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NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
1
CURSO COMPLETO DE PEÇAS E QUESTÕES
2ª FASE
PRÁTICA PENAL
Prezado Aluno,
Este material tem como objetivo complementar o conteúdo das aulas que serão ministradas ao
longo do curso. Mais especificamente, você contará com:
1. Modelos das peças processuais – que trazem explicações detalhadas de como elaborar as
principais peças processuais (Parte I – Peça passo a passo). Para facilitar o manuseio do
conteúdo, também há de maneira resumida e objetiva o esqueleto das principais peças (Parte II –
Peça Fácil).
2. Dicas de Estudos – dicas de como estudar e racionalizar o seu estudo (Parte III – 1. Dicas de
Estudo).
3. Bibliografia – trata-se da bibliografia indicada para a correta preparação para a 2ª fase de
Direito Penal da prova de Exame de Ordem (Parte III – 2. Indicação Bibliográfica).
4. Material de apoio – material que será utilizado no decorrer das aulas ministradas pelo
Professor Rodrigo Damasceno.
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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ÍNDICE
Parte I
PEÇA PASSO A PASSO
Explicação detalhada de como elaborar as principais peças processuais.
1. Notitia Criminis ....................................................................................................................... 5
2. Relaxamento de Prisão em Flagrante, Temporária e Preventiva ........................................... 9
3. Pedido de Liberdade Provisória com ou sem fiança ............................................................. 16
4. Revogação de Prisão Preventiva ......................................................................................... 22
5. Queixa-Crime ....................................................................................................................... 26
6. Defesa Preliminar ................................................................................................................ 31
7. Resposta à acusação........................................................................................................... 35
8. Alegações Finais por Memoriais .......................................................................................... 41
9. Apelação .............................................................................................................................. 47
10. Recurso em Sentido Estrito ................................................................................................ 58
11. Embargos Infringentes e de Nulidade ................................................................................ 66
12. Revisão Criminal ................................................................................................................ 72
13. Habeas Corpus .................................................................................................................. 78
14. Mandado de Segurança Criminal ....................................................................................... 83
15. Carta Testemunhável ......................................................................................................... 87
16. Recurso Ordinário, Especial e Extraordinário ..................................................................... 93
17. Agravo em Execução ........................................................................................................101
Parte II
PEÇA FÁCIL
Esqueleto das principais peças, de forma rápida e precisa.
1. Notitia Criminis ....................................................................................................................106
2. Relaxamento de Prisão em Flagrante/Prisão Temporária ...................................................107
3. Pedido de Liberdade Provisória ..........................................................................................108
4. Revogação de Prisão Preventiva ........................................................................................109
5. Queixa-Crime ......................................................................................................................110
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6. Defesa Preliminar ...............................................................................................................112
7. Resposta à Acusação .........................................................................................................113
8. Alegações Finais por Memoriais .........................................................................................115
9. Apelação .............................................................................................................................116
10. Recurso em Sentido Estrito ...............................................................................................118
11. Embargos Infringentes e de Nulidade ...............................................................................120
12. Revisão Criminal ...............................................................................................................123
13. Habeas Corpus .................................................................................................................124
14. Mandado de Segurança Criminal ......................................................................................125
15. Carta Testemunhável ........................................................................................................126
16. Recurso Especial e Extraordinário ....................................................................................128
17. Agravo em execução ........................................................................................................130
Parte III
DICAS DE ESTUDOS
A bibliografia básica e técnicas para otimizar o estudo
1. Dicas de Estudo ..................................................................................................................132
2. Indicação Bibliográfica ........................................................................................................135
Parte IV
MATERIAL DE APOIO
Material que servirá de apoio para as aulas ministradas pelo Prof. Rodrigo Damasceno
MATERIAL DE APOIO...................................................................................................................134
PARTE I – Ação penal................................................................................................................135
PARTE II – Procedimento...........................................................................................................136
PARTE III – Método de Teses.....................................................................................................139
PARTE IV – Prisão .....................................................................................................................141
PARTE V – Competência............................................................................................................143
PARTE VI – Recursos A.............................................................................................................145
PARTE VII – Recursos B............................................................................................................147
PARTE VIII – Recursos C...........................................................................................................149
PARTE IX – Ações de impugnação autônomas..........................................................................151
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PARTE X – Princípios.................................................................................................................153
PARTE XI – Teoria do Crime A...................................................................................................154
PARTE XII – Teoria do Crime B..................................................................................................159
PARTE XIII – Prescrição.............................................................................................................162
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Parte I
PEÇA PASSO A PASSO
1. Notitia Criminis
É através da notitia criminis que se comunica à autoridade policial a ocorrência de uma conduta
delituosa, para que seja instaurado o inquérito policial.
1. Endereçamento: Deve ser endereçada para a autoridade policial que tem atribuição para a
investigação. Na ausência de indicação, faça o endereçamento genérico.
a) Polícia Civil:
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA DO... DISTRITO
POLICIAL DE CURITIBA – PARANÁ.
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA DO... DISTRITO
POLICIAL DE...
b) Polícia Federal:
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO FEDERAL DA
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA POLÍCIA FEDERAL NO ESTADO DO
PARANÁ.
2. Qualificação resumida: são as informações básicas da peça (nome do noticiante e do
noticiado). Devem ser mencionadas logo abaixo do endereçamento, à esquerda:
(01 linha)
Noticiante:
Noticiado:
(01 linha)
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3. Qualificação do noticiante e de seu advogado: este é o momento adequado para se
qualificar o noticiante e seu advogado.
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, com procuração em
anexo, OAB nº..., e escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro
em geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração, “procuração em anexo”.
Obs. 2: Qualifique apenas com os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para a identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome da peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente.
(...) apresentar, nos termos do art. 5º, inciso II, do Código de Processo Penal1,
NOTITIA CRIMINIS, em face de (...).
5. Qualificação do noticiado e tipificação do delito:
(...) em face de BELTRANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão...,
cédula de identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., pela prática da
conduta delituosa prevista no art. (...), como se passa a demonstrar:
6. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas de verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
No dia..., o noticiado subtraiu a bolsa (...).
Obs. 1: Aqui não se fala em síntese fático-processual, pois ainda não há processo.
1Art. 5
o, CPP - Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante requisição da
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Obs. 2: Ao redigir a peça, faça remissão aos documentos necessários que comprovem os fatos
alegados, desde que haja menção, no enunciado, da existência destes documentos.
Ex: nota fiscal. Caso o enunciado não faça referência a nenhum documento, a invenção da
existência destes pode culminar em anulação da prova.
7. Conduta Punível: este é o momento para se demonstrar que a conduta do noticiado é típica,
antijurídica e culpável.
8. Requerimentos: os pedidos a serem feitos são a instauração de inquérito policial ou termo
circunstanciado (no caso de crimes de menor potencial ofensivo), e a oitiva de testemunhas
arroladas.
Diante do exposto, respeitosamente requer-se:
1. A instauração de inquérito policial/ termo circunstanciado, em face
de..., haja vista a prática da conduta delituosa prevista no art. (...);
2. Outrossim, requer-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
Obs. 1: Em suma, o modo como deve ser feita a notitia criminis está disciplinado no artigo 5˚,
inciso II, §1˚, do Código de Processo Penal, caso a peça seja elaborada em favor do ofendido
(verificar nota de rodapé n° 1 – p. 05).
Obs. 2: É preciso, além disso, que, no momento de elaborar a peça, seja dada especial
atenção sobre o crime em questão. O delito poderá ser processado mediante ação penal pública
condicionada ou ação penal privada. No caso de ação penal pública condicionada, é importante
que conste na notitia criminis que a vítima tem o interesse de representar contra o autor do fato
punível, nos termos do artigo 5˚, §4˚, do Código de Processo Penal. Na hipótese de ação penal
privada, não é demais lembrar que o inquérito policial só terá início caso ocorra o requerimento da
vítima ou de quem tenha qualidade para intentá-la, conforme dispõe o artigo 5˚, §5˚, do Código de
Processo Penal (verificar nota de rodapé nº 1, p. 05).
Obs. 3: Não faça pedido genérico - para cada tese trazida na peça processual, você deve abrir
um tópico específico.
9. Rol de testemunha: Identifique na proposta da peça as eventuais testemunhas dos
acontecimentos e qualifique-as no rol de testemunhas. Caso não haja testemunhas, apenas
mencione a existência do rol de testemunha:
Rol de testemunhas:
Testemunha...
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9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado e inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs. 1: Caso inexista indicação, no enunciado, da cidade, o candidato não deve inventar este
dado ou colocar a cidade onde está prestando o Exame de Ordem. Nesta hipótese, deve ser
colocada apenas a palavra “CIDADE” seguida de reticências. Ex. Cidade...
Obs. 2: Não há prazo para apresentar notitia criminis. Assim, caso inexista qualquer indicação
de prazo, o candidato deve datar da seguinte forma: dia..., mês..., ano... Em hipótese alguma o
candidato deve inventar uma data ou colocar a data da realização da prova.
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Coloque apenas a expressão
“ADVOGADO OAB Nº...”.
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2. Relaxamento de Prisão em Flagrante, Temporária e Preventiva
O relaxamento de prisão tem base constitucional no art. 5˚, inciso LXV, da Constituição da
República, e presta-se ao controle da legalidade das prisões processuais (prisão em flagrante,
prisão temporária e prisão preventiva). São exemplos de prisões processuais ilegais: a) a prisão
em flagrante delito fora das situações de flagrância do art.302, do CPP; a existência de vício
formal na lavratura do auto de prisão em flagrante; b) a prisão temporária decretada quando o
delito investigado não está dentre os crimes previstos no rol do inciso III do art.1º da lei nº
7.960/89; c) a prisão preventiva decretada sem que esteja concretamente configurada qualquer
uma das situações previstas no artigo 312 do Código de Processo Penal, como por exemplo, a
ausência de indício de que a autoria recaia sobre a pessoa que foi desfavorecida pelo decreto
prisional.
Obs.: Eventual vedação legal à liberdade provisória não impede o relaxamento da prisão ilegal.
Isto porque, como se verá adiante, enquanto o relaxamento de prisão busca apontar a ilegalidade
da prisão; a liberdade provisória é a medida cabível quando a prisão em flagrante é legal, mas
estão ausentes os requisitos para a prisão preventiva.
1. Endereçamento: deve ser motivo de atenção, pois é ele que indicará para qual vara será
endereçado o pedido:
a) Algumas comarcas possuem Varas Especializadas em Inquéritos Policiais. Por isso, caso o
enunciado da peça ou questão indique a existência desta vara especializada é para esta que o
pedido deve ser endereçado.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
INQUÉRITOS POLICIAIS DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO
PAULO.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
INQUÉRITOS POLICIAIS DA COMARCA DE X – ESTADO Y.
b) Na hipótese de não haver nenhuma indicação sobre a existência de vara especializada, o
candidato deve endereçar seu pedido para a vara apontada no enunciado como a vara criminal
preventa, ou seja, aquela onde o flagrante foi homologado, ou onde a preventiva ou a temporária
foram decretadas:
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA CRIMINAL
FEDERAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ.
c) O candidato deve ficar atento, também, para o recebimento da denúncia. Isto porque pode
ocorrer da vara em que a prisão em flagrante foi homologada ou onde a prisão
temporária/preventiva foram decretadas serem distintas da vara onde a denúncia foi recebida.
Neste caso, a peça processual deve ser endereçada para o juízo que recebeu a denúncia, por ser
o competente para a análise da matéria.
Ex. a Vara de Inquéritos Policiais de São Paulo homologou a prisão em flagrante, porém a
denúncia foi recebida pelo magistrado da 5ª Vara Criminal desta mesma comarca. Portanto, o
juízo competente para analisar o pedido será o juiz da 5ª Vara Criminal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO.
d) Por último, devemos lembrar que o EOAB é nacional. Portanto, há possibilidade de ser exigido
o endereçamento em qualquer cidade de qualquer Estado da federação. É possível, também, a
exigência de que a peça seja endereçada ao juiz da comarca denominada com as letras X, Y e Z,
ou ainda, inexistir qualquer indicação da comarca e do estado.
Nestas hipóteses o candidato deverá endereçar das seguintes formas.
Comarca e Estado venham designadas por letras:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA X – ESTADO Y.
Endereçamento genérico:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, acusação e acusado):
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(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação detalhada: é a qualificação completa do preso e de seu advogado.
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração utilizando a expressão “procuração em anexo”.
Obs. 2: Qualifique apenas com os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente – o relaxamento de prisão ilegal terá sempre o
fundamento no art. 5o, LXV da Constituição da República.
(...) requerer, com fulcro no art. 5o, LXV da Constituição Federal2 c/c art. 310, I, do
Código de Processo Penal3, RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, pelas
razões de fato e de direito que passa a expor:
5. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
2 Art. 5º, CF – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...) LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária. 3 Art. 310, CPP – Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão
ilegal.
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narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
No dia..., o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o art. (...) do
Código Penal (...).
Obs. 1: Caso já haja processo penal (recebimento da denúncia), dizer síntese fático-
processual e não apenas síntese fática.
Obs. 2: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 3: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal.
6. Do direito: No pedido de relaxamento de qualquer uma das prisões processuais (flagrante,
temporária e preventiva) não se analisa o mérito do crime (reservado esta discussão para a
ação penal), mas sim a legalidade da prisão. Por exemplo:
1) na prisão em flagrante: verifica-se a existência de vícios formais (requisitos do art. 304 e
seguintes do Código de Processo Penal), a ausência de flagrante delito (art.302 do Código de
Processo Penal), etc.;
2) na prisão temporária, verifica-se se estão preenchidos os requisitos do artigo 1º da lei nº
7.960/89;
3) na prisão preventiva, verifica-se se a prisão apresenta conformidade com as disposições
previstas nos artigos 313 e 314 do CPP, se não couber nenhuma outra medida cautelar prevista
no artigo 319 do CPP e, finalmente, se estiverem concretamente presentes os requisitos previstos
no artigo 312 do CPP.
Como a Constituição da República determina que qualquer prisão ilegal deve ser
imediatamente relaxada, ainda que o preso não tenha bons antecedentes, emprego e residência
fixa, o pedido de relaxamento deve ser deferido. Por outro lado, na hipótese do caso analisado
indicar que o investigado ou acusado não tenha antecedentes criminais, possua residência fixa e
emprego, tais pontos devem ser destacados na peça processual elaborada. Por mais que seja
pacífico nos Tribunais que os bons antecedentes, a residência fixa e o emprego não obstem a
prisão preventiva, a presença de tais aspectos no caso concreto é um indicativo indireto da
ausência concreta dos requisitos da prisão preventiva, previstos no artigo 312 do CPP.
O relaxamento da prisão não impede que outras medidas cautelares distintas da prisão
preventiva (art. 319 do CPP) sejam aplicadas ao caso. No entanto, neste ponto, é importante
ressaltar que, conforme dispõe o artigo 282, §2˚, do CPP, durante a fase de investigação,
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nenhuma medida cautelar pode ser decretada de ofício pelo magistrado (dentre elas as
medidas cautelares do artigo 319 do CPP).
A fundamentação judicial utilizada para a prisão temporária e a prisão preventiva deve
sempre ser objeto de atenção. Isto porque a prisão preventiva e a prisão temporária devem
estar lastreadas, sempre, em elementos concretos que indicam a necessidade extrema da
medida. Neste contexto, não basta ao magistrado se ater a mera reprodução do texto legal, mas
sim mostrar as provas apresentadas que evidenciam concretamente a necessidade da prisão
temporária ou preventiva. Exemplo: na prisão temporária e na prisão preventiva, deve haver
indício concreto de que o preso possa ser o autor do crime. Se inexistir tal indício e, ainda assim,
for decretada a prisão, esta deve ser imediatamente relaxada.
7. Requerimentos: O requerimento não pode ser genérico. Isto é, para cada um dos vícios da
prisão deve haver um pedido em separado específico:
Diante do exposto, respeitosamente requer o relaxamento da prisão em
flagrante, haja vista:
1. Ter a prisão acontecido fora das hipóteses de flagrante delito (...);
2. A ausência da oitiva do condutor, contrariando o disposto no art.304,
caput, do Código de Processo Penal;
Requer, ainda, a expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE
TAL, para que possa ele, em liberdade, defender-se de eventual ação penal.
8. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando qual cidade e
unidade da federação em que a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado de forma genérica, pois os dados nunca
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devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara,
Comarca... e Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da
Comarca... – Estado...).
Obs. 2: Não há prazo para requerer o relaxamento de prisão em flagrante ou de prisão
temporária. Mas nem por isto você deve colocar a data do dia da prova ou a data da prisão, salvo
se o enunciado expressamente determine que você apresente a peça processual nestas datas.
No caso de não existir exigência da data da propositura da peça, o candidato deve colocar de
forma genérica: Cidade..., dia..., mês..., ano...
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
No pedido de relaxamento de prisão, busca-se demonstrar a ilegalidade de qualquer prisão
processual. Assim, na hipótese de ser reconhecida a ilegalidade, a prisão é imediatamente
relaxada e o preso, por consequência, tem sua liberdade restituída.
Antes da entrada em vigor da Lei 12.403/2011, o reconhecimento da ilegalidade da prisão de
caráter processual culminava na restituição integral da liberdade do réu, independente desta
prisão ter ocorrido na fase de inquérito policial ou durante a ação penal. Ou seja, antes da entrada
em vigor da nova disciplina da prisão e medidas cautelares, era impossível impor qualquer
limitação ou vinculação ao processo do acusado que teve a prisão processual reconhecida como
ilegal.
Neste tocante, a Lei 12.403/2011, no entanto, trouxe inovações substanciais. A prisão
preventiva deixou de ser a única medida cautelar que busca assegurar o andamento normal
do inquérito policial ou da ação penal. A nova lógica trazida por esta inovação legislativa
prevê diversas medidas cautelares distintas da prisão, as quais estão previstas no artigo 319
do CPP, e também buscam proteger o andamento do inquérito policial e do processo penal para
que ocorram sem conturbações. E mais: conforme prevê o artigo 282, §6˚, do CPP, a prisão
preventiva somente poderá ser aplicada quando não for possível a sua substituição por
uma destas medidas cautelares diversas da prisão que estão previstas no artigo 319 do
Código de Processo Penal. Como se vê, a prisão preventiva, com a entrada em vigor da Lei
12.403/2011, passou a ser medida extrema que só pode ser aplicada quando nenhuma outra
medida cautelar puder ser aplicada com eficácia para garantir o normal andamento do
processo.
Outro ponto importante é que, de acordo com o artigo 282, §2˚, do CPP, as medidas cautelares,
dentre as quais se inclui a prisão preventiva, não podem ser decretadas de ofício pelo
magistrado no curso de inquérito policial. Neste caso, qualquer medida cautelar somente
poderá ser decretada a pedido da autoridade policial ou do representante do Ministério Público.
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Por outro lado, durante o processo penal, é possibilitado ao magistrado decretar qualquer medida
cautelar de ofício ou a pedido das partes.
Assim, caso reconheça a ilegalidade da prisão, ao contrário do que ocorria antes da entrada em
vigor da Lei 12.403/2011, é possível a aplicação de medida cautelar diversa da prisão preventiva.
