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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO ANA CLAUDIA DA SILVA TOSTA O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DA ESCOLA Duque de Caxias-RJ 2010.1

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO

ANA CLAUDIA DA SILVA TOSTA

O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DA ESCOLA

Duque de Caxias-RJ

2010.1

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ANA CLAUDIA DA SILVA TOSTA

O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DA ESCOLA

Monografia apresentada ao Curso de Administração e Supervisão Escolar da Universidade Candido Mendes, como parte dos requisitos Parciais da obtenção do Título de Pos- graduada em Administração e Supervisão Orientadora: Maria Esther

Duque de Caxias- RJ

2010 .1

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Dedico este trabalho a Deus, aos meus pais, minha irmã e meus irmãos.

( Ana Claudia da Silva Tosta)

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Agradecimentos

Em primeiro lugar agradecer a Deus por ter me dado força e vitória durante toda a minha

vida.

Agradeço aos meus pais, Romildo e Arilda, que sempre me apoiaram, incentivaram e

cuidaram de mim; vocês foram fundamental na minha formação. Obrigada por vocês

existirem.

Agradeço aos meus irmãos, Flávio e Junior pela paciência e compreensão nos momentos de

muito trabalho.

A Minha querida irmã que sempre me apoiou em minhas decisões e sempre esteve comigo.

É um privilegio tê-la como amiga e irmã.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................10

CAPÍTULO I – ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

1.1 Histórico da Administração Escola................................................................. 11

1.2 Gestão Democrática.............................. ...........................................................19

CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO, OBJETIVOS DO ENSINO E TRABALHO DOS PROFESSORES

2.1 Organização Gestão do Ensino do Trabalho dos Professores.......................... 26

2.2 Os Objetivos da escola e as Práticas de Organização de Gestão...................... 37

2.3 Funcionar Bem para Melhorar a Aprendizagem................................................. 39

2.4 Organização da escola..........................................................................................44

CAPÍTULO III

• Considerações finais............................................................................................47

• Referências Bibliográficas.................................................................................. 48

INTRODUÇÃO

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As instituições sociais existem para realizar objetivos. Os objetivos da instituição

escolar contemplam a aprendizagem escolar, a formação da cidadania e a de valores e

atitudes. O sistema de organização e de gestão da escola é o conjunto de ações, recursos,

meios, e procedimentos que propiciam as condições para alcançar esses objetivos.

Este trabalho tem como principal preocupação a organização escolar e a atuação de

seus profissionais e a sua estrutura organizacional. Apresentaremos um breve histórico da

administração, seguido da análise de como esta basicamente empresarial, se distingue da

escolar, enfatizando que a administração escolar compreendia a instituição como um sistema

formado por grupos de elementos com funções diversas, os quais se preocupavam somente

com o desempenho de suas responsabilidades, ou seja, cada um fazia seu trabalho sem

interferir ou opinar no trabalho do outro, empregando assim, as normas de mercado.Neste

sentido, abordaremos a organização escolar e a gestão democrática mais flexível e baseada na

prática do diálogo, analisando assim, a participação dos professores e alunos nas decisões da

escola.Discutiremos também como se dá essa transição organizacional no âmbito escolar e

analisaremos como ocorre as relações de poder e autoridade no que diz respeito à liderança no

contexto escolar.

Desta forma, a intenção deste estudo é possibilitar a qualidade, de ensino para

diminuição dos índices de evasão e repetência. Organização e articulação de todas as

unidades componentes da escola de comunicação claro e aberto entre os membros da escola e

entre a comunidade.

Neste trabalho veremos a contribuição de alguns autores para Administração e Gestão

da escola: Libaneo, Paro, Luck, Hangreaves, Turler.

CAPITULO I – ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

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1.1 Histórico da Administração Escolar

As teorias da administração influenciaram a estrutura da escola, bem como sua

organização, seu funcionamento, com determinados fins para satisfazer as exigências da

política educacional e as necessidades da pedagogia moderna, que à luz de alguns teóricos,

atualmente vem se preocupando com a formação humana e, portanto com esta constante

mudança.

A influência se deu, primeiramente, com a teoria da Administração Científica, de Frederick

W. Taylor, “que preocupava-se com a eliminação dos desperdícios e a elevação do nível

de produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial”

(CHIAVENATTO, 2001, p. 58). Segundo Taylor observando a falta de organização das

empresas procurou resolver os problemas que continuam sendo comuns em algumas

empresas. Desenvolveu através de suas observações e experiências seu sistema de

administração de tarefas que também é chamado sistema de Taylor, taylorismo e finalmente

administração cientifica.

Para Taylor o homem precisava de motivações para fazer um bom trabalho, para que os

trabalhadores se empenhassem no trabalho, surgiu a possibilidade do empregados

começarem a ter participação nos lucros, ganhar bônus da empresa e aumento de salário.

Taylor achava que se cronometrasse o tempo máximo de trabalho e medisse espaço que o

homem para executar tarefas com eficiência, pouparia mais tempo e assim subiria a produção

e lucro da empresa. Uma boa administração deve pagar salários altos, e ter baixos custos de

produção. A administração deveria aplicar métodos de pesquisas, para determinar a melhor

maneiras de executar tarefas.

Considerando isto, Taylor compreendeu que o operário deveria especializar-se em um setor

específico no processo de produção, tendo sua remuneração baseada na quantidade de peças

produzidas, incentivando assim, o operário a produzir cada vez mais. Outro ponto relevante

na administração cientifica, defendia as tarefas individualizadas em vez de tarefas em grupo.

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Ele acreditava que o trabalho em grupo e as recompensas em grupos acabavam minando a

produtividade individualmente. A evidente divisão de trabalho é mais uma característica da

administração científica, a qual defendia a idéia de que quanto mais um trabalho puder ser

fragmentado em suas partes componentes, mais simples e mais especializado o operário se

tornará. Partes, estas, que eram coordenadas por supervisores, os quais fiscalizavam todo o

processo de produção. Evidencia-se desta forma, a autoridade na administração científica se

dava de cima para baixo, refletindo uma organização hierárquica.

Anos depois, Fayol, (In:SILVA, 2001, p. 144), apresenta a teoria administrativa, a qual

compreendia que: Todos os empregados numa organização participam, num maior ou menor

grau, da função administrativa... E (e) têm oportunidade para exercitar suas faculdades

administrativas e ser reconhecidos por isto. Aqueles que são particularmente talentosos

podem subir degraus mais baixos aos mais altos, da hierarquia da organização.

Henri Fayol concentrou seu interesse na administração geral, afirmando que “o

sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas dos seus líderes do

que das suas habilidades técnicas” (SILVA, 2001, p. 144). As atividades

administrativas eram encaradas por Fayol como as mais importantes dentre as atividades

organizacionais, por isso ele fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e destacou a

necessidade de aprofundar a gestão e cultivar qualidades de liderança. Defendia que os

mesmos princípios podiam ser aplicados em empresas diferentes dimensões e de todo o tipo

industriais comerciais, governamentais, políticos ou mesmo religiosa.

Para ele a empresa como uma organização que começa por um plano estratégico ou uma

definição de objetivos, evolui para uma estrutura para colocar o plano em prática, actua de

forma entre líder e força de trabalho. Harmoniza o trabalho dos departamentos através da

coordenação sujeita a avaliações e controle sobre a sua eficácia.

Fayol define administração como “a realização das atividades administrativas, que são

as funções de previsão, organização, comando, coordenação e controle, constituindo o

processo administrativo”. ( SILVA, 2001, p. 145)

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Para Fayol não se aplica apenas tarefas técnicas senão a todos os trabalhos, sem exceção que

Põe em movimentos um numero mais ou menos grande de pessoas e que delas exigem

diferentes classes e aptidões. Tende em conseqüências, a especialização das funções e a

separação de poderes, isto é, a divisão do trabalho visa a preparação das pessoas em um

assunto ou operação. A unidade de comando e de direção acentuam a especialização, na

medida em que estes princípios levam a reunião das funções com o mesmo objetivo sob as

ordens de um mesmo chefe. O grupo assim formado é coeso e especializado naquela

atividade.

Em contrapartida, ao pessoal assim organizado falta a visão de conjunto, e a noção de equipe

se restringe ao grupo que executa uma tarefa comum. Daí decorreu as situações de conflito

entre setores de uma empresa preocupado em atingir suas metas mesmo causando prejuízo e

outros setores e ao conjunto de empresa como um todo. Fayol direcionou seu trabalho para

empresa , procurando cuidar, da empresa de cima para baixo.

