visão jovem_nº 25

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DE NOVO “Estou na Moda!” Pg.20 Somos também de opinião que tem que haver respeito pela história do país. pg.15 Editor: Benigno Papelo . Ano II . Edição nr.25 AHAAAA RÍTÍMOOOO AHAAAA RÍTÍMOOOO TXUZAAA

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Page 1: Visão Jovem_nº 25

DE

NOVO

“ E s t o u na Moda!”

Pg.20

Somos também

de opinião que tem

que haver respeito

pela história do

país.pg.15

Editor: Benigno Papelo . Ano II . Edição nr.25

AHAAAA RÍTÍMOOOO

AHAAAA RÍTÍMOOOO

TXUZAAA

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6. MARECHAL

PROPRIEDADE:

PRESIDENTE: SEDE:

Benigno [email protected]

Av. Mao Tse TungEdifício Nº 1245Maputo - MoçambiqueCell.: +258 82 32 79 126Email: [email protected]ágina: visaojovemmocambicana.tk

REDAÇÃO & COLABORADORES:Gizela Nguelume, João Luzo, Portal do Governo de Moçambique, Benigno Papelo, Ordem livre, Iolanda Lipangue, Leopoldina Luis, Nilza Macamo.

ARTE GRÁFICA & TEXTO:Direcção Criativa & Arte: Benigno Papelo

25. DESPORTO

08.BOLADAS 26. CULTURA

18. MOTOR

19.O.LIVRE

28.P.ESCRITORES

14. SONGS

20. HI TECH

29. CINEMA

FRANCESINHAS… E MAIS NADA!

DJ KENT PROVOU QUE O HOUSE AFRI-CANO TEM FUTURO

PORQUE NÃO O SEMI-PRESIDEN-CIALISMO EM MOÇAMBIQUE!

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CON-TROLE DE ALUGUEIS

O SEGREDO DA POUPANÇA

UM PALCO PARA SCHUMACHER RE-CUPERAR A ALEGRIA

ENTREVISTA AO PAI DA NAÇÃO

13. PRESIDÊNCIADeixar de ser pobre é um direito nosso

FERRARI CONSTRÓI SUPER AMERICA45 MUITO ESPECIAL

16.BIZZAROSILICONE MATA ACTRIZ PORNO PRE-MIADA E EX-BIG BROTHER

22. LAZERTENHA O MELHOR EMPREGO DO MUNDO

PARCEIROS

ÍNDICE

Grandes vozes da música moçambi-cana dominaram a noite até ao raiar do sol, no Coconuts....

TEMA DE CAPA

10

24. SAÚDEDESCONFORTO DOS FONES DE OUVIDO NÃO É SÓ CAUSADO PELO VOLUME

ERNANIA ORGULHO DE MOÇAMBI-CANOS

ESTRELAS DESFILAM EM CANNES

30. MODATAÚSSE REBENTA

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Gizela NguelumeSecretaria Geral/Generaly [email protected]

EDITORIAL

Eu quero Ser!!

Eu quero ser uma estrela, revelavam hoje mui-

tas crianças encantadas com o brilho reluzente das

estrelas que brilham no céu. Este desejo ficou dife-

rente dos que tinham as crianças a 10, 15 anos atrás.

Me lembro que eu gritava para quem quisesse ouvir:

“Eu quero ser hospedeira”, é assim que se chama-

vam as assistentes de borbo. Mesmo sem saber o

que era na essencia a profissão, já me via e sentia

embalada naquela profissão que amava com todas

forças que meu coração permitia.

Nestas duas realidades vislumbram-se dois son-

hos de crianças, um completamente surreal e o

outro real mas precoce e incosciênte. A escolha da

profissão é algo sério e que cada vez mais desperta

a atenção de todos.

Eu quero ser?

Pergunta fácil de se responder as 6 anos, aos 15

complica, pois a resposta não é tão clara e aos 17-

18 anos deve estar determinadamente definida. É

época de ir a faculdade e algum curso se deve fazer.

Hoje se me perguntasse eu responderia de boca

cheia. Eu quero ser Doutora...me formar. O curso?

Podemos definir depois? O mais imporante é ter

consciência que ser Doutor/a ficou e é importante,

porque a faculdade nos dá conhecimento e saba-

doria, em qualquer área de formação.

Vamos ser Doutores? Este é um convite especial

que faço a todos.

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The Next Level foi o tema escolhido pela Sa-lim Eventos para a segunda festa do projecto Party Promoter. Os organizadores desta festa optaram por manter o ambiente do Cocunuts igual, mas trouxeram, além de Djs de Maputo, um convidado muito especial, o Dj Damon Poul. Para o público, a festa estava boa, resta saber se o júri é da mesma opinião. Veja em forma de flash algumas caras que se fizeram presentes ao evento The Next Level.

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PAI DA NAÇÃO

— Bem, mas a língua em si mesma, é uma cultura, é uma forma de cultura...

— E um veículo de transmissão. Eu falo francês e, no en-tanto, não tenho nenhuma cultura francesa. Eu falo inglês, mas não tenho nenhuma cultura inglesa. Eu falo português, mas não tenho nenhuma cultura portuguesa.

— Então, para além desse veículo que é a língua portugue-sa, não há qualquer outra forma de cultura aproveitável?

— Não, não há. Portanto, eu diria: agora, é que haverá pos-sibilidade de o povo moçambicano conhecer a cultura portu-guesa.

- E vice-versa...—Exacto! O povo português conhecerá também a cultura

moçambicana. Aquilo que o colonialismo chamava “usos e costumes indígenas”... Como haveria cultura sem personali-dade moçambicana? É possível? ... Agora estamos numa fase de criar a nossa personalidade. Portanto, é preciso valorizar a nossa cultura. O segredo da personalidade do homem é a cul-tura. Nós não tínhamos nenhuma personalidade. Nem portu-guesa, nem moçambicana. Porque, se nós tivéssemos assum-ido essa tal personalidade, teria sido uma personalidade : do opressor. Não acha? …

— Portugal, durante uma determinada fase, praticou uma política exterior terceiro-mundista. Pretendia assumir um papel de in-terlocutor entre a Europa e os países do Terceiro Mundo. Isso tinha qualquer viabilidade?

— Eu penso que isso resultava de um certo estudo. Por-tugal encontrava, na sua condição económica, no seu desen-volvimento, o sinal da via que queria escolher. Nessa altura, achava que a sua identidade estava no Terceiro Mundo. O que é verdade! Portugal é um país subdesenvolvido. O índice de desemprego. O nível de vida muito baixo. É verdade! Portanto, Portugal tem de arrancar! Trata-se de arrancar, para se libertar!

— Coloca Portugal no seio do Terceiro Mundo?— Aí, não sei se diria. Não sei. Só o Governo português. Não

posso comentar as leis e a escolha, a opção dum governo. Não, não cabe à República Popular de Moçambique. Seria atrevi-mento demais. Seria ingerência comentar a. via que escolhe um país, que resulta de um estudo profundo, conhecimento, realidade.

— No entanto, os acontecimentos em Moçambique, alguns deles relacionados com portugueses, nomeadamente aqueles que foram levados a sair, têm sido encarados em Portugal mui-to asperamente...

— Diga: foram expulsos! Diga lá: foram expulsos! Não foram levados a sair, foram expulsos de Moçambique. Porque não eram portugueses, nem eram moçambicanos. Quisemos dar-lhes o sentido de patriotismo: escolher! Eles eram opor-tunistas económicos. Não têm nenhum vínculo com Portugal.

FONTE/ SOURCE: Revista OPÇÃO – Nº 62 – 30de Junho de 1977

MEMÓRIAS

— Nem com Moçambique?— Nem com Moçambique. Identificavam--se, sim, com o

colonialismo, com a exploração. Portanto, nós não expulsámos portu-gueses. Expulsámos, sim, Vendedores, comerciantes, da nacionalidade, renegados, vende-pátrias. São esses que nós ex-pulsámos. Não expulsámos nenhum português. Não dissemos: “Portugueses são expulsos de Moçambique”. Os portugueses estão aqui.

