um barco chamado curumim
TRANSCRIPT
UmbarcochamadoCurumim
Este livro foi escrito em tempo real
durante o Sarau Curumim do Sesc
Osasco.
O conteúdo é resultado das
apresentações e depoimentos
realizados durante o encontro.
Da Memória ao Papel.
Ação online realizada no dia
28 de Novembro de 2020.
Um barco chamado Curumim
que Daniel Viana escreveu
e Ronaldo Grillo ilustrou
Este livro foi escrito em tempo real
durante o Sarau Curumim do Sesc
Osasco.
O conteúdo é resultado das
apresentações e depoimentos
realizados durante o encontro.
Da Memória ao Papel.
Ação online realizada no dia
28 de Novembro de 2020.
Um barco chamado Curumim
que Daniel Viana escreveu
e Ronaldo Grillo ilustrou
Quem navegou?
Ana Beatriz
Arthur
BiancaCarolina
César
Edi
Ariel
ApolloEdgard
Eduardo Enzo Mendonça
Enzo Rodrigues
FelipeFernanda
Gabrielle Gustavo
HeloisaIsabela
Janaina
João
Lana
Luciana
Luiza
Manuela
Maria Eduarda
Martita
Maya
Melissa
Myrian
Nicole do Nascimento
Nicole SantosRavi
Rosana
Sabrina Lunardi
Sabrina Paixão
Salete
Simon
Taís
Tales
Tiago
Vinicius
Yasmin
Quem navegou?
Ana Beatriz
Arthur
BiancaCarolina
César
Edi
Ariel
ApolloEdgard
Eduardo Enzo Mendonça
Enzo Rodrigues
FelipeFernanda
Gabrielle Gustavo
HeloisaIsabela
Janaina
João
Lana
Luciana
Luiza
Manuela
Maria Eduarda
Martita
Maya
Melissa
Myrian
Nicole do Nascimento
Nicole SantosRavi
Rosana
Sabrina Lunardi
Sabrina Paixão
Salete
Simon
Taís
Tales
Tiago
Vinicius
Yasmin
@viagensilustradas
@viagensilustradas
A saudade não cabe na tela
Chega tímida... de “oi” em “oi” com voz de criança.
Saudade tem dessas coisas
Invade um sábado de sol
E faz até o dia ficar mais azul
Vieram
Veio junto
A avó, o avô, a mãe, a tia, a irmã... toda a família.
Não vi gato nem cão, não vi
Não ouvi miados nem latidos, não ouvi
Mas, certamente, vieram
Miau!
Au!
Au!
Miau!
Olá!
Oi!
A saudade não cabe na tela
Chega tímida... de “oi” em “oi” com voz de criança.
Saudade tem dessas coisas
Invade um sábado de sol
E faz até o dia ficar mais azul
Vieram
Veio junto
A avó, o avô, a mãe, a tia, a irmã... toda a família.
Não vi gato nem cão, não vi
Não ouvi miados nem latidos, não ouvi
Mas, certamente, vieram
Miau!
Au!
Au!
Miau!
Olá!
Oi!
Sabrina chegou com saudade de casa
Trouxe na voz o “Encontro das Águas”
Desaguou em nós o seu rio infinito
Tão bonito, tão bonito...
Fez brotar em nós uma gota de nascente
Dentro da gente, dentro da gente...
Entramos no curso
Viramos todos
Um único rio.
A água estava exposta
Para nossas histórias navegar
Mas não tínhamos barco ou navio
Para chegar do lado de lá
Sabrina chegou com saudade de casa
Trouxe na voz o “Encontro das Águas”
Desaguou em nós o seu rio infinito
Tão bonito, tão bonito...
Fez brotar em nós uma gota de nascente
Dentro da gente, dentro da gente...
Entramos no curso
Viramos todos
Um único rio.