A terceira teoria administrativa que influenciou a escola foi a Teoria da Burocracia, de Max

Weber, que surgiu na Europa no início do século XX, como alternativa às teorias conhecidas,

visto que buscava a racionalidade técnica requerida para projetar e construir um sistema

administrativo baseado no estudo exato dos tipos de relacionamentos humanos necessários

para expandir a produtividade

Os estudos de Weber estabelecem estrutura, estabilidade e ordem às organizações por meio de

uma hierarquia integrada de atividades especializadas, definidas por regras sistemáticas,

hierarquia integrada e especialização que permitem a descentralização de tomada de decisão,

assumindo dimensões burocráticas.

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Weber legitima algumas funções para a burocracia, sendo elas: especialização, estrutura,

previsibilidade, racionalidade, bem como a democracia. A burocracia originou-se das

necessidades organizacionais de ordem e precisão e da demanda de tratamento imparcial aos

trabalhadores. Ela foi uma organização idealmente criada para os valores da era vitoriana

(SILVA, 2001, p. 1 ) Para weber, a burocracia era em modo de organização, a administração

burocrática significa, fundamentalmente, o exercicio da dominição baseado no saber. Esse

é o traço que torn e de racionalização e objetivação da vida social. Seu interesse foi analise

da moderna organização burocrática como processo maior que a própria organização.

A administração científica focaliza a análise das atividades físicas do trabalho, enquanto a

Teoria Administrativa de Fayol e a da Burocracia de Weber enfatizam a estrutura

organizacional e os processos da organização humana. A administração científica, com seus

estudos de tempo e movimento trata principalmente das relações do trabalhador com o seu

trabalho, enquanto as outras duas estabelecem seu foco nos relacionamentos da estrutura

organizacional, e nos processos de homem para homem e em níveis superiores. A

próxima abordagem será a teoria da administração escolar, na qual observaremos alguns

vestígios das teorias clássicas da administração.ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

Anteriormente, vimos que a administração empresarial objetiva a melhor forma de eliminar

desperdícios e aprimoramento no processo de produção, tendo como meta a obtenção de lucro

através de seu produto. Contrário a isto, a escola objetiva a formação do cidadão, não

seccionada em setores de produção, compras, vendas, distribuição, mercado. A escola

trabalha com pessoas e deve enfatizar o lado humanista, pois está diretamente ligada à

formação do individuo com o intuito de torná-los aptos para viverem em sociedade. A

escola, sendo uma instituição formada por diferentes indivíduos, apresenta necessidades de

possuir uma forma de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar o processo

educativo. Tal função cabe à administração escolar, que segundo Lacerda (1977, p. 13), é “o

estudo da organização e do funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar, de acordo

com uma finalidade, de modo a satisfazer as exigências da Política de Educação.

A era vitoriana do Reino Unido é considerada o auge da revolução industrial inglesa e do

Império Britânico. É frequentemente definida como o período entre 1837 e 1901, o reino da

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Rainha Vitória, apesar de muitos historiadores considerarem a aprovação do Reform Act de

1832 como a marca do verdadeiro início de uma nova era cultural. A era vitoriana foi

precedida pela era da regência e antecedeu o período Eduardiano requisitos da moderna

Pedagogia”.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, a sociedade exigia

mão-de-obra qualificada, para isto, a escola adotou princípios empresariais visando um

conhecimento técnico, fragmentando sua estrutura, excluindo a reflexão da realidade escolar,

revelando assim marcas do taylorismo, princípios que obedecendo à ideologia dominante,

formava pessoas que apoiavam esta ideologia e serviam a ela, internalizando em sua

organização os elementos funcionais do processo de Fayol, com pequenas mudanças em sua

denominação e sua aplicação.

Conforme vimos em LACERDA (1977), previsão foi alterado para planejamento: que é o

estudo que se faz sobre o problema a resolver, tendo em vista o objetivo e conhecendo o meio

onde se vai trabalhar; organizar: estruturação de órgãos administrativos necessários ao

serviço; assistência à execução: sendo adotada esta denominação porque o diretor não deve

apenas dar ordens, mas oferecer toda a assistência para seus auxiliares, visando um bom

desenvolvimento de suas tarefas; avaliação de resultados: as medidas quantitativas avaliam os

custos as despesas, as quantidades de matrículas efetuadas, ou seja, referem-se aos números,

as medidas qualitativas, referem-se aos conceitos; relatório: sendo realizado ao fim de cada

ano, com a apresentação de resultados, analisando criticamente as falhas sugestões.

Weber também deixou sua marca na instituição escolar, estruturando o poder e a autoridade,

burocratizando o ambiente escolar. A partir desse contexto e com o decorrer do tempo, a

escola percebeu a necessidade de rever seus conceitos e princípios, atendendo às necessidades

exigidas pela sociedade atual, democratizando seu ambiente e organização.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR Desde as épocas mais primitivas, os homens perceberam que

os objetivos a que se propunham poderiam ser atingidos mais efetivamente e quando, em

lugar de agirem isoladamente suas ações fossem conjugadas na busca de objetivos comuns.

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(PARO, 1990, p. 22). Tal prática configura uma organização que proporciona meios para que

as atividades sejam desenvolvidas da melhor maneira possível.

Segundo Griffiths, (1974, p. 80) “toda administração ocorre dentro do contexto de uma

organização”, pois não existe administração sem organização, que é considerado um tópico

de total importância para a administração, a qual também diz respeito não somente a

organização institucional como também à própria organização social. O mesmo autor

complementa que essa organização de negócios, repartição pública, hospital e escola é

determinada como organização formal e que o sistema de relações interpessoais é considerado

como forma organizacional informal.

Diante disso, podemos afirmar que dentro de toda organização formal está presente também a

informal, por isso as pessoas para realizarem suas tarefas dentro de qualquer instituição

precisam se relacionar para atingir seus objetivos. tais conhecimentos que deveriam ser

repassados em doses homeopáticas. Entendia-se que o aluno precisava apenas receber o

conhecimento básico necessário para formar operários submissos aos princípios industriais,

pois os objetivos que se buscavam na empresa capitalista não eram apenas diferentes, mas

antagônicos aos buscados na escola. Com o decorrer do tempo, aconteceram diversas

discussões sobre o verdadeiro papel da escola, evidenciando a necessidade de mudança

imediata de concepções sobre os princípios e a organização da instituição, dando ênfas

formação social e cultural, mas não deixando de lado o aspecto de formação profissional.

A escola é o principal exemplo de uma instituição organizacional voltada para o

desenvolvimento da sociedade e para isso deve seguir alguns princípios em sua organização.

Princípios e procedimentos que caracterizam a organização escolar, que ofereça apoio

estrutural e material para o desenvolvimento do processo educativo.

Libâneo (2007, p. 316), define a organização escolar como “unidade social que reúne pessoas

que interagem entre si, intencionalmente, operando por meio de estruturas e de processos

organizativos próprios a fim de alcançar objetivos educacionais.”

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Essa interação diferencia a escola com suas características pedagógicas, da empresa com sua

lógica de mercado. Características que valorizam a importância das relações humanas no

decorrer do processo educativo, entendendo-as como fundamentais para o alcance dos

objetivos.

. Compartilhamento este, formado por valores e crenças intrínsecas do ambiente escolar,

formando uma cultura própria da instituição, a qual direciona o comportamento de seus

integrantes. Cultura denominada por estudiosos como Cultura Organizacional.

Considerando que a cultura organizacional é o conjunto de crenças e valores, é relevante

analisar, que esta pode ser a razão de muitos dos problemas internos da escola, como rejeições

e preconceitos, evidenciando que alguns de seus componentes contrapõem-se aos princípios

educacionais, embasados nestes valores. Portanto, cultura organizacional é o currículo

informal que a escola possui, tendo sua “estrutura” baseada em aspectos sociais e morais. Não

agimos somente por agir, agimos com uma finalidade que pode ser mais ampla ou mais

restrita, nossas ações e nossos pensamentos mudam com o passar do tempo, a partir de

situações diferentes a serem vividas.

Diante disso, desde o surgimento da humanidade e através das mudanças ocorridas ao longo

da história sentimos a necessidade de interagir e organizar o nosso modo de vida.Uma das

formas de organização da pedagogia moderna é a gestão democrática no âmbito escolar.

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1.2 Gestão Democrática

Enquanto que, na administração escolar o ensino era fragmentado, ou seja, cada um se

responsabilizava apenas com a sua função, desconhecendo as demais dimensões educativas, a

gestão democrática enfatiza a participação de todos os componentes da escola no processo

educativo.

