revista licensing brasil #49

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EP GRUPO www.licensingbrasil.com Revista Licensing Brasil | Ano 9 | Nº 49 www.licensingbrasil.com mai/jun ano 9 nº 49 SUCESSO ESPONTÂNEO! Febre por youtubers revela mais um canal para o mercado de licenciamento

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SUCESSO ESPONTÂNEO! Febre por youtubers revela mais um canal para o mercado de licenciamento

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Revista Licensing B

rasil | Ano 9 | N

º 49

www.licensingbrasil.com mai/jun ano 9 nº 49

SUCESSO ESPONTÂNEO! Febre por youtubers revela mais um canal para o mercado de licenciamento

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ÍNDICE

(44)

(24)

Curtas do licenciamento 12

Especial – Licensing Road Show 16

Entrevista – Miguel Vives [Disney] 18

Estreia – As Meninas Superpoderosas 22

Capa – Licenciamento de youtubers 24

Novos Negócios – Distroller 32

Vitrine – Licenciados na 33ª Abrin 34

Agente – Iconix 38

Avant-Première 40

Executivo & Cia – Paula Nass 42

Empresa – Fakini 44

Mídia – Por André Porto Alegre 46

Jurídico – Siqueira Castro Advogados 48

Digital – Por Flavio Salomão [iSee] 50

(16)

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Em nossa constante busca por temas relevantes, nos depara-

mos com a forte onda das webcelebridades. Não apenas pelos

alarmantes números de inscritos em seus canais de vídeos na

internet e pelas aglomerações que causam em eventos, mas, sobre-

tudo, pela aparição de linhas de produtos próprios sendo comerciali-

zados por esses youtubers. Ainda em fase de estruturação no Brasil,

alguns já contam com agenciamento e programas de licenciamento,

enquanto outros administram independentemente suas parcerias.

O fato é que eles têm expressiva (e incontestável) influência, prin-

cipalmente entre os jovens. Os destaques e as peculiaridades dos

contratos estão reunidos na matéria de capa, com uma análise de

comportamento assinada pela Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente.

Mais uma oportunidade para realização de grandes negócios!

Destaque também para a inspiradora entrevista com o presidente

da The Walt Disney Company Brasil, Miguel Vives. O poder de dissemi-

nação dos personagens da companhia, o grande número de empresas

licenciadas e o trabalho da Disney no ponto de venda foram alguns dos

motivos que nos levaram até o executivo. Sucesso construído cuidado-

samente ao longo de anos e mantido com profissionalismo, pesquisa e

muita tecnologia só poderiam encantar a todos. Recomendo a leitura.

Ainda nesta edição, um pouco do que rolou na feira Abrin 2016

em uma vitrine de lançamentos licenciados. Mais uma vez, o evento

comprovou a permanente e imprescindível presença das animações

nas linhas de brinquedos. Reunimos também os próximos filmes que

farão a cabeça das crianças em um futuro não muito distante. Quem

esteve no Licensing Road Show 2016 saiu apaixonado pelos teasers

apresentados pelos agentes. Essas e outras promessas também estão

no avant-première, com títulos previstos até 2017.

Fique bem informado, planeje novos negócios e boas vendas!

Canalize suas vendas!

EDITORIAL

Ano 9 – Ed. 49 – Mai/Jun – 2016Espaço Palavra Editora e Arte Ltda.

‹ Direção-geral e jornalista responsável ›Marici Rosana Ferreira (MTB 36727)

‹ Conselho editorial ›David Diesendruck (Redibra), Ênio A. Kohler (Lepper), Kiko Smitas (Fantasias Sulamericana), Ana Amélia de Cesaro e Aurélia Picoli (Play Consultoria Infantil), Marici Foroni (Foroni), Gustavo Bacchi (Riclan), José Martins (Panini), Marcus Macedo (Abral), Edson Sawa (Regina Festas) e Germano Costa (Brandili).

‹ Revisão ›Renata Lopes Del NeroLu Peixoto‹ Redação ›Kika MartinsLívia de Vivo‹ Arte › Wilson AlvesMaurício Trocoli‹ Departamento comercial ›Alessandra Aragon FrateDaiane Miranda‹ Marketing ›Lívia GimenesLuiz Paulo Ferreira‹ Administrativo ›Cristina Venâncio‹ International sales › Multimedia, Inc. (USA)Tel. +1-407-903-5000 E-mail: [email protected]‹ Administração, publicidade e redação ›Av. Rouxinol 1041, conj. 1109Moema – São Paulo/SPCEP: 04516-001Tels. (11) 5092-5588/(11) 5094-0403E-mail: [email protected] [ Assinaturas ](11) 5092-5588 ou pelo site www.epgrupo.com.br

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores e podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

As fotos utilizadas nesta edição pertencem ao banco de imagens da Revista Licensing Brasil e podem ser utili-zadas desde que citada a fonte.

A Revista Licensing Brasil possui distribuição nacional para diretores, gerentes de marketing e demais pessoas envolvidas no mercado de licenciamento dos setores de publicidade, acessórios, alimentos, brinquedos, canais de TV, confecção, cosméticos, higiene e limpeza, papelaria, promocional, tecnologia e informática. Profissionais de outros setores poderão adquirir os exemplares por meio da assinatura da revista.

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LICENCIAMENTO

12

Prêmio “Melhores do Ano 2015” da Warner

Durante o mês de março, foi realizado o evento “Melhores do Ano 2015”. A premiação reconhece as

companhias que se destacaram na gestão das marcas licenciadas da Warner Bros. Consumer Products no Brasil.

Entre os vencedores da edição, estão: Alpargatas (Maior Crescimento), Iron Studios (Experiência de Mar-

ca), Sulamericana (Melhor Execução no Varejo), Band Up (Produto de Inovação em Licenciamento), Cacau

Show (Expressão em Licenciamento), Wickbold (Melhor Exposição de Marca Licenciada), Burguer King (Me-

lhor Ação Promocional) e Alpargatas (Melhor Licenciado do Ano).

NBA mira licenciamentos em plano de expansão

A estratégia está bem definida. A NBA, uma das principais ligas esportivas do mundo, vem

crescendo no Brasil. O próximo passo para o plano de expansão do escritório brasileiro é firmar

novos contratos de licenciamento com a marca. Depois de promover uma série de grandes even-

tos nos últimos quatro anos – entre eles, a realização de três jogos oficiais no Rio de Janeiro – e

impulsionar a transmissão de partidas ao vivo, importantes para mostrar o tamanho da liga ao

mercado, o objetivo agora é buscar novos parceiros.

O mercado nacional recebeu muito bem a NBA, a qual negocia novidades com várias empresas.

“Ainda há muito mercado a ser explorado”, afirma Sérgio Perrella, diretor de licenciamento e varejo da NBA no Brasil.

Atualmente, a NBA possui acordos globais com marcas como adidas, Tissot e Panini, e contratos locais com

Foroni, Dermiwil e Netshoes (administradora do e-commerce oficial da liga no País – LojaNBA.com).

Acessórios, alimentos e brinquedos são alguns dos segmentos nos quais a liga tem intenção de aumentar a

cartela de parceiros. Entre os diferenciais do programa, vale ressaltar a possibilidade de explorar os logos das 30

equipes que disputam a liga, além das logomarcas da NBA.

Da TV para o licenciamento

“O Diário de Mika” é uma série de desenho animado voltada para o público pré-escolar

sobre uma menina de 4 anos de idade muito curiosa. Mika, junto com seus amigos, desco-

bre coisas novas desenhando em seu tablet.

A série transmitida pelo canal Disney Junior, já é o terceiro programa infantil mais as-

sistido na TV a cabo brasileira. Além da TV, Mika também é sucesso no YouTube, com mais

de 12 milhões de visualizações em seu canal.

Com o sucesso da marca nas telinhas, a distribuição da série nos quatro cantos do globo

está a todo vapor e uma segunda temporada já está em produção. Diversas ações de posi-

cionamento de marca estão em desenvolvimento, mas a entrada na área de licenciamento

é a principal estratégia da marca para o ano de 2016. O desenho “O Diário de Mika” é uma produção do estúdio

brasileiro SuperToons e terá uma gama de produtos. Para obter mais informações: www.supertoons.com.br.

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Mai/Jun 2016 13

TV Cultura estreia Zupt! Com o Senninha

No último dia 21 de março, Ayrton Senna teria completado

56 anos de idade. Como forma de homenageá-lo, a TV Cultura

estreou a série Zupt! Com o Senninha. Estrelada pelo famoso

personagem inspirado no piloto, a animação em 2D passou a

ser exibida nos intervalos da programação da emissora.

Senninha é um garoto apaixonado por velocidade que sonha em

ser piloto. Seu mundo é cercado por carros, bielas, chassis e pneus, além de engenhocas

e ferramentas poderosas. Os temas giram em torno do automobilismo e trazem alguns

valores muito importantes, como a amizade, o respeito aos mais velhos, o cuidado com

a alimentação e a prática de atividade esportiva.

A série, composta por 13 episódios de um minuto cada, traz ainda mais três perso-

nagens: Neco, um mecânico-inventor; Gabi, uma menina que adora artes; e Becão, um

cachorro que pensa que é gente. Zupt! Com o Senninha conta com roteiro e direção

feitos pela equipe do Instituto Ayrton Senna. A produção é da Super Toons.© A

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Nova linha Speedo by Sanavita

Em parceria com a empresa de nutrição Sanavita, a Speedo desenvolveu uma linha com-

pleta e inédita em seu portfólio. Agora, os atletas contam com a qualidade e experiência

das duas empresas para melhorar o desempenho no esporte. Os produtos foram criados

com base em pesquisas científicas.

