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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM): FRAMEWORK COM DIRETRIZES PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS RAIMUNDO ALBERTO RÊGO JÚNIOR NATAL - RN 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO

BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM): FRAMEWORK COM

DIRETRIZES PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS FEDERAIS

RAIMUNDO ALBERTO RÊGO JÚNIOR

NATAL - RN

2017

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RAIMUNDO ALBERTO RÊGO JÚNIOR

BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM): FRAMEWORK COM

DIRETRIZES PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO EM UNIVERSIDADES

PÚBLICAS FEDERAIS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como

requisito para obtenção do Título de Mestre em

Engenharia de Produção.

Área de Concentração: Engenharia de Produção

Subárea: Ergonomia, Engenharia do Produto e

Engenharia da Sustentabilidade.

Orientador: Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre

González

NATAL-RN

2017

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Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Profª. Drª. Ângela Maria Paiva Cruz

Diretor do Centro de Tecnologia

Prof. Dr. Luiz Alessandro Pinheiro da Câmara de Queiroz

Coordenador do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção

Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González

Orientação

Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Rego Junior, Raimundo Alberto.

Business Process Management (BPM): framework com diretrizes

para sua implementação em universidades públicas federais /

Raimundo Alberto Rego Junior. - 2017.

129 f.: il.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Centro de Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em

Engenharia de Produção. Natal, RN, 2017.

Orientador: Prof. Dr. Mario Orestes Aguirre González.

1. Business Process Management - Dissertação. 2. Setor Público

- Dissertação. 3. Administração Pública - Dissertação. 4.

Escritório de Processos - Dissertação. 5. Melhoria Organizacional

- Dissertação. I. González, Mario Orestes Aguirre. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 658

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DEDICATÓRIA

Dedico a todos que deram forças e

estiveram ao meu lado para que eu

conseguisse concretizar este

trabalho. Especialmente a minha

família e esposa, pelo amor,

paciência e apoio constante.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço constantemente a Deus por me fortalecer espiritualmente nos momentos

difíceis. A minha família que estão sempre comigo, mesmo distante, acreditando e

incentivando para alcançar meus objetivos. À minha mãe Edna Maria, pai Raimundo Alberto,

irmãs Fernanda Karielly e Carmina Alexandrina, cunhado João Paulo e, em especial, minha

esposa Brena Luana e minha filha Maria Ester.

Ao professor e orientador Dr. Mario Orestes pelos ensinamentos acadêmicos e

incentivos. Aos membros da célula de pesquisa (David Cassimiro e Luana Teixeira) e aos

membros do CRI-AÇÃO que contribuíram de alguma forma. Minha amiga Rochelly que

sempre me incentivou, aos professores do PEP pelo ensino e aos novos amigos que fiz

durante o mestrado Edicleide Marinho, Ana Cláudia, George André e ao amigo Rafael

Monteiro representante dos alunos que não mede esforços para ajudar quando necessário.

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"Nas grandes batalhas da vida, o

primeiro passo para a vitória é o

desejo de vencer!"

(Mahatma Gandhi)

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RESUMO

A adoção do Business Process Management (BPM) pelas empresas privadas tem como

principais benefícios a otimização dos seus recursos e o alcance de suas metas. O objetivo

deste estudo é propor um framework com diretrizes para a implantação e operacionalização

dos princípios do BPM que vise a gestão por processos em universidades públicas federais.

Para desenvolvimento deste trabalho foi realizado uma revisão bibliográfica tradicional sobre

os temas escritório de processos e melhoria organizacional, em seguida, uma revisão

bibliográfica sistemática no tema business process management. Na pesquisa de campo foi

conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi

concluída com uma sessão de focus group com dez especialistas que lidam com processos no

setor público, a fim de validar os condicionantes e elementos necessários do BPM na sua

implementação. Como resultado da pesquisa teórica e de campo, apresenta-se um framework

do BPM contemplando os elementos para sua implementação na Universidade, sendo eles:

(benefícios catalisadores) - gestão participativa, foco nos resultados, planejamento nos três

níveis estratégico, tático e operacional, gestão do conhecimento, melhor organização da

documentação e disponibilidade desta para órgão de controle e auditoria, (benefícios

resultados) - melhoria global sistêmica na organização, otimização dos processos, maior

transparência aos processos, integração entre os setores, satisfação dos colaboradores e

clientes externos; (dificuldades) - falta de conscientização da alta administração, resistência à

cultura do BPM, continuidade entre gestões sobre importância do BPM para a organização,

falta de qualificação dos colaboradores, entendimento do BPM pelos integrantes da

organização, falta de integração entre os processos, necessidade de comprometimento da

infraestrutura em TI, dimensionamento de pessoas e outros recursos; (organização para

implementação) - escritório de processos, identificação e elaboração de um plano de risco,

implementação de um sistema de gestão integrada (SI), definição de responsabilidades,

gerenciamento por processos, mapeamento e padronização global das atividades de processos,

adequação de alguns processos, elementos motivacionais para adesão dos servidores;

(Características) - visão sistêmica dos processos, foco no valor e no cliente, e

multidisciplinaridade.

Palavras-chave: Business Process Management; Setor Público; Administração Pública;

Escritório de Processos; Melhoria Organizacional.

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ABSTRACT

The adoption of business process management (BPM) by private companies has the main

benefits of optimizing their resources without achieving their goals. This dissertation aims to

propose a framework with guidelines for the implementation and operationalization of the

BPM principles that aim at a process management in federal public universities. For the

development of this dissertation, was carried out a traditional bibliografic review on the topics

process office and organizational improvement, then a systematic bibliographic review on the

theme business process management. In the field research was conducted in a case study at

the Federal University of Rio Grande do Norte with a focus group session eith tem specialists

dealing with process in public sector in order to validate the constraints and necessary

elements of BPM in this implementation. As a result, we presente a BPM framework that

includes the elements for its implementation in the University. These are: (catalytic benefits)

– participative management, focus on results, planning at the three strategic levels, tactical

and operational, knowledge management, better organization of documentation and availbility

for control and audit, (benefits results) – optimization of processes, greater transparency in

processes, integration among sectors, employee satisfaction and internal costumers;

(difficulties) – lack of awareness of high administration, lack of integration between the

processes, the necessity of commitment of the IT infrastructure, dimensioning of people and

other resources; (organization for implementation) – process office, identification and

elaboration of a risk plan, definition of responsabilities, process mnagement, mapping and

global standartization of processes, suitability of some processes, motivational elements for

server adherence; (characteristics) – systematic view of processes, non-value and non-

customer focus and multidisplinarity.

Keywords: Business Process Management; Public Sector; Public Admistration; Process

Office; Organizational Improvement.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1: Etapas do Ciclo PDCA...........................................................................................26

Figura 2.2: Exemplo de um fluxograma...................................................................................28

Figura 2.3: Exemplo de diagrama de causa-efeito....................................................................29

Figura 2.4: Exemplo de um Diagrama de Pareto......................................................................30

Figura 2.5: Síntese cronológica da gestão por processos..........................................................34

Figura 2.6: Evolução dos conceitos de Escritório de Processos...............................................40

Figura 3.1: Etapas dos procedimentos da pesquisa...................................................................49

Figura 4.1: Modelo conceitual das pesquisas sobre BPM........................................................66

Figura 6.1: Framework com diretrizes para implementação do BPM na UFRN......................83

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LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1: Síntese das definições de processo, gestão de processos e gestão por

processos...................................................................................................................................32

Quadro 3.1: Caracterização do método de pesquisa.................................................................47

Quadro 3.2: Procedimentos e seleção dos artigos.....................................................................50

Quadro 3.3: Identificação do participante por setor e seu tempo de vínculo............................52

Quadro 3.4: Etapas do focus group com tempo previsto e o realizado.....................................53

Quadro 4.1: Benefícios para implementar BPM nas organizações...........................................56

Quadro 4.2: Principais dificuldades encontradas na implantação do BPM..............................58

Quadro 4.3: Principais características do BPM........................................................................59

Quadro 4.4: Fatores com maior relevância para organização do funcionamento do BPM.......62

Quadro 4.5: Principais fatores críticos de sucesso do BPM.....................................................64

Quadro 5.1: Estrutura geral da UFRN......................................................................................71

Quadro 5.2: Macroprocessos da graduação UFRN...................................................................75

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABPMP - Association of Business Process Management Professionals

BPM - Business Process Management

CCET - Ciências Exatas e da Terra

CCHLA - Ciências Humanas, Letras e Artes

CCSA - Ciências Sociais Aplicadas

CCS - Ciências da Saúde

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CB - Biociências

CE - Educação

CERES - Centro de Ensino Superior do Seridó

CONCURA - Conselho de Curadores

CONSAD - Conselho de Administração

CONSEPE - Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CONSUNI - Conselho Universitário

CT - Centro de Tecnologia

CTEC - Complexo Tecnológico das Engenharias

DMAIC - Define, Measure, Analyze, Improve, Control

EP - Escritório de Processos

IMD - Instituto Metrópole Digital

ISO - International Organization for Standardization

PPI - Projeto Pedagógico Institucional

PDCA - Plan, Do, Check, Action

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional

PEP - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção

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PROEX - Pró-reitoria de Extensão

PROGESP - Pró-reitoria de Gestão de Pessoas

PROPESQ - Pró-reitoria de Pesquisa

PROPLAN - Pró-reitoria de Planejamento e Coordenação Geral

RBS - Revisão Bibliográfica Sistemática

SI – Sistema de Informação

SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

SIN - Superintendência de Infraestrutura

TI - Tecnologia da Informação

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UPF - Universidades Públicas Federais

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SUMÁRIO

1. CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO....................................................................................16

1.1. Objetivos da Pesquisa.......................................................................................................18

1.2. Justificativa.......................................................................................................................19

1.3. Estrutura da Dissertação....................................................................................................21

2. CAPÍTULO 2 - MELHORIA E INOVAÇÃO DE PROCESSOS...............................23

2.1. Abordagem de Melhorias de Processos............................................................................23

2.2. Técnicas e Ferramentas de Apoio a Melhorias nos Processos..........................................25

2.3. Business Process Management, Princípios, Construtos e Elementos...............................31

2.4. Escritório de Processos.....................................................................................................39

2.5. Síntese do Capítulo...........................................................................................................44

3. CAPÍTULO 3 - MÉTODO DE PESQUISA..................................................................46

3.1. Caracterização da Pesquisa...............................................................................................46

3.2. Procedimentos da Pesquisa...............................................................................................47

4. CAPÍTULO 4 - BUSINESS PROCESS MANAGEMENT............................................55

4.1. Benefícios na Implementação do BPM nas Organizações.................................................55

4.2. Dificuldades Encontradas para Implementação do BPM...................................................56

4.3. Principais Características do BPM.....................................................................................58

4.4. Organização para o Funcionamento do BPM....................................................................60

4.5. Fatores Críticos de Sucesso do BPM.................................................................................63

4.6. Modelo Conceitual do BPM..............................................................................................65

4.7. Síntese do Capítulo............................................................................................................68

5. CAPÍTULO 5 - ESTUDO DE CASO.............................................................................69

5.1. Natureza e Características da Universidade Federal do RN..............................................69

5.1.1. Estrutura Organizacional.................................................................................................69

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5.1.2. Regimento.......................................................................................................................72

5.1.3. Macroprocessos...............................................................................................................75

5.2. Validação do Focus Group................................................................................................77

5.3. Síntese do Capítulo............................................................................................................79

6. CAPÍTULO 6 - PROPOSTA DO BUSINESS PROCESS MANAGEMENT PARA

UFRN................................................................................................................................82

6.1. Elementos, Diretrizes e Condicionantes...........................................................................82

7. CAPÍTULO 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES..............................87

7.1. Considerações sobre a Pesquisa.........................................................................................87

7.2. Conclusões.........................................................................................................................87

7.3. Recomendações para Futuras Pesquisas............................................................................88

REFERÊNCIAS......................................................................................................................90

APÊNDICE A - Resumo das Informações Consideradas na RBS sobre BPM...............105

APÊNDICE B - Roteiro para os Participantes do Focus Group.......................................111

APÊNDICE C - Apresentação da Sessão do Focus Group................................................115

APÊNDICE D - Contribuições Realizadas dos Participantes com as suas Concordâncias

e os Post-its.............................................................................................................................123

APÊNDICE E - Registro Fotográfico da Sessão do Focus Group....................................127

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

A origem da universidade no Brasil se deu em 1920 com a criação oficial da primeira

universidade, a Universidade do Rio de Janeiro, que no regime militar passou a ser

denominada de Universidade Federal do Rio de Janeiro (RODRIGUES, 2011). Ao longo do

tempo foram surgindo outras Universidades Públicas Federais (UPF), hoje totalizam 63

sediadas nas cinco regiões do país, sendo 10 no Norte, 11 no Sul, 5 no Centro-Oeste, 18 no

Nordeste e 19 no Sudeste.

A universidade pública é uma instituição social que acompanha as transformações

sociais, econômicas e políticas. Em meio a inúmeros conflitos de interesses as UPF têm suas

missões e metas a serem alcançadas. Nas últimas décadas um novo modelo de UPF surge

amparado pela abertura da ciência e da inovação tecnológica como sinônimo de eficácia e do

parâmetro da competitividade.

As evoluções econômicas e a competitividade geram frequentemente mudanças

organizacionais exigindo maior eficiência alinhada às estratégias corporativas que contribuam

para estrutura de sistema de informação e suas ferramentas. As economias mais desenvolvidas

atualmente são fundamentadas nas disponibilidades de conhecimentos e, em consequência, a

vantagem competitiva é determinada pelo uso desses conhecimentos e pela forma de

abordagem das inovações tecnológicas.

A capacidade de gerenciar processos é fundamental nas organizações que desejam

destaque e permanência no mercado competitivo correspondendo as exigências dos clientes

por produtos e serviços inovadores e de qualidade. Possuir habilidade de planejar e controlar

os processos necessárias ao funcionamento de uma instituição que gere valor aos interessados

requer capacidade de conduzi-los articulando recursos necessários, como: pessoas, máquinas,

informações e tecnologias.

As organizações procuram continuamente a melhoria de seus processos para alcançar

seus objetivos e manter-se competitivas no mercado. Essa competitividade é importante para

que a organização busque o adequado desenvolvimento de produtos e processos, com a

utilização das melhores práticas em custos e em qualidade, capturando a necessidade dos

consumidores (ROMAN et al., 2012). Perceber os fatores da competitividade é inevitável para

que a organização conquiste desempenhos melhores e desenvolva novas direções estratégicas

para assumir um papel relevante diante dos concorrentes.

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Ao longo do tempo as UPF ocupam ambiente de destaque para o desenvolvimento

econômico e social, onde passa a exercer um papel estratégico diante das transformações

globais que implicam em mudanças (SILVA et al., 2013). Neste sentido, como instituição

pública tem a missão de atender a sociedade com qualidade e prestar conta ao estado sobre a

produção acadêmica no ensino, pesquisa e extensão. Para tanto, os gestores das UPF têm

importado modelos de gestão utilizados com sucesso em ambientes privados para encontrar a

excelência organizacional.

A crescente exigência da população por produtos e/ou serviços de qualidade faz com

que as organizações se empenhem mais para aprimorar seus processos (CÂMARA, 2015).

Melhorar o desenvolvimento dos processos nas organizações de maneira eficiente e eficaz é

um desafio enfrentado pela sociedade contemporânea. Uma alternativa que as instituições

buscam e contribui para a melhoria do desempenho dos processos é aplicar a abordagem do

Business Process Management (BPM), que tem como foco a identificação de processos-chave

organizacionais e integração das funções proporcionando maior agilidade nas atividades.

Para Zheng (2012), BPM é uma abordagem para melhorar e aperfeiçoar processos de

negócios, com o objetivo de contribuir com o desempenho da empresa. Ainda no que reflete o

autor, muitas organizações têm visto os benefícios proporcionados pelo BPM que pode

resultar em um melhor desempenho para as organizações que as aplicam.

A automatização dos processos foi possibilitada a partir do avanço da tecnologia da

informação (TI) visando a melhoria contínua dos processos, a produtividade e a eliminação

das atividades que não agregam valor ao serviço oferecido. Neste contexto, BPM une a gestão

de negócios com TI para controlar seus recursos organizacionais e alcançar resultados

desejados pela organização.

A gestão por processos nas organizações quebra o paradigma tradicional das estruturas

organizacionais, onde, a gestão é limitada aos departamentos com atuações que impede o

trabalho em conjunto. O BPM facilita a visão sistêmica na organização possibilitando o

cruzamento de informações entre os departamentos e/ou os diferentes níveis hierárquicos.

Nesse contexto, a administração estratégica quebra o paradigma da gestão funcional.

Gerenciar as organizações sob a ótica de processos pressupõe reconhecer a instituição

como um sistema de processos interativos e integrados, conduzindo a resultados mais

alinhados às expectativas dos clientes (ZAIDEN, 2013). Temática relacionada ao

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gerenciamento de processos é praticada em empresas privadas e comumente discutida como

alternativa de sucesso para as instituições públicas.

Com a complexidade das tarefas e processos realizados nas organizações públicas a

necessidade de melhorar e inovar torna-se crescente. Implementar princípios de gestão

alinhado as estratégias da organização é um método racional de obter sucesso organizacional

para o alcance dos seus objetivos. Entretanto, as instituições públicas de ensino superior o

foco é atender, com maior empenho e satisfação, a demanda dos serviços ofertados sem fins

lucrativos.

Modelos tradicionais de administração com funções hierárquicas e

departamentalização dos setores estão sofrendo mudanças orientadas pelas novas técnicas e

ferramentas que viabilizam a gestão por processos como uma prática efetiva. Adotar o BPM

nas organizações possibilita inovar e superar problemas causados pela má gestão. No entanto,

é importante ter habilidade para planejar e gerenciar as atividades necessárias para o

funcionamento da instituição a partir desse BPM.

Diante do exposto surge o seguinte questionamento: como fazer acontecer melhorias

de forma sistematizada e continuada em universidades públicas federais? Desta forma, faz-se

necessário um maior aprofundamento do estudo sobre o tema para proporcionar respostas a

esse questionamento.

1.1. Objetivos da Pesquisa

Objetivo Geral

Propor um framework com diretrizes para implementação do BPM em universidades

públicas federais.

Objetivos Específicos

Os objetivos deste trabalho reforçam os pontos detalhado a seguir:

Estruturar a fundamentação teórica em melhoria organizacional e identificar o estado

da arte em Business Process Management;

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Identificar a natureza e as características organizacionais e operacionais das

universidades públicas federais que condicionam seus processos;

Arquitetar o framework teórico com diretrizes para implementação do BPM;

Validar a proposta em uma universidade pública federal.

1.2. Justificativa

Com a crescente demanda de processos nas organizações e a necessidade de

desenvolvimento e implantação de um projeto de melhoria mediante técnicas e/ou ferramentas

de gestão, há esforço para sanar essa demanda com uma melhor performance. Com isso, uma

abordagem utilizada com destaque atualmente para maximizar o retorno dessa demanda nas

organizações pelos gestores executivos é o BPM como alternativa para fornecer assistência

necessária na adaptação desse contexto organizacional.

No tocante a esse panorama, as organizações públicas que enfrentam mudanças

notáveis estão se preparando, a fim de prover serviços de qualidade, para atender as

necessidades da sociedade. No entanto, a garantia da governabilidade e alinhamento desses

processos fazem a estrutura organizacional mais ágeis nas resoluções de problemas.

Com o passar do tempo as organizações tendem a oferecer maiores e melhores

serviços para seus clientes. Um meio para alcançar esses resultados são os processos de

negócios que as empresas adotam e executam visando agregar valor para seus clientes. Para

isso, uma abordagem muito utilizada em organizações privadas é o BPM. Essa abordagem

sistemática de gestão trata os processos de negócios como ativos, que potencializam

diretamente o desempenho da organização, primando pela excelência organizacional e

agilidade nos negócios (BRASIL, 2013).

As organizações necessitam criar mecanismos de governança para gerir as ações de

forma estruturada, no entanto, o BPM é um importante mecanismo de gestão organizacional.

Muitas organizações têm como meta, a longo prazo, criar Escritório de Processos (EP) como

unidade de negócios que tem como objetivo a missão de administrar, suportar e fomentar

BPM em toda organização (JESUS et al., 2010).

Adotar a gestão por processos em organizações públicas é justificado pelo crescimento

da demanda dos processos, cobrança por modernização, desburocratização dos processos e

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prestação de serviços com maior qualidade (CATELLI; SANTOS, 2004). Implementar o

BPM nas UPF é relevante por viabilizar a gestão por processos como prática de

gerenciamento de negócio com visão do todo e capacidade de apoiar cada uma das partes dos

processos da instituição com responsabilidade para coordená-los e contribuir para ter mais

resultado na gestão e operacionalização desses processos.

Pensar em BPM no serviço público, incluindo os conceitos, técnicas e métodos

relacionados a esse campo de gestão, com suas devidas adequações, mostra-se como uma

tarefa que requer um maior empenho por parte de seus responsáveis, uma vez que, o foco das

instituições públicas é diferente do incorporado pelo meio privado e as limitações associadas à

prestação de seus serviços são múltiplas. Neste sentido, o BPM é relevante por possibilitar

melhorias que comumente estão associados à prática dessa forma de gestão.

A gestão por processos permite entender a execução dos processos do início ao fim

dando apoio a cada uma de suas etapas para a obtenção dos resultados. Desse modo, a

simplificação de processos permite uma execução do serviço público com menor custo e

maior agilidade resultando em uma melhor qualidade. Contudo, a relevância do tema de

pesquisa justifica-se por corroborar com a melhoria no serviço público que pode ser realizada

por meio de um melhor gerenciamento de seus processos.

A necessidade do BPM é refletida nos benefícios econômicos que traz, por exemplo:

redução de custos, simplificação de rotinas, evitar erros e retrabalhos, eliminar gargalos em

processos, aumenta a eficiência na realização das atividades (WOLF; HARMON, 2012). O

caráter facilitador do BPM dentro da UPF possibilita alinhar e/ou melhorar os processos de

acordo com as estratégias da organização.

