tese - shirley katianne lemos rabelo

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ESTUDO SOBRE A VIABILIDADE DO CLCULO DA POROSIDADE COM BASE EM UM CONJUNTO REDUZIDO DE PERFIS E SUA APLICAO NA BACIA DE ALMADA/BA SHIRLEY KATYANNE LEMOS RABELO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF LABORATRIO DE ENGENHARIA E EXPLORAO DE PETRLEO - LENEP MACA - RJ FEVEREIRO 2004 ii ESTUDO SOBRE A VIABILIDADE DO CLCULO DA POROSIDADE COM BASE EM UM CONJUNTO REDUZIDO DE PERFIS E SUA APLICAO NA BACIA DE ALMADA/BA SHIRLEY KATYANNE LEMOS RABELO TeseapresentadaaoCentrode CinciaeTecnologiada UniversidadeEstadualdoNorte Fluminense,comopartedas exignciasparaobtenodottulode MestreemEngenhariade Reservatrio e de Explorao. Orientador: Antonio Abel Gonzlez Carrasquilla, D.Sc. MACA - RJ FEVEREIRO 2004 iii ESTUDO SOBRE A VIABILIDADE DO CLCULO DA POROSIDADE COM BASE EM UM CONJUNTO REDUZIDO DE PERFIS E SUA APLICAO NA BACIA DE ALMADA/BA SHIRLEY KATYANNE LEMOS RABELO TeseapresentadaaoCentrode CinciaeTecnologiada UniversidadeEstadualdoNorte Fluminense,comopartedas exignciasparaobtenodottulode MestreemEngenhariade Reservatrio e de Explorao. Aprovada em 19 de fevereiro de 2004 Comisso Examinadora: _____________________________________________________________Jadir da Conceio da Silva (D.Sc., Geofsica DG/UFRJ) _____________________________________________________________Carlos Alberto Dias (Ph.D., Geofsica LENEP/CCT/UENF) _____________________________________________________________ Themis Carageorgos (Ph.D, Hidrometalurgia LENEP/CCT/UENF) _____________________________________________________________Antonio Abel Gonzlez Carrasquilla (D.Sc., Geofsica LENEP/CCT/UENF) (orientador) iv Esta Dissertao dedicada a Angelina Rabelo Ferreira. v Agr a deci men t os A Deus, por tudo. minha famlia, em especial s minhas avs, minha me, minhas tias e Maria das Neves Custdio dos Santos. Aosamigosecolaboradores,RooseveltFlexa,AnaLcia,MnicaCustdio,Dbora Mendona, Anabela , Laura Abreu, Sonali Jos, Filipe Torres, Adolfo Puime, Fbio Corra, Silas, Cntia, Ana Beatriz Quental,Marco Ceia, Jaciara Barreto e Alfredo Carrasco. AogerentedeinformticaAlexandreSrvulo,cujoauxliofoiessencialparao desenvolvimento desse trabalho. AosgelogosNelsonPereiraFrancoFilhoePatrciaMartinsSilva,CER/ UN-BC/ PETROBAS,pelasvaliosassugesteseconsideraescomrespeitoaoassuntodesse trabalho. A LANDMARK. AoorientadorAbelCarrasquilla,aoprofessorCarlosDiaseaBenaRodrigues,pela pacincia, confiana e amizade. A ANP/ PRH-20 e a UENF pela bolsa de Mestrado no decorrer desse processo. Aos alunos, professores e funcionrios do LENEP. Ao LENEP pela estrutura fsica e equipamentos. A todos aqueles que contriburam para o desenvolvimento desse trabalho. viSUMRIO NDICE DE FIGURAS.................................................................................................................i x NDI CE DE TABELAS................................................................................................................xi i iRESUMO.......................................................................................................................................xi v ABSTRACT ..................................................................................................................................xv CAPTULO 1. INTRODUO...................................................................................................1 1.1.Objet ivos Ger ais.................................................................................................................. 2 1.2. Objet ivos Especficos..........................................................................................................2 1.3. Rot eir o.................................................................................................................................3 CAPTULO 2. REVISO BIBLIOGRFICA...........................................................................4 2.1.Pr ocessosDeposicionais Cont nuos.................................................................................... 4 2.1.1.Fluxos Gr avit acionais............................................................................................... 4 2.1.2. Cor r ent es de Tur bidez..............................................................................................7 2.1.3. Tur bidit os.................................................................................................................9 2.1.3.1.Tur bidit oseaIndst r iade Pet r leo............................................................ 12 2.2. Par met r os Pet r ofsicos das Rochas.................................................................................... 15 2.2.1. Por osidade................................................................................................................16 2.2.1.1. Por osidade Tot al.........................................................................................16 2.2.1.2. Por osidade Efet iva......................................................................................17 2.2.1.3. Por osidade Pr imr ia....................................................................................18 2.2.1.4. Por osidade Secundr ia................................................................................19 2.2.1.5. Por osidade em Rochas Reser vat r io...........................................................19 2.2.1.6. Mt odos de Det er minao..........................................................................21 2.2.2. Sat ur ao de gua....................................................................................................22 