sao paulo – uma breve apresentação

45
São P São P São P São P São Paulo aulo aulo aulo aulo Uma breve apresentação

Upload: rubinho-hojo

Post on 03-Jan-2016

107 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Roteiro arquitetônico da Cidade de São Paulo

TRANSCRIPT

Page 1: Sao Paulo – Uma breve apresentação

São PSão PSão PSão PSão PauloauloauloauloauloUma breve apresentação

Page 2: Sao Paulo – Uma breve apresentação

QUATRO ETAPAS DA EXPANSÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO SEGUNDO LUÍS SAIA

GEOMORFOLOGIA DO SÍTIO URBANO DE SÃO PAULO SEGUNDO AZIZ AB’SABER

Page 3: Sao Paulo – Uma breve apresentação

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Page 4: Sao Paulo – Uma breve apresentação

AEROFOTO DA ÁREA CENTRAL DA CIDADE

Page 5: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO O O O O 0101010101CENTRO HISTÓRICO

Page 6: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Edifício Copan Edifício Copan Edifício Copan Edifício Copan Edifício Copan - 1951/52 - Oscar Niemeyer

O Copan é um edifício emblemático para São Paulo, não apenas pela sua grandiosidade e forma curvilíneaque o distingue na paisagem construída da cidade.Depois do Edifício Japurá, de promoção pública projetado por Knesse de Melo em 1949, é o primeiroempreendimento imobiliário destinado à venda e a trazer para a cidade a concepção da unidade de habitaçãovertical proposta por Le Corbusier. Niemeyer já havia empregado este conceito no conjunto JK, em BeloHorizonte, e vários outros arquitetos atuantes no período propuseram empreendimentos baseados nessaconcepção.No caso do Copan, a moradia (para diversos programas de necessidades) estava associada a hotel, serviçosde lazer, comércio e área livre, presentes em um amplo terraço jardim.Em um lote de formato irregular, Niemeyer propôs dois edifícios separados por uma rua interna: o edifíciolindeiro, na avenida Ipiranga, destinado à atividade hoteleira, e o segundo edifício, de maior porte, reservadoàs residências e serviços.O primeiro não chegou a ser construído e o que é chamado atualmente de Copan é, portanto, o grandeedifício residencial acoplado a atividades terciárias. Há uma clara distinção entre essas funções naconcepção do projeto.Em um grande bloco constituído pelo pavimento térreo, primeiro e segundo subsolos, sobreloja, terraço efoyer, estão localizados serviços, garagens, restaurantes, cinema de 1214 lugares (hoje igreja), escritórios e82 lojas distribuídas ao longo de sinuosas galerias cobertas. Por intermédio destas galerias, há o acesso paraos diversos blocos residenciais em que está subdividida a grande lâmina.Este bloco horizontal (de serviços e comércio) culminava em um terraço que dava o acesso à galeria docinema, a restaurantes e lojas. A partir da grande laje de transição (no projeto inicial, um terraço-jardim)inicia-se o edifício residencial constituído de seis blocos justapostos, nos quais variam as plantas dasunidades.Esse imenso edifício de 130.000 metros quadrados de área construída demorou 20 anos para ser finalizado.

Fonte do texto: A Promoção Privada de Habitação Econômica e a Arquitetura Moderna 1930-1964. MariaRuth Amaral de Sampaio (org). Rima Editora

FOTO: NELSON KON

Page 7: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PLANTA TÉRREO - GALERIA

PLANTA SOBRELOJA - GALERIA

PLANTA TIPO - APARTAMENTOS

Page 8: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Edifício Esther Edifício Esther Edifício Esther Edifício Esther Edifício Esther - 1936 - Álvaro Vital Brazil

O edifício Esther é considerado uma introdução à modernidade, tanto por suas soluções projetuais quantopela implantação urbana. Foi o primeiro edifício com estrutura independente e apartamentos duplex nacidade. De propriedade da família Nogueira, tradicionais produtores de açúcar da região de Campinas,ocupou lote na prestigiosa Praça da República, que nessa época simbolizava o novo centro comercial dacidade que havia transposto o viaduto.A implantação do edifício, em frente da Escola Caetano de Campos, não ocupou toda a área disponível naqual seria inserido, deixando espaço para abertura de pequena rua paralela à Praça da República, onde maistarde, seria construído outro edifício, o Arthur Nogueira (Estherzinho).De uso misto, residencial e comercial, o Esther tem 11 andares, além de subsolo e garagem. Tanto o térreocomo o subsolo eram destinados a diferentes atividades, dentre as quais se destacava a boate Oásis,tradicional local de diversão da sociedade paulistana durante vários anos. Nos anos 40, em suasdependências funcionou a recém-fundada seção paulista do Instituto dos Arquitetos.Dentre os aspectos inovadores do Esther, ressalta-se a estrutura modular de concreto armado que permitiuque cada andar apresentasse uma disposição diferente, contendo apartamentos de várias áreas eprogramas, sem constituir uma planta de pavimento tipo. Do primeiro ao terceiro andar, os espaços foramdestinados a escritórios comerciais e serviços, ficando a parte habitacional locada a partir do quarto andar.

Fonte do texto: A Promoção Privada de Habitação Econômica e a Arquitetura Moderna 1930-1964. MariaRuth Amaral de Sampaio (org). Rima Editora

PLANTA TÉRREO E PAVIMENTO DE ESCRITÓRIOS

Page 9: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Conjunto MetrConjunto MetrConjunto MetrConjunto MetrConjunto Metropolitano opolitano opolitano opolitano opolitano - 1960 - Salvador Cândia e G. Gasperini

Vencedor de um concurso privado, o partido adotado previu nos fundos do terreno um importante centrocomercial, organizado em torno de um pátio central, vazado em cada um dos cinco níveis, permitindo amplavisibilidade das lojas superpostas. Um cinema de 1.200 lugares, acessível pela sobreloja e garagem para 130carros completam esse corpo. À frente e acima dele nasce a torre de escritórios, com 19 andares,visivelmente comprometida com as soluções de Mies van der Rohe.

