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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS FENOLOGIA, ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MICROPROPAGAÇÃO DE ACESSOS DE SAMBACAITÁ (Hyptis pectinata L. Poit) ROSANA BARROSO FEITOSA SÃO CRISTOVÃO-SE 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS

FENOLOGIA, ADUBAÇÃO ORGÂNICA E

MICROPROPAGAÇÃO DE ACESSOS DE SAMBACAITÁ (Hyptis pectinata L. Poit)

ROSANA BARROSO FEITOSA

SÃO CRISTOVÃO-SE 2013

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ROSANA BARROSO FEITOSA FENOLOGIA, ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MICROPROPAGAÇÃO

DE ACESSOS DE SAMBACAITÁ (Hyptis pectinata L. Poit)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Biotecnologia de Recursos Naturais.

Orientadora Profa. Dra. Maria de Fátima Arrigoni Blank

SÃO CRISTÓVÃO-SE 2013

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

F311f

Feitosa, Rosana Barroso Fenologia, adubação orgânica e micropropagação de acessos

de sambacaitá (Hyptis pectinata L. Poit) / Rosana Barroso Feitosa ; orientadora Maria de Fátima Arrigoni Blank. – São Cristóvão, 2013.

59 f. : il. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia de Recursos Naturais)

– Universidade Federal de Sergipe, 2013.

1. Biotecnologia. 2. Fenologia vegetal. 3. Adubação. 4. Hyptis pectinata - Micropropagação. I. Blank, Maria de Fátima Arrigoni, orient. II. Título.

CDU 606:582.929.4

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Dedico, A todos que estiveram comigo durante essa árdua jornada

Pai, mãe, irmãos, namorado... a vocês a minha imensa gratidão!

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por ter me concebido o dom da vida , e estar sempre ao meu lado

conduzindo os meus passos e me dando forças para superar os momentos de aflição ao

longo desses dois anos.

Aos meus pais, Luiz e Maria Quitéria, por serem a razão do meu existir, exemplos de

humildade e simplicidade, e pelo imenso amor que me dedicaram e me dedicam. Eu não

nada seria sem vocês!

As minhas irmãs, Juliana e Sandra, pelo carinho, amizade e paciência destinada a mim; e

ao meu irmãozinho Luiz Henrique, o maior presente de Deus na minha vida.

Ao meu namorado Fábio, pelas palavras de conforto que sempre me consolavam nas

VÁRIAS vezes que ligava aos prantos dizendo que não ia conseguir, e ele sempre com sua

paciência, amor e dedicação para comigo me mostrava que eu era capaz.

Aos estagiários do laboratório de Cultura de Tecidos e Melhoramento Vegetal da UFS, pelas

muitas risadas que me faziam esquecer todas as minhas angústias e pela intensa ajuda

sempre que precisei, em especial a Clézia, que esteve literalmente ao meu lado seguindo

todas as minhas instruções. Muito obrigada a todos!

Aos queridos companheiros do curso de Mestrado em Biotecnologia, em especial Camila e

Gorete, que estiveram comigo ao longo dessa jornada.

À Universidade Federal de Sergipe por possibilitar o desenvolvimento do trabalho.

A CAPES pela bolsa concedida, possibilitando assim o meu crescimento pessoal e

profissional.

Por fim, a minha orientadora Mária de Fátima, por todo esforço a mim dedicado. Meus mais

sinceros agradecimentos!!!

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SUMÁRIO

Página

LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................................

i

LISTA DE TABELAS............................................................................................................. ii

LISTA DE FIGURAS............................................................................................................. iii

RESUMO.............................................................................................................................. iv

ABSTRACT........................................................................................................................... v

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1

2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................ 3

2.1. Botânica, origem e usos................................................................................................ 3

2.2. Fenologia....................................................................................................................... 4

2.3. Técnicas de cultivo......................................................................................................... 5

2.4. Propagação in vitro ....................................................................................................... 8

2.4.1. Reguladores de crescimento ..................................................................................... 10

2.4.2. Aclimatização.............................................................................................................. 11

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 12

4. CAPÍTULO 1: FENOLOGIA, NÍVEIS DE ESTERCO BOVINO E ALTURA DE CORTE EM Hyptis pectinata L. Poit...................................................................................................

22

RESUMO ............................................................................................................................. 22

ABSTRACT .......................................................................................................................... 23

4.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 24

4.2. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 25

4.2.1. Estudo da fenologia de sambacaitá ........................................................................... 25

4.2.2. Influência de doses de esterco bovino e alturas de corte .......................................... 26

4.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 26

4.3.1. Estudo da fenologia de sambacaitá ........................................................................... 26

4.3.2. Influência de doses de esterco bovino e alturas de corte .......................................... 29

4.4. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 32

4.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 32

5. CAPÍTULO 2: MICROPROPAGAÇÃO DE ACESSOS DE Hyptis pectinata L. Poit......... 36

RESUMO ............................................................................................................................. 36

ABSTRACT .......................................................................................................................... 37

5.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 38

5.2. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 39

5.2.1. Material vegetal, local e condições dos ensaios ........................................................ 39

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5.2.2. Estabelecimento in vitro de acessos de H. pectinata ................................................ 40

5.2.3. Multiplicação in vitro de H. pectinata.......................................................................... 40

5.2.4. Aclimatização ............................................................................................................. 41

5.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 42

5.3.1. Multiplicação in vitro de H. pectinata.......................................................................... 42

5.3.2. Aclimatização ............................................................................................................. 49

5.4. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 52

5.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 52

ANEXOS............................................................................................................................... 56

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i

LISTA DE ABREVIATURAS

AIA= Ácido indolacético

BAP= 6-benzilaminopurina

DNA= Desoxirribo Nucleic Acid

TDZ= Thidiazuron

UFS= Universidade Federal de Sergipe

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ii

LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1. Crescimento médio em altura das plantas de sambacaitá (Hyptis

pectinata) acesso SAM-004. São Cristóvão, UFS, 2013 .....................................

27

Figura 2. Números de ramos primários (A), secundários (B), terciários (C) e quaternários (D) das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso SAM-004. São Cristóvão, UFS, 2013 ...................................................................................

28

Figura 3. Diâmetro do terço médio das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso SAM-004 . São Cristóvão, UFS, 2013 .........................................................

28

Figura 4. Diâmetro do terço inferior das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso SAM-004 . São Cristóvão, UFS, 2013..........................................................

29

Figura 5. Plantas aclimatizadas de Hyptis pectinata. Acesso SAM-016 (A), SAM- 017 (B) e SAM-018 (C) após 30 dias de aclimatização nos diferentes substratos. São Cristóvão, UFS, 2013........................................................................................

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iii

LISTA DE TABELAS

Página Tabela 1. Médias de altura de planta (m), massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtida nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, no primeiro, segundo e terceiro corte de plantas de H. pectinata. São Cristóvão, UFS, 2013............................................................................................................................

30

Tabela 2. Média de massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtidas nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, na produção total de plantas de H. pectinata. São Cristóvão, UFS, 2013 ........................................................................

31

Tabela 3. Número de brotos, comprimento de brotos (cm) e massa seca de parte aérea de acessos de H. pectinata em função do BAP e carvão ativado. São Cristóvão, UFS, 2013 .................................................................................................

43 Tabela 4. Número de brotos e folhas, comprimento de brotos (cm), massa seca de parte aérea (mg) de acessos de Hyptis pectinata em função de TDZ. São Cristóvão, UFS, 2013 .................................................................................................

44 Tabela 5. Número de brotos em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013 .............................................................................

46

Tabela 6. Massa seca de parte aérea (mg) em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013 ..................................................

47

Tabela 7. Comprimento de raiz (cm) em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013 ...............................................................

48

Tabela 8. Sobrevivência (%), comprimento de parte aérea (cm), comprimento de raiz (cm), número de brotos, número de folhas, massa seca (mg) de parte aérea e de raiz em função de diferentes substratos. São Cristóvão, UFS, 2013............................................................................................................................

50

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iv

RESUMO FEITOSA, Rosana Barroso. Fenologia, adubação orgânica e micropropagação de

acessos de sambacaitá (Hyptis pectinata L. Poit). São Cristóvão: UFS, 2013. 59p.

(Dissertação – Mestrado em Biotecnologia de Recursos Naturais).

As plantas medicinais vêm sendo amplamente utilizadas nas últimas décadas com finalidades terapêuticas, impulsionadas pelo alto custo dos produtos farmacêuticos industrializados. Dentre a grande diversidade de plantas medicinais existentes no Brasil, está o sambacaitá ou canudinho (Hyptis pectinata L. Poit), que se destaca por sua ampla utilização nos tratamentos de infecções bacterianas, dores e inflamações. O intenso extrativismo das plantas medicinais tem feito diversas espécies entrarem em extinção. Por isso é necessário o entendimento dos mecanismos das plantas para a adequação de técnicas de cultivo e de propagação vegetativa que visem à sustentabilidade e a produção em larga escala. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo, realizar o estudo fenológico, avaliar a influência de doses de esterco bovino e alturas de corte e estabelecer um protocolo de micropropagação de H. pectinata. Para o estudo da fenologia foram feitas avaliações semanais em plantas com e sem irrigação. Para avaliar a influência de doses de esterco bovino e alturas de corte, o experimento foi montado em blocos casualizados, usando esquema de parcelas subdivididas, colocando-se nas parcelas as doses de esterco, e nas subparcelas, as alturas de cortes da planta. Nos ensaios de micropropagação foram testados diferentes concentrações de reguladores de crescimento. Por fim, para o ensaio de aclimatização foram testados diferentes substratos contendo pó de coco e/ou vermiculita. Para as condições do Estado de Sergipe observou-se que o início da floração das plantas de H. pectinata, ocorre no final de julho, na estação chuvosa, que no início de outubro ocorra à dispersão das sementes, a partir de final de outubro as plantas entram em senescência. Notou-se que a H. pectinata é uma planta anual. H. pectinata suporta três colheitas e o corte a 20 cm do solo resultou em melhor rebrota. A adubação orgânica não é fator limitante para o cultivo de H. pectinata. Os acessos SAM-016, SAM-017 e SAM-018 de H.pectinata pode ser micropropagado em 50% dos sais do MS na ausência de regulador de crescimento. A aclimatização das mudas micropropagadas pode ser realizada no substrato pó de coco + 1g.L-1 de calcário + sais do MS. Palavras-chave: Fenologia; adubação; cultura de tecidos; reguladores de crescimento; substratos.

Orientadora: Profa. Dra. Mária de Fátima Arrigoni Blank- Universidade Federal de Sergipe

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ABSTRACT FEITOSA, Rosana Barroso. Phenology, organic fertilizer and micropropagation of accessions from sambacaitá (Hyptis pectinata L. Poit). São Cristóvão: UFS, 2013. 59p. (Dissertação – Mestrado em Biotecnologia de Recursos Naturais). The medicinal plants have been widely used in recent decades for therapeutic, driven by the high cost of industrialized pharmaceutical products. Among the great diversity of medicinal plants found in Brazil, is the "sambacaitá" or "canudinho" (Hyptis pectinata L. Poit), which stands out for its wide use in the treatment of bacterial infections, pain and inflammation. The intense extraction of medicinal plants has made several species enter in extinction. Therefore it is necessary to understand the mechanisms of plants for adaptation of cultivation techniques and vegetative propagating that aim sustainability and large scale production. In this context, the aim of this work was to realize a phenologic study to evaluate the influence of cattle manure and cutting heights and establish a protocol for micropropagation of H. pectinata. For the phenology study we realized evaluations weekly on plants with and without irrigation. To evaluate the influence of cattle manure and cutting heights, the experiment was arranged in a randomized block design, using split plot scheme, placing cattle manure doses in the plots and cutting heights of plants in the in the split plots. In the micropropagation assays we tested different concentrations of growth regulators. Finally, for the acclimatization assay we tested different substrates containing coconut coir and / or vermiculite. For the conditions of the Sergipe State it was observed that the beginning of flowering of H. pectinata plants occurs in late July, that is the rainy season, that in early October occurs the seed dispersion and from late October the plants enter in senescence. It is noted that H. pectinata is an annual plant. H. pectinata supports three harvests and cutting at 20 cm from the ground resulted in better regrowth. The organic manure is not a limiting factor for the growth of H. pectinata. The accessions SAM-016, SAM-017 and SAM-018 of H. pectinata can be micropropagated in medium containing 50% of MS salts without using growth regulators. The acclimatization of plantlets can be performed in coconut coir substrate + 1g.L-1 of lime stone + MS salts. Keywords: Phenology, fertilization, tissue culture, plant growth regulators, substrates.

Guidance: Profa. Dra. Mária de Fátima Arrigoni Blank- Federal University of Sergipe

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1

1. INTRODUÇÃO

As plantas medicinais e aromáticas tem tido relevante importância no tratamento das

enfermidades desde a antiguidade, e a sua utilização pelas diferentes classes sociais vem

tomando forte impulso nas últimas décadas aliada ao modelo naturalista na busca por

melhores condições de vida, mas principalmente pelos menos favorecidos que prevalecem

nos países subdesenvolvidos, onde muitas das vezes se apresentam como a única opção

na cura das doenças.

Uma espécie medicinal e aromática bastante utilizada no Nordeste brasileiro,

principalmente nos Estados de Alagoas e Sergipe, é a Hyptis pectinata L. Poit, também

conhecida popularmente por canudinho ou sambacaitá, que é utilizada nos tratamentos de

inflamações, infecções, dores, cicatrização de feridas, distúrbios gástricos, dentre outros

(BISPO et al., 2001).

