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INTERFACES ENTRE A BIOÉTICA AMBIENTAL E O ECOTURISMO

Área Temática: Novas fronteiras da Bioética e Diversidade Rodrigues , G. S. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética,

Curitiba, Paraná, Brasil [email protected] Bordini, A. S. J. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética,

Curitiba, Paraná, Brasil Renk, V. E. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Professora do Curso de Pós-Graduação em Bioética,

Curitiba, Paraná, Brasil Fischer, M. L. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Professora do Curso de Pós-Graduação em Bioética,

Curitiba, Paraná, Brasil Dentre as inúmeras possibilidades e necessidades de aplicação da Bioética no contexto ambiental, destaca-se a prática do Ecoturismo. Este surge como alternativa de desenvolvimento sustentável para comunidades tradicionais, muitas vezes impedidas de explorarem recursos naturais, diante das normativas legais e como alternativa de lazer para as populações urbanas interagirem com a natureza. Assim, objetivou-se através de uma análise documental levantar as questões éticas envolvidas nesta atividade. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfico e procedida uma análise do conteúdo. O ecoturismo cuja definição é polissêmica é especialmente importante em países em desenvolvimento e com uma megadiversidade biológica como o Brasil, foi iniciada partir da década de 1980. Contudo, à parte de todos os benefícios econômicos decorrentes, tais como a geração de empregos, arrecadação e inserção social, é possível perceber impactos sociais, culturais e ambientais que requerem um diálogo entre todos os atores/sujeitos envolvidos, a fim reduzirem os impactos negativos. Dentre os impactos nas comunidades locais, destaca-se especulação imobiliária, aumento do custo de vida, concorrência, conflito de costumes, influência de hábitos urbanos nas comunidades anfitriãs, prostituição, exposição de agravos à saúde, compactação do solo, poluição, incentivo ao uso de animais em souvenires e tráfico de animais. Esse diálogo deve ser promovido pela Bioética ambiental, uma vez que a miscigenação cultural resulta na globalização dos valores morais e estímulo para um posicionamento individualista e capitalista diante dos dilemas éticos, o que é especialmente determinante tendo em vista a diversidade de atores tais como turistas, setor econômico, comunidade e natureza os quais refletem tanto os benefícios como os impactos gerados por uma prática que deve ser monitorada por uma equipe multidisciplinar. Desta forma, o presente propiciou uma reflexão das questões éticas envolvidas com a prática do ecoturismo e propôs algumas direções para a busca de um equilíbrio que seja benéfico para todos envolvidos. Palavras-chave Bioética Ambiental; Ecoturismo; Educação Ambiental.

BIOÉTICA AMBIENTAL E SUA ATUAÇÃO NA RESOLUÇÃO DE DILEMAS ÉTICOS ENVOLVIDOS COM AS

RODOVIAS

Área Temática: Novas fronteiras da Bioética e Diversidade

Molinari, R. B. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil.

[email protected]

Rodrigues , G. S. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

Santos, J. Z. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

Fischer, M. L. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Professora do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

A Bioética Ambiental visa promover diálogo entre os sujeitos/atores envolvidos nos novos problemas globais

enfrentados pela sociedade moderna, como é o caso das rodovias, que representam uma questão ética

contemporânea e polêmica. Embora econômica e socialmente relevante, geram impactos sobre o ambiente,

levando questionar os problemas, argumentos e modelos de gestão, Objetivou-se identificar os principais efeitos

das rodovias sobre a fauna silvestre através da análise documental. Foram analisados 40 textos científicos, sendo

70% pesquisas brasileiras que registram a morte de 8.829 animais silvestres de 1988 e 2013. O Rio Grande do

Sul(6) apresentou maior número de trabalhos, seguido por São Paulo(4) e Minas Gerais(3). As Aves foram as mais

afetadas, seguida por Mamíferos, Répteis e Anfíbios. Cercas de contenção e direcionamento para passagens de

fauna não são amplamente indicadas devido muitos indivíduos ficarem presos nas telas ao tentarem transpô-las

e acabarem morrendo. O principal motivo mencionado para a ocorrência de atropelamentos é o consumo de

grãos caídos dos caminhões estes além de atraírem predadores, uma vez atropelados atraem carnívoros e

carniceiros que também se tornam vítimas, gerando ciclo de atropelamentos. As passagens superiores e

subterrâneas são as medidas mitigadoras mais usadas, juntamente com sinalização luminosa e redutores de

velocidade. No Brasil os estudos sobre os impactos das rodovias são escassos, refletindo muitas vezes a restrição

à informação por parte das concessionárias. A questão ética envolvida na gestão de estradas enquadra-se

perfeitamente nas demandas da bioética ambiental, tendo em vista a multiplicidade e complexidade de

problemas decorrentes da pluralidade de sujeitos/atores, que tornam-se vulneráveis diante dos paradigmas de

desenvolvimento econômico, sendo esta questão de interesse mundial, o que justifica a necessidade e a

distribuição de recursos no planejamento e gestão das rodovias, demandando que comissões multidisciplinares

mediadas pelos princípios da bioética cheguem a novas soluções que promovam o desenvolvimento sustentável.