Libâneo (2007, p. 308) afirma que: Na maior parte das vezes, a realidade das escolas ainda é

de isolamento do professor. Sua responsabilidade começa e termina em sala de aula. A

mudança dessa situação pode ocorrer pela adoção de práticas participativas, em que os

professores aprendam nas situações de trabalho, compartilhem com os colegas,

conhecimentos, metodologias e dificuldades, discutam e tomem decisões sobre o projeto

pedagógico curricular, sobre o currículo, sobre as relações sociais internas, sobre as práticas

de avaliação.

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Práticas participativas que tornam a escola uma comunidade de aprendizagem, uma

comunidade democrática, favorecendo o ensino e a reflexão, valorizando os elementos

internos do processo educativo, tendo consciência de que cada elemento possui sua parcela de

responsabilidade, individual, bem como a implicação do trabalho coletivo.

Neste sentido Libâneo (2007, p. 326) destaca que. […] a gestão democrática, por um lado,

é atividade coletiva que implica a participação e objetivos comuns, por outro, depende

também de capacidades, responsabilidade individuais e de uma ação coordenada e

controlada.

Sendo a escola, um ambiente social, formado por diferentes sujeitos, das mais variadas

opiniões e comportamentos, é proveniente esclarecer que “uma escola democrática não é

aquela em que todos fazem o querem, mas sim aquela em que todos fazem o que é bom para

todos” (Oliveira, 2008, p. 98).

Nesta mesma linha de pensamento, Cury (2008 apud OLIVEIRA, 2008, p. 17), compreende a

Gestão democrática como principio da educação nacional, presença obrigatória em

instituições escolares, é a forma não-violenta que faz com que a comunicação educacional se

capacite para levar a termo um projeto pedagógico de qualidade e possa também gerar

“cidadãos ativos” que participem da sociedade como profissionais compromissados e não

ausentes de ações organizadas que questionam a invisibilidade do poder.

Desta forma, fica clara a necessidade de mudanças urgentes na escola, para que esta

possa formar cidadãos competentes e ativos. Neste sentido a educação exige esforços

redobrados, e uma maior participação da comunidade no ambiente escolar, levando em conta

que o mais importante não é somente o repasse de conteúdos específicos a fim de elevar o

nível escolar, mas sim o preparo dos indivíduos para a sociedade e para exercício da

cidadania.

Ferreira (2008, p. 306), entende a gestão democrática como: [...] gestão é administração, é

tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com a atividade de

impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função,

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desempenhar seu papel. Constitui-se de princípios e práticas decorrentes que afirmam ou

desafirmam os princípios que a geram. Este princípios, entretanto não são intrínsecos à gestão

como a concebia a administração clássica, mas são princípios sociais,visto que a gestão da

educação se destina à promoção humana.

Diferente da organização empresarial a escola deve considerar que o seu trabalho

envolve diretamente o lado humano, e mesmo que o atual sistema necessite de mão de obra

qualificada, a instituição não deve fugir do seu foco principal, ou seja, a construção da

cidadania.

Dentre os autores que analisam a gestão educacional, Dourado (1998, apud FERREIRA,

2008, p.304), traz uma definição de Gestão educacional, que se torna proveniente enunciar.

[...] a gestão democrática é um processo de aprendizado e de luta política que não se

circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa

prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva

participação e de aprendizado do “jogo” democrático e, conseqüentemente, do repensar

das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas

práticas educativas.

A participação é entendida como o principio primordial, para garantir, um pleno

desenvolvimento da gestão democrática, como afirma Libâneo (2007, p. 328) A participação é

o principal meio de assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os

integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização

escolar.

Diante dessa afirmação, podemos comprovar que para a implementação da gestão

escolar, é necessário a participação de todos os envolvidos na escola, bem como

professores,funcionários e a própria comunidade, construindo assim uma escola mais

competente e compromissada com a sociedade.

O mesmo autor considera que a participação é um meio de alcançar os objetivos participação

e ação, para obter o resultado esperado. Dentro da gestão democrática, a participação

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educacionais esperados, mas adverte que é necessária a combinação entre a é para todos, mas

é necessário enunciar que o diretor possui um papel relevante dentro deste processo, pois a

tomada de decisão é coletiva, porém a realização desta ação cabe ao diretor, o qual é o

representante formal da instituição.

A Gestão Democrática é considerada atualmente “uma das ou a melhor” forma de

organização educacional, explorando a participação, democratizando seu ambiente e

relevando todos os seus aspectos subjetivos. A gestão democrático-participativa valoriza a

participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, concebe a docência

como trabalho interativo e aposta na construção coletiva dos objetivos e do funcionamento da

escola, por meio da dinâmica intersubjetiva, do dialogo, o consenso.

(LIBANEO, 2007, p. 344) Para tanto, a escola entende a Gestão Democrática, como uma

forma de renovar seus princípios e fazer com que o processo educacional desenvolva-se da

melhor maneira possível. Em qualquer instituição formada por diversos elementos, é

necessária uma figura que detenha a liderança, que direcione o processo e que coordene a

situação, por mais que se opte pela democracia. LIDERANÇA: relações de poder e

autoridade Compreendendo a liderança como “a capacidade de influenciar, motivar,

integrar e organizar pessoas e grupos, a Podemos concluir que na escola não é diferente.

Formada por diversos elementos, a instituição necessita de um individuo que coordene o

processo educativo, proponha sugestões, e exponha os problemas encontrados.

Pode-se adotar a reflexão feita por Thurler (2001, p. 146), que entende que a liderança

consiste em: [...] propor óticas mobilizadoras; determinar os eixos de desenvolvimento;

conceber as estratégias de mudança; preocupar-se com o que, chamamos de “apostas

confusas” entre valores e crenças; estabelecer as condições necessárias para que o

sentido da mudança possa ser construído, coletiva e interativamente; ao passo que a

gestão, apanágio da autoridade formal, consiste em ocupar-se das tarefas terra a terra –

indispensáveis – para fazerem um estabelecimento escolar “funcionar”.

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Configurando assim, princípios da Gestão Democrática, dotado de suas concepções

e especificidades, aspectos os quais, são considerados como formadores da “liderança

cooperativa”, a qual envolve a capacidade de comunicação e de relacionamento com as

pessoas, princípios básicos para compreender as características sociais, culturais e

psicológicas do grupo. Portanto, pode-se encarar a liderança como forma de trabalho

coletivo, na qual é preciso saber escutar; saber expor com clareza suas idéias; capacidade

organizativa (saber definir um problema, propor soluções, atribuir responsabilidades,

coordenar o trabalho, acompanhar e avaliar a execução).

Thurler (2001, p. 144), enfatiza a importância da adoção da liderança dentro do

ambiente escolar, evidenciando que “Aceitando a liderança, também apóiam mais nuanças,

rejeitam mais a burocracia e os “chefinhos”, fazendo diferenças de acordo com as fontes de

legitimidade, os modos de exercício, o grau de controle democrático e o caráter reversível da

liderança”. A liderança como meio de estrutura interna da escola, vem sendo teoricamente

bem aceita, mas na prática, não é marcante sua popularidade no termo de implementação.

Muitos entendem sua importância, seus benefícios, contudo sua rejeição ainda é notável. Isso

se dá devido à falta de conhecimento de alguns profissionais da educação sobre o que é

liderança, que ao desempenharem seu papel de líder acabam abusando do poder confundindo

autoridade com autoritarismo. Na instituição escolar, há um grande bloqueio por parte de

seus componentes, quando se fala em poder, essa idéia os remete a um pensamento negativo,

entendendo-o como forma de repressão.

Na escola, a referência ao poder perturba. Ela remete, fantasticamente, à idéia da potência

absoluta, da violência e, por via de conseqüência, à insubmissão, ao conflito, ao sofrimento, à

avareza afetiva e mental (Dejours, 1993 apud THURLER, 2001, p. 145)

O mesmo autor, ainda identifica as implicações de tal forma de negação ao

poder, ocasiona nas atitudes dos professores e responsáveis da escola, afirmando que tal

reação, “leva quase sempre os professores e os responsáveis das escolas a recusar, ocultar ou

tornar irrisória a palavra e a idéia de “poder”. No entanto, ele está bem presente na escola e

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produz sua quantidade de dominação, de conflitos, de violência surda e invisível.

(THURLER, 2001, p. 145). Os coordenadores desconhecem o principal objetivo da

liderança, causando assim um desconforto no ambiente escolar. Liderar é conduzir é motivar,

os liderados para que contribuam voluntariamente a fim de alcançar os objetivos em prol de

um grupo ou uma organização, no entanto o poder ainda é visto como símbolo de

autoritarismo e não de autoridade como deveria ser.