Compostos, por exemplo, por carboidratos e proteínas, os itens aumentam a energia, a

tolerância aos exercícios, reduzem o cansaço e repõem líquidos, entre outras funcionalidades.

Para obter mais informações, acesse www.speedo.sanavita.com.br.

Foroni emplaca linha dos Jogos Olímpicos

Para celebrar a alegria de sediar um dos maiores eventos multiesportivos

do planeta, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, a Foroni desenvolveu

uma linha de cadernos, agendas, cadernetas e etiquetas adesivas em home-

nagem ao evento. Esta será a primeira vez dos Jogos Olímpicos na América do

Sul. Em agosto de 2016, o Rio de Janeiro reunirá os apaixonados por esportes

na maior torcida e vibração.

Cadernos universitários, caderno ¼, caderno brochura/brochurão costura-

do, cadernos pedagógicos, agenda escolar e caderneta 1 8 Rio 2016 são alguns

destaques da linha.

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LICENCIAMENTO

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Record Hub fecha parceria com Exim

O Record Hub, braço da Record recém-inaugurado para explorar o potencial das marcas da emissora

em diferentes plataformas, acaba de fechar um acordo de licenciamento com a Exim Licensing Group. Este

é o primeiro contrato feito pelo Record Hub para o desenvolvimento de produtos licenciados inspirados na

novela Os Dez Mandamentos, o maior sucesso televisivo da emissora no ano passado. A novela originou

um longa-metragem e, em breve, ganhará uma segunda temporada.

O Record Hub é comandado por Antonio Guerreiro, superintendente de estratégia multiplataforma da Record.

Fonte: http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2016/03/14/Record-Hub-fecha-parceria-

-com-Exim.html#ixzz42uQToNUT – 14/3/2016.

Lepper lança linha do Show da Luna

A personagem Luna, da produção brasileira exibida diariamente no ca-

nal Discovery Kids, já estampa uma coleção exclusiva de cama e banho da

Lepper.

Entre os lançamentos estão jogos de cama de 2 e 3 peças, colchas

simples e em matelassê, edredom, fronha avulsa, roupões, toalhas e até

cortinas para decorar o quarto da criançada. Além dos produtos para

cama, a Lepper também criou 5 variações de estampas para toalhas de banho

felpudas e uma para a toalha aveludada, ideal para levar à praia ou piscina.

Para encontrar um ponto de venda, acesse www.lepper.com.br/onde-comprar.

Batman Vs Superman ganha linha de cadernos e gifts

A esperada luta entre Batman e Superman marca um dos momentos mais

icônicos do cinema. A Warner está investindo pesado em seus super-heróis e, até

2020, lançará 10 novos filmes da série DC Comics.

A Jandaia conta com a licença desse sucesso mundial e já preparou uma

linha de cadernos universitários e gifts dos personagens.

Caderneta Batman Vs Superman, capa dura, caderno espiral universitário

capa dura e caderno universitário espiral capa dura são alguns dos lançamentos.

Com mais de 60 linhas de cadernos, agendas, blocos e gifts para todas as

idades e estilos, a Jandaia renova sua coleção para 2016 também com novos

recursos gráficos.

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Novo diretor comercial da Sanrio

A fim de fortalecer o crescimento dos negócios

de licenciamento no Brasil, a Sanrio, detentora da

marca Hello Kitty, anunciou a contratação de Gian

Catinella. O executivo será responsável por todo o

departamento comercial, colaborando com sua ex-

periência de mercado para o desenvolvimento da

área e para a diversificação e expansão das parcerias

de licenciamento da marca.

Equipe reforçada de licenciamento da

Rinaldi Produções

A partir de agora, George Sonoda lidera a divisão

de lcenciamento na Rinaldi Produções. Com grande

experiência na área de entretenimento, ele atuou em

grandes empresas como 20th Century Fox e Warner

Bros Cinema, Warner Consumer Products, Hasbro e

Discovery Comunicações.

Ainda na Rinaldi Produções, Catharine Paulossi é a

nova gerente de licenciamento, responsável pela área

comercial, tendo em vista sua experiência comprova-

da em produtos de consumo/promoções de diversas

categorias de mercado. Como gerente comercial, traz

a experiência da agência de licenciamento Angelotti

Licensing e de empresas como Cartoon Network

(Turner), Allfood, Panini Brasil, Full-fit e Siciliano.

Já Patrícia Gomes assume a gerência de varejo da

Rinaldi, com experiência de 15 anos no mercado de li-

cenciamento em empresas como Disney e Redibra, além

de nas áreas de promoção e varejo na Net e na Tim.

Tycoon 360º conta com reforço

Após atuar por 8 anos na Mattel do Brasil no

marketing e comercial, Elaine Lopes entrou para a

equipe de licensing da Tycoon 360º.

No cargo de executiva de contas – softlines, a

profissional chegou para somar, após ter passado

pela Sestine e pela Mattel.

DE CASA NOVA!

Mai/Jun 2016

Gloob licencia marca Miraculous para

grandes empresas

O Canal Gloob fechou parceria com dez

empresas para o licenciamento da marca

Miraculous – As Aventuras de Ladybug,

animação exibida pelo canal que estreou

em março como líder de audiência entre as

meninas e que tem o Gloob como seu re-

presentante exclusivo no Brasil. Baby Brink,

Grendene Kids, Malwee, Mexbrás, Pacific,

Panini, Regina Festas, Renner, Sulamericana

Fantasias e Tilibra são as empresas que já

preparam produtos com a heroína.

Na Abrin 2016 já foram apresentadas ao

mercado a boneca de Ladybug desenvolvida

pela Baby Brink e a roupa de super-heroína da

protagonista que a Sulamericana levará até as

meninas. A Grendene Kids produzirá calçados

da marca; a Malwee e a Renner, roupas com

estampas da animação. Para o volta às aulas

2017, a Pacific produzirá a linha de mochilas,

e a Tilibra, cadernos; a Regina Festas criará a

linha de festas inspirada no universo da atra-

ção, e a Mexbrás, a linha de plásticos, como

squeezes e copos.

Além disso, os brinquedos da marca, fabri-

cados pela Bandai no exterior, serão importados

oficialmente para o Brasil pela Sunny Brinquedos.

15

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LICENSING BRASIL16

ESPECIAL

D edicando-se a fomentar o mer-

cado de licenciamento no Brasil,

o EP Grupo realiza uma gama de

eventos que reúnem os profissionais do

ramo, agentes, varejistas e fabricantes de

bens de consumo − este foi o caso do últi-

mo Licensing Road Show, que aconteceu

em 6 de abril, no segundo dia da feira Abrin

2016. Estiveram presentes no local os porta-

-vozes de Disney, Mattel, Rinaldi Produções,

Redibra, Dreamworks, Nickelodeon e Warner

– eles apresentaram novidades e marcas para

a temporada. Veja quem circulou por lá!Equipe EP Grupo e Abral

Rodrigo Lemos (Chaim Produções) e Cássia Viger (Educassia)

Carlos Manui (Track Jobs) e Gustavo Secco (Novabrink)

David Diesendruck (Redibra), Sérgio Kalili (Hotz e Plotz), Eduardo Machado (Bossa Nova Filmes) e Ronaldo Gasparini (Bossa Nova Filmes)

Equipe Rinaldi Produções João Fernandes, Juliana Martins, Guilherme Lobato (Ed. Planeta)

Apresentação da Nickelodeon no Licensing Road Show

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André Sarmento (Creata), Igor Reis (Warner), Marici Ferreira (EP Grupo) e Mara Ronchi (Disney)

Sonia Candido e Regiane Longo (Ri Happy)

Lays Mendonça, Letícia dos Santos e Natália Costa (Pernambucanas)

Luis Salazar (CPL), Herbert Greco (CPL), Paula Nass (Dreamworks) e JR Desousa (Dreamworks)

Luiza Queiroz (Disney)Sérgio Kalili (Hotz e Plotz), Alessandra Frate (EP Grupo) e Ana Maria (Líder)

Luana, Denise, Betina, Ana Saraiva e Maria Eugênia Cardoso (Redibra)

Junior Muzilli e Geraldo Zinato (Lider Brinquedos)

Valéria Zugaib (Mattel), Renata Endo (Disney), Anthony Moreira (Disney), Andreia Kawakami (Mattel) e Fabiana Fujihara (Disney)

Palmyra França, Thaís Pepe e Carla Pepe (Carla Pepe)

Soni Garcia (Supertoons), Cassia Viger (Educassia) e Thiago Bentacour (Supertoons)

Tatiane Tardelli (Nickelodeon)

Denise Ledoux e Thaisa Borges (Hasbro)

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LICENSING BRASIL18

ENTREVISTA

Miguel Vives

“Eu amo o que faço”. É com esse espírito e

toda a vibração latina que o empresário con-

duz seu trabalho à frente da The Walt Disney

Company Brasil.

Licensing Brasil – Desde o início da sua ges-

tão, o que mudou para a Disney do Brasil?