— Mas numa situação que alguns observadores não con-sideram

extremamente clara...— Fomos claros. Nós fomos claros. Para com eles todos.

Nós explicámos-lhes o sentido do patriotismo. Foi o que nós fizemos. E fizemos bem. Pelo menos, já têm pátria. Disseram que são portugueses. Eram mas era representantes, agentes do imperialismo. Agentes da subversão. Eram elementos que fomentavam, criavam obstáculos às relações de Portugal com Moçambique. Mas nunca queriam ser de Moçambique. Eram representantes do imperialismo aqui neste país, eles! Não são portugueses, aqueles. Nem são moçambicanos!

— Do seu ponto de vista, em relação à sensibilidade popu-lar moçambicana, Portugal já não está ligado ao colonialismo portu-guês?

— O povo português nunca esteve ligado ao colonialismo!— Isso ao nível da sua visão?— Não! O povo próprio.- O povo distingue claramente uma coisa da outra?- O povo soube distinguir, durante a luta armada, quanto

mais agora num momento de paz. Andámos, marchámos, andámos de braço dado. Sabemos que todos fomos explora-dos. E sabemos que temos que fazer a reconstrução, servir o trabalho de reconstrução das nossas economias. O povo por-tuguês também tem que reconstituir ou reconstruir a sua per-sonalidade de homens livres, não opressores. Isso é ao nível do povo.

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Poupar, poupar, poupar e poupar. Hoje é a palavra de ordem como no passado foi o “com-pre agora e pague depois”. Durante uma década e meia, o estrutural défice externo português parecia um problema magicamente resolvido. O “Livrinho da Poupança”, do tempo em que Miguel Cadilhe foi ministro das Finanças, passou a ser uma visão muito pouco moderna da reali-dade. Afinal não era, nem é.

Não há novos paradigmas em economia. Foi isso que não aprendemos na implosão da bolha bolsista das “dotcom” e que a crise financeira voltou a revelar.

A realidade impõe-se sempre com uma vio-lência que é tanto maior quanto mais tiver sido escondida ou condensada. E a ilusão de que to-dos, ao mesmo tempo, podíamos comprar hoje e pagar depois revelou-se um exercício suicidário.

O planeta é uma economia fechada. Se todo o mundo ocidental se endivida para antecipar consumos fica, como está, dependente de quem poupa. Por isso é que hoje os endividados do ocidente tentam seduzir sempre os mesmos, os poucos que poupam: China, países árabes e, para Portugal, Angola.

Países como Portugal precisam ainda mais de poupança. Como disse o ex-presidente brasileiro, esta é uma crise que tem olhos azuis. Mas quem paga mais violentamente a crise não tem olhos azuis. A agressividade com que se está a tratar a crise financeira na Grécia e em Portugal, sepa-rando estes dois países da Irlanda que tem o seu sector financeiro falido, é um bom exemplo dessa diferenciação. O que se lia na sexta-feira passada no “Financial Times” era um bom exemplo da separação que se faz - e que se fez até agora - en-tre países como Portugal e a Irlanda.

É verdade que Portugal abusou. Ou antes, al-guns portugueses abusaram, seguindo o ritmo ditado pelo sistema financeiro.

Mas o que se passou em Portugal é em tudo semelhante ao que se observou de Nova Iorque a Berlim, passando por Dublin e Atenas.

POUPANÇABOLADAS

O SEGREDO DA POUPANÇA

Uns mais que outros, deixaram que os bancos abandonassem a realidade, incen-tivaram as famílias a comprar casa, carro e até acções de empresas com crédito, com alguns a verem neste endividam-ento uma via de resolverem o problema da desigualdade. E todos os poderes es-timularam também os países mais po-bres como Portugal a endividarem-se para aproveitarem os fundos estruturais através das, hoje, inacreditáveis Parcerias Público-Privadas.

Devíamos ter sido mais inteligentes? Sem dúvida. Mas ninguém é inteligente quando tenta remar contra a maré, seguir o caminho inverso ao do rebanho. Quan-tas vezes se tem ouvido isto dos mui-tos gestores de fundos de investimento norte-americanos que viram que a crise fi-nanceira ia rebentar mas que não podiam deixar de ganhar o que os outros estavam a ganhar?

No actual quadro político europeu e com a imagem que Portugal tem no mun-do dos olhos azuis, sair desta crise sem novas humilhações e de cabeça erguida exige mais poupança e menos consumo. Exige que se aceite que somos mais po-bres do que pensávamos e que vamos ficar mais pobres. Com mais poupança talvez seja possível começar a crescer em meados desta década.

Jornalista PortuguesaDiretora adjunta do diário Jornal de Negó-ciosProfessora de Jornalismo Económico e de Jornalismo e Instituições Europeias na Universidade Lusófona de Lisboa.

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MOÇAMBIQUE

PRAIAS

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TEMA DE CAPAGrandes vozes da música moçambi-cana dominaram a noite até ao raiar do sol, no Coconuts, Maputo, num concerto inserido na segunda edição do “Só Moçambique, só nós parte II”. Com o Coconuts a arrebentar pelas costuras, jovens músicos empresta-ram o seu talento artístico a uma mol-dura humana sem igual, que acorreu em massa àquela casa cultural.

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FOTO NOT

clube de vinho de maputo

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O Presidente Armando Emílio Guebuza

O PRESIDENTE Armando Guebuza defende que deixar de ser pobre é um direito dos moçambicanos, para além de ser uma das componentes dos Direitos Humanos.

“(…) Hoje, dizemos mais uma vez, que o direito de não ser pobre é nosso, é um di-reito humano”, declarou o Chefe do Estado, falando durante o jantar de gala oferecido pelo seu homólogo namibiano, Hifekepunye Pohamba, no primeiro dia de uma visita oficial de dois dias à Namíbia.

Por isso, disse Guebuza, a agenda nacional de Moçambique está concentrada no combate à pobreza.

O Presidente advertiu ainda que o caminho é muito longo e difícil e que ninguém irá construir o país a não ser os próprios moçambicanos.

Aliás, disse o estadista, nem mesmo os melhores amigos de Moçambique serão ca-pazes de reconstruir o país, à semelhança daquilo que aconteceu com a luta pela inde-pendência que teve que ser feita pelos próprios moçambicanos.

“Eles (os amigos de Moçambique) podem nos dar uma ajuda generosa, algo que já estão a fazer e que estamos gratos por isso, mas são os moçambicanos que terão de assumir a liderança do processo para o seu próprio desenvolvimento”, sublinhou.

“Para fazer da pobreza história vamos continuar a trabalhar arduamente, consoli-dando a paz e unidade nacional”, acrescentou.

Refira-se que no primeiro dia da visita de Guebuza a Namíbia ambos os países assi-naram um acordo para a supressão de vistos e um memorando de entendimento para a cooperação política e diplomática.

O acordo para a supressão de vistos é considerado um catalisador para a integração regional. Por isso, na sua intervenção, Pohamba disse que a integração regional é um catalisador para um crescimento económico acelerado.

Para o efeito, disse Pohamba, a Namíbia vai continuar a promover projectos de inte-gração regional, tais como o Corredor Walvis Bay-Maputo.

Na capital namibiana, Guebuza visitou na manhã de hoje uma empresa vocacio-nada ao processamento de pescado, a “Hangana Seafood”.

A Hangana é a segunda maior empresa de pesca e processamento de pescado na Namíbia, a seguir à espanhola Pescanova. Ela tem uma capacidade para processar cerca de 17 mil toneladas de peixe por ano, e exporta para muitos países da Europa, incluindo Portugal, Espanha, Itália e Austrália.