Com a grande utilização e o intenso extrativismo aleatório das plantas medicinais e

aromáticas tem-se uma perda acelerada do material genético de populações nativas e

consequentemente da sua variabilidade genética. Com isso, faz-se necessário o

entendimento a cerca dos mecanismos de sobrevivência dos vegetais que possibilite o

desenvolvimento de adequadas técnicas de cultivo para o uso sustentável das espécies.

A fenologia é definida como o estudo do ritmo sazonal e dos eventos biológicos

periódicos, e suas causas de ocorrência relacionadas aos fatores bióticos e abióticos do

meio (FOURNIER, 1974). Dessa forma, o estudo das fases fenológicas vem como uma

importante ferramenta nessa busca pela sustentabilidade, possibilitando o entendimento a

cerca dos mecanismos de regeneração e reprodução das plantas no ecossistema e as

interações planta-animal (SCHAIK et al., 1993), e assim, o estabelecimento de técnicas que

possibilitem a manutenção e perpetuação das espécies vegetais.

A adubação está entre uma das técnicas essenciais para o sucesso da produção

agrícola, uma vez que a maioria dos solos não possuem todos os nutrientes necessários

para um desenvolvimento adequado das plantas. Neste sentido, a utilização de produtos

orgânicos como fonte de nutrientes para as plantas tem sido amplamente adotada por

apresentar uma ótima relação custo-benefício, ser uma alternativa no aproveitamento dos

resíduos produzidos na própria propriedade rural, além de melhorar as qualidades físicas,

químicas e biológicas do solo.

Técnicas como altura e intervalo de corte das plantas também influenciam

diretamente para um bom desenvolvimento da cultura, onde em inúmeros casos o vigor da

rebrota tem sido afetado devido a falta de atenção para essas condições, devendo-se

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sempre estar atento ao momento mais adequado para o corte para que se possa obter uma

maior produção (COSTA et al., 2006).

Outro fator muito importante para a garantia da perpetuação das espécies vegetais é

o conhecimento sobre os variados métodos de propagação. Dentre estes, a

micropropagação caracteriza-se como uma vantajosa alternativa aos processos

convencionais, permitindo a obtenção de mudas clones em larga escala a partir de

pequenos segmentos vegetais (explantes) mantendo a planta doadora íntegra, em espaço e

tempo reduzidos e com um alto grau de qualidade.

Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi realizar o estudo fenológico, avaliar a

influência de doses de esterco bovino e alturas de corte da planta e estabelecer protocolos

de micropropagação de Hyptis pectinata.

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3

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Botânica, origem e usos

A utilização das plantas medicinais e aromáticas nos tratamentos das enfermidades

surgiu desde os primórdios da humanidade, onde apesar da não existência do

conhecimento a cerca dos constituintes químicos dos vegetais, repassavam os efeitos

medicinais de diversos produtos naturais através das informações populares oriundas das

observações feitas a partir da sua utilização (LÓPEZ, 2006). Desde então, os extratos

vegetais vêm sendo amplamente utilizados com finalidades terapêuticas, impulsionadas pelo

alto custo dos produtos farmacêuticos industrializados. Sendo assim, uma ótima alternativa

para a promoção das condições da qualidade de vida, principalmente para as classes

menos favorecidas, em um país como o Brasil com tanta desigualdade social onde muitas

das vezes se apresentam como a única opção na cura das enfermidades para as famílias

mais carentes (DUTRA, 2009).

O gênero Hyptis faz parte dessa imensa diversidade de plantas medicinais e

aromáticas existentes no mundo. Pertencente à família Lamiaceae, é composto por cerca de

400 espécies distribuídas pelas Américas, África e Índia Ocidental, e Oceania (SANTOS et

al., 2008). Possui predominância em óleos essenciais com propriedades terapêuticas, sendo

bastante utilizado pelas comunidades na medicina popular (OLIVEIRA et al., 2011).

Propriedades antiulcerogênica, citotóxica (OLIVEIRA et al., 2004), inseticida (COSTA et al.,

2005), anti-inflamatória, anestésica, antiespasmódica (BOTREL et al., 2010) tem sido

demonstradas em estudos com esse gênero.

Dentre as espécies que se destacam nesse gênero está a Hyptis pectinata,

conhecida popularmente como “sambacaitá” ou “canudinho”, uma planta medicinal muito

utilizada no Nordeste brasileiro devido as suas propriedades terapêuticas (RAYMUNDO et

al., 2011). São plantas herbáceas ou subarbustivas com caule quadrangular, folhas opostas

e altura entre 1- 2 metros. Suas flores são pequenas e unidas em inflorescências densas

(BASÍLIO et al., 2006). Possui ciclo anual e são encontradas espontaneamente (LORENZI &

MATTOS, 2002). Caracteriza-se como uma das principais espécies medicinais

comercializadas nas feiras livres dos Estados de Sergipe e Alagoas (BLANK et al., 2011). É

bastante utilizada como fitoterápico no Estado de Sergipe nos tratamentos de infecções

bacterianas, dores e inflamações (BISPO et al., 2001). Suas inflorescências secas são

utilizadas como cigarro contra dores de dente e cabeça, e contra amenorréias e

dismenorréias sob infusão (BASÍLIO et. al., 2006).

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Estudos constataram efeito antinociceptivo (BISPO et al., 2001; LISBOA et al., 2006)

e antiedematogênico (BISPO et al., 2001)a partir do extrato aquoso de suas folhas, além de

propriedade antimicrobiana (SANTOS, et al., 2008; NASCIMENTO et al., 2008) e

antinociceptiva presente em seu óleo essencial (ARRIGONI-BLANK et al., 2008).

2.2. Fenologia

Com a grande utilização das plantas medicinais ao longo dos tempos como

alternativa de prevenção ou na cura das doenças, diversas espécies vegetais tem sido

ameaçadas de extinção devido à falta de orientação da população sobre o limite das

coletas, do entendimento das práticas de manejo e da consciência para manutenção ou

reposição das diferentes espécies.

Um outro fator que contribui para o intenso extrativismo feito de forma aleatória são

os benefícios monetários atrelados a comercialização da matéria-prima para uso local ou

para as indústrias de forma não sustentável por vários setores da sociedade (GOMES et al.,

2005). Assim, para que o cultivo e a exploração das plantas medicinais sejam feitas de

forma sustentável, é necessário o conhecimento sobre suas fases de desenvolvimento no

ecossistema, permitindo assim, a domesticação das espécies e consequentemente a

perpetuação e manutenção da flora nos seus habitats naturais.

A palavra fenologia é originária do grego “phaino” e significa mostrar ou aparecer

(RANTHCKE & LACEY,1985). Assim, a fenologia é uma ciência que busca o entendimento

dos acontecimentos a cerca dos eventos biológicos periódicos, suas causas relacionadas

aos diferentes fatores bióticos e abióticos e a sua interrelação entre as suas fases (PRIMAK,

1985; MORELLATO et al., 1989; ANDREIS et al., 2005). Dentre os fatores bióticos que

influenciam nos estágios fenológicos estão a polinização, patógenos e herbivoria (SCHAIK

et al. 1993; FENNER, 1998), além dos fatores abióticos, como disponibilidade de luz e de

nutrientes, temperatura e precipitação (MORELLATO et al., 2000), entre outros.

O conhecimento fenológico apresenta finalidades práticas e teóricas importantes para

o esclarecimento de um determinado ecossistema, bem como para sua conservação,

através do conhecimento da época de oferta dos recursos vegetais e de que forma se

apresentam esses recursos, além de auxiliar na compreensão das estratégias que as

plantas dispõem para sobreviver em ambientes pobres de nutrientes (BIONDI et al., 2007).

Dessa forma, os estudos fenológicos vem como uma importante ferramenta para o

adequado manejo e conservação das espécies vegetais, possibilitando o entendimento a

cerca dos mecanismos de reprodução e regeneração das plantas (MORELLATO 2003;

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5

BIONDI et al., 2007), além de apontar suas repostas em conseqüência das condições

climáticas e edáficas do ambiente (FOURNIER, 1974).

Sendo assim, é possível avaliar a disponibilidade de recursos durante toda extensão

do ano (MORELLATO, 1995), e aplicar tal conhecimento em diferentes áreas de atuação,

como por exemplo, estabelecer épocas ideais para coleta de sementes que influenciará na

qualidade e quantidade da dispersão das mesmas (MARIOT et al., 2003), prever o período

do ciclo reprodutivo dos vegetais (FOURNIER, 1974; NEGRELLE & MURARO, 2006),

dentre outros. Segundo RATHCKE & LACEY (1985), os dados fenológicos devem ser os

primeiros a serem obtidos para o desenvolvimento das técnicas de cultivo.

A relevância do estudo da fenologia de plantas medicinais e aromáticas tem sido

evidenciada em trabalho realizado por Carvalho Júnior et al. (2011), onde os efeitos

fenológicos de alecrim-pimenta foram avaliados em área de Cerrado. Também os estudos

de Coelho & Spiller (2008), com nó-de-cachorro (Heteropterys afrodisíaca); Santos et al.

(2009), com dedaleiro (Lafoensia pacari A.St.-Hil); Mazza et al. (2011), com espinheira santa

(Maytenus ilicifolia) fazem parte dos trabalhos que fornecem informações fenológicas de

plantas medicinais.

Em meio ao cenário climático global faz-se necessário tentar entender e descobrir

como os vegetais se comportam e se adaptam às constantes variações do clima, uma vez

que, as plantas possuem ritmos fenológicos próprios que podem ser ativados ou

desativados a depender das condições climáticas a que estão submetidas (ELZINGA et al.,

2007). Portanto, as informações fenológicas são fundamentais por apresentarem as

relações entre a espécie e o ambiente, além de fornecerem base para o adequado sistema

de manejo no campo contribuindo para a exploração eficiente e sustentável dos recursos

oferecidos pela natureza (MARIOT et al., 2003).

2.3. Técnicas de cultivo

O desenvolvimento adequado de uma cultura não depende apenas dos fatores

climáticos e das características físico-químicas do solo, mas também de um manejo

fitotécnico favorável para uma produção quantitativa e qualitativa da biomassa vegetal.

Dentre as técnicas de manejo, a adubação é uma das práticas agronômicas mais

executadas (CHAGAS et al., 2011).

A adubação é feita em decorrência da necessidade do fornecimento de nutrientes

para as plantas, uma vez que, a maioria dos solos são pobres e incapazes de fornecer todos

os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento do vegetal (GONÇALVES, 1995).

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6

Por isso, o suprimento adequado de nutrientes é essencial para que se obtenha sucesso na

produção agrícola, no entanto, o excesso ou a deficiência desses, pode inibir a quantidade

de biomassa e princípio ativo produzido pela cultura (VALMORBIDA & BOARO, 2007;

COSTA et al., 2008), devendo-se sempre estar atento as variações nos níveis ideais de

adubação de acordo com as diferentes espécies.

Os fertilizantes minerais vem sendo utilizados intensamente no processo de

adubação do solo por apresentar vantagem como a eficiente resposta das plantas em

virtude do suprimento imediato dos nutrientes necessários. No entanto, algumas

desvantagens como alto custo e efeitos negativos sobre a vida microbiana e as

caracteristicas físico-químicas do solo, são apontadas quando na utilização dos adubos

minerais (CARVALHO JÚNIOR, 2006). Dessa forma, os adubos orgânicos vem sendo

utilizados como uma alternativa no processo de adubação por apresentarem geralmente um

menor custo, permitir o fornecimento adequado dos nutrientes e proporcionar benefícios

físico-químicos e microbiológicos para o solo (CORRÊA et al., 2010), o que contribui para o

crescimento e desenvolvimento adequado das plantas devido a maior capacidade de

circulação e infiltração de água e nutrientes, além de proporcionar uma maior capacidade de

troca catiônica (BUSATO et al.,2009).

Apesar da liberação dos nutrientes a partir dos resíduos orgânicos ser mais lenta

quando comparado ao dos minerais, ela é realizada de forma constante e se apresenta

como uma vantagem, uma vez que, se disponibilizado de forma imediata como os químicos,

poderiam ser perdidos por lixiviação ou volatização (SEVERINO et al., 2004). As

características químicas e do pH do meio onde se encontra o material orgânico, além da

facilidade de se decompor, são fatores determinantes para velocidade de decomposição do

material e a consequente liberação dos nutrientes, assim como para a determinação do

período de disposição dos resíduos no solo (SOUTO et al., 2005).

Uma prática constante na adubação orgânica é a utilização de resíduos orgânicos

produzidos na própria unidade rural (SEVERINO et al., 2004) por ser um método eficiente

para reciclagem dos mesmos e economicamente mais viável (OLIVEIRA JÚNIOR, et al.,

2009). Dentre os resíduos produzidos, os estercos são bastante utilizados devido a sua

composição, disponibilidade e benefícios gerados através da sua utilização (MATA et al.,

2010). A eficiência do esterco é dada em consequência da sua origem e do seu grau de

decomposição e das dosagens utilizadas (SILVA et al., 2005).

O emprego dos estercos bovinos tem trazido benefícios para a produção agrícola

como, a melhoria nas condições físicas do solo e disponibilidade de nutrientes, maior teor de

matéria orgânica, maior capacidade de infiltração e retenção de água e maior capacidade de

troca catiônica (HOFFMAN, 2001). Seu uso é aconselhável tanto para os pequenos quanto

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para os grandes produtores, desde que se tenha disponibilidade do resíduo e mão de obra

para a sua utilização (REINA et al., 2010). Entretanto, como todo adubo, o esterco deve ser

adicionado em quantidades adequadas afim de suprir as necessidades nutricionais das

plantas, pois quando aplicado em excesso pode provocar a salinização do solo, o

desequilíbrio nutricional (FREITAS, 2012), a contaminação da água da superfície e dos

lençóis freáticos (SEIFFERT, 2000), afetando negativamente as plantas, microrganismos e o

próprio homem.