Para tanto, torna-se evidente a posição de Ledesma e Nascimento (2008, 15p. 284) quando

enuncia que “não existe poder, mas sim relações de poder”. Relações de poder que

podem vir carregadas de autoridade ou autoritarismo, relações baseadas em burocracias ou

sob aspectos democráticos, que visem a ampliação do desenvolvimento do processo

educativo. Thurler (2001, p. 145) expõe que há a necessidade de se romper com concepções

errôneas diante das relações educacionais. Mas como nossa história traz a burocracia como

forma de organização, é difícil a aceitação por parte dos dirigentes, eles rejeitam a idéia de

compartilhar autoridade, entendendo que esta será diminuída e a sua figura como o “chefe” da

instituição será ofuscada.

Não é fácil aceitar a idéia de negociar e renegociar as relações de autoridade referindo-se mais

aos objetivos comuns e às competências profissionais do que às hierarquias formais.

Ledesma e Nascimento (2008, p. 292- 293) alerta com os cuidados que se deve ter em

relação à concepção de autoridade, tendo noção das conseqüências em abrir mão da

autoridade dentro do ambiente escolar, pois na escola [...] a autoridade está revestida de

autoritarismo e, conseqüentemente, impõe controles, força rotinas e mantém ordens que

instituem a prática do conformismo, fazendo com que o poder pareça algo estático, onde

uns o detêm e outros a ele se submetem.

Nesse momento, torna-se oportuno a definição de autoridade, “direito ou poder de

fazer-se obedecer dar ordens, tomar decisões, agir”. No âmbito escolar, tal definição é logo

percebida, pois na escola, por outro lado o autoritarismo faz com que, as relações sejam

baseadas em princípios de hierarquia, insubordinação, tendo o colega como um súdito, que

deve obedecer as ordens sem questionar. “O autoritarismo expresso na forma de organizar o

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trabalho, contido no regulamento, deixa clara a máxima de que disciplinar é domesticar.”

(LEDESMA e NASCIMENTO, 2008, p. 295)

Tornando assim, os educadores, como meros transmissores de conhecimento, não

possibilitando a auto-identificação como formadores de opiniões e de caráter.

Portanto, uma forma democrática de organização escolar, abre caminhos para o verdadeiro

exercício da democracia na sociedade. Formando cidadãos conscientes e ativos perante sua

realidade.

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CAPITULO I I – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO, OBJETIVOS DO ENSINO E TRABALHO

DOS PROFESSORES

2.1 Organização e Gestão, Objetivos do Ensino e trabalho dos Professores.

Abordaremos, aqui, a organização e a gestão escolar compreendendo que essas

dimensões estão profundamente articuladas, já que a escola não é uma soma de partes, mas

um todo interligado que busca articular as orientações dos poderes públicos e o pensar

pedagógico à sua prática do dia-a-dia, mediada pelo conhecimento da realidade e pela

participação de todos os atores envolvidos no processo educativo.

Inicialmente, é importante que se faça uma distinção entre o conceito de organização

do trabalho escolar e organização escolar. A organização do trabalho escolar é um conceito

econômico, refere-se à divisão do trabalho na escola. Podemos considerá-la a forma como o

trabalho do professor e demais trabalhadores é organizada na instituição escolar visando

atingir os objetivos da escola ou do sistema. Refere-se à forma como as atividades estão

discriminadas, como os tempos estão divididos, a distribuição das tarefas e competências, as

relações de hierarquia que refletem relações de poder, entre outras características inerentes à

forma como o trabalho é organizado.

O conceito de organização do trabalho deve ser compreendido à luz das teorias

econômicas. Ele compreende uma forma específica de organização do trabalho sob o

capitalismo. No processo de trabalho capitalista os insumos, objetos e meios de trabalho não

se apresentam de forma aleatória, eles, juntamente com a força de trabalho, estão submetidos

à uma orientação bastante específica que é a finalidade da produção sob o signo do capital.

Apesar de estarmos tratando de trabalho docente em escolas públicas não podemos deixar de

considerar que a escola que conhecemos hoje está marcada por uma forma específica de

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organização e que esta reflete a maneira como o trabalho é organizado na sociedade, embora

na literatura educacional haja grandes controvérsias sobre esta discussão.

Já o termo organização escolar refere-se às condições objetivas sob as quais o ensino

está estruturado. Das competências administrativas de cada órgão do poder público ao

currículo que se pratica em sala de aula, passando pelas metodologias de ensino e processos

de avaliação adotados, tudo seria matéria da organização escolar. Estes dois conceitos –

organização do trabalho escolar e organização escolar, embora distintos, são interdependentes,

ambos fundamentais para a compreensão das relações entre trabalho e saúde dos professores.

A discussão acerca da organização do trabalho na escola sempre apresentou grandes

lacunas, apesar de ter ensejado um forte debate nos anos 80, a respeito da sua natureza. Essas

lacunas podem ser atribuídas à despolitização que o debate freqüentemente sofreu ao longo de

muitos anos, por ver-se envolto em teorias que o justificavam a partir de pressupostos da

Administração Científica do Trabalho, mais especificamente aos modelos de Fayol e Taylor.

Durante muitos anos a gestão educacional, denominada Administração Escolar, buscou

reduzir a organização do trabalho na escola a uma questão técnica, esvaziando-a de qualquer

conteúdo político. Determinada por esses fatores e ao mesmo tempo condicionando os

mesmos, a organização do trabalho docente sempre enfrentou fortes resistências em seu

debate, produto de uma cultura que vê no magistério uma vocação, um sacerdócio e, portanto,

uma atividade distinta do trabalho organizado de forma profissional e, por isso mesmo,

portador de direitos e deveres.

A ampliação do direito à educação no Brasil, na década de 70 e início dos anos 80,

provocou um crescimento jamais assistido da rede pública de ensino. O crescimento súbito da

estrutura educacional no país se deu de maneira desordenada, pouco planejada e com todos

os atropelos característicos das contradições do próprio regime autoritário, combinando

elementos de descentralização administrativa, com o planejamento centralizado. Consolida-se,

assim, a organização de um sistema nacional de educação, com evidentes traços de

autoritarismo e verticalismo na sua gestão, contribuindo para uma concepção de

administração da educação, já em vigor à época, como atividade racional e burocrática,

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devendo ser completamente dissociada da política. Tal tendência se evidencia em toda a

América Latina, sobressaindo-se mais em uns países que outros, o que pode ser constatado na

produção acadêmica na área de Administração da Educação, sobretudo nos estudos

desenvolvidos no âmbito da Comissão Econômica para América Latina e Caribe – CEPAL.

Esta Comissão chegou a criar um instituto específico para formar os planejadores e

administradores escolares, denominado: Instituto Latino-americano de Planejamento

Econômico e Social – ILPES. Os anos 80 foram singulares para os trabalhadores da

educação no reconhecimento de sua condição profissional e na redefinição de sua identidade

como trabalhadores. As pesquisas da época revelam os movimentos destes trabalhadores em

busca de uma escola pública democrática que contemplasse as condições de trabalho como

fator indispensável à realização de um ensino de qualidade. Contudo, esses movimentos não

foram suficientes para forjarem condições de trabalho que correspondessem as necessidades

de uma educação pública, democrática e para todos como tem pretendido, pelo menos nas

Intenções, as reformas educacionais da última década. Podemos considerar então que os anos

80 refletiram um momento de politização da discussão acerca do trabalho docente ao

incorporar a necessidade de se repensar às formas de organização e gestão da escola pública.

Sobretudo, o debate da época demonstrou que a escola é local de trabalho e, por isso mesmo,

reflete contradições, seja na sua racionalidade, que muitas vezes pode contrariar os interesses

dos envolvidos, seja nas condições de trabalho que dispõe. Essas constatações levaram à

mudanças profundas na gestão da educação, o que ficou patente na defesa de mecanismos

mais coletivos e participativos de planejamento escolar.

Uma gestão democrática da educação, que reconhecesse a escola como espaço de

política e trabalho, era buscada nos emblemas de autonomia administrativa, financeira e

pedagógica; participação da comunidade

nos desígnios da escola (elaboração dos projetos pedagógicos e definição dos calendários) e a

criação de instâncias mais democráticas de gestão (eleição de diretores e constituição dos

colegiados). A luta pelo reconhecimento dos profissionais da educação como trabalhadores,

portanto, portadores de direitos, inclusive sindicais, marcará profundamente o momento,

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contribuindo apara o acúmulo de conquistas no tocante à educação das classes trabalhadoras

no Brasil.