Miguel Vives – Eu acho que três coisas impor-

tantes aconteceram. A primeira delas foi o foco dado

às franquias. Quando cheguei ao Brasil, a primeira

coisa que perguntei foi: o que acontece com o Mi-

ckey aqui? Como transmitem o valor do persona-

gem? Quer dizer, o que fazemos com cada uma de

nossas franquias no mercado? Quantas horas temos

de televisão, quantos filmes temos, quantos DVDs e

outros produtos licenciados, quanto tempo o brasi-

leiro gasta em frente da televisão, quais eventos tí-

nhamos e de que tipo etc.? Então, quis conhecer o

poder de nossas franquias e a importância de cada

uma delas. Precisava saber o que venderia para as

empresas interessadas em fechar negócios com a

Disney. Portanto, ao detectar o real valor de nossos

personagens, criamos um portfólio muito importan-

te. Esse foi o primeiro passo.

O segundo ponto foi voltar-se à questão da nossa

mídia: como usamos os três canais de televisão, a

rádio Disney, as corridas, o cinema, as publicações

e demais meios para divulgação dessas franquias.

Utilizamos o poder da divulgação dessa mídia para

trabalhar nossas franquias.

Outro aspecto relevante foi o relacionamento geral

criado no mercado nacional. Do varejo às redes de ci-

nema, passando por diversos parceiros, até o segmen-

to de licenciamento, criamos bons contatos. Além de

outras tantas medidas adotadas, esses três pilares fo-

ram extremamente relevantes e representam a grande

mudança da Disney Brasil, nos últimos 5 anos.

LB – Como definiria o atual momento do mer-

cado de licenciamento no Brasil?

Miguel – Os consumidores brasileiros são muito

espertos, quando se trata de licenciamento. Sabem

exatamente do que gostam e o que procuram. A

Disney tem um leque completo de franquias e pro-

dutos, mas de modo geral o mercado brasileiro é

especialista no assunto. Quando gostam de uma

franquia, vão em busca das linhas. Os empresários

precisam estar prontos para desenvolver os produ-

tos corretos e que tenham o giro certo e o preço

adequado para atender à demanda do consumidor

brasileiro. Eles não compram “gato por lebre”; bus-

cam o melhor da marca que procuram.

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A indústria brasileira tem se desenvolvido muito

nos últimos anos. No setor de brinquedos, por exem-

plo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brin-

quedos (Abrinq) tem realizado um ótimo trabalho.

Tenho ouvido que 58% do mercado é dedicado ao

produto nacional, a produtos desenvolvidos no Brasil.

LB – Essencialmente, qual o atributo comum

às marcas da Disney?

Miguel – Dois aspectos importantes fazem a dife-

rença, nesse sentido. Conhecemos o consumidor, atingi-

mos as suas necessidades e expectativas e temos um le-

que de produtos diferenciado. Um exemplo é a franquia

Winnie The Pooh. Para mim é uma honra comercializar

a marca e posso dizer que uma criança com menos de 2

anos de idade só tem acesso ao produto porque a mãe

se encanta com a franquia. Nossa linha é tão ampla que

alcança a toda a família. Seja fã de Pooh ou de Star Wars,

gostará de algum produto da Disney. A criança acorda e

já faz a higiene bucal com uma escova de dentes do Mi-

ckey. Vai para a escola e leva o caderno do personagem

ou a mochila. Na hora do intervalo, pega o copo para

tomar o suco e também é um produto licenciado. Ou

seja, a Disney vai acompanhá-la o dia todo, passando

por praticamente todos os setores.

Hoje temos cerca de 165 licenciadas Disney no

Brasil. Temos menos empresas produzindo, mas com

uma qualidade bem melhor, temos produtos mais fo-

cados, com melhor giro e margem. Senão, não faz

sentido lançar um produto.

Creio na importância de se ter uma visão alinhada

com o varejo. E não apenas no universo das crianças:

os fãs de Star Wars, Marvel e Princesas, por exemplo,

dão margem a outros targets de consumo.

LB – Qual o conceito da Expo Disney 2016?

Miguel – Falar de uma maneira democrática e que

agrade a todos. O que faz a diferença é a cereja do

bolo. Hoje, o licenciamento é essa cereja. Quem tem a

visão de colocá-la em seu negócio, sem mexer no pre-

ço, se destaca. Esse pequeno detalhe é o que prende

a criança. A qualidade é nossa primeira preocupação.

Se você comprar uma camiseta e ela encolher quando

for lavada? Imagina que imagem horrível terá dos pro-

dutos da Disney! Mesmo que deseje outro artigo que

não tenha nada a ver com confecção, o consumidor

não vai comprar mais nada. Por isso, cuidamos tanto.

Reduzimos o número de licenciados e focamos na alta

qualidade dos produtos.

É uma questão de filosofia. Entendemos que, às

vezes, a criança tem a chance de ter apenas um pro-

duto Disney. Somos parte de todas as famílias brasilei-

ras e isso se traduz por essa capilaridade alcançada e

passa pelo acesso aos produtos das classes C/D, que

compram com menos frequência, mas têm o direito

de ter a mesma qualidade quando o fizerem.

LB – O evento ganhou muita força nas últimas

edições, graças a sua visão e forma de particular

de trabalhar. Hoje, a Expo Disney é uma exposi-

ção importante para o mercado brasileiro. O que

a Expo significa para você?

Miguel – A Expo Disney é um convite aos nossos

amigos e parceiros para que conheçam o que temos

de melhor, da mesma maneira que reunimos familia-

res e amigos em nossas casas. A feira mostra quem

somos: uma companhia extremamente focada em

entretenimento, para cada uma das faixas etárias e

com franquias maravilhosas. Na Expo temos também

a oportunidade de mostrar nossas mídias, eventos es-

peciais (shoppings, corridas etc.), canais, rádio, filmes

etc. Portanto, é uma honra ter a visita de tantos profis-

sionais. Ali, inseridos dentro deste ambiente de magia,

eles percebem que são parte da Disney. Não se trata

simplesmente de magia. É preciso pesquisar e fazer os

processos e produtos certos. Assim, serão mágicos!

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LICENSING BRASIL20

ENTREVISTA

Este momento não poderia ser melhor para ser um

parceiro Disney. Hoje, temos uma visão clara da impor-

tância de nossos licenciados, o giro certo, preço e produ-

tos certos. A importância da qualidade dos artigos. Se o

consumidor puder ter apenas uma experiência por ano,

que seja a melhor. Se puder ver apenas um filme, tem

de ser o melhor filme a que ele já assistiu. Nós cuidamos

desses detalhes. No ano passado, apenas dez anima-

ções atingiram mais de 3 milhões de expectadores nos

cinemas brasileiros. Neste ano, somente da Disney serão

8 filmes com previsão de bilheterias semelhantes. Temos

altas expectativas com Moana, que estreia no Brasil em

janeiro de 2017. Segue o mesmo conceito de uma prin-

cesa. É incrível, garanto que todos vão amar.

Este é o 100 ano da Expo Disney no Brasil; sem

dúvida, um marco para o evento. A primeira edição eu

implementei no México, há 16 anos. Começou de for-

ma informal, quando decidimos reunir alguns produ-

tos para conhecermos tudo que estava no mercado.

Pedi para os licenciados os levarem para a minha sala

e, em pouco tempo, precisei levar tudo para um hotel

porque não conseguia mais entrar nela. Inicialmente,

aluguei uma suíte em um hotel por dois dias. Acabei

ficando uma semana. Assim, surgiu a ideia da feira.

LB – Como a companhia acompanha às mu-

danças de comportamento do público e de que

maneira atende essa nova geração?

Miguel – A maravilha da Disney consiste nesse

portfólio completo de produtos e a maneira uniforme

como atende aos consumidores. O fato de acompa-

nharmos a vida das pessoas, desde a linha baby, pas-

sando pela fase do Mickey, dos super-heróis ou das

Princesas, até os 18 anos de idade, com Star Wars e

assim por diante, resulta em constante acompanha-

mento. Seja no Japão, seja no Brasil, temos uma linha

pensada para encantar os consumidores. A Disney

acompanha a vida de todos, independentemente da

faixa etária. Quanto à forma de se comunicar, hoje

existe a internet, que não existia no passado. Com isso,

surgem outros pontos de contato com o consumidor,

tais como o unboxing – vídeos que demonstram o uso

e as vantagens dos produtos. A comunicação mudou

para o bem, no sentido de mostrar com maior facilida-

de nossos projetos e lançamentos ao mundo.

LB – De que forma a Disney Estados Unidos

enxerga o Brasil?

Miguel – Somos muito importantes em alguns ne-

gócios. Em outros, ainda temos muito trabalho pela fren-

te. No que se refere ao cinema, por exemplo, geralmente

ficamos em 40 ou 50 lugar em bilheteria no mundo.

Em termos de recordação de marca, estamos entre

os primeiros do mundo também. No Brasil, somos a

marca mais conhecida, ao lado da Rede Globo. Inclusive,

temos grande representatividade no Nordeste brasilei-

ro. Grandes redes, como a Ri Happy e o Walmart, têm

importante papel na consolidação de nossas marcas na

região. Ali, temos dois desafios: a distribuição de con-

teúdo e a imediata associação entre nossas franquias

e a Disney. Mesmo com publicações, fizemos um bom

trabalho com a Editora Abril. No geral pode ter havido

uma queda, mas temos bom reconhecimento de nosso

trabalho. Até mesmo na TV aberta temos um contrato:

com o SBT, para veiculação da programação Disney.

LB – Qual o balanço da Disney Brasil?

Miguel – Estamos indo super bem. No ano pas-

sado, conseguimos crescer. Neste ano, os resultados

estão melhores ainda. O fato é que nossos parceiros

acreditam na Disney e temos feito um cuidadoso tra-

balho com eles: 25% do portfólio de produtos com

preço mais baixo e qualidade.