2.2.3. Sat ur ao de gua Ir r edut vel................................................................................23 2.2.4. Per meabilidade.........................................................................................................24 2.2.4.1. Per meabilidade Absolut a, Efet iva e Relat iva.............................................26 2.2.4.2. Mt odos de Det er minao..........................................................................28 2.3. Per filagem de Poo.............................................................................................................28 2.3.1. Per filagem no Br asil.................................................................................................31 vii 2.3.2. Font es de Er r o na Oper ao de Per filagem............................................................32 2.3.3. Medidas de Per filagem.............................................................................................34 2.3.3.1. Raios Gama.................................................................................................35 2.3.3.2. Snico..........................................................................................................36 2.3.3.3. Densidade....................................................................................................39 2.3.3.4. Por osidade Neut r nica................................................................................40 2.3.3.5. Resist ividade...............................................................................................42 2.3.4. Volume de Ar gila.....................................................................................................46 CAPTULO 3. DESCRIO DAS REAS ESTUDADAS......................................................47 3.1. Bacia de Campos................................................................................................................49 3.3.1. Campo de Namor ado................................................................................................52 3.2. Bacia de Almada.................................................................................................................55 CAPTULO 4. METODOLOGIA...............................................................................................63 4.1. Meios Mat er iais..................................................................................................................63 4.1.1. Dados dos Poos de Namor ado................................................................................63 4.1.2. Dados dos Poos de Almada....................................................................................65 4.1.3. Equipament os...........................................................................................................67 4.2. Mt odos...............................................................................................................................67 4.2.1. Obt eno dos Valor es de epar a os Poos do Campo de Namor ado e da Bacia de Almada.................................................................................................................. 67 4.2.1.1. Avaliao Pet r ofsica dos Per fis.................................................................67 4.2.1.2. Descr io das Et apas do Fluxogr ama Adapt ado........................................69 4.2.2. Det er minao do Int er valo de Reser vat r io........................................................... 78 4.2.3. Compa r a o dos Va lor es de eno int er va lo de r eser va t r io dos poos do Campo de Namor ado............................................................................................... 79 4.2.3.1. Obt eno e compar ao das cur vas de eno int er valo do r eser vat r io..................................................................................................79 4.2.3.2. Compar ao dos valor es de eat r avs da anlise da dist r ibuio de fr eqncia................................................................................................. 80 4.2.3.3. Det er minao da difer ena per cent ual ent r e os valor es de e .80 4.2.3.4. Validao dos dados obt idos de RHOB/NPHI e DT.Compar ao ent r e tDT, PhiT RHOB/NPHi e tANP......................... 81 4.2.4.Obt enodosvalor esde e noint er valocor r espondent eFor mao Ur ucut uca, Bacia de Almada-BA.............................................................................82 4.2.4.1. Obt eno de dados numr icos e r epr esent ao gr fica dos per fis dos poos da Bacia de Almada..........................................................................82 4.2.4.2. Escolha do int er valo cor r espondent e For mao Ur ucut uca ..................82 viii 4.2.4.3.Obt enode e noint er valocor r espondent eFor mao Ur ucut uca.................................................................................................. 82 i.Obt enodacur vade e noint er valodaFor mao Ur ucut uca...............................................................................................82 ii. Obt eno da dist r ibuio de fr eqncia...................................................82 CAPTULO 5. RESULTADOS E DISCUSSO............................................................................ 