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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO DNIT NO ESTADO DE SANTA CATARINA
SERVIÇOS DE CORTE DE ÁRVORES DE ESPÉCIES
EXÓTICAS E ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL LENHOSO E
RESÍDUOS DE VEGETAÇÃO NA FAIXA DE DOMÍNIO DA BR-
470/SC
Rodovia: BR-470/SC
Trecho: Navegantes – Div. SC/RS
Subtrecho: Entr. SC-421 (p/ Ibirama) – Entr. SC-114(B) (Ponte Alta)
Segmento: Km 116+400 – km 199+600
Extensão: 83,20 km
Lote: Único
Código SNV: 470BSC0160 - 470BSC0180 (2014)
VOLUME 04 – ORÇAMENTO REFERENCIAL
DESONERADO
AGOSTO/2019
Volume 4 – Orçamento Referencial 2
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO DNIT NO ESTADO DE SANTA CATARINA
SERVIÇOS DE CORTE DE ÁRVORES DE ESPÉCIES
EXÓTICAS E ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL LENHOSO E
RESÍDUOS DE VEGETAÇÃO NA FAIXA DE DOMÍNIO DA BR-
470/SC
Rodovia: BR-470/SC
Trecho: Navegantes – Div. SC/RS
Subtrecho: Entr. SC-421 (p/ Ibirama) – Entr. SC-114(B) (Ponte Alta)
Segmento: Km 116+400 – km 199+600
Extensão: 83,20 km
Lote: Único
Código SNV: 470BSC0160 - 470BSC0180 (2014)
VOLUME 04 – ORÇAMENTO REFERENCIAL
DESONERADO
ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
SERVIÇO DE PLANEJAMENTO E PROJETOS –SPP/COENG/SRDNIT-SC
AGOSTO/2019
Volume 4 – Orçamento Referencial 3
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO E HISTÓRICO PROCESSUAL ........................................... 6
2. MAPA DE SITUAÇÃO ....................................................................................... 9
3. RESUMO DOS PREÇOS ................................................................................ 11
4. DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO ........................................................... 13
5. METODOLOGIA .............................................................................................. 16
5.1. Considerações Gerais ...................................................................................... 16
5.2. Procedimentos Adotados ................................................................................. 17
5.3. Critérios de Arredondamento ........................................................................... 18
5.4. Bonificação e Despesas Indiretas - BDI ........................................................... 18
5.5. Custo Unitário de Materiais .............................................................................. 20
5.6. Custo de Equipamentos ................................................................................... 21
5.7. Custo Unitário de Mão de Obra........................................................................ 22
5.8. Custos de Administração Local ........................................................................ 23
5.9. Instalação e Desinstalação do Canteiro de Obras ........................................... 28
5.10. Mobilização e Desmobilização de Pessoal e Equipamentos ........................... 32
5.11. Preços Novos ................................................................................................... 36
5.12. Outros Serviços ................................................................................................ 36
5.13. Operações de Transporte ................................................................................ 37
5.14. Quadro Resumo das Distâncias Médias de Transporte ................................... 47
5.15. Quadro de Densidades dos Materiais .............................................................. 47
5.16. FIC – Fator de Interferência de Chuva ............................................................. 47
5.17. FIT – Fator de Interferência de Tráfego ........................................................... 48
5.18. Custo Unitário do Serviço ................................................................................ 51
5.19. Custo Unitário de Referência ........................................................................... 52
5.19.1. Composições de Custos Unitários ................................................................... 52
5.20. Curva ABC de Serviços ................................................................................... 86
6. PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA ................................................................ 88
6.1. Cronograma físico-financeiro ........................................................................... 89
7. PESQUISA DE MERCADO ............................................................................. 91
8. ÍNDICES .......................................................................................................... 97
8.1. Índice Geral de Preços de Mercado IGP-M/FGV ............................................. 97
Volume 4 – Orçamento Referencial 4
9. TERMO DE ENCERRAMENTO ....................................................................... 99
Volume 4 – Orçamento Referencial 5
APRESENTAÇÃO E HISTÓRICO PROCESSUAL
Volume 4 – Orçamento Referencial 6
1. APRESENTAÇÃO E HISTÓRICO PROCESSUAL
Em 29/01/2018, a Unidade Local de Rio do Sul, por meio do memorando nº 5704
(Anexo 0509791 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97) solicitou à
Superintendência Regional do DNIT no Estado de Santa Catarina, a contratação de
empresa para supressão de árvores na rodovia BR-470/SC, tendo em vista, a
conclusão do Inventário Florestal e o extenso Relatório Fotográfico demostrando
árvores em risco de queda na faixa de domínio e expondo a segurança dos usuários
desta rodovia. Relatou, também, não haver contrato específico para supressão de
árvores e que o contrato do programa CREMA 2ª Etapa não possui meios para
suprimir o grande volume de árvores necessário.
Em 30/01/2018, o Superintendente Regional do DNIT no Estado de Santa Catarina,
através do despacho (Anexo 0511909 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-
97) solicitou à Coordenação de Engenharia - COENGE que providências fossem
realizadas acerca da solicitação acima.
Deste modo, o Coordenador de Engenharia, por intermédio do despacho (Anexo
0514274 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97) encaminhou a demanda
ao Serviço de Desapropriação e Meio Ambiente – SEMAB.
Após a autorização do IBAMA para supressão de vegetação de árvores exóticas,
apresentada no memorando nº 12990 (Anexo 0658852 do Processo Eletrônico nº
50616.00217/2018-97) datado de 1º de março de 2018, a SEMAB encaminhou à
COENG a autorização para supressão, o Inventário Florestal, Relatório Fotográfico,
entre outros documentos.