Em outras palavras, isto significa que o acusado pode ser posto em liberdade e, ao mesmo tempo,
ser submetido a qualquer das medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP. Contudo, é
importante destacar, mais uma vez, que se este relaxamento ocorrer durante o inquérito policial,
as medidas cautelares do artigo 319 do CPP não podem ser aplicadas de ofício pelo magistrado,
mas somente a pedido da autoridade policial ou do representante do Ministério Público. Porém, se
o relaxamento ocorrer durante o andamento da ação penal, o juiz pode decretar de ofício ou a
pedido das partes as medidas cautelares.
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3. Pedido de Liberdade Provisória com ou sem fiança
A liberdade provisória é uma medida substitutiva da prisão em flagrante legal que é aplicada
quando não estão presentes os requisitos para a prisão preventiva (art. 321 do CPP). Ao invés de
ter a prisão em flagrante legal convertida em prisão preventiva, a liberdade provisória é concedida.
A liberdade provisória, com as alterações trazidas pela Lei 12.403/2011, pode ser concedida: a)
com fiança; b) com fiança cumulada com outra(as) medida(as) cautelar(es) diversa previstas no
artigo 319 do CPP, conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 319, CPP; c) sem fiança, mas com a
submissão à uma ou mais medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP; d) sem fiança, mas
com a obrigação de comparecer a todos os atos previstos no processo, desde que o agente tenha
praticado o fato sob o abrigo de qualquer das causas de exclusão da ilicitude (art. 310, parágrafo
único, do Código de Processo Penal).
A Lei 12.403/2011 trouxe um novo delineamento para a fiança. A fiança é uma garantia
patrimonial dada ao investigado ou ao denunciado com uma dupla função: a) De um lado, serve
como garantia de pagamento das despesas processuais, multa e indenização, em caso de
condenação (art. 336 do CPP); b) De outro lado, serve como fator que inibe a fuga ou a prática de
qualquer outro ato que busque conturbar o andamento da ação penal, na medida em que a sua
quebra acarreta na perda de metade do valor, conforme dispõe o artigo 343 do CPP. Na hipótese
do acusado ser absolvido ou ser declarada extinta a ação penal, o valor atualizado da fiança será
restituído (art. 337 do CPP).
O valor da fiança é fixado em salários mínimos e deve observar a gravidade do delito imputado e
a possibilidade econômica do agente, conforme dispõem os artigos 325 e 326 do CPP. De acordo
com a redação do artigo 343 do CPP, quando a fiança é quebrada injustificadamente, ou seja,
quando o acusado praticar qualquer das ações previstas no artigo 341 do CPP, haverá perda de
metade do valor apresentado, podendo o magistrado, também, impor outras medidas cautelares
(art. 319 do CPP) ou decretar a prisão preventiva.
Caso a infração penal imputada tenha pena privativa máxima culminada não superior a 04
(quatro) anos, ela pode ser concedida pela autoridade policial, nos termos do artigo 322, caput, do
CPP. Se neste caso, a autoridade policial retardar ou se recusar a prestar a fiança, o preso ou
algum representante poderá solicitá-la ao juiz, nos termos do artigo 335 do CPP. Já nos casos de
infração penal cuja pena máxima ultrapasse 04 (quatro) anos, a fiança deve ser fixada pelo juiz
(art. 322, parágrafo único, do Código de Processo Penal).
Na hipótese do réu não ter condições de arcar com o pagamento de fiança, poderá o magistrado,
nos termos do artigo 350 do CPP, conceder a liberdade provisória sem fiança. Porém, neste caso,
o acusado ficará subordinado às condições previstas no artigo 327 e 328 do CPP.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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Ainda, há a possibilidade da fiança ser reforçada, conforme prevê o artigo 340 do CPP. Este
reforço sempre será determinado quando ocorrer qualquer das hipóteses previstas nos incisos do
artigo mencionado.
Cumpre destacar que a inafiançabilidade dos delitos previstos no rol do art. 323 e das hipóteses
elencadas no art. 324, ambos do CPP, não impedem a concessão da liberdade provisória. A
lógica trazida pelo artigo 310 do CPP veda que a prisão em flagrante se estenda pelo tempo. A
manutenção do acusado na prisão só é possível quando presentes os requisitos para a prisão
preventiva e, além disso, quando as medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP se
mostrem insuficientes. Isto é, o fato de o crime ser inafiançável, por si só, não impede a
concessão da liberdade provisória. Ao contrário, a liberdade provisória deve ser concedida sem
fiança, podendo tal concessão ser acompanhada de uma ou mais medidas cautelares previstas no
artigo 319 do CPP.
Por último, nos termos do artigo 310, parágrafo único, do CPP, quando o agente pratica a ação
sob o manto de qualquer das causas excludentes da ilicitude previstas no artigo 23 do CP, a
liberdade provisória é concedida sem fiança. Mas, neste caso, o acusado deve assinar termo em
que se compromete a comparecer a todos os atos do processo.
1. Endereçamento: O pedido de liberdade provisória deve ser endereçado à autoridade judicial
competente para julgar as questões referentes ao inquérito policial ou para julgar a ação penal.
Porém, nem sempre o pedido será endereçado para o juiz que homologou a prisão em flagrante.
Ex: suponha-se que a prisão em flagrante tenha sido homologada pelo juiz da Vara de Inquéritos
Policiais. Neste mesmo ato de homologação, não houve manifestação sobre prisão preventiva ou
temporária. Passado o prazo legal para encerramento do inquérito, a denúncia é oferecida pelo
Ministério Público e recebida pelo juiz da 7ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba. Neste contexto, o juízo competente para apreciar o pedido de liberdade
provisória passa a ser o juiz que recebeu a denúncia e não mais o juiz que homologou a prisão
preventiva. Mesmo que a comarca não possua uma vara especializada em inquéritos, esta
situação pode ocorrer. A mesma forma de raciocínio deve ocorrer nas hipóteses em que há duas
varas na comarca, e que as duas são competentes para julgamento de questões criminais, sendo
que uma delas homologa a prisão em flagrante e a outra recebe a denúncia.
Assim, diante das peculiaridades apontadas, o endereçamento deve ser feito da seguinte
maneira:
a) Para a Vara de Inquéritos Policiais, quando não foi proposta a ação penal e a comarca possuir
esta vara especializada:
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
INQUÉRITOS POLICIAIS DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO
PAULO.
b) Nos casos da vara criminal preventa (aquela que, embora não seja especializada em inquéritos
policiais, homologou a prisão em flagrante); ausência de vara de inquéritos; ou a vara que
homologou a prisão ser distinta daquela que recebeu a denúncia:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CRIMINAL
DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA -
PR.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1˚ VARA CRIMINAL DE
SANTA MARIA – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE X – ESTADO Y.
c) No caso de ausência de indicação, endereçar de forma genérica:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE ..... – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ....
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
2. Qualificação resumida: são as informações básicas (número dos autos, se houver processo,
acusação e acusado) e deve ser mencionadas logo abaixo do endereçamento, à esquerda:
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação detalhada: a qualificação completa do preso e de seu advogado.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração. Para tanto, utilize a expressão “procuração em
anexo”.
Obs. 2: Qualifique com apenas os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para a identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) requerer, com fulcro no art. 3214 e seguintes do Código de Processo Penal,
LIBERDADE PROVISÓRIA, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
5. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão:
No dia..., o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o art. (...) do
Código Penal (...).
Obs. 1: Caso já haja processo penal (recebimento da denúncia), dizer síntese fático-
processual.
Obs. 2: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
4 Art. 321, CPP - Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os
critérios constantes do art. 282 deste Código.
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Obs. 3: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: laudo pericial.
6. Do direito: No pedido de liberdade provisória, o mérito cinge-se a analisar a presença ou não
dos requisitos constantes no art. 321 do Código de Processo Penal, devendo ser ressaltado que o
requerente tem bons antecedentes, emprego e residência fixa (com a menção dos respectivos
documentos comprobatórios, caso mencionado no enunciado).
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, devendo ser separado em forma
de itens:
Diante do exposto, respeitosamente requer:
a- A concessão de liberdade provisória, nos termos dos art.321 e
seguintes do Código de Processo Penal;
b- A expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE TAL, para
que, após assinado termo de comparecimento a todos os atos processuais, possa ele,
em liberdade, defender-se de eventual ação penal;
8. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação foi homologado o flagrante. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito de forma genérica ao magistrado da comarca. Os
dados nunca devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as
palavras Vara..., Comarca... e Estado... (Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ...Vara
Criminal da Comarca... – Estado ...).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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Obs. 2: Não há prazo para requerer a liberdade provisória. Mas nem por isto você deve colocar
a data da prova ou a data da prisão, salvo se o enunciado expressamente determine que você
apresente a peça processual nestas datas. No caso de não existir exigência da data da
propositura da peça, o candidato deve colocar: Cidade..., dia..., mês..., ano...
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Coloque somente a expressão
“ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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4. Revogação de Prisão Preventiva
A revogação de prisão preventiva está prevista no artigo 316 do Código de Processo Penal. Diz
respeito aos casos em que a prisão preventiva foi legalmente decretada, mas durante o processo
verificou-se que o motivo que levou a adoção da medida extrema deixou de existir, tornando-se
desnecessária. Por exemplo: o indiciado ou acusado é preso preventivamente por conveniência
da instrução criminal, pois em liberdade estava, ameaçando as testemunhas que o acusavam da
prática de um fato punível. Porém, todas as testemunhas que o imputavam a prática delitiva são
ouvidas, sendo designada, para a oitiva do acusado, data posterior. Deste modo, como não há
mais produção probatória, inexiste o motivo que ensejou a prisão processual. Por isso, ela deve
ser revogada.
Não se pode confundir a revogação de prisão preventiva com o relaxamento de prisão preventiva.
O relaxamento de prisão preventiva ocorre quando a prisão é decretada de forma contrária à
lei, enquanto que a revogação se dá no caso de prisão preventiva decretada dentro dos moldes
legais, mas cujo motivo que ensejou a medida deixou de existir. Não se confunda, ainda, com
a liberdade provisória, pois esta medida é restrita à hipótese de legalidade da prisão em
flagrante.
1. Endereçamento: A revogação da prisão preventiva deve ser endereçada à autoridade que
esteja processando o caso penal. Nem sempre será a mesma que decretou a prisão preventiva.
Suponhamos que a prisão preventiva tenha sido decretada pelo juiz da vara de inquéritos
policiais, e a denúncia foi recebida pelo juiz da 5ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca da
Região Metropolitana de Curitiba. O juiz que será o competente para apreciar o pedido de
revogação da prisão será o da 5ª Vara Criminal. Assim, diante das peculiaridades de cada caso, o
endereçamento deve ser feito da seguinte maneira:
a) No caso da comarca possuir vara especializada em inquéritos policiais, e ainda não tiver se
iniciado a ação penal, o juiz desta vara será o competente para apreciar o pedido de revogação:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
INQUÉRITOS POLICIAIS DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO
PAULO.
b) Se o caso penal já está sendo processado por uma das Varas criminais da Comarca:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE CURITIBA – ESTADO DE PARANÁ.
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c) Na ausência de indicação, faça o endereçamento genérico:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
2. Qualificação resumida: são as informações básicas do processo (número dos autos,
acusação e acusado), e devem ser mencionadas logo abaixo do endereçamento, à esquerda:
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação detalhada: a identificação completa do preso e de seu advogado.
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração. Para tanto, mencione a expressão “procuração
em anexo”.
Obs. 2: Qualifique apenas com os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente.
(...) requerer, com fulcro no art. 3165 do Código de Processo Penal, REVOGAÇÃO DE
PRISÃO PREVENTIVA, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
5 Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
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5. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
No dia..., o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o art. (...) do
Código Penal (...).
Obs. 1: Caso já haja processo penal (recebimento da denúncia), dizer síntese fático-
processual.
Obs. 2: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 3: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal.
6. Do direito: No pedido de revogação de prisão preventiva, o mérito se restringe a
demonstração de que, durante o andamento do processo, os motivos que levaram à
decretação da prisão preventiva deixaram de existir. Deve-se ressaltar, sempre, que o
requerente tem bons antecedentes, emprego e residência fixa (com a menção dos respectivos
documentos comprobatórios, caso mencionado no enunciado).
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, deve ser dividido por itens.
Diante do exposto, requer-se a revogação da prisão preventiva, haja vista:
a- que a instrução processual está encerrada, de modo que não há
mais necessidade da prisão para a sua conveniência;
b- (...)
Requer, ainda, a expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE
TAL, para que possa ele, em liberdade, defender-se de eventual ação penal.
8. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao (à) magistrado (a) da comarca. Os dados nunca
devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara,
Comarca... e Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara Criminal da
Comarca... – Estado ...)
Obs. 2: Não há prazo para requerer a revogação da prisão preventiva. Mas nem por isto você
deve colocar a data da prova ou a data da prisão, salvo determinação expressa do enunciado
de que a peça seja apresentada nestas datas. No caso de não existir exigência da data da
propositura da peça, o candidato deve colocar: Cidade..., dia..., mês..., ano...
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com a expressão
“ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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5. Queixa-Crime
A regra é que a ação penal seja pública incondicionada, sendo exceções a ação penal pública
condicionada à representação e a ação penal privada. Neste contexto, caso o tipo penal não faça
expressa menção à ação penal, ela será pública incondicionada.
A ação penal será pública condicionada à representação quando o próprio tipo penal fizer menção
à necessidade de representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça (ex: Art. 145,
parágrafo único, do Código Penal).
A ação penal privada (art. 30, CPP), ocorre naqueles casos em que o tipo expressamente dispõe
que a persecução penal só se dará mediante o oferecimento da queixa crime. Ex: artigo 167 do
Código Penal. Tem-se, portanto, que a ação penal privada trata das hipóteses em que o ofendido
tem o poder de decidir se inicia ou não a ação penal em face do autor da conduta punível.
1. Endereçamento: A queixa-crime deve ser endereçada à autoridade judicial competente para
processar o caso penal, segundo as regras de competência trazidas no Código de Processo
Penal. Na ausência de indicação, faça o endereçamento genérico.
a) Justiça Comum:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE CHOPINZINHO – ESTADO DO PARANÁ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA. 1ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA X – ESTADO Y
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
b) Juizado Especial:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... SECRETARIA DO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA X DO ESTADO Y.
c) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA– SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ
2. Qualificação resumida: informações básicas da ação penal (nome do querelante e querelado),
que devem ser mencionadas logo abaixo do endereçamento, à esquerda:
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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(01 linha)
Querelante:
Querelado:
(01 linha)
Obs.: Na queixa-crime, o querelante é a pessoa que propõe a ação penal. O querelado, por
sua vez, é o autor da conduta delituosa, ou seja, o acusado.
3. Qualificação do querelante: qualificar de forma completa o querelante e seu advogado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em com
poderes especiais em anexo (art. 44, do CPP), OAB nº..., com escritório profissional na
rua..., onde recebe intimações para foro em geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração com poderes especiais – art. 44 CPP, “procuração
com poderes especiais em anexo”.
Obs. 2: Qualifique apenas com os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abrevie nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente.
(...) oferecer, com fulcro no art. 100, §2º, do Código Penal6, e art. 41, Código de
Processo Penal7, ação penal na forma de QUEIXA-CRIME, em face de (...).
5. Qualificação do querelado: qualificar de forma completa o querelado.
6 Art. 100, CP - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. (...) § 2º - A
ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 7 Art. 41. CPP - A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.
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(...) em face de CICLANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula
de identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., pelas razões fáticas e
jurídicas a seguir expostas:
6. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
No dia..., o querelante fora agredido verbalmente pelo querelado (...)
dentre as várias ofensas verbais (...).
Obs. 1: Aqui não se fala em síntese fático-processual, pois ainda não há processo.
Obs. 2: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação. Por isso, deve ficar-se restrito aos fatos trazidos no enunciado da
questão.
Obs. 3: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovam os fatos alegados. Ex: boletim de ocorrência, nota fiscal, etc.
7. Conduta Punível: Deve-se demonstrar que a conduta narrada se amolda em um dos tipos cuja
aplicação da pena só será possível, se for intentada ação penal privada. Nos crimes contra a
honra, por exemplo, é preciso fundamentar o enquadramento da conduta do querelado em um dos
seguintes tipos penais: calúnia, difamação ou injúria (respectivamente arts. 138, 139 e 140, todos
do CP). No caso de crime de calúnia, deve ser apontado qual crime que fora falsamente imputado,
justificando sempre as suas respostas.
8. Requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese deve haver um
pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer:
a) seja a presente queixa-crime recebida e autuada;
b) seja colhido parecer do Ministério Público, o qual deverá ser
chamado a se manifestar em todas as fases do processo (CPP, art. 45);
c) seja o Querelado citado para se defender;
d) seja permitida a produção de todas as provas em direito admitidas,
em especial a documental e testemunhal, cujo rol segue abaixo;
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e) seja, ao final, julgada procedente a presente queixa-crime, a fim de
condenar o querelado nas penas dos artigos (...)
f) seja fixado valor mínimo de reparação dos danos causados pela
infração penal, nos moldes do art. 387, IV, CPP.
9. Rol de testemunha: O rol de testemunha deve ser apresentado junto com a queixa-crime.
Assim, identifique na proposta de peça as eventuais testemunhas dos acontecimentos e
qualifique-as no rol de testemunhas. Caso não haja testemunhas, apenas mencione a existência
do rol de testemunhas:
Rol de testemunhas:
Testemunha...
10. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local
e data iii- nome do advogado, inscrição na OAB .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca. Os dados NUNCA devem
ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara, Comarca... e
Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca... –
Estado ...)
Obs. 2: O enunciado deve trazer a exigência para que se apresente a queixa crime no último
dia do prazo decadencial. No entanto, caso não haja esta determinação, o candidato deve colocar
a data genérica, ou seja, não especificar data alguma (Ex. Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: No caso da queixa-crime, o prazo é decadencial de 06 (seis) meses a partir do dia
que o querelante tomar conhecimento de quem é o autor do crime ou do dia em que se
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esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia (queixa-crime subsidiária da denúncia, nos
termos do Art.38 CPP).
Obs. 4: Além do pedido de condenação do querelado, a queixa crime deve conter, também, o
pedido de fixação, pelo magistrado, de valor mínimo para reparação dos danos causados pela
infração penal, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
Obs. 5: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique apenas as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”
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6. Defesa Preliminar
Em algumas hipóteses (art. 55 da Lei 11.343/2006 e art. 514 do CPP – ressalvada, nesta última
hipótese, a questão tratada pela Súmula 330 do STJ), é dada a oportunidade da defesa se
manifestar antes do recebimento da denúncia. A peça apresentada nestes casos é a chamada
“defesa preliminar” e o seu objetivo principal é evitar o recebimento da denúncia ou queixa,
através da demonstração da inexistência de condições que justifiquem o início do processo (falta
das condições de ação, por exemplo).
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça para qual juízo foi distribuída a ação penal,
pois isto determinará a competência para a apreciação da defesa preliminar. Na ausência de
indicação, o endereçamento deve ser feito de maneira genérica.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – ESTADO DO MATO GROSSO DO
SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ.
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, denunciante e denunciado).
(01 linha)
Autos nº
Denunciante:
Denunciado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: qualificar de forma completa o denunciado e seu advogado.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado no interrogatório. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração
em anexo”.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente: art. 514 do Código de Processo Penal, quando o
crime for de responsabilidade dos funcionários públicos; e art. 55 da Lei n.º 11.343/20068, quando
o rito for o de tóxicos.
(...) apresentar, com fulcro no art. 5149 do Código de Processo Penal, DEFESA
PRELIMINAR, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
Obs.: importante observar o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (súmula 330), no
sentido de que “é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do código de
processo penal, na ação penal instruída por inquérito policial”. Assim, se o enunciado trouxer
nos dados que determinado servidor público foi investigado em inquérito, não caberá defesa
preliminar.
5. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
8 Art. 55, Lei 11.343/06 - Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 9 Art. 514, CPP - Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e
ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
33
O Ministério Público do Estado do Paraná ofereceu denúncia (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: laudo pericial.
Obs. 3: Na defesa preliminar, não se fala em síntese fático-processual, já que ainda não
existe processo penal em curso, em razão de não ter ocorrido recebimento da denúncia.
6. Do direito: A Defesa Preliminar é o momento adequado para requerer o não recebimento da
ação penal. Para tanto, deve-se atacar a denúncia de forma a demonstrar ausência das
condições de ação e de processo.
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico. Isto é, deve ser dividido por itens.
Na Defesa Preliminar, o pedido é de não recebimento da denúncia e não o de absolvição.
Diante do exposto, requer a rejeição da denúncia, haja vista (...).
8. Rol de testemunha: A defesa preliminar, quando no rito de tóxicos, é o momento oportuno
para especificar as provas que pretende produzir e arrolar as testemunhas - até o número de 05
(cinco) - (§1º do art.55 da Lei n.º 11.343/2006). Desta forma, identifique na proposta de peça as
eventuais testemunhas dos acontecimentos e qualifique-as no rol de testemunhas. Caso não haja
testemunhas, apenas mencione a existência do rol de testemunha:
Rol de testemunhas:
Testemunha...
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
34
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca. Os dados NUNCA devem
ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara, Comarca... e
Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca... –
Estado ...).
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da notificação ao acusado para a apresentação da
defesa preliminar e exigir que esta peça seja apresentada no último dia do prazo. O prazo da
Defesa Preliminar no rito de tóxicos é de 10 dias, nos termos do art. 55, da Lei 11.343/06. No
rito para funcionários públicos o prazo é de 15 dias (art.514 do CPP). No entanto, caso não
exista esta determinação, o candidato deve colocar a data de forma genérica, isto é, não
especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês, ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique apenas as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
35
7. Resposta à acusação
Após o oferecimento da denúncia, o magistrado poderá rejeitá-la liminarmente, quando:
1- for ela manifestamente inepta;
2- faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
3- faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Estando presentes as condições da ação, previstas no artigo 395 do CPP, o magistrado
receberá a denúncia e ordenará a citação do acusado para apresentação da Resposta à
acusação, em 10 (dez) dias, nos termos do art.396 do CPP. O mesmo ocorrerá quando o
processo tratar de crime doloso contra a vida (procedimento relativo aos processos de
competência do Tribunal do Júri). Porém, nesta hipótese, o fundamento é distinto: artigo 406,
caput, do Código de Processo Penal.
A resposta à acusação será fundamentada no artigo 396-A do CPP, quando processo tramitar sob
o rito ordinário ou sumário. No caso do rito do júri, o fundamento para a resposta à acusação será
o artigo 406, §3˚, do Código de Processo Penal.
Na resposta à acusação poderá ser alegado tudo o que interessar à defesa do acusado. Assim,
pode-se alegar, novamente, a ausência de qualquer das condições da ação previstas no artigo
395 do CPP. Neste caso, contudo, o pedido deve ser para que o magistrado anule o
recebimento e, diante dos fundamentos apresentados, rejeite a denúncia.
Deve-se pleitear, sobretudo, a absolvição sumária do acusado nos termos do art.397 do CPP,
quando fizer prova:
1 - da existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
2 - da existência manifesta de causa excludente da culpabilidade, salvo a imputabilidade;
3 - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
4 - da extinção da punibilidade do agente.
É na resposta à acusação, também, que as provas que a defesa deseja produzir devem ser
requeridas.
Obs. 1: As exceções de competência e de suspeição devem ser apresentadas nos termos do
artigo 95 a 111 do Código de Processo Penal.
Obs. 2: A Resposta à Acusação deve ser apresentada em todos os procedimentos especiais,
nos termos do art.394, §4º do CPP.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça processual qual juízo que recebeu a denúncia
e ordenou a citação do acusado, pois será ele o competente para a apreciação da Resposta à
Acusação. Na ausência de indicação, utilize o endereçamento genérico.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
a) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, denunciante e denunciado).
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: qualificar de forma completa o denunciado e seu advogado.
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado no interrogatório. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração
em anexo”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
37
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abrevie nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome da peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente (art.396-A do CPP ou 406, §3˚, do CPP – no caso do
rito dos crimes dolosos contra a vida).
(...) apresentar, com fulcro no art. 396-A do Código de Processo Penal10, RESPOSTA
À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
(...) apresentar, com fulcro no artigo 406, §3˚, do Código de Processo Penal11,
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
5. Síntese fática processual: é o relato sintético dos fatos. Não se trata de mera transcrição do
problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se narrar os fatos de maneira clara,
lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução, desenvolvimento e conclusão.
O Ministério Público do Estado do Paraná ofereceu denúncia (...)
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: laudo pericial.
As teses de defesa devem ser divididas em preliminares e mérito.
10
Art. 396-A, CPP - Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário. § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a
112 deste Código. § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o
juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. 11
Art. 406, CPP - O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo
cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação
inválida ou por edital. § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa.
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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6. Preliminares: são divididas em prejudiciais de mérito e de nulidades. Ler atentamente a
proposta de peça em busca de:
A- Prejudiciais de Mérito- as mais comuns são prescrição e decadência.
B- Nulidades- são divididas em absolutas e relativas.
- Nulidades Absolutas- afronta direta à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
***As nulidades absolutas devem ser expostas antes das nulidades relativas.
***Todas as nulidades observadas até a fase processual da apresentação da resposta à acusação
devem ser arguidas. Assim, deve-se arguir, quando presente, desde as nulidades das provas
produzidas durante o inquérito policial, até a ausência das condições da ação previstas no artigo
395 do Código de Processo Penal. Por isso, é importante ter em mente as limitações
constitucionais ao poder de investigação (inviolabilidade de domicílio, proibição da tortura, sigilo
das comunicações, etc.), bem como lembrar que a violação de qualquer das condições de ação
previstas no artigo 395, CPP, deve ser arguida em sede de preliminar.
Obs.: Terminada a discussão das preliminares, fazer ligação com o mérito. Ex.:
“Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, e em sendo superadas as prejudiciais
de mérito e/ou nulidades, em homenagem ao princípio da eventualidade, passa-se a demonstrar
que, no mérito, a absolvição sumária é medida que se impõe:”
7. Mérito: Busque na proposta da peça dados que indiquem, sobretudo, a existência de:
1- causa excludente da ilicitude do fato;
2- causa excludente da culpabilidade, salvo a imputabilidade;
3- que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
4- extinção de punibilidade do agente.
Ou seja, sempre procure achar no enunciado elementos que se encaixem nos termos do
artigo 397 do Código de Processo Penal, a fim de se alcançar a absolvição sumária do acusado.
8. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer que:
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim,
declarada extinta a punibilidade, nos termos (...);
b. Seja reconhecida a nulidade do processo...
c) Seja anulado o recebimento da denúncia, para que, diante da
demonstração da ausência de justa causa, seja rejeitada a denúncia.
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
a absolvição sumária, nos termos do artigo 397, I, do CPP, tendo em vista a
comprovação de que o denunciado agiu em legítima defesa, o que exclui a ilicitude do
fato.
9. Provas: A Resposta à acusação é o momento oportuno para especificar as provas que
pretende-se produzir e arrolar as testemunhas. Identifique na proposta de peça as eventuais
testemunhas dos acontecimentos e qualifique-as no rol de testemunhas. Caso não haja
testemunhas, apenas mencione a existência do rol de testemunha:
Finalmente, no caso de nenhum dos fundamentos indicados acima ser acatado por
Vossa Excelência, requer-se a produção de todas as provas admitidas, em especial...
Rol de testemunhas:
Testemunha...
10. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local
e data iii- nome do advogado, inscrição na OAB .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca. Os dados nunca devem
ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara,Comarca... e
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca... –
Estado ...).
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da citação do acusado para a apresentação da
Resposta à Acusação e exigir que esta peça seja apresentada no último dia do prazo. No entanto,
caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não
especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com a palavra
ADVOGADO OAB Nº...
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8. Alegações Finais por Memoriais
A Lei 11.719/2008 alterou a forma como as alegações finais devem ser apresentadas. Assim, no
procedimento comum, as alegações finais passaram a ser orais (art.403 caput do CPP). As
alegações finais escritas, no entanto, não foram, simplesmente, extirpadas do Código de Processo
Penal Pátrio. O artigo 403, § 3˚, CPP, prevê que as alegações finais podem ser apresentadas por
memoriais. Deste modo, feito o interrogatório do acusado, o magistrado pode optar pela
apresentação das alegações finais orais ou por memorial. E é justamente esta segunda hipótese
(alegações finais por memorial) que pode ser exigido no Exame de Ordem, pois, obviamente, não
é possível exigir que o candidato apresente alegações orais.
Nos procedimentos que envolvem a acusação de crimes dolosos contra a vida, não há
previsão legal para apresentação de alegações finais por memoriais escritos. Não obstante,
admite-se a apresentação dos memoriais escritos nestes procedimentos. Isto porque não é
justificável que os demais crimes processados pelo rito comum ordinário admitam memoriais
escritos, enquanto que os processos que versam sobre crimes dolosos contra a vida não
admitam.
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça perante qual juízo ocorreu o andamento da
ação penal, uma vez que ele será o competente para apreciar as alegações finais. Na ausência de
indicação, faça o endereçamento genérico.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ.
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, acusação e acusado).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: como o acusado já foi qualificado no processo, mencionar apenas
seu nome completo:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro no art.403,§3º do CPP12, alegações finais por MEMORIAIS,
pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
12
Art. 403. CPP - Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais
orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o
juiz, a seguir, sentença. § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. §
2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se
por igual período o tempo de manifestação da defesa. § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o
número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais.
Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tício, pela prática do
crime previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Segundo narra a denúncia, no
dia..., o denunciado atirou contra seu vizinho, após longa discussão envolvendo seu
cão e por ter sido ameaçado pela vítima.
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal, laudo, etc.
As teses de defesa devem ser divididas em preliminares e mérito.
6. Preliminares: são divididas em prejudiciais e nulidades. Ler atentamente a proposta de peça
em busca de:
A- Prejudiciais de Mérito- as mais comuns são prescrição e decadência.
B- Nulidades- são divididas em absolutas e relativas:
- Nulidades Absolutas- afronta direta à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
***As nulidades absolutas devem ser expostas antes das nulidades relativas.
***Nesta fase processual, devem ser alegadas todas as nulidades ocorridas. Assim, desde a
nulidade ocorrida, por exemplo, na colheita da prova no inquérito policial, até alguma nulidade
ocorrida na audiência de instrução e julgamento devem ser alegadas (em sede de preliminares).
Obs.: Terminada a discussão das preliminares, fazer ligação com o mérito. Ex.:
“Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, e em sendo superadas as prejudiciais
de mérito e/ou nulidades, em homenagem ao princípio da eventualidade, passa-se a demonstrar
que, no mérito, a absolvição é medida que se impõe:”
7. Mérito: consiste na análise das provas produzidas ao longo do processo e a aplicação da
teoria do crime para cada um dos crimes imputados na denúncia. Portanto, é no mérito das
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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alegações finais por memoriais que vai se discutir questões referentes à ausência de provas de
autoria e materialidade, bem como a questões que excluem a conduta, tipicidade, antijuridicidade
e culpabilidade do fato narrado na inicial acusatória. Por exemplo, é aqui que você vai alegar:
a) falta de provas que comprovem que o denunciado é o autor do crime;
b) falta de provas que demonstrem, por exemplo, que o que causou a morte da vítima foi o
disparo efetuado pelo acusado;
c) a exclusão da antijuridicidade da conduta decorrente da legítima defesa.
É importante ter em mente, além disso, que as questões referentes ao mérito nunca
podem anteceder as preliminares arguidas.
8. Dosimetria da pena: O advogado deve sempre trazer todas as teses de defesa possíveis, mas
nunca deve esquecer que elas podem ser vencidas e o seu cliente condenado. Assim, deve ser
requerido que, em havendo condenação, a pena seja fixada no mínimo legal, fazendo uma
breve análise sobre as três fases de aplicação da pena (pena base – análise dos elementos do
artigo 59 do CP; agravantes e atenuantes – artigos 61 a 65 do CP; e, finalmente, causas especiais
de aumento ou diminuição de pena). Deve, ainda, ser feita uma consideração sobre o regime
prisional adequado à pena aplicada e o cabimento de algum substitutivo penal (sursis, por
exemplo).
É importante destacar que as considerações sobre a pena NÃO devem ser feitas nos
memoriais apresentados no rito de crimes dolosos contra a vida. Neste rito, os memoriais
servem, apenas, para que o magistrado decida se pronuncia, impronuncia, absolve sumariamente
ou desclassifica o crime imputado ao denunciado.
9. Dos requerimentos: para cada tese de defesa deve haver um pedido específico em separado.
Aqui, o aluno deve ter em mente que o fundamento para os pedidos feitos no rito comum
(ordinário e sumário) e no rito do júri têm fundamentos distintos.
O pedido de absolvição no rito comum (ordinário e sumário) deve sempre ser feito com
base no artigo 386, CPP. Assim, o aluno deve buscar dentre seus incisos aquele que melhor se
adéqua ao pedido que está sendo formulado.
No rito do júri, os memoriais podem abranger três pedidos: impronúncia, absolvição
sumária e desclassificação.
O pedido de impronúncia, com fundamento no artigo 414 do Código de Processo Penal,
vai ser feito quando a tese for a de não existência de provas suficientes de autoria e materialidade
para a pronúncia. Assim, por exemplo, quando o laudo de necropsia não chegar a conclusão
alguma quanto à causa da morte da vítima, o pedido a ser feito é o de impronúncia.
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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O pedido de absolvição sumária, por sua vez, absolverá sumariamente o denunciado
quando ocorrer qualquer das hipóteses descritas nos incisos do artigo 415 do Código de Processo
Penal. Por exemplo, o juiz deve absolver sumariamente o acusado, nos termos do artigo 415,
inciso III, se ficar provado que quando ele atirou da vítima, esta já estava morta em virtude de um
colapso cardíaco, não constituindo o fato infração penal.
Já a desclassificação do fato narrado na denúncia tem fundamento no artigo 419 do CPP.
Nele será alegado que não se trata, por exemplo, do crime de homicídio, mas sim do crime de
lesão corporal seguida de morte. Nesta hipótese, os autos serão enviados ao magistrado
competente.
Diante do exposto, requer que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim,
declarada extinta a punibilidade, nos termos (...);
b. Seja reconhecida a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, no mérito, requer
que o denunciado seja absolvido:
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação o processo tramitou. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca. Os dados nunca devem ser
inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Vara, Comarca... e
Estado... (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca... –
Estado ...).
Obs. 2. O enunciado deve trazer a data da intimação para a apresentação das alegações finais
por memoriais e exigir que esta peça seja apresentada no último dia do prazo. No entanto, caso
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar
data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com a palavra
ADVOGADO OAB Nº.
***Lembrete: Para cada tese de defesa – seja nas preliminares, no mérito ou na dosimetria da
pena- abrir um tópico próprio, titulando-o, se possível, com a tese e a sua conclusão. Ex: Do
Latrocínio: atipicidade da conduta.
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9. Apelação
Das sentenças definitivas ou das decisões com força de definitivas, em regra, cabe recurso de
apelação, disciplinado pelo Código de Processo Penal nos arts. 593 e seguintes. O recurso de
apelação é um instrumento recursal residual. Isso significa que só caberá o recurso de apelação,
quando o ato judicial atacado não esteja no rol das situações para as quais cabe recurso em
sentido estrito (art. 581, CPP).
São efeitos do recurso de apelação: devolutivo e suspensivo.
O efeito devolutivo é inerente ao recurso, já que devolve à instância superior a análise da ação
penal. A regra é que a revisão da sentença ou da decisão com força de definitiva se dê na exata
medida do que está se questionando no recurso (tantum devolutum quatum apellatum). Ou seja, a
instância superior analisa exatamente o que foi impugnado no recurso. O candidato deve, no
momento de elaborar a apelação, impugnar todas as questões possíveis, pois assim estará
manifestando o desejo de ampla revisão do julgado que, teoricamente, prejudica seu cliente.
O efeito suspensivo tem como base o princípio da afirmação da inocência (art. 5º, inciso LVII, da
Constituição da República). Quando a sentença for absolutória, o próprio Código de Processo
Penal, em seu artigo 596, dispõe que o réu deve ser posto imediatamente em liberdade, caso ele
estivesse aguardando preso o julgamento. Deste modo, ainda que o Ministério Público ou o
querelante apelem da sentença absolutória, requerendo, por consequência, a reforma da decisão
de modo a condenar o réu, este não pode ser preso.
Finalmente, o candidato deve atentar que os artigos 594 e 595 do Código de Processo Penal,
foram revogados pelas Leis nº 11.719/2008 e nº 12.403/2011, respectivamente. O artigo 594, do
CPP, nos ensinava que: “o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, ou prestar fiança,
salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória, ou
condenado por crime que se livre solto”. Assim, em homenagem ao princípio da presunção do
estado de inocência, a regra é de que o réu possa apelar em liberdade, devendo sua prisão ser
decretada quando existir razões cautelares. Ou seja, a prisão em decorrência de sentença
condenatória, para a qual cabe ainda recurso de apelação, deve apresentar os fundamentos
presentes no artigo 312 do Código de Processo Penal, conforme dispõe o art. 387, parágrafo
único do CPP.
Da mesma forma, com a revogação do artigo 595 do CPP determinado pela Lei 12.403/11, não é
mais necessário o recolhimento do réu para que o seu recurso de apelação seja conhecido.
Esta regra era um verdadeiro fato impeditivo da admissibilidade e de conhecimento do recurso.
Porém, antes mesmo da revogação deste dispositivo pela Lei 12.403/11, já havia o entendimento
de que o conhecimento de recurso de apelação do réu
independe de sua prisão, conforme previsão da Súmula de número 347 do STJ. Assim, agora
não há mais dúvidas quanto à desnecessidade de recolhimento do réu para apelar da decisão.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
48
Por último, destaque-se, ainda, que caberá apelação das decisões de impronúncia e absolvição
sumária, conforme dispõe o artigo 416 do Código de Processo Penal.
Obs.1: O enunciado trará expressamente ou por indícios se o recurso já foi interposto ou não.
Caso não tenha sido interposto, o candidato deverá elaborar a peça de interposição e as razões
recursais. Na hipótese da apelação já ter sido interposta, bastará elaborar as razões recursais.
Obs.2: Quando necessária a interposição da apelação, o prazo será de 05 dias (art.593 do
CPP). O prazo para oferecimento das razões do recurso é de 08 dias (art. 600, caput, do CPP).
Embora os prazos para interposição e apresentação das razões do recurso sejam distintos, no
Exame de Ordem a interposição e as razões devem ser apresentadas na mesma data. Se as
razões forem apresentadas separadamente, o prazo será de 08 dias (art.600, caput, do CPP),
contados da intimação para apresentação das razões recursais.