Por fim, o avanço da tecnologia elevou demais o

padrão das animações e isso faz toda a diferença para

os negócios. Eu amo o que faço!

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LICENSING BRASIL22

Quase vinte anos se passaram desde o lan-

çamento original de As Meninas Super-

poderosas, uma das franquias de maior

sucesso do Cartoon Network. As personagens Flor-

zinha, Lindinha e Docinho tornaram-se ícones para

muitas crianças e adultos e agora estão de volta,

protagonizando a nova série que estreou mundial-

mente em 4 de abril.

A animação atende a uma importante deman-

da de mercado ao representar garotas conectadas

e independentes – a série original foi responsável

por gerar 2,5 bilhões de dólares em vendas glo-

bais, sendo que o Brasil foi o mercado no qual

a marca obteve maior longevidade. “As Meninas

Superpoderosas marcaram fortemente uma gera-

ção e acreditamos que temos a fórmula perfeita

As Meninas Superpoderosaspara engajar novos fãs e proporcionar uma ex-

periência incrível aos nossos consumidores”, diz

Cidinha Figueira, diretora de licenciamento do

Cartoon Network no Brasil.

Com traços e roteiro modernizados, a animação

pretende arrebatar crianças de diferentes perfis e

movimentar o varejo. O Cartoon Network ampliou a

estratégia global de licenciamento para a marca. “Es-

tamos sempre abertos a estabelecer parcerias com

empresas consolidadas em seu segmento de atua-

ção, com forte distribuição no varejo e inovadoras no

desenvolvimento dos produtos”, conta a executiva.

A série voltou acompanhada de uma experiên-

cia multiplataforma e já tem licenciados de diversas

categorias como brinquedos, roupas e acessórios,

calçados, artigos escolares e de festas.

ESTREIA

Page 23: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 23

Suporte aos licenciados – A fim de conhe-

cer a fundo os hábitos de consumo de conteúdo da

nova geração, o Cartoon Network realiza pesquisas

que dão suporte a seus lançamentos. Há também

uma área de varejo especialmente dedicada aos

produtos licenciados e, em paralelo, uma equipe

de relações públicas se envolve no desenvolvimen-

to de campanhas e no relacionamento com os ve-

ículos de comunicação especializados – tudo para

dar a maior visibilidade possível para a marca.

Com 40 novos episódios cheios de humor e fo-

fura, As Meninas Superpoderosas certamente vão

dar o que falar neste ano. Cidinha Figueira, diretora de licenciamento do Cartoon Network no Brasil

O que mudou?

As três protagonistas receberam novos poderes – agora elas são

capazes de formar auras gigantes e de diferentes formatos, de acordo

com suas personalidades. Essa habilidade ajuda no combate aos vilões

de Townsville. As meninas também estão incluídas na era digital e

enfrentam problemas do mundo moderno: o tradicional telefone foi

substituído por smartphones para manter contato com o prefeito.

Os episódios também ganharam um novo ritmo, mais atual e

condizente com a percepção das crianças.

Page 24: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL24

CAPA

A internet é, definitivamente, o canal dos

milhões. Milhões de conteúdos, opiniões,

vozes, visualizações, soluções, buscas e

também milhões de fãs e vendas. Como não poderia

deixar de ser, o antigo boca a boca agora reverbera

pela rede com rapidez e influência (até então) jamais

alcançadas. Para as marcas, abriu-se um caminho sem

volta para exposição e comunicação com consumido-

res de, praticamente, todas as idades.

Segundo estatísticas do YouTube, a plataforma

com mais de 1 bilhão de usuários atinge mais adultos

de 18 a 49 anos de idade que qualquer rede a cabo

nos Estados Unidos. Na realidade, esses dados nem

seriam necessários. Basta observar uma criança, uma

mãe com um bebê ou um adolescente para atestar a

adesão, a utilidade e o poder de persuasão dos vídeos

compartilhados pelo canal na internet.

Em 2015, uma pesquisa realizada pela Play nas

regiões norte e nordeste, sul e sudeste do País, com

mais de 400 participantes entre 6 e 18 anos de ida-

de, apontou mudança nas relações entre eles e seus

ídolos. “Os jovens não querem mais ser fãs, e sim se-

guidores. Querem acompanhar quem está próximo a

eles, no dia a dia, entregando conteúdo relevante e

aplicável”, observa Ana Amélia, sócia-diretora da Play

Pesquisa e Conteúdo Inteligente. De acordo com sua

análise de tendências, 88% dos pesquisados declara-

ram seguir quem tem algo a ensiná-los. “Vivemos a

geração das webcelebridades”, comenta Ana – leia o

artigo completo, mais a diante.

O que inicialmente seria apenas uma brincadeira

ou um meio para colocar a boca no trombone se tor-

nou uma fonte de renda. A representatividade como

formadores de opinião é tão consistente que mui-

tos canais oficiais e videomakers agora contam com

linhas próprias de produtos. Outros já demonstram

interesse pelo segmento.

Nesse sentido, a Endemol, uma das maiores empre-

sas de entretenimento do mundo, já divide sua expe-

riência com alguns empresários no Brasil. “Nosso atual

A febre dos youtubers, vlogueiros e afins chega ao mercado nacional de licenciamento

Eles já te convenceram?

Page 25: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 25

foco é licenciar o canal e seu conteúdo,

explorando também a imagem e os as-

suntos inseridos pelo youtuber. Mas,

em primeiro plano, a ideia é trabalhar o

canal. A produção desses roteiros é de

nossa autoria, dinâmica e interessante.

Vale destacar que a marca é a própria

mídia, por meio da qual podem ser

anunciados os produtos licenciados”, explica Fernan-

da Abreu, diretora de licenciamento e promoção de

marcas da Endemol Shine Brasil.

Recentemente, a agência Kasmanas Licensing

fechou uma parceria

com a Digital Stars

e entrou para o seg-

mento. “O consumo

mudou e, claro, mudou-se a maneira de criar projetos

de licenciamento. Logo percebemos esse mercado.

Afinal, como não considerar um público de 6 bilhões

de views? Pensando no desejo de consumo, entra-

mos com força total. Já possuímos o maior e melhor

casting de youtubers, além de uma superestrutura

para oferecer essa novidade aos clientes. Hoje, os

youtubers são influenciadores e pop stars que fa-

zem o caminho inverso, pois saem da

internet e invadem a televisão. Sem

contar a fidelidade dos fãs, os quais

transformam cada nova postagem em

um estouro de likes e comentários nas

redes sociais”, conta Ana Kasmanas,

diretora da agência. De acordo com a

agente, os clientes estão sendo mui-

to receptivos a essa nova maneira

de fazer negócio e otimistas com os

resultados. “Nosso grande desafio é

desenvolver produtos adequados para

esse público, com o mundo virtual in-

teragindo com o mundo real.”

Para o próximo “volta às aulas”,

a Jandaia anuncia a linha youtubers,

cujos produtos estão previstos para chegar ao vare-

jo no mês de julho. Oferecer artigos criados pelos

próprios youtubers, de acordo com suas expressões

e seu estilo de vida, é primordial nesse projeto. “A

iniciativa surgiu das pesquisas do Jandaia Lab sobre o

comportamento de nossos consumidores. Hoje, exis-

te um público enorme conectado com esses forma-

dores de opinião. Eles se identificam e seguem seus

canais como um entretenimento direto e legítimo.

Precisamos acompanhar essa realidade para estar

cada vez mais perto e presente na cabeça do con-

sumidor”, observa Fabrício Pardo, gerente de marke-

ting da Jandaia. A expectativa é de grande procura

pela linha, assim como acontece nas redes sociais. “O

número de seguidores facilita a divulgação da linha,

sem contar com as ações promocionais realizadas via

youtubers. Além disso, eles estão mais

disponíveis para sessões de autógra-

fos no varejo, participação em feiras e

eventos, por exemplo”, conclui.

Confira alguns destaques, cujos

programas de licenciamento já estão

em negociação no Brasil em busca de

parcerias e novas linhas.

Fabrício Pardo

Fernanda Abreu

Ana Kasmanas

O cOnsumO mudOu e, clarO, mudOu-se a maneira de criar prOjetOs de licenciamentO.

lOgO percebemOs esse mercadO

Page 26: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL26

CAPA

AwesomenessTv Brasil

Link do canal: www.youtube.com/channel/

UCdmL9gzXWyU3g1VNpFKtzAQ

Público-alvo: Mulheres de 12 a 25 anos de idade.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Christian Figueiredo

Link do canal: www.youtube.com/user/euficoloko

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Eduardo Benvenuti

Link do canal: www.youtube.com/user/BRKsEDU

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Fábrica de monstros

Link do canal: www.youtube.com/user/fdmocanal

Público-alvo: De 18 a 25 anos de idade, ambos os sexos.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Flavia Ferrari

Link do canal: www.youtube.com/user/decoracasas

Público-alvo: Jovem adulto.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Felipe Castanhari

Link do canal: www.youtube.com/user/fecastanhari

Público-alvo: Jovens e adultos.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

DESTAQUES

Page 27: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 27

Flávia Calina

Link do canal: www.youtube.com/user/Fla1982

Público-alvo: Mães e grávidas.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Kéfera

Link do canal: www.youtube.com/user/5incominutos

Público-alvo: Jovens.

Contato: [email protected].

