zonas de gordura e fibrose, não apresentou vantagens estatisticamente significativas. Nenhum deslocamento do eléctrodo no subgrupo epicárdico, contudo requer anestesia geral, ventilação pulmonar unilateral e está associado a maior período de interna-mento. Sem diferenças estatisticamente significativas entre os 2 subgrupos. São necessários estudos de maiores dimensões.

Page 17: Programa Final B - Skyros Congressos

1 2 3 4 5Benjamim Marinho ; Marina Fernandes ; Vitor Monteiro ; Vitor Sanfins ; Paulo Pinho1 - Interno Cirurgia Cardiotorácica H.J.João; 2 - Interna Cardiologia H. Guimarães; 3 - Assistente Hospitalar Graduado Cirurgia Cardiotorácica H.J.João; 4 - Assistente Hospitalar Graduado Cardiologia H.Guimarães ; 5 - Director Serviço de Cirurgia CArdiotorácica H.SJoão

Sala A

Introdução: A terapêutica de ressincronização cardíaca (CRT) visa melhorar a condução auriculo-ventricular, interventricular e intraventricular. Esta redução da dissincronia condiciona uma remodelagem reversa da cavidade ventricular (redução da insuficiência mitral), com consequente melhoria da classe funcional (NHYA), qualidade de vida (QoL), aumeno da distancia percorrida no teste de caminha de 6 minutos, aumento da fração de ejeção (FE) no ecocardiograma (ETT), redução do número de internamentos e aumento da sobrevida. A CRT consiste na implantação convencional de eléctrodos na auricular direita (se o doente estiver em ritmo sinusal), no ventrículo direito e no ventrículo esquerdo. Esta última é normalmente por abordagem transvenosa, ou seja, pela implantação do electrodo numa das vias tributarias do seio coronário. Relatado fracasso entre 5-15% na implantação primária do electrode no VE. Nos casos em que para terapêutica de ressincronização não é possível, impõe-se a necessidade de implantação cirúrgica do eléctrodo, através de uma pequena toracotomia e podendo mapear-se a região com activação mais tardia.

Objectivos: Avaliar as diferenças clínicas e ecocardio-gráficas da ressincronização através da cateterização do seio coronário ou implantação cirúrgica, com follow up mínimo de 1 ano

Material e Métodos: Estudo retrospectivo. Foram incluídos doentes submetidos a CRT, com implantação de

RESSINCRONIZAÇÃO EPICÁRDICA - VANTAGEM OU INCONVENIENTE?

co01

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Palavras-chave: Ressincronização epicardica, toracotomia

NotasNotas

15

elétrodo epicárdico entre 2002 e 2011 e implantação de elétrodo no seio coronário entre 2002 e 2008. A cirurgia foi por minitoracotomia antero-lateral esquerda com visualização direta do epicárdio.

Resultados: População de 66 doentes, 23 (31,3%) implantaram elétrodo epicárdico (Epi) e os restantes implantaram elétrodo do seio coronário (SC). A idade média foi de 66,2 anos (DP11,3), 71,9% eram do sexo masculino, e não houve diferenças significativas nos factores de risco cardiovasculares e cardiopatia subjacen-te entre os dois gupos. Na fase aguda com maior taxa de insuficiência renal aguda no grupo do SC e um tempo de internamento maior no grupo Epi, mas sem diferenças a longo prazo. No grupo Epi a FE aumentou 14% vs 16% nos SC, mas sem diferença significativa, assim como sem diferença na redução da classe NYHA e volume telediastó-lico do VE.

Conclusões: A implantação epicárdica continua uma boa alternativa se incucesso da implantação da via transvenosa. A visualização direta do epicárdio, que permite evitar zonas de gordura e fibrose, não apresentou vantagens estatisticamente significativas. Nenhum deslocamento do eléctrodo no subgrupo epicárdico, contudo requer anestesia geral, ventilação pulmonar unilateral e está associado a maior período de interna-mento. Sem diferenças estatisticamente significativas entre os 2 subgrupos. São necessários estudos de maiores dimensões.

Page 18: Programa Final B - Skyros Congressos

1 1 2 2Nuno Carvalho Guerra ; Javier Gallego ; Eduardo Oliveira²; Cláudia Jorge ; Alexandra Lopes ; 2 2 1 3 4Helena Santiago ; Catarina Coelho ; Ricardo Ferreira ; João Leitão ; Guilhermina Gomes ;

2 1 2Susana Martins ; Ângelo Nobre ; Pedro Canas da Silva1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 2 - Serviço de Cardiologia I, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 3 - Serviço de Imagiologia, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 4 - Serviço de Anestesiologia I, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

E. Salgueiro¹; A. Abreu¹; J. Casanova¹; J. Torres¹; P. Pinho¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar S. João, Porto

Introdução: A implantação valvular aórtica transcatéter (TAVI) é uma terapêutica estabelecida em doentes de alto risco cirúrgico para cirurgia valvular aórtica.

Objectivos: Analisar a experiência inicial conjunta em TAVI dos Serviços de Cardiologia I e de Cirurgia Cardiotorácica do CHLN entre Setembro de 2012 e Outubro de 2013.

Material e Métodos: Revisão de todos os casos de TAVI realizados no CHLN, consulta de processos clínicos e entrevistas telefónicas com os doentes. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers (Apple Inc.).

Resultados: Identificaram-se 27 doentes submetidos a TAVI (15 homens, 12 mulheres), com idade média de 80 anos. As comorbilidades mais frequentes foram doença coronária (48% dos doentes), dislipidemia (70%), hipertensão arterial (85%), patologia pulmonar crónica (22%), insuficiência renal (63%) e presença de pacemaker prévio (26%). As contra-indicações principais para cirurgia clássica foram o alto risco cirúrgico por comorbilidades (59%) e a aorta de porcelana (33%). O EuroscoreII médio foi 5,39%, o STS score de mortalidade médio foi 5,71% e o de morbimortalidade médio 27,8%. Os procedimentos foram executados por uma "heart-team" de cardiologistas e cirurgiões em sala de hemodinâmica sempre com acesso

Introdução: Carotid artery disease is an important cause of perioperative ischemic stroke in patients undergoing cardiac surgery. The risk of a cerebral injury is directly related to the presence of symptoms and the severity of stenosis. Carotid artery surgery can be performed with simultaneous or staged cardiac surgery. It was our aim to evaluate our hospital experience in this demanding group of patients.

Material e Métodos: From 2003 to 2012, 66 patients were submitted to synchronous coronary artery bypass graft surgery (CABG) and carotid endarterectomy in our institution. Prevalence of stroke and death were the primary end points of our study. Data was collected retrospectivally, and analysed regarding demographic data, cardiovascular risk factors, surgical strategy, and postoperative complications.

Resultados: Among 66 patients scheduled for CABG

IMPLANTAÇÃO VALVULAR AÓRTICA TRANSCATÉTER - EXPERIÊNCIA INICIAL DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE

SYNCHRONOUS CAROTID AND CABG SURGERY - A TEN YEARS EXPERIENCE

Palavras-chave: Válvula aórtica, transcatéter, "heart-team"

Notas NotasNotas Notas

1716

Sala ASala A

co03co02

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

femural arterial cirúrgico (63% femural direita). As endopróteses utilizadas foram a Edwards Sapiens XT (78% dos doentes) e a Medtronic Corevalve (restantes). A duração média dos procedimentos foi 140 minutos. Uma doente morreu durante o procedimento por choque após ruptura da artéria ilíaca e dois tiveram complicações ligeiras do acesso vascular. No pós operatório doze doentes tiveram infecções nosocomiais (das quais três infecções do acesso cirúrgico), dois tiveram AVC's, um fez pericardiocentese por tamponamento e um necessitou de pacemaker de novo. O internamento médio foi de 10 dias. No ecocardiograma pós-operatório, as médias dos gradientes transvalvulares aórticos máximo e médio foram, respectivamente, 14 e 7 mmHg, a insuficiência transprotésica foi ausente ou mínima em 44% dos doentes e ligeira noutros 44%. O follow-up médio foi 189 dias, e o máximo 392 dias. Os doentes vivos apresentavam-se todos oligossintomáticos. Um doente morreu aos 64 dias de sépsis associada a infecção de enxerto vascular periférico, uma doente morreu subitamen-te aos 69 dias pós procedimento, e outro doente morreu por EAM aos 137 dias pós TAVI.

Conclusões: A TAVI apresenta bons resultados a curto e médio prazo em doentes de alto risco para cirurgia de substituição valvular aórtica, sendo uma alternativa viável, quando efectuada por uma heart-team médico-cirúrgica e com acesso arterial cirúrgico.

(median age 68 years old, 73% male), 17 (26%) had an history of neurological event before surgery, 17 (26%) had bilateral carotid artery significant lesions (including occlusion), and 25 (38%) had previous myocardial infarction. Postoperative stroke was recorded in 5 patients (7,6%), and death occurred in 4 patients (6,1%), but only one patient had a death related to stroke. In the deceased group, the patients were older (78 years old vs 68 years old, median, p=0.04), and had more chronic obstructive pulmonary disease (p=0.04). No other risk factors were identified for death, and no risk factors were identified for the occurrence of stroke.

Conclusões: To improve results, a better definition of the indication for synchronous procedure, as well as, a more appropriate selection of patients are desired. Alternative strategies of revascularization should also be considered.

Page 19: Programa Final B - Skyros Congressos

1 1 2 2Nuno Carvalho Guerra ; Javier Gallego ; Eduardo Oliveira²; Cláudia Jorge ; Alexandra Lopes ; 2 2 1 3 4Helena Santiago ; Catarina Coelho ; Ricardo Ferreira ; João Leitão ; Guilhermina Gomes ;

2 1 2Susana Martins ; Ângelo Nobre ; Pedro Canas da Silva1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 2 - Serviço de Cardiologia I, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 3 - Serviço de Imagiologia, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; 4 - Serviço de Anestesiologia I, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

E. Salgueiro¹; A. Abreu¹; J. Casanova¹; J. Torres¹; P. Pinho¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar S. João, Porto

Introdução: A implantação valvular aórtica transcatéter (TAVI) é uma terapêutica estabelecida em doentes de alto risco cirúrgico para cirurgia valvular aórtica.

Objectivos: Analisar a experiência inicial conjunta em TAVI dos Serviços de Cardiologia I e de Cirurgia Cardiotorácica do CHLN entre Setembro de 2012 e Outubro de 2013.

Material e Métodos: Revisão de todos os casos de TAVI realizados no CHLN, consulta de processos clínicos e entrevistas telefónicas com os doentes. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers (Apple Inc.).

Resultados: Identificaram-se 27 doentes submetidos a TAVI (15 homens, 12 mulheres), com idade média de 80 anos. As comorbilidades mais frequentes foram doença coronária (48% dos doentes), dislipidemia (70%), hipertensão arterial (85%), patologia pulmonar crónica (22%), insuficiência renal (63%) e presença de pacemaker prévio (26%). As contra-indicações principais para cirurgia clássica foram o alto risco cirúrgico por comorbilidades (59%) e a aorta de porcelana (33%). O EuroscoreII médio foi 5,39%, o STS score de mortalidade médio foi 5,71% e o de morbimortalidade médio 27,8%. Os procedimentos foram executados por uma "heart-team" de cardiologistas e cirurgiões em sala de hemodinâmica sempre com acesso

Introdução: Carotid artery disease is an important cause of perioperative ischemic stroke in patients undergoing cardiac surgery. The risk of a cerebral injury is directly related to the presence of symptoms and the severity of stenosis. Carotid artery surgery can be performed with simultaneous or staged cardiac surgery. It was our aim to evaluate our hospital experience in this demanding group of patients.

Material e Métodos: From 2003 to 2012, 66 patients were submitted to synchronous coronary artery bypass graft surgery (CABG) and carotid endarterectomy in our institution. Prevalence of stroke and death were the primary end points of our study. Data was collected retrospectivally, and analysed regarding demographic data, cardiovascular risk factors, surgical strategy, and postoperative complications.

Resultados: Among 66 patients scheduled for CABG

IMPLANTAÇÃO VALVULAR AÓRTICA TRANSCATÉTER - EXPERIÊNCIA INICIAL DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE

SYNCHRONOUS CAROTID AND CABG SURGERY - A TEN YEARS EXPERIENCE

Palavras-chave: Válvula aórtica, transcatéter, "heart-team"

Notas NotasNotas Notas

1716

Sala ASala A

co03co02

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

femural arterial cirúrgico (63% femural direita). As endopróteses utilizadas foram a Edwards Sapiens XT (78% dos doentes) e a Medtronic Corevalve (restantes). A duração média dos procedimentos foi 140 minutos. Uma doente morreu durante o procedimento por choque após ruptura da artéria ilíaca e dois tiveram complicações ligeiras do acesso vascular. No pós operatório doze doentes tiveram infecções nosocomiais (das quais três infecções do acesso cirúrgico), dois tiveram AVC's, um fez pericardiocentese por tamponamento e um necessitou de pacemaker de novo. O internamento médio foi de 10 dias. No ecocardiograma pós-operatório, as médias dos gradientes transvalvulares aórticos máximo e médio foram, respectivamente, 14 e 7 mmHg, a insuficiência transprotésica foi ausente ou mínima em 44% dos doentes e ligeira noutros 44%. O follow-up médio foi 189 dias, e o máximo 392 dias. Os doentes vivos apresentavam-se todos oligossintomáticos. Um doente morreu aos 64 dias de sépsis associada a infecção de enxerto vascular periférico, uma doente morreu subitamen-te aos 69 dias pós procedimento, e outro doente morreu por EAM aos 137 dias pós TAVI.

Conclusões: A TAVI apresenta bons resultados a curto e médio prazo em doentes de alto risco para cirurgia de substituição valvular aórtica, sendo uma alternativa viável, quando efectuada por uma heart-team médico-cirúrgica e com acesso arterial cirúrgico.

(median age 68 years old, 73% male), 17 (26%) had an history of neurological event before surgery, 17 (26%) had bilateral carotid artery significant lesions (including occlusion), and 25 (38%) had previous myocardial infarction. Postoperative stroke was recorded in 5 patients (7,6%), and death occurred in 4 patients (6,1%), but only one patient had a death related to stroke. In the deceased group, the patients were older (78 years old vs 68 years old, median, p=0.04), and had more chronic obstructive pulmonary disease (p=0.04). No other risk factors were identified for death, and no risk factors were identified for the occurrence of stroke.

Conclusões: To improve results, a better definition of the indication for synchronous procedure, as well as, a more appropriate selection of patients are desired. Alternative strategies of revascularization should also be considered.

Page 20: Programa Final B - Skyros Congressos

Ana Braga¹; Nuno Raposo¹; Helena Brandão¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Nuno Carvalho Guerra¹; Hugo Ferreira¹; Ricardo Ferreira¹; Catarina Carvalheiro¹; Ângelo Nobre¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria

Introdução: Descrever as características iniciais e resultados dos doentes submetidos a revascularização arterial do território esquerdo.

Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de todos os doentes submetidos a revascu-larização exclusivamente arterial no nosso serviço, no período entre Janeiro de 2007 e Julho de 2013. Posteriormente, foram excluídos da análise todos os doentes submetidos a revascularização direita. Entre as variáveis analisadas incluíram-se: sexo, idade, CCS score, NYHA score, Euroscore II, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença do tronco comum e IMC. Quanto à cirurgia foram avaliados o grau de urgência, tipo de assistência, tipo de cirurgia (pediculada – artérias MI pediculadas na sua origem/anastomose em T - anastomo-se de MI pediculada na sua origem com o vaso contralate-ral livre), tipos de condutos utilizados e calibre e qualidade do vasos utilizado. Relativamente aos resultados pós-cirúrgicos imediatos na UCI avaliou-se os picos de troponina, complicações, enfarte peri-operatório e ocorrência de AVC de novo.

Resultados: Foram submetidos a revascularização arterial 177 doentes, sendo que 66 foram excluídos da análise por se tratarem de revascularizações do território direito e incluírem enxertos com artéria radial. Dos

Introdução: A pericardite constritiva é uma entidade que se apresenta com alguma frequência ao cirurgião cardíaco. A cirurgia permite o tratamento na maioria dos casos e permite um melhor diagnóstico noutros.

Objectivos: Avaliar a experiência do Serviço no trata-mento da pericardite constritiva dos últimos onze anos.

Material e Métodos: Consulta de processos clínicos de doentes submetidos a pericardiectomia cirúrgica de Janeiro 2002 a Setembro 2013. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers 2010 (Apple, Inc).

Resultados: nos últimos onze anos houve 28 doentes submetidos a cirurgia por pericardite constritiva. 85,7% dos doentes eram do sexo masculino. A idade média dos doentes foi de 59,6 anos. Dez doentes apresentavam uma história sugestiva de pericardite tuberculosa e quinze doentes apresentavam pericardite constritiva crónica não tuberculosa, apresentando os restantes patologia miscelânea. 28,6% dos doentes apresentavam estigmas de cirrose. 21 doentes foram submetidos a pericardiecto-mia antefrénica isolada, 3 doentes fizeram procedimentos valvulares e três procedimentos coronários associados. A duração média das cirurgias foi de 125 minutos. Um doente apresentou uma ruptura intraoperatória da artéria pulmonar (necessitando de CEC para correcção). A histologia foi inconclusiva em 89% dos casos, revelando

REVASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO TERRITÓRIO ESQUERDO COM DUPLAS MAMÁRIAS: ANÁLISE RETROSPECTIVA

CIRURGIA NA PERICARDITE CONSTRITIVA - EXPERIÊNCIA DE ONZE ANOS

Palavras-chave: Revascularização arterial , Dupla mamária, Pico de Troponina Palavras-chave: Pericardite constritiva

Notas NotasNotas Notas

1918

Sala ASala A

co05co04

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

doentes analisados (n=111), submetidos a revasculariza-ção do território esquerdo, 84,7% eram do sexo masculi-no e tinham uma idade média de 60,16 anos±8,83. O CCS score mediano era de 2 (P25-P75: 1-3), NYHA médio 1,52±0,62 e Euroscore II médio de 4,77% ± 2,27%, Destes, 27% tinham diabetes mellitus, 78% HTA, 44% doença do tronco comum e um IMC médio de 27,42±3,17. Quanto à cirurgia, 16% foram urgentes, 26% foram realizadas com CEC e quanto à técnica 40% utilizaram como condutos as artérias mamárias internas pediculadas na sua origem e em 60% em anastomose em T. Relativamente aos resultados pós-cirúrgicos, a mediana do pico de troponina foi de 1,13 (P25-P75: 0,45 -3,00), 7,2% tiveram complicações, 1,8% EAM pós-operatório e 1,8% AVC de novo. A revascularização arterial do território esquerdo segundo os dois grupos de procedi-mento cirúrgico (pediculadas versus anastomose em T) não mostrou diferença estatisticamente significativa quanto ao pico de troponina (p=0,74).

Conclusões: O bypass coronário através de enxertos de artéria mamária interna mostrou-se um procedimen-to seguro e eficaz nos doentes analisados. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas quanto ao pico de troponina entre as duas técnicas cirúrgicas de revascularização arterial esquerda com dupla mamária.

tumores pouco diferenciados em dois doentes (um dos quais catalogado como pericardite tuberculosa) e sugestiva de pericardite tuberculosa noutro. Nos casos em que foram colhidas amostras para bacteriologia os resultados foram sempre negativos, incluindo para micobactérias. O internamento em UCI médio foi de cinco dias, sendo o máximo de 34 e o mínimo de um dia. O internamento restante em enfermaria médio foi de 12,6 dias. A drenagem pericárdica média foi de 1225 cc, com um máximo de 8400, e a duração média de drenagem 3,6 dias. 9 doentes não apresentaram complicações peri-operatórias, dois doentes desenvolveram mediastinite fatal, um doente desenvolveu deiscência estéril de esternotomia, 4 doentes desenvolveram derrames pleurais pós-operatórios necessitando de drenagem, dois doentes desenvolveram pneumotórax necessitando drenagem, três doentes necessitaram de suporte dialítico, 3 doentes apresentaram ascite ou anasarca prolongada, um doente apresentou falência biventricular por infiltra-ção tumoral. A mortalidade intra-hospitalar da amostra foi de 17,8% (5/28).

Conclusões: O tratamento cirúrgico da pericardite constritiva apresenta complicações significativas a curto prazo, que reflectem o estado pré-operatório e a natureza agressiva de algumas etiologias. A obtenção de amostras biológicas raramente altera o diagnóstico e tratamento da doença de base.

Page 21: Programa Final B - Skyros Congressos

Ana Braga¹; Nuno Raposo¹; Helena Brandão¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Nuno Carvalho Guerra¹; Hugo Ferreira¹; Ricardo Ferreira¹; Catarina Carvalheiro¹; Ângelo Nobre¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria

Introdução: Descrever as características iniciais e resultados dos doentes submetidos a revascularização arterial do território esquerdo.

Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de todos os doentes submetidos a revascu-larização exclusivamente arterial no nosso serviço, no período entre Janeiro de 2007 e Julho de 2013. Posteriormente, foram excluídos da análise todos os doentes submetidos a revascularização direita. Entre as variáveis analisadas incluíram-se: sexo, idade, CCS score, NYHA score, Euroscore II, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença do tronco comum e IMC. Quanto à cirurgia foram avaliados o grau de urgência, tipo de assistência, tipo de cirurgia (pediculada – artérias MI pediculadas na sua origem/anastomose em T - anastomo-se de MI pediculada na sua origem com o vaso contralate-ral livre), tipos de condutos utilizados e calibre e qualidade do vasos utilizado. Relativamente aos resultados pós-cirúrgicos imediatos na UCI avaliou-se os picos de troponina, complicações, enfarte peri-operatório e ocorrência de AVC de novo.

Resultados: Foram submetidos a revascularização arterial 177 doentes, sendo que 66 foram excluídos da análise por se tratarem de revascularizações do território direito e incluírem enxertos com artéria radial. Dos

Introdução: A pericardite constritiva é uma entidade que se apresenta com alguma frequência ao cirurgião cardíaco. A cirurgia permite o tratamento na maioria dos casos e permite um melhor diagnóstico noutros.

Objectivos: Avaliar a experiência do Serviço no trata-mento da pericardite constritiva dos últimos onze anos.

Material e Métodos: Consulta de processos clínicos de doentes submetidos a pericardiectomia cirúrgica de Janeiro 2002 a Setembro 2013. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers 2010 (Apple, Inc).

Resultados: nos últimos onze anos houve 28 doentes submetidos a cirurgia por pericardite constritiva. 85,7% dos doentes eram do sexo masculino. A idade média dos doentes foi de 59,6 anos. Dez doentes apresentavam uma história sugestiva de pericardite tuberculosa e quinze doentes apresentavam pericardite constritiva crónica não tuberculosa, apresentando os restantes patologia miscelânea. 28,6% dos doentes apresentavam estigmas de cirrose. 21 doentes foram submetidos a pericardiecto-mia antefrénica isolada, 3 doentes fizeram procedimentos valvulares e três procedimentos coronários associados. A duração média das cirurgias foi de 125 minutos. Um doente apresentou uma ruptura intraoperatória da artéria pulmonar (necessitando de CEC para correcção). A histologia foi inconclusiva em 89% dos casos, revelando

REVASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO TERRITÓRIO ESQUERDO COM DUPLAS MAMÁRIAS: ANÁLISE RETROSPECTIVA

CIRURGIA NA PERICARDITE CONSTRITIVA - EXPERIÊNCIA DE ONZE ANOS

Palavras-chave: Revascularização arterial , Dupla mamária, Pico de Troponina Palavras-chave: Pericardite constritiva

Notas NotasNotas Notas

1918

Sala ASala A

co05co04

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

doentes analisados (n=111), submetidos a revasculariza-ção do território esquerdo, 84,7% eram do sexo masculi-no e tinham uma idade média de 60,16 anos±8,83. O CCS score mediano era de 2 (P25-P75: 1-3), NYHA médio 1,52±0,62 e Euroscore II médio de 4,77% ± 2,27%, Destes, 27% tinham diabetes mellitus, 78% HTA, 44% doença do tronco comum e um IMC médio de 27,42±3,17. Quanto à cirurgia, 16% foram urgentes, 26% foram realizadas com CEC e quanto à técnica 40% utilizaram como condutos as artérias mamárias internas pediculadas na sua origem e em 60% em anastomose em T. Relativamente aos resultados pós-cirúrgicos, a mediana do pico de troponina foi de 1,13 (P25-P75: 0,45 -3,00), 7,2% tiveram complicações, 1,8% EAM pós-operatório e 1,8% AVC de novo. A revascularização arterial do território esquerdo segundo os dois grupos de procedi-mento cirúrgico (pediculadas versus anastomose em T) não mostrou diferença estatisticamente significativa quanto ao pico de troponina (p=0,74).

Conclusões: O bypass coronário através de enxertos de artéria mamária interna mostrou-se um procedimen-to seguro e eficaz nos doentes analisados. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas quanto ao pico de troponina entre as duas técnicas cirúrgicas de revascularização arterial esquerda com dupla mamária.

tumores pouco diferenciados em dois doentes (um dos quais catalogado como pericardite tuberculosa) e sugestiva de pericardite tuberculosa noutro. Nos casos em que foram colhidas amostras para bacteriologia os resultados foram sempre negativos, incluindo para micobactérias. O internamento em UCI médio foi de cinco dias, sendo o máximo de 34 e o mínimo de um dia. O internamento restante em enfermaria médio foi de 12,6 dias. A drenagem pericárdica média foi de 1225 cc, com um máximo de 8400, e a duração média de drenagem 3,6 dias. 9 doentes não apresentaram complicações peri-operatórias, dois doentes desenvolveram mediastinite fatal, um doente desenvolveu deiscência estéril de esternotomia, 4 doentes desenvolveram derrames pleurais pós-operatórios necessitando de drenagem, dois doentes desenvolveram pneumotórax necessitando drenagem, três doentes necessitaram de suporte dialítico, 3 doentes apresentaram ascite ou anasarca prolongada, um doente apresentou falência biventricular por infiltra-ção tumoral. A mortalidade intra-hospitalar da amostra foi de 17,8% (5/28).

Conclusões: O tratamento cirúrgico da pericardite constritiva apresenta complicações significativas a curto prazo, que reflectem o estado pré-operatório e a natureza agressiva de algumas etiologias. A obtenção de amostras biológicas raramente altera o diagnóstico e tratamento da doença de base.

Page 22: Programa Final B - Skyros Congressos

Tiago Nolasco¹; José Pedro Neves¹; Rui Teles²; João Brito²; Miguel Abecasis¹; Manuel Almeida ²; Henrique Mesquita-Gabriel²; Regina Ribeiras²; João Abecasis²; Miguel Mendes²1 - Cirurgia CardioTorácica, CHLO - Hospital de Santa Cruz; 2 - Cardiologia, CHLO - Hospital de Santa Cruz

Sílvia Marta Oliveira¹; Ana-Catarina Pinho-Gomes¹; Mário Jorge Amorim¹; Vítor Monteiro¹; Maria Júlia Maciel¹; Paulo Pinho¹; Adelino Leite-Moreira¹1 - Departments of Cardiothoracic Surgery and Cardiology, Hospitalar Centre São João and Faculty of Medicine of the University of Porto

Introdução: Reportam-se os resultados clínicos na implantação de válvulas aórticas percutâneas por via transapical.

Material e Métodos: Realizámos um estudo prospecti-vo longitudinal de centro único incluindo todos os doentes consecutivos que, entre novembro 2008 e outubro 2013, foram sujeitos a implantação de VAP Edwards Sapien por via transapical. Trataram-se 54 doentes com idade média 79±7,5 anos, 59% masculinos. Apresentavam 83% estenose aórtica, 11% doença aórtica e 3 doentes válvulas aórticas biológicas degenera-das; 65% encontrava-se em classe III/IV NYHA pré-operatória. O gradiente médio era 49±18,3mmHg e a área 0,7cm2. A fração de ejeção em 37% doentes era <50%. As comorbidades apresentadas foram: 56% doença coronária (37% pós-cirurgia coronária), 37% diabetes, 31% doença arterial periférica, 24% insuficiên-cia renal crónica e 17% patologia neurológica. O cálculo médio do Euroscore logístico foi de 19,8±11,2 e Euroscore II 5,5%±3,5, sendo significativamente mais baixo nos doentes com contraindicação para cirurgia (7 com aorta de porcelana, 2 com insuficiência hepática).

Introdução: We present the experience of our centre with radiofrequency atrial fibrillation(AF) ablation concomi-tantly with an otherwise indicated cardiac surgery.

Material e Métodos: Between 2005 and 2012, 170 patients were submitted to AF ablation with uni/bipolar-radiofrequency devices, depending on the requirements of the surgical procedure. They were followed for 3- months after surgery and then as appropriate for the structural cardiac disease. In 2013, patients still alive underwent rhythm monitoring with ECG and 24-hour-tape for those in sinus-rhythm.

Resultados: The mean age was 65 years old and 42% were male. Prevalence of paroxysmal AF was 7%. The most common comorbidities were hypertension and diabetes and~80% of the patients were in NYHAclass II/III. 75% of the patients were on anticoagulation and 11% of them had previous cerebrovascular events. Most patients had preserved ejection fraction and dilated left atria (50.77±6.44mm). The most common indication for cardiac surgery was valve disease and the prevalence of rheumatic disease was~40%. Unipolar radiofrequency was more often used in case of atrioventricular valve repair/replacement, whereas bipolar radiofrequency tended to be preferred for aortic valve and coronary surgery. Prophylactic closure of the left auricle was performed in>75% of the patients. Pulmonary-vein isolation was performed in all patients. The left-atrial-lines were commonly ablated contrary to the right-atrial-

VÁLVULA AÓRTICA PERCUTÂNEA TRANSAPICAL: 5 ANOS DE EXPERIÊNCIA

RADIOFREQUENCY ABLATION OF ATRIAL FIBRILLATION DURING CONCOMITANT CARDIAC SURGERY - PRELIMINARY RESULTS

Palavras-chave: VAP, TransapicalPalavras-chave: Atrial Fibrillation, Radiofrequency ablation, electrophysiology

Notas NotasNotas Notas

2120

Sala ASala A

co07co06

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Resultados: Seguindo os critérios VARC-2 (Valve Academic Research Consortium), a mortalidade aos 30 dias foi de 5,6% (3 casos) todos de causa cardiovascular. A ocorrência de eventos VARC foi: EAM peri-procedimento 7,4%; 1 caso de Acidente Vascular Cerebral com incapacidade; Hemorragia grave em 14,8% (8 casos); insuficiência renal renal AKIN 3 em 1,9%; complicações vasculares major 5,6%; 6 casos (11%) com implantação posterior de pacemaker. De referir entrada em Circulação Extra Corporal não planeada em 5 casos, disfunção protésica em 4 casos incluindo 2 casos de deslocamento de válvula. A mediana da duração média de internamento foi de 8.0 dias, tendo ocorrido re-hospitalização relacionada com implantação vascular em 12,2% dos casos. Os endpoints compostos VARC-2 foram: sucesso do dispositivo 90,7%; segurança precoce 75,9% e a eficácia clínica após 30 dias 83,7%.

Conclusões: A abordagem transapical constitui uma alternativa para os doentes mais graves sendo terapêutica eficaz e com bons resultados clínicos. A promoção de registos contínuos para além da curva de aprendizagem é indispensável para determinar a evolução desta técnica.

isthmus. 80% of the patients received post-operative amiodarone and 66% had AF recurrence before dischar-ge. Overall, surgical complications were rare, being the most frequent pacemaker implantation (15%). There were no significant differences between unipolar and bipolar radiofrequency. Electrical cardioversion was attempted in 40patients before discharge. The median length of stay was 9 days(p25-p75:7-14). 69% of the patients were in sinus-rhythm at discharge, being 90% on anticoagulation and 69% on antiarrhythmic-drugs. In-hospital mortality was <3% (5 patients).Follow-up at 3 months was complete for all the patients and~50% were in sinus-rhythm. There was a trend towards higher success for paroxysmal AF. 92% of the patients were on oral anticoagulation and 75% on antiarrhythmic-drugs. Cardioversion was successful in 8/12 patients. Sinus-rhythm at discharge and unipolar radiofrequency were independent predictors of sinus- rhythm at 3-months in the multivariate analysis. In 2013, 145 patients were still alive (all-cause mortality 15%). Follow-up was complete for 138 patients (mean duration 40±22 months). 41% of the patients remained in sinus-rhythm, with 83% on anticoagulation and 45% on antiarrhythmic-drugs.

Conclusões: In conclusion, AF ablation with radiofre-quency devices fares reasonably well even in an elderly population, with longstanding AF associated with severe heart disease, dilated left atria, and commonly rheumatic disease.

Page 23: Programa Final B - Skyros Congressos

Tiago Nolasco¹; José Pedro Neves¹; Rui Teles²; João Brito²; Miguel Abecasis¹; Manuel Almeida ²; Henrique Mesquita-Gabriel²; Regina Ribeiras²; João Abecasis²; Miguel Mendes²1 - Cirurgia CardioTorácica, CHLO - Hospital de Santa Cruz; 2 - Cardiologia, CHLO - Hospital de Santa Cruz

Sílvia Marta Oliveira¹; Ana-Catarina Pinho-Gomes¹; Mário Jorge Amorim¹; Vítor Monteiro¹; Maria Júlia Maciel¹; Paulo Pinho¹; Adelino Leite-Moreira¹1 - Departments of Cardiothoracic Surgery and Cardiology, Hospitalar Centre São João and Faculty of Medicine of the University of Porto

Introdução: Reportam-se os resultados clínicos na implantação de válvulas aórticas percutâneas por via transapical.

Material e Métodos: Realizámos um estudo prospecti-vo longitudinal de centro único incluindo todos os doentes consecutivos que, entre novembro 2008 e outubro 2013, foram sujeitos a implantação de VAP Edwards Sapien por via transapical. Trataram-se 54 doentes com idade média 79±7,5 anos, 59% masculinos. Apresentavam 83% estenose aórtica, 11% doença aórtica e 3 doentes válvulas aórticas biológicas degenera-das; 65% encontrava-se em classe III/IV NYHA pré-operatória. O gradiente médio era 49±18,3mmHg e a área 0,7cm2. A fração de ejeção em 37% doentes era <50%. As comorbidades apresentadas foram: 56% doença coronária (37% pós-cirurgia coronária), 37% diabetes, 31% doença arterial periférica, 24% insuficiên-cia renal crónica e 17% patologia neurológica. O cálculo médio do Euroscore logístico foi de 19,8±11,2 e Euroscore II 5,5%±3,5, sendo significativamente mais baixo nos doentes com contraindicação para cirurgia (7 com aorta de porcelana, 2 com insuficiência hepática).

Introdução: We present the experience of our centre with radiofrequency atrial fibrillation(AF) ablation concomi-tantly with an otherwise indicated cardiac surgery.

Material e Métodos: Between 2005 and 2012, 170 patients were submitted to AF ablation with uni/bipolar-radiofrequency devices, depending on the requirements of the surgical procedure. They were followed for 3- months after surgery and then as appropriate for the structural cardiac disease. In 2013, patients still alive underwent rhythm monitoring with ECG and 24-hour-tape for those in sinus-rhythm.

Resultados: The mean age was 65 years old and 42% were male. Prevalence of paroxysmal AF was 7%. The most common comorbidities were hypertension and diabetes and~80% of the patients were in NYHAclass II/III. 75% of the patients were on anticoagulation and 11% of them had previous cerebrovascular events. Most patients had preserved ejection fraction and dilated left atria (50.77±6.44mm). The most common indication for cardiac surgery was valve disease and the prevalence of rheumatic disease was~40%. Unipolar radiofrequency was more often used in case of atrioventricular valve repair/replacement, whereas bipolar radiofrequency tended to be preferred for aortic valve and coronary surgery. Prophylactic closure of the left auricle was performed in>75% of the patients. Pulmonary-vein isolation was performed in all patients. The left-atrial-lines were commonly ablated contrary to the right-atrial-

VÁLVULA AÓRTICA PERCUTÂNEA TRANSAPICAL: 5 ANOS DE EXPERIÊNCIA

RADIOFREQUENCY ABLATION OF ATRIAL FIBRILLATION DURING CONCOMITANT CARDIAC SURGERY - PRELIMINARY RESULTS

Palavras-chave: VAP, TransapicalPalavras-chave: Atrial Fibrillation, Radiofrequency ablation, electrophysiology

Notas NotasNotas Notas

2120

Sala ASala A

co07co06

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Resultados: Seguindo os critérios VARC-2 (Valve Academic Research Consortium), a mortalidade aos 30 dias foi de 5,6% (3 casos) todos de causa cardiovascular. A ocorrência de eventos VARC foi: EAM peri-procedimento 7,4%; 1 caso de Acidente Vascular Cerebral com incapacidade; Hemorragia grave em 14,8% (8 casos); insuficiência renal renal AKIN 3 em 1,9%; complicações vasculares major 5,6%; 6 casos (11%) com implantação posterior de pacemaker. De referir entrada em Circulação Extra Corporal não planeada em 5 casos, disfunção protésica em 4 casos incluindo 2 casos de deslocamento de válvula. A mediana da duração média de internamento foi de 8.0 dias, tendo ocorrido re-hospitalização relacionada com implantação vascular em 12,2% dos casos. Os endpoints compostos VARC-2 foram: sucesso do dispositivo 90,7%; segurança precoce 75,9% e a eficácia clínica após 30 dias 83,7%.

Conclusões: A abordagem transapical constitui uma alternativa para os doentes mais graves sendo terapêutica eficaz e com bons resultados clínicos. A promoção de registos contínuos para além da curva de aprendizagem é indispensável para determinar a evolução desta técnica.

isthmus. 80% of the patients received post-operative amiodarone and 66% had AF recurrence before dischar-ge. Overall, surgical complications were rare, being the most frequent pacemaker implantation (15%). There were no significant differences between unipolar and bipolar radiofrequency. Electrical cardioversion was attempted in 40patients before discharge. The median length of stay was 9 days(p25-p75:7-14). 69% of the patients were in sinus-rhythm at discharge, being 90% on anticoagulation and 69% on antiarrhythmic-drugs. In-hospital mortality was <3% (5 patients).Follow-up at 3 months was complete for all the patients and~50% were in sinus-rhythm. There was a trend towards higher success for paroxysmal AF. 92% of the patients were on oral anticoagulation and 75% on antiarrhythmic-drugs. Cardioversion was successful in 8/12 patients. Sinus-rhythm at discharge and unipolar radiofrequency were independent predictors of sinus- rhythm at 3-months in the multivariate analysis. In 2013, 145 patients were still alive (all-cause mortality 15%). Follow-up was complete for 138 patients (mean duration 40±22 months). 41% of the patients remained in sinus-rhythm, with 83% on anticoagulation and 45% on antiarrhythmic-drugs.

Conclusões: In conclusion, AF ablation with radiofre-quency devices fares reasonably well even in an elderly population, with longstanding AF associated with severe heart disease, dilated left atria, and commonly rheumatic disease.

Page 24: Programa Final B - Skyros Congressos

1 1 2 3 3Benjamim Marinho ; Marta Andrade ; Mario Jorge Amorim ; Adelino Leite Moreira ; Jorge Almeida ; 4Paulo Pinho

1 - Interno da especialidade de Cirurgia Cardio-Torácica; 2 - Assistenten Hospitalar; 3 - Chefe de Serviço; 4 - Director de Serviço

Ricardo Ferreira¹; Hugo Ferreira¹; Angelo Nobre¹; Filipe Pereira¹; Carlos Serpa¹; Catarina Carvalheiro¹; Nuno Guerra¹; Javier Gallego¹; Ricardo Pereira¹; Mário Mendes¹; Alberto Lemos¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica Hospital de santa Maria

Introdução: Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento a endocardite infecciosa continua a ter uma incidência significativa nos países desenvolvidos com morbilidade e mortalidade elevadas. A alteração do perfil bacteriológico e epidemiológico, com agentes mais agressivos e novos grupos de doentes em risco parece sustentar estes resultados. O tratamento cirúrgico é muitas vezes a única soluçao apesar de ser um procedi-mento bastante complexo em alguns casos, apresenta bons resultados a curto e longo prazos.

Objectivos: Análise retrospectiva dos casos operados de endocardite infecciosa nos últimos 4 anos. Traçar um perfil bacteriológico, do doente e das válvulas atingidas. Resultados cirúrgicos a curto e médio prazo.

Material e Métodos: 77 doentes diagnosticados com endocardite infecciosa e submetidos a cirurgia nos últimos 4 anos através de consulta dos processos, base de dados do SNS e contacto telefónico.

Resultados: Maioria dos doentes do sexo masculino (76,6%); Idade média de 61,41+/-13.16 anos. 65 (84,4%) eram casos de endocardite válvula nativa os restantes 12 protésica. Nas endocardites nativas as válvulas aórtica e mitral foram as mais atingidas, respecti-vamente 23 (35,4%) e 24 (36,9%) dos casos. As duas válvulas estavam atingidas concomitantemente em 18 doentes (27,7%) sendo que num deles existia também envolvimento da tricúspide. O stafilococcus aureus e a

IMPACT OF THE IMPLEMENTATION OF AN AORTIC VALVE REPLACEMENT PROGRAM WITH FREEDOM-SOLO STENTLESS-PROSTHESIS ON PATIENT-PROSTHESIS-MISMATCH

NOVO PERFIL DA ENDOCARDITE INFECCIOSA: ANÁLISE DE DOENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA NOS ÚLTIMOS 4 ANOS.

Palavras-chave: Patient-prosthesis-mismatch, aortic valve replacement, stentless Palavras-chave: Endocardite Infecciosa

Notas NotasNotas Notas

2322

Sala ASala A

co09co08

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Introdução: The aortic valve prosthesis "stentless" were introduced in the 90's with the aim of restoring "ad integrates" the root and aortic valve. However this type of prosthesis has never been widespread due to greater surgical complexity and longer operative times. The development of new prostheses "stentless" easier to implant, as the Freedom Solo® can alleviate some of those limitations. Patient-prosthesis-mismat is directly related with high transvalvar pressure gradients. Although there are several discrepancies and contrasting publicati-ons about the effect of PPM on postoperative outcome, to the main stream of evidence PPM affects left ventricular remodeling, surgical outcome, and late mortality, and therefore should be considered a diseased state.

Objectivos: Patient-prosthesis-mismatch (PPM) is a common finding that negatively impacts left ventricular remodeling and surgical outcome. We evaluated PPM and surgical results following implementation of aortic valve replacement (AVR) with new-generation stentless-prosthesis in a centre with historical high-values of severe PPM(23%).

Material e Métodos: A single- center prospective study was conducted between November 2009 and December 2012. Two surgeons considered all patients referred for AVR, with or without associated procedures, as candida-tes to receive the stentless Freedom-Solo® prosthesis. All

patients underwent echocardiogram pre-, intra- and 6-12months post-operatively. PPM was defined as modera-te (0.65-0.85 cm2/m2) or severe (<0.65 cm2/m2).

Resultados: Of all patients referred for AVR, 90%(220) received the stentless-valve, including patients with severe calcification of aortic-root and annulus. No patient was excluded due to bicuspidia. Exclusion criteria included only severe calcification of the aortic-root extending to the coronary ostia and IV septum. Ninety-six (44%) patients were male and 124 (56%) female. Concerning etiology, 77% (n=170) were degenerative; 5% (n=11) bicuspid; 9% (n=20) rheumatic; 6% (n=13) endocarditis; 3% (n=6) prolapse. 169 (77%) patients had associated procedures. There was no operative mortality. The prosthesis was intra-operatively replaced by a stented-one in two patients with bicuspidia and severely distorted aortic-root geometry. Early mortality rate was 3% (n=7). At the post-operative echocardiogram, moderate PPM was found in 13 (5,8%) and severe in only 2 (0,9%) patients.

Conclusões: This new generation stentless-valve with single suture line is technically more feasible and compliant with most aortic-root anatomies. In our centre it resulted in a significant decrease of PPM. A word of caution regarding its implantation in severely distorted aortic-roots is warranted.

família streptococcus foram isolados respectivamente em 13 e 23 casos (53,7%), seguidos dos estafilococos coagulase-negativos (11,9%). Treze doentes sem agente isolado. Dos casos de endocardite protésica, 7 envolviam prótese aórtica (58,3%), 3 mitral (25%), 1 caso de endocardite homoenxerto e um de endocardite prótese mitral e aórtica. Foram isoladodos stafilococcus aureus (3 doentes), streptococcus (3 doentes), E. Faecalis (2) e estafilococos coagulase-negativos (1). 3 doentes agente isolado e apenas 2 casos de endocardite precoce. Tempo médio de UCI 6,26+/- 5,7 dias. Mortalidade precoce global de 14,3% relacionada com necessidade de suporte inotropico (p=0,043), tempo de cirurgia, CEC e clampagem (p=0,033; p=0,028; p=0,027, respectiva-mente) e tempo de UCI (p=0,048). Mortalidade aos 6 meses foi de 18,2% e aos 12 meses de 19,5%, significati-vamente maior em doentes com endocardite protésica (p= 0,0265). Follow-up médio 1,5 anos.

Conclusões: O perfil dos doentes com endocardite infecciosa reflete o padrão evolutivo desta entidade, associada a doentes mais velhos, com múltiplas co-morbilidades, submetidos a procedimentos invasivos. O padrão dos agentes infecciosos (S. aureus; Streptococcus) também parece estar de acordo com o descrito na literatura. As condições do pré-operatório, a doença avançada, necessidade de vasopressores e/ou inotrópicos e uma complexidade cirúrgica maior relacionam-se com a mortalidade.

Page 25: Programa Final B - Skyros Congressos

1 1 2 3 3Benjamim Marinho ; Marta Andrade ; Mario Jorge Amorim ; Adelino Leite Moreira ; Jorge Almeida ; 4Paulo Pinho

1 - Interno da especialidade de Cirurgia Cardio-Torácica; 2 - Assistenten Hospitalar; 3 - Chefe de Serviço; 4 - Director de Serviço

Ricardo Ferreira¹; Hugo Ferreira¹; Angelo Nobre¹; Filipe Pereira¹; Carlos Serpa¹; Catarina Carvalheiro¹; Nuno Guerra¹; Javier Gallego¹; Ricardo Pereira¹; Mário Mendes¹; Alberto Lemos¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica Hospital de santa Maria

Introdução: Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento a endocardite infecciosa continua a ter uma incidência significativa nos países desenvolvidos com morbilidade e mortalidade elevadas. A alteração do perfil bacteriológico e epidemiológico, com agentes mais agressivos e novos grupos de doentes em risco parece sustentar estes resultados. O tratamento cirúrgico é muitas vezes a única soluçao apesar de ser um procedi-mento bastante complexo em alguns casos, apresenta bons resultados a curto e longo prazos.

Objectivos: Análise retrospectiva dos casos operados de endocardite infecciosa nos últimos 4 anos. Traçar um perfil bacteriológico, do doente e das válvulas atingidas. Resultados cirúrgicos a curto e médio prazo.

Material e Métodos: 77 doentes diagnosticados com endocardite infecciosa e submetidos a cirurgia nos últimos 4 anos através de consulta dos processos, base de dados do SNS e contacto telefónico.

Resultados: Maioria dos doentes do sexo masculino (76,6%); Idade média de 61,41+/-13.16 anos. 65 (84,4%) eram casos de endocardite válvula nativa os restantes 12 protésica. Nas endocardites nativas as válvulas aórtica e mitral foram as mais atingidas, respecti-vamente 23 (35,4%) e 24 (36,9%) dos casos. As duas válvulas estavam atingidas concomitantemente em 18 doentes (27,7%) sendo que num deles existia também envolvimento da tricúspide. O stafilococcus aureus e a

IMPACT OF THE IMPLEMENTATION OF AN AORTIC VALVE REPLACEMENT PROGRAM WITH FREEDOM-SOLO STENTLESS-PROSTHESIS ON PATIENT-PROSTHESIS-MISMATCH

NOVO PERFIL DA ENDOCARDITE INFECCIOSA: ANÁLISE DE DOENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA NOS ÚLTIMOS 4 ANOS.

Palavras-chave: Patient-prosthesis-mismatch, aortic valve replacement, stentless Palavras-chave: Endocardite Infecciosa

Notas NotasNotas Notas

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Sala ASala A

co09co08

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Introdução: The aortic valve prosthesis "stentless" were introduced in the 90's with the aim of restoring "ad integrates" the root and aortic valve. However this type of prosthesis has never been widespread due to greater surgical complexity and longer operative times. The development of new prostheses "stentless" easier to implant, as the Freedom Solo® can alleviate some of those limitations. Patient-prosthesis-mismat is directly related with high transvalvar pressure gradients. Although there are several discrepancies and contrasting publicati-ons about the effect of PPM on postoperative outcome, to the main stream of evidence PPM affects left ventricular remodeling, surgical outcome, and late mortality, and therefore should be considered a diseased state.

Objectivos: Patient-prosthesis-mismatch (PPM) is a common finding that negatively impacts left ventricular remodeling and surgical outcome. We evaluated PPM and surgical results following implementation of aortic valve replacement (AVR) with new-generation stentless-prosthesis in a centre with historical high-values of severe PPM(23%).

Material e Métodos: A single- center prospective study was conducted between November 2009 and December 2012. Two surgeons considered all patients referred for AVR, with or without associated procedures, as candida-tes to receive the stentless Freedom-Solo® prosthesis. All

patients underwent echocardiogram pre-, intra- and 6-12months post-operatively. PPM was defined as modera-te (0.65-0.85 cm2/m2) or severe (<0.65 cm2/m2).

Resultados: Of all patients referred for AVR, 90%(220) received the stentless-valve, including patients with severe calcification of aortic-root and annulus. No patient was excluded due to bicuspidia. Exclusion criteria included only severe calcification of the aortic-root extending to the coronary ostia and IV septum. Ninety-six (44%) patients were male and 124 (56%) female. Concerning etiology, 77% (n=170) were degenerative; 5% (n=11) bicuspid; 9% (n=20) rheumatic; 6% (n=13) endocarditis; 3% (n=6) prolapse. 169 (77%) patients had associated procedures. There was no operative mortality. The prosthesis was intra-operatively replaced by a stented-one in two patients with bicuspidia and severely distorted aortic-root geometry. Early mortality rate was 3% (n=7). At the post-operative echocardiogram, moderate PPM was found in 13 (5,8%) and severe in only 2 (0,9%) patients.

Conclusões: This new generation stentless-valve with single suture line is technically more feasible and compliant with most aortic-root anatomies. In our centre it resulted in a significant decrease of PPM. A word of caution regarding its implantation in severely distorted aortic-roots is warranted.

família streptococcus foram isolados respectivamente em 13 e 23 casos (53,7%), seguidos dos estafilococos coagulase-negativos (11,9%). Treze doentes sem agente isolado. Dos casos de endocardite protésica, 7 envolviam prótese aórtica (58,3%), 3 mitral (25%), 1 caso de endocardite homoenxerto e um de endocardite prótese mitral e aórtica. Foram isoladodos stafilococcus aureus (3 doentes), streptococcus (3 doentes), E. Faecalis (2) e estafilococos coagulase-negativos (1). 3 doentes agente isolado e apenas 2 casos de endocardite precoce. Tempo médio de UCI 6,26+/- 5,7 dias. Mortalidade precoce global de 14,3% relacionada com necessidade de suporte inotropico (p=0,043), tempo de cirurgia, CEC e clampagem (p=0,033; p=0,028; p=0,027, respectiva-mente) e tempo de UCI (p=0,048). Mortalidade aos 6 meses foi de 18,2% e aos 12 meses de 19,5%, significati-vamente maior em doentes com endocardite protésica (p= 0,0265). Follow-up médio 1,5 anos.