A Constituição Federal de 1988 consolida muitas dessas conquistas à medida em

que reconhece a necessidade de ampliação da educação básica, incluindo agora a educação

infantil, ensino fundamental e médio, abarcando, ainda, a gestão democrática. Em relação aos

direitos dos trabalhadores da educação pública, a Carta Magna de 1988 também dispõe sobre

a liberdade dos mesmos se organizarem em sindicatos. A principal característica desse

processo foi a discussão do direito à igualdade. Se a educação do ponto de vista econômico

era imprescindível para o desenvolvimento do país, do ponto de vista social, era reclama da

como a possibilidade de acesso das camadas populares a melhores condições de vida e

trabalho. Essa dupla abordagem talvez tenha forjado a construção de uma nova orientação

para as reformas educativas dos anos 90: transformação produtiva com eqüidade. Os anos 90

no Brasil podem ser caracterizados como a década da reforma educacional. Vivemos

tentativas de reforma em todos os níveis, etapas e tipos de educação. Por esta razão não

podemos falar em reforma educacional no singular neste período, pois elas ocorreram nos

níveis federal, estadual e municipal, em cascata ou em concomitância, atingindo vários

aspectos educacionais: as formas de ensinar, de avaliar, de planejar e administrar a educação.

Contudo, as reformas educacionais dos últimos anos, incluindo as gestões democrático-

populares, trouxeram novas exigências profissionais para os professores, sem a necessária

adequação das condições de trabalho. Podemos considerar que resultaram em maior

responsabilização do professor pelo desempenho da escola e do aluno. Aumentaram ainda,

tais reformas, a responsabilidade dos professores sobre sua formação obrigando-os a buscar

constantemente, por sua própria conta, formas de requalificação.

As reformas educacionais têm atuado fortemente sobre a organização escolar,trazendo

novas formas de ensinar e de avaliar. Tais mudanças exigem, muitas vezes, novos critérios

para enturmação dos alunos, novos procedimentos na anotação e observação dos mesmos, no

dispêndio de maior tempo do professor para atendimento aos alunos e reuniões com colegas

para planejamento e avaliação do trabalho. Essas mudanças, por sua vez, repercutem

diretamente sobre a organização do trabalho escolar, pois exigem mais tempo de trabalho do

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professor, tempo este que se não aumentado na sua jornada objetivamente, acaba se

traduzindo numa intensificação do trabalho, que o obriga a responder a um número maior de

exigências em menos tempo.

Além disso, as mudanças na organização escolar tendem a mexer na divisão do

trabalho na escola, na extinção de algumas rotinas e adoção de outras, na substituição de

certas hierarquias, na demanda por novos procedimentos

profissionais. As reformas atuais, contempladas na legislação educacional em vigor,

sobretudo na legislação brasileira1, apresentam um reforço ao trabalho coletivo e a

necessidade de participação e envolvimento da comunidade na gestão da escola. A referida

legislação incumbe os estabelecimentos de ensino a elaborar e executar sua proposta

pedagógica e ainda articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de

integração da sociedade com a escola. Para isto, ele incumbe os docentes de participarem da

elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

As reformas educacionais dos anos 90 trouxeram mudanças que representam uma

real intensificação do trabalho, gerando uma sobrecarga trazida pelos novos processos de

ensino e avaliação; forçando os professores a encontrar meios alternativos para responder as

demandas crescentes. Isto pode ser notado sobretudo no que diz respeito à gestão escolar,onde

as exigências de eficiência e excelência das escolas em condições adversas tem feito com que

a direção escolar busque junto à comunidade outras formas de financiamento do ensino

público.

Além dessas mudanças, outros desafios aparecem para os professores neste cenário de

reformas. As mudanças nos parâmetros de avaliação, sobretudo com a introdução dos ciclos

na organização escolar, têm repercutido diretamente nas atitudes dos alunos. Os professores

de ensino fundamental e médio enfrentam cotidianamente problemas de indisciplina com os

alunos, sem que tenham meios para solucionar tais questões. Tudo isso vem somar à

condições extremamente extenuantes de trabalho em que o professor já era submetido,

extrapolando muitas vezes ao que é prescrito com sua atividade. Isto ocorre porque a escola

pública no Brasil constitui-se em uma política pública “eficiente”, no sentido da sua extensão,

ou seja, ela chega até os 1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/96pobres

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e, por isso mesmo, traz para os professores outras tarefas que vão além do que determina sua

função: cuidar da higiene, da nutrição, da saúde, entre outras necessidades dos seus alunos.

Acrescenta-se, ainda, que a partir da segunda metade da década de 90, no Brasil assim

como em outros países da América Latina, os profissionais da educação,sobretudo no setor

público, foram submetidos a uma política de arrocho salarial sem precedentes na história

implicando grandes perdas salariais. Tais perdas decorreram, simultaneamente, da política de

contenção salarial entre outros diferentes mecanismos que corroboraram para essa

deterioração. Entre eles medidas de flexibilização que provocaram mudanças substantivas na

legislação do direito do trabalho no Brasil, complexificando ainda mais o quadro salarial

desses profissionais. O aumento dos número de professores contratados temporariamente, em

condições notoriamente precárias nas redes públicas de ensino são os exemplos mais

significativos dessas mudanças. Além disso, a política salarial do setor público no Brasil,

caracteriza-se por uma grande diversidade, marcada por medidas diferenciadoras e

flexibilizadoras das relações de trabalho. Dessa forma, os vencimentos dos docentes se

diferenciam em função da carreira, do contrato de trabalho - efetivo ou temporário - do cargo,

do regime de trabalho, do nível e da classe, do tempo de serviço, da investidura em cargos de

confiança, das gratificações incorporadas, da titulação.

Considera-se que a infra estrutura da escola é um conjunto de condições que dão

suporte para que o trabalho docente se desenvolva. Ela se constitui das “ferramentas” que são

utilizadas pelos professores e alunos para executar suas atividades e dos aspectos relativos ao

ambiente de trabalho. As ferramentas dos professores incluem: sua formação, sua saúde,

materiais básicos de ensino e recursos pedagógico, tais como aparelho de som, vídeos,

biblioteca, laboratórios e salas de ensino especiais. Os aspectos relativos ao ambiente de

trabalho, incluem: estado de conservação da escola, níveis adequados de ruído e de

iluminação, qualidade do ar e instalações que tragam conforto ao professor.

Como o ensino é uma atividade aberta, ele sempre poderá ser realizado de uma forma

diferente, melhor, mais completa a despeito muitas vezes, das condições materiais oferecidas.

Isso abre precedente para que continuamente possa estar sendo revisto e melhorado,

indefinidamente.

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Conforme observa Hargreaves (1998) aqueles professores que trabalham arduamente

parecem “ser movidos por um entusiasmo e um empenhamento quase impiedosos, numa

tentativa de atingir níveis de exigências virtualmente inalcançáveis de perfeição

pedagógica”. O autor analisa o fenômeno em função das expectativas ligadas ao ensino que

são difusas, sendo o papel do professor sempre definido e redefinido de um modo cada vez

mais amplo, englobando finalidades acadêmicas, sociais e emocionais. Tais expectativas

exercem um efeito direto no professor, dele é esperado, e cobrado, seja por ele mesmo, pelos

seus alunos, pelos seus pais ou por seus colegas, que responda aos anseios difusos dirigidos à

escola. Em países como o Brasil a escola acaba por ocupar um lugar que vai muito além de

suas finalidades e por isso mesmo, conforme já afirmado, força os professores a absorverem

as demandas dirigidas a um Estado que possui obrigações sociais para muito além da

educação.

As precárias condições de trabalho, constituem-se em um contexto impróprio para a

implementação das reformas, que vêm se dando a um custo muito alto para o trabalhador. São

estas pessoas que encontram-se no fim da linha de todas as políticas educacionais, que sofrem

diretamente as conseqüência de ter de realizar sob as condições mais adversas um trabalho de

grande responsabilidade e muitas exigências técnicas e afetivas. A maior fonte de

intensificação no trabalho docente não estaria no trabalho prescrito aos professores. Este autor

aponta o advento do tempo de preparação remunerado para ilustrar que o trabalho do

professor poderia estar caminhando até mesmo para uma desintensificação.

Este autor considera que o verdadeiro foco de intensificação seria a auto-

intensificação realizada pelos docentes. Outros autores chegam a conclusões semelhantes em

pesquisa sobre saúde mental com trabalhadores de educação.