PLANTA TÉRREO

Page 10: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PrPrPrPrPraça do Paça do Paça do Paça do Paça do Paaaaatriartriartriartriartriarca ca ca ca ca - 1992 - Paulo Mendes da Rocha

O projeto para a praça do Patriarca previu o restauro piso original, a relocação da escultura de Ceschiatti e aconstruição de uma nova cobertura para o acesso à Galeria Prestes Maia, localizada sob a praça. Esteartefato arquitetônico, a nova cobertura, é a peça mais importante do conjunto de propostas, uma vez quedialoga com a dimensão da cidade antiga, realizando a praça na escala do pedestre. Como um portal para apraça e, em sentido inverso, moldura das perspectivas visuais e espaços abertos, imaginou-se uma coberturasuspensa, que não toca o chão, e uma arquitrave que a sustenta, com formas leves, brancas e de aparênciaum tanto instável, convocando sensações imprevistas. O contraponto com a igrejinha de Santo Antônio foiidealizado com agradáveis proporções – um diálogo entre culto e festa.

Page 11: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Ed.Ed.Ed.Ed.Ed. “O Estado de São P “O Estado de São P “O Estado de São P “O Estado de São P “O Estado de São Paulo”aulo”aulo”aulo”aulo” - 1946 - Adolf Franz Heep e J. Pilon

A.Franz Heep assumiu importante papel na arquitetura de São Paulo, racionalizando normas de bem construir,tendo em vista os novos arranha-céus da cidade. Nascido em 1902 em Fachbach, Checoslováquia e formadopela Escola Superior de Artes Plásticas de Frankfurt, trabalhou em Paris até 1943, onde tomou contato com aobra de Le Corbusier. Em São Paulo incorpora-se ao escritório Jacques Pilon e projeta este edifício, que sedestaca na fisionomia do centro da cidade. Sua volumetria, obedecendo às imposições do código de Obras,compreende três organizações distintas, reunindo, no corpo maior, as dependências do jornal; a parte recuada,corresponde ao hotel; no 7° e 8° andar localiza-se o rádio. O reticulado de brises metálicos do conjuntodetermina a expressão plástica do conjunto, enriquecida com mural de Di Cavalcanti e painel interno de ClóvisGraciano.

PLANTA DO PAVIMENTO TIPO

Page 12: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Ed.Ed.Ed.Ed.Ed. Sede do IAB-SP Sede do IAB-SP Sede do IAB-SP Sede do IAB-SP Sede do IAB-SP - 1948 - Abelardo de Souza, G. Campaglia, HélioDuarte, J. Ruchti, M. Forte, Rino Levi, R. Cerqueira Cesar, Zenon Lotufo

Resultado do particular esforço desenvolvido pelo Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos doBrasil, no sentido de construir sua sede própria, foi este edifício concebido por grande equipe de arquitetosresponsáveis pelos projetos considerados de melhor qualidade, quando do concurso havido em 1947, julgadopor Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Firmino Saldanha. Compreende o prédio um subsolo, térreo com loja,andar duplo para sede do IAB – com salão de reuniões e restaurantes, cuja inter-relação espacial seexpressa externamente – e seis andares de escritórios, com subdivisão facilitada pela estrutura independentedas fachadas e pela localização dos sanitários. Apesar do recuo obrigatório dos últimos andares, a volumetriado edifício preserva o necessário enquadramento, com a manutenção das lajes numa mesma prumada. Umpainel de Antonio Bandeira no hall de entrada, enriquece o conjunto.

PLANTA 1°, 2° E PAVIMENTO TIPO

Page 13: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO O O O O 0000022222UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Page 14: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Cidade UniCidade UniCidade UniCidade UniCidade Univvvvvererererersitária da USPsitária da USPsitária da USPsitária da USPsitária da USP - 1961 - Equipe do F.C.C.U.A.S.O.

No que se refere ao planejamento do campus, o período de Reitoria do professor Antonio Barros de UlhoaCintra (1960-1963) reflete a retomada dos ideais valorizadores da escola pública. Com o apoio do professorAnhaia Mello, diretor da FAU, o Reitor incorporou ao planejamento da universidade alguns dos melhoresprofissionais arquitetos de São Paulo, abrindo-lhes uma oportunidade única.A renovação ocorreu em vários níveis. Em junho de 1960, um decreto estadual cria o Fundo para Construçãoda Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, que assume todas as tarefas construtivas eadministrativas do empreendimento. Tem como estrutura um Conselho de Administração do qual o Reitor épresidente nato, e um Diretor-Executivo, o primeiro dos quais veio a ser Paulo de Camargo e Almeida,professor da Escola de Engenharia de São Carlos e ex-presidente do instituto de Arquitetos do Brasil, emSão Paulo. Sua equipe veio favorecer uma visão inovadora do espaço físico e social da USP. O Plano deAção do Governo Carvalho Pinto (1959-1962) garantia os recursos para o desenvolvimento de obras eprojetos, paralelamente aos esforços dos cientistas e educadores pela autonomia e qualificação da escolapública. Nesse movimento se inscreve a promulgação dos novos Estatutos da USP, a 7 de julho de 1962.Entre outras vantagens, os novos Estatutos incluíam no artigo 151 um “Fórum Universitário”, congregandodocentes, discentes e ex-alunos.Embora persistisse a organização por Faculdades, e nestas, por cátedras, os setores avançados doprofessorado e da administração acadêmica já pensavam em termos de institutos aglutinadores de disciplinasafins.Uma nova orientação do espaço físico deveria refletir essa inclinação e também o incentivo à pesquisa,ao regime de dedicação integral à vida acadêmica e à participação generosa da Universidade na discussãodos grandes temas nacionais.Baseado nessas preocupações o Fundo retomou o replanejamento, definindo sobre seu trabalho dezoneamento 19 setores para fins de projeto. Ei-los: 1-Conjunto das Químicas, reunindo em 22 blocos todasas disciplinas de Química de todas as escolas e institutos. 2-Setor tecnológico, com os edifícios daPolitécnica. 3-Ciências agrupadas. 4-Instituto anexos (Oceanográfico e Eletrotécnica). 5-Setor esportivo. 6-Setor de convivência, com o Core e o conjunto residencial. 7-Setor biológico. 8-Física. 9-Escola de Polícia(não pertencente ao campus). 10-Instituto Butantã (idem). 11-Instituto de energia Atômica (área pertencenteao Governo federal). 12-Ciências Médicas e Aplicadas. 13-Serviços de utilidade pública. 14-Gleba permutadacom o DER. 15-Subestação elétrica. 16-Setor pedagógico. 17-IPT. 18-Economia e Direito. 19-Serviços desegurança.Os edifícios seriam projetados por esses prifissionais: Arquitetura:-Vilanova Artigas; Sociologia e Filosofia-Paulo Mendes da Rocha; Geologia, Paleontologia, Mineralogia e Petrologia- Pedro Paulo de Melo Saraiva;Letras- Carlos Barjas Milan; História e Geografia- Eduardo Corona; Conjunto residencial- Eduardo Kneese deMeloo, Joel Ramalho e Sidney de Oliveira; Centro Cívico e Cultural- Rino Levi; Matemática- Joaquim Guedes;e Setor esportivo- Ícaro de Castro Mello.