A água estava exposta
Para nossas histórias navegar
Mas não tínhamos barco ou navio
Para chegar do lado de lá
Foi quando Fernanda em um passe de mágica
Com uma folha de papel e imaginação
Fez um quadrado virar um retângulo
Fez o retângulo virar um quadrado
Fez o quadrado voltar a ser um retângulo
Fez o retângulo virar uma casinha
Fez o chão da casinha abraçar a própria casa
E toda a casa voltou a ser um triângulo
(a gente vai e volta
e quando volta não é mais o mesmo
o triângulo do início já é passado)
Foi quando Fernanda em um passe de mágica
Com uma folha de papel e imaginação
Fez um quadrado virar um retângulo
Fez o retângulo virar um quadrado
Fez o quadrado voltar a ser um retângulo
Fez o retângulo virar uma casinha
Fez o chão da casinha abraçar a própria casa
E toda a casa voltou a ser um triângulo
(a gente vai e volta
e quando volta não é mais o mesmo
o triângulo do início já é passado)
Depois, Fernanda fez o novo triângulo
virar um chapéu de soldado
Fez o chapéu virar uma pipa
Fez a pipa abrir a boca e virar outro triângulo
(as águas passam por nós
e molham a barra da calça
a calça molhada não é a mesma calça da chegada)
E com um dedinho de poesia
Fez tudo isso virar um barco de papel
Para navegarmos por mares mágicos
Com o barco flutuante nas águas de nossas memórias
águaspoesia
Depois, Fernanda fez o novo triângulo
virar um chapéu de soldado
Fez o chapéu virar uma pipa
Fez a pipa abrir a boca e virar outro triângulo
(as águas passam por nós
e molham a barra da calça
a calça molhada não é a mesma calça da chegada)
E com um dedinho de poesia
Fez tudo isso virar um barco de papel
Para navegarmos por mares mágicos
Com o barco flutuante nas águas de nossas memórias
águaspoesia
A capitã, Luciana, assumiu seu posto
Com um sorriso no rosto
Foi guiando os caminhos
Rasgando as águas
Com suas palavras de emoção contida
Que saem pelos olhos em forma de gota
Quando falta a voz no céu da boca
- Navegar!
A capitã, Luciana, assumiu seu posto
Com um sorriso no rosto
Foi guiando os caminhos
Rasgando as águas
Com suas palavras de emoção contida
Que saem pelos olhos em forma de gota
Quando falta a voz no céu da boca
- Navegar!
Para enfeitar a paisagem
Sabrina, trouxe um paraquedas
Para colorir o nosso céu
Durante nossa viagem
Entregou para cada um de nós
Uma ponta do faz de conta
E a gente se fez “Poesia, Paixão e Revolução”
Fizemos do tecido colorido do paraquedas
A cama elástica dos nossos sonhos
Para enfeitar a paisagem
Sabrina, trouxe um paraquedas
Para colorir o nosso céu
Durante nossa viagem
Entregou para cada um de nós
Uma ponta do faz de conta
E a gente se fez “Poesia, Paixão e Revolução”
Fizemos do tecido colorido do paraquedas
A cama elástica dos nossos sonhos
Todo barco precisa de um lema
Manu e sua avó Myrian estiaram a nossa Bandeira
“Aqui haverá poeta para mirar a terra!”, decidimos
Se as marcas do passado ficarão
Que possamos criar cicatrizes de boas memórias
passadofuturo
Todo barco precisa de um lema
Manu e sua avó Myrian estiaram a nossa Bandeira
“Aqui haverá poeta para mirar a terra!”, decidimos
Se as marcas do passado ficarão
Que possamos criar cicatrizes de boas memórias
passadofuturo
Edi trouxe os ventos de outras terras
Lá do outro lado do oceano
(veio da Polônia a palavra dita
foi escrita numa língua difícil
mas foi reescrita em português)
A poesia é assim... se espalha feito brisa
Chega leve e se quiser, se vira em um furacão
Dentro da gente, no nosso coração
novosventos
Edi trouxe os ventos de outras terras
Lá do outro lado do oceano
(veio da Polônia a palavra dita
foi escrita numa língua difícil
mas foi reescrita em português)
A poesia é assim... se espalha feito brisa
Chega leve e se quiser, se vira em um furacão
Dentro da gente, no nosso coração
novosventos
Martita entrou na dança da poesia dita
E entre chegadas e partidas
Lembrou dos sorrisos passados
Tão presentes no presente
E foram chegando mais e mais navegantes
Alguns quietinhos e outros mais falantes
A saudade foi ficando pequena, distante
“Estamos juntos!”, lembrou a capitã
Tiramos fotos com dentes à mostra
Sem máscaras, acreditem, sem máscaras
Cada um trouxe algo na bagagem:
Martita entrou na dança da poesia dita
E entre chegadas e partidas
Lembrou dos sorrisos passados
Tão presentes no presente
E foram chegando mais e mais navegantes
Alguns quietinhos e outros mais falantes
A saudade foi ficando pequena, distante
“Estamos juntos!”, lembrou a capitã
Tiramos fotos com dentes à mostra
Sem máscaras, acreditem, sem máscaras
Cada um trouxe algo na bagagem:
Ariel chegou com as mãos cheias de fotografias
Do último encontro, do último abraço, dos últimos...