Em 08/03/2018, a COENGE, devolveu o Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-
97 à SEMAB, solicitando a elaboração do termo de referência com o objetivo de licitar
a obra.
O termo de referência, a planilha orçamentária, a proposta de preços e o cronograma
físico-financeiro foram elaborados pela SEMAB, com o apoio de outros setores desta
Superintendência e encaminhados à COENG, em 18/02/2019, para que fosse
possível prosseguir com o processo licitatório, conforme descrito no despacho (Anexo
2656331 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97).
Posterior a isso, o Coordenador de Engenharia, em 08 de abril de 2019, por meio do
despacho (Anexo 2963362 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97)
encaminhou o referido processo ao Serviço de Planejamento e Projetos – SPP, para
Volume 4 – Orçamento Referencial 7
análise do orçamento e se necessário envio à Coordenação-Geral de Custos de
Infraestrutura – CGCIT.
Dado o comando, este Serviço de Planejamento e Projetos procedeu os trabalhos
requisitados, porém algumas inconsistências foram verificadas e por intermédio do
despacho (Anexo 3221249 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97), datado
de 17/05/2019, algumas informações foram solicitadas a Unidade Local de Rio do Sul,
tais como: apresentação de planilha de quantidades incluindo os serviços de
sinalização, o cronograma físico dos serviços atualizado e o estudo de tráfego mais
recente com a informação do VMDA do trecho da obra.
Em atendimento ao despacho acima, a Unidade Local de Rio do Sul, através do
despacho (Anexo 3277000 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97), em 27
de maio de 2019, enviou as informações complementares.
Não havendo mais trâmites registrados no presente processo, este Serviço retomou
os trabalhos, procedendo com a elaboração do orçamento referencial para
contratação de empresa para supressão de árvores na rodovia BR-470/SC, na
modalidade Pregão Eletrônico, o qual foi submetido a análise de preços novos pela
Coordenação de Preços Novos – CPN/CGCIT.
Após Despacho (DNIT) CPN (3747045), emitido pela Coordenação de Preços Novos,
este Serviço de Planejamento e Projetos procedeu com as solicitações para
atendimento da Análise Técnica nº41-FGV/ 2019-CPN/CGCIT/DIREX (3746924).
Volume 4 – Orçamento Referencial 8
MAPA DE SITUAÇÃO
Volume 4 – Orçamento Referencial 9
2. MAPA DE SITUAÇÃO
Figura 1 - Mapa Fitogeográfico da Área do Inventário Florestal
Fonte: Inventário Florestal da Faixa de Domínio da BR-470, no segmento compreendido entre o Km
116+400 – Km 199+600.
Volume 4 – Orçamento Referencial 10
RESUMO DOS PREÇOS
Volume 4 – Orçamento Referencial 11
3. RESUMO DOS PREÇOS
Volume 4 – Orçamento Referencial 12
DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO
Volume 4 – Orçamento Referencial 13
4. DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO
Volume 4 – Orçamento Referencial 14
Volume 4 – Orçamento das Obras 15
METODOLOGIA
Volume 4 – Orçamento das Obras 16
5. METODOLOGIA
5.1. Considerações Gerais
Na elaboração do orçamento referencial da presente obra, foram adotadas as
premissas e instruções definidas pelo Manual de Custos de Infraestrutura de
Transportes do DNIT publicado no ano de 2017, estando em concordância com o novo
Sistema de Custos Referenciais de Obras - Sicro. O mês base do orçamento é outubro
de 2018 e a condição que se mostrou mais vantajosa ao erário público foi a
Desonerada. Foi utilizada a planilha Sicro publicada na página do DNIT na Internet
para o estado de Santa Catarina.
Dentre os normativos e instruções vigentes no DNIT, destacamos que as premissas
básicas e mais relevantes que pautaram a elaboração do orçamento, estão contidas
nos seguintes documentos:
Instrução de Serviço DG/DNIT nº 01/2019, Reajustamento de Preços;
Memorando Circular nº 1651/2018 - DIREX - Correção das Despesas
Financeiras nas Taxas Referenciais de BDI do SICRO;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 01 – Metodologia
e Conceitos;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 03 –
Equipamentos;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 06 – Fator de
Influência de Chuvas;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 07 – Canteiro de
Obras;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 08 –
Administração Local;
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 09 – Mobilização
e Desmobilização;
Memorando Circular nº 03/2016 – DIREX, de 2 de fevereiro de 2016;
Volume 4 – Orçamento das Obras 17
Memorando Circular nº 12/2012-DIREX - Aplicação de BDI Diferenciado, de 9
de março de 2012;
DNIT/IPR-726-2006 - Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos
rodoviários escopos básicos/ instruções de serviço;
DNIT/IPR-727-2006 - Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos
rodoviários instruções para apresentação de relatórios.
Manual de Sinalização do CONTRAN
5.2. Procedimentos Adotados
O processo de elaboração do orçamento referencial teve início através da
incorporação de quantitativos de serviços constantes na planilha de quantidades
disponibilizada na proposta de preços (Anexo 2656266 do Processo Eletrônico nº
50616.00217/2018-97) e complementada pelos quantitativos de sinalização de obras
(Anexo 3276939 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97).
A metodologia adotada foi a analítica ou determinística e pressupõe o conhecimento
de uma lista de serviços e quantidades, bem como a elaboração de composições de
custos unitários - CCU para cada serviço, preferencialmente, utilizando-se as
composições de referência constantes dos sistemas Sicro ou SINAPI.
Durante a elaboração foram identificados serviços cujas composições de custo não
constam nas tabelas referenciais dos sistemas citados. Nestes casos consideramo-
los Preços Novos conforme prescrito na Instrução de Serviço DG/DNIT nº 15/2006, e
as composições unitárias foram analisadas e homologadas pela CGCIT através da
Análise Técnica nº41-FGV/ 2019-CPN/CGCIT/DIREX (3746924).