Page 15: Sao Paulo – Uma breve apresentação

FFFFFaculdade de aculdade de aculdade de aculdade de aculdade de ArArArArArquiteturquiteturquiteturquiteturquitetura e Urbanismoa e Urbanismoa e Urbanismoa e Urbanismoa e Urbanismo - 1961 - João Batista VilanovaArtigas e Carlos Cascaldi

O prédio da FAU, como proposta arquitetônica, defende a tese da continuidade espacial. Seus seispavimentos são ligados por rampas suaves e amplas, em desníveis que procuram dar a sensação de um sóplano. Há uma interligação física contínua em todo o prédio. O espaço é aberto e as divisões e os andarespraticamente não o secionam, mas, simplesmente lhe dão mais função.É uma escola de acabamento simples, modesto como convém a uma escola de arquitetos, que é também umlaboratório de ensaios. A sensação de generosidade espacial que sua estrutura permite, aumenta o grau deconvivência, de encontros, de comunicação. Quem der um grito, dentro do prédio, sentirá a responsabilidadede haver interferido em todo o ambiente. Aí, o indivíduo se instrui, se organiza, ganha espírito de equipe.O concreto utilizado não é só uma solução mais econômica, como corresponde à necessidade de seencontrar meios de expressão artística, lançando mão da estrutura do edifício, sua parte mais digna. Aestrutura, para o arquiteto, não deve desempenhar o papel humilde de esqueleto, mas exprimir a graça comque os novos materiais permitem dominar as formas cósmicas, com elegância de vãos maiores, de formasleves.Este prédio acrisola os santos ideais de então: pensei-o como a espacialização da democracia, em espaçosdignos, sem portas de entrada, porque o queria como um templo, onde todas as atividades são lícitas.

Page 16: Sao Paulo – Uma breve apresentação
Page 17: Sao Paulo – Uma breve apresentação

FFFFFaculdade de Filosofaculdade de Filosofaculdade de Filosofaculdade de Filosofaculdade de Filosofia Ciências e Letria Ciências e Letria Ciências e Letria Ciências e Letria Ciências e Letrasasasasas - 1961 - Paulo Mendes daRocha

Abrigando os cursos de Filosofia, Política e Antropologia, o edifício se organiza de acordo com o partido geralcombinado entr os arquitetos Eduardo Corona, João Batista Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha,Carlos Barjas Millan e Pedro Paulo de Mello Saraiva, para os edifícios da História e Geografia, Arquitetura eUrbanismo, Filosofia, Letras e Mineralogia. Haveria Jardins, com acesso direto aos museus, cantinas,auditórios, oficinas e grêmio estudantil, sucedendo-se como elementos de interligação e confraternizaçãoentre as escolas. As demais instalações, em construção leve e de imlantação transparente, ficariam nosníveis mais elevados, garantindo visuais e conforto ao conjunto das escolas e ao convívio universitário.

Paulo Mendes da Rocha, 1985.

CORTE TRANSVERSAL E PLANTA DO PAVIMENTO TÉRREO

Page 18: Sao Paulo – Uma breve apresentação

FFFFFaculdade de História e Geoaculdade de História e Geoaculdade de História e Geoaculdade de História e Geoaculdade de História e Geogggggrrrrrafafafafafiaiaiaiaia - 1961 - Eduardo Corona

Este edifício foi concebido para desempenhar um papel decisivo na conceituação que o grupo de arquitetosadotou para o planejamento das construções na USP. Assim como a FAU no outro extremo setor de 1 Kmde extensão, todos os prédios intermediários – de outros arquitetos e não construídos – tinham o mesmoprincípio: espaços internos generosos, para se interligarem através de ruas e caminhos, ampliando assim aspossibilidades de um convívio universitário. Com área aproximada de 16 mil metros quadrados e pátiointerno do qual partem as rampas e as passagens para os pisos superiores, sua construção tem comocaracterística grandes vãos de 25m no centro e de 55m nas extremidades, além do concreto aparentepintado. O cálculo estrutural é de J.C. Figueiredo Ferraz. Durante as obras, várias alterações foram feitas nouso dos espaços, deturpando consideravelmente as condições de funcionalidade do conjunto.

XAVIER, Alberto. Arquitetura Moderna Paulistana/Alberto Xavier, Carlos Lemos, Eduardo Corona. SãoPaulo:Pini, 1983, pp.63.

