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Informativo do Conselho Regional de Biologia da 2ª Região Rio de Janeiro e Espírito Santo Ano IX Nº 99 abril 2011 Nas águas do tubarão Chapa Sempre Pela Vida vence eleição

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Informativo doConselho Regional de Biologia da 2ª Região

Rio de Janeiro e Espírito Santo

Ano IX • Nº 99 • abril • 2011

Nas águas do tubarão Chapa

Sempre Pela Vida vence eleição

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2 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 3

A o término de mais um mandato frente à direção do Conselho regional de biologia da 2ª região – rJ/ES, expressamos os agradecimentos a todos que, direta e indiretamente, colaboraram na consecução das

metas propostas em 2007 pela então Chapa Caminhar.Embora enfrentando grandes desafios, conseguimos ampliar as nossas instala-

ções o que permitiu uma atuação mais efetiva na Área Jurídica e na Área de Fiscali-zação. Na Área Jurídica, conseguimos conquistas importantes na defesa dos direitos profissionais dos biólogos, através de decisões judiciais, como o reconhecimento da legitimidade dos biólogos para participarem de diversos concursos públicos e para exercerem a responsabilidade técnica em Laboratórios de análises Clínicas, entre outras. Na área da Fiscalização, passamos a ter uma atuação proativa, buscando assegurar o exercício legal dos biólogos pela execução de um plano de fiscalização pautado nas informações do nosso banco de dados.

Em relação à preservação da vida em todas as suas formas e manifestações, estamos sendo solicitados, cada vez mais, a participar em diversas entidades que atuam no meio ambiente e biodiversidade, saúde e biotecnologia e produção. No que diz respeito ao aperfeiçoamento e desenvolvimento dos biólogos, apoiamos diversos eventos com esse objetivo, estamos participando dos estudos de aperfei-çoamento dos cursos de graduação e mantivemos contatos com as Instituições de Ensino Superior para mostrar, junto aos alunos de biologia, as áreas de atuação e a importância da biologia para a vida.

Empreendemos, também, diversas ações para a melhoria do sistema de ges-tão do Conselho, possibilitando um contato mais ágil e uma resposta mais eficaz junto aos biólogos, bem como implementamos a função de OUVIDOrIa, sob a responsabilidade do biólogo Gustavo Pessoa, o que permitirá tratar as sugestões e críticas recebidas. Na Área Financeira, foi criada a função de regularização de Débitos, sob a responsabilidade do Conselheiro Tesoureiro, para atendimento à Resolução CFBio no 192 de 5/9/2009.

Em relação ao desmembramento do estado do Espírito Santo e a criação de no-vas Delegacias, faz-se necessário um número mínimo de biólogos para garantir sua sustentabilidade financeira, conforme previsto no nosso regimento em Instruções do CFbio. Entretanto, estamos com a nossa Secretaria Itinerante, reformulada e am-pliada, funcionando a pleno vapor.

Outras conquistas, tão importantes e arrojadas, estão previstas para este próximo período conforme consta dos nossos Objetivos Estratégicos. Iremos continuar as ações que propiciem o aprimoramento técnico e científico dos nossos registrados, as que aumentem a divulgação e o reconhecimento das áreas de atuação dos biólo-gos, as de fiscalização e orientação do exercício legal da profissão, as de melhoria do sistema de gestão do Conselho. Para isso, estamos reformulando o nosso banco de dados, para torná-lo confiável e preciso, implantando um sistema de controle da informação com a digitalização de documentos e buscando a certificação do nosso sistema de gestão pelo Sistema brasileiro de avaliação da Conformidade.

Por tudo que ainda temos de construir e com a ajuda de todos os biólogos dos estados de rio de Janeiro e Espírito Santo, mais uma vez só temos a agradecer.

Diretoria do CRBio-02

EdItorIAl

Conselho regional de biologia da 2ª região rio de Janeiro e Espírito Santo

Presidente: Fátima Cristina Inácio de araújo

Vice-presidente: Vera Lúcia Vaz agarez

Conselheiro Secretário: Elizabeth dos Santos rios

Conselheiro Tesoureiro: Newton Dias Lourenço

Conselheiros Efetivos: antonio José bianchi Nunes (in memoriam) Carlos alberto Fonteles de Souza Élson Simões de Paiva Fernando Luiz Di Giorgio Marcos Loureiro Madureira rodrigo Soares de Moura Neto Valdir alves Lage

Conselheiros Suplentes:

Consuelo Paz Miguel de PaivaDimario aluísio Pesce de CastroLygia SanchezHumberto KerMarcelo Cunha FreitasMário Flávio Moreirarenata GonçalvesVálber FrutuosoVinicius Marins Carraro

Endereços:

Rio de Janeiro • Sede: rua Álvaro alvim, 21/12º andar Cinelândia • Rio de Janeiro • RJ CEP 20031-010 Tel.: (21) 2142-5700 Fax: (21) 2142-5715 www.crbio-02.gov.br [email protected]

Delegado Regional • Vitória • ES: Humberto Ker de andrade Rua Graciano Neves, 73/501 Ed. Lea • Centro • Vitória • ES CEP 29015-330 Tel./Fax: (27) 3222-2965 [email protected]

Informativo Trimestral do CRBio-02

ano IX • Nº 99 • abril de 2011

Edição e Produção: aG rio Comunicação Corporativa Rua Santo Afonso, 44/405 Tijuca • Rio de Janeiro • RJ CEP 20511-170

Jornalista Responsável: Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ)

Estagiária: Chandra Santos

Impressão: Gráfica rio DG

Tiragem: 10 mil exemplares

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores.

Fale conosco: [email protected]

Este jornal é impresso em papel reciclato.

lei de Mudanças Climáticas e desenvolvimento Sustentável é sancionada no rio

A Lei aspásia Camargo, de autoria da própria deputada estadual, foi sancionada pelo prefeito do rio de Janeiro, Eduardo Paes, no início deste ano. De acordo com a nova legislação, a cidade tem 10 anos para reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa (GEE)

em, no mínimo, 20%. Também estão previstos o reconhecimento da figura do poluidor-pagador (que

deve arcar com o custo do dano ambiental causado), o estímulo à mudança dos padrões de produção e de consumo e a substituição da matriz energética e de transportes do município.