Esse modelo de gestão possibilita as organizações criar e otimizar os processos de

negócios, em tempo real, através de processos ágeis que podem ser monitorados e

continuamente melhorados (ZHENG, 2012). Todavia, a gestão por processos é vista para

alcançar resultado plausível alinhado as estratégias e objetivos da organização. O

reconhecimento do valor do BPM para uma organização é significativo para acreditar nos

benefícios que pode ofertar. Portanto, isso pode ser conquistado por meio da instrução e

disciplina do colaborador (BUH et al., 2015).

Muitas discussões surgem considerando a importância de implantar uma gestão

inovadora de processos nas organizações públicas. No entanto, os principais benefícios dessa

gestão estão concatenados ao progresso da eficiência e eficácia obtido com a reestruturação da

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organização ao longo da prática desses processos interfuncionais (JR; SOMMER, 2002). Essa

gestão dos processos facilita abordar a criatividade e inovação mediante aplicação de sistemas

de software padrão para melhorar o desempenho organizacional.

Existem pesquisas de aplicação do BPM em instituições públicas, metodologia

adotada como facilitadora para alcançar a eficiência na gestão, tais como as desenvolvidas por

Mello (2010), Trapp (2011), Santos (2012), Dantas (2013), Oliveira, Santos, Silva (2014),

Lorena (2015).

Tendo em vista ampliar o conhecimento sobre o tema, a proposta de implementação

do BPM pode consolidar o interesse e a ação em fornecer apoio aos processos em andamento

com a necessidade de melhorias e inovação nos serviços ofertados aos discentes, docentes e

todo corpo administrativo da UPF.

1.3. Estrutura da Dissertação

O trabalho está estruturado em sete capítulos. O primeiro capítulo apresenta à

contextualização do tema, os objetivos da pesquisa, a justificativa e a estrutura da dissertação.

O segundo capítulo aborda conceitos fundamentais referentes ao tema através de uma

revisão tradicional da literatura, considerando as temáticas ligadas a: abordagem de melhorias,

técnicas e ferramentas de apoio a melhorias nos processos; Business Process Management,

seus princípios, construtos e elementos; escritório de processos; e a síntese do capítulo.

O terceiro capítulo detalha o método de pesquisa utilizado na dissertação com os

tópicos de caracterização da pesquisa e os procedimentos utilizados.

O quarto capítulo especifica o modelo conceitual criado a partir da revisão

bibliográfica sistemática identificando: os benefícios na implementação do BPM nas

organizações; as dificuldades encontradas para implementação do BPM; as principais

características do BPM; como é a organização do funcionamento do BPM; e os fatores

críticos de sucesso do BPM; e a síntese do capítulo.

O quinto capítulo especifica o estudo de caso onde é identificado a natureza e

características da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estrutura organizacional,

regimento, seus macroprocessos, validação do focus group finalizando com a síntese do

capítulo.

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O sexto capítulo apresenta a proposta para implementação do BPM na UFRN com os

elementos, diretrizes e condicionantes e, por fim, a síntese do capítulo.

O sétimo e último capítulo expõe as considerações finais e conclusões com as

considerações sobre a pesquisa, conclusões, limitações do estudo e recomendações para

futuras pesquisas.

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CAPÍTULO 2: MELHORIA E INOVAÇÃO DE PROCESSOS

Neste capítulo é desenvolvido uma revisão tradicional da literatura sobre BPM,

melhoria e inovação de processos, fundamentando nos temas como: abordagem de melhorias,

técnicas e ferramentas de apoio a melhorias nos processos; Business Process Management,

seus princípios, construtos e elementos; e Escritório de Processos.

2.1. Abordagem de Melhorias de Processos

A abordagem de processo é uma forma considerável de organizar e gerenciar como as

atividades de trabalho geram valor para as partes interessadas. Explorar uma abordagem de

melhoria com foco na gestão por processos de negócio e o relacionamento entre a estratégia,

gestão de pessoas, cultura organizacional e a tecnologia da informação é pertinente ao alcance

dos resultados nas organizações.

Gestão de processos foi estabelecida no chão de fábrica, mas com dificuldade de

estabelecer como uma estratégia de gestão empresarial, principalmente pela complexidade de

controlar grandes sistemas de processos integrados (JR; SOMMER, 2002). A evolução de

mercado e as exigências dos clientes pela qualidade desafiam as organizações por melhorias

nos produtos e consequentemente nos seus processos.

No dinâmico cenário da competitividade, as organizações vêm cada vez mais

buscando tecnologias que gerem novos recursos facilitadores e ágeis para sua estrutura

organizacional. A orientação por processos modificou a visão vertical (funcional) das

empresas por uma visão horizontal (sistêmica) com processos cruzando departamentos e

fazendo solicitações quando necessário, onde a integração das atividades passou a ser um

fator chave (BALDAM, 2008; BALDAM et al., 2014).

A necessidade de tornar-se melhor sustentado pela filosofia de uma melhoria continua

envolve toda organização para alcance do sucesso na competitividade do mercado. Nesta

tônica, as organizações deparam-se com ambientes dinâmicos e inovadores que exigem

transformações continuas proporcionando melhorias. É possível perceber, em empresas ou

organizações, atividades de melhoria contínua, como, por exemplo, nas empresas com sistema

de qualidade com base nos requisitos da ISO 9000 (COSTA, 2013).

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A melhoria continua foi introduzida no Japão após a Segunda Guerra Mundial, em

1945, por especialistas em gestão, como Deming, Juran e Gilbreth (SINGH; SINGH, 2012). É

um conceito simples com aplicabilidade em muitas dimensões no desempenho da organização

com processo de estimular os funcionários a participar da melhoria incremental continua de

produtos e processos (BESSANT et al., 1993).

A competitividade do cenário econômico atual é um fator impulsionador para melhoria

continua dos processos nas empresas ou organizações que oferte produtos ou serviços de

qualidade. Essa melhoria é vista como um processo que percorre e apoia todos os processos

da organização resultando em pequenos ou grandes ganhos contínuos. Melhoria dos processos

de negócios em um momento de crise é essencial para a empresa permanecer no mercado

(MAŘÍKOVÁ et al., 2015).

Melhoria continua é uma abordagem bem conhecidos nas organizações que desejam

manter-se competitivas empenhando-se em conjunto para executar melhorias sem necessidade

de grandes investimentos de capital. Essa melhoria está associada a sobrevivência no mercado

da competitividade. Bhuiyan e Baghel (2005), definem como uma cultura que visa a melhoria

de suas práticas e a eliminação de resíduos em todos os sistemas de processos de uma

organização.

Slack et al. (2009), afirmam que operações ou processos a qualquer momento estar

suscetível a uma pequena ou grande melhoria. Essa melhoria pode ser evolutiva

(incremental), ao longo do tempo pode acontecer consideráveis melhorias, ou quando

acontece mudança radical com uma ideia inovadora ou tecnologia nova (BHUIYAN;

BAGHEL, 2005). Melhorar um processo implica em fazer pequenas correções no seu

desenvolvimento, ao invés de realizar uma mudança radical (COSTA, 2009).

Quando pesquisado sobre abordagem de melhoria no meio cientifico um termo bem

conhecido é da metodologia Seis Sigma que é muito utilizado para melhorar os processos de

vários setores na indústria. O compromisso da gestão e o envolvimento, com foco no cliente,

ligam essa metodologia a estratégia de negócio, infraestrutura organizacional e a habilidade

de gerenciamento de projetos como fatores críticos de sucesso (ALDOWAISAN et al., 2015).

Seis Sigma é uma inovação da gestão da qualidade que muitas organizações têm

adotado, com a intenção de melhorar o desempenho e serviço ao cliente por meio do

envolvimento de todos os funcionários (BRAUNSCHEIDEL et al.; BRUN, 2011), quando

introduzido na Motorola, em 1980, tinha o propósito voltado ao controle de qualidade total.

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De acordo com Harmon (2010), Seis Sigma faz análise de processos conciliados com técnicas

de controle estatístico da qualidade.

A organização quando requer uma melhoria no desempenho dos processos faz-se

necessário um método organizado e sistemático. Métodos estruturados reduzem a

complexidade das tarefas, que por sua vez facilita no alcance dos objetivos de desempenho

dos processos do dia a dia nas organizações e em suas tomadas de decisões (LINDERMAN et

al., 2003).

Seis Sigma aplica uma abordagem estruturada para as atividades de melhoria de

gestão, que é representado pelo método DMAIC (Define – Measure – Analyze – Improve –

Control), projetada para tornar cada colaborador responsável pela qualidade do processo

(LINDERMAN et al., 2003). Enquanto o método PDCA (Plan – Do – Check - Action), é

utilizado pelas organizações para gerenciar os seus processos internos de forma a garantir o

alcance de metas estabelecidas, tomando as informações como fator de direcionamento das

decisões (MARIANI et al., 2005).

O DMAIC é um método em Seis Sigma executado para resolução de problemas, em

que cada letra representa uma ação. Definir - selecionar problema e analisar benefício; Medir

- entender o problema de uma forma mensurável e medir a situação atual; Analisar -

identificação de fatores de influência e causas que determinam o comportamento crítico para a

qualidade; Melhorar - projeto e implementação de ajuste para o processo de melhorar o

desempenho do fator crítico para qualidade; Controlar - verificação empírica dos resultados e

ajuste da gestão de processos e sistema de controle do projeto, a fim de que as melhorias

sejam sustentáveis (MAST; LOKKERBOL, 2012).

Nos programas de melhoria operacional orientados para melhoria da qualidade ou

redução da variabilidade dos resultados dos processos organizacionais, pesquisadores tem

colocado Seis Sigma como abordagem que melhor se aplica para transformação desses

processos (ZU et al., 2008; HARMON, 2010).

2.2. Técnicas e Ferramentas de Apoio a Melhorias nos Processos

Para apoiar a melhoria contínua nos processos, algumas técnicas e ferramentas podem

ser aplicadas para auxiliar em qualquer gerenciamento de atividades. Fatores como a

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identificação do processo, definição dos seus objetivos e limites, identificação dos papeis

funcionais são relevantes alcançar o sucesso da melhoria de processos.

Dentre as técnicas e ferramentas de apoio a melhorias nos processos estão o Ciclo

PDCA, Brainstorm, Benchmarking, Fluxograma, Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto,

Análise Porque-Porque e, Análise Entrada-Saída.

Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action)

Desenvolvido na década de trinta, pelo estatístico Walter A. Shewhart, como sendo

um ciclo de controle estatístico do processo que pode ser repetido continuamente sobre

qualquer processo ou problema (ANDRADE, 2003). Ainda no que se refere o autor, na

década de cinquenta essa técnica foi popularizada por W. Edwards Deming com aplicações

nas gestão das organizações do Japão.

O ciclo inicia com etapa P (Plan - planejar), que envolve as metas e a forma de

alcança-las, identificar o problema, investigar as causas para propor e planejar soluções. Uma

vez concluído, a próxima etapa é D (Do - executar) as tarefas são preparadas e executadas

conforme planejadas. Na etapa C (Check - verificar), os dados são coletados e comparados em

conformidade com as metas propostas. Por último é a etapa A (Action - agir), é realizado os

acertos de acordo com resultado. Neste caso, se a meta é assegurada, atuação será de

manutenção (adotar o plano proposto). Se não foi assegurado, agir sobre as causas com ações

de melhoria antes do ciclo reiniciar (WERKEMA, 2002; SLACK, 2009). O ciclo deve “rodar”

continuamente sem omissão de fase para acontecer de maneira eficaz e não causar prejuízo ao

processo (COSTA, 2013). A figura 2.1, apresenta as quatro etapas do ciclo PDCA.

Figura 2.1: Etapas do Ciclo PDCA.

Fonte: Costa (2013)

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O Ciclo PDCA é aplicado pelas organizações para gerenciar seus processos internos

de modo assegurar no alcance de suas metas considerando as informações de cada etapa como

fator direcionador na tomada de decisão (WERKEMA, 2002; MARIANI et al., 2005).

Brainstorming

Técnica de resolução de problemas, criada por Alex Osbom, que por meio de reunião

em grupo tem o objetivo de gerar o maior número de ideias que são analisadas pelo próprio

grupo para selecionar as melhores (TOFOLI, 2011).

O brainstorming pode ser executado de maneira estruturada, onde todos participantes

têm, considerando a sequência, a oportunidade de opinar ou passar a vez. Outra possibilidade

é a não estruturada, dessa forma os participantes podem expor as ideias que surgem sem

preferência de ordem. As reuniões não devem passar de quinze minutos para evitar o desgaste

dos participantes (HEGEDUS, 2003).

Na fase criativa, todo grupo dedica-se à apresentação do maior número de ideias, sem

preocupação de analisá-las ou criticá-las. Neste momento em que as ideias estão sendo

oferecidas, é proibido censurar. Como é a fase da construção, é proibida qualquer crítica ou

restrição às ideias. Nesta fase, quanto mais ideias, maior é a chance de ter uma boa ideia. As

ideias devem ser escritas, na medida em que vão sendo faladas, em uma lousa ou em uma

grande folha de papel em que todos possam vê-las (TOFOLI, 2011).

Na fase crítica, conduz o empenho do grupo para analisar e criticar todas as ideias

apresentadas. Nenhuma ideia deve ser descartada até que cada integrante do grupo justifique e

defenda cada uma das suas ideias, tentando convencer o grupo quanto às suas vantagens.

Nesta fase são filtradas as ideias, permanecendo apenas aquelas que forem aceitas pelo grupo

para depois evoluir até a solução final (ARAUJO, 2001).

Benchmarking

A essência do benchmarking nas companhias é o processo de identificar a excelência

em produtos, serviços ou processos, e em seguida, fazer as melhorias necessárias para atingir

essa excelência, por meio das melhores práticas (ELMUTI; KATHAWALA, 1997). Essa

abordagem empenha-se, entre outras coisas, em conferir como vai à operação, estabelecendo

o padrão realístico de desempenho. Todavia, empenha-se também, com a pesquisa de novas

ideias e práticas que podem estarem aptas a ser adaptadas ou copiadas (COSTA, 2013).

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Depois de concluir uma atividade de benchmarking ocorre uma chamada para ação,

que será realizado a difusão de conhecimento na organização, envolve diversas atividades,

desde recomendações até a implantação real de mudança (AGOTINETTO, 2006). Entretanto,

benchmarking refere-se principalmente a incentivar a criatividade na prática de melhorias na

organização.

Fluxograma

Fluxograma ou mapa de processo é uma representação gráfica que dar compreensão

dos estágios do processo de algum fluxo ocorrido. É muito utilizado para obter um

entendimento antes de realizar um melhoramento (SLACK et al., 2009). Essa ferramenta

apresenta uma visão gráfica do processo de forma encadeada com a uma visão lógica de como

as etapas se relacionam, capaz de permitir a análise crítica para detectar falhas e oportunidade

de melhorias (TOFOLI, 2011). A figura 2.2, apresenta um exemplo de um fluxograma de um

processo simples e alguns símbolos utilizados na sua elaboração.

Figura 2.2: Exemplo de um fluxograma.

Fonte: Carvalho; Paladini (2005)

A elaboração do fluxograma facilita a visualização do que está sendo feito no processo

e, a partir dessa visualização, ajuda a equipe do projeto agregar o maior número de

informações das atividades, pontos de decisão e a ordem do processamento do fluxo. Dessa

forma, essas informações podem detectar problemas e onde ocorrem e, portanto, podem

ajudar a desenvolver abordagens de melhoria para o processo (COSTA, 2013).

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Diagrama de causa-efeito

Conhecido também por diagrama de Ishikawa ou diagrama de espinha de peixe,

desenvolvido para apresentar a relação existente entre resultado de um processo ou efeito, e as

causas que possam afetar o resultado desse processo. Esse diagrama permite organizar as

informações possibilitando a identificações de possíveis causas do problema agrupada em

cinco categorias para serviço: equipamento, política, procedimento, pessoas e meio ambiente

(SLACK et al., 2009).

O diagrama apresentado na figura 2.3, relaciona uma forma sequencial composto por

uma linha principal na horizontal, com sentido para direita, que representa a evolução de uma

atividade permitindo que se analise cada etapa para identificar a mais importante para

melhoria do processo. A extrema direita representa a conclusão do trabalho com objetivo ou

efeito (ARAUJO, 2001).

Figura 2.3: Exemplo de diagrama de causa-efeito.

Fonte: Adaptado Costa (2013)

A construção do diagrama de Ishikawa pode ser de formas variadas, vai depender do

grau de detalhes de onde estar sendo aplicado. É um importante instrumento e simples entre

as ferramentas da qualidade total (TOFOLI, 2011). Ainda no que afirma o autor, o diagrama

não identifica dentre as causas qual é a principal do problema, entretanto, organiza as

possíveis causas com a finalidade de facilitar a análise e a solução do problema.

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Diagrama de Pareto

O propósito do diagrama de Pareto é mostrar hierarquia de um elemento em relação

aos demais, permitindo no processo de melhoramento distinguir o que é importante e o que é

menos importante. Técnica relativamente direta, que envolve classificar os itens de

informação nos tipos de problemas ou causas de problemas por ordem de importância. Porém,

isso pode ser usado para destacar áreas onde a investigações adicionais poderão ser úteis

(SLACK et al., 2009).

A partir do diagrama de Pareto é possível verificar que nem sempre o elemento que

aparece com maior frequência em um problema é o mais importante. Isto verifica-se do fato

de o seu peso ser menor do que de outro que são encontrados com maior frequência, mas com

maior peso no cômputo geral (TOFOLI, 2011). Esse diagrama é conhecido também por

diagrama de 80-20 que significa que 80% das causas estão concentradas em 20% dos

problemas apontados, ou então que 80% dos fatores estudados estão concentrados em 20%

das características analisadas (COSTA 2013). A figura 2.4, apresenta um exemplo de

diagrama de Pareto.

Figura 2.4: Exemplo de um Diagrama de Pareto.

Fonte: Costa (2013)

O gráfico serve para mostrar a hierarquia de um elemento em relação aos demais,

permitindo a equipe (da qualidade) que dedique prioritariamente ao elemento mais

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importante. Após a determinação de prioridade de resolução em relação aos problemas

detectados, é necessário agir diretamente em suas causas. (TOFOLI, 2011).

Análise Porque-Porque

Análise dos “porquês” é uma técnica simples, porém efetiva para ajudar entender o

problema, que inicia com estabelecimento do problema com o questionamento do por que

aconteceu. Quando identificar as causas raízes do problema, cada uma das causas maiores é

tomada por sua vez e novamente é questionado o “porquê” das razões de ocorrência e assim

continua a perguntar. O procedimento é continuo até que a causa pareça suficiente para

entender e ser atribuída a ela mesmo, ou mais respostas a questão “por quê?” possam ser

geradas (SLACK et al., 2009).

Análise Entrada-Saída

Análise de Entrada-Saída pode ser utilizado como pré-requisito para analisar todo

processo, em seguida, entender qualquer oportunidade de melhoramento tendo uma visão dos

fatores que influenciam o mesmo. Todos os departamentos de operações serão envolvidos no

processo de entrada-saída. Três tarefas estão envolvidas na formulação deste modelo de

entrada-saída (SLACK et al., 2009):

Identificar as entradas e saídas do processo – Esse procedimento deve listar todas as

entradas do processo. Ex.: informações necessárias ao processo, materiais necessários ao

processo, pessoas que tomam parte no processo, instalações e equipamentos usados no

processo. E, todas as saídas do processo. Ex.: produtos e bens tangíveis, físicos, informação

fornecida, e, algo que tenha mudado como resultado da saída;

Identificar as fontes de entradas e destinações das saídas;

Esclarecer os requisitos dos consumidores internos, que são servidos pelos outputs do

processo, e esclarecer que requisitos o processo tem para os fornecedores que suprem o

processo de inputs.

2.3. Business Process Management: Princípios, Construtos e Elementos

Na literatura existem inúmeras definições relacionadas a processo ou processo de

negócio (que compõe uma atividade fim), gestão de processos, gestão por processos ou gestão

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por processos de negócios (o que precisa ser feito e como fazer). No quadro 2.1, mostra

algumas das definições para entender cada uma dessas abordagens.

Quadro 2.1: Síntese das definições de processo, gestão de processos e gestão por processos.

DIMENSÃO CONCEITO REFERÊNCIA

Processo/Processo de

Negócio

Conjunto de tarefas que permitem, na lógica,

obter um resultado de negócio definido.

Davenport; Short (1990)

Abordagem para converter insumos em

produtos, onde todos os recursos de uma

organização são utilizados de forma confiável,

repetível e consistente para atingir seus

objetivos.

Zairi (1997)

Processo pode ser considerado como a maneira

em que as necessidades dos clientes se

transformam em produtos ou serviços reais.

Smart et al. (2009)

Conjunto de atividades e comportamentos

executados por humanos ou máquinas para

obter um ou mais resultados.

ABPMP (2013)

Gestão de Processos

Gestão que cuida dos processos independente

de sua origem.

Baldam (2008)

No operacional, a gestão de processos tem

como parte do trabalho diário definir, medir o

desempenho e melhorar de forma incremental

nos processos.

Rohloff (2011)

Mecanismo baseada na hipótese de que a

melhoria de uma organização está focada na

otimização de processos, ao invés de melhorar

unidades funcionais.

Ziemba; Oblak (2013)

Estratégia para a estruturação de um processo

complexo em uma sequência de tarefas

entendidas como ações que transformam

entradas em elementos de saída.

Montoya et al. (2015)

Estabelece como objeto da gestão o processo,

com o objetivo de otimizá-lo por meio análise e

execução de ações de um método selecionado

para melhorar um indicador de desempenho.

Usirono (2015)

Gestão por Processos/Gestão

por Processos de Negócios

(GPN)

Apoia os processos de negócios por meio de

métodos, técnicas e software para projetar,

aprovar, controlar e analisar os processos

operacionais que envolvam todos os recursos

da organização.