No início da tarde Guebuza também visitou uma mina de diamantes denominada ‘Nambed’, na região de Karas. A cooperação entre Moçambique e Namíbia na área de minas reveste-se de uma importância particular para Moçambique, pois este país da África Austral já possui muita experiência em termos de tecnologia e legislação.

O mesmo sucede na área de pescas, onde a Namíbia possui larga experiência e conhecimentos.

Deixar de ser pobre é um direito nosso

PRESIDÊNCIA

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DJ KENT PROVOU QUE O HOUSE AFRICANO TEM FUTUROA discoteca Coconuts, em

Maputo, foi o local eleito pela Gloom Events Mozambique para uma noite cem por cento dedi-cada ao House Music.

O convidado, desta vez, foi a estrela sul-africana DJ kent, que provou que o House africano tem futuro e não quis deixar a sua fama em mãos alheias, cum-prindo com o prometido – “fazer mexer a plateia moçambicana”.

Pouco passava das 23h00, quando o público começou a chegar ao Coconuts. À entrada, uma enorme fila de gente ansio-sa para entrar. Conseguir o mel-hor lugar ou ficar o mais próximo do palco era o anseio visível no rosto das pessoas. Encontrar o melhor sítio para ver e ouvir DJ kent era o objectivo.

Por volta das 02h00 da manhã, a multidão eufórica que preenchia o espaço do Coconuts dançava e vibrava ao som das ba-tidas do Dj sul-africano - ritmos e batidas que já começam a ser hábito nas noites moçambica-nas, onde, cada vez mais, DJ´s vindos da vizinha África do Sul têm animado as noites moçam-bicanas.

SONGS

E, para provar que também Moçambique tem

bons e talentosos DJ’s, pelo palco passaram o

DJ Damost , perto do final, foi a vez do Dj Dinho

dar continuidade à festa, quando o Kent já tinha

abandonado o palco.

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Oswaldo PetersburgoPresidente do CNJ

Esta página é da Responsabilidade do DCI-Departamento de Comunicação e Imagem do Conselho Nacional da Juventude de Moçambique

Benigno PapeloChefe do Departamento

Cell: (+258)823279126e-mail: [email protected]

Av. 25 de SetembroPrédio Macau,

nº 916, 7º Andar, Maputo-Moçambique

Telefax: (+258) 21303011

E-mail: [email protected]

Web: cnjmoz.blogspot.com

“Somos também de opinião que tem que haver respeito pela história do país”.

Neste momento, o CJN conta com mais de 40 novos pedidos de filiação, entre associações estu-dantis, académicas, juvenis e de ligas de partidos políticos.

O actual elenco dirigido por Petersburgo, com-pletou ontem dois anos à frente do CNJ, e, no balanço que fez, diz que dentre outras realizações conta com a primeira participação do organismo na observação de eleições de 2009, realização da primeira conferência nacional, revisão da política nacional da juventude.

O CJN diz ter participado na observação de eleições gerais no país em 2009, abrangendo as províncias de Nampula, Zambézia, Sofala e Ma-puto-Cidade, tendo tido ocasião de emitir parecer sobre como as mesmas decorreram. Nas últimas eleições foram flagrantes os problemas de ex-clusão de candidatos e partidos e coligações e

não conta que tenha havido alguma con-testação do CNJ.

A falta de emprego, habitação e os ín-dices elevados do HIV/SIDA no seio da juventude, a revisão da política tem sido preocupação para o CJN, refere o nosso entrevistado.

“O que queremos é ter uma juventude que não se deixe manipular, capaz de pen-sar por si e pelo futuro deste país” concluiu.

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SILICONE MATA ACTRIZ PORNO PRE-MIADA E EX-BIG BROTHER

BIZZARO

Já ouviu falar de morrer de peitos? A alemã Carolin Berg-er, mais conhecida como Sexy Cora no mundo erótico, faleceu assim. Com um senhor currí-culo, ela era uma actriz porno premiada, modelo e ex-Big Brother, mas sua carreira foi brutalmente interrompida aos 23 anos, quando tentava au-

mentar o silicone nos seios de 750 para 900ml. Era sua sexta operação e ela entrou em coma logo depois da cirurgia e fal-eceu, nove dias depois.

Berger era mesmo das boas. Já havia recebido dois prémios, Venus Award e Erotixxx Award, como a melhor actriz erótica amadora da Alemanha. Sem falar que teve passagem mar-cante no Big Brother Alemanha quando fez um striptease e mostrou tudo. Não satisfeita ainda fez várias massagens

eróticas nos participantes. Vai deixar SAUDADES.

MENINO IMANE

Um menino croata de 6 anos é capaz de atrair peças de metal ao próprio corpo. Para isso, basta o garoto Ivan Stoiljkovic levantar a camiseta. O Menino-Imane, como ele é chamado, pode sustentar até 25 quilos de objectos como tal-heres, panelas e até celulares.

Moradores de Koprivnica, ci-dade natal de Ivan, garantem que o garoto também tem poderes de cura. Familiares afirmam que o Menino-Imane usa a energia de suas mãos para aliviar as dores de estômago do avô. Ele também já teria amenizado as dores de um

vizinho que foi atropelado por um trator.

Os poderes de Ivan chamaram a atenção de médicos, que buscam uma explicação para o fenómeno. O jovem foi submetido a uma bateria de testes, mas os resultados foram considerados inconclusivos.

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FERRARI CONSTRÓI SUPER AMERICA 45 MUITO ESPECIAL

MOTOR

O carro é uma versão muito especial do Ferrari Superamerica, desenha-do pela Ferrari Design e produzido em Maranello, segundo as especifica-ções indicadas por Peter Kalikow, um apaixonado pela casa italiana há 45 anos. Este Ferrari muito especial estará exposto a partir de amanhã, dia 20 de Maio, no Villa d’Este Concorso d’Eleganza e celebra exactamente isso mesmo, os 45 anos deste nova-iorquino como cliente Ferrari! O modelo faz uso da fibra de carbono no inova-dor tejadilho que roda sobre si mesmo para se esconder no porta-baga-gens. Este tejadilho está equipado com um óculo traseiro e toda a zona da bagageira foi alterada, bem como o estilo da tra-seira, para oferecer mais apoio aerodinâmico.

A traseira está alar-gada e pintada na cor da carroçaria com cavas das rodas maiores e saídas de ar, sendo o difusor tra-seiro também diferente. Na lateral, destaque para a dupla saída de ar no guarda-lamas dianteiro, enquanto à frente está uma nova grelha croma-da. Refira-se ainda peças

No interior, o mesmo jogo de cores e materiais do exterior – a fibra de carbono do tejadilho, do “spliter” dianteiro, das saias lat-erais e do difusor traseiro com o alumínio e o azul da carroçaria – com extenso uso do carbono no habitáculo. Este foi feito com os mais sofisticados materiais, nomeadamente, couro Cuoio e um avançado sistema de “info-

tainment” com ecrã sensível ao toque.

O preço deste modelo único e absolutamente exclusivo não foi, naturalmente, divulgado nem mesmo as suas caracter-ísticas técnicas.

de alumínio nos pilares A, espe-lhos exteriores e nos puxadores das portas.

A cor do Superamerica 45 é exclusiva, chama-se Blue Antille e que é idêntica a um dos carros emblemáticos da colecção de Peter Kalikow, um 400 Supera-merica de 1961. Um carro rarís-simo com o chassis nr. 2331SA. As jantes também têm a cor da carroçaria com um acabamento em diamante nos raios.

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CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONTROLE DE ALUGUEIS

ORDEM LIVRE

A University of Chicago Press publicou uma nova versão “definitiva” do livro The Constitution of Liberty, de F.A. Hayek, sob a orien-tação de Ronald Hamowy. Por causa do meu interesse em assuntos urbanos, é uma boa hora para que eu foque no capítulo 22, “Habitação e planeamento de cidades”. Ele contém vários insights que eu gosto muito, mas por causa das limitações desta coluna, vou agora ap-enas tratar da abordagem de Hayek a respeito do controle de alugueis.