Em pesquisa realizada nas escolas públicas brasileiras, como contraponto ao seu país,

a França, onde uma definição mais estrita e clara do papel do professor como dirigido à

aprendizagem e desempenho acadêmico somente, implicaria em maior satisfação dos

professores com seu constatam que a natureza do trabalho docente faz com que os professores

envolvam-se afetivamente com o seu trabalho em uma escala muito maior que qualquer outro

trabalhador do setor da indústria, por exemplo. Isso ocorre porque o processo de trabalho

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docente, reserva um relativo grau de autonomia sobre o processo de trabalho, ainda que

existam prescrições externas, há também espaço para a resistência a elas. Talvez por isso, a

profissão apresente elevados graus de satisfação: segundo a pesquisa de CODO EL AL(1999)

86% dos professores do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino estão

satisfeitos.Mas este espaço de relativa autonomia do professor pode acabar por se constituir

em uma das causas da auto-intensifição. A auto-intensifição do professor não tem uma origem

restrita ao entusiasmo do professor e a sua busca por realização profissional, a origem deste

fenômeno também pode estar em um alto nível de expectativas não atendidas na população, e

neste caso um Estado menos eficiente no atendimento às necessidades básicas da sociedade

pode interferir nestas expectativas. Pode-se ver, portanto, que por trás da tese da auto-

intensifição está um importante componente de heteronomia, o que leva a questionar a

argumento da auto-intensificação voluntária do trabalho dos professores. Na realidade, o

professor provoca uma intensificação de seu trabalho para responder a uma demanda externa,

que não é proveniente de uma fonte facilmente identificável, como o estereótipo do gerente

taylorizado, mas são de origens difusas. Muitas das demandas apresentadas ao professor não

podem ser resolvidas porele, que não detém meios e nem condições de trabalho para tal, e daí

advém o lado perverso da auto-intensifição, que isso causa sofrimento, insatisfação, doença,

frustração e fadiga. Na medida em que o professor aumenta seu investimento de tempo e

energia procurando atender melhor as carências de seus alunos, como por exemplo, marcando

uma reunião com os pais, procurando desempenho.

No Brasil, alguns exemplo das prescrições externas mais expressivos estão nos

parâmetros curriculares nacionais, que na realidade é muito pouco conhecido entre os

professores que trabalham na educação básica, nos instrumentos de Avaliação

como os empregados pelo SAEB por exemplo, tem um poder muito maior de prescrição sobre

o trabalho desses

professores. Muitos organizam suas atividades em sala de aula objetivando um melhor

desempenho dos alunos nestes

testes. adaptar uma atividade para um aluno com dificuldades, reunindo com outros

professores, acompanhando o caso de um aluno delinqüente, de outro com problemas de

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saúde, desnutrido, que sofre violência doméstica. Enfim, na medida em que o professor

compromete-se com o objeto de seu trabalho, ele pode se frustrar e sofrer. Assim, o professor,

ao desenvolver seu trabalho de forma coerente com o contexto onde se insere, pode ser

penalizado.

Por outro lado o professor que se interessa e se envolve com os problemas afetivos e sociais

dos seus alunos, tendo em vista melhor desenvolver seu trabalho pedagógico, também poderá

comprometer suas atividades profissionais, já que em face das condições existentes, terá

menos tempo de preparar suas aulas, corrigir seus trabalhos e requalificar-se.

Os professores têm sentido o seu trabalho sofrer, além da referida intensificação, um processo

crescente de proletarização com consequências no aumento de seu ritmo de trabalho e no

volume das atividades em contraponto com uma maior precarização de suas condições de

trabalho, incluindo salários. Tal situação conduz os professores à insegurança refletindo na

sua prática no cotidiano escolar.

O estresse e outros problemas de saúde, a impossibilidade de se aperfeiçoar constantemente e

a falta de tempo para preparar e refletir criticamente sobre o seu trabalho, são conseqüências

deste quadro.

As transformações pelas quais a organização do trabalho docente tem passado, são

também reflexo de novas demandas apresentadas à educação pela reestruturação produtiva.

Uma maior escolarização tem se estabelecido como a principal alternativa à inserção no

mercado de trabalho. Para o atendimento às novas demandas da organização dos sistemas de

produção, espera-se da escola e, principalmente do docente, a formação de um profissional

flexível, polivalente,de acordo com os novos padrões de qualificação. Dentro desse contexto,

o trabalho do professor se encontra marcado pela busca de autonomia, que vem acompanhada

de restrições impostas pelas políticas educacionais e as relações de poder que compõem o

tecido do cotidiano escolar. Esses engendramentos atravessam toda a perspectiva do processo

de trabalho do docente, produzindo efeitos diretos em suas atividades, no seu modo de

execução e em sua própria saúde.

A equipe técnico administrativa tem como função coordenar e orientar para que

produza os melhores resultados possíveis no âmbito escolar.Para que esses resultados sejam

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significativos é importante que toda equipe trabalhe em conjunto, se reunindo, integrando

atividades existentes na escola. As Instituições precisam serem democraticamente

administradas para que todos os participantes se esforcem para realização de uma Gestão

Participativa e uma Gestão de Participação.

A Organização e Gestão da Escola visam: promover as condições e recursos um ótimo

funcionamento da escola e do trabalho em sala de aula, promovendo também o envolvimento

de pessoas no trabalho por meio de avaliação e participação e o acompanhamento dessa

participação garantir aprendizagem para todos os alunos.

Para Libâneo, há duas maneiras de se ver a Gestão Educacional “ Na perspectivas Neoliberal,

pôr a escola como centro das Politicas significa liberar boa parte da responsabilidade do

Estado, deixando as comunidades e as escolas a iniciativa de planejar, organizar e avaliar os

serviços educacionais” . ( pág 295)

Na Perspectiva Sociocrítica, significa valorizar as ações dos profissionais da escola

decorrente de sua iniciativa, de seus interesses, de sua participação, dentro do contexto

sociocultural da escola, em função dos interesse público dos serviços educacionais prestados

sem, com isso desobrigar o Estado de suas responsabilidades.

Na Perspectiva Sociocrítica Nessa a escola é um espaço educativo, em lugar que seus

profissionais podem decidir democraticamente sobre seu trabalho.

”Essa Gestão e Organização da Escola Segundo Libâneo tem um significado amplo

não se limita apenas em questões administrativas e burocráticas elas passam valores, atitudes,

que influenciam aprendizagem de alunos e professores . Sendo assim todas a equipe que está

inserida na escola participam de tarefas educativas, embora não seja formal.

O cotidiano de uma escola onde sua administração preza pela gestão democrática é

pautado por inovações, construções coletivas, promoção contínua do respeito a cidadania e a

liberdade de expressão da comunidade envolvida. O trabalho pedagógico no dia-a-dia de uma

escola que adota a gestão democrática é feito por toda equipe técnica (professores, gestores,

coordenadores) além do pessoal de apoio (serventes, merendeiras, auxiliares, secretaria etc.) e

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principalmente os alunos e comunidade que são os personagens reais da supremacia e

democracia em busca da excelência na essência da vida escolar, como observou PARO (1997,

p.10) “A transformação do esquema de autoridade no interior da escola agora pertence a todos

A liderança do gestor escolar deve ter como princípio básico, criar estratégia para um

processo contínuo, visando promover a autonomia da escola e atingir o ápice das metas

objetivadas por todos da equipe escolar. A busca da qualidade total da gestão democrática é

papel de todos que fazem a escola parte integrante de si além do seu processo de crescimento

pessoal e intelectual; dentro de uma sociedade plural, o espaço escolar precisa adequar e

transformar suas visões de futuro, levando em consideração o multiculturalismo existente

entre os educandos, educadores e a comunidade em geral sobretudo no que se refere a escola

pública que atende os rebentos da classe trabalhadora segundo o pesquisador e educador

PARO (1997, p. 11) “ Conferir autonomia à escola deve consistir em conferir poder e

condições concretas para que ela alcance objetivos educacionais articulados com os interesses

das camadas trabalhadoras

Segundo LUCK ET AL. (2002, p. 35) liderança é “a dedicação, a visão, os valores e a

integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingir metas

coletivas”.De acordo com a autora “a liderança eficaz é identificada como a capacidade de

influenciar

positivamente os grupos e de inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas”. Deste

modo, é importante que a liderança do gestor seja participativa, para que todos compartilhem

a gestão da escola.

2.2 Os Objetivos da Escola e as Práticas de Organização de Gestão

A escola é um espaço caracterizado pela multiplicidade. Experiências, realidades,

objetivos de vida, relações sociais, estruturas de poder, tradições históricas e vivências

culturais diversas dão forma nos discursos que se cruzam em nosso cotidiano, pondo em

diálogo conhecimentos produzidos a partir de varias pesrpectivas.