Van Der Aalst et al.

(2003); Weske et al.

(2004)

Disciplina de gestão holística que integra uma

série de fatores para a sua adoção bem-

sucedida.

Antonucci; Goeke (2011);

Rosemann; Vom Brocke

(2015)

Abordagem criada para coordenar e melhorar

os processos organizacionais, tanto em

administração pública ou privado.

Niehaves et al. (2013)

Formação de disciplina que crer na abordagem

centrada no processo para conduzir melhorias

no desempenho do sistema.

Manfreda et al. (2014)

Técnica contemporânea centrada na gestão de

operações de uma organização por meio de

processos de negócio.

Dijkman et al. (2015)

Fonte: Elaboração própria

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A gestão por processos de negócios tem como um de seus fundamentos alinhar os

objetivos da organização as melhorias de gestão por meio de controle dos seus processos

(JESTON; NELIS, 2006). A maior parte dos processos são estruturas dinâmicas que

necessitam ser revistos e melhorados ao longo do tempo, quer seja para se adaptar as

estratégias da organização ou para fazer uso de novas tecnologias (COSTA, 2009).

Baldam (2008), discute a diferença entre as duas visões, considerando a semântica da

gestão de processos versus gestão por processos. A primeira cuida dos processos

independente de origem, já a segunda, cuida com uma visão estratégica considerando a forma

de gerenciar como um todo, neste caso o foco é nos objetivos dos produtos a serem entregues

e nos processos necessários para que isso ocorra. Ainda no que se refere o autor, o processo

considerado isoladamente pode encontrar problemas.

A análise das definições de gestão por processos de negócios revela que o enfoque está

constantemente evocado para o propósito da melhoria dos processos (ZAIRI, 1997). A visão

global e integrada do trabalho permite uma adaptação mais rápida e adequada as exigências

do mercado. O BPM, em termos geral, é parte de uma sequência de melhorias tradicionais de

processos fundidas pela gestão, controle de qualidade e a tecnologia da informação iniciada a

várias dezenas de anos com o objetivo de melhorar método das pessoas pensar e gerir seus

negócios (HARMON, 2015).

Após análise do BPM, consideramos nesta pesquisa que a gestão por processos de negócios,

entende-se como uma abordagem de gestão holística que possibilita a satisfação dos

stakeholders de uma organização pela agregação de valor nas diferentes atividades

desempenhadas.

A ideia de melhoria de processos no trabalho pode ser vista desde do século passado

por Frederick Taylor, na administração científica, com a engenharia de processos para

melhoria industrial (JESTON; NELIS, 2014), seguida da incorporação de componentes da

qualidade total, cadeia de valor, Six Sigma, Lean, Enterprise Resource Planning (PAIM et al.,

2008) e da gestão do conhecimento para melhorar a eficiência organizacional considerando

além dos processos-chaves (BITKOWSKA, 2012).

A gestão por processos modificou a visão vertical (funcional) por uma horizontal

(sistêmica), onde as atividades integradas e o envolvimento da equipe passaram a ser

essenciais para alcançar os resultados (BALDAM, 2014). As sucessivas transformações com

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as diferentes influências que contribuíram ao longo dos anos para melhoria da gestão por

processos são ilustradas, em síntese, na figura 2.5.

Figura 2.5: Síntese cronológica da gestão por processos.

Fonte: Adaptado de Paim et al., 2008

O desempenho organizacional, em face a competitividade, exige das organizações

aperfeiçoar-se aos melhores métodos de gestão eficazes considerando processos inter-

relacionados (BITKOWSKA, 2012; VOM BROCKE et al., 2014). A gestão por processos

pode ser considerada como apoiadora dos processos por meio de métodos, técnicas e

software, a fim de projetar, divulgar, controlar e analisar os processos operacionais que

envolvam seres humanos, organizações e outras fontes de informações (BORREGO;

BARBA, 2014).

O BPM surgiu como uma tecnologia promissora para as organizações recebendo uma

atenção significativa da engenharia de software e sistema de informação (ALAM et al., 2015).

Em contrapartida, Ko et al. (2009), afirma que o gerenciamento por processos de negócios é

uma disciplina de gestão orientada a processos e não uma tecnologia. Nos últimos anos, o

foco na melhoria da gestão por processos tem aumentado significativamente nas organizações

públicas e privadas.

Vom Brocke et al. (2014), afirmam que BPM é uma disciplina conciliada com TI, que

tem como objetivo a melhoria das operações de processos negócios de uma organização com

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proposta de aumentar a eficácia e eficiência. Essa disciplina contribui significativamente para

o desempenho organizacional e competitivo possibilitando a inovação e melhoria

organizacional.

Melhoria na eficácia operacional e na eficiência dos processos é uma tarefa essencial

do BPM nas organizações com práticas concretas (LOHRMANN; REICHERT, 2016). O

BPM representa um novo método de perceber as operações de negócios que vai além das

estruturas funcionais tradicionais, ABPMP CBOK (2013), entendendo todo o trabalho

executado, independe da área funcional ou localização envolvida, com a finalidade de

entregar produto ou serviço do processo.

Muitas organizações estão adotando a ideia de que são compostas por um conjunto de

processos, em vez de um conjunto de atividades funcionais. No entanto, estão mudando sua

visão da forma como estruturar e gerir a si mesmo, para se concentrar em processos de

negócios, em vez de funções de negócios (ARMISTEAD, 1996). Ainda no que afirma o autor,

especialistas em processos são responsáveis na organização em saber quais são os processos

que existem, porém, gastam muito tempo de trabalho para chegar a essa conclusão e, como

resultado, um alto nível de descrição dos processos.

Mudar de uma organização funcional a uma que é baseada em processos de negócio

não é simples ou sem problemas. A gestão por processos de negócios só funciona quando a

atenção é dada a pessoas, processos e sistemas no contexto da estrutura da organização e

cultura organizacional. Quando o foco da organização é a gestão por processos para melhoria

no desempenho organizacional, as pessoas deixam de trabalhar como indivíduos e passam a

ser membros de equipes (ARMISTEAD, 1996).

O requisito de um BPM eficaz estar na compreensão dos princípios essenciais que

sustentam o planejamento e coordenação de iniciativas da gestão por processos de negócios

alinhada à estratégia da organização (VOM BROCKE et al., 2014). Os princípios da gestão

por processos são ferramentas que asseguram a existência de uma empresa no mercado

(MAŘÍKOVÁ et al., 2015). A visão por processos procura compreender “o que precisa ser

feito e como fazê-lo” (BALDAM et al., 2014).

Há vinte anos Armistead (1996), quando se iniciava o conceito de BPM, sugeriu dez

princípios para orientação da gestão de processos: designar um processo campeão, conhecer o

processo, compreender as ligações, trabalhar sobre os trade-offs, ensinar aos outros sobre o

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processo, treinar dentro do processo, medir o processo, gerenciar carreiras, construir

conhecimentos especializados e, por último, melhorar o processo.

Os princípios são a base para robustecer o conhecimento em BPM, desse modo, serve

como referência para sua aplicação. Vom Brocke et al. (2014) estrutura as múltiplas

especialidades entre dez princípios considerado como referência, com uma visão abrangente

de orientações consideráveis a uma gestão por processos.

Primeiro princípio da consciência do contexto: projetos de BPM aplicam uma mesma

abordagem para todos os processos organizacionais, o que resulta em inúmeras falhas de

projeto. Esse princípio sinaliza que BPM requer a consideração de um determinado ambiente

organizacional. A consciência do contexto envolve uma preocupação para os fatores que

distinguem contextos BPM entre organizações, tais como o tamanho, a estratégia, a indústria,

o mercado e os objetivos do BPM, e dentro das organizações, tais como tipos de processos ou

recursos disponíveis. Portanto, BPM devem ser adaptados para atender às circunstâncias

existentes. Deve-se ajustar a organização e, em particular, diferenciar a gestão dos processos

comerciais de acordo com a natureza do processo, por exemplo grau de automação,

padronização, repetitividade, entre outros.

Segundo princípio da continuidade: BPM é frequentemente introduzida em uma

organização por meio de projetos de curto prazo que visam resolver ineficiências específicas.

O princípio da continuidade salienta que BPM deve ser uma prática permanente que facilita

contínuos ganhos de eficiência e eficácia. Estabelecer uma abordagem BPM a longo prazo e

instalar uma mentalidade do processo de forma sustentável é importante, a fim de ser capaz de

alavancar o potencial valor do BPM.

Terceiro princípio da capacitação: muitas organizações simplesmente investem em

ferramentas de BPM ou consultores em vez de capacidades. Desse modo, ficam vulneráveis

por adquirir componentes que eles não podem realmente entender e pode não ser capaz de

utilizar plenamente para atingir seus objetivos de processo. O princípio da capacitação

concentra-se sobre a necessidade de desenvolver as capacidades de BPM individuais e

organizacionais.

Quarto princípio do holismo: em muitos casos a implementação de BPM considera

apenas aspectos organizacionais individuais para excelência operacional de um processo.

Resultante ao insucesso sobre as contribuições limitadas dessa implementação, enfatiza-se a

necessidade de um espaço holístico de BPM. Duas dimensões podem ser distinguidas: BPM

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não deve ter um foco isolado em áreas específicas de uma organização, em outras palavras,

BPM não deve ser um projeto apenas em um ou alguns departamentos, mas correr ao longo da

cadeia de valor. A segunda dimensão, BPM não deve ter um foco isolado em aspectos

específicos, em outras palavras, BPM não deve ser apenas concebido como um exercício de

modelagem, mas só como uma abordagem holística, que compreende, por exemplo, aspectos

estratégicos, metodológicos, técnicas e sociais.

Quinto princípio da institucionalização: exige a incorporação de BPM na estrutura

organizacional. A introdução de papéis formais de BPM e responsabilidades garante que a

"disciplina horizontal" é dado o seu devido peso e que a organização está reequilibrada em

favor de uma integração horizontal de trabalho centrada no cliente.

Sexto princípio do envolvimento: mudanças organizacionais pode ser um risco e, em

alguns casos provoca a resistência dos colaboradores. Esse princípio enfatiza que todos os

grupos de interesse da gestão por processos envolvam todos participantes para promover um

verdadeiro senso de propriedade e aumentar o desempenho organizacional. Compromisso das

pessoas e equipes com a mudança é essencial para o sucesso do BPM.

Sétimo princípio da compreensão conjunta: o entendimento conjunto do BPM é

considerável para sua introdução e sustentação com uma linguagem simples que permita as

diferentes partes compreender os sistemas organizacionais. Desse modo, refletir um

entendimento compartilhado dos processos é ideal para projetar melhorias.

Oitavo princípio da finalidade: enfatiza a atribuição da gestão por processos como um

método de gestão para conseguir a mudança organizacional e criar valor. Esse princípio deixa

claro a exigência do BPM no alinhamento da estratégia com os objetivos. É particularmente

relevante, uma vez que reflete sobre a capacidade da gestão por processos de negócio em criar

transparência sobre sistema organizacional.

Nono princípio da simplicidade: investimento em iniciativa de BPM absorve uma alta

quantidade de recursos. Entretanto, esse princípio sugere que a quantidade de recursos

investido em BPM, por exemplo; esforço, tempo e dinheiro, devam ser racionalizados.

Equilibrar as entradas e saídas dos processos organizacionais torna-se mais eficiente e eficaz.

O décimo e último princípio, considerado pelo autor como referência para gestão por

processos, é o da apropriação da tecnologia: as inúmeras soluções de TI podem ser

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consideradas para promover a eficiência e eficácia dos processos. O princípio ressalta que o

BPM deve fazer uso oportuno de tecnologia, particularmente de TI.

O sucesso do BPM como capacidade organizacional depende de princípios e

elementos fundamentais para uma gestão por processos de negócio bem-sucedida. Rosemann

e Vom Brocke (2015), distingue seis elementos que representam esses fatores críticos para o

sucesso referenciado por outros modelos aplicados em organizações. Estes são alinhamento

estratégico, governança, métodos, tecnologia da informação, pessoas e cultura. Cada elemento

representa um fator crítico de sucesso para o BPM.

Alinhamento estratégico: a gestão por processos de negócios deve estar em simétrica

com a estratégia da organização alinhando seus processos aos objetivos (BUH et al., 2015;

CERIBELI et al., 2013). Cinco domínios de diferentes capacidades são identificados para

avaliar o alinhamento de BPM (ROSEMANN; VOM BROCKE, 2015). No primeiro domínio

o plano de melhoria de processo deve ter origem na estratégia da organização para orientar na

iniciativa de BPM; processos estratégicos e de negócios são elementos centrais para a simetria

estratégica da organização; arquitetura do processo deve ser bem definida para suportar a

estrutura; entender o desempenho do processo é relevante para os indicadores chaves e;

avaliar a estratégia de BPM as prioridades dos clientes chaves e outras partes interessadas.

Governança: compreende a responsabilidade adequada do BPM com a definição clara

e execução de BPM para tomada de decisões. Os processos devem existir para assegurar seu

desempenho com os objetivos estratégicos. Normas devem ser bem definidas e documentadas

para o controle da gestão por processos para manter a qualidade e atualidade dos princípios de

BPM (BUH et al., 2015; ROSEMANN; VOM BROCKE, 2015).

Métodos: reflete ao conjunto de ferramentas e técnicas que sustentam atividades ao

longo do ciclo de vida do processo. Desenhar o processo tem relação com método para

identificar a situação atual e futuro, por conseguinte, implementar e executar processos,

controlar os estágios desses processos e melhora-los para avaliar a gestão por processos na

organização (BUH et al., 2015; BORREGO; BARBA, 2014; ROSEMANN; VOM BROCKE,

2015). As necessidades de cada ciclo de vida do processo envolvem entre cada fase elementos

que integram métodos de ciclo de vida do processo com outros métodos de gestão.

Tecnologia da informação: iniciativa de BPM com apoio de TI permite maior

segurança no controle dos processos. Análogo ao método, o componente de TI empenhar-se

nas necessidades especifica de cada fase do ciclo de vida do processo avaliando a

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personalização, adequação da automação e integração de TI complementares. Essa ferramenta

fornece, dentro dos sistemas, apoio a tomada de decisão para outros proprietários de processos

facilitando a gestão global dos diferentes tipos de iniciativa de BPM (ROSEMANN; VOM

BROCKE, 2015).

Pessoas: o fator pessoas é compreendido como recursos humanos. Preocupado com a

melhoria do desempenho dos negócios da organização considerado como essencial para o

funcionamento do BPM com suas habilidades e conhecimentos dos processos e da gestão por

processos. Pessoas ou grupo de pessoas trabalham em conjunto para atingir os objetivos do

processo por meio do conhecimento da gestão por processos (ROSEMANN; VOM BROCKE,

2015).

Cultura: considerada como fator de sucesso ou fracasso em iniciativa de BPM, devido

a uma falta de identificação de colaboradores com a necessidade de mudança de processo ou o

pensamento geral processo (VOM BROCKE; SINNL, 2011). Valores e crenças coletivas são

essenciais para um desempenho bem-sucedido em práticas de BPM. Atividades relacionadas a

cultura tende a ter um tempo mais longo de resposta quando comparado aos outros cinco

elementos, devido a mudanças na execução do processo (ROSEMANN; VOM BROCKE,

2015). Essa capacidade de resposta pode estar relacionada a falta de qualificação dos

colaboradores, resistência a mudança, falta de uma liderança inovadora e resistência de outras

prioridades (BITKOWSKA, 2012).

2.4. Escritório de Processos

A estrutura organizacional em que estão baseadas as organizações tradicionais com

hierarquias, não permite uma rápida resposta as mudanças exigidas pela sociedade. Tendo em

vista as concorrências do mercado global, torna-se necessário a adaptações rápidas as

mudanças. É neste contexto que surge a necessidade do escritório de processos para dar

suporte a gestão por processos na organização.

A melhoria dos processos é uma necessidade vital para as organizações responderem

as mudanças no ambiente da competitividade. A administração pública, nas últimas duas

décadas do século XX, com os novos sistemas de software, aumento da demanda dos

processos e a cobrança da sociedade por transparência e qualidade na oferta de serviços tem

se preocupado com a otimização dos processos (CATELLI; SANTOS, 2004).

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Em geral, as organizações planejam sua sustentabilidade a longo prazo. No contexto

atual cresce o número de cobranças por eficiência e resultados. Contudo, surge a necessidade

das organizações em institucionalizar a gestão por processos (PAIM et al., 2008). A gestão

por processos envolve as atividades relacionadas a definição de responsabilidades pela

otimização e gerenciamento continuo dos processos, ao controle dos seus desempenhos e ao

incentivo à melhoria continua (BOER, 2014).

Para otimizar os processos e manter os resultados obtidos pela melhoria dos processos,

um centro de conhecimento especializado em BPM pode contribuir de forma significativa

para execução dos processos na organização. O Escritório de Processos (EP) surge como

suporte que supervisiona o gerenciamento e automação dos processos na organização com

colaboradores que possuem habilidades e conhecimentos diferentes para solucionar problemas

complexos (JESTON; NELIS, 2006). O EP busca criar um espaço comum, com visão

compartilhada dos processos, capaz de apoiar cada uma das partes na gestão de seus processos

e no alcance de resultados globais (NOGUEIRA et al., 2012; PINHO et al., 2008).

Existem inúmeras definições sem uma convergência exata de opinião entre os autores.

A figura 2.6, apresenta algumas definições de EP.

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Figura 2.6: Evolução dos conceitos de Escritório de Processos.

Fonte: Elaboração própria

O EP é um mecanismo relevante que tem sido adotado para coordenar as iniciativas de

BPM e propagar seus benefícios por toda a organização (TREAGER et al., 2010). Richardson

(2006), afirma que não há um comum acordo sobre como deve ser definido um EP.

Uma estrutura de EP permite resolver com maior facilidade os desafios das iniciativas

de processos com garantia da lógica, implantação e continuidade da manutenção do ciclo de

BPM (BALDAM et al., 2014). Entretanto, é precípuo no EP alinhar os processos com a

estratégia corporativa e sua missão para garantir a melhoria do desempenho desses processos

na organização (JESUS et al., 2010).

Em face disso, adotar a metodologia da gestão por processos de negócios possibilita

estruturar os processos organizacionais das instituições assegurando a integração funcional e

viabilizando maior agilidade nas atividades que envolvam pessoas, tarefas, maquinas com

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aplicação de software, entre outros elementos coordenados para atingir os objetivos do

negócio.

Macieira et al. (2009), Jesus et al. (2009) e Rosemann et al. (2012) apresentam em sua

obra o que consideram cinco principais elementos de operações em EP:

(I) processos de gestão – os processos estão relacionados a gestão das atividades do EP. Isto

inclui ao serviço de BPM transformação de demandas estratégicas e operacionais, análise,

configuração, monitoramento, avaliação dos resultados gerados, comunicação e disseminação

da cultura de BPM na organização;

(II) processos de suporte – a operação do EP recebe suporte dos processos. Isto inclui a

criação e manutenção dos métodos de todas atividades no ciclo de vida de um processo,

estabelecer papéis e responsabilidades de BPM, gestão de portfólio de serviços em BPM,

gestão dos recursos humanos e orçamento de BPM;

(III) serviços centrais - são centrais para implantação de BPM com responsabilidade de uso do

EP. Nestes serviços incluem modelagem de processos, melhoria e redesenho de processos,

gestão da mudança em processos, gestão da performance em processos e o treinamento em

BPM;

(IV) serviços interligados – relacionam com a disciplina, técnicas e ferramentas de BPM,

mesmo sem ser responsabilidade direta do EP. Nestes serviços envolve a auditoria em

processos, gestão de riscos, controles internos e especificação de sistemas;

(V) tecnologias de BPM – sistemas e conhecimentos em tecnologias que dar suporte a

implementação de conceitos de BPM. Nestas tecnologias uma variedade de sistemas é

envolvida na orientação dos processos.

O EP é formado por uma série de elementos que atuam de forma integrada com as

demais áreas da organização, em que são estruturados de procedimentos e do domínio de

conhecimentos de técnicas, métodos e ferramentas. Essas integrações são regidas por acordos

operacionais estabelecidos pelo processo de governança que coordena todos elementos e

fronteiras de relacionamento com as demais áreas internas da organização (USIRONO, 2015).

De acordo com ABPMP (2013), não há uma estrutura de governança padronizada para

gestão por processos, porém o EP é comumente utilizado por organizações que tem em seu

organograma um setor responsável pela gestão por processos de negócio. Na organização, o

EP pode assumir diferentes formas de atuação para relacionar-se hierarquicamente com outras

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unidades organizacionais, sendo elas: Escritório Normativo para normatizar a gestão por

processos e/ou Escritório Coordenador responsável pela gestão dos processos do dia a dia

(PINHO et al., 2008).

A descrição de cada EP a ser instituído em uma organização deve levar em conta as

especificidades da mesma (PAIM et al., 2008) e os objetivos que a organização tem com a

introdução da gestão por processos em suas atividades (HARMON, 2007). Isto significa que

sua implantação tende a ser única e particular à realidade e à estratégia de cada organização

(NOGUEIRA, et al., 2012). Visto que a atuação do EP varia de uma organização para outra, é

fundamental entender o tipo de organização na qual será realizada a proposta.

(i) Entender a realidade organizacional da UPF para garantir que mudanças a ser realizadas

estejam de acordo com sua realidade (ROSEMANN; VOM BROCKE, 2015). A UPF tem 59

anos de existência com objetivos gerais centrados na formação do cidadão, fundamentados na

ética, no pluralismo, na democracia, na contemporaneidade e na sua missão. As finalidades da

instituição são: ministrar educação em nível universitário; desenvolver, de forma plural, um

processo formativo em diferentes campos do saber; contribuir para o progresso nos diversos

ramos do conhecimento, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão; desenvolver e

difundir o conhecimento; desenvolver e difundir a pesquisa científica (BRASIL, 2016). No

capítulo 5 deste estudo aborda com mais particularidade a estrutura organizacional, regimento

e seus macroprocessos.

