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Webwriting: numa tradução livre do inglês, significa redação para a web. Mas, na prática, vai além do simples texto e envolve um conjunto de práticas para produzir e distribuir conteúdo para os mais variados ambientes da internet, desde sites e intranets até blogs, newsletters por e-mail e redes sociais. Entram aí recursos como fotos, vídeos, animações e infográficos.

O público on-line tende a ser mais ativo do que os de veículos impressos e até mesmo do que um espectador de TV, optando por buscar mais informações em vez de aceitar passivamente o que lhe é apresentado.

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Como o jornalista tem na escrita sua principal ferramenta de trabalho, é preciso conhecer os fatores que condicionam a redação na web. Especialistas em webwriting, afirmam que esta atividade é um exercício constante de planejar e repensar o conteúdo, obedecendo a três princípios básicos: objetividade, visibilidade e navegabilidade.

Objetividade:No jornalismo online o texto precisa ser claro, conciso e objetivo. Jogos de palavras, piadinhas e brincadeiras nos títulos e textos não funcionam. É preciso dizer logo a notícia. Deve-se assim, evitar o uso de termos pouco conhecidos, reduzindo o uso de itens léxicos (palavras e expressões) e o de operadores (regras gramaticais) de uso corrente, para otimizar a comunicação e agilizar a produção do texto.

• 50% do texto impresso pode ser eliminado para a internet, pois a tela do monitor deixa a leitura 25% mais lenta.

• A luz do monitor pode causar fadiga visual (ardência, visão embaçada ou embaralhada), além de dores de cabeça.

• Por isso, seja direto e não utilize linguagem subjetiva ou complexa. Escreva só o necessário, substituindo palavras longas por sinônimos curtos.

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Visibilidade:Para lidar com o público “scanner”, o texto e design devem trabalhar juntos na web. Persuadir o leitor a navegar pelas páginas de um site exige uma estrutura editorial aliada à programação visual. As páginas devem ser arejadas, com pouco texto e imagem, sendo fundamental a correta utilização do espaço em branco para criar um ambiente agradável.

• Evite textos longos e contínuos.

• Organize o texto em parágrafos curtos, com subtítulos, e se possível, resuma as informações mais importantes em tópicos.

• Assim, se o usuário não quiser ler todo o texto, obterá as informações que precisa ao passar os olhos pela página.

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Navegabilidade:Os usuários desejam encontrar informações rapidamente. A página principal deve exibir apenas os fatos mais recentes, relevantes e de comprovado interesse do visitante, deixando as outras informações acessíveis através de um menu bem estruturado e, se possível, até no terceiro clique.

• Páginas pesadas desestimulam os visitantes.

• Segmente notícias longas em vários links dentro da reportagem.

• Não coloque links no corpo do texto. Os links internos devem ficar no topo da página e os externos no final.

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A hierarquização de títulos, fotos e chamadas na primeira página de um jornal, na tela do computador ou no papel, indica a importância de cada notícia.

Seja através de cores, tamanhos de fontes, ou quaisquer outros recursos gráficos, é possível identificar o que o editor considera prioritário.

Na web, no interior da notícia, o discurso jornalístico também é hierarquizado, não somente pela sequência de parágrafos, mas também pela organização dos links internos e externos na página, que apresentam a informação em diferentes códigos comunicacionais.

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A retórica do hipertexto é uma arte instrumental que vem desenhando a silhueta de um novo caminho. Nestes anos, vêm sendo desenvolvidos métodos que se mostram eficazes na hora de comunicar em várias dimensões.

O meio informático relaciona informação verbal e não-verbal. Pode conectar uma passagem textual com imagens, mapas, diagramas e sons tão facilmente como com outro fragmento de texto.

Temos pois, a hipermídia, que se refere à extensão da noção de hipertexto ao incluir informação visual, sonora, animação e outras formas de informação. É um novo entorno, o do hipertexto, para comunicar com novos sistemas conceituais e criar um discurso diferente.