Lucas Lira

Link do canal: www.youtube.com/user/inventonahora

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Lukas Marques e Daniel Mologni

Link do canal: www.youtube.com/user/vcsabiavideos

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Legends of Gaming Brasil

Link do canal: www.youtube.com/channel/

UC9xHeZrMGIuoflyvHAHDWuw

Público-alvo: De 13 a 25 anos de idade, ambos os sexos.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Malena 0202

Link do canal: www.youtube.com/user/malena010102

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Panela de Barros

Link do canal: www.youtube.com/user/paneladebarros

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Page 28: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL28

CAPA

EM ALTA! - CANAIS MIRINS

Julia Silvia: Cerca de 1.186.289 inscritos – www.youtube.com/user/paulaloma29

Bel para meninas: Cerca de 1.663.676 inscritos – www.youtube.com/user/belparameninas

Bibi Tatto: Cerca de 1.083.812 inscritos – www.youtube.com/watch?v=SPUGJnv8ZGA&feature=youtu.be

Manoela Antelo: Cerca de 814.733 inscritos – www.youtube.com/user/veveantelo

Carol Santina: Cerca de 452.116 inscritos – www.youtube.com/user/carolsantinaoficial

Felipe Calixto: Mais de 228.806 inscritos – www.youtube.com/user/fef81064

Vida de Amy: Cerca de 224.131 inscritos – www.youtube.com/channel/UCH6f8H_4AI01BArp2VDXFfQ

Ticolicos: Cerca de 47.537 inscritos – www.youtube.com/user/ticolicos

Põe na roda

Link do canal: www.youtube.com/user/canalpoenaroda

Público-alvo: De 18 a 30 anos de idade, ambos os sexos.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Rafael Moreira

Link do canal: www.youtube.com/user/CanalMeApaixonei

Público-alvo: Jovens.

Agência: Kasmanas – (11) 3507-4904.

Tá Dentro

Link do canal: www.youtube.com/user/canaltadentro

Público-alvo: De 18 a 30 anos de idade, ambos os sexos.

Agência: Endemol Shine Brasil – (11) 3095-3668,

ramais: 3672/3688 – [email protected]/

[email protected].

Page 29: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 29

Com uma audiência digna de um programa de TV,

os youtubers são jovens que gostam de se comunicar

através de vídeos na internet, nos quais expõem coi-

sas relacionadas ao dia a dia, dão dicas sobre vários

assuntos, como música, moda ou alimentação, ensi-

nam novas receitas, fazem tutoriais de maquiagem

e cabelos, ensinam como brincar com as bonecas e

principalmente como jogar determinados games.

Pode-se dizer que são os “antigos” vlogueiros

(blogueiros de vídeos), mas agora muito mais tur-

binados, pois são ainda produtores de conteúdo

de forma geral.

Muitos acreditam que isso é uma moda passa-

geira, mas será? Muitos dizem que o YouTube está

para a TV assim como os shoppings estão para o

comércio de rua, lembrando que os shoppings não

foram uma moda passageira, certo?!

Hoje há centenas de canais no País, sendo que

alguns dos mais populares são: Porta dos Fundos,

Parafernalha, Programa Galo Frito, 5inco Minutos

(Kéfera), Venon Extreme, Não Faz Sentido (Felipe

Neto), Cauê Moura, Manual do Mundo, Canal Nos-

talgia, Eu Fico Loko (Christian Figueiredo) e Galinha

Pintadinha, a grande maioria, com temáticas de hu-

mor. E o grande sucesso disso sem dúvida é o teles-

pectador brasileiro que é totalmente engajado com

os conteúdos da internet. Além disso, não é mais

um telespectador passivo, ele quer participar, opi-

nar, saber mais. Por isso, muitas vezes acaba ade-

rindo a outras plataformas que proporcionam essa

interação, além, é claro, do consumo on demand,

ou seja, no momento e no local que ele quiser.

E os conteúdos de youtubers extrapolam o on-

-line. Kéfera do canal de 5inco Minutos e Christian

Figueiredo do Eu Fico Loko estiveram no ranking

de livros mais vendidos em 2015, mantendo-se no

ranking em 2016.

Sem contar os youtubers “mirins”. O maior ca-

nal mirim brasileiro é o da mineira Julia Silva, que

tem 10 anos de idade e faz vídeos falando sobre

seu universo de brinquedos, personagens preferi-

dos, viagens e brincadeiras, além de falar de moda,

maquiagem e artesanato. Seu canal já recebeu

mais de 350 milhões de visualizações, tem mais de

1 milhão de inscritos e está na lista dos canais que

mais crescem do YouTube Brasil. Ela até mesmo já

lançou um segundo canal focado em brinquedos e

brincadeiras que já tem mais de 275 mil inscritos.

A produção de vídeos no YouTube é um negó-

cio rentável para muitos deles em um país que vê

a audiência da internet crescer a cada ano. Atual-

mente, o site conta com mais de 1 bilhão de vi-

sitantes únicos por mês no mundo, e o Brasil é o

segundo país em tempo de vídeos assistidos, atrás

somente dos Estados Unidos.

Uma pesquisa encomendada pelo Google, no

segundo semestre de 2014, revelou que somos 70

milhões de espectadores de vídeo on-line no Brasil,

consumindo, em média, oito horas semanais de ví-

deos na web.

Os vídeos são monetizados de acordo com as vi-

sualizações das publicidades que aparecem. Porém,

Ganha força e veio para ficar

TENDÊNCIAPor Ana Amélia De Cesaro [Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente]

Page 30: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL30

CAPA

o dono de um canal só ganha se um usuário real-

mente assistir a publicidade – que geralmente é evi-

tada por muitos. Uma pessoa que possui entre 500

mil e 1 milhão de inscritos, por exemplo, pode che-

gar a ganhar de 6 mil a 50 mil reais por mês, fora to-

das as parcerias com empresas que enviam produtos

e a convidam para eventos. Além disso, vários dos

youtubers estão começando a trabalhar com o licen-

ciamento de seus nomes, logos e imagens. Com isso

estamos vivendo a geração das webcelebridades!

uma pessOa que pOssui entre 500 mil

e 1 milhãO de inscritOs, pOr exemplO, pOde chegar

a ganhar de 6 mil a 50 mil reais pOr mês,

fOra tOdas as parcerias cOm empresas que enviam

prOdutOs e a cOnvidam para eventOs

ESTATÍSTICAS

DO YOUTUBE

• Mais de 1 bilhão de usuários, quase um terço

dos usuários da internet. A cada dia, as pessoas

assistem a milhões de horas de vídeos no You-

Tube e geram bilhões de visualizações.

• O YouTube, e até mesmo o YouTube para dis-

positivos móveis, atinge mais adultos de 18 a

34 anos e de 18 a 49 anos que qualquer rede a

cabo nos Estados Unidos.

• O número de horas de visualização de vídeos

(também chamado de tempo de exibição) no

YouTube cresce 60% a cada ano, o crescimento

mais rápido visto em dois anos.

• A audiência do YouTube por dia cresceu 40% ao

ano, desde março de 2014.

• O número de usuários que começam a assistir ao

YouTube pela página inicial, como fariam quando

ligam a TV, cresceu mais de três vezes ao ano.

Dispositivo móvel

• Uma vez no YouTube, os usuários gastam mais

tempo assistindo a vídeos em cada sessão. Em dispo-

sitivos móveis, a visualização dura em média mais de

40 minutos, resultando em um crescimento de mais

de 50% ao ano.

• O número de horas que os usuários gastam assis-

tindo a vídeos nos dispositivos móveis cresceu 100%

ao ano.

• Mais da metade das visualizações do YouTube são

feitas em dispositivos móveis.

• A receita do YouTube derivada de dispositivos mó-

veis cresceu duas vezes ao ano.

Page 31: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 31

Em pesquisa realizada pela Play em 2015, nas re-

giões norte e nordeste, sul e sudeste do País, com

mais de 400 pesquisados de 6 a 18 anos de idade,

percebe-se que as relações com os ídolos estão mu-

dando. Isso porque os jovens não querem mais ser

fãs, e sim seguidores!

Querem acompanhar quem está próximo a eles,

no dia a dia, entregando conteúdo relevante e apli-

cável. Oitenta e oito por cento dos seguidores decla-

ram que seguem quem os ensina algo.

Isso acontece também, pois sabe-se que a rela-

ção deles com a privacidade é bem menos rígida,

já que já nasceram na cultura da “overexposição”.

Aparecer e se mostrar para tudo e todos é a regra

e não a exceção.

Ou seja, novos modelos de ídolos estão surgin-

do, novas plataformas de comunicação também,

assim como novos telespectadores ativos, em uma

terra onde segredos não existem, onde a lei é a

espontaneidade acima de tudo!

Publicidade

• A receita dos parceiros teve um aumento anual

de 50% e esse nível de crescimento se manteve nos

últimos três anos.

• O número de canais que recebem seis dígitos por

ano pelo YouTube cresceu 50% ao ano.

• O número de anunciantes que utilizam anúncios

em vídeo no YouTube cresceu mais de 40% ao ano

– a média gasta por cada um dos cem maiores anun-

ciantes também aumentou 60% anualmente.

• Todas as cem principais marcas globais usaram os

anúncios TrueView no ano passado e 95% dos anun-

ciantes realizaram campanhas em telas. Houve tam-

bém um crescimento de 45% no uso do TrueView por

novos anunciantes em 2014.