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Entretanto a escola, constitui-se em uma organização sistêmica aberta, isto e, um

conjunto de elementos ( pessoas, com diferentes papéis, estrutura de relacionamento,

ambiente físico, etc.) que tem seu objetivo explicito que é o desenvolvimento de suas

potencialidades físicas e afetivas de seus alunos por meio de aprendizagem dos conteúdos

para que se torne cidadãos participantes na sociedade em que vivem.

A sociedade vive em tempos de profundas mudanças, de ressignificações e busca de

novos sentidos e de novas práticas que contribuem para a reconstrução do atual contexto

histórico e social.

Diante desse cenário, a função e a estrutura -pedagógica é questionada e revisada no sentido

de dar nova administrativo significação ao papel sócio-pedagógico da escola

vivemos num período que busca integração, inclusão, da dinâmica de vida ainda que se

observe múltiplas manifestações de exclusão social, política e econômica. Nesse sentido a

escola está obrigada a rever seus métodos, rever suas práticas, ou seja, reavaliar seu projeto

político-pedagógico

Para Libâneo não adianta inovações como Gestão democrática,eleições para diretor,

modernos equipamentos, se os alunos não consegue um bom rendimento escolar. As

instituições escolares estão sendo pressionadas a repensar seu papel diante das transformações

que caracterizam o acelerado processo de intregração e reestruração capitalista mundial.

Desta forma as pessoas são estimuladas a se preparar para competir, por si mesmas, no

mercado de trabalho, isto é, aqueles que não conseguirem competir formarão o segmento dos

excluídos sociais. Observa-se que essas mudanças atingem o Sistema Educacional fazendo

com que o individuo invista na sua formação profissional.

O entendimento que hoje se tem do trabalho escolar é de que a ênfase deve estar no

ensino e na aprendizagem , uma visão subordina o administrativo ao pedagógico. A escola

precisa elaborar planos de trabalho ou planos de ação onde são definidos seus objetivos e

sistematizados os meios para a sua execução bem como os critérios de avaliação da qualidade

do trabalho que realiza.

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Sem planejamento, as ações da comunidade escolar irão ocorrer nas circunstâncias

com base no improviso, ou na reprodução mecânica de planos anteriores e sem avaliar os

resultados do trabalho. Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento

participativo, que conte com o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade

escolar nos processos de tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de

ação. A participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar nesse processo é fator

relevante para o seu sucesso, pois agrega ao planejamento o compromisso e a co-

responsabilidade na consecução de metas e objetivos definidos, a principal razão de ser da

escola é a aprendizagem de todos os alunos.

2.3 Funcionar Bem para Melhorar a Aprendizagem

O Entendimento que hoje se tem do trabalho escolar é de que a ênfase deve estar no ensino

e na aprendizagem , uma visão subordina o administrativo ao pedagógico. Afinal, a principal

razão de ser da escola é a aprendizagem de todos os alunos. ,Para os diretores de escola,

coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, professores que, entre tantas

dificuldades que afligem a escola, sempre recobram o ânimo e a esperança, sabendo que o

saber organizar e gerir sua escola, com determinação, energia, diálogo, solidariedade e ética,

produz um diferencial visível nas condições concretas pelas quais se pode garantir uma sólida

formação de cidadãos, de profissionais, de usuários das mídias, de consumidores, de

interlocutores sociais, para uma sociedade competitiva e seletiva que requer cada vez mais

sujeitos capazes de lidar com o conhecimento e que precisa ser mais inclusivo do que tem

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sido. Assim, fazer justiça social na escola hoje, construir uma escola democrática e cidadã,

significa assegurar as condições pedagógicas e organizacionais para se alcançar mais

qualidade social, isto é, a aprendizagem para todos os alunos. Sendo o objetivo primordial da

escola possibilitar o ensino e a aprendizagem dos alunos, o trabalho dos professores tem um

papel fundamental. Além disso, a escola que funciona bem é aquela que melhor favorece o

trabalho dos professores e, com isso, consegue melhorar a aprendizagem dos alunos.

De tal forma Acreditando que, uma escola bem organizada e bem gerida, é aquela que

cria e assegura as condições pedagógico-didáticas, organizacionais e operacionais que

proporcionam o bom desenvolvimento dos professores em sala de aula, de modo que todos os

seus alunos sejam bem sucedidos na aprendizagem escolar, significa colocar o administrativo

a serviço do pedagógico, ou seja, defender o pedagógico como princípio de gestão

democrática.

Entendemos que para os professores desempenharem um bom trabalho, é preciso que a escola

tenha uma administração que se preocupe com escola como um todo. “Segundo Nóvoa, 1995;

pesquisam comprovam o modo de funcionamento de uma escola que faz a diferença nos

resultados escolares do alunos.”

Percebemos claramente, que é de suma importância que todos os membros da escola

contribua para alcance resultados significativos, a falta de comunicação entre membros do

corpo da escola afetam o planejamento pedagógico, o cumprimento de metas e, das

apredizagem dos alunos . Uma escola boa para trabalhar abre espaço para o debate coletivo.

O ideal é que ocorram as tradicionais reuniões de formação continuada, de planejamento

pedagógico e com os pais além daqueles que tem objetivos a busca de soluções para

questões como absenteísmo, indisciplina e dificuldades de aprendizagem e entrosamento

entre profissionais refletem a relação que eles tem com a escola. Ao se sentir valorizados ,

ouvidos e acreditados pela liderança, professores e funcionários tendem a reproduzir essa

confiança nos vínculos pessoais estabelecidos no trabalho, criando um bom clima.

Esses momentos de troca também estimulam aparecimentos de lideranças positivas

entre professores, decisivas para que a equipe de gestão consiga descentralizar tarefas.

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Está mais do que claro que o conceito de clima organizacional envolve uma infindável

quantidade de relações humanas. Em qualquer ambiente profissional, o importante e que

esses relacionamentos estejam baseados em atitudes éticas para que funcionem em favor da

aprendizagem. “ A escola é o lugar no qual as diferenças se manifestam . Os gestores

precisam entender que eles são parte do fazer educacional.” ( pág 304).

Ao exercer uma liderança baseada no dialogo, os diretores garantem espaço para

participação dos professores no aprimoramento do processo ensino aprendizagem . Com isso

também evitam que se acumule conflitos mal resolvidos, os quais podem ocasionar, o

fracasso dos alunos. No médio e longo prazo, a construção de um ambiente e trabalho leva a

conquista de uma cultura escolar e embasa toda atuação da instituição.

As pesquisas destacam, entre as características organizacionais, a capacidade de

liderança dos gestores, as práticas de gestão participativa, o clima de trabalho da escola, o

relacionamento entre os membros da escola, as oportunidades de reflexão e discussão e de

trocas de experiências entre os professores, a estabilidade profissional dos professores na

escola, a participação dos pais, a existência de condições físicas, materiais, recursos didáticos,

bibliotecas e outros recursos necessários ao ensino e à aprendizagem. Tais indicações

reforçam a importância de princípios e dos procedimentos organizacionais. Entretanto, os

aspectos organizacionais não resolvem tudo. Eles atuam em combinação com outros fatores

como: um corpo docente qualificado, consistência do projeto político-pedagógico, um

currículo bem estruturado, uma boa experiência dos professores na metodologia de ensino e

no manejo da classe, uma forte atenção à aprendizagem dos alunos, boas práticas de avaliação

e disponibilidade da equipe para aceitar inovações. O que importa, nesse momento, é destacar

a importância da relação entre as formas de organização e gestão das escolas e os resultados

da aprendizagem dos alunos, entre os meios e os fins. Logo, o objetivo da escola é o ensino e

a aprendizagem dos alunos; a organização, a gestão, as condições físicas e materiais são os

meios para atingir esse objetivo. Para compreender esta relação, Paro afirma que: “a

administração escolar precisa saber buscar na natureza própria da escola e dos objetivos que

ela persegue, os princípios, os métodos e as técnicas adequadas ao incremento de sua

racionalidade” (Paro, 2000.)