Petição de interposição
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual autoridade judicial proferiu a sentença,
ou, na a ausência de indicação, faça o endereçamento genérico para a autoridade judiciária a quo.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, acusação e acusado).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
49
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas
seu nome completo:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verifique se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados, sob pena
de identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente - art. 593 (I, II ou III) do Código de Processo Penal:
(...) não se conformando, data venia, com a sentença de fls., interpor, com fulcro no art.
593, I do Código de Processo Penal13, RECURSO DE APELAÇÃO, requerendo que
seja a mesma recebida e encaminhada à superior instância, para processamento e
julgamento.
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
13
Art. 593. CPP - Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I - das sentenças definitivas de condenação ou
absolvição proferidas por juiz singular; II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer
nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c)
houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a decisão dos jurados
manifestamente contrária à prova dos autos. (...)
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
50
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a sentença foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito a magistrado da comarca ou ao Tribunal ad quem. Os
dados nunca devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as
palavras Vara, Comarca... e Estado... (Ex de interposição: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de
Direito da ...Vara Criminal da Comarca... – Estado ...)
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da intimação do acusado para a interposição do
recurso de Apelação e exigir que esta peça seja apresentada no último dia do prazo (05 dias – art.
593, caput, do CPP). No entanto, caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a
data genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
Razões de Apelação
1. Endereçamento: De início, é necessária a identificação da autoridade judicial que proferiu a
sentença ou a decisão com força de definitiva. Para isto, deve-se sempre ter em mente as regras
gerais de competência do Código de Processo Penal. A partir do momento que se identificou o
juiz que proferiu a sentença ou a decisão com força de definitiva, ter-se-á o tribunal competente
para o julgamento da apelação. Na ausência de indicação, faça o endereçamento genérico, sem
as especificações.
a) Justiça Estadual:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
51
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
COCOLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
b) Justiça Federal:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
COLENDA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES FEDERAIS
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
COLENDA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES FEDERAIS
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, apelante e apelado).
(01 linha)
Autos de origem nº
Apelante:
Apelado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas
seu nome completo e a qualificação do advogado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, (...).
Obs. 1: Na hipótese do primeiro ato do advogado ser o oferecimento das razões em prol do
acusado, ele deve ser qualificado.
Obs. 2: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado no interrogatório. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração
em anexo” e qualificar o advogado.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Obs. 3: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 4: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome da peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro no art. 600, caput, do Código de Processo Penal14,
RAZÕES DE APELAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito adiante expostos:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
O Ministério Público denunciou Tício pela prática do delido de... A
denúncia foi recebida em... Foram ouvidas... testemunhas. Em suas alegações finais,
o Ministério Público... Na sentença, o juiz a quo entendeu que (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal.
As teses de defesa devem ser divididas em preliminares e mérito.
6. Preliminares: são divididas em prejudiciais e nulidades. Ler atentamente a proposta de peça
em busca de:
A- Prejudiciais de Mérito- as mais comuns são prescrição e decadência.
14
Art. 600, CPP - Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um
para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de três dias. § 1o Se houver assistente,
este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério Público. § 2o Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o
Ministério Público terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior. § 3o Quando forem dois ou mais os apelantes ou
apelados, os prazos serão comuns. § 4o Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que
deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes,
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
53
B- Nulidades- são divididas em absolutas e relativas:
- Nulidades Absolutas- afronta direta à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
***Devem ser arguidas todas as nulidades ocorridas até o momento em que a sentença foi
proferida. Portanto, todas as nulidades ocorridas desde o inquérito policial até a sentença devem
ser apontadas na apelação.
Obs.: Terminada a discussão das preliminares, deve ser feita uma ligação entre o tópico das
preliminares e o tópico do mérito. Ex.: “Caso não seja este o entendimento de Vossas
Excelências, e em sendo superadas as prejudiciais de mérito e/ou Nulidades, em homenagem ao
princípio da eventualidade, passa-se a demonstrar que, no mérito, a absolvição é medida que se
impõe:”.
7. Mérito: O mérito consiste na análise das provas produzidas ao longo do processo e a aplicação
da teoria do crime para cada um dos crimes imputados na denúncia. Aqui o candidato deve
discorrer sobre:
a) provas de autoria do crime;
b) provas da materialidade do crime;
c) ausência de conduta (ex.: denunciado foi jogado por terceiro em cima da vítima, a qual
quebrou o pescoço e morreu em virtude do impacto);
d) ausência de tipicidade (falta de nexo de causalidade, insignificância, erro de tipo, etc.);
e) presença de causa excludente da antijuridicidade (art. 23 do Código Penal);
f) presença de causas excludentes da culpabilidade (sujeito agiu, por exemplo, sob erro de
proibição).
***A apelação no rito do tribunal do júri tem suas especificidades. Vejamos:
A apelação interposta em face de decisão que impronunciou ou absolveu
sumariamente o acusado (art. 416, CPP) tem análise restrita. Isto porque, no primeiro caso, a
discussão vai ficar limitada à existência ou não de provas suficientes que respaldem a
convicção de que a acusação não deve ser julgada pelo Tribunal do Júri. Já no segundo
caso, a discussão será restrita à presença ou não das situações que autorizam a absolvição
sumária, previstas no artigo 415 do CPP. Como a impronúncia e a absolvição sumária são
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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decisões que beneficiam a defesa, o candidato, provavelmente, terá que apresentar as contra
razões do recurso interposto pelo Ministério Público.
Por outro lado, a apelação interposta em face de decisão dos jurados que condenou o
denunciado tem fundamento no artigo 593, III, do Código de Processo Penal. Importante
destacar que, aqui, a apelação pode ter consequências distintas daquelas que ocorrem quando o
recurso foi interposto de decisão em processo que tramitou sob o rito sumário ou ordinário.
No caso do rito sumário e ordinário, o tribunal ad quem, além do reconhecimento das
nulidades, pode reformar integralmente a decisão. Assim, por exemplo, é possível uma nova
análise das provas para absolver o acusado condenado em primeira instância, com base no
entendimento de que a conduta praticada por ele não deu causa ao resultado.
No rito do júri é diferente. Isto porque a competência dos jurados para julgarem crimes
contra a vida decorre da Constituição, de modo que o poder da segunda instância para modificar a
matéria, assim que devolvida para nova apreciação, é limitado. Com relação às nulidades, nada
impede o reconhecimento destas, quando ocorridas após a pronúncia, conforme preceitua o
artigo 593, inciso III, alínea a, do CPP. Presume-se, aqui, que as nulidades ocorridas antes da
pronúncia já foram resolvidas. No entanto, nada impede que sejam alegadas nulidades
anteriores à pronúncia, desde que tratem de nulidades absolutas, na medida em que estas
nulidades podem ser arguidas a qualquer tempo, porque tratam de violações de direitos
constitucionais do denunciado.
É possível, em segunda instância, a reforma da decisão do juiz presidente, quando
esta é contrária à decisão dos jurados ou ao texto de lei (art. 593, inciso III, alínea b, CPP).
Nesta hipótese, o juiz presidente do tribunal do júri, por exemplo, deixa de aplicar a causa especial
de diminuição de pena prevista no artigo 121, §1˚, do CPP, não obstante os jurados tenham
reconhecido que o homicídio foi praticado por relevante valor moral. Assim, o tribunal ad quem
não vai devolver a matéria para apreciação dos jurados, mas, simplesmente, corrigir a decisão do
juiz presidente, colocando-a de acordo com a decisão do conselho de sentença. Da mesma forma,
o tribunal ad quem poderá reformar integralmente a pena ou medida de segurança,
conforme permissão contida no artigo 593, inciso III, alínea c, do CPP. A explicação para estas
duas possibilidades é a de que em ambos os aspectos as decisões foram exclusivas do
magistrado togado, de modo que a reforma pelo tribunal ad quem não é uma interferência na
competência constitucional dos jurados.
A questão muda quando se trata de nova discussão das provas no rito de crimes
dolosos contra a vida. Se na apelação do rito sumário ou ordinário o tribunal ad quem tem poder
de modificar completamente a decisão, no rito do júri o tribunal, entendendo que a decisão dos
jurados foi contrária à prova dos autos, deve determinar a realização de novo julgamento pelo
conselho de sentença. Assim, por exemplo, se houver provas cabais de que o homicídio foi
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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praticado em legítima defesa, mas o entendimento dos jurados foi o de que não houve a referida
causa excludente da ilicitude, o tribunal ad quem não poderá, em seu julgamento, reformar a
decisão dos jurados. O máximo que pode ocorrer, neste caso, é a determinação da realização de
novo julgamento, por ter sido a decisão do conselho de sentença contrária à prova dos autos.
Por último, no caso da apelação com base no artigo 593, inciso III, d, o candidato deve
demonstrar porque a decisão dos jurados contrariou a prova dos autos, indicando os
elementos probatórios para isto. O pedido a ser feito é de que o acusado seja submetido a
novo julgamento, e não que a decisão de primeira instância seja reformada, para que o acusado
seja absolvido pelo tribunal ad quem.
8. Dosimetria da pena: Na apelação é o momento oportuno para questionar a fixação
da pena. Isto porque este recurso é interposto, de modo geral, após a prolação de sentença que,
caso seja condenatória, necessariamente vai trazer os elementos que o magistrado levou em
consideração para fixação da pena. Assim, deve ser requerido para que, em sendo mantida a
condenação, a pena seja fixada no mínimo legal. Mas é importante lembrar que este pedido deve
ser fundamentado. Não basta que o candidato apenas requeira que a pena seja aplicada no
mínimo legal, sem analisar os motivos que levaram à fixação da punição acima do patamar
mínimo previsto na legislação penal. Por isso, é importante fazer uma análise dos motivos
utilizados pelo magistrado na fixação da pena, demonstrando, por exemplo, a inocorrência de
uma circunstância judicial prevista no artigo 59 do Código Penal ou de uma circunstância
agravante.
Além disso, deve ser mencionada a presença de atenuantes ou causas especiais de
diminuição de pena, no caso da apelação ter sido interposta em face de sentença
condenatória que não reconheceram estes aspectos legais que favorecem o acusado. No
caso do recurso de apelação ter sido interposto na qualidade de assistente de acusação,
deve ser feita uma análise sobre a configuração de circunstâncias judiciais desfavoráveis
ao réu, circunstâncias agravantes e causas especiais de aumento de pena.
No caso de se tratar de apelação interposta em face da pena no rito de crimes dolosos
contra a vida, é importante lembrar que o tribunal de segunda instância tem autonomia para
modificá-la, tendo em vista que a dosimetria da pena é feita pelo magistrado togado, e não
pelos jurados.
Já no caso de apelação que trata de impronúncia e absolvição sumária, as
considerações sobre a pena são incabíveis. Afinal, não houve nenhuma consideração sobre a
pena a ser aplicada ao acusado, mesmo porque a aplicação da pena só poderia vir após decisão
dos jurados pela condenação.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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9. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim,
declarada extinta a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107;
b. Reconhecer a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
que seja dado provimento ao recurso para reformar a decisão de folhas (...), para o fim
de:
a) (...).
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão apelada foi proferida. Se houver a indicação, não haverá
problemas, pois é só endereçar as razões ao tribunal ad quem competente. No entanto, caso
inexista a indicação, o endereçamento deve ser feito, de maneira genérica, ao Tribunal de Justiça
ou ao Tribunal Regional Federal. Os dados nunca devem ser inventados. O candidato, nesta
hipótese, deve apenas colocar as palavras Tribunal de Justiça do Estado..., ou Tribunal Regional
Federal da Região (Ex: Egrégio Tribunal Regional Federal da... Região; Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado...)
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da intimação do acusado para a apresentação das
razões do recurso de Apelação e exigir que esta peça seja apresentada no último dia do prazo (05
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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dias se apresentadas junto com a petição de interposição - art. 593, caput, CPP; ou 08 dias se
apresentadas posteriormente à interposição – art. 600, caput, do CPP). No entanto, caso não
exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data
alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com a palavra
ADVOGADO OAB Nº...
***Lembrete: Para cada tese de defesa – seja nas preliminares, no mérito ou na dosimetria da
pena- abrir um tópico próprio, titulando-o, se possível, com a tese e a sua conclusão. Ex: Do
Furto: atipicidade da conduta.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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10. Recurso em Sentido Estrito
O recurso em sentido estrito é o recurso cabível das decisões interlocutórias expressamente
previstas em lei (rol taxativo do art. 581 do CPP). Como o próprio nome do recurso diz, as
hipóteses para sua interposição são restritas àquelas previstas na lei.
A regra é que o recurso em sentido estrito tenha efeito devolutivo em relação à matéria objeto
do recurso.
O efeito suspensivo é exceção, ocorrendo apenas nas seguintes hipóteses:
a) do artigo 584, caput, do Código de Processo Penal;
b) da decisão que extinga a punibilidade, já que o réu deverá ser posto imediatamente em
liberdade nestes casos ou da sentença de impronúncia (art. 584, §1º, do CPP);
c) recurso que diga respeito à decisão de pronúncia (art. 584, §2º, do CPP) – lembrando
que, neste caso, embora o artigo fale em suspensão só do julgamento, o que se suspende, na
verdade, é o processo, pois a fase de preparação para o julgamento em plenário (artigos 422 e
423 do Código de Processo Penal) só será iniciada assim que transitar em julgado a sentença de
pronúncia. É importante lembrar que as decisões de absolvição sumária e impronúncia devem ser
combatidas através do recurso de apelação, conforme dispõe o artigo 416 do Código de Processo
Penal.
Como pode se notar pela redação do artigo 585 do CPP, em caso de pronúncia do réu que não é
primário e de bons antecedentes, por crime inafiançável, ou, na hipótese de afiançável, quando
não prestada esta, ele deve se recolher à prisão para recorrer. Aqui, remete-se a leitura aos
comentários feitos sobre os revogados artigos 594 e 595 do CPP. Isto porque, assim como ocorre
com a apelação, a prisão decorrente da sentença de pronúncia só ocorrerá quando estejam
presentes concretamente as hipóteses autorizadoras da prisão preventiva, previstas no
artigo 312 do CPP. Não se pode perder de vista, também, o princípio da afirmação da inocência
(art. 5º, LVII, da CR), pois este direito fundamental tem como consequência a inadmissibilidade de
prisão em decorrência de uma decisão desfavorável. Fala-se, aqui, em decisão desfavorável,
porque a decisão de pronúncia não passa de um juízo de admissibilidade da ocorrência de um
fato punível cuja competência para o julgamento é do Tribunal do Júri, sendo que o magistrado
tem opção de impronunciar o acusado.
Um terceiro efeito que é dado ao recurso em sentido estrito é o regressivo, iterativo ou diferido.
Esse efeito é apontado como característica do RSE, em razão da possibilidade de retratação
dada ao juízo a quo, após o oferecimento das razões (art. 589 do CPP). Caso não haja esta
retratação, o recurso é remetido ao juízo ad quem.
***É importante o aluno verificar se o Recurso em Sentido Estrito já foi, ou não, interposto. Caso
não tenha sido, o candidato deverá elaborar a peça de interposição e as razões recursais.
Na hipótese de já ter sido interposto, bastará elaborar as razões recursais.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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Petição de Interposição
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual autoridade judicial proferiu a decisão. Na
ausência de indicação, faça o endereçamento genérico, sem as especificações.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA
COMARCA... – ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE PELOTAS – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL.
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, acusação e acusado).
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo,
mencione apenas o nome completo do acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual no
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a em um dos incisos do art. 581 do Código de Processo Penal:
(...) não se conformando com a decisão de fls., interpor, com fulcro no inciso IV do art.
58115 do Código de Processo Penal, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
Requer a realização do juízo de retratação (do art. 589, Código de
Processo Penal16) e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente recurso
encaminhado à Superior Instância, para processamento e julgamento.
5. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
cidade e unidade da federação a decisão atacada via Recurso em Sentido Estrito foi proferida. Se
15
Art. 581. CPP - Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia
ou a queixa; II - que concluir pela incompetência do juízo; III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de
suspeição; IV – que pronunciar o réu; V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; VII -
que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta
a punibilidade; IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou
em parte; XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; XVIII - que decidir o incidente de
falsidade. 16
Art. 589. CPP - Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias,
reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
61
houver a indicação, não haverá problemas, pois é só endereçar para o juiz da comarca indicada.
No entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca.
Os dados nunca devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as
palavras Vara, Comarca... e Estado... (Ex de interposição: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de
Direito da ...Vara Criminal da Comarca... – Estado ...)
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da intimação do acusado para a interposição do
Recurso em Sentido Estrito (05 dias – art. 586 do CPP). No entanto, caso não exista esta
determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex:
Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
Razões de Recurso em Sentido Estrito
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual autoridade judicial proferiu a decisão. Na
ausência de indicação, faça o endereçamento genérico, sem as especificações.
a) Justiça Estadual:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
b) Justiça Federal:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
COLENDA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES FEDERAIS
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, recorrente e recorrido).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
62
(01 linha)
Autos de origem nº
Recorrente:
Recorrido:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo,
mencione apenas o nome completo do acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...)
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro no art. 588 do Código de Processo Penal17, RAZÕES DE
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelos motivos de fato e de direito adiante
expostos:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
17
Art. 588. CPP - Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o
traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual
prazo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
63
No dia (...), o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal
no seu art. (...). O Ministério Público, em sua peça acusatória, sustenta que (...). A
denúncia foi recebida em (...). Foram ouvidas (...) testemunhas (...). Em suas
alegações finais, o Ministério Público (...) O juiz a quo entendeu que (...)
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal.
As teses de defesa devem ser divididas em preliminares e mérito.
6. Preliminares: são divididas em prejudiciais de mérito e nulidades. Ler atentamente a proposta
de peça em busca de:
A- Prejudiciais de Mérito- sendo que as mais comuns são prescrição e decadência.
B- Nulidades- são divididas em absolutas e relativas:
- Nulidades Absolutas- afronta direta à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
Obs.: Terminada a discussão das preliminares, fazer uma ligação com o mérito. Ex.: “Caso não
seja este o entendimento de Vossas Excelências, e em sendo superadas as prejudiciais de mérito
e/ou Nulidades, em homenagem ao princípio da eventualidade, passa-se a demonstrar que, no
mérito, a absolvição é medida que se impõe:”
7. Mérito: O mérito consiste na análise das provas produzidas ao longo do processo e a aplicação
da teoria do crime para cada um dos crimes imputados na denúncia.
8. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
64
2. O seu provimento a fim de que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim,
declarada extinta a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107, CP;
b. Reconhecer a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
que seja dado provimento ao recurso para reformar a decisão de folhas..., para o fim
de:
a) (...)
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
unidade da federação está localizada a vara onde foi proferida a decisão objeto do recurso em
sentido estrito. É esta informação que vai determinar o tribunal ad quem que poderá julgar o
recurso. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é só endereçar para o juiz da
comarca indicada. No entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve ser feito,
genericamente, ao tribunal ad quem. Os dados nunca devem ser inventados. O candidato, nesta
hipótese, deve apenas colocar as palavras Estado... ou Região. (Ex: Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado...; Egrégio Tribunal Regional Federal da... Região).
Obs. 2. O enunciado deve trazer a data da intimação para a apresentação das razões do
recurso em sentido estrito. O prazo para a apresentação das razões é de dois dias, conforme
dispõe o artigo 589, caput, do CPP.No entanto, caso não exista esta determinação, o candidato
deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês...,
ano...).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
65
Obs. 3: Quando for necessário interpor o Recurso em Sentido Estrito e apresentar suas
razões, o prazo de cada uma das peças deverá ser o mesmo, qual seja, o da interposição (05
dias, nos termos do art.586 do CPP).