PLANTA 1° PAVIMENTO

Page 19: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Alojamento de estudantesAlojamento de estudantesAlojamento de estudantesAlojamento de estudantesAlojamento de estudantes - 1961 - Eduardo Kneese de Mello, J.Ramalho Jr., Sidney de Oliveira

Este conjunto totaliza 45 mil metro quadrados e deveria abrigar 2500 estudantes . Seus 12 edifícios sobrepilotis, distanciados entre si de 80 metros, compreendem 6 pavimentos de 625 metros quadrados. Dada aescala do obra, a estrutura de concreto armado foi proposta pré-fabricada. Apesar de ter o Escritório Técnicoda Cidade Unversitária optado pelo sistema tradicional, ambos foram empregados na construção, para igualnumero de blocos, entregue cada grupo a firmas distintas.As subseqüentes transformações por que passou a vida política brasileira, afetaram diretamente a USP eos critérios de planejamento de seu Campus. Isto explica o lamentável estado atual deste setor, onde, dosdoze blocos, um foi demolido, 5 abandonados na estrutura e os demais alterados no seu uso. Agravando oquadro, foram engasgadas, nos espaços originalmente livres, edificações cuja escala e espírito conflitam comos blocos de habitação.

XAVIER,Alberto. Arquitetura Moderna Paulistana/Alberto Xavier, Carlos Lemos, Eduardo Corona. SãoPaulo:Pini, 1983, pp.61.

Page 20: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO O O O O 0000033333SESC FÁBRICA DA POMPÉIA

Page 21: Sao Paulo – Uma breve apresentação

SESC Fábrica da PSESC Fábrica da PSESC Fábrica da PSESC Fábrica da PSESC Fábrica da Pompéiaompéiaompéiaompéiaompéia - 1977 - Lina Bo Bardi

Entrando pela primeira vez na então abandonada Fábrica de Tambores da Pompéia, em 1976, o que medespertou curiosidade, em vista de uma eventual recuperação para transformar o local num centro de lazer,foram aqueles galpões distribuídos racionalmente conforme os projetos ingleses do começo daindustrialização européia, nos meados do século XIX. Todavia, o que me encantou foi a elegante eprecursora estrutura de concreto. Lembrando cordialente o pioneiro Hennebique, pensei logo no dever deconservar a obra. Foi assim o primeiro encontro com aquela arquitetura que me causou tantas histórias,sendo consequência natural ter sido um trabalho apaixonante.Na segunda vez que lá estive, um sábado, o ambiente era outro: não mais a elegante e solitária estruturaHennebiqueana mas um público alegre de crianças, mães, pais, anciãos passava de um pavilhão a outro.Crianças corriam, jovens jogavam futebol debaixo da chuva que caía dos telhados rachados, rindo com oschutes da bola na água. As mães preparavam churrasquinhos e sanduíches na entrada da Rua Clélia; umteatrinho de bonecos funcionava perto da mesma, cheio de crianças. Pensei: isto tudo deve continuar assim,com toda essa alegria. Voltei muitas vezes, aos sábados e aos domingos, até fixar claramente aquelasalegres cenas populares.

Page 22: Sao Paulo – Uma breve apresentação

TTTTTeaeaeaeaeatrtrtrtrtrooooo

PLANTA TÉRREO, SUPERIOR E CORTES

Page 23: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Conjunto EsporConjunto EsporConjunto EsporConjunto EsporConjunto Esportititititivvvvvooooo

CROQUIS, CORTE E ELEVAÇÃO DAS TORRES

Page 24: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Galpão de conGalpão de conGalpão de conGalpão de conGalpão de convivivivivivênciavênciavênciavênciavência

CROQUIS E PLANTA DOS GALPÕES

Page 25: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO O O O O 0000044444AVENIDA PAULISTA

Page 26: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Banco Sul Banco Sul Banco Sul Banco Sul Banco Sul Americano do BrAmericano do BrAmericano do BrAmericano do BrAmericano do Brasil Sasil Sasil Sasil Sasil S.A..A..A..A..A. - 1960/63 - Rino Levi

Os dois volumes sobrepostos, a torre laminar de escritório e o banco de três andares constroem a esquina. Ovolume inferior se acomoda nos limites do lote trapezoidal, enquanto o edifício alto afasta-se da rua lateral,avançando perpendicularmente à avenida. Os quatro lados do balanço do pavimento superior do bancorecebem planos de brise – horizontais e verticais, de acordo com a orientação solar -, que protegem acalçada da esquina e constituem uma transição para o interior da agência.O volume de escritórios, com seus quatorze andares, é destacado do bloco inferior, permitindo a continuidadede teto-terraço. As fachadas menores da planta retangular são inteiramente opacas. Os planos são revestidoscom placas de mármore, paginadas com um discreto padrão geométrico abstrato. As faces maiores sãointeiramente abertas com caixilhos de alumínio e vidro, e protegidas por um plano de brise horizontal móvel,também de alumínio. O plano de brise é alinhado com o limite do volume, ficando a caixilharia recuada 80cmpara a dissipação do calor. A planta é livre, com uma torre de circulação vertical no centro da fachada sudestee duas prumadas de sanitários junto às faces menores. Para garantir a integridade dos planos opacos, ossanitários são abertos para um duto de ventilação que corre internamente à fachada.

Fonte do Texto: Rino Levi Arquitetura e cidade, Romano Guerra Editora

Page 27: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Edifício Conjunto NacionalEdifício Conjunto NacionalEdifício Conjunto NacionalEdifício Conjunto NacionalEdifício Conjunto Nacional - 1955 - David Libeskind

Iniciativa do grupo José Tijurs, este empreendimento veio propiciar um novo futuro à av. Paulista.Revolucionário para a época, previa inclusive hotel de luxo, até então concentrados no centro da cidade,constituindo-se assim numa ante visão dos shopping-centers de bairro. No quarteirão havia a mais bela casaart-nouveau de São Paulo, projeto de Victor Dubugras. Tendo Warchavchik elaborado um projeto, a idéiaevoluiu para um concurso fechado, posteriormente abandonada. Seguiram-se várias soluções, prevalecendoa de Libeskind, por ser a mais rentável. Consistia na ocupação total do lote, com lojas, dois pavimentos emsubsolo para garagens e um vasto jardim na cobertura, onde se situava um restaurante. A partir daídesenvolvia-se, sob pilotis e apoiado em laje de transição, uma lâmina de 25 pavimentos, destinado aapartamentos, totalizando o complexo de 150 mil metros quadrados. O acesso ao jardim se dava através derampas circulares, cuja cobertura foi realizada em forma de cúpula envidraçada, com estrutura tridimensionalde alumínio. Modificações de programa afetaram alguns aspectos do anteprojeto e, posteriormente, ao longode sua vida funcional, alterações formais constituídas principalmente de construções de lojas no centro dosamplos corredores do pavimento térreo e de acréscimos de um pavimento, paralelo ao primitivo restaurante,vieram desvirtuar a composição original de massas.