Dividida em seis capítulos abordando os princípios e objetivos gerais de pre-venção, diminuição e adaptação, a nova legislação visa estimular o uso racional dos recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável.

Fiscalizaçãoa Lei aspásia Camargo de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Susten-

tável pretende medir o progresso na redução da emissão de GEE tomando por base as seguintes normatizações, aprovadas na Conferência das Partes, em bali: o estabelecimento dos “objetivos quantificáveis, reportáveis e verificáveis” nas reduções; a elaboração, a atualização e a publicação (a cada quatro anos) do inventário municipal de emissões; a promoção de pesquisas e a divulgação de conhecimento sobre as mudanças climáticas e suas vulnerabilidades.

Medidas previstasSegundo a deputada estadual aspásia Camargo, nos transportes estão previstas

a adequação da oferta de transporte coletivo e o estímulo ao uso da bicicleta, por exemplo, a fim de diminuir o uso do transporte individual motorizado. Também estão previstos a substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis e a elaboração do Programa de Controle da Poluição Veicular (PCPV) – que vai usar o inventário de emissões de fontes móveis e o monitoramento da qualidade do ar como base.

Nos resíduos sólidos, a legislação propõe a redução na geração e o trata-mento apropriado, seguindo os objetivos da Lei no 9.469, também de autoria da deputada do Partido Verde (PV), que propõe o Lixo Zero. Estimulando a reciclagem e criando mecanismos para gerar trabalho e renda, beneficiando as populações desassistidas.

a nova lei vai preparar a cidade do rio de Janeiro para a Década de Ouro das Olimpíadas e da rio+20 – um evento ambiental que acontece 20 anos após a Con-ferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

Informações, opiniões, críticas e elogios:[email protected]. Fale agora.

Seu canal de comunicação

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4 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 5

Uma filosofia de açãoDar continuidade às ações empreendidas para que a sociedade entenda e valorize a

importância dos biólogos na preservação da vida em todas as suas formas e manifestações, bem como para a melhoria da gestão do Crbio-02 buscando fazer com que todos os biólogos e empresas ligadas ao meio ambiente e biodiversidade, biotecnologia e produção, saúde e educação venham encontrar no Conselho apoio profissional e responsabilidade econômica e sociocultural.

Muitas metasImplantar um sistema de digitalização de documentos • agilizar o desmembramento do

Crbio-02 • aumentar a divulgação das áreas de atuação buscando maior interação com o mercado de trabalho • Intensificar a fiscalização do exercício profissional • Continuar com Sistema de Gestão de Qualidade dos serviços prestados ao profissional pautado na norma NBR ISO 9001 • Implantar Câmaras Técnicas com a participação da sociedade civil, órgãos governamentais e instituições de ensino e pesquisa • Implantar um sistema de competência técnica, científica e profissional • Dar continuidade aos mecanismos de defesa e valorização da atuação profissional • Implementar o Centro de aprimoramento Profissional dando continuidade ao oferecimento de cursos • Celebrar convênios com sociedades científicas.

Elizabeth dos Santos rios: mestre em botânica, professora do Departamento de Ecologia da UErJ

e de pós-graduação em ensino de ciências.

Vera lúcia Vaz Agarez: mestre em educação, coordenadora do Curso de Ciências biológicas da UVa, avaliadora de cursos de graduação pelo INEP.

Fátima Cristina Inácio de Araújo: especialista em bioquímica, farmacologia, docência

superior e educação, mestre em educação, bióloga e professora universitária da

Unirio e Universidade.

Valdir Alves lage: analista ambiental, consultor ambiental em petróleo e gás, energia e portos.

Humberto Ker de Andrade:

mestre em Ciências biológicas, sócio

proprietário e diretor geral do CTa

(estado do ES).

Anderson Mendes Augusto:

especialização em biologia pela

Universidade Federal de Lavras – Ufla,

gerente de biologia da Fundação rio Zoo.

Newton dias lourenço: servidor público federal do

MS/HFSE/rJ, professor e especialista em análises clínicas, banco de

sangue, hemoterapia e hemoderivados,

especialista e gestor em administração

hospitalar e serviços de saúde, auditor de gerente

de serviços de apoio diagnóstico e

terapêutico – SaDT.

Santiago Valentim de Souza: especialista em administração

escolar e em gestão ambiental, representante da

abes/rJ, conselheiro do Consemac, vice-delegado

e membro adjunto da assessoria da

adesg, consultor e gestor ambiental e

empresarial.

Vicente Moreira Conti: mestre em gestão e auditoria ambiental pela

UPC/barcelona-Espanha, tecnologista sênior do Instituto de Pesquisas

Jardim botânico do rio de Janeiro – JbrJ.

rosa Maria Cordeiro Wekid

Castello Branco: especialista

em problemas ambientais pela UFF,

gerente – chefe de Unidade II do escritório

regional do Ibama, em Campos dos Goytacazes/rJ.

Cristina Aparecida Gomes Nassar: doutora em Ecologia, professora e

coordenadora de ensino do bacharelado em biologia vegetal da UFrJ.

rodrigo Soares de Moura Neto: pós-doutor pelo Institute for

Cancer research da Philadelfia, EUa,

pioneiro nos exames de DNa para

determinação de paternidade no rio de Janeiro, professor

associado do Ib da UFrJ, atuando em genética, genética forense, e genética molecular.

renato rodrigues de Souza: gerente de projetos na Cepemar/ES,

especialista em ecologia de macroalgas

marinhas bentônicas, membro da

comissão de avaliação do

curso de Ciências biológicas da

Ufes/ES.

Valber S. Frutuoso: doutor em biologia celular e molecular, coordenador

do núcleo de desenvolvimento de fármacos de origem natural

do Laboratório de Imunofarmacologia

do IOC.

Maria regina reis Amendoeira:

doutora em Ciências biológicas (genética),

pesquisadora titular e chefe do Laboratório de

Toxoplasmose do IOC/Fiocruz, coordenadora de pós-graduação

lato sensu em biologia parasitária e microbiologia da FTESM.

Maria das Graças Ávila Guimarães:

especialista em biologia geral e

em parasitologia, coordenadora do

curso de graduação em Ciências

biológicas da USS – Vassouras, rJ.