Obs. 4: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique com as palavras “ADVOGADO
OAB Nº...”.
***Lembrete: Para cada tese de defesa abrir um tópico próprio, titulando-o, se possível, com a
tese e a sua conclusão. Ex: Do Roubo: atipicidade da conduta.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
66
11. Embargos Infringentes e de Nulidade
De acordo com o artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal, os embargos
infringentes e de nulidade são cabíveis quando, por maioria, o Tribunal ad quem profere
decisão desfavorável ao réu em recurso de apelação ou em sentido estrito. Em outras
palavras, durante o julgamento pelo órgão colegiado, um dos magistrados vota de maneira
contrária aos demais. No caso de votação unânime, mas com fundamentos distintos, não cabe
este recurso. Quando a decisão for apenas em parte unânime, caberá embargos infringentes da
parte em que não houver unanimidade. Um exemplo é o julgamento de uma apelação, em que
todos os magistrados votam pela condenação do apelante, mas a maioria decide que o regime a
ser fixado é fechado, enquanto o voto vencido é no sentido do regime inicial ser semiaberto. Da
parte referente à condenação, cabe, eventualmente, recurso especial e extraordinário. Já da parte
em que não houve unanimidade, caberá embargos infringentes.
O nome pode ensejar a interpretação de são dois recursos distintos. Porém, na verdade, trata-se
apenas de um recurso. Quando a matéria está vinculada à matéria processual, os embargos
serão de nulidade; quando a matéria diz respeito à parte material, os embargos serão
infringentes.
Conforme já ressaltado anteriormente, a oposição de embargos infringentes ou de nulidade é
cabível, apenas, no recurso em sentido estrito e na apelação. As decisões não unânimes tomadas
nos demais recursos e nas ações autônomas (revisão criminal, habeas corpus, mandado de
segurança) não são passíveis da oposição desta modalidade de embargos.
O efeito devolutivo é inerente à matéria objeto da divergência, de modo que só será devolvida à
análise, a matéria que não foi decidia por unanimidade. Por outro lado, o efeito suspensivo
também só se limita à matéria objeto de divergência. Como pode se notar pela redação do artigo
609, parágrafo único, do CPP, os embargos infringentes ou de nulidade é um recurso exclusivo
da defesa, pois poderá ser oposto quando a decisão proferida pelo Tribunal ad quem, em recurso
de apelação ou em sentido estrito, for em prejuízo ao réu. Contudo, a doutrina processual penal
mais moderna aceita a oposição dos embargos pelo Ministério Público, desde que este atue na
condição de custos legis, ante a injustiça e contrariedade à lei que representa a decisão tomada.
Por outro lado, o réu que, eventualmente, se conforme com a sentença ou decisão interlocutória, e
dela não apresente recurso, não terá legitimidade para oposição dos embargos.
No processo penal militar, entretanto, é permitida a oposição de embargos infringentes ou de
nulidade por parte do Ministério Público. Ou seja, somente em caso de crime militar julgado pela
justiça militar é possível que o Ministério Público oponha embargos infringentes (art. 538 do CPPM
– no prazo de 05 dias, conforme dispõe o art. 540, do CPPM).
O prazo para a oposição dos embargos é de 10 dias, a contar da publicação do acórdão (Art. 609,
parágrafo único, do CPP).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
67
Petição de Interposição
1. Endereçamento: Atente-se para o fato de que já houve decisão acerca da matéria em recurso
de apelação ou em sentido estrito. Desta forma, os embargos infringentes ou de nulidade devem
ser endereçados ao relator do acórdão embargado, que fará o juízo de admissibilidade do recurso.
Feito isto, os embargos serão encaminhados ao órgão julgador competente, dentro do mesmo
Tribunal que proferiu a decisão. Para saber qual é o órgão do Tribunal ad quem competente para
o julgamento deste recurso, deve-se consultar o seu Regimento Interno.
Caso o enunciado da questão não aponte em qual Tribunal foi proferido o acórdão, o
endereçamento deve ser feito de forma genérica. (Ex: Excelentíssimo Senhor Doutor
Desembargador Relator Da... Câmara do Tribunal de Justiça do Estado...; Excelentíssimo Senhor
Doutor Desembargador Relator Federal do Tribunal Regional Federal da... Região).
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA...
CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA...
CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR
DA... TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, recorrente, recorrido, ou apelante, apelado).
(01 linha)
Autos nº
Recorrente:
Recorrido:
(01 linha)
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
68
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo
mencione apenas o nome completo do acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) não se conformando, data venia, com o acórdão de fls., que, por maioria, deu
provimento ao recurso interposto pela acusação, opor, com fulcro no parágrafo único
do art. 609 do Código de Processo Penal18, EMBARGOS INFRINGENTES, requerendo
o seu recebimento e encaminhamento à Câmara criminal em composição integral para
julgamento e provimento.
5. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
18
Art. 609. CPP - Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas
criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. Parágrafo único. Quando não
for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que
poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
tribunal a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é só endereçar
para o desembargador relator da decisão tomada por maioria. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser feito de forma genérica.
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da intimação acerca do conteúdo do acórdão. Daí
começa correr o prazo, que é de 10 dias, de acordo com o artigo 609, parágrafo único, do CPP.
No entanto, caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é,
não especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente com as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
Razões
1. Endereçamento: O Regimento Interno de cada Tribunal traz diferentes regulamentações sobre
o processamento dos embargos infringentes. De uma forma geral, a competência é da câmara em
composição integral. Caso inexista a indicação do Tribunal em que a decisão foi proferida, o
endereçamento deve ser genérico, sem a especificação de dados.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL EM COMPOSIÇÃO INTEGRAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
2. Qualificação resumida: Logo abaixo do endereçamento, à esquerda, com o número dos
autos, embargante e embargado:
(01 linha)
Autos nº
Embargante:
Embargado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo
mencione apenas o nome completo do acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina (...)
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
70
Obs. 1: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 2: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro no parágrafo único do art. 609 do Código de Processo
Penal19, EMBARGOS INFRINGENTES, pelas razões de fato e de direito que passa a
expor:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
No dia (...), o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal
no seu art. (...) O Ministério Público, em sua peça acusatória, sustenta que... A
denúncia foi recebida em (...). O réu apelou tempestivamente, recurso este que, por
maioria, não foi provido (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados.
Obs. 3: Ressaltar que a votação no Tribunal não foi unânime e quais foram os termos do voto
vencido.
6. Fundamentação: A fundamentação dos embargos infringentes e de nulidade deve, sempre, ter
como base o voto vencido. Não obstante, é aconselhável que a argumentação sobre a tese
vencida seja abordada em tópicos, seguindo, na medida do possível, esta ordem:
19
Art. 609. CPP - Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas
criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. Parágrafo único. Quando não
for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que
poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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A- Preliminares: Deve-se verificar, no voto vencido, a existência de prejudiciais e de
nulidades:
A.1- Prejudiciais de Mérito- As prejudiciais mais comuns são prescrição e decadência.
A.2- Nulidades
As nulidades são divididas em absolutas e relativas:
- Nulidades Absolutas- afronto direto à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
Obs.: Para finalizar a abordagem e manter a coerência entre as ideias, deve ser feita uma
finalização para que seja possível ingressar na discussão do mérito, como por exemplo:
“Caso não seja este o entendimento de Vossas Excelências, e em sendo superadas as
prejudiciais de mérito e/ou nulidades, em homenagem ao princípio da eventualidade, o voto
vencido, igualmente quanto ao mérito, deve prevalecer”.
B- Mérito: Deve verificar, no voto vencido, as teses referentes à análise das provas e
teoria do crime.
C- Dosimetria da pena: Na hipótese do voto vencido tenha versado sobre a diminuição da
pena fixada na sentença.
8. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso, haja vista estarem presentes os
pressupostos objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que seja reconhecida a razão do voto
vencido e, assim, seja:
a. Reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada
extinta a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107, CP;
b. Declarado nulo o processo, haja vista (...)
c. Reconhecida a inexistência de crime (...).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
Tribunal a decisão por maioria foi proferida. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é
só endereçar a interposição para o relator da decisão. No entanto, caso inexista a indicação, o
endereçamento deve ser feito ao desembargador relator, sem especificação. Os dados nunca
devem ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras
Desembargador Relator..., Tribunal de Justiça do Estado... (Ex de interposição: Excelentíssimo
Senhor Doutor Juiz Desembargador Relator do Tribunal de Justiça do Estado...).
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da intimação do acórdão originado da decisão por
maioria tomada pelo tribunal e a exigência de que a peça seja apresentada no último dia do prazo.
O prazo é de 10 dias, conforme dispõe o artigo 609, caput, do CPP. No entanto, caso não exista
esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma
(Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
***Lembrete: Para cada tese de defesa – seja nas preliminares no mérito ou na dosimetria da
pena- abrir um tópico próprio, titulando-o, se possível, com a tese e a sua conclusão. Ex: Do
Homicídio: atipicidade da conduta
12. Revisão Criminal
Embora esteja prevista no título do CPP destinado aos recursos, a revisão criminal, juntamente
com o mandado de segurança e o habeas corpus, é uma ação autônoma. A finalidade desta ação
é permitir que o réu, com condenação transitada em julgado, possa questionar a decisão que o
condenou, em virtude da ocorrência de uma ou mais hipóteses descritas nos incisos do artigo 621
do CPP.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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O art. 623 do CPP prevê que o próprio réu ou seu procurador podem propor revisão criminal. Na
hipótese, porém, do próprio réu ter proposto revisão criminal, inegavelmente deverá ser-lhe
nomeado defensor inscrito na OAB, para que se garanta a ampla defesa, no que tange o direito a
possuir uma defesa técnica perante o Poder Judiciário. Somente o réu (de próprio punho ou
através de seu advogado) poderá propor ação de revisão criminal. No ordenamento jurídico
nacional, é vedado ao Ministério Público propor revisão criminal para reverter decisão absolutória
transitada em julgado, bem como agravar a situação do réu já condenado definitivamente, em
razão do princípio da vedação da revisão pro societate.
Já não há mais dúvidas sobre a possibilidade de haver revisão criminal em processos julgados
pelo Tribunal do Júri. O argumento de que haveria, neste caso, afronta ao princípio da soberania
dos veredictos não se sustenta, porque este princípio foi instituído como uma garantia
fundamental que socorre o cidadão em face de arbitrariedades que possam ser cometidas pelo
Estado, no exercício do poder punitivo.
Os efeitos da revisão criminal estão previstos no artigo 626 do CPP, que nos ensina que
“Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o
réu, modificar a pena ou anular o processo”. Por sua vez, o seu parágrafo único prevê a proibição
da reformatio in pejus. Isso significa que nunca poderá se reformar para pior a situação do
condenado.
A revisão criminal deve ser instruída com certidão de trânsito em julgado da sentença
condenatória e com as peças necessárias para a comprovação dos fatos alegados (art. 625, §1º,
do CPP). Porém, o relator pode determinar que, antes do julgamento, sejam apensados à revisão
os autos originais da ação penal, desde que tal apensamento não acarrete em dificuldade à
normal execução da sentença (art. 625, §2º, do CPP).
Não há prazo para propor a ação de revisão criminal. Ela pode ser requerida “em qualquer tempo,
antes da extinção da pena ou após” (art. 622 do CPP).
1. Endereçamento: É imprescindível a identificação de qual autoridade judiciária proferiu a
decisão condenatória que transitou em julgado. Esta identificação é que vai determinar a
competência para o julgamento da ação de revisão criminal.
***Lembre-se: O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça serão competentes
para o julgamento das revisões criminais, cuja condenação foi por eles proferida; os Tribunais de
Justiça e os Tribunais Regionais Federais serão competentes para os casos de decisões
condenatórias transitadas em julgado proferidas pelos juízos de primeira instância, bem como dos
proferidos por eles próprios.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
74
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS.
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO.
c) Superior Tribunal de Justiça:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
b) Supremo Tribunal Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas da peça (número dos autos de origem, nome do requerente e do requerido):
(01 linha)
Autos de origem nº
Requerente:
Requerido:
(01 linha)
3. Qualificação do requerente: qualificar de forma completa o requerente e seu advogado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
75
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração, “procuração em anexo”. Lembre-se que se trata
de uma nova ação.
Obs. 2: Qualifique com apenas os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com um dos incisos do art. 621 ou do Código de Processo Penal.
(...) requerer, com fulcro no inciso (...) do art. 621 do Código de Processo Penal20,
REVISÃO CRIMINAL, pelos motivos de fato e de direito adiante expostos.
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
No dia (...), o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal
no seu art. (...) O Ministério Público, em sua peça acusatória, sustenta que... A
denúncia foi recebida em (...). O réu foi condenado à (...), decisão essa que transitou
em julgado (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal.
6. Do Direito: A situação fática trazida deve se enquadrar em uma ou mais das hipóteses
previstas no artigo 621 do CPP, ou em nulidade absoluta ocorrida durante o processo penal (art.
626 do CPP).
20
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto
expresso da lei penal ou à evidência dos autos; II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames
ou documentos comprovadamente falsos; III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
76
Se houver a incidência de mais de um dos incisos daquele artigo, abrir um tópico próprio
para cada um, titulando-o, se possível, com a tese e a sua conclusão. Ex: Nulidade: ausência de
defesa técnica.
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O recebimento do presente pedido revisional, haja vista estarem
presentes todos os seus pressupostos;
2. O seu provimento a fim de que seja reconhecida a nulidade do
processo e, assim, torne sem efeito a sentença condenatória, com a devolução da
primariedade do requerente, riscando-se o seu nome do rol dos culpados.
3. Por fim, que sejam reconhecidos os prejuízos causados pelo erro
judicial ao requerente e, por conseguinte, o direito a justa indenização que será, nos
termos do art.630 do Código de Processo Penal, oportunamente liquidada na esfera
cível.
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando em qual
comarca ou tribunal a decisão foi proferida. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é
só endereçar ao tribunal ou tribunal superior competente para julgamento. No entanto, caso
inexista a indicação, o endereçamento deve ser feito de forma genérica. Os dados nunca devem
ser inventados. O candidato, nesta hipótese, deve apenas colocar as palavras Desembargador
Presidente, Tribunal... e Estado... (Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do
Egrégio Tribunal ... do Estado...).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
77
Obs. 2. A revisão criminal não tem prazo para ser apresentada. O examinador pode exigir que
você apresente a peça processual na data da prova, por exemplo. No entanto, caso não exista
esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma
(Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
78
13. Habeas Corpus
Apesar de estar previsto entre os recursos no Código de Processo Penal (arts. 647 a 667), o
habeas corpus é uma ação constitucional autônoma (art. 5º, LXVIII, da CR). Trata-se de
instrumento processual que visa socorrer pessoa que estiver sofrendo, ou se achar na iminência
de sofrer, por ato judicial ilegal, cerceamento de sua liberdade de locomoção. Isto é, o habeas
corpus serve para proteger o indivíduo, em face de qualquer ato que pode vir a atentar ou atente à
sua liberdade.
Por se tratar de ação que visa cessar constrangimento ilegal sofrido pelo indivíduo, o habeas
corpus tem seu rito célere e bastante simplificado. Neste contexto, qualquer pessoa pode
impetrar, em seu favor ou a favor de outrem, a ação constitucional. Deve-se sempre lembrar que o
habeas corpus não é peça que deve, necessariamente, ser subscrita por advogado inscrito na
OAB. Até mesmo o Ministério Público pode lançar mão do habeas corpus para buscar cessar o
constrangimento ilegal sofrido por alguém. Neste sentido é a redação do artigo 654, caput, do
Código de Processo Penal. A necessidade de resguardo da liberdade individual, em face de atos
ilegais que podem ser cometidos pelo poder público, é tão grande que o próprio Poder Judiciário
pode conceder, de ofício, a ordem (art. 654, §2º, do CPP).
Denomina-se autoridade coatora, é a autoridade que pratica o ato que coloca em perigo ou
restringe a liberdade do indivíduo; paciente, é o sujeito que sofre o constrangimento ou
ameaça; e impetrante, é aquele que impetra habeas corpus em favor de outrem.
A competência para o julgamento do habeas corpus vai depender da autoridade que praticar o ato
que coloque em risco ou viole a liberdade de locomoção do indivíduo. Nesta perspectiva, a ação
constitucional será sempre endereçada à autoridade superior àquela que praticou o ato.
A prova do habeas corpus deve ser pré-constituída. A petição, portanto, deve ser acompanhada
por documentos que comprovem o constrangimento ilegal ou o perigo do indivíduo vir a sofrer
restrição à sua liberdade.
O Código de Processo Penal não prevê a concessão de liminar em habeas corpus. A liminar em
Habeas Corpus é uma construção jurisprudencial feita com base no mandado de segurança.
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual é a autoridade que ameaça a liberdade do
paciente, ou cujo ato configura constrangimento ilegal. Assim:
a) caso seja autoridade policial, será competente o juiz singular. Lembrando que será juiz
estadual ou federal, de acordo com a atribuição da autoridade policial. Ou seja, o que vai
determinar a competência vai ser se a autoridade policial é estadual ou federal;
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
79
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE INQUÉRITOS POLICIAIS
DA COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ.
b) sendo a autoridade judicial que ameaça a liberdade ou causa constrangimento ilegal ao
paciente, enderece o habeas corpus para o respectivo tribunal competente;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO.
c) se o ato ilegal que atinge o direito de ir e vir do paciente parte de Tribunal de Justiça ou
Tribunal Regional Federal, o habeas corpus deve ser endereçado ao Superior Tribunal de Justiça;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
d) Se o STJ ameaça ou constrange ilegalmente o paciente, o habeas corpus deve ser
analisado pelo Supremo Tribunal Federal. Será, também, do STF a competência para julgar
habeas corpus, quando a autoridade coatora ou o paciente for autoridade cujos atos estejam
ligados à sua jurisdição. Na ausência de indicação, faça o endereçamento genérico, sem as
especificações.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
2. Qualificação resumida: Logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as
informações básicas da peça (nome do impetrante, da autoridade coatora e do paciente)
(01 linha)
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
80
Impetrante:
Paciente:
Autoridade coatora:
(01 linha)
3. Qualificações: Conforme já foi ressaltado, são três figuras que atuam como sujeitos no habeas
corpus: o paciente, o impetrante e a autoridade coatora. Todas devem ser qualificadas na peça.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente (art. 5o, LXVIII da Constituição da República e art. 647
e seguintes do Código de Processo Penal).
FULANO DE TAL, advogado..., inscrição na OAB nº..., com escritório
profissional na rua endereço completo..., onde recebe intimações para foro em geral
(procuração anexa), vem, respeitosamente, com fundamento no art. 5o, LXVIII21 da
Constituição da República e art. 64722 e seguintes do Código de Processo Penal,
impetrar HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR em favor de PACIENTE DE TAL,
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de identidade..., inscrição no CPF...,
Filiação..., residência..., em razão de este estar sofrendo constrangimento ilegal por ato
ilegal e abusivo da AUTORIDADE COATORA, como se passará a demonstrar:
Obs. 1: Não há exigência de procuração para se impetrar o habeas corpus.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados
5. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos. Não
se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido. Deve-se
21
Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...)LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 22
Art. 647, CPP - Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou
coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
81
narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
No dia..., o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal
no seu art. (...).
Obs.1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex.: certidões, etc.
6. Direito: O objetivo da ação de habeas corpus é fazer cessar a ameaça ou o próprio
constrangimento ilegal do indivíduo. Desta forma, o candidato deve apresentar argumentos que
demonstrem a existência da ameaça ou do cerceamento ilegal da liberdade do paciente.