Conclusões: O perfil dos doentes com endocardite infecciosa reflete o padrão evolutivo desta entidade, associada a doentes mais velhos, com múltiplas co-morbilidades, submetidos a procedimentos invasivos. O padrão dos agentes infecciosos (S. aureus; Streptococcus) também parece estar de acordo com o descrito na literatura. As condições do pré-operatório, a doença avançada, necessidade de vasopressores e/ou inotrópicos e uma complexidade cirúrgica maior relacionam-se com a mortalidade.

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Daniela Varela Afonso¹; Pedro Coelho²; Luis Miranda²; José Fragata²1 - Centro Hospitalar de Lisboa, Hospital de Santa Marta; 2 - Cirurgia Cardio-torácica, Centro Hospitalar de Lisboa, Hospital de Santa Marta.

João Eurico Reis¹; Mónica Oliveira²; Ivan Bravio¹; Pedro Baptista¹; Fernando Palma Martelo¹1 - Hospital de Santa Marta - CHLC; 2 - ULSBA - H. Beja

Introdução: Existem diversos estudos que analisam a mortalidade em cuidados intensivos de doentes submeti-dos a hemodiafiltração venovenosa . As séries não são concordantes, variando os valores de mortalidade entre os 40 e 60%. A maioria das séries tem doentes com múltiplas patologias, sendo difícil a sua comparação.

Objectivos: Pretendemos com este estudo avaliar a mortalidade e complicações de doentes submetidos a cirurgia cardíaca e que no pós-operatório foram submeti-dos a hemodiafiltração veno venosa

Material e Métodos: A população estudada inclui 76 doentes (43 homens e 33 mulheres; idade média de 67,04±12.99 anos), submetidos a cirurgia cardíaca de Janeiro de 2008 a Março de 2013 e que necessitaram de hemodiafiltração veno venosa no pós-operatório. 23 das cirurgias efectuadas foram de carácter urgente, 3 emergentes e as restantes electivas, sendo 18 re-operações. 32 doentes foram submetidos a cirurgia valvular, 14 a cirurgia de revascularização do miocárdio, 8 a cirurgia valvular associada a revascularização do miocárdio e 22 a outras. O Euroscore I médio da popula-

Introdução: A presença de metastização á distância continua a ser um dos principais obstáculos ao tratamen-to dos doentes com neoplasia. A mudança de doença loco-regional a doença sistémica, normalmente deixava o doente para além do tratamento cirúrgico. De acordo com a literatura médica mundial, o tratamento operatório para as metástases pulmonares surgiu de modo acidental na segunda metade do século XIX e desenvolveu-se sob bases científicas no decorrer do século XX. Numerosos estudos retrospectivos demonstram hoje, que a ressecção de metástases limitada aos pulmões pode ser associada a um prolongamento da sobrevida.

Objectivos: Pretendemos mostrar a estatística do serviço de Cirurgia Cardiotoracica do Hospital de Santa Marta – CHLC, expondo as 62 mestatasectomias pulmonares realizadas desde 2010 até á actualidade. Os campos analisados foram as características das metasta-ses (uni ou bilaterais), o seu tempo de desenvolvimento, as diferentes estratégias cirúrgicas (Videotoracoscopia vs

ANÁLISE DE RESULTADOS DE DOENTES SUBMETIDOS A HEMODIAFILTRAÇÃO VENO- VENOSA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA.

METASTASECTOMIA PULMONAR NUM CENTRO DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA TORÁCICA

Palavras-chave: Metastasectomia Pulmonar

Notas NotasNotas Notas

2524

Sala ASala A

co11co10

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ção estudada foi de 15,8% (máximo de 57 e mínimo de 2.2%). O tempo médio de internamento na UCI foi de 18 dias (máximo de 185 e mínimo de 1 dia). O tempo médio de internamento foi de 26 dias (máximo de 190 dias e mínimo de 1 dia).

Resultados: A mortalidade foi de 31 doentes, tendo 24 falecido durante o internamento e 7 após a alta. A incidência de complicações foi para AVC 17%, revisão de hemostase 11% e só 2 doentes não necessitaram de transfusão. O Euroscore médio da população geral operada no Serviço é de 5.8%. A mortalidade intra-hospitalar é de 2.8% e ao fim de um ano de follow-up é de 6.1%

Conclusões: Os doentes submetidos a hemodiafiltração venovenosa têm um Euroscore I e mortalidade muito superior em relação à população geral operada, sendo mesmo a mortalidade verificada muito superior à prevista pelo Euroscore. A mortalidade de doentes submetidos a cirurgia cardíaca e com hemodiafiltração no pós- operatório é semelhante às séries publicadas, abordando este tipo de doentes.

Toracotomia), bem como o tipo de recessão efetuada (atípica ou lobectomia), e a sobrevida até à actualidade, entre outros campos de similar interesse.

Resultados: Pretende-se, com este trabalho estatístico, não retirar conclusões, devido a uma casuística relativa-mente baixa quando comparada a estudos internacionais, mas analisar a realidade do nosso serviço e compará-la com esses mesmos estudos

Conclusões: Apesar de aceite internacionalmente e realizada por muitos centros de referência em cirurgia torácica a falta de estudos randomizados continua a questionar a metastasectomia pulmonar. A maioria dos estudos são retrospetivos e por vezes os viéses são muitos. É por isso fundamental reportar a experiência de um dos principais centros de referência do país por forma a avaliar quais os factores que condicionam um melhor prognósti-co, para que possamos escolher os doentes que mais podem beneficiar deste tipo de terapêutica.

Page 27: Programa Final B - Skyros Congressos

Daniela Varela Afonso¹; Pedro Coelho²; Luis Miranda²; José Fragata²1 - Centro Hospitalar de Lisboa, Hospital de Santa Marta; 2 - Cirurgia Cardio-torácica, Centro Hospitalar de Lisboa, Hospital de Santa Marta.

João Eurico Reis¹; Mónica Oliveira²; Ivan Bravio¹; Pedro Baptista¹; Fernando Palma Martelo¹1 - Hospital de Santa Marta - CHLC; 2 - ULSBA - H. Beja

Introdução: Existem diversos estudos que analisam a mortalidade em cuidados intensivos de doentes submeti-dos a hemodiafiltração venovenosa . As séries não são concordantes, variando os valores de mortalidade entre os 40 e 60%. A maioria das séries tem doentes com múltiplas patologias, sendo difícil a sua comparação.

Objectivos: Pretendemos com este estudo avaliar a mortalidade e complicações de doentes submetidos a cirurgia cardíaca e que no pós-operatório foram submeti-dos a hemodiafiltração veno venosa

Material e Métodos: A população estudada inclui 76 doentes (43 homens e 33 mulheres; idade média de 67,04±12.99 anos), submetidos a cirurgia cardíaca de Janeiro de 2008 a Março de 2013 e que necessitaram de hemodiafiltração veno venosa no pós-operatório. 23 das cirurgias efectuadas foram de carácter urgente, 3 emergentes e as restantes electivas, sendo 18 re-operações. 32 doentes foram submetidos a cirurgia valvular, 14 a cirurgia de revascularização do miocárdio, 8 a cirurgia valvular associada a revascularização do miocárdio e 22 a outras. O Euroscore I médio da popula-

Introdução: A presença de metastização á distância continua a ser um dos principais obstáculos ao tratamen-to dos doentes com neoplasia. A mudança de doença loco-regional a doença sistémica, normalmente deixava o doente para além do tratamento cirúrgico. De acordo com a literatura médica mundial, o tratamento operatório para as metástases pulmonares surgiu de modo acidental na segunda metade do século XIX e desenvolveu-se sob bases científicas no decorrer do século XX. Numerosos estudos retrospectivos demonstram hoje, que a ressecção de metástases limitada aos pulmões pode ser associada a um prolongamento da sobrevida.

Objectivos: Pretendemos mostrar a estatística do serviço de Cirurgia Cardiotoracica do Hospital de Santa Marta – CHLC, expondo as 62 mestatasectomias pulmonares realizadas desde 2010 até á actualidade. Os campos analisados foram as características das metasta-ses (uni ou bilaterais), o seu tempo de desenvolvimento, as diferentes estratégias cirúrgicas (Videotoracoscopia vs

ANÁLISE DE RESULTADOS DE DOENTES SUBMETIDOS A HEMODIAFILTRAÇÃO VENO- VENOSA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA.

METASTASECTOMIA PULMONAR NUM CENTRO DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA TORÁCICA

Palavras-chave: Metastasectomia Pulmonar

Notas NotasNotas Notas

2524

Sala ASala A

co11co10

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ção estudada foi de 15,8% (máximo de 57 e mínimo de 2.2%). O tempo médio de internamento na UCI foi de 18 dias (máximo de 185 e mínimo de 1 dia). O tempo médio de internamento foi de 26 dias (máximo de 190 dias e mínimo de 1 dia).

Resultados: A mortalidade foi de 31 doentes, tendo 24 falecido durante o internamento e 7 após a alta. A incidência de complicações foi para AVC 17%, revisão de hemostase 11% e só 2 doentes não necessitaram de transfusão. O Euroscore médio da população geral operada no Serviço é de 5.8%. A mortalidade intra-hospitalar é de 2.8% e ao fim de um ano de follow-up é de 6.1%

Conclusões: Os doentes submetidos a hemodiafiltração venovenosa têm um Euroscore I e mortalidade muito superior em relação à população geral operada, sendo mesmo a mortalidade verificada muito superior à prevista pelo Euroscore. A mortalidade de doentes submetidos a cirurgia cardíaca e com hemodiafiltração no pós- operatório é semelhante às séries publicadas, abordando este tipo de doentes.

Toracotomia), bem como o tipo de recessão efetuada (atípica ou lobectomia), e a sobrevida até à actualidade, entre outros campos de similar interesse.

Resultados: Pretende-se, com este trabalho estatístico, não retirar conclusões, devido a uma casuística relativa-mente baixa quando comparada a estudos internacionais, mas analisar a realidade do nosso serviço e compará-la com esses mesmos estudos

Conclusões: Apesar de aceite internacionalmente e realizada por muitos centros de referência em cirurgia torácica a falta de estudos randomizados continua a questionar a metastasectomia pulmonar. A maioria dos estudos são retrospetivos e por vezes os viéses são muitos. É por isso fundamental reportar a experiência de um dos principais centros de referência do país por forma a avaliar quais os factores que condicionam um melhor prognósti-co, para que possamos escolher os doentes que mais podem beneficiar deste tipo de terapêutica.

Page 28: Programa Final B - Skyros Congressos

António Cruz Tomás¹; Paulo Franco¹; Teresa Martins¹; Álvaro Laranjeira Santos¹; Duarte Furtado¹; Luis Rodrigues¹; Manuel Magalhães¹; José Fragata¹1 - Hospital de Santa Marta

Paulo Neves¹; Miguel Guerra¹; Pedro Fernandes¹; Paulo Ponce¹; Sofia Neves²; José Miranda¹; Luís Vouga¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE; 2 - Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

Introdução: Os sistemas de reaproveitamento sanguí-neo (Cell Saver) têm sido usados extensivamente desde há alguns anos na cirurgia cardíaca. Contudo, o seu verdade-iro benefício, tanto clínico como económico, é de difícil avaliação, dependendo principalmente da cirurgia em causa e, consequentemente, a relação custo/benefício para justificar a sua utilização é muitas vezes controversa.

Objectivos: Verificar se a utilização de sistemas Cell Saver se justifica clinica e economicamente na cirurgia electiva de aneurismas degenerativos da aorta ascendente.

Material e Métodos: Entre Janeiro de 2008 e Outubro de 2013 foram operados no nosso Serviço, pela mesma equipa, 212 doentes com patologia da aorta torácica. Destes, foram estudados retrospectivamente os doentes submetidos a cirurgia electiva por aneurismas degenerati-vos da aorta, excluindo-se reoperações, reexplorações por hemorragia e doentes em programa de auto-transfusão, (n=88). Identificaram-se dois subgrupos – doentes em que foi utilizado Cell Saver (CS, n=66) e doentes em que não houve a sua utilização por indisponibilidade pontual deste equipamento (NCS, n=22). Quantificaram-se as necessidades transfusionais intra- operatoriamente e nas 24 horas seguintes e foi estimado o custo médio transfusi-onal por doente.

Introdução: Interstitial lung disease (ILD) comprises a varied group of processes, which diagnosis is obtainable using a stepwise and progressively more invasive tests. The decision to perform surgical lung biopsies (SLB) is based on the likelihood that pathological examination will yield speci?c information for treatment and prognosis.

Material e Métodos: This retrospective study included 84 consecutive patients submitted for SLB for ILD between 1998 and 2012. Patient's records and histological specimens were reviewed. All the patients analysed had undergone HRCT and bronchoscopy before SLB. Mean age at diagnosis was 49.9±13.8 years (range 20-79). The gender distribution was 43 males (51.2%) and 41 females (48.8%). Major comorbidities were present in 18 patients (21.4%) and 14 patients (16.7%) were on steroids or were immunosuppressed at the time of the SLB. Preoperative lung function revealed a mean FEV1 of 2.3±0.8L (85.6±20.8%) and a mean FVC of 2.9±0.9L (86.6±23.0%). Regarding admission characteristics, 6 patients (7.1%) were hospitalized and 3 patients (3.6%) were in the ICU before the SLB.

IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA CELL SAVER NA CIRURGIA ELECTIVA DE ANEURISMAS DEGENERATIVOS DA AORTA ASCENDENTE

INTERSTITIAL LUNG DISEASE: THE ROLE OF SURGICAL LUNG BIOPSY

Palavras-chave: Cell Saver, Aneurismas, Aorta ascendente, Cirurgia Palavras-chave: Interstitial, lung, biopsy, surgery

Notas NotasNotas Notas

2726

Sala ASala A

co13co12

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Resultados: No grupo CS o consumo de Concentrado Eritrocitário (CE) foi de 0,65 ± 1,02 unidades, de Plasma Fresco Congelado (PFC) 1,91 ± 1,42 unidades e de Plaquetas (Pl) 0,08 ± 0,32 unidades. No grupo NCS o consumo de CE foi de 0,68 ± 1,09 unidades, de PFC 0,95 ± 1,36 unidades e de Pl 0,05 ± 0,21 unidades. A percen-tagem de doentes sem necessidade de qualquer tipo de transfusão foi de 18,18% no grupo CS e de 50,00% no grupo NCS. O custo médio transfusional por doente no grupo CS foi de 296,62€ e no grupo NCS foi de 218,64€. Considerando-se ainda o custo de montagem do sistema de Cell Saver, o valor no grupo CS eleva- se para 485,62€ por doente.

Conclusões: O grupo CS apresentou maiores necessida-des transfusionais de PFC e Pl do que o grupo NCS. Não houve diferença significativa entre os dois grupos no consumo de CE. Assim, o uso de Cell Saver leva a uma maior utilização de PFC e Pl, pelo que o custo médio transfusional se torna consideravelmente mais elevado nestes doentes, não se justificando assim clinica e economicamente na cirurgia electiva de patologia degenerativa da aorta ascendente.

Resultados: The types of operation were: open SLB in 22 patients (26.2%) and VATS in 62 patients (73.8%). Reasons for open SLB were: adhesions in 17 subjects (77.3%) and patient unable to tolerate single lung ventilation in ?ve (22.7%). No intraoperative complicati-ons were reported. The mean number of biopsies performed per patient was 2.0±0.5 and right lung was chosen on most patients (88.1%). The mean length of stay was 5.0±3 days. Histopathological diagnosis was speci?c in 74 patients (88.1%) and descriptive in 6 (7.1%).Therefore, we recorded a diagnostic accuracy rate of 95.2%. The most frequent diagnoses were: non-specific interstitial pneumonia in 14 patients (16.7%) and usual interstitial pneumonia in 12 (14.3%).

Conclusões: Our study showed that SLB is a safe and accurate diagnostic tool for ILD. However, a step-wise process for selection of patients is recommended to decrease mortality and postoperative complications.

Page 29: Programa Final B - Skyros Congressos

António Cruz Tomás¹; Paulo Franco¹; Teresa Martins¹; Álvaro Laranjeira Santos¹; Duarte Furtado¹; Luis Rodrigues¹; Manuel Magalhães¹; José Fragata¹1 - Hospital de Santa Marta

Paulo Neves¹; Miguel Guerra¹; Pedro Fernandes¹; Paulo Ponce¹; Sofia Neves²; José Miranda¹; Luís Vouga¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE; 2 - Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

Introdução: Os sistemas de reaproveitamento sanguí-neo (Cell Saver) têm sido usados extensivamente desde há alguns anos na cirurgia cardíaca. Contudo, o seu verdade-iro benefício, tanto clínico como económico, é de difícil avaliação, dependendo principalmente da cirurgia em causa e, consequentemente, a relação custo/benefício para justificar a sua utilização é muitas vezes controversa.

Objectivos: Verificar se a utilização de sistemas Cell Saver se justifica clinica e economicamente na cirurgia electiva de aneurismas degenerativos da aorta ascendente.

Material e Métodos: Entre Janeiro de 2008 e Outubro de 2013 foram operados no nosso Serviço, pela mesma equipa, 212 doentes com patologia da aorta torácica. Destes, foram estudados retrospectivamente os doentes submetidos a cirurgia electiva por aneurismas degenerati-vos da aorta, excluindo-se reoperações, reexplorações por hemorragia e doentes em programa de auto-transfusão, (n=88). Identificaram-se dois subgrupos – doentes em que foi utilizado Cell Saver (CS, n=66) e doentes em que não houve a sua utilização por indisponibilidade pontual deste equipamento (NCS, n=22). Quantificaram-se as necessidades transfusionais intra- operatoriamente e nas 24 horas seguintes e foi estimado o custo médio transfusi-onal por doente.

Introdução: Interstitial lung disease (ILD) comprises a varied group of processes, which diagnosis is obtainable using a stepwise and progressively more invasive tests. The decision to perform surgical lung biopsies (SLB) is based on the likelihood that pathological examination will yield speci?c information for treatment and prognosis.

Material e Métodos: This retrospective study included 84 consecutive patients submitted for SLB for ILD between 1998 and 2012. Patient's records and histological specimens were reviewed. All the patients analysed had undergone HRCT and bronchoscopy before SLB. Mean age at diagnosis was 49.9±13.8 years (range 20-79). The gender distribution was 43 males (51.2%) and 41 females (48.8%). Major comorbidities were present in 18 patients (21.4%) and 14 patients (16.7%) were on steroids or were immunosuppressed at the time of the SLB. Preoperative lung function revealed a mean FEV1 of 2.3±0.8L (85.6±20.8%) and a mean FVC of 2.9±0.9L (86.6±23.0%). Regarding admission characteristics, 6 patients (7.1%) were hospitalized and 3 patients (3.6%) were in the ICU before the SLB.

IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA CELL SAVER NA CIRURGIA ELECTIVA DE ANEURISMAS DEGENERATIVOS DA AORTA ASCENDENTE

INTERSTITIAL LUNG DISEASE: THE ROLE OF SURGICAL LUNG BIOPSY

Palavras-chave: Cell Saver, Aneurismas, Aorta ascendente, Cirurgia Palavras-chave: Interstitial, lung, biopsy, surgery

Notas NotasNotas Notas

2726

Sala ASala A

co13co12

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

Resultados: No grupo CS o consumo de Concentrado Eritrocitário (CE) foi de 0,65 ± 1,02 unidades, de Plasma Fresco Congelado (PFC) 1,91 ± 1,42 unidades e de Plaquetas (Pl) 0,08 ± 0,32 unidades. No grupo NCS o consumo de CE foi de 0,68 ± 1,09 unidades, de PFC 0,95 ± 1,36 unidades e de Pl 0,05 ± 0,21 unidades. A percen-tagem de doentes sem necessidade de qualquer tipo de transfusão foi de 18,18% no grupo CS e de 50,00% no grupo NCS. O custo médio transfusional por doente no grupo CS foi de 296,62€ e no grupo NCS foi de 218,64€. Considerando-se ainda o custo de montagem do sistema de Cell Saver, o valor no grupo CS eleva- se para 485,62€ por doente.

Conclusões: O grupo CS apresentou maiores necessida-des transfusionais de PFC e Pl do que o grupo NCS. Não houve diferença significativa entre os dois grupos no consumo de CE. Assim, o uso de Cell Saver leva a uma maior utilização de PFC e Pl, pelo que o custo médio transfusional se torna consideravelmente mais elevado nestes doentes, não se justificando assim clinica e economicamente na cirurgia electiva de patologia degenerativa da aorta ascendente.

Resultados: The types of operation were: open SLB in 22 patients (26.2%) and VATS in 62 patients (73.8%). Reasons for open SLB were: adhesions in 17 subjects (77.3%) and patient unable to tolerate single lung ventilation in ?ve (22.7%). No intraoperative complicati-ons were reported. The mean number of biopsies performed per patient was 2.0±0.5 and right lung was chosen on most patients (88.1%). The mean length of stay was 5.0±3 days. Histopathological diagnosis was speci?c in 74 patients (88.1%) and descriptive in 6 (7.1%).Therefore, we recorded a diagnostic accuracy rate of 95.2%. The most frequent diagnoses were: non-specific interstitial pneumonia in 14 patients (16.7%) and usual interstitial pneumonia in 12 (14.3%).

Conclusões: Our study showed that SLB is a safe and accurate diagnostic tool for ILD. However, a step-wise process for selection of patients is recommended to decrease mortality and postoperative complications.

Page 30: Programa Final B - Skyros Congressos

João Eurico Reis¹; Ivan Bravio¹; Pedro Baptista¹; Fernando Palma Martelo¹1 - Hospital de Santa Marta – CHLC

Márcio Madeira¹; Gonçalo Cardoso²; Carina Machado³; João Brito²; Moradas Ferreira¹; Manuel Almeida²; Miguel Abecassis¹; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz - Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Hospital de Santa Cruz - Cardiologia; 3 - Hospital Divino Espírito Santo – Cardiologia

Introdução: O papel da cirurgia minimamente invasiva no cancro do pulmão tem vindo a crescer significativa-mente na última década, com a implementação de programas de Lobectomia e outras ressecções anatómicas por Videotoracoscopia (VATS) um pouco por todo o mundo. Apesar disso em Portugal a sua prática ainda é limitada.

Objectivos: Vimos reportar a experiência das ressecções pulmonares anatómicas realizadas por VATS pela nossa equipa, entre Maio de 2008 e Novembro de 2013.

Resultados: Os doentes propostos para este tipo de cirurgia são essencialmente doentes idosos, com uma média de 68±11 anos, variando entre os 31 e os 85 anos; com co-morbilidades significativas. Iniciaram-se 62 ressecções anatómicas por VATS mas 8 (13%) foram convertidas ou pelo alargamento da utility incision ou para toracotomia. Foram realizadas lobectomias de todos os lobos (LSD=26%, N=14; LM=20%, N=11, LID=15%, N=8; LSE=11%, N=6 e LIE=15%, N=8). Foram igualmente realizadas 4 segmentectomias S6 (7%, 2 à direita e 2 à esquerda) e também 2 lingulecto-mias e uma segmentectomia anterior do LSE. A cirurgia foi realizada maioritariamente por neoplasia primitiva do pulmão (81%, n=44) e o adenocarcinoma foi o tipo histológico mais frequente (75%, N=33). Tratavam-se essencialmente de doentes com estádios

Introdução: Não existem critérios claros nem cientifica-mente estabelecidos para estratificar os doentes inscritos para cirurgia cardíaca. Os critérios em vigor a nível local podem não ser seguidos uniformemente. Os doentes prioritários, muito prioritários e urgentes são operados e os doentes não prioritários podem estar muito tempo à espera ou podem subir de grau de prioridade. Este trabalho tem por objectivo perceber o que ocorre com os doentes não prioritários em lista de espera e quais os factores associados a piores resultados.

Material e Métodos: Foram seleccionados retrospecti-vamente todos os doentes não prioritários que se encontravam em lista de espera no mês de Novembro de 2011 (n=208). Efectuou-se o follow-up até ao dia da cirurgia, no caso de terem sido operados, ou até Dezembro de 2012, nos que não foram operados. Do grupo inicial excluíram-se 8 (3,8%) por erro de listagem e 11 (5,3%) foram perdidos para follow-up. Os doentes foram divididos em dois grupos: A – operados e B - não operados no período do estudo. Efectuou-se análise multivariável (teste qui quadrado e t de student) entre os grupos. O grupo de doentes não operados foi avaliado por análise univariável e multivariável (regressão de Cox). Utilizou-se um nível de significância de 5%.

5 ANOS DE CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NO CANCRO DO PULMÃO. A EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPA.

ESTRATIFICAÇÃO DE DOENTES NÃO PRIORITÁRIOS NUMA LISTA DE ESPERA DE CIRURGIA CARDÍACA

Palavras-chave: Cancro do Pulmão, Lobectomia VATS, Cirurgia Minimamente InvasivaPalavras-chave: Lista de espera, Cirurgia cardiaca, Doentes não prioritários

Notas NotasNotas Notas

2928

Sala ASala A

co15co14

Comunicações Cirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

iniciais de neoplasia com dimensão média das lesões inferior a 25mm, nenhum tinha doença N2, e apenas 2 doentes doença N1. Foram excisados em média 3,7±1,25 grupos ganglionares. Também foram realiza-das lobectomias por doença metastática (15%, n=8) nomeadamente de origem colo-rectal e 2 por doença benigna. Com a aquisição de experiência tem-se verificado uma diminuição progressiva dos tempos operatórios sendo o tempo médio de 231±64 minutos num intervalo entre 135 e 350 minutos. O tempo com drenagem torácica tem uma mediana de 4 dias, claramente inferior ao tempo habitual para cirurgia convencional. Igualmente menor é o tempo de internamento tem uma mediana de 6 dias. O tempo de follow-up médio é de 12 meses tem um intervalo compreendido entre 1 dia e 5 anos. Em relação à sobrevida, há a realçar apenas o falecimento de dois doentes. Verificou-se recidiva mediastinica num doente.

Conclusões: A cirurgia minimamente invasiva afirma-se cada vez mais como a escolha a oferecer aos doentes com neoplasia do pulmão em estádio precoce, especialmente em doentes com co-morbilidades, permitindo um período pós-operatório com menor tempo de drenagem e de internamento, menos dor, com bom resultado estético, mas sempre implicando uma linfadenectomia regrada, de forma a garantir uma boa sobrevida para os nossos doentes.

Resultados: No grupo de estudo de 189 dts (idade 66 ± 13 anos; sexo feminino 38,1%), 30,7% eram de etiologia isquémica, 45,5% valvular e 10.6% ambas. Da análise entre grupos concluiu-se que existia diferença significativa na idade (p=0,018), dislipidémia (p=<0,001) e mais de três factores de risco (p=0,016). Os grupos eram semelhan-tes no que respeita aos factores de risco cardiovascular isolados, sintomatologia, euroscore ii e etiologia da indicação operatória. O grupo B tem 51 doentes (idade 69,4 ± 11,9 anos; sexo feminino 43,1%), com etiologia valvular em 35,3 %, isquémica em 35,3% e valvu-lar/isquémica em 7,8%. Constatou-se que nos doentes falecidos (n=5) um morreu de causas não cardíacas e outro foi chamado múltiplas vezes e adiou a intervenção. Excluindo estes casos, o tempo desde inscrição em LE até morte foi em média 120 dias. Na análise multivariável verificou-se que NYHA>2 (HR 13,8 IC95% 1,14-166,52; p=0.039) e a necessidade de 2 procedimentos cirúrgicos (HR30,97 IC95% 2,34-408,45; p= 0,009) são preditores de mortalidade neste grupo de doentes.

Conclusões: Na população analisada de doentes não operados, NYHA>2 e a necessidade de ser submetido a dois procedimentos foram preditores independentes de mortalidade. Os estudos de LE são raros e sem metodolo-gia bem estabelecida pelo que este tem muitas limitações.

Page 31: Programa Final B - Skyros Congressos

João Eurico Reis¹; Ivan Bravio¹; Pedro Baptista¹; Fernando Palma Martelo¹1 - Hospital de Santa Marta – CHLC

Márcio Madeira¹; Gonçalo Cardoso²; Carina Machado³; João Brito²; Moradas Ferreira¹; Manuel Almeida²; Miguel Abecassis¹; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz - Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Hospital de Santa Cruz - Cardiologia; 3 - Hospital Divino Espírito Santo – Cardiologia

Introdução: O papel da cirurgia minimamente invasiva no cancro do pulmão tem vindo a crescer significativa-mente na última década, com a implementação de programas de Lobectomia e outras ressecções anatómicas por Videotoracoscopia (VATS) um pouco por todo o mundo. Apesar disso em Portugal a sua prática ainda é limitada.

Objectivos: Vimos reportar a experiência das ressecções pulmonares anatómicas realizadas por VATS pela nossa equipa, entre Maio de 2008 e Novembro de 2013.

Resultados: Os doentes propostos para este tipo de cirurgia são essencialmente doentes idosos, com uma média de 68±11 anos, variando entre os 31 e os 85 anos; com co-morbilidades significativas. Iniciaram-se 62 ressecções anatómicas por VATS mas 8 (13%) foram convertidas ou pelo alargamento da utility incision ou para toracotomia. Foram realizadas lobectomias de todos os lobos (LSD=26%, N=14; LM=20%, N=11, LID=15%, N=8; LSE=11%, N=6 e LIE=15%, N=8). Foram igualmente realizadas 4 segmentectomias S6 (7%, 2 à direita e 2 à esquerda) e também 2 lingulecto-mias e uma segmentectomia anterior do LSE. A cirurgia foi realizada maioritariamente por neoplasia primitiva do pulmão (81%, n=44) e o adenocarcinoma foi o tipo histológico mais frequente (75%, N=33). Tratavam-se essencialmente de doentes com estádios

Introdução: Não existem critérios claros nem cientifica-mente estabelecidos para estratificar os doentes inscritos para cirurgia cardíaca. Os critérios em vigor a nível local podem não ser seguidos uniformemente. Os doentes prioritários, muito prioritários e urgentes são operados e os doentes não prioritários podem estar muito tempo à espera ou podem subir de grau de prioridade. Este trabalho tem por objectivo perceber o que ocorre com os doentes não prioritários em lista de espera e quais os factores associados a piores resultados.

Material e Métodos: Foram seleccionados retrospecti-vamente todos os doentes não prioritários que se encontravam em lista de espera no mês de Novembro de 2011 (n=208). Efectuou-se o follow-up até ao dia da cirurgia, no caso de terem sido operados, ou até Dezembro de 2012, nos que não foram operados. Do grupo inicial excluíram-se 8 (3,8%) por erro de listagem e 11 (5,3%) foram perdidos para follow-up. Os doentes foram divididos em dois grupos: A – operados e B - não operados no período do estudo. Efectuou-se análise multivariável (teste qui quadrado e t de student) entre os grupos. O grupo de doentes não operados foi avaliado por análise univariável e multivariável (regressão de Cox). Utilizou-se um nível de significância de 5%.

5 ANOS DE CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NO CANCRO DO PULMÃO. A EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPA.

ESTRATIFICAÇÃO DE DOENTES NÃO PRIORITÁRIOS NUMA LISTA DE ESPERA DE CIRURGIA CARDÍACA

Palavras-chave: Cancro do Pulmão, Lobectomia VATS, Cirurgia Minimamente InvasivaPalavras-chave: Lista de espera, Cirurgia cardiaca, Doentes não prioritários

Notas NotasNotas Notas

2928

Sala ASala A

co15co14

Comunicações Cirurgia

Cardiotorácica

ComunicaçõesCirurgia

Cardiotorácica

iniciais de neoplasia com dimensão média das lesões inferior a 25mm, nenhum tinha doença N2, e apenas 2 doentes doença N1. Foram excisados em média 3,7±1,25 grupos ganglionares. Também foram realiza-das lobectomias por doença metastática (15%, n=8) nomeadamente de origem colo-rectal e 2 por doença benigna. Com a aquisição de experiência tem-se verificado uma diminuição progressiva dos tempos operatórios sendo o tempo médio de 231±64 minutos num intervalo entre 135 e 350 minutos. O tempo com drenagem torácica tem uma mediana de 4 dias, claramente inferior ao tempo habitual para cirurgia convencional. Igualmente menor é o tempo de internamento tem uma mediana de 6 dias. O tempo de follow-up médio é de 12 meses tem um intervalo compreendido entre 1 dia e 5 anos. Em relação à sobrevida, há a realçar apenas o falecimento de dois doentes. Verificou-se recidiva mediastinica num doente.

Conclusões: A cirurgia minimamente invasiva afirma-se cada vez mais como a escolha a oferecer aos doentes com neoplasia do pulmão em estádio precoce, especialmente em doentes com co-morbilidades, permitindo um período pós-operatório com menor tempo de drenagem e de internamento, menos dor, com bom resultado estético, mas sempre implicando uma linfadenectomia regrada, de forma a garantir uma boa sobrevida para os nossos doentes.

Resultados: No grupo de estudo de 189 dts (idade 66 ± 13 anos; sexo feminino 38,1%), 30,7% eram de etiologia isquémica, 45,5% valvular e 10.6% ambas. Da análise entre grupos concluiu-se que existia diferença significativa na idade (p=0,018), dislipidémia (p=<0,001) e mais de três factores de risco (p=0,016). Os grupos eram semelhan-tes no que respeita aos factores de risco cardiovascular isolados, sintomatologia, euroscore ii e etiologia da indicação operatória. O grupo B tem 51 doentes (idade 69,4 ± 11,9 anos; sexo feminino 43,1%), com etiologia valvular em 35,3 %, isquémica em 35,3% e valvu-lar/isquémica em 7,8%. Constatou-se que nos doentes falecidos (n=5) um morreu de causas não cardíacas e outro foi chamado múltiplas vezes e adiou a intervenção. Excluindo estes casos, o tempo desde inscrição em LE até morte foi em média 120 dias. Na análise multivariável verificou-se que NYHA>2 (HR 13,8 IC95% 1,14-166,52; p=0.039) e a necessidade de 2 procedimentos cirúrgicos (HR30,97 IC95% 2,34-408,45; p= 0,009) são preditores de mortalidade neste grupo de doentes.

Conclusões: Na população analisada de doentes não operados, NYHA>2 e a necessidade de ser submetido a dois procedimentos foram preditores independentes de mortalidade. Os estudos de LE são raros e sem metodolo-gia bem estabelecida pelo que este tem muitas limitações.

Page 32: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

PostersCirurgia Cardiotorácica

Sala A

Page 33: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

PostersCirurgia Cardiotorácica

Sala A

Page 34: Programa Final B - Skyros Congressos

Márcio Madeira¹; Catarina Martins²; Jaime Pamplona²; Tiago Nolasco¹; Marta Marques¹; Isabel Fragata²; Tiago Baptista²; João Reis²; Miguel Abecassis¹; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz - CCT; 2 - Hospital de São José - Neurorradiologia

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) pós cirurgia cardíaca constitui uma complicação com incidênci-as globais de 4- 6%. A terapêutica do AVC isquémico no contexto de cirurgia cardíaca é limitada. A fibrinolise sistémica está contra-indicada devido à cirurgia major recente. As terapêuticas que podem constituir alternativa são a trombectomia mecânica e a fibrinolise intravascular.

Resultados: Casos Clínicos - Três mulheres de 72, 20 e 42 anos foram submetidas a cirurgia coronária com dupla mamária em T sem manipulação da aorta, paliação de cardiopatia congénita complicada de endocardite ao 21º dia e implantação de conduto na aorta ascendente por aneurisma, respectivamente. O período pós-operatório foi complicado por AVC aos 1º, 24º e 5º dias. O diagnóstico foi completado por TC-CE (tomografia computorizada crânio-encefalica) e angiografia dos troncos supra-aórticos e cerebral até 8 horas após o evento. Em todos os casos a etiologia embólica foi assumida como mais

TROMBECTOMIA MECÂNICA NA TERAPÊUTICA DO AVC PÓS CIRURGIA CARDÍACA: TRÊS CASOS CLÍNICOS.

Palavras-chave: AVC, Cirurgia cardiaca, trombectomia mecânica, terapêutica

NotasNotas

33

po01Sala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

provável. Foi feita trombectomia mecânica com dispositi-vo TREVO em dois casos e SOLITAIRE no outro com repermeabilização completa da artéria afectada (fluxo TICI 3). Apresentamos os exames imagiológicos antes e depois da intervenção. Nas duas primeiras doentes verificou-se recuperação neurológica total. A terceira doente recuperou das: alteração do estado de consciên-cia, anosognosia, desvio da cabeça para a direita, hemianopsia homónima esquerda, paresia facial central esquerda, disartria, hemiplegia esquerda e hemihiposte-sia álgica esquerda, mas ficou com ligeira hemiparesia esquerda (força 4 em 5).

Conclusões: O AVC além das sequelas que apresenta provoca morbilidade e mortalidade elevadas (44% versus 9% a 1 ano). Em cirurgia cardíaca o diagnóstico atempa-do é raro e a logística para tratamento é difícil. A trombec-tomia mecânica foi uma mais-valia nestes casos mas serão necessários mais estudos.

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Márcio Madeira¹; Catarina Martins²; Jaime Pamplona²; Tiago Nolasco¹; Marta Marques¹; Isabel Fragata²; Tiago Baptista²; João Reis²; Miguel Abecassis¹; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz - CCT; 2 - Hospital de São José - Neurorradiologia

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) pós cirurgia cardíaca constitui uma complicação com incidênci-as globais de 4- 6%. A terapêutica do AVC isquémico no contexto de cirurgia cardíaca é limitada. A fibrinolise sistémica está contra-indicada devido à cirurgia major recente. As terapêuticas que podem constituir alternativa são a trombectomia mecânica e a fibrinolise intravascular.

Resultados: Casos Clínicos - Três mulheres de 72, 20 e 42 anos foram submetidas a cirurgia coronária com dupla mamária em T sem manipulação da aorta, paliação de cardiopatia congénita complicada de endocardite ao 21º dia e implantação de conduto na aorta ascendente por aneurisma, respectivamente. O período pós-operatório foi complicado por AVC aos 1º, 24º e 5º dias. O diagnóstico foi completado por TC-CE (tomografia computorizada crânio-encefalica) e angiografia dos troncos supra-aórticos e cerebral até 8 horas após o evento. Em todos os casos a etiologia embólica foi assumida como mais

TROMBECTOMIA MECÂNICA NA TERAPÊUTICA DO AVC PÓS CIRURGIA CARDÍACA: TRÊS CASOS CLÍNICOS.

Palavras-chave: AVC, Cirurgia cardiaca, trombectomia mecânica, terapêutica

NotasNotas

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po01Sala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

provável. Foi feita trombectomia mecânica com dispositi-vo TREVO em dois casos e SOLITAIRE no outro com repermeabilização completa da artéria afectada (fluxo TICI 3). Apresentamos os exames imagiológicos antes e depois da intervenção. Nas duas primeiras doentes verificou-se recuperação neurológica total. A terceira doente recuperou das: alteração do estado de consciên-cia, anosognosia, desvio da cabeça para a direita, hemianopsia homónima esquerda, paresia facial central esquerda, disartria, hemiplegia esquerda e hemihiposte-sia álgica esquerda, mas ficou com ligeira hemiparesia esquerda (força 4 em 5).

Conclusões: O AVC além das sequelas que apresenta provoca morbilidade e mortalidade elevadas (44% versus 9% a 1 ano). Em cirurgia cardíaca o diagnóstico atempa-do é raro e a logística para tratamento é difícil. A trombec-tomia mecânica foi uma mais-valia nestes casos mas serão necessários mais estudos.

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Hagen Kahlbau¹; Luís Baquero¹; Andreia Gordo¹; Rui Cerejo¹; Conceição Trigo²; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cardiologia Pediátrica

Giovanna Koukoulis¹; Márcio Madeira¹; Marta Marques¹; Sofia Calado²; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Hospital Egas Moniz, CHLO

Introdução: Os teratomas cardíacos são uma entidade rara de tumores cardíacos primários em pediatria. Dentro deste grupo os teratomas pericárdicos são os mais frequentes, tendo sido relatados na literatura poucos casos destes tumores verdadeiramente intracardíacos.

Objectivos: Descrever o caso clinico de um doente com Teratoma Intracardíaco adquirido, uma patologia muito rara em idade Pediátrica.

Material e Métodos: Doente com 7 anos de idade, natural da Guiné-Bissau, com diagnóstico neonatal de estenose pulmonar crítica, que foi submetido a dilatação percutânea da válvula Pulmonar e realização de Shunt Blalock-Taussig modificado, à direita, no período neonatal. Com 1 ano de idade foi submetido a peeling de fibroelas-tose, ressecção de bandas e reconstrução da câmara de saída do ventrículo direito com bom resultado cirúrgico e sem evidência de outras alterações intracardíacas.

Resultados: Manteve seguimento com ecocardiogra-mas regulares, que não demonstraram alterações até aos seis anos de idade. Aos sete anos, foi detetada massa multilobular quística no ventrículo direito (VD) aderente ao septo inter-ventricular (SIV) por ecocardiografia transtorácico. Realizou Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardíacas que confirmaram a presença de uma massa multiseptada com 6x3cm, no

Introdução: A hipotermia terapêutica após paragem cardíaca prolongada seguida de coma tornou-se tratamento recomendado em guidelines europeias de 2010. No entanto é raramente usado ou reportado após cirurgia cardíaca, talvez por poder agravar o período pós-operatório com alteração da coagulação, arritmias, redução débito cardíaco e menor resposta aos inotrópi-cos.

Objectivos: Mostrar a aplicabilidade da técnica e a experiência inical.

Material e Métodos: Quatro doentes do sexo masculi-no, com idade de 38 a 61 anos foram admitidos com doença coronária instável (2), endocardite da válvula aórtica (1) e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (1). A paragem cardíaca ocorreu durante a indução da anestesia (2), duas horas após cirurgia na UCI (1) e 3 dias depois na enfermaria (1). O tempo de reanimação foi de 28 a 38 minutos, tendo a reanimação sido conseguida com massagem interna (4) e entrada em CEC de emergência

TERATOMA CARDÍACO GIGANTE DO SEPTO INTERVENTRICULAR NUMA CRIANÇA DE 7 ANOS DE IDADE

HIPOTERMIA TERAPÊUTICA APÓS CIRURGIA CARDÍACA: 4 CASOS.

Palavras-chave: Teratoma, Tumor cardiacPalavras-chave: Hipotermia , Reanimação

Notas NotasNotas Notas

3534

po03po02Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

lúmen do VD, sugestiva de doença hidática. Analiticamente e serologicamente sem alterações e sem evidência imagiológica de doença hidática noutra localização. Iniciou terapêutica antiparasitária com Albendazole + Prednisolona e após um mês foi submetido a cirurgia. Durante o procedimento, sob circulação extra-corporal, realizou-se ressecção completa da massa quística, tendo o SIV, válvula tricúspide e câmara saída VD ficado intactos. O pós-operatório decorreu sem intercor-rências. O exame anatomo-patológico da peça demons-trou teratoma imaturo contendo tecido de endo, meso e ectoderme com predominância de elementos quísticos.

Conclusões: Os teratomas intracardíacos são massas benignas que normalmente têm origem no lado direito do SIV. Estão presentes em recém-nascidos ou crianças que se apresentam com obstrução da câmara de saída do VD. O diagnóstico diferencial de massas quísticas no coração inclui doença hidática, hemangioma, aneurismas do septo membranoso, endocardite e quistos broncogénicos. Descrevemos o caso, muito raro, de um teratoma intracardíaco que não estava presente no nascimento, e que apresentou rápido crescimento. Apesar da raridade, os teratomas intracardíacos devem ser tidos em conta no diagnóstico diferencial de massa quística nas cavidades direitas, sendo que o único tratamento efetivo é a ressecção cirúrgica.

(3). No hospital foi implementado um protocolo internaci-onal de hipotermia terapêutica com a duração de 24 horas que todos cumpriram.

Resultados: Um doente com enfarte miocárdico peri-operatório teve necessidade de ECMO durante 4 dias; nas primeiras horas teve hemorragia importante e altas doses de inotrópicos. Nos outros doentes não houve mais complicações. O tempo de internamento na UCI foi de 5 a 29 dias e no hospital de 9 a 50 dias. Em três doentes houve recuperação neurológica total basados na Cerebral Performance Category Scale, outro doente ficou com alteração moderada do comportamento e desequilíbrio.

Conclusões: A hipotermia terapêutica pode ser uma boa opção em casos de paragem cardíaca prolongada. Não estão ainda determinados os limites de aplicação e o grau de recuperação potencial dos doentes. No contexto da cirurgia cardíaca é de fácil implementação, não parece aumentar a taxa de complicações e pode melhorar o prognóstico.

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Hagen Kahlbau¹; Luís Baquero¹; Andreia Gordo¹; Rui Cerejo¹; Conceição Trigo²; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cardiologia Pediátrica

Giovanna Koukoulis¹; Márcio Madeira¹; Marta Marques¹; Sofia Calado²; José Neves¹1 - Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Hospital Egas Moniz, CHLO

Introdução: Os teratomas cardíacos são uma entidade rara de tumores cardíacos primários em pediatria. Dentro deste grupo os teratomas pericárdicos são os mais frequentes, tendo sido relatados na literatura poucos casos destes tumores verdadeiramente intracardíacos.

Objectivos: Descrever o caso clinico de um doente com Teratoma Intracardíaco adquirido, uma patologia muito rara em idade Pediátrica.

Material e Métodos: Doente com 7 anos de idade, natural da Guiné-Bissau, com diagnóstico neonatal de estenose pulmonar crítica, que foi submetido a dilatação percutânea da válvula Pulmonar e realização de Shunt Blalock-Taussig modificado, à direita, no período neonatal. Com 1 ano de idade foi submetido a peeling de fibroelas-tose, ressecção de bandas e reconstrução da câmara de saída do ventrículo direito com bom resultado cirúrgico e sem evidência de outras alterações intracardíacas.

Resultados: Manteve seguimento com ecocardiogra-mas regulares, que não demonstraram alterações até aos seis anos de idade. Aos sete anos, foi detetada massa multilobular quística no ventrículo direito (VD) aderente ao septo inter-ventricular (SIV) por ecocardiografia transtorácico. Realizou Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardíacas que confirmaram a presença de uma massa multiseptada com 6x3cm, no

Introdução: A hipotermia terapêutica após paragem cardíaca prolongada seguida de coma tornou-se tratamento recomendado em guidelines europeias de 2010. No entanto é raramente usado ou reportado após cirurgia cardíaca, talvez por poder agravar o período pós-operatório com alteração da coagulação, arritmias, redução débito cardíaco e menor resposta aos inotrópi-cos.

Objectivos: Mostrar a aplicabilidade da técnica e a experiência inical.

Material e Métodos: Quatro doentes do sexo masculi-no, com idade de 38 a 61 anos foram admitidos com doença coronária instável (2), endocardite da válvula aórtica (1) e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (1). A paragem cardíaca ocorreu durante a indução da anestesia (2), duas horas após cirurgia na UCI (1) e 3 dias depois na enfermaria (1). O tempo de reanimação foi de 28 a 38 minutos, tendo a reanimação sido conseguida com massagem interna (4) e entrada em CEC de emergência

TERATOMA CARDÍACO GIGANTE DO SEPTO INTERVENTRICULAR NUMA CRIANÇA DE 7 ANOS DE IDADE

HIPOTERMIA TERAPÊUTICA APÓS CIRURGIA CARDÍACA: 4 CASOS.

Palavras-chave: Teratoma, Tumor cardiacPalavras-chave: Hipotermia , Reanimação

Notas NotasNotas Notas

3534

po03po02Sala ASala A

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Cardiotorácica

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Cardiotorácica

lúmen do VD, sugestiva de doença hidática. Analiticamente e serologicamente sem alterações e sem evidência imagiológica de doença hidática noutra localização. Iniciou terapêutica antiparasitária com Albendazole + Prednisolona e após um mês foi submetido a cirurgia. Durante o procedimento, sob circulação extra-corporal, realizou-se ressecção completa da massa quística, tendo o SIV, válvula tricúspide e câmara saída VD ficado intactos. O pós-operatório decorreu sem intercor-rências. O exame anatomo-patológico da peça demons-trou teratoma imaturo contendo tecido de endo, meso e ectoderme com predominância de elementos quísticos.

Conclusões: Os teratomas intracardíacos são massas benignas que normalmente têm origem no lado direito do SIV. Estão presentes em recém-nascidos ou crianças que se apresentam com obstrução da câmara de saída do VD. O diagnóstico diferencial de massas quísticas no coração inclui doença hidática, hemangioma, aneurismas do septo membranoso, endocardite e quistos broncogénicos. Descrevemos o caso, muito raro, de um teratoma intracardíaco que não estava presente no nascimento, e que apresentou rápido crescimento. Apesar da raridade, os teratomas intracardíacos devem ser tidos em conta no diagnóstico diferencial de massa quística nas cavidades direitas, sendo que o único tratamento efetivo é a ressecção cirúrgica.

(3). No hospital foi implementado um protocolo internaci-onal de hipotermia terapêutica com a duração de 24 horas que todos cumpriram.

Resultados: Um doente com enfarte miocárdico peri-operatório teve necessidade de ECMO durante 4 dias; nas primeiras horas teve hemorragia importante e altas doses de inotrópicos. Nos outros doentes não houve mais complicações. O tempo de internamento na UCI foi de 5 a 29 dias e no hospital de 9 a 50 dias. Em três doentes houve recuperação neurológica total basados na Cerebral Performance Category Scale, outro doente ficou com alteração moderada do comportamento e desequilíbrio.

Conclusões: A hipotermia terapêutica pode ser uma boa opção em casos de paragem cardíaca prolongada. Não estão ainda determinados os limites de aplicação e o grau de recuperação potencial dos doentes. No contexto da cirurgia cardíaca é de fácil implementação, não parece aumentar a taxa de complicações e pode melhorar o prognóstico.

Page 38: Programa Final B - Skyros Congressos

M. Francisco¹; D. Wilson¹1 - Faculdade de Medicina de Lisboa

Miguel Guerra¹; José Miranda¹; Daniel Martins¹; Paulo Neves¹; Vasco Gama²; Luís Vouga¹1 - Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; 2 - Cardiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Introdução: Leonardo da Vinci is commonly described as a man ahead of his time.Although he published none of his anatomical works, organizing his anatomical manus-cripts for publishing was a priority to him.

Objectivos: With this presentation we intend to highlight some of his most remarkable anatomical drawings concerning heart anatomy, extolling his work under not just an artistic but also a scientific view.

Material e Métodos: Based on biography data and archives of the Royal Library at Windsor Castle, most recent historical investigations about Leonardo´s anatomical studies are presented concerning mainly the anatomy of the heart.

Resultados: Until recently Leonardo´s scientific anatomical work was seldom recognized while the beauty

Introdução: In patients with non-rheumatic atrial fibrillation, the most common place of thrombosis is left atrial appendage (LAA). Efficacy of stroke prevention with oral anticoagulant therapy (OAC) has been proved, but there are patients who are not candidates for long-term OAC, namely patients with high risk of bleeding complica-tions or previous hemorrhagic stroke. In those patients, percutaneous closure of LAA has demonstrated to be safe and efficacious preventing cardioembolic events. However, some LAAs are too large or too fragile and they may not be suitable for occlusion. Therefore, the interest in alternative treatment strategies is in focus nowadays.

Objectivos: We present a film showing videothoracosco-pic LAA excision in an 82-years-old male with hypertensi-on, dyslipidemia and heart failure.

Material e Métodos: Patient had a history of chronic atrial fibrillation since more than 10 years ago, which was considered refractory to ablative treatment, as well as, LA was already remodeled (60mm) and fibrillatory waves were lesser than 1mm. He had a previous transitory ischemic attack and was under OAC once his risk for a stoke was 9.6 percent per year (CHA2DS2- VASCc=7). However, after an intracerebral hemorrhagic event the need to suppress OAC became obvious. Percutaneous closure of LAA was tried but failed because an additional LAA lobe precluded tight occlusion.