Carlos Alberto Fonteles de Souza: mestre em transportes,

pós-graduação em avaliação e planejamento

ambiental, diretor de informação e monitoramento

ambiental do INEa.

Glaucia Freitas Sampaio: mestre em

engenharia ambiental, analista ambiental do Inea, e gerente de gestão

participativa das águas do Inea.

dimário Aluísio Pesce de Castro: mestre em ciências

morfológicas pela UFrJ, especialista

em análises clínicas, diretor do

CETaC Lab e gestor técnico do Laboratório richet.

Mário Flávio Moreira: auditor,

coordenador de projetos e secretário

executivo do Consórcio

Intermunicipal Lagos São João.

Chapa da Vida vence as eleições

A pós o laudo de auditoria da empresa Perfect Link, a Comissão Eleitoral do CRBio-02, presidida pela Bióloga Regina Chrity, divulgou, no último dia 15 de abril o resultado das eleições.

A chapa Sempre Pela Vida foi eleita com a maioria dos votos válidos (40,74%) para o mandato de quatro anos. Ao todo dez membros efetivos e dez membros suplentes, designados pelo título de Conselheiro, tomaram posse no dia 8 de maio, às 13h, na sede do CRBio-02, no Centro do Rio.Leia a seguir a plataforma eleitoral da chapa vencedora, sua filosofia de ação e as muitas metas que pretende atingir.

E saiba um pouco mais sobre os 20 Conselheiros que ficarão à frente do seu Conselho.

A Presidente da Comissão Eleitoral, Bióloga Regina Chrity, entrega a Presidente do

CRBio-02, Fátima Cristina Inácio de Araújo, a confirmação da chapa eleita

A Comissão Eleitoral do CRBio-02, a partir da esquerda: Biólogos Roberto Eduardo Albino

Brandão (Secretário), Regina Chrity (Presidente) e Izabel Maria Ribeiro Côrtes (Mesária)

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6 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 7

• Por que você escolheu o Timor-Leste?

ao tomar conhecimento do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste observei que era uma proposta para dar aula no país. Como tenho 12 anos de magistério no brasil, me aventurei a conhecer outra realidade. assisti a inúmeros do-cumentários, efetuei várias pesquisas na internet sobre a história, bem como a situação atual do Timor, antes de me inscrever. É certo que nada do que reuni de informação se compara com estar no Timor. Foi fasci-nante! É nascer de novo em um lugar totalmente diferente.

• Como foi trabalhar no Timor?Tive o prazer de dar aula no Instituto Nacional de Formação Profis-

sional e Contínua, no curso de bacharelato, que é um tipo de licenciatura curta para os professores timorenses, bem como na Universidade Nacio-nal Timor Lorosa’e (UNTL) ministrando a disciplina Português para biologia I, no curso de graduação em biologia. O objetivo das aulas era proporcionar a devida formação dos professores timorenses em língua portuguesa, pois esse é o grande de-safio deles. Mais da metade dos alunos que tive na UNTL, não entendiam sequer 20% do que eu falava. Trabalhar conceitos simples sobre fotossíntese ou desenvolvimen-

to sustentável, por exemplo, demandou grandes esforços, e mesmo assim, em algumas situações, tive que recorrer ao tétum (língua local) e/ou baha-sa indonésio para me fazer entender. Os timorenses acham o português uma língua muito difícil. E a grande proposta do governo é que a língua portuguesa seja difundida nas escolas para os mais jovens começarem a falar português desde cedo, já que é a língua oficial do país.

• E como era a relação entre os alunos e o professor?No início havia certo distanciamento porque são pessoas diferen-

tes, de países diferentes. Se fazia alguma pergunta em sala, havia silên-cio. Mas, com o passar do tempo, foi fácil observar a desenvoltura que eles têm e a confiança no professor. O Tais é um exemplo disso. Ele é um artesanato tecido por mulheres timorenses e representa a maior honraria que um timorense pode dar a um estrangeiro. É que nem um troféu, uma medalha. Eu recebi vários Tais. E ele tem um significado bem maior: é uma prova de amizade.

• Como é o relacionamento entre o Timor-Leste e o Brasil?O Timor é uma ilha com pouco mais de um milhão de habitantes,

dos quais apenas cerca de 300 são brasileiros. Em 2001, o Exército bra-sileiro enviou tropas ao Timor que, além do trabalho de segurança na-cional rotineiro, reformou escolas e criou laços de amizade com o povo timorense. a Escola Duque de Caxias, por exemplo, foi reconstruída por soldados brasileiros e recebeu esse nome em homenagem ao patrono do Exército. Hoje, além dos professores, há um grupo de missionários e defensores públicos brasileiros trabalhando duro para desenvolver aquele país, dignificando ainda mais o nome do brasil no exterior.

• A fauna e a flora locais são preservadas?O Timor-Leste é ainda hoje uma região muito preservada. Não há in-

dústrias, então não há resíduos. O único poluente é o esgoto doméstico. O mar que existe entre o Timor e a austrália é um dos locais de maior biodiversidade de mamíferos aquáticos do planeta. É fácil ver golfinhos e baleias por lá. Há pássaros e répteis, por exemplo, que eu nunca vi na nossa mata atlântica. as espécies botânicas são bastante exuberantes. O governo, por meio do Ministério da agricultura, está reflorestando algu-

mas áreas com espécies nativas como o sândalo – que era abundante na região e hoje quase não existe mais.

Há muitas plantações de arroz, produto-base na

timor-Lesteroberto Brandão: um biólogo no

Imagine um local paradisíaco, com belas praias, águas límpidas, fauna e flora quase intocadas. A ilha da República Democrática de Timor-Leste está localizada no continente asiático e faz fronteira com a Indonésia. O Biólogo Roberto Eduardo Albino Brandão teve o prazer de conhecer e desfrutar das belezas naturais do país e da cultura dessa sociedade fascinante. Ele participou do Programa de Qualificação de Docente e Ensino da Língua Portuguesa – uma parceria entre os governos brasileiro e timorense para a formação de professores de vários níveis de ensino e áreas de conhecimento de Timor-Leste, em língua portuguesa. Roberto lecionou na Universidade Nacional Timor Lorosa’ e (UNTL) entre 2009 e 2010. O professor afirma que fez muitos amigos por lá e que o Timor-Leste foi o país que mais gostou de conhecer.