A quantidade de matéria orgânica a ser aplicada geralmente sofre variação entre as

diferentes espécies. Assim, é essencial o estudo dos níveis adequados de esterco a ser

utilizada para se alcançar uma boa produtividade para os diferentes cultivos. Em hortelã-

japonesa (Mentha arvensis), a aplicação de 10 kg m-2 de adubação orgânica resultou em

uma maior produção de biomassa e teor de óleo essencial (CHAGAS et al., 2011). Em

bamburral (Hyptis suaveolens L. Poit.), Maia et al. (2008) evidenciaram o efeito positivo da

adubação orgânica sobre altura de planta, diâmetro do caule, número de ramos e massa

seca de folha, ramos e raízes, com exceção do esterco bovino. O aumento dos níveis de

esterco bovino favoreceu progressivamente todos os parâmetros avaliados (altura das

plantas, número de folhas e ramos principais, matéria fresca e seca das folhas) em

quimiotipos de erva-cidreira (Melissa oficinalis) (OLIVEIRA et al., 2010).

Vários outros trabalhos tem demonstrado que a utilização de adubos orgânicos

favorecem a produção de biomassa e/ou dos seus princípios ativos como pode ser

evidenciado nas pesquisas com orégano (Origanum vulgare) (CORRÊA et al., 2010),

palmarosa (Cymbopogon martinii) (RAJESWARA RAO, 2001) e erva-cidreira-brasileira

(Lippia alba (Mill) N. E. Brown.) (SANTOS et al., 2009).

A intensa utilização das plantas medicinais e aromáticas, e a sua frequente colheita

desordenada leva a um processo destrutivo das espécies. Dessa forma, técnicas que

influenciam na manutenção do bom desenvolvimento da planta e de suas características

são o conhecimento da altura e do intervalo de corte das mesmas, que tem afetado em

inúmeros casos a manutenção do vigor de rebrota devido à falta de conhecimento. De

acordo com Scheffer-Basso et al. (2008), quando o corte da planta é feito mais rente ao solo

mantendo pouco resíduo vegetal e consequentemente menor área fotossintética e menor

número de gemas axilares, pode haver uma redução no vigor da planta a depender da

espécie. Alexandrino et al. (2005), afirma que cortes em curto intervalo de tempo diminuem

as reservas nutricionais das plantas e afetam drasticamente o vigor das rebrotas, devendo-

se encontrar um tempo mais adequado para uma melhor produtividade.

Em erva-cidreira brasileira (Lippia alba Mill N. E. Brown), visando determinar a

influência da altura de corte (15, 30 e 45 cm do solo) em relação à produção de biomasssa e

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rendimento do óleo essencial, verificou que dentre as diferentes alturas, o corte a 45 cm do

solo proporcionou a produção de uma maior biomassa foliar, e os cortes 30 e 45 cm, não

diferiram estatisticamente para a variável rendimento do óleo essencial (SANTOS et al.,

2004).

Blank et al. (2005), trabalhando com melissa, concluiu que o corte mais baixo (5 cm

do nível do solo) reduziu o índice de sobrevivência, porém não influenciou na massa seca

de folhas por planta, e que o intervalo de corte dessa espécie pode ser de 11 semanas.

Assim, para se alcançar o sucesso do cultivo é essencial o conhecimento e o

desenvolvimento de diferentes técnicas, levando em consideração a grande pluralidade de

espécies vegetais existentes no mundo e as diferentes condições edafoclimáticas.

2.4. Propagação in vitro

A produção de mudas através da propagação in vitro permite a obtenção de plantas

por via assexuada a partir de um tecido vegetal (explante) mantido em meio de cultura e

ambiente asséptico sob iluminação e temperatura controladas (VARSHNEY & ANIS, 2012).

Essa técnica está baseada no princípio da totipotência celular, a qual permite a formação de

uma planta inteira a partir de uma única célula vegetal, desde que esteja em condições

favoráveis para sua divisão e diferenciação (FLORES, 2006).

Altas taxas de multiplicação, rapidez na obtenção de mudas, controle das condições

de cultivo, propágulos livres de doenças e pragas, necessidade de espaço reduzido e

propagação continuada ao longo do ano com fidelidade genética são algumas das

vantagens proporcionadas através da multiplicação in vitro (FIGUEIREDO & TAKITA, 2004).

Dessa forma, genótipos elites podem ser multiplicados possibilitando a manutenção de

características desejadas geradas através de um programa de melhoramento genético

(ARIKAT et al., 2004).

Para o sucesso da regeneração da cultura in vitro são necessários ajustes de

protocolo para fatores que influenciam diretamente no processo de desenvolvimento da

planta durante a propagação, como por exemplo, a adequada seleção do material a ser

utilizado como explante. Assim, geralmente este é escolhido pela maior dimensão de tecido

meristemático, por exibir maior capacidade de manifestar a totipotencialidade (KIELSE et al.,

2009). Uma maior porcentagem de regeneração in vitro de erva de São João Alpine

(Hypericum richeri) e Hypericum umbellatum foi obtida a partir da utilização do segmento

nodal como explante (COSTE et al., 2012). Em pimenta do reino (Piper longum), utilizando

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segmento nodal, internodal e peciolar como fonte de explantes, uma maior regeneração das

plantas in vitro foi obtida a partir do explante peciolar (RANI & DANTU, 2011).

Uma outra etapa importante a ser superada durante a micropropagação é o processo

de desinfestação dos explantes, sendo responsável pela eliminação superficial de

microrganismos antes de sua inoculação no meio nutritivo. Essa etapa deve ser feita em

condições assépticas, utilizando-se câmara de fluxo laminar e agentes assépticos (SOUZA

& JUNGHANS, 2006). Nogueira et al. (2010) obtiveram um menor índice de contaminação

em guiné (Petiveria alliacea L) utilizando hipoclorito de sódio (NaClO) na concentração de

0,6%. Em Eucalyptus dunnii um menor índice de contaminação foi obtido utilizando

hipoclorito de sódio na concentração de 2,0% (ALMEIDA et al., 2008). Altas taxas de

contaminação são obtidas quando se utiliza plantas matrizes doadoras de explantes

oriundas diretamente do campo. Assim, para um melhor controle dos microrganismos, as

plantas matrizes devem ser mantidas em casas de vegetação sob rigoroso controle

fitossanitário evitando a exposição a diversos fatores ambientais e as pragas que podem

causar ferimentos que facilitam a entrada de microrganismos.

A oxidação também representa um fator limitante para o sucesso da técnica, sendo

caracterizada pelo escurecimento do explante e do meio de cultura, geralmente estimulados

por danos físicos causados no momento da excisão do material vegetal (MANCHANDA &

GOSAL, 2012). Essa oxidação ocorre devido à liberação de compostos fenólicos in vitro, os

quais geralmente inibem o desenvolvimento dos explantes podendo causar a morte dos

mesmos a partir da produção de substâncias tóxicas oriundas da oxidação de tais

compostos pelas enzimas polifenases (COSTA et al., 2006). A utilização de antioxidantes no

meio de cultura e a redução de danos físicos e químicos são alternativas para o controle da

oxidação dos explantes. Dentre os vários antioxidantes utilizados, o carvão ativado vem

sendo bastante inserido com sucesso aos meios de cultura para reduzir ou eliminar os

compostos indesejáveis resultantes da oxidação por apresenta cargas residuais com

capacidade de adsorção de substâncias fenólicas ou seus produtos da oxidação (OLIVEIRA,

2010).

Apesar de algumas etapas já terem sido citadas acima como fatores determinantes

para o sucesso da micropropagação, o ajuste de um protocolo eficiente que possa suprir

todas as necessidades da planta a ser propagada é a grande barreira desse método

biotecnológico. As condições in vitro, tais como temperatura, irradiância e umidade, bem

como o meio nutritivo composto por micro e macronutrientes, fonte de carbono, vitaminas e

os reguladores de crescimento são decisivos para manutenção da morfogênese vegetal

(MOHAMED & ALSADON, 2011).

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2.4.1. Reguladores de crescimento

Alguns tecidos vegetais sintetizam adequadamente seus níveis de fitohormônios

necessários para um bom desenvolvimento in vitro, mas outros dependem da adição de

reguladores junto ao meio de cultura. O crescimento e a morfogênese de células e tecidos in

vitro são regulados através da interação entre os reguladores adicionados no meio e os

fitohormônios produzidos de forma endógena (CENTENO et al., 2003).

Fitohormônios são um grupo de substâncias orgânicas produzidas nas plantas em

concentrações extremamente baixas, as quais são responsáveis pela regulação de diversos

processos fisiológicos associados com o crescimento e desenvolvimento das mesmas (BAI,

2012). Já os reguladores de crescimento vegetais, são substâncias sintéticas que quando

aplicadas exógenamente desempenham funções similares aos grupos de hormônios

vegetais ou que podem inibir a síntese desses hormônios, regulando o crescimento da

planta (ALBURQUEQUE, 2008). Auxinas, citocininas, giberelinas, etileno e ácido abscísico,

estão entre os reguladores de crescimento que desempenham importantes funções quando

adicionados ao meio de cultura (TERMIGNONI, 2005). A utilização desses reguladores de

crescimento, isolados ou em combinação, visa a manifestação de um rápido crescimento de

células e um conseqüente desenvolvimento organizado de raízes e da parte aérea (DINIZ,

2006).

As auxinas e as citocininas são os reguladores de crescimento mais utilizados na

propagação in vitro. Apesar de nem sempre serem necessárias no meio de cultura, as

auxinas são adicionadas com o objetivo de estimular o crescimento da parte aérea por meio

da expansão e do alongamento celular e induzir raízes adventícias (POZO et al., 2005). As

citocininas estão associadas à quebra da dominância apical e indução de proliferação de

gemas axilares (NISHIMURA et al., 2004). O balanço auxina/citocinina é essencial para o

processo de morfogênese, onde ambos hormônios participam da regulação do ciclo celular,

sendo as auxinas responsáveis pelo controle da replicação do DNA e as citocininas pela

mitose (TAGLIENTI, 2011).

A concentração de cada regulador de crescimento no meio induz a diferentes efeitos

fisiológicos, sendo que cada parte da planta tem uma resposta diferenciada às alterações

das concentrações de auxinas e citocininas (POZO et al., 2005). Em salvia resistente (Salvia

nemerosa L.), utilizando o ápice caulinar como explante, o meio MS suplementado com 2,0

mg.L-1 de BAP e 0,5 mg.L-1 de AIA promoveu uma maior multiplicação de brotos, no entanto,

quando utilizada a lâmina foliar como material vegetal, um maior número de brotações foi

obtido em meio MS acrescido de 0,2 mg.L-1 de BAP e 0,5 mg.L-1 de AIA (SKALA, 2004).

Para Salvia fruticosa Mill, uma maior multiplicação de brotos utilizando tecido apical foi

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obtida em meio MS suplementado apenas com aproximadamente 0,2 mg.L-1 de BAP

(ARIKAT et al., 2004).

Embora protocolos para propagação in vitro de várias espécies já tenham sido

estabelecidos, deve-se sempre estar atento a possíveis modificações, uma vez que,

espécies e até genótipos dentro de uma mesma espécie, podem ter comportamento

diferenciado na propagação.

2.4.2. Aclimatização

A aclimatização caracteriza-se como uma etapa final no processo de propagação in

vitro, sendo considerada uma adaptação inicial das mudas produzidas em casa de

vegetação sob condições mais controladas que no ambiente natural, a fim de minimizar o

estresse causado pela modificação brusca de ambientes que pode causar a morte da

planta, para posterior implantação em campo. O grande obstáculo no processo de

transferência das plantas produzidas in vitro para o campo está relacionado à diferença

entre as duas condições, uma vez que, a cultura foi mantida em meio rico em nutrientes,

fonte de carbono e vitaminas que lhes proporcionaram um crescimento em condição

heterotrófica, diferente do campo, onde se faz necessário uma mudança do seu

metabolismo para condição autotrófica (HAZARIKA, 2006).

Outra grande limitação para o processo de transferência das mudas para o campo é

o estresse hídrico, uma das principais causas de mortalidade das plantas micropropagadas,

uma vez que, ocorrem modificações morfofisiológicas nas plantas in vitro onde há um menor

desenvolvimento dos estômatos o que dificulta o controle da perda excessiva de água

quando estas são submetidas às condições de campo onde se tem uma maior taxa de

evaporação (YOKOTA et al., 2007).

Muitas espécies vem sendo multiplicadas através da propagação in vitro, no entanto,

o sucesso final da técnica depende da capacidade de transferência das culturas para o

campo, onde se faz necessário o ajuste de um protocolo de aclimatização.

A escolha adequada do substrato a ser utilizado para adaptação inicial das plantas

vai influenciar diretamente no bom desenvolvimento da muda e consequentemente no

sucesso da aclimatização (COUTO et al., 2003; SHREBSKY et al., 2006). Dessa forma, o

substrato a ser utilizado deve possuir boas características físico-químicas que permita a

manutenção mecânica do sistema radicular e as trocas gasosas entre as raízes e o meio

ambiente, a estabilidade da planta e o suprimento adequado de água e nutrientes (FREITAS

et al., 2011).