Devo confessar que foi vários anos após eu me tor-nar interessado na natureza e importância das cidades que descobri que Hayek ha-via escrito algo sobre o que nós chamamos de “planea-mento urbano”. (Bem, isso não é bem verdade. Eu li The Constitution of Liberty quando era estudante de pós-graduação, mas naquele tempo eu não reconhecia a importância das cidades para o desenvolvimento tanto económico quanto intelectual, então, evidente-mente o livro não causou efeito algum no meu desen-volvimento). A análise tem um sabor caracteristica-mente hayekiano, no sentido de que vai além da análise puramente económica e re-alça o impacto psicológico e sociológico de certas políti-cas urbanas que fortalecem a dinâmica do interven-cionismo.

A economia do controle de alugueis

A análise económica de controle de alugueis de Hayek soa familiar para o estudante moderno de eco-nomia política talvez porque seja tão amplamente (em-bora não universalmente) aceita. Esse não era o caso em 1960, quando o livro foi

publicado. Hayek salienta que apesar das boas inten-ções daqueles que defen-dem o controle de alugueis, “qualquer fixação de alu-gueis abaixo do preço de mercado inevitavelmente perpetua a escassez de habitação”. Isso acontece porque quando o nível de alugueis é artificialmente baixo, a quantidade deman-dada excede a quantidade ofertada.

Um efeito da escassez crónica de habitação que o controle de alugueis produz é uma queda na taxa à qual apartamentos e flats nor-malmente seriam transfe-ridos. Habitações sob o con-trole de alugueis se tornam relíquias de família, sendo transferidas de geração a ge-ração. Isso é muito comum em Paris, Viena, Londres, Nova York e Berkeley, onde há controle de alugueis. Ao longo do tempo, é claro, hab-itações sob controle de alu-gueis se encontram em mau estado à medida que os pro-prietários reduzem os rep-aros e renovações porque os custos excedem as receitas. Mas Hayek se concentrou em outro efeito mais perni-cioso.

A psicologia da política habitacional

As pessoas se ajustam a mudanças de circunstâncias da maneira que podem. Sem a flexibilidade de preços re-flectindo a escassez e guian-do as decisões de alugueis, os proprietários e inquilinos usarão os recursos que ti-verem à disposição para alo-car a oferta disponível. Mas autoridades públicas tam-bém se ajustarão ao verem esse “caos” — criado por elas mesmas — e usarão a sua autoridade para racionar a habitação de acordo com o seu julgamento “superior”. É esse uso de autoridade

governamental para deter-minar quem vive onde que abre uma nova dimensão à dinâmica da sua interven-ção. Hayek escreveu:

“No entanto, o dano material não é o mais im-portante. Por causa das restrições de alugueis, grandes porções da popu-lação nos países ocidentais se tornaram sujeitas às de-cisões arbitrárias de auto-ridade nos seus negócios diários e se acostumaram a buscar permissão e direcção nas principais decisões das suas vidas...

O que exerceu um pa-pel muito grande no en-fraquecimento do respeito pela propriedade e pela lei e tribunais foi o fato de que apela-se constantemente à autoridade para decidir os méritos das necessidades, para alocar serviços essen-ciais e para dispor a respeito do que ainda é nominal-mente propriedade privada de acordo com o seu julga-mento da urgência de dife-rentes necessidades individ-uais”.

As pessoas se acos-tumam a depender do gov-erno em algo tão central nas suas vidas como a habitação — quer na forma de controle de alugueis e habitação pública (que traz consigo o seu próprio conjunto de consequências perigosas) — que, por sua vez, molda as suas expectativas a respeito de outras áreas igualmente importantes, como emprego e assistência médica.

Esse fenómeno é um ponto principal do livro an-terior e mais conhecido de Hayek, “O caminho da ser-vidão” (1944), sobre o qual ele escreve no prefácio de uma edição posterior: “A mudança mais importante que o controle governa-

mental extensivo de preços produz é uma mudança psi-cológica, uma alteração no carácter do povo”.

Política habitacional hoje

Menos cidades hoje praticam o tipo de controle de alugueis sobre o qual Hayek escreveu na metade do século XX. Mas a inter-ferência do governo na hab-itação continua nos Estados Unidos e em outros lugares. Os líderes políticos ameri-canos apaixonadamente proclamam o “direito à hab-itação” do cidadão, manifes-tando-se em casos como o da Fannie Mae, através de em-préstimos subprime dirigi-dos politicamente e política (por vezes) expansionista do Federal Reserve. Os resulta-dos macroeconómicos têm sido óbvios e desastrosos, mas não vamos nos esquec-er das consequências “mi-crossociais” de Hayek.

No lado da oferta, tais declarações a respeito do di-reito à habitação habilmente calam os benfeitores força-dos que devem abrir mão da sua terra, trabalho, capital e outros recursos necessários para cumprir esse direito. No caso de tais direitos posi-tivos, o ganho de um impli-cará, pelo menos, uma perda igual de outro, e geralmente mais.

E como Hayek salientou, um tipo similar de jogo de soma zero/negativa opera no lado da demanda. Os ben-eficiários perdem o senso de independência e de auto-de-terminação, que é o ganho dos governos autoritários, que estão agora em uma melhor posição de adquirir mais direitos e recursos dos cidadãos que, justamente por causa das intervenções anteriores, então ainda mais acomodados.

Por: : Sandy Ikeda

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HI TECH

SMARTPHONES CONTINUAM A

DINAMIZAR MERCADO MÓVEL

Os smartphones rep-resentaram 23,6% das vendas de telemóveis no primeiro trimestre de 2011, segundo as contas da Gartner, num cresci-mento de 85% face ao período homólogo. Em números totais, o mer-cado móvel registou um crescimento de 19%, to-talizando 427,8 milhões de unidades vendidas.

“A quota dos smart-phones podia ter sido maior. Com o anúncio, por parte de várias fab-ricantes, da chegada de novos modelos no se-gundo trimestre, acre-ditamos que alguns con-sumidores optaram por adiar as suas compras”, referiu Roberta Cozza, da Gartner, citada pelo The Wall Street Journal.

Os números da con-sultora mostram ainda que no primeiro trimes-tre deste ano, a Nokia vendeu 107,6 milhões de terminais, garantindo 25,1% do mercado, con-

tinuando a liderar, em-bora com menos quota - no primeiro trimestre de 2010 a quota da fab-ricante finlandesa era de 30,6%.

A Gartner atribui à rival Samsung a segunda posição em volume de vendas, com uma fatia de mercado de 16,1%, também abaixo dos 18% atingidos em 2010, en-quanto a LG arrecada 5,6% (7,6% em em 2010). Já a Apple conseguiu aumentar a sua quota de 2,3% para 3,9%.

Por enquanto não são revelados valores por regiões, mas refira-se que os números da IDC para os primeiros três meses deste ano colo-cam, pela primeira vez, a Samsung no primeiro lugar do pódio europeu de fabricantes.

Voltando à Gartner, a consultora refere que o Android da Google foi o sistema operativo

mais vendido nos smartphones no primeiro trimestre de 2011, com uma quota de mercado de 36%, quando em 2010 somava apenas 9,6%.

O primeiro lugar foi roubado ao Symbian, da Nokia, que viu cair a sua partici-pação dos 44,2% registados no ano passado, para os 27,4%. A platafor-ma da Apple, por sua vez, aumen-tou a sua quota de 15,3% para 16,8%.

FRANCESINHAS… E MAIS NADA!