Desaguou suas saudades
Ariel chegou com as mãos cheias de fotografias
Do último encontro, do último abraço, dos últimos...
Desaguou suas saudades
Enzo Mendonça cheio de curiosidade
Trouxe uma poesia de sua autoria como um grande tesouro
Interpretada por todos de casa
A participação de sua família são suas asas
Vale ouro, vale mais que ouro
Enzo Mendonça cheio de curiosidade
Trouxe uma poesia de sua autoria como um grande tesouro
Interpretada por todos de casa
A participação de sua família são suas asas
Vale ouro, vale mais que ouro
A felicidade é “como uma família de sentimentos”,
Disseram Gabi e Salete
E paramos um pouco, por um curto momento,
Para ouvir os sons da natureza e o desejo de sorte
Ouvimos também Helô, Janaina e Edgard
Cantarolar uma canção para curar toda a loucura
E lembrar que todo mundo
(todo O mundo)
Precisa de pausa e calma
O mundoprecisa de
de calmaPausa
A felicidade é “como uma família de sentimentos”,
Disseram Gabi e Salete
E paramos um pouco, por um curto momento,
Para ouvir os sons da natureza e o desejo de sorte
Ouvimos também Helô, Janaina e Edgard
Cantarolar uma canção para curar toda a loucura
E lembrar que todo mundo
(todo O mundo)
Precisa de pausa e calma
O mundoprecisa de
de calmaPausa
Silêncio
Foi o tempo para observar
O voo de um passarinho
Depois seguimos o nosso destino
Silêncio
Foi o tempo para observar
O voo de um passarinho
Depois seguimos o nosso destino
O violino de Bianca rasgou o silêncio
Embalou a nossa tarde
Apoiamos as mãos nos queixos
E sorrimos boquiabertos.
Edu trouxe o circo
- Mas, espera aí... cabe um circo dentro de um barco?
- Se for um Barco Curumim, não se preocupe, cabe sim.
E coube ainda mais e mais... e mais gente foi chegando.
O violino de Bianca rasgou o silêncio
Embalou a nossa tarde
Apoiamos as mãos nos queixos
E sorrimos boquiabertos.
Edu trouxe o circo
- Mas, espera aí... cabe um circo dentro de um barco?
- Se for um Barco Curumim, não se preocupe, cabe sim.
E coube ainda mais e mais... e mais gente foi chegando.
Nicole Santos entrou no picadeiro
Trazendo na voz o seu coração
E foi assim, mesmo com um pouco de timidez
“De dois corações um só se fez”
Dentro do barco coube também um trenzinho
Vini nos ajudou a ver passar o trem com um menino
“Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai...” pelas trilhas
Do nosso pensamento
Nicole Santos entrou no picadeiro
Trazendo na voz o seu coração
E foi assim, mesmo com um pouco de timidez
“De dois corações um só se fez”
Dentro do barco coube também um trenzinho
Vini nos ajudou a ver passar o trem com um menino
“Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai...” pelas trilhas
Do nosso pensamento
Com o hálito perfumado de amoras
Carol lançou sopros doces em sua flauta
E fez os dedos dançarem rapidamente
Dançamos juntos
Na voz e no desenho de Nicole do Nascimento
Vieram a saudade e o amor
Sentimentos que vivem juntos
Dividem a mesma casa
Que é o corpo da gente
Com o hálito perfumado de amoras
Carol lançou sopros doces em sua flauta
E fez os dedos dançarem rapidamente
Dançamos juntos
Na voz e no desenho de Nicole do Nascimento
Vieram a saudade e o amor
Sentimentos que vivem juntos
Dividem a mesma casa
Que é o corpo da gente
Yasmin e Isa abriram o baú de memórias
E de suas bocas saíram histórias
De quando o abraço era permitido
De quando não tínhamos medo do afeto
De quando podíamos ficar mais perto
Sem medo do invisível
De quando o encontro era possível
semmascaras
Yasmin e Isa abriram o baú de memórias
E de suas bocas saíram histórias
De quando o abraço era permitido
De quando não tínhamos medo do afeto
De quando podíamos ficar mais perto
Sem medo do invisível
De quando o encontro era possível
semmascaras
Duda chorou
E nos fez lembrar que todo mar
É feito de água salgada
Todo mar é uma imensidão de lágrima
Daqueles que vieram antes de nós
Ai, saudade
Que arremata a gente
Com um nó na garganta
E lentamente enfeita o nosso rosto
Com um daqueles sorrisos bonitos
Duda chorou
E nos fez lembrar que todo mar
É feito de água salgada
Todo mar é uma imensidão de lágrima
Daqueles que vieram antes de nós
Ai, saudade
Que arremata a gente
Com um nó na garganta
E lentamente enfeita o nosso rosto
Com um daqueles sorrisos bonitos
Sorrisos que não serão esquecidos
Foram ilustrados nos desenhos de três:
Enzo Rodrigues com seu drible, seu chute,
seu grito de gol.