XAVIER, Alberto.Arquitetura Moderna Paulistana/Alberto Xavier, Carlos Lemos, Eduardo Corona. São Paulo:Pini,1983, pp.37.

Page 28: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Edifício Nações UnidasEdifício Nações UnidasEdifício Nações UnidasEdifício Nações UnidasEdifício Nações Unidas - 1953 - Abelardo de Souza

Projetado em 1952/53, com suas obras iniciadas em 1955 e finalizadas em 1959, foi um dos primeiros exemplaresde edifícios construídos na cidade, respeitando o conceito da unidade de habitação proposta por Le Corbusier.O edifício ocupa um amplo lote de esquina, extraindo do desenho irregular do terreno a base de sua volumetria.Colocava-se um programa que respondia a diversas funções –comércio, serviços e residências - distribuídos daseguinte maneira: o térreo é reservado para comércio organizado de modo tal que parte das lojas dá frente paraa Avenida Brigadeiro Luís Antônio e as demais para uma galeria interna que interliga a Avenida Paulista coma rua São Carlos do Pinhal. Uma grande laje que resulta em um terraço-jardim separa esta função das demais.A partir do terraço-jardim, três blocos interligados respondem pela implantação das atividades de escritóriose residências. Por último, dois subsolos de garagens, certamente desproporcionais para a época, anteviam aera do carro para cada família.Ainda hoje, o complexo resultante exprime monumentalidade. Seu impacto na avenida Paulista dos anos 50pode ser observado na foto de época, em que a maquete do edifício está inserida em um entorno de palacetese casa baixas .É inegável que o arquiteto soube tirar vantagem da posição do lote na esquina de três ruas. Cada blocoapresenta características diferenciadas, seja no tratamento das fachadas ,seja na volumetria, levando a umavisão diferenciada do conjunto conforme o ângulo de observação.Há três tipos de apartamentos, de um e dois dormitórios, com dimensões e programas diferenciados,apresentando grande racionalidade na divisão interna dos espaços e um zoneamento de funções claro.As informações obtidas no processo de aprovação do edifício revelam um momento de inflexão na história dacidade e, em particular, da avenida Paulista. A aprovação não foi obtida sem gerar polêmicas de duas naturezas.A primeira, relacionada ao código de obras, demonstrava a inadequação da legislação diante das propostasmodernistas. A segunda referia-se ao uso. A avenida Paulista foi concebida como uma avenida estritamenteresidencial e tal programa rompia com esta distinção. Para resolver tal pendência, o projeto foi encaminhado ‘aaprovação da Junta Consultiva do Código de Obras.Rino Levi, membro da junta, redigiu parecer favorável, aceitando o artifício do arquiteto que alegava que, nãohavendo portas comerciais para a avenida Paulista, não haveria infração. Iniciava-se ali a transformação douso da avenida.

MARTINS,Darlene Ribeiro/MARTINS Paulo de Tarso.A Promoção Privada de Habitação Econômica e a ArquiteturaModerna 1930-1964.São Carlos:RiMa,2002,pp204.

XAVIER, Alberto. Arquitetura Moderna Paulistana/Alberto Xavier, Carlos Lemos, Eduardo Corona. SãoPaulo:Pini, 1983, pp.17

Page 29: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Museu de Museu de Museu de Museu de Museu de ArArArArArte de São Pte de São Pte de São Pte de São Pte de São Paulo MASPaulo MASPaulo MASPaulo MASPaulo MASP - 1957/68 - Lina Bo Bardi

Uma premissa. Na projeção do Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, procurei uma arquiteturasimples, uma arquitetura que pudesse comunicar de imediato aquilo que, no passado, se chamou de“monumental”, insto é, o sentido do “coletivo”, da “Dignidade Cívica”. Aproveitei ao máximo a experiência decinco anos passados no Nordeste, a lição da experiência popular, não como romantismo folclórico mas comoexperiência de simplificação. Através de uma experiência popular cheguei àquilo que poderia chamar deArquitetura Pobre. Insisto, não do ponto de vista ético. Acho que no Museu de Arte de São Paulo eliminei oesnobismo cultural tão querido pelos intelectuais (e os arquitetos de hoje), optando pelas soluções diretas,despidas. O concretocomo sai das formas, o não acabamento, podem chocar toda uma categoria depessoas. Os painéis didáticos de cristal nos quais são expostos os quadros, não agradam os acostumadosao comodismo dos estofados e dos controles remotos, pois para ler os dados técnicos e o nome do autor etítulo das obras apresentadas, é preciso olhar atrás dos painéis. Acho meu projeto de painel-cavalete dapinacoteca do MASP uma importante contribuição à museografia internacional. Os 3000 visitantes do Museu,aos sábados e domingos, o demonstram, contra uma dezena de queixosos.O Novo Trianon-Museu é construído por um embasamento cuja cobertura constituirá o grande Belvedere. O“salão de baile”, pedido pela Prefeitura de 1957, será substituído por um grande Hall Cívico, sede dereuniões públicas e políticas. Um grande teatro-auditório e um pequeno auditório-sala de projeçõescompletam este “embasamento”. Acima do Belvedere, ao nível da Av. Paulista, ergue-se o edifício do Museude Arte de São Paulo.O edifício, de setenta metros de luz, cinco metros de balanço de cada lado, oito metrosde pé direito livre de qualquer coluna, está apoiado sobre quatro pilares, ligados por duas vigas de concretoprotendido na cobertura, e duas grandes vigas centrais para sustentação do andar que abrigará a pinacotecado Museu. O andar abaixo da pinacoteca, que compreenderá os escritórios, sala de exposições temporárias,salas de exposições particulares, bibliotecas, etc, está suspenso à duas grandes vigas por meio de tirantesde aço. Uma escada ao ar livre e um elevador-montacarga em aço e vidro temperado permitem acomunicação entre os andares. Todas as instalações, inclusive a do ar condicionado, estarão à vista. Oacabamento é dos mais simples. Concreto à vista, caiação, piso de pedra-góia ´para o grande Hall Cívico,vidro temperado, paredes plásticas, concreto à vista com caiação para o edifício do Museu. Os pisos serãode borracha preta tipo industrial. O Belvedere será uma “praça”, com plantas e flores em volta, pavimentadacom paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Estão previstas áreas com água, pequenos espelhos complantas aquáticas.O conjunto do Trianon vai repropor, na sua simplicidade monumental, os temas hoje tão impopulares doracionalismo.Eu procurei apenas, no Museu de Arte de são Paulo, retomar certas posições. Até procurei recriar um“ambiente” no Trianon. E gostaria que lá fosse o povo, ver exposições ao ar livre e discutir, escutar música,ver fitas. Até as crianças, ir brincar no sol da manhã e da tarde. E retreta. Um meio mau-gosto de músicapopular, que enfrentado “friamente”, pode ser também um “conteúdo”.