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Além da eficiência do substrato, outros fatores como disponibilidade e custo devem

ser levado em consideração para a escolha do mesmo. A determinação e a disponibilização

de substratos alternativos encontrados em abundância nas diferentes regiões do país é de

extrema importância, pois além de reduzir os custos da produção, seria uma alternativa para

minimizar os problemas econômicos e ambientais através da comercialização desses

materiais que até então não eram aproveitados para a produção (CARRIJO et al., 2002;

SILVEIRA et al., 2002; MOREIRA et al., 2010).

O pó de coco é um resíduo orgânico de baixo valor comercial produzido em

abundância pelas agroindústrias da região nordeste do Brasil (SILVEIRA, 2002). É

considerado um substrato de boas características físicas, como alta porosidade e retenção

de umidade, longa durabilidade sem alteração de suas características físicas e praticamente

inerte (CARRIJO et al., 2002). Como não possui todos os nutrientes essenciais para as

plantas, deve ser utilizado em combinação com adubos (CARRIJO et al., 2002) ou soluções

nutritivas (CAÑIZARES et al., 2002).

A vermiculita é bastante utilizada para aclimatização por ser considerado um

substrato com características bastante satisfatórias devido a elevada porosidade, baixa

densidade e boa capacidade de absorção e retenção de água (GONÇALVES & MINAMI,

1995).

Na aclimatização de mudas micropropagadas de genótipos de hortelã japonesa

(Mentha arvensis) e patchouli (Pogostemon cablin (Blanco) Benth), altas taxas de

sobrevivência foram obtidas em diferentes tratamentos compostos por vermiculita e/ou pó

de coco (ARRIGONI-BLANK, 2011; ARRIGONI-BLANK et al., 2011).

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4. CAPÍTULO 1 FENOLOGIA, NÍVEIS DE ESTERCO BOVINO E ALTURA DE CORTE EM SAMBACAITÁ (Hyptis pectinata L. Poit) RESUMO

A espécie Hyptis pectinata L. Poit (Lamiaceae), é de ocorrência na América, Oeste Africano e Oeste Indiano. Em Sergipe, ela cresce naturalmente em estradas e em volta de matas, é uma planta medicinal de grande uso no Estado e conhecida como sambacaitá ou canudinho. O objetivo do presente trabalho foi realizar o estudo fenológico de H. pectinata e avaliar a influência de doses de esterco bovino e alturas de corte na produção de biomassa e óleo essencial. Para as condições do Estado de Sergipe observou-se que o início da floração das plantas de H. pectinata, ocorre no final de julho na estação chuvosa, no início de outubro ocorre à dispersão das sementes e a partir do final de outubro as plantas entram em senescência. Notou-se que a H. pectinata é uma planta anual. H. pectinata suporta três colheitas e o corte a 20 cm do solo resultou em melhor rebrota. A adubação orgânica não é fator limitante para o cultivo de H. pectinata. Palavras-chave: Lamiaceae; planta medicinal; cultivo; adubação orgânica.

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PHENOLOGY, LEVELS OF CATTLE MANURE AND CUTTING HEIGHT IN SAMBACAITÁ (Hyptis Pectinata L. Poit) ABSTRACT The species Hyptis pectinata L. Poit (Lamiaceae) occurs in America, West of Africa and India. In the Sergipe State it naturally occurs in roads and around forests. It is a medicinal plant of great use in this State and is known as “sambacaitá” or “canudinho”. The aim of this work was to study the phenology of H. pectinata and to evaluate the influence of cattle manure levels and cutting height on biomass and essential oil production. For the conditions of the Sergipe State it was observed that the beginning of flowering of H. pectinata plants occurs in late July, that is the rainy season, that in early October occurs the seed dispersion and from late October the plants enter in senescence. It is noted that H. pectinata is an annual plant. H. pectinata supports three harvests and cutting at 20 cm from the ground resulted in better regrowth. The application of cattle manure is not a limiting factor for H. pectinata cultivation. Keywords: Lamiaceae; medicinal plant; cultivation; organic fertilization.

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4.1. INTRODUÇÃO

O gênero Hyptis, pertencente à família Lamiaceae, é composta por cerca de400

espécies distribuídas pela Américas, África e Índia Ocidental, e Oceania (SANTOS et al.,

2008). Dentre as espécies, pode-se citar a H. pectinata, H. mutabilis, H. fructicosa

encontradas nos Tabuleiros Costeiros do Nordeste do Brasil.

No Estado de Sergipe, a H. pectinata é largamente utilizada pela população local

para tratamento de inflamações e infecções bacterianas, e a forma de se obter esta espécie

é o extrativismo. Suas principais atividades farmacológicas já estudadas refere-se às

atividades antinociceptiva (BISPO et al., 2001; LISBOA et al., 2006, ARRIGONI-BLANK, et

al., 2008), antiedematogênica (BISPO et al., 2001) e antimicrobiana (SANTOS, et al., 2008;

NASCIMENTO et al., 2008), validando assim o uso popular.

O termo fenologia é definido como o estudo do ritmo sazonal dos eventos do ciclo de

vida ou da atividade das plantas e animais em sua ocorrência anual, estando ligado ao

clima. Em plantas medicinais é um dos primeiros dados a ser obtido para o desenvolvimento

de técnicas de cultivo (RATHCKE e LACEY, 1985). Assim, Fournier (1974) afirma que a

informação fenológica deve ter caráter quantitativo e deve cobrir todo o período de

manifestação da característica, início, plenitude e declínio, sendo definida como o estudo da

ocorrência de eventos biológicos repetitivos e das causas de sua ocorrência em relação às

forças seletivas bióticas e abióticas.

Coelho e Spiller (2008), em avaliações fenológicas com nó-de-cachorro (Heteropterys

aphrodisiaca O.) verificaram o período de floração e fruticação da espécie, onde os dados

mostraram que as duas fases fenológicas ocorreram simultaneamente em ordem crescente

a partir do mês de Abril até o mês de Agosto. Informações como estas, são importantes para

embasar a coleta de frutos e sementes permitindo posteriores trabalhos experimentais

visando à identificação de fatores responsáveis pelas transições fenológicas. Além disso,

permitem que as coletas de amostras vegetais sejam feitas no momento correto para

diversos fins experimentais.

Uma importante fonte de nutrientes para os vegetais é a matéria orgânica, exercendo

importantes funções como o fornecimento de micronutrientes e correção de acidez,

melhorando as características físico-químicas e biológica do solo, contribuindo como uma

fonte de energia e de nutrientes para os organismos que participam do ciclo biológico

(PIRES et al., 2008).

Entre as várias espécies de plantas medicinais, observa-se diferenças quanto as

exigências nutricionais, algumas em maiores doses e outras menos exigentes. Para erva-

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cidreira (Lippia alba (Mill.) N.E. Brown), a adubação orgânica não influenciou

significativamente as produções de matéria seca foliar e de óleo essencial (SANTOS &

INNECCO, 2004). Em hortelã-japonesa (Mentha arvensis L.), a adubação orgânica com

esterco bovino aplicado tanto no plantio como em cobertura, afetaram de forma linear

positiva a produção de biomassa seca da parte aérea e o rendimento de óleo essencial

(CHAGAS et al., 2011). Para alecrim (Rosmarinus officinalis), um maior rendimento de

biomassa foi obtido com doses mais elevadas de adubo orgânico, porém o rendimento do

óleo essencial não foi influenciado significativamente pela adubação (ARASHIRO et al.,

2012).

As plantas frescas ou secas são comercializadas nos mercados populares no Estado de

Sergipe e para diminuir o extrativismo e garantir uma produção sustentável é necessário

gerar conhecimento que visa à domesticação da espécie. Sendo assim, o objetivo do

presente trabalho foi realizar o estudo fenológico de H. pectinata e avaliar a influência de

doses de esterco bovino e alturas de corte.

4.2. MATERIAL E MÉTODOS

Os acessos SAM-002 e SAM-004 utilizados foram depositados no Herbário da

Universidade Federal de Sergipe com os números 7454 e 7452, respectivamente. Os

experimentos foram realizados na Fazenda Experimental "Campus Rural da UFS",

localizado em São Cristóvão, Sergipe, Brasil.

O solo da área utilizada é do tipo argissolo vermelho-amarelo distrófico, de textura

franco-arenosa com as seguintes características químicas: pH 4,6; matéria orgânica 21,2 g

dm-3; 23,3 ppm de P; 34,9 ppm de K; 7,9 ppm de Na; 1,19 cmolc/dm3 de Ca; 1,51 cmolc/dm

-3 de Mg; 4,85 cmolc/dm-3 de CTC e 58,1 % V.

4.2.1. Estudo da fenologia de sambacaitá

Para estudo da fenologia de sambacaitá acesso SAM-004, foram semeadas em

substrato contendo solo + pó de coco + esterco, na proporção de 1:1:2, em bandejas com

72 células. As mudas foram levadas para o campo empregando-se adubação com 40.000

Kg.ha-1 de esterco bovino. Foram plantadas três linhas com 10 plantas, sendo que 5 plantas

de cada linha com irrigação por gotejamento e 5 plantas de cada linha sem irrigação diária,

totalizando 15 plantas por tratamento. O espaçamento utilizado foi de 1,0 x 1,0 m.

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Para este estudo, foi desenvolvida um ficha de informações, na qual foram anotados,

com periodicidade (semanal), os seguintes dados: altura da planta (m), diâmetro do terço

inferior maior, diâmetro do terço inferior menor, diâmetro do terço médio maior, diâmetro do

terço médio menor; inicio da floração (nº de plantas floridas), evolução da floração (duração

da floração / hábito de florescimento); início e evolução da maturação das sementes;

dispersão das sementes; inicio da duração da senescência/repouso vegetativo; início de

brotação. Os resultados obtidos foram lançados em gráficos, adaptados de Fournier (1974).

As informações foram coletadas no período de fevereiro de 2008 a abril de 2009.

4.2.2. Influência de doses de esterco bovino e alturas de corte

Utilizou-se neste experimento o acesso SAM-002 que apresentou em testes pré-

clínicos melhores propriedades analgésicas. O experimento foi implantado com irrigação,

em delineamento de blocos casualizados com três repetições, usando o esquema de

parcelas subdivididas, colocando-se nas parcelas as doses de esterco bovino nas

quantidades (0; 2 ; 4 e 6 L m-2 após cada corte) e nas subparcelas, as alturas de cortes da

planta (0; 5; 10 e 20 cm). Cada subparcela foi constituída por quatro linhas com cinco

plantas, usando-se o espaçamento de 0,60 m entre linhas e 0,50 m entre plantas. A parcela

útil constitui-se das seis plantas centrais.

Realizou-se o primeiro corte em Março/2008, o segundo em Junho/2008 e o terceiro

corte foi feito em Setembro/2008, não sendo possível realizar mais cortes, devido à baixa

taxa de rebrota e morte da maioria das plantas. As variáveis avaliadas após cada rebrota

foram: sobrevivência (%), peso de matéria seca (kg.ha-1) das folhas e caules. Os cortes

foram sempre realizados quando as plantas se encontravam no início da floração.

4.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.3.1. Estudo da fenologia de sambacaitá

Para as plantas de sambacaitá, sejam com ou sem irrigação, o início da floração

ocorreu no final de julho (estação chuvosa), mas as plantas com irrigação tiveram um maior

crescimento que as plantas sem irrigação durante essa fase, seguindo até a fase de plena

floração, onde as plantas cultivadas sem irrigação, tiveram um maior crescimento (Figura 1).

A partir da formação das sementes, observa-se uma estabilidade de crescimento das

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plantas, tanto com irrigação e sem irrigação. Quando inicia-se o processo de dispersão das

sementes, as plantas também entram em senescência. O ciclo vegetativo de sambacaitá,

nesse estudo, durou aproximadamente seis meses, tanto para o irrigado quanto o sem

irrigação, sua fase de floração até a fase de dispersão das sementes chegou a durar dois

meses, e a partir do nono mês iniciou-se a fase final (senescência).

Durante o ciclo vegetativo, a formação de ramos primários e secundários ocorreu de

forma acentuada durante o primeiro mês, não foram observadas diferenças entre os dois

sistemas (irrigado e de sequeiro) (Figura 2 A e B). No que diz respeito à formação de ramos

terciários e quaternários, a do terceiro mês de vida das plantas foi de forma bem acentuada

(Figura 2 C e D). No crescimento do terço médio das plantas, observa-se um

comportamento semelhante ao observado com o crescimento em altura, sendo que as

plantas irrigadas tiveram um maior crescimento em relação ao de sequeiro (Figura 3). Já

para o crescimento do terço inferior das plantas,observa-se um crescimento mais lento em

relação ao crescimento em altura e do terço médio, mas, estabilizando o crescimento junto

com a altura e diâmetro do terço inferior (Figura 4).

Figura 1. Crescimento médio em altura das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso

SAM-004. São Cristóvão, UFS, 2013.

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Figura 2. Números de ramos primários (A), secundários (B), terciários (C) e quaternários

(D) das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso SAM-004. São Cristóvão, UFS, 2013.

Figura 3. Diâmetro do terço médio das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso

SAM-004

(A) (B)

(C) (D)

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Figura 4. Diâmetro do terço inferior das plantas de sambacaitá (Hyptis pectinata) acesso

SAM-004. São Cristóvão, UFS, 2013.

4.3.2. Influência de doses de esterco bovino e alturas de corte

Para o primeiro corte, analisando o tratamento doses de esterco no que diz respeito à

sobrevivência e massa seca de folha, as doses de esterco não surtiram efeito significativo.

Em relação à massa seca de caule, estas surtiram efeito linear positivo à medida que a dose

de esterco foi aumentando, conferindo maiores taxas de massa seca de caule com 6 L.m-2

(Tabela 1). Em Lippia sidoides e Origanum vulgare L., a adubação orgânica com esterco

bovino influenciou significativamente a produção de biomassa (ASSIS et al., 2009; CORRÊA

et al., 2010).