Resultados: Patient was anesthetized and following a right selective pulmonary intubation with a double lumen endotracheal tube, he was placed in a right anterolateral decubitus position. Transesophageal echocardiography con?rmed the absence of LAA thrombus. Three thoracos-copic incisions were made to introduce the videoassisted thoracoscopic instruments. The pericardial cavity was entered 1cm above the phrenic nerve and the pericardial incision was enlarged to visualize LAA with 2 lobes and a “boomerang” configuration. Then, a gentle traction was performed to show appendiceal base, where a row of staples was placed. At the conclusion of the procedure, the pericardium was left open and a single chest tube was left

LEONARDO´S HEARTTHORACOSCOPIC LEFT ATRIAL APPENDECTOMY

Palavras-chave: Atrial Fibrillation, Thoracoscopy, Left atrial Appendage, Occlusion, Appendectomy

NotasNotas NotasNotas

37

po05po05po04po04Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

36

in the pericardial cavity. Duration of the procedure was 30min and patient was discharged after 4 days without postoperative complications.

Conclusões: Thoracoscopic appendectomy is potentially safe and may permit surgeons to remove the LAA relatively simply and completely. We believe this procedure should be considered as a possible alternative option to percutaneous closure of LAA in patients who are at great risk of thrombo-embolisms and in whom anticoagulation is no longer tolerable.

Opening of the pericardium

Applying of®EndoGIA

autosuture device

wich lay in his anatomical drawings was revered.By analyzing his methods of deduction and experimentation, investigating a vast range of subjects by meticulous observation and rational thought he was able to derive important ideas and truths that were not recognized in his own time.Many of his findings can only be appreciated in the light of current knowledge and modern imagiologic technology.

Conclusões: Leonardo da Vinci manifested along his legacy an unlimited thirst for true knowledge he had the typical "surgical mind with lateral thinking" and some of his words "...use all relevant science and knowledge from any source that may inform on a problem, and above all, do not just look but look and see...", are simple messages across time and a true paradigm of modern surgi-cal/clinical anatomical research.

Page 39: Programa Final B - Skyros Congressos

M. Francisco¹; D. Wilson¹1 - Faculdade de Medicina de Lisboa

Miguel Guerra¹; José Miranda¹; Daniel Martins¹; Paulo Neves¹; Vasco Gama²; Luís Vouga¹1 - Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; 2 - Cardiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Introdução: Leonardo da Vinci is commonly described as a man ahead of his time.Although he published none of his anatomical works, organizing his anatomical manus-cripts for publishing was a priority to him.

Objectivos: With this presentation we intend to highlight some of his most remarkable anatomical drawings concerning heart anatomy, extolling his work under not just an artistic but also a scientific view.

Material e Métodos: Based on biography data and archives of the Royal Library at Windsor Castle, most recent historical investigations about Leonardo´s anatomical studies are presented concerning mainly the anatomy of the heart.

Resultados: Until recently Leonardo´s scientific anatomical work was seldom recognized while the beauty

Introdução: In patients with non-rheumatic atrial fibrillation, the most common place of thrombosis is left atrial appendage (LAA). Efficacy of stroke prevention with oral anticoagulant therapy (OAC) has been proved, but there are patients who are not candidates for long-term OAC, namely patients with high risk of bleeding complica-tions or previous hemorrhagic stroke. In those patients, percutaneous closure of LAA has demonstrated to be safe and efficacious preventing cardioembolic events. However, some LAAs are too large or too fragile and they may not be suitable for occlusion. Therefore, the interest in alternative treatment strategies is in focus nowadays.

Objectivos: We present a film showing videothoracosco-pic LAA excision in an 82-years-old male with hypertensi-on, dyslipidemia and heart failure.

Material e Métodos: Patient had a history of chronic atrial fibrillation since more than 10 years ago, which was considered refractory to ablative treatment, as well as, LA was already remodeled (60mm) and fibrillatory waves were lesser than 1mm. He had a previous transitory ischemic attack and was under OAC once his risk for a stoke was 9.6 percent per year (CHA2DS2- VASCc=7). However, after an intracerebral hemorrhagic event the need to suppress OAC became obvious. Percutaneous closure of LAA was tried but failed because an additional LAA lobe precluded tight occlusion.

Resultados: Patient was anesthetized and following a right selective pulmonary intubation with a double lumen endotracheal tube, he was placed in a right anterolateral decubitus position. Transesophageal echocardiography con?rmed the absence of LAA thrombus. Three thoracos-copic incisions were made to introduce the videoassisted thoracoscopic instruments. The pericardial cavity was entered 1cm above the phrenic nerve and the pericardial incision was enlarged to visualize LAA with 2 lobes and a “boomerang” configuration. Then, a gentle traction was performed to show appendiceal base, where a row of staples was placed. At the conclusion of the procedure, the pericardium was left open and a single chest tube was left

LEONARDO´S HEARTTHORACOSCOPIC LEFT ATRIAL APPENDECTOMY

Palavras-chave: Atrial Fibrillation, Thoracoscopy, Left atrial Appendage, Occlusion, Appendectomy

NotasNotas NotasNotas

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po05po05po04po04Sala ASala A

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Cardiotorácica

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in the pericardial cavity. Duration of the procedure was 30min and patient was discharged after 4 days without postoperative complications.

Conclusões: Thoracoscopic appendectomy is potentially safe and may permit surgeons to remove the LAA relatively simply and completely. We believe this procedure should be considered as a possible alternative option to percutaneous closure of LAA in patients who are at great risk of thrombo-embolisms and in whom anticoagulation is no longer tolerable.

Opening of the pericardium

Applying of®EndoGIA

autosuture device

wich lay in his anatomical drawings was revered.By analyzing his methods of deduction and experimentation, investigating a vast range of subjects by meticulous observation and rational thought he was able to derive important ideas and truths that were not recognized in his own time.Many of his findings can only be appreciated in the light of current knowledge and modern imagiologic technology.

Conclusões: Leonardo da Vinci manifested along his legacy an unlimited thirst for true knowledge he had the typical "surgical mind with lateral thinking" and some of his words "...use all relevant science and knowledge from any source that may inform on a problem, and above all, do not just look but look and see...", are simple messages across time and a true paradigm of modern surgi-cal/clinical anatomical research.

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1 2 2 2 2 2 2G. Pradas , J. Legarra , R. Casais , M. Piñón , D. Durán , S. Yas , J. Buitrón 1 - Chefe Serviço Cirurgia Cardiaca, Vigo, Espanha2 - Complejo Hospitalario Universitario de Vigo

Ricardo Ferreira¹; Angelo Nobre¹; Javier Gallego¹; Carlos Serpa¹; Catarina Carvalheiro¹; Hugo Ferreira¹; Nuno Guerra¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica Hospital de Santa Maria

Introdução: The objective is to show the surgical technique of a primary pulmonary artery sarcoma resection and the pulmonary artery and right ventricular outflow tract reconstruction.

Material e Métodos: A 45-year-old woman receiving oral contraceptives, consulted for chest pain and cough. CT showed extensive right pulmonary artery repletion defect extending into the three ipsilateral lobar arteries. Anticoagulant therapy was initiated. One month later a new CT revealed increase on repletion defect to the pulmonary arterial trunk and left pulmonary artery. Pulmonary artery neoplasm was hypothesized due to lack of response to anticoagulants, CT findings without clinical nor echocardiographic signs of deep venous thrombosis. FDG- PET/CT evidenced an extensive and heterogeneous area of increased uptake corresponding to filling defects on CT, without metastasis. A radical surgical intervention included extensive tumor and pulmonary artery trunk

Introdução: A tecnologia endovascular revolucionou o tratamento da patologia vascular, incluindo patologia da aorta. O sistema E-Vita permite uma reparação completa de patologia complexa envolvendo o arco aórtico e aorta torácica descendente num só tempo operatório

Objectivos: Descrever os casos e resultados a médio prazo em que foi utilizado o sistema E-Vita para o tratamento de patologia complexa da aorta.

Material e Métodos: Material de Métodos Revisão de 4 casos em que foi utilizada a prótese híbrida E-Vita. 2 casos de aneurismas da aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente e 2 casos de dissecções da aorta tipo A. Em todos os casos foi substituída a aorta ascendente sendo que, em dois doentes (50%) foi realizada cirurgia de Bentall concomitantemente, um com dissecção da aorta e síndrome de Marfan.

PRIMARY PULMONARY ARTERY SARCOMA. RADICAL RESECTION WITH PULMONARY ARTERY RECONSTRUCTION

ABORDAGEM HÍBRIDA À PATOLOGIA DA AORTA ENVOLVENDO ARCO E PORÇÃO TORÁCICA DESCENDENTE COM SISTEMA E-VITA

Palavras-chave: E-Vita, Patologia da Aorta, Abordagem Hibrida

NotasNotas NotasNotas

39

po07po07po06po06Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

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Resultados: Não foram registados casos de mortalidade operatória ou perioperatória. Não foram registados casos de envolvimento medular. E no follow-up 6 meses não foram registados casos de endoleaks ou evolução distal da patologia.

Conclusões: A utilização deste tipo de abordagem híbrida permite, em casos específicos, o tratamento num só tempo operatório de patologia aórtica complexa com bons resultados a curto e a longo prazo. Apesar de um numero ainda reduzido de casos esta técnica tem demonstrado na literatura internacional resultados que suportam a sua utilização selectiva em pacientes com poucas comorbilidades e bom status funcional evitando reoperações ou mesmo evolução distal de doença em casos de dissecção da aorta.

resection with right pneumonectomy and interposition of a custom made bovine pericardial tube for reconstruction of the pulmonary artery. A second prompt intervention was needed to resect proximal margin infiltration, the pulmonary valve and the right ventricular outflow tract using a cryopreserved pulmonary artery homograft. Adjuvant chemotherapy was employed postoperatively.

Resultados: The histopathological report was intimal pleomorphic sarcoma. The patient is doing well, asympto-matic, with no recurrence and 19 months tumor-free survival.

Conclusões: PET-CT is useful to make a differential diagnosis. Radical resection and pulmonary artery or right ventricular outflow tract recosntruction is the strategy for prolonged survival. The role of adjacent chemotherapy or radiotherapy seems uncertain.

Page 41: Programa Final B - Skyros Congressos

1 2 2 2 2 2 2G. Pradas , J. Legarra , R. Casais , M. Piñón , D. Durán , S. Yas , J. Buitrón 1 - Chefe Serviço Cirurgia Cardiaca, Vigo, Espanha2 - Complejo Hospitalario Universitario de Vigo

Ricardo Ferreira¹; Angelo Nobre¹; Javier Gallego¹; Carlos Serpa¹; Catarina Carvalheiro¹; Hugo Ferreira¹; Nuno Guerra¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica Hospital de Santa Maria

Introdução: The objective is to show the surgical technique of a primary pulmonary artery sarcoma resection and the pulmonary artery and right ventricular outflow tract reconstruction.

Material e Métodos: A 45-year-old woman receiving oral contraceptives, consulted for chest pain and cough. CT showed extensive right pulmonary artery repletion defect extending into the three ipsilateral lobar arteries. Anticoagulant therapy was initiated. One month later a new CT revealed increase on repletion defect to the pulmonary arterial trunk and left pulmonary artery. Pulmonary artery neoplasm was hypothesized due to lack of response to anticoagulants, CT findings without clinical nor echocardiographic signs of deep venous thrombosis. FDG- PET/CT evidenced an extensive and heterogeneous area of increased uptake corresponding to filling defects on CT, without metastasis. A radical surgical intervention included extensive tumor and pulmonary artery trunk

Introdução: A tecnologia endovascular revolucionou o tratamento da patologia vascular, incluindo patologia da aorta. O sistema E-Vita permite uma reparação completa de patologia complexa envolvendo o arco aórtico e aorta torácica descendente num só tempo operatório

Objectivos: Descrever os casos e resultados a médio prazo em que foi utilizado o sistema E-Vita para o tratamento de patologia complexa da aorta.

Material e Métodos: Material de Métodos Revisão de 4 casos em que foi utilizada a prótese híbrida E-Vita. 2 casos de aneurismas da aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente e 2 casos de dissecções da aorta tipo A. Em todos os casos foi substituída a aorta ascendente sendo que, em dois doentes (50%) foi realizada cirurgia de Bentall concomitantemente, um com dissecção da aorta e síndrome de Marfan.

PRIMARY PULMONARY ARTERY SARCOMA. RADICAL RESECTION WITH PULMONARY ARTERY RECONSTRUCTION

ABORDAGEM HÍBRIDA À PATOLOGIA DA AORTA ENVOLVENDO ARCO E PORÇÃO TORÁCICA DESCENDENTE COM SISTEMA E-VITA

Palavras-chave: E-Vita, Patologia da Aorta, Abordagem Hibrida

NotasNotas NotasNotas

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Resultados: Não foram registados casos de mortalidade operatória ou perioperatória. Não foram registados casos de envolvimento medular. E no follow-up 6 meses não foram registados casos de endoleaks ou evolução distal da patologia.

Conclusões: A utilização deste tipo de abordagem híbrida permite, em casos específicos, o tratamento num só tempo operatório de patologia aórtica complexa com bons resultados a curto e a longo prazo. Apesar de um numero ainda reduzido de casos esta técnica tem demonstrado na literatura internacional resultados que suportam a sua utilização selectiva em pacientes com poucas comorbilidades e bom status funcional evitando reoperações ou mesmo evolução distal de doença em casos de dissecção da aorta.

resection with right pneumonectomy and interposition of a custom made bovine pericardial tube for reconstruction of the pulmonary artery. A second prompt intervention was needed to resect proximal margin infiltration, the pulmonary valve and the right ventricular outflow tract using a cryopreserved pulmonary artery homograft. Adjuvant chemotherapy was employed postoperatively.

Resultados: The histopathological report was intimal pleomorphic sarcoma. The patient is doing well, asympto-matic, with no recurrence and 19 months tumor-free survival.

Conclusões: PET-CT is useful to make a differential diagnosis. Radical resection and pulmonary artery or right ventricular outflow tract recosntruction is the strategy for prolonged survival. The role of adjacent chemotherapy or radiotherapy seems uncertain.

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Rui Cerejo¹; Andreia Gordo¹; Luís Baquero¹; Hagen Kahlbau¹; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cardiologia Pediátrica

Nuno Carvalho Guerra¹; Ricardo Ferreira¹; Catarina Carvalheiro¹; Hugo Ferreira¹; Ângelo Nobre¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Introdução: A cirurgia de Switch Arterial, é atualmente a cirurgia padrão para correção da Transposição das Grandes Artérias e a que permite obter melhores resulta-dos a curto e médio prazo nesta cardiopatia congénita. A experiência com este procedimento ainda é limitada, e os resultados a longo prazo estão por determinar, sendo que uma das complicações tardias mais temida, mas também rara, é a oclusão coronária.

Objectivos: Descrever os únicos dois casos de surgimen-to de miocardiopatia isquémica tardia após Switch Arterial, identificados no nosso Centro.

Material e Métodos: Dois doentes, com 15 e 17 anos, com diagnóstico neonatal de Transposição das Grandes Artérias e que foram submetidos a cirurgia de Switch Arterial no período neonatal sem intercorrências.

Resultados: Segundo protocolo em vigor, dois anos após cirurgia, os doentes foram submetidos a coronariografia invasiva e cintigrafia de perfusão miocárdica, que demonstraram bom resultado cirúrgico e ausência de alterações coronárias. Ambos apresentavam anatomia coronária do tipo A (classificação de Yacoub). Aos 14 anos um dos doentes iniciou queixas de pré-cordialgia de esforço. O outro manteve-se assintomático até aos 16 anos de idade, tendo-lhe sido diagnosticada miocardiopa-tia isquémica em exames complementares de diagnóstico

Introdução: A cirurgia dos derrames pericárdicos é frequentemente usada nos Serviços de Cirurgia Cardio-torácica quer para diagnóstico quer para terapêutica.

Objectivos: Analisar a experiência do Serviço na terapêutica cirúrgica dos derrames pericárdicos não-iatrogénicos de Janeiro de 2002 a Setembro de 2013.

Material e Métodos: Análise dos processos clínicos e dos registos electrónicos de todos os doentes operados no Serviço por derrame pericárdico não iatrogénico. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers 2010 (Apple, Inc).

Resultados: Foram identificados 70 doentes operados a derrame pericárdico não iatrogénico. 60% dos doentes eram homens. A idade média foi de 53 anos, com idade mínima de 12 e máxima de 80 anos. 37% dos doentes tinham diagnóstico pré-operatório de neoplasia, 14% tinham sido submetidos no passado a cirurgia cardíaca, 2,8% tinham doença reumatológica, e em 35,7% dos casos não foi possível identificar a etiologia do derrame pericárdico. 7% dos doentes apresentavam hipotiroidis-mo controlado. Em 53% das cirurgias foi usada a drenagem subxifoideia, em 16% a toracotomia e em 14% a toracoscopia. Os procedimentos associados a drenagem

CIRURGIA CORONÁRIA EM IDADE PEDIÁTRICA APÓS CIRUGIA DE SWITCH ARTERIAL

TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DOS DERRAMES PERICÁRDICOS NÃO IATROGÉNICOS - EXPERIÊNCIA DE ONZE ANOS

Palavras-chave: Switch-Arterial, Doença coronária, Transposição Grandes ArtériasPalavras-chave: Derrame pericárdico, cirurgia do pericárdio

NotasNotas NotasNotas

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do derrame foram a construção de janela pericárdica em 37% dos casos, a biópsia de tumor cardíaco em 2.8% dos casos e a biópsia de tumor mediastínico em 2,8% dos casos. A duração média das cirurgias foi de 38 minutos. A drenagem de líquido pericárdico intra- operatória média foi de 707 cc. As amostras pericárdicas histológicas colhidas só sugeriram uma etiologia específica em 9 casos, e a citologia do líquido pericárdico só sugeriu uma etiologia em 7 casos. As amostras bcteriológicas foram negativas em todos os doentes excepto num caso de provável contaminação da amostra. A drenagem média pós-operatória foi de 442 cc, e a duração média de drenagem de três dias. A estadia média na UCI foi de 2,8 dias, e o internamento pós-operatório médio foi de 9 dias. 7% dos doentes tiveram infecções respiratórias nosoco-miais, 2,8% dos doentes necessitaram de suporte dialítico, e sete doentes (10%) morreram no mesmo internamento, a maioria por progressão de doença neoplásica de base.

Conclusões: A terapêutica cirúrgica dos derrames pericárdicos tem resultados a curto prazo dependentes da sua etiologia. As amostras cito -histológicas colhidas permitem ocasionalmente determinar a etiologia dos derrames, o mesmo não se passando com as amostras bacteriológicas.

(ECD) de rotina. Nos dois casos, os ECD foram positivos para isquémia antero-septal moderada a grave e demons-traram a presença de “kinking” significativo na origem da coronária esquerda. No doente mais velho a artéria descendente anterior apresentava trajeto intramiocárdico longo. Foram submetidos a cirurgia, tendo sido realizado no doente mais novo uma pontagem da artéria mamária esquerda para a descendente anterior “off Pump” e no outro, plastia de alargamento do óstium da coronária esquerda com pericárdio bovino. As cirurgias decorreram sem complicações, e, após um ano, ambos estão assinto-máticos e sem evidência de isquémia em ECD.

Conclusões: A transferência das artérias coronárias durante a cirurgia de Switch-arterial, é uma das etapas cruciais para o bom resultado cirúrgico, podendo determinar a longo prazo alterações da circulação coronária. Após esta cirurgia, a ocorrência tardia de miocardiopatia isquémica é rara (5-8%), estando normalmente associada a coronárias com trajectos intra-murais ou a padrões de anatomia coronária diferente da habitual, embora nos casos acima descritos tal não ocorresse. Não existem orientações específicas sobre qual a melhor terapêutica, embora atualmente, o tratamento cirúrgico precoce, com plastia dos vasos coronários ou cirurgia by-pass aparente ser a melhor abordagem, numa tentativa de preservar a função ventricular e evitar as consequências da isquémia miocárdica.

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Rui Cerejo¹; Andreia Gordo¹; Luís Baquero¹; Hagen Kahlbau¹; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cirurgia Cardiotorácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE / Hospital de Santa Marta / Cardiologia Pediátrica

Nuno Carvalho Guerra¹; Ricardo Ferreira¹; Catarina Carvalheiro¹; Hugo Ferreira¹; Ângelo Nobre¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Introdução: A cirurgia de Switch Arterial, é atualmente a cirurgia padrão para correção da Transposição das Grandes Artérias e a que permite obter melhores resulta-dos a curto e médio prazo nesta cardiopatia congénita. A experiência com este procedimento ainda é limitada, e os resultados a longo prazo estão por determinar, sendo que uma das complicações tardias mais temida, mas também rara, é a oclusão coronária.

Objectivos: Descrever os únicos dois casos de surgimen-to de miocardiopatia isquémica tardia após Switch Arterial, identificados no nosso Centro.

Material e Métodos: Dois doentes, com 15 e 17 anos, com diagnóstico neonatal de Transposição das Grandes Artérias e que foram submetidos a cirurgia de Switch Arterial no período neonatal sem intercorrências.

Resultados: Segundo protocolo em vigor, dois anos após cirurgia, os doentes foram submetidos a coronariografia invasiva e cintigrafia de perfusão miocárdica, que demonstraram bom resultado cirúrgico e ausência de alterações coronárias. Ambos apresentavam anatomia coronária do tipo A (classificação de Yacoub). Aos 14 anos um dos doentes iniciou queixas de pré-cordialgia de esforço. O outro manteve-se assintomático até aos 16 anos de idade, tendo-lhe sido diagnosticada miocardiopa-tia isquémica em exames complementares de diagnóstico

Introdução: A cirurgia dos derrames pericárdicos é frequentemente usada nos Serviços de Cirurgia Cardio-torácica quer para diagnóstico quer para terapêutica.

Objectivos: Analisar a experiência do Serviço na terapêutica cirúrgica dos derrames pericárdicos não-iatrogénicos de Janeiro de 2002 a Setembro de 2013.

Material e Métodos: Análise dos processos clínicos e dos registos electrónicos de todos os doentes operados no Serviço por derrame pericárdico não iatrogénico. O tratamento estatístico foi feito com o Numbers 2010 (Apple, Inc).

Resultados: Foram identificados 70 doentes operados a derrame pericárdico não iatrogénico. 60% dos doentes eram homens. A idade média foi de 53 anos, com idade mínima de 12 e máxima de 80 anos. 37% dos doentes tinham diagnóstico pré-operatório de neoplasia, 14% tinham sido submetidos no passado a cirurgia cardíaca, 2,8% tinham doença reumatológica, e em 35,7% dos casos não foi possível identificar a etiologia do derrame pericárdico. 7% dos doentes apresentavam hipotiroidis-mo controlado. Em 53% das cirurgias foi usada a drenagem subxifoideia, em 16% a toracotomia e em 14% a toracoscopia. Os procedimentos associados a drenagem

CIRURGIA CORONÁRIA EM IDADE PEDIÁTRICA APÓS CIRUGIA DE SWITCH ARTERIAL

TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DOS DERRAMES PERICÁRDICOS NÃO IATROGÉNICOS - EXPERIÊNCIA DE ONZE ANOS

Palavras-chave: Switch-Arterial, Doença coronária, Transposição Grandes ArtériasPalavras-chave: Derrame pericárdico, cirurgia do pericárdio

NotasNotas NotasNotas

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do derrame foram a construção de janela pericárdica em 37% dos casos, a biópsia de tumor cardíaco em 2.8% dos casos e a biópsia de tumor mediastínico em 2,8% dos casos. A duração média das cirurgias foi de 38 minutos. A drenagem de líquido pericárdico intra- operatória média foi de 707 cc. As amostras pericárdicas histológicas colhidas só sugeriram uma etiologia específica em 9 casos, e a citologia do líquido pericárdico só sugeriu uma etiologia em 7 casos. As amostras bcteriológicas foram negativas em todos os doentes excepto num caso de provável contaminação da amostra. A drenagem média pós-operatória foi de 442 cc, e a duração média de drenagem de três dias. A estadia média na UCI foi de 2,8 dias, e o internamento pós-operatório médio foi de 9 dias. 7% dos doentes tiveram infecções respiratórias nosoco-miais, 2,8% dos doentes necessitaram de suporte dialítico, e sete doentes (10%) morreram no mesmo internamento, a maioria por progressão de doença neoplásica de base.

Conclusões: A terapêutica cirúrgica dos derrames pericárdicos tem resultados a curto prazo dependentes da sua etiologia. As amostras cito -histológicas colhidas permitem ocasionalmente determinar a etiologia dos derrames, o mesmo não se passando com as amostras bacteriológicas.

(ECD) de rotina. Nos dois casos, os ECD foram positivos para isquémia antero-septal moderada a grave e demons-traram a presença de “kinking” significativo na origem da coronária esquerda. No doente mais velho a artéria descendente anterior apresentava trajeto intramiocárdico longo. Foram submetidos a cirurgia, tendo sido realizado no doente mais novo uma pontagem da artéria mamária esquerda para a descendente anterior “off Pump” e no outro, plastia de alargamento do óstium da coronária esquerda com pericárdio bovino. As cirurgias decorreram sem complicações, e, após um ano, ambos estão assinto-máticos e sem evidência de isquémia em ECD.

Conclusões: A transferência das artérias coronárias durante a cirurgia de Switch-arterial, é uma das etapas cruciais para o bom resultado cirúrgico, podendo determinar a longo prazo alterações da circulação coronária. Após esta cirurgia, a ocorrência tardia de miocardiopatia isquémica é rara (5-8%), estando normalmente associada a coronárias com trajectos intra-murais ou a padrões de anatomia coronária diferente da habitual, embora nos casos acima descritos tal não ocorresse. Não existem orientações específicas sobre qual a melhor terapêutica, embora atualmente, o tratamento cirúrgico precoce, com plastia dos vasos coronários ou cirurgia by-pass aparente ser a melhor abordagem, numa tentativa de preservar a função ventricular e evitar as consequências da isquémia miocárdica.

Page 44: Programa Final B - Skyros Congressos

Ana Braga¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Andreia Gordo¹; Luis Bakero¹; Rui Cerejo¹; Hagen Kahlbau¹; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central - Hospital de Santa Marta - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central - Hospital de Santa Marta - Serviço de Cardiologia Pediátrica

Introdução: Os aneurismas da aorta ascendente (AAA) e dissecções agudas da aorta (DAA) são defeitos que cursam, na maioria dos pacientes, com insuficiência valvar aórtica (IAo), geralmente causada por vários mecanismos. Em 30% a 50% dos casos, os folhetos aórticos são morfologicamen-te normais, possibilitando a reconstrução através do reimplantação da válvula e das artérias coronárias num tubo de Dacron. Descrita por Tirone David, esta técnica evita a prótese valvular e, provavelmente, nos casos de AAA, corrige definitivamente os mecanismos envolvidos.

Objectivos: Análise descritiva dos doentes operados no nosso Serviço entre 2007 e 2013 com esta técnica.

Material e Métodos: Foram incluídos na análise os doentes operados no nosso serviço entre 2007 e 2013 com esta técnica e que foram admitidos para cirurgia após estudo ecocardiográfico. Entre os parâmetros avaliados incluíram-se a idade dos doentes à data da cirurgia, diagnóstico inicial, grau de insuficiência cardíaca, tempos de CEC e de clampagem da aorta. Analisou-se ainda o grau de insuficiência aórtica pós- operatória e mortalidade.

Introdução: Patologia rara e na maioria dos casos de etiologia congénita, a fístula coronária define-se como uma comunicação directa entre uma artéria coronária e o lúmen de qualquer umas das câmaras cardíacas, os seus vasos tributários ou o seio coronário.O quadro sintomáti-co (angina, dispneia, fadiga) tem, normalmente, início após os 20 anos de idade e, se deixada por corrigir, pode originar complicações como insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão pulmonar, enfarte agudo do miocárdio, endocardite subaguda, arritmias e formação de aneurismas com embolização ou ruptura.

Objectivos: Descrição de caso clínico de fístula de artéria coronária direita para ventrículo direito, nomeadamente quadro clínico, work-up diagnóstico, técnica de correcção cirúrgica utilizada e resultado de follow-up a curto prazo.

Material e Métodos: Um adolescente de 14 anos, sexo masculino, evacuado de Cabo Verde, foi enviado à Consulta de Cardiologia Pediátrica para esclarecimento diagnóstico e decisão terapêutica relativa a provável fístula de coronária direita para ventrículo direito. Encontrava-se assintomático, e apresentava sopro contínuo III/VI (bordo esternal esquerdo). Ecocardiograma pré-operatório confirmou presença de fístula com fluxo contínuo, dilatação (14 mm) da coronária direita proximal e dilatação do ventrículo direito, com boa função contráctil. Coronariografia direita revelou exuberante ectasia coronária proximal, com trajecto fistulizante de 4.5 x 5.2 mm de diâmetro e 10.2 mm de comprimento originando-se

CIRURGIA DA RAÍZ DA AORTA COM CONSERVAÇÃO DA VÁLVULA AÓRTICA – OPERAÇÃO DE DAVID

FÍSTULA DE ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA PARA VENTRÍCULO DIREITO: UM CASO INCOMUM

Palavras-chave: Operação de David, Síndrome de Marfan, Aneurisma da Aorta Ascendente, Insuficiência Aórtica

Palavras-chave: Fístula coronária, ventrículo direito

NotasNotas NotasNotas

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no seu trajecto proximal e com fluxo para o ventrículo direito, condicionando efeito de roubo. Tentado encerra-mento percutâneo, sem sucesso, optando-se pela aborda-gem cirúrgica, a qual consistiu na realização, sob CEC e paragem cardíaca, de arteriotomia coronária longitudinal, exposição do orifício de origem da fístula e encerramento directo do mesmo. Após exploração, com sonda, da patência distal da artéria, foi efectuada arteriorrafia coronária com plicatura da região aneurismática.

Resultados: Doente teve boa evolução pós-operatória, com dois dias de internamento na UCI e cinco de interna-mento hospitalar. Ao longo de um follow-up de seis meses, manteve-se assintomático e não ocorreu qualquer complicação pós-operatória, tendo o ecocardiograma e angio-TC de controlo revelado decréscimo significativo do diâmetro da coronária direita ao longo do seu trajecto proximal (6 - 7 mm), bem como ausência de shunt residual.

Conclusões: Raras e normalmente assintomáticas à altura do diagnóstico, as fístulas coronárias merecem consideração cirúrgica imediata, tanto pela usual precocidade no aparecimento de sintomas, como pelo risco de desenvolvimento precoce de complicações (o que representaria um acréscimo no risco operatório). A técnica cirúrgica utilizada é simples e reprodutível, tratando-se de uma excelente opção para correcção de fístulas coronári-as associadas a dilatação aneurismática da coronária fistulizante.

Resultados: Os autores apresentam uma série de 22 doentes operados num período de tempo compreendido entre 2007 e 2013. Verificou-se, na maioria dos casos, insuficiência aórtica grau II (45% = 10 doentes). No total de casos verifica-se que cerca de 6 casos têm o diagnosti-co de sindrome de Marfan, 3 são dissecções tipo A de Stanford, 2 de válvula aórtica bicúspide e 12 casos de aneurisma da aorta e anulectasia. A média etária dos doentes era de 45 anos, com predomínio do sexo masculino (77%). O tempo médio de CEC foi de 159 ± 42,5 minutos e o tempo médio de clampagem da aorta foi de 115 ± 23 minutos. Não se registaram quaisquer eventos fatais à data de alta. No estudo pós-operatório verificou-se melhoria da insuficiência aórtica em todos os doentes. A maioria (73%) não apresentou insuficiência aórtica pós-operatória.

Conclusões: Esta técnica mostrou ser válida na preserva-ção da válvula nativa sem necessidade de anticoagulação e suas comorbilidades e sem insuficiência aórtica associada.

Page 45: Programa Final B - Skyros Congressos

Ana Braga¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Andreia Gordo¹; Luis Bakero¹; Rui Cerejo¹; Hagen Kahlbau¹; Fátima Pinto²; José Fragata¹1 - Centro Hospitalar de Lisboa Central - Hospital de Santa Marta - Serviço de Cirurgia Cardio-Torácica; 2 - Centro Hospitalar de Lisboa Central - Hospital de Santa Marta - Serviço de Cardiologia Pediátrica

Introdução: Os aneurismas da aorta ascendente (AAA) e dissecções agudas da aorta (DAA) são defeitos que cursam, na maioria dos pacientes, com insuficiência valvar aórtica (IAo), geralmente causada por vários mecanismos. Em 30% a 50% dos casos, os folhetos aórticos são morfologicamen-te normais, possibilitando a reconstrução através do reimplantação da válvula e das artérias coronárias num tubo de Dacron. Descrita por Tirone David, esta técnica evita a prótese valvular e, provavelmente, nos casos de AAA, corrige definitivamente os mecanismos envolvidos.

Objectivos: Análise descritiva dos doentes operados no nosso Serviço entre 2007 e 2013 com esta técnica.

Material e Métodos: Foram incluídos na análise os doentes operados no nosso serviço entre 2007 e 2013 com esta técnica e que foram admitidos para cirurgia após estudo ecocardiográfico. Entre os parâmetros avaliados incluíram-se a idade dos doentes à data da cirurgia, diagnóstico inicial, grau de insuficiência cardíaca, tempos de CEC e de clampagem da aorta. Analisou-se ainda o grau de insuficiência aórtica pós- operatória e mortalidade.

Introdução: Patologia rara e na maioria dos casos de etiologia congénita, a fístula coronária define-se como uma comunicação directa entre uma artéria coronária e o lúmen de qualquer umas das câmaras cardíacas, os seus vasos tributários ou o seio coronário.O quadro sintomáti-co (angina, dispneia, fadiga) tem, normalmente, início após os 20 anos de idade e, se deixada por corrigir, pode originar complicações como insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão pulmonar, enfarte agudo do miocárdio, endocardite subaguda, arritmias e formação de aneurismas com embolização ou ruptura.

Objectivos: Descrição de caso clínico de fístula de artéria coronária direita para ventrículo direito, nomeadamente quadro clínico, work-up diagnóstico, técnica de correcção cirúrgica utilizada e resultado de follow-up a curto prazo.

Material e Métodos: Um adolescente de 14 anos, sexo masculino, evacuado de Cabo Verde, foi enviado à Consulta de Cardiologia Pediátrica para esclarecimento diagnóstico e decisão terapêutica relativa a provável fístula de coronária direita para ventrículo direito. Encontrava-se assintomático, e apresentava sopro contínuo III/VI (bordo esternal esquerdo). Ecocardiograma pré-operatório confirmou presença de fístula com fluxo contínuo, dilatação (14 mm) da coronária direita proximal e dilatação do ventrículo direito, com boa função contráctil. Coronariografia direita revelou exuberante ectasia coronária proximal, com trajecto fistulizante de 4.5 x 5.2 mm de diâmetro e 10.2 mm de comprimento originando-se

CIRURGIA DA RAÍZ DA AORTA COM CONSERVAÇÃO DA VÁLVULA AÓRTICA – OPERAÇÃO DE DAVID

FÍSTULA DE ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA PARA VENTRÍCULO DIREITO: UM CASO INCOMUM

Palavras-chave: Operação de David, Síndrome de Marfan, Aneurisma da Aorta Ascendente, Insuficiência Aórtica

Palavras-chave: Fístula coronária, ventrículo direito

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no seu trajecto proximal e com fluxo para o ventrículo direito, condicionando efeito de roubo. Tentado encerra-mento percutâneo, sem sucesso, optando-se pela aborda-gem cirúrgica, a qual consistiu na realização, sob CEC e paragem cardíaca, de arteriotomia coronária longitudinal, exposição do orifício de origem da fístula e encerramento directo do mesmo. Após exploração, com sonda, da patência distal da artéria, foi efectuada arteriorrafia coronária com plicatura da região aneurismática.

Resultados: Doente teve boa evolução pós-operatória, com dois dias de internamento na UCI e cinco de interna-mento hospitalar. Ao longo de um follow-up de seis meses, manteve-se assintomático e não ocorreu qualquer complicação pós-operatória, tendo o ecocardiograma e angio-TC de controlo revelado decréscimo significativo do diâmetro da coronária direita ao longo do seu trajecto proximal (6 - 7 mm), bem como ausência de shunt residual.

Conclusões: Raras e normalmente assintomáticas à altura do diagnóstico, as fístulas coronárias merecem consideração cirúrgica imediata, tanto pela usual precocidade no aparecimento de sintomas, como pelo risco de desenvolvimento precoce de complicações (o que representaria um acréscimo no risco operatório). A técnica cirúrgica utilizada é simples e reprodutível, tratando-se de uma excelente opção para correcção de fístulas coronári-as associadas a dilatação aneurismática da coronária fistulizante.

Resultados: Os autores apresentam uma série de 22 doentes operados num período de tempo compreendido entre 2007 e 2013. Verificou-se, na maioria dos casos, insuficiência aórtica grau II (45% = 10 doentes). No total de casos verifica-se que cerca de 6 casos têm o diagnosti-co de sindrome de Marfan, 3 são dissecções tipo A de Stanford, 2 de válvula aórtica bicúspide e 12 casos de aneurisma da aorta e anulectasia. A média etária dos doentes era de 45 anos, com predomínio do sexo masculino (77%). O tempo médio de CEC foi de 159 ± 42,5 minutos e o tempo médio de clampagem da aorta foi de 115 ± 23 minutos. Não se registaram quaisquer eventos fatais à data de alta. No estudo pós-operatório verificou-se melhoria da insuficiência aórtica em todos os doentes. A maioria (73%) não apresentou insuficiência aórtica pós-operatória.

Conclusões: Esta técnica mostrou ser válida na preserva-ção da válvula nativa sem necessidade de anticoagulação e suas comorbilidades e sem insuficiência aórtica associada.

Page 46: Programa Final B - Skyros Congressos

Joana Saraiva¹; Rita Pancas¹; David Prieto¹; Pedro Engracia Antunes¹; Manuel Antunes¹1 - Centro de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Ana Braga¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Introdução: O duplo arco aórtico é um malformação congénita que resulta da má fusão/reabsorção dos pares de arcos branquiais e das aortas dorsais esquerda e direita. Consiste num arco aórtico anterior e outro posterior, formando um anel vascular completo que pode comprimir a traqueia e esófago.

Objectivos: Este caso clínico descreve um arco aórtico direito dominante que se manifestou por compressão traqueal.

Material e Métodos: Lactente de 5 meses de idade, segundo gémeo resultante de uma fertilização in vitro, fruto de gravidez dizigótica vigiada e de parto por cesariana às 37 semanas, com Apgar 6/10. Peso à nascença de 2,180Kg. Normal evolução estato-ponderal. Por apresentar estridor congénito é pedida Ressonância Magnética, sendo diagnosticado duplo arco aórtico, com ramo direito/posterior dominante. Ramos esquer-do/anterior dá origem às artérias carótida comum e subclávia esquerda. Resultados: Toracotomia postero-lateral a nível do 3º espaço intercostal esquerdo. Dissecção da pleura mediastínica posterior e dos vasos e ramos aórticos. Visualização do canal arterial, já com aspeto parcialmente fibrosado, que foi seccionado. Secção do arco aórtico anterior entre a carótida esquerda e a subclávia esquerda, dissecando-se e separando-se os topos, libertando amplamente a traqueia e o esófago. A aorta torácica

Introdução: O traumatismo torácico não penetrante pode provocar ruptura do septo interventricular. Trata-se de uma situação rara, de difícil diagnóstico, habitualmen-te de evolução não fatal, sendo associada a impactos de alta energia. Os traumatismos torácicos penetrantes, mais frequentes, também podem estar na origem da ruptura do septo interventricular. Os autores descrevem um caso raro de traumatismo torácico não penetrante e um caso de traumatismo torácico penetrante como causa de ruptura do septo interventricular.

Resultados: Caso Clínico 1 - Homem de 59 anos, natural de São Miguel, Açores, vítima de traumatismo torácico por coice de cavalo em 1998 com fractura de costelas do hemitorax esquerdo mas estabilidade hemodinâmica. Por queixas de cansaço progressivo faz ecocardiograma transtorácico, em 2002 que revela fluxo anómalo apical com gradiente VE/VD de 50 mmHg tendo realizado cateterismo que sustenta o diagnóstico. É transferido dias depois para o serviço de Cirurgia Cardíaca onde é submetido a encerramento de CIV com patch de Dacron sauvage tendo tido alta 7 dias após a intervenção, com ecocardiograma de controlo sem CIV residual.

CASO CLÍNICO – CORRECÇÃO CIRÚRGICA DE DUPLO ARCO AÓRTICO

RUPTURA DO SEPTO INTERVENTRICULAR APÓS TRAUMATISMO TORÁCICO

Palavras-chave: Duplo arco aórticoPalavras-chave: CIV pós-traumática, Shunt interventricular, Traumatismo torácico

NotasNotas NotasNotas

45

po13po12Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

44

Caso Clínico 2 - Homem de 30 anos, natural de Lisboa, vítima de traumatismo torácico perfurante com arma branca em Portimão em Agosto de 2000 tendo sido intervenciona-do de urgência no Hospital de Portimão para sutura do Ventrículo direito e transferido, no mesmo dia, para o Hospital de Santa Cruz. Ecocardiograma realizado revela importante CIV larga, medioventricular com cerca de 54 mmHg de gradiente máximo e regurgitação tricúspide de 41 mmHg. Foi reoperado para encerramento da mesma com patch de dacron em abordagem por ventriculotomia direita paralela à artéria descendente anterior. Observa-se alguma instabilidade hemodinâmica no pós-operatório imediato e é repetido ecocardiograma que revela persistência da CIV pelo que se realiza ressutura do mesmo (desgarro posterior e inferior com sinais de isquemia do tecido perto da ferida). Realizou-se novo ecocardiograma onde não se observaram fluxos interventriculares.

Conclusões: Os autores descrevem relatos de CIV pós traumática que nos alertam para a necessidade de uma abordagem criteriosa do traumatismo torácico, um pela sua raridade de ocorrência (traumatismo não penetrante por coice) e outro que apesar de mais frequente, pela dificuldade diagnóstica.

descendente e subclávia esquerda ficaram dependentes da perfusão através do arco posterior. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 6.º dia. Na consulta de seguimento pós-operatório apresentou-se redução significativa do estridor, com boa evolução ponderal e cicatricial.

Conclusões: O duplo arco aórtico é o mais comum dos anéis vasculares, especialmente o arco aórtico direito do-minante. É uma causa importante de compressão traqueo--esofágica. A suspeição clínica e diagnóstico precoces permitem uma correção cirúrgica com alívio sintomático e prevenção de complicações respiratórias a longo prazo.

Page 47: Programa Final B - Skyros Congressos

Joana Saraiva¹; Rita Pancas¹; David Prieto¹; Pedro Engracia Antunes¹; Manuel Antunes¹1 - Centro de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Ana Braga¹; Marta Marques¹; Miguel Abecasis¹; José Pedro Neves¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz

Introdução: O duplo arco aórtico é um malformação congénita que resulta da má fusão/reabsorção dos pares de arcos branquiais e das aortas dorsais esquerda e direita. Consiste num arco aórtico anterior e outro posterior, formando um anel vascular completo que pode comprimir a traqueia e esófago.

Objectivos: Este caso clínico descreve um arco aórtico direito dominante que se manifestou por compressão traqueal.

Material e Métodos: Lactente de 5 meses de idade, segundo gémeo resultante de uma fertilização in vitro, fruto de gravidez dizigótica vigiada e de parto por cesariana às 37 semanas, com Apgar 6/10. Peso à nascença de 2,180Kg. Normal evolução estato-ponderal. Por apresentar estridor congénito é pedida Ressonância Magnética, sendo diagnosticado duplo arco aórtico, com ramo direito/posterior dominante. Ramos esquer-do/anterior dá origem às artérias carótida comum e subclávia esquerda. Resultados: Toracotomia postero-lateral a nível do 3º espaço intercostal esquerdo. Dissecção da pleura mediastínica posterior e dos vasos e ramos aórticos. Visualização do canal arterial, já com aspeto parcialmente fibrosado, que foi seccionado. Secção do arco aórtico anterior entre a carótida esquerda e a subclávia esquerda, dissecando-se e separando-se os topos, libertando amplamente a traqueia e o esófago. A aorta torácica

Introdução: O traumatismo torácico não penetrante pode provocar ruptura do septo interventricular. Trata-se de uma situação rara, de difícil diagnóstico, habitualmen-te de evolução não fatal, sendo associada a impactos de alta energia. Os traumatismos torácicos penetrantes, mais frequentes, também podem estar na origem da ruptura do septo interventricular. Os autores descrevem um caso raro de traumatismo torácico não penetrante e um caso de traumatismo torácico penetrante como causa de ruptura do septo interventricular.

Resultados: Caso Clínico 1 - Homem de 59 anos, natural de São Miguel, Açores, vítima de traumatismo torácico por coice de cavalo em 1998 com fractura de costelas do hemitorax esquerdo mas estabilidade hemodinâmica. Por queixas de cansaço progressivo faz ecocardiograma transtorácico, em 2002 que revela fluxo anómalo apical com gradiente VE/VD de 50 mmHg tendo realizado cateterismo que sustenta o diagnóstico. É transferido dias depois para o serviço de Cirurgia Cardíaca onde é submetido a encerramento de CIV com patch de Dacron sauvage tendo tido alta 7 dias após a intervenção, com ecocardiograma de controlo sem CIV residual.

CASO CLÍNICO – CORRECÇÃO CIRÚRGICA DE DUPLO ARCO AÓRTICO

RUPTURA DO SEPTO INTERVENTRICULAR APÓS TRAUMATISMO TORÁCICO

Palavras-chave: Duplo arco aórticoPalavras-chave: CIV pós-traumática, Shunt interventricular, Traumatismo torácico

NotasNotas NotasNotas

45

po13po12Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

44

Caso Clínico 2 - Homem de 30 anos, natural de Lisboa, vítima de traumatismo torácico perfurante com arma branca em Portimão em Agosto de 2000 tendo sido intervenciona-do de urgência no Hospital de Portimão para sutura do Ventrículo direito e transferido, no mesmo dia, para o Hospital de Santa Cruz. Ecocardiograma realizado revela importante CIV larga, medioventricular com cerca de 54 mmHg de gradiente máximo e regurgitação tricúspide de 41 mmHg. Foi reoperado para encerramento da mesma com patch de dacron em abordagem por ventriculotomia direita paralela à artéria descendente anterior. Observa-se alguma instabilidade hemodinâmica no pós-operatório imediato e é repetido ecocardiograma que revela persistência da CIV pelo que se realiza ressutura do mesmo (desgarro posterior e inferior com sinais de isquemia do tecido perto da ferida). Realizou-se novo ecocardiograma onde não se observaram fluxos interventriculares.

Conclusões: Os autores descrevem relatos de CIV pós traumática que nos alertam para a necessidade de uma abordagem criteriosa do traumatismo torácico, um pela sua raridade de ocorrência (traumatismo não penetrante por coice) e outro que apesar de mais frequente, pela dificuldade diagnóstica.

descendente e subclávia esquerda ficaram dependentes da perfusão através do arco posterior. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 6.º dia. Na consulta de seguimento pós-operatório apresentou-se redução significativa do estridor, com boa evolução ponderal e cicatricial.

Conclusões: O duplo arco aórtico é o mais comum dos anéis vasculares, especialmente o arco aórtico direito do-minante. É uma causa importante de compressão traqueo--esofágica. A suspeição clínica e diagnóstico precoces permitem uma correção cirúrgica com alívio sintomático e prevenção de complicações respiratórias a longo prazo.

Page 48: Programa Final B - Skyros Congressos

Catarina Carvalheiro¹; Nuno Guerra¹; João Caldeira¹; Ricardo Arruda Pereira¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria- CHLN

Paulo Neves¹; Miguel Guerra¹; Daniel Martins¹; Paulo Ponce¹; Vasco Gama²; Luís Vouga¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE; 2 - Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

Introdução: Os tumores primários do seio endodérmico (yolk sac) são raros e normalmente ocorrem em doentes do sexo masculino e mulheres pré-púberes. Relata-se o primeiro caso com confirmação histológica na peça cirúrgica numa jovem em idade fértil.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino, de 28 anos de idade, recorre ao Serviço de Urgência por uma dor retroesternal intensa com irradiação para o ombro esquerdo e dispneia com início no próprio dia, e história de febrícula vespertina nos meses anteriores. A TC de tórax apresentava uma massa lobulada mediastínica esquerda (107/87 mm) e encontraram-se valores elevados de áFP (84505 kU/L).

Resultados: Foi orientada para terapêutica cirúrgica, tendo sido submetida a esternotomia com ressecção em bloco da massa e timectomia: a massa contactava a pleura mediastínica, tinha relação estreita com a artéria pulmonar, o pericárdio e uma aderência reactiva à pleura visceral do pulmão esquerdo. O pós- operatório decorreu sem intercorrências e a doente teve alta para o domicílio no 3º dia de pós-operatório. Foi feito o diagnóstico

Introdução: Dysfunction of any mechanical prosthesis due to thombus or pannus requires prompt diagnosis and therapy. It has a spectrum of clinical presentations that range from an insidious illness with nonspecific symptoms to acute hemodynamic compromise leading to shock and death. Intermittent dysfunction of a mechanical prosthesis is usually attributed to thrombus formation and more common in mitral position.

Material e Métodos: We describe the very unusual case of intermittent, noncyclic dysfunction of a mechanical aortic prosthesis due to pannus formation presenting with intermittent massive aortic regurgitation, severe ischemia, and shock.

Resultados: A 64-year-old woman with a 21mm single-disc Medtronic Hall® aortic prosthesis and a 29mm St. Jude Medical Regent® mitral prosthesis implanted 12 years earlier for severe rheumatismal valvular disease presented to a regional hospital after an episode of substernal chest pain. Her medical history was remarka-ble for chronic atrial fibrillation, hypertension and a subtotal colectomy for carcinoma 3 weeks before. Her international normalized ratio had been monitored closely and was therapeutic during the previous 6 months. On presentation, troponin T level was elevated at 6 ng/mL and rest EKG showed significant ST segment depression in all leads. An acute coronary syndrome was diagnosed, and she was treated with heparin, aspirin, and clopidogrel and she was sent to our hospital for an emergent coronary angiography. On arrival, the patient was clinically and hemodynamically stable with no evidence of myocardial ischemia. Coronary angiography demonstrated no obstructive coronary stenosis. However, during angiography, she had a recurrence of her chest pain associated with hypotension requiring inotropic support. Cinefluoroscopy was performed to access prosthesis mobility and identified severe aortic regurgita-tion with incomplete closure of the occluding disk (Video). She was transferred to operating room for emergent surgery. At the time of surgery, circular pannus formation without thrombus was identified during intraoperative transesophageal echocardiography. The

TUMOR DO SEIO ENDODÉRMICO ( YOLK-SAC ) EM MULHER EM IDADE FÉRTIL: CASO CLÍNICO

INTERMITTENT DYSFUNCTION OF A MECHANICAL AORTIC PROSTHESIS MIMICKING AN ACUTE CORONARY SYNDROME

Palavras-chave: Tumor germinativo, yok sac, mediastinoPalavras-chave: Mechanical, aortic, prosthesis, dysfunction

NotasNotas

47

po15po14Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

46

mechanical aortic prosthesis and pannus were excised, and an aortic bioprosthesis was implanted. The patient's postoperative course was uncomplicated.

Conclusões: In comparison with mitral position, intermit-tent intraprosthetic regurgitation in the aortic position is very rare. Single tilting disc prostheses are more prone to develop this condition. Given the fact that the valve may appear almost normal in between the episodes, valve malfunction may be difficult to identify. The loss of normal diastolic pressure decay in arterial pressure waveform, together with the loss audible click could indicate this problem.