Page 30: Sao Paulo – Uma breve apresentação
Page 31: Sao Paulo – Uma breve apresentação

CentrCentrCentrCentrCentro Culturo Culturo Culturo Culturo Cultural FIESPal FIESPal FIESPal FIESPal FIESP - 1996 - Paulo Mendes da Rocha

A reforma nos térreos subsolos do edifício-sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, naAvenida Paulista, procurou dar uma visibilidade pública a usos que, na verdade, já existiam ali. Assimconfigurou-se o que veio a ser o centro Cultural FIESP.Anteriormente, a galeria de exposição e a biblioteca eram menores, e situavam-se, ambas, no térreoinferior.Os espetáculos de teatro, por sua vez, provocavam imensas filas, invariavelmente desabrigadas nacalçada da Avenida Paulista. A área do térreo superior abrigava apenas a entrada dos escritórios da FIESP,com protocolo e recepção, e uma praça, aberta em pilotis no projeto original de Rino Levi, mas que havia sidofechada.A marca da intervenção no edifício é muito clara: foram cortados dois trechos da laje do térreo superior eintroduzidos novos corpos metálicos na edificação – estruturas parasitas e leves, ainda mais se comparadasao peso do volume de concreto do edifício. Basicamente o que se produziu foi um aumento doa áreas de usopúblico, deslocando parte da recepção da FIESP (o setor do protocolo) para novas acomodações no subsolo,e concentrando o sistema de controle e separação da entrada nos recintos do elevador, que agora organiza aentrada no térreo superior e a sida no térreo inferior. Isto é, o elevador passou a desempenhar um papelproeminente como recurso de organização espacial. Assim a biblioteca pode ter aumentado o seu espaço notérreo inferior, e a galeria de exposição foi deslocada para o térreo superior, ocupando grande parte deste.Com a demolição da laje de entrada, a calçada da Avenida Paulista aumentou de 7 para 20 metros, criandoum espaço generoso de acolhimento, o que possibilitou uma visão nítida dos dois térreos (da galeria e dabiblioteca). Desse modo, a entrada, que era muito acanhada, ganhou em clareza. Além disso, a reformaampliou em larga medida a continuidade dos espaços. O novo foyer do teatro - agora com pé direto duplo -ficou totalmente interligado aos espaços externos, através da liberação do corredor junto ao muro de divisa ede criação de uma passarela metálica rente à biblioteca, configurando um verdadeiro “terreno” de giro emtorno do corpo inferior construído, uma calçada interior, podendo abrigar as filas para o teatro. Essapassarela contínua abre, na passagem, uma varanda nova para um café junto ao foyer do teatro. No térreosuperior, no trecho de pé-direito duplo, ao lado dos pórticos de concreto (com vigas de transição muito altas),criou-se uma ponte metálica contínua que se debruça sobre a Av Paulista de um lado, e corre, se outro, até ojardim Burle Marx, um painel inclinado de mosaico português. Pensada para abrigar coquetéis e eventos emgeral, essa nova área, além de um insuspeitado belvedere, revelou-se também um interessante espaço deexposições.

Paulo Mendes da Rocha

CORTE LONGITUDINAL E PLANTA DA GALERIA DE EXPOSIÇÕES SUPERIOR

Page 32: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRROOOOOTEIRTEIRTEIRTEIRTEIRO O O O O 0000055555PARQUE DO IBIRAPUERA

Page 33: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PPPPParararararque Ibirque Ibirque Ibirque Ibirque Ibiraaaaapuerpuerpuerpuerpueraaaaa - 1951Oscar Niemeyer, Zenon Lotufo, Hélio Uchôa e Eduardo Kneese de Mello

Para as festividades comemorativas do IV Centenário da fundação da cidade de São Paulo, o governonomeou comissão presidida por Francisco Matarazzo Sobrinho, destinada a programar e a executar obras,pois estavam previstas feiras e grandes exposições, além de atividades culturais. Os grandes terrenosarborizados do velho parque municipal (uma área de 180 Ha) foram destinados a acolher as futurasconstruções. O projeto caracteriza-se por sua unidade plástica, onde destaca-se a grande marquise -passeio sinuoso e de muitas direções, provido de pequenas lojas, bares, restaurantes, salas de descanso,sanitários, etc. Evitava-se assim, a intenção original de um grupo de arquitetos paulistas de individualizar aautoria de cada projeto, o que daria ao parque feições de grande mostruário de gostos e tendências díspares.O projeto de Oscar Niemeyer sofreu alterações decisivas, introduzidas pela Comissão Organizadora, emnome da economia e da praticidade. O pavilhão de entrada foi eliminado, tendo o publico acesso direto pelaesplanada; o formato da marquise foi consideravelmente simplificado e seu comprimento total reduzido; oauditório foi abandonado e, com ele, a grande marquise que o ligaria ao Palácio da Artes; os jardins de BurleMarx não foram executados; a concepção estrutural dos três palácios - abóbodas semelhantes às da FabricaDuchen – foi significativamente alterada.