7. Pedido de liminar: Para que haja o pedido de liminar, deve-se apresentar argumentos
demonstrativos da plausibilidade das alegações e o perigo da demora.
8. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico. Isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer:
1. A concessão da medida liminar para que seja (...);
2. A notificação da autoridade coatora para que preste as informações;
3. Que seja julgado procedente a medida pleiteada, confirmando a (...).
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando quem é
autoridade coatora, pois é esta informação que vai determinar quem será a autoridade judicial que
julgará o habeas corpus. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é só endereçar ao
juiz, desembargador ou ministro competente. No entanto, caso inexista a indicação, o
endereçamento deve ser feito ao magistrado da comarca. Os dados nunca devem ser inventados.
Obs. 2. O habeas corpus não tem prazo para ser impetrado. O enunciado pode,
eventualmente, exigir que a medida seja impetrada na data da prova, por exemplo. No entanto,
caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não
especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Não assine a prova, sob pena de identificá-la. Indique somente as palavras
“ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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14. Mandado de Segurança Criminal
Trata-se, também, de uma ação constitucional. É cabível para “proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público” (art. 5º, LXIX, da CR). O direito líquido e certo ao qual faz menção o artigo, é aquele cuja
comprovação se dá prontamente, através de documentos, pois no mandado de segurança não há
possibilidade de instrução probatória. A prova do direito deve ser pré-constituída.
O procedimento dessa ação constitucional está previsto na Lei 12.016/09.
O sujeito processual ativo do mandado de segurança é qualquer indivíduo que esteja sofrendo
violação, ou “houver justo receio de sofrê-la” (art. 1º da Lei 12.016/09.). O sujeito processual
passivo pode ser qualquer agente do poder público.
Note-se, ainda, que, pela redação do artigo 1º da Lei 12.016/09, o mandado de segurança pode
ser impetrado quando o indivíduo esteja da iminência de ter um direito seu violado. Ou seja, é
possível a utilização dessa ação constitucional para fins preventivos.
O mandado de segurança deve ser impetrado em 120 dias, contados da ciência, pelo interessado,
do ato emanado de autoridade pública que está sendo impugnado (art. 23 da Lei 12.016/09).
Evidentemente, quando houver iminência da prática de ato que atingirá direito do impetrante, não
haverá tal prazo, já que o ato ainda não foi praticado.
As regras de competência são as mesmas que as do habeas corpus. Por isso, a identificação da
autoridade que praticou o ato é essencial para se auferir o juízo que irá julgar o mandado de
segurança.
É preciso, todavia, se fazer uma ressalva: ao contrário do habeas corpus, o mandado de
segurança só pode ser impetrado através de advogado inscrito na OAB.
A situação mais comum de utilização de mandado de segurança na esfera penal é na decisão que
indefere a habilitação de assistente de acusação na ação penal (art. 268 do CPP)
1. Endereçamento Verifique na proposta de peça qual é a autoridade coatora:
a) sendo ela autoridade judicial, enderece o Mandado de Segurança para o respectivo tribunal
competente;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
84
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
b) na hipótese de ser autoridade policial, será competente o juiz singular. Na ausência de
indicação, faça o endereçamento genérico, sem as especificações.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL
CRIMINAL DE... – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO...
2. Qualificação resumida: Logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as
informações básicas da peça (nome do impetrante e da autoridade coatora)
(01 linha)
Impetrante:
Autoridade coatora:
(01 linha)
3. Qualificações: Três são as figuras que devem ser qualificadas: o impetrante (a parte atingida
pelo ato ilegal), o advogado e a autoridade coatora (de quem emana o ato ilegal).
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo,
OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em
geral,
Obs. 1: Mencionar a juntada de procuração, “procuração em anexo”.
Obs. 2: Qualifique com apenas os dados fornecidos pela prova. A invenção de novos dados
pode caracterizar identificação da prova
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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fundamente-a com o artigo correspondente (art. 5o, LXIX da Constituição da República e art.1º e
seguintes da Lei 12.016/09).
(...) Impetrar, com fulcro no art. 5o, LXIX23, da Constituição da República e
art.1º e seguintes da Lei 12.016/0924, MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO
LIMINAR em face da AUTORIDADE COATORA, nos termos que seguem:
4. Síntese fática: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente, os fatos e o
andamento do processo. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo
do acontecido. Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, não esquecendo-se
de mencionar datas e locais, seguindo a ordem lógica de introdução, desenvolvimento e
conclusão.
O impetrante, no dia (...) teve seu pedido negado injustificadamente pela
autoridade coatora (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: certidões.
5. Direito: Explicar as razões da impetração de mandado de segurança, justificando em que
consiste o direito líquido e certo.
6. Pedido de liminar: Sempre que possível, e existindo fumus boni iuris e periculum in mora,
deve-se pedir a concessão liminar.
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, deve ser dividido por itens.
Deve haver um pedido para cada argumento.
Diante do exposto, requer:
23
Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 24
Art. 1o, Lei 12.016/09 - Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem
as funções que exerça.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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1. A concessão da medida liminar para que seja (...);
2. A notificação da autoridade coatora para que preste as informações;
3. Que seja julgado procedente a medida pleiteada, confirmando a (...).
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando o local onde o
ato abusivo foi praticado. Se houver a indicação, não haverá problemas, pois é só endereçar para
a autoridade judicial competente. No entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve
ser genérico. Os dados nunca devem ser inventados.
Obs. 2. O enunciado deve trazer a data da ciência do ato abusivo e exigir que o mandado de
segurança seja impetrado no último dia do prazo legal (120 dias da ciência do ato abusivo). No
entanto, caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não
especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...). Em caso da iminência de ser
praticado o ato, ou seja, quando se busca a prevenção das consequências de ato de autoridade
que está para ser praticado, não há prazo para a impetração da ação. Eventualmente, neste caso,
o examinador pode exigir que a peça seja apresentada no dia da prova, por exemplo.
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o advogado
do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o nome do
advogado que será usado, utilize as palavras ADVOGADO OAB Nº.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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15. Carta Testemunhável
A carta testemunhável é o recurso cabível contra decisão que denegar recurso interposto (art.
639, I, do CPP) ou que, “admitindo embora o recurso, obsta à sua expedição e seguimento para o
juízo ad quem” (art. 639, II, do CPP). Trata-se de um recurso residual, ou seja, só será cabível
quando não houver previsão de outro recurso.
Por exemplo, em caso de decisão que denega apelação, cabe recurso em sentido estrito,
conforme disposição expressa do artigo 581, inciso XV, do Código de Processo Penal, não sendo
cabível carta testemunhável, nesta hipótese.
O prazo para a interposição deste recurso é de 48 horas (art. 640 do CPP).
O requerente deve indicar as peças necessárias para a formação do instrumento (art. 640 do
CPP).
A carta testemunhável não terá efeito suspensivo (art. 646 do CPP).
Petição de Interposição
1. Endereçamento: A carta testemunhável deve ser endereçada ao escrivão da vara criminal em
que está sendo processado o caso penal (art. 640 CPP):
a) Justiça Estadual:
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DA 15 ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA... –
ESTADO...
b) Justiça Federal:
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DA... VARA FEDERAL CRIMINAL DE
CURITIBA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ.
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, acusação e acusado).
(01 linha)
Autos nº
Acusação:
Acusado:
(01 linha)
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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3. Qualificação do acusado: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas
seu nome completo:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta.
(...) com fulcro no art. 63925 do Código de Processo Penal, interpor
CARTA TESTEMUNHÁVEL, com o translado dos seguintes documentos:
a) Certidão que o Recurso em Sentido Estrito foi interposto
tempestivamente;
b) Certidão da r. sentença denegatória do Recurso em Sentido Estrito;(...).
5. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
25
Art. 639, CPP - Dar-se-á carta testemunhável: I - da decisão que denegar o recurso; II - da que, admitindo embora o
recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Obs.1: O candidato deve sempre prestar atenção se o enunciado está indicando a vara e a
comarca onde o recebimento ou prosseguimento do recurso foi impedido. É esta dado que vai
indicar a qual escrivão a carta testemunhável deve ser endereçada. No entanto, caso inexista a
indicação, o endereçamento deve ser genérico. Os dados nunca devem ser inventados.
Obs. 2: O enunciado deve trazer a data da ciência do despacho que denegou o recurso e
exigir que o mandado de segurança seja impetrado no último dia do prazo legal (48 horas a partir
da ciência do despacho). No entanto, caso não exista esta determinação, o candidato deve
colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o
advogado do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o
nome do advogado que será usado, utilize as palavras “ADVOGADO OAB Nº...”.
Obs. 4: Logo após o recebimento do traslado do Escrivão, o testemunhante será intimado para
em 02 dias apresentar as razões recursais (art. 643 e 588, CPP).
Razões de Carta Testemunhável
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual autoridade judicial obstou o trâmite do
recurso. Enderece as razões para respectivo tribunal competente. Caso o enunciado não traga
este dado, utilize o endereçamento genérico:
a) Justiça Estadual:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
COLENDA CÂMARA CRIMINAL.
EMINENTES DESEMBARGADORES.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
b) Justiça Federal:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
COLENDA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES FEDERAIS
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, testemunhante e testemunhado).
(01 linha)
Autos de origem nº
Testemunhante:
Testemunhado:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo
mencione apenas o nome completo do acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossas Excelências (...).
Obs. 1: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 2: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro nos arts. 64326 e 58827 do Código de Processo Penal,
RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL, pelos motivos de fato e de direito adiante
expostos:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
26
Art. 643. CPP - Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em
sentido estrito, ou o processo estabelecido para o recurso extraordinário, se deste se tratar. 27
Art. 588. CPP - Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o
traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual
prazo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
91
No dia (...), o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal
no seu art. (...). O Ministério Público, em sua peça acusatória, sustenta que (...). A
denúncia foi recebida em (...). Após a pronúncia do réu, foi interposto Recurso em
Sentido Estrito, mas o juiz a quo, injustamente, obstou o seu prosseguimento.
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal, certidões, etc.
6. Do direito: No direito, deve-se demonstrar a injustiça do ato do juiz a quo, quando obstou a
prosseguimento do recurso. Assim, é necessário demonstrar o preenchimento dos requisitos de
admissibilidade recursal.
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido específico em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que, nos termos do art.644 do CPP, seja
determinado o processamento do Recurso em Sentido Estrito.
***Lembrete: Na hipótese da Carta Testemunhável estar suficientemente instruída, poderá ser
requerida a apreciação do mérito do recurso, cujo processamento foi obstado pelo magistrado a
quo (art.644 do CPP).
8. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
92
Obs.1: O candidato deve sempre estar atento qual o magistrado de primeira instância obstou o
seguimento do recurso, pois é este dado que indicará qual o tribunal competente para apreciação
da matéria. No entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve ser genérico. Os dados
nunca devem ser inventados.
Obs.2: O prazo para apresentação está determinado no artigo 643 c/c 588 do Código de
Processo Penal. Assim, o enunciado deve trazer a data da intimação para a apresentação das
razões do recurso e a determinação para que estas sejam apresentadas no último dia do prazo
(02 dias). No entanto, caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data
genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...). Em caso da
iminência de ser praticado o ato, ou seja, quando se busca a prevenção das consequências de ato
de autoridade que está para ser praticado, não há prazo para a impetração da ação.
Eventualmente, neste caso, o examinador pode exigir que a peça seja apresentada no dia da
prova, por exemplo.
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o
advogado do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o
nome do advogado que será usado, utilize as palavras “ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
93
16. Recurso Ordinário, Especial e Extraordinário
O recurso ordinário é, nos termos do artigo 102, inciso II, da CR, aquele que cabe ao Supremo
Tribunal Federal julgar quando o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o
mandado de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, forem denegatórios;
ou em caso de crime político. Por outro lado, cabe ao Superior Tribunal de Justiça julgar recurso
ordinário, conforme dispõe o artigo 105, II, a, da CR, “dos habeas corpus decididos em única ou
última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais de Justiça dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”. O efeito do recurso ordinário é
devolutivo. Isso significa que a interposição deste recurso obriga o STF ou o Tribunal Superior a
analisar amplamente a matéria discutida. É a regra do tantum devolutum quantum apelattum.
A disciplina deste recurso está prevista na Lei 8.038/1990 e nos regimentos internos do STF e dos
Tribunais Superiores. O prazo para sua interposição é de 05 dias, conforme dispõe o artigo 30 da
Lei 8.038/1990. Deve-se se atentar que tanto o recurso ordinário endereçado ao STF, quanto o
recurso ordinário endereçado aos Tribunais Superiores só serão cabíveis em caso de decisão
denegatória, e somente nas hipóteses previstas nos artigos 102, inciso II e 105, II, da Constituição
da República.
De modo geral, o recurso especial tem como função o controle da aplicação da legislação
infraconstitucional pelo Superior Tribunal de Justiça. As hipóteses para seu cabimento estão
previstas no artigo 105, III, da CR: decisões decididas em última ou única instância por Tribunais
Regionais Federais ou Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios que: a)
contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local
contestado em face de lei federal; c) dar a lei federal interpretação diversa da que lhe haja
atribuído outro tribunal.
O procedimento do recurso especial está previsto no artigo 26 e seguintes da Lei 8.03890. Note-
se que o artigo 27, §2º, da Lei 8.038/1990, dispõe que o recurso especial só será admitido em seu
efeito devolutivo. No âmbito penal, isso significa que em caso de condenação, o recurso especial
não impede a execução provisória da pena. Todavia, o Supremo Tribunal Federal dá sinais
de que pode mudar este entendimento, aceitando as críticas feitas pela doutrina mais
democrática. Apesar da redação expressa da do artigo 27, §2º, da Lei 8.038/1990, só dar ao
recurso o efeito devolutivo, a ausência de efeito suspensivo fere o princípio da afirmação de
inocência. Neste sentido, confira-se o voto do Min. Eros Grau, no HC 84.078,no qual é feita uma
nova interpretação dos efeitos dos recursos especial e extraordinário, concedendo ao recurso
especial, com base no princípio da afirmação da inocência, o efeito suspensivo e, por
conseguinte, impedindo a execução provisória da pena. O seu prazo de interposição é de 15 dias.
Já o recurso extraordinário é a via recursal por meio da qual se busca demonstrar que a decisão
recorrida contraria o texto da Constituição da República. Suas hipóteses de interposição estão
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94
previstas no artigo 102, inciso III, da CR. Desta forma, cabe ao STF julgar, mediante recurso
extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida que:
a) contrariar dispositivo da Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição; d) julgar
válida lei local contestada em face de lei federal.
Com a emenda 45/04 (reforma do judiciário), foi introduzido ao artigo 102 o parágrafo 3º, que nos
ensina que: “no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros”.
Como se vê, o §3º do artigo 102 da Constituição prevê, agora, mais um requisito de
admissibilidade do recurso extraordinário, qual seja, a relevância da questão constitucional
discutida no recurso. Nesta perspectiva, passada a análise da presença de alguma das hipóteses
previstas nas alíneas do inciso III, do artigo 102, da CR, deverá ser feita a análise de
admissibilidade a luz da relevância da questão constitucional. Porém, o não conhecimento do
recurso, com base no artigo 102, §3º, da Constituição, só poderá ocorrer se dois terços dos
membros da corte entenderem que a questão constitucional não é relevante.
O procedimento do recurso extraordinário está previsto, assim como no recurso especial, na Lei
8.038/1990 (art. 26 e seguintes). O prazo para a interposição deste recurso é de 15 dias (art. 26,
caput, da Lei 8.038/1990).
Quanto aos efeitos do recurso extraordinário, remete-se a leitura às considerações feitas acima,
sobre o recurso especial. Afinal, em ambos os recursos a Lei 8.038/90 prevê, somente, o efeito
devolutivo. Mas, em razão do novo posicionamento acenado pelo STF, evidentemente se
admitirá o efeito suspensivo, impeditivo da execução provisória da pena.
Petição de Interposição
1. Endereçamento: Os recursos constitucionais têm sua interposição endereçada ao Presidente
do Tribunal que preferiu o acórdão questionado. Se o enunciado da questão ou da peça trouxer o
Tribunal que proferiu a decisão, basta trazer a indicação no endereçamento. Porém, se não
houver tal indicação, faça o endereçamento genérico, não especificando dados.
a) Justiça Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
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95
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
b) Justiça Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO
2. Qualificação resumida: Logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as
informações básicas do processo (número dos autos, recorrente e recorrido).
(01 linha)
Autos nº
Recorrente:
Recorrido:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas
seu nome completo:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta.
O recurso ordinário28, independentemente de ser endereçado ao STF e a algum Tribunal
Superior, deve ter como fundamento os artigos 30 e seguintes da Lei 8.038/1990. Contudo, o
28
Art. 30, Lei 8.038/90 - O recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça, das decisões denegatórias de Habeas
Corpus, proferidas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal, será
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96
fundamento na Constituição da República é diferente: a) quando endereçado ao STF, o recurso
ordinário tem fundamento no artigo 102, inciso II, da Constituição da República; b) quando
endereçado a algum Tribunal Superior, deve ter como fundamento o artigo 105, inciso II, da CR.
O recurso especial deve ser fundamentado em uma das alíneas do inciso III do art. 105
da Constituição da República29 e nos art. 26 e seguintes da Lei n.8.038 de 1990.
Já o recurso extraordinário nas hipóteses do inciso III do art. 102 da Carta Magna30 e
nos art. 2631 e seguintes da Lei n.8.038 de 1990.
(...) não se conformando, data venia, com o Acórdão de fls., interpor, com fulcro no art.
105, inciso III, (...), da Constituição da República, e nos art. 26 ss. da Lei n.8.038 de
1990, RECURSO DE ESPECIAL, requerendo seja a mesma recebida e encaminhada
à Superior Instância, para processamento e julgamento.
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
interposto no prazo de cinco dias, com as razões do pedido de reforma. Art. 102. CF - Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) II - julgar, em recurso ordinário: a) o "habeas-
corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; (...). Art. 105. CF - Compete ao Superior Tribunal
de Justiça: (...) II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for
denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes
Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada
no País; 29
Art. 105. CF - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida: 30
Art. 102. CF - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) III
- julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida
lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei
federal. 31
Art. 26 Lei 8.038/90- Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão
interpostos no prazo comum de quinze dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido, em petições distintas que
conterão: I - exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do
pedido de reforma da decisão recorrida. Parágrafo único - Quando o recurso se fundar em dissídio entre a interpretação
da lei federal adotada pelo julgado recorrido e a que lhe haja dado outro Tribunal, o recorrente fará a prova da
divergência mediante certidão, ou indicação do número e da página do jornal oficial, ou do repertório autorizado de
jurisprudência, que o houver publicado.
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre estar atento qual o tribunal que proferiu a decisão a ser
atacada pelos recursos aos tribunais superiores. Isto porque é para o presidente do tribunal que
proferiu a decisão que será endereçada a petição de interposição do recurso. Contudo, caso
inexista tal indicação, o endereçamento deve ser genérico.
Obs.2: O enunciado deve trazer a data da publicação do acórdão e a exigência de que os
recursos devem ser apresentados no último dia do prazo. No caso do recurso especial e
extraordinário, o prazo é de 15 dias (artigo 26, caput, da Lei 8.038/90). O prazo do recurso
ordinário, por sua vez, é de 5 dias (artigo 30 da Lei 8.038/90). Caso tal exigência não venha
noenunciado, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não especificar data alguma (Ex:
Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o advogado
do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o nome do
advogado que será usado, utilize as palavras “ADVOGADO OAB Nº...”.