(ii) Alinhar estratégia do EP com a UPF (ROSEMANN; VOM BROCKE, 2015). Analisar se

a proposta do EP se é um objetivo da UPF para adaptar e atender as circunstâncias existentes

na organização.

(iii) Definir objetivos do EP na UPF (JESUS et al., 2013): difundir a cultura do BPM, criar

convergência entre as iniciativas de BPM e orientar na organização. Esses objetivos são

alcançados por meio das competências do EP descritas no item (iv).

(iv) Definir competências do EP para UPF (JESUS et al., 2013): gerenciar as iniciativas de

BPM, conciliando os objetivos organizacionais, recursos disponíveis e escopo; delimitar os

papéis e responsabilidades dos envolvidos nas iniciativas de BPM; garantir o alinhamento das

iniciativas de BPM e as prioridades estratégicas das organizações; criar uma abordagem de

planejamento colaborativo para que a execução das iniciativas seja otimizada; promover a

convergência de todos os planos de ação gerados por cada iniciativa de BPM, com objetivo de

evitar duplicação de esforços.

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(v) Planejar o desenvolvimento das atividades do EP na UPF. Preparar um plano de projeto

detalhado com responsabilidade para promover a convergência da iniciativa de BPM,

identificar as partes interessadas para ter uma comunicação bem informada, estabelecer os

ambientes físico e de TI (JESUS et al., 2010).

(vi) Planejar Execução das atividades do EP na UPF com auxílio do Ciclo PDCA aplicado

pelas organizações para gerenciar seus processos internos de modo assegurar no alcance de

suas metas considerando as informações de cada etapa como fator direcionador na tomada de

decisão (WERKEMA, 2002; MARIANI et al., 2005). O ciclo inicia com etapa P (Plan -

planejar), que envolve as metas e a forma de alcança-las, identificar o problema, investigar as

causas para propor e planejar soluções. Uma vez concluído, a próxima etapa é D (Do -

executar) as tarefas são preparadas e executadas conforme planejada. Na etapa C (Check -

verificar), os dados são coletados e comparados em conformidade com as metas propostas.

Por último é a etapa A (Action - agir), é realizado os acertos de acordo com resultado com

ação corretiva no insucesso, padronizar e treinar no sucesso.

(vii) Localizar o EP no organograma da UPF (JESUS et al., 2010). As circunstâncias

particulares da organização que vai determinar a melhor localização do EP.

(viii) Validar a proposta em reuniões de focus group com gestores e especialistas de processos

da UPF.

(ix) Melhorar a proposta do EP com alterações, em concordância, com que foi decidido em

reuniões de validação, para atender as demandas da UPF.

Paim et al. (2008), afirma que o EP tem caráter facilitador dentro das organizações,

além de ser capaz de gerenciar seus processos internos. Entretanto, precisa estar apto a criar e

manter uma estrutura de processos da organização, bem como identificar, priorizar e definir o

escopo de projetos de mudanças de processos e gerenciar os recursos necessários (HAMMER,

2007).

2.5. Síntese do Capítulo

A importância da abordagem de gestão por processos de negócios vem se ampliando

significativamente nos últimos tempos. Neste sentido, explorar uma nova abordagem para a

melhoria nas organizações com foco na gestão por processos de negócio e o relacionamento

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entre a estratégia, gestão de pessoas, cultura organizacional e a tecnologia da informação é

pertinente ao alcance dos resultados com o uso eficiente dos recursos.

A necessidade de tornar-se melhor sustentado pela filosofia de uma melhoria continua

envolve toda organização para alcance do sucesso na competitividade do mercado. O aumento

de demanda no mercado e as exigências dos clientes pela qualidade desafiam as organizações

por melhorias nos produtos e processos. Nesta tônica, as organizações deparam-se com

ambientes dinâmicos e inovadores que exigem transformações continuas proporcionando

melhorias.

Com base na revisão tradicional da literatura, observa-se que a gestão por processos de

negócios no que se refere a melhoria continua dos processos adapta-se a estrutura

organizacional a fim de facilitar a visão sistêmica na organização e possibilitar o cruzamento

de informações entre os departamentos e/ou os diferentes níveis hierárquicos. Nesse contexto,

a administração estratégica quebra o paradigma da gestão funcional das estruturas

organizacionais onde a gestão é limitada aos departamentos com atuações que impede o

trabalho em conjunto.

Com as complexidades das tarefas e processos realizados nas organizações a

necessidade de melhorar e inovar torna-se crescente. Entende-se, no entanto, que é importante

ter habilidade para planejar e gerenciar as atividades necessárias ao funcionamento da

organização a partir da abordagem BPM e com apoio de uma estrutura de EP. Implementar

princípios de gestão alinhado as estratégias da organização é um meio racional de obter

sucesso organizacional para o alcance dos seus objetivos.

O EP é, portanto, um importante mecanismo organizacional que tem sido amplamente

adotado por empresas que visam institucionalizar iniciativas em BPM e perpetuar seus

benefícios através da organização a partir de uma abordagem mais centralizada

(ROSEMANN et al., 2009). Temática relacionada ao gerenciamento de processos é praticada

em empresas privadas e comumente discutida como alternativa de sucesso para as instituições

públicas.

A importância da implementação do BPM com apoio de um EP pode ser observada

pelo alinhamento as estratégias da organização, governança que compreende a

reponsabilidade adequada do BPM com a definição clara e execução de BPM para tomada de

decisões, os métodos com técnicas e ferramentas que sustentem as atividades dos processos,

tecnologia da informação para permitir maior segurança no controle dos processos, recursos

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humanos e, cultura considerada como fator de sucesso ou fracasso em iniciativa de BPM,

devido a uma falta de identificação de colaboradores com a necessidade de mudança de

processo ou o pensamento geral do processo (VOM BROCKE, 2011).

CAPÍTULO 3: MÉTODO DE PESQUISA

Neste capítulo, descreve a caracterização da pesquisa e o procedimento do método da

pesquisa utilizado no desenvolvimento das diretrizes para operacionalização do

Gerenciamento de Processos de Negócios na Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como objeto do estudo.

3.1. Caracterização da Pesquisa

A pesquisa científica consiste em um procedimento formal, com método de

pensamento reflexivo, que requer tratamento científico para conhecer a realidade e descobrir

novos fatos, relações ou leis (GONZÁLEZ, 2010). O estudo é segmentado em duas

perspectivas diferentes. Primeiro é realizado a caracterização do método de pesquisa adotado

para elaboração do trabalho, em seguida, será mostrado o procedimento da pesquisa.

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Na literatura há diferentes perspectivas de autores acerca da metodologia científica

para caracterizar o método da pesquisa (DEMO, 2000; MIGUEL, 2010; CRESWELL, 2010;

MARKONI; LAKATOS, 2003; VOSS et al., 2002). O procedimento adotado enquadra-se sua

predominância como estudo de caso tendo como referência a classificação adotada pelo autor

(VOSS et al., 2002). Ainda de acordo com o referido autor, o estudo de caso é uma

investigação que enriquece não só a teoria, mas também os investigadores com as exposições

de problemas reais, contextos variados de casos e os insights criativos de pessoas em todos os

níveis da organização.

O Quadro 3.1, exibe a caracterização especificada do método de pesquisa da

dissertação com detalhamento do parâmetro da pesquisa e classificação/seleção com cor azul

claro destacando o plano de fundo no quadro selecionado.

Considerando a classificação quanto ao gênero da pesquisa, a mesma pode ser

caracterizada como teórica e empírica, ao estudar teorias e refinar conceitos relacionados a

peculiaridades da gestão por processos. Quanto ao objetivo como exploratória e de abordagem

qualitativa, uma vez que os dados serão analisados por método qualitativo e, em seguida,

enquadrados na perspectiva das características da instituição estudada.

Quadro 3.1: Caracterização do método de pesquisa

Parâmetro Classificação/Seleção

Gênero da pesquisa (DEMO, 2000)

Teórica

Metodológica

Empírica

Prática

Objetivo da pesquisa (MIGUEL, 2010)

Exploratória

Descritiva

Explicativa

Abordagem da pesquisa (CRESWELL, 2010)

Qualitativo

Quantitativo

Qualitativo/Quantitativo

Argumentação lógica (MARKONI; LAKATOS, 2003) Indutivo

Dedutivo

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Hipotético/Dedutivo

Dialético

Método de pesquisa (VOSS et al., 2002)

Survey

Simulação

Pesquisa-ação

Estudo de caso

Estudo de casos

Fonte: Adaptado de González (2010)

No que concerne ao tipo de argumentação lógica, o estudo se classifica como indutivo

visto que a partir da revisão bibliográfica sistemática se induziu a proposta do framework com

diretrizes para implementação em universidades públicas federais. Por último, o critério do

método de pesquisa designa-se como estudo de caso pelo fato da pesquisa empírica investigar

um fenômeno contemporâneo no seu contexto de vida real, principalmente quando os limites

entre fenômeno e o contexto não são claramente evidentes (YIN, 2010).

3.2. Procedimentos da pesquisa

A segunda perspectiva aborda o procedimento de pesquisa em que proporciona

detalhes por etapas dos procedimentos realizados no trabalho. O estudo procurou arquitetar

uma investigação teórica relacionado a gerenciamento de processos de negócios, para isso

utilizou Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS). Conforto et al. (2011), define RBS como

um método científico para busca de análise de artigos de uma determinada área da ciência.

Ainda de acordo com o autor, é um método importante e ainda pouco utilizada na área de

gerenciamento de projetos, pois ajuda a delimitar o foco da pesquisa de interesse e construir

uma base compacta de conhecimento.

A RBS é uma abordagem de pesquisa confiável por sua abrangência e caracterizada

como um meio de avaliar e interpretar todos os estudos relevantes para uma determinada

questão de pesquisa, área, ou fenômeno de interesse com a finalidade de gerar conhecimentos

estruturados sobre o tema da pesquisa (WEBSTER; WATSON, 2002; KITCHENHAM, 2004;

PAI et al. 2004).

Conforme Brereton et al. (2007), existem os chamados estudos primários e o estudo

secundário. Os primários são estudos individuais que contribuem com a RBS e o secundário

refere-se a própria revisão sistemática. Por meio do estudo secundário, é possível acumular

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evidências as quais podem oferecer novas ideias ou identificar onde determinados assuntos

pode sem aprimorados a partir de estudos primários adicionais.

Na primeira etapa foi considerada a problemática junto ao tema de interesse, em

seguida, os objetivos e as palavras-chave foram definidos. Com base nessa definição foi dado

procedimento a RBS com pesquisas realizadas nas bases de dados CAPES - Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Scopus usando as palavras-chave: “business

process management”, “business process management + universities”, “business process

management + public sector”, “business process management + public administration”. A

Figura 3.1, demonstra as etapas definidas no procedimento adotado na pesquisa.

O primeiro filtro foi realizado nos portais de Periódicos CAPES e Scopus utilizando

apenas a palavra-chave “Business Process Management”, tendo como resultado 95 artigos. O

segundo, terceiro e quarto foi utilizado no portal de Periódicos CAPES obedecendo a

sequência de busca seguida do resultado de cada uma: “Business Process Management +

universities”, 4 artigos; “Business Process Management + Public sector”, 1 artigo; “Business

Process Management + Public administration”, 7 artigos. O quadro 3.2, detalha o método

utilizado no procedimento de seleção de artigos nos portais utilizados.

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Figura 3.1: Etapas dos procedimentos da pesquisa.

Fonte: Elaboração própria

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Quadro 3.2: Procedimentos e seleção dos artigos.

Palavras-Chave Base de

Dados Idioma Operadores Booleanos

Número

de Artigos

Business process

management

SCOPUS/

CAPES Inglês No título É exato Artigos 95

Business process

management

+

Universities

CAPES Inglês No título É exato Artigos 4

Business process

management

+

Public sector

CAPES Inglês No título É exato Artigos 1

Business process

management

+

Public admistration

CAPES Inglês No título É exato Artigos 7

Total de artigos 107

Fonte: Elaboração própria

Nesta etapa, um critério de exclusão foi considerado, por exemplo: não ser artigo ou

não conter a palavra-chave do tema pesquisado no título, palavras-chave ou no resumo do

artigo. No total, foram pré-selecionados 107 artigos publicados em 51 periódicos no período

de 1997 a 2016. Para ser realizada de forma sistematizada e organizada a extração das

informações que preenchessem a tabela da RBS. O levantamento dos artigos foi realizado de

julho de 2015 a fevereiro de 2017.

Foi realizada a leitura dos artigos e o preenchimento da tabela da RBS, em uma

planilha no Google Drive, possibilitando extrair informações relevantes dos artigos para

análise da pesquisa inerente. Um resumo dessa planilha encontra-se no apêndice A com as

principais informações que foram consideradas. A partir disso, realizou-se a RBS do tema

Business Process Management considerando os benefícios na implementação nas

organizações, as dificuldades encontradas para implementação, as principais características, a

organização do funcionamento, os fatores críticos de sucesso, para enfim, criar o modelo

conceitual genérico do BPM.

Ainda nessa primeira etapa foi realizada uma revisão bibliográfica tradicional da

literatura, considerando artigos científicos, teses, dissertações e livros, com as palavras-chave

melhoria organizacional e Escritório de Processos (EP) nas bases de dados CAPES e Google

Acadêmico para realizar um levantamento teórico acerca dos temas.

Na segunda etapa foi dado procedimento a pesquisa de campo com estudo de caso,

considerando a natureza e características da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

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sua estrutura organizacional, seu regimento geral, seus macroprocessos, suas diretrizes,

condicionantes e elementos para adoção do BPM, para enfim, validar o focus group.

O focus group, de acordo com Oliveira e Freitas (1998), é um tipo de entrevista em

profundidade realizada em grupo, cuja reunião apresenta característica definida quanto a

proposta, tamanho, composição e procedimentos de condução. Dessa forma, o focus group foi

estruturado em três etapas: planejamento, condução das entrevistas e análise dos dados.

A primeira etapa é o planejamento, onde são definidas as diretrizes para alcançar os

objetivos da pesquisa. Dessa forma, é considerável entender a proposta do Gerenciamento de

Processos de Negócios para Universidade considerando suas diretrizes para melhoraria no

desenvolvimento dos processos.

Conforme Oliveira e Freitas (1998), o planejamento do focus group inclui uma série

de recomendações de como deve acontecer para coletar os dados para a pesquisa:

O grupo deve ser formado entre seis e doze participantes, a seleção dos

participantes é realizada conforme o tema de pesquisa.

Os participantes devem ser heterogêneos com nível instrutivo semelhante e todos

devem ter alguma contribuição sobre o tema tratado.

O moderador deve ter um envolvimento variável: num extremo é baixo, onde tem

o papel de fazer o grupo progredir e observar; em outro extremo é alto, onde o

moderador controla os tópicos que são discutidos e a dinâmica da discussão. O

moderador não pode fazer juízo sobre as respostas e deve ter a capacidade de

memoriza-las ou usar um assistente que as registre.

As entrevistas devem ser marcadas em sessões previamente planejadas e

roteirizadas com duração entre uma a duas horas.

O local das sessões deve ter conforto e é conveniente que o ambiente seja

organizado em formato de “U” para os participantes melhor visualizar e identificar

uns aos outros.

O conteúdo das respostas deve cobrir o máximo do campo dos tópicos relevantes a

pesquisa.

O moderador não pode fazer juízo sobre as respostas e deve ter capacidade de

memoriza-las.

As respostas devem ser consolidadas em categorias de análise que permitam

consolidá-las em grupos semelhantes.

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Fundamentado nas orientações de Oliveira e Freitas (1998) para conduzir a sessão do

focus group, nesta segunda etapa da pesquisa prosseguiu com a seguinte estrutura:

Os participantes foram selecionados considerando a temática da pesquisa, dessa

forma, foram convidado participantes de ambos os sexos (masculino e feminino)

com formação em Engenharia de Produção ou áreas afins que sejam locados em

diferentes setores/departamentos, mas que possuam conhecimento em processos

para agregar maior valor ao desenvolvimento da pesquisa. Os convites foram

realizados pessoalmente e consequentemente confirmados pelos membros.

Seguindo uma ordem cronológica do tempo de vínculo dos engenheiros com a

Universidade, o quadro 3.3 mostra a identificação dos participantes, setor de

locação, seu título (graduação/pós-graduação) e o tempo de vínculo com a

instituição. Foram convidados: três da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas

(PROGESP), um da Pró-reitoria de Pesquisa (PROPESQ), um da Pró-reitoria de

Planejamento e Coordenação Geral (PROPLAN), um da Superintendência de

Infraestrutura (SIN), um do Almoxarifado, um do Centro de Tecnologia (CT), um

do Instituto Metrópole Digital (IMD) e um do grupo de pesquisa CRIAÇÃO.

Quadro 3.3: Identificação do participante por setor e seu tempo de vínculo.

Identificação do

Participante Setor de Locação

Graduação/Pós-

Graduação Tempo de Vínculo

Engenheiro (01) SIN Mestre Sete anos e quatro

meses

Engenheiro (02) PROGESP Mestre Seis anos

Engenheiro (03) IMD Graduação Quatro anos e três

meses

Engenheiro (04) PROPESQ Graduação Quatro anos e três

meses

Engenheiro (05) CRIAÇÃO Mestre Quatro anos

Engenheiro (06) ALMOXARIFADO Mestre Três anos e cinco

meses

Engenheiro (07) PROGESP Mestre Três anos e cinco

meses

Engenheiro (08) PROGESP Mestre Três anos e cinco

meses

Engenheiro (09) PROPLAN Graduação Um ano e dois meses

Engenheiro (10) CT Graduação Oito meses

Fonte: Elaboração própria

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54

A sessão foi agendada para iniciar às 08h do dia 03 de fevereiro de 2017, mas

devido a imprevistos (arranjo do ambiente e chegada dos participantes) teve início

às 08h50, atrasando 50min do tempo planejado. Conforme detalha no quadro 3, o

tempo previsto para duração da sessão era de 01h35min, mas teve duração de

02h15min, excedendo do tempo previsto em 40min, motivado pela grande

quantidade contribuições individual e coletiva dos participantes.

A sessão teve duração de duas horas e quinze minutos com as respectivas etapas e

tempos previstos para cada: abertura com apresentação rápida do mestrando,

orientador e os convidados (quinze minutos), apresentação das instruções e do

modelo conceitual criado a partir da RBS (quinze minutos), contribuição

individual (vinte minutos) com as respostas dos questionários no roteiro e colagem

dos post-its no quadro, discussão coletiva (cinquenta minutos) e o fechamento

(cinco minutos). No quadro 3.4, detalha a sequência das etapas com tempo

previsto e tempo realizado.

Quadro 3.4: Etapas do focus group com tempo previsto e o realizado.

Etapas Tempo previsto Tempo realizado

Apresentação dos participantes 15 min 15 min

Apresentação das instruções e do modelo

conceitual 15 min 13 min

Contribuição individual 20 min 27 min

Discussão coletiva 50 min 78 min

Fechamento 5 min 2 min

Tempo total 95 min 135 min

Fonte: Elaboração própria

A sessão aconteceu em uma sala com o layout organizada em formato de “U” com

todos integrantes identificados em ordem alfabética e sobre as mesas os materiais

(pasta com resumo do modelo conceitual, questionário e caneta) para o registro de

suas contribuições individuais (Apêndice C). Com autorização de cada participante

foi registrada, por meio de gravações de áudios e fotos, toda sessão.

O mestrando, com auxílio do orientador e apoio técnico de dois bolsistas da

iniciação científica, deu início a sessão se apresentando, em seguida, pedindo aos

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convidados que se apresentassem para “quebrar o gelo” entre os participantes.

Após a apresentação o moderador deu início apresentação do focus group com

conceito, regras, modelo conceitual referente a BPM expondo os benefícios,

características, dificuldades, organização e fatores críticos de sucesso nas

organizações que já implementaram. A partir disso, foi apresentado o roteiro com

questionário (Apêndice B).

Os participantes registraram individualmente se concordavam (parcialmente,

plenamente ou não concordavam, motivo?) com os fatores e elementos

encontrados na literatura e faziam suas contribuições referente a benefícios,

dificuldades e organização (Apêndice B). Em seguida, registravam suas

contribuições nos post-its e as colocavam nos quadros equivalente as questões dos

fatores benefícios, dificuldades e organização.

O mediador leu todas as contribuições individuais provocando uma discussão

coletiva dando oportunidade a quem desejava fazer suas colocações. A experiência

de cada um contribuiu para as opiniões e sugestões, tiveram poucas discordâncias.

Ao final, o mediador encerrou as discussões e agradeceu a todos os participantes

pelas suas contribuições e encerrou a sessão.

Nessa segunda etapa, foi realizada com representantes de áreas compatível ao projeto

de pesquisa com o objetivo de validar a proposta (Capítulo 5 no item 5.2. Validação do focus

group) por meio da coleta de informações e experiências desses participantes. Foi

disponibilizado aos participantes um roteiro (Apêndice B) com a figura do modelo conceitual

criado a partir da RBS e as questões relacionado aos fatores benefícios, dificuldades e

organização identificado nesse modelo do estudo, a partir disso, os participantes contribuíram

com novas diretrizes para implementação na UFRN.

Por último, na terceira etapa foi realizada a descrição da proposta do Gerenciamento

de Processos de Negócios a partir dos novos elementos adicionados aos fatores benefícios,

dificuldades, e organização para, enfim, realizar a análise e discussão dos resultados com as

limitações do estudo e recomendações para futuras pesquisas e os resultados da pesquisa. Para

isso, foi considerado as informações geradas nas discussões dos participantes do focus group,

na quais foram gravadas em áudios e registros fotográficos.

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CAPÍTULO 4: BUSINESS PROCESS MANAGEMENT

Este capítulo tem como finalidade conhecer o estado da arte sobre business process

management e apresentar um modelo conceitual para uma organização que venha a

implementar essa abordagem de gestão. Para isso é feita uma revisão bibliográfica sistemática

sobre o tema que subdivide em cinco partes: benefícios na implementação, dificuldades na

implementação, características do BPM, organização para o funcionamento do BPM e fatores

críticos de sucesso.