NotasNotas

histológico de tumor do seio endodérmico (yolk sac). Realizou 4 ciclos de QT adjuvante com esquema BEP (Bleomicina, Etoposido e Cisplatina) com início 5 semanas após a cirurgia e mais 2 ciclos posteriormente com esquema TIP (Taxano com Ifosfamida e Cisplatina) porque apresentava evidência de lesão pleural esquerda em TC de tórax de reavaliação. Houve diminuição gradual marcada dos valores de áFP. É seguida em consulta de Oncologia e encontra-se à data sem evidência de doença activa.

Conclusões: Os tumores de células germinativas extra-gonadais são raros e derivam de células germinativas primitivas que apresentam uma migração alterada ao longo da crista urogenital durante a embriogénese. As características histológicas, serológicas e citogenéticas dos tumores yolk sac mediastínicos são semelhantes às dos seus homólogos gonadais, com diferenças a nível do comportamento clínico. O factor prognóstico individual mais importante é a ressecção completa da massa antes ou depois da quimioterapia, não havendo consenso sobre a estratégia terapêutica mais eficaz e, apesar dos esquemas modernos de quimioterapia, o prognóstico destes tumores continua pobre.

Page 49: Programa Final B - Skyros Congressos

Catarina Carvalheiro¹; Nuno Guerra¹; João Caldeira¹; Ricardo Arruda Pereira¹; João Cravino¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria- CHLN

Paulo Neves¹; Miguel Guerra¹; Daniel Martins¹; Paulo Ponce¹; Vasco Gama²; Luís Vouga¹1 - Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE; 2 - Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

Introdução: Os tumores primários do seio endodérmico (yolk sac) são raros e normalmente ocorrem em doentes do sexo masculino e mulheres pré-púberes. Relata-se o primeiro caso com confirmação histológica na peça cirúrgica numa jovem em idade fértil.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino, de 28 anos de idade, recorre ao Serviço de Urgência por uma dor retroesternal intensa com irradiação para o ombro esquerdo e dispneia com início no próprio dia, e história de febrícula vespertina nos meses anteriores. A TC de tórax apresentava uma massa lobulada mediastínica esquerda (107/87 mm) e encontraram-se valores elevados de áFP (84505 kU/L).

Resultados: Foi orientada para terapêutica cirúrgica, tendo sido submetida a esternotomia com ressecção em bloco da massa e timectomia: a massa contactava a pleura mediastínica, tinha relação estreita com a artéria pulmonar, o pericárdio e uma aderência reactiva à pleura visceral do pulmão esquerdo. O pós- operatório decorreu sem intercorrências e a doente teve alta para o domicílio no 3º dia de pós-operatório. Foi feito o diagnóstico

Introdução: Dysfunction of any mechanical prosthesis due to thombus or pannus requires prompt diagnosis and therapy. It has a spectrum of clinical presentations that range from an insidious illness with nonspecific symptoms to acute hemodynamic compromise leading to shock and death. Intermittent dysfunction of a mechanical prosthesis is usually attributed to thrombus formation and more common in mitral position.

Material e Métodos: We describe the very unusual case of intermittent, noncyclic dysfunction of a mechanical aortic prosthesis due to pannus formation presenting with intermittent massive aortic regurgitation, severe ischemia, and shock.

Resultados: A 64-year-old woman with a 21mm single-disc Medtronic Hall® aortic prosthesis and a 29mm St. Jude Medical Regent® mitral prosthesis implanted 12 years earlier for severe rheumatismal valvular disease presented to a regional hospital after an episode of substernal chest pain. Her medical history was remarka-ble for chronic atrial fibrillation, hypertension and a subtotal colectomy for carcinoma 3 weeks before. Her international normalized ratio had been monitored closely and was therapeutic during the previous 6 months. On presentation, troponin T level was elevated at 6 ng/mL and rest EKG showed significant ST segment depression in all leads. An acute coronary syndrome was diagnosed, and she was treated with heparin, aspirin, and clopidogrel and she was sent to our hospital for an emergent coronary angiography. On arrival, the patient was clinically and hemodynamically stable with no evidence of myocardial ischemia. Coronary angiography demonstrated no obstructive coronary stenosis. However, during angiography, she had a recurrence of her chest pain associated with hypotension requiring inotropic support. Cinefluoroscopy was performed to access prosthesis mobility and identified severe aortic regurgita-tion with incomplete closure of the occluding disk (Video). She was transferred to operating room for emergent surgery. At the time of surgery, circular pannus formation without thrombus was identified during intraoperative transesophageal echocardiography. The

TUMOR DO SEIO ENDODÉRMICO ( YOLK-SAC ) EM MULHER EM IDADE FÉRTIL: CASO CLÍNICO

INTERMITTENT DYSFUNCTION OF A MECHANICAL AORTIC PROSTHESIS MIMICKING AN ACUTE CORONARY SYNDROME

Palavras-chave: Tumor germinativo, yok sac, mediastinoPalavras-chave: Mechanical, aortic, prosthesis, dysfunction

NotasNotas

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po15po14Sala ASala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

PostersCirurgia

Cardiotorácica

46

mechanical aortic prosthesis and pannus were excised, and an aortic bioprosthesis was implanted. The patient's postoperative course was uncomplicated.

Conclusões: In comparison with mitral position, intermit-tent intraprosthetic regurgitation in the aortic position is very rare. Single tilting disc prostheses are more prone to develop this condition. Given the fact that the valve may appear almost normal in between the episodes, valve malfunction may be difficult to identify. The loss of normal diastolic pressure decay in arterial pressure waveform, together with the loss audible click could indicate this problem.

NotasNotas

histológico de tumor do seio endodérmico (yolk sac). Realizou 4 ciclos de QT adjuvante com esquema BEP (Bleomicina, Etoposido e Cisplatina) com início 5 semanas após a cirurgia e mais 2 ciclos posteriormente com esquema TIP (Taxano com Ifosfamida e Cisplatina) porque apresentava evidência de lesão pleural esquerda em TC de tórax de reavaliação. Houve diminuição gradual marcada dos valores de áFP. É seguida em consulta de Oncologia e encontra-se à data sem evidência de doença activa.

Conclusões: Os tumores de células germinativas extra-gonadais são raros e derivam de células germinativas primitivas que apresentam uma migração alterada ao longo da crista urogenital durante a embriogénese. As características histológicas, serológicas e citogenéticas dos tumores yolk sac mediastínicos são semelhantes às dos seus homólogos gonadais, com diferenças a nível do comportamento clínico. O factor prognóstico individual mais importante é a ressecção completa da massa antes ou depois da quimioterapia, não havendo consenso sobre a estratégia terapêutica mais eficaz e, apesar dos esquemas modernos de quimioterapia, o prognóstico destes tumores continua pobre.

Page 50: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Comunicações OraisCirurgia Vascular

Sala B

Daniel Martins¹; José Miranda¹; Miguel Guerra¹1 - Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Introdução: Migration of Kirschner wires after fracture fixation is a rare complication. However, several cases of intrathoracic migration after humeral or clavicle fixation have been reported. By virtue of the potential risks of lesions in vital structures inside the chest, it is imperative to consider the removal of these foreign bodies, even if the patients do not present with any symptoms. We believe that the skillful application of video-assisted thoracoscopy should be always considered in spite of sparing patient from unnecessary thoracotomy.

Material e Métodos: We report a case of intrathoracic migration of a Kirschner wire that was used for left humerus fixation 16 years previously in a 50-year-old woman. The patient was asymptomatic and migration of the Kirschner wires was discovered by routine chest X-ray. Previous chest radiograms of that period were not available. The investigation was complemented by a chest computed tomography that confirmed the presence of a metallic wire inside the pleural cavity with contact to the left lung parenchyma adjacent to the superior pulmonary artery.

Resultados: Under general anesthesia, the patient was submitted to orotracheal intubation with a double-lumen tube and was placed in the right lateral decubitus position in order to undergo left video-assisted thoracoscopy. After the introduction of one 10-mm and one 5-mm trocar, we found, using a 0º endoscope, a metallic wire penetrating the left superior lobe. After adhesiotomy between the lung and the thoracic wall, the wire was grasped at the point of the lung penetration and was pulled out in a retrograde manner to prevent the tip from moving into the pulmonary artery (Figure). The postoperative outcome was favorable, and the patient was discharged 48 h after the intervention with a normal chest radiogram.

THORACOSCOPIC REMOVE OF AN INTRATHORACIC KIRSCHNER WIRE

Palavras-chave: Thoracic Surgery, Thoracoscopy

po16Sala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

NotasNotas

Conclusões: The time elapsed between the introduction of the wire in the humerus and the migration to the thorax varied from one day to 21 years. If any sign of thoracic migration is detected, the surgical procedure should be promptly indicated. We believe that thoracoscopy is a safe and an useful procedure for Kirschner wire removal from the mediastinum and pleural and pericardial cavities. Median sternotomy or thoracotomy should be reserved for situations in which the foreign body is located in contact with the heart or great vessels and surgeon cannot assure the safety of the procedure.

48

Page 51: Programa Final B - Skyros Congressos

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Comunicações OraisCirurgia Vascular

Sala B

Daniel Martins¹; José Miranda¹; Miguel Guerra¹1 - Cirurgia Cardiotorácica, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Introdução: Migration of Kirschner wires after fracture fixation is a rare complication. However, several cases of intrathoracic migration after humeral or clavicle fixation have been reported. By virtue of the potential risks of lesions in vital structures inside the chest, it is imperative to consider the removal of these foreign bodies, even if the patients do not present with any symptoms. We believe that the skillful application of video-assisted thoracoscopy should be always considered in spite of sparing patient from unnecessary thoracotomy.

Material e Métodos: We report a case of intrathoracic migration of a Kirschner wire that was used for left humerus fixation 16 years previously in a 50-year-old woman. The patient was asymptomatic and migration of the Kirschner wires was discovered by routine chest X-ray. Previous chest radiograms of that period were not available. The investigation was complemented by a chest computed tomography that confirmed the presence of a metallic wire inside the pleural cavity with contact to the left lung parenchyma adjacent to the superior pulmonary artery.

Resultados: Under general anesthesia, the patient was submitted to orotracheal intubation with a double-lumen tube and was placed in the right lateral decubitus position in order to undergo left video-assisted thoracoscopy. After the introduction of one 10-mm and one 5-mm trocar, we found, using a 0º endoscope, a metallic wire penetrating the left superior lobe. After adhesiotomy between the lung and the thoracic wall, the wire was grasped at the point of the lung penetration and was pulled out in a retrograde manner to prevent the tip from moving into the pulmonary artery (Figure). The postoperative outcome was favorable, and the patient was discharged 48 h after the intervention with a normal chest radiogram.

THORACOSCOPIC REMOVE OF AN INTRATHORACIC KIRSCHNER WIRE

Palavras-chave: Thoracic Surgery, Thoracoscopy

po16Sala A

PostersCirurgia

Cardiotorácica

NotasNotas

Conclusões: The time elapsed between the introduction of the wire in the humerus and the migration to the thorax varied from one day to 21 years. If any sign of thoracic migration is detected, the surgical procedure should be promptly indicated. We believe that thoracoscopy is a safe and an useful procedure for Kirschner wire removal from the mediastinum and pleural and pericardial cavities. Median sternotomy or thoracotomy should be reserved for situations in which the foreign body is located in contact with the heart or great vessels and surgeon cannot assure the safety of the procedure.

48

Page 52: Programa Final B - Skyros Congressos

Maria do Sameiro Caetano Pereira¹; Diogo Silveira¹¹ Centro Integrado de Cirurgia do Ambulatório (CICA) - Centro Hospitalar do Porto

Sala B

51

Introdução: A procura de métodos de tratamento de varizes minimamente invasivos, menos incapacitantes para a atividade diária e profissional, menos onerosos, seguros e mais estéticos, fez-me procurar soluções que encontrei nas técnicas endovenosas de ablação térmica por radiofrequência, de ablação mecânico-química e no tratamento adesivo com cianoacrilato.

Objectivos: Estas mudanças de paradigma, devem-se ao desenvolvimento tecnológico de novas soluções para o tratamento do refluxo venoso superficial. A implementa-ção das técnicas endovenosas associada à passagem do bloco operatório para o consultório, traduz-se num controle de custos significativo e representa ganhos na satisfação profissional do cirurgião vascular e do seu doente.

Material e Métodos: As ablações térmica por radiofre-quência e mecânico-química e o tratamento adesivo com cianoacrilato despertam, desenvolvem e aperfeiçoam a mudança de dois paradigmas: da cirurgia clássica para a cirurgia endovenosa, do bloco operatório para o consultó-rio. Isto espelha-se na análise comparativa dos custos do procedimento clássico e do procedimento endovenoso, assim como, na avaliação do grau de satisfação dos doentes.

Resultados: A ablação térmica por radiofrequência, é um método altamente eficiente que facilita a deslocaliza-ção do bloco operatório para o ambiente “office-based” e o regresso imediato do doente á atividade diária e, no dia seguinte, ao trabalho. A ablação mecânico-química, com taxas de oclusão semelhantes, permite a sua realização sem anestesia tumescente, diminuindo o incómodo para o doente e o tempo do procedimento. O tratamento adesivo com cianoacrilato, com resultados reportados no primeiro ano, idênticos aos das duas técnicas anteriores não tem a limitação da ablação mecânico-química, proporcionando o tratamento bilateral, dispensa meias elásticas e permite o regresso imediato ao trabalho. É mais promissora, pois parece diminuir a necessidade de tratamento comple-

mentar por fleboextrações ou escleroterapia. Os custos diretos dos procedimentos endovenosos são inferiores. O tempo de retorno ás atividades de vida é menor, contribu-indo para poupanças adicionais em incapacidade temporária e para um elevado índice de satisfação dos doentes.

Conclusões: Nos Estados Unidos, de 2001 para 2011 mudou um paradigma: de 10%, a cirurgia endovenosa passou para 90% e a cirurgia clássica de laqueação proximal e “Stripping” restou nos 10%. Em Portugal, estes dois paradigmas estão a mudar paulatinamente para: Cirurgia endovenosa. No Consultório.

co01

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Varizes, cirurgia endovenosa, bloco operatório, consultório

NotasNotas

CIRURGIA DE VARIZES, A MUDANÇA DE DOIS PARADIGMAS EM PORTUGAL – CIRURGIA CLÁSSICA / CIRURGIA ENDOVENOSA. NO BLOCO OPERATÓRIO / NO CONSULTÓRIO – EXPERIÊNCIA PESSOAL

Page 53: Programa Final B - Skyros Congressos

Maria do Sameiro Caetano Pereira¹; Diogo Silveira¹¹ Centro Integrado de Cirurgia do Ambulatório (CICA) - Centro Hospitalar do Porto

Sala B

51

Introdução: A procura de métodos de tratamento de varizes minimamente invasivos, menos incapacitantes para a atividade diária e profissional, menos onerosos, seguros e mais estéticos, fez-me procurar soluções que encontrei nas técnicas endovenosas de ablação térmica por radiofrequência, de ablação mecânico-química e no tratamento adesivo com cianoacrilato.

Objectivos: Estas mudanças de paradigma, devem-se ao desenvolvimento tecnológico de novas soluções para o tratamento do refluxo venoso superficial. A implementa-ção das técnicas endovenosas associada à passagem do bloco operatório para o consultório, traduz-se num controle de custos significativo e representa ganhos na satisfação profissional do cirurgião vascular e do seu doente.

Material e Métodos: As ablações térmica por radiofre-quência e mecânico-química e o tratamento adesivo com cianoacrilato despertam, desenvolvem e aperfeiçoam a mudança de dois paradigmas: da cirurgia clássica para a cirurgia endovenosa, do bloco operatório para o consultó-rio. Isto espelha-se na análise comparativa dos custos do procedimento clássico e do procedimento endovenoso, assim como, na avaliação do grau de satisfação dos doentes.

Resultados: A ablação térmica por radiofrequência, é um método altamente eficiente que facilita a deslocaliza-ção do bloco operatório para o ambiente “office-based” e o regresso imediato do doente á atividade diária e, no dia seguinte, ao trabalho. A ablação mecânico-química, com taxas de oclusão semelhantes, permite a sua realização sem anestesia tumescente, diminuindo o incómodo para o doente e o tempo do procedimento. O tratamento adesivo com cianoacrilato, com resultados reportados no primeiro ano, idênticos aos das duas técnicas anteriores não tem a limitação da ablação mecânico-química, proporcionando o tratamento bilateral, dispensa meias elásticas e permite o regresso imediato ao trabalho. É mais promissora, pois parece diminuir a necessidade de tratamento comple-

mentar por fleboextrações ou escleroterapia. Os custos diretos dos procedimentos endovenosos são inferiores. O tempo de retorno ás atividades de vida é menor, contribu-indo para poupanças adicionais em incapacidade temporária e para um elevado índice de satisfação dos doentes.

Conclusões: Nos Estados Unidos, de 2001 para 2011 mudou um paradigma: de 10%, a cirurgia endovenosa passou para 90% e a cirurgia clássica de laqueação proximal e “Stripping” restou nos 10%. Em Portugal, estes dois paradigmas estão a mudar paulatinamente para: Cirurgia endovenosa. No Consultório.

co01

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Varizes, cirurgia endovenosa, bloco operatório, consultório

NotasNotas

CIRURGIA DE VARIZES, A MUDANÇA DE DOIS PARADIGMAS EM PORTUGAL – CIRURGIA CLÁSSICA / CIRURGIA ENDOVENOSA. NO BLOCO OPERATÓRIO / NO CONSULTÓRIO – EXPERIÊNCIA PESSOAL

Page 54: Programa Final B - Skyros Congressos

André Marinho¹; Carolina Mendes²; Juliana Varino²; Luís Antunes²; Manuel Fonseca²; Óscar Gonçalves²; Albuqerque Matos²1 - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra; ² CHUC

1 2 3 4 4 3Ana Afonso ; Sofia Guerreiro ; Pedro Barroso ; Gil Marques ; Ana Gonçalves ; Antonio Gonzalez ; 1 5Nádia Duarte ; Maria José Ferreira

1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Garcia de Orta; 2 - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Setúbal; 3 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta; 4 - Assistente Hospitalar Graduado de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta; 5 - Diretora de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta

Sala B Sala B

Introdução: A DVC é uma entidade muito relevante na sociedade actual e o tratamento cirúrgico mantém-se como opção em grande parte dos casos.

Objectivos: Este trabalho tem como objectivo analisar os doentes submetidos a cirurgia de varizes dos membros inferiores na Unidade de Cirurgia Ambulatória dos CHUC, assim como a técnica cirúrgica utilizada e suas complica-ções, no seu primeiro ano de actividade.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo retros-pectivo dos doentes submetidos a cirurgia de varizes (stripping/laqueação da VGS, Stripping/ laqueação da VPS, avulão de colaterais e laqueação de perforantes) entre Setembro de 2012 e Agosto de 2013, em 76 sessões (manhãs). Foi feita também uma análise descritiva e estatística das principais características dos doentes, complicações e sua relação com a técnica. Todos os doentes tiveram alta no próprio dia e foram observados em pelo menos 2 consultas de follow-up.

Resultados: Dos 195 doentes operados (2,6 doen-tes/sessão), 151 (77,4%) eram do sexo feminino e a idade média foi 48,4 anos (21 - 69 anos), com um IMC médio de

Introdução: A recidiva de varizes é um problema frequente na prática clinica, e que pode ter como causa o incorreto diagnóstico inicial e/ou erros técnicos durante a cirurgia. Face à multiplicidade de abordagens terapêuti-cas disponíveis para o tratamento da recidiva de varizes, é importante determinar quais as mais eficazes e as que garantem melhoria funcional e da qualidade de vida do doente, nomeadamente no que se refere ao tratamento cirúrgico.

Objectivos: Avaliar a perceção pelos doentes dos resultados obtidos, após tratamento da doença varicosa recorrente, na forma de qualidade de vida.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo transver-sal analítico no Hospital Garcia de Orta. A amostra foi calculada de 30 doentes, com diagnóstico clinico e imagiológico, de recidiva de varizes e que foram interven-cionados durante o ano 2011-2012. Para avaliação da qualidade de vida foi usado o questio-nário específico Chronic Venous Insufficiency questionnai-re (CIVIQ).

Resultados: Maioria dos doentes do sexo feminino (93,3%), com idade média de 52,73 anos. Relativamente ao tipo de cirurgias realizadas, 80% consistiu em

DOENÇA VENOSA CRÓNICA - 1 ANO DE CIRURGIA EM AMBULATÓRIO

ESTUDO PRELIMINAR SOBRE QUALIDADE DE VIDA NA RECIDIVA DE VARIZES: VALE A PENA REOPERAR?

co02 co03

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Cirurgia Ambulatória, Cirurgia Varizes

Notas NotasNotas Notas

26,4. A classe CEAP predominante foi C2 (56,4%), todos os doente foram submetidos a profilaxia tromboembólica com HBPM e praticamente todos (99%) operados sob anestesia geral balanceada. Das 262 pernas operadas (3,4 pernas/sessão) foram realizados 124 strippings longos, 80 strippings curtos e 10 laqueações da crossa da VGS. Das 19 veias pequenas safenas intervencionadas 15 foram submetidas a laqueação da junção safenopoplítea e 4 a stripping. Em 11,3 % dos doentes tratava-se de tratamento de recidiva de varizes dos membros inferiores. As complicações mais frequentes foram as parestesias mantidas ao final de 4 semanas (7,2% dos doentes, 5,3% das pernas operadas) e sinais inflamatórios locais com necessidade de antibioterapia (4,6% dos doentes, 3,4% das pernas operadas). A principal complicação major foi a ocorrência de um TEP bilateral (0,5%). Não ocorreram lesões arteriais.

Conclusões: Apesar de alguns aspectos a corrigir quer na vertente médica quer no próprio funcionamento da unidade em si a Cirurgia de Ambulatório de Varizes no CHUC permitiu operar doentes que se encontravam há anos em lista de espera com bons resultados.

relaqueação da crossa de veia safena interna, 13,3% relaqueação da crossa de veia safena externa e 6,7% em laqueação de perfurantes. Segundo o questionário CIVIQ, obteve-se uma pontuação média para o Score Global, de 73,83 (0-100). A pontuação média mais baixa (menor qualidade de vida), verificou-se no domínio Social (65,5) e a mais alta para o domínio Psicológico (77,55). Em doentes com IMC> 30 (43%), verificou-se diminuição da pontuação em todos os domínios de qualidade de vida, exceto no domínio Psicológico.

Conclusões: A qualidade de vida tornou-se um assunto de destaque, pois é cada vez mais importante justificar a intervenção cirúrgica, em termos de qualidade de vida bem como melhoria clínica.Este estudo preliminar demonstra o impacto negativo da doença venosa recidivada, na qualidade de vida dos doentes, apesar da cirurgia efetuada. Contudo, estes aspetos carecem de um maior aprofundamento de modo a poder-se delinear a melhor estratégia de abordagem destes doentes. Face as comorbilidades cirúrgicas presentes na cirurgia redo, e devido ao grau de insatisfação e fraca qualidade de vida, é fulcral a investigação etiológica do quadro sintomático apresentado e discussão das várias opções de tratamentos disponíveis.

5352

Page 55: Programa Final B - Skyros Congressos

André Marinho¹; Carolina Mendes²; Juliana Varino²; Luís Antunes²; Manuel Fonseca²; Óscar Gonçalves²; Albuqerque Matos²1 - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra; ² CHUC

1 2 3 4 4 3Ana Afonso ; Sofia Guerreiro ; Pedro Barroso ; Gil Marques ; Ana Gonçalves ; Antonio Gonzalez ; 1 5Nádia Duarte ; Maria José Ferreira

1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Garcia de Orta; 2 - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Setúbal; 3 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta; 4 - Assistente Hospitalar Graduado de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta; 5 - Diretora de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital Garcia de Orta

Sala B Sala B

Introdução: A DVC é uma entidade muito relevante na sociedade actual e o tratamento cirúrgico mantém-se como opção em grande parte dos casos.

Objectivos: Este trabalho tem como objectivo analisar os doentes submetidos a cirurgia de varizes dos membros inferiores na Unidade de Cirurgia Ambulatória dos CHUC, assim como a técnica cirúrgica utilizada e suas complica-ções, no seu primeiro ano de actividade.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo retros-pectivo dos doentes submetidos a cirurgia de varizes (stripping/laqueação da VGS, Stripping/ laqueação da VPS, avulão de colaterais e laqueação de perforantes) entre Setembro de 2012 e Agosto de 2013, em 76 sessões (manhãs). Foi feita também uma análise descritiva e estatística das principais características dos doentes, complicações e sua relação com a técnica. Todos os doentes tiveram alta no próprio dia e foram observados em pelo menos 2 consultas de follow-up.

Resultados: Dos 195 doentes operados (2,6 doen-tes/sessão), 151 (77,4%) eram do sexo feminino e a idade média foi 48,4 anos (21 - 69 anos), com um IMC médio de

Introdução: A recidiva de varizes é um problema frequente na prática clinica, e que pode ter como causa o incorreto diagnóstico inicial e/ou erros técnicos durante a cirurgia. Face à multiplicidade de abordagens terapêuti-cas disponíveis para o tratamento da recidiva de varizes, é importante determinar quais as mais eficazes e as que garantem melhoria funcional e da qualidade de vida do doente, nomeadamente no que se refere ao tratamento cirúrgico.

Objectivos: Avaliar a perceção pelos doentes dos resultados obtidos, após tratamento da doença varicosa recorrente, na forma de qualidade de vida.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo transver-sal analítico no Hospital Garcia de Orta. A amostra foi calculada de 30 doentes, com diagnóstico clinico e imagiológico, de recidiva de varizes e que foram interven-cionados durante o ano 2011-2012. Para avaliação da qualidade de vida foi usado o questio-nário específico Chronic Venous Insufficiency questionnai-re (CIVIQ).

Resultados: Maioria dos doentes do sexo feminino (93,3%), com idade média de 52,73 anos. Relativamente ao tipo de cirurgias realizadas, 80% consistiu em

DOENÇA VENOSA CRÓNICA - 1 ANO DE CIRURGIA EM AMBULATÓRIO

ESTUDO PRELIMINAR SOBRE QUALIDADE DE VIDA NA RECIDIVA DE VARIZES: VALE A PENA REOPERAR?

co02 co03

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Cirurgia Ambulatória, Cirurgia Varizes

Notas NotasNotas Notas

26,4. A classe CEAP predominante foi C2 (56,4%), todos os doente foram submetidos a profilaxia tromboembólica com HBPM e praticamente todos (99%) operados sob anestesia geral balanceada. Das 262 pernas operadas (3,4 pernas/sessão) foram realizados 124 strippings longos, 80 strippings curtos e 10 laqueações da crossa da VGS. Das 19 veias pequenas safenas intervencionadas 15 foram submetidas a laqueação da junção safenopoplítea e 4 a stripping. Em 11,3 % dos doentes tratava-se de tratamento de recidiva de varizes dos membros inferiores. As complicações mais frequentes foram as parestesias mantidas ao final de 4 semanas (7,2% dos doentes, 5,3% das pernas operadas) e sinais inflamatórios locais com necessidade de antibioterapia (4,6% dos doentes, 3,4% das pernas operadas). A principal complicação major foi a ocorrência de um TEP bilateral (0,5%). Não ocorreram lesões arteriais.

Conclusões: Apesar de alguns aspectos a corrigir quer na vertente médica quer no próprio funcionamento da unidade em si a Cirurgia de Ambulatório de Varizes no CHUC permitiu operar doentes que se encontravam há anos em lista de espera com bons resultados.

relaqueação da crossa de veia safena interna, 13,3% relaqueação da crossa de veia safena externa e 6,7% em laqueação de perfurantes. Segundo o questionário CIVIQ, obteve-se uma pontuação média para o Score Global, de 73,83 (0-100). A pontuação média mais baixa (menor qualidade de vida), verificou-se no domínio Social (65,5) e a mais alta para o domínio Psicológico (77,55). Em doentes com IMC> 30 (43%), verificou-se diminuição da pontuação em todos os domínios de qualidade de vida, exceto no domínio Psicológico.

Conclusões: A qualidade de vida tornou-se um assunto de destaque, pois é cada vez mais importante justificar a intervenção cirúrgica, em termos de qualidade de vida bem como melhoria clínica.Este estudo preliminar demonstra o impacto negativo da doença venosa recidivada, na qualidade de vida dos doentes, apesar da cirurgia efetuada. Contudo, estes aspetos carecem de um maior aprofundamento de modo a poder-se delinear a melhor estratégia de abordagem destes doentes. Face as comorbilidades cirúrgicas presentes na cirurgia redo, e devido ao grau de insatisfação e fraca qualidade de vida, é fulcral a investigação etiológica do quadro sintomático apresentado e discussão das várias opções de tratamentos disponíveis.

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Page 56: Programa Final B - Skyros Congressos

Diogo Silveira¹²; Maria do Sameiro Caetano Pereira¹²; Rui Almeida¹²1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular - Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto; 2 - Centro Integrado de Cirurgia do Ambulatório (CICA) - Centro Hospitalar do Porto

José Vidoedo¹; André Cruz¹; Miguel Maia¹; João Almeida Pinto¹; Sérgio Sampaio²1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa; 2 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar S. João

Sala B Sala B

Introdução: A insuficiência venosa crónica dos membros inferiores constitui um problema importante de saúde no mundo ocidental dada a sua elevada prevalência, custos e implicações na qualidade de vida dos doentes. O tratamento do refluxo venoso superficial tem vindo a ser realizado de uma forma cada vez mais frequente por técnicas minimamente invasivas, sob anestesia local e em regime ambulatório estrito, com segurança, elevado sucesso técnico e reduzidas complicações, o que proporci-ona um retorno mais precoce ás actividades de vida e ao trabalho.

Objectivos: Pretende-se comparar os custos e satisfação dos doentes no tratamento do refluxo venoso superficial por três diferentes técnicas: cirurgia clássica por “strip-ping” (CC), ablação térmica por radiofrequência (RF) e ablação mecânico-química (AMQ).

Material e Métodos: Foi realizada uma análise comparativa e discriminada dos custos directos (material e consumíveis, equipamentos, honorários dos elementos das equipas anestésico-cirúrgicas e de enfermagem, tempos de ocupação do bloco operatório e dos recobros, capacidade de ambulatorização, custos no peri-operatório) e indirectos (retorno ás actividades de vida

Introdução: A suspeita de trombose venosa profunda tem sido responsável por uma quantidade significativa dos pedidos de avaliação por Angiologia e Cirurgia Vascular no Serviço de Urgência com consequente consumo de recursos..

Objectivos: Análise retrospectiva dos casos de suspeita de trombose venosa profunda (TVP) observados no Serviço de Urgência (SU) de um Centro Hospitalar e avaliados no laboratório vascular para confirma-ção/exclusão desse diagnóstico.

Material e Métodos: Foram consultados os processos clínicos electrónicos e recolhidos dados demográficos e clínicos dos doentes referenciados ou observados no SU entre Janeiro de 2011 e Setembro de 2013, com suspeita de TVP. A informação foi introduzida em base de dados para subsequente análise estatística.

TERÃO AS TÉCNICAS ENDOVENOSAS VANTAGENS ECONÓMICO--FINANCEIRAS NO TRATAMENTO DE VARIZES? ESTUDO COMPARATIVO DE TRÊS TÉCNICAS

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DOS MEMBROS INFERIORES NO SERVIÇO DE URGÊNCIA: DA SUSPEITA CLÍNICA AO DIAGNÓSTICO

co04 co05

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Insuficiência venosa, Varizes, tratamento endovenoso, Comparativo, Custos Palavras-chave: Trombose venosa, serviço de urgência

Notas NotasNotas Notas

5554

diárias, poupança média com incapacidade temporárias - IT) de cada um dos procedimentos. Avaliação do grau de satisfação dos doentes por entrevista telefónica e em consulta externa.

Resultados: Os custos directos dos procedimentos endovenosos foram inferiores quando comparados à cirurgia clássica, principalmente pela elevada taxa de ambulatorização estrita (alta imediata) e redução no número de elementos das equipas anestésica e de enfermagem. Os custos totais, por procedimento bilateral, foram: CC - 749.75€, RF - 22.41€, AMQ - 591€. O tempo de retorno ás actividades de vida foi significativamente menor nas técnicas endovenosas (mais de 80% dos doentes tiveram condições para iniciar actividade laboral um a dois dias após o procedimento), tendo contribuído para poupanças adicionais em IT e proporcionado um elevado índice de satisfação dos doentes.

Conclusões: Os resultados obtidos vão ao encontro de outros estudos realizados internacionalmente publicados na literatura permitindo, através das técnicas endoveno-sas, abrir novas perspectivas no controlo de custos para o tratamento de varizes e do refluxo venoso superficial na presente era, em Portugal.

Resultados: No período em análise foram efectuados 407 eco-Doppler's venosos em doentes com suspeita de TVP referenciados via SU. Duzentos e sessenta e nove doentes (66%) eram do sexo feminino. A idade média foi de 60,1 (16-93) anos. Cento e trinta e quatro exames (32,9%) foram positivos para diagnóstico de TVP recente (TVP e TVS simultânea em 6 doentes deste grupo) e em 194 exames (47,6%) não foi detectado qualquer sinal de trombose venosa, recente ou antiga. Nos restantes casos foram detectados sinais ecográficos de TVP antiga em 22 (5,4 %) doentes, TVS em 50 doentes (12,2 %).

Conclusões: A suspeita de TVP referenciada através do SU confirmou-se numa parcela minoritária de doentes (cerca de um terço). A elaboração de normas de orienta-ção clínica e sua implementação poderão alterar esta desproporção entre suspeita e diagnóstico confirmado.

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Diogo Silveira¹²; Maria do Sameiro Caetano Pereira¹²; Rui Almeida¹²1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular - Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto; 2 - Centro Integrado de Cirurgia do Ambulatório (CICA) - Centro Hospitalar do Porto

José Vidoedo¹; André Cruz¹; Miguel Maia¹; João Almeida Pinto¹; Sérgio Sampaio²1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa; 2 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar S. João

Sala B Sala B

Introdução: A insuficiência venosa crónica dos membros inferiores constitui um problema importante de saúde no mundo ocidental dada a sua elevada prevalência, custos e implicações na qualidade de vida dos doentes. O tratamento do refluxo venoso superficial tem vindo a ser realizado de uma forma cada vez mais frequente por técnicas minimamente invasivas, sob anestesia local e em regime ambulatório estrito, com segurança, elevado sucesso técnico e reduzidas complicações, o que proporci-ona um retorno mais precoce ás actividades de vida e ao trabalho.

Objectivos: Pretende-se comparar os custos e satisfação dos doentes no tratamento do refluxo venoso superficial por três diferentes técnicas: cirurgia clássica por “strip-ping” (CC), ablação térmica por radiofrequência (RF) e ablação mecânico-química (AMQ).

Material e Métodos: Foi realizada uma análise comparativa e discriminada dos custos directos (material e consumíveis, equipamentos, honorários dos elementos das equipas anestésico-cirúrgicas e de enfermagem, tempos de ocupação do bloco operatório e dos recobros, capacidade de ambulatorização, custos no peri-operatório) e indirectos (retorno ás actividades de vida

Introdução: A suspeita de trombose venosa profunda tem sido responsável por uma quantidade significativa dos pedidos de avaliação por Angiologia e Cirurgia Vascular no Serviço de Urgência com consequente consumo de recursos..

Objectivos: Análise retrospectiva dos casos de suspeita de trombose venosa profunda (TVP) observados no Serviço de Urgência (SU) de um Centro Hospitalar e avaliados no laboratório vascular para confirma-ção/exclusão desse diagnóstico.

Material e Métodos: Foram consultados os processos clínicos electrónicos e recolhidos dados demográficos e clínicos dos doentes referenciados ou observados no SU entre Janeiro de 2011 e Setembro de 2013, com suspeita de TVP. A informação foi introduzida em base de dados para subsequente análise estatística.

TERÃO AS TÉCNICAS ENDOVENOSAS VANTAGENS ECONÓMICO--FINANCEIRAS NO TRATAMENTO DE VARIZES? ESTUDO COMPARATIVO DE TRÊS TÉCNICAS

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DOS MEMBROS INFERIORES NO SERVIÇO DE URGÊNCIA: DA SUSPEITA CLÍNICA AO DIAGNÓSTICO

co04 co05

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Insuficiência venosa, Varizes, tratamento endovenoso, Comparativo, Custos Palavras-chave: Trombose venosa, serviço de urgência

Notas NotasNotas Notas

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diárias, poupança média com incapacidade temporárias - IT) de cada um dos procedimentos. Avaliação do grau de satisfação dos doentes por entrevista telefónica e em consulta externa.

Resultados: Os custos directos dos procedimentos endovenosos foram inferiores quando comparados à cirurgia clássica, principalmente pela elevada taxa de ambulatorização estrita (alta imediata) e redução no número de elementos das equipas anestésica e de enfermagem. Os custos totais, por procedimento bilateral, foram: CC - 749.75€, RF - 22.41€, AMQ - 591€. O tempo de retorno ás actividades de vida foi significativamente menor nas técnicas endovenosas (mais de 80% dos doentes tiveram condições para iniciar actividade laboral um a dois dias após o procedimento), tendo contribuído para poupanças adicionais em IT e proporcionado um elevado índice de satisfação dos doentes.

Conclusões: Os resultados obtidos vão ao encontro de outros estudos realizados internacionalmente publicados na literatura permitindo, através das técnicas endoveno-sas, abrir novas perspectivas no controlo de custos para o tratamento de varizes e do refluxo venoso superficial na presente era, em Portugal.

Resultados: No período em análise foram efectuados 407 eco-Doppler's venosos em doentes com suspeita de TVP referenciados via SU. Duzentos e sessenta e nove doentes (66%) eram do sexo feminino. A idade média foi de 60,1 (16-93) anos. Cento e trinta e quatro exames (32,9%) foram positivos para diagnóstico de TVP recente (TVP e TVS simultânea em 6 doentes deste grupo) e em 194 exames (47,6%) não foi detectado qualquer sinal de trombose venosa, recente ou antiga. Nos restantes casos foram detectados sinais ecográficos de TVP antiga em 22 (5,4 %) doentes, TVS em 50 doentes (12,2 %).

Conclusões: A suspeita de TVP referenciada através do SU confirmou-se numa parcela minoritária de doentes (cerca de um terço). A elaboração de normas de orienta-ção clínica e sua implementação poderão alterar esta desproporção entre suspeita e diagnóstico confirmado.

Page 58: Programa Final B - Skyros Congressos

Introdução: O tratamento da isquemia critica dos membros inferiores tem evoluido, nos últimos anos, em razão do aperfeiçoamento das técnicas endovasculares, sendo a generalidade dos procedimentos tecnicamente ezequiveis, mesmo em lesões extensas. O aumento da prevalência da diabetes teve como resultado um aumento do número de casos de isquémia crítica por doença tibio-peroneal, permanecendo o seu tratamento um desafio, independentemente da técnica utilizada. A falta de estudos randomizados comparando directamente a cirurgia convencional e as técnicas endovasculares, bem como as omissões da classificação TASC II no sector tibio-peroneal, levaram a que as opções terapêuticas estejam dependentes da experiência pessoal.

Objectivos: Os autores pretendem realçar o valor da cirurgia convencional na revascularização das artérias crurais no tratamento da isquemia critica, analisando a experiência de um centro que tem dedicado grande parte da sua actividade a esta área.

Material e Métodos: Estudo retrospectivo, observacio-nal. Revisão dos processos clinicos dos doentes submeti-dos a revascularização convencional das artérias crurais, caracterização demográfica da amostra e das suas comorbilidades. Avaliação de permeabilidade primária e primária assistida dos procedimentos realizados (utilizan-do estimativa de Kaplan Meier), preservação de membro, morbilidade e mortalidade durante o periodo de follow up.

Resultados: De Março de 2012 a Outubro de 2013 foram realizados 107 procedimentos de revascularização, sendo que 37 (34.5%) corresponderam a revasculariza-ção convencional de artérias crurais. Destes, 68,8% eram do sexo masculino e 31.2% do sexo feminino, com uma média de idade de 72.0±10.8 anos. As comorbilidades mais relevantes foram a diabetes mellitus (75%), o tabagismo (40.6%) e a insuficiência renal crónica terminal (9.4%). Todos os doentes apresentavam isquémia grau 5 e 6 da classificação de Rutherford. Do ponto de vista técnico, foram realizados 23 bypass com veia safena interna, 3 com veia safena externa, 4 compostos, 1 sequencial e 6 com prótese de PTFE e cuff de Miller utilizando sempre banda de Esmarch para a confecção da anastomose distal. Num follow up médio de 8 meses, a permeabilidade primária foi de 75 %; a permeabilidade primária assistida de 87.5%; a preserva-ção de membro de 96.9%. A mortalidade aos 30 dias cifrou-se em 2.7% e a morbilidade em 8.1%. Conclusões Os resultados ilustram o valor da cirurgia de revasculariza-ção convencional neste sub-grupo de doentes, estando dependentes de um planeamento pré-operatório, execução técnica e follow up rigorosos. A cirurgia de revascularizaçao convencional continua a ser o «gold standard» no tratamento da isquémia crítica dos membros inferiores nos doentes com lesões extensas das artérias crurais.

Helder Santos¹; Rosa Teixeira¹; Margarida Pocinho¹; Manuel Veríssimo¹; Paula Tavares¹1 - ESTESC, FCDEF-UC, CHUC

Gonçalo Cabral¹; Tiago Costa¹; Gimenez Rossello¹; Diogo Cunha e Sá¹1 - Hospital Beatriz Ângelo, Loures

Sala B Sala B

Introdução: O envelhecimento é um importante fator de risco para patologias cardiovasculares, sendo uma das causas de maior mortalidade e morbilidade dos países desenvolvidos. O exercício físico tem sido apresentado como um dos fatores que pode contribuir para o retarda-mento do envelhecimento arterial e assim contribuir para a diminuição do risco de mortalidade e morbilidade no idoso.

Objectivos: Este trabalho tem por objetivo avaliar a capacidade do exercício aeróbio continuado (na modali-dade de hidroginástica) poder contribuir para reverter ou parar o processo de envelhecimento vascular no idoso.

Material e Métodos: Acompanhámos um grupo de mulheres com idade compreendida entre os 50 e os 75 anos que participaram voluntariamente num programa de hidroginástica (n=21). Todas as idosas foram avaliadas em quatro diferentes tempos ao longo de um ano. Para a avaliação antropométrica foi utilizada uma balança da marca ONRON® modelo BCM B F500. Para a avaliação da circulação periférica foi utilizado um aparelho LifeDopTM 250 ABI, Vascular System da Summit Doppler, com uma sonda bidirecional de 8MhHz, que incluía um sistema pletismográfico associado a um “aneroid” e um sistema Doppler contínuo. Foi calculado também o índice tornozelo braço de ambos os membros. Foram também avaliadas a pressão arterial (PA) e frequência cardíaca utilizando um esfigmomanómetro automático da marca

EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO CONTINUADO NA VASCULATURA ARTERIAL CENTRAL E PERIFÉRICA

CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO CONVENCIONAL NA ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES, COM LESÕES EXTENSAS DAS ARTÉRIAS CRURAIS: GOLD STANDARD?

co06 co07

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Isquemia crítica dos membros inferiores, Doença arterial obstrutiva periférica tibio-peroneal, Cirurgia de revascularização convencional

Notas NotasNotas Notas

5756

Riester e modelo Ri- champion®N. As medições da PA Sistólica e Diastólica e a frequência cardíaca foram efetuadas após um repouso de 5 a 10 minutos em decúbito dorsal, em ambiente com temperatura controla-da 22 a 250C, assim como todas as outras avaliações já apontadas. Para o estudo das artérias carótidas, foi utilizado a ultrassonografia vascular recorrendo à técnica de Eco-Doppler e doppler pulsado, foi utilizado um ecografo da marca General Electric Medical Systems (GE®), modelo Logic S6, utilizando um transdutor linear de 8 a 12 MHz.

Resultados: Não se verificaram alterações nos dados antropométricos exceto no perímetro da cintura onde se verificou uma diminuição. As pressões sistólicas dos membros diminuíram ao longo do tempo mesmo após a paragem da atividade física. Idêntico comportamento teve a frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica e diastólica. Na avaliação por Ecodoppler verificou-se uma diminuição da espessura íntima média, das velocidades sistólicas e diastólica, do fluxo, da rigidez arterial e um aumento sucessivo da complacência na artéria carótida.

Conclusões: Os resultados sugerem que a hidroginástica praticada de forma continuada influencia positivamente e de forma mais rápida as artérias periféricas, enquanto que as artérias centrais demoram mais tempo a adaptar-se no processo benéfico de “remodeling”.

Page 59: Programa Final B - Skyros Congressos

Introdução: O tratamento da isquemia critica dos membros inferiores tem evoluido, nos últimos anos, em razão do aperfeiçoamento das técnicas endovasculares, sendo a generalidade dos procedimentos tecnicamente ezequiveis, mesmo em lesões extensas. O aumento da prevalência da diabetes teve como resultado um aumento do número de casos de isquémia crítica por doença tibio-peroneal, permanecendo o seu tratamento um desafio, independentemente da técnica utilizada. A falta de estudos randomizados comparando directamente a cirurgia convencional e as técnicas endovasculares, bem como as omissões da classificação TASC II no sector tibio-peroneal, levaram a que as opções terapêuticas estejam dependentes da experiência pessoal.

Objectivos: Os autores pretendem realçar o valor da cirurgia convencional na revascularização das artérias crurais no tratamento da isquemia critica, analisando a experiência de um centro que tem dedicado grande parte da sua actividade a esta área.

Material e Métodos: Estudo retrospectivo, observacio-nal. Revisão dos processos clinicos dos doentes submeti-dos a revascularização convencional das artérias crurais, caracterização demográfica da amostra e das suas comorbilidades. Avaliação de permeabilidade primária e primária assistida dos procedimentos realizados (utilizan-do estimativa de Kaplan Meier), preservação de membro, morbilidade e mortalidade durante o periodo de follow up.

Resultados: De Março de 2012 a Outubro de 2013 foram realizados 107 procedimentos de revascularização, sendo que 37 (34.5%) corresponderam a revasculariza-ção convencional de artérias crurais. Destes, 68,8% eram do sexo masculino e 31.2% do sexo feminino, com uma média de idade de 72.0±10.8 anos. As comorbilidades mais relevantes foram a diabetes mellitus (75%), o tabagismo (40.6%) e a insuficiência renal crónica terminal (9.4%). Todos os doentes apresentavam isquémia grau 5 e 6 da classificação de Rutherford. Do ponto de vista técnico, foram realizados 23 bypass com veia safena interna, 3 com veia safena externa, 4 compostos, 1 sequencial e 6 com prótese de PTFE e cuff de Miller utilizando sempre banda de Esmarch para a confecção da anastomose distal. Num follow up médio de 8 meses, a permeabilidade primária foi de 75 %; a permeabilidade primária assistida de 87.5%; a preserva-ção de membro de 96.9%. A mortalidade aos 30 dias cifrou-se em 2.7% e a morbilidade em 8.1%. Conclusões Os resultados ilustram o valor da cirurgia de revasculariza-ção convencional neste sub-grupo de doentes, estando dependentes de um planeamento pré-operatório, execução técnica e follow up rigorosos. A cirurgia de revascularizaçao convencional continua a ser o «gold standard» no tratamento da isquémia crítica dos membros inferiores nos doentes com lesões extensas das artérias crurais.

Helder Santos¹; Rosa Teixeira¹; Margarida Pocinho¹; Manuel Veríssimo¹; Paula Tavares¹1 - ESTESC, FCDEF-UC, CHUC

Gonçalo Cabral¹; Tiago Costa¹; Gimenez Rossello¹; Diogo Cunha e Sá¹1 - Hospital Beatriz Ângelo, Loures

Sala B Sala B

Introdução: O envelhecimento é um importante fator de risco para patologias cardiovasculares, sendo uma das causas de maior mortalidade e morbilidade dos países desenvolvidos. O exercício físico tem sido apresentado como um dos fatores que pode contribuir para o retarda-mento do envelhecimento arterial e assim contribuir para a diminuição do risco de mortalidade e morbilidade no idoso.

Objectivos: Este trabalho tem por objetivo avaliar a capacidade do exercício aeróbio continuado (na modali-dade de hidroginástica) poder contribuir para reverter ou parar o processo de envelhecimento vascular no idoso.

Material e Métodos: Acompanhámos um grupo de mulheres com idade compreendida entre os 50 e os 75 anos que participaram voluntariamente num programa de hidroginástica (n=21). Todas as idosas foram avaliadas em quatro diferentes tempos ao longo de um ano. Para a avaliação antropométrica foi utilizada uma balança da marca ONRON® modelo BCM B F500. Para a avaliação da circulação periférica foi utilizado um aparelho LifeDopTM 250 ABI, Vascular System da Summit Doppler, com uma sonda bidirecional de 8MhHz, que incluía um sistema pletismográfico associado a um “aneroid” e um sistema Doppler contínuo. Foi calculado também o índice tornozelo braço de ambos os membros. Foram também avaliadas a pressão arterial (PA) e frequência cardíaca utilizando um esfigmomanómetro automático da marca

EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO CONTINUADO NA VASCULATURA ARTERIAL CENTRAL E PERIFÉRICA

CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO CONVENCIONAL NA ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES, COM LESÕES EXTENSAS DAS ARTÉRIAS CRURAIS: GOLD STANDARD?

co06 co07

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Isquemia crítica dos membros inferiores, Doença arterial obstrutiva periférica tibio-peroneal, Cirurgia de revascularização convencional

Notas NotasNotas Notas

5756

Riester e modelo Ri- champion®N. As medições da PA Sistólica e Diastólica e a frequência cardíaca foram efetuadas após um repouso de 5 a 10 minutos em decúbito dorsal, em ambiente com temperatura controla-da 22 a 250C, assim como todas as outras avaliações já apontadas. Para o estudo das artérias carótidas, foi utilizado a ultrassonografia vascular recorrendo à técnica de Eco-Doppler e doppler pulsado, foi utilizado um ecografo da marca General Electric Medical Systems (GE®), modelo Logic S6, utilizando um transdutor linear de 8 a 12 MHz.

Resultados: Não se verificaram alterações nos dados antropométricos exceto no perímetro da cintura onde se verificou uma diminuição. As pressões sistólicas dos membros diminuíram ao longo do tempo mesmo após a paragem da atividade física. Idêntico comportamento teve a frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica e diastólica. Na avaliação por Ecodoppler verificou-se uma diminuição da espessura íntima média, das velocidades sistólicas e diastólica, do fluxo, da rigidez arterial e um aumento sucessivo da complacência na artéria carótida.

Conclusões: Os resultados sugerem que a hidroginástica praticada de forma continuada influencia positivamente e de forma mais rápida as artérias periféricas, enquanto que as artérias centrais demoram mais tempo a adaptar-se no processo benéfico de “remodeling”.

Page 60: Programa Final B - Skyros Congressos

4Ana Sofia Ferreira²; Alfredo Cerqueira¹; Sérgio Sampaio³; José Teixeira1 - Assistente Hospitalar; 2 - Interna do Internato de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital S. João; 3 - Assitente Hospitalar HSJ; 4 - Diretor de Serviço do HSJ

Ricardo Castro-Ferreira¹²; Luís Mendonça²; Paulo Castro Chaves²; Pedro Ferreira²; Ana Bento Leite²; Rui Cerqueira²; Mário Jorge Amorim¹; Paulo Pinho¹; Cármen Brás Silva²; Paulo Gonçalves Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; José Fernando Teixeira¹; Adelino Leite-Moreira¹²1 - Hospital São João; 2 - Faculdade de Medicina da Universidado do Porto

Sala B Sala B

Introdução: A doença aterosclerótica infragenicular está associada à isquemia crítica significativa muitas vezes traduzida por lesão trófica. É maioritariamente multiseg-mentar e particularmente incidente em pacientes diabéticos e insuficientes renais crónicos. O bypass distal com veia sendo a opção ideal de tratamento, nem sempre é efetuado por más condições anatómicas locais, risco cirúrgico elevado e ausência de veia disponível. A angioplastia distal surge como uma opção recente de revascularização permitindo a cicatrização de lesões, melhoria da dor e aumento da qualidade de vida.