PLANTAS DO PROJETO ORIGINAL E DA VERSÃO DEFINITIVA

Page 34: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PPPPPalácio das Indústrias (Bienal)alácio das Indústrias (Bienal)alácio das Indústrias (Bienal)alácio das Indústrias (Bienal)alácio das Indústrias (Bienal) - 1953 - Oscar NiemeyerLocalizado na outra ponta da grande marquise, o Palácio das Indústrias, destinado a exposições demáquinas e produtos manufaturados, cobre uma área de 250 por 50m.O terreno tem uma pequena inclinação, que se faz notar em função do comprimento do prédio, daí resultandoque o térreo, em uma extremidade, tenha 8,6m de pé-direito. Esta extremidade, em pilotis, é aberta e te ummezanino que se prolonga para trás até a extremidade oposta, formando, assim, o outro térreo, com 4m depé-direito. Os dois andares superiores têm pé-direito de 5m.Da mesma maneira que nos palácios das Nações e dos Estados, a distância entre as colunas é de 10m emambas as direções. A comunicação entre os andares é feita por meio de escadas rolantes e por duas rampas,uma interna e outra externa. A fachada norte é parcialmente protegida por brise-soleil verticais ajustáveis, emalumínio. Os contornos caprichosos das placas na extremidade do mezanino e em torno da rampa interiorque leva aos andares superiores, assim como a própria estrutura da rampa, ajudam a dar ao interior um arimaginativo e espetacular, em contraste com a impressionante sobriedade dada ao exterior, cuja simplicidadeacentua a escala pouco amum do edifício.

CORTES LONGITUDINAL E TRANSVERSAL

Page 35: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PLANTAS DE TODOS OS PAVIMENTOS

Page 36: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PPPPPalácio das alácio das alácio das alácio das alácio das ArArArArArtes (Oca)tes (Oca)tes (Oca)tes (Oca)tes (Oca) - 1954 - Oscar Niemeyer e equipe

Sob o domo que emerge diretamente do terreno, iluminado por 30 holofotes dispostos ao longo da periferia,quase ao nível do solo estão duas plataformas em concreto, uma retangular e outra hexagonal, ambas comlados côncavos, parecendo estar suspensas por seus vértices. Os espaços entre os lados da plataforma e aparede interna do domo combinam com as aberturas do térreo, comunicando-se com o subsolo e as rampasem forma de ferradura que conectam os quatro andares (em adição às escadas rolantes) e proporcionam umjogo cambiante de perspectiva, que contrasta de forma impactante com o aspecto externo monolítico daconstrução.

Page 37: Sao Paulo – Uma breve apresentação

AAAAAuditóriouditóriouditóriouditóriouditório - 2004 - Oscar Niemeyer

PROJETO ORIGINAL DO AUDITÓRIO

PROJETO DO NOVO AUDITÓRIO CONSTRUÍDO

Page 38: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PPPPPalácio da alácio da alácio da alácio da alácio da AgAgAgAgAgriculturriculturriculturriculturricultura (Detra (Detra (Detra (Detra (Detran)an)an)an)an) - 1955 - Oscar Niemeyer e equipe

Page 39: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PPPPPalácio dos Estados e das Naçõesalácio dos Estados e das Naçõesalácio dos Estados e das Naçõesalácio dos Estados e das Naçõesalácio dos Estados e das Nações - 1955 - Oscar Niemeyer

PLANTAS INFERIOR E SUPERIOR

Page 40: Sao Paulo – Uma breve apresentação

VISITVISITVISITVISITVISITAS COMPLEMENTAS COMPLEMENTAS COMPLEMENTAS COMPLEMENTAS COMPLEMENTARESARESARESARESARESSUGERIDAS

Page 41: Sao Paulo – Uma breve apresentação

RRRRResidência no Moresidência no Moresidência no Moresidência no Moresidência no Morumbiumbiumbiumbiumbi - 1949 - Lina Bo Bardi

Situada em uma nova zona residencial, nos subúrbios de São Paulo, esta casa combina bem com os seusproprietários, um casal italiano culto e refinado.P.M.Bardi, conhecido crítico de arte, ajudou a criar e dirige oMuseu de Arte de São Paulo. Sua mulher, arquiteta de formação européia, imprimiu ao projeto a marca do seugosto pelo detalhe refinado e pelo emprego de elementos associados a técnicas industrias avançadas.A casa foi projetada como um “mínimo” de proteção para tirar o máximo proveito da soberba vista da imensapaisagem que se descortina sobre a grande cidade que se estende ao horizonte. Ao mesmo tempo em queabriga adequadamente seus ocupantes contra a intempérie, ela não os impede de viver em contato estreitocom a natureza nem de desfrutar o amanhecer e o pôr-do-sol e, até mesmo, as tormentas e tempestades.Como o terreno tem uma inclinação muito acentuada, a frente foi construída em pilotis, com a parte de trásapoiada no solo. Em contraste com o aspecto maciço desta última, a frente é uma caixa extremamente leve emconcreto armado, envidraçada em três lados, e apoiada em tubos de aço sem costura. Para acentuar a ligaçãocom o sol e a paisagem, as grandes janelas do living não têm balaustrada de proteção. O pátio atravessa omeio do living, propiciando ventilação cruzada nos dias quentes; no seu centro, uma velha árvore,que ali jáexistia, coberta de heras e flores, emerge do solo para se tornar parte do ambiente.Como a orientação da fachada é sul-sudeste, as cortinas de vinil branco garantem proteção suficiente contrao sol da manhã .A escada principal, uma estrutura de aço com degraus em granito, é um detalhe típico do acabamento.