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Paro está dizendo que nenhuma escola pode funcionar sem meios e recursos

(racionalidade), mas estes devem estar subordinados aos fins educacionais buscados pela

escola, ou seja, os fins determinam a forma de utilização dos meios e recursos as diretrizes

organizacionais do sistema, as formas pelas quais as decisões são tomadas e comunicadas, e

as formas de organização e gestão do sistema de ensino, não são neutras, elas buscam certas

formas de controle das escolas e da subjetividade das pessoas como conformismo,

subordinação e obediência. É necessário admitir que as políticas educacionais e as diretrizes

organizacionais e curriculares são portadoras de intencionalidades, idéias, valores, atitudes,

práticas, que influenciam as escolas e seus profissionais na configuração das práticas

formativas, determinando um tipo de sujeito a ser educado. Essas orientações chegam às

escolas e, em muitos casos, os professores não as questionam, e é aí que os problemas

começam, pois não vêem que as relações sociais e políticas nunca são harmônicas nem

estáveis, mas tensas, conflituosas, contraditórias, favorecendo espaço para que as escolas e os

seus profissionais operem com relativa autonomia em face do sistema político dominante.

Assim, entendo que as pessoas podem tanto aderir como resistir ou dialogar com tais

políticas e diretrizes e formular, coletivamente, práticas formativas e inovadoras que

permitam a (re)construção da escola: “para os novos tempos” a partir dela mesma. Devemos

reconhecer a importância das políticas educacionais e das normas legais para o ordenamento

político, jurídico, institucional e organizacional do sistema de ensino, mas elas precisam

sempre ser submetidas a uma avaliação crítica de vista social e ético.

Sabendo-se que as leis devem estar a serviço do bem-comum, da democracia, da

justiça, da solidariedade, dos interesses de grupos e culturas particulares, o sistema de ensino

e as escolas, em especial, precisam contribuir significativamente para a construção de um

projeto de nação e, portanto, para a formação de sujeitos capazes de participarem ativamente

desse processo

Entendemos que para os professores desempenharem um bom trabalho, é preciso que a escola

tenha uma administração que se preocupe com escola como um todo. “Segundo Nóvoa, 1995;

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pesquisam comprovam o modo de funcionamento de uma escola que faz a diferença nos

resultados escolares do alunos.”

Percebemos claramente,que é de suma importância que todos os membros da escola

contribua para alcance resultados significativos, a falta de comunicação entre membros do

corpo da escola afetam o planejamento pedagógico, o cumprimento de metas e, das

apredizagem dos alunos . Uma escola boa para trabalhar abre espaço para o debate coletivo.

O ideal é que ocorram as tradicionais reuniões de formação continuada, de planejamento

pedagógico e com os pais além daqueles que tem objetivos a busca de soluções para

questões como absenteísmo, indisciplina e dificuldades de aprendizagem e entrosamento

entre profissionais refletem a relação que eles tem com a escola. Ao se sentir valorizados ,

ouvidos e acreditados pela liderança, professores e funcionários tendem a reproduzir essa

confiança nos vínculos pessoais estabelecidos no trabalho, criando um bom clima.

Esses momentos de troca também estimulam aparecimentos de lideranças positivas

entre professores, decisivas para que a equipe de gestão consiga descentralizar tarefas. Está

mais do que claro que o conceito de clima organizacional envolve uma infindável quantidade

de relações humanas. Em qualquer ambiente profissional, o importante é z que esses

relacionamentos estejam baseados em atitudes éticas para que funcionem em favor da

aprendizagem. “ A escola é o lugar no qual as diferenças se manifestam . Os gestores

precisam entender que eles são parte do fazer educacional.” ( pág 304).

Ao exercer uma liderança baseada no dialogo, os diretores garantem espaço para

participação dos professores no aprimoramento do processo ensino aprendizagem . Com

também evitam que se acumule conflitos mal resolvidos, os quais podem ocasionar, o

fracasso dos alunos. No médio e longo prazo, a construção de um ambiente e trabalho leva a

conquista de uma cultura escolar e embasa toda atuação da instituição.

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2.4- Organização da Escola

Segundo Libâneo Durante muito tempo se estuda a organização de trabalho’’ Há toda uma

pesquisa sobre administração escolar que remonta aos pioneiros da educação nova, na década

de 1930.(pág 119).

Esses estudos eram identificados como administração e organização Escolar ou administração

Escolar. Houve uma reforma curricular nos cursos de Pedagogia de Licenciatura, essas

disciplinas a ser chamada Organização do trabalho Pedagógico ou Organização do trabalho

escolar.

Há estudos dos processos de organização e gestão há duas concepções cientifica racional e a

concepção sociocritica. A escola pode ser planejada, organizada e controlada para alcançar

melhores índices de eficácia e eficiência, já na concepção sociocritica é construído pela

comunidade educativa e envolve não só professores, alunos, os pais também participam.

“ Além da polarização entre as duas concepções mencionadas, estudos recentes sobre

organização e gestão escolar ( por exemplo, Escudero e Gonzáles, 1994; Luck, 2001;

Lima, 2001) e a observação de experiências levadas a efeito no últimos anos possibilitam

sugerir ampliação do leque dos estilos de gestão. Esquematicamente, podemos considerar

quatro concepções: a técnica cientifica, a autogestionária, a interpretativa e democrático

participativa.

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Concepção Técnico Cientifica_ Baseia-se nos procedimentos administrativos. Na

racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços escolares.

Concepção Autogestionário Participação direta e por igual de todos os membros da

instituição.

Concepção Interpretativa Elementos prioritário na análise dos processos de organização e

gestão e gestão e os significados subjetivos as intenções e as interações entre a pessoas

Concepção Democrática participativa _ Baseia-se na relação entre a direção e a participação

dos membros da equipe, buscando objetivos comum assim por todos.

Organograma Básico de escolas segundo Libâneo

Conselhos de escola

O conselhos de escola tem atribuições consultivas deliberativas e fiscais em questões

definadas na legislação estadual ou municipal e no regimento escolar.

Direção

O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxialiando pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnico-administrativos, atendendo as leis, regulamentos e determinação e determinações dos órgãos superiores do sistema e as decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade.

Setor Técnico- administrativo

O Setor técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento dos objetivos e funções da escola.

Setor Pedagógico

O Setor Pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e orientação educacional. As funções desses especialistas variam conforme a legislação estudual e municipal, sendo que em muitos lugares suas atribuições ora são unificadas em apenas uma pessoa, ora são desempenhadas por professores.

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Instituições Auxiliares

Paralelamente à estrutura organizacional, muitas escolas mantêm Instituições Auxiliares tais como: a Associação de Pais e Mestres, Grêmios Estudantis e outras como Caixa Escolar, vinculadas ao Conselho da escola ou Diretor.

Corpo docente e Corpo discente

O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola, cuja

função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o processo de ensino

aprendizagem. Apresentaremos um breve histórico da administração, seguido da análise de

como esta basicamente empresarial, se distingue da escolar, enfatizando que a administração

escolar compreendia a instituição como um sistema formado por grupos de elementos com

funções diversas, os quais se preocupavam somente com o desempenho de suas

responsabilidades, ou seja, cada um fazia seu trabalho sem interferir ou opinar no trabalho do

outro, empregando assim, as normas de mercado.Neste sentido, abordaremos a organização

escolar e a gestão democrática mais flexível e baseada na prática do diálogo, analisando

assim, a participação dos professores e alunos nas decisões da escola.Discutimos também

como se deu essa transição organizacional no âmbito escolar e analisaremos como ocorre as

relações de poder e autoridade no que diz respeito à liderança no contexto escolar.

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CAPITULO III

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Neste estudo foi possível compreender que a comunidade escolar precisa se empenhar

para elevar o nível intelectual da escola, por meio da gestão participativa e pela inovação do

ambiente escolar em todos os aspectos. Para isso, o gestor que exerce importantes atribuições

deve gerar um clima de transformação de atitudes e estimular os integrantes da organização

escolar para o seguirem em direção a uma escola reflexiva. Para tanto, investir em práticas de

gestão participativa, em técnicas motivacionais e reestruturação da instituição torna-se um

caminho eficaz para a concretização da educação na sociedade contemporânea .

Entendemos também o sucesso da organização, considera-se relevante que a gestão da escola

busque a participação de todos e em diferentes cargos (coordenadores, professores, técnico-

administrativos, serviços gerais) para uma melhor implantação dos objetivos almejados e um

comprometimento maior. Assim, é necessário que a organização escolar possua uma gestão

participativa, pois a principal alternativa para que a escola se transforme em um ambiente de

crescimento contínuo e integrado é a participação e o comprometimento de todos. além dos

professores e outros

funcionários, os pais, os alunos e qualquer representante da comunidade que esteja

interessado na escola e na melhoria do processo pedagógico. não basta a tomada de decisões,

mas é preciso que elas sejam postas em prática para prover as melhores condições de

viabilização do processo de ensino/aprendizagem”.

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