4.1. Benefícios na Implementação do BPM nas Organizações

A gestão por processos vem sendo apontada como uma iniciativa para alcançar

melhorias de modo pujante para solução de problemas organizacionais. Por exemplo,

Štemberger et al., 2009, afirmam que BPM podem trazer significantes benefícios à

organização, tais como uma melhor compreensão dos seus processos, mais controle e melhor

desempenho dos negócios. De um ponto de vista operacional, gestão por processos é ter

processos definidos, medir seu desempenho e melhorá-los de forma incremental como parte

da atividade diária (ROHLOFF, 2011).

Adotar BPM em uma organização se dá pela necessidade de melhorar a coordenação

da gestão ou a capacidade de resposta da organização, a necessidade de melhorar a satisfação

de seus colaboradores e clientes para se manter competitiva (WOLF; HARMON, 2012).

Ainda no que afirma os autores, um dos principais motores para sua adoção é a necessidade

de reduzir os custos, tornando os processos mais eficientes. A vantagem na utilização do BPM

não se dá pelo tamanho da organização, mas sim, pelo modo como elas o utilizam (BALDAM

et al., 2014).

O quadro 4.1, visa expor os principais benefícios que mais se destacam na

implementação do BPM nas organizações consideradas pelos autores: desempenho e

competitividade; melhoria na organização; satisfação dos colaboradores e/ou clientes; redução

de custos.

Considerando os principais benefícios encontrados, percebe-se com maior

concordância que o BPM consiste em uma abordagem que consegue unir seu desempenho e

competitividade a melhoria organizacional de forma a satisfazer seus colaboradores e clientes,

além disso, tem contribuído na redução dos custos organizacionais. Contudo, o BPM deve ser

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entendido como uma abordagem ampla, que diz respeito à aplicação de métodos e técnicas

para o projeto, implantação, controle e melhoria contínua dos processos.

Quadro 4.1: Benefícios para implementar BPM nas organizações.

Benefícios na implantação

do BPM

Número de

artigos Autor

Melhorias global (sistêmica)

na organização 15

Zairi (1997); Jeston e Nellis (2006); Štemberger et al. (2009);

Kohlbacher (2009; 2010); Rohloff (2011); Bitkowska (2012);

Wolf e Harmon (2012); Zheng (2012); Carmo e Albuquerque

(2014); Trkman et al. (2014); Buh et al. (2015); Faria e

Nóvoa (2015); Front et al. (2015); Montoya et al. (2015).

Maior desempenho e

aumento da competitividade 15

Zairi, (1997); Gulledge Jr e Sommer (2002); Hill et al.,

(2006); Jeston e Nellis (2006); Kujansivu e Lönnqvist

(2008); Štemberger et al. (2009); Antonucci e Goeke (2011);

Pyon et al. (2011); Bitkowska (2012); Wolf e Harmon

(2012); Zheng (2012); Carmo e Albuquerque (2014); Waal e

Batenburg (2014); Dijkman et al., 2016; Van der Aalst et al.,

2016.

Satisfação dos colaboradores

e clientes (internos e

externos)

13

Zairi (1997); Jeston e Nellis (2006); Kohlbacher (2009;

2010); Schöler et al. (2011); Bitkowska (2012); Wolf e

Harmon (2012); Waal e Batenburg (2014); Trkman et al.

(2014); Faria e Nóvoa (2015); Supelano (2015); Lau et al.

(2016); Nadarajah e Kadir (2016).

Redução dos custos 3 Kohlbacher (2010); Rohloff (2011); Wolf e Harmon (2012).

Fonte: Elaboração própria

O ambiente dinâmico, marcado pelas inovações, tem levado as organizações buscarem

mudanças significativas para tornarem-se aptas a gerenciar de forma mais eficiente e eficaz

seus processos de negócios. Para serem efetivas, as organizações devem ser capazes de

definir, analisar, melhorar, medir e controlar seus processos.

4.2. Dificuldades Encontradas para Implementação do BPM

A adoção de BPM é um processo muito complexo e demorado que requer muito

esforço, tempo, recursos e disciplina (BUH et al., 2015). A falta de compreensão na

abordagem do BPM é um fator que dificulta a implementação, junto a isso, vem as barreiras

humanas com a falha na comunicação (PRITCHARD; ARMISTEAD, 1999; HILL et al.,

2006). Em muitos casos, isso é devido a uma falta de identificação de um colaborador com a

necessidade de mudança de processo ou o pensamento geral do processo (HILL et al., 2006).

Ainda de acordo com os autores, a rápida adoção de BPM pelas organizações resultou em

uma escassez de profissionais qualificados em gestão por processos de negócios, e as

empresas têm encontrado dificuldades para contratar indivíduos qualificados em BPM.

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Embora cresça o número de organizações que estão interessadas em adotar ou

expandir abordagens BPM e implementar tecnologias, a maioria carecem de competências

internas suficientes e necessárias para realizarem estas iniciativas de BPM. Por exemplo, há

uma falta geral de compreensão dos princípios de BPM nas organizações empresariais, os

compromissos das partes interessadas para implementar e apoiar as iniciativas de BPM, e o

conhecimento de BPM dos gestores (BANDARA et al., 2007).

Minonne e Turner (2012), na sua pesquisa identificaram um conjunto de aspectos

como sendo aqueles que mais dificultam a promoção da gestão por processos nas

organizações: falta de interesse da alta administração; dificuldade de alinhar os projetos

baseados em processos à estratégia corporativa; dificuldade de mensurar os benefícios

financeiros; falta de know-how sobre processos; indefinição de responsabilidades; falta de

recursos direcionados aos projetos; e problemas relacionados aos indicadores de desempenho

dos processos. Outros estudos descobriram que a escassez de recursos pode ter um impacto

negativo tanto do tipo mercado, bem como do tipo de rede governança (NIEHAVES et al.,

2012).

As organizações buscam mudanças significativas em sua arquitetura de processos para

tornarem-se aptas a gerenciar de forma mais eficiente e eficaz seus processos de negócios,

entretanto, enfrentam algumas complexidades. O quadro 4.2, apresenta as principais

dificuldades encontradas na implementação do BPM consideradas pelos autores:

entendimento do BPM, entender a organização, falta de qualificação, problemas financeiros

das organizações, falta de entendimento pela alta administração, resistência a cultura e as leis

regulatórias.

A introdução da gestão por processos nas organizações traz desafios com as

dificuldades encontradas na implementação. Percebe-se com maior concordância que a

compreensão dos colaboradores da organização com o entendimento do BPM é uma das

maiores dificuldades encontradas na implementação, por ter um papel fundamental no que diz

respeito a sinergia entre o trabalho de diferentes áreas.

O entendimento do contexto em que a organização está inserida, a melhor qualificação

dos profissionais envolvidos na gestão por processos e os cuidados na aplicação dos recursos

financeiros das instituições são importantes fatores para o bom funcionamento do BPM. Por

sua vez, a falta de entendimento pela alta administração, a resistência a cultura e as leis

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regulatórias são fatores que exigem um melhor entendimento entre colaboradores e

organização para superar as dificuldades para alcançar os resultados desejados.

Quadro 4.2: Principais dificuldades encontradas na implantação do BPM.

Dificuldades de

implantação do BPM

Número de

artigos Autor

Entendimento do BPM pelos

integrantes da organização 8

Pritchard e Armistead (1999); Rosemann e de Bruin (2005);

Hill et al. (2006); Bitkowska (2012); Alam et al. (2015); Buh

et al. (2015); Faria e Nóvoa, (2015); Gabryelczyk (2016).

Entender a organização

(alinhar o projeto do BPM as

estratégias)

6

Bandara et al. (2007); Minonne e Turner (2012); Carmo e

Albuquerque (2014); Hamali e Mahdaoui (2015); AlShathry

2016; Gabryelczyk (2016).

Falta de qualificação dos

colaboradores 5

Bandara et al. (2007); Bitkowska (2012); Minonne e Turner

(2012); Buh et al. (2015); Gabryelczyk (2016).

Dificuldades financeiras para

implementar na organização 4

Bitkowska (2012); Minonne e Turner (2012); Niehaves et al.

(2012); Buh et al. (2015).

Resistência a Cultura do

BPM 3

Rosemann e de Bruin (2005); Bitkowska, (2012);

Gabryelczyk (2016).

Falta de entendimento pela

alta administração 2 Bandara et al. (2007); Minonne e Turner (2012).

Mudanças frequente de leis

regulatórias 2 Alam et al. (2015); Waal e Batenburg (2014).

Fonte: Elaboração própria

4.3. Principais Características do BPM

Gerenciamento de processos de negócios é uma disciplina de gestão orientada a

processos, não é uma tecnologia (KO et al., 2009), que se destaca como um campo de

pesquisa de fronteira abrangente que incide sobre as capacidades fundamentais da

organização para gerenciar seus processos de negócios (VOM BROCKE; ROSEMANN,

2015). Há um longo período de tempo tem se caracterizado como um conceito de utilização

de negócios para melhorar a eficiência da organização (PRITCHARD; ARMISTEAD, 1999),

melhorar e otimizar processos de negócios de forma contínua, com o objetivo de contribuir

valor da organização, do cliente e no seu desempenho (ZHENG, 2012).

Os resultados do BPM nas organizações mostram uma característica de

multidisciplinaridade de BPM, nas diferentes áreas de pesquisa que compreendem o tema e

como praticam essa abordagem (IRITANI et al., 2015). Entre as multidisciplinaridades do

BPM pode ser visto como apoiadora dos processos de negócios usando métodos, técnicas e

software, a fim de projetar, promulgar, controlar e analisar os processos operacionais que

envolvam seres humanos, organizações, aplicativos e outras fontes de informação

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(BORREGO; BARRA, 2014). Resolutamente implantado, BPM vai tornar as organizações

mais eficiente e ágil, e capacitá-las a tomar melhores decisões dos processos (HILL et al.,

2006).

O objetivo do BPM não é apenas dominar o que a organização faz, mas como fazê-lo

de forma eficiente. Melhorar a eficiência de uma organização requer não apenas um foco

constante na melhoria dos processos-chave, mas também deve levar em conta a gestão do

conhecimento durante as atividades do processo (BITKOWSKA, 2012). Isso resulta em

"níveis" de processos integrados (ANTONUCCI; GOEKE, 2011). Ao contrário da

reengenharia, na abordagem BPM os processos são otimizados e não recriados, o que

significa que o conjunto de experiências e conhecimentos adquiridos pela organização ao

longo do tempo não são ignorados (MINONNE; TURNER, 2012).

O quadro 4.3, são destacadas as principais características do BPM pelos autores: visão

sistêmica dos processos, foco no valor e no cliente, eficiência, gestão do conhecimento e,

multidisciplinaridade.

Quadro 4.3: Principais características do BPM.

Características do BPM Número de

artigos Autor

Visão sistêmica dos

processos

14

Fowler (2003); Van der Aalst et al. (2003); Rosemann e de

Bruin (2005); Štemberger et al. (2009); Antonucci e Goeke

(2011); Rohloff (2011); Pyon et al. (2011); Minonne e

Turner (2012); Zheng (2012); Bae et al. (2014); Carmo e

Albuquerque (2014); Buh et al. (2015); Faria e Nóvoa

(2015); Supelano (2015).

Foco no valor e no cliente 14

Zairi (1997); Jeston e Nellis (2006); Reijers (2006);

Palmberg (2009); Burton, (2010); Hammer (2010);

Kohlbacher (2010); Pyon et al. (2011); Wolf e Harmon,

(2012); Zheng (2012); Ziemba e Oblak (2013); Trkman et al.

(2014); Faria e Nóvoa (2015); Supelano (2015).

Possibilita a eficiência

(alcançar mais com menos)

10

Pritchard e Armistead (1999); Hill et al. (2006); Antonucci e

Goeke (2011); Rohloff (2011); Schöler et al. (2011);

Bitkowska (2012); Wolf e Harmon (2012); Bae et al. (2014);

Waal e Batenburg (2014); Von Brocke et al. (2016).

Gestão do conhecimento 7

Papavassiliou et al. (2003); Harmon (2007; 2010); Antonucci

e Goeke (2011); Bitkowska (2012); Beverungen (2014);

Carmo e Albuquerque (2014).

Multidisciplinaridade

(técnicas e ferramentas) 6

Hepp et al. (2005); Sidorova e Isik (2010); Borrego e Barba

(2014); Iritani et al. (2015); Von Brocke e Rosemann (2015);

Von Brocke et al. (2016).

Fonte: Elaboração própria

Nesse sentido, pode-se considerar como característica do BPM como uma organização

eficiente que é capaz de otimizar os processos em sua multidisciplinaridade. Então, a gestão

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por processos deve ser gerenciada e otimizada como uma disciplina de gestão orientado a

processos de ponta a ponta para criar valor ao cliente, preocupando-se cada vez mais com o

papel do cliente e o valor percebido pelo mesmo. Isso possibilita a visão holística do negócio,

dando condições do gestor observar além de suas fronteiras processuais com a gestão do

conhecimento sobre BPM que contribui para aumentar a eficiência dos processos da

organização.

O paradigma da estrutura funcional de uma organização foi quebrado pela gestão por

processos por sua visão sistêmica, uma vez que os departamentos não se limitam a resolver

problemas somente dentro de suas fronteiras. A estrutura por processos é uma visão dinâmica

da forma pela qual a organização produz valor, uma vez que evidencia uma sequência de

atividades que são realizadas, cruzando departamentos e níveis hierárquicos, até a saída dos

produtos. A adoção de uma abordagem por processo significa a adoção do ponto de vista do

cliente.

A integração de toda organização nos remete a multidisciplinaridade defendida pelos

autores e dessa forma depende o sucesso da gestão por processos e consequentemente da

organização. Contudo, é preciso saber trabalhar todas essas características para que uma

complemente a outra. A familiaridade é importante para um melhor ambiente de trabalho e

facilidade de entendimento entre os colaboradores da organização.

4.4. Organização para o Funcionamento do BPM

Na abordagem baseada em processos de negócios, os gestores preocupam-se

primeiramente com o desempenho dos processos ponta a ponta e com o alinhamento destes à

estratégia organizacional, aos objetivos estratégicos e à criação de valor ao cliente (BURTON,

2015). Além disso, BPM tem as seguintes premissas básicas: atividades de mapeamento e

documentação dos processos, foco nos clientes, atividades de medição para avaliar o

desempenho dos processos, otimização contínua dos processos, utilização de melhores

práticas para melhoria do posicionamento competitivo, e abordagem para a mudança de

cultura da organização (PYON et al., 2011).

De um ponto de vista operacional, gestão por processos é sobre ter processos

definidos, medir seu desempenho e melhorá-los de forma incremental como parte da atividade

diária (ROHLOFF, 2010). Melhoria dos processos diz respeito ao conjunto de ações

realizadas para identificar, analisar e melhorar os processos de negócios existentes para

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melhor adequação com as necessidades dos usuários organizacionais (FRONT et al., 2015).

Serviços relacionados à BPM incluem definição e modelagem de processos de negócio

existentes, analisar e otimizar os processos, formação e educação dos empregados, a fim de

incentivar o processo de pensamento, a medição do desempenho do processo, introduzindo

propriedade de processos, entre outras (BUH et al., 2015).

Um pré-requisito para a gestão de uma organização baseada em seus processos é saber

quais processos de negócios são realizadas dentro da organização e como eles estão

relacionados uns aos outros (REIJERS, 2006). É importante que uma organização reconheça o

valor de BPM e acredite nos benefícios que essa abordagem pode trazer. Isto pode ser

conseguido através da formação e educação dos funcionários. Etapas típicas de adoção do

BPM: consciência e a compreensão de BPM; desejo de adotar BPM; projetos de BPM;

programa de BPM; produtização de BPM (BUH et al., 2015).

BPM tem de ser regido pelas seguintes regras (ZAIRI, 1997): as atividades principais

têm de ser devidamente mapeado e documentado; BPM cria um foco em clientes através de

ligações horizontais entre as atividades principais; BPM depende de sistemas e procedimentos

documentados para assegurar a disciplina, consistência e repetitividade do desempenho de

qualidade; BPM confia na atividade de medição para avaliar o desempenho de cada processo

individual, estabelecer metas e entregar os níveis de produção que podem satisfazer os

objetivos corporativos; BPM tem de se basear numa abordagem contínua de otimização

através da resolução de problemas e colhendo benefícios extras; BPM tem de ser inspirado

por melhores práticas para garantir que a competitividade superior seja alcançada; BPM é

uma abordagem para a mudança de cultura e não resulta simplesmente através de ter bons

sistemas e a estrutura no lugar certo.

Dessa forma, diversos fatores podem ser considerados como bons para o

funcionamento do BPM na organização para evoluir em diversas iniciativas que buscam

qualidade e trabalham os processos organizacionais. O quadro 4.4, expõem os principais

fatores para um bom funcionamento do BPM na organização explorado pelos autores:

melhorar o processo; gerenciamento do processo; documentação do processo; definição de

responsabilidades do processo; centro de excelência BPM ou escritório de processos; e

recursos (requer esforço, tempo, recurso e disciplina para formação do BPM).

As organizações sentem a necessidade de migrar de uma estrutura com hierarquias

para modelos mais horizontais que garantam uma participação maciça dos envolvidos. Neste

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sentido, a racionalização, o controle e o monitoramento dos processos, salientado pelo

gerenciamento dos processos de negócio é uma referência para resolver a falta de agilidade da

gestão tradicional nas estruturas organizacionais.

Quadro 4.4: Fatores com maior relevância para organização do funcionamento do BPM.

Organização do

funcionamento do BPM

Números de

artigos Autor

Mapeamento/padronização

de processos 17

Zairi (1997); Pritchard e Armistead (1999); Gulledge Jr e

Sommer (2002); Van der Aalst et al. (2003; 2004); Willaert

et al. (2007); Palmberg (2009); Rohloff (2010); Pyon et al.

(2011); Bitkowska (2012); Minonne e Turner (2012); Zheng

(2012); Beverungen (2014); Pádua e Jabbour (2014); Front et

al. (2015); Montoya et al. (2015); Rosemann (2015).

Gerenciamento do processo

(ponta a ponta) 8

Zairi (1997); Pritchard e Armistead (1999); Gulledge Jr e

Sommer (2002); Van der Aalst et al. (2003); Bitkowska

(2012); Buh et al. (2015); Burton (2015); Faria e Nóvoa

(2015).

Documentação/registro das

atividades 7

Zairi (1997); Pritchard e Armistead (1999); Gulledge Jr e

Sommer (2002); Reijers (2006); Pyon et al. (2011);

Bitkowska (2012); Burton (2015).

Definição de

responsabilidades 6

Pritchard e Armistead (1999); Gulledge Jr e Sommer (2002);

Van der Aalst et al. (2003); Bitkowska (2012); Buh et al.

(2015); Burton (2015).

Centro de Excelência BPM/

Escritório de Processos 4

Weske (2007); Willaert et al. (2007); Pyon et al. (2011); Buh

et al. (2015).

Disponibilidade de recursos 2 Waal e Batenburg (2014); Buh et al. (2015).

Fonte: Elaboração própria

Essa abordagem implica em uma ênfase relativamente forte sobre a melhoria da forma

pela qual o trabalho é realizado. Para alcançar os resultados, as organizações precisam

entender seus processos e aperfeiçoá-los continuamente. Assim, as soluções de BPM podem

lidar com as mudanças nos processos para consolidar uma administração mais ágil proativa

com uma gestão integrada, moderna e racional.

A melhoria dos processos nas organizações serve como parâmetro para a definição das

boas práticas organizacionais, a partir do gerenciamento dos processos com sua

documentação e definição das responsabilidades para garantir o andamento adequado e

facilitar aplicação dos recursos aos processos. Dessa forma, o Centro de Excelência ou

Escritório de Processos é um importante mecanismo adotado para coordenar as iniciativas de

BPM para perdurar seus benefícios no desempenho da organização.

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64

4.5. Fatores Críticos de Sucesso do BPM

A gestão por processos é a realização de objetivos de uma organização através da

melhoria, gestão e controle dos processos de negócios essenciais (JESTON; NELLIS, 2006),

que é dependente de elementos estratégicos e operacionais, com uso de ferramentas e técnicas

modernas, envolvendo pessoas e com foco efetivamente na satisfação e nos requisitos do

cliente (ZAIRI, 1997).

Os papéis e as posições necessárias para as atividades de BPM ser bem-sucedidos

exigem tanto conhecimento amplo em BPM e conhecimento de negócio específico da

organização, combinado com habilidades sólidas de TI (ANTONUCCI; GOEKE, 2011).

Dessa forma, BPM é uma estratégia organizacional orientada para o processo e focada na

melhoria contínua que inclui TI como um elemento fundamental (MONTOYA et al., 2015).

Ceribeli et al. (2011), identificaram que a partir do mapeamento das dificuldades, é

possível delimitar, no campo conceitual, um conjunto de práticas que contribuem para o

sucesso da implementação bem-sucedida de uma filosofia de gestão baseada em processos:

obter patrocínio da alta administração; alinhar os processos de negócios à estratégia

competitiva da organização; criar um conjunto de métricas capazes de apontar os ganhos

obtidos com a orientação para processos; treinar os funcionários, para que os mesmos

modifiquem seus modelos mentais focados nos limites funcionais; definir papeis focados na

orientação por processos e distribui-los de maneira clara; utilizar ferramentas de priorização

de projetos, considerando que não é possível implementar vários projetos simultaneamente; e

criar um sistema de mensuração de desempenho dos processos.

Adoção de BPM em uma organização se dá: pela necessidade de melhorar a

coordenação da gestão ou a capacidade de resposta da organização; necessidade de melhorar a

satisfação do cliente para se manter competitiva; implementação de tecnologia da informação

(TI), sistemas e aplicativos de negócios; estabelecimento de sistemas de gestão da qualidade

para certificação ISO; adoção de estratégias de gestão de conformidade com base em

legislação que se concentram em processos de negócios, juntamente com alto crescimento,

fusões e aquisições; reestruturação; mudança de estratégia e a necessidade de agilidade de

negócios (JESTON; NELLIS, 2006; WOLF; HARMON, 2012). O quadro 4.5, detalha os

principais fatores críticos de sucesso do BPM encontrado na literatura.