Objectivos: Identificação e quantificação do impacto dos fatores determinantes de “limbsalvage” e mortalida-de nos pacientes submetidos a angioplastia distal por doença aterosclerótica abaixo do joelho.

Material e Métodos: Entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2012 foram efectuadas 31 angioplastias distais com balão em membros de 25 doentes com isquemia crítica, apenas 1 sem lesão trófica. Foram analisadas a sobrevida global, a “limb salvage” pela curva de Kaplan-Meier. O impacto dos factores independentes nos” endpoints” referidos foi analisado pelo teste de log rank. Foram ainda analisadas a taxa de complicações pós procedimento e a taxa de reeintervenção.

Introdução: A manipulação farmacológica da função vascular mantém-se um dos maiores desafios da medicina moderna. O sistema renina-angiotensina desempenha um papel central na homeostasia cardiovascular. A visão atual deste complexo sistema compreende a existência de dois eixos principais: a via ECA/AngII/recetor AT1, já bem caracterizada e alvo farmacológico major nas doenças cardiovasculares; e a sua via contra-reguladora, o eixo ECA2/Ang 1-7/recetor Mas, mais obscura, mas altamente promissora como alvo farmacológico na doença vascular. A relação entre estes dois eixos na modulação da função vascular na espécie humana permanece largamente por esclarecer. Face à crescente evidência científica do papel contra-regulador da angiotensina 1-7 (Ang 1-7) nos efeitos vasculares deletérios da angiotensina II (Ang II), torna-se essencial caracterizar esta interacção no sistema vascular humano.

Objectivos: O presente trabalho teve como principais objetivos caraterizar os efeitos vasculares da Ang 1-7, avaliando de forma particular a influência deste mediador hormonal no efeito vasoconstritor da Ang II, e avaliar a influência das características clínicas dos doentes nesta resposta.

Material e Métodos: Foram obtidos segmentos excedentários de artéria mamária interna, os quais foram seccionados em anéis vasculares de 2 mm e montados num miógrafo (Multi Wire Myograph System Model 620M

FACTORES DETERMINANTES DE” LIMBSALVAGE” E MORTALIDADE NOS DOENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA SUBMETIDOS A ANGIOPLASTIA DISTAL

MODULAÇÃO VASCULAR DA ANGIOTENSINA 1-7 NO HUMANO: ANTAGONISMO À ANGIOTENSINA II, POTENCIADO PELAS ESTATINAS

co08 co09

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Angioplastia distal, "limb salvage", mortalidade, diabetes, fatores independentes, Insuficiência renal crónica Palavras-chave: Modulação Vascular, Investigação de Translação, Angiotensina 1-7,

Angiotensina II, Estatinas

Notas NotasNotas Notas

5958

Resultados: A média de idades foi de 68±11 anos, com 17 diabéticos (68%) e 9 doentes sob hemodiálise (36%). O follow-up médio foi de 380 dias. A proteína C reativa média foi de 75 mg/L. A sobrevida global foi de 97, 88 e 74% aos 3, 6 e 12 meses, tendo-se mantido estável até à última observação. A taxa de "limb salvage" foi de 67% aos 3 meses, 55% aos 6 meses e de 30% na data de última observação aos 2 anos e 8 meses. Dos fatores independen-tes analisados foi encontrada relação estatisticamente significativa entre a mortalidade e a IRC sob hemodiálise (p=0,004) e ainda uma relação muito próxima da signifi-cância (p=0,2) entre a classificação ASA e a taxa de "limb salvage", com os doentes ASA 2 a apresentarem uma taxa de "limb salvage" de 75%. Ocorreu apenas uma reeinter-venção com insucesso terapêutico. Como complicações ocorreu um caso de IRA transitória pós contraste.

Conclusões: Na população estudada com lesões tróficas traduzido numa elevada PCR com co-morbilidades signifi-cativas, a sobrevida obtida é elevada embora com taxa de "limb salvage" a longo prazo ainda reduzida justificável pelas características da população e anatómicas adversas. Esta taxa a curto prazo é razoável com sucesso em cerca de metade dos procedimentos justificando a intervenção primariamente assistida. A classificação ASA pode consti-tuir um fator adicional de prognóstico de” limbsalvage” .

- DMT). Foi avaliado o efeito da adição de Ang 1-7 em vasos previamente tratados com Ang II, na presença e ausência de: antagonista específico do recetor Mas (A-779, 10-5 M); antagonista específico do recetor AT2 (PD123177, 10-6 M); antagonista específico do recetor AT1 (losartan, 10-6 M); remoção mecânica do endotélio. Posteriormente procedeu-se a uma comparação quantita-tiva da magnitude do efeito inibitório da Ang 1-7 de acordo com uma categorização prévia dos doentes nos seguintes grupos: hipertensos, fumadores, diabéticos, em tratamento com estatinas e em tratamento com inibidores do sistema renina- angiotensina.

Resultados: Os resultados confirmaram que a Ang 1-7 atenua de forma significativa a resposta vasoconstritora da Ang II (TAmax de 16,±2,4%, no grupo tratado com Ang 1-7 e de 46,2±3,3%, no grupo controlo). Este efeito não parece ser dependente do recetor Mas, do recetor AT2 ou do endotélio. A ação da Ang 1-7 está significativamen-te potenciada nos doentes tratados com estatinas (InibAng1-7: 69,21±3,53% vs 53,5±3,90%, nos não tratados com estatinas).

Conclusões: Este estudo aprofunda o nosso conheci-mento sobre a interação entre a Ang 1-7 e Ang II no ser humano, e abre portas a novas abordagens terapêuticas para doentes com doença vascular. Será de enorme relevância clarificar no futuro o mecanismo pelo qual a Ang 1-7 contra-regula o efeito vasomotor da Ang II

Page 61: Programa Final B - Skyros Congressos

4Ana Sofia Ferreira²; Alfredo Cerqueira¹; Sérgio Sampaio³; José Teixeira1 - Assistente Hospitalar; 2 - Interna do Internato de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital S. João; 3 - Assitente Hospitalar HSJ; 4 - Diretor de Serviço do HSJ

Ricardo Castro-Ferreira¹²; Luís Mendonça²; Paulo Castro Chaves²; Pedro Ferreira²; Ana Bento Leite²; Rui Cerqueira²; Mário Jorge Amorim¹; Paulo Pinho¹; Cármen Brás Silva²; Paulo Gonçalves Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; José Fernando Teixeira¹; Adelino Leite-Moreira¹²1 - Hospital São João; 2 - Faculdade de Medicina da Universidado do Porto

Sala B Sala B

Introdução: A doença aterosclerótica infragenicular está associada à isquemia crítica significativa muitas vezes traduzida por lesão trófica. É maioritariamente multiseg-mentar e particularmente incidente em pacientes diabéticos e insuficientes renais crónicos. O bypass distal com veia sendo a opção ideal de tratamento, nem sempre é efetuado por más condições anatómicas locais, risco cirúrgico elevado e ausência de veia disponível. A angioplastia distal surge como uma opção recente de revascularização permitindo a cicatrização de lesões, melhoria da dor e aumento da qualidade de vida.

Objectivos: Identificação e quantificação do impacto dos fatores determinantes de “limbsalvage” e mortalida-de nos pacientes submetidos a angioplastia distal por doença aterosclerótica abaixo do joelho.

Material e Métodos: Entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2012 foram efectuadas 31 angioplastias distais com balão em membros de 25 doentes com isquemia crítica, apenas 1 sem lesão trófica. Foram analisadas a sobrevida global, a “limb salvage” pela curva de Kaplan-Meier. O impacto dos factores independentes nos” endpoints” referidos foi analisado pelo teste de log rank. Foram ainda analisadas a taxa de complicações pós procedimento e a taxa de reeintervenção.

Introdução: A manipulação farmacológica da função vascular mantém-se um dos maiores desafios da medicina moderna. O sistema renina-angiotensina desempenha um papel central na homeostasia cardiovascular. A visão atual deste complexo sistema compreende a existência de dois eixos principais: a via ECA/AngII/recetor AT1, já bem caracterizada e alvo farmacológico major nas doenças cardiovasculares; e a sua via contra-reguladora, o eixo ECA2/Ang 1-7/recetor Mas, mais obscura, mas altamente promissora como alvo farmacológico na doença vascular. A relação entre estes dois eixos na modulação da função vascular na espécie humana permanece largamente por esclarecer. Face à crescente evidência científica do papel contra-regulador da angiotensina 1-7 (Ang 1-7) nos efeitos vasculares deletérios da angiotensina II (Ang II), torna-se essencial caracterizar esta interacção no sistema vascular humano.

Objectivos: O presente trabalho teve como principais objetivos caraterizar os efeitos vasculares da Ang 1-7, avaliando de forma particular a influência deste mediador hormonal no efeito vasoconstritor da Ang II, e avaliar a influência das características clínicas dos doentes nesta resposta.

Material e Métodos: Foram obtidos segmentos excedentários de artéria mamária interna, os quais foram seccionados em anéis vasculares de 2 mm e montados num miógrafo (Multi Wire Myograph System Model 620M

FACTORES DETERMINANTES DE” LIMBSALVAGE” E MORTALIDADE NOS DOENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA SUBMETIDOS A ANGIOPLASTIA DISTAL

MODULAÇÃO VASCULAR DA ANGIOTENSINA 1-7 NO HUMANO: ANTAGONISMO À ANGIOTENSINA II, POTENCIADO PELAS ESTATINAS

co08 co09

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Angioplastia distal, "limb salvage", mortalidade, diabetes, fatores independentes, Insuficiência renal crónica Palavras-chave: Modulação Vascular, Investigação de Translação, Angiotensina 1-7,

Angiotensina II, Estatinas

Notas NotasNotas Notas

5958

Resultados: A média de idades foi de 68±11 anos, com 17 diabéticos (68%) e 9 doentes sob hemodiálise (36%). O follow-up médio foi de 380 dias. A proteína C reativa média foi de 75 mg/L. A sobrevida global foi de 97, 88 e 74% aos 3, 6 e 12 meses, tendo-se mantido estável até à última observação. A taxa de "limb salvage" foi de 67% aos 3 meses, 55% aos 6 meses e de 30% na data de última observação aos 2 anos e 8 meses. Dos fatores independen-tes analisados foi encontrada relação estatisticamente significativa entre a mortalidade e a IRC sob hemodiálise (p=0,004) e ainda uma relação muito próxima da signifi-cância (p=0,2) entre a classificação ASA e a taxa de "limb salvage", com os doentes ASA 2 a apresentarem uma taxa de "limb salvage" de 75%. Ocorreu apenas uma reeinter-venção com insucesso terapêutico. Como complicações ocorreu um caso de IRA transitória pós contraste.

Conclusões: Na população estudada com lesões tróficas traduzido numa elevada PCR com co-morbilidades signifi-cativas, a sobrevida obtida é elevada embora com taxa de "limb salvage" a longo prazo ainda reduzida justificável pelas características da população e anatómicas adversas. Esta taxa a curto prazo é razoável com sucesso em cerca de metade dos procedimentos justificando a intervenção primariamente assistida. A classificação ASA pode consti-tuir um fator adicional de prognóstico de” limbsalvage” .

- DMT). Foi avaliado o efeito da adição de Ang 1-7 em vasos previamente tratados com Ang II, na presença e ausência de: antagonista específico do recetor Mas (A-779, 10-5 M); antagonista específico do recetor AT2 (PD123177, 10-6 M); antagonista específico do recetor AT1 (losartan, 10-6 M); remoção mecânica do endotélio. Posteriormente procedeu-se a uma comparação quantita-tiva da magnitude do efeito inibitório da Ang 1-7 de acordo com uma categorização prévia dos doentes nos seguintes grupos: hipertensos, fumadores, diabéticos, em tratamento com estatinas e em tratamento com inibidores do sistema renina- angiotensina.

Resultados: Os resultados confirmaram que a Ang 1-7 atenua de forma significativa a resposta vasoconstritora da Ang II (TAmax de 16,±2,4%, no grupo tratado com Ang 1-7 e de 46,2±3,3%, no grupo controlo). Este efeito não parece ser dependente do recetor Mas, do recetor AT2 ou do endotélio. A ação da Ang 1-7 está significativamen-te potenciada nos doentes tratados com estatinas (InibAng1-7: 69,21±3,53% vs 53,5±3,90%, nos não tratados com estatinas).

Conclusões: Este estudo aprofunda o nosso conheci-mento sobre a interação entre a Ang 1-7 e Ang II no ser humano, e abre portas a novas abordagens terapêuticas para doentes com doença vascular. Será de enorme relevância clarificar no futuro o mecanismo pelo qual a Ang 1-7 contra-regula o efeito vasomotor da Ang II

Page 62: Programa Final B - Skyros Congressos

Dalila Rolim¹; Sérgio Sampaio¹; José Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João

José Tiago¹; Viviana Manuel¹; Pedro Martins¹; Carlos Martins¹; José Fernandes e Fernandes¹1 - Hospital Santa Maria - Serviço de Cirurgia Vascular

Sala B Sala B

Introdução: As malformações vasculares são anomalias nos vasos sanguíneos presentes desde o nascimento mas que podem não tornar-se evidentes até à adolescência ou idade adulta.

Objectivos: Apresentação do tratamento endovascular por embolização de malformação vascular a propósito de um caso clínico.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 14 anos. Sem outros antecedentes patológicos de relevo, para além de malformação arterio-venosa no membro superior direito com aumento gradual desde os 6 anos de idade. Por apresentar queixas álgicas significativas, realizou angio-RM que revelou a presença de lesão intramuscular do deltóide com estrutura interna a sugerir lesão do tipo hemangioma e focos de baixo sinal correspondendo a calcificações por flebólitos. Foi efectuada arteriografia, via artéria femoral direita, com identificação de aferentes

Introdução: A infecção protésica é uma das complica-ções mais temidas na cirurgia de revascularização arterial, a sua abordagem é complexa e representa um desafio para o cirurgião vascular. Conceitos estabelecidos determinam a ressecção total da prótese, o desbridamen-to dos tecidos periprotésicos e a cirurgia de revasculariza-ção extra-anatômica como o tratamento de eleição. A vacuoterapia tem surgido como adjuvante na cicatrização de feridas operatórias infectadas, no entanto em presença de certos microrganismos nem sempre apresenta sucesso terapêutico. As estirpes de Staphylococcus são documentadas na literatura médica como as principais responsáveis pela infecção protésica. Novos antibióticos bactericidas e bacteriostáticos mais selectivos e com interações sinérgicas entre si têm possibilitado uma estratégia no combate desta entidade, uma vez que agem directamente sobre os patogéneos e também sobre o seu biofilme. Este mecanismo adjuvado pela vacuoterapia permitiu a criação de uma alternativa experimental no armamentá-rio terapêutico da infecção protésica.

Material e Métodos: Doente de 45 anos, sexo feminino, com antecedentes de neoplasia da mama, tabagismo e doença arterial obstrutiva periférica, já submetida a angioplastia e colocação de stent na artéria ilíaca primitiva direita em 2009, cirurgia de bypass femoro-femoral em 2010 por oclusão de stent e nova cirurgia de bypass femoro-femoral dois meses antes do internamento por oclusão de bypass prévio. Admitida na nossa instituição após o aparecimento de massa não pulsátil na região femoral direita associada a sinais inflamatórios locais e sistêmicos. A angio-TC realizada mostrou stent ocluído na artéria ilíaca primitiva direita, presença de duas próteses vasculares em posição femoro-femoral, encontrando-se uma funcionante e colecção abcedada com 8,3 centímetros na região femoral direita em relação com os enxertos protésicos. Não eram visíveis sinais de hemorragia activa ou presença de falsos aneurismas anastomóticos. Foi realizada colheita percutânea de pus e submetido a coloração de Gram e cultura sendo esta positiva para Staphylococcus aureus sensível à meticilina. O tratamento da doente consistiu na

MALFORMAÇÃO VASCULAR – EMBOLIZAÇÃO PERCUTÂNEA TRATAMENTO DA INFECÇÃO PROTÉSICA COM RECURSO À VACUOTERAPIA E ANTIBIOTERAPIA SELECTIVA. CASO CLÍNICO

co10 co11

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

NotasNotas

6160

arteriais pelas artérias toraco-acromial, circunflexa umeral anterior e posterior. Procedeu-se à caracterização super- selectiva da artéria circunflexa umeral posterior, emboliza-ção com microesferas e posteriormente com spongostan. A arteriografia de controlo demonstrou a não permeabili-zação dos ramos distais da circunflexa umeral posterior e exclusão parcial da malformação vascular com patência de stops colateralizados pelas artérias circunflexa anterior e toracoacromial.

Resultados: A doente melhorou da sintomatologia. No entanto, treze meses depois, por persistência de alguma sugestão dolorosa foi novamente submetida a arteriogra-fia tendo em vista nova embolização que se optou por não realizar dada a estabilidade imagiológica e clínica.

Conclusões: O tratamento endovascular por emboliza-ção das malformações vasculares surge como uma opção eficaz e segura como tratamento definitivo ou adjuvante.

drenagem da colecção, vacuoterapia local e antibiotera-pia dirigida com daptomicina e rifampicina. Durante o internamento houve a total remissão dos sintomas e sinais de infecção. Após um ano a doente mantem- se assintomática, em bom estado geral e com enxerto funcionante “in-situ”.

Conclusões: O tratamento conservador da infecção protésica pode ser uma alternativa nas infecções causadas por Staphylococcus aureus meticilino sensível com bons resultados iniciais, atrasando assim ou evitando um eventual tratamento cirúrgico mais agressivo.

NotasNotas

Palavras-chave: Infecção protésica, Vacuoterapia, Staphylococcus

Page 63: Programa Final B - Skyros Congressos

Dalila Rolim¹; Sérgio Sampaio¹; José Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João

José Tiago¹; Viviana Manuel¹; Pedro Martins¹; Carlos Martins¹; José Fernandes e Fernandes¹1 - Hospital Santa Maria - Serviço de Cirurgia Vascular

Sala B Sala B

Introdução: As malformações vasculares são anomalias nos vasos sanguíneos presentes desde o nascimento mas que podem não tornar-se evidentes até à adolescência ou idade adulta.

Objectivos: Apresentação do tratamento endovascular por embolização de malformação vascular a propósito de um caso clínico.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 14 anos. Sem outros antecedentes patológicos de relevo, para além de malformação arterio-venosa no membro superior direito com aumento gradual desde os 6 anos de idade. Por apresentar queixas álgicas significativas, realizou angio-RM que revelou a presença de lesão intramuscular do deltóide com estrutura interna a sugerir lesão do tipo hemangioma e focos de baixo sinal correspondendo a calcificações por flebólitos. Foi efectuada arteriografia, via artéria femoral direita, com identificação de aferentes

Introdução: A infecção protésica é uma das complica-ções mais temidas na cirurgia de revascularização arterial, a sua abordagem é complexa e representa um desafio para o cirurgião vascular. Conceitos estabelecidos determinam a ressecção total da prótese, o desbridamen-to dos tecidos periprotésicos e a cirurgia de revasculariza-ção extra-anatômica como o tratamento de eleição. A vacuoterapia tem surgido como adjuvante na cicatrização de feridas operatórias infectadas, no entanto em presença de certos microrganismos nem sempre apresenta sucesso terapêutico. As estirpes de Staphylococcus são documentadas na literatura médica como as principais responsáveis pela infecção protésica. Novos antibióticos bactericidas e bacteriostáticos mais selectivos e com interações sinérgicas entre si têm possibilitado uma estratégia no combate desta entidade, uma vez que agem directamente sobre os patogéneos e também sobre o seu biofilme. Este mecanismo adjuvado pela vacuoterapia permitiu a criação de uma alternativa experimental no armamentá-rio terapêutico da infecção protésica.

Material e Métodos: Doente de 45 anos, sexo feminino, com antecedentes de neoplasia da mama, tabagismo e doença arterial obstrutiva periférica, já submetida a angioplastia e colocação de stent na artéria ilíaca primitiva direita em 2009, cirurgia de bypass femoro-femoral em 2010 por oclusão de stent e nova cirurgia de bypass femoro-femoral dois meses antes do internamento por oclusão de bypass prévio. Admitida na nossa instituição após o aparecimento de massa não pulsátil na região femoral direita associada a sinais inflamatórios locais e sistêmicos. A angio-TC realizada mostrou stent ocluído na artéria ilíaca primitiva direita, presença de duas próteses vasculares em posição femoro-femoral, encontrando-se uma funcionante e colecção abcedada com 8,3 centímetros na região femoral direita em relação com os enxertos protésicos. Não eram visíveis sinais de hemorragia activa ou presença de falsos aneurismas anastomóticos. Foi realizada colheita percutânea de pus e submetido a coloração de Gram e cultura sendo esta positiva para Staphylococcus aureus sensível à meticilina. O tratamento da doente consistiu na

MALFORMAÇÃO VASCULAR – EMBOLIZAÇÃO PERCUTÂNEA TRATAMENTO DA INFECÇÃO PROTÉSICA COM RECURSO À VACUOTERAPIA E ANTIBIOTERAPIA SELECTIVA. CASO CLÍNICO

co10 co11

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

NotasNotas

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arteriais pelas artérias toraco-acromial, circunflexa umeral anterior e posterior. Procedeu-se à caracterização super- selectiva da artéria circunflexa umeral posterior, emboliza-ção com microesferas e posteriormente com spongostan. A arteriografia de controlo demonstrou a não permeabili-zação dos ramos distais da circunflexa umeral posterior e exclusão parcial da malformação vascular com patência de stops colateralizados pelas artérias circunflexa anterior e toracoacromial.

Resultados: A doente melhorou da sintomatologia. No entanto, treze meses depois, por persistência de alguma sugestão dolorosa foi novamente submetida a arteriogra-fia tendo em vista nova embolização que se optou por não realizar dada a estabilidade imagiológica e clínica.

Conclusões: O tratamento endovascular por emboliza-ção das malformações vasculares surge como uma opção eficaz e segura como tratamento definitivo ou adjuvante.

drenagem da colecção, vacuoterapia local e antibiotera-pia dirigida com daptomicina e rifampicina. Durante o internamento houve a total remissão dos sintomas e sinais de infecção. Após um ano a doente mantem- se assintomática, em bom estado geral e com enxerto funcionante “in-situ”.

Conclusões: O tratamento conservador da infecção protésica pode ser uma alternativa nas infecções causadas por Staphylococcus aureus meticilino sensível com bons resultados iniciais, atrasando assim ou evitando um eventual tratamento cirúrgico mais agressivo.

NotasNotas

Palavras-chave: Infecção protésica, Vacuoterapia, Staphylococcus

Page 64: Programa Final B - Skyros Congressos

Marina Dias Neto¹; Mário Vieira¹; Sérgio Sampaio¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Cento Hospitalar de S. João, EPE

Ricardo Castro-Ferreira¹; Paulo Gonçalves-Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; Dalila Rolim¹; José Fernando Teixeira¹1 - Hospital São João

Sala B Sala B

Introdução: Paralelamente ao envelhecimento da população e ao aumento da incidência de diabetes, a insuficiência renal crónica (terminal) tem-se tornado cada vez mais comum nos países desenvolvidos. Uma grande ênfase é dada à construção precoce de acesso venoso para hemodiálise, bem como à detecção da sua disfunção antes que a trombose ocorra e à necessidade de conhecer as potenciais complicações associadas.

Objectivos: No presente caso clínico apresentam-se duas complicações relacionadas com acessos venosos para hemodiálise, salientando-se a importância da escolha de estratégias terapêuticas que promovam a qualidade de vida do doente.

Resultados: Trata-se de um homem de 52 anos, empregado de mesa, dextro e com antecedentes de insuficiência renal crónica terminal submetido a trans-plante e com encerramento de fístula arterio-venosa (FAV) radiocefálica esquerda há 6 anos (após transplante),

Introdução: A construção de uma FAV é o método preferencial de acesso vascular para diálise. A estenose da artéria subclávia favorece hemodinamicamente o fenó-meno de roubo pela FAV e é uma causa rara da sua falência funcional.

Objectivos: Apresentar caso clínico de estenose subclávia que ameaçava a permeabilidade de FAV braquiocefálica e provocava síndromes de roubo da FAV e subclávio-vertebral.

Material e Métodos: História clínica.

Resultados: Caso clínico - Doente de 75 anos, sexo feminino, com história de AVC recente, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e insuficiência renal crónica em hemodiálise, observada por disfunção da FAV braquioce-fálica esquerda e mão arrefecida, com diminuição da sensibilidade digital. Apresentava frémito quase imper-ceptível na FAV e ausência de pulsos distais. O Eco--Doppler cervical demonstrava inversão de fluxo da artéria

ANEURISMA DA ARTÉRIA BRAQUIAL E ESTENOSE VENOSA CENTRAL - COMPLICAÇÕES RELACIONADAS COM ACESSOS VASCULARES PARA HEMODIÁLISE A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

STENTING SUBCLÁVIO PARA MANUTENÇÃO DE PERMEABILIDADE DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA E CORRECÇÃO DE SÍNDROME DE ROUBO SUBCLÁVIO-VERTEBRAL

co12 co13

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurisma da artéria braquial , Estenose venosa central , Acessos vasculares para hemodiálise , Caso clínico

Palavras-chave: Stenting subclávio, síndrome de roubo subclávio-vertebral, Falência funcional de fístula arteriovenosa, Isquemia da mão

Notas NotasNotas Notas

6362

depois de 6 anos de funcionamento. Por falência do enxerto renal, foi referenciado para construção de novo acesso para hemodiálise - nessa altura realizava hemodiá-lise por cateter venoso central (CVC) jugular esquerdo tunelizado. O doente recusava construção de FAV no membro superior direito por motivos profissionais. Na consulta foi detectada tumefacção pulsátil do braço esquerdo, cujo ecodoppler demostrou tratar-se de um aneurisma braquial verdadeiro com 28mm de diâmetro máximo. Adicionalmente apresentava arteriomegalia e dois coils braquiais proximalmente ao aneurisma. O doente foi submetido a correção do aneurisma com secção transversal da artéria braquial proximal ao aneurisma e anastomose término-terminal distalmente ao mesmo, sem necessidade de conduto de interposição, a correcção do coil arterial distal e a construção de FAV entre a artéria braquial e veia mediana do cotovelo, sem complicações pós-operatórias imediatas. No segundo mês de pós-operatório, por desenvolvimento progressivo de edema do membro superior esquerdo até à raiz do braço, foi submetido a angiografia que evidenciou estenose da veia braquiocefálica esquerda em relação com CVC. Tendo já decorrido o tempo de maturação da FAV, optou-se pela remoção do CVC tunelizado e angioplastia da lesão através da veia basílica, com bom resultado angiográfico final. A diminuição do edema permitiu a realização de hemodiálise pela FAV, 24h após o tratamento. Na consulta de vigilância o doente apresentava diminuição adicional dos perímetros do membro, mantinha-se sem queixas e com capacidade para o trabalho.

vertebral esquerda, tendo sido confirmada estenose severa da origem da artéria subclávia esquerda em angio-TC. Apesar da doente não referir sintomas evidentes de insuficiência vertebrobasilar, mas para manutenção da permeabilidade assistida do acesso e tratamento do síndrome de roubo pela FAV, foi submetida a angioplastia subclávia com colocação de stent expansível por balão 8x40mm. Com o sucesso técnico do procedimento a doente readquiriu frémito e funcionalidade da FAV e ficou sem isquemia da mão, recuperando pulsos distais.

Conclusões: Classicamente, a angioplastia da artéria subclávia é realizada em doentes com estenose da artéria subclávia e sintomas de roubo subclávio-vertebral. Este caso clínico tem a particularidade do procedimento ter permitido, simultaneamente, corrigir a diminuição de inflow arterial para a FAV (que estava a ameaçar a sua permeabilidade funcional), resolver os sintomas de isquemia da mão por roubo da FAV e restaurar o sentido anterógrado do fluxo da artéria vertebral esquerda.

Page 65: Programa Final B - Skyros Congressos

Marina Dias Neto¹; Mário Vieira¹; Sérgio Sampaio¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Cento Hospitalar de S. João, EPE

Ricardo Castro-Ferreira¹; Paulo Gonçalves-Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; Dalila Rolim¹; José Fernando Teixeira¹1 - Hospital São João

Sala B Sala B

Introdução: Paralelamente ao envelhecimento da população e ao aumento da incidência de diabetes, a insuficiência renal crónica (terminal) tem-se tornado cada vez mais comum nos países desenvolvidos. Uma grande ênfase é dada à construção precoce de acesso venoso para hemodiálise, bem como à detecção da sua disfunção antes que a trombose ocorra e à necessidade de conhecer as potenciais complicações associadas.

Objectivos: No presente caso clínico apresentam-se duas complicações relacionadas com acessos venosos para hemodiálise, salientando-se a importância da escolha de estratégias terapêuticas que promovam a qualidade de vida do doente.

Resultados: Trata-se de um homem de 52 anos, empregado de mesa, dextro e com antecedentes de insuficiência renal crónica terminal submetido a trans-plante e com encerramento de fístula arterio-venosa (FAV) radiocefálica esquerda há 6 anos (após transplante),

Introdução: A construção de uma FAV é o método preferencial de acesso vascular para diálise. A estenose da artéria subclávia favorece hemodinamicamente o fenó-meno de roubo pela FAV e é uma causa rara da sua falência funcional.

Objectivos: Apresentar caso clínico de estenose subclávia que ameaçava a permeabilidade de FAV braquiocefálica e provocava síndromes de roubo da FAV e subclávio-vertebral.

Material e Métodos: História clínica.

Resultados: Caso clínico - Doente de 75 anos, sexo feminino, com história de AVC recente, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e insuficiência renal crónica em hemodiálise, observada por disfunção da FAV braquioce-fálica esquerda e mão arrefecida, com diminuição da sensibilidade digital. Apresentava frémito quase imper-ceptível na FAV e ausência de pulsos distais. O Eco--Doppler cervical demonstrava inversão de fluxo da artéria

ANEURISMA DA ARTÉRIA BRAQUIAL E ESTENOSE VENOSA CENTRAL - COMPLICAÇÕES RELACIONADAS COM ACESSOS VASCULARES PARA HEMODIÁLISE A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

STENTING SUBCLÁVIO PARA MANUTENÇÃO DE PERMEABILIDADE DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA E CORRECÇÃO DE SÍNDROME DE ROUBO SUBCLÁVIO-VERTEBRAL

co12 co13

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurisma da artéria braquial , Estenose venosa central , Acessos vasculares para hemodiálise , Caso clínico

Palavras-chave: Stenting subclávio, síndrome de roubo subclávio-vertebral, Falência funcional de fístula arteriovenosa, Isquemia da mão

Notas NotasNotas Notas

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depois de 6 anos de funcionamento. Por falência do enxerto renal, foi referenciado para construção de novo acesso para hemodiálise - nessa altura realizava hemodiá-lise por cateter venoso central (CVC) jugular esquerdo tunelizado. O doente recusava construção de FAV no membro superior direito por motivos profissionais. Na consulta foi detectada tumefacção pulsátil do braço esquerdo, cujo ecodoppler demostrou tratar-se de um aneurisma braquial verdadeiro com 28mm de diâmetro máximo. Adicionalmente apresentava arteriomegalia e dois coils braquiais proximalmente ao aneurisma. O doente foi submetido a correção do aneurisma com secção transversal da artéria braquial proximal ao aneurisma e anastomose término-terminal distalmente ao mesmo, sem necessidade de conduto de interposição, a correcção do coil arterial distal e a construção de FAV entre a artéria braquial e veia mediana do cotovelo, sem complicações pós-operatórias imediatas. No segundo mês de pós-operatório, por desenvolvimento progressivo de edema do membro superior esquerdo até à raiz do braço, foi submetido a angiografia que evidenciou estenose da veia braquiocefálica esquerda em relação com CVC. Tendo já decorrido o tempo de maturação da FAV, optou-se pela remoção do CVC tunelizado e angioplastia da lesão através da veia basílica, com bom resultado angiográfico final. A diminuição do edema permitiu a realização de hemodiálise pela FAV, 24h após o tratamento. Na consulta de vigilância o doente apresentava diminuição adicional dos perímetros do membro, mantinha-se sem queixas e com capacidade para o trabalho.

vertebral esquerda, tendo sido confirmada estenose severa da origem da artéria subclávia esquerda em angio-TC. Apesar da doente não referir sintomas evidentes de insuficiência vertebrobasilar, mas para manutenção da permeabilidade assistida do acesso e tratamento do síndrome de roubo pela FAV, foi submetida a angioplastia subclávia com colocação de stent expansível por balão 8x40mm. Com o sucesso técnico do procedimento a doente readquiriu frémito e funcionalidade da FAV e ficou sem isquemia da mão, recuperando pulsos distais.

Conclusões: Classicamente, a angioplastia da artéria subclávia é realizada em doentes com estenose da artéria subclávia e sintomas de roubo subclávio-vertebral. Este caso clínico tem a particularidade do procedimento ter permitido, simultaneamente, corrigir a diminuição de inflow arterial para a FAV (que estava a ameaçar a sua permeabilidade funcional), resolver os sintomas de isquemia da mão por roubo da FAV e restaurar o sentido anterógrado do fluxo da artéria vertebral esquerda.

Page 66: Programa Final B - Skyros Congressos

Luís Machado¹; Isabel Vilaça¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto¹; Luís Loureiro¹; Tiago Loureiro¹; Diogo Silveira¹; Duarte Rego¹; Vítor Ferreira¹; João Gonçalves¹; Rui Almeida¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto

Sala B Sala B

Introdução: Os tumores do corpo carotídeo (TCC) são neoplasias raras, derivadas de células paraganglionares locais. Têm uma incidência de 1:30000 e podem estar associa-dos a outras neoplasias neuro-endócrinas.

Objectivos: Apresentação da experiência do Serviço, no diagnóstico, tratamento e follow-up desta patologia nos últimos 10 anos.

Material e Métodos: Foram analisados retrospetiva-mente os registos clínicos dos doentes tratados a esta patologia, entre 2003 e 2013, no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João.

Resultados: Durante o período em análise foram tratados 13 TCC em 11 doentes. A amostra inclui 6 doentes do sexo masculino e 5 do sexo feminino. A média de idades à data da cirurgia foi 47,6 anos [14 – 73 anos]. Em 4 casos os tumores apareceram à direita, 5 casos à esquerda e em 2 bilateralmente. Os dois casos em que os tumores foram bilaterais, havia história familiar deste tipo de neoplasias. A existência de massa cervical indolor, palpável e de crescimento lento, na região lateral do pescoço, levou ao diagnóstico em todos exceto em um doente, cujo

Introdução: A endarterectomia carotídea é um trata-mento consensual no tratamento da estenose carotídea sintomática, embora o risco/benefício de uma intervenção precoce (inferior a 48 horas) nos enfartes em evolução ou nos acidentes isquémicos transitórios em crescendo ainda não esteja claramente definido. Os procedimentos de pontagem extra-torácica, no contexto de uma estenose sintomática da artéria carótida comum, são seguros, bem tolerados e apresentam uma excelente taxa de permeabilidade a longo prazo.

Objectivos: Apresentação de dois casos clínicos de estenose carotídea sintomática com necessidade de realização de cirurgia em contexto de urgência.

Material e Métodos: Caso clínico 1 - Indivíduo do sexo masculino, 76 anos, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial e de síndrome depressivo, encontrando-se antiagregado com ácido acetilsalicílico. Recorreu ao Serviço de Urgência na sequência de 3 episódios recorrentes e transitórios de alteração sensitiva e motora do membro superior esquerdo no período de 72 horas. Realizou TC cerebral, que não apresentava alterações, e ecodoppler carotídeo-vertebral, que mostrou a presença de estenose superior a 70% na artéria carótida interna direita e estenose inferior a 50% na artéria carótida interna esquerda. Submetido a endarterectomia carotídea direita e angioplastia com patch de Dacron.

TUMORES DO CORPO CAROTÍDEO – EXPERIÊNCIA DOS ÚLTIMOS 10 ANOS

CIRURGIA DE URGÊNCIA NA ESTENOSE CAROTÍDEA SINTOMÁTICA: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOS

co14 co15

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Corpo carotídeo Palavras-chave: Cirurgia carotídea de urgência, endarterectomia carotídea, pontagem carótido-carotídea, estenose carotídea sintomática

Notas NotasNotas Notas

6564

diagnóstico foi feito num ecoDoppler carotídeo e vertebral pedido por outro motivo não re lac ionado. Considerando a classificação de Shamblin, a maioria dos TCC eram do tipo II ( 77%, n=10), sendo 2 do tipo III e 1 do tipo I. A ressecção cirurgia foi efetuada em todos os doentes. Num doente com um tumor Shamblin tipo III, foi efetuada embolização pré-operatória 24 horas antes, no entanto não foi possível uma ressecção completa do tumor dado a sua extensão para a base do crânio. Nos 4 últimos casos operados usou-se bisturi harmónico Ultracision ®. No que respeita à morbilidade pós- operatória, há a relatar um caso de AVC, dois casos de paralisia da corda vocal, um deles com recuperação total. Não houve mortalidade operatória nesta série.

Conclusões. A cirurgia é o tratamento recomendado para os TCC, estando a intervenção precoce, quando o tumor tem menores dimensões, associado a menor morbilidade e maior probabilidade de total remoção do tumor. Na série apresentada a cirurgia só não foi curativa em um dos doentes, que apresentava o tumor de maiores dimensões. O uso de técnicas específicas como a embolização pré-operatória ou bisturi harmónico Ultracision ®, podem contribuir para minimizar as perdas hemáticas

Caso clínico 2 - Indivíduo do sexo masculino, 63 anos, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial, cardiopatia valvular e fibrilhação auricular, encontrando-se hipocoagulado com acenocumarol e antiagregado com ácido acetilsalicílico. Recorreu ao Serviço de Urgência na sequência de 3 episódios recorrentes e transitórios de amaurose fugaz e de parésia facial central direita no período de 24 horas. Realizou TC cerebral, que mostrou a presença de leucoen-cefalopatia isquémica, e ecodoppler carotídeo-vertebral, que revelou oclusão/suboclusão da artéria carótida comum esquerda e inversão dos fluxos na artéria vertebral esquerda. O Angio-TC dos troncos supra-aórticos confir-mou a presença de estenose suboclusiva no segmento inicial da artéria carótida comum esquerda, mostrando, ainda, oclusão do segmento proximal da artéria subclávia ipsilateral. Submetido a laqueação da artéria carótida comum esquerda e a pontagem carótido-carotídea, direita- esquerda, com ePTFE por via retrofaríngea.

Resultados: O pós-operatório decorreu sem intercorrên-cias assinaláveis. Não se verificou a existência de novos sintomas neurológicos, em ambos os casos, durante o período de seguimento.

Conclusões: Em casos selecionados, a cirurgia carotídea de urgência pode ser realizada com um risco aceitável, apresentando um papel importante na prevenção do enfarte cerebral.

Page 67: Programa Final B - Skyros Congressos

Luís Machado¹; Isabel Vilaça¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto¹; Luís Loureiro¹; Tiago Loureiro¹; Diogo Silveira¹; Duarte Rego¹; Vítor Ferreira¹; João Gonçalves¹; Rui Almeida¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto

Sala B Sala B

Introdução: Os tumores do corpo carotídeo (TCC) são neoplasias raras, derivadas de células paraganglionares locais. Têm uma incidência de 1:30000 e podem estar associa-dos a outras neoplasias neuro-endócrinas.

Objectivos: Apresentação da experiência do Serviço, no diagnóstico, tratamento e follow-up desta patologia nos últimos 10 anos.

Material e Métodos: Foram analisados retrospetiva-mente os registos clínicos dos doentes tratados a esta patologia, entre 2003 e 2013, no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João.

Resultados: Durante o período em análise foram tratados 13 TCC em 11 doentes. A amostra inclui 6 doentes do sexo masculino e 5 do sexo feminino. A média de idades à data da cirurgia foi 47,6 anos [14 – 73 anos]. Em 4 casos os tumores apareceram à direita, 5 casos à esquerda e em 2 bilateralmente. Os dois casos em que os tumores foram bilaterais, havia história familiar deste tipo de neoplasias. A existência de massa cervical indolor, palpável e de crescimento lento, na região lateral do pescoço, levou ao diagnóstico em todos exceto em um doente, cujo

Introdução: A endarterectomia carotídea é um trata-mento consensual no tratamento da estenose carotídea sintomática, embora o risco/benefício de uma intervenção precoce (inferior a 48 horas) nos enfartes em evolução ou nos acidentes isquémicos transitórios em crescendo ainda não esteja claramente definido. Os procedimentos de pontagem extra-torácica, no contexto de uma estenose sintomática da artéria carótida comum, são seguros, bem tolerados e apresentam uma excelente taxa de permeabilidade a longo prazo.

Objectivos: Apresentação de dois casos clínicos de estenose carotídea sintomática com necessidade de realização de cirurgia em contexto de urgência.

Material e Métodos: Caso clínico 1 - Indivíduo do sexo masculino, 76 anos, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial e de síndrome depressivo, encontrando-se antiagregado com ácido acetilsalicílico. Recorreu ao Serviço de Urgência na sequência de 3 episódios recorrentes e transitórios de alteração sensitiva e motora do membro superior esquerdo no período de 72 horas. Realizou TC cerebral, que não apresentava alterações, e ecodoppler carotídeo-vertebral, que mostrou a presença de estenose superior a 70% na artéria carótida interna direita e estenose inferior a 50% na artéria carótida interna esquerda. Submetido a endarterectomia carotídea direita e angioplastia com patch de Dacron.

TUMORES DO CORPO CAROTÍDEO – EXPERIÊNCIA DOS ÚLTIMOS 10 ANOS

CIRURGIA DE URGÊNCIA NA ESTENOSE CAROTÍDEA SINTOMÁTICA: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOS

co14 co15

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Corpo carotídeo Palavras-chave: Cirurgia carotídea de urgência, endarterectomia carotídea, pontagem carótido-carotídea, estenose carotídea sintomática

Notas NotasNotas Notas

6564

diagnóstico foi feito num ecoDoppler carotídeo e vertebral pedido por outro motivo não re lac ionado. Considerando a classificação de Shamblin, a maioria dos TCC eram do tipo II ( 77%, n=10), sendo 2 do tipo III e 1 do tipo I. A ressecção cirurgia foi efetuada em todos os doentes. Num doente com um tumor Shamblin tipo III, foi efetuada embolização pré-operatória 24 horas antes, no entanto não foi possível uma ressecção completa do tumor dado a sua extensão para a base do crânio. Nos 4 últimos casos operados usou-se bisturi harmónico Ultracision ®. No que respeita à morbilidade pós- operatória, há a relatar um caso de AVC, dois casos de paralisia da corda vocal, um deles com recuperação total. Não houve mortalidade operatória nesta série.

Conclusões. A cirurgia é o tratamento recomendado para os TCC, estando a intervenção precoce, quando o tumor tem menores dimensões, associado a menor morbilidade e maior probabilidade de total remoção do tumor. Na série apresentada a cirurgia só não foi curativa em um dos doentes, que apresentava o tumor de maiores dimensões. O uso de técnicas específicas como a embolização pré-operatória ou bisturi harmónico Ultracision ®, podem contribuir para minimizar as perdas hemáticas

Caso clínico 2 - Indivíduo do sexo masculino, 63 anos, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial, cardiopatia valvular e fibrilhação auricular, encontrando-se hipocoagulado com acenocumarol e antiagregado com ácido acetilsalicílico. Recorreu ao Serviço de Urgência na sequência de 3 episódios recorrentes e transitórios de amaurose fugaz e de parésia facial central direita no período de 24 horas. Realizou TC cerebral, que mostrou a presença de leucoen-cefalopatia isquémica, e ecodoppler carotídeo-vertebral, que revelou oclusão/suboclusão da artéria carótida comum esquerda e inversão dos fluxos na artéria vertebral esquerda. O Angio-TC dos troncos supra-aórticos confir-mou a presença de estenose suboclusiva no segmento inicial da artéria carótida comum esquerda, mostrando, ainda, oclusão do segmento proximal da artéria subclávia ipsilateral. Submetido a laqueação da artéria carótida comum esquerda e a pontagem carótido-carotídea, direita- esquerda, com ePTFE por via retrofaríngea.

Resultados: O pós-operatório decorreu sem intercorrên-cias assinaláveis. Não se verificou a existência de novos sintomas neurológicos, em ambos os casos, durante o período de seguimento.

Conclusões: Em casos selecionados, a cirurgia carotídea de urgência pode ser realizada com um risco aceitável, apresentando um papel importante na prevenção do enfarte cerebral.

Page 68: Programa Final B - Skyros Congressos

Gonçalo Cabral¹; Augusto Ministro¹; Cristina Pestana¹; A.Dinis da Gama¹1 - Departamentos de Cirurgia Vascular e Anestesiologia do Hospital da Luz, Lisboa

A.Dinis da Gama¹; Augusto Ministro¹; Gonçalo Cabral¹; Cristina Pestana¹; Pedro Oliveira¹1 - Departamentos de Cirurgia Vascular, de Anestesiologia e de Anatomia Patológica do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: Os autores apresentam o caso clínico de um homem de 73 anos de idade, queixando-se de dores abdominais persistentes nos quadrantes superiores do abdómen, nomeadamente no epigastro e hipocondrio esquerdo, tipo moinha, sem irradiação e sem factores desencadeantes conhecidos.

Objectivos: Esta situação afectava significativamente a sua qualidade de vida (professor universitário).Para o esclarecimento do quadro clínico, foi objecto de uma TC abdominal que revelou uma volumosa massa esférica, parcialmente calcificada, com cerca de 44x11 mms de diâmetro máximo, localizada ao nível da cauda do pâncreas e próxima do hilo esplénico.

Material e Métodos: Uma angio TC confirmou tratar-se de um aneurisma da artéria esplénica e o doente foi objecto de tratamento endovascular, destinado a promover a exclusão do aneurisma da circulação por intermédio de uma endoprótese, o que não foi possível de concretizar. Em virtude dessa impossibilidade, procedeu-

Introdução: Os autores apresentam o caso clínico de um indivíduo do sexo masculino, de 46 anos de idade, que referiu a ocorrência de uma dor epigástrica súbita e forte, não acompanhada de outros sintomas ou sinais e que justificou o recurso aos serviços de urgência de um hospital local.

Objectivos: A investigação clínica e laboratorial então efectuadas permitiram excluir um quadro de abdómen agudo convencional, razão pela qual foi objecto de avaliação por TC e angio-TC, que demonstraram a

TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL DE UM ANEURISMA DA ARTÉRIA ESPLÉNICA APÓS FRACASSO DE INTERVENÇÃO ENDOVASCULAR

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE UMA DISSECÇÃO EXPONTÂNEA DO TRONCO CELÍACO CAUSADA POR DISPLASIA FIBROMUSCULAR. PRIMEIRO CASO DA LITERATURA

co16 co17

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Notas NotasNotas Notas

6766

se à embolização do aneurisma por intermédio de multiplos coils.

Resultados: Contrariamente às expectativas, o quadro clínico doloroso não se dissipou, tendo-se agravado, razão pela qual procurou outra instituição hospitalar, tendo-lhe sido proposta excisão cirúrgica, o que aceitou. A operação consistiu na ressecção do aneurisma e na esplenectomia, em consequência de infartos esplénicos resultantes do procedimento endovascular. Revisto um mês após a operação encontrava-se bem e totalmente livre de sintomas, tendo retomado a sua vida social e profissional.

Conclusões: A propósito deste caso os autores tecem algumas considerações sobre as limitações do tratamento endovascular dos aneurismas periféricos, nomeadamente daqueles que se manifestam por sintomas dolorosos de compressão de estruturas adjacentes, que podem não ser debelados pela simples exclusão endovascular do aneurisma, como sucedeu no presente caso clínico.

existência de uma dissecção expontânea e dilatação aneurismática do tronco celíaco, em toda a sua extensão.

Conclusões: O doente foi objecto de tratamento cirúrgico, que consitiu na ressecção e substituição protésica do tronco celíaco e o estudo histopatológico da peça de excisão permitiu formular o diagnóstico de displasia fibromuscular, o que se configura como uma situação excepcional, provavelmente única, de acordo com os dados da literatura, justificando-se por isso a sua publicação e divulgação.

Page 69: Programa Final B - Skyros Congressos

Gonçalo Cabral¹; Augusto Ministro¹; Cristina Pestana¹; A.Dinis da Gama¹1 - Departamentos de Cirurgia Vascular e Anestesiologia do Hospital da Luz, Lisboa

A.Dinis da Gama¹; Augusto Ministro¹; Gonçalo Cabral¹; Cristina Pestana¹; Pedro Oliveira¹1 - Departamentos de Cirurgia Vascular, de Anestesiologia e de Anatomia Patológica do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: Os autores apresentam o caso clínico de um homem de 73 anos de idade, queixando-se de dores abdominais persistentes nos quadrantes superiores do abdómen, nomeadamente no epigastro e hipocondrio esquerdo, tipo moinha, sem irradiação e sem factores desencadeantes conhecidos.

Objectivos: Esta situação afectava significativamente a sua qualidade de vida (professor universitário).Para o esclarecimento do quadro clínico, foi objecto de uma TC abdominal que revelou uma volumosa massa esférica, parcialmente calcificada, com cerca de 44x11 mms de diâmetro máximo, localizada ao nível da cauda do pâncreas e próxima do hilo esplénico.

Material e Métodos: Uma angio TC confirmou tratar-se de um aneurisma da artéria esplénica e o doente foi objecto de tratamento endovascular, destinado a promover a exclusão do aneurisma da circulação por intermédio de uma endoprótese, o que não foi possível de concretizar. Em virtude dessa impossibilidade, procedeu-

Introdução: Os autores apresentam o caso clínico de um indivíduo do sexo masculino, de 46 anos de idade, que referiu a ocorrência de uma dor epigástrica súbita e forte, não acompanhada de outros sintomas ou sinais e que justificou o recurso aos serviços de urgência de um hospital local.

Objectivos: A investigação clínica e laboratorial então efectuadas permitiram excluir um quadro de abdómen agudo convencional, razão pela qual foi objecto de avaliação por TC e angio-TC, que demonstraram a

TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL DE UM ANEURISMA DA ARTÉRIA ESPLÉNICA APÓS FRACASSO DE INTERVENÇÃO ENDOVASCULAR

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE UMA DISSECÇÃO EXPONTÂNEA DO TRONCO CELÍACO CAUSADA POR DISPLASIA FIBROMUSCULAR. PRIMEIRO CASO DA LITERATURA

co16 co17

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Notas NotasNotas Notas

6766

se à embolização do aneurisma por intermédio de multiplos coils.

Resultados: Contrariamente às expectativas, o quadro clínico doloroso não se dissipou, tendo-se agravado, razão pela qual procurou outra instituição hospitalar, tendo-lhe sido proposta excisão cirúrgica, o que aceitou. A operação consistiu na ressecção do aneurisma e na esplenectomia, em consequência de infartos esplénicos resultantes do procedimento endovascular. Revisto um mês após a operação encontrava-se bem e totalmente livre de sintomas, tendo retomado a sua vida social e profissional.

Conclusões: A propósito deste caso os autores tecem algumas considerações sobre as limitações do tratamento endovascular dos aneurismas periféricos, nomeadamente daqueles que se manifestam por sintomas dolorosos de compressão de estruturas adjacentes, que podem não ser debelados pela simples exclusão endovascular do aneurisma, como sucedeu no presente caso clínico.

existência de uma dissecção expontânea e dilatação aneurismática do tronco celíaco, em toda a sua extensão.

Conclusões: O doente foi objecto de tratamento cirúrgico, que consitiu na ressecção e substituição protésica do tronco celíaco e o estudo histopatológico da peça de excisão permitiu formular o diagnóstico de displasia fibromuscular, o que se configura como uma situação excepcional, provavelmente única, de acordo com os dados da literatura, justificando-se por isso a sua publicação e divulgação.