Maya com a lembrança do seu dia de chegada.
Simon com suas pessoas e corações em vermelho.
O azul do dia foi ficando avermelhado
É bonito ver o dia vestindo a roupa da noite
Olhamos a lua refletida na água
Sorrisos que não serão esquecidos
Foram ilustrados nos desenhos de três:
Enzo Rodrigues com seu drible, seu chute,
seu grito de gol.
Maya com a lembrança do seu dia de chegada.
Simon com suas pessoas e corações em vermelho.
O azul do dia foi ficando avermelhado
É bonito ver o dia vestindo a roupa da noite
Olhamos a lua refletida na água
Ao som do piano da Luiza percebemos
Que a nossa viagem está só começando
Todos e todas podem chegar
A gente acolhe, dá um jeitinho
Faz o barco ser do tamanho do mar
Ao som do piano da Luiza percebemos
Que a nossa viagem está só começando
Todos e todas podem chegar
A gente acolhe, dá um jeitinho
Faz o barco ser do tamanho do mar
Como quem anuncia terra à vista
Taís deu um grito de liberdade:
- Curumim não foi, está sendo!
Como quem anuncia terra à vista
Taís deu um grito de liberdade:
- Curumim não foi, está sendo!
águas
PoesiaContinua!
chegada
novosventos
&
partida
Sesc
Alegria!
lugaresmágicospoesia
Olá!
O mundo
passadofuturo
precisa de
de calmaPausa
Miau!
Au!
Au!
Miau!
Saudade
telanao cab
e
semmascaras
sempreno
águas
PoesiaContinua!
chegada
novosventos
&
partida
Sesc
Alegria!
lugaresmágicospoesia
Olá!
O mundo
passadofuturo
precisa de
de calmaPausa
Miau!
Au!
Au!
Miau!
Saudade
telanao cab
e
semmascaras
sempreno
Olá!Oi!
Ronaldo GrilloDaniel Viana
Poeta de rua e artista. Mineiro
de certidão e sotaque,
radicado na garoa paulista.
Gosta de ouvir pessoas e
pássaros. Com uma máquina
de datilografar escreveu livros
de poemas e contos. Criador
do projeto
@guardanapospoeticos
Ilustrador, professor, fotógrafo,
designer e pai da Ella.
Paulistano inquieto, tem um pé
no mato e outro no mundo.
Seja a pé ou no seu fusca
vermelho.
Criador do espaço
@mixtourart.
Olá!Oi!
Ronaldo GrilloDaniel Viana
Poeta de rua e artista. Mineiro
de certidão e sotaque,
radicado na garoa paulista.
Gosta de ouvir pessoas e
pássaros. Com uma máquina
de datilografar escreveu livros
de poemas e contos. Criador
do projeto
@guardanapospoeticos
Ilustrador, professor, fotógrafo,
designer e pai da Ella.
Paulistano inquieto, tem um pé
no mato e outro no mundo.
Seja a pé ou no seu fusca
vermelho.
Criador do espaço
@mixtourart.