84 5.1. Cur va de eno int er valo t ot al do per fil dos poos do Campo de Namor ado.................84 i. Cur va de eno int er valo t ot al do per fil dos poos do Campo de Namorado a part ir de RHOB/NPHI...............................................................................................................84 ii. Cur vade eno int er va lo t ot a l do per fil dos poos do Ca mpo de Na mor a do apar t irde DT......................................................................................................................87 5.2. Cur va de eno int er valo de r eser vat r io dos poos do Campo de Namor ado...............90 i. Cur vade eno int er valo de r eser vat r io dos poos do Campo de Namor ado a par t irde RHOB/NPHI.....................................................................................................90 ii. Cur va de eno int er va lo de r eser vat r io dos poos do Campo de Namor ado a par t irde DT......................................................................................................................93 5.3. Compar ao dos valor es de eno int er valo de r eservat rio a part ir de RHOB/NPHI e DT.....................................................................................................................................95 5.3.1. Compar ao das cur vas de ea par t irde RHOB/NPHI e DT..............................95 5.3.2. Compa r a o dos va lor es de eapa r t irde RHOB/NPHIe DT a t r a vs daanlise da dist r ibuio de fr eqncia.......................................................................113 5.3.3. Difer ena per cent ual ent r e os valor es de ea part ir de RHOB/NPHI e DT.......122 5.4. Compar ao dos valor es de eno int er valo de r eser vat r io dos Poos de Namor ado obt idos porRHOB/NPHI e DT com dados exper iment ais................................................130 5.5. Valor es de ecor r espondent es For mao Ur ucut uca, Bacia de Almada-BA............. 134 5.5.1. Obt en o da scu r va sde eapa r t i rde DT dospoos , pa r aaFor ma o Ur ucut uca................................................................................................................134 5.5.2. Dist r ibuio dos valor es de e para a Formao Urucut uca...............................139 CAP TULO 6. CONCLUSES...................................................................................................... 143 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................................................... 145 ANEXOS. . . . ..................................................................................................................................... 150 ix NDI CEDEF I GURAS Figura 2.1. Representao esquemtica de uma corrente de turbidez. ...............................8 Figura 2.2. Representao simplificada da formao de turbiditos numa Bacia............ ...10 Figura2.3.Cenrioesquemticodossistemasdedeposiodesedimentos clsticos.....................................................................................................................10 Figura 2.4. Ciclo turbidtico siliciclstico ideal........................................................................12 Figura 2.5. Reservas turbidticas distribudas em 54 bacias..................................................13 Figura 2.6. Descoberta de turbiditos desde 1970.....................................................................14 Figura 2.7. Espao intersticial numa rocha clstica.................................................................17 Figura 2.8. Representao do contato leo (o)/ gua (w) e da gua retida nos capilares estreitos de uma rocha............................................................................................24 Figura2.9.PermeabilidadeRelativaemfunodaSaturaodeumsistemade produo num reservatrio contendo leo e gua.............................................27 Figura2.10.Esquemageraldeumaoperaodeperfilagemterrestre.Ocaminho contmoguinchoeocabo(drawworks),almdoequipamentode registro....................................................................................................................... 29 Figura2.11.Exemplodeperfisgeofsicosempooaberto.CurvadeRaiosGamae PotencialEspontneo(track1);Densidade,SnicoePorosidade Neutrnica(track2)eResistividade(track 3)..............................................................................................................................30 Figura 2.12. Diagrama esquemtico de invaso de poo aberto...........................................34 Figura 3.1. Distribuio das bacias sedimentares brasileiras.................................................48 Figura 3.2. Bacias do tipo rifte* e da margem continental......................................................49 Figura 3.3. Mapa de localizao da Bacia de Campos............................................................50 Figura 3.4. Seo geolgicaca da Bacia de Campos .......................................................................51 Figura 3.5. Coluna estratigrfica da Bacia de Campos...........................................................52 Figura 3.6. Localizao do Campo de Namorado...................................................................54 Figura3.7.ColunaestratigrficadaBaciadeCamposdestacando-se a posio dos turbiditos Arenito Namorado............................................................................55 Figura 3.8. Seo geolgica do Campo de Namorado, ao lado o Campo de Cherne.........55 Figura 3.9. Localizao da Bacia de Almada e do Canyon Submarino de Almada (*), esteltimoapresenta-sepreenchidoporsedimentosdaFm. Urucutuca................................................................................................................. 56 Figura 3.10. Seo geolgica da Bacia de Almada................................................................... 57 Figura 3.11. Carta estratigrfica da Bacia de Almada............................................................. 