Em relação à altura de corte, no que diz respeito à massa seca de caule, os

resultados estão representados por uma equação linear negativa à medida que a altura de

corte foi aumentada. Para as variáveis, sobrevivência e massa seca de folha, não foram

observadas diferenças significativas (Tabela 1).

Valores superiores foram obtidos em todas as variáveis analisadas no primeiro corte

em relação aos demais, fato este, que pode provavelmente estar relacionado ao intenso

vigor inicial de crescimento da espécie e a consecutiva diminuição dessa capacidade em

consequência das colheitas realizadas.

Para o segundo corte, nota-se que as doses de esterco empregadas, não surtiram efeitos

significativos nas variáveis sobrevivência e massa seca de folhas e caules para o segundo

corte (Tabela 1). Em Ocimum selloi Benth utilizando diferentes doses de esterco bovino na

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produção dessa espécie, verificou-se o efeito significativo da adubação com esterco na

altura de caule e produção de biomassa seca vegetal (COSTA et al., 2008).

Tabela 1. Médias de sobrevivência (%), massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtida nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, no primeiro, segundo e terceiro corte de plantas de sambacaitá. São Cristóvão, UFS, 2013.

Dose de Sobrevivência Massa seca (kg.ha-1

) Esterco (L.m

-2) (%) Folha Caule

--------------------------------------- Primeiro corte --------------------------------------- 0 100 486,87 884,04 2 100 689,84 1279,00 4 100 824,14 1747,91 6 100 779,10 1891,96

Equação (Y=) ns

ns 966,83+144,63X R

2=85,88*

--------------------------------------- Segundo corte --------------------------------------- 0 48,9 262,08 430,73 2 54,1 310,63 735,30 4 55,2 503,69 697,05 6 59,3 752,93 649,77

Equação (Y=) Ns ns Ns

--------------------------------------- Terceiro corte ---------------------------------------

0 55,2 160,76 245,84 2 65,6 200,45 310,78 4 57,2 163,80 245,14 6 52,1 143,10 239,23

Equação (Y=) ns ns ns

Altura de corte (cm)

--------------------------------------- Primeiro corte --------------------------------------- 0 100 678,84 1573,87 5 100 712,62 1474,93

10 100 686,19 1375,99 20 100 702,22 1178,12

Equação (Y=) ns

ns 1573,86-19,78X R

2=69,95*

--------------------------------------- Segundo corte ---------------------------------------

0 10,4 59,31 86,01 5 57,2 367,16 432,54

10 68,7 545,50 925,47 20 81,2 857,37 1068,83

Equação (Y=) 13,03+8,82X-0,27X2

R2=97,09**

120,07+38,54X R

2= 97,20**

195,95+49,40X R

2= 86,84*

--------------------------------------- Terceiro corte ---------------------------------------

0 11,4 22,91 34,72 5 55,2 157,67 248,62

10 82,3 228,21 378,12 20 81,2 259,30 379,53

Equação (Y=) 11,31+10,64X-0,357X2

R2 = 99,99**

70,59+11,02 R

2 = 80,22*

120,00+16,02X R

2 = 99,99**

* significativo a 5 %, ** significativo a 1%.

Com relação à altura de corte, no que diz respeito à sobrevivência das plantas, estas

podem ser representadas por uma equação quadrática, sendo o máximo de sobrevivência

(85,06 %) quando procedeu corte na altura de 16,33 cm (Tabela 1). Quanto à massa seca

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de folhas e caule, estas seguiram um comportamento linear positivo, à medida em que a

altura do corte das plantas foi aumentado, conferindo maiores taxas de massa seca com 20

cm (Tabela 1). De acordo com Scheffer-Basso et al. (2008), quando o corte da planta é feito

mais rente ao solo mantendo pouco resíduo vegetal e consequentemente menor área

fotossintética e menor número de gemas axilares, há uma redução no vigor da planta. Isso

sugere os bons resultados obtidos quando o corte foi feito mais distante do solo, mantendo

mais resíduo vegetal. Boa rebrota de sambacaitá cortado acima de 20 cm do solo também

foi observada por Silva-Mann et al. (2003), quando realizaram competição de genótipos.

Para o terceiro corte no tratamento doses de esterco, nota-se que as doses

empregadas não apresentaram efeitos significativos para o terceiro corte nas variáveis

sobrevivência e massa seca de folhas e caules, após o segundo corte, seguindo a mesma

resposta da primeira rebrota (Tabela 1). Em carqueja (Baccharis trimera (Less) DC.), na

ausência e sob diferentes doses de adubação orgânica e mineral (ureia e esterco), não

foram observadas diferenças significativas entre os diferentes tratamentos para acúmulo de

massa seca (PALÁCIO et al., 2007).

A sobrevivência das plantas, em relação à altura de corte, pode ser representada por

uma equação quadrática, sendo o máximo de sobrevivência obtida (87,40%) quando

procedeu corte na altura de 14,37 cm (Tabela 1). Quanto à massa seca de folhas e caule,

estas seguiram um comportamento linear positivo, à medida em que a altura do corte das

plantas foi aumentado, conferindo maiores taxas de massa seca com 20 cm.

Tabela 2. Média de massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtidas nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, na produção total de plantas de H. pectinata. São Cristóvão, UFS, 2013.

Dose de Massa seca (kg.ha-1)

esterco (L.m-2) Folha Caule

0 909,67 1775,26 2 1200,96 2117,87 4 1491,64 2460,48 6 1675,10 2803,08

Equação (Y=) 931,30+129,30X R2=98,97*

1775,30+171,30X R2=75,44*

Altura de corte (cm)

0 761,05 1575,22 5 1237,45 2293,72

10 1459,90 2711,85 20 1818,92 2575,92

Equação (Y=) 879,81+50,23X R2= 93,91**

1573,28+176,78X-6,33X2 R2= 99,99*

* significativo a 5 %, ** significativo a 1%.

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Analisando os tratamentos doses de esterco, no que diz respeito à massa seca total

de folha e caule, estes podem ser representadas por uma equação linear, sendo o máximo

de massa seca obtida quando se procedeu com uma dosagem de 6 L.m-2 (Tabela 2). Em

cidrão (Aloysia triphylla) e alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia DC.), foram

observados aumentos lineares para acúmulo de massa seca total em função da aplicação

de diferentes doses de adubo orgânico (BRANT et al., 2010; SANTOS et al., 2011).

Provavelmente uma maior disponibilidade de nutrientes a partir das doses mais elevadas de

esterco possibilitou uma maior produção total de massa seca.

A massa seca total de folha, em relação à altura de corte, seguiu um comportamento

linear positivo, à medida que a altura de corte das plantas foi aumentando, conferindo as

maiores taxas com 20 cm de altura. Em relação à massa seca de caule, esta pode ser

representada por uma equação quadrática, sendo o máximo de massa seca de caule obtida

(2807,52 kg.ha -1) quando se procedeu com uma altura de corte de 13,96 cm (Tabela 2).

Quando os cortes são feitos mais rente ao solo, há uma diminuição das reservas nutricionais

devido a uma menor área foliar restante e possivelmente uma redução da atividade

fotossintética prejudicando o desenvolvimento da planta (SILVA et al., 2011).

4.4. CONCLUSÕES

Para as condições do Estado de Sergipe, o início da floração das plantas de H.

pectinata, ocorre no final de julho (estação chuvosa), no início de outubro ocorre a dispersão

das sementes e a partir daí, as plantas entram em estado de senescência.

H. pectinata é uma planta anual, podendo ser realizados até dois cortes a 20 cm do

solo.

A adubação orgânica não é fator limitante para o cultivo de H. pectinata nas

condições edáficas estudada.

4.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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5. CAPÍTULO 2

MICROPROPAGAÇÃO DE ACESSOS DE Hyptis pectinata L. Poit

RESUMO

As plantas medicinais vêm sendo amplamente utilizadas nas últimas décadas com finalidades terapêuticas, impulsionadas pelo alto custo dos produtos farmacêuticos industrializados. Dentre a grande diversidade de plantas medicinais existentes no Brasil, está a sambacaitá (Hyptis pectinata L. Poit), que se destaca por sua ampla utilização nos tratamentos de infecções bacterianas, dores e inflamações. O intenso extrativismo das plantas medicinais tem feito diversas espécies entrarem em extinção. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo o estabelecimento de protocolo de micropropagação de acessos de H. pectinata. Os ensaios foram em delineamento inteiramente casualizado. No primeiro ensaio, os acessos foram submetidos a quatro tratamentos, sendo meio MS com um quarto dos nitratos de amônio e potássio; MS com um quarto dos nitratos + 1% de carvão ativado; MS com um quarto dos nitratos + 0,5 mg.L-1 de BAP e MS com um quarto dos nitratos + 1% de carvão ativado + 0,5 mg.L-1 BAP. O segundo ensaio foi montado em esquema fatorial 3 x 3, sendo três concentrações de TDZ (0,0; 0,25; 0,5 mg.L-1) e três acessos de H. pectinata. Para o terceiro ensaio utilizou-se esquema fatorial 3x3x2, sendo três concentrações de sais MS (50, 75 e 100%), três acessos de H. pectinata (SAM-016, SAM-017 e SAM-018) e duas concentrações de BAP (0,0 e 1,0 mg.L-1). Na aclimatização utilizou-se substratos contendo pó de coco e/ou vermiculita suplementado com calcário, e/ou fertilizante NPK (3-12-6), e/ou sais do meio MS. Os acessos SAM-016, SAM-017 e SAM-018 de H. pectinata podem ser micropropagados em 50 % dos sais MS na ausência de regulador de crescimento. A aclimatização das mudas micropropagadas pode ser realizada utilizando o substrato pó de coco + 1 g.L-1 de calcário + sais do MS. Palavras-chave: Lamiaceae; reguladores de crescimento; aclimatização; substratos

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MICROPROPAGATION OF Hyptis pectinata L. Poit ACCESSIONS ABSTRACT

The medicinal plants have been widely used in recent decades for therapeutic, driven by the high cost of industrialized pharmaceutical products. Among the great diversity of medicinal plants found in Brazil, is “sambacaitá” (Hyptis pectinata L. Poit), which stands out for its wide use in the treatments of bacterial infections, pain and inflammation. The intense extraction of medicinal plants has made several species enter in extinction. Thus, the present study aimed to establish micropropagation protocol for H. pectinata accessions. The assays were conducted in a completely randomized design. In the first assay, the accessions were subjected to four treatments, MS medium with a quarter of ammonium nitrate and potassium; MS with a quarter of nitrates + 1% activated charcoal; MS with a quarter of nitrates + 0.5 mg L-1 of BAP; and MS with a quarter of nitrates + 1% activated charcoal + 0.5 mg L-1 of BAP. The second experiment was arranged in a 3 x 3 factorial scheme, testing three concentrations of TDZ (0.0; 0.25 and 0.5 mg L-1) and three accessions of H. pectinata. For the third assay we used a 3 x 3 x 2 factorial scheme, testing three concentrations of MS salts (50, 75 and 100%), three accessions of H. pectinata (SAM-016, SAM-017 and SAM-018) and two concentrations of BAP (0.0 and 1.0 mg L-1). For the acclimatization assay we tested different substrates containing coconut coir and / or vermiculite supplemented with lime stone and/or NPK (3-12-6) fertilizer and/or salts of the MS medium. The acclimatization of plantlets can be performed in coconut coir substrate + 1g.L-1 of lime stone + MS salts. Keywords: Lamiaceae; growth regulators; acclimatization; substrates

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5.1. INTRODUÇÃO

As plantas medicinais vêm sendo amplamente utilizadas nas últimas décadas com

finalidades terapêuticas, impulsionadas pelo alto custo dos produtos farmacêuticos

industrializados. Dentre elas, a espécie Hyptis pectinata, pertecente a família Lamiaceae,

também conhecida popularmente como “sambacaitá” ou “canudinho”, destaca-se no

Nordeste brasileiro por ser amplamente utilizada para tratamentos de inflamações e

infecções bacterianas (ARRIGONI-BLANK et al., 2005).

Quando se almeja a multiplicação de genótipos superiores, a propagação por

sementes pode promover grande variação, tornando relevante o estabelecimento de

metodologias para propagação, e assim, manter a identidade genética do material

selecionado (OLIVEIRA et al., 2011). Para isso, a cultura de tecidos se apresenta como uma

ferramenta que possibilita a conservação dos recursos genéticos, permitindo a manutenção

de um grande número de plantas em um pequeno espaço físico, livre das intempéries e

riscos que existem no campo, reduzindo os custos de manutenção e facilitando a

disponibilidade de material para intercâmbio de germoplasma (FARIA et al., 2006).

Uma alternativa ao processo convencional de propagação do “sambacaitá” por meio

de sementes, é a técnica da propagação in vitro. Altas taxas de multiplicação podem ser

alcançadas por esse método, com inúmeras vantagens em relação à multiplicação em

campo, como a produção de mudas de qualidade superior, em tempo e espaço reduzidos.

O sucesso da técnica depende de várias etapas que devem ser vencidas com

precisão e eficiência. A escolha adequada do explante deve ser feita de forma criteriosa,

uma vez que todas as partes da planta podem ser utilizadas para o cultivo in vitro, no

entanto, deve-se optar pelos tecidos mais jovens por apresentarem maior competência

organogenética (KIELSE et al., 2009).