Escola Duque de Caxias, reformada pelo Exército brasileiro.

Na foto abaixo dos golfinhos, os biólogos Roberto Eduardo Albino

Brandão (à esquerda) e Erivelto Rodrigues (à direita),

com o atual presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta

O Biólogo Roberto durante a cerimônia de

entrega do TaisFoto: arquivo pessoal de

Roberto Brandão

Fotos: arquivo pessoal de Roberto Brandão

alimentação e exportação timorense. Também existe uma ilha chamada Jaco, que fica a oito horas de Dili (capital), no extremo leste da ilha, que é altamente preservada. Ela tem uma transparência de água incrível. Em cinco metros de profundidade dá para observar facilmente diferentes espécies de peixes e corais.

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8 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 9

• O Timor faz fronteira com a Indonésia e ambos estão localizados numa região onde há muitos terremotos. Você chegou a presenciar algum?

Sim, alguns. a maior parte deles não é perceptível. a primeira vez foi uma experiência inusitada. Estava em casa, sentado na cadeira te-clando, quando senti como se alguma coisa pesada estivesse arrastando no chão. Então, saí na rua e as pessoas estavam comentando a respeito do terremoto. Foi aí que me toquei que aquilo era um terremoto. anti-gamente as pessoas tinham o hábito de sair às ruas batendo nas panelas, após um tremor de terra, pois acreditavam que o Deus que segura a Terra “cochilou” e seria necessário “acordá-lo”.

• Qual a maior experiência que você leva dessa viagem?Levo muita coisa! O que seria difícil retratar com palavras...

Levo principalmente a amizade do povo timorense. acredito que fiz muitos amigos. Levo também a firmeza de uma verdadeira nação, onde todos se dedicam ao desenvolvimento do país. Lá é comum encontrar os políticos na rua, eles são acessíveis, estão presentes na vida das pessoas, inclusive nos momentos de dificuldade. Não é raro ver o Xanana Gusmão, que foi o primeiro presidente da repú-blica e é o atual primeiro-ministro, no interior do país, com roupas sujas de lama, dando orientações aos tratoristas para desobstruir es-tradas. Minha bagagem cultural está muito rica.

• Que conselho dá para quem ficou com vontade de conhecer o Timor?

Visite o Timor! Ele é um pouco caro para os nossos padrões, porque a mo-eda é o dólar americano. Mas tem um quê de diferente. a forma de tratamen-to informal, nada a ver com religião, é maun (irmão), se pronuncia /mão/ mes-mo, e mana (irmã). Geralmente, quan-do não sabemos o nome da pessoa, ini-ciamos uma frase com o maun/mana, e depois colocamos o que queremos comunicar. Eu conheço Malásia, Singa-pura, Tailândia, Indonésia, e a própria Grã-bretanha. Entre todos os países o meu preferido é o Timor-Leste. Pela tranquilidade, a paz que existe lá.

Última turma do bacharelato com a professora Nileide Araújo de Andrade (na frente com blusa preta estampada), o Biólogo Roberto Brandão (atrás com blusa verde) e a professora Adriana Serpa

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Ilha de JacoFoto: arquivo pessoal de Roberto Brandão

Palestra no Crbio-02 em comemoração ao

Dia da Agua‘

O engenheiro Dr. Edes Fernandes, Superintendente da Cedae, em sua palestra

O rio Guandu

O Conselho regional de biologia da 2ª região rJ/ES (Cr-bio-02) recebeu em seu auditório, no dia 30 de abril, o en-genheiro Dr. Edes Fernandes, Superintendente da Cedae, para uma palestra em comemoração ao Dia da Água (22

de março). O assunto do evento foi o abastecimento do Grande rio.

O engenheiro iniciou com uma reflexão sobre a água e sua impor-tância no planeta. Citou países que possuem recursos hídricos escassos e destacou que a maior parte deles no brasil está concentrada na ama-zônia. Explicou ainda que a água não está acabando. O que acontece é que as pessoas se concentram em determinados locais (núcleos urba-nos) e por isso há a necessidade de deslocar água até elas.

O engenheiro explicou com o auxílio de mapas onde fica locali-zado o rio Paraíba do Sul – que corta os estados de São Paulo, rio de Janeiro e Minas Gerais. O rio Guandu é resultado da junção dele com os rios ribeirão das Lajes e Piraí. O encontro acontece porque há uma barragem da Light para geração de energia nas cidades de rio Claro e Piraí, no Sul Fluminense. a Estação de Tratamento de Água do Guandu (ETaG), em Nova Iguaçu, na baixada Fluminense, é a responsável pela adequação e distribuição da água do rio Guandu.

CaptaçãoCaptada barrenta e turva, a água do rio passa por processos quími-

cos e físicos para adequá-la ao consumo. Depois de captada, a água segue por dois túneis de aproximadamente 300 metros de comprimento até os desarenadores – canais de 270 metros de comprimento por 9 me-tros de largura – que servem para remover a areia e os materiais pesados que ainda estão em suspensão na água.

tratamentoEm seguida, a água é bombeada por meio de adutoras para a caixa

de tranquilização – onde é aplicado o coagulante para formar flocos e retirar impurezas. Depois dessa etapa, segue para os decantadores onde as partículas flocadas sedimentam por ação da gravidade. após a passagem pelos filtros a água torna-se límpida e é recolhida em um re-servatório no qual é clorada para desinfecção e recebe cal virgem para eliminar a acidez e deixá-la com pH próximo a sete. O flúor também é acrescentado à água para prevenir a cárie dentária. De acordo com

o engenheiro Edes, é possível consumir a água fornecida pela Cedae diretamente da torneira, uma vez que ela está de acordo com as normas do Ministério da Saúde.

distribuiçãoTrês bilhões e setecentos milhões de litros de água são distribuídos

diariamente da ETaG para os municípios do rio de Janeiro, baixada Flu-minense e Itaguaí. O subsistema Marapicu, em Nova Iguaçu, bombeia a água a 110 metros de altura para um reservatório – de onde é distribuída por gravidade para o subsistema do Lameirão, em Santíssimo. a partir daí, é bombeada novamente a 110 metros de altura para ser distribuída no restante da cidade do rio – passando por Jacarepaguá e chegando à Zona Sul.

laboratórioa Estação de Tratamento de Água do Guandu também dispõe de um

laboratório de controle de qualidade – que realiza análises físico-quí-micas e bacteriológicas controlando cada fase do processo. Garantindo assim os padrões exigidos pelas organizações de saúde.