Direitos autorais

• Desde outubro de 2014, o YouTube já pagou

1 bilhão de dólares para os titulares de direitos

que optaram por gerar receitas por reivindicações,

desde que o Content ID foi lançado em 2007.

• Desde julho de 2015, há mais de 8 mil parceiros

usando o Content ID, incluindo muitas emissoras de

TV, estúdios de cinema e gravadoras importantes,

que reivindicaram mais de 400 milhões de vídeos.

Isso ajuda a controlar os conteúdos no canal e gera

receita a partir de vídeos com direitos autorais.

Fonte: YouTube.com

Page 32: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL32

É praticamente impossível que a marca mexicana

Distroller passe despercebida. Criada pela artis-

ta Amparín Serrano, a propriedade carrega hu-

mor, elementos gráficos, cores vibrantes e personagens

cheios de detalhes. E essa boa mistura reflete direta-

mente nos resultados conquistados com licenciamento

até agora. Atualmente, a licença conta com mais de 45

pontos de venda no México, considerando lojas pró-

prias e store-in-stores, e seus personagens já estão em

todos os outros países da região, com força especial no

Chile, na Argentina, no Peru e na Colômbia.

Apresentando o programa de licensing de Distroller

no Brasil, o Cartoon Network já veicula mais de 15 cur-

tas em sua programação. Os fãs também encontram

jogos e interações em plataformas online protagoniza-

dos pelos personagens. “Distroller é, há 7 anos conse-

cutivos, a marca número 1 em licenças de cadernos no

México e em 2015 atingiu US$ 41 milhões em vendas

no varejo no país. Lá já são mais de 57 licenciados”, diz

Cidinha Figueira, diretora de licenciamento do Cartoon

Network no Brasil. Como exemplo de grandes empre-

sas que têm a licença no México, é possivel citar Avon,

Converse, Bimbo, P&G e Samsung.

Nacionalmente, Distroller já estampa linhas de mate-

rial escolar, com cadernos, estojos, mochilas e outros. E

os próximos meses prometem ainda mais novidades. A

empresa Regina Festas lançará uma linha licenciada em

junho deste ano e a Tilibra apresentará, em dezembro,

os materiais da temporada de volta às aulas. “Para 2017

teremos a cobertura de das outras categorias. Temos a

convicção de que Distroller tem um grande potencial e

vai movimentar o mercado de licenciamento, com opor-

tunidade de oferecer aos consumidores produtos rele-

vantes e conectados com seu dia a dia, levando humor

e inovação para os brasileiros”, diz Cidinha.

NOVOS NEGÓCIOS

Sinopse

Distroller foi criada em 2004 e englo-

ba diversas famílias de personagens como

Virgencita Plis, Chamoy e Amiguis e Neonatos.

A licença exalta a capacidade de rir de si

mesmo e é “exageradamente a favor das

cores”. Acontecimentos do dia a dia aliados

a humor e irreverência caracterizam esta

marca multitarget, que se comunica princi-

palmente com meninas de 4 a 10 anos, mas

também conquista jovens e adultos.

Page 33: Revista Licensing Brasil #49
Page 34: Revista Licensing Brasil #49

VITRINE

Achei! com personagens Mauricio de Sousa (Nig)

Bateria Mundo Bita (Mundi Toys)

Agarra e Lança Avengers (Toyng)

Bicicleta Hello Kitty (Styll Baby)

Boneca Luna (Estrela)

Boneco Street Fighter (Anjo)

Brinquedos licenciados por toda parte!

Page 35: Revista Licensing Brasil #49

Colecionáveis Ayrton Senna (California Toys)

Fantasia O Pequeno Príncipe(Sulamericana)

Fantasias Patrulha Canina (Sulamericana)

Figura Articulada Pets (Sunny)

Jogo Porta dos Fundos (Estrela)

Copos com Canudo Monster High (Yangzi)

Bonecos Patati Patatá (Baby Brink)

Desenhando com Transformers (Xalingo)

Jogo da Memória As Meninas Superpoderosas (Estrela)

Page 36: Revista Licensing Brasil #49

36

VITRINE

Maleta Galinha Pintadinha (Elka)

Piscina de Bolinhas Carrossel (Bang Toys)

Saltadores Liga da Justiça (Rosita)

Luminárias 3D Star Wars (Beek Geek’s Stuff)

Tenda Frozen (Zippy Toys)

Pelúcias Trolls (Hasbro)

Boneco Corinthians (Novabrink) Triciclo 3x1 Snoopy

(Belfix)Linha de pelúcias Pororo (Multikids)

Page 37: Revista Licensing Brasil #49

Saltadores Liga da Justiça (Rosita)

Page 38: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL38

AGENTE

R ecentemente, o mercado brasileiro ganhou

mais um player. Como uma aposta de expan-

são para a América Latina e de investimento

no mercado interno, a Iconix Brand Group iniciou suas

operações no País por meio de aquisições e gerencia-

mento de marcas já existentes em seu portfólio.

A sede da empresa em Nova York funciona des-

de 1993, com a aquisição da marca Candie’s. Nesse

período, a Iconix acumulou mais de 35 marcas – Ecko,

Umbro, Peanuts (Charlie Brown & Snoopy), Lee

Cooper, Danskin e Moranguinho são algumas delas.

“Assim, nos tornamos a segunda maior empresa de

gerenciamento de marcas do mundo e a maior no

segmento de vestuário/moda”, declara o diretor geral

para a América Latina Cesar Rodriguez.

No Brasil, a Iconix entrou com as operações da

Umbro, marca inglesa de futebol. Em seguida, vieram

as marcas Ecko Unltd., Peanuts, Strawberry Shortcake

(Moranguinho), Joe Boxer, Ed Hardy e Zoo York, com

seus respectivos licenciadores e fabricantes. Atual-

mente, são mais de 10 marcas atuantes no Brasil, nas

categorias de moda, esporte, acessórios, cama, mesa

e banho e entretenimento. “A mais recente foi a Joe

Boxer, marca de domínio no mercado americano no

segmento de roupas íntimas, por meio de um dos

maiores varejistas do País”, salienta.

Entre as principais estratégias para a manutenção

das marcas, a Iconix zela pela constante moderniza-

ção das propriedades. Ao redor do mundo, a em-

presa reinventou marcas antigas como a OP (Ocean

Page 39: Revista Licensing Brasil #49

Mai/Jun 2016 39

dos atuantes”. Já a vertente da aquisição de marcas

é um drive de negócios relevante para a empresa e a

entrada no Brasil é estratégica. “Não somente para

inserir nossas marcas, mas também para aquisição de

marcas fortes e com potencial de crescimento. Prática

executada no mundo todo.”

Marcas sólidas, munidas de histórias consistentes e

ativos de peso: esta é a definição da Iconix, de acordo

com o diretor. “Jay-Z é sócio e garoto propaganda da

Roca Wear; o próprio Ed Hardy, tatuador mundialmente

reconhecido, faz os desenhos da marca que leva o seu

nome para a Iconix. Para a marca Material Girl, quem

faz a curadoria das coleções é a própria Madonna, junto

com sua filha Lola.”

Neste ano, a Iconix planeja trazer ao Brasil as marcas

Lee Cooper, grife de jeans europeia com perfil jovem

e rock’n roll; OP, relançamento da marca californiana

com forte recall no Brasil; Danskin, líder de mercado es-

pecializada em balé e dança; Royal Velvet, cama, mesa

e banho para o mercado de luxo e Material Girl, marca

de roupas e acessórios fast fashion.

Serviço:

Iconix Brand Group – www.iconixbrand.com

[email protected]

Pacific), grife de surfwear que ganhou novo posicio-

namento nos Estados Unidos e, recentemente, no

Chile – em expansão para o Brasil em 2016. “Outra

estratégia adotada pela empresa é manter a identi-

dade global das marcas, com adaptação às necessi-

dades locais e de cada parceiro de negócios. A Iconix

é uma empresa de branding, que valoriza muito a

construção de suas marcas e isso se reflete em nosso

portfólio de produtos”, observa Cesar.

A participação direta na gestão das marcas é um

dos benefícios oferecidos pela agência aos licenciados

e parceiros. Por seu prestígio mundial no segmento de

moda, a Iconix consegue aplicar cases de sucesso nos

mercados locais e, assim, entra com aporte de inves-

timento. “Priorizamos a administração da marca em

conjunto com quem a cedeu, para crescermos juntos.

O interessante é que até algumas marcas mais locais

se tornam globais com esse crescimento”, observa.

Análise de possíveis licenciadores no mercado,

marcas, concorrência, posicionamento, potencial de

investimento e retorno, até a distribuição desejada são

algumas etapas do processo na agência. “Outro fator

muito importante é a possibilidade de construção de

marca no modelo de negócios, pois a valorização das

nossas marcas deve ser crescente em todos os merca-

Page 40: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL40

AVANT-PREMIÈRE

SUCESSO ANUNCIADO!Preview apresenta as próximas animações com programas de licenciamento no Brasil

TROLLSEstreia: 27 de outubro de 2016

Agente: CPL do Brasil – (11) 2537-3575

[Estúdio Dreamworks Animation]

AS TARTARUGAS NINJA – FORA DAS SOMBRASEstreia: junho de 2016

Agente: Nickelodeon/Viacom – (11) 3866-1756

[Estúdio: Paramount Pictures]

ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM

Estreia: 17 de novembro de 2016Agente: Warner Bros. –

(11) 2133-3935

PETS – A VIDA SECRETA DOS BICHOS

Estreia: 25 de agosto de 2016Agente: Exim Licensing Brasil –

(11) 3885-9275 [Universal]

ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO (3D) Estreia: 26 de maio de 2016

PETE’S DRAGONEstreia: 18 de agosto de 2016

DR. ESTRANHOEstreia: 3 de novembro de 2016

ROGUE ONE: A STAR WARS STORY (3D)

Estreia: 15 de dezembro de 2016

Agente: The Walt Disney Company Brasil – (11) 5504-9400

PROCURANDO DORY (3D) Estreia: 30 de junho de 2016

O BOM GIGANTE AMIGOEstreia: 15 de setembro de 2016

Page 41: Revista Licensing Brasil #49
Page 42: Revista Licensing Brasil #49

LICENSING BRASIL42

EXECUTIVO & CIA.