Os fatores críticos de sucesso são ações pertinentes ao projeto, cujo desempenho é

considerável para o sucesso na conquista dos objetivos. Percebe-se em maior concordância

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entre os autores que a tecnologia da informação é o fator crítico de sucesso maior relevância

na implementação do BPM. Por conseguinte, o entendimento da governança, pessoas e o

alinhamento estratégico são importantes para entender a cultura organizacional, sua

metodologia e dispor disciplina na gestão por processos em concordância com as leis

regulamentadoras nas organizações para lograr o sucesso.

Quadro 4.5: Principais fatores críticos de sucesso do BPM.

Fatores críticos de sucesso

do BPM

Número de

artigos Autor

Tecnologia da Informação

(TI) 15

Van der Aalst et al. (2003); Rosemann e de Bruin (2005);

Hill et al. (2006); Jeston e Nellis (2006); Harmon (2010);

Antonucci e Goeke (2011); Brocke e Sinnl (2011); Wolf e

Harmon (2012); Beverungen (2014); Waal e Batenburg

(2014); Buh et al. (2015); Montoya et al. (2015);

Gorbacheva et al. (2016); Hernaus et al. (2016); Rahimi et

al., (2016).

Governança 10

Rosemann e de Bruin (2005); Hill et al. (2006); Jeston e

Nellis (2006); Brocke e Sinnl (2011); Ceribeli et al. (2011);

Bitkowska (2012); Roeser e Kern (2014); Buh et al. (2015);

Hernaus et al. (2016); Rahimi et al., (2016).

Alinhamento estratégico 9

Rosemann e de Bruin (2005); Hill et al. (2006); Harmon

(2010); Brocke e Sinnl (2011); Ceribeli et al. (2011);

Beverungen (2014); Roeser e Kern (2014); Buh et al. (2015);

Hernaus et al. (2016).

Pessoas 9

Zairi (1997); Rosemann e de Bruin (2005); Brocke e Sinnl

(2011); Bitkowska (2012); Roeser e Kern (2014); Waal e

Batenburg (2014); Buh et al. (2015); Montoya et al. (2015);

Gorbacheva et al. (2016).

Cultura 7

Rosemann e de Bruin (2005); Hill et al. (2006); Brocke e

Sinnl (2011); Bitkowska (2012); Schmiedel et al. (2012);

Roeser e Kern (2014); Buh et al. (2015).

Métodos 6

Van der Aalst et al. (2003); Rosemann e de Bruin (2005);

Brocke e Sinnl (2011); Ceribeli et al. (2011); Roeser e Kern

(2014); Buh et al. (2015).

Disciplina 6

Gulledge Jr e Sommer (2002); Harmon (2007); Weske

(2007); Ko et al. (2009); Beverungen (2014); Buh et al.

(2015).

Leis regulamentadoras

quando existente 3

Jeston e Nellis (2006); Wolf e Harmon (2012); Waal e

Batenburg (2014).

Fonte: Elaboração própria

As organizações que desejam alcançar seus objetivos são recomendadas apoderar-se

de seus processos internos e externos bem definidos, uma vez que as constantes mudanças nos

processos exigem uma boa estrutura de TI alinhada as estratégias da organização com apoio

da gestão de pessoas (funcionários capazes e motivados), uma boa governança com

responsabilidades explicitas para colaboradores e processos e o apoio da alta gerência.

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4.6. Modelo Conceitual do BPM

A importância de desenvolver BPM nas organizações vem se ampliando

significativamente. A habilidade de inovar condizente com as necessidades da gestão por

processos é um relevante fator que influencia no desempenho da organização frente as

demais. Por sua vez, a complexidade da gestão por processos tem seu condicionamento aos

fatores variantes de origem interno ou externo a organização.

Neste sentido, as organizações necessitam se adequar aos diversos fatores existentes

nas dimensões da gestão por processos, seja com as tecnologias existentes, nas adaptações dos

padrões estipulados ou na integração desses fatores. Todos os fatores são importantes para

desenvolvimento do BPM, tendo em vista os objetivos da organização. Dessa forma há uma

agilidade no acompanhamento das mudanças na organização.

Tendo em vista a importância da gestão por processos na sua forma eficiente de se ver

como o trabalho é realizado e possibilitar a reestruturação deste, por meio de ciclos de

melhoria continua dos processos com vista a otimização. Os autores buscam interpretar a

realidade da gestão por processos através de modelos que sistematizem o passo a passo das

etapas que forneça uma visão unificada das atividades que devem ser cumpridas para atingir o

objetivo final da organização.

Como desdobramento dos resultados obtidos com a revisão bibliográfica sistemática,

diferentes fatores foram reunidos a fim de elaborar o modelo conceitual para uma organização

que venha a operacionalizar com BPM. Esse modelo é composto por cinco dimensões com

fatores distintos que se complementam: benefícios, dificuldades, características, organização e

fatores críticos de sucesso. Este modelo está representado na figura 4.1.

O BPM está centralizado em uma figura de formato circular inter-relacionando todas

as dimensões com seus fatores, por sua vez, significam que, apesar da passagem do tempo

esses fatores se mantem ao longo do desempenho da gestão por processos. Entre as dimensões

há inter-relações representadas pelas setas que podem ser percebidos os fatores cada uma

dessas dimensões aleatoriamente.

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Figura 4.1: Modelo conceitual das pesquisa sobre BPM.

Fonte: Elaboração própria

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As dimensões desses cinco fatores são partes de um todo que se complementam. A

primeira dimensão vem com os benefícios que trazem a uma organização com: melhoria na

organização, desempenho e competitividade, satisfação dos colaboradores e clientes, e

redução dos custos. Esses benefícios são essenciais na geração de resultados eficazes para

organização.

A segunda dimensão, dificuldades, estão presentes nas etapas de implementação da

gestão por processos com: entendimento do BPM, entender a organização, falta de

qualificação, problemas financeiros, resistência a cultura e as leis regulatórias. Essas

dificuldades quando superadas possibilitam que os processos operem eficientemente na

organização.

A terceira dimensão é a organização, onde tem a responsabilidade de melhorar o

processo, gerenciar o processo, documentar, definir responsabilidades, administrar os recursos

e controlar por meio de um centro de excelência em BPM. Estes fatores na organização são

relevantes em todas as etapas da gestão por processos para melhorar o desempenho

organizacional.

A quarta dimensão do modelo são as características do BPM com: visão sistêmica dos

processos, foco no valor e no cliente, possibilidade da eficiência, gestão do conhecimento e a

multidisciplinaridade. Essas características fazem a gestão por processos uma resposta

contemporânea aos desafios da gestão organizacional como um caminho plausível para

auxiliar no gerenciamento de organizações com grande complexidade.

A quinta dimensão são os fatores críticos de sucesso: tecnologia da informação (TI),

alinhamento estratégico, governança, pessoas, cultura, métodos e disciplina. Esses fatores são

postos como alicerce e base do modelo, uma vez que são responsáveis por envolver toda rede

da gestão por processos com capacidade para melhorar a gestão ou capacidade de resposta da

organização.

4.7. Síntese do Capítulo

Este capítulo, por meio de uma revisão bibliográfica sistemática, buscou identificar os

principais benefícios, dificuldades, características, melhoria organizacional e os fatores

críticos de sucesso acerca do tema gerenciamento de processos de negócios, tendo como

resultado o modelo conceitual que interliga todos esses fatores ao BPM.

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Todas essas fundamentações teóricas servem para contribuir e justificar a importância

de considerar o BPM na proposta do estudo de caso. Todos os fatores e elementos destacados

foram encontrados na literatura e possuem forte influência no estudo e objetivos da pesquisa.

Dessa forma, o modelo conceitual deve ser considerado como referencial na aplicação de uma

sessão de focus group para propor a implementação do gerenciamento por processos de

negócios para UFRN considerando a realidade da Universidade.

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CAPÍTULO 5: ESTUDO DE CASO

Neste capítulo é apresentado a universidade onde aconteceu o estudo de caso com

natureza e caracterização, estrutura organizacional, regimento, macroprocessos, validação do

focus group e concluindo com a síntese do capítulo.

O Ministério da Educação classifica as universidades em pública e privada, sendo

basicamente o sistema de ensino superior público mantido pelo poder público em nível

municipal, estadual e federal. Um conjunto de normas foram formuladas para regular esse

sistema de UPF com apoio de algumas entidades como: Conselho de Reitorias das

Universidades Brasileiras (CRUB), Associação Nacional de Dirigentes de Instituições

Federais de Ensino superior (ANDIFES), Conselho Nacional de Educação (CNEE), Lei de

Diretrizes e Bases (LDB).

Neste sentido, as UPF caracterizam-se por ser instituições que utilizam recursos

públicos para sua manutenção, tendo o governo federal como seu principal mantedor, e com

ensino gratuito. Outra característica entre essas instituições é a inter-relação e

interdependência de seus diversos componentes, sua interação com o desenvolvimento da

ciência, tecnologia, cultura em geral, evidenciando também, uma boa relação entre a

universidade o setor privado e as instituições governamentais. Dessa forma, as UPF devem

obedecer ao princípio da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão.

5.1. Natureza e Características da Universidade Federal do RN

Este capítulo aborda as características da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte (UFRN) com uma breve descrição da estrutura organizacional, regimento e seus

macroprocessos.

5.1.1. Estrutura Organizacional

A Universidade do Rio Grande do Norte foi criada em 25 de junho de 1958 passando a

ser federalizada em 18 de dezembro de 1960 sendo popularmente chamada de UFRN. A

reforma universitária em 1968 fez acontecer um processo de reorganização e as faculdades

deixaram de existir passando a ser criados departamentos, dependendo dos cursos e

disciplinas, organizaram-se em centros acadêmicos (UFRN, 2016).

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O amplo processo de expansão das universidades reflete na estrutura organizacional

das instituições com agilidade na prestação de serviços e flexibilidade para se adaptar as

mudanças. Nessa perspectiva, cada órgão, como parte de um todo, tem suas funções especiais.

A UFRN rege-se pelos instrumentos normativos do estatuto, regimento geral, regimento

interno da reitoria, nas normas emanadas dos colegiados superiores, regimentos internos dos

centros acadêmicos e dos demais órgãos competentes de sua estrutura organizacional.

A estrutura funcional da UFRN é estabelecida pelas normas estatuarias e regimentais

consoantes as resoluções emitidas pelos colegiados responsáveis. Na estrutura organizacional

é constituída pelos colegiados superiores: Conselho Universitário – CONSUNI; Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE; Conselho de Administração – CONSAD;

Conselho de Curadores – CONCURA; Administração Superior – Reitoria, Pró-Reitoria,

Centros Acadêmicos, Unidades Acadêmicas Especializadas, Unidades Suplementares e

Hospitais Universitários.

No nível superior, a administração da UFRN é composta pela Reitoria, 8 pró-reitorias

(Graduação; Pós-Graduação; Pesquisa; Extensão; Assuntos Estudantis; Planejamento e

Coordenação Geral; Administração e Gestão de Pessoas); 2 secretarias (Educação a Distância;

Relações Internacionais e Interinstitucionais); e 3 Superintendências (Infraestrutura;

Informática; Comunicação).

Estruturada em 5 campis, distribuídos no Campus Central em Natal, Campus de

Macaíba, Campus de Santa Cruz, Campus de Caicó e o Campus de Currais Novos, a área

acadêmica da UFRN é composta por 8 centros: Biociências (CB); Ciências Exatas e da Terra

(CCET); Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA); Ciências Sociais Aplicadas (CCSA);

Ciências da Saúde (CCS); Educação (CE); Tecnologia (CT) e Centro de Ensino Superior do

Seridó (CERES), com 77 departamentos acadêmicos. A UFRN em 2015 contou com 7

unidades acadêmicas especializadas, assim nominadas: Escola de Música, Escola Agrícola de

Jundiaí – Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias; Faculdade de Ciências da

Saúde do Trairi; Escola de Ciências e Tecnologia, Instituto do Cérebro e Instituto Metrópole

Digital, e Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Unidade

Acadêmica Especializada em Educação Profissional em Saúde.

A UFRN com sua autonomia tem procurado adequar sua estrutura organizacional na

agilidade de prestação de serviços e flexibilidade para mudanças. Dessa forma, um

organograma funcional foi construído baseado na análise documental, entrevista e o

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delineamento do desenho em si. No quadro 5.1, lista as unidades da estrutura organizacional

desenhada.

Quadro 5.1: Estrutura geral da UFRN.

GRUPO UNIDADES ORGANIZACIONAIS

1) Reitoria

Estrutura Geral da UFRN

Pró-reitoria de Graduação – PROGRAD

Pró-reitoria de Pesquisa – PROPESQ

Pró-reitoria de Pós-Graduação – PPG

Pró-reitoria de Extensão – PROEX

Pró-reitoria de Planejamento e Coordenação Geral – PROPLAN

Pró-reitoria de Administração – PROAD

Pró-reitoria de Gestão de Pessoas – PROGESP

Secretaria de Educação à Distância – SEDIS

Secretaria de Relações Internacionais e Interinstitucionais – SRI

Superintendência de Infraestrutura – SIN

Superintendência de Informática – SINFO

Unidades de Staff

2) Centros

Acadêmicos

Centro de Biociências – CB

Centro de Ciências Exatas e da Terra – CCET

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – CCHLA

Centro de Ciências da Saúde – CCS

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA

Centro de Educação – CE

Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES (2)

Centro de Tecnologia – CT

3) Unidades

Acadêmicas

Especializadas

Escola Agrícola de Jundiaí – EAJ

Escola de Ciências e Tecnologia – ECT

Escola de Saúde da UFRN – ESUFRN

Escola de Música – EMUFRN

Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – FACISA

Instituto do Cérebro

Instituto Metrópole Digital

4) Unidades

Suplementares

Instituto Internacional de Física – IIF

Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte

Núcleo Permanente de Concursos – COMPERVE

Biblioteca Central Zila Mamede (19 setoriais)

Superintendência de Comunicação – COMUNICA

Editora Universitária

Museu Câmara Cascudo

Núcleo de Pesquisas em Alimentos e Medicamentos – NUPLAM

Núcleo de Arte e Cultura – NAC

Centro Regional Universitário de Treinamento – CRUTAC

Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saúde Coletiva e Nutrição

5) Núcleos

Interdisciplinares

de Estudos

Núcleo Avançado de Políticas Públicas

Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandense

Núcleo de Aquicultura e Pesca

Núcleo de Educação para Ciência

Núcleo de Estudos do Petróleo e Energias Renováveis

Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Meio Ambiente

Núcleo Interdisciplinar de Estudos em diversidade sexual, gênero e direitos

humanos – TIRÉSIAS

Fonte: Adaptado UFRN (2016)

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As universidades vêm passando por um amplo processo de expansão das suas

finalidades e atribuições. Sendo assim, a estrutura organizacional deve refletir e permitir

agilidade na prestação de serviços e flexibilidade para se adaptar às mudanças. Nesse sentido,

é importante clareza quanto ao papel de cada órgão e unidade como parte de um todo que se

quer coerente e eficaz.

O processo de planejamento da UFRN toma como referência o papel de uma

universidade contemporânea, que precisa encontrar e elaborar respostas a um conjunto de

novos desafios, que são incorporadas às funções assumidas e acumuladas historicamente - de

preservar a cultura e o conhecimento universal, de propiciar formação profissional e de

produzir ciência e tecnologia socialmente relevantes.

5.1.2. Regimento

No capítulo I da natureza jurídica Art. 1º a UFRN, criada pela Lei Estadual nº 2.307,

de 25 de junho de 1958, federalizada pela Lei nº 3.849, de 18 de dezembro de 1960, com

plano de reestruturação aprovado pelo Decreto nº 62.091, de 09 de janeiro de 1968,

modificado pelo Decreto nº 74.211, de 24 de junho de 1974, é uma instituição universitária de

caráter público, organizada sob a forma de autarquia de regime especial, vinculada ao

Ministério da Educação, com sede e foro na cidade de Natal, capital do Estado do Rio Grande

do Norte.

Parágrafo Único. A Universidade goza de autonomia didático-científica,

administrativa e de gestão financeira e patrimonial, em conformidade com a Constituição

Federal.

Art. 2º A Universidade rege-se pelos seguintes instrumentos normativos:

I. Estatuto;

II. Regimento Geral;

III. Regimento Interno da Reitoria;

IV. Regimentos Internos dos Centros Acadêmicos e dos demais órgãos componentes de sua

estrutura organizacional;

V. As demais normas emanadas dos Colegiados Superiores.

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No capítulo II dos princípios e dos objetivos no Art. 3º a Universidade observa os

princípios:

I. da ética;

II. da gestão democrática;

III. da natureza pública e gratuita do ensino, sob a responsabilidade da União;

IV. da liberdade de ensino, pesquisa e extensão, e da difusão e socialização do saber;

V. da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;

VI. da universalidade do conhecimento e fomento à interdisciplinaridade;

VII. da descentralização administrativa e acadêmica;

VIII. da democracia social, cultural, política e econômica, com o exercício da justiça e o bem-

estar do ser humano;

IX. da democratização da educação no que concerne à gestão, à igualdade de oportunidade de

acesso e à socialização de seus benefícios;

X. do desenvolvimento cultural, artístico, tecnológico e socioeconômico do Estado, da Região

e do País;

XI. do compromisso com a paz, com a defesa dos direitos humanos e com a preservação do

meio ambiente;

XII. da publicidade dos atos e das informações;

XIII. do planejamento e da avaliação periódica das atividades;

XIV. da prestação de contas acadêmica e financeira;

XV. do quorum mínimo para funcionamento de órgãos colegiados e para eleição de dirigentes

e representantes;

XVI. das condições de manutenção e de perda do direito de representação.

Art. 4º São objetivos da Universidade:

I. ministrar educação em nível universitário, tendo como centro de suas preocupações o

compromisso com todos os princípios proclamados no art. 3º;

II. desenvolver, de forma plural, um processo formativo em diferentes campos do saber

necessários à compreensão da natureza e da cultura;

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III. contribuir para o progresso, nos diversos ramos do conhecimento, por meio do ensino, da

pesquisa e da extensão;

IV. desenvolver e difundir o conhecimento, tendo em vista preparar o indivíduo para o

exercício da reflexão crítica e participação na produção, sistematização e desenvolvimento do

saber;

V. desenvolver e difundir a pesquisa científica, objetivando o avanço do conhecimento teórico

e prático, em seu caráter universal e autônomo, contribuindo para a solução dos problemas

sociais, econômicos e políticos, nacionais e regionais, e para a elevação do nível de vida do

povo brasileiro.

Parágrafo Único. No cumprimento desses objetivos, a Universidade não permite a

superposição de meios para o alcance de fins idênticos ou equivalentes.

O regimento geral da UFRN atualizado pela Resolução no 07/2002-CONSUNI, de 16

de agosto de 2002, e pela Resolução nº 13/2008, CONSUNI, de 01 de dezembro de 2008.

TÍTULO I - Do regimento e de seus objetivos

Art. 1° O Regimento Geral é o conjunto de normas que disciplinam as atividades

comuns aos vários órgãos e serviços integrantes da estrutura organizacional da UFRN, nos

planos administrativo, didático-científico e disciplinar, tendo, para isso, o objetivo de

complementar e operacionalizar o seu Estatuto.

Parágrafo Único. Os órgãos deliberativos e executivos da administração superior e

acadêmica, bem como as Unidades Suplementares têm regimentos internos próprios que

disciplinam aspectos estritamente específicos, respeitadas as disposições da legislação federal

aplicável, do Estatuto e deste Regimento Geral.

TÍTULO II - Da administração universitária

Art. 2º A administração universitária é feita por seus órgãos colegiados deliberativos e

por seus órgãos executivos, nos níveis da administração central, acadêmica e suplementar, em

que se desdobra a sua estrutura organizacional, objetivando a integração e a articulação dos

diversos órgãos situados em cada nível.

TÍTULO III - Do regime didático-científico

Compreende o capítulo I do ensino que compõe com a seção I da admissão aos cursos,

seção II do cadastramento e da matricula, seção III dos currículos e programas, seção IV da

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verificação do rendimento escolar, seção V da transferência, seção VI da integralização

curricular e seção VII do calendário. Capítulo II da pesquisa; capítulo III da extensão; capítulo

IV dos diplomas, certificados e das dignidades universitárias.

TÍTULO IV - Da comunidade universitária

Art. 145. A comunidade universitária é constituída pelos corpos docente, discente, e

técnico-administrativo, diversificados em suas atribuições e funções e unificados em seus

objetivos.

5.1.3. Macroprocessos

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sendo uma instituição pública de

ensino superior, apresenta atividades fins relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão

definidos conforme o PPI (Projeto Pedagógico Institucional) o qual é parte integrante do PDI

(Plano de Desenvolvimento Institucional 2010-2019). Por esse motivo, seus macroprocessos

finalísticos relacionados as suas atividades são os acadêmicos. Todas as informações descritas

neste tópico foram retiradas do Relatório de Gestão do Exercício de 2015 desenvolvido pela

Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral da UFRN.

Os macroprocessos relacionados ao ensino apresentam uma divisão entre

macroprocessos finalísticos para o ensino de graduação e para o ensino de pós-graduação.

Aqueles voltados para o ensino de graduação são desenvolvidos conforme o que é

estabelecido pelo Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação, aprovado pela Resolução

nº 171/2013 do CONSEPE (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) em 05 de

novembro de 2013. Esse documento normatiza todas as etapas do processo, competências e

obrigações desde a criação de cursos até a diplomação do estudante. No quadro 5.2, pode-se

observar um exemplo do detalhamento dos macroprocessos da graduação.

Quadro 5.2: Macroprocessos da graduação UFRN.