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Jakob Nielsen diz que a leitura na Web é 25% mais difícil em virtude da resolução da tela do computador. Adverte que a escrita na Web não deve ser apenas 25% mais curta, mas 50% porque não se trata apenas de velocidade de leitura, mas de uma questão de conforto.

Nielsen, sustenta que os usuários não leem na Web. Eles escaneam em busca de informação. Na próxima vez que entrar em um site, repare como você “caça” a informação. Isto é o que especialistas chamam de leitura “escaneada”: passamos os olhos pela página, à procura de algo que já temos em mente ou simplesmente esperando encontrar palavras-chave, sentenças e parágrafos de interesse, enquanto pulam as partes do texto que menos lhe interessam.

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Mais tarde, um estudo de eye tracking confirmou que as pessoas passam os olhos ao invés de ler na web. De acordo com o trabalho, os internautas focam inicialmente o que está no centro da página, depois olham do canto esquerdo para o lado direito.

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No estudo de Nielsen as páginas Web devem empregar scannable text, usando:

• Realce nas palavras chaves (links de hipertexto servem com uma forma de realce; fontes diferentes e cor são outras);

• Subtítulos expressivos;

• Uma ideia por parágrafo (usuários omitem ideias adicionais se eles não compreenderam as primeiras palavras no parágrafo);

• Metade das palavras (ou menos) que a escrita convencional.

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Nielsen e seu colega pesquisador John Morkes descobriram que 79% dos usuários testados sempre passam os olhos pelas novas páginas com as quais se deparam, somente 16% lêem palavra por palavra. Para justificar porque 79% dos usuários somente passam os olhos na notícia, Nielsen apresenta as seguintes razões:

• Ler na tela do computador é cansativo para aos olhos e cerca de 25 por cento mais lento do que ler no papel;

• A Web é um meio orientado ao usuário, no qual os usuários sentem que precisam movimentar-se e clicar nas coisas;

• Cada página tem de competir com centenas de milhões de outras páginas pela atenção dos usuários. Os usuários não sabem se essa página é a que eles precisam ou se alguma outra página seria melhor;

• A vida moderna é frenética e as pessoas simplesmente não têm tempo para dedicar-se muito à busca de informações;

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O tipo de escrita, que atrairá a maioria dos leitores é incerta. Mas uma coisa é clara: leitores online querem informações em layers. Eles querem títulos, algumas formas de planejar as notícias para a Web: 1. Layers: notícias com um título e resumo, uma síntese seguida por uma opção de ler a reportagem completa e acessar links correlatos.

2. Chunks (Blocos de texto): Chunks são segmentos, informações de uma notícia que se ajustam a tela do computador. Possuem mais ou menos 100 palavras.

3. Tópico: Sub-tópicos ajudam leitores a passar os olhos ou navegar através da notícia. Esta estrutura pode ser usada com qualquer fonte de escrita e é mais uma função de edição do que uma técnica de escrita.

4. Pirâmide invertida: A ideia principal ou conclusão é apresentada no lead da notícia.

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1. Layers: notícias com um título e resumo, uma síntese seguida por uma opção de ler a reportagem completa e acessar links correlatos.

2. Chunks (Blocos de texto): Chunks são segmentos, informações de uma notícia que se ajustam a tela do computador. Possuem mais ou menos 100 palavras.

3. Tópico: Sub-tópicos ajudam leitores a passar os olhos ou navegar através da notícia. Esta estrutura pode ser usada com qualquer fonte de escrita e é mais uma função de edição do que uma técnica de escrita.

4. Pirâmide invertida: A ideia principal ou conclusão é apresentada no lead da notícia.

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Para Nielsen a melhor forma de apresentar notícias na Web é o estilo pirâmide invertida porque os leitores estão passando os olhos em busca de informações rápidas.

“Comece com uma pequena conclusão de forma que os usuários possam obter o cerne da página mesmo que não leiam toda ela; em seguida, paulatinamente, acrescente os detalhes. O princípio norteador deve ser que o leitor possa parar a qualquer momento e mesmo assim tenha lido as informações mais importantes”.