58 Figura 3.12. Composio do Mapa Geolgico da poro emersa da Bacia de Almada e aseogeolgicanosuldabaciade Almada...................................................................................................................60 Figura3.13.LocalizaodosdoispoosperfuradospelaPETROBRASnaBaciade Almada................................................................................................................... 63 Figura 4.1. Mapa de localizao dos poos no Campo de Namorado.................................65 Figura 4.2. Mapa de localizao dos poos da Bacia de Almada..........................................67 Figura4.3.FluxogramaadaptadodoaplicativoPetroWorks,paraavaliao petrofsica............................................................................................................... 69 Figura 4.4. Relao Power Law x GR Linear....................................................................76 Figura 4.5. Volume de argila a partir do crossplot N /D .................................................77 Figura 5.1. Curva de edo perfil do poo 3NA_0001A (RHOB/ NPHI)............................86 Figura 5.2. Curva de edo perfil do poo 3NA_0002 (RHOB/ NPHI)...............................86 x Figura 5.3. Curva de edo perfil do poo 3NA_0004 (RHOB/ NPHI)...............................87 Figura 5.4. Curva de edo perfil do poo 7NA_0007 (RHOB/ NPHI)...............................87 Figura 5.5. Curva de edo perfil do poo 7NA_0011A (RHOB/ NPHI)............................88 Figura 5.6. Curva de edo perfil do poo 3NA_0001A (DT)............................................... 88 Figura 5.7. Curva de edo perfil do poo 3NA_0002 (DT).................................................. 89 Figura 5.8. Curva de edo perfil do poo 3NA_0004 (DT).................................................. 89 Figura 5.9. Curva de edo perfil do poo 7NA_0007 (DT).................................................. 90 Figura 5.10. Curva de edo perfil do poo 7NA_0011A (DT)............................................. 90 Figura5.11.Curvade e dointervalodereservatriodopoo3NA_0001A (RHOB/ NPHI)....................................................................................................91 Figura5.12.Curvade e dointervalodereservatriodopoo3NA_0002 (RHOB/ NPHI)....................................................................................................92 Figura5.13.Curvade e dointervalodereservatriodopoo3NA_0004 (RHOB/ NPHI)....................................................................................................92 Figura5.14.Curvade e dointervalodereservatriodopoo7NA_0007 (RHOB/ NPHI)....................................................................................................93 Figura5.15.Curvade e dointervalodereservatriodopoo7NA_0011A (RHOB/ NPHI)....................................................................................................93 Figura 5.16. Curva de edo intervalo de reservatrio do poo 3NA_0001A (DT)........... 94 Figura 5.17. Curva de edo intervalo de reservatrio do poo 3NA_0002 (DT).............. 94 Figura 5.18. Curva de edo intervalo de reservatrio do poo 3NA_0004 (DT).............. 95 Figura 5.19. Curva de edo intervalo de reservatrio do poo 7NA_0007 (DT).............. 95 Figura 5.20. Curva de edo intervalo de reservatrio do poo 7NA_0011A (DT)........... 96 Figura5.21.Comparaodascurvasde e dointervalodereservatriodopoo 3NA_0001A............................................................................................................97 Figura5.22.Comparaodascurvasde t dointervalodereservatriodopoo 3NA_0001A............................................................................................................98 Figura 5.23. Comparao das curvas de shVdo Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o poo 3NA_0001A......................................................................................99 Figura 5.24. Diferena pontual entre os valores de eobtidos de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio, para o poo 3NA_0001A...................................100 Figura5.25.Comparaodascurvasde e dointervalodereservatriodopoo 3NA_0002...............................................................................................................100 Figura5.26.Comparaodascurvasde t dointervalodereservatriodopoo 3NA_0002...............................................................................................................101 Figura5.27.SeodosperfisdeDT,GR,ILD,NPHIeRHOB,dointervalode reservatrio do poo 3NA_0002..........................................................................102 xi Figura 5.28. Comparao das curvas de shVdo Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o poo 3NA_0002..........................................................................................104 Figura 5.29. Diferena pontual entre os valores de eobtidos de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio, para o poo 3NA_0002......................................104 Figura5.30.Comparaodascurvasde e dointervalodereservatriodopoo 3NA_0004...............................................................................................................105 Figura5.31.Comparaodascurvasde t dointervalodereservatriodopoo 3NA_0004...............................................................................................................106 Figura5.32.Comparaodascurvasde shV ,deRHOB/ NPHIeDT,paraopoo 3NA_0004...............................................................................................................107 