“As mais faladas por vezes deixam a desejar e as melhores poderão estar anóni-mas, mesmo ao virar da esquina”, acreditam os criadores do Fran-cesinhas.pt, que, como o nome indica, querem ajudar a traçar o pan-orama do que melhor

se faz… no campo de-sta especialidade gas-tronómica.

O guia online promete dar as con-hecer “os melhores sítios para se apre-ciar uma bela fran-cesinha”, contando nessa tarefa com a

ajudar dos internautas.Quem por aqui pas-

sa pode encontrar di-cas sobre onde comer, mas é também convi-dado a partilhar locais e fotografias, discutir e votar, de acordo com as suas experiências nesta matéria.

Tudo porque “uma francesinha não é só um prato mas sim um momento único de convívio, um ritual de celebração da vida e acima de tudo uma identidade de uma cidade”, afirmam os mentores do projecto.

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O que é estar na moda?

Começo a crónica com esta interrogação para vós, leitores, como jeito de introdução e de forma a já suscitar um debate sobre o tema que aqui pretendo explanar.

O conceito de moda é muito vasto e relativo, e nin-guém melhor do que os designers de moda, estilistas, costureiros e por aí adiante para o definirem, mas passo a citar uma fonte : “Moda é a tendência de consumo da actualidade. A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob vários aspectos. Acom-panha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear”.

Com base nesta definição, pode-se entender que a moda não se resume à roupa e aos acessórios que a acompanham, mas também ao comportamento de uma determinada pessoa, em função do seu estilo, ou melhor, do estilo que adoptou naquele momento.

A moda acompanha a evolução histórica e passou por várias transformações, muitas vezes seguindo as mudan-ças físicas e principalmente sociais que ocorreram den-tro de um determinado período. Ela começa a ser consid-erada no final da Idade Média (século XIV) e continua a desenvolver-se até chegar ao século XIX.

A moda nos remete ao mundo esplendoroso e único das celebridades: vestidos deslumbrantes, costureiros fa-mosos, tecidos e aviamentos de ultima geração. Não nos leva a pensar que desde a pré-história o homem vem cri-ando a sua moda, não somente para proteger o corpo das intempéries, mas como forma de se distinguir em vários outros aspectos tais como sociais, religiosos, estéticos, místicos ou simplesmente para se diferenciar individu-almente.

A moda pode ser considerada o reflexo da evolução do comportamento. Uma espécie de retrato da comuni-dade. É uma linguagem não verbal com significado de diferenciação.

Mas, existe também a importação da moda de outras culturas para outras, bem diferentes, que é o que tem acontecido no nosso país, por exemplo. E não é mau, des-de que a moda importada seja bem adaptada ao contexto cultural do país. E quando ouvimos alguém dizer, nessa

“ESTOU NA MODA!”PALAVRAS SOLTAS

situação: “Estou na moda”, o que isso significa? E que im-plicação pode ter na cultura e sociedade da pessoa que importa uma moda que não se adequa ao seu contexto social?

O problema é quando não temos o bom senso de fazer essa diferenciação e adaptação, e certas vezes passamos por constrangimentos desnecessários, e como diz a lin-guagem popular, fazemos “figura de urso”.

Foi o que aconteceu há dias atrás. Fui a um funeral numa capela da cidade de Maputo. Estava um dia chu-voso e ligeiramente fresco, mas com alguma humidade. O padre já tinha dado início à cerimónia de despedida do ente querido, quando de repente vários olhares dos presentes, sentados nos bancos da capela, se dirigiram à porta de entrada em jeito de espanto para uma jovem que trajava umas calças jeans apertadas, acompanha-das como calçado, por botas de cano alto de veludo (por cima das calças), castanhas escuras e de salto alto tam-bém. Na parte de cima trazia vestida uma túnica branca transparente, mas com um top de alças por dentro (e dava para ver a cor, que era verde fluorescente). À volta da cintura, por cima da túnica, trazia um cinto grosso, como acessório. Por coincidência a moça sentou-se atrás de mim e vinha acompanhada por uma outra, mais dis-creta. Sem querer (mas querendo) ouvi os seus comen-tários; a acompanhante reparou nos olhares de espanto e nos cochichos dos presentes sobre a sua amiga, pelo que disse: “Xii, acho que exageraste na roupa, eu não te disse para tirares as botas, que não eram adequadas para vir ao funeral?”. E a outra retorquiu: “ Qual é o problema?! Deixa comentarem, eu estou na moda!”.

Reflictam…Por: Kátia Vanessa O. Ibraímo

Psicóloga Social e Or-ganizacional

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Tenha o melhor em-prego do mundo

LAZER

Em termos ergonómicos, quais são as falhas mais comuns nas empresas?

É preciso começar por perceber uma coisa, se um escritório está bem ajustado para uma pessoa de dimensões médias, nem sempre isso significa que esteja ajustado a pessoas de outras di-mensões. Por isso mesmo, devemos introduzir o maior número de adaptações de modo a acomodar estas diferenças. Não é apenas a altura do assento que deve ser ajustada, mas também a altura da secretária, dos apoios dos braços, a proeminência e altura do apoio lombar no encosto do assento e a altura e distância ao mon-itor.

Que impacto podem ter estes erros na saúde?As doenças músculo-esqueléticas são a principal consequên-

cia dos erros cometidos no trabalho com computadores. Estas são designadas por Lesões Músculo-Esqueléticas Ligadas ao Trabal-ho (LMELT) e podem traduzir-se por síndroma do canal cárpico (inflamação dos tendões do pulso), tendinites nos membros su-periores (ombro, braço, mão, dedos) e ainda lesões nos discos in-tervertebrais. Por outro lado, uma iluminação desadequada pode levar ao cansaço do aparelho visual e à degradação da acuidade visual.

Nos escritórios, a maioria dos trabalhadores passa várias horas sentado. Quais são os principais requisitos de um bom assento?

Uma cadeira de boa qualidade é essencial para o bem-estar do trabalhador. Esta deve ser almofadada e em tecido transpirável; ter apoios de braços ajustáveis, que se possam adaptar à altura do cotovelo da pessoa, e oferecer um bom apoio lombar, adequado à concavidade das costas.

Em termos de dimensão, esta deve acomodar confortavel-mente a largura das ancas e o comprimento das coxas, permitindo a flexão confortável das pernas nos joelhos. A altura do encosto do assento deve atingir, pelo menos, o nível dos ombros do uti-lizador. Todas as cadeiras de um escritório e, se possível, as secre-tárias devem ser ajustáveis em altura.

Em termos de postura, que regras devem ser cumpridas?Em primeiro lugar, o assento e o espaço livre para as pernas

devem permitir mudanças de postura. Devemutilizar-se cadeiras que permitam alguma oscilação da base,

de modo a que a pessoa possa alternar entre uma postura em que as costas estão apoiadas no encosto, e outra em que estas se en-contram desapoiadas mas erectas.

Isto pode conseguir-se facilmente com a rotação de dez a 15 graus da base do assento, para a frente e para trás, em torno do eixo horizontal médio desta base, paralelo às ancas. Para além disso, o trabalhador deve ajustar o assento de modo a que os pés assentem confortavelmente no chão. Caso isso não aconteça, deve utilizar um apoio.

Por outro lado, o que aconselha a quem passa várias horas do dia em pé?

A concepção dos locais de trabalho deve encorajar os trab-alhadores à mudança frequente de postura, para evitar a fadiga muscular.

Aos cabeleireiros e vendedores, por exemplo, deve ser permit-ido que alternem entre o trabalho que é feito de pé e o que é feito sentado, adoptando assentos do tipo sela ou como os colocados junto a balcões de bar, que posicionam os seus membros superi-ores à mesma altura a que estariam caso se encontrassem em pé.

No sector industrial, onde o trabalho é repetitivo, quais são os principais erros?