Page 70: Programa Final B - Skyros Congressos

Rodolfo Abreu¹; Hugo Valentim²; Hugo Rodrigues¹; Fernando Martelo³; Ivan Bravio³; Maria Emília 5 5 4Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luis Mota Capitão ; João M Castro²

1 - Interno de Cirurgia Vascular; 2 - Especialista de Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Especialista de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Marta; 4 - Director do Serviço de Cirurgia Vascular do Hosp. de Santa Marta; 5 - Chefe de Serviço de Cirurgia Vascular do Hosp. de Santa Marta

Marina Dias Neto¹; José Lopes¹; Ana Sofia Ferreira¹; Mário Veira¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de S. João, EPE

Sala B Sala B

Introdução: A cirurgia reconstrutiva dos grandes troncos venosos do tórax é utilizada como método adjuvante para permitir a resseção completa de tumores do mediastino ou para alívio dos sintomas de hiperpressão venosa da cabeça e pescoço consequentes à invasão ou compressão das grandes veias do mediastino.

Objectivos: Fizemos uma análise retrospectiva de 4 doentes operados nos últimos 3 anos. Todos os doentes apresentavam tumores do mediastino de grandes dimensões. Em 2 dos casos a cirurgia foi realizada como co-adjuvante para a exérese completa das massas tumorais e nos outros 2 casos para alívio de sintomas graves de hiperpressão venosa da cabeça e pescoço em doentes com sindrome da veia cava superior. Pretendemos avaliar os resultados das cirurgias efectua-das em termos de melhoria da sintomatologia clínica, complicações decorrentes da cirurgia, permeabilidade das pontagens efectuadas quer a curto quer a médio prazo e taxas de mortalidade.

Material e Métodos: Utilizamos sempre próteses de e PTFE aneladas para a realização das seguintes reconstru-ções vasculares:

Introdução: O tratamento dos aneurismas da artéria poplítea, o mais frequente dos aneurismas periféricos verdadeiros, pode ser convencional ou endovascular. O tratamento cirúrgico implica a construção de bypass arterial de revascularização com laqueação proximal e distal ao aneurisma ou a confeção de um enxerto de interposição. Os resultados são mais favoráveis em procedimentos eletivos, com conduto venoso e em doentes assintomáticos. Contudo, mesmo com a laquea-ção proximal e distal ao aneurisma, até 30% dos aneuris-mas podem não trombosar, continuando a aumentar através de fluxo de retorno proveniente de colaterais.

Objectivos: Neste trabalho relata-se o caso de um doente submetido a tratamento convencional de um aneurisma poplíteo direito, com reperfusão do saco aneurismático 4 anos após a cirurgia.

Resultados: Trata-se de um homem de 87 anos com antecedentes de correção de aneurisma da aorta abdominal infrarrenal com bypass aortobifemoral há 6 anos e de correção de aneurisma poplíteo direito assintomático há 4 anos – construção de bypass femoro-poplíteo (artéria femoral superficial e artéria poplítea infra-articular) com veia grande safena invertida ipsilate-ral e laqueação proximal e distal ao aneurisma, tendo-se constatado ausência de pulsatilidade aneurismática no final da cirurgia. Manteve seguimento em consulta e 4 anos após a cirurgia referia crescimento de tumefação poplítea direita. Ao exame objetivo apresentava pulso poplíteo palpável e bypass funcionante. O estudo por doppler revelou um saco aneurismático com 4,6cm de diâmetro máximo, parcialmente preenchido por vaso arterial que apresentava fluxo de “vai e vem”, a condicio-nar movimento do trombo circundante. Este achado não era corroborado pelo angioTC dos membros inferiores, contudo, a arteriografia exibia preenchimento do saco aneurismático em fase arterial tardia através de colaterali-zação proveniente da região supragenicular. Neste exame não se identificavam colaterais directas que permitissem acesso para embolização aneurismática endovascular.

CIRURGIA RECONSTRUCTIVA DOS GRANDES TRONCOS VENOSOS DO TÓRAX

“ENDOLEAK TIPO II” DE ANEURISMA POPLÍTEO CORRIGIDO POR VIA ABERTA

co18 co19

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Tumores do mediastino

Palavras-chave: Endoleak tipo II, Aneurisma Poplíteo, Correcção por via aberta

Notas NotasNotas Notas

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Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo-auricula direita Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo-auricula esquerda Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo - auricula direita + bypass tronco venoso braquiocefá-lico direito - veia cava superior. Bypass em Y Veia subclávia esquerda + veia jugular interna esquerda para o tronco venoso braquiocefáli-co direito.

Resultados: Os tempos de internamento variaram entre 7 e 38 dias, tendo todos os doentes tido alta hospitalar. À data da alta e aos 30 dias todos as pontagens se encon-travam permeáveis. No follow up-tardio detectamos 2 oclusões de pontagens sem qualquer sintomatologia.

Conclusões: A cirurgia reconstrutiva dos grandes vasos do tórax permite, em doentes com grandes massas tumorais do mediastino, a sua resseção radical melhoran-do o prognóstico destes doentes.Para o sucesso é essencial a colaboração multi-disciplinar entre cirurgiões vasculares e cirurgiões torácicos.

Assim, e tendo em vista a possibilidade adicional de descompressão do saco aneurismático, o doente foi submetido a cirurgia aberta levada a cabo por abordagem posterior, com abertura do saco aneurismático, endoane-urismorrafia de colaterais que reperfundiam o aneurisma, aneurismectomia parcial e rafia do saco aneurismático. O doente teve alta ao fim de 4 dias assintomático. Na consulta de vigilância permanecia sem queixas.

Page 71: Programa Final B - Skyros Congressos

Rodolfo Abreu¹; Hugo Valentim²; Hugo Rodrigues¹; Fernando Martelo³; Ivan Bravio³; Maria Emília 5 5 4Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luis Mota Capitão ; João M Castro²

1 - Interno de Cirurgia Vascular; 2 - Especialista de Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Especialista de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Marta; 4 - Director do Serviço de Cirurgia Vascular do Hosp. de Santa Marta; 5 - Chefe de Serviço de Cirurgia Vascular do Hosp. de Santa Marta

Marina Dias Neto¹; José Lopes¹; Ana Sofia Ferreira¹; Mário Veira¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de S. João, EPE

Sala B Sala B

Introdução: A cirurgia reconstrutiva dos grandes troncos venosos do tórax é utilizada como método adjuvante para permitir a resseção completa de tumores do mediastino ou para alívio dos sintomas de hiperpressão venosa da cabeça e pescoço consequentes à invasão ou compressão das grandes veias do mediastino.

Objectivos: Fizemos uma análise retrospectiva de 4 doentes operados nos últimos 3 anos. Todos os doentes apresentavam tumores do mediastino de grandes dimensões. Em 2 dos casos a cirurgia foi realizada como co-adjuvante para a exérese completa das massas tumorais e nos outros 2 casos para alívio de sintomas graves de hiperpressão venosa da cabeça e pescoço em doentes com sindrome da veia cava superior. Pretendemos avaliar os resultados das cirurgias efectua-das em termos de melhoria da sintomatologia clínica, complicações decorrentes da cirurgia, permeabilidade das pontagens efectuadas quer a curto quer a médio prazo e taxas de mortalidade.

Material e Métodos: Utilizamos sempre próteses de e PTFE aneladas para a realização das seguintes reconstru-ções vasculares:

Introdução: O tratamento dos aneurismas da artéria poplítea, o mais frequente dos aneurismas periféricos verdadeiros, pode ser convencional ou endovascular. O tratamento cirúrgico implica a construção de bypass arterial de revascularização com laqueação proximal e distal ao aneurisma ou a confeção de um enxerto de interposição. Os resultados são mais favoráveis em procedimentos eletivos, com conduto venoso e em doentes assintomáticos. Contudo, mesmo com a laquea-ção proximal e distal ao aneurisma, até 30% dos aneuris-mas podem não trombosar, continuando a aumentar através de fluxo de retorno proveniente de colaterais.

Objectivos: Neste trabalho relata-se o caso de um doente submetido a tratamento convencional de um aneurisma poplíteo direito, com reperfusão do saco aneurismático 4 anos após a cirurgia.

Resultados: Trata-se de um homem de 87 anos com antecedentes de correção de aneurisma da aorta abdominal infrarrenal com bypass aortobifemoral há 6 anos e de correção de aneurisma poplíteo direito assintomático há 4 anos – construção de bypass femoro-poplíteo (artéria femoral superficial e artéria poplítea infra-articular) com veia grande safena invertida ipsilate-ral e laqueação proximal e distal ao aneurisma, tendo-se constatado ausência de pulsatilidade aneurismática no final da cirurgia. Manteve seguimento em consulta e 4 anos após a cirurgia referia crescimento de tumefação poplítea direita. Ao exame objetivo apresentava pulso poplíteo palpável e bypass funcionante. O estudo por doppler revelou um saco aneurismático com 4,6cm de diâmetro máximo, parcialmente preenchido por vaso arterial que apresentava fluxo de “vai e vem”, a condicio-nar movimento do trombo circundante. Este achado não era corroborado pelo angioTC dos membros inferiores, contudo, a arteriografia exibia preenchimento do saco aneurismático em fase arterial tardia através de colaterali-zação proveniente da região supragenicular. Neste exame não se identificavam colaterais directas que permitissem acesso para embolização aneurismática endovascular.

CIRURGIA RECONSTRUCTIVA DOS GRANDES TRONCOS VENOSOS DO TÓRAX

“ENDOLEAK TIPO II” DE ANEURISMA POPLÍTEO CORRIGIDO POR VIA ABERTA

co18 co19

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Tumores do mediastino

Palavras-chave: Endoleak tipo II, Aneurisma Poplíteo, Correcção por via aberta

Notas NotasNotas Notas

6968

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Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo-auricula direita Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo-auricula esquerda Bypass tronco venoso braquiocefálico esquerdo - auricula direita + bypass tronco venoso braquiocefá-lico direito - veia cava superior. Bypass em Y Veia subclávia esquerda + veia jugular interna esquerda para o tronco venoso braquiocefáli-co direito.

Resultados: Os tempos de internamento variaram entre 7 e 38 dias, tendo todos os doentes tido alta hospitalar. À data da alta e aos 30 dias todos as pontagens se encon-travam permeáveis. No follow up-tardio detectamos 2 oclusões de pontagens sem qualquer sintomatologia.

Conclusões: A cirurgia reconstrutiva dos grandes vasos do tórax permite, em doentes com grandes massas tumorais do mediastino, a sua resseção radical melhoran-do o prognóstico destes doentes.Para o sucesso é essencial a colaboração multi-disciplinar entre cirurgiões vasculares e cirurgiões torácicos.

Assim, e tendo em vista a possibilidade adicional de descompressão do saco aneurismático, o doente foi submetido a cirurgia aberta levada a cabo por abordagem posterior, com abertura do saco aneurismático, endoane-urismorrafia de colaterais que reperfundiam o aneurisma, aneurismectomia parcial e rafia do saco aneurismático. O doente teve alta ao fim de 4 dias assintomático. Na consulta de vigilância permanecia sem queixas.

Page 72: Programa Final B - Skyros Congressos

Hugo Rodrigues¹; João Albuquerque Castro¹; Leonor Vasconcelos¹; Gonçalo Alves¹; Ana Catarina Garcia¹; Hugo Valentim¹; Carlos Amaral¹; Anita Quintas¹; Rodolfo Abreu¹; Gonçalo Rodrigues¹; Nelson Oliveira¹; Maria Emilia Ferreira¹; Luis Mota Capitão¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital de Santa Marta, CHLC

A. Dinis da Gama¹1 - Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: A consulta de folow up de EVAR teve inicio em 2008 e surgiu da necessidade de um acompanhamen-to específico dos doentes submetidos a reparação endovascular da aorta. O registo correcto dos procedi-mentos, a detecção, vigilância e referenciação das possíveis complicações foram os argumentos que mais peso tiveram na sua génese.

Objectivos: Partilhar a experiência da instituição com a consulta vocacionada de follow up de EVAR, nomeada-mente: Estrutura, fluxograma, protocolos de actuação e resultados.

Material e Métodos: A consulta de follow up tem um responsável e dois médicos assistentes em sistema rotativo por um período de 2 anos. A consulta segue um modelo protocolado para os exames clínicos e imagioló-gicos, sobretudo a angioTC e o ecodoppler abdominal. Todos as observações são registadas num programa vocacionado, que inclui o procedimento inicial, modelo da endoprotese e características iniciais da patologia tratada, entre outras. Todas as complicações detectadas são discutidas com o responsável pela consulta e subsequentemente encaminhadas para o médico assistente para reparação eventual.

Resultados: Até à colheita destes dados, realizaram-se desde o ano 2000, 592 procedimentos endovasculares

Introdução: A coartação aórtica do adulto, dita “congénita”, é uma entidade muito rara na prática clínica quotidiana e encerra, à partida, alguns aspectos controversos e singulares que merecem ser enaltecidos: não é uma cardiopatia congénita, muito embora muitos autores e livros de texto a consagrem como tal; a morfologia e natureza das lesões é diversa e heterogé-nea, justificando-se por isso falar mais em “coartações” do que coartação simples; sendo uma aortopatia, o seu tratamento cirúrgico tem sido liderado, preponderante-mente por cirurgiões cardíacos.

Objectivos: O autor, cirurgião vascular, apresenta a sua experiência pessoal no tratamento desta entidade, após fazer uma breve introdução sobre a sua incidência, diagnóstico, fisiopatologia, história natural e complica-ções. Fez menção à história , objectivos, métodos e técnicas da cirurgia arterial directa e apresenta a sua experiência operatória baseada em sete casos, 3 homens e 4 mulheres, operados entre 1994 e 2003, consistindo a

CONSULTA DE FOLLOW UP DE PROCEDIMENTOS ENDOVASCULARES AÓRTICOS. EXPERIÊNCIA, RESULTADOS E IMPLICAÇÕES

COARTAÇÃO AÓRTICA DO ADULTO. TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL

co20 co21

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Follow-up, EVAR, TEVAR, AAA, TAA, Endoleak, Complicações

Notas NotasNotas Notas

7170

aórticos, distribuídos por 82 TEVAR e 510 EVAR Desde a implementação da consulta em 2008, foram observados 236 doentes em 515 consultas subsequentes. O registo informático iniciou-se em 2011 e conta com 264 entradas em 135 doentes (57% do total). A distribuição por sexos, na consulta, é maioritariamente masculina (91%) com uma média de idades de 73 anos (min:43, max:90) A média de follow-up é de 38 meses (min: 1 mês, max: 125 meses) Foram detectados na consulta 22 endoleaks: 5 tipo I, 1 tipo III e 16 tipo II. Observou-se ainda 5 oclusões de ramo, 1 migração, 7 casos de IRC de novo, 2 infecções de endoprótese. Todos os endoleaks tipo I e III foram intervencionados. Dos 16 endoleaks tipo II, 7 estavam associados a crescimento do saco aneurismatico, tendo sido intervencionados 5 casos. Nos 5 anos de consulta de follow-up de EVAR, foram intervencionados 19 doentes sinalizados.

Conclusões: A consulta de follow up poderá sofrer dum viés de selecção, uma vez que os doentes mais complica-dos são mais frequentemente referenciados. A familiariza-ção com os métodos de imagem e com as alterações mais frequentes nos EVAR confere a esta consulta um elevado nível de especificidade, o que permite a detecção precoce e o encaminhamento atempado das eventuais complica-ções e minimiza o erro associado ao nível de experiência do médico assistente.

operação na ressecção da coartação e substituição protésica da aorta. Não houve mortalidade operatória e a morbilidade foi negligível.

Resultados: Os resultados anátomo funcionais imediatos foram excelentes e revistos entre 10 e 19 anos (média 16.0 anos) todos os doentes se encontravam vivos e com boa qualidade de vida, 4 eram normotensos sem terapeutica e 3 eram hipertensos e mantinham-se sob terapêutica hipotensora.

Conclusões: Mau grado o facto de se tratar de uma série curta, o que se compreende por se tratar de uma entidade rara e de um país de escassa dimensão demográfica, a qualidade dos resultados imediatos e sobretudo a longo termo permitem eleger a cirurgia arterial directa (ressec-ção da coartação e substituição protésica da aorta) como o procedimento de escolha para o tratamento desta tão singular quanto invulgar entidade clínica.

Page 73: Programa Final B - Skyros Congressos

Hugo Rodrigues¹; João Albuquerque Castro¹; Leonor Vasconcelos¹; Gonçalo Alves¹; Ana Catarina Garcia¹; Hugo Valentim¹; Carlos Amaral¹; Anita Quintas¹; Rodolfo Abreu¹; Gonçalo Rodrigues¹; Nelson Oliveira¹; Maria Emilia Ferreira¹; Luis Mota Capitão¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital de Santa Marta, CHLC

A. Dinis da Gama¹1 - Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: A consulta de folow up de EVAR teve inicio em 2008 e surgiu da necessidade de um acompanhamen-to específico dos doentes submetidos a reparação endovascular da aorta. O registo correcto dos procedi-mentos, a detecção, vigilância e referenciação das possíveis complicações foram os argumentos que mais peso tiveram na sua génese.

Objectivos: Partilhar a experiência da instituição com a consulta vocacionada de follow up de EVAR, nomeada-mente: Estrutura, fluxograma, protocolos de actuação e resultados.

Material e Métodos: A consulta de follow up tem um responsável e dois médicos assistentes em sistema rotativo por um período de 2 anos. A consulta segue um modelo protocolado para os exames clínicos e imagioló-gicos, sobretudo a angioTC e o ecodoppler abdominal. Todos as observações são registadas num programa vocacionado, que inclui o procedimento inicial, modelo da endoprotese e características iniciais da patologia tratada, entre outras. Todas as complicações detectadas são discutidas com o responsável pela consulta e subsequentemente encaminhadas para o médico assistente para reparação eventual.

Resultados: Até à colheita destes dados, realizaram-se desde o ano 2000, 592 procedimentos endovasculares

Introdução: A coartação aórtica do adulto, dita “congénita”, é uma entidade muito rara na prática clínica quotidiana e encerra, à partida, alguns aspectos controversos e singulares que merecem ser enaltecidos: não é uma cardiopatia congénita, muito embora muitos autores e livros de texto a consagrem como tal; a morfologia e natureza das lesões é diversa e heterogé-nea, justificando-se por isso falar mais em “coartações” do que coartação simples; sendo uma aortopatia, o seu tratamento cirúrgico tem sido liderado, preponderante-mente por cirurgiões cardíacos.

Objectivos: O autor, cirurgião vascular, apresenta a sua experiência pessoal no tratamento desta entidade, após fazer uma breve introdução sobre a sua incidência, diagnóstico, fisiopatologia, história natural e complica-ções. Fez menção à história , objectivos, métodos e técnicas da cirurgia arterial directa e apresenta a sua experiência operatória baseada em sete casos, 3 homens e 4 mulheres, operados entre 1994 e 2003, consistindo a

CONSULTA DE FOLLOW UP DE PROCEDIMENTOS ENDOVASCULARES AÓRTICOS. EXPERIÊNCIA, RESULTADOS E IMPLICAÇÕES

COARTAÇÃO AÓRTICA DO ADULTO. TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL

co20 co21

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Follow-up, EVAR, TEVAR, AAA, TAA, Endoleak, Complicações

Notas NotasNotas Notas

7170

aórticos, distribuídos por 82 TEVAR e 510 EVAR Desde a implementação da consulta em 2008, foram observados 236 doentes em 515 consultas subsequentes. O registo informático iniciou-se em 2011 e conta com 264 entradas em 135 doentes (57% do total). A distribuição por sexos, na consulta, é maioritariamente masculina (91%) com uma média de idades de 73 anos (min:43, max:90) A média de follow-up é de 38 meses (min: 1 mês, max: 125 meses) Foram detectados na consulta 22 endoleaks: 5 tipo I, 1 tipo III e 16 tipo II. Observou-se ainda 5 oclusões de ramo, 1 migração, 7 casos de IRC de novo, 2 infecções de endoprótese. Todos os endoleaks tipo I e III foram intervencionados. Dos 16 endoleaks tipo II, 7 estavam associados a crescimento do saco aneurismatico, tendo sido intervencionados 5 casos. Nos 5 anos de consulta de follow-up de EVAR, foram intervencionados 19 doentes sinalizados.

Conclusões: A consulta de follow up poderá sofrer dum viés de selecção, uma vez que os doentes mais complica-dos são mais frequentemente referenciados. A familiariza-ção com os métodos de imagem e com as alterações mais frequentes nos EVAR confere a esta consulta um elevado nível de especificidade, o que permite a detecção precoce e o encaminhamento atempado das eventuais complica-ções e minimiza o erro associado ao nível de experiência do médico assistente.

operação na ressecção da coartação e substituição protésica da aorta. Não houve mortalidade operatória e a morbilidade foi negligível.

Resultados: Os resultados anátomo funcionais imediatos foram excelentes e revistos entre 10 e 19 anos (média 16.0 anos) todos os doentes se encontravam vivos e com boa qualidade de vida, 4 eram normotensos sem terapeutica e 3 eram hipertensos e mantinham-se sob terapêutica hipotensora.

Conclusões: Mau grado o facto de se tratar de uma série curta, o que se compreende por se tratar de uma entidade rara e de um país de escassa dimensão demográfica, a qualidade dos resultados imediatos e sobretudo a longo termo permitem eleger a cirurgia arterial directa (ressec-ção da coartação e substituição protésica da aorta) como o procedimento de escolha para o tratamento desta tão singular quanto invulgar entidade clínica.

Page 74: Programa Final B - Skyros Congressos

1 2 3 4 5Joana Ferreira ; Mónica Fructuoso ; Tiago Carvalho ; Fernando Salvador ; Diogo Silveira ; 9 6 7 8Luís Sepúlveda ; Paulo Almeida ; Rui Machado ; Rui Almeida

1 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) ; 2 - Assistente Hospitalar de Nefrologia, CHTMAD; 3 - Assistente Hospitalar de Urologia, CHTMAD; 4 - Assistente Hospitalar de Medicina Interna, CHTMAD; 5 - Interno Complementar de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar do Porto (CHP) ; 6 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 7 - Assistente Hospitalar Graduado de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 8 - Director e Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 9 - Interno Complementar de Urologia, CHTMAD

João Vasconcelos¹; Victor Martins¹; Ricardo Gouveia¹; Jacinta Campos¹; Pedro Sousa¹; Miguel Lobo¹; José Meira¹; Alexandra Canedo¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho EPE

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas inflamatórios representam 3 a 10% dos aneurismas da aorta abdominal. Caracterizam-se histologicamente pela presença de células inflamatórias na parede arterial e pela substitui-ção do tecido elástico e muscular da média por tecido fibrótico. O processo inflamatório estende-se para o espaço retroperitoneal com compressão das estruturas adjacentes. Os ureteres são os órgãos mais frequente-mente envolvidos em 20 a 25% dos casos.

Objectivos: Apresentar um caso clínico de hidronefrose bilateral após tratamento endovascular de aneurisma inflamatório da aorta abdominal (AIAA).

Material e Métodos: Indivíduo do sexo masculino de 81 anos recorreu ao Serviço de Urgência por insuficiência renal aguda (IRA)- creatinina de 4,4 mg/dL. Realizou ecografia que revelou AIAA de 6,5 cm com sinais de rotura, posteriormente confirmado por TC e ectasia da cavidade excretora do rim esquerdo. Foi submetido a correcção endovascular com endoprótese- aorto-mono-ilíaca- Endurant® e bypass cruzado femoro-femoral. Após a intervenção o valor da creatinina sérica era de 0,89 mg/dL. Dois meses depois, o doente é novamente admitido com IRA (creatinina sérica de 8,1 mg/dL). Realizou angio-TC que revelou normal permeabilidade das artérias renais, presença de fibrose retroperitoneal, compressão ureteral e hidronefrose bilateral. Foi submetido a cateterismo

Introdução: A maioria dos aneurismas da aorta abdominal envolvem um processo degenerativo e tornam-se sintomáticos pela sua rotura. Existem, no entanto, etiologias incomuns e manifestações raras que influenciam as especificidades de diagnóstico, de tratamento e de outcomes.

Objectivos: Os autores têm como objetivo apresentar uma série de casos de pacientes com aneurismas da aorta abdominal com formas atípicas de apresentação, de manifestação ou de tratamento.

Material e Métodos: Foi efetuada uma análise retrospetiva de casos clínicos de aneurismas da aorta abdominal com formas incomuns de apresentação, de manifestação ou de abordagem terapêutica.

Resultados: Foram seleccionados 6 casos clínicos, todos do sexo masculino, com idade média de 72,7 anos, com antecedentes pessoais, a salientar: hábitos tabágicos (83 %), HTA (67%), dislipidemia (50%), EAM (33%). Foram

ANEURISMAS INFLAMATÓRIOS DA AORTA ABDOMINAL: SERÁ O EVAR A MELHOR OPÇÃO TERAPÊUTICA?

ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL – CASOS PECULIARES

co22 co23

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurismas da aorta abdominal

Notas

Notas

Notas

Notas

7372

ureteral bilateral, utilizando um cateter duplo “J”, com melhoria da função renal (creatinina 2,3 mg/dL).

Resultados: Este caso descreve uma causa rara de IRA após tratamento endovascular de aneurisma da aorta abdominal. Os AIAA apresentam uma reação inflamatória peri-aórtica, que não regride completamente após a sua correção e que pelo contrário, pode progredir, com consequente uropatia obstrutiva. Dados da literatura mostram ainda, que o comportamento dos AIAA é diferente, dependendo de uma correção cirúrgica ou endovascular. Está demonstrado que a regressão do processo inflamatório e particularmente da hidronefrose é menor após o trata-mento endovascular. Paravastu et al provou que o processo inflamatório peri-aórtico regrediu em 73% dos indivíduos submetidos a tratamento cirúrgico versus 65% no grupo endovascular e que nestes a hidronefrose agravou em 21% dos doentes, como possivelmente ocorreu no caso apresentado. Não existe uma explicação consensual para estes dados. Pensa-se que o material das endopróteses, mesmo quando utilizado no tratamento de aneurismas não inflamatórios, potencia uma reação inflamatória sistémica, também conhecida por síndroma pós-implantação, exacerbando assim o processo inflamatório e de fibrose retroperitoneal característico dos AIAA.

Conclusões: A IRA de causa obstrutiva é complicação a considerar após tratamento endovascular AIAA.

diagnosticados aneurismas da aorta abdominal com formas de apresentação invulgares, desde aqueles associados a manifestações locais (compressão venosa, fistulização digestiva e venosa), passando por processos infeciosos in situ, por trombose completa do saco aneurismático até aqueles com manifestações à distância (embolização periférica) . Descreve-se ainda um caso clínico representativo de um aneurisma da aorta abdomi-nal justa renal corrigido por via endovascular com técnicas off-the-shelf. Os tratamentos médicos e invasivos (cirúrgico/endovascular) são neste trabalho descritos caso a caso, tendo em conta as particularidades de cada doente.

Conclusões: A rotura é manifestação típica dos aneurismas da aorta abdominal, tendo um desfecho devastador, na maioria dos casos. Estão descritos porém outras formas raras de apresentação, com etiologias incomuns e com caraterísticas anatómicas singulares, que devem estar sempre presentes no pensamento clínico do Cirurgião Vascular.

Page 75: Programa Final B - Skyros Congressos

1 2 3 4 5Joana Ferreira ; Mónica Fructuoso ; Tiago Carvalho ; Fernando Salvador ; Diogo Silveira ; 9 6 7 8Luís Sepúlveda ; Paulo Almeida ; Rui Machado ; Rui Almeida

1 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) ; 2 - Assistente Hospitalar de Nefrologia, CHTMAD; 3 - Assistente Hospitalar de Urologia, CHTMAD; 4 - Assistente Hospitalar de Medicina Interna, CHTMAD; 5 - Interno Complementar de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar do Porto (CHP) ; 6 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 7 - Assistente Hospitalar Graduado de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 8 - Director e Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, CHP ; 9 - Interno Complementar de Urologia, CHTMAD

João Vasconcelos¹; Victor Martins¹; Ricardo Gouveia¹; Jacinta Campos¹; Pedro Sousa¹; Miguel Lobo¹; José Meira¹; Alexandra Canedo¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho EPE

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas inflamatórios representam 3 a 10% dos aneurismas da aorta abdominal. Caracterizam-se histologicamente pela presença de células inflamatórias na parede arterial e pela substitui-ção do tecido elástico e muscular da média por tecido fibrótico. O processo inflamatório estende-se para o espaço retroperitoneal com compressão das estruturas adjacentes. Os ureteres são os órgãos mais frequente-mente envolvidos em 20 a 25% dos casos.

Objectivos: Apresentar um caso clínico de hidronefrose bilateral após tratamento endovascular de aneurisma inflamatório da aorta abdominal (AIAA).

Material e Métodos: Indivíduo do sexo masculino de 81 anos recorreu ao Serviço de Urgência por insuficiência renal aguda (IRA)- creatinina de 4,4 mg/dL. Realizou ecografia que revelou AIAA de 6,5 cm com sinais de rotura, posteriormente confirmado por TC e ectasia da cavidade excretora do rim esquerdo. Foi submetido a correcção endovascular com endoprótese- aorto-mono-ilíaca- Endurant® e bypass cruzado femoro-femoral. Após a intervenção o valor da creatinina sérica era de 0,89 mg/dL. Dois meses depois, o doente é novamente admitido com IRA (creatinina sérica de 8,1 mg/dL). Realizou angio-TC que revelou normal permeabilidade das artérias renais, presença de fibrose retroperitoneal, compressão ureteral e hidronefrose bilateral. Foi submetido a cateterismo

Introdução: A maioria dos aneurismas da aorta abdominal envolvem um processo degenerativo e tornam-se sintomáticos pela sua rotura. Existem, no entanto, etiologias incomuns e manifestações raras que influenciam as especificidades de diagnóstico, de tratamento e de outcomes.

Objectivos: Os autores têm como objetivo apresentar uma série de casos de pacientes com aneurismas da aorta abdominal com formas atípicas de apresentação, de manifestação ou de tratamento.

Material e Métodos: Foi efetuada uma análise retrospetiva de casos clínicos de aneurismas da aorta abdominal com formas incomuns de apresentação, de manifestação ou de abordagem terapêutica.

Resultados: Foram seleccionados 6 casos clínicos, todos do sexo masculino, com idade média de 72,7 anos, com antecedentes pessoais, a salientar: hábitos tabágicos (83 %), HTA (67%), dislipidemia (50%), EAM (33%). Foram

ANEURISMAS INFLAMATÓRIOS DA AORTA ABDOMINAL: SERÁ O EVAR A MELHOR OPÇÃO TERAPÊUTICA?

ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL – CASOS PECULIARES

co22 co23

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurismas da aorta abdominal

Notas

Notas

Notas

Notas

7372

ureteral bilateral, utilizando um cateter duplo “J”, com melhoria da função renal (creatinina 2,3 mg/dL).

Resultados: Este caso descreve uma causa rara de IRA após tratamento endovascular de aneurisma da aorta abdominal. Os AIAA apresentam uma reação inflamatória peri-aórtica, que não regride completamente após a sua correção e que pelo contrário, pode progredir, com consequente uropatia obstrutiva. Dados da literatura mostram ainda, que o comportamento dos AIAA é diferente, dependendo de uma correção cirúrgica ou endovascular. Está demonstrado que a regressão do processo inflamatório e particularmente da hidronefrose é menor após o trata-mento endovascular. Paravastu et al provou que o processo inflamatório peri-aórtico regrediu em 73% dos indivíduos submetidos a tratamento cirúrgico versus 65% no grupo endovascular e que nestes a hidronefrose agravou em 21% dos doentes, como possivelmente ocorreu no caso apresentado. Não existe uma explicação consensual para estes dados. Pensa-se que o material das endopróteses, mesmo quando utilizado no tratamento de aneurismas não inflamatórios, potencia uma reação inflamatória sistémica, também conhecida por síndroma pós-implantação, exacerbando assim o processo inflamatório e de fibrose retroperitoneal característico dos AIAA.

Conclusões: A IRA de causa obstrutiva é complicação a considerar após tratamento endovascular AIAA.

diagnosticados aneurismas da aorta abdominal com formas de apresentação invulgares, desde aqueles associados a manifestações locais (compressão venosa, fistulização digestiva e venosa), passando por processos infeciosos in situ, por trombose completa do saco aneurismático até aqueles com manifestações à distância (embolização periférica) . Descreve-se ainda um caso clínico representativo de um aneurisma da aorta abdomi-nal justa renal corrigido por via endovascular com técnicas off-the-shelf. Os tratamentos médicos e invasivos (cirúrgico/endovascular) são neste trabalho descritos caso a caso, tendo em conta as particularidades de cada doente.

Conclusões: A rotura é manifestação típica dos aneurismas da aorta abdominal, tendo um desfecho devastador, na maioria dos casos. Estão descritos porém outras formas raras de apresentação, com etiologias incomuns e com caraterísticas anatómicas singulares, que devem estar sempre presentes no pensamento clínico do Cirurgião Vascular.

Page 76: Programa Final B - Skyros Congressos

Tiago Loureiro¹; Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto²; Rui Machado²; Rui Almeida³1 - Interno Complementar Angiologia e Cirurgia Vascular - Centro Hospitalar do Porto; 2 - Assistente Graduado ACV CHP-HSA; 3 - Diretor de Serviço ACV CHP-HSA

A.Dinis da Gama¹1 - Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: A patologia aneurismática síncrona da aorta torácica e abdominal, embora pouco estudada, é relativamente frequente. Cerca de um quarto dos doentes com aneurisma da aorta abdominal apresenta igualmente degenerescência aneurismática da aorta torácica. O tratamento endovascular num tempo cirúrgico é contro-verso pelo receio teórico de complicações associadas a isquemia medular.

Material e Métodos: Caso clínico - Homem de 82 anos autónomo, ex-fumador, com antecedentes de síndrome depressivo e sem antecedentes cirúrgicos. Recorreu ao serviço de urgência por quadro de dor interescapular súbita, sem irradiação ou fatores de agravamento. Alívio álgico com o consumo de AINE. Exame objetivo sem alterações de relevo: pulsos amplos e simétricos, tanto nos membros superiores como nos membros inferiores, e tendência para a hipertensão arterial. Do estudo imagio-lógico efetuado constatada disseção aórtica Stanford tipo B, imediatamente após a origem da artéria subclávia esquerda e estendendo-se até ao diafragma (Debakey IIIa). Nesta extensão a aorta torácica apresentava-se aneurismática, com 64mm de maior diâmetro. O angio-TC revelou ainda um aneurisma da aorta abdominal

Introdução: O autor apresenta um caso clínico de aneurisma dissecante da aorta toracoabdominal numa mulher de 49 anos de idade, portadora de um síndrome de Marfan, que foi objecto de tratamento cirúrgico recorren-do à “técnica simplificada”, introduzida em 1983 para o tratamento desta complexa patologia. O procedimento foi bem sucedido e a doente reassumiu integralmente a sua vida social e profissional (enfermeira).

Objectivos: Ao longo dos anos foi objecto de avaliações clínicas, laboratoriais e imagiológicas, que não revelaram alterações significativas.

TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS SÍNCRONOS DA AORTA TORÁCICA E ABDOMINAL – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO.

RESULTADOS DA “TÉCNICA SIMPLIFICADA” NO TRATAMENTO DE UM ANEURISMA DISSECANTE DA AORTA TORACOABDOMINAL, AVALIADO DEZASSEIS ANOS APÓS A OPERAÇÃO – CASO CLÍNICO

co24 co25

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: TEVAR, EVAR

Notas NotasNotas Notas

7574

infrarrenal com calibre de 70mm sem extensão aos eixos ilíacos. O doente foi internado sob vigilância em unidade de cuidados intermédios para controle álgico e tensional. Duas semanas depois realizada pontagem carótido-carotídeo-subclávia direita-esquerda e TEVAR. Realizado o tratamento concomitante do AAA com endoprótese aorto-uni-ilíaca e pontagem femuro -femural cruzada esquerda-direita. Por perfusão mantida do falso lúmen da aorta torácica houve necessidade de ocluir a origem da artéria subclávia esquerda com coils. Pós operatório sem intercorrências.

Conclusões: Em Portugal desconhece-se a prevalência da doença aneurismática síncrona da aorta torácica e abdominal. O tratamento endovascular pode ser estadiado ou num único tempo cirúrgico. No segundo caso, o receio das complicações associadas a isquemia medular não parece, de acordo com a literatura, justificar-se. Apesar de tempos de fluoroscopia, perdas hemáticas e exposição a contraste significativamente superiores, o procedimento é possível e seguro em doentes seleciona-dos, com taxas de morbimortalidade a curto prazo comparáveis às do tratamento estadiado.

Resultados: Recentemente, ou seja 16 anos após a intervenção, uma angio-TC de controlo demonstrava o procedimento de reconstrução da aorta toracoabdominal, das artérias viscerais do abdómen e das artérias renais a funcionar em excelente condição.

Conclusões: O carácter único da intervenção cirúrgica e o excelente resultado documentado a longo termo, justificam a sua apresentação e divulgação.

Page 77: Programa Final B - Skyros Congressos

Tiago Loureiro¹; Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto²; Rui Machado²; Rui Almeida³1 - Interno Complementar Angiologia e Cirurgia Vascular - Centro Hospitalar do Porto; 2 - Assistente Graduado ACV CHP-HSA; 3 - Diretor de Serviço ACV CHP-HSA

A.Dinis da Gama¹1 - Departamento de Cirurgia Vascular do Hospital da Luz, Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: A patologia aneurismática síncrona da aorta torácica e abdominal, embora pouco estudada, é relativamente frequente. Cerca de um quarto dos doentes com aneurisma da aorta abdominal apresenta igualmente degenerescência aneurismática da aorta torácica. O tratamento endovascular num tempo cirúrgico é contro-verso pelo receio teórico de complicações associadas a isquemia medular.

Material e Métodos: Caso clínico - Homem de 82 anos autónomo, ex-fumador, com antecedentes de síndrome depressivo e sem antecedentes cirúrgicos. Recorreu ao serviço de urgência por quadro de dor interescapular súbita, sem irradiação ou fatores de agravamento. Alívio álgico com o consumo de AINE. Exame objetivo sem alterações de relevo: pulsos amplos e simétricos, tanto nos membros superiores como nos membros inferiores, e tendência para a hipertensão arterial. Do estudo imagio-lógico efetuado constatada disseção aórtica Stanford tipo B, imediatamente após a origem da artéria subclávia esquerda e estendendo-se até ao diafragma (Debakey IIIa). Nesta extensão a aorta torácica apresentava-se aneurismática, com 64mm de maior diâmetro. O angio-TC revelou ainda um aneurisma da aorta abdominal

Introdução: O autor apresenta um caso clínico de aneurisma dissecante da aorta toracoabdominal numa mulher de 49 anos de idade, portadora de um síndrome de Marfan, que foi objecto de tratamento cirúrgico recorren-do à “técnica simplificada”, introduzida em 1983 para o tratamento desta complexa patologia. O procedimento foi bem sucedido e a doente reassumiu integralmente a sua vida social e profissional (enfermeira).

Objectivos: Ao longo dos anos foi objecto de avaliações clínicas, laboratoriais e imagiológicas, que não revelaram alterações significativas.

TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS SÍNCRONOS DA AORTA TORÁCICA E ABDOMINAL – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO.

RESULTADOS DA “TÉCNICA SIMPLIFICADA” NO TRATAMENTO DE UM ANEURISMA DISSECANTE DA AORTA TORACOABDOMINAL, AVALIADO DEZASSEIS ANOS APÓS A OPERAÇÃO – CASO CLÍNICO

co24 co25

Comunicações Cirurgia Vascular

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: TEVAR, EVAR

Notas NotasNotas Notas

7574

infrarrenal com calibre de 70mm sem extensão aos eixos ilíacos. O doente foi internado sob vigilância em unidade de cuidados intermédios para controle álgico e tensional. Duas semanas depois realizada pontagem carótido-carotídeo-subclávia direita-esquerda e TEVAR. Realizado o tratamento concomitante do AAA com endoprótese aorto-uni-ilíaca e pontagem femuro -femural cruzada esquerda-direita. Por perfusão mantida do falso lúmen da aorta torácica houve necessidade de ocluir a origem da artéria subclávia esquerda com coils. Pós operatório sem intercorrências.

Conclusões: Em Portugal desconhece-se a prevalência da doença aneurismática síncrona da aorta torácica e abdominal. O tratamento endovascular pode ser estadiado ou num único tempo cirúrgico. No segundo caso, o receio das complicações associadas a isquemia medular não parece, de acordo com a literatura, justificar-se. Apesar de tempos de fluoroscopia, perdas hemáticas e exposição a contraste significativamente superiores, o procedimento é possível e seguro em doentes seleciona-dos, com taxas de morbimortalidade a curto prazo comparáveis às do tratamento estadiado.

Resultados: Recentemente, ou seja 16 anos após a intervenção, uma angio-TC de controlo demonstrava o procedimento de reconstrução da aorta toracoabdominal, das artérias viscerais do abdómen e das artérias renais a funcionar em excelente condição.

Conclusões: O carácter único da intervenção cirúrgica e o excelente resultado documentado a longo termo, justificam a sua apresentação e divulgação.

Page 78: Programa Final B - Skyros Congressos

Frederico Bastos Gonçalves¹; Klaas H. J. Ultee²; Sanne E. Hoeks²; Luís Mota Capitão¹; Robert J. Stolker²; Hence J. M. Verhagen²1 - Hospital de Santa Marta, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE; 2 - Erasmus University Medical Center, Rotterdam, The Netherlands

Sala B

Introdução: Abdominal aortic aneurysm (AAA) treatment is preferentially elective once the risk of rupture outweighs operative mortality. This is a result of the high mortality rate associated with ruptured AAA (rAAA). What is largely unknown, however, is the long-term prognosis once a patient survives the perioperative period after rAAA surgery.

Objectivos: To compare the long- term mortality after intact and rAAA surgery

Material e Métodos: The study included all patients consecutively treated at a single tertiary institution in a 12-year period (2000-2011). Patients were identified from surgical codes, and computerized patient charts were enquired for age, gender, date of surgery, type of repair and integrity of the aneurysm. Type of repair was coded as open or endovascular, and rAAA was defined as clear indication of rupture in radiology and/or operative reports. Survival status was checked at a fixed date for all patients by civil registry enquiry, and the exact date of death was obtained for all the deceased. Long-term survival analysis was performed using Kaplan-Meier plots, and the independent influence of aneurysm integrity on overall survival was tested using Cox-regression

Resultados: Eight-hundred and five patients were included (age 71.8±7.6, 88% male). Of these, 207 (18%) were treated for rAAA and 461 (57%) were treated by endovascular aneurysm repair (EVAR). Median follow-up was 3.3 years (interquartile range: 1.5-5.7). Age and gender did not differ between rAAA and intact AAA patients, but EVAR was performed more often in rAAA patients (65% vs 35%, P<0.001). As expected, survival after intact aneurysm surgery was significantly better (P<0.001). However, after the initial perioperative period (when rAAA patients die significantly more), the mortality rate of the surviving rAAA patients appears lower than that of patients treated for intact AAAs. The rAAA survival curve demonstrates a “catch-up” pattern, eventually joining the intact AAA curve close to the 8-years postope-ratively (Figure). After correcting for type of repair, rAAA surgery did not confer improved survival compared to

LONG-TERM SURVIVAL AFTER RUPTURED AND INTACT ABDOMINAL AORTIC ANEURYSM SURGERY

co26

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Abdominal aortic aneurysms, surgical complications, endovascular aneurysm repair, open surgical repair

NotasNotas

76

intact AAA repair (HR: 1.1, 95%CI 0.9-1.4, P=0.35).

Conclusões: Long-term survival after rAAA was better than expected, with lower mortality rates compared to non-ruptured AAA surgery after the perioperative period. These results suggest that the occurrence of rupture is not associated with worse general health of patients and the survival catch-up may be explained by “survival of the fittest” following rupture. This also underlines the necessity of durability of AAA repair, even in the case of ruptures

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

PostersCirurgia Vascular

Sala B

Page 79: Programa Final B - Skyros Congressos

Frederico Bastos Gonçalves¹; Klaas H. J. Ultee²; Sanne E. Hoeks²; Luís Mota Capitão¹; Robert J. Stolker²; Hence J. M. Verhagen²1 - Hospital de Santa Marta, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE; 2 - Erasmus University Medical Center, Rotterdam, The Netherlands

Sala B

Introdução: Abdominal aortic aneurysm (AAA) treatment is preferentially elective once the risk of rupture outweighs operative mortality. This is a result of the high mortality rate associated with ruptured AAA (rAAA). What is largely unknown, however, is the long-term prognosis once a patient survives the perioperative period after rAAA surgery.

Objectivos: To compare the long- term mortality after intact and rAAA surgery

Material e Métodos: The study included all patients consecutively treated at a single tertiary institution in a 12-year period (2000-2011). Patients were identified from surgical codes, and computerized patient charts were enquired for age, gender, date of surgery, type of repair and integrity of the aneurysm. Type of repair was coded as open or endovascular, and rAAA was defined as clear indication of rupture in radiology and/or operative reports. Survival status was checked at a fixed date for all patients by civil registry enquiry, and the exact date of death was obtained for all the deceased. Long-term survival analysis was performed using Kaplan-Meier plots, and the independent influence of aneurysm integrity on overall survival was tested using Cox-regression

Resultados: Eight-hundred and five patients were included (age 71.8±7.6, 88% male). Of these, 207 (18%) were treated for rAAA and 461 (57%) were treated by endovascular aneurysm repair (EVAR). Median follow-up was 3.3 years (interquartile range: 1.5-5.7). Age and gender did not differ between rAAA and intact AAA patients, but EVAR was performed more often in rAAA patients (65% vs 35%, P<0.001). As expected, survival after intact aneurysm surgery was significantly better (P<0.001). However, after the initial perioperative period (when rAAA patients die significantly more), the mortality rate of the surviving rAAA patients appears lower than that of patients treated for intact AAAs. The rAAA survival curve demonstrates a “catch-up” pattern, eventually joining the intact AAA curve close to the 8-years postope-ratively (Figure). After correcting for type of repair, rAAA surgery did not confer improved survival compared to

LONG-TERM SURVIVAL AFTER RUPTURED AND INTACT ABDOMINAL AORTIC ANEURYSM SURGERY

co26

Comunicações Cirurgia Vascular

Palavras-chave: Abdominal aortic aneurysms, surgical complications, endovascular aneurysm repair, open surgical repair

NotasNotas

76

intact AAA repair (HR: 1.1, 95%CI 0.9-1.4, P=0.35).

Conclusões: Long-term survival after rAAA was better than expected, with lower mortality rates compared to non-ruptured AAA surgery after the perioperative period. These results suggest that the occurrence of rupture is not associated with worse general health of patients and the survival catch-up may be explained by “survival of the fittest” following rupture. This also underlines the necessity of durability of AAA repair, even in the case of ruptures

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

PostersCirurgia Vascular

Sala B

Page 80: Programa Final B - Skyros Congressos

po01Pedro Martins¹; Tiago Ferreira¹; José Tiago¹; Augusto Ministro¹; Carlos Martins¹; J. Silva Nunes¹; J. Fernandes e Fernandes¹1 - Clínica Universitária de Cirurgia Vascular, Hospital Santa Maria, Lisboa

Sala B

Introdução: A isquémia aguda do membro inferior por trombose de aneurisma popliteu está associada a elevada incidência de amputação major e mortalidade. A gravida-de da isquémia impõe revascularização célere, através de bypass femoro- popliteu ou distal, privilegiando o conduto autólogo, pela sua superioridade face ao protésico.

Objectivos: Os autores propõem apresentar um caso clínico de isquémia aguda grave (Rutherford 3) por trombose de volumoso aneurisma popliteu submetido a revascularização emergente com enxerto de veia cefálica e respectiva revisão bibliográfica.

Material e Métodos: Procedeu-se a revisão do processo clínico e pesquisa com as palavras-chave Acute Limb Ischemia, Popliteal Aneurysms e Cephalic Vein Grafts na base de dados PubMed.

Resultados: Homem de 49 anos, fumador, hipertenso, sem claudicação gemelar prévia, com antecedente de stripping bilateral das veias safenas internas, admitido com anestesia e paralisia do pé esquerdo (12 horas de evolução) por trombose de aneurisma popliteu (7 cm). Foi

"WHEN ARMS SAVE LEGS"PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurisma popliteu, Isquemia aguda, Veia Cefálica

NotasNotas

79

selecionada por ecoDoppler a veia cefálica como conduto, por pobre qualidade das veias safenas externas.Foi submetido a trombectomia poplíteia e crural com exclusão aneurismática, sem ganho de run off. A angio-grafia complementar mostrou oclusão após o terço proximal das artérias tibiais e da peroneal após a origem, sem vaso distal pontável. Procedeu-se intra-operatoriamente a fibrinólise directa intra-arterial (alteplase 10mg) com melhoria do escoamento, possibili-tando a criação de bypass femoral superficial-poplíteia distal com veia cefálica invertida. No pós-operatório assistiu-se a delimitação da isquémia permitindo amputação minor trans-metatársica de antepé. Aos 3 meses o doente deambula autonomamente com bypass em excelente condição.

Conclusões: O tratamento cirúrgico da isquémia aguda por aneurisma popliteu é um desafio cirúrgico, sobretudo na ausência de conduto autólogo e de run off. Na indisponibilidade de veia safena interna de qualidade a procura de condutos autólogos alternativos é mandatória. A fibrinólise pré-revascularização, em doentes seleciona-dos, pode melhorar a permeabilidade precoce do bypass ou permitir alternativa endovascular inovadora.

Page 81: Programa Final B - Skyros Congressos

po01Pedro Martins¹; Tiago Ferreira¹; José Tiago¹; Augusto Ministro¹; Carlos Martins¹; J. Silva Nunes¹; J. Fernandes e Fernandes¹1 - Clínica Universitária de Cirurgia Vascular, Hospital Santa Maria, Lisboa

Sala B

Introdução: A isquémia aguda do membro inferior por trombose de aneurisma popliteu está associada a elevada incidência de amputação major e mortalidade. A gravida-de da isquémia impõe revascularização célere, através de bypass femoro- popliteu ou distal, privilegiando o conduto autólogo, pela sua superioridade face ao protésico.

Objectivos: Os autores propõem apresentar um caso clínico de isquémia aguda grave (Rutherford 3) por trombose de volumoso aneurisma popliteu submetido a revascularização emergente com enxerto de veia cefálica e respectiva revisão bibliográfica.

Material e Métodos: Procedeu-se a revisão do processo clínico e pesquisa com as palavras-chave Acute Limb Ischemia, Popliteal Aneurysms e Cephalic Vein Grafts na base de dados PubMed.

Resultados: Homem de 49 anos, fumador, hipertenso, sem claudicação gemelar prévia, com antecedente de stripping bilateral das veias safenas internas, admitido com anestesia e paralisia do pé esquerdo (12 horas de evolução) por trombose de aneurisma popliteu (7 cm). Foi

"WHEN ARMS SAVE LEGS"PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Aneurisma popliteu, Isquemia aguda, Veia Cefálica

NotasNotas

79

selecionada por ecoDoppler a veia cefálica como conduto, por pobre qualidade das veias safenas externas.Foi submetido a trombectomia poplíteia e crural com exclusão aneurismática, sem ganho de run off. A angio-grafia complementar mostrou oclusão após o terço proximal das artérias tibiais e da peroneal após a origem, sem vaso distal pontável. Procedeu-se intra-operatoriamente a fibrinólise directa intra-arterial (alteplase 10mg) com melhoria do escoamento, possibili-tando a criação de bypass femoral superficial-poplíteia distal com veia cefálica invertida. No pós-operatório assistiu-se a delimitação da isquémia permitindo amputação minor trans-metatársica de antepé. Aos 3 meses o doente deambula autonomamente com bypass em excelente condição.