EtAG em NúmerosProduz 43 mil litros de água por segundo. O suficiente para abaste-

cer uma população de nove milhões de pessoas na região metropolitana do rio. Diariamente são gastas, em média, 120 toneladas de coagulan-tes (sulfato de alumínio, cloreto férrico e sulfato ferroso oxidado), 20 toneladas de cal virgem, 15 toneladas de cloro, 200 kg de polieletrólito e sete toneladas de ácido fluossilícico. além disso, o consumo de ener-gia mensal é de cerca de 25 mil MWh – o suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes.

Guinness Booka ETa Guandu está no Livro dos recordes como a maior estação de

tratamento de água do mundo em produção contínua. O local, que foi construído na década de 50, é tido como uma das principais obras da engenharia brasileira no século XX.

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Szpilman acredita que essa imagem nega-tiva sobre os tubarões pode mudar por meio da educação ambiental. Palestras para des-mistificar a imagem negativa dos peixes e pes-quisas de campo são algumas das atividades realizadas pelo Instituto aqualung. Em pales-tras pelo brasil ele já percebe as mudanças: “acredito no resultado prático. Nas palestras você percebe que quando a pessoa tem aces-so à verdade sobre os tubarões, ela começa a ter outra visão”, aponta o biólogo, “a fama de mau do tubarão, de assassino dos mares, é um grande mito”, complementa.

Sobre a incidência de tubarões em ar-raial do Cabo, Szpilman explica: “arraial do Cabo é uma região de ressurgência. Ou seja, massas de água profundas e frias afloram na superfície, favorecendo a vida de peixes, plâncton e outros animais. E isso atrai a aten-ção do tubarão.”

Szpilman acrescenta ainda que a convi-vência entre tubarões e seres humanos nas praias é pacífica. “O tubarão tem medo de você. Foge quando tem muitas pessoas no mar. E só volta quando já não há mais nin-guém por lá. Nos últimos 200 anos nas praias do rio de Janeiro só houve nove ataques não provocados por tubarões.”

ainda de acordo com o biólogo, as praias de recife, em Pernambuco, têm índices de ata-ques porque as águas são escuras: “Em recife as águas são turvas e por isso o tubarão não

enxerga bem. Ele vê uma parte do corpo do ser humano, braço e perna, por exemplo, e dá uma mordida investigatória. Quando ele percebe que não é sua presa habitual, ele solta e vai embora.”

Contra o finningNo momento, o Instituto aqualung promove uma campanha nacional

contra o finning – prática ilegal e cruel que consiste na retirada das nada-deiras dos tubarões para fazer sopa de barbatana. anualmente, cerca de 70 milhões de animais são mortos só pra virar sopa. Muitos são devolvidos ao mar vivos e feridos e, impossibilitados de nadar, agonizam até a morte.

O abaixo-assinado será enviado ao Congresso Nacional apoiando a criação de um projeto de lei determinando que todos os tubarões captu-rados em águas brasileiras sejam desembarcados com suas nadadeiras íntegras no corpo do animal. Prevê ainda a fiscalização dos órgãos competentes e o maior controle das espécies alvo da pesca predatória.

Para assinar: http://migre.me/3Z6Ov

“O meu interesse por tubarões existe porque é ele um animal lindo e incompreendido. Desenvolve um papel superimportante no meio em que vive, mas poucos sabem disso. E estamos vendo que

eles estão acabando, que é necessário preservar.” Quem afirma é o biólogo Marinho Marcelo Szpilman, diretor do Instituto Ecológico aqualung, localizado no rio de Janeiro.

A entidade sempre apoiou projetos ecológicos e, desde 1994, possui suas próprias iniciativas, como o Projeto Tubarões no brasil (Protuba) – que visa preservar esses animais por meio da conscienti-zação ambiental dos humanos.

“Mergulhei com quase todos os tubarões. Eles não atacam. E não o fazem por que existe uma regra nos mares que diz que o maior preda o

Instituto Aqualung: 17 anos de luta pela preservação dos tubarões

Ele também precisa

de proteção

menor. Os tubarões enxergam muito bem, inclusive de noite, por isso ao verem o homem com pé de pato e todo equipamento de mergulho eles respeitam. Normalmente somos maiores que eles”, explica Marcelo.

Imagem do tubarão assassino é mitoa figura do tubarão assassino, predador de humanos, foi criada,

em 1975, com o filme de suspense norte-americano Tubarão (Jaws), de Steven Spielberg, e tomou forma na mente das pessoas ao longo de suas três continuações.

“a questão do tubarão não é medo. É fobia, que ocorre quando o medo foge ao controle”, afirma o biólogo. “Tem pessoas no interior do país que nunca foram à praia, nunca viram o mar e têm fobia de tuba-rão. Essa fobia coletiva foi provocada pelo filme.”

O Biólogo Marinho Marcelo

Szpilman, diretor do Instituto Ecológico

Aqualung

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12 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 13

Coleta seletiva no rio

A ONG Ecomarapendi vai implantar, por meio dos programas re-cicloteca e reciclagem Solidária, a coleta seletiva em 1.040 resi-dências e 10 condomínios do município do rio de Janeiro.

O consultor ambiental Eduardo bernhardt explica a proposta: “a ideia é atender às ne-cessidades dos condomínios de modo a tor-nar a coleta seletiva algo fluido no cotidiano dos moradores, sem grandes complicações.”

ainda de acordo com ele, “o programa conta com equipes de conscientização dos condôminos e uma equipe de logística de coleta. ambos farão visitas regulares de diag-nóstico, orientação e avaliação para adequar a proposta à realidade local”.

Os condomínios interessados em participar devem preencher o formulário (disponível em http”//migre.me/3YHhu)

e enviar para o e-mail: [email protected].