São vários: as posturas fixas e restritivas, o transporte manual de cargas pesadas ou grandes, o trabalho efectuado acima do nív-el dos ombros e abaixo do nível da cintura. O ruído e as vibrações, as condições de iluminação inadequadas, o trabalho repetitivo e monótono, a exigência de uma grande acuidade visual, bem como o isolamento do trabalhador, o ritmo de trabalho imposto e as pausas condicionadas ou limitadas também podem ser bastante problemáticos…

Existem exercícios físicos que possam ser feitos no local de trabalho?

Os alongamentos dos membros superiores e inferiores, das costas, dos ombros e do pescoço e a ginástica laboral podem ser introduzidos no início, no meio e no final da jornada de trabalho. Isto já acontece em alguns escritórios e fábricas de alguns países asiáticos. O resto do mundo tem que aprender com estas práti-cas benéficas que, para além de prevenirem problemas músculo-esqueléticos, também contribuem para um maior bem-estar físico em geral e para uma maior motivação no trabalho.

A que sinais de alarme devemos estar atentos?O primeiro sinal de aviso é o desconforto e a fadiga muscular.

Quando o desconforto persiste, torna-se em dor, num espaço de tempo que pode variar entre os 30 minutos e algumas horas. Se a dor persistir, e se não forem tomadas medidas, é provável que ocorra uma lesão. Em muitos casos, a correcção posterior envolve cirurgia e muita fisioterapia, bem como o afastamento do trab-alho. Em alguns casos, as lesões deste foro são irreversíveis.

E a que especialista devemos recorrer nestes casos?Em caso de dor aguda, tanto o médico de família como o médi-

co do trabalho devem ser consultados. Em seguida, o trabalhador deverá ser encaminhado para um especialista, normalmente em ortopedia ou traumatologia. As queixas de foro visual devem ser encaminhadas para um oftalmologista.

Soluções simples para melhorar as condições no escritório:- Coloque almofadas nas costas da cadeira para conseguir um

apoio lombar adequado.- Caso tenha uma estatura baixa e não chegue com os pés ao

chão, utilize listas telefónicas ou catálogos volumosos como base de apoio.

- Utilize os mesmos catálogos para elevar o monitor do com-putador à altura dos olhos.

- Coloque telas nas janelas contíguas ao espaço de trabalho para regular a intensidade luminosa e a incidência directa de raios solares.

- Substitua regularmente o mobiliário defeituoso ou inadequa-do.

- Frequente acções de formação e sensibilização dos trabalha-dores nesta área e convença os seus colegas a acompanharem-na.

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Desconforto dos fones de ouvi-do não é só causado pelo volume

SAÚDE

ESTUDO mostrou que pressão dos fones aumenta vibra-ções sonoras, alterando o som e fazendo com que tímpano tra-balhe mais.

O problema dos fones do ouvido não está apenas no vol-ume alto, mas também na pressão que ele exerce na estrutu-ra do ouvido. Pesquisadores de uma empresa de tecnologia descobriram que o simples facto de vedar os ouvidos aumenta a pressão do som e isto faz com que os músculos do órgão se contraiam mais, provocando o que chamam de fadiga do ouvinte, a dor e o desconforto de quem passa algumas horas com fones.

“Nós tentamos durante anos baixar o volume, mas con-tinuávamos a sentir a fadiga auditiva, mesmo nos níveis mais baixos”, disse Stephen Ambrose, que trabalhou com fones de ouvido por mais de três décadas como músico e engenheiro de áudio. O estudo foi apresentado sábado na 130ª Conferên-cia da Sociedade de Engenharia de Áudio, em Londres.

Ambrose compara a fadiga do ouvinte ao cansaço provo-cado nos olhos por horas de condução à noite. “No começo não percebemos que está a atrapalhar, mas depois passamos a sentir o incómodo”, diz.

Usando modelos de computador, os pesquisadores desco-briram que as ondas sonoras entram no canal do ouvido tam-pado com fones, criando uma câmara de pressão. Os dados sugerem que o aumento da pressão provoca o reflexo acústico, um mecanismo do sistema auditivo que amortece a transfer-ência de energia do som do tímpano para o caracol da orelha interna em até 50 decibéis – limite do que é considerado polu-ição sonora pela Organização Mundial da Saúde. Porém, isto não protege a membrana do tímpano do excesso de vibração sonora.

Ambrose explica que é possível perceber isto simples-mente tampando os ouvidos com os dedos e a falar: o som apa-rece num tom mais baixo e num volume menor e facilmente se percebe uma maior vibração dentro da cabeça. “Não é apenas o som é a pressão também que dá este efeito”, explicou ao por-tal brasileiro iG..

“Paradoxalmente, o reflexo acústico faz com que a música alta pareça mais baixa do que é, o que faz com que as pessoas aumentem ainda mais o som dos aparelhos”, disse Samuel Guido, que também participou no estudo.

Para evitar o efeito, Stephen Ambrose, Robert Schulein and Samuel Gido, da Asius Technologies, criaram uma espécie de tímpano artificial, que pode ser adaptado a fones comuns.

O adaptador feito de polímero se parece com um balão e converte a energia sonora, aliviando o tímpano e o caracol. O produto já está patenteado, mas ainda aguarda comercializa-ção.

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DESPORTO

Aos 69 anos, o técnico do Man. United não mostra sinais de querer abrandar.

Os títulos, esses, também não param de dar entrada no currículo, por isso Sir Alex não vê razões para aban-donar o futebol. «A ideia é continuar a trabalhar enquan-to a minha saúde o permitir», disse o escocês ao diário inglês The Sun.

«A minha mulher agradece, aliás, gosta de ter a casa só para ela», juntou entre risos.

Sobre a vitória na Premier League deste ano, o técni-

“A minha alegria desapa-receu”, comentou Michael Schumacher após o 12º lugar no Grande Prémio da Turquia, naquilo que foi visto como um sinal de despedida do hepta campeão mundial de Fórmula 1 no final desta época. O seu se-gundo ano após o regresso, ao

co diz que continua a ser «tão difícil ganhar agora como era no início da carreira», e garante que as conquistas re-centes são vividas com tanta emoção como as primeiras.

A experiência, assegura, também não torna certas de-cisões menos complicadas de tomar. «Na final da Cham-pions, por exemplo», conta o treinador do Manchester, «vou ter de deixar jogadores de fora, quando todos mer-eciam jogar. É algo que me apoquenta».

Fica, da parte de Sir Alex, o desejo de poder vencer categoricamente a final, e de que isso possa servir de consolo a quem deixar de fora.

UM PALCO PARA SCHUMACHER RECUPERAR A ALEGRIA

serviço da Mercedes, está a ser uma desi-lusão, pois o alemão continua sem conseguir subir ao pódio e esta época perdeu sempre para o seu colega Nico Rosberg. “A última corrida não foi muito alegre, mas creio que ele apenas se estava a referir a isso. Uma cor-rida assim desanima qualquer um, mas ele é resistente e acredito que este fim-de-semana vai estar onde o queremos”, comentou Ross Brawn, director da Mercedes GP e princi-

pal responsável pelo regresso do campeão. Schumacher vai correr agora em Barcelona, pista onde soma seis vitórias, quatro delas consecutivas (entre 2001 e 2004). Um palco perfeito para tentar terminar com as críticas das últimas semanas e os rumores de despe-dida, que já levam as casas de apostas a co-tar em 4/7 a sua saída no final da época. “Já tivemos uma série de discussões técnicas so-bre o que fazer ao carro”, revelou Brawn, com o antigo campeão Jackie Stewart a apostar que ainda o irá ver... no pódio este ano.

NÃO PENSO EM

REFORMAR-ME...