Tipo de ensino Macroprocessos

Graduação

Definição de normas sobre projeto pedagógico;

Registro e controle acadêmico; Componentes

curriculares; Ofertas de vagas; Formas de ingresso

e seleção; Desenvolvimento de atividades e

processo de avaliação de aprendizagem.

Fonte: Elaboração própria

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Macroprocessos do ensino de pós-graduação, por sua vez, são regulados pela

Resolução nº 197/2013 do CONSEPE de 10 de dezembro de 2013. O processo inicia com a

aprovação da proposta pelo Conselho de Centro ou de Unidade Acadêmica e pela comissão de

pós-graduação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. A criação e autorização de programas de

cursos de pós-graduação stricto sensu é realizada pelo CONSEPE. Em seguida, a proposta é

encaminhada como previsto no aplicativo da Agência de Acreditação da Capes com

justificativa, objetivos do programa ou curso, relevância, a contribuição que será gerada ao

ensino e a área de pesquisa e as perspectivas futuras.

Os profissionais ingressantes em programas de pós-graduação participam de processos

seletivos específicos para mestrado ou doutorado. As seleções acontecem mediante sistema

oficial de registro e controle acadêmico, obedecendo a um edital disponibilizado no próprio

sistema aprovado, anteriormente, pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Além dos processos descritos, a graduação e a pós-graduação contam com duas

instâncias administrativas: o departamento acadêmico e o colegiado de curso. O primeiro

abrange a lotação dos docentes e o segundo é responsável pelo acompanhamento das

atividades pedagógicas de um determinado curso.

Em relação aos macroprocessos relacionados às atividades de pesquisa, esses são

regulados por um conjunto de normas internas as quais estão em consonância com órgãos e

agências oficiais de fomento à pesquisa. Dessa forma, processos relacionados à pesquisa

apresentam uma boa padronização.

O processo de pesquisa tem início com o lançamento de editais, prosseguindo com a

elaboração do projeto por um docente pesquisador e cadastro no SIGAA (Sistema Integrado

de Gestão de Atividades Acadêmicas). Os projetos podem partir de um grupo de pesquisa

vinculado à uma linha de pesquisa de um programa de pós-graduação ou apenas de um

pesquisador. Em seguida, os projetos são submetidos à professores cadastrados e, caso

necessário, à Comissão de Ética em Pesquisa também participa da avaliação. Caso o projeto

seja aprovado pela Comissão de Pesquisa, o pesquisador deverá apresentar relatórios parciais

ou final, a depender do edital, bem como os produtos gerados.

Por fim, os projetos de extensão universitária são regulados, também, por um conjunto

de normas internas disponibilizadas pela PROEX (Pró-Reitoria de Extensão) de acordo com

as políticas do Ministério da Educação. A UFRN possui normas as quais regulamentam as

ações de extensões na universidade definidas na Resolução 053/2008 do CONSEPE.

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O trâmite padrão do processo de extensão tem início com a elaboração de um projeto

por um docente ou técnico-administrativo e cadastro no SIGAA, conforme editais são

disponibilizados. Então, o projeto é submetido à servidores cadastrados os quais emitem

pareceres a serem analisados pela Comissão de Extensão a qual é responsável pela aprovação

e registro do projeto. A depender do edital, os participantes podem ser demandados a

desenvolverem relatórios parciais ou apenas o final.

5.2. Validação do Focus Group

A validação da sessão de focus group aconteceu em uma sala do Complexo

Tecnológico das Engenharias (CTEC) da UFRN com layout do ambiente em forma de “U”

para os participantes ter uma melhor visualizarem entre si. Foram usadas mídias audiovisuais

para apresentação dos slides e, com consentimento de todos, a sessão foi gravada em áudio

que serviu como meio para explorar todas as informações que foram discutidas durante a

sessão.

A sessão foi conduzida pelo moderador (mestrando), o orientador da pesquisa

complementando com suas contribuições relacionado o tema em estudo e dois bolsistas da

iniciação científica dando todo apoio técnico ao evento. Participaram como convidados uma

equipe formada por dez engenheiros de produção com experiência em gerenciamento de

processos, sendo nove servidores da UFRN locados em diferentes setores/departamentos, e

um mestre em engenharia de produção integrante do grupo de pesquisa CRIAÇÃO com

experiência em gestão por processos.

No início da sessão o moderador solicitou aos participantes que se apresentassem para,

em seguida, iniciar a apresentação do tema da pesquisa seguindo a agenda do focus group e

algumas instruções, a origem do BPM com alguns conceitos, um estudo de caso que foi

implementado o BPM com sucesso, o modelo conceitual genérico do BPM criado a partir da

RBS e, na sequência, os participantes foram requisitados a contribuir considerando esse

modelo e adaptando-o a realidade da organização do estudo de caso (Apêndice C).

Na etapa das contribuições individuais foram colocados uma pasta, sobre a mesa de

cada convidado, contendo uma caneta e folhas que tinham a figura do modelo conceitual e as

questões norteadoras (Apêndice B) que contemplavam os fatores (benefícios, dificuldades e

organização) e os elementos relacionados a cada fator. Foi solicitado que todos lessem e

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marcassem nos espaços atribuídos se concordavam (plenamente, parcialmente ou não

concordava, por qual motivo?) com aqueles itens referentes aos três fatores.

Questão norteadora 01 - referente aos benefícios apresentado no modelo conceitual

encontrados na literatura, 85% das repostas dos participantes foram concordando plenamente

com esses elementos do modelo, caso venham a ser implementados na UFRN, outros 15%

foram concordando parcialmente com esses elementos e, por unanimidade, não houve

nenhuma discordância a esses elementos apresentados (Apêndice D). Dessa forma, esses

benefícios foram considerados relevantes para um bom desempenho na implementação na

organização.

Questão norteadora 02 - referente as dificuldades, houve 40% das respostas

concordando plenamente com os elementos encontrados na literatura e 51,67% foram

concordando parcialmente. Outros 8,33% dessas respostas não concordaram justificando, por

exemplo, que os colaboradores possuem qualificações suficiente, os custos eram baixos uma

vez que os sistemas de (TI) já são implementados na instituição, contudo, amenizaria a

dificuldade financeira da instituição, a clareza dos benefícios faz a alta administração entender

a importância da implementação do BPM e, quanto as mudanças frequentes nas leis

regulatórias faz um participante afirma que pode dificultar, porém faz parte dos processos

para não quebrar sua padronização (Apêndice D).

Na proposta do BPM para UFRN o item “dificuldade financeira para implementação

do BPM na organização” não foi considerado no modelo proposto, uma vez que, apenas 10%

das respostas concordaram plenamente, enquanto, 20% das respostas não concordaram

justificando que: “não há tantos custos, vistos que os sistemas de TI já estão implementados”

e “não concorda já que um dos benefícios auferidos seria a redução dos custos, que

amenizaria a dificuldade financeira da instituição”. Por tratar de um processo de discussão

entre os participantes pode haver divergência entre os motivos da não concordância de alguns

itens, entretanto, suas colocações são relevantes para facilitar o entendimento e contribuir com

melhorias.

Na questão norteadora 03 - refere-se à organização do BPM, onde 83,33% das

respostas dos participantes concordaram plenamente com aqueles elementos elencados no

modelo e outros 15% concordaram parcialmente. Enquanto, 1,67% das respostas não

concordaram referente ao item disponibilidade de recursos, por achar que os custos não

seriam significativos para organização (Apêndice D). Nesse sentido, as colocações foram

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relevantes para facilitar o entendimento e diminuir o risco de erro do BPM em uma futura

implementação na UFRN.

Na etapa das contribuições coletivas as questões foram respondidas nos roteiros

entregues a cada participante e, em seguida, foi solicitado que todos transcrevessem suas

contribuições com os novos elementos para os post-its, considerando a realidade da UFRN, no

momento seguinte, cada participante dirigiu-se até o quadro e colaram seus post-its nos locais

referentes a benefícios, dificuldades e organização no quadro. No total, foram 53 post-its

preenchidos (Apêndice D) respondendo as questões norteadoras.

No momento seguinte da segunda etapa, o moderador junto com orientador lia os post-

its e estimulava as discussões coletivas. Nesse momento, os participantes justificavam o que

tinha escrito nos post-its relatando as contribuições que podem resultar em melhorias para ser

implementado na UFRN, isso acontecia para cada fator (benefício, dificuldade e organização).

Todas essas contribuições eram atentamente ouvidas e discutidas, visto que, não existia

respostas absolutamente correta nem tão pouco errada, mas sim, pontos de vista que seriam

considerados.

Por fim, quando não havia mais nenhuma consideração e nem discussões foi encerrada

a sessão com o fechamento e os agradecimentos. A sessão teve início as 08h50 com término

as 11h05, com duração total de 02h15min, maiores detalhes no capítulo 2 (Método de

Pesquisa) no item 2.2 (Procedimento da pesquisa).

5.3. Síntese do Capítulo

Como instituição pública, as universidades são compreendidas como instância legal

privilegiada para oferta de educação formal, como um bem público, direito social e centro de

produção de conhecimentos científicos. A essas organizações, cabe a missão de contribuir na

formação profissional, realização de pesquisas, preservação e difusão da arte e da cultura,

contribuindo para o desenvolvimento humano, a justiça social, a sustentabilidade

socioambiental, a democracia e cidadania.

Os objetivos gerais da Universidade estão centrados na formação do cidadão,

fundamentados na ética, no pluralismo, na democracia, na contemporaneidade e na sua

missão. Quanto às competências institucionais, destaca-se que as universidades se tornaram

uma das mais importantes instituições sociais, ocupando uma posição estratégica nas

condições de um mundo crescentemente globalizado, sendo responsáveis pela formação

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cultural e profissional de excelência e por parte expressiva da produção científica e

tecnológica e pela transferência de conhecimento aos processos produtivos.

A Universidade Pública Federal goza de autonomia didático científica, administrativa

e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerá ao princípio da indissociabilidade entre

ensino, pesquisa e extensão. A autonomia da Universidade Pública Federal visa a garantir a

liberdade de pensamento, a livre produção e transmissão do conhecimento e a autogestão

racional de seus recursos e meios para o fiel atendimento aos princípios e às finalidades,

estabelecidos em Lei.

O Regimento Geral é o conjunto de normas que disciplinam as atividades comuns aos

vários órgãos e serviços integrantes da estrutura organizacional da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, nos planos administrativo, didático-científico e disciplinar, tendo, para

isso, o objetivo de complementar e operacionalizar o seu Estatuto. Os órgãos deliberativos e

executivos da administração superior e acadêmica, bem como as Unidades Suplementares têm

regimentos internos próprios que disciplinam aspectos estritamente específicos, respeitadas as

disposições da legislação federal aplicável, do Estatuto e deste Regimento Geral.

Em relação aos macroprocessos relacionados às atividades de pesquisa, esses são

regulados por um conjunto de normas internas as quais estão em consonância com órgãos e

agências oficiais de fomento à pesquisa. Dessa forma, processos relacionados à pesquisa

apresentam uma boa padronização.

A validação do focus group se deu com a participação de dez profissionais da

engenharia de produção que trabalham com processos na universidade, contribuindo com

novos elementos relevantes para integrar no Gerenciamento por Processos de Negócios para

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Durante a discussão percebeu-se, por exemplo, que os representantes da PROGESP

defenderam a transparência dos processos como um elemento importante para instituição,

uma vez que é necessário ter um padrão e que seja divulgado a todos. Por outro lado, o

representante da SIN concordou com a importância, porém no seu setor não seria possível

devido a divulgação de prazos de acordo com decreto para execução de determinados

serviços, uma vez que não se cumpri o prazo há cobranças, reclamações e o responsável pelo

setor irá responder por isso.

Outro elemento relevante nas discussões foi considerando elementos motivacionais,

principalmente com aqueles profissionais que estão há muitos anos na instituição e não são

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motivados a realizar novas atividades ou inovar, estão sempre a realizar as mesmas atividades

rotineiras. Por outro lado, a prática do BPM vai fazer esse profissional buscar sempre otimizar

seus processos tendo uma visão sistêmica com sua implementação. Neste sentido, é

importante que os gestores saibam lidar com servidores para existir um maior empenho desses

servidores para aceitar ou comprometer-se.

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CAPÍTULO 6: PROPOSTA DO BUSINESS PROCESS

MANAGEMENT PARA UFRN

O capítulo descreve a proposta do Gerenciamento de Processos de Negócios a partir

dos novos elementos, inseridos nos fatores benefícios, dificuldades e organização, propostos

na sessão de focus group, complementado com as características do BPM para

implementação.

6.1. Elementos, Diretrizes e Condicionantes

De acordo com as análises dos resultados da sessão do focus group, considerando as

informações dos post-its utilizado nas contribuições individuais e discussões coletivas

estruturou-se uma proposta para implementação do gerenciamento por processos de negócios

na UFRN, contemplando novos elementos aos fatores benefícios, dificuldades e organização.

Essa proposta tem como referência três questões norteadoras (Apêndice B). O BPM proposto

é uma disciplina que tem como objetivo coordenar e otimizar os processos alinhando-os as

estratégias da organização para melhor satisfazer seus clientes interno e externo

(Stakeholders).

Conforme demonstra a figura 6.1, a proposta para implementação do BPM na UFRN é

dividida em três fatores, o primeiro, composto pelos benefícios que é desmembrado por

benefícios catalisadores (que acelera a reação para auferir os resultados) e benefícios de

resultados (para alcançar os objetivos planejados), o segundo, são as dificuldades encontradas.

Esses dois primeiros fatores dos benefícios quando a organização é capaz de percebe-los e

superar as dificuldades existentes internamente, moldando as estratégias do BPM as suas,

surge o terceiro fator, que é a organização do BPM para o funcionamento na Universidade

com elementos estratégicos a um bom desempenho na sua implementação.

O gerenciamento de processos de negócios deve ser agregado junto aos “núcleos”

existentes na Universidade para consolidar a implementação dessa abordagem com eficiência

em toda organização. Porém, a instituição deve está engajada com a causa, uma vez que,

todos os processos existentes têm um prazo de três anos estabelecido pela UFRN para serem

digitalizados, contando do ano de 2016 até 2018. Dessa forma, para o modelo foi considerado

importante as contribuições dos participantes que possuem experiência no serviço público e,

especialmente na Universidade do estudo de caso, tornando o estudo ainda mais relevante.

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Figura 6.1: Framework com diretrizes para implementação do BPM na UFRN

Fonte: Elaboração própria

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Em um primeiro momento é considerado no modelo o fator benefício que traz para

organização com a implementação do BPM. Entre esses benefícios estão os catalisadores que

contribui para acelerar os processos com suas melhorias para lograr os resultados com a

gestão participativa considerando o cliente interno para formar uma cultura de participação do

todo com foco nos resultados, visto que a gestão do conhecimento é um fator relevante para

disseminar essa abordagem em todos os setores da Universidade com maior clareza dos

processos.

Planejamento em três níveis: estratégico definido com foco no longo prazo

considerando os fatores internos e externos, tático com foco no médio prazo detalhando nos

setores/departamentos os meios para atingir os objetivos e metas da Universidade e,

operacional com foco no curto prazo com planos de ações e cronogramas detalhados das

atividades para alcançar os objetivos globais. Dessa forma, há uma melhor organização da

documentação dos processos e disponibilidade para os órgãos de controle e auditoria dando

maior confiabilidade aos processos.

Os benefícios resultados em simetria com os catalisadores chegam aos resultados

planejados com maior desempenho e eficiência, visto que, a melhoria sistêmica global na

organização com o conhecimento do todo, clareza e transparência dos processos vão dar

maior celeridade aos processos. A integração entre os setores ajuda a otimizar os recursos dos

processos reduzindo o tempo de processos, gargalos, retrabalhos e desperdícios. Dessa forma,

a padronização desses processos coopera para diminuir o excesso de burocracia permitindo

maior desempenho dos processos e satisfação dos stakeholders. Por conseguinte, há o

reconhecimento de uma maior qualidade no serviço prestado.

Em um segundo momento é considerado as dificuldades para implementação na

Universidade onde é importante a alta administração entender os benefícios da implementação

dessa abordagem na organização para contribuir com maior facilidade na liberação de

recursos para facilitar a implementação. Objeções como resistência a cultura do BPM, por

parte principalmente dos servidores mais antigos na instituição em não se adaptar a novos

procedimentos ou não “agarrar a causa”, esses servidores devem ser treinados e motivados

para deixar de fazer apenas suas atividades rotineiras e passar a entender e executar essa

abordagem tornando-se mais qualificados com suas atividades nessa implementação.

A continuidade entre gestão para não haver a “quebra” do que quer implementar

diminuindo a rotatividade e dimensionando servidores de acordo com sua capacidade e/ou

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afinidade com a função facilita a gestão participativa nos setores, em vista disso, a integração

entre os setores e processos simplificariam executá-los com datas de início e fim, porém, para

cumprir com esse intervalo é importante considerar uma folga de acordo com o projeto. Dessa

forma, é fundamental que haja um maior comprometimento entre as partes e maior integração

dos processos entre os setores, como por exemplo, maior agilidade da SINFO com sua

infraestrutura de TI capacitada para atender a alta demanda e maior comprometimento dos

fornecedores e terceirizados.

Seguindo as normas vigentes pelo regimento da instituição e as mudanças frequentes

de leis regulatórias, por se tratar de recursos públicos, o BPM tem a responsabilidade em se

adequar com suas flexibilidades as frequentes mudanças. Para uma melhor coordenação

desses processos da Universidade já estar se formando uma secretaria de Gestão de Projetos

tendo como competência a gestão desses processos dentro da Universidade criada em 2015 e

implementada em 2016, onde iniciou atuando nos processos críticos da instituição para dar

continuidade nos demais processos.

Em um terceiro momento é considerado a organização para o funcionamento dessa

implementação, onde deve acontecer o gerenciamento dos processos com mapeamento,

padronização global, documentação ou registro dessas atividades e a definição dos

responsáveis pelos processos. Para esse fim, é fundamental o Centro de Excelência em BPM

ou Escritório de Processos para coordenar os servidores das unidades dentro da UFRN com a

implementação de um sistema integrado englobando setores fundamentais como TI,

planejamento, gestão de pessoas, entre outros. Porém, é importante ter disponibilidade de

recursos como pessoas e tempo para aumentar a qualidade dos serviços prestados com maior

transparência das etapas dos processos adequando-os quando houver necessidade e um

sistema de informação (SI), esse sistema deve ter uma robustez em capacidade de memória, já

que é uma exigência da Universidade transformar os processos de papeis para digitais.

A elaboração de um plano de risco que deve considerar: planejamento do

gerenciamento do risco, definindo como conduzir as atividades; identificação dos riscos,

indicando quais riscos podem prejudicar o projeto; realizar a análise quali-quanti dos riscos,

avaliar a exposição ao risco para priorizar os que serão analisados e realizar a análise

numérica dos efeitos dos riscos; planejar as respostas aos riscos, desenvolver ações para

reduzir as ameaças ao projeto; e controlar os riscos, monitorar e controlar os riscos durante o

ciclo de vida dos projetos. Entretanto, a gestão por processos tem que trabalhar alinhado com

a gestão de risco com foco na segurança digital com um sistema integrado de gestão que

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envolva qualidade, meio ambiente, eficiência energética, engenharia de segurança e a

inclusão/acessibilidade.

No gerenciamento por processos de negócios, deve-se utilizar um sistema integrado

em que deve ter um funcionamento gerenciado por especialista em gestão de projetos ou

processos, preferencialmente por um escritório de processos, garantindo um funcionamento

adequado de todas as especificações do BPM alinhado as estratégias da organização.

Em um quarto momento, foi apresentado no framework os condicionantes na

implementação do BPM. Durante as discussões foram citadas como relevantes características

a visão sistêmica dos processos na instituição com foco no valor e no cliente (interno externo)

e a multidisciplinaridade do BPM que pode ser implementada em qualquer setor ou

organização alinhando as estratégias do BPM com as da organização com apoio de várias

técnicas e ferramentas.

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CAPÍTULO 7: CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

Finalizando a dissertação, este capítulo apresenta as considerações finais e conclusões

com as considerações sobre a pesquisa, limitações do estudo e recomendações para futuras

pesquisas relacionadas ao tema aqui abordado.

7.1. Considerações sobre a Pesquisa

O BPM é uma abordagem em evolução sem um padrão definido que apresenta

desafios para sua implementação, principalmente quando o ambiente necessita de melhorias

nos seus processos. A equipe tem a responsabilidade de documentar e compreender como

funciona os processos em geral.

Foi possível, a partir da Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) sobre o tema

identificar a flexibilidade dessa abordagem para adequar-se à necessidade da organização e

chegar a um ciclo de BPM aplicável. Dessa forma, facilitará o trabalho da equipe envolvida

para desenvolver suas atividades.

Estruturou-se, a partir da RBS, um framework conceitual contemplando: benefícios,

dificuldades, características, organização para implementação e fatores críticos de sucesso.

Dentre esses fatores, foram considerados para implementação na UFRN benefícios,

dificuldades e organização em uma sessão de focus group, com servidores da instituição com

experiência em processos.

Os participantes mesmo sendo profissionais experientes que trabalham com processos,

não indicaram nenhum método diferente ao apresentado o que torna essa abordagem de BPM

uma disciplina a ser executada em toda organização. Considerando assim, essa proposta foi

validada.

A base das informações geradas nessa sessão, aliada as necessidades de informação de

modo a melhorar a estruturação do gerenciamento por processos, desenvolveu um importante

framework com suas diretrizes para sua implementação nas Universidades Públicas Federais.

7.2. Conclusões

Pensar em BPM no serviço público, incluindo os conceitos, técnicas e métodos

relacionados a esse campo de gestão, com suas devidas adequações, mostra-se como uma

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tarefa que requer um maior empenho por parte de seus responsáveis, uma vez que, o foco das

instituições públicas é diferente do incorporado pelo meio privado e as limitações associadas à

prestação de seus serviços são múltiplas. Neste sentido, o BPM é relevante por possibilitar

melhorias que comumente estão associados à prática dessa forma de gestão.