Na estruturação e cálculo do orçamento estimativo da referida obra, foi utilizado o
programa Compor 90, versão 2019, da empresa Noventa Tecnologia da Informação
Ltda.
O quadro de Distâncias Médias de Transportes - DMT’s foi empregado conforme
consta no anexo 2 Orçamento (Anexo 2656192 do Processo Eletrônico nº
50616.00217/2018-97).
Volume 4 – Orçamento das Obras 18
5.3. Critérios de Arredondamento
Conforme o Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes do DNIT, as
composições de custos do SICRO são estruturadas em função de 3 (três) padrões de
formatação de algarismos, com casas decimais e números significativos distintos,
conforme apresentado a seguir:
5 (cinco) casas decimais após a vírgula: quantidade de equipamentos, de
mão de obra, de materiais, de atividades auxiliares, dos tempos fixos e dos momentos
de transporte;
4 (quatro) casas decimais após a vírgula: custos operacionais, custos horários
e custos unitários; e,
2 (duas) casas decimais após a vírgula: produção do serviço, utilização
produtiva/improdutiva dos equipamentos e custo final do serviço.
Nas operações matemáticas foi adotado o arredondamento convencional, conforme
a norma NBR 5891/2014, que preconiza:
quando o algarismo a ser considerado for seguido de algarismo inferior a 5,
permanece o algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores; e,
quando o algarismo a ser conservado for seguido de algarismo superior ou
igual a 5, soma-se uma unidade ao algarismo a ser conservado e retiram-se os
posteriores.
5.4. Bonificação e Despesas Indiretas - BDI
Conforme Memorando-Circular nº 1651/2018/DIREX/DNIT SEDE os BDI’s
apresentados no Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes – Volume 01
foram corrigidos e atualizados conforme valores de referência apresentados abaixo:
Volume 4 – Orçamento das Obras 19
Volume 4 – Orçamento das Obras 20
Deste modo, por se tratar de obra de conservação rodoviária, o BDI empregado no
orçamento referencial é o de 38,10%.
O Memorando-Circular nº 12/2012 - DIREX, de 09 de março de 2012, nos respectivos
itens a e b estabelece que:
“a) Para serviços não constantes do Sicro 2, onde o custo de referência
for por meio de cotações de custos de mercado, compostas de forma a
permitir a execução total do serviço, adotar-se-á obrigatoriamente o BDI
(Bonificação e Despesas Indiretas) diferenciado de 15,0% (quinze por
cento), por analogia ao percentual utilizado para aquisição de materiais
betuminosos (Portaria DNIT nº349, de 06 de março de 2010).
b) Para os serviços de transportes de materiais betuminosos, também por
analogia, adotar-se-á obrigatoriamente o BDI (Bonificação e Despesas
Indiretas) diferenciado de 15,0% (quinze por cento)”
5.5. Custo Unitário de Materiais
A boa prática na elaboração de orçamentos de infraestrutura, bem como as
orientações dos normativos e manuais vigentes no DNIT preveem que os insumos
básicos da obra, mais especificamente os materiais relevantes e integrantes de
serviços localizados na faixa “A” da Curva ABC do orçamento referencial devem ter
seus preços cotados na região da obra.
Além da cotação dos insumos presentes na Faixa “A” da Curva ABC, o Memorando-
Circular nº 218/2014/DIR traz a obrigatoriedade nas cotações de valores de aquisição
de insumos agregados pétreo e areia na região em que a obra está inserida acrescidas
do seu transporte. Devido ao fato das quantidades destes insumos serem de
poquíssima relevância neste tipo de obra, estes agregados não foram cotados.
Para os demais insumos, não menos importantes, adotou-se os valores de referência
divulgados na tabela "SC 10-2018 Relatório Sintético de Materiais" do Sicro, para o
Estado de Santa Catarina, com mês-base de outubro/2018, conforme apresentado a
seguir:
Volume 4 – Orçamento das Obras 21
5.6. Custo de Equipamentos
Conforme Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes do DNIT, os
equipamentos consistem no conjunto de máquinas, instrumentos ou aparelhos
necessários à produção de determinado bem ou à execução de determinado serviço.
O custo horário de um equipamento é definido por meio de seus custos horários de
propriedade, de manutenção e de operação.
O Sicro apresenta uma nova metodologia de cálculo do custo horário dos
equipamentos. As principais inovações desta metodologia referem-se à revisão dos
parâmetros de vida útil e de valor residual dos equipamentos e a inclusão de parcela
de oportunidade do capital no custo horário produtivo e dos custos de propriedade no
custo horário improdutivo dos equipamentos.
Para os custos horários de equipamentos, produtivos e improdutivos, adotados na
elaboração dos respectivos custos unitários utilizou-se os valores de referência
usados nos custos divulgados na tabela "SC 10-2018 Relatório Sintético de
Equipamentos" do Sicro, para o Estado de Santa Catarina, com mês-base de
outubro/2018, conforme apresentado abaixo.
Volume 4 – Orçamento das Obras 22
5.7. Custo Unitário de Mão de Obra
Conforme Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes do DNIT, a mão de obra
consiste no conjunto de trabalhadores envolvidos diretamente na execução de
determinado serviço ou na administração local. O custo desse insumo é obtido por
meio do salário do trabalhador acrescido dos encargos inerentes a cada categoria
profissional, expresso de forma horário ou mensal.