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CULTURA

Ernania orgulho de Moçambicanos

Ernania encheu de orgulho os moçambicanos ao fazer-se presente na final do concurso e ter terminado em segundo lugar

Tudo começou em Maputo, quando Ernania Rainha Man-uel participou no casting do “M-NET Face of África” e foi seleccionada para formações na África do Sul, Tanzania e Quénia, onde, na mesma altura, teve a oportunidade de des-filar ao lado da conceituada modelo internacional Naomi Campbell.

E, tendo sido também a primeira vez que o concurso con-tou com a presença de uma modelo moçambicana.

Ernania encheu de orgulho os moçambicanos ao fazer-se presente na final do concurso e ter terminado em segundo lugar, ou por outra, a jovem foi eleita a segunda modelo mais bonita de África, elevando assim o nome de Moçambique particularmente na área da moda!

Ernania Rainha Manuel é uma jovem modelo de apenas 20 anos de idade e natural da cidade de Maputo. A modelo está a passos largos do sucesso, após ter realizado o sonho de trabalhar na moda, fora de Moçambique, mais precisamente na vizinha África do Sul, que por outro lado, tem mostrado avanços significativos na área.

“Shine Models” é o nome da agência de modelos que assi-nou o contrato de trabalho com Ernânia, onde durante um ano terá de fazer valer a confiança que a agência depositou na jovem modelo, e quiçá renovar.

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P.ESCRITORES

PORQUE NÃO O SEMI-PRESIDEN-CIALISMO EM MOÇAMBIQUE!

ao partido/presidente ou prestar aos seus representados “o povo”, e porque só a satisfação das necessidades do partido ou do presidente, é que garante a sua reeleição ou manuten-ção, os parlamentares e os membros do governo esforçam-se, passando por cima de tudo e todos com vista a satisfação dos seus “chefes”, ignorando por completo o compromisso com o bem público, do seu verdadeiro, legítimo e autêntico chefe – o Povo. Razão disto, são as declarações de alguns deputados que falam de cópia de modelos. E eu pergunto: quais os modelos de Moçambique? O PPI? A revolução verde? A passagem au-tomática? A licenciatura em três anos? Ou então o presidente chefe de governo, chefe de estado, chefe das forças armadas, “autoritário”, empresário e multi-accionista?

A acumulação de poderes por parte do presidente em Moçambique, virou moda, tendo se transferido para os seus subordinados, onde qualquer dirigente ocupa mais de um car-go público, até os deputados (representantes do povo), e por isso mesmo, quando chega o momento da prestação de contas, não dizem mais do que “o estado da nação é bom”, aliás o que se espera de uma auto-avaliação! Isto tudo explica o porque de se refutar a redução de poderes dos governantes, mesmo se falando de índice elevado de desemprego e da necessidade de redução das despesas publicas no país.

Entretanto, é necessário sublinhar nisto, que se um dia este país decidir optar pelo Semi-presidencialismo (quiçá), não de-verá apenas se declarar legalmente, mas sim se afirmar como tal, através de acções concretas deste sistema de governo. O povo mostra-se cansado de formalidades, e portanto, quer e exige acções concretas de tudo quanto é política.

Só para finalizar: “O Primeiro-Ministro, Aires Ali, empos-sou na passada segunda feira (seis de Dezembro), a deputada da Assembleia da República pela bancada da Frelimo, Virgília Matabele, como vice-presidente do Conselho de Administra-ção do Instituto Nacional de Turismo (INATUR), órgão tutela-do pelo Ministério do Turismo. Virgília Matabele passa a acu-mular salários de duas instituições do Estado, com a agravante de como deputada ter a incumbência de fiscalizar o mesmo executivo onde trabalha” (canalmoz).

Ofice Jorge

Nos últimos dias, vários debates têm sido levantados em vol-ta das propostas para a próxima Constituição da Republica em Moçambique. E no decurso da revisão da presente constituição (2004), uma das propostas lançadas por académicos e parlamen-tares (da oposição), defende a mudança do actual sistema de governo (presidencialista) pelo Semi-presidencialismo.

Tal como legalmente está definido, o presidencialismo é o sistema em vigor em Moçambique. Ao falarmos de presiden-cialismo, estaremos a falar segundo Bobbio et al (1998), de uma forma de Governo caracterizada, em seu estado puro, pela acumulação num único cargo, dos poderes de chefe do Estado e de chefe do Governo, com o presidente eleito pelo sufrágio universal do eleitorado, sendo que ocupa ainda uma posição plenamente central em relação a todas as forças e instituições políticas. E no caso particular de Moçambique, o presidente é ao mesmo tempo chefe do seu partido, e sendo chefe do Governo, cabe a ele escolher pessoalmente os vários ministros ou secre-tários, magistrados entre outras figuras. O presidente represen-ta a nação nas relações internacionais; é a ele que cabe o poder de declarar a guerra. Além disso, é ele quem tem a iniciativa e é fonte das decisões e das leis mais importantes. Ao se propor um semi-presidencialismo em Moçambique, estar – se – ia afirmar que teríamos um sistema de governo com um chefe de Estado e um chefe de Governo, em que o Executivo poderia governar tendo confiança do parlamento. O chefe do Estado, seria eleito por sufrágio universal, e não se limitaria a exercer as funções representativas que lhe correspondem no sistema parlamen-tar, sendo que é ele que poderia dirigir o governo, tomando as grandes decisões políticas, sem ser responsável por elas perante o parlamento.

Esta proposta do semi-presidencialismo, não foi bem rece-bida pelo partido no poder, onde segundo alguns parlamentar-es a implementação do mesmo, não passaria de uma simples cópia de modelos que nada dizem a realidade moçambicana. Em minha opinião, talvez eles tenham razão, pois a imagem do presidente em África representa o “chefe máximo” que manda e decide tudo, cabendo ao resto apenas cumprir, razão pela qual temos em Moçambique um governo constituído por membros, por sinal, pelo presidente indicados, que não passam de apenas ouvintes, seguidores e cumpridores das decisões do “chefe”, num Estado que se declara democrático. Este facto, traz como consequência directa, ao que chamo de “dupla prestação de con-tas”, ou seja, os governantes juntamente com os parlamentares, encontram-se numa situação conflituosa, entre prestar contas

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CINEMA

«La Piel que Habito», que voltou a reunir Pedro Almodóvar a Antonio Banderas, foi o filme que mais estrelas reuniu hoje na passa-deira vermelha do Festival de Cannes.

Cerca de 20 anos depois de «Ata-me!», Pedro Almodóvar volta a trabalhar com An-tonio Banderas, num dos filmes mais elo-giados da Competição Oficial do Festival de Cinema de Cannes, tanto pela realização apurada do cineasta manchego como pela interpretação intensa do actor malaguenho.

O polémico cineasta japonês Takashi Miike também veio promover «Hara-Kiri: Death of a Samurai» mas o evento que mais reuniu estrelas na passadeira vermelha foi a gala de beficência AmfAR Cinema Against AIDS, no Hotel du Cap, em Cap d’Antibes.

ESTRELAS DESFILAM EM CANNES

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MODA

Taússe REBENTAA jovem e talentosa estilista Taússe lan-çou no dia 30 de Abril a sua colecção de corpetes. A festa de lançamento teve lugar no Ice Lounge e uma das coisas mais interessantes é que os modelos não foram quaisquer, mas sim caras famo-sas. A noite foi fashion, aliás todos que-riam mostrar a sua arte de bem vestir.

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NUTRIÇÃO

Saiba como fazê-lo da forma mais correcta

O seu organismo precisa de ser limpo. Esta é uma boa altura para devolver ao corpo a sua capacidade natural de auto-cura.

Para isso, só tem de alterar a sua alimentação, praticar exercício físico, evitar os químicos e ouvir o seu corpo.

Depois do programa, sentir-se-á mais saudável, com mais energia, terá perdido alguns quilos e a sua pele falará por si. Do que está à espera?