O projeto conta com o patrocí-nio das empresas ambev, Haztec e brasilPet.

Publicações importantes para os biólogos

A Revista Internacional de Ciências é uma publicação eletrônica quadrimestral voltada para o público acadêmico (alunos, professores e pesquisadores). Nela é possível publicar artigos científicos originais ou de revisão, teses, dissertações, notas técnicas e/ou resenhas, sobre meio ambiente, políticas públicas, educação, saúde e tecnologia. Por ser uma revista digital, ela recebe colaborações de várias

pessoas ao redor do mundo. Dessa maneira é possível integrar diversas pesquisas de diferentes universidades. Ela nasceu para preencher uma lacuna deixada pelas revistas científicas já existentes. Não deixe de acessar: www.iirj.com.br.

Já a Revista Panorama da Aquicultura, voltada para os profissionais do ramo, é a única p blicação brasileira a abordar os organismos aquáti-cos de maneira exclusiva. Com mdia de 3.500 leitores por mês, a revista bimestral apresenta as tendências e as novidades tecnológicas nos aqui negócios. Há 15 anos no mercado, ela democratizou a informação técnica no Brasil e tornou-se bibliografia em trabalhos acadêmicos. Mais informações: www.panoramadaaquicultura.com.br.

a Revista Terra da Gente é a primeira publicação voltada para a conservação ambiental no país. Ela aborda mensalmente ao longo de suas páginas a biodiversidade brasileira, a conservação ambiental e o consumo consciente. Devido a sua linguagem acessível, tornou-se objeto de pesquisa para muitos estu-dantes, em todos os níveis de ensi-no, para pesquisas ou simplesmente complementar os estudos. Com exce-lente qualidade gráfica e editorial, a publicação conta com fotografias de paisagens e animais da nossa fauna e flora. É possível ser assinante da re-vista ou comprá-la na banca. acesse a versão digital pelo site: http://eptv.

O consultor ambiental Eduardo Bernhardt

O biólogo Salvatore Siciliano é pesquisador do Departamento de Endemias da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fio-cruz – onde também ministra aulas de mes-

trado e doutorado. Há 12 anos ele coordena o Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da região dos Lagos (GEMM-Lagos) e recentemente lançou o livro Mamíferos de restingas e manguezais do Brasil – organizado em par-ceria com a professora do Instituto de biologia da Uni-versidade Federal do rio de Janeiro (UFrJ), Leila Pêssoa, e seu aluno de mestrado, William Corrêa Tavares.

De acordo com o biólogo, a publicação da Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) supre mais de 15 anos de desfalque em livros es-pecializados na área.

“Sentíamos uma carência enorme dentro da nossa área de atuação, que são os mamíferos de restingas e manguezais. O único livro sobre o assunto, se não estiver enganado, foi publicado há 15 anos. Por isso, in-clusive, o Mamíferos de restingas é esse sucesso. É o livro que, sem falsa modéstia, todo biólogo vai querer ter na estante”, declarou Salvatore.

A publicação conta com pesquisas atuais de diversos biólogos abrangendo restingas e manguezais do Pará ao Rio Grande do Sul. Em um dos capítulos é revelada a existência de uma nova espécie de roedor nas restingas de Quissamã, São João da Barra e Campos, no Norte Fluminense. De acordo com Salvatore essa descoberta desmistifica a ideia de que as restingas não possuem espécies pró-prias do bioma. O livro, por ser uma fonte de conhecimento científico, também vai auxiliar na preservação e recuperação dos locais estudados.

Salvatore relembrou a trajetória de produção do livro, que ficou pronto em outubro do ano passado. Mas, acabou sendo lançado em fevereiro.

“A professora Leila, o William e eu en-viamos as cartas-convite, esperamos o retor-no dos pesquisadores selecionados. Então, a partir das pessoas que concordaram, elabora-mos uma lista de normas. Como, por exemplo, os tamanhos dos capítulos; o uso de figuras; qual o número de páginas; se seriam coloridas ou preto-e-branco. A partir daí elaboramos prazos, fizemos a cobrança deles. Às vezes tínhamos de ser mais incisivos para cobrá-los”, relembra Salvatore.

Ele frisa que a parte mais difícil de todo o trabalho foi realmente o cum-primento dos prazos:

“Fazer com que as pessoas cum-prissem os prazos foi um desafio. Por-que prazo é uma coisa complicada. Por incrível que pareça essa foi a etapa mais difícil. A parte de revisão de to-dos os capítulos, por exemplo, não foi difícil”, compara.

Salvatore acredita que o livro Mamí-feros de restingas e manguezais vai au-xiliar os estudos dos biólogos que que-rem se aperfeiçoar nessa área. E declara ainda que todo mastozoólogo deve ler essa publicação.

“Não tenho dúvida de que o livro vai ser uma referência de consulta permanente. Quem quiser trabalhar com mamíferos de um modo geral vai consultar esse livro. Todo masto-zoólogo vai gostar de ler esse livro. E os capítulos que tratam da ques-tão histórica vão agradar ao pessoal da área de História e Geografia tam-bém. Assim como aos leigos.”

O volume 2 da série ainda não foi definido, mas Salvatore adianta que será sobre o Pantanal. O biólogo destaca ainda duas publicações importantes que também contaram com sua participação: Cetáceos: in-trodução à Biologia e a metodologia básica para o desenvolvimento de estudos, escrito em parceria com ana Paula Madeira Di beneditto e re-nata Maria arruda ramos e o Plano de ação nacional para a conserva-ção do pequeno cetáceo toninha, organizado com Claudia Cavalcante rocha–Campo e Daniel Schiavon Danilewicz.

Salvatore Siciliano deve lançar mais um livro este ano: “Está para sair a qualquer momento o Guia das aves do campus da Fiocruz, uma produção minha e de um ex-aluno meu, o ornitólogo Davi Tavares.”