O custo de referência da mão de obra do Sicro consiste na análise e no tratamento da
base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do
Trabalho e Emprego (CAGED/MTE), respeitando-se os pisos advindos dos acordos e
convenções coletivas de trabalho celebrados entre sindicatos patronais e de
trabalhadores, preferencialmente da construção pesada. A nova metodologia permite
a apresentação de todos os custos associados à mão de obra, divididos em salários,
encargos sociais (Grupo A, B, C e D), encargos complementares (alimentação,
transporte, ferramentas, equipamentos de proteção individual - EPI e exames médicos
ocupacionais) e encargos adicionais, de forma individualizada, por categoria
profissional e por unidade da federação.
Para o cálculo dos custos horários de mão de obra utilizou-se os valores de referência
usados nos custos de salário-hora divulgados na tabela "SC 10-2018 Relatório
Sintético de Mão de Obra" do Sicro, para o Estado de Santa Catarina, com mês-base
de outubro/2018, conforme apresentado abaixo.
Volume 4 – Orçamento das Obras 23
5.8. Custos de Administração Local
A administração local compreende o conjunto de gastos com pessoal, materiais e
equipamentos incorridos pelo executor no local do empreendimento e indispensáveis
ao apoio e à condução da obra. É exercida normalmente por pessoal técnico e
administrativo, tais como: engenheiro supervisor, engenheiros setoriais, gestores
administrativos, equipes de medicina e segurança no trabalho, etc.
Além da gerência técnica e administrativa da obra, inclui-se na administração local as
equipes responsáveis pelo controle de produção das frentes de serviços, pelo controle
tecnológico da obra e pelos serviços gerais de apoio.
Para o desenvolvimento destas atividades de controle tecnológico e de produção
torna-se necessária a previsão de vagas para as seguintes categorias profissionais, a
saber: encarregados gerais, encarregados de turma, técnicos especializados,
auxiliares técnicos e administrativos, apontadores, motoristas e equipes de escritório.
As equipes de topografia e de laboratório também são imprescindíveis à
administração local e encontram-se vinculadas diretamente à obra. Já a mão de obra
ordinária, associada a execução direta dos serviços, encontra-se incluída nas
composições de custos dos serviços.
Volume 4 – Orçamento das Obras 24
Além dos custos referentes à mão de obra, a administração local deve ainda prever
uma série de despesas que ocorrem no andamento das obras e que são suportados
diretamente pelo executor, tais como: materiais de consumo e de expediente (cópias,
materiais de escritório, etc.), custos das concessionárias (água, esgoto, luz e energia),
comunicações (correios, telefonia e internet), aluguéis, segurança e vigilância e outras
despesas similares vinculadas às obras.
Volume 4 – Orçamento das Obras 25
Volume 4 – Orçamento das Obras 26
Consoante o estabelecimento desses conceitos, a mão de obra constituinte da
administração local pode ser dimensionada em função de parcelas classificadas por
suas atribuições no âmbito da obra, a saber:
A nova metodologia do Sicro proposta para o dimensionamento da administração local
estabelece a discricionariedade na aplicação dos seus conceitos, deste modo, e por
se tratar de uma obra de conservação rodoviária específica para a supressão de
árvores; adotou-se o seguinte nas parcelas:
Parcela fixa: não foi considerado engenheiro supervisor, conforme apresentado
no Memorando-Circular n°491/2018, devido ao mesmo, ainda que na
proporção de 0,25, se mostrar oneroso e dissociado do que ocorre na obra, não
refletindo a realidade nas unidades locais.
Parcela vinculada: adotou-se apenas 1 (um) encarregado de turma, que na
prática, acompanhará a execução de toda a obra. A média da distribuição de
mão de obra ao longo do cronograma não atinge o mínimo necessário de
empregados para se estabelecer uma equipe para o setor de medicina e
segurança do trabalho, portanto, esta equipe foi desconsiderada.
Parcela Variável: as equipes de frentes de serviço, bem como, as equipes para
controle tecnológico não foram consideradas devido ao porte da obra e a
natureza dos serviços. Já devido ao manejo florestal, principalmente no que
tange às áreas de supressão vegetal, se fez necessária, a inclusão de 1 (um)
técnico florestal vinculado aos serviços de corte de árvores.
Manutenção do canteiro de obras: não foi considerada esta parcela devido ao
canteiro de obras ser do tipo locação de imóvel e não necessitar deste tipo de
serviço. A modelagem do custo do canteiro, será demonstrado a seguir.
Volume 4 – Orçamento das Obras 27
Volume 4 – Orçamento Referencial 28
5.9. Instalação e Desinstalação do Canteiro de Obras
Os canteiros de obras são constituídos por áreas operacionais e edificações onde se
desenvolvem atividades ligadas diretamente à produção e por áreas de vivência
destinadas a suprir as necessidades básicas de higiene pessoal, descanso,
alimentação, ensino, saúde, lazer e convivência dos trabalhadores.
Dentre as edificações, estruturas e áreas ligadas diretamente à produção, podem ser
destacadas oficinas escritórios, almoxarifados, depósitos, usinas, centrais, postos de
abastecimento, estacionamentos, guaritas, entre outros.
Já as áreas de vivência são normalmente constituídas por instalações sanitárias,
vestiários, alojamentos, refeitórios, cozinhas, escolas, creches, ambulatórios e
espaços de esporte e lazer.
As obras de conservação rodoviária possuem a previsão das instalações dos
canteiros serem atendidas através de contêineres; no entanto, o Memorando-Circular
nº 491/2018, destaca que as premissas de formação de custos de referência em
função da previsão de contêineres não impedem que durante a elaboração de um
determinado orçamento referencial para contratação de serviços de conservação do
PATO ou do PROARTE sejam utilizadas outras formas, tais como o eventual
dimensionamento de áreas e consequente pesquisa local de preços para locação de
terrenos e edificações construídas, conforme procedimentos adotados em muitas
unidades locais e superintendências regionais.