Figura 5.33. Diferena pontual entre os valores de eobtidos de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio, para o poo 3NA_0004......................................108 Figura5.34.Comparaodascurvasde e dointervalodereservatriodopoo 7NA_0007...............................................................................................................108 Figura5.35.Comparaodascurvasde t dointervalodereservatriodopoo 7NA_0007...............................................................................................................109 Figura 5.36. Comparao das curvas de shVdo Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o intervalo do reservatrio do poo 7NA_0007.......................................110 Figura 5.37. Diferena pontual entre os valores de eobtidos de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio, para o poo 7NA_0007......................................111 Figura5.38.Comparaodascurvasde e dointervalodereservatriodopoo 7NA_0011A............................................................................................................112 Figura5.39.Comparaodascurvasde t dointervalodereservatriodopoo 7NA_0011A............................................................................................................113 Figura 5.40. Comparao das curvas de shVdo Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o intervalo do reservatrio do poo 7NA_0011A....................................113 Figura 5.41. Diferena pontual entre os valores de eobtidos de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio, para o poo 7NA_0011A...................................114 Figura 5.42.Histograma de freqncias dos valores de ea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 3NA_0001A................................................................................115 Figura 5.43. Comparao da distribuio de e , obtida a partir de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio do poo 3NA_0001A...........................................116 Figura 5.44.Histograma de freqncias dos valores de ea partir de RHOB/ NPHI e DTpara o poo 3NA_0002..................................................................................117 Figura 5.45. Comparao da distribuio de e , obtida a partir de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio do poo 3NA_0002.............................................118 Figura 5.46. Histograma de freqncias dos valores deea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 3NA_0004...................................................................................119 Figura 5.47. Comparao da distribuio de e , obtida a partir de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio do poo 3NA_0004.............................................120 Figura 5.48.Histograma de freqncias dos valores deea partir d e RHOB/ NPHI e DT para o poo 7NA_0007...................................................................................120 xii Figura 5.49. Comparao da distribuio de e , obtida a partir de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio do poo 7NA_0007.............................................121 Figura 5.50.Histograma de freqncias dos valores deea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 7NA_0011A................................................................................122 Figura 5.51. Comparao da distribuio de e , obtida a partir de RHOB/ NPHI e DT, no intervalo do reservatrio do 7NA_0011A....................................................123 Figura5.52.Diferenapercentualpontualentreosvaloresde e nointervalodo reservatrio para o poo 3NA_0001A................................................................125 Figura5.53.Diferenapercentualpontualentreosvaloresde e nointervalodo reservatrio para o poo 3NA_0002................................................................... 126 Figura5.54.Diferenapercentualpontualentreosvaloresde e nointervalodo reservatrio para o poo 3NA_0004...................................................................127 Figura5.55.Diferenapercentualpontualentreosvaloresde e nointervalodo reservatrio para o poo 7NA_0007...................................................................128 Figura5.56.Diferenapercentualpontualentreosvaloresde e nointervalodo reservatrio para o poo 7NA_0011A................................................................129 Figura5.57. Diferenapercentual dos valores de edo Projeto DT com relao aos valores de edo Projeto RHOB/ NPHI............................................................ 130 Figura 5.58. Comparao entre os valores pontuais de porosidade total (t ) obtidos da ANP, do Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o Poo 3NA_0001A.132 Figura5.59.Comparaodosvalorespontuaisdeporosidadetotal(t ) obtidos da ANP, do Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o Poo 3NA_0002....132 Figura5.60.Comparaodosvalorespontuaisdeporosidadetotal(t ) obtidos da ANP, do Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o Poo 3NA_0004....133 Figura5.61.Comparaodosvalorespontuaisdeporosidadetotal(t ) obtidos da ANP, do Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o Poo 7NA_0007....133 Figura5.62.Comparaodosvalorespontuaisdeporosidadetotal(t ) obtidos da ANP, do Projeto RHOB/ NPHI e do Projeto DT, para o Poo 7NA_0011A.134 Figura5.63.Curvade e nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1BAS36_BA............................................................................................................135 Figura5.64.Curvade t nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1BAS36_BA............................................................................................................136 Figura5.65.Curvadedistribuiodosvaloresde t nointervalodaFormao Urucutuca para o poo 1BAS36_BA................................................................ 137 Figura5.66.Curvade shV nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1BAS36_BA..........................................................................................................137 Figura5.67.Curvade e nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1SSA01_BA..........................................................................................................138 Figura5.68.Curvade t nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1SSA01_BA..........................................................................................................139 xiii Figura5.69.Curvadedistribuiodosvaloresde t nointervalodaFormao Urucutuca para o poo 1SSA01_BA................................................................139 Figura5.70.Curvade shV nointervalodaFormaoUrucutucaparaopoo 1SSA01_BA.......................................................................................................... 140 Figura 5.71. Distribuio de epara o poo 1BAS36_BA......................................................140 Figura 5.72. Distribuio de epara o poo 1SSA01_BA......................................................141 xiv NDI CE DE TABE LAS Tabela 2.1. Tipos bsicos de fluxos gravitacionais..........................................................6 Tabela 3.1. Associao de fcies de canal da Formao Urucutuca..............................61 Tabela 3.2. Associao de fcies intercanal da Formao Urucutuca...........................62 Tabela 4.1. Descrio geral dos poos de Namorado estudados..................................65 Tabela 4.2. Descrio geral dos poos de Almada empregados no projeto.................66 Tabela 4.3. Parmetros de correo ambiental................................................................71 Tabela 4.4. Intervalo do reservatrio dos poos do Campo de Namorado.................80 Tabela4.5.Valoresde t nasrespectivasprofundidadesparacadapoodo Campo de Namorado, segundo a ANP........................................................83 Tabela 4.6. Intervalo correspondente Fm. Urucutuca e ao arenito, na formao....84 Tabela5.1.Distribuiodasfreqnciasde e apartirdeRHOB/ NPHI e DT para o poo 3NA_0001A.................................................................................115 Tabela5.2.Distribuiodasfreqnciasde ea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 3NA_0002....................................................................................117 Tabela5.3.Distribuiodasfreqnciasde e a partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 3NA_0004....................................................................................119 Tabela5.4.Distribuiodasfreqnciasde ea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 7NA_0007....................................................................................121 Tabela5.5.Distribuiodasfreqnciasde ea partir de RHOB/ NPHI e DT para o poo 7NA_0011A.................................................................................122 Tabela 5.6. Freqncia de distribuio e diferena percentual entre os valores de e , no intervalo do reservatrio, para todos os poos............................... 124 Tabela5.7.Distribuiodasfreqnciasepercentagensde e paraopoo 1BAS36_BA.......................................................................................................141 Tabela5.8.Distribuiodasfreqnciasepercentagensde e paraopoo 1SSA01_BA........................................................................................................142 xv Res u mo Em alguns poos de petrleo, os perfis geofsicos comumente empregados nas avaliaes das formaes correspondiam ao conjunto dos perfis snico, raios gama e resistividade (Projeto DT).Naatualidade,osmtodosmodernosdeestudodereservatrioimplicam, preferencialmente,naanlisedessesperfisemconjuntocomosperfisdedensidadee porosidade neutrnica (Projeto RHOB/ NPHI). Empregando-se esses projetos, calculou-se e verificou-seavariaodaporosidadeefetiva e e da porosidade total- t, as quais se constituememimportantesparmetrosdeumreservatrio,caracterizandoovolumede fluidonarocha.Nessecontexto,foramutilizadosperfisdepoodoCampoEscolade NamoradonaBaciadeCampos/ RJ,quepossuioconjuntodoscincoperfisdepoo,no intuitodeseavaliarametodologiaqueempregaumconjuntoreduzidodeperfis(Projeto DT).Posteriormente,atcnicafoiaplicadaadadosdaFormaoUrucutucanaBaciade Almada/ BA,onde,peladisponibilidadedosdados,somentefoipossveldesenvolvero Projeto DT. Os valores obtidos para e , nos reservatrios dos poos de Namorado, so da ordemde0,25a0,30paraoProjetoDT,eentre0,30e0,35paraoProjeto RHOB/ NPHI. Observa-se ento que a metodologia testada pode assim ser empregada na obteno de edereservatrios,fornecendovaloresemmdia15%menores,ou5%emvaloresde porosidade.ParaosperfisdaFormaoUrucutuca,osvalores estimados de t oscilaram entre 0,30 e 0,50 em mdia, apresentando um mximo de 0,65; e os de e , variaram entre 0,30e0,35em57%dosdados,paraopoo1BAS36_BA.E,paraopoo1SSA01_BA, t variou entre 0,30 e 0,65, com um valor mximo de 0,80; e e , variou entre 0,15 e 0,40, em 94% dosdados.Assim,conclui-sequepossvelaplicaraabordagempropostanestetrabalho paraestimaraporosidadedereservatriosdepetrleo, em casos de explorao de bacias onde somente se possui um nmero limitado de perfis. xvi Abs t r a ct