Conclusões: O tratamento cirúrgico da isquémia aguda por aneurisma popliteu é um desafio cirúrgico, sobretudo na ausência de conduto autólogo e de run off. Na indisponibilidade de veia safena interna de qualidade a procura de condutos autólogos alternativos é mandatória. A fibrinólise pré-revascularização, em doentes seleciona-dos, pode melhorar a permeabilidade precoce do bypass ou permitir alternativa endovascular inovadora.

Page 82: Programa Final B - Skyros Congressos

po03po02Quintas A¹; Ferreira ME¹; Rodrigues G¹; Garcia A¹; Abreu R¹; Rodrigues H¹; Albuquerque e Castro A¹; Mota Capitão L¹1 - Hospital de Santa Marta, CHLC

Quintas A¹; Albuquerque e Castro J.¹; Oliveira N.¹; Rodrigues G.¹; Rodrigues H.¹; Garcia A.¹; Ferreira ME.¹; Mota Capitão M.¹1 - Hospital de Santa Marta, CHLC

Sala BSala B

Introdução: Desde o seu desenvolvimento há 30 anos, as técnicas de reprodução medicamente assistida são um recurso com utilização crescente exponencial até à actualidade. Associado à estimulação ovárica controlada, o síndrome de hiperestimulação ovárica (SHO) é uma complicação rara, e a sua forma de apresentação grave está presente em 1 a 2% das fertilizações in vitro. No contexto deste síndrome e com uma frequência ainda menor podem surgir complicações tromboembólicas. A sua etiologia parece ser multifactorial relacionada com níveis suprafisio-lógicos de estradiol, hemoconcentração, distúrbios do equilíbrio coagulação/fibrinólise, mas o exacto mecanismo pelo qual se estabelece um estado pró-trombótico ainda está por elucidar. Os eventos trombóticos, na sua maioria, atingem o território venoso em localizações pouco usuais, mas é a trombose arterial que mais adversamente afecta o prognóstico, ocorrendo em 60% dos casos em território cerebrovascular. Dos casos pontuais descritos na literatura, são escassos os que relatam trombose do eixo arterial dos membros, particularmente com mais de um território atingido concomitantemente.

Objectivos: Exposição de caso clínico de isquemia aguda dos membros inferiores bilateral por trombose arterial no contexto de SHO

Material e Métodos: Relata-se um caso clinico de doente de 37 anos integrada em programa de reprodução medicamente assistida. Iniciou estimulação ovárica com injecção de gonodotrofina coriónica recombinante, seguida de punção ovárica e transferência de dois

Introdução: Os Pseudoaneurismas após endarterecto-mia carotídea são uma complicação rara com uma incidência estimada de 0,3 a 0,4%. No contexto da endarterectomia carotídea com patch a sua etiologia pode estar relacionada com falência da linha de sutura, degeneração da parede arterial ou do material do patch, ou infecção. A indicação do seu tratamento é consensual pela prevenção do risco de ruptura e/ou embolização distal. O tratamento cirúrgico convencional é tecnicamen-te exigente e inclui elevada morbilidade. O tratamento endovascular através do uso de stent recoberto é uma alternativa terapêutica menos invasiva, segura e eficiente, na ausência de evidência de infecção.

Objectivos: Exposição de um caso clínico de pseudoane-urisma carotídeo pós endarterectomia carotídea com patch e sua abordagem terapêutica endovascular

Material e Métodos: Relata-se caso clinico de doente de 71 anos, sexo feminino, com antecedentes de dislipide-mia e estenose carotídea pré-oclusiva assintomática tendo sido submetida em 2004 a endarterectomia carotídea com encerramento com patch de Dacron. 9 anos após a

SÍNDROME DE HIPERESTIMULAÇÃO OVÁRICA – UMA CAUSA RARA DE ISQUEMIA AGUDA DOS MEMBROS INFERIORES

PSEUDOANEURISMA CAROTÍDEO APÓS ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA COM PATCH – TRATAMENTO ENDOVASCULAR

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Síndrome de hiperestimulação ovárica, reprodução medicamente assistida, trombose arterial, isquemia aguda

Palavras-chave: Pseudoaneurisma carotídeo, endarterectomia carotídea, stent coberto

NotasNotas NotasNotas

8180

intervenção cirúrgica doente apresenta massa cervical inframandibular pulsátil com aproximadamente 2cm, sem evidencia de sintomatologia associada nomeadamente neurológica ou compressiva e sem sinais clínicos sugesti-vos de infecção. No angioTAC é objectivado pseudoaneu-risma carotídeo na dependência da porção média do patch sem imagens de trombo associado ou colecções.

Resultados: Optou-se por intervenção endovascular sob anestesia local com exclusão do falso aneurisma com stent coberto autoexpansível Viabah de 7x100mm, com bom resultado angiográfico e sem evidencia de complica-ções no pós-operatório. Com 3 meses de follow-up a doente mantem-se assintomática, sob dupla antiagrega-ção, confirmando-se normal permeabilidade do stent coberto carotídeo e trombose do falso aneurisma.

Conclusões: O tratamento endovascular com stent coberto do pseudonaneurisma carotídeo pós endarterec-tomia carotídea com patch é uma abordagem terapêutica válida e eficaz, na ausência de evidencia de infecção, capaz de minimizar a complexidade técnica e morbilidade associadas ao tratamento cirúrgico convencional.

embriões. No decorrer deste processo desenvolve SHO grave (com quadro de ascite, derrame pleural, hemocon-centração, marcado aumento dimensional dos ovários), complicado de trombose arterial com isquemia aguda bilateral dos membros inferiores. É referenciada tardia-mente à urgência de cirurgia vascular apresentando lesão neurológica com pendência do pé direito e sindrome compartimental grave das massas musculares de ambas as pernas. Foi submetida a fasciotomias dos comparti-mentos musculares das pernas e tromboembolectomia do eixo arterial dos membros inferiores.

Resultados: Restituiu-se a normal permeabilidade das artérias dos membros inferiores mas face ao tempo de evolução houve necessidade de desbridamento de massas musculares isquémicas. A electromiografia dos membros inferiores confirmou mononeuropatias múltiplas axonais. Sob programa intensivo de reabilitação verificou-se recuperação funcional significativa. Aos 4 meses de follow-up apresenta sequelas neurológicas, mas com capacidade de marcha autónoma com ortótese posterior.

Conclusões: No contexto das técnicas de reprodução medicamente assistida, o SHO é uma condição rara potencialmente fatal, particularmente quando se associa a complicações tromboembólicas. Um elevado índice de suspeição e uma abordagem multidisciplinar são fundamentais para o diagnóstico precoce e tratamento atempado da trombose arterial associada à hiperestimu-lação ovárica, no sentido de minimizar a significativa morbimortalidade materna.

Page 83: Programa Final B - Skyros Congressos

po03po02Quintas A¹; Ferreira ME¹; Rodrigues G¹; Garcia A¹; Abreu R¹; Rodrigues H¹; Albuquerque e Castro A¹; Mota Capitão L¹1 - Hospital de Santa Marta, CHLC

Quintas A¹; Albuquerque e Castro J.¹; Oliveira N.¹; Rodrigues G.¹; Rodrigues H.¹; Garcia A.¹; Ferreira ME.¹; Mota Capitão M.¹1 - Hospital de Santa Marta, CHLC

Sala BSala B

Introdução: Desde o seu desenvolvimento há 30 anos, as técnicas de reprodução medicamente assistida são um recurso com utilização crescente exponencial até à actualidade. Associado à estimulação ovárica controlada, o síndrome de hiperestimulação ovárica (SHO) é uma complicação rara, e a sua forma de apresentação grave está presente em 1 a 2% das fertilizações in vitro. No contexto deste síndrome e com uma frequência ainda menor podem surgir complicações tromboembólicas. A sua etiologia parece ser multifactorial relacionada com níveis suprafisio-lógicos de estradiol, hemoconcentração, distúrbios do equilíbrio coagulação/fibrinólise, mas o exacto mecanismo pelo qual se estabelece um estado pró-trombótico ainda está por elucidar. Os eventos trombóticos, na sua maioria, atingem o território venoso em localizações pouco usuais, mas é a trombose arterial que mais adversamente afecta o prognóstico, ocorrendo em 60% dos casos em território cerebrovascular. Dos casos pontuais descritos na literatura, são escassos os que relatam trombose do eixo arterial dos membros, particularmente com mais de um território atingido concomitantemente.

Objectivos: Exposição de caso clínico de isquemia aguda dos membros inferiores bilateral por trombose arterial no contexto de SHO

Material e Métodos: Relata-se um caso clinico de doente de 37 anos integrada em programa de reprodução medicamente assistida. Iniciou estimulação ovárica com injecção de gonodotrofina coriónica recombinante, seguida de punção ovárica e transferência de dois

Introdução: Os Pseudoaneurismas após endarterecto-mia carotídea são uma complicação rara com uma incidência estimada de 0,3 a 0,4%. No contexto da endarterectomia carotídea com patch a sua etiologia pode estar relacionada com falência da linha de sutura, degeneração da parede arterial ou do material do patch, ou infecção. A indicação do seu tratamento é consensual pela prevenção do risco de ruptura e/ou embolização distal. O tratamento cirúrgico convencional é tecnicamen-te exigente e inclui elevada morbilidade. O tratamento endovascular através do uso de stent recoberto é uma alternativa terapêutica menos invasiva, segura e eficiente, na ausência de evidência de infecção.

Objectivos: Exposição de um caso clínico de pseudoane-urisma carotídeo pós endarterectomia carotídea com patch e sua abordagem terapêutica endovascular

Material e Métodos: Relata-se caso clinico de doente de 71 anos, sexo feminino, com antecedentes de dislipide-mia e estenose carotídea pré-oclusiva assintomática tendo sido submetida em 2004 a endarterectomia carotídea com encerramento com patch de Dacron. 9 anos após a

SÍNDROME DE HIPERESTIMULAÇÃO OVÁRICA – UMA CAUSA RARA DE ISQUEMIA AGUDA DOS MEMBROS INFERIORES

PSEUDOANEURISMA CAROTÍDEO APÓS ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA COM PATCH – TRATAMENTO ENDOVASCULAR

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Síndrome de hiperestimulação ovárica, reprodução medicamente assistida, trombose arterial, isquemia aguda

Palavras-chave: Pseudoaneurisma carotídeo, endarterectomia carotídea, stent coberto

NotasNotas NotasNotas

8180

intervenção cirúrgica doente apresenta massa cervical inframandibular pulsátil com aproximadamente 2cm, sem evidencia de sintomatologia associada nomeadamente neurológica ou compressiva e sem sinais clínicos sugesti-vos de infecção. No angioTAC é objectivado pseudoaneu-risma carotídeo na dependência da porção média do patch sem imagens de trombo associado ou colecções.

Resultados: Optou-se por intervenção endovascular sob anestesia local com exclusão do falso aneurisma com stent coberto autoexpansível Viabah de 7x100mm, com bom resultado angiográfico e sem evidencia de complica-ções no pós-operatório. Com 3 meses de follow-up a doente mantem-se assintomática, sob dupla antiagrega-ção, confirmando-se normal permeabilidade do stent coberto carotídeo e trombose do falso aneurisma.

Conclusões: O tratamento endovascular com stent coberto do pseudonaneurisma carotídeo pós endarterec-tomia carotídea com patch é uma abordagem terapêutica válida e eficaz, na ausência de evidencia de infecção, capaz de minimizar a complexidade técnica e morbilidade associadas ao tratamento cirúrgico convencional.

embriões. No decorrer deste processo desenvolve SHO grave (com quadro de ascite, derrame pleural, hemocon-centração, marcado aumento dimensional dos ovários), complicado de trombose arterial com isquemia aguda bilateral dos membros inferiores. É referenciada tardia-mente à urgência de cirurgia vascular apresentando lesão neurológica com pendência do pé direito e sindrome compartimental grave das massas musculares de ambas as pernas. Foi submetida a fasciotomias dos comparti-mentos musculares das pernas e tromboembolectomia do eixo arterial dos membros inferiores.

Resultados: Restituiu-se a normal permeabilidade das artérias dos membros inferiores mas face ao tempo de evolução houve necessidade de desbridamento de massas musculares isquémicas. A electromiografia dos membros inferiores confirmou mononeuropatias múltiplas axonais. Sob programa intensivo de reabilitação verificou-se recuperação funcional significativa. Aos 4 meses de follow-up apresenta sequelas neurológicas, mas com capacidade de marcha autónoma com ortótese posterior.

Conclusões: No contexto das técnicas de reprodução medicamente assistida, o SHO é uma condição rara potencialmente fatal, particularmente quando se associa a complicações tromboembólicas. Um elevado índice de suspeição e uma abordagem multidisciplinar são fundamentais para o diagnóstico precoce e tratamento atempado da trombose arterial associada à hiperestimu-lação ovárica, no sentido de minimizar a significativa morbimortalidade materna.

Page 84: Programa Final B - Skyros Congressos

po05po041 1 2 2 1Gonçalo Rodrigues ; Hugo Rodrigues ; Hugo Valentim ; João Silva e Castro ; Anita Quintas ;

1 3 3 4Rodolfo Abreu ; Maria Emília Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luís Mota Capitão1 - Interno de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 2 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Chefe de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 4 - Director de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta

1 2 2 1 1Gonçalo Rodrigues ; Carlos Amaral ; Hugo Valentim ; Anita Quintas ; Rodolfo Abreu ; 3 3 4Maria Emília Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luís Mota Capitão

1 - Interno de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 2 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Chefe de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 4 - Director de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta

Sala BSala B

Introdução: A punção/canulação percutânea da veia subclávia é a técnica de eleição para a colocação de um pacemaker definitivo. Apesar da relativa facilidade na sua colocação, este procedimento está associado a uma taxa de complicações de 4 a 5%. A punção arterial inadvertida é a lesão vascular mais frequente e pode resultar na formação de um falso aneurisma da artéria subclávia. Como a sua correção cirúrgica convencional é difícil e está associada a uma elevada morbi-mortalidade pós- operatória, o seu tratamento via endovascular (stent coberto, embolização, injeção de trombina, dispositivos de encerramento percutâneo) tem sido cada vez mais usado.

Objectivos: Averiguar a utilidade, eficácia e perfil de segurança do uso de stents cobertos no tratamento de falsos aneurismas dos membros superiores.

Material e Métodos: Reportamos o caso de uma mulher de 81 anos que se apresentou com uma tumefa-ção na região infraclavicular esquerda após colocação de pacemaker definitivo associada a paralisia do plexo braquial ipsilateral. Os exames subsequentes confirma-

Introdução: With the widespread use of antibiotics for bacterial endocarditis, mycotic pseudoaneurysms due to septic embolization from infective endocarditis became infrequent; most cases are secondary to arterial trauma. The commonest site involved is intracranial arteries, followed by abdominal aorta and involvement of upper extremity arteries is rare.

Objectivos: Provide a literature review on atraumatic mycotic forearm pseudoaneurysms, based on a case report.

Material e Métodos: We report a case of a 36-year-old man, admitted in our institution for a subarachnoid haemorrhage, who presented with fever of unknown origin during his stay in the neurocritical care unit and whom was diagnosed infective endocarditis due to Meticilin Sensible Staphylococcus Aureus. Almost two weeks after antibiotic

TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE UM FALSO ANEURISMA DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA APÓS COLOCAÇÃO DE PACEMAKER DEFINITIVO

A MYCOTIC FOREARM PSEUDOANEURYSM AS AN UNUSUAL COMPLICATION OF INFECTIVE ENDOCARDITIS

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Artéria Subclávia, Falso aneurisma, Tratamento endovascularPalavras-chave: Mycotic Pseudoaneurysm, Forearm, Infective Endocarditis

NotasNotas NotasNotas

8382

therapy was instituted, he presented a large, growing, pulsatile mass of the left forearm. No history of arterial injury was present. A giant pseudoaneurysm arising from the radial artery was detected with ultrasound.

Resultados Surgical intervention was carried out. A large laceration of the posterior aspect of the radial artery was detected and an interposition with a vein graft was performed. Distal pulses were palpable at the operation site. The patient completed 6 weeks of antibiotic therapy and had an uneventful recovery. At the 3-month follow-up the vein graft was still patent.

Conclusões: Forearm mycotic pseudoaneurysms are rare. A high index of suspicion is needed and they should always be borne in mind in the differential diagnosis of an extremity pain, swelling or motor-sensorial deficit after infective endocarditis.

ram a presença de um falso aneurisma da artéria subclávia esquerda.

Resultados: Devido ao elevado risco cirúrgico associado à correção convencional dos falsos aneurismas nesta localização, a sua correção via endovascular foi considera-do o tratamento de eleição. O uso de um stent coberto com baixo perfil, Gore Viabahn, permitiu a exclusão do falso aneurisma da artéria subclávia com sucesso. O acesso por via umeral ipsilateral permitiu um posiciona-mento e libertação do stent com grande precisão, evitando a oclusão de colaterais importantes.

Conclusões: Apesar do uso do stent coberto Gore Viabahn nos vasos subclávios ser “off-label”, esta abordagem endovascular tem sido associada a uma morbilidade significativamente menor que a da aborda-gem cirúrgica convencional e a bons resultados a curto-prazo. Por outro lado, os resultados a longo-prazo (no que diz respeito a segurança e durabilidade) ainda são desconhecidos. São necessários novos estudos, com series maiores e períodos de follow-up mais longos.

Page 85: Programa Final B - Skyros Congressos

po05po041 1 2 2 1Gonçalo Rodrigues ; Hugo Rodrigues ; Hugo Valentim ; João Silva e Castro ; Anita Quintas ;

1 3 3 4Rodolfo Abreu ; Maria Emília Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luís Mota Capitão1 - Interno de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 2 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Chefe de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 4 - Director de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta

1 2 2 1 1Gonçalo Rodrigues ; Carlos Amaral ; Hugo Valentim ; Anita Quintas ; Rodolfo Abreu ; 3 3 4Maria Emília Ferreira ; João Albuquerque e Castro ; Luís Mota Capitão

1 - Interno de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 2 - Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 3 - Chefe de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta; 4 - Director de Serviço do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Marta

Sala BSala B

Introdução: A punção/canulação percutânea da veia subclávia é a técnica de eleição para a colocação de um pacemaker definitivo. Apesar da relativa facilidade na sua colocação, este procedimento está associado a uma taxa de complicações de 4 a 5%. A punção arterial inadvertida é a lesão vascular mais frequente e pode resultar na formação de um falso aneurisma da artéria subclávia. Como a sua correção cirúrgica convencional é difícil e está associada a uma elevada morbi-mortalidade pós- operatória, o seu tratamento via endovascular (stent coberto, embolização, injeção de trombina, dispositivos de encerramento percutâneo) tem sido cada vez mais usado.

Objectivos: Averiguar a utilidade, eficácia e perfil de segurança do uso de stents cobertos no tratamento de falsos aneurismas dos membros superiores.

Material e Métodos: Reportamos o caso de uma mulher de 81 anos que se apresentou com uma tumefa-ção na região infraclavicular esquerda após colocação de pacemaker definitivo associada a paralisia do plexo braquial ipsilateral. Os exames subsequentes confirma-

Introdução: With the widespread use of antibiotics for bacterial endocarditis, mycotic pseudoaneurysms due to septic embolization from infective endocarditis became infrequent; most cases are secondary to arterial trauma. The commonest site involved is intracranial arteries, followed by abdominal aorta and involvement of upper extremity arteries is rare.

Objectivos: Provide a literature review on atraumatic mycotic forearm pseudoaneurysms, based on a case report.

Material e Métodos: We report a case of a 36-year-old man, admitted in our institution for a subarachnoid haemorrhage, who presented with fever of unknown origin during his stay in the neurocritical care unit and whom was diagnosed infective endocarditis due to Meticilin Sensible Staphylococcus Aureus. Almost two weeks after antibiotic

TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE UM FALSO ANEURISMA DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA APÓS COLOCAÇÃO DE PACEMAKER DEFINITIVO

A MYCOTIC FOREARM PSEUDOANEURYSM AS AN UNUSUAL COMPLICATION OF INFECTIVE ENDOCARDITIS

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Artéria Subclávia, Falso aneurisma, Tratamento endovascularPalavras-chave: Mycotic Pseudoaneurysm, Forearm, Infective Endocarditis

NotasNotas NotasNotas

8382

therapy was instituted, he presented a large, growing, pulsatile mass of the left forearm. No history of arterial injury was present. A giant pseudoaneurysm arising from the radial artery was detected with ultrasound.

Resultados Surgical intervention was carried out. A large laceration of the posterior aspect of the radial artery was detected and an interposition with a vein graft was performed. Distal pulses were palpable at the operation site. The patient completed 6 weeks of antibiotic therapy and had an uneventful recovery. At the 3-month follow-up the vein graft was still patent.

Conclusões: Forearm mycotic pseudoaneurysms are rare. A high index of suspicion is needed and they should always be borne in mind in the differential diagnosis of an extremity pain, swelling or motor-sensorial deficit after infective endocarditis.

ram a presença de um falso aneurisma da artéria subclávia esquerda.

Resultados: Devido ao elevado risco cirúrgico associado à correção convencional dos falsos aneurismas nesta localização, a sua correção via endovascular foi considera-do o tratamento de eleição. O uso de um stent coberto com baixo perfil, Gore Viabahn, permitiu a exclusão do falso aneurisma da artéria subclávia com sucesso. O acesso por via umeral ipsilateral permitiu um posiciona-mento e libertação do stent com grande precisão, evitando a oclusão de colaterais importantes.

Conclusões: Apesar do uso do stent coberto Gore Viabahn nos vasos subclávios ser “off-label”, esta abordagem endovascular tem sido associada a uma morbilidade significativamente menor que a da aborda-gem cirúrgica convencional e a bons resultados a curto-prazo. Por outro lado, os resultados a longo-prazo (no que diz respeito a segurança e durabilidade) ainda são desconhecidos. São necessários novos estudos, com series maiores e períodos de follow-up mais longos.

Page 86: Programa Final B - Skyros Congressos

po07po06Marina Dias Neto¹; Mário Vieira¹; João Neves¹; Pedro Paz Dias¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de S. João, EPE

Juliana Varino¹; Ana Batista¹; Emanuel Fortado¹; Luís Antunes¹; Carolina Mendes¹; André Marinho¹; Anabela Gonçalves¹; Albuquerque Matos¹1 - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Sala BSala B

Introdução: A doença oclusiva arterial mesentérica pode ser assintomática durante um longo período de tempo. Quando se torna sintomática, habitualmente pela progressão rápida de uma estenose preexistente, a apresentação varia desde dor abdominal inespecífica até angina intestinal aguda. A angioplastia com stent da artéria mesentérica superior (AMS) é uma alternativa que pode evitar a ressecção intestinal em doentes agudamen-te sintomáticos e diagnosticados suficientemente cedo no curso da doença. A possibilidade de reestenose a médio/longo prazo deve, contudo, ser tida em conta.

Objectivos: Este trabalho reporta o caso de uma doente com doença oclusiva arterial mesentérica que se apresen-tou com angina intestinal aguda e foi submetida a stenting primário da AMS com boa recuperação.

Resultados: Trata-se de uma mulher de 86 anos, diabética, hipertensa, dislipidémica, com coronariopatia submetida a revascularização e doença arterial periférica em tratamento conservador. Recorreu ao serviço de urgência por náuseas, vómitos, abdominalgia difusa com dois dias de evolução e um episódio de dejecções diarreicas. O abdómen apresentava-se sem distensão, doloroso à palpação profunda do epigastro e do flanco direito, mas sem sinais de irritação peritoneal. Analiticamente exibia leucocitose, elevação da PCR e da DHL. Realizou angioTC abdominal que revelou a presença de “trombo com cerca de 15mm na AMS com reperfusão distal por colaterais, associado a espessamen-to e edema de ansas do íleo distal, com hipercaptação da mucosa sugerindo mais provavelmente isquemia mesentérica”. Dada a ausência clínica de abdómen agudo e os sinais imagiológicos de reperfusão, a doente foi admitida para tratamento electivo. Contudo, no segundo dia de internamento desenvolveu agravamento significativo da abdominalgia, apresentado dor à percussão e à descompressão abdominal. Optou-se pela realização de angiografia por punção femoral com cateterização selectiva da AMS que relevou uma imagem de subtração distalmente à sua origem com cerca de 10mm de extensão e em relação com calcificação

Introdução: É apresentado o caso de um indivíduo do sexo feminino de 51 anos de idade, que recorreu ao serviço de urgência por crises frequentes de angina mesentérica de novo com cedência parcial à toma de opiáceos, náuseas e perda ponderal com agravamento recente. Trata-se de uma doente com antecedentes de colocação de stent na porção proximal da artéria mesentérica superior há dois anos pelo mesmo motivo. Apresenta também antecedentes de hipertensão arterial essencial e tabagismo. Neste contexto é submetida a realização de angiografia aórtica e dos troncos viscerais que confirmou a suspeita clínica trombose do stent mesentérico e oclusão do tronco celíaco, sem possibilida-de de revascularização por método endovascular.Reali-zou-se então um bypass arterial ilio-mesentérica superior com prótese de PTFE de 6mm não anelada com anasto-mose entre a artéria ilíaca comum direita proximal e a

STENTING PRIMÁRIO DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR NA ANGINA INTESTINAL AGUDA – PRÓS E CONTRAS A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

BYPASS ILIO-MESETÉRICO SUPERIOR RETRÓGADO APÓS FALÊNCIA DE TRATAMENTO ENDOVASCULAR: CASO CLÍNICO

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Stenting primário, endovascular, artéria mesentérica superior, angina intestinal aguda

Palavras-chave: Isquémia mesentérica crónica, Bypass arterial Aorto-mesentérica superior retrógrado

NotasNotas NotasNotas

8584

artéria mesentérica superior, distalmente ao stent trombosado previamente implantado. O procedimento ocorreu sem complicações tendo alta hospitalar ao 6º dia pós- operatório medicada com anti-agregante plaquetar. Até à data de follow-up não voltou a ter recidiva das queixas álgicas apresentando um aumento ponderal de 3 Kg em 2 meses.

Conclusões: A escolha do tratamento de eleição (endovascular versus clássico) mantém-se em debate. A recorrência da sintomatologia que requere re-intervenção é frequente com ambas as técnicas. Uma das indicações para o recurso ao tratamento clássico é a falência da angioplastia transluminal percutânea com colocação de stent, apresentando-se com uma elevada taxa de patência primária a longo prazo.

parietal. Atendendo ao rápido agravamento clínico e à evidência de calcificação, a lesão foi corrigida com stent primário não coberto e expansível por balão, com bom resultado angiográfico final. Após o procedimento a doente manteve antiagregação. Apresentou recuperação clínica e analítica progressiva no pós-operatório. Ao 7º dia a angioTC revelava “espessamento difuso mais proeminente, provavelmente secundário ao episódio de isquemia, sem áreas significativas de hipoperfusão parietal”. Ao 15º dia na ecografia abdominal não se visualizavam achados de relevo. A doente teve alta ao 16º dia assintomática.

Page 87: Programa Final B - Skyros Congressos

po07po06Marina Dias Neto¹; Mário Vieira¹; João Neves¹; Pedro Paz Dias¹; José Fernando Ramos¹; José Fernando Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de S. João, EPE

Juliana Varino¹; Ana Batista¹; Emanuel Fortado¹; Luís Antunes¹; Carolina Mendes¹; André Marinho¹; Anabela Gonçalves¹; Albuquerque Matos¹1 - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Sala BSala B

Introdução: A doença oclusiva arterial mesentérica pode ser assintomática durante um longo período de tempo. Quando se torna sintomática, habitualmente pela progressão rápida de uma estenose preexistente, a apresentação varia desde dor abdominal inespecífica até angina intestinal aguda. A angioplastia com stent da artéria mesentérica superior (AMS) é uma alternativa que pode evitar a ressecção intestinal em doentes agudamen-te sintomáticos e diagnosticados suficientemente cedo no curso da doença. A possibilidade de reestenose a médio/longo prazo deve, contudo, ser tida em conta.

Objectivos: Este trabalho reporta o caso de uma doente com doença oclusiva arterial mesentérica que se apresen-tou com angina intestinal aguda e foi submetida a stenting primário da AMS com boa recuperação.

Resultados: Trata-se de uma mulher de 86 anos, diabética, hipertensa, dislipidémica, com coronariopatia submetida a revascularização e doença arterial periférica em tratamento conservador. Recorreu ao serviço de urgência por náuseas, vómitos, abdominalgia difusa com dois dias de evolução e um episódio de dejecções diarreicas. O abdómen apresentava-se sem distensão, doloroso à palpação profunda do epigastro e do flanco direito, mas sem sinais de irritação peritoneal. Analiticamente exibia leucocitose, elevação da PCR e da DHL. Realizou angioTC abdominal que revelou a presença de “trombo com cerca de 15mm na AMS com reperfusão distal por colaterais, associado a espessamen-to e edema de ansas do íleo distal, com hipercaptação da mucosa sugerindo mais provavelmente isquemia mesentérica”. Dada a ausência clínica de abdómen agudo e os sinais imagiológicos de reperfusão, a doente foi admitida para tratamento electivo. Contudo, no segundo dia de internamento desenvolveu agravamento significativo da abdominalgia, apresentado dor à percussão e à descompressão abdominal. Optou-se pela realização de angiografia por punção femoral com cateterização selectiva da AMS que relevou uma imagem de subtração distalmente à sua origem com cerca de 10mm de extensão e em relação com calcificação

Introdução: É apresentado o caso de um indivíduo do sexo feminino de 51 anos de idade, que recorreu ao serviço de urgência por crises frequentes de angina mesentérica de novo com cedência parcial à toma de opiáceos, náuseas e perda ponderal com agravamento recente. Trata-se de uma doente com antecedentes de colocação de stent na porção proximal da artéria mesentérica superior há dois anos pelo mesmo motivo. Apresenta também antecedentes de hipertensão arterial essencial e tabagismo. Neste contexto é submetida a realização de angiografia aórtica e dos troncos viscerais que confirmou a suspeita clínica trombose do stent mesentérico e oclusão do tronco celíaco, sem possibilida-de de revascularização por método endovascular.Reali-zou-se então um bypass arterial ilio-mesentérica superior com prótese de PTFE de 6mm não anelada com anasto-mose entre a artéria ilíaca comum direita proximal e a

STENTING PRIMÁRIO DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR NA ANGINA INTESTINAL AGUDA – PRÓS E CONTRAS A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

BYPASS ILIO-MESETÉRICO SUPERIOR RETRÓGADO APÓS FALÊNCIA DE TRATAMENTO ENDOVASCULAR: CASO CLÍNICO

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Stenting primário, endovascular, artéria mesentérica superior, angina intestinal aguda

Palavras-chave: Isquémia mesentérica crónica, Bypass arterial Aorto-mesentérica superior retrógrado

NotasNotas NotasNotas

8584

artéria mesentérica superior, distalmente ao stent trombosado previamente implantado. O procedimento ocorreu sem complicações tendo alta hospitalar ao 6º dia pós- operatório medicada com anti-agregante plaquetar. Até à data de follow-up não voltou a ter recidiva das queixas álgicas apresentando um aumento ponderal de 3 Kg em 2 meses.

Conclusões: A escolha do tratamento de eleição (endovascular versus clássico) mantém-se em debate. A recorrência da sintomatologia que requere re-intervenção é frequente com ambas as técnicas. Uma das indicações para o recurso ao tratamento clássico é a falência da angioplastia transluminal percutânea com colocação de stent, apresentando-se com uma elevada taxa de patência primária a longo prazo.

parietal. Atendendo ao rápido agravamento clínico e à evidência de calcificação, a lesão foi corrigida com stent primário não coberto e expansível por balão, com bom resultado angiográfico final. Após o procedimento a doente manteve antiagregação. Apresentou recuperação clínica e analítica progressiva no pós-operatório. Ao 7º dia a angioTC revelava “espessamento difuso mais proeminente, provavelmente secundário ao episódio de isquemia, sem áreas significativas de hipoperfusão parietal”. Ao 15º dia na ecografia abdominal não se visualizavam achados de relevo. A doente teve alta ao 16º dia assintomática.

Page 88: Programa Final B - Skyros Congressos

po09po08 Nádia Duarte¹; Ana Gonçalves¹; Gil Marques¹; Pedro Barroso¹; António González¹; Ana Afonso¹1 - Hospital Garcia de Orta

Nádia Duarte¹; Ana Gonçalves¹; Gil Marques¹; Pedro Barroso¹; António González¹; Ana Afonso¹; Maria José Ferreira¹1 - Hospital Garcia de Orta

Sala BSala B

Introdução: A isquémia aguda dos membros inferiores tem múltiplas etiologias possíveis, sendo a embolização séptica por endocardite bacteriana um diagnóstico pouco frequente desde a generalização da ecocardiografia e terapêutica com antibióticos. No entanto, existem grupos de doentes em risco, incluindo usuários de drogas intravenosas, doentes com linhas arteriais ou venosas e os imunocomprometidos.

Objectivos: Descrever um caso clínico de isquémia aguda por embolização séptica pela sua raridade.

Material e Métodos: Doente de 53 anos, do sexo feminino, com antecedentes pessoais de cirurgia cardíaca com 3 anos de idade, doença crónica de dismotilidade digestiva desde a juventude submetida a gastroenterosto-mia aos 26 anos por ptose gástrica e 2 reintervenções com ressecção intestinal, múltiplos episódios de sub-oclusão intestinal (lise de bridas e PEG há 5 meses). Por síndrome de malabsorção, iniciou nutrição parentérica domiciliária (por catéter central), acompanhada de nutrição oral fora dos períodos de oclusão e gastrostomia derivativa. Recorre ao serviço de urgência com isquémia aguda do pé esquerdo com cerca de 6h de evolução, referindo desde há 9 dias aparecimento de febre (39ºC). A doente realiza, além do ecodoppler que confirma trombo na popliteia e ausência de fluxo distal, um ecocardiograma transesofá-gico que revela endocardite da válvula mitral com vegetação de grande dimensão, iniciando de imediato

Introdução: A cirurgia híbrida é um exemplo de como os procedimentos cirúrgicos convencionais e os endovascu-lares se complementam, estando descritas taxas de permeabilidade primária altas: 93-100%.

Objectivos: Descrever e analisar os resultados imediatos (imagiológicos e clínicos) intra-hospitalares e ao fim de 4 meses (clínicos) do tratamento híbrido de doentes com DAP em isquémia crítica.

Material e Métodos: De Janeiro de 2010 a Junho de 2013, foram tratados 12 doentes, sendo que todos apresentavam lesões do sector infrainguinal e em 6 (50%) deles coexistia também lesões do sector aorto-ilíaco. As lesões foram clinicamente classificadas em GIII/4: em 4 (33%) e em GIV/5e6: em 8 doentes (66%), da classifica-ção de Leriche-Fontaine e Rutherford, respectivamente. Foram analisadas também as prevalências em relação ao sexo (83% sexo masculino vs 16% sexo feminino), idade (média de idades 69 anos) e principais comorbilidades (HTA presente em 91%, seguida de diabetes mellitus e dislipidémia presentes em 50%, tabagismo em 42% e doença renal crónica em 8,3%).

Resultados: Dos 12 doentes incluídos, 4 (33%) apresentavam lesões proximais à AFC, 6 (50%) lesões distais à AFC e 2 (17%) apresentavam lesões proximais e

EMBOLIA SÉPTICA POR ENDOCARDITE BACTERIANA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

CIRURGIA HÍBRIDA NA ISQUÉMIA CRÍTICA – PRIMEIROS RESULTADOS DO SERVIÇO

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

NotasNotas NotasNotas

8786

distais à AFC, todas elas corrigidas recorrendo à cirurgia endovascular em simultâneo com a cirurgia convencional. Dos 12 doentes, 11 cumpriram dupla antiagregação, sendo que um manteve a terapêutica com varfine após a alta. Dos resultados imediatos obteve-se sucesso radiológico em 100% das intervenções, sendo que se considerou sucesso quando se conseguiu revascularizar o sector que apresentava a lesão e se conseguiu fluxo contínuo até pelo menos uma artéria tibio-peroneal com “run-off” até ao pé de modo a cicatrizar as lesões quando presentes. Aos 4 meses, conseguiu-se sucesso clínico em 87,5%, sendo que se considerou sucesso quando o doente passou a ser assintomático ou com sintomas de claudicação não incapacitante, subida dos índices em 30% e cicatrização completa das lesões.

Conclusões: A revascularização endoluminal é cada vez mais usada como complemento à cirurgia convencional, alargando o leque de opções terapêuticas. Os resultados encorajadores, embora numa amostra pequena, fazem com haja necessidade de estudos randomizados e com seguimento prolongado para no futuro clarificar o papel deste tipo de procedimentos. Para já, uma vantagem real é o facto de ser uma alternativa menos invasiva, levando a uma redução no tempo de internamento e a redução da dose de contraste usada.

antibioterapia empírica. É então submetida a embolecto-mia anterógrada via popliteia infragenicular, com saída de êmbolo com aspecto “cefalóide”, com recuperação dos pulsos distais. Enviado o êmbolo para microbiologia. Por síndrome compartimental, foi necessário proceder a fasciotomia

Resultados: As 3 hemoculturas e o êmbolo revelaram Staphylococcus lugdunensis sensível à Penicilina, pelo que foi iniciada antibioterapia dirigida. Foi substituido o catéter venoso central no 9º dia de internamento. No 16º dia pós-operatório, quadro de HDA com origem em úlcera gástrica, tendo sido realizada terapêutica local com adrenalina que se repetiu no dia seguinte com repercus-são hemodinâmica. Realizou EDA que revelou neoplasia gástrica – adenoma tubulo-viloso com displasia focal de alto grau com ulceração da mucosa, tendo ficado com mucosectomia agendada para pós-alta. ETE 54 dias pós-operatório revelou ausência de vegetações.

Conclusões: Dada a vegetação de grandes dimensões e a agressividade conhecida do S.lugdunensis, com habitual necessidade de cirurgia e a presença de fenómenos embólicos, trata-se de uma doente de alto risco. A prevalência desta bactéria é baixa, variando de 0,6% a 13%, sendo um dos principais agentes causadores de endocardites nos doentes imunocomprometidos, com taxa de mortalidade até 70%. Será assim relevante o envio sistemático do trombo para bacteriologia.

Page 89: Programa Final B - Skyros Congressos

po09po08 Nádia Duarte¹; Ana Gonçalves¹; Gil Marques¹; Pedro Barroso¹; António González¹; Ana Afonso¹1 - Hospital Garcia de Orta

Nádia Duarte¹; Ana Gonçalves¹; Gil Marques¹; Pedro Barroso¹; António González¹; Ana Afonso¹; Maria José Ferreira¹1 - Hospital Garcia de Orta

Sala BSala B

Introdução: A isquémia aguda dos membros inferiores tem múltiplas etiologias possíveis, sendo a embolização séptica por endocardite bacteriana um diagnóstico pouco frequente desde a generalização da ecocardiografia e terapêutica com antibióticos. No entanto, existem grupos de doentes em risco, incluindo usuários de drogas intravenosas, doentes com linhas arteriais ou venosas e os imunocomprometidos.

Objectivos: Descrever um caso clínico de isquémia aguda por embolização séptica pela sua raridade.

Material e Métodos: Doente de 53 anos, do sexo feminino, com antecedentes pessoais de cirurgia cardíaca com 3 anos de idade, doença crónica de dismotilidade digestiva desde a juventude submetida a gastroenterosto-mia aos 26 anos por ptose gástrica e 2 reintervenções com ressecção intestinal, múltiplos episódios de sub-oclusão intestinal (lise de bridas e PEG há 5 meses). Por síndrome de malabsorção, iniciou nutrição parentérica domiciliária (por catéter central), acompanhada de nutrição oral fora dos períodos de oclusão e gastrostomia derivativa. Recorre ao serviço de urgência com isquémia aguda do pé esquerdo com cerca de 6h de evolução, referindo desde há 9 dias aparecimento de febre (39ºC). A doente realiza, além do ecodoppler que confirma trombo na popliteia e ausência de fluxo distal, um ecocardiograma transesofá-gico que revela endocardite da válvula mitral com vegetação de grande dimensão, iniciando de imediato

Introdução: A cirurgia híbrida é um exemplo de como os procedimentos cirúrgicos convencionais e os endovascu-lares se complementam, estando descritas taxas de permeabilidade primária altas: 93-100%.

Objectivos: Descrever e analisar os resultados imediatos (imagiológicos e clínicos) intra-hospitalares e ao fim de 4 meses (clínicos) do tratamento híbrido de doentes com DAP em isquémia crítica.

Material e Métodos: De Janeiro de 2010 a Junho de 2013, foram tratados 12 doentes, sendo que todos apresentavam lesões do sector infrainguinal e em 6 (50%) deles coexistia também lesões do sector aorto-ilíaco. As lesões foram clinicamente classificadas em GIII/4: em 4 (33%) e em GIV/5e6: em 8 doentes (66%), da classifica-ção de Leriche-Fontaine e Rutherford, respectivamente. Foram analisadas também as prevalências em relação ao sexo (83% sexo masculino vs 16% sexo feminino), idade (média de idades 69 anos) e principais comorbilidades (HTA presente em 91%, seguida de diabetes mellitus e dislipidémia presentes em 50%, tabagismo em 42% e doença renal crónica em 8,3%).

Resultados: Dos 12 doentes incluídos, 4 (33%) apresentavam lesões proximais à AFC, 6 (50%) lesões distais à AFC e 2 (17%) apresentavam lesões proximais e

EMBOLIA SÉPTICA POR ENDOCARDITE BACTERIANA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

CIRURGIA HÍBRIDA NA ISQUÉMIA CRÍTICA – PRIMEIROS RESULTADOS DO SERVIÇO

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

NotasNotas NotasNotas

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distais à AFC, todas elas corrigidas recorrendo à cirurgia endovascular em simultâneo com a cirurgia convencional. Dos 12 doentes, 11 cumpriram dupla antiagregação, sendo que um manteve a terapêutica com varfine após a alta. Dos resultados imediatos obteve-se sucesso radiológico em 100% das intervenções, sendo que se considerou sucesso quando se conseguiu revascularizar o sector que apresentava a lesão e se conseguiu fluxo contínuo até pelo menos uma artéria tibio-peroneal com “run-off” até ao pé de modo a cicatrizar as lesões quando presentes. Aos 4 meses, conseguiu-se sucesso clínico em 87,5%, sendo que se considerou sucesso quando o doente passou a ser assintomático ou com sintomas de claudicação não incapacitante, subida dos índices em 30% e cicatrização completa das lesões.

Conclusões: A revascularização endoluminal é cada vez mais usada como complemento à cirurgia convencional, alargando o leque de opções terapêuticas. Os resultados encorajadores, embora numa amostra pequena, fazem com haja necessidade de estudos randomizados e com seguimento prolongado para no futuro clarificar o papel deste tipo de procedimentos. Para já, uma vantagem real é o facto de ser uma alternativa menos invasiva, levando a uma redução no tempo de internamento e a redução da dose de contraste usada.

antibioterapia empírica. É então submetida a embolecto-mia anterógrada via popliteia infragenicular, com saída de êmbolo com aspecto “cefalóide”, com recuperação dos pulsos distais. Enviado o êmbolo para microbiologia. Por síndrome compartimental, foi necessário proceder a fasciotomia

Resultados: As 3 hemoculturas e o êmbolo revelaram Staphylococcus lugdunensis sensível à Penicilina, pelo que foi iniciada antibioterapia dirigida. Foi substituido o catéter venoso central no 9º dia de internamento. No 16º dia pós-operatório, quadro de HDA com origem em úlcera gástrica, tendo sido realizada terapêutica local com adrenalina que se repetiu no dia seguinte com repercus-são hemodinâmica. Realizou EDA que revelou neoplasia gástrica – adenoma tubulo-viloso com displasia focal de alto grau com ulceração da mucosa, tendo ficado com mucosectomia agendada para pós-alta. ETE 54 dias pós-operatório revelou ausência de vegetações.

Conclusões: Dada a vegetação de grandes dimensões e a agressividade conhecida do S.lugdunensis, com habitual necessidade de cirurgia e a presença de fenómenos embólicos, trata-se de uma doente de alto risco. A prevalência desta bactéria é baixa, variando de 0,6% a 13%, sendo um dos principais agentes causadores de endocardites nos doentes imunocomprometidos, com taxa de mortalidade até 70%. Será assim relevante o envio sistemático do trombo para bacteriologia.

Page 90: Programa Final B - Skyros Congressos

po11po10 J. Rocha-Neves¹; M. Vieira¹; A. Ferreira¹; P. Paz-Dias¹; R. Chaves¹; A. Rodrigues¹; J. Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital São João, EPE

J. Rocha-Neves¹; M. Vieira¹; C. Sampaio¹; S. Sampaio¹; E. Silva¹; J. Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital São João, EPE

Sala BSala B

Introdução: Doente do sexo feminino de 80 anos apresentava história de “drop attacks” com duração de 3 meses. A doente não apresentava mais sintomas neurológicos (apresentava diagnóstico imagiológico de leucoencefalopatia isquémica), história de trauma cervical, infecção, intervenção cirúrgica prévia ou tabagismo. No exame objectivo apresentava pulsatilidade cervical esquerda aumentada. No estudo etiológico foi realizado eco-doppler carotídeo tendo-se detectado kinking aneurismático (diâmetro de 20,1mmx16,3mm) na artéria carótida interna esquerda. O angio TC confir-mou os achados ao eco-doppler, não revelou lesões aneurismáticas intra-craneanas concomitantes, revelou um polígono de Willis patente e funcionante.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de aneurisma da artéria carótida interna extra craneana tratada por cirurgia aberta.Discussão de vantagem de abordagem endovascular vs cirurgia aberta

Material e Métodos: O procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia loco-regional, tendo-se realizado uma aneurismectomia com anastomose topo a topo da ACI.

Resultados: A Doente teve uma evolução no pós-operatório sem eventos, apresentando-se sem défices

Introdução: Doente do sexo masculino à data da intervenção com 41 anos, apresenta hipertensão maligna não controlável medicamente. Referenciado para a consulta de cirurgia vascular onde realizou aortografia que demonstrou ausência de artéria renal direita e oclusão da artéria renal esquerda com repermeabilização peri-hilar.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de um bypass espleno-renal no contexto de oclusão de artéria renal com 13 anos de patência. Discussão de alternativas e indicação de técnicas de revascularização renal.

Material e Métodos: Foi realizado um bypass espleno-renal por via transperitoneal com revascularização do rim esquerdo. 13 anos após a cirurgia o doente desenvolveu HTA responsiva a 2 fármacos e um episódio de IRA. Nesse

ANEURISMA DA CARÓTIDA INTERNA EXTRA-CRANEANO - CASO CLÍNICO

BYPASS ESPLENO-RENAL NO TRATAMENTO DA DOENÇA RENOVASCULAR: CASO CLÍNICO.

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

NotasNotas NotasNotas

8988

contexto, terá realizado ecografia do rim esquerdo, demonstrando um parênquima de configuração e tamanho normal em que o estudo espectral demonstrava alterações.

Resultados: Após nova aortografia pode-se observar que o tronco celíaco e artéria esplênica se encontravam patentes com normal perfusão do rim. Atualmente o doente apresenta uma função renal normal e a HTA foi classificada como essencial.

Conclusões: Apesar de a angioplastia com stent de artéria renal continuar a ser o tratamento de escolha na doença reno-vascular do rim, nos casos de impossibilida-de técnica, o bypass esplancno-renal poderá representar uma alternativa com resultados e durabilidade provavel-mente sobreponíveis.

neurológicos 3 semanas após a cirurgia e sem novo episódio de “drop attack”. À histologia revelou a presença de um aneurisma fusiforme sem evidência de vasculite ou inflamação activa.

Conclusões: O objectivo primário do tratamento destes aneurismas é evitar o atero - e tromboembolismo. Não havendo evidência definitiva de vantagem da abordagem endovascular vs cirurgia aberta, a decisão deverá ser adaptada ao indivíduo baseando-se na localização, tamanho e causa do aneurisma. Resultados óptimos poderão ser obtidos por via aberta.

Page 91: Programa Final B - Skyros Congressos

po11po10 J. Rocha-Neves¹; M. Vieira¹; A. Ferreira¹; P. Paz-Dias¹; R. Chaves¹; A. Rodrigues¹; J. Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital São João, EPE

J. Rocha-Neves¹; M. Vieira¹; C. Sampaio¹; S. Sampaio¹; E. Silva¹; J. Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital São João, EPE

Sala BSala B

Introdução: Doente do sexo feminino de 80 anos apresentava história de “drop attacks” com duração de 3 meses. A doente não apresentava mais sintomas neurológicos (apresentava diagnóstico imagiológico de leucoencefalopatia isquémica), história de trauma cervical, infecção, intervenção cirúrgica prévia ou tabagismo. No exame objectivo apresentava pulsatilidade cervical esquerda aumentada. No estudo etiológico foi realizado eco-doppler carotídeo tendo-se detectado kinking aneurismático (diâmetro de 20,1mmx16,3mm) na artéria carótida interna esquerda. O angio TC confir-mou os achados ao eco-doppler, não revelou lesões aneurismáticas intra-craneanas concomitantes, revelou um polígono de Willis patente e funcionante.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de aneurisma da artéria carótida interna extra craneana tratada por cirurgia aberta.Discussão de vantagem de abordagem endovascular vs cirurgia aberta

Material e Métodos: O procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia loco-regional, tendo-se realizado uma aneurismectomia com anastomose topo a topo da ACI.

Resultados: A Doente teve uma evolução no pós-operatório sem eventos, apresentando-se sem défices

Introdução: Doente do sexo masculino à data da intervenção com 41 anos, apresenta hipertensão maligna não controlável medicamente. Referenciado para a consulta de cirurgia vascular onde realizou aortografia que demonstrou ausência de artéria renal direita e oclusão da artéria renal esquerda com repermeabilização peri-hilar.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de um bypass espleno-renal no contexto de oclusão de artéria renal com 13 anos de patência. Discussão de alternativas e indicação de técnicas de revascularização renal.

Material e Métodos: Foi realizado um bypass espleno-renal por via transperitoneal com revascularização do rim esquerdo. 13 anos após a cirurgia o doente desenvolveu HTA responsiva a 2 fármacos e um episódio de IRA. Nesse

ANEURISMA DA CARÓTIDA INTERNA EXTRA-CRANEANO - CASO CLÍNICO

BYPASS ESPLENO-RENAL NO TRATAMENTO DA DOENÇA RENOVASCULAR: CASO CLÍNICO.

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

NotasNotas NotasNotas

8988

contexto, terá realizado ecografia do rim esquerdo, demonstrando um parênquima de configuração e tamanho normal em que o estudo espectral demonstrava alterações.

Resultados: Após nova aortografia pode-se observar que o tronco celíaco e artéria esplênica se encontravam patentes com normal perfusão do rim. Atualmente o doente apresenta uma função renal normal e a HTA foi classificada como essencial.

Conclusões: Apesar de a angioplastia com stent de artéria renal continuar a ser o tratamento de escolha na doença reno-vascular do rim, nos casos de impossibilida-de técnica, o bypass esplancno-renal poderá representar uma alternativa com resultados e durabilidade provavel-mente sobreponíveis.

neurológicos 3 semanas após a cirurgia e sem novo episódio de “drop attack”. À histologia revelou a presença de um aneurisma fusiforme sem evidência de vasculite ou inflamação activa.

Conclusões: O objectivo primário do tratamento destes aneurismas é evitar o atero - e tromboembolismo. Não havendo evidência definitiva de vantagem da abordagem endovascular vs cirurgia aberta, a decisão deverá ser adaptada ao indivíduo baseando-se na localização, tamanho e causa do aneurisma. Resultados óptimos poderão ser obtidos por via aberta.