Diante deste fato, e de forma análoga ao exposto anteriormente, entende-se que este
tipo de obra possa utilizar imóveis locais para acomodar o pessoal envolvido na obra.
Portanto, as áreas mínimas requeridas foram dimensionadas conforme estabelecido
na tabela 40, do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes - Volume 07 -
Canteiros de Obras utilizando as operações matemáticas para o cálculo da área de
algumas instalações necessárias e associadas diretamente em função do número de
funcionários estimados na obra.
Deste modo, calculou-se o espaço físico suficiente para acomodar mobiliários,
aparelhos, equipamentos e pessoas dispondo apenas das seguintes instalações:
Volume 4 – Orçamento Referencial 29
refeitório e cozinha, alojamentos, banheiros e vestiário, área de recreação e
residências.
O cálculo do custo do canteiro de obras é obtido através do emprego da seguinte
equação matemática:
onde:
CCO representa o custo total do canteiro de obras e de suas instalações
industriais;
k1 representa o fator de ajuste do padrão de construção (provisório ou
permanente);
k2 representa o fator de mobiliário;
k3 representa o fator de ajuste da distância do canteiro aos centros
fornecedores;
AC representa as áreas das edificações consideradas cobertas e com vedação
lateral;
FEAC representa os fatores de equivalência de áreas cobertas das instalações;
AD representa as áreas descobertas ou sem vedação lateral;
FEAD representa o fator de equivalência de áreas descobertas;
CII representa o custo específico das instalações industriais;
CMCC representa o custo médio da construção civil por metro quadrado,
calculado pelo IBGE e divulgado pelo SINAPI mensalmente e por unidade da
federação.
De acordo com o Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes - Volume
07 - Canteiros de Obras, em virtude de sua proposição em contêineres, os canteiros tipo
para conservação rodoviária e para algumas instalações industriais não estão sujeitos à
aplicação do fator de ajuste do padrão de construção (provisório e permanente). Desta
forma, o fator K1 foi retirado da operação.
De modo a simplificar a equação acima, desenvolveu-se a seguinte fórmula de
cálculo:
Volume 4 – Orçamento Referencial 30
CCO = [(K2 x K3 x ∑AC ) + ∑AD ] x CLI
onde:
CLI representa o custo de locação do imóvel.
O fator k2 (1,13) foi definido pela natureza e porte da obra (conservação rodoviária) e
o k3 (1,00) pela distância média ponderada da obra às cidades no entorno, que foi
definida através de um raio de 3,771km.
Com auxílio do software Compor 90 Versão 2019, a mão de obra ordinária vinculada
às composições unitárias foi extraída e de posse da mão de obra presente na
administração local foi possível dimensionar as áreas cobertas e descobertas
necessárias para este tipo de obra.
As áreas de vivência, cujo dimensionamento está relacionado ao quantitativo de
pessoal alocado na obra, foram dimensionadas seguindo as premissas da tabela 40,
do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes - Volume 07 - Canteiros de
Obras.
Já as áreas descobertas foram dimensionadas conforme Tabela 44 – Relação entre
as áreas cobertas edificadas e as áreas totais dos terrenos nos canteiros tipo das
obras de conservação rodoviária, demonstrada abaixo:
Abaixo, segue o resumo das áreas necessárias para o canteiro de obras:
Volume 4 – Orçamento Referencial 31
O custo de locação do imóvel foi obtido através de pesquisa de imóveis disponíveis
para locação na cidade de Rio do Sul, retroagido para o mês-base deste orçamento
referencial conforme demonstrado a seguir:
As pesquisas dos imóveis se encontram no item 7 – Pesquisa de Mercado.
Volume 4 – Orçamento Referencial 32
5.10. Mobilização e Desmobilização de Pessoal e Equipamentos
Os serviços de mobilização e desmobilização são definidos como o conjunto de
operações que o executor deve providenciar com intuito de transportar seus recursos,
em pessoal e equipamentos, até o local da obra, e fazê-los retornar ao seu ponto de
origem, ao término dos trabalhos.
A metodologia para definição dos custos para mobilização e desmobilização de
pessoal e equipamentos da obra foi desenvolvida por meio do estabelecimento das
seguintes considerações:
Todas as capitais das unidades da federação têm condições de fornecer mão
de obra e equipamentos para atender às necessidades da maioria das obras
de engenharia;
Serão mobilizados por transportadores especializados os equipamentos que
não puderem se deslocar pelos próprios meios;
As ferramentas e os equipamentos leves ou de pequeno porte, cujo peso
individual e formato permitem que sejam transportados, embarcados ou
rebocados, serão transportados em veículos transportadores autônomos da
frota mobilizada (que podem se deslocar pelos próprios meios);
Para todos os equipamentos embarcados na frota serão considerados os
custos de embarque e de desembarque;
Não serão consideradas improdutividades na mobilização ou desmobilização
dos equipamentos;
A cada mobilização corresponderá uma desmobilização. O cálculo do custo da
desmobilização será igual ao da mobilização.
O efetivo a ser mobilizado será composto por todos os profissionais especializados,
técnicos e operadores de equipamentos, bem como pela mão de obra não
especializada alojada.
O efetivo alojado será estabelecido em função da natureza dos serviços e da
disponibilidade local de mão de obra. No caso de impossibilidade de comprovação,
serão adotados os seguintes percentuais do efetivo para a condição alojada:
Obras rodoviárias e ferroviárias = 50%;
Obras aquaviárias e de barragens = 100%;
Demais obras = 50%.
Volume 4 – Orçamento Referencial 33
O deslocamento dos equipamentos, tanto para mobilização como para
desmobilização, poderá ser realizado por via terrestre, fluvial, marítima ou com a
utilização logística multimodal, recorrendo a cada modal em sub-trechos abertos ao
trânsito, de forma integrada e buscando sempre o menor custo de transporte.