Insomeoilwells,thewelllogscommonlyappliedtoevaluateformatiosincludedasetof logssuchassonic,gammaraysandresistivitylogs(DTProject). Nowadays, the modern methods of reservoir study involves an analysis of those log curves coupled with density and neutronporositylogs(RHOB/ NPHIProject).Byusingbothprojects,itwaspossibleto calculate and verified the variation of the effective porosity - eand the total porosity - t, which are important parameters to characterize the fluid volume in a rock. In this context, it was used well logs data from Namorado School Field located in the Campos Basin/ RJ. This field,thathasasetoffivelogcurves,wasusedtovalidatethemethodologyoftheDT Project. Later, this methodology was applied to the available data from Urucutuca Formation inAlmadaBasin/ BA.TheseavailabledataallowedtodeveloponlytheDTProject.The values obtained for ein the wells from Namorado reservoir, were around 0.20-0.30 for the DT Project and, between 0.30 and 0.35 for the RHOB/ NPHI Project. So, it was observed that theappliedmethodologycouldbe used to get the reservoir effective porosity which values were, in average, 15% smaller. For the Urucutuca Formation log curves, the estimated values for t for 1BAS36_BA well varied between 0.30 and 0.50 in a mean, reaching a maximum value of 0.65, and evalues varied 0.30 and 0.35 in 57% of the data. For 1SSA01_BA well,t varied between 0.30 and 0.65, reaching a maximum value of 0.80, and evaried between 0.15 and 0.40 in 94% of the data. Therefore, it is possible to infer that the approach used in the presentstudycanbeappliedtoestimatethepetroleumreservoirsporosity,insituations where it is availabe only a few number of logs, for the basin exploration studies. 622.15 R114e Rabelo, Shirley Katyanne Lemos. 2004 Estimativadaporosidadedeformaesgeolgicasdas BaciasdeCampos/RJ(campodeNamorado)eAlmada/BA apartirdeperfisgeofsicosdepoo/ShirleyKatyanne LemosRabelo.---Maca:UniversidadeEstadualdoNorte FluminenseDarcyRibeiro/LaboratriodeEngenhariae Explorao de Petrleo, 2004. xv, 159p. + anexos : il.Bibliografia Tese de mestrado em Engenharia de Reservatrio e de Explorao de Petrleo. 1.Engenhariadeexploraotese.2.Perfisgeofsicos depootese.3.BaciadeCampos/RJtese.4.Campo deNamoradotese.5.BaciadeAlmada/BAtese.6. Estimativadaporosidadeefetivatese.7.Estimativada porosidade absoluta tese. I.Ttulo. 1 C A P T U L O 1 .I N T RODU O J pertence a um passado, relativamente distante, a poca em que a prospeco petrolfera alcanava elevados ndices de sucesso a baixos custos, pela existncia de reas (por exemplo, oOrienteMdio)nasquaispoderiaserfacilmentededuzidaageologiamaisfavorvel ocorrnciadepetrleo.Emoutraspalavras,essasreasexibiamdeformadireta,na superfcie, condies geolgicas de fcil mapeamento e, portanto, indcios suficientes para indicar a localizao das jazidas, ou reservatrios, de hidrocarboneto. Atualmente,aextraodehidrocarbonetos,emprofundidadescadavezmaiores,exige maior capacidade de determinao dos parmetros primrios de um reservatrio, tais como porosidade,saturaodeguaepermeabilidade,e,porconseguinte,odesenvolvimento contnuo de novas tecnologias tanto de explorao e produo quanto de recuperao. Aanlisededadosgeofsicosdepoo(perfis)constituietapaimportantenaavaliao precisa dos parmetros petrofsicos, e contribuino processo de definio de estratgias de produo ou recuperao. OconjuntobsicodeperfiscorrespondescurvasdeSnico,RaiosGama,Resistividade, Porosidade Neutrnica e Densidade (DT, GR, ILD, NPHI e RHOB). Portanto, atualmente, os mtodosmodernosdeestudodereservatrioimplicam,preferencialmente,naanlise conjuntadessascincocurvas.Essasanlisessorealizadasutilizando-seprogramas comerciais, a exemplo do PetroWorks Pro/ LANDMARK. Entretanto, alguns poos - como osdaBaciadeAlmada,localizadaaosuldoestadodaBahia- apresentam um conjunto reduzidodecurvasdeperfis,oqualcorrespondescurvasdesnico,raiosgamae resistividade. Dentre os parmetros mais importantes de um reservatrio, o que representa a capacidade diretadearmazenamentodofluidoaporosidadetotal,e,oquecaracteriza, simultaneamente,apresenaeovolumedofluidonumafasecontnuanarocha,a porosidadeefetiva.Edentreosperfisdepoo,osdiretamenteresponsveispeloclculo deste parmetro so Snico, e, o mtodo atual, que corresponde combinao dos perfis de Porosidade Neutrnica e Densidade. 2 Nestetrabalho,pretende-seviabilizaromtodoalternativodeobtenodaporosidade efetivaapartirdosdadosdeperfilSnico(ProjetoDT),comparando-o com os valores de porosidadeefetivaobtidosapartirdosdadosdePorosidadeNeutrnicaeDensidade (ProjetoRHOB/ NPHI),utilizandooaplicativoPetroWorksPro,queumaferramenta computacionalpoderosaparaanlisededadosdeperfisgeofsicos,eque,comumente, utiliza dados do tipo Projeto RHOB/ NPHI. Paraestaavaliaoutilizar-se-odadospblicosdepooslocalizadosnoCampode NamoradonaBaciadeCampos/ RJ.Tambm,pretende-seobteraporosidadeefetiva, utilizando o mtodo alternativo aqui discutido, da Formao Urucutuca localizada na Bacia de Almada/ BA. Escolheu-se esta Formao por constituir um excelente laboratrio de campo para o estudo de reservatrios turbidticos, em especfico, daqueles que integram complexos decanais, e tambm, pela disponibilidade de dados. Isto contribui, assim, para aumentar o conhecimento sobre essa Formao, j que os turbiditos so os principais reservatrios nas bacias brasileiras. 1. 1. Objet i vos Ger a i sVerificaraconfiabilidadedousodascurvasdesnico,raiosgamaeresistividadena avaliao petrofsica de formaes geolgicas, utilizando, para isso, dados pblicos de poos do Campo de Namorado (Bacia de Campos RJ), procurando, assim, viabilizar a utilizao desteprocedimentoemreprocessamentodedadosdepoo,eatividadesexploratriasde custoreduzido.E,confirmadaaconfiabilidadedestemtodo,contribuirparaavaliao petrofsica de poos da Bacia de Almada (BA). 