Para o estabelecimento in vitro, o explante selecionado deve passar por um processo

de desinfestação para eliminação dos microrganismos contaminantes, os quais são

responsáveis pela perda do material vegetal, e assim, serem inoculados em meio de cultura.

Os microrganismos (fungos e bactérias) comprometem o desenvolvimento normal dos

cultivos pela competição por nutrientes e vitaminas do meio de cultura epela produção de

metabólitos fitotóxicos como os ácidos láctico e acético, e o cianeto (LIMA E MORAES et al.,

2006).

Cada espécie vegetal requer um meio específico para propagação in vitro, tornando

fundamental o estudo da composição em sais minerais, suplementos orgânicos,

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balanceamento e tipo de reguladores vegetais para a indução da diferenciação da parte

aérea ou raiz das plantas (SANTOS et al., 2005).

A aclimatização é considerada a última etapa do processo, e é caracterizada como

uma adaptação gradativa das plantas micropropagadas em casa de vegetação para

posterior transferência ao campo, a fim de minimizar os efeitos provenientes de uma

mudança brusca de ambientes, uma vez que eram mantidas em local totalmente controlado

e asséptico. Essa etapa é crucial, pois plantas micropropagadas precisam alterar seu

metabolismo da condição heterotrófica (in vitro) para autotrófica (POSPÍSILOVÁ et al.,

2007).

A escolha correta do substrato é de fundamental importância para o sucesso da

aclimatização. O substrato deve ter boas características físicas e químicas que

proporcionem boa drenagem e aeração, além de ser rico em nutrientes, a fim de facilitar o

desenvolvimento da planta (NOMURA et al., 2009).

Esse capítulo tem como objetivo estabelecer protocolos para propagação in vitro e

aclimatização de acessos de H. pectinata.

5.2. MATERIAL E MÉTODOS

5.2.1. Material vegetal, local e condições dos ensaios

Para os ensaios de propagação in vitro foram utilizados explantes nodais de plantas

estabelecidas in vitro dos acessos SAM-016, SAM-017 e SAM-018 a partir da germinação

de sementes provenientes de Poço Redondo, Canindé do São Francisco e Nossa Senhora

da Glória / SE, respectivamente.

Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Cultura de Tecidos e

Melhoramento Vegetal do Departamento de Engenharia Agronômica da UFS.

Em todos os ensaios o meio de cultura foi submetido a autoclavagem (121±1oC e

1,05 atm) por 15 minutos. As culturas foram mantidas em sala de crescimento com

temperatura controlada de 25 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas de luz e intensidade luminosa

de 60μmol.m-2.s-1.

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5.2.2. Estabelecimento in vitro de acessos de H. pectinata

As sementes de H. pectinata foram imersas em água destilada acrescida de quatro

gotas de Tween /100mL e agitadas por cinco minutos. Decorrido este tempo seguiu-se o

tratamento em câmara de fluxo laminar horizontal com tríplice lavagem em água destilada

autoclavada, e em seguida foram imersas em solução de hipoclorito de sódio a 4% (v/v) por

5 minutos. Por fim, foi feita uma nova tríplice lavagem para serem inoculadas em meio de

cultura em grupos de 15 a 20 sementes por frasco permanecendo por 45 dias após a

inoculação.

5.2.3. Multiplicação in vitro de H. pectinata

Experimento 1: Efeito do 6-Benzilaminopurina (BAP) e carvão ativado

O delineamento foi o inteiramente casualisado (DIC) composto por quatro

tratamentos com cinco repetições, sendo quatro frascos por repetição com dois explantes

cada. O meio básico foi o MS (Murashige e Skoog, 1962), com um quarto dos nitratos de

amônia e de potássio e pH ajustado para 5,8. Os tratamentos aplicados foram: 1) meio

básico; 2) meio básico + 1% de carvão ativado; 3) meio básico + 0,5 mg.L-1 BAP e 4) meio

básico + 1% de carvão ativado + 0,5 mg.L-1 de BAP.

As avaliações foram realizadas aos 30 dias de cultivo, analisando as variáveis

número de brotos por explante, comprimento das brotações (cm) e massa seca de parte

aérea (mg)

Os resultados foram submetidos à analise de variância e as médias comparadas pelo

teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Experimento 2: Efeito do Thidiazuron (TDZ)

O delineamento foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3, sendo três

concentrações de TDZ (0,0; 0,25; 0,5mg.L-1) e três acessos de H. pectinata (SAM-016,

SAM-017 e SAM-018). Cada tratamento constou de cinco repetições, sendo cada repetição

constituída por quatro frascos contendo dois explantes cada.

Aos 30 dias foram analisados número de brotos por explante, número de folhas,

comprimento de brotos, massa seca de parte aérea (mg).

Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo

teste de Tukey a 5 % de probabilidade.

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Experimento 3: Efeito do BAP e variações dos sais MS

O ensaio foi em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3x2,

sendo três concentrações de sais MS (50, 75 e 100%), três acessos (SAM-016, SAM-017 e

SAM-018) e duas concentrações de 6-benzilaminopurina (0,0 e 1,0 mg.L-1) .

Aos 30 dias foram avaliados número de brotos, comprimento de raiz (cm) e massa

seca de parte aérea (mg).

Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo

teste de Tukey a 5 % de probabilidade.

5.2.4. Aclimatização

As plantas micropropagadas foram retiradas dos frascos aos 30 dias e lavadas em

água corrente para eliminação do meio de cultura aderido às raízes. Em seguida foram

transferidas para bandejas de poliestireno expandido com 72 células contendo os diferentes

tratamentos. O experimento foi conduzido em ambiente protegido com tela sombrite de 50%

e sistema de nebulização intermitente.

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com seis substratos,

sendo S1: PCB - Pó de coco + 1 g.L-1 de calcário + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6); S2: PCBV - Pó

de coco + vermiculita (1:1 v/v) + 1 g.L-1 de calcário + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6); S3: PCBV -

Pó de coco + vermiculita (2:1 v/v) + 1 g.L-1 de calcário + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6); S4: VMS -

Vermiculita + sais do MS; S5: VB - Vermiculita + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6) e S6: PCMS - Pó

de coco + 1 g.L-1de calcário + sais do MS com quatro repetições. Cada unidade

experimental foi constituída por cinco repetições com quatro plantas cada.

Aos 30 dias foram avaliadas as variáveis: sobrevivência (%), comprimento de parte

aérea (cm), comprimento de raiz (cm), número de brotos, número de folhas e massa seca

de parte aérea e de raiz (mg).

Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância e as médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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5.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.3.1. Multiplicação in vitro de H. pectinata

Experimento 1: Efeito do BAP e carvão ativado

Não houve diferença significativa entre os tratamentos para os acessos SAM-017 e

SAM-018 quanto à variável número de brotos. Para o acesso SAM 016 a maior média foi

obtida em meio MS básico (T1), não diferindo significativamente dos tratamentos meio

básico+ 1% de carvão ativado (T2) e meio básico + 1% de carvão ativado + 0,5 mg.L-1 de

BAP (T4) (Tabela 3). Resultados contrários foram obtidos em plantas de gloriosa (Gloriosa

superba L.), onde não houve indução de brotações em meio MS na ausência da citocinina

BAP (HASSAN & ROY, 2005). As citocininas são hormônios vegetais essenciais no

crescimento e desenvolvimento por estarem envolvidos nos processos de divisão celular,

desenvolvimento de parte aérea, crescimento de gemas laterais, entre outros (NISLER et

al., 2010). Na propagação in vitro a utilização das citocininas para indução de brotações é

usual, no entanto há espécies que brotam mais facilmente sem a necessidade desses

reguladores, o que possivelmente pode estar relacionado aos elevados níveis de

fitohormônios endógenos.

Comparado os acessos dentro de cada tratamento observou-se que o SAM-016

obteve um maior número de brotos por explante, não diferindo dos demais acessos apenas

no tratamento em meio MS suplementado com 0,5 mg.L-1 de BAP (Tabela 3).

Um maior comprimento de brotos para os acessos avaliados foi obtido em meio na

presença de carvão ativado quando comparados com aqueles cultivados na ausência deste

antioxidante, exceto para o acesso SAM-016, onde esses tratamentos não diferiram do meio

MS. No tratamento suplementado com BAP e carvão, pode-se observar a influência do

carvão ativado no alongamento das brotações, anulando o efeito negativo do BAP para esta

variável. Esses resultados podem estar relacionados à capacidade que o carvão ativado tem

de reduzir a atividade dos reguladores de crescimento a partir da adsorção dos mesmos do

meio de cultura (CHERUVATHUR et al., 2010). O acesso SAM-016 apresentou menores

comprimentos de brotos em todos os tratamentos avaliados (Tabela 3).

Para massa seca de parte aérea, não houve diferença significativa entre os

tratamentos para os acessos SAM-017 e SAM-018. Para o acesso SAM-016 o maior valor

de massa seca foi proporcionado pelo meio MS suplementado apenas com 0,5 mg.L-1 de

BAP (7,63 mg) (Tabela 3). Resultados semelhantes foram obtidos em erva-cidreira-brasileira

[Lippia alba (Mill) N. E. Brown], onde um maior acúmulo de massa seca foi obtido em meio

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suplementado com 0,5 mg.L-1 de BAP (ASMAR et al., 2012). Comparando os diferentes

acessos, observa-se que o SAM-018 obteve maiores médias de massa seca em relação aos

demais acessos, diferindo apenas do SAM-017 e não diferindo do SAM-016 no tratamento

T3 (Tabela 3).

Tabela 3. Número de brotos, comprimento de brotos (cm) e massa seca de parte aérea de acessos de H. pectinata em função do BAP e carvão ativado. São Cristóvão, UFS, 2013.

Tratamento SAM-016 SAM-017 SAM-018

-------------------- Número de brotos (cm) -------------------- T1 5,34 aA 2,00Ac 3,57 aB T2 4,36 abA 1,59 aC 3,02 aB T3 3,28 bA 2,06 aA 2,57 aA T4 4,26 abA 1,98 aB 2,89 aB

CV (%) 26,14

-------------------- Comprimento de brotos (cm) -------------------- T1 0,57 abB 1,29 bA 1,11 bA T2 0,77 aB 2,08 aA 1,78 aA T3 0,31 bB 1,18 bA 1,01 bA T4 0,86 aB 2,27 aA 1,98 aA

CV (%) 19,83

-------------------- Massa seca de parte aérea (mg) -------------------- T1 3,79 bB 6,72 aAB 9,26 aA T2 3,62 bB 5,81 aAB 8,32 aA T3 7,63 aAB 5,19 aB 9,85 aA T4 3,52 bB 6,26 aAB 7,64aA

CV (%) 32,02 Médias seguidas de letras iguais minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05). T1: meio básico; T2: meio básico+ 1% de carvão ativado; T3: meio básico + 0,5 mg.L

-1 BAP; T4: meio

básico + 1% de carvão ativado + 0,5 mg.L-1

de BAP.

Experimento 2: Efeito do Thidiazuron (TDZ)

Para a variável número de brotos, os acessos SAM-016 e SAM-017 não

apresentaram diferença significativa nas diferentes concentrações do TDZ. Para o acesso

SAM-018, a maior média (3,5) foi obtida em meio MS sem adição do regulador de

crescimento, não diferindo significativamente do tratamento suplementado com 0,25 mg.L-1

de TDZ. A eficácia do TDZ em baixas concentrações na indução de brotações tem sido

relatada em ambreta (Abelmoschus moschatus Medik. L.) (SHARMA & SHAHZAD, 2008),

acesso BRA de ginseng brasileiro [Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen] (FLORES, et al.,

2009) e ginseng indiano (Withania somnifera L. Dunal). (FÁTIMA & ANIS, 2011).

Reguladores de crescimento são substâncias sintéticas com atividade fisiológica semelhante

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aos fitohormônios, substâncias essenciais no desenvolvimento da planta, frequentemente

adicionados aos meios de cultura a fim de suprir possíveis deficiências nos níveis de

hormônios endógenos no cultivo in vitro (COLOMBO et al., 2010). No entanto, em alguns

casos, a utilização dos reguladores de crescimento ou a adição de quantidades

inadequadas dos mesmos no meio de cultivo pode causar toxidez aos explantes, inibindo o

seu desenvolvimento. Possivelmente a presença em maior concentração da citocinina

exógena veio a interferir negativamente no número de brotações para o acesso SAM-018 de

H. pectinata. Comparando os acessos dentro de cada tratamento, maiores médias foram

obtidas para o SAM-017, no entanto, diferiu do SAM-018 apenas na concentração de 0,5

mg.L-1 e do SAM-016 na ausência e na concentração de 0,25 mg.L-1 de TDZ (Tabela 4).

Não houve diferença significativa para a variável número de folhas entre as diferentes

concentrações de TDZ para os acessos SAM-016 e SAM-017. Para o acesso SAM-018, a

menor média foi obtida em meio suplementado com 0,25 mg.L-1 de TDZ (Tabela 4). Os

acessos se comportaram de forma semelhante em todos os tratamentos, exceto na

ausência do regulador, onde o SAM-018 apresentou maior média, não diferindo do SAM-017

(Tabela 4).

Tabela 4. Número de brotos e folhas, comprimento de brotos (cm), massa seca de parte aérea (mg) de acessos de Hyptis pectinata em função de TDZ. São Cristóvão, UFS, 2013.