Por via terrestre, o deslocamento dos equipamentos poderá ser realizado por rodovias
pavimentadas e estradas em revestimento primário ou em terreno natural, por
ferrovias, por hidrovias ou vias marítimas, utilizando, sempre que possível e viável, os
caminhões como primeira alternativa de transporte ou o cavalo mecânico com
reboque como segunda alternativa.
Quando houver necessidade de mais de um cavalo mecânico com reboque ou quando
o Peso Bruto Total - PBT exceder 57 toneladas tornar-se-á necessária a previsão de
utilização de veículo de escolta, em conformidade com as diretrizes preconizadas na
Resolução DNIT nº 02, de 27 de fevereiro de 2014.
Nos deslocamentos em rodovias, a cada quatro horas de percurso, será considerada
meia hora adicional de descanso remunerado para motoristas e ajudantes.
Os custos de mobilização da obra em tela foram definidos em função de composições
de custos de referência elaboradas para os diferentes veículos transportadores,
conforme expressão apresentada abaixo:
onde:
CMob representa o custo de mobilização;
DM representa a distância de mobilização, em quilômetros (km) ou em milhas náuticas
(mi);
K representa o fator relacionado à necessidade de retorno do veículo a sua origem;
FU representa o fator de utilização do veículo transportador;
V representa a velocidade média de transporte, em km/h ou nós;
Volume 4 – Orçamento Referencial 34
CH representa o custo horário do veículo transportador.
O fator K será igual a 1 quando o veículo não retornar e 2 quando o veículo
transportador retornar ao local de origem.
Já o fator FU representa o inverso do número de equipamentos a serem transportados
nos diferentes veículos transportadores.
Abaixo segue o cálculo da mobilização e desmobilização:
Volume 4 – Orçamento Referencial 35
Volume 4 – Orçamento Referencial 36
5.11. Preços Novos
Por se tratar da elaboração de Orçamento Referencial e o mesmo apresentar serviços
que não constam das tabelas referenciais do novo Sicro ou SINAPI, informa-se que
foram elaboradas composições de preços novos, que foram submetidas a análise da
Coordenação de Preços Novos – CPN, pertencente à Coordenação-Geral de Custos
de Infraestrutura de Transportes - CGCIT.
A tabela a seguir reproduz as composições de preços novos:
As composições acima descritas foram analisadas e aprovadas por intermédio da
Análise Técnica nº41-FGV/ 2019-CPN/CGCIT/DIREX (3746924).
5.12. Outros Serviços
Os quantitativos de sinalização de obras (Anexo 3276939 do Processo Eletrônico nº
50616.00217/2018-97) trouxeram a inclusão da equipe de operação pare e siga e
bandeiras de sinalização.
Diante de tal fato, dimensionou-se a equipe com o emprego de 4 serventes
trabalhando 8h/dia durante o período de execução do corte de árvores concomitante
ao desgalhamento e posterior transporte. Estes serviços serão executados na faixa
de domínio e devido ao risco de queda sobre os veículos que transitam na rodovia
será necessário a interrupção de tráfego em meia pista conforme manual de
sinalização do CONTRAN e Manual de Sinalização de Obras e Emergências em
Rodovias do DNIT. Logo, conforme demonstrado na tabela abaixo, 81 dias para 1
Item Discriminação Quantidade
1 Encarregado de turma 1
2 Técnico Florestal 1
2
3 Operador de equipamento leve 2
4 M.O. não especializada alojada 11
5
7
Total M.O. Especializados
Total M.O. alojada - Total M.O. Operadores de Equipamento
Total de M.O. Mobilizada
M.O. Mobilizada
Volume 4 – Orçamento Referencial 37
equipe de 4 serventes distribuído ao longo do cronograma de 6 meses de obra são
suficientes para a operação do pare e siga.
Conforme descrito na Análise Técnica nº41-FGV/ 2019-CPN/CGCIT/DIREX
(3746924), a Coordenação de Preços Novos apontou para a existência, no SICRO,
de uma composição de custos compatível com o serviço descrito acima: “5213850 -
Operação de sinalização por bandeirola de tecido ou com placa metálica”.
Conforme relata a análise acima, o custo do material “bandeira de sinalização”,
estaria incluso como encargo complementar do profissional que opera o material, isto
é, “P9824 - Servente”, não havendo necessidade de remunerá-lo isoladamente.
5.13. Operações de Transporte
As composições de custos de momento de transporte do Sicro foram definidas em
função dos equipamentos transportadores e das condições do pavimento, a saber:
rodovia pavimentada, revestimento primário e leito natural.
Os tempos fixos de carga, descarga e manobras dos equipamentos transportadores
foram apropriados em composições de custos específicas, incluídas nos serviços
principais a que se destinam.
O Sicro 2 definia que o transporte local era aquele que se desenvolvia no âmbito da
obra para o deslocamento dos materiais necessários à execução das diversas etapas
de serviços; já o transporte comercial era definido como aquele que, embora
decorrente da execução direta dos serviços, teria sua origem fora do canteiro de
serviços, o que resultaria em deslocamentos de insumos considerados externos aos
limites da obra.
Adotando os conceitos do novo Sicro, não há mais essa diferenciação entre local e
comercial e o transporte considerado para os insumos se restringe a duas situações:
inclusão de momento de transporte nos insumos cotados do fornecedor até o
canteiro/obra e inclusão de momento de transporte em todos os insumos do canteiro
até a obra.