1. 2. Objet i vos Es pec fi cosCompararosvaloresdeporosidadeefetiva(e ),obtidosporanlisecomputacional,no intervalo do reservatrio, de cinco poos do Campo de Namorado, quando obtidos atravs da anlise de dados dos perfis de densidade (RHOB) e porosidade neutrnica (NPHI) ou ProjetoRHOB/ NPHI,equandoobtidospelaanlisededadosdoperfilsnico(DT) ou Projeto DT; digitalizar e obter os dados que representam os perfis de dois poos da Bacia de 3 Almada; e, obter os valores de porosidade efetiva (e ) da Formao Urucutuca a partir de dois poos da Bacia de Almada, atravs da anlise do perfil snico Projeto DT. 1. 3. Rot ei r odeTes e Estadissertaocomposta,noCaptulo1,daIntroduo,quecorrespondeaohistrico dessetrabalho,objetivosejustificativa.NoCaptulo2,foirealizadaumarevisodos conceitoseparmetrosempregadosnestetrabalho,osquaisenglobamosprocessosde sedimentao, o processo de formao dos turbiditos, e sua importncia como reservatrios depetrleo.Nacontinuao,segueadescriodosprincipaisparmetrospetrofsicos referentesaumreservatrio,quesoporosidade,permeabilidadeesaturaodegua.E, finalmente, a descrio das tcnicas de perfilagem, e dos tipos de perfis empregados neste trabalho, os quais so: raios gama, snico, resistividade, densidade e porosidade neutrnica. A descrio das reas estudadas, que correspondem ao Campo de Namorado, localizado na BaciadeCampos/ RJ,edaBaciadeAlmada/ BA,constituioCaptulo3.OCaptulo4 correspondedescrio da metodologia e das etapas utilizadas nesta dissertao, as quais so baseadas no fluxograma geral do aplicativo PetroWorks Pro. Os resultados obtidos, e sua discussosomostradosnoCaptulo5.E,finalmente,noCaptulo6,sorelatadasas concluses deste trabalho. 4 C AP T U L O 2 .RE VI S OBI BLI OGRF I CA Estaseosededicaarevisaralgunsconceitosefundamentostericosutilizadosnesta dissertao, no intuito de facilitar o entendimento dos temas aqui abordados. 2 . 1 .Pr oces s osDepos icion aisCon t n u osOsprocessoscontnuosseconstituemnosprincipaisprocessosdeeroso,transportee sedimentao em fundo ocenico ou lacustre. Ao todo, so 15 processos conceituais baseados nocomportamentomecnicodofluxo,nomecanismodetransporteenosistemade sustentaodossedimentos,eestodivididosemtrsclasses:fluxosgravitacionais (ressedimentao),correntesdefundoecorrentesdesuperfciecomdecantaopelgica. Cada processo parte de um comportamento mecnico contnuo elstico, plstico a fluido viscoso (Hein et al., 1979). Das trs classes de processos deposicionais citadas acima, somente os fluxos gravitacionais sero descritos pela sua relevncia com relao a este trabalho. 2 . 1 . 1 .Flu xosGr a vit a c ion a is A ocorrncia de depsitos modernos de material sedimentar mdio a grosseiro, alm de seus limitesdistaisdespertou,econtinuadespertando,muitaespeculaosobreospossveis mecanismos que os levaram, atravs do talude, at aqueles stios no decorrer do Quaternrio (Mendes, 1984). Na dcada de 50, quando foi proposta a corrente de turbidez como meio de transporte e suporte de sedimentos para gerao desses depsitos, pensava-se que ela era o nico fluxo responsvel pela gerao destes. Umasubdivisodefluxoscombasenosdiversosmecanismosde suporte de gros foi feita porMiddleton&Hampton(1973).Essesprocessosdetransportedesedimentospor influnciadagravidadesodenominadosfluxosgravitacionaisdesedimentoseso caracterizados pela reologia, que corresponde ao comportamento fsico dos materiais, e pelos mecanismos de sustentao dos gros que atuam durante o transporte. Definem-se, ento, fluxos gravitacionais de sedimentos como misturas de partculas e gua, que se movem sob a aodagravidadeindependentedeseremsubareosousub-aquosos.Agravidadeatua, 5 sobre as partculas slidas da mistura, induzindo-as ao fluxo quando presente em superfcies inclinadas.Amisturamantm-seemmovimentoenquantoocomponentegravitacional excederaresistnciaporfricodofluxoeenquanto persistir a ao dos mecanismos de sustentao que inibem a precipitao dos gros (Hiscott, 1994). Segundo Lowe (1979), retomando a idia inicial de Middleton & Hampton (1973), podem ser definidos como cinco os tipos fundamentais de fluxos: j Corrente de turbidez, onde as partculas so suportadas pela turbulncia do fluxo; kFluxofluidizado,ondeaspartculassototalmentesustentadaspelomovimento ascendente da gua da mistura; lFluxoliquefeito,ondeaspartculassoparcialmentesustentadaspelomovimento ascendente da gua da mistura; m Fluxo de gros, onde as partculas so sustentadas pela presso dispersiva, e; nFluxocoesivodedetritos,ondeaspartculassosuportadaspelaforaedensidadeda matriz. ATabela2.1mostrademaneiraconsolidadaostiposbsicosdefluxoesuarelaocom comportamento e mecanismo de suporte. As fcies sedimentares que progressivamente se depositam durante os diferentes estgios de desenvolvimento dos fluxos gravitacionais dependem, fundamentalmente, da granulometria dofluxo.Etorna-seevidenteque,comoconseqncia,oespectrodefceissedimentares resultante corresponde prpria imagem das caractersticas texturais da massa original, isto , a ausncia de determinada frao granulomtrica no fluxo original acarreta a ausncia da fcies correspondente (Carminatti, 1994). Segundo Mutti (1992), embora conceitualmente importantes, os fluxos granulares, liquefeitos e fluidizados no so aparentemente eficazes no transporte de quantidades significativas de sedimentos atravs de grandes distncias. Assim, dentre esses fluxos, os nicos tipos capazes detransportarumagrandecargasedimentarpordistnciassignificativas,emmeiosub-aquoso e com declives relativamente suaves (