Não arranje desculpas para continuar a cometer excessos que prejudicam verda-deiramente a sua saúde. Está na altura de adquirir novos hábitos. Fique a conhecer este programa com a ajuda do próprio Alejandro Junger, da nutricionista Alva Seixas Martins e da fisiologista do controlo de peso Teresa Branco. E mãos à obra!

Ritmo frenéticoAlejandro Junger nasceu no Uruguai e, até ir para Nova Iorque para fazer o inter-

nato de Medicina, tinha um estilo de vida saudável. Mas na cidade que nunca dorme, o seu ritmo de vida alterou-se radicalmente. Sem tempo para cozinhar, comia na cafe-taria do hospital e das poucas vezes que ia ao supermercado ficava fascinado com os produtos pré-cozinhados. O resultado disso foi um gradual aumento de peso, uma sen-sação de exaustão constante, insónias, alergias, problemas de digestão e, para agravar ainda mais a situação, sentia-se deprimido, apesar de gostar do seu trabalho.

Os psiquiatras diagnosticaram-lhe um desequilíbrio químico, mas como não lhe apontaram uma razão para o seu estado, Junger recusou-se a tomar antidepressivos. Optou por pesquisar sobre o tema na medicina convencional mas também nas tradi-cionais, tendo chegado à conclusão que os seus problemas derivavam das toxinas que o seu organismo tinha em excesso devido a seu desregrado estilo de vida.

Excesso de toxinasSeguindo essa teoria, o cardiologista decidiu fazer uma desintoxicação e começar

a meditar. O resultado foi tal que Junger decidiu desenvolver o seu próprio programa detox que deu origem ao livro «Clean - The Revolutionary Program to Restore the Body’s Natural Ability to Heal Itself». O seu objectivo principal, tal como nos disse em entrevista, «é criar as condições certas para que o nosso organismo comece a auto-curar-se» e resolver problemas de excesso de peso, alergias, fadiga crónica, dores de cabeça, insónias, depressões, problemas digestivos, prisão de ventre e envelhecimento precoce.

Problemas estes que Junger atribui sobretudo à presença excessiva de toxinas no organismo. Para Teresa Branco, ainda são necessários mais «estudos científicos que fundamentem esta teoria». Mas o certo é que muitos destes problemas «estão rela-cionados com alterações de origem fisiológica que, por sua vez, são originadas pelo stress, pela genética ou pelo estilo de vida», afirma a mesma especialista.

Auto-curaPara o cardiologista, o corpo é uma fonte de restauração, regeneração e mesmo de

rejuvenescimento, mas para ser bem sucedido nessas funções tem de estar saudável. Caso contrário o processo de auto-cura depara-se com obstáculos que bloqueiam a função das células, as reacções químicas e com a falta de ingredientes necessários para que o processo ocorra. Evitar comida processada, optar o mais possível por produtos orgânicos e remover as bactérias prejudiciais do sistema digestivo são as regras para eliminar as toxinas que, de acordo com Junger, irritam os tecidos, danificam as células, forçam a inflamação, provocam alergias e estimulam os mecanismos de defesa.

Desintoxique o seu organismo

«Durante os 21 dias do programa, as pessoas conseguem reactivar o seu sistema de desintoxicação, suportar o processo de detox através da nutrição e aumentar a eliminação. O que nos faz viver mais, melhor e parecermos mais jovens», realça o cardiologista. «Esta desintoxicação natural envolve vários órgãos, como a pele, o fígado, os rins, os intestinos, o sistema digestivo», explica Alva Seixas Martins.

Somos o que comemosSegundo Junger, há necessidade de fazer programas de detox porque a

forma como vivemos e comemos diminui o trabalho desses órgãos e o resul-tado é a acumulação de toxinas. Isto porque, como descreve o médico, «hoje em dia a maior parte das pessoas que vivem nos centros urbanos é constantemente bombardeada por químicos que se encontram na água, na atmosfera, nos cos-méticos, nos produtos de higiene e de limpeza, e nos alimentos». Inimigos aos quais, Alva Seixas Martins, acrescenta «o excesso calórico».

Para a nutricionista Alva Seixas Martins não restam dúvidas. Este excesso calórico, derivado de maus hábitos de nutrição, muitos deles herdados cultural-mente, é mesmo a principal toxina que invade o nosso corpo.

Teresa Branco, por seu lado, acredita mesmo que quem faça uma alimenta-ção saudável diariamente não precise deste tipo de programas.

No entanto, Junger é de outra opinião. «Mesmo que coma apenas alimentos naturais, orgânicos, não processados, a quantidade, a frequência e a combina-ção do seu consumo podem torná-los tóxicos e desacelerar o processo detox».

«Quando se repete com frequências os mesmos alimentos, a sua toxicidade aumenta e há muitas pessoas a consumirem apenas meia dúzia de alimentos quando a alimentação deveria ser variada», confirma a nutricionista.

As vantagensTal como realça Junger, «nem todos os programas detox são iguais e al-

guns podem mesmo chegar a ser perigosos para a saúde». De acordo com Alva Seixa Martins, o Clean Program, «funciona como uma dieta de restrição calórica, com a vantagem de ser bastante equilibrado por incluir todo o tipo de nutrientes e ter princípios positivos porque estimula a prática de actividade física, do yoga e da meditação».

A nutricionista aponta ainda como vantagens o facto de não incluir alimen-tos processados e de estimular o aumento do consumo de alimentos naturais. «Quando se dá esta mudança alimentar, são vários os parâmetros da saúde que saem beneficiados e isso é facilmente perceptível. As pessoas sentem-se mais limpas, emagrecem, a pele melhora, a pressão arterial, os níveis de açúcar e colesterol no sangue diminuem e as pessoas sentemse mais felizes», acrescenta.

O programa foi elaborado para ser feito durante três semanas e Teresa Branco realça que o nosso organismo está preparado para este tipo de alimen-tação restrita durante um período limitado de tempo. «Se for realizada durante muitos dias podemos ficar desnutridos», realça.

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33 | VISÃO JOVEM |QUINZENAL | 31.MAIO. 2011

MOBILAR

PEQUENOS ESPAÇOS, GRANDES IDEIAS

Na casa da jornalista Gabriela Napolitano Alonso, o ter-reno em declive resultou em uma boa surpresa: um canto perdido abaixo do hall social. Devido às características do espaço, a arquiteta Clara Wajss sugeriu a implantação de uma adega, ideia que foi acatada com animação pela moradora. “Por estar a 1,80 m abaixo da linha do imóvel, o lugar era frio e ideal para abrigar as bebidas. A maior preocupação foi fazer uma boa impermeabilização”, lem-bra a profissional. A nova adega uniu-se à área da lareira e mudou o projeto original, que previa um living clássico. “O resultado ficou bem-alinhado à personalidade dos mo-radores”, destaca a arquiteta.

ADEGA SOB MEDIDA

Quando comprou sua casa, a arquiteta Ana Paula Calbucci encontrou a cozinha isolada por uma porta de correr. Isso deixou a profissional na difícil escolha de integrar o espaço à sala ou fechá-lo de vez com alve-naria, ganhando, assim, área para encostar os móveis. A saída foi fazer um painel com madeira de peroba complementado por uma porta-balcão. “Encontramos o meio-termo para integrar sem perder área útil”, con-ta Ana Paula. A porta-balcão também proporcionou comunicação entre a cozinha e a piscina, que fica ex-atamente na frente da sala. “Nos finais de semana, dá para passar aperitivos e bebidas à piscina com facili-dade”, garante.

O banco de imbuia serve de suporte para a cafe-teira e abriga dois pufes para quando as visitas esti-verem na sala

Foto Alexandre Dotta | Projeto, Ana Paula Calbucci; cadeiras Forma com ultrassuède laranja, Regatta Teci-dos; pufes, Tapeçaria Angelica; banco e marcenaria da porta-balcão, Marcenaria Rodreudes.

INTEGRAÇÃO VERSÁTIL