CÓDIGO DESCRIÇÃO UNIDADE PRODUÇÃO DA
EQUIPE (M³/H)
QUANTIDADE
TOTAL (M³)
PRODUÇÃO
DIÁRIA
(M³/DIA)
DURAÇÃO TOTAL DO
SERVIÇO (DIAS)
C49014 CORTE E REMOÇÃO DE ÁRVORES M³ 5,51 2.713,23 44,08 62
CN1028 DESGALHAMENTO, CORTE EM TORAS E EMPILHAMENTO DE ÁRVORES M³ 4,2 2.713,23 33,60 81
C49014CARGA, MANOBRA E DESCARGA DE MATERIAIS DIVERSOS EM CAMINHÃO CARROCERIA COM GUINDAUTO
COM CAPACIDADE DE 20 T.M T 23,06 2.360,51 184,48 13
CÓDIGO DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
TOTAL (UN)
DURAÇÃO
PARE E SIGA
(H/DIA)
DURAÇÃO
TOTAL PARE E
SIGA (DIAS)
CRONOGRAMA DE
EXECUÇÃO DA OBRA
(MESES)
QUANTIDADE
TOTAL
SERVENTE (H)
QUANTIDADE
SERVENTE
(H/MÊS)
CN1032 EQUIPE PARE E SIGA UN 1 8 81 6 2592 432
Dimensionamento Equipe Pare e Siga
* Obs.: Considerando que os serviços serão executados simultaneamente, o tempo de duração da equipe pare e siga é de 81 dias.
Volume 4 – Orçamento Referencial 38
Ocorre que, segundo o entendimento atual, o transporte dos materiais pode ser
realizado pelo fornecedor, caso em que o preço do insumo será caracterizado como
CIF (custo inclui seguro e frete), estando o fornecedor responsável por todos os custos
e riscos com a entrega dos materiais no canteiro de obras, ou pela empresa contratada
para a execução da obra, caso em que o preço será caracterizado como FOB (livre
de frete) e a empresa assumirá todos os riscos e custos com o transporte dos insumos.
Portanto, na ocasião do orçamento, na possibilidade de identificação das origens e da
natureza de aquisição dos insumos (CIF ou FOB), definiu-se a quem caberá o custeio
das operações, incluindo o respectivo custo na planilha de preços apenas quando a
atividade de transporte for considerada a cargo do executor.
Segue abaixo as composições dos momentos de transporte e dos tempos fixos
empregados neste orçamento.
Volume 4 – Orçamento Referencial 39
Volume 4 – Orçamento Referencial 40
Volume 4 – Orçamento Referencial 41
Volume 4 – Orçamento Referencial 42
Volume 4 – Orçamento Referencial 43
Volume 4 – Orçamento Referencial 44
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Volume 4 – Orçamento Referencial 46
Volume 4 – Orçamento Referencial 47
5.14. Quadro Resumo das Distâncias Médias de Transporte
Segue abaixo o quadro com as Distâncias Médias de Transportes – DMT’s calculada
conforme Orçamento de Supressão (Anexo 2656192 do Processo Eletrônico nº
50616.00217/2018-97).
5.15. Quadro de Densidades dos Materiais
Discriminação Densidade
(t/m³)
AREIA LAVADA 1,5000
BRITA 1 1,5000
BRITA 2 1,5000
BRITA 4 (RACHINHA) 1,5000
MADEIRA 1,0000
5.16. FIC – Fator de Interferência de Chuva
Com intuito de prever a influência da pluviometria e de outras condições
climáticas desfavoráveis sobre a eficiência dos equipamentos e a produção das
equipes mecânicas e de mão de obra, o Sicro propõe a utilização de um Fator de
Influência de Chuvas - FIC a ser aplicado diretamente sobre o custo unitário de
execução (mão de obra e equipamentos) de alguns serviços.
A metodologia desenvolvida pressupõe que o Fator de Influência de Chuvas é
calculado em função de diferentes fatores, por unidade da federação, em consonância
à expressão apresentada abaixo:
onde:
fa representa o fator da natureza da atividade;
fp representa o fator de permeabilidade do solo;
Volume 4 – Orçamento Referencial 48
fe representa o fator de escoamento superficial;
nd representa o fator de intensidade das chuvas, que expressa o percentual
médio de dias efetivamente paralisados em função das chuvas.
Recomenda-se ao orçamentista avaliar, durante a elaboração dos projetos, se
a região das obras apresenta comportamento hidrológico aderente ao respectivo FIC
calculado e sugerido para a unidade da federação correspondente.
Para o Estado de Santa Catarina tem-se os postos pluviométricos de Campo
Belo do Sul e Ponte Serrada, que apresentam fator de intensidade de chuva de
0,03482.
Assim, obtém-se os seguintes valores de FIC:
FIC(fa=0,25) = 0,25 x 0,75 x 0,95 x 0,03482 = 0,00620
FIC(fa=0,50) = 0,50 x 0,75 x 0,95 x 0,03482 = 0,01240
FIC(fa=1,00) = 1,00 x 0,75 x 0,95 x 0,03482 = 0,02481
FIC(fa=1,50) = 1,50 x 0,75 x 0,95 x 0,03482 = 0,03721
No caso em tela, adotou-se os valores de referência do FIC acima para o estado
de Santa Catarina.
5.17. FIT – Fator de Interferência de Tráfego
Durante a execução de obras em rodovias já existentes, o volume de tráfego é
um fator reconhecido de redução de produção dos serviços. As restrições ao tráfego
se acentuam e se mostram particularmente relevantes quando se trata de obras mais
próximas aos perímetros urbanos.
Objetivando qualificar a utilização dos fatores de eficiência, o Sicro propõe a
utilização de um Fator de Interferência de Tráfego - FIT a ser aplicado diretamente no
orçamento da obra para adequação dos preços a essa situação.