Page 92: Programa Final B - Skyros Congressos

po13po12 Luís Machado¹; Dalila Rolim¹; José Lopes¹; João Neves¹; Sérgio Sampaio¹; Isabel Vilaça¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Luís Machado¹; Isabel Vilaça¹; Rocha e Silva¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Sala BSala B

Introdução: As angioplastias abaixo do joelho são cada vez mais procedimentos de primeira linha. Ao tentar recanalizar artérias cronicamente ocluídas ou dilatar artérias calcificadas o risco de complicações associadas aumenta.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de fístula arteriovenosa (FAV) iatrogénica após angioplastia transluminal percutânea (ATP), tratada com stent coberto.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 62 anos. História de hipertensão arterial, diabetes melitus tipo II, insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca. Apresentava úlcera de pequenas dimensões no 3º dedo do pé esquerdo, com 2 meses de evolução, sem sinais de infeção. Pulsos femorais palpáveis. Sem pulsos poplíteos ou distais. Índice tornozelo-braço de 0.35 à esquerda. Submetida a arteriografia, que revelou oclusão da artéria poplítea, tibial posterior, anterior, e peroneal e permeabilidade da artéria pediosa. Foi submetida a recanalização da artéria poplítea e tibial anterior por punção femoral anterograda, com restabe-lecimento de fluxo arterial para o pé através da artéria pediosa. Arteriografia de controlo identificou-se uma FAV entre o tronco tibioperoneal e a veia poplítea, procedeu-se a insuflação de balão na zona da fístula durante alguns minutos, sem sucesso. Foi reavaliada por ecoDoppler no dia seguinte que revelou patência da

Introdução: A história natural da úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) da aorta não é bem conhecida, muitas vezes são assintomáticas sendo achados em exames realizados para outra finalidade.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de doente com UAP sintomática, da aorta torácica descendente, tratado por via endovascular.

Material e Métodos: Doente de 77 anos, antecedentes de neoplasia do colon submetido a cirurgia há cerca de 5 anos, hipertensão arterial, dislipidemia e fibrilação auricular. No contexto de follow-up da neoplasia do colon efetuou angio-Tc toraco-abdominal que revelou ausência de recidiva da doença e uma UAP da aorta torácica descendente de pequenas dimensões, tendo-se optado por tratamento conservador e vigilância. No último ano referiu dor torácica esporádica na região interescapular, tendo tido uma maior frequência e intensidade nos últimos 6 meses. A dor não se relacionava com o esforço e aliviava parcialmente com analgésicos. Estes episódios de dor motivaram várias idas ao Serviço de Urgência tendo sido excluído causas mais frequentes de dor torácica.

STENT COBERTO NO TRATAMENTO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA IATROGÉNICA

ÚLCERA ATEROSCLERÓTICA PENETRANTE DA AORTA TORÁCICA

PostersCirurgia Vascular

PostersCirurgia Vascular

Palavras-chave: Fístula arteriovenosa, Stent cobertoPalavras-chave: Úlcera aterosclerótica penetrante

NotasNotas NotasNotas

9190

Repetiu angio-TC toraco-abdominal que mostrou um crescimento da UAP, medindo aproximadamente 19 x 24 x 12 mm

Resultados: Proposto para tratamento da UAP da aorta torácica descendente por via endovascular. Abordagem da artéria femoral direita, punção retrograda da artéria femoral comum direita, arteriografia da aorta torácica com identificação da UAP. Colocação de endoprotese Gore Tag ® 35x150mm. Arteriografia final sem endole-aks, não se visualizou a UAP. Doente teve alta ao 3º dia pós-operatório. Realizou angio – Tc de controlo no primeiro mês de pós- operatório, que revelou correto posicionamento da prótese, sem endoleaks. Mantem-se assintomático 3 meses após o procedimento.

Conclusões: As UAP assintomáticas devem ser tratadas medicamente, sendo recomendado um follow-up apertado para deteção precoce de complicações. O desenvolvimento de hematoma intramural, dissecção aórtica, pseudoaneurisma ou dor torácica relacionada com esta patologia durante o período de follow-up, são indicações para intervenção cirúrgica.

fístula, procedeu-se a compressão ecoguiada sem resultados. Nos dias seguintes ao procedimento a doente desenvolveu um quadro de dispneia e ortopneia devido a agravamento da insuficiência cardíaca de base.

Resultados: Optou-se pela correção percutânea da FAV. Por punção femoral anterograda, procedeu-se a arteriografia para localização da FAV, cateterização da artéria tibial anterior e colocação de stent coronário coberto "Bentley InnoMed" 3.5 x 21 mm no local da FAV. Arteriografia final sem visualização da FAV. Melhoria da dispneia nos dias seguintes ao procedimento. Teve alta ao 4º dia medicada com dupla antiagregação. Realizou Eco Doppler de controlo 2 meses após o procedimento, que demonstrou patência da artéria tibial anterior, com fluxo trifásico e sem da comunicação artério-venosa.

Conclusões: Nas ATP abaixo do joelho, em especial nas oclusões arteriais, existe um risco não negligenciável de perfuração arterial e de formação de FAV´s, embora menos frequente. A maioria destas FAV´s são de baixo débito e resolvem espontaneamente. A insuflação de um balão de angioplastia durante alguns minutos ou a compressão ecoguiada podem ser suficiente para a oclusão da fístula. Os stents cobertos são uma opção de recurso para tratamento deste tipo de lesões, estando raramente documentadas na literatura em FAV´s decor-rentes de ATP abaixo do joelho.

Page 93: Programa Final B - Skyros Congressos

po13po12 Luís Machado¹; Dalila Rolim¹; José Lopes¹; João Neves¹; Sérgio Sampaio¹; Isabel Vilaça¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Luís Machado¹; Isabel Vilaça¹; Rocha e Silva¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular

Sala BSala B

Introdução: As angioplastias abaixo do joelho são cada vez mais procedimentos de primeira linha. Ao tentar recanalizar artérias cronicamente ocluídas ou dilatar artérias calcificadas o risco de complicações associadas aumenta.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de fístula arteriovenosa (FAV) iatrogénica após angioplastia transluminal percutânea (ATP), tratada com stent coberto.

Material e Métodos: Doente do sexo feminino, 62 anos. História de hipertensão arterial, diabetes melitus tipo II, insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca. Apresentava úlcera de pequenas dimensões no 3º dedo do pé esquerdo, com 2 meses de evolução, sem sinais de infeção. Pulsos femorais palpáveis. Sem pulsos poplíteos ou distais. Índice tornozelo-braço de 0.35 à esquerda. Submetida a arteriografia, que revelou oclusão da artéria poplítea, tibial posterior, anterior, e peroneal e permeabilidade da artéria pediosa. Foi submetida a recanalização da artéria poplítea e tibial anterior por punção femoral anterograda, com restabe-lecimento de fluxo arterial para o pé através da artéria pediosa. Arteriografia de controlo identificou-se uma FAV entre o tronco tibioperoneal e a veia poplítea, procedeu-se a insuflação de balão na zona da fístula durante alguns minutos, sem sucesso. Foi reavaliada por ecoDoppler no dia seguinte que revelou patência da

Introdução: A história natural da úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) da aorta não é bem conhecida, muitas vezes são assintomáticas sendo achados em exames realizados para outra finalidade.

Objectivos: Apresentação de caso clínico de doente com UAP sintomática, da aorta torácica descendente, tratado por via endovascular.

Material e Métodos: Doente de 77 anos, antecedentes de neoplasia do colon submetido a cirurgia há cerca de 5 anos, hipertensão arterial, dislipidemia e fibrilação auricular. No contexto de follow-up da neoplasia do colon efetuou angio-Tc toraco-abdominal que revelou ausência de recidiva da doença e uma UAP da aorta torácica descendente de pequenas dimensões, tendo-se optado por tratamento conservador e vigilância. No último ano referiu dor torácica esporádica na região interescapular, tendo tido uma maior frequência e intensidade nos últimos 6 meses. A dor não se relacionava com o esforço e aliviava parcialmente com analgésicos. Estes episódios de dor motivaram várias idas ao Serviço de Urgência tendo sido excluído causas mais frequentes de dor torácica.

STENT COBERTO NO TRATAMENTO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA IATROGÉNICA

ÚLCERA ATEROSCLERÓTICA PENETRANTE DA AORTA TORÁCICA

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Palavras-chave: Fístula arteriovenosa, Stent cobertoPalavras-chave: Úlcera aterosclerótica penetrante

NotasNotas NotasNotas

9190

Repetiu angio-TC toraco-abdominal que mostrou um crescimento da UAP, medindo aproximadamente 19 x 24 x 12 mm

Resultados: Proposto para tratamento da UAP da aorta torácica descendente por via endovascular. Abordagem da artéria femoral direita, punção retrograda da artéria femoral comum direita, arteriografia da aorta torácica com identificação da UAP. Colocação de endoprotese Gore Tag ® 35x150mm. Arteriografia final sem endole-aks, não se visualizou a UAP. Doente teve alta ao 3º dia pós-operatório. Realizou angio – Tc de controlo no primeiro mês de pós- operatório, que revelou correto posicionamento da prótese, sem endoleaks. Mantem-se assintomático 3 meses após o procedimento.

Conclusões: As UAP assintomáticas devem ser tratadas medicamente, sendo recomendado um follow-up apertado para deteção precoce de complicações. O desenvolvimento de hematoma intramural, dissecção aórtica, pseudoaneurisma ou dor torácica relacionada com esta patologia durante o período de follow-up, são indicações para intervenção cirúrgica.

fístula, procedeu-se a compressão ecoguiada sem resultados. Nos dias seguintes ao procedimento a doente desenvolveu um quadro de dispneia e ortopneia devido a agravamento da insuficiência cardíaca de base.

Resultados: Optou-se pela correção percutânea da FAV. Por punção femoral anterograda, procedeu-se a arteriografia para localização da FAV, cateterização da artéria tibial anterior e colocação de stent coronário coberto "Bentley InnoMed" 3.5 x 21 mm no local da FAV. Arteriografia final sem visualização da FAV. Melhoria da dispneia nos dias seguintes ao procedimento. Teve alta ao 4º dia medicada com dupla antiagregação. Realizou Eco Doppler de controlo 2 meses após o procedimento, que demonstrou patência da artéria tibial anterior, com fluxo trifásico e sem da comunicação artério-venosa.

Conclusões: Nas ATP abaixo do joelho, em especial nas oclusões arteriais, existe um risco não negligenciável de perfuração arterial e de formação de FAV´s, embora menos frequente. A maioria destas FAV´s são de baixo débito e resolvem espontaneamente. A insuflação de um balão de angioplastia durante alguns minutos ou a compressão ecoguiada podem ser suficiente para a oclusão da fístula. Os stents cobertos são uma opção de recurso para tratamento deste tipo de lesões, estando raramente documentadas na literatura em FAV´s decor-rentes de ATP abaixo do joelho.

Page 94: Programa Final B - Skyros Congressos

po14po14 po15po15Luís Machado¹; Armando Abreu²; Isabel Vilaça¹; Paulo Pinho²; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular; 2 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço Cirurgia Cardiotorácica

Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto¹; João Gonçalves¹; Luís Loureiro¹; Tiago Loureiro¹; Diogo Silveira¹; Duarte Rego¹; Vitor Ferreira¹; Rui Almeida¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas verdadeiros do tronco braquiocefálico são raros, representam apenas 3% de todos os aneurismas dos troncos supra aórticos, sendo a maioria ateroscleróticos

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de doente com um aneurisma do tronco braquicefálico do tipo B (classificação de Kieffer) com 3,2 cm de maior diâmetro, tratado cirurgicamente

Material e Métodos: Doente de 77 anos do sexo feminino. Antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia. Encaminhada para consulta de Cirurgia Vascular por massa pulsátil na região supra-clavicular direita. Ao exame objetivo apresentava massa pulsátil e expansível na região supraclavicular à direita, pulso radial e cubital palpáveis e simétricos. Doente assintomática, sem défices neurológicos, sem história de traumatismo torácico. Realizou ecoDoppler que revelou um aneurisma do tronco braquiocefálico com cerca de 3,2 cm de diâmetro. Para melhor caracterização realizou Angio-Tc que confirmou o aneurisma do tronco braquiocefálico com origem no arco aórtico, artéria subclávia ectasiada e kinking da artéria carótida comum direita.

Introdução: A embolia da artéria renal é um aconteci-mento raro, condicionando um elevado risco de hiperten-são arterial e de perda renal. O seu tratamento cirúrgico aberto, embora eficaz, está associado a uma morbilidade e a uma mortalidade significativas. O tempo de oclusão completa da artéria renal está associado, de forma inversa, com a capacidade de recuperação da função renal.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de embolia da artéria renal tratada através de tromboaspiração e trombólise intra-arterial.

Material e Métodos: Caso clínico: Indivíduo do sexo masculino, 60 anos, portador de pacemaker cardíaco e com antecedentes de comunicação interauricular tratada cirurgicamente.Após período de interrupção da hipocoagulação oral, para realização de cirurgia dentária, iniciou quadro de dor abdominal, de início abrupto e constante, e vómitos, tendo recorrido ao Serviço de Urgência. Realizou TC abdominal que revelou a presença de uma oclusão da

ANEURISMA DO TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO – CASO CLÍNICO

EMBOLIA DA ARTÉRIA RENAL: TROMBOASPIRAÇÃO E TROMBÓLISE INTRA-ARTERIAL – UM CASO DE SUCESSO

Palavras-chave: Tronco braquiocefálico, Aneurisma Palavras-chave: Embolia renal, tromboaspiração, trombólise

Notas NotasNotas Notas

9392

Resultados: Doente foi submetida a correção cirúrgica do aneurisma, por esternotomia mediana e abordagem supraclavicular. O controlo arterial foi obtido por clampa-gem parcial da aorta torácica ascendente e da artéria carótida comum e subclávia direita distalmente ao aneurisma. Foi realizado um bypass aorta ascendente-carótido-subclávio direito com prótese bifurcada de Dacron® 16x8mm, com laqueação proximal e distal do aneurisma. Não foi necessário bypass cardiopulmonar, hipotermia ou shunt local. Doente sem défices neurológi-cos no período pós-operatório, teve alta ao 6º dia de pós-operatório. Encontra-se assintomática, tendo realizado angio-TC de controlo aos 3 meses, que mostrou completa exclusão do aneurisma, que se encontrava trombosado, com permeabilidade da prótese, sem evidências de compressão ou kinking.

Conclusões: O tratamento destes aneurismas está recomendado quando são sintomáticos ou nos assinto-máticos com diâmetro superior a 3 cm, de forma a evitar a história natural que leva à ocorrência de rutura, fenôme-nos compressivos das estruturas adjacentes ou trombo-embólicos para a circulação cerebral ou periférica.

artéria renal esquerda, sugestiva de embolia, com sinais de enfarte do rim ipsilateral. Submetido, 36 horas após o início da clínica descrita, a recanalização da artéria renal esquerda, por recurso à tromboaspiração percutânea e à trombólise intra-arterial, com recuperação da árvore arterial renal.

Resultados: No período de seguimento, verificou-se uma diminuição da creatinina plasmática (1,06 mg/dL, [1.59 mg/dL na admissão]). O renograma com DTPA mostrou uma função diferencial de 38.9% para o rim esquerdo (tratado) e de 61.1% para o rim direito.

Conclusões: As intervenções por via percutânea, tromboaspiração e trombólise intra-arterial, tendo em conta a sua menor invasividade, morbilidade e mortalida-de, assumem-se como terapêuticas de primeira linha e mostram-se efetivas no tratamento agudo da embolia da artéria renal. A suspeita diagnóstica, o tempo de evolução e a existên-cia de circulação colateral são factores fundamentais para o sucesso terapêutico.

PostersCirurgia Vascular

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po14po14 po15po15Luís Machado¹; Armando Abreu²; Isabel Vilaça¹; Paulo Pinho²; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular; 2 - Centro Hospitalar de S. João - Serviço Cirurgia Cardiotorácica

Sérgio Teixeira¹; Pedro Sá Pinto¹; João Gonçalves¹; Luís Loureiro¹; Tiago Loureiro¹; Diogo Silveira¹; Duarte Rego¹; Vitor Ferreira¹; Rui Almeida¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas verdadeiros do tronco braquiocefálico são raros, representam apenas 3% de todos os aneurismas dos troncos supra aórticos, sendo a maioria ateroscleróticos

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de doente com um aneurisma do tronco braquicefálico do tipo B (classificação de Kieffer) com 3,2 cm de maior diâmetro, tratado cirurgicamente

Material e Métodos: Doente de 77 anos do sexo feminino. Antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia. Encaminhada para consulta de Cirurgia Vascular por massa pulsátil na região supra-clavicular direita. Ao exame objetivo apresentava massa pulsátil e expansível na região supraclavicular à direita, pulso radial e cubital palpáveis e simétricos. Doente assintomática, sem défices neurológicos, sem história de traumatismo torácico. Realizou ecoDoppler que revelou um aneurisma do tronco braquiocefálico com cerca de 3,2 cm de diâmetro. Para melhor caracterização realizou Angio-Tc que confirmou o aneurisma do tronco braquiocefálico com origem no arco aórtico, artéria subclávia ectasiada e kinking da artéria carótida comum direita.

Introdução: A embolia da artéria renal é um aconteci-mento raro, condicionando um elevado risco de hiperten-são arterial e de perda renal. O seu tratamento cirúrgico aberto, embora eficaz, está associado a uma morbilidade e a uma mortalidade significativas. O tempo de oclusão completa da artéria renal está associado, de forma inversa, com a capacidade de recuperação da função renal.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de embolia da artéria renal tratada através de tromboaspiração e trombólise intra-arterial.

Material e Métodos: Caso clínico: Indivíduo do sexo masculino, 60 anos, portador de pacemaker cardíaco e com antecedentes de comunicação interauricular tratada cirurgicamente.Após período de interrupção da hipocoagulação oral, para realização de cirurgia dentária, iniciou quadro de dor abdominal, de início abrupto e constante, e vómitos, tendo recorrido ao Serviço de Urgência. Realizou TC abdominal que revelou a presença de uma oclusão da

ANEURISMA DO TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO – CASO CLÍNICO

EMBOLIA DA ARTÉRIA RENAL: TROMBOASPIRAÇÃO E TROMBÓLISE INTRA-ARTERIAL – UM CASO DE SUCESSO

Palavras-chave: Tronco braquiocefálico, Aneurisma Palavras-chave: Embolia renal, tromboaspiração, trombólise

Notas NotasNotas Notas

9392

Resultados: Doente foi submetida a correção cirúrgica do aneurisma, por esternotomia mediana e abordagem supraclavicular. O controlo arterial foi obtido por clampa-gem parcial da aorta torácica ascendente e da artéria carótida comum e subclávia direita distalmente ao aneurisma. Foi realizado um bypass aorta ascendente-carótido-subclávio direito com prótese bifurcada de Dacron® 16x8mm, com laqueação proximal e distal do aneurisma. Não foi necessário bypass cardiopulmonar, hipotermia ou shunt local. Doente sem défices neurológi-cos no período pós-operatório, teve alta ao 6º dia de pós-operatório. Encontra-se assintomática, tendo realizado angio-TC de controlo aos 3 meses, que mostrou completa exclusão do aneurisma, que se encontrava trombosado, com permeabilidade da prótese, sem evidências de compressão ou kinking.

Conclusões: O tratamento destes aneurismas está recomendado quando são sintomáticos ou nos assinto-máticos com diâmetro superior a 3 cm, de forma a evitar a história natural que leva à ocorrência de rutura, fenôme-nos compressivos das estruturas adjacentes ou trombo-embólicos para a circulação cerebral ou periférica.

artéria renal esquerda, sugestiva de embolia, com sinais de enfarte do rim ipsilateral. Submetido, 36 horas após o início da clínica descrita, a recanalização da artéria renal esquerda, por recurso à tromboaspiração percutânea e à trombólise intra-arterial, com recuperação da árvore arterial renal.

Resultados: No período de seguimento, verificou-se uma diminuição da creatinina plasmática (1,06 mg/dL, [1.59 mg/dL na admissão]). O renograma com DTPA mostrou uma função diferencial de 38.9% para o rim esquerdo (tratado) e de 61.1% para o rim direito.

Conclusões: As intervenções por via percutânea, tromboaspiração e trombólise intra-arterial, tendo em conta a sua menor invasividade, morbilidade e mortalida-de, assumem-se como terapêuticas de primeira linha e mostram-se efetivas no tratamento agudo da embolia da artéria renal. A suspeita diagnóstica, o tempo de evolução e a existên-cia de circulação colateral são factores fundamentais para o sucesso terapêutico.

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po16po16 po17po17Ricardo Castro-Ferreira¹; Paulo Gonçalves-Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; Dalila Rolim¹; José Fernando Teixeira¹1 - Hospital São João

J. Pereira Albino¹; Pedro Amorim¹; João Vieira¹1 - Unidade de Cirurgia Vascular do H. dos Lusíadas HPPSaúde – Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas ilíacos isolados são extremamente raros, compreendendo menos de 1% do total de reparações de aneurismas abdominais. Tipicamente envolvem a AIC e são bilaterais em 50% dos casos. Na maioria das situações são diagnosticados de forma incidental, tendo indicação cirúrgica para diâme-tros superiores a 3,5 cm.Objectivos Apresentar um caso clínico de correcção de aneurisma isolado de artéria ilíaca comum, com prévia embolização da artéria ilíaca interna por coils

Material e Métodos: História Clínica

Resultados: Caso Clínico - Doente 69 anos, com antecedentes de doença de Crohn, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e cardiopatia isquémica, internado por hemorragia digestiva baixa (HDB). No contexto do estudo da HDB, foi detetado, por angio-TC, um aneurisma isolado de 6,6 cm da artéria ilíaca comum esquerda. Face à impossibilidade anatómica para correcção endovascular isolada do aneurisma, foi decidida cirurgia abertaTratan-do-se de um doente politransfundido com HDB grave, e no

Introdução: Habitualmente no estudo dos defeitos vasculares congénitos é fundamental a distinção entre tumores e malformações vasculares. Os tumores tende a aparecer á nascença e a involuirem com a idade, enquanto as malformações vasculares têm, normalmente, um percurso inverso. Estas podem ser de origem capilar, venosa, arterio venosa e linfática podendo também apresentar quadros mistos. Na literatura, contudo, raramente se associam as duas situações.

Material e Métodos: Os autores descrevem dois casos, um de linfedema congénito do membro inferior esquerdo por hipoplasia linfática , numa mulher de 46 anos,a quem concomitantemente foi diagnosticada a existência de dois

EMBOLIZAÇÃO DA ARTÉRIA ILÍACA INTERNA PRÉVIA A CIRURGIA ABERTA DE EXCLUSÃO DE ANEURISMA ISOLADO DA ARTÉRIA ILÍACA COMUM: UMA INTERVENÇÃO PERTINENTE

HEMANGIOMAS E MALFORMAÇÕES VASCULARES. QUADROS NDEPENDENTES MAS POR VEZES ASSOCIADOS

Palavras-chave: Aneurisma Isolado da Artéria Ilíaca Comum, Embolização Artéria Ilíaca Interna, Cirurgia Aberta

Notas NotasNotas Notas

9594

sentido de minimizar o risco de perda sanguínea durante a cirurgia, foi efetuada embolização com coils da artéria ilíaca interna (punção femoral direita retrógrada, com crossover). Posteriormente o doente doi operado com abordagem retroperitoneal, aneurismectomia e enxerto de interposição da artéria ilíaca comum (AIC) para a artéria ilíaca externa (AIE) com prótese Dacron de 8mm. Decorreu sem complicações e com perda hemática desprezável. O doente teve alta ao 5º dia pós-operatório.

Conclusões: Face à exigência técnica da cirurgia aberta e ao elevado risco de complicações hemorrágicas, o tratamento preferencial é a exclusão endovascular do aneurisma, estando a cirurgia aberta reservada para os casos de impossibilidade anatómica da correcção endovascular pura. A embolização da artéria ilíaca interna previamente à exclusão endovascular de aneurismas aorto-ilíacos está bem descrita. Contudo, o seu uso como forma de diminuir o risco hemorrágico na exclusão aneurismática por cirurgia aberta foi raramente relatado, afigurando-se como uma intervenção útil e aliciante em casos devidamente selecionados.

hemangiomas cerebrais, que foram objecto de tratamento neurocirúrgico. Apesar de esta situação ser congénita somente originou um quadro de cefaleias na idade adulta. O outro caso é de uma criança de 3 anos de idade com um síndrome de Klippel Trenaunay (malformação capilar venosa e linfática) do membro inferior direito, a que se associou um volumoso hemangioma do joelho, do mesmo membro, que foi objecto de tratamento com propanolol e recessão cirúrgica

Conclusões: Assim, apesar de na maioria das vezes os tumores vasculares serem entidades distintas das malformações, eles podem aparecer conjuntamente, o que coloca problemas de diagnostico e tratamento complexos.

PostersCirurgia Vascular

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Page 97: Programa Final B - Skyros Congressos

po16po16 po17po17Ricardo Castro-Ferreira¹; Paulo Gonçalves-Dias¹; Sérgio Moreira Sampaio¹; Dalila Rolim¹; José Fernando Teixeira¹1 - Hospital São João

J. Pereira Albino¹; Pedro Amorim¹; João Vieira¹1 - Unidade de Cirurgia Vascular do H. dos Lusíadas HPPSaúde – Lisboa

Sala B Sala B

Introdução: Os aneurismas ilíacos isolados são extremamente raros, compreendendo menos de 1% do total de reparações de aneurismas abdominais. Tipicamente envolvem a AIC e são bilaterais em 50% dos casos. Na maioria das situações são diagnosticados de forma incidental, tendo indicação cirúrgica para diâme-tros superiores a 3,5 cm.Objectivos Apresentar um caso clínico de correcção de aneurisma isolado de artéria ilíaca comum, com prévia embolização da artéria ilíaca interna por coils

Material e Métodos: História Clínica

Resultados: Caso Clínico - Doente 69 anos, com antecedentes de doença de Crohn, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e cardiopatia isquémica, internado por hemorragia digestiva baixa (HDB). No contexto do estudo da HDB, foi detetado, por angio-TC, um aneurisma isolado de 6,6 cm da artéria ilíaca comum esquerda. Face à impossibilidade anatómica para correcção endovascular isolada do aneurisma, foi decidida cirurgia abertaTratan-do-se de um doente politransfundido com HDB grave, e no

Introdução: Habitualmente no estudo dos defeitos vasculares congénitos é fundamental a distinção entre tumores e malformações vasculares. Os tumores tende a aparecer á nascença e a involuirem com a idade, enquanto as malformações vasculares têm, normalmente, um percurso inverso. Estas podem ser de origem capilar, venosa, arterio venosa e linfática podendo também apresentar quadros mistos. Na literatura, contudo, raramente se associam as duas situações.

Material e Métodos: Os autores descrevem dois casos, um de linfedema congénito do membro inferior esquerdo por hipoplasia linfática , numa mulher de 46 anos,a quem concomitantemente foi diagnosticada a existência de dois

EMBOLIZAÇÃO DA ARTÉRIA ILÍACA INTERNA PRÉVIA A CIRURGIA ABERTA DE EXCLUSÃO DE ANEURISMA ISOLADO DA ARTÉRIA ILÍACA COMUM: UMA INTERVENÇÃO PERTINENTE

HEMANGIOMAS E MALFORMAÇÕES VASCULARES. QUADROS NDEPENDENTES MAS POR VEZES ASSOCIADOS

Palavras-chave: Aneurisma Isolado da Artéria Ilíaca Comum, Embolização Artéria Ilíaca Interna, Cirurgia Aberta

Notas NotasNotas Notas

9594

sentido de minimizar o risco de perda sanguínea durante a cirurgia, foi efetuada embolização com coils da artéria ilíaca interna (punção femoral direita retrógrada, com crossover). Posteriormente o doente doi operado com abordagem retroperitoneal, aneurismectomia e enxerto de interposição da artéria ilíaca comum (AIC) para a artéria ilíaca externa (AIE) com prótese Dacron de 8mm. Decorreu sem complicações e com perda hemática desprezável. O doente teve alta ao 5º dia pós-operatório.

Conclusões: Face à exigência técnica da cirurgia aberta e ao elevado risco de complicações hemorrágicas, o tratamento preferencial é a exclusão endovascular do aneurisma, estando a cirurgia aberta reservada para os casos de impossibilidade anatómica da correcção endovascular pura. A embolização da artéria ilíaca interna previamente à exclusão endovascular de aneurismas aorto-ilíacos está bem descrita. Contudo, o seu uso como forma de diminuir o risco hemorrágico na exclusão aneurismática por cirurgia aberta foi raramente relatado, afigurando-se como uma intervenção útil e aliciante em casos devidamente selecionados.

hemangiomas cerebrais, que foram objecto de tratamento neurocirúrgico. Apesar de esta situação ser congénita somente originou um quadro de cefaleias na idade adulta. O outro caso é de uma criança de 3 anos de idade com um síndrome de Klippel Trenaunay (malformação capilar venosa e linfática) do membro inferior direito, a que se associou um volumoso hemangioma do joelho, do mesmo membro, que foi objecto de tratamento com propanolol e recessão cirúrgica

Conclusões: Assim, apesar de na maioria das vezes os tumores vasculares serem entidades distintas das malformações, eles podem aparecer conjuntamente, o que coloca problemas de diagnostico e tratamento complexos.

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Page 98: Programa Final B - Skyros Congressos

po18po18 po19po19Mário Vieira¹; João Rocha Neves¹; Ana Ferreira¹; Pedro Paz Dias¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de São João, EPE

Mário Vieira¹; João Rocha Neves¹; Pedro Paz Dias¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de São João, EPE

Sala B Sala B

Introdução: Apresentação de um caso clinico de isquemia aguda de grau IIb (Rutherford), submetida a trombectomia adjuvante de aspiração manual pré-stenting, realçando as opções terapêutica, técnica e resultados

Material e Métodos: Doente de 73 anos, cronicamente hipocoagulada por fibrilação auricular com níveis terapêuticos, diabética, hipertensa, dislipidémica, com história de insuficiência cardíaca por valvulopatia e claudicação intermitente dos membros inferiores do tipo IIa (Leriche-Fontaine), foi observada no serviço de urgência por quadro de isquemia aguda do tipo IIb com 2h de evolução, do membro inferior esquerdo. O exame objectivo revelava presença de pulso femoral, sem pulsos pópliteo-distais bilateralmente. A poplítea e tibial posterior esquerda, único eixo distal, apresentava fluxometria monofásica. Foi submetido a angiografia urgente pela dúvida etiológica de trombose/embolia, tendo revelado sinais de trombose aguda do terço proximal da artéria femoral superficial esquerda, com doença aterosclerótica disseminada. Na sequência do exame, desenvolveu quadro de edema agudo do pulmão, pelo que foi suspenso procedimento e iniciada perfusão titulada de heparina, com cuidados diferenciados em unida intensiva. Às 48h, após estabilização cardio-respiratória e sob heparina em perfusão, foi submetida

Introdução: Apresentação de um caso clinico de fístula aorto-entérica secundária gigante, com foco principal nas dificuldades diagnósticas, achados operatórios e resultados.

Material e Métodos: Doente de 50 anos, sexo masculino, com antecedentes de Diabetes Mellitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e doença arterial periférica, submetido a bypass aorto-bifemoral aos 40 anos por claudicação intermitente do membro inferior direito. Deu entrada no serviço de urgência em Março de 2013 por quadro de dor abdominal com envolvimento lombar direito e claudicação intermitente à direita de longa evolução. Ao exame físico, não apresentava pulsos femorais, confirmada a oclusão de bypass em Angio-TC, que demonstrou igualmente liquido periprótese, sugerindo infecção de prótese, situação excluída inicialmente por endoscopia digestiva alta sob anestesia e leukoscan. Regressou novamente 10 dias após por quadro de febre e dor abdominal, sem hemorragia digestiva, com elevação da PCR e leucocitose, mantendo os achados no Angio-TC. O doente foi proposto para remoção de prótese por diagnóstico provável de infecção intracavitária de prótese aorto-bifemoral.

TROMBECTOMIA POR ASPIRAÇÃO MANUAL EM ISQUEMIA AGUDA DE GRAU IIB: PASSADO OU PRESENTE?

DESAFIO DIAGNÓSTICO EM FISTULA AORTO-ENTÉRICA SECUNDÁRIA GIGANTE

Palavras-chave: Trombectomia por aspiração manual, Isquemia aguda Palavras-chave: Fistula aorto-entérica, Diagnóstico deferencial

Notas NotasNotas Notas

9796

com sucesso a trombectomia de aspiração manual com cateter 7F, que revelou placa de aterosclerose dissecada no local do trombo, corrigida com stent auto-expansível.

Resultados: Ocorreu reversão total dos sintomas e do quadro isquémico de entrada no pós-procedimento imediato. Observou-se diminuição progressiva dos marcadores de rabdomiólise. A angiografia final demons-trou permeabilidade femoral superficial e doença aterosclerótica poplíteo-distal, em consonância com história inicial e exame físico. A doente teve alta ao 6º dia sem queixas, com boa perfusão distal, sem complicações cardio- respiratórias.

Conclusões: Sendo historicamente um dos primeiros métodos de trombectomia, a aspiração manual apresenta uma alternativa rápida e eficaz na tromboembolia oclusiva das artérias dos membros inferiores, especial-mente em casos de isquemia aguda de grau IIb, com risco de perda do membro. O seu valor como terapêutica adjuvante aumenta nos casos de isquemia com evolução rápida e/ou elevado risco hemorrágico, onde a trombólise não é recomendada. Um estudo recente de 2010 revela uma taxa de sucesso técnico de 88%, com um intervalo livre de amputação de 93% no primeiro ano, levantando a questão do lugar actual desta técnica no arsenal terapêu-tica endovascular: passado ou presente?

Resultados: Foi efectuada a construção de bypass axilo-bifemoral síncrono, remoção de prótese de Dacron com manutenção da permeabilidade aórtica por sutura directa, identificação de fístula aorto-duodenal com 5cm de diâmetro com duodenectomia segmentar com duodeno-jejunostomia. Apresentou oclusão aguda de bypass com necessidade de trombectomia, assim como fistula entero-cutânea da anastomose duodenal, corrigida por tratamento conservador. O estudo microbiológico revelou infecção por Proteus mirabilis e Candida albicans no líquido peri-prótese, assim como bacteriémia a Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Candida albicans. Teve alta assintomático e apirético ao 50º dia, após antibioticoterapia sistémica, sem complicações arteriais e gastrointestinais.

Conclusões: Sendo actualmente um dos maiores desafios cirúrgicos vasculares, com elevada taxa de morbimortalida-de, as fístulas aorto-entéricas secundárias podem apresen-tar quadro clínico indolente com ténue tradução analítico-imagiológica. Assim, é necessário alto grau de suspeição clinico-diagnóstica, de forma a proceder ao tratamento precoce, evitando a progressão intracavitária da infecção, situação que comprovadamente aumenta a mortalidade e morbilidade associada à doença e ao tratamento.

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Page 99: Programa Final B - Skyros Congressos

po18po18 po19po19Mário Vieira¹; João Rocha Neves¹; Ana Ferreira¹; Pedro Paz Dias¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de São João, EPE

Mário Vieira¹; João Rocha Neves¹; Pedro Paz Dias¹; José Teixeira¹1 - Centro Hospitalar de São João, EPE

Sala B Sala B

Introdução: Apresentação de um caso clinico de isquemia aguda de grau IIb (Rutherford), submetida a trombectomia adjuvante de aspiração manual pré-stenting, realçando as opções terapêutica, técnica e resultados

Material e Métodos: Doente de 73 anos, cronicamente hipocoagulada por fibrilação auricular com níveis terapêuticos, diabética, hipertensa, dislipidémica, com história de insuficiência cardíaca por valvulopatia e claudicação intermitente dos membros inferiores do tipo IIa (Leriche-Fontaine), foi observada no serviço de urgência por quadro de isquemia aguda do tipo IIb com 2h de evolução, do membro inferior esquerdo. O exame objectivo revelava presença de pulso femoral, sem pulsos pópliteo-distais bilateralmente. A poplítea e tibial posterior esquerda, único eixo distal, apresentava fluxometria monofásica. Foi submetido a angiografia urgente pela dúvida etiológica de trombose/embolia, tendo revelado sinais de trombose aguda do terço proximal da artéria femoral superficial esquerda, com doença aterosclerótica disseminada. Na sequência do exame, desenvolveu quadro de edema agudo do pulmão, pelo que foi suspenso procedimento e iniciada perfusão titulada de heparina, com cuidados diferenciados em unida intensiva. Às 48h, após estabilização cardio-respiratória e sob heparina em perfusão, foi submetida

Introdução: Apresentação de um caso clinico de fístula aorto-entérica secundária gigante, com foco principal nas dificuldades diagnósticas, achados operatórios e resultados.

Material e Métodos: Doente de 50 anos, sexo masculino, com antecedentes de Diabetes Mellitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e doença arterial periférica, submetido a bypass aorto-bifemoral aos 40 anos por claudicação intermitente do membro inferior direito. Deu entrada no serviço de urgência em Março de 2013 por quadro de dor abdominal com envolvimento lombar direito e claudicação intermitente à direita de longa evolução. Ao exame físico, não apresentava pulsos femorais, confirmada a oclusão de bypass em Angio-TC, que demonstrou igualmente liquido periprótese, sugerindo infecção de prótese, situação excluída inicialmente por endoscopia digestiva alta sob anestesia e leukoscan. Regressou novamente 10 dias após por quadro de febre e dor abdominal, sem hemorragia digestiva, com elevação da PCR e leucocitose, mantendo os achados no Angio-TC. O doente foi proposto para remoção de prótese por diagnóstico provável de infecção intracavitária de prótese aorto-bifemoral.

TROMBECTOMIA POR ASPIRAÇÃO MANUAL EM ISQUEMIA AGUDA DE GRAU IIB: PASSADO OU PRESENTE?

DESAFIO DIAGNÓSTICO EM FISTULA AORTO-ENTÉRICA SECUNDÁRIA GIGANTE

Palavras-chave: Trombectomia por aspiração manual, Isquemia aguda Palavras-chave: Fistula aorto-entérica, Diagnóstico deferencial

Notas NotasNotas Notas

9796

com sucesso a trombectomia de aspiração manual com cateter 7F, que revelou placa de aterosclerose dissecada no local do trombo, corrigida com stent auto-expansível.

Resultados: Ocorreu reversão total dos sintomas e do quadro isquémico de entrada no pós-procedimento imediato. Observou-se diminuição progressiva dos marcadores de rabdomiólise. A angiografia final demons-trou permeabilidade femoral superficial e doença aterosclerótica poplíteo-distal, em consonância com história inicial e exame físico. A doente teve alta ao 6º dia sem queixas, com boa perfusão distal, sem complicações cardio- respiratórias.

Conclusões: Sendo historicamente um dos primeiros métodos de trombectomia, a aspiração manual apresenta uma alternativa rápida e eficaz na tromboembolia oclusiva das artérias dos membros inferiores, especial-mente em casos de isquemia aguda de grau IIb, com risco de perda do membro. O seu valor como terapêutica adjuvante aumenta nos casos de isquemia com evolução rápida e/ou elevado risco hemorrágico, onde a trombólise não é recomendada. Um estudo recente de 2010 revela uma taxa de sucesso técnico de 88%, com um intervalo livre de amputação de 93% no primeiro ano, levantando a questão do lugar actual desta técnica no arsenal terapêu-tica endovascular: passado ou presente?

Resultados: Foi efectuada a construção de bypass axilo-bifemoral síncrono, remoção de prótese de Dacron com manutenção da permeabilidade aórtica por sutura directa, identificação de fístula aorto-duodenal com 5cm de diâmetro com duodenectomia segmentar com duodeno-jejunostomia. Apresentou oclusão aguda de bypass com necessidade de trombectomia, assim como fistula entero-cutânea da anastomose duodenal, corrigida por tratamento conservador. O estudo microbiológico revelou infecção por Proteus mirabilis e Candida albicans no líquido peri-prótese, assim como bacteriémia a Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Candida albicans. Teve alta assintomático e apirético ao 50º dia, após antibioticoterapia sistémica, sem complicações arteriais e gastrointestinais.

Conclusões: Sendo actualmente um dos maiores desafios cirúrgicos vasculares, com elevada taxa de morbimortalida-de, as fístulas aorto-entéricas secundárias podem apresen-tar quadro clínico indolente com ténue tradução analítico-imagiológica. Assim, é necessário alto grau de suspeição clinico-diagnóstica, de forma a proceder ao tratamento precoce, evitando a progressão intracavitária da infecção, situação que comprovadamente aumenta a mortalidade e morbilidade associada à doença e ao tratamento.

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Page 100: Programa Final B - Skyros Congressos

po20po20 po21po21J. Pereira Albino¹1 - Unidade de Cirurgia Vascular do H. Lusíadas - HPPSaúde Lisboa

Dalila Rolim¹; Luís Machado¹; Fernando Ramos¹; Susana Domingues¹; Sérgio Sampaio¹; José Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João

Sala B Sala B

Introdução: O autor introduziu em Portugal a técnica de radiofrequência e tem-se interessado nos últimos anos pelos vários dispositivos endovasculares para tratamento das varizes dos membros inferiores. Apesar de não ter uma larga experiência na técnica da ablação mecânico-química da veia safena (Clarivein), considera que os resultados que obteve até ao momento permitem que faça alguns considerandos sobre o dispositivo em causa.

Objectivos: Trata-se de, sem dúvida, um avanço terapêutico importante no tratamento das varizes tronculares, com a possibilidade de todo o procedimento ser facilmente efectuado com anestesia local, com um controlo muito satisfatório no pré, durante e no pós ablação do vaso lesado, dado que não existe a necessida-de de anestesia de tumescência. O uso de introdutores de baixo calibre permite também tratar veias insuficientes de diminutas dimensões, o que muitas vezes se torna

Introdução: A fístula aorto-entérica é uma comunicação anormal entre o lúmen aórtico e o interior do tracto gastrointestinal. A fístula aorto-entérica primária é uma situação extremamente rara e frequentemente fatal.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de um doente com fístula aorto-entérica primária tratada cirurgicamente com posterior revascularização extra- anatómica.

Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 68 anos. Antecedentes tabagismo, dislipidemia, hepatite vírica, patologia hemorroidária e apendicectomia. Internado noutra instituição por hemorragia digestiva baixa e anemia em estudo. Onze dias depois, foi transferido para Cirurgia Vascular no contexto de agravamento de isquemia do membro inferior esquerdo. Os exames endoscópicos realizados previamente não foram esclarecedores quanto ao local de hemorragia. No 2º dia de internamento no nosso hospital, por apresentar melenas abundantes com repercussão hemodinâmica, realizou endoscopia digestiva alta, na Sala de Emergência, que foi inconclusiva. Realizou angio-TC abdomino-pélvico que revelou a presença de “zona de contacto de um aneurisma sacular (36mm de diâmetro máximo) com a parede duodenal, sem aparente plano de clivagem” e “alterações de espessamento parietal do intestino que se deve provavelmente a fenómenos isquémicos/hemorrágicos difusos”.

ABLAÇÃO MECÂNICO-QUÍMICA DA VEIA SAFENA (CLARIVEIN). UMA TÉCNICA DE FUTURO? ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PESSOAIS.

FÍSTULA AORTO-ENTÉRICA PRIMÁRIA – CASO CLÍNICO

Notas NotasNotas Notas

9998

difícil com o uso das técnicas térmicas. Contudo, tem a desvantagem de não ser possível correctamente adminis-trar a mesma dose de esclerosante em todos os segmen-tos da veia tratada, assim como a quantidade de esclero-sante normalmente utilizada só permitir que um sector venoso seja excluído. Apesar da avaliação a curto prazo ser muito promissora ainda é necessário esperar alguns anos para obtenção de resultados definitivos

Material e Métodos: O autor apresenta a sua técnica pessoal de tratar vários sectores venosos utilizando este procedimento, tentando assim ultrapassar muitas das dificuldades apontadas

Conclusões: Em sua opinião, se os resultados a longo prazo da ablação mecânico-química forem tão promisso-res como os obtidos até agora,esta técnica estará muito perto da ideal para o tratamento da maioria das varizes tronculares.

Resultados: O doente foi submetido a correcção de fístula aorto-duodenal e revascularização extra-anatómica. Após controlo e laqueação da aorta infra-renal e artérias ilíacas comuns procedeu-se à separação da aorta do duodeno constatando-se perfuração duodenal contida, na face posterior de D4, rafiada. Realizada jejunostomia. De seguida, construiu-se um bypass axilo E - femoral comum esquerda e bypass cruzado da prótese do axilo- unifemoral à artéria femoral comum direita, com PTFE. No dia seguinte, por oclusão de ramo bypass foi submetido a trombectomia e fasciotomi-as com sucesso, embora tendo vindo a apresentar, posteriormente, lesões isquémicas irreversíveis do membro inferior direito que motivaram amputação pela coxa. Durante o internamento na Unidade de Cuidados Intensivos permaneceu com disfunção multiorgânica persistente e, no 8º dia pós-operatório, foi diagnosticada colite isquémica recto- sigmoideia. Faleceu ao 10º dia pós-operatório.

Conclusões: A fístula aorto-entérica tem uma preva-lência baixa (0.4-0.07%) e uma taxa de mortalidade alta mesmo quando intervencionada (60-90%). Encontra-se entre as causas raras de hemorragia digestiva frequente-mente subdiagnosticada exigindo alto índice de suspeição clínica para o diagnóstico e tratamento atempados.

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Page 101: Programa Final B - Skyros Congressos

po20po20 po21po21J. Pereira Albino¹1 - Unidade de Cirurgia Vascular do H. Lusíadas - HPPSaúde Lisboa

Dalila Rolim¹; Luís Machado¹; Fernando Ramos¹; Susana Domingues¹; Sérgio Sampaio¹; José Teixeira¹1 - Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar de S. João

Sala B Sala B

Introdução: O autor introduziu em Portugal a técnica de radiofrequência e tem-se interessado nos últimos anos pelos vários dispositivos endovasculares para tratamento das varizes dos membros inferiores. Apesar de não ter uma larga experiência na técnica da ablação mecânico-química da veia safena (Clarivein), considera que os resultados que obteve até ao momento permitem que faça alguns considerandos sobre o dispositivo em causa.

Objectivos: Trata-se de, sem dúvida, um avanço terapêutico importante no tratamento das varizes tronculares, com a possibilidade de todo o procedimento ser facilmente efectuado com anestesia local, com um controlo muito satisfatório no pré, durante e no pós ablação do vaso lesado, dado que não existe a necessida-de de anestesia de tumescência. O uso de introdutores de baixo calibre permite também tratar veias insuficientes de diminutas dimensões, o que muitas vezes se torna

Introdução: A fístula aorto-entérica é uma comunicação anormal entre o lúmen aórtico e o interior do tracto gastrointestinal. A fístula aorto-entérica primária é uma situação extremamente rara e frequentemente fatal.

Objectivos: Apresentação de um caso clínico de um doente com fístula aorto-entérica primária tratada cirurgicamente com posterior revascularização extra- anatómica.

Material e Métodos: Doente do sexo masculino de 68 anos. Antecedentes tabagismo, dislipidemia, hepatite vírica, patologia hemorroidária e apendicectomia. Internado noutra instituição por hemorragia digestiva baixa e anemia em estudo. Onze dias depois, foi transferido para Cirurgia Vascular no contexto de agravamento de isquemia do membro inferior esquerdo. Os exames endoscópicos realizados previamente não foram esclarecedores quanto ao local de hemorragia. No 2º dia de internamento no nosso hospital, por apresentar melenas abundantes com repercussão hemodinâmica, realizou endoscopia digestiva alta, na Sala de Emergência, que foi inconclusiva. Realizou angio-TC abdomino-pélvico que revelou a presença de “zona de contacto de um aneurisma sacular (36mm de diâmetro máximo) com a parede duodenal, sem aparente plano de clivagem” e “alterações de espessamento parietal do intestino que se deve provavelmente a fenómenos isquémicos/hemorrágicos difusos”.

ABLAÇÃO MECÂNICO-QUÍMICA DA VEIA SAFENA (CLARIVEIN). UMA TÉCNICA DE FUTURO? ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PESSOAIS.

FÍSTULA AORTO-ENTÉRICA PRIMÁRIA – CASO CLÍNICO

Notas NotasNotas Notas

9998

difícil com o uso das técnicas térmicas. Contudo, tem a desvantagem de não ser possível correctamente adminis-trar a mesma dose de esclerosante em todos os segmen-tos da veia tratada, assim como a quantidade de esclero-sante normalmente utilizada só permitir que um sector venoso seja excluído. Apesar da avaliação a curto prazo ser muito promissora ainda é necessário esperar alguns anos para obtenção de resultados definitivos

Material e Métodos: O autor apresenta a sua técnica pessoal de tratar vários sectores venosos utilizando este procedimento, tentando assim ultrapassar muitas das dificuldades apontadas

Conclusões: Em sua opinião, se os resultados a longo prazo da ablação mecânico-química forem tão promisso-res como os obtidos até agora,esta técnica estará muito perto da ideal para o tratamento da maioria das varizes tronculares.

Resultados: O doente foi submetido a correcção de fístula aorto-duodenal e revascularização extra-anatómica. Após controlo e laqueação da aorta infra-renal e artérias ilíacas comuns procedeu-se à separação da aorta do duodeno constatando-se perfuração duodenal contida, na face posterior de D4, rafiada. Realizada jejunostomia. De seguida, construiu-se um bypass axilo E - femoral comum esquerda e bypass cruzado da prótese do axilo- unifemoral à artéria femoral comum direita, com PTFE. No dia seguinte, por oclusão de ramo bypass foi submetido a trombectomia e fasciotomi-as com sucesso, embora tendo vindo a apresentar, posteriormente, lesões isquémicas irreversíveis do membro inferior direito que motivaram amputação pela coxa. Durante o internamento na Unidade de Cuidados Intensivos permaneceu com disfunção multiorgânica persistente e, no 8º dia pós-operatório, foi diagnosticada colite isquémica recto- sigmoideia. Faleceu ao 10º dia pós-operatório.

Conclusões: A fístula aorto-entérica tem uma preva-lência baixa (0.4-0.07%) e uma taxa de mortalidade alta mesmo quando intervencionada (60-90%). Encontra-se entre as causas raras de hemorragia digestiva frequente-mente subdiagnosticada exigindo alto índice de suspeição clínica para o diagnóstico e tratamento atempados.

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Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Fundada em 1984

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

CONDIÇÕES GERAISSECRETARIADO CIENTÍFICOSociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e VascularAv. da República, 34 1º - 1050-193 LisboaTef: 217957129 / Fax: 217957129

SECRETARIADO EXECUTIVOSKYROS-CONGRESSOSAv. Dr. Antunes Guimarães, 554 4100-074 PORTOTel. 22 616 5450 Fax: 22 618 9539E-mail: [email protected]: www.skyros-congressos.com

INSCRIÇÕES

Sócios SPCCTV*

Não Sócios

Enfermeiros / Técnicos

Estudantes

240€

340€

140€

100€

* É obrigatória a regularização das quotas da sociedade

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Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

REUNIÃO DA SPCCTV

Fundada em 1984

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular

CONDIÇÕES GERAISSECRETARIADO CIENTÍFICOSociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e VascularAv. da República, 34 1º - 1050-193 LisboaTef: 217957129 / Fax: 217957129

SECRETARIADO EXECUTIVOSKYROS-CONGRESSOSAv. Dr. Antunes Guimarães, 554 4100-074 PORTOTel. 22 616 5450 Fax: 22 618 9539E-mail: [email protected]: www.skyros-congressos.com

INSCRIÇÕES

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100€

* É obrigatória a regularização das quotas da sociedade

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Secretariado: SKYROS-CONGRESSOS

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