TDZ (mg.L-1) SAM-016 SAM-017 SAM-018

-------------------------- Número de Brotos ------------------------ 0,0 2,63 aB 3,65 aA 3,51 aAB 0,25 2,35 aB 3,86 aA 3,14 abAB 0,5 2,80 aAB 3,31 aA 2,30 bB

CV(%) 20,11

-------------------------- Número de Folhas ------------------------ 0,0 4,54 aB 5,44 aAB 6,18 aA 0,25 5,26 aA 4,62 aA 4,21 bA 0,5 4,68 aA 4,88 aA 5,59 aA

CV(%) 15,67

-------------------- Comprimento de Brotos (cm) ---------------- 0,0 0,99 aB 1,32 aA 1,18 aAB 0,25 1,03 aA 1,01 bA 0,68 bB 0,5 0,85 aB 1,15 abA 0,95 abAB

CV(%) 17,52

-------------------- Massa Seca Parte Aérea (mg) -------------- 0,0 3,31 aB 6,73 aA 8,05 aA 0,25 3,43 aB 7,20 aA 7,40 aA 0,5 4,44 aB 9,05 aA 9,60 aA

CV(%) 30,49 *Médias seguidas de letras iguais nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05).

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Em relação a comprimento de brotos para o acesso SAM-016, não houve diferença

significativa nas diferentes concentrações de TDZ. Para os acessos SAM-017 e SAM-018,

as maiores médias foram obtidas em meio na ausência do TDZ, não diferindo

significativamente do tratamento suplementado com 0,5 mg.L-1 de TDZ (Tabela 4). Em

kasundi (Cassia sophera Linn.) e em falso selo de Salomão [Polygonatum verticillatum (L.)

All.], os maiores comprimentos de brotos foram obtidas em meio suplementado com 0,5 e

2,0 mg.L-1 de TDZ, respectivamente (PARVEEN & SHAHZAD, 2010; BISHT et al., 2012). De

uma forma geral, o acesso SAM-017 obteve as maiores médias nos diferentes tratamentos,

no entanto, não diferiu do acesso SAM-018 na ausência e em 0,5 mg.L-1 de TDZ e do

acesso SAM-016 no tratamento suplementado com 0,25 mg.L-1 de TDZ (Tabela 4).

Não houve diferença significativa entre os diferentes tratamentos para a variável

massa seca de parte aérea para os três acessos estudados. Médias inferiores foram obtidas

em todos os tratamentos para o acesso SAM-016 (Tabela 4). Respostas específicas dentro

de uma mesma espécie é comumente observada, fazendo-se necessário um ajuste de

protocolo de micropropagação a cerca dos diferentes acessos.

Experimento 3: Efeito do BAP e variações dos sais MS

Para a variável número de brotos, os três acessos não apresentaram diferença

significativa entre as variações de sais do MS na ausência ou na presença de BAP (Tabela

5). Resultados semelhantes foram encontrados na micropropagação de alfavaquinha

(Ocimum selloi), onde não houve diferença significativa para as diferentes concentrações de

sais (MONFORT et al., 2011). Em pau-santo (Kielmeyera coriácea), um maior número de

brotos foi obtido à medida que se aumentava a concentração de sais do MS (PINTO, et al.,

1996). Na micropropagação de cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata) o meio composto

por 50% dos sais MS proporcionou maior número de brotos quando comparado ao MS total

(GOLLE et al., 2012). Esses resultados evidenciam o comportamento diferenciado das

espécies e a necessidade do estabelecimento de protocolos específicos.

Não houve diferença significativa em cada concentração de sais quando

suplementado ou não pelo BAP para os três acessos estudados (Tabela 5). Resultados

semelhantes foram obtidos com erva-cidreira Melissa officinalis L., onde os meios MS e MS

suplementado com BAP, não apresentaram diferenças significativas para número médio de

brotos (REIS et al., 2008).

Comparando os acessos, foi observado comportamento semelhante na maioria dos

tratamentos utilizados, exceto em meio na ausência do regulador suplementado com 100%

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dos sais e na presença do regulador com 50% dos sais, onde o acesso SAM-018

apresentou menor número de brotos, não diferindo do SAM-017 na ausência do regulador

de crescimento em 100% do sais do MS (Tabela 5).

Tabela 5. Número de brotos em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013.

Sais MS(%) BAP (mg.L-1)

0,0 1,0

-------------------- SAM-016 -------------------- 50 3,00 aAα 4,53 aAα 75 3,15 aAα 2,80 aAα 100 4,80 aAα 3,50 aAα

-------------------- SAM-017 -------------------- 50 3,81 aAα 4,04 aAα 75 2,81 aAα 3,28 aAα 100 3,04 aABαβ 3,72 aAα

-------------------- SAM-018 -------------------- 50 2,22 aAα 2,12 aBβ 75 3,00 aAα 3,12 aAα 100 2,80 aBβ 3,22 aAα

CV(%) 37,87 Médias seguidas de letras iguais minúsculas nas colunas, maiúsculas nas linhas e gregas entre acessos não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Para a variável massa seca de parte aérea houve interação tripla entre variações dos

sais do MS x BAP x acessos. Os três acessos estudados não apresentaram diferença

significativa na ausência ou na presença do BAP sob as diferentes concentrações dos sais

do MS (Tabela 6). Resultados diferentes foram obtidos em anis [Pimpinella anisum (Linn.)],

onde um maior acúmulo de massa seca de parte aérea foi gerado à medida que se

aumentava a concentração de sais do MS (TAMBOSI & ROGGE-RENNER, 2010).

Os acessos SAM-016 e SAM-017 não apresentaram diferença significativa em cada

concentração de sais do MS quando suplementado ou não pelo BAP. Já o acesso SAM-018,

apresentou diferença significativa na concentração de 75%, onde a menor média foi obtida

na ausência do BAP (Tabela 6). Em erva-cidreira-brasileira [Lippia Alba [(Mill.) N. E. Brown],

as maiores médias de massa seca de parte aérea foram obtidas com a utilização de 0,5

mg.L-1 de BAP (ASMAR et al., 2012).

Comparando os acessos dentro de cada tratamento, pode-se observar que o SAM -

016 obteve as menores médias nos tratamentos sem adição de regulador quando

comparado aos demais acessos, no entanto, não diferiu do acesso SAM-017 nas

concentrações de 50% e 100% dos sais do MS e na concentração de 50% do acesso SAM-

018. Nos tratamentos suplementados com BAP, o acesso SAM-018 obteve as maiores

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médias, no entanto, diferiu estatisticamente dos acessos SAM-016 e SAM-017 apenas na

concentração de 75% dos sais do MS (Tabela 6).

Tabela 6. Massa seca de parte aérea (mg) em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013.

Sais MS (%) BAP (mg.L-1)

0,0 1,0

-------------------- SAM-016 -------------------- 50 9,35 aAα 12,23 aAα 75 5,34 aAβ 14,04 aAβ 100 13,00 aAβ 12,31 aAα

-------------------- SAM-017 -------------------- 50 19,05 aAα 16,44 aAα 75 17,22 aAα 17,45 aAβ 100 15,74 aAαβ 22,70 aAα

-------------------- SAM-018 -------------------- 50 17,05 aAα 23,31 aAα 75 17,81 aBα 31,74 aAα 100 25,62 aAα 23,48 aAα

CV(%) 43,65 Médias seguidas de letras iguais minúsculas nas colunas, maiúsculas nas linhas e gregas entre acessos não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Houve interação tripla entre variações dos sais do MS x BAP x acessos para a

variável comprimento de raiz. Para o acesso SAM-016, não houve diferença significativa

entre as diferentes concentrações de sais do MS na ausência do BAP. Já na presença do

regulador de crescimento, um maior comprimento de raiz foi obtido na concentração de

50% dos sais. Para o acesso SAM-017 na ausência do BAP, uma menor média foi obtida no

tratamento composto por 100% dos sais. Na presença do regulador de crescimento, um

menor comprimento de raiz foi obtido em 75% dos sais do MS, não diferindo da

concentração de 50%. Para o acesso SAM-018 na ausência do BAP, a maior média foi

obtida em 50% dos sais do MS não diferindo da concentração de 75%. Já na presença do

BAP, não houve diferença significativa para as diferentes concentrações (Tabela 7). Esses

resultados demonstram que o desenvolvimento das raízes de H. pectinata foi prejudicado

pelas concentrações mais elevadas de sais no meio de cultivo, principalmente na ausência

do BAP. Embora seja comum a utilização do mesmo meio de cultura durante todas as fases

da propagação in vitro, a exigência dos nutrientes pode ser diferenciada em cada fase

(SOUZA et al., 2006), justificando a diferença do resultado obtido para número de brotos e

massa seca de parte aérea nesse experimento, onde maiores concentrações de sais

proporcionaram melhores resultados para estas variáveis.

De acordo com Pasqual e Lopes (1991), o meio MS é altamente rico em nutrientes

podendo apresentar efeito negativo no desenvolvimento das raízes de algumas espécies.

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Vários estudos tem demonstrado que concentrações reduzidas de sais do MS possibilitaram

um melhor desenvolvimento das raízes. Em alfavaquinha (Ocimum selloi), as maiores

médias para comprimento de raízes foram obtidas em meio suplementado com 50% dos

sais do MS (MONFORT et al., 2011). A hortelã-japonesa (Mentha arvensis) atingiu maior

crescimento de raiz em meio suplementado com 25% e 50% dos sais do MS (ROSSI et al.,

2011).

Os acessos SAM-016 e SAM-018 não apresentaram diferença significativa em cada

concentração de sais quando suplementada ou não pelo BAP. Já o acesso SAM-017 diferiu

apenas na concentração de 100% dos sais, onde a menor média foi obtida na ausência do

BAP (Tabela 7). Resultados contrários foram obtidos com funcho do mar (Crithimum

maritimum L.), onde a adição de BAP ao meio de cultura provocou inibição no crescimento

da parte radicular (GRIGORIADOU & MALOUPA, 2008). Comparando os acessos dentro de

cada tratamento, pode-se observar que o SAM-016 obteve as menores médias nos

tratamentos sem adição de regulador, no entanto, não diferiu do acesso SAM-018 em todos

os tratamentos e do SAM-017 na concentração de 100% dos sais. Na presença do

regulador, o acesso SAM-017 mostrou-se superior na concentração de 100% dos sais do

MS (Tabela 7).

Tabela 7. Comprimento de raiz (cm) em função da combinação de sais e BAP no meio de cultura. São Cristovão, UFS, 2013.

Sais MS (%) BAP (mg.L-1)

0,0 1,0

-------------------- SAM-016 -------------------- 50 3,90 aAβ 5,20 aAα 75 2,76 aAβ 2,73 bAα 100 2,71 aAα 2,42 bAβ

-------------------- SAM-017 -------------------- 50 5,99 aAα 4,98 abAα 75 5,54 aAα 4,41 bAα 100 3,61 bBα 6,46 aAα

-------------------- SAM-018 -------------------- 50 5,04 aAαβ 4,31 aAα 75 3,62 abAβ 3,50 aAα 100 2,93 bAα 3,49 aAβ

CV(%) 29,06 Médias seguidas de letras iguais minúsculas nas colunas, maiúsculas nas linhas e gregas entre acessos não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05).

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5.3.2. Aclimatização

A análise de variância evidenciou interação entre acessos X substratos. Altas taxas

de sobrevivência foram obtidas em todos os substratos testados para os acessos SAM-016

e SAM-017. Para o acesso SAM-018, a menor porcentagem de sobrevivência (65%) foi

obtida com a utilização do substrato PCBV (2:1), não diferindo do PCB, PCBV (1:1) e VB

(Tabela 8). A escolha correta dos substratos neste trabalho influenciou o elevado índice de

sobrevivência, uma vez que, apesar de não possuírem todos os nutrientes necessários ao

desenvolvimento da planta, apresentam características físicas favoráveis para o sucesso da

aclimatização. Dificilmente um único substrato possui todas as características físico-

químicas necessárias para a planta, por isso, geralmente são utilizadas misturas de

componentes que venham a corrigir determinada carência (GIRARDI & PESCADOR, 2010).

O acesso SAM-016 obteve 100% de sobrevivência para todos os substratos

avaliados, entretanto, diferiu estatisticamente apenas do SAM-018 nos substratos PCB e

PCBV (2:1) (Tabela 8).

Para a variável altura de planta, o acesso SAM-016 não apresentou diferença

significativa entre os diferentes substratos. Os acessos SAM-017 e SAM-018 apresentaram

um maior comprimento de parte aérea nos substratos VMS e PCMS (Tabela 8). Resultados

semelhantes foram obtidos para comprimento de parte aérea com patchouli (Pogostemon

cablin (Blanco) Benth), utilizando o substrato constituído de vermiculita acrescido de sais do

MS (ARRIGONI-BLANK et al., 2011). Nota-se que o acesso SAM-017 apresentou as

maiores médias quando avaliado os acessos em cada substrato, no entanto, não diferiu do

SAM-018 nos substratos PCB, PCBV (1:1) e PCMS e do SAM-016 nos substratos PCB e

PCBV (1:1) (Tabela 8).

Um maior comprimento de raiz foi obtido nos substratos VMS e VB para os acessos

SAM-017 e SAM-018 (Tabela 8). Resultados contrários ao deste trabalho foram encontrados

na aclimatização de hortelã japonesa (Mentha arvensis L.), onde o substrato contendo

vermiculita promoveu menor comprimento de raiz (FONSECA et al., 2008). Para o acesso

SAM-016 as maiores médias foram obtidas com os substratos VMS, VB e PCMS.

Não houve diferença significativa dos acessos entre os substratos para a variável

número de brotos. Entretanto, para os acessos nos substratos, observa-se que o acesso

SAM-016 obteve no geral as maiores médias, no entanto, diferiu significativamente do SAM-

017 apenas nos substratos VMS e PCMS, e do SAM 018, no substrato PCMS (Tabela 8)

(Figura 5). Resultados semelhantes foram obtidos para número de brotos com gerânio

(Pelargonium graveolens), utilizando os mesmos substratos, exceto o VB e o PCMS

(ARRIGONI-BLANK et al., 2011).