O tema BPM em UPF envolve diversas áreas do conhecimento científico, sendo as

principais: gestão por processos, gestão do conhecimento, gestão estratégica e gestão da

tecnologia da informação. Neste sentido, sua implementação requer conhecimentos

multidisciplinares e com visão do gerenciamento por processos de negócios para que seu

desempenho tenha maior sucesso.

Considerando o questionamento inicial: Como fazer acontecer melhorias de forma

sistematizada e continuada em universidades públicas federais? Como resposta a este

problema, considera-se que o estudo atingiu os resultados esperados gerando conhecimento

que trará valor significativo ao trabalho com BPM para a UFRN e que seus resultados possam

ser aplicados, com as devidas adaptações a outras Universidades Públicas Federais. O grau de

esforço de uma organização em utilizar práticas de BPM distingue como ela projeta a

satisfação de seus clientes internos e externos.

Essa problemática foi respondida nos capítulos 4 e 6. No capítulo 4, estruturou-se uma

RBS sobre o tema BPM, identificando na literatura organizações públicas e privadas que

implementaram essa abordagem identificando alguns fatores como: benefícios, dificuldades,

características, organização para o funcionamento do BPM e os fatores críticos de sucesso. No

capítulo 6, como resultado de uma sessão de focus group, com servidores que lidam com

processos, foi possível mostrar o modelo conceitual genérico da literatura para trazer essa

experiência para realidade da UFRN, considerando os benefícios, dificuldades e organização

para implementação do BPM.

7.3. Recomendações para Futuras Pesquisas

A proposta de implementação do BPM, embora tenha como referência o framework

conceitual com diretrizes (figura 4.1) considerando as organizações públicas e privadas que

implementaram, tem como limitação o fato de não ter sido avaliado, na prática, na

Universidade do estudo de caso. Outras limitações identificadas na pesquisa estão

relacionadas ao focus group, por não ter participado da sessão gestores a nível estratégico da

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UFRN (Reitor, ex-reitor ou pró-reitores) e por não ter convidado especialistas em BPM para

sua implementação.

Para futuras pesquisas, se recomenda estudar mediante pesquisa-ação sobre como utilizar

o BPM para fomentar bases de conhecimento organizacional com técnicas de melhorias de

processos e indicadores de desempenho.

Este estudo foi fundamentado em uma Universidade Pública Federal, no entanto, a gestão

por processos é importante para qualquer outra iniciativa, pode-se realizar estudos

equivalentes para outros segmentos, uma vez que, a flexibilidade de implementação do BPM

é abrangente. Para isso, sugere-se também realizar pesquisas do tipo pesquisa-ação em outros

tipos de organizações. Por fim, espera-se que este estudo contribua tanto para o avanço do

conhecimento acadêmico quanto para sua aplicação na sociedade.

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Trends, p. 63, 2012. Disponível em: <http://www.bptrends.com/reports/2012-

_BPT%20SURVEY-3-12-12-CW-PH.pdf> Acesso em: 26 de Novembro de 2016.

YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ed. Porto Alegre: Bookman. 2001.

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105

ZAIDEN, J. A. S. Escritório de processos: otimizando a gestão pública do estado de

Goiás. VI Congresso CONSAD de Gestão Pública, Brasília/DF, 2013.

ZAIRI, M. Business process management: A boundaryless approach to modern

competitiveness. Business Process Management Journal, v. 3 n. 1, p 64-80, 1997.

ZHENG, G. Implementing a business process management system applying agile

development methodology: A real-world case study. Holanda, 2012. p. 44. Thesis

(Universiteit Rotterdam in partial fulfillment of the requirements for the degree of Bachelor

Informatics & Economics). Erasmus Universiteit Rotterdam, Holanda, 2012.

ZIEMBRA, E.; OBLAK, I. Critical Success Factors for ERP Systems Implementation in

Public Administration. Interdisciplinary Journal of Information, Knowledge, and

Management, v. 8, p. 1-9, 2013.

ZU, X.; FREDENDALL, L. D.; DOUGLAS, T. J. The evolving theory of quality

management: The role of Six Sigma. Journal of Operations Management, v. 26, p. 630-650,

2008.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

106

APÊNDICE A - RESUMO DAS INFORMAÇÕES COSIDERADAS NA

RBS SOBRE BPM

Título do Artigo Autor (a) Ano do Artigo Periódico

Business process management:

a boundaryless approach to

modern competitiveness

Mohamed Zairi 1997

Business

Process

Management

Journal

Business process management

– lessons from European

business

Jean-Philip Pritchard e

Colin Armistead 1999

Business

Process

Management

Journal

Business process management:

public sector implications

Thomas R.; Gulledge Jr.

e Rainer A. 2002

Business

Process

Management

Journal

Formal strategic planning: The

key to effective business

process management?

Nicholas O’Regan e

Abby Ghobadian 2002

Business

Process

Managment

Journal

Business Process Management:

A Survey

Wil M. P. van de Aalst;

Arthur H. M. ter

Hofstede; Mathias

Weske

2003

Lectures

Notes in

Computer

Science

Supporting Knowledge-

Intensive Work in Public

Administration Processes

Giorgos Papavassiliou;

Spyridon Ntioudis;

Andreas Abecker;

Gregoris Mentzas

2003

Knowledge

and Process

Management

Advances in business process

management

M. Weske; W. M. P. van

der Aalst; H. M. W.

Verbeek

2004

Data and

Knowledge

Engineering

Business Process Management:

A personal view W. M. P. van der Aalst 2004

Information

Systems

Semantic Business Process

Mnagement: A vision Towards

Using Semantic Web Services

for Business Process

Management

Martin Heep; Frank

Leymann; John

Domingue; Alexander

Wahler; Dieter Fensel

2005

IEEE

International

Conference

on e-Business

Engineering

Defininf and improving

technology transfer business

and management processes in

university innovation centres

Rodney MacAdam;

William Keogh; Brendan

Galbraith; Don Laurie

2005 Technovation

Private-sector tools for the

public sector: business process

management scores big at a

Florida state agency

Dale Weeks e Dave

Bruns 2005

Journal of

Organization

al Excellence

Enhancing business process

management with simulation

optimization

Jay April; Marco Better;

Fred Glover; James

Kelly; Manuel Laguna

2006

Proceedings

– Winter

Simulation

Conference

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

107

Enterprise business process

management – Architecture,

Technology and Standards

Donald F. Fergurson;

Marcia Stockton 2006

Lecture

Notes on

Computer

Science

Major issues in business

process management: An

expert perspective

Wasana Bandara; Marta

Indulska; Sandy Chong;

Shazia Sadiq

2007 QUT Digital

Repository

The fruits of Business Process

Mnagement: na experience

report from a Swiss bank

Peter Kung e Claus

Hagen 2007

Business

Process

Management

Journal

Elements of a business process

management system: theory

and practice

Duncan R. Shaw;

Christopher P. Holland

and Peter Kawalek; Bob

Snowdon and Brian

Warboys

2007

Business

Process

Management

Journal

Semantic Business Process

Management: Scaling up the

Management of Business

Processes

Carlos Pedrinaci and

John Domingue;

Christian Brelage

2008

IEEE

Computer

Society

SUMA: A Semantic Business

Process Management

Architecture

Ismael Rivera; Myriam

Mencke; Javier Chamizo;

Juan Miguel Gomez;

Giner Alor-Hernandez;

Ruben Posada-Gomez;

Francisco Garcia

Sanchez

2008

IEEE

Computer

Society

An Improved Framework of

Business Process Management

System Which Integrating the

Strategy Management

Tian Guo-shuang e Quan

Liang 2008

International

Conference

on

Management

Science and

Engineering

Business process management

(BPM) standards: a survey

Ryan K.L. Ko; Stephen

S.G. Lee; Eng Wah Lee 2009

Business

Process

Management

Journal

Six Sigma and Business

Process Management Sue Conger 2009

Handbook on

Business

Process

Management

The Perceived Effects of

Business Process Management Markus Kohlbacher 2009

IEEE

Toronto

International

Conference –

Science and

Technology

for Humanity

Project types of business Tobisa Bucher e Robert 2009 Business

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

108

process mnagement – Towards

a scenario structure to enable

situational method engineering

for business process

management

Winter Process

Management

Journal

Challenges of business

processes management in

helthcare experience in the

Irish healthcare sector

Markus Helfert 2009

Business

Process

Management

Journal

Empirical research in business

process management – analysis

of an emerging field of

research

Constantin Houy; Peter

Fettke; Peter Loos 2010

Business

Process

Management

Journal

Incorporatong business process

management into RFID –

enable application systems

Xiaohui Zhao; Chengfei

Lu; Tao Lin 2010

Business

Process

Management

Journal

Advances in business process

management implementation

based on maturity assessment

and best pratice exchange

Michael Rohloff 2010

Information

Systems and

e-Business

Management

Business Process Management

and Semantic Interoperability Alexander Dreiling 2010

Intternational

Handbooks

on

Information

Systems

Business Process Management

Education in Academia: Status

Challenges and

Recommendations

Wasana Bandara; Donald

R. Chand; Alina M.

Chircu; Sandra

Hintringer; Dimitris

Karagiannis; Jan Recker;

Antonie van Rensburg;

Catherine Usoff; Richard

J. Welke

2010

Communicati

ons of the

Association

for

Information

Systems (3)

Cultura na gestão de processos

de negócios: uma revisão da

literatura

Jan vom Brocke e

Theresa Sinnl 2011

Business

Process

Management

Journal

Identification of appropriate

responsabilities and positions

for business process

management success

Ybonne Lederer

Antonucci e Richard J.

Goeke

2011

Business

Process

Management

Business Process Management

in the Large

Constantin Houy; Peter

Fettke; Peter Loos; Van

Der Aalst; John Krogstie

2011

Business and

Information

Systems

Engineering

(39)

Absorpitive capcity as a

precondition for business

Anton Manfreda; Andrej

Kovačič; Mojca Indihar 2012

Journal of

Computer

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

109

process improvement Štemberger; Peter

Trkman

Information

Systems (3)

Service blueprinting and BPM:

a comparison

Simon K. Milton e Lester

W. Johnson 2012

Managing

Service

Quality (20)

Maturity models in business

process management

Maximilian Roglinger;

Jens Poppelbuß; Jorg

Becker

2012

Business

Process

Management

Journal (1)

Business process governance: a

comparative study of Germany

and Japan

Bjoern Niehaves; Ralf

Plattfaut; Joerg Becker

2012

Business

Process

Management

Journal

Specification and automates

design-time analysis of the

business process human

resource perspective

Cristina Cabanillas;

Manuel Resinas;

Adeladel-Río-Ortega;

Antonio Ruiz-Cortés

2013 Information

Systems

Análise sobre os conceitos e

práticas de Gestão por

Processos: revisão sistemática

e bibliometria

Diego Rodrigues Iritani;

Sandra Naomi Morioka;

Marly Monteiro de

Carvalho; Aldo Roberto

Ometto

2013 Gestão &

Produção (6)

Planning for business process

execution in Business Process

Management environments

Hyerim Bae; Sanghyup

Lee, Ilkyeong Moon 2013

Information

Sciences (8)

BPM: um estudo de caso dos

fatores críticos de sucesso

Harrison Bachion

Ceribeli; Silvia Inês

Dallavalle de Pádua;

Edgard Monforte

Merlo

2013

Journal

Globalization

Competitiven

ess and

Governability

(18)

A Decade Of Business Process

Management Conferences:

Personal Reflections on a

Developing Discipline

Wil M. P. van der Aalst 2013

Lecture

Notes in

Computer

Science

Business process management

capabilities in local

governments: A multi-method

study

Bjoern Niehaves; Ralf

Plattfaut, Joerg Becker 2013

Government

Information

Quarterly

Critical Sucess factors for ERP

Systems Implementation in

Public Administration

Ewa Ziemba e Iwona

Oblak 2013

Interdisciplin

ary Journal of

Information,

Knowledge

and

Management

(42)

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

110

Elastic Business Process

Management: State of the art

and open challenges for BPM

in the cloud

Stefan Schulte; Christian

Janiesch; Srikumar

Venugopal; Ingo Weber;

Philipp Hoenisch

2014

Future

Generation

Computer

Systems

Business process management

– based job assignment in ship

hull

Myeong-Jo Son 2014 Ocean

Engineering

Conformance Checking and

diagnosis for declarative

business process model in data-

aware scenarios

Diana Borrego e Irene

Barba 2014

Business

Process

Mnagement

Journal (1)

Exploring the Interplay of the

Design and Emergence of

Business Process as

Organiztional Routines

Daniel Beverungen 2014

Business and

Information

Systems

Engineering

(9)

Project Management

Suportated by Business

Process Management

Welkey Costa do Carmo

e driano Bessa

Albuquerque

2014 -

Development of an Intelligent

Maturity Model-Tool for

Business Process Management

Nico Krivograd; Peter

Fettke; Peter Loos 2014

Proceedings

of the Anual

Hawaii

Conference

on System

Science (10)

Green Business Process

Management – A Definition

and Research Framework

Nicky Opitz; Henning

Krüp, Lutz M. Kolbe 2014

Proceedings

of the Anual

Hawaii

Conference

on System

Science (10)

The process and structure of

user participation: a BPM

system implementation case

study

Benny M.E. de Waal e

Ronald Batenburg 2014

Business

Process

Management

Journal (1)

From business process

managemnt to customer

process management

Peter Trkman, Willem

Mertens, Stijin Viaene,

Paul Gemmel

2014

Business

Process

Management

Journal (1)

Surveys in business process

management – literature

review

Tobias Roeser e Eva-

Maria Kern 2014

Business

Process

Management

Journal (1)

Sustainable Software System

Engineering

Stefanie Betz e Timm

Caporale 2014

IEEE

Computer

Society (10)

Business process management

as the “Killer App” for Petri

nets

W.M.P van der Aalst 2014

Software and

Systems

Modeling

(14)

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

111

Promotion and evolution

sustainability performance

measurement systems from a

perspectibe of business process

management: from a literature

review to a pentagonal

proposal

Silvia Inês Dallavalle

Párdua e Charbel José

Chiappeta Jabbour

2014

Business

Process

Management

Journal (1)

A new verification technique

for large process bases on

identification of relevant tasks

Richard Mrasek, Jutta

Mülle e Klemens Böhm 2014

Information

Systems (3)

A recommendation system for

predicting risks across multiple

business process instances

Raffaele Conforti;

Massimiliano de Leoni;

Marcello la Rosa; Wil

M.P van der Aalst;

Arthur H.M ter Hofstede

2014

Decision

Support

Systems (24)

An alignment-based

framework to check the

conformance of

declarative process models and

to preprocess event-log data

Massimiliano de Leoni

Fabrizio M. Maggi

Wil M.P. van der Aalst

2014 Information

Systems (3)

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

112

APÊNDICE B – QUESTÕES ORIENTADORAS PARA OS

PARTICIPANTES DO FOCUS GROUP

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

FOCUS GROUP

BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (BPM): FRAMEWORK COM DIRETRIZES PARA

SUA IMPLEMENTAÇÃO EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS

RAIMUNDO ALBERTO RÊGO JÚNIOR

NATAL - RN

2017

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

113

Figura: Modelo Conceitual

Fonte: Elaboração própria

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

114

1. Quais seriam os benefícios na implementação do BPM na UFRN?

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Melhoria global (sistêmica)

na organização

Maior desempenho e

aumento da competitividade

Satisfação dos colaboradores

e clientes (internos e

externos)

Redução dos custos

Há outros benefícios que podem ser identificados se for implementado o BPM na

UFRN?

2. Dificuldades que poderiam ser encontradas na implementação do BPM na UFRN

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Entendimento do BPM pelos

integrantes da organização

Falta de qualificação dos

colaboradores

Dificuldades financeiras para

implementação do BPM na

organização

Falta de conscientização da

alta administração

Resistência à cultura do BPM

Mudança frequente de leis

regulatórias

Há outras dificuldades que podem ser identificadas se for implementada o BPM na

UFRN?

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

115

3. Quais seriam os elementos da organização para o funcionamento do BPM?

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Mapeamento e padronização

das atividades de processos

Gerenciamento do processo

Documentação/ registro das

atividades

Definição de responsabilidades

Centro de Excelência

BPM/Escritório de Processos

Disponibilidade de Recursos

Há outros elementos que possam ser identificados na organização para o funcionamento

do BPM na UFRN?

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

116

APÊNDICE C – APRESENTAÇÃO MICROSOFT POWERPOINT DA

SESSÃO DE FOCUS GROUP

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

117

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118

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

119

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

120

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

121

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

122

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

123

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

124

APÊNDICE D – CONTRIBUIÇÕES REALIZADAS DOS

PARTICIPANTES COM AS SUAS CONCORDÂNCIAS E OS POST-ITS

1. Quais seriam os benefícios na implementação do BPM na UFRN?

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Melhoria global (sistêmica) na

organização 90% 10% 0%

Maior desempenho e aumento

da competitividade 70% 30% 0%

Satisfação dos colaboradores e

clientes (internos e externos) 90% 10% 0%

Redução dos custos 90% 10% 0%

TOTAL 85% 15% 0%

#Porcentagem de concordancia dos participantes por cada elemento e total.

Há outros benefícios que podem ser identificados se for implementado o BPM na

UFRN?

(RESPOSTAS DOS POST-ITS)

“Maior transparência de informação”

“Definição dos papéis e responsabilidades”

“Melhor organização da documentação e disponibilidade desta para órgão de controle e

auditoria”

“Melhor transparência sobre o fluxo das atividades desenvolvidas”

“Otimização dos processos”

“Planejamento em três níveis: estratégico, tático e operacional”

“Gestão do conhecimento”

“Maior transparência aos processos”

“Possibilidade de inserir a cultura do trabalho focado no resultado”

“Foco em resultados”

“Integração entre os setores”

“Poder focar na melhoria dos processos já mapeados, uma vez que teríamos como obter os

indicadores e mensurá-los”

“Controle de qualidade dos processos”

“Redução do tempo de processo dos serviços”

“Maior confiabilidade”

“Celeridade dos processos”

“Clareza dos processos”

“Evitar gargalos”

“Estabelecimento de métricas e indicadores”

“Padronização dos processos”

“Redução do retrabalho das atividades”

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125

“Redução dos desperdícios”

“Maior controle sobre os processos”

“Diminuir a burocratização”

“Reduzir o tempo de tramitação dos processos”

“Gestão participativa”

“Otimização dos recursos”

2. Dificuldades que poderiam ser encontradas na implementação do BPM na UFRN

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Entendimento do

BPM pelos

integrantes da

organização

70% 30% 0%

Falta de

qualificação dos

colaboradores

30% 60% 10%

(1)* - Colaboradores qualificados

Dificuldades

financeiras para

implementação do

BPM na

organização

10% 70%

20%

(1)* - Não há tantos custos

necessários, visto que os sistemas

(TI) já estão bem implementados.

(2)* - Não concordo já que um dos

benefícios auferidos seria a redução

dos custos, que amenizaria a

dificuldade financeira da instituição.

Falta de

conscientização da

alta administração

30% 60%

10%

(1)* - Mostrando claramente os

benefícios, não vejo essa dificuldade.

Resistência à

cultura do BPM 70% 30% 0%

Mudança frequente

de leis regulatórias 30% 60%

10%

(1)* - Inerente aos processos

dificulta, porém faz parte.

TOTAL 40% 51,67% 8,33%

#Porcentagem de concordancia dos participantes por cada elemento e total.

*(Número do motivo)

Há outras dificuldades que podem ser identificadas se for implementada o BPM na

UFRN?

(RESPOSTAS DOS POST-ITS)

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

126

“Falta de “agarrar a causa””

“Rotatividade de funcionários na instituição”

“Continuidade entre gestões”

“Resistência ao novo, principalmente por parte dos mais antigos”

“Burocracia”

“Problemas com fornecedores e terceirizados”

“Falta de integração entre os processos”

“A não adaptação por parte dos outros funcionários”

“Elementos motivacionais para a adesão dos servidores”

“Dimensionamento de pessoal”

“Falta de gestão participativa”

“Falta de integração entre os setores”

“Quem seria o responsável pela implementação? Setor específico X cada setor”

“Demora da SINFO em se adequar aos processos devido à alta demanda e complexidade

existente”

3. Quais seriam os elementos da organização para o funcionamento do BPM?

Concordo

plenamente

Concordo

parcialmente Não concorda, motivo?

Mapeamento e padronização

das atividades de processos 100% 0% 0%

Gerenciamento do processo 100% 0% 0%

Documentação/ registro das

atividades 90% 10% 0%

Definição de responsabilidades 90% 10% 0%

Centro de Excelência

BPM/Escritório de Processos 60% 40% 0%

Disponibilidade de Recursos 60% 30%

10%

(1)* - Os custos não

seriam significativos

TOTAL 83,33% 15% 1,67%

#Porcentagem de concordancia dos participantes por cada elemento e total.

*(Número do motivo)

Há outros elementos que possam ser identificados na organização para o funcionamento

do BPM na UFRN?

(RESPOSTAS DOS POST-ITS)

“Sistema de informação”

“Transparência das etapas e/ou do processo como um todo”

“Identificação e elaboração de um plano de risco”

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

127

“Acompanhamento – (padronizações e riscos)”

“Adequação de alguns processos”

“Definição de indicadores para medir/controlar a eficiência e a eficácia do sistema”

“Implementação de um sistema de gestão integrado”

“Disseminação do conceito e benefícios para conscientização dos gestores e colaboradores

envolvidos”

“Aumento da qualidade do serviço prestado (atividade fim - ENSINO)”

“Aumento da qualidade do serviço prestado (atividades meio – infraestrutura, segurança,

limpeza, recursos humanos, gestão de pessoas, etc)”

“Falta de acompanhamento de capacitação”

“Padronização das atividades”

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Na pesquisa de campo foi conduzido um estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foi concluída com uma

128

APÊNDICE E – REGISTRO FOTOGRÁFICO DA SESSÃO DO FOCUS

GROUP

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129