Palavras-chave Bioética Ambiental; Ecologia de estradas, Atropelamentos.

DIVERSIDADE TERAPÊUTICA – A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS COMO ESTRATÉGIA DE

HUMANIZAÇÃO

Área Temática:

Universo da Ciência e Diversidade

ADAMI, E. R,; FISCHER, M. L,. PUC-PR: Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

A aplicação terapêutica dos benefícios decorrentes da interação humanos/animais tem atraído a atenção

científica. A Terapia Assistida por Animais (TAA) padronizada pela organização americana Delta Society e

operacionada por profissionais da área da saúde humana, animal. Objetivou-se caracterizar os benefícios

resultantes desta interação e refletir sobre as questões éticas envolvidas nas aplicações da TAA no ambiente

hospitalar. Realizou-se a caracterização teórica através de análise documental de textos científicos e de

divulgação. As vantagens do convívio com animais refletem na minimização de tensão, disponibilidade de afeto,

companhia, amizade incondicional, desencadeia sorrisos, contato físico, proteção e segurança. Constata-se que a

interação oral, olfativa e tátil promove diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial. Em Hospitais, a

presença de animais tem diminuído o tempo de internação, melhoras significativas na dor e humor dos pacientes,

bem como da equipe profissional. O Hospital Albert Einstein em São Paulo, inovou promovendo encontro entre

pacientes e seus próprios cães. Além dos benefícios deve-se refletir alguns pontos como regulamentação da

atividade, bem como o controle de infecção hospitalar, considerando ser um ambiente composto

predominantemente por pacientes imunodeprimidos. Os animais utilizados nessa terapia devem ser respeitados,

considerando seu grau bem-estar, para que possam trazer benefícios, sem serem prejudicados. Os treinamentos

devem ser sem punições, sua saúde avaliada rotineiramente e seus direitos garantidos, tais como assistência

veterinária, alimentação de qualidade, jornada de trabalho e aposentadoria já aplicada em cães-guia e cães-

policiais. Conclui-se que a cinoterapia constitui-se de intervenção dirigida envolvendo a inserção de animais

qualificados para o ambiente terapêutico de pacientes humanos. A TAA é um modelo de cooperação

interdisciplinar combinando diferentes disciplinas relacionadas com a saúde. Baseado em conceitos de

preocupação com o bem-estar dos seres humanos e animais, fornece uma rota alternativa para a saúde humana

promovendo maior conhecimento como na interação interespécies proporcionando mais qualidade de vida.

Palavras-chave Diversidade Terapêutica. Terapia Assistida por animais. Benefícios.

ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS NA UTILIZAÇÃO DE INVERTEBRADOS NO ENSINO E PESQUISA

Área Temática Ética em pesquisa e Diversidade Rodrigues , G. S. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

[email protected] Santos, J. Z. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

Molinari, R. B. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Professora do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil Fischer, M. L. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Professora do Curso de Pós-Graduação em Bioética, Curitiba, Paraná, Brasil

A preocupação com o bem-estar dos animais mantidos sob a tutela dos seres humanos é antiga, Pitágoras já alertava para o valor inerente às “coisas vivas”. Contudo, o tema de proteção dos animais é recente e recebe notoriedade através da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, se consolidado nos últimos 30 anos através de uma complexa normatização que regulamenta o uso de animais em pesquisa e ensino apoiado no principio ético dos três erres: redução, substituição e refinamento. A atribuição do status moral é apoiado na senciencia, incluindo apenas os vertebrados. A pergunta norteadora deste estudo é se existe uma fundamentação ética para inclusão dos invertebrados nesta categoria de proteção. Para tal foram realizadas análises nas legislações nacionais e internacionais e consultada argumentação de filósofos e cientistas favoráveis e desfavoráveis. Inicialmente deve-se ater ao conceito artificial vertebrados e invertebrados, uma vez que o primeiro é apenas um subfilo do Filo Chorada diferenciado apenas pela presença da coluna vertebral. Por outro lado, a heterogeneidade e diversidade de habitats, hábitos e morfológica de invertebrados não justifica uma legislação (11.794/08) que proteja apenas 5% da fauna. Somente a Suécia inclui os invertebrados na sua normatização e o Reino Unido e o Canadá incluem os cefalópodes (polvos, lulas e sépias). Enquanto argumentos desfavoráveis se apoiam na complexidade do sistema nervoso e presença de processos mentais, os movimentos pró-invertebrados, considera a existência de nociceptores, logo capacidade de sentir estímulos bons e ruins, bem como o valor inerente do ser vivo, independente da sua complexidade Faz-se necessário refletir sobre elementos que subsidiem novas discussões éticas sobre o uso de animais no ensino e pesquisa considerando na nova proposta de status moral, também os animais invertebrados, tendo como base o princípio da precaução, aliado ao da dúvida. Palavras-chave: Direito Dos Animais; Ética animal; Invertebrados.