O livro que todo biólogo quer na

O Biólogo Salvatore Siciliano e o livro referência na área de mamíferos de restingas e manguezais

estante

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Crbio-02 no CEIVaP

O Crbio-02 foi escolhido para a vaga de su-plente da associação brasileira de Enge-nharia Sanitária e ambiental (abES) junto

ao Comitê de Integração da bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul (CEIVaP). a abES é a mais antiga e atuante entidade do setor de sanea-mento ambiental brasileiro, nasceu como ideia no início da década de 1960, quando um grupo de engenheiros sanitaris-tas do estado do rio de Janeiro, aliados a colegas de São Paulo, rio Grande do Sul, Minas Gerais e bahia, iniciou a mobilização a partir de um con-gresso realizado em bogotá, na Colômbia.

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14 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 15

Crbio integra o Comitê do Paraíba do Sul Formatura da Estácio

N o último dia 24 de fevereiro aconteceu a formatura da 1ª turma de Licenciatura em Ciências biológi-cas da Universidade Estácio de Sá, em Petrópo-

lis. O Conselheiro do Crbio-02, Dr. Valdir alves Lage, foi pessoalmente entregar as carteirinhas para os formandos. Já Eliane Lopes Danello, secretária do Crbio-02, coletou, previamente, as assinaturas dos estudantes.

Se a sua cédula ainda traz a sigla Crb, troque-a já!

I nfelizmente, alguns biólogos ainda utilizam a cédula com a sigla Crb, que atualmente significa Conselho regional de bibliotecono-mia, enquanto a sigla certa é Crbio � Conselho regional de biologia.

Por várias vezes, já foi solicitado a estes profissionais que se dirijam a sede do Crbio-02� rua alvaro alvim, 21/12º andar, Centro rio de Janeiro (rJ) �, com uma foto 3 x 4 para efetuar a troca da cédula com a sigla errada pela a da sigla correta. Tal troca não terá custo até 30 de junho de 2011, impreterivelmente. Passado esse prazo será cobrada uma taxa pela cédula conforme legislação em vigor.

Cadastre o seu currículo no

CrbioDigitalO CrbioDigital é uma ferramenta da internet

para os biólogos divulgarem os seus trabalhos. O espaço – que já está sendo utilizado por todos os Conselhos regionais de biologia – funciona como uma rede social onde os profissionais podem criar suas páginas pessoais com currículo, serviços, portfólios, fotos e artigos. Também é possível inte-ragir com os demais por meio de fóruns e mensa-gens eletrônicas.

Somente profissionais em dia com o Conselho podem integrar o catálogo. O cadastro é gratuito e o biólogo é o responsável pela suas atualizações, que devem ser periódicas.

O cadastro é feito no site do Crbio-02: www.portal.crbio-02.gov.br.

N o último dia 18 de março o Conselho regional de biologia da 2ª região passou a integrar o Comitê da bacia Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul durante o biênio de 2011 a 2013. O objetivo do colegiado, criado em 2008 por decreto estadual, é recuperar o meio ambiente pelo uso correto dos recursos hídricos,

a fim de acabar com a poluição e melhorar a qualidade de vida. O comitê é integrado pelas cidades de Itatiaia, Porto real, Quatis, barra Mansa, Volta redonda, Pinheiral, Valença, rio das Flores, Comendador Levy Gasparian e parte de rio Claro, Piraí, barra do Piraí, Vassouras, Miguel Pereira, Paty do alferes, Paraíba do Sul, Três rios e Mendes. Quem representará o Crbio-02 é o biólogo Paulo José Fontanezi, secretário da agência de Meio ambiente do Município de resende.

Foto: a gerente de Águas do Inea, Glaucia Freitas Sampaio (atrás), o biólo-go Paulo José Fontanezzi, e a Presidente do Crbio-02, Fátima Cristina Inácio de araújo (à direita)

biólogo alexandre Pedrini lança livro

O livro Educação ambiental marinha e costeira no Brasil, do biólogo alexandre de Gusmão Pedrini, acaba de ser lançado pela editora da

Universidade Federal do rio de Janeiro. a publicação aborda resultados de ações, projetos, programas e ativi-dades desenvolvidas em universidades públicas, com o apoio do Ministério do Meio ambiente.

ao longo de suas 274 páginas, reúne artigos dividi-dos em duas seções: na primeira, questões pertinentes à educação ambiental marinha e costeira, propondo po-líticas de preservação; na segunda, são apresentados os projetos em andamento de propostas educacionais para a área. Também estão pre-sentes relatos de pesquisas e experiências realizadas em diversas regiões do país tendo como base o desen-volvimento sustentável.

a publicação está à venda por r$ 40.

Prodes 2011a agência Nacional de Águas (aNa)

recebe, até 25 de maio, as inscrições para o Programa Despoluição de bacias Hidrográficas (Prodes), também conheci-do como programa de compra de esgoto tratado. a iniciativa consiste na concessão de estímulo financeiro por parte de União para os prestadores de serviços de sane-amento que investirem na implantação, ampliação e operação de estações de tratamento de esgoto (ETEs). Saiba mais: http://www.ana.gov.br/prodes.

Erro nossoN a edição nº 97 do informativo Bió-

logos (dez/2010) a estudante que está com a professora Vera Lúcia Vaz

agarez, Vice-presidente do Crbio-02, na pági-na 11, é Vivian Palheta da rocha.

Seu trabalho “Levantamento preliminar de plantas exóticas invasoras do parque natural municipal da Freguesia” foi eleito o melhor pelo público presente no III Cbio, realizado de 19 a 20 de outubro passado, no auditório do Horto botânico do Museu Nacional, na Quinta da boa Vista, rio de Janeiro (rJ)

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16 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 17

7th International Conference on

Urban Pests (ICUP)

O Instituto biológico (Ib) realiza a 7th Internatio-nal Conference on Urban Pests (ICUP) entre os dias 7 e 10 de agosto, em Ouro Preto (MG).

Essa é a primeira vez que o evento trienal acontece na américa do Sul. Voltado para entomologistas, pesquisa-dores e profisionais das áreas de química e biologia, o evento conta com uma programação diversificada: con-ferências com especialistas brasileiros e estrangeiros, workshops, painéis e apresentação de pôsteres. Mais informações: www.icup2011.com.