O cálculo do Fator de Interferência de Tráfego - FIT encontra-se condicionado
ao conhecimento do volume médio diário de tráfego do segmento em que será
executada a obra e da eventual proximidade de centros urbanos, conforme
representado no gráfico abaixo e nas relações estabelecidas abaixo:
Se VMD < 2.000 → FIT = 0%;
Se 2.000 ≤ VMD ≤ 11.000 → FIT = [(VMD - 2.000) / 600] %;
Se VMD > 11.000 → FIT = 15%.
Volume 4 – Orçamento Referencial 49
Em caso de ocorrência concomitante de segmentos com elevado volume médio
diário de tráfego, associado à proximidade de centros urbanos, o SICRO admite a
aplicação no orçamento de um Fator de Interferência de Tráfego de até 20%.
Durante a elaboração do projeto foi possível identificar o volume médio diário
de veículos, a presença de centros urbanos que caracterizem a interferência do
tráfego local e os serviços sujeitos efetivamente a esta interferência.
Portanto, tornou-se possível a aplicação do FIT apenas sobre o custo unitário
de execução de alguns serviços (mão de obra e equipamentos), mantendo-se,
entretanto, inalterados os custos dos materiais.
Volume 4 – Orçamento Referencial 50
Figura 2 - Volume de Tráfego
Fonte: Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária BR-LEGAL (pág. 77 Volume II –
Projeto Executivo Contagem Volumétrica - Lote 77)
As composições de custos unitários que receberam a incidência do FIT seguiram o
seguinte critério:
FIT – Transporte: Todos os momentos de transporte da obra estão sujeitos à
interferências do tráfego local, portanto, as operações de transportes; que envolvem
Volume 4 – Orçamento Referencial 51
tempos fixos e momentos de transporte receberam o percentual sobre o custo unitário
de equipamentos e mão de obra.
5.18. Custo Unitário do Serviço
Conforme Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes do DNIT, o custo
unitário de um serviço é o somatório dos custos de todos os insumos necessários à
execução de uma unidade, sendo obtido por meio de composição de custo unitário
que detalha os insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) e as atividades
auxiliares necessárias à execução de determinado serviço.
Volume 4 – Orçamento Referencial 52
5.19. Custo Unitário de Referência
5.19.1. Composições de Custos Unitários
Volume 4 – Orçamento Referencial 53
Volume 4 – Orçamento Referencial 54
Volume 4 – Orçamento Referencial 55
Volume 4 – Orçamento Referencial 56
Volume 4 – Orçamento Referencial 57
Volume 4 – Orçamento Referencial 58
Volume 4 – Orçamento Referencial 59
Volume 4 – Orçamento Referencial 60
Volume 4 – Orçamento Referencial 61
Volume 4 – Orçamento Referencial 62
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Volume 4 – Orçamento Referencial 64
Volume 4 – Orçamento Referencial 65
Volume 4 – Orçamento Referencial 66
Volume 4 – Orçamento Referencial 67
Volume 4 – Orçamento Referencial 68
Volume 4 – Orçamento Referencial 69
Volume 4 – Orçamento Referencial 70
Volume 4 – Orçamento Referencial 71
Volume 4 – Orçamento Referencial 72
Volume 4 – Orçamento Referencial 73
Volume 4 – Orçamento Referencial 74
Volume 4 – Orçamento Referencial 75
Volume 4 – Orçamento Referencial 76
Volume 4 – Orçamento Referencial 77
Volume 4 – Orçamento Referencial 78
Volume 4 – Orçamento Referencial 79
Volume 4 – Orçamento Referencial 80
Volume 4 – Orçamento Referencial 81
Volume 4 – Orçamento Referencial 82
Volume 4 – Orçamento Referencial 83
Volume 4 – Orçamento Referencial 84
Volume 4 – Orçamento Referencial 85
Volume 4 – Orçamento Referencial 86
5.20. Curva ABC de Serviços
Volume 4 – Orçamento Referencial 87
PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA
Volume 4 – Orçamento Referencial 88
6. PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA
No que diz respeito ao plano de execução da obra, solicita-se verificar o Termo de
Referência (Anexo 2656178 do Processo Eletrônico nº 50616.00217/2018-97)
elaborado pelo Serviço de Desapropriação e Meio Ambiente –SEMAB.
Volume 4 – Orçamento Referencial 89
6.1. Cronograma físico-financeiro
Volume 4 – Orçamento Referencial 90
PESQUISA DE MERCADO
Volume 4 – Orçamento Referencial 91
7. PESQUISA DE MERCADO
A Instrução de Serviço 220/2006, constante das Diretrizes Básicas para Elaboração
de Estudos e Projetos Rodoviários (Escopos Básicos e Instruções de Serviços) –
Publicação IPR 726/2006, estabelece a realização de pesquisa de mercado local
como atividade inicial para confecção do orçamento.
O cálculo do reajustamento dos insumos deu-se por intermédio da Instrução de
Serviço nº 01 – DG/DNIT, de 02 de janeiro de 2019.
Volume 4 – Orçamento Referencial 92
Volume 4 – Orçamento Referencial 93
Locação de Imóvel
Volume 4 – Orçamento Referencial 94
Volume 4 – Orçamento Referencial 95
Volume 4 – Orçamento Referencial
96
ÍNDICES
Volume 4 – Orçamento Referencial
97
8. ÍNDICES
8.1. Índice Geral de Preços de Mercado IGP-M/FGV
Volume 4 – Orçamento Referencial
98
TERMO DE ENCERRAMENTO
Volume 4 – Orçamento Referencial
99
9. TERMO DE ENCERRAMENTO
Este documento corresponde ao VOLUME 04 – ORÇAMENTO REFERENCIAL. O
presente volume possui 99 (noventa e nove) folhas numericamente ordenadas.