Razões
1. Endereçamento: As razões do Recurso Extraordinário e do Especial devem ser endereças aos
tribunais respectivos (Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, respectivamente):
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA TURMA
INSÍGNES MINISTROS
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
COLENDA TURMA
INSÍGNES MINISTROS
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (autos de origem, Comarca de origem, número do recurso originário,
recorrente e recorrido).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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(01 linha)
Recorrente:
Recorrido:
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado e o advogado já foram qualificados no processo
(ou na interposição), mencione apenas o nome completo do recorrente:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina (...).
Obs. 1: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 2: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta.
(...) apresentar, com fulcro no art. no art. 105, inciso III ..., da Constituição da
República, e nos art. 26 ss. da Lei n.8.038 de 199032, RAZÕES DE RECURSO
ESPECIAL, pelos motivos de fato e de direito adiante expostos:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
32
Art. 105. CF - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida. Art. 26 Lei 8.038/90- Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos
na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum de quinze dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido,
em petições distintas que conterão: I - exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso
interposto; III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida. Parágrafo único - Quando o recurso se fundar em
dissídio entre a interpretação da lei federal adotada pelo julgado recorrido e a que lhe haja dado outro Tribunal, o
recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, ou indicação do número e da página do jornal oficial, ou do
repertório autorizado de jurisprudência, que o houver publicado.
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No dia..., o réu foi preso sob a alegação de ter infringido o Código Penal no seu art.
(...) O Ministério Público, em sua peça acusatória, sustenta que... A denúncia foi
recebida em... Foram ouvidas... testemunhas. Em suas alegações finais, o Ministério
Público... A sentença houve por bem (...). O réu apelou tempestivamente (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal, etc.
7. Do cabimento: deve-se demonstrar qual é a hipótese do cabimento do recurso e salientar que
os pontos recorridos já foram pré-questionados.
8. Do desrespeito a lei federal /ou preceito constitucional - Sempre que possível organizar
sua argumentação em tópicos, quais sejam:
A- Preliminares: Deve-se verificar a existência de prejudiciais e de nulidades:
A.1- Prejudiciais de Mérito- As prejudiciais mais comuns no são prescrição e decadência.
A.2- Nulidades - são divididas em absolutas e relativas:
- Nulidades Absolutas- afronto direto à Constituição da República – independe de prova da
ocorrência de prejuízo, pois este é presumido.
- Nulidades Relativas- há necessidade de demonstrar o prejuízo (art. 563, do CPP).
Obs.: Para finalizar a abordagem e manter a coerência entre as ideias, deve ser feita uma
finalização para que seja possível ingressar na discussão do mérito, como por exemplo:
“Caso não seja este o entendimento de Vossas Excelências, e em sendo superadas as
prejudiciais de mérito e/ou Nulidades, em homenagem ao princípio da eventualidade, igualmente
quanto ao mérito, há desrespeito a lei federal/ou a preceito constitucional:”
B- Mérito: Deve-se verificar se no mérito houve desrespeito à lei federal (recurso especial)
ou à preceito constitucional (recurso extraordinário).
C- Dosimetria da pena: Na hipótese do desrespeito tenha sido na fixação da pena.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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9. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, cada pedido de peça a ser
extraída deve ser feito em separado:
Diante do exposto, requer:
1. Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos objetivos e subjetivos;
2. Provimento do recurso a fim de se reformar o v. Acórdão, determinando
que (...).
10. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local
e data iii- nome do advogado, inscrição na OAB e assinatura.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre estar atento ao Tribunal de origem do recurso. Se não houver
tal indicação, faça o endereçamento genérico. As razões sempre serão endereçadas aos
Tribunais Superiores, com sede em Brasília. Os dados nunca devem ser inventados.
Obs.2: O prazo para a apresentação das razões de recurso ordinário é de 05 dias, conforme
dispõe o artigo 30 da Lei 8.038/1990. O prazo para a apresentação das razões de recurso
especial e extraordinário é de 15 dias, nos termos do artigo 26, caput, do da Lei 8.038/90. Neste
contexto, o enunciado deve trazer a data da intimação do acórdão e exigir que os recursos aos
tribunais superiores sejam apresentados no último dia de seus respectivos prazos. No entanto,
caso não exista esta determinação, o candidato deve colocar a data genérica, isto é, não
especificar data alguma (Ex: Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o advogado
do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o nome do
advogado que será usado, utilize as palavras “ADVOGADO OAB Nº...”.
***Lembrete: Para cada tese de defesa – seja nas preliminares no mérito ou na dosimetria da
pena- abrir um tópico próprio, titulando-o, se possível, com a tese e a sua conclusão. Ex: Do
Latrocínio: atipicidade da conduta
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101
17. Agravo em Execução
O agravo em execução é o recurso adequado pra impugnação de todas as decisões proferidas
pelo juízo da execução criminal (art.197 da LEP).
Não há previsão quanto ao procedimento do agravo em execução. Todavia, tem-se entendido que
o rito do Agravo em Execução é o do recurso em sentido estrito. Tanto que o Supremo Tribunal
Federal consolidou o entendimento, através da Súmula 700: “É de cinco dias o prazo para
interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal”. Assim, a forma de interposição
e o processamento do recurso devem dar-se nos mesmos termos do recurso em sentido estrito
(há inclusive a possibilidade do juízo de retratação).
Não há efeito suspensivo no recurso de agravo (art. 197 da LEP).
A legitimidade para o recurso de agravo em execução é bastante ampla. Podem interpor o
recurso, na forma do artigo 195 da LEP, o apenado ou seu representante, cônjuge, parente ou
descendente, o Ministério Público, proposta do Conselho Penitenciário, ou ainda da autoridade
administrativa.
1. Endereçamento:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE
EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE PORTO ALEGRE – ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE
EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA... – ESTADO...
2. Qualificação resumida: Logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as
informações básicas do processo (número dos autos, agravante e agravado):
(01 linha)
Autos nº
Agravante:
Agravado:
(01 linha)
3. Qualificação detalhada: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas seu
nome completo:
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob pena de
identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente – o agravo em execução terá como o fundamento o
art. 197 da LEP
não se conformando, data venia, com a decisão de fls., opor, com fulcro no art. 19733
da Lei de Execução Penal, AGRAVO EM EXECUÇÃO. Caso Vossa Excelência
entenda em manter a decisão ora vergastada, requer o encaminhamento das razões
em anexo ao Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal, para apreciação e
julgamento.
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data iii- nome do advogado, inscrição na OAB.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre estar atento a qual o magistrado e qual é a comarca de sua
jurisdição. São estes dados que vão determinar para quem o recurso deve ser endereçado. No
33
Art. 197. LEP - Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
103
entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve ser genérico. Os dados nunca devem
ser inventados.
Obs.2: O prazo para a interposição do agravo em execução é, de acordo com a súmula 700 do
STF, de 05 (cinco) dias. Assim, o enunciado deve trazer qual a data em que se tomou ciência da
decisão, bem como exigir que o recurso seja apresentado no último dia do prazo. No caso de falta
de indicação, a data deve ser colocada de maneira genérica (ex. Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o advogado
do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o nome do
advogado que será usado, utilize as palavras ADVOGADO OAB.
Razões de Agravo em Execução
1. Endereçamento: Verifique na proposta de peça qual autoridade judicial proferiu a decisão, pois
é este dado que vai determinar qual o tribunal competente para apreciação da matéria. Caso não
venha esta determinação, o endereçamento deve vir de maneira genérica.
a) Justiça Estadual:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
b) Justiça Federal:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA REGIÃO
COLENDA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES FEDERAIS
2. Qualificação resumida: logo abaixo do endereçamento, à esquerda, mencione as informações
básicas do processo (número dos autos, agravante e agravado).
(01 linha)
Autos de origem nº
Agravante:
Agravado:
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
104
(01 linha)
3. Qualificação do acusado: Como o acusado já foi qualificado no processo, mencione apenas
seu nome completo:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu
advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelência (...).
Obs. 1: Verificar se já houve informação sobre juntada de procuração nos autos ou
constituição de advogado. Caso contrário, deve-se fazer menção à “procuração em anexo” e
qualificar o advogado.
Obs. 2: Na ausência de dados na prova da OAB, estes não devem ser inventados sob
pena de identificação da prova.
Obs. 3: Jamais abreviar nomes e dados.
4. Peça e fundamento jurídico: Para identificação da peça, lance mão da linha processual do
tempo ministrada em sala de aula. Coloque o nome de peça processual em caixa alta e
fundamente-a com o artigo correspondente:
(...) apresentar, com fulcro no art. 197 da Lei de Execução Penal34 e art. 588 do CPP35,
suas RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO, pelos motivos de fato e de direito
adiante expostos:
5. Síntese fático-processual: Em todas as peças da OAB, é necessário relatar, sinteticamente,
os fatos. Não se trata de mera transcrição do problema, mas verdadeiro resumo do acontecido.
Deve-se narrar os fatos de maneira clara, lógica e concisa, seguindo a ordem lógica de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Fora requerida a progressão de regime (...) muito embora o preenchimento de todos os
requisitos legais, o ilustre magistrado negou (...).
Obs. 1: Na prova da OAB não devem ser inventados fatos, sob pena de anulação da prova
decorrente de identificação.
34
Art. 197. LEP - Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. 35
Art. 588. CPP - Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o
traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual
prazo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
105
Obs. 2: Ao redigir a peça, fazer remissão aos documentos mencionados na proposta que
comprovem os fatos alegados. Ex: nota fiscal, certidões, etc.
6. Do direito: Trazer as teses de defesa, questionando a decisão judicial proferida pelo juízo da
Vara de Execução.
7. Dos requerimentos: O requerimento não pode ser genérico, isto é, para cada tese de defesa
deve haver um pedido em separado.
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que este Egrégio Tribunal reforme a decisão
de primeiro grau, concedendo o sursis pleiteado pelo agravante, como determina a lei,
por ser medida de inteira.
9. Encerramento: A peça processual deve ser encerrada com i- pedido de deferimento; ii- local e
data ii- nome do advogado, inscrição na OAB .
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
Obs.1: O candidato deve sempre estar atento a qual o magistrado e qual é a comarca de sua
jurisdição. São estes dados que vão determinar para quem o recurso deve ser endereçado. No
entanto, caso inexista a indicação, o endereçamento deve ser genérico. Os dados nunca devem
ser inventados.
Obs.2: O prazo para a interposição do agravo em execução é, de acordo com a súmula 700 do
STF, de 05 (cinco) dias. Assim, o enunciado deve trazer qual a data em que se tomou ciência da
decisão, bem como exigir que o recurso seja apresentado no último dia do prazo. No caso de falta
de indicação, a data deve ser colocada de maneira genérica (ex. Cidade..., dia..., mês..., ano...).
Obs. 3: Nunca invente o nome do advogado, nem coloque seu nome como sendo o advogado
do denunciado e, muito menos, assine a peça. Na falta de qualquer dado indicando o nome do
advogado que será usado, utilize as palavras “ADVOGADO OAB Nº...”.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
106
Parte II
PEÇA FÁCIL
1. Notitia Criminis
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA DO... DISTRITO POLICIAL DE
CURITIBA
Noticiante:
Noticiado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, apresentar, nos termos do §3º
do art. 5 (e art. 5,II) do Código de Processo Penal, NOTITIA CRIMINIS, em face de BELTRANO
DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, cédula de identidade, inscrição no CPF, filiação,
residência, pela prática da conduta delituosa prevista no art. , como se passa a demonstrar:
1. Síntese fática:
2. Conduta Punível:
3. Requerimentos:
Diante do exposto, respeitosamente requer a instauração de inquérito policial/
termo circunstanciado, em face de..., haja vista a prática da conduta delituosa prevista no art. (...);
Outrossim, requer-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
Rol de testemunhas:
Testemunha ...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
107
2. Relaxamento de Prisão em Flagrante/Prisão Temporária
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
REGIONAL DE ALMIRANTE TAMANDARÉ DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA-PR.
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, requerer, com fulcro no art. 5o,
LXV da Constituição Federal c/c art. 310, I, CPP, RELAXAMENTO DE PRISÃO EM
FLAGRANTE, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Requerimentos:
Diante do exposto, respeitosamente requer o relaxamento da prisão em
flagrante, haja vista:
1. Ter a prisão acontecido fora das hipóteses de flagrante delito (...);
2. A ausência de testemunhas, contrariando o disposto no art.304 do
Código de Processo Penal;
Requer, ainda, a expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE
TAL, para que possa ele, em liberdade, defender-se de eventual ação penal.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
108
3. Pedido de Liberdade Provisória
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, requerer, com fulcro no art. 321
e seguintes do Código de Processo Penal, LIBERDADE PROVISÓRIA, pelas razões de fato e de
direito que passa a expor:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Dos requerimentos:
Diante do exposto, respeitosamente requer:
a. A concessão de liberdade provisória, nos termos dos art. 321 e seguintes
do Código de Processo Penal;
b. A expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE TAL, para que,
após assinado termo de comparecimento a todos os atos processuais, possa ele, em liberdade,
defender-se de eventual ação penal;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
109
4. Revogação de Prisão Preventiva
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE INQUÉRITOS
POLICIAIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, requerer, com fulcro no art. 316
do Código de Processo Penal, REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA, pelas razões de fato e
de direito que passa a expor:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Requerimentos:
Diante do exposto, requer-se a revogação da prisão preventiva, haja vista:
a- O comparecimento espontâneo do acusado em juízo;
b- (...)
Requer, ainda, a expedição de alvará de soltura em nome de FULANO DE
TAL, para que possa ele, em liberdade, defender-se de eventual ação penal.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
110
5. Queixa-Crime
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR.
Querelante:
Querelado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração com poderes especiais em anexo
(art.44 do CPP), OAB nº..., com escritório profissional na rua..., onde recebe intimações para foro
em geral, oferecer, com fulcro no art. 100, §2º, do Código Penal e art. 41, Código de Processo
Penal, ação penal na forma de QUEIXA-CRIME, em face de CICLANO DE TAL, (nacionalidade),
(estado civil), (profissão), (cédula de identidade), (inscrição no CPF), (Filiação),(residência), pelas
razões fáticas e jurídicas a seguir expostas:
1. Síntese fática:
2. Do direito: (conduta punível)
3. Requerimentos:
Diante do exposto, requer que:
a) seja a presente queixa-crime recebida e autuada;
b) seja colhido parecer do Ministério Público, o qual deverá ser
chamado a se manifestar em todas as fases do processo (CPP, art. 45);
c) seja o querelado citado para se defender;
d) seja permitida a produção de todas as provas em direito admitidas,
em especial a documental e testemunhal, cujo rol segue abaixo;
e) seja, ao final, julgada procedente a presente queixa, a fim de
condenar o querelado nas penas dos artigos (...).
f) seja fixado valor mínimo de reparação dos danos causados pela infração
penal, nos moldes do art. 387, IV, CPP.
Rol de testemunhas:
Testemunha ...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
111
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
112
6. Defesa Preliminar
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA- PR.
Autos nº
Denunciante:
Denunciado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, apresentar, com fulcro no art.
514 do Código de Processo Penal, DEFESA PRELIMINAR, pelas razões de fato e de direito que
passa a expor:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Requerimentos:
Diante do exposto, requer a rejeição da denúncia, haja vista (...)
Rol de testemunhas:
Testemunha ...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
113
7. Resposta à Acusação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR.
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, apresentar, com fulcro no art.
396-A do Código de Processo Penal, RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de
direito que passa a expor:
1. Síntese fático-processual:
2. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito:
B- Nulidades:
3. Mérito:
4. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada
extinta a punibilidade, nos termos do art. (...).
b. Seja reconhecida a nulidade do processo...
c) Seja anulado o recebimento da denúncia, para que, diante da
demonstração da ausência de justa causa, seja rejeitada a denúncia.
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer a
absolvição sumária, nos termos do artigo (...) haja vista (...).
Finalmente, no caso de nenhum dos fundamentos indicados acima ser
acatado por Vossa Excelência, requer-se a produção de todas as provas admitidas, em especial
testemunhal cujo o rol segue abaixo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
114
Rol de testemunhas:
Testemunha...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
115
8. Alegações Finais por Memoriais
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR.
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, apresentar, com fulcro no
art.403, §3º do CPP, alegações finais por MEMORIAIS, pelas razões de fato e de direito que
passa a expor:
1. Síntese fático processual:
2. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito:
B- Nulidades:
3. Mérito:
4. Dosimetria da pena:
5. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada
extinta a punibilidade, nos termos do art. (...).
b. Seja reconhecida a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
que o denunciado seja absolvido, nos termos do art. (...).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
116
9. Apelação
Petição de Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR.
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina,não se conformando, data
venia, com a sentença de fls., interpor, com fulcro no art. 593, I do Código de Processo Penal,
RECURSO DE APELAÇÃO, requerendo seja a mesma recebida e encaminhada à superior
instância, para processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
117
Razões de Apelação
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos de origem nº
Apelante:
Apelado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, apresentar, com fulcro no
art. 600, caput, do Código de Processo Penal, RAZÕES DE APELAÇÃO, pelos motivos de fato e
de direito adiante expostos:
1. Síntese fática processual:
2. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito:
B- Nulidades:
3. Mérito:
4. Dosimetria da pena:
5. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O recebimento e conhecimento do presente recurso haja vista estarem
presentes os pressupostos objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que :
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada
extinta a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107;
b. Reconhecer a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
que seja dado provimento ao recurso para reformar a decisão de folhas (...), para o fim de:
a) (...)
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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10. Recurso em Sentido Estrito
Petição de Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
Autos nº
Acusação:
Acusado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, interpor, com fulcro no
inciso IV do art. 581 do Código de Processo Penal, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
Requer a realização do juízo de retratação (Código de Processo Penal, art.
589) e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente recurso encaminhado à Superior
Instância, para processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
119
Razões de Recurso em Sentido Estrito
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos de origem nº
Recorrente:
Recorrido:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, apresentar, com fulcro no
art. 588 do Código de Processo Penal, RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelos
motivos de fato e de direito adiante expostos:
1. Síntese fática:
2. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito-
B- Nulidades
3. Mérito:
4. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O recebimento e conhecimento do presente recurso haja vista estarem
presentes os pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que:
a. Seja reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada
extinta a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107;
b. Reconhecer a nulidade do processo...
Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências, no mérito, requer
que seja dado provimento ao recurso para reformar a decisão de folhas (...), para o fim de:
a) (...).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
120
11. Embargos Infringentes e de Nulidade
Petição de Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA... CÂMARA
CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Autos nº
Recorrente:
Recorrido:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, não se conformando, data
venia, com o acórdão de fls., que, por maioria, deu provimento ao recurso interposto pela
acusação, opor, com fulcro no parágrafo único do art. 609 do Código de Processo Penal,
EMBARGOS INFRINGENTES, requerendo o seu recebimento e encaminhamento à Câmara
criminal em composição integral para julgamento e provimento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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Razões
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL EM COMPOSIÇÃO INTEGRAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº
Embargante:
Embargado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, apresentar, com fulcro no
parágrafo único do art. 609 do Código de Processo Penal, EMBARGOS INFRINGENTES, pelas
razões de fato e de direito que passa a expor:
1. Síntese fático-processual:
2. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito-
B- Nulidades
3. Mérito
4. Dosimetria da pena
5. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O recebimento e conhecimento do presente recurso, haja vista estarem
presentes os pressupostos objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que seja reconhecida a razão do voto vencido e,
assim, seja:
a. Reconhecida a prescrição quanto ao crime de... e, assim, declarada extinta
a punibilidade, nos termos do inciso IV, art.107;
b. Declarado nulo o processo, haja vista (...)
c. Reconhecida a inexistência de crime (...).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
122
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
123
12. Revisão Criminal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
Autos de origem nº
Requerente:
Requerido:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, requerer, com fulcro no inciso
(...) do art. 621 do Código de Processo Penal, REVISÃO CRIMINAL, pelos motivos de fato e de
direito adiante expostos.