O autor justifica dizendo que na Web, a pirâmide invertida torna-se mais importante visto que vários estudos realizados com usuários revelam que eles não gostam de rolar a tela, eles frequentemente olham para ler somente o primeiro parágrafo de um artigo.

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Exercício: Pirâmide Invertida.

Para demonstrar sua organização, monte a notícia abaixo seguindo as orientações da pirâmide invertida, de que as informações mais relevantes devem vir no topo da página.

Tsunami: anatomia de um desastre

Texto 05:

Texto 04:

Texto 03:

Texto 08:

Texto 02:

Texto 07:

Texto 01:

Texto 06:

Explicação sobre a relação entre terremotos e a região

Acontecimentos anteriores já previam o desastre

O que aconteceu nas Maldivas

Como estão sendo tratados os órfãos das Tsunamis

O que aconteceu em Sri Lanka

O que o mundo está fazendo pelos desabrigados

Onde, quando e o que aconteceu

Explicação sobre a formação de uma Tsunami

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O lead é, em jornalismo, a primeira parte de uma notícia. É justamente o lead que abre o caminho para a leitura do texto; é através dele que a atenção e o interesse do leitor são despertados. Pode-se dizer que o lead é a introdução da notícia; uma síntese inicial que procura responder às seis perguntas básicas: O quê? O que aconteceu? O que foi dito? Quais são os fatos? É a pergunta mais importante. Sem ela, não há notícia e nada aconteceu.

Quem? Quem fez isso? Quem veio? Quem disse isso? Quem está nessa situação? Aqui se pergunta pelo protagonista, o autor do fato noticioso. É preciso distinguir entre o protagonista ativo (o que faz) e o protagonista passivo (para quem se faz). Ex.: “O presidente homenageou...” (ativo); “o presidente foi homenageada...” (passivo).

Como? Como se desenvolveu o fato? Em que circunstâncias? Com que meios? O como engloba dados de mais detalhes, fala do processo, põe as “cores” no fato, coloca “carne nos ossos”.

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Quando? Em que dia? Em que hora? Antes ou depois de quê? Para o leitor ou ouvinte popular é mais fácil entender quando a notícia se relaciona com uma data conhecida. Ex.: Ontem, amanhã, semana passada, após o culto...

Onde? Em que lugar? Aqui também é melhor buscar um “onde” que se relaciona com um lugar conhecido (especialmente quando for uma notícia para veiculação local). Ex.: Nesta mesma região, na cidade vizinha, a três quadras da prefeitura...

Por quê? O que motivou a realizar o fato? Por qual razão aconteceu o fato?

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Exercício:

Título: “Aposentado entra com ação contra Souza Cruz”

Lead: “O jornalista aposentado José Carlos Gomes, de 62 anos, tabagista desde os 14 anos, entrou ontem com ação na Justiça paulista contra a fábrica de cigarros Souza Cruz, exigindo indenização por danos morais. Gomes alega que o vício provocou vários danos à sua saúde. Ele teve dois derrames cerebrais e uma obstrução arterial que levou à amputação das pernas.” (O Estado de S. Paulo, 23/10/98)

Exigência de indenização por danos morais.

Jornalista aposentado José Carlos Gomes, de 62 anos. Tabagista desde os 14.

Ação na justiça contra a Souza Cruz.

Ontem.

São Paulo.

Gomes alega que o vício provocou danos à sua saúde. Teve dois derrames e uma obstrução arterial que levou à amputação das pernas.

O quê?

Quem?

Como?

Quando?

Onde?

Por quê?

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Exercício:

Redija um lead a partir das informações a seguir:O quê? Nova redução nos juros básicos da economia, de 39,5% para 34% anuais.

Quem? Banco Central.

Quando? Ontem.

Onde? Brasília.

Detalhe: o BC indicou que novas quedas poderão ocorrer na taxa nas próximas semanas.

Como saiu no Jornal Folha de São Paulo:“O Banco Central promoveu ontem nova redução nos juros básicos da economia, que passaram de 39,5% para 34% anuais, e indicou que novas quedas poderão ocorrer na taxa nas próximas semanas”.