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Tabela 8. Sobrevivência (%), comprimento de parte aérea (cm), comprimento de raiz (cm), número de brotos, número de folhas, massa seca (mg) de parte aérea e de raiz em função de diferentes substratos. São Cristóvão, UFS, 2013.

Substratos SAM016 SAM 017 SAM 018

------------------------------Sobrevivência (%)-----------------------------

PCB 100,0 aA 90,0 aAB 70,0 abB PCBV (1:1) 100,0 aA 100,0 aA 90,0 abA PCBV (2:1) 100,0 aA 100,0 aA 65,0 bB VMS 100,0 aA 100,0 aA 95,0 aA VB 100,0 aA 100,0 aA 85,0 abA PCMS 100,0 aA 80,0 aA 95,0 aA

CV(%) 14,90

-----------------------------Altura de planta (cm)---------------------------

PCB 5,41 aA 7,12 dA 5,40 cA PCBV (1:1) 5,54 aA 7,75 dA 8,60 bcA PCBV (2:1) 5,16 aC 14,81 cdA 8,46 bcB VMS 11,82 aB 31,33 aA 17,78 abB VB 8,61 aB 18,54 bcA 5,23 cB PCMS 11,48 aB 25,94 abA 19,52aA

CV(%) 42,18

-------------------------Comprimento de raiz (cm)------------------------

PCB 5,41 bA 4,26 cA 4,01 bA PCBV (1:1) 5,54 bA 5,13 bcA 5,93 bA PCBV (2:1) 5,16 bA 5,79 bcA 5,29 bA VMS 11,82 aA 7,89 abB 9,54 aAB VB 8,61 abA 9,25 aA 6,80 abA PCMS 11,37 aA 5,52 bcB 6,49 bB

CV(%) 31,64

-------------------------------Número de brotos----------------------------

PCB 2,13aA 1,35 aA 1,40 aA PCBV (1:1) 2,21 aA 1,55 aA 2,66 aA PCBV (2:1) 2,21 aA 2,10 aA 1,50 aA VMS 3,45 aA 1,95 aB 2,63 aAB VB 2,40 aA 1,90 aA 1,71 aA PCMS 3,85 aA 1,28 aB 2,25 aB

CV(%) 45,93

-------------------------------Número de folhas-----------------------------

PCB 11,70 cA 9,45 aA 8,68 cA PCBV (1:1) 15,80 abcAB 9,35 aB 20,93 abA PCBV (2:1) 12,50 bcA 14,25 aA 12,66 bcA VMS 23,20 abA 20,25 aA 27,50 aA VB 15,03 bcA 15,85 aA 11,70 bcA PCMS 26,66 aA 11,89 aB 22,23 abA

CV(%) 37,62

-------------------------Massa seca de parte aérea (mg)----------------

PCB 17,12 bA 21,84 dA 21,25 bA PCBV (1:1) 35,92 bA 38,15 dA 41,65 bA PCBV (2:1) 15,04 bB 106,30 cA 39,38 bB VMS 98,80 aC 367,20 aA 152,21 aB VB 40,53 bB 100,00 cA 13,98 bB PCMS 90,38 aC 233,51 bA 150,33 aB

CV(%) 30,45

---------------------------Massa seca de raiz (mg)-----------------------

PCB 9,54 cA 8,94 cA 6,68 bA PCBV (1:1) 12,01 cA 18,55 cA 15,96 bA VMS 110,50 bB 219,45 aA 66,48 aC VB 38,93 cB 76,40 bA 4,80 bC PCMS 183,47 aB 73,21 bA 27,18 abC

CV(%) 41,98 Médias seguidas de letras iguais minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p≤0,05). PCB - Pó de coco + 1 g.L

-1 de calcário + 12 g.L

-1 de NPK (3-12-6); PCBV - Pó de coco + vermiculita (1:1 v/v) + 1 g.L

-1 de

calcário + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6); PCBV - Pó de coco + vermiculita (2:1 v/v) + 1 g.L

-1 de calcário + 12 g.L

-1 de NPK (3-12-6);

VMS - Vermiculita + sais do MS; VB - Vermiculita + 12 g.L-1 de NPK (3-12-6) e PCMS - Pó de coco + 1 g.L

-1de calcário + sais

do MS.

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Figura 5. Plantas aclimatizadas de Hyptis pectinata. Acesso SAM-016 (A), SAM-017 (B) e SAM-018 (C) após 30 dias de aclimatização nos diferentes substratos. São Cristovão, UFS, 2013. S1- (PCB) - Pó de coco + 1 g.L

-1 de calcário + 12 g.L

-1 de NPK (3-12-6);S2- (PCBV) - Pó de coco +

vermiculita (1:1 v/v) + 1 g.L-1

de calcário + 12 g.L-1

de NPK (3-12-6); S3- (PCBV) - Pó de coco + vermiculita (2:1 v/v) + 1 g.L

-1 de calcário + 12 g.L

-1 de NPK (3-12-6); S4- (VMS) - Vermiculita + sais do

MS; S5 (VB) - Vermiculita + 12 g.L-1

de NPK (3-12-6) e S6- (PCMS) - Pó de coco + 1 g.L-1

de calcário + sais do MS.

Para a variável número de folhas, o acesso SAM-017 não apresentou diferença

significativa entre os substratos testados, enquanto que para os acessos SAM-016 e SAM-

018, as maiores médias foram obtidas nos substratos PCBV (1:1), VMS e PCMS.

Comparando os acessos dentro de cada substrato, pode-se observar que os três acessos

se comportaram de forma semelhante, diferindo apenas do SAM-017 nos substratos PCBV

(1:1) e PCMS (Tabela 8).

Em relação à massa seca de parte aérea, o acesso SAM 016 e o SAM 018,

expressaram uma maior biomassa nos substratos VMS e PCMS. Para o acesso SAM 017 o

substrato VMS mostrou-se mais eficiente em relação aos demais substratos testados. O

(A) (B)

(C)

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S1 S2 S3 S4 S5 S6

S1 S2 S3 S4 S5 S6

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acesso SAM-017 apresentou no geral os maiores valores, se destacando dos demais em

relação aos substratos avaliados, porém não deferindo do SAM-016 e SAM-018 nos

substratos PCB e PCBV (1:1) (Tabela 8).

O acesso SAM-016 obteve um maior acúmulo de massa seca de raiz no substrato

PCMS, o SAM 017 no VMS, e para o acesso SAM-018 nos substratos PCMS e VMS

(Tabela 8). Na aclimatização de mudas de ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata), os

melhores resultados para massa seca foram observados em misturas contendo a vermiculita

(SKREBSKY et al., 2006). De maneira geral, o acesso SAM-017 apresentou maiores médias

de massa seca, não diferindo do SAM-016 e SAM-018 nos substratos PCB, PCBV (1:1) e

PCBV (2:1) (Tabela 8).

5.4. CONCLUSÕES

Os acessos SAM-016, SAM-017 e SAM-018 de H. pectinata podem ser

micropropagado em 50% dos sais do MS na ausência de regulador de crescimento.

A aclimatização dos acessos de H. pectinata pode ser realizada utilizando o substrato

pó de coco + 1 g.L-1de calcário + sais do MS.

5.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

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Tabela 1A- Resumo para análise de variância para altura de planta (m), massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtidas nas diferentes doses de esterco bovino no primeiro corte de plantas de sambacaitá. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Altura de planta (m)

Massa seca de folha (kg.ha-1)

Massa seca de caule (kg.ha-1)

Esterco 3 0,19** 268452,33ns 1948550,29* Resíduo 6 0,01 91191,68 402732,71

CV (%) 6,01 21,72 22,65

Corte 3 0,001 ns 2804,88 ns 489770,44* Esterco X corte 9 0,006 ns 10256,65 ns 908706,17 ns Resíduo 24 0,005 16770,98 133773,66

CV (%) 6,74 18,63 26,11 * significativo a 5 %, ** significativo a 1%.

Tabela 2A-Resumo para análise de variância para sobrevivência (%), massa seca (kg.ha-1) de folha e caule, obtida nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, no segundo corte de plantas de sambacaitá. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Sobrevivência (%) Massa seca de folha (kg.ha-1)

Massa seca de caule (kg.ha-1)

Esterco 3 220,27ns 596697,39 ns 222675,75ns Resíduo 6 304,90 313436,79 300073,92

CV (%) 16,04 61,20 43,59

Corte 3 11478,95 1337421,78** 2459116,78** Esterco X corte 9 862,63** 210603,13ns 279926,32ns Resíduo 24 570,74 ns 177559,36 366226,41

CV (%) 43,89 62,13 96,33 ** significativo a 1%.

Tabela 3A-Resumo para análise de variância para sobrevivência (%), massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtidas nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, no terceiro corte de plantas de sambacaitá. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Sobrevivência (%) Massa seca de folha (kg.ha-1)

Massa seca de caule (kg.ha-1)

Esterco 3 402,56 6962,02ns 13721,35ns Resíduo 6 656,46 10197,90 42149,33

CV (%) 22,26 30,23 39,44

Corte 3 13215,06** 132461,07** 316471,61** Esterco X corte 9 949,44ns 9919,96ns 25643,11ns Resíduo 24 503,47 10548,00 31002,96

CV (%) 38,98 61,49 69,65 ** significativo a 1%.

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Tabela 4A-Resumo para análise de variância para massa seca (kg.ha-1) de folha e caule obtidas nas diferentes doses de esterco bovino e altura de corte, na produção total de plantas de H. pectinata. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Massa seca de folha (kg.ha-1) Massa seca de caule (kg.ha-1)

Esterco 1352279,45* 3111969,53* Resíduo 341592,88 899513,08

CV (%) 22,15 20,71

Corte 2350873,53** 3082547,31ns Esterco X corte 227894,07ns 253517,32ns Resíduo 232425,32 710204,89

CV (%) 36,54 36,81 * significativo a 5 %, ** significativo a 1%.

Tabela 5A- Resumo da análise de variância para número de brotos, comprimento de brotos (cm) e massa seca de parte aérea de acessos de H.pectinata in vitro em função de BAP e carvão ativado. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Número de brotos

Comprimento de brotos (cm)

Massa seca de parte aérea (mg)

Acessos 2 28,88* 6,45* 88,50* Tratamentos 3 2,58* 2,66* 9,72ns TratamentosXacessos 6 1,02ns 0,16* 8,61ns Resíduo 48 0,64 0,06 4,29

CV (%) 26,14 19,83 32,02 * significativo pelo teste F a 5 % de probabilidade ns – não significativo

Tabela 6A- Resumo da análise de variância para número de brotos e folhas, comprimento de brotos (cm), massa seca de parte aérea (mg) de acessos de Hyptis pectinata in vitro em função de TDZ. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Número de brotos

Número de folhas

Comprimento de brotos (cm)

Massa seca de parte

aérea (mg)

Acessos 2 3,89* 0,98ns 0,22* 93,33* TDZ 2 0,78ns 1,77ns 0,25* 14,07*

Acessos x TDZ 4 0,82 ns 2,48* 0,11* 0,88ns Resíduo 36 0,38 0,62 0,03 4,02

CV (%) 20,11 15,67 17,52 30,49 * significativo pelo teste F a 5 % de probabilidade ns – não significativo

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Tabela 7A- Resumo da análise de variância para número de brotos, massa seca de parte aérea (mg) e comprimento de raiz (cm) em função de diferentes concentrações de sais do meio MS e BAP. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Número de brotos

Massa seca de parte aérea (mg)

Comprimento de raiz (cm)

Acesso 2 5,78* 1112,00* 28,14* MS 2 1,42ns 50,15ns 10,65* BAP 1 1,11ns 312,07* 0,53ns Acesso x MS 4 3,58 ns 24,61ns 1,78 ns Acesso x BAP 2 0,46 ns 37,85ns 0,37ns MS x BAP 2 0,73 ns 86,39ns 4,53* Acesso x MS x BAP 4 2,40 ns 95,68* 5,56* Resíduo 72 1,59 57,95 1,41

CV (%) 38,36 43,65 29,06 * significativo pelo teste F a 5 % de probabilidade ns – não significativo

Tabela 8A- Resumo da análise de variância para sobrevivência (%), altura de planta e de raiz (cm) na aclimatização de acessos de H. pectinata em função de diferentes substratos. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Sobrevivência (%)

Altura de planta (cm)

Altura de raiz (cm)

Acesso 2 2194,44* 728,39* 27,66* Substratos 5 327,78ns 551,23* 61,03* Acessos x substratos 10 427,78* 82,85* 10,57* Resíduo 72 190,97 26,14 4,73

CV (%) 14,90 42,18 31,64 * significativo pelo teste F a 5 % de probabilidade ns – não significativo

Tabela 9A- Resumo da análise de variância para número de brotos e folhas, massa seca de parte aérea e de raiz (mg) na aclimatização de acessos de H. pectinata em função de diferentes substratos. São Cristovão, UFS, 2013.

QM

FV GL Número de brotos

Número de folhas

Massa seca de parte aérea

(mg)

Massa seca de raiz (mg)

Acesso 2 8,13* 150,89* 74929,94* 21120,81* Substratos 5 2,14ns 375,38* 85277,04* 37969,43* Acessos x substratos 10 1,39 ns 82,34* 14553,40* 10021,85* Resíduo 72 0,97 36,67 717,80 471,80

CV (%) 45,93 37,62 30,45 41,98 * significativo pelo teste F a 5 % de probabilidade ns – não significativo