1. Síntese fática:
2. Do Direito:
3. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O recebimento do presente pedido revisional, haja vista estarem presentes
todos os seus pressupostos;
2. O seu provimento a fim de que seja reconhecida a nulidade do processo e,
assim, torne sem efeito a sentença condenatória, com a devolução da primariedade do
requerente, riscando-se o seu nome do rol dos culpados.
3. Por fim, que sejam reconhecidos os prejuízos causados pelo erro judicial
ao requerente e, por conseguinte, o direito a justa indenização que será, nos termos do art.630 do
Código de Processo Penal, oportunamente liquidada na esfera cível.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
124
13. Habeas Corpus
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
Impetrante:
Paciente:
Autoridade coatora:
FULANO DE TAL, advogado..., inscrição na OAB nº..., com escritório
profissional na rua endereço completo..., onde recebe intimações para foro em geral (procuração
anexa), vem, respeitosamente, com fundamento no art. 5o, LXVIII da Constituição da República e
art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal, impetrar HABEAS CORPUS COM PEDIDO
LIMINAR em favor de PACIENTE DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., em razão de este estar sofrendo
constrangimento ilegal por ato ilegal e abusivo da AUTORIDADE COATORA, como se passará a
demonstrar:
1. Síntese fática:
2. Direito:
3. Pedido de liminar:
4. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. A concessão da medida liminar para que seja (...);
2. A notificação da autoridade coatora para que preste as informações;
3. Que seja julgado procedente a medida pleiteada, confirmando a (...)
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
125
14. Mandado de Segurança Criminal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
Impetrante:
Autoridade coatora:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, impetrar, com fulcro no art. 5o,
LXIX, da Constituição da República e art.1º e seguintes da Lei 12.016/09, MANDADO DE
SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR em face da AUTORIDADE COATORA,nos termos que
seguem:
1. Síntese fática:
2. Direito:
3. Pedido de liminar:
4. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. A concessão da medida liminar para que seja (...);
2. A notificação da autoridade coatora para que preste as informações;
3. Que seja julgado procedente a medida pleiteada, confirmando a (...).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
126
15. Carta Testemunhável
Petição de Interposição
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DA... VARA CRIMINAL DO FORO CENTRAL DA
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR.
Autos nº
Recorrente:
Recorrido:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, requerer, com fulcro no
art. 639 do Código de Processo Penal, a extração de CARTA TESTEMUNHÁVEL, conforme as
razões fáticas e jurídicas abaixo articuladas:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Dos requerimentos:
Ante o exposto e desejando que o recurso seja apreciado pela Superior
Instância, requer a Vossa Senhoria a extração de carta testemunhável, nos termos dos art.639 e
seguintes do CPP, indicando, abaixo, as peças a serem transladas:
a) Certidão que o Recurso em Sentido Estrito foi interposto tempestivamente;
b) Certidão da r. sentença denegatória do Recurso em Sentido Estrito;
C) Certidão (...).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
127
Razões
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos de origem nº
Testemunhante:
Testemunhado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado que ao
final assina, vem perante Vossas Excelências apresentar, com fulcro nos art. 643 e 588 do Código
de Processo Penal, RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL, pelos motivos de fato e de direito
adiante expostos:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que, nos termos do art.644 do CPP, seja determinado o
processamento do Recurso em Sentido Estrito.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
128
16. Recurso Especial e Extraordinário
Petição de Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Autos nº
Recorrente:
Recorrido:
FULANO DE TAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., cédula de
identidade..., inscrição no CPF..., filiação..., residência..., vem perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado que ao final assina, procuração em anexo, OAB nº..., com escritório
profissional na rua..., onde recebe intimações para foro em geral, não se conformando, data venia,
com o Acórdão de fls., interpor, com fulcro no art. 105, inciso III, (...), da Constituição da
República, e nos art. 26 ss. da Lei n.8.038 de 1990, RECURSO DE ESPECIAL, requerendo seja
a mesma recebida e encaminhada à Superior Instância, para processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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129
Razões
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA TURMA
INSÍGNES MINISTROS
Recorrente:
Recorrido:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, apresentar, com fulcro no
art. no art. 105, inciso III (...), da Constituição da República, e nos art. 26 ss. da Lei n.8.038 de
1990, RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL, pelos motivos de fato e de direito adiante expostos:
1. Síntese fático-processual:
2. Do cabimento:
3. Do desrespeito à lei federal:
3.1. Preliminares:
A- Prejudiciais de Mérito:
B- Nulidades:
3.2. Mérito:
3.3. Dosimetria da pena:
4. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. Conhecimento do presente recurso haja vista que estão presentes os
pressupostos objetivos e subjetivos;
2. Provimento do recurso a fim de se reformar o v. Acórdão, determinando
que (...)
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
130
17. Agravo em execução
Petição de Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE EXECUÇÕES
PENAIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.
Autos nº:
Agravante:
Agravado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, interpor, com fulcro no art.
197 da Lei de Execução Penal, AGRAVO EM EXECUÇÃO.
Requer a realização do juízo de retratação (Código de Processo Penal, art.
589) e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente recurso encaminhado à Superior
Instância, para processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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131
Razões de Agravo em Execução
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos de origem nº
Agravante:
Agravado:
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos supra mencionados, vem perante
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que ao final assina, com fulcro no art. 197 da
Lei de Execução Penal e art. 588 do CPP, apresentar RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO,
pelos motivos de fato e de direito adiante expostos:
1. Síntese fática:
2. Do direito:
3. Dos requerimentos:
Diante do exposto, requer:
1. O Conhecimento do presente recurso haja vista estarem presentes os
pressupostos recursais objetivos e subjetivos;
2. O seu provimento a fim de que este Egrégio Tribunal reforme a decisão de
primeiro grau, concedendo a progressão de regime (...).
Nestes Termos
Pede Deferimento
Cidade..., dia..., mês..., ano...
ADVOGADO...
OAB nº...
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
132
Parte III
DICAS DE ESTUDOS
1. Dicas de Estudo
- Não menospreze as questões. Procure fazê-las da maneira mais completa possível, com
todos os fundamentos legais e súmulas pertinentes;
- A caligrafia, ortografia e clareza textual são aspectos importantíssimos na correção da prova
da OAB/FGV;
- Evite frases longas. A prolixidade é uma das grandes causas de reprovação na 2a fase de
Exame de Ordem. Frases curtas, objetivas e claras são essenciais;
- Organize sua peça processual o máximo possível, dividindo-a em tópicos;
- Se bem administrado, o tempo da prova é suficiente;
- Não deixe de resolver e protocolizar todas as peças e as questões, pois serão elas corrigidas
pelo Curso Jurídico e você poderá, assim, acompanhar a evolução na sua preparação;
- A realização dos simulados é fundamental, pois são neles que você poderá disciplinar a
divisão correta do tempo de prova.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
133
2. Indicação Bibliográfica***
Leitura básica para estudo:
GRECO, Rogério. Código Penal Comentado. Rio de Janeiro: Impetus. 2013.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais. 2013.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais. 2013. Volumes 1 e 2.
***
No decorrer do curso, os professores indicarão outros títulos.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
134
PARTE V - MATERIAL DE APOIO
AULAS DO PROF. RODRIGO DAMASCENO
Com o intuito de otimizar a preparação para a prova prático profissional, é importante que
antes de ser abordado em sala cada um dos tópicos da matéria o aluno se antecipe e, na medida do
possível, tente resolver os casos de estudo aqui propostos. É previsível que, como a matéria ainda
não foi dada, o aluno sinta dificuldade na resolução dos problemas, mas esse esforço será de grande
valia para garantir a sua aprovação.
Para cada uma das principias partes da matéria, foram selecionadas peças e questões que, no
decorrer das aulas, serão corrigidas e explicadas pelo professor:
PARTE I – Ação penal................................................................................... 135
PARTE II – Procedimento.............................................................................. 136
PARTE III – Método de Teses...................................................................... 139
PARTE IV– Prisão......................................................................................... 141
PARTE V – Competência............................................................................... 143
PARTE VI – Recursos A................................................................................ 145
PARTE VII – Recursos B............................................................................... 147
PARTE VIII – Recursos C.............................................................................. 148
PARTE IX – Ações de impugnação autônomas................................................ 151
PARTE X – Princípios................................................................................... 153
PARTE XI – Teoria do Crime A..................................................................... 154
PARTE XII – Teoria do Crime B.................................................................... 159
PARTE XIII – Prescrição............................................................................... 162
Para garantir que o aluno chegue em cada aula com os respectivos casos estudados, as
resoluções das peças e questões deverão seguir o seguinte cronograma:
Parte I II III X XI IV V VI XII VII VIII IX XIII
Data limite 6/5 8/5 16/5 17/5 17/5 20/5 22/5 24/5 27/5 28/5 31/5 3/06 10/06
Por fim, nenhum dos casos aqui propostos deverão ser protocolizados no curso, já que o
cronograma de protocolos segue outro calendário e outras propostas.
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
135
E S T U D O D E C A S O S
- PARTE I -
AÇÃO PENAL
Caso 1 - QUESTÃO - Narra a denúncia que “No dia 3/12/2011, JOÃO, PEDRO, MARCOS e
SABRINA, agindo em concurso, com vontade consciente subtraíram o relógio de CATARINA.
Violaram, assim, a norma penal prevista no art.155 do Código Penal. Requer-se o recebimento da
ação penal, para a instauração do processo penal”. Qual tese jurídica é cabível?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Caso 2 - QUESTÃO - No dia 17 de julho de 2012, CARLOS caluniou ROBERTO. Qual é o último
dia para oferecer a ação penal?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Caso 3 - PEÇA - Maria Portela, 31 anos, brasileira, portadora do RG nº 9.876.54302, inscrita no
CPF sob nº 098.765.432-0, alta executiva na empresa “ATR”, situada no centro de Londrina/PR, foi
chamada pelo proprietário daquela empresa, João, 42 anos, brasileiro, casado, empresário, portador
do RG n. 1.234.567-9 e inscrito no CPF sob nº 123.456.789-0, para esclarecer, perante os 5
diretores da empresa, os motivos da queda de vendas no primeiro semestre de 2012.
No dia 13 de novembro de 2013, após Maria ter apresentado os gráficos das vendas da
empresa, João, visivelmente insatisfeito com os resultados, proferiu, na frente de todos os presentes,
as seguintes palavras: “Maria, apenas mais um rostinho bonito... pena que sem cérebro”. No dia
seguinte, João pediu desculpas a Maria e disse que havia bebido demais antes da reunião e que tudo
não teria passado de um mal entendido.
Feito o termo circunstanciado, não houve acordo na audiência de conciliação e não foi
proposta a transação penal, já que João não preenchia os requisitos. Os autos estão em cartório,
aguardando o decurso do prazo.
Com base na situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado de Maria, a
peça processual privativa de advogado pertinente à defesa dos interesses de sua cliente.
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136
- PARTE II –
PROCEDIMENTOS
Caso 4 - QUESTÃO - Denunciado em incurso no art. 155 do CP, a denúncia foi recebida e o réu foi
citado para apresentar PEÇA 1. O magistrado, não acatando as teses de absolvição sumária, designou
dia para oitiva das testemunhas. Na mesma data o réu negou todos os fatos a ele imputados. Haja
vista a complexidade do caso, o magistrado abriu vista para o Ministério Público que, no prazo
legal, se manifestou pela condenação nos termos da denúncia. Uma vez intimado, o advogado
apresentou na mesma data a PEÇA 2. Não obstante os argumentos apresentados pela defesa, o réu
foi condenado a um ano de pena de liberdade. A defesa, então, interpôs o recurso cabível – PEÇA3.
Identifique quais são as peças cabíveis.
PEÇA1:______________________________________FUNDAMENTO LEGAL:__________________.
PEÇA2:______________________________________FUNDAMENTO LEGAL:__________________.
PEÇA3:______________________________________FUNDAMENTO LEGAL:__________________.
Caso 5 - PEÇA - Em inquérito policial instaurando para investigar a autoria da distribuição de
diversos folhetos nos quais exaltava-se a qualidade e destreza nas práticas delituosas de uma famoso
traficante, foi decretada, de oficio, por despacho judicial devidamente fundamentado, após o
fracasso de inúmeras diligências policiais realizadas, a interceptação das comunicações telefônicas
de Pablo Pereira. Em uma das ligações feitas pelo indiciado, foi, pelo outro interlocutor, Cesar
Roberto, dito que estaria ele embarcando para a Cidade Y em posse de substância entorpecente.
Imediatamente foi realizada diligência policial na qual resultou na prisão em flagrante de César
Roberto.
Posteriormente, Cesar Roberto foi denunciado em incurso no art. 33, caput, da Lei N°
11.343/06, nos seguintes termos: "No dia 30 de março de 2013, por volta das 18h00, nas
proximidades ao terminal da Estação Rodoviária da Cidade X, o denunciado, César Roberto, com
vontade livre e consciente da ilicitude de sua conduta, trazia consigo, para fins de comercialização,
uma embalagem normalmente utilizada para acondicionar balas de chocolate da marca M & M,
contendo vinte pequenos invólucros de substância de forma endurecida, de coloração
esbranquiçada, vulgarmente conhecida como crack e um invólucro plástico, contendo substância
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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137
vegetal, de coloração esverdeada, vulgarmente conhecida como ‘maconha', capazes de causar
dependência física e psíquica, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar".
Ao indagar o denunciado a respeito dos fatos, Cesar Roberto lhe esclareceu que a substância
que trazia consigo era para uso pessoal, separada para a viagem que seria realizada às 19h00 do dia
dos fatos, com destino à Cidade Y, conforme passagem de ônibus entregue pelo denunciado. Em
análise dos autos, na qualidade de procurador constituído, constatou-se a ausência do laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga. O denunciado – que teve sua prisão relaxada pelo
Tribunal competente- foi devidamente notificado.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso
concreto acima, redija, no último dia do prazo, a peça cabível, invocando todos os argumentos em
favor de seu constituinte.
Caso 6 - PEÇA - Tício Torres estava na companhia de seu avô, Antunes, quando este, diabético,
passou mal e caiu ao chão. Tício, desesperado, entrou em um Hipermercado situado na mesma rua,
pegou da prateleira uma barra de chocolate (no valor R$ 1,50), sem efetuar qualquer pagamento, já
que havia uma fila enorme no caixa, e saiu correndo, pois a única maneira de recuperar o seu avô
era com o consumo imediato de glicose. Minutos após, uma ambulância encaminhou Tício e
Antunes ao hospital mais próximo. Tício, primário e com bons antecedentes, foi denunciado pela
prática da conduta tipificada no art. 155 do CP. Recebida a ação penal, o acusado foi citado pelo
juiz da vara criminal da comarca de Londrina/PR. Como advogado contratado pelo acusado, redija a
peça processual cabível.
Caso 7 - PEÇA - Liev Tostoi, brasileiro, 85 anos, construiu em um terreno de sua propriedade um
restaurante. Após obter autorização da vigilância sanitária, Liev se dirigiu à prefeitura do município,
apresentou os documentos necessários e pagou as taxas devidas para a expedição do alvará que
possibilitaria o início das atividades comerciais. Passado um mês da apresentação dos documentos e
do pagamento das taxas, Liev ficou apreensivo, pois precisava abrir seu restaurante e obter lucros.
Assim, Liev foi até a prefeitura e procurou Fiodor Dostoievski, funcionário responsável pela
expedição de alvarás, e lhe ofereceu a quantia de R$ 10.000,00 para conseguir imediatamente a
liberação. Fiodor, visivelmente constrangido, respondeu que já havia realizado todos os atos que a
lei determinava, tanto que o alvará já estava a sua disposição há 15 dias e que bastava Liev retirar o
documento e iniciar suas atividades empresariais. O Ministério Público ofereceu denúncia imputado
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138
a Liev Tolstoi a prática do delito previsto no artigo 333 do CP. Após as oitivas das testemunhas, o
interrogatório do réu não aconteceu, pois estava ele internado, por conta de cirurgia realizada.
Mesmo tendo o seu advogado requerido o adiamento do ato, pois o acusado (detentor de bons
antecedentes) queria trazer sua versão dos fatos, o magistrado, alegando a necessidade de uma
maior celeridade processual, negou o adiamento do ato e encerrou a audiência com a determinação
de diligências finais – juntada da carteira de identidade do réu. O Ministério Público, então,
requereu a condenação nos termo da denúncia. Como advogado de Liev, formule a peça cabível,
considerando que sua intimação aconteceu no dia 9/05/2013 (quinta-feira) e os autos foram
retirados em cartório no dia 10/05/2013.
Caso 8 - PEÇA - Romão, primário com bons antecedentes, foi denunciado, em 02/02/2012, em
incurso no art.121, §2º, I c/c14, II do CP, por ter, no dia 04/04/1992, agredido com socos o seu
grande amigo e cunhado, Manuel, policial federal, na festa de aniversário de Kátia, irmã do agressor
e esposa da vítima. Segundo o laudo de fls., Manuel perdeu, devido às lesões sofridas, a visão de
seu olho esquerdo. Recebida a denúncia em 07/10/2012, o réu foi citado e apresentou sua defesa
inicial. O magistrado federal da vara do Júri designou audiência de instrução e julgamento, na qual
as testemunhas de acusação e de defesa relataram que, no dia, Manuel estava muito bêbado e, de
maneira totalmente injustificada, começou a empurrar e desferir golpes de faca contra Romão.
Romão então golpeou Manoel até que ele soltasse a faca. Em seu interrogatório, Romão afirmou
que nunca quis ou assumiu o risco de matar seu amigo e que os socos desferidos foram apenas para
fazer com que o amigo largasse a arma. O Ministério Público se manifestou pela procedência da
denúncia. Como advogado do réu, elabore a peça processual cabível.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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139
- PARTE III-
MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO DE TESES
Caso 9 - PEÇA - No dia 10/05/2005, na cidade de Recife, Tulio, sabendo que Romero, nascido em
02/08/1940, praticava habitualmente crimes contra crianças e adolescentes, adentrou no local de
trabalho dele e dali subtraiu duas fotografias nas quais eram retratadas crianças nuas, mantendo
relações sexuais. As fotos foram encaminhadas à autoridade policial. O delegado responsável
requereu a intercepta o da linha de telefone m vel usado pelo indiciado, medida que foi decretada
pela autoridade judicial, nos seguintes termos: “Haja vista a gravidade do crime, defiro a
interceptação da linha de telefone móvel do indiciado”. Apos 20 dias sem qualquer diálogo
relevante, foi gravada conversa entre o indiciado e terceira pessoa não identificada, na qual ele
relatava que estava preocupado com o sumi o de “um envelope”. Autorizados por decis o judicial,
os policiais realizaram busca e apreensão na residência de Romero, mas nada encontraram. No
mesmo dia, foi colhido depoimento da