CORTE AA

PLANTA SUPERIOR

PLANTA INFERIOR - ACESSO

Page 42: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Edifício LouvEdifício LouvEdifício LouvEdifício LouvEdifício Louveireireireireira a a a a - 1946 - Vilanova Artigas

O edifício Louveira tem um significado interessante porque é um tipo de aproveitamento do terreno e deforma de edifício que serviu de base para a construção para vários outros edifícios em São Paulo. Ele temuma implantação que todos os meus colegas arquitetos nunca deixaram de elogiar porque assimila a praça,que está em frente, ao interior do edifício.Há um pormenor interessante: o nosso código de obras, foi feito a partir da conciliação do Art Déco com amelhor Arquitetura e meus colegas que aprovam os projetos na Prefeitura criaram uma série de dificuldadespara a aprovação. Quando apareci lá com o desenho da fachada, que eram quatro riscos, meu colega pôs asmãos na cabeça. –”Artigas, essa não vai passar! Dois riscos, sem nenhuma janela, isso não dá, não vaiaprovar.” Acabei adotando a posição que, em geral, adotava. Construí inteirinho e depois que estavaconstruído, ninguém teve coragem de dizer que eu tinha que abrir janelas nas empenas.

Page 43: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Museu BrMuseu BrMuseu BrMuseu BrMuseu Brasileirasileirasileirasileirasileiro da Esculturo da Esculturo da Esculturo da Esculturo da Esculturaaaaa - 1986/95 - Paulo Mendes da Rocha

Situado numa zona residencial da cidade, o MUBE foi inicialmente pensado para ser um museu de esculturae ecologia e interligar-se completamente às atividades culturais do vizinho Museu da Imagem e do Som.Decidiu-se que o seu destino seria abrigar uma notícia da paisagem – espelhos d´água, grande arvoredo,bromélias e flores nativas – projetada pelo paisagista Roberto Burle Marx – um exemplo de jardim brasileiro –e o acervo de esculturas da cidade, documentado e administrado a partir deste lugar. Desta maneira, pensou-se em desenvolver um projeto cultural amplo existentes na cidade e organizar oportunas exposiçõestemporais no recinto do próprio museu.O museu de esculturas foi concebido como um jardim, com uma sombra e um teatro ao ar livre, rebaixado noterreno. O edifício principal não aparece a céu aberto, a não ser por um alpendre, lugar de abrigo simbólicosobre o jardim, ponto de referência e parâmetro de escala entre as esculturas e o observador.Essa simples abrigo, como uma loggia ou portal, está projetado com 12 metros de largura e 60 metros devão. O museu propriamente dito, devido ao aproveitamento das diferenças de nível existentes ao longo doslimites do terreno, está projetado como um falso subsolo que, voltando para o interior, redesenha o lote nasuperfície.

Paulo Mendes da Rocha

Page 44: Sao Paulo – Uma breve apresentação

PLANTA INFERIOR - MUSEU

PLANTA SUOERIOR - PRAÇA

CORTE

Page 45: Sao Paulo – Uma breve apresentação

Pinacoteca do EstadoPinacoteca do EstadoPinacoteca do EstadoPinacoteca do EstadoPinacoteca do Estado - 1993 - Paulo Mendes da Rocha

O objetivo primordial da obra de reforma da Pinacoteca do Estado foi adequar o edifício – construído no finaldo séc XIX para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – às atuais necessidades técnicas efuncionais de um grande museu. O prédio foi dotado de toda a infra-estrutura necessária, com a construçãode um elevador para o transporte de público e de obras; a climatização de diversas áreas; a adequação darede elétrica e a ampliação das áreas do depósito do acervo, laboratório de restauro e biblioteca.O projeto procurou resolver os problemas detectados no diagnóstico técnico: a umidade que paulatinamentedegradava as robustas paredes em alvenaria de tijolos de barro, o plano de acessos ao edifício, e, ainda, acomplicada distribuição das áreas de exposições espalhadas por inúmeras salas e organizadas a partir dosvazios internos conformados por uma rotunda central e dois pátios laterais. Com a reforma, os vaziosinternos foram cobertos por clarabóias planas, confeccionadas em perfis de aço e vidros laminados. Evitou-se a entrada de chuva e garantiu-se, através da ventilação, a reprodução das condições originais derespiração do conjunto dos salões internos. Assim, foi proporcionada uma nova configuração dessesespaços: no nível do chão, abriram-se salões de pé-direito triplo que possibilitaram uma nova articulaçãoentre todas as funções; nos pisos superiores foram instaladas passarelas metálicas vencendo os vazios dospátios laterais; no vazio central, foi construído o auditório, cuja cobertura, no primeiro pavimento,transformou-se num saguão monumental que articula, em conjunto com as passarelas, praticamente sembarreiras através dos eixos longitudinal e transversal do edifício, todos os seus espaços.As esquadrias das janelas das fachadas internas aos pátios puderam ser retiradas e mantidos seus vãoabertos, gerando uma grande transparência, e destacando, também, as grossas paredes autoportantes dealvenaria de tijolos. Criou-se, dessa forma, uma espacialidade imprevista em todo o recinto da Pinacoteca: nasucessão dos espaços, no fluxo dos visitantes e na luminosidade recém-instaurada.Com a nova circulação pelo eixo longitudinal do edifício, a entrada do museu foi transferida para a Praça daLuz, na face sul, modificando-se a sua implantação com relação à cidade. As varandas passaram a serusadas como espaços de acolhimento, áreas vestibulares ainda externas, mas abrigadas e equipadas comserviços. Também foi corrigido, dessa forma, o inconveniente estrangulamento entre o prédio e a AvenidaTiradentes. O acesso dá-se, agora, a partir de um amplo recuo com relação à Praça da Luz, um espaçoexterno largo e contínuo, que estabelece um diálogo com o belo edifício da Estação da Luz e a animaçãoproporcionada pelo metrô e pelo Parque.A construção original foi essencialmente mantida como estrutura. Todas as intervenções propostas peloprojeto foram justapostas e tornadas evidentes, com um sentido de “colagem”. O aço foi o materialconstrutivo adotado nas intervenções, com a intenção de deixar claro o contraponto entre o antigo e o n ovo,que se amparam de modo dinâmico.

PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO E CORTE LONGITUDINAL