Parasitologia em São Paulo

Em agosto é a vez de São Paulo receber o XXII Con-gresso brasileiro de Parasitologia entre os dias 24 e 27. O evento acontece no Centro de Convenções rebouças. O tema central do congresso será Valorização do Conheci-mento e aplicabilidade. É esperado um público de apro-ximadamente 2.000 pessoas. Todas as informações estão disponíveis no site: www.parasitologia.org.br.

reflorestamento ambiental no ES

O Congresso brasileiro de reflorestamento Ambiental acontece entre os dias 17 e 19 de agosto no Centro de Convenções do SESC,

em Guarapari, no Espírito Santo. O evento contará com conferência, painel, sessão de pôster e mini-cursos. Outras informações estão disponíveis no site www.cedagro.org.br ou pelo telefone (27) 33337-6222.

Encontro de analistas de alimentos

O XVII Encontro Nacional de analistas de ali-mentos (ENaaL) e III Congresso Latino ame-ricano de analistas de alimentos acontecem

em Cuiabá, no Mato Grosso, entre 03 a 07 de julho. O evento, que terá como tema Segurança Alimentar, Desenvolvimento e Sustentabilidade, é organizado pela Sociedade brasileira de analistas de alimentos (SbaaL) em conjunto com o Laboratório de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (Lacen MT) e seus parceiros. Outras informações no site: www.enaal2011.com.br.

VII Congresso brasileiro

de biossegurança

O VII Congresso brasileiro de biossegurança acontece entre 19 e 23 de setembro na Uni-versidade da região de Joinville (Univille),

em Santa Catarina. O evento conta com uma exposição de dispo-

sitivos e equipamentos de biossegurança, além de palestras internacionais.

Outras informações estão disponíveis na página da associação Nacional de biossegurança (aNbio): www.anbio.org.br.

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14ª reunião Latino-americana

de Fisiologia Vegetale 13º Congresso

brasileiro de Fisiologia Vegetal

Com o tema “Mudanças climáticas globais: do gene à planta”, a 14ª reunião Latino-americana de Fisiologia Vegetal e o 13º Congresso brasileiro de Fisiologia Vegetal serão realizados entre o dia 19 e 22 de setembro, em búzios (rJ). Os dois eventos serão promovidos pela So-ciedade brasileira de Fisiologia Vegetal (www.sbfv.org.br). Os encontros têm o objetivo de promover a apresen-tação, a discussão e a divulgação de trabalhos nas diver-sas áreas com aderência à área da fisiologia vegetal. Os organizadores pretendem também que os eventos esti-mulem a integração dos profissionais que atuam na área. Mais informações: www.sbfv.org.br/congresso2011.

62º Congresso Nacional de botânica

O 62º Congresso Nacional de Botânica aconte-cerá em Fortaleza (CE), de 7 a 12 de agosto de 2011. O evento tem como tema central

“botânica e Desenvolvimento Sustentável”, em que são considerados os aspectos de preservação das reservas naturais dentro da perspectiva do desenvolvimento sus-tentável, pois o desmatamento indiscriminado, o extra-tivismo predatório e o desrespeito à natureza podem acarretar, por exemplo, no desaparecimento de plantas com grande potencial terapêutico e que ainda não fo-ram pesquisadas sob o ponto de vista botânico, agronô-mico, fitoquímico ou farmacológico. Mais informações: www.uece.br/eventos/cnbot62/.

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Page 10: Revista Biologos

18 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 BIÓLOGOS • 99 • abr 2011 19

Novos registradosNo quarto trimestre de 2010, 36 biólogos receberam seus registros na sede do CRBio-02. Já nos primeiros três meses de 2011 foram 50. São eles:

andrei Veiga, Hamilton Mendes, Queli Silva, Melanny Carvalho, angélica Fontes, Leandro Silva, Nathalia Costa e Vinicius Siqueira de alcantara.

ariane barcellos, beatriz Tavares, beatriz Mello, Camille Duque, Célia Cansian, Davi Tavares, Ivo de Carvalho, Jorge Luiz Vicente, Karla almeida, Natalia Vianna, renata Carvalho, rodrigo

Gama, Simone Miranda, Tatiana Antunes, Thiago trindade, Ubiratan Paixão e Amanda Tasaka.

ana Carolina Faria, ana Carolina Mercadante, ana Vasconcellos Garrido, ane Monique Cruz, anita Fernandes, Cinthia Nogueira, Eduardo Garcia, Leticia Lima, Michele Santos, Paulo braga, Stela Macedo.

Adriana Almeida, Alan Lopes, Andre Bordeaux, Barbara Doukay, Claudia Medeiros, Claudia Garcia, Danielle Vigo, Eduardo britto, Felipe Sabino, Gisele da Cruz, Gloria Carvalho, Igor alves, Isabel bechara, Ivana Martinez, Jaciara Oliveira,

Jaqueline Cavalcante, Juliana Souza, Karina Fernandes, Luciana Calheiros, Paulo roberto Cruz, Pedro Castro, roberto Hering, rodrigo Lopes, rodrigo Furtado, Sheyla Damas, Sydney Souza, Vanessa Carvalho, Viviane Vieira e Viviane bueno.

Registre suas atividades profissionais através

da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Lembre-se:o Termo de Responsabilidade

Técnica (TRT) deve ser renovado anualmente.

O CRBio-02 não quer perder você de vista: mantenha seu endereço atualizado, CEP,

telefone e e-mail.

Antes de emitir sua primeira

ART consulte oCRBio-02.

Alzenira Oliveira, Angela Santos, Antonio Ventura, Aquiles Mação, Cosete Feitoza; Cristiane Silva, Danielli Kutshenko, Diego Lima, Edvaldo Costa, Gisele Gomes, Helia Marins, Ingrid Cerqueira, João adriano andrade, Jorge Luiz Silva, Juliana

Dias, Juliana Outeiro, Keite Medeiros, Mary Paladino, Natalia barbosa, Patrícia rodriguez e renan Fernandes.

Janeiro e fevereiro de 2011

Dezembro de 2010

Março de 2011

Outubro de 2010

Novembro de 2010

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Page 11: Revista Biologos

Biólogo.Sempre ao lado das multidões.

Nº 9912208659-4/2001DR/RJ

Habilitação profissional • Fiscalização • Informação • Conhecimento • Serviços • Convênios • Benefícios • Reconhecimento • E muito mais.

Sua valorização é nossa meta.

Conselho Regional de Biologia 2a Região – RJ/ES • www.crbio-02.gov.br

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