Paula NassFormação: MBA executivo, pós-graduação em comunicação e

graduação em engenharia.

Empresa: DreamWorks Animation.

Cargo: Gerente de Licenciamento.

Profissional do mercado há: 16 anos.

Filosofia do executivo: Evoluir a cada oportunidade e construir

sempre. As transformações acontecem em uma velocidade impres-

sionante hoje e vejo como é essencial estar atenta às mudanças e

aprimorar conhecimentos constantemente.

Da cabine de controle: É apaixonante trabalhar com licencia-

mento. Ao levar uma marca ao mercado você está mexendo lá

no fundo com a imaginação, os desejos e os sonhos do público

consumidor. E eu não estou falando somente de crianças, acre-

dito que para os adultos isso seja ainda mais verdade. Sempre

me surpreendo com a criatividade dos artistas, com a qualidade das superproduções e com as características

próprias de cada marca; tenho absoluta convicção de que existe sempre alguém esperando por alguma mar-

ca que ainda não foi lançada. O licenciamento ainda tem muito a explorar, tanto no mercado de consumo

massivo quanto nos segmentos mais específicos.

Prós e contras do mercado brasileiro: Hoje a situação política e econômica é com certeza a nossa grande

vilã. O Brasil não vai parar, mas certamente já estamos observando uma redução de atividade econômica. Tam-

bém é conhecido que momentos de crise podem ser épocas de grandes oportunidades de negócios; porém

a grande questão é, onde e quanto “apostar”. Vejo que em diversos setores o licenciamento pode ser uma

excelente escolha e um grande diferencial no mercado diante da concorrência.

Técnica mais adotada em meus negócios: Transparência.

Minhas referências: Sempre tive a oportunidade de trabalhar diretamente com muitos empreendedores,

proprietários e fundadores de grandes indústrias, empresas de serviços e varejo; estes que construíram seus

negócios por seu esforço próprio e que anteciparam necessidades do mercado. Tenho uma imensa admiração

por esses gestores e por sua capacidade de arriscar mesmo nos momentos mais difíceis.

Equipe treinada é sinônimo de: Coerência e foco.

Lição de vida/frase favorita: “Você quer ter sempre razão ou ser feliz?”

Oportunidades geradas pela Dreamworks para o Brasil: A DreamWorks é uma empresa fantástica, tem uma

enorme capacidade de criar e desenvolver conteúdos com altíssima qualidade e irreverência. É uma empresa que se

antecipou ao mundo digital e que está preparando grandes lançamentos tanto para o cinema, quanto para a TV.

Tenho orgulho: De ter começado minha história no mundo de licenciamento com empresas que nunca ha-

viam trabalhado com licenças em seu portfólio, e que hoje têm papel de destaque com produtos diferenciados

e exclusivos no mercado.

Palpite: Vamos nos surpreender muito com o licenciamento no mercado digital. Há quem ainda resista à

tecnologia e há quem ainda veja como oportunidade, mas a realidade é uma só: o mundo virtual já invadiu

nossas vidas e chegará a hora de o licenciamento invadir o mundo virtual.

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LICENSING BRASIL44

EMPRESA

A Fakini teve origem em 1994, como fruto

das experiências do casal Moacir e Carmen

Fachini, ele na indústria têxtil da região e

ela com três filhos. Quando decidiram empreender,

a confecção infantil foi um caminho natural.

Hoje, a empresa tem uma estrutura verticali-

zada e atende desde a tecelagem, tinturaria, em-

balagem e logística até o acabamento final. “A

capacidade produtiva é de cerca de 1 milhão de

peças ao mês”, conta Francis Giorgio Fachini, di-

retor comercial da Fakini. Composta por cerca de

800 funcionários, a empresa distribui suas marcas

em 6 mil pontos de vendas Brasil afora. Sem contar

com a exportação para outros países da América

Latina. “Atuamos com duas lojas próprias: uma fí-

sica, junto à fábrica em Pomerode (SC), e outra

on-line – www.fakinistore.com.br.” Segundo o

diretor, a maior representatividade em volume de

vendas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul

do País. Porém, no ano passado, os maiores cresci-

mentos em vendas se deram nas regiões Nordeste

e Centro-Oeste.

Por ano, são desenvolvidas quatro coleções e,

para cada uma das marcas, são criados conceitos

e peças específicas. “A Fakini Kids é uma marca

que alia conforto e tendência. O carro-chefe são

os itens em malha. Nesta coleção, estão também

os licenciados da companhia”, destaca Francis.

“Não enxergamos a Fakini de hoje sem um bom mix de produtos licenciados”

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Por conta do giro e da atenção que as cole-

ções licenciadas despertam, a ferramenta também

foi fundamental para a abertura de novos pontos

de vendas. “Os licenciados na Fakini representam

cerca de 30% a 35% das vendas anuais da empre-

sa. Realizamos algumas pesquisas internas, com

funcionários, crianças e o mercado. O resultado,

somado ao nosso feeling comercial e estratégico,

nos leva às apostas”, explica.

Apresentar inovações significativas a cada lan-

çamento, melhoria nos produtos e um atendimen-

to de primeira qualidade, sempre alinhados a um

custo viável e uma entrega em dia, são os principais

desafios da equipe Fakini. “Isso nos proporciona

interessante crescimento, mesmo em momentos

de crise política e econômica”, observa Francis.

O fato é que a empresa não deixa de acredi-

tar no potencial do Brasil. “Estamos finalizando

alguns investimentos em melhorias tecnológicas e

também na ampliação da nossa tinturaria. No ano

passado, adquirimos equipamentos novos e muda-

mos boa parte da estrutura administrativa para um

local mais amplo. Para este ano, esperamos a esta-

bilização econômica do País, sem deixar de investir

e inovar”, finaliza Francis.

Serviço:

Fakini - www.fakini.com.br

AS LICENÇAS MAIS VENDIDAS!

• Fadas [Disney]

• Batman [Warner Bros.]

Uma empresa, quatro marcas!

Fakini Kids – Itens em malha para bebês e

crianças que vistam até o tamanho 10.

Every Day – Voltada para o conforto e a prati-

cidade na combinação, a linha é composta por

peças lisas.

Playground – Marca premium da empresa,

cuja numeração vai de 1 a 10 anos de idade.

Peças unissex confeccionadas com matérias-

-primas e acabamentos diferenciados.

Fakini Teens – Destinada aos jovens entre 12 e

18 anos de idade.

Em 2004, quando a Fakini encontrou no licencia-

mento um caminho para atuar efetivamente no mer-

cado nacional, a empresa investiu no Sítio do Pica-Pau

Amarelo. Em seguida, outros personagens confirma-

ram que a estratégia tinha sinergia com o negócio e,

desde então, são mantidos cerca de dez personagens

em linha. “Não enxergamos a Fakini de hoje sem um

bom mix de produtos licenciados. Eles nos ajudam

na diferenciação, agregam valores às peças e abrem

novas portas. Acreditamos muito no licenciamento e

estimamos duradoura continuidade nesse sentido.”

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LICENSING BRASIL

MÍDIA

Y outubers de sucesso em seus países e com

alguma projeção internacional, estes cinco jo-

vens representam a cultura popular dos dias

de hoje. São capazes de investir discutíveis recursos

artísticos para vociferar uma enxurrada de opiniões e

vivências pessoais que, em um mundo com 7 bilhões

de almas, facilmente encontram a adesão da audiência.

Yuya, mexicana de 22 anos de idade, fala, com

voz de uma menina de 12, sobre cabelo, maquiagem

e beleza e mobiliza 11,5 milhões de assinantes em

seu canal na internet e um improvável 1,1 bilhão de

total de visualizações. O México tem uma população

estimada para 2016 na ordem de 126 milhões de ha-

bitantes, ou seja, os assinantes do canal de Yuya cor-

respondem a 9% da população total do país.

German, o chileno, tem um programa semanal com

o título Hola soy German, em que apresenta esquetes

sobre questões cotidianas com pretensões humorísti-

cas, assim como a brasileira Kéfera, Keh para os ínti-

mos, que se aplica para provocar sorrisos na audiência

com o programa Muito Mais que Cinco Minutos.

Kéfera Buchmann é a brasileira com o maior nú-

mero de seguidores no YouTube. São 6,1 milhões de

pessoas que se inscreveram para assistir aos vídeos

dessa curitibana de 22 anos de idade no canal 5inco-

minutos. A página foi criada em julho de 2010 e tem

mais de 200 vídeos e 478 milhões de visualizações.

Keh é atriz na peça “Deixa eu te contar”, e lançou

em agosto de 2015 seu primeiro livro, “Muito mais

que 5inco minutos” pela editora Paralela.

Jenna e Felix abordam o comportamento de jovens

e o “comportamento” de games, respectivamente, e

mobilizam vultuosas hordas de jovens aflitos em ocu-

par o tempo com alguma atividade digital cada vez

mais comum nos dias de hoje.

Esse é o cenário em que estão inseridos os youtu-

bers. Eles são a consequência de um universo conec-

tado, interligado por uma impensável rede de mobi-

les, capaz de guindar para o Olimpo palpiteiros sobre

os mais diferentes assuntos.

O sucesso das marcas é o resultado de um com-

plexo trabalho de gerenciamento de percepção,

construção de imagem e reputação. Muitos fatores

contribuem como variáveis, para essa equação. O li-

cenciamento é um importante elemento a ser consi-

derado para aumentar as chances de êxito, mas para

que isso se transforme em realidade é importante le-

var em consideração a possibilidade de os youtubers

ocuparem espaços como sinalizadores de produtos,

marcas e serviços, ou seja, se transformarem em per-

sonagens de licenciamento.

Youtubers são fenômenos de moda e, como dizia

minha avó, “o que é moda não incomoda”. Conside-

rar suas imagens como capazes de alavancar marcas,

produtos ou serviços é se render ao caráter efêmero de

sua existência como celebridades, mas absolutamente

convincente como porta-vozes de toda uma geração.

O setor econômico do licenciamento experimen-

tou os benefícios do amadurecimento profissional e

do crescimento da atividade. Processos como esses su-

gerem também o reconhecimento de novos formatos

e modelos de negócios. Os youtubers são a novidade

do segmento e sua consolidação no mercado depen-

de de dois fatores: se perpetuarem como fenômenos

de comunicação e serem tratados pelos líderes do ne-

gócio como uma verdadeira oportunidade.

André Porto Alegre é conselheiro da Admi-

nistração e diretor executivo da Associação dos

Profissionais de Propaganda (APP).

Youtubers or not youtubersO que aproxima a mexicana Yuya do chileno German, da brasileira Kéfera, da americana Jenna e do sueco Felix?

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JURÍDICO

Publicidade dirigida ao público infantil não foi proibida pelo STJ

A recente decisão do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), que julgou o abuso de uma

campanha publicitária da empresa Bauduc-

co, intitulada “É Hora de Shrek”, nos trouxe algumas

importantes reflexões, mas, ao mesmo tempo, grande

preocupação, uma vez que a divulgação dessa decisão

foi equivocada, ao resumir que a publicidade dirigida ao

público infantil teria sido proibida pelo STJ. Não foi isso

que aconteceu, verdadeiramente.

Esse processo tramita há vários anos, iniciado por uma

ação civil pública encabeçada pelo Ministério Público do

Estado de São Paulo, sendo seu foco principal a aborda-

gem da ocorrência ou não do abuso na comunicação, em

campanha de um produto alimentício, que caracterizou a

prática da venda casada, no entendimento dos Ministros

do STJ. Foi só isso! O processo não tem como questão

principal se a publicidade dirigida ao público infantil é proi-

bida ou não, até porque sabemos que ela não o é.

Também, tal julgado vem a confirmar a tese defendi-

da pela Associação Brasileira de Licenciamento (Abral) e

outras associações que lutam pela liberdade das formas

de comunicação, com responsabilidade, de que se cons-

tatados abusos, estes devem ser punidos, e as ferramen-

tas já existem, uma posição extremamente distante das

sensacionalistas manchetes. As manchetes que deve-

riam ganhar luz seriam: “STJ condena empresa por abu-

so em campanha publicitária...” ou mesmo “Empresa é

condenada por prática de venda casada, em campanha

dirigida ao público infantil...”.

É preciso muito cuidado, para se elaborar uma cam-

panha dirigida ao público infantil, o que não é proibido

pelo ordenamento legal brasileiro. A decisão recente,

sem dúvida, coloca a criança (e sua vulnerabilidade),

no centro das discussões, mas está distante se ser um

precedente para aqueles que defendem o radical exter-

mínio das campanhas.

Tal decisão, ainda não transitada em julgado, levou

em conta um único segmento de produtos, o alimentí-

cio, e uma ação publicitária isolada, que no entendimen-

to do STJ, caracterizou a prática da venda casada, proi-

bida pelo Código de Defesa do Consumidor. A questão

central da ação não foi o da proibição das campanhas

dirigidas ao público infantil, seja ela de qualquer seg-

mento. Ela atacou a prática da venda casada, já debatida

exaustivamente por nossos tribunais.

O julgado traz importante reflexão, ao mencionar que

“... Não se trata de paternalismo sufocante, nem moralis-

mo demais, é o contrário; significa reconhecer que a au-

toridade para decidir sobre a dieta dos filhos, é dos pais. E

nenhuma empresa comercial tem o direito constitucional

ou legal assegurado de tolher a autoridade e o bom senso

dos pais. Este acórdão recoloca a autoridade nos pais”.

É importantíssimo que o tema seja discutido, sem as

distorções das manchetes sensacionalistas. Esta é uma das

frentes de atuação na Abral. Somos a favor do enfrenta-

mento dos abusos em qualquer tipo de comunicação, mas

totalmente contra a proibição da publicidade dirigida ao

público infantil. Vivemos em um Estado democrático de

direito, onde a liberdade é a guia das nossas ações.

Márcio Costa de Menezes e Gonçalves é sócio da Siqueira Castro Advogados, responsável pela área de propriedade intelectual, presidente do Instituto do Capital Intelectual, tendo sido secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, diretor-adjunto de relações internacionais e comércio exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e diretor jurídico da Associação Brasileira de Licenciamento.

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LICENSING BRASIL50

DIGITAL

H oje em dia, não é preciso ir muito longe

para encontrar boas referências de como

criar conteúdos que ajudam a posicionar

produtos no varejo. Porém, poucos realmente agre-

gam informações e colaboram com o processo de

criação de uma loja.

Na maioria das vezes, esse conteúdo já é herda-

do de plataformas de e-commerce existentes. Neste

momento, surgem dúvidas de como encaixar infor-

mações de qualidade nesse cenário.

Para isso, reuni cinco sugestões, aspectos que nor-

malmente são colocados de lado e que ajudam conside-

ravelmente na sinergia entre o produto e o consumidor.

#1 Estrutura da página de produto – Esse es-

paço deve e precisa ser concebido de maneira flexível

às variações e aos tipos de conteúdo. Afinal, nenhum

produto é igual ao outro. Um dos maiores erros das

plataformas atuais é o simples fato de que todas as

páginas de produto se comportam da mesma ma-

neira. No entanto, quando o consumidor entra em

uma loja, não espera encontrar um eletrônico sendo

vendido como um laticínio. A comunicação precisa

ser diferente e a página, construída de maneira que

permita alterações no espaço destinado ao conteú-

do, sem gerar trabalho nem custo extra.

#2 Imagem vende – Não se esqueça dessa fra-

se. As imagens dos produtos vendem e lamento se

você não investe nisso. Ter imagens ruins é o mes-

mo que ter uma vitrine ruim, com um vendedor des-

leixado. O grande desafio de se vender pela internet

é tentar suprir as expectativas dos consumidores,

sem que eles precisem interagir com o produto fisi-

camente. A imagem é a porta de entrada para isso

e deve ser de um tamanho que favoreça a visualiza-

ção, logo de cara. Uma ampliação simples, funcio-

nal e, acima de tudo, uma imagem detalhada. Se

existe um diferencial no produto, uma determinada

função que justifique sua venda, mostre!

#3 Simplifique – Não confunda conteúdo de

qualidade com conteúdo extenso. Ninguém gosta de

vendedor falastrão. No digital, não é diferente. Seja

objetivo ao conversar com seu consumidor, conte o

que o produto faz, qual sua vantagem, diferenças em

comparação a outros do mercado. Grandes e-com-

merces já partiram por esse caminho e estão dividindo

as informações do produto em blocos de benefícios,

diferenciais, comparativo e ficha técnica, entre outras

classificações. Se um e-commerce não informa correta-

mente o usuário, provavelmente ele buscará informa-

ções em outros sites e a chance de conversão vai junto.

Lembre-se do SEO! Ele faz parte da qualidade e deve

estar presente – por mais simples que seja o material.

#4 Ilustre – Para uma grande segmentação de

produtos à venda, é um desafio ainda maior por con-

ta da concorrência entre itens. Muitas vezes, itens de

uma mesma marca. Isso gera conflito com o consumi-

dor e eleva as taxas de abandono. Nesses casos, ilus-

trar o conteúdo com imagens adicionais, explicações

de funcionamento e instalação são algumas formas

de elevar e muito a confiança de quem compra.

#5 Invista em reviews – A cereja do bolo neste

momento são os reviews. Hoje, com a popularização

dos vídeos e mídias sociais, a venda pelo conteúdo to-

mou uma força incrível. Eleve isso a um patamar muito

maior, quando acrescentamos a autenticidade dos re-

views, seja vídeo, texto seja imagem. É fato que grande

parte dos consumidores chega à loja sem compra defi-

nida. O conteúdo deve fazer as vezes de um vendedor

experiente e bem informado. Isso faz a diferença.

Com esses cinco primeiros passos, os ganhos em

conversão serão visíveis, sem contar com outros fato-

res como posicionamento da loja, retenção de usuá-

rios, permanência na página e redução nas devolu-

ções, por exemplo. Até a próxima!

Flávio Salomão é MD da iSee Retail Agency –

[email protected]

Como não errar na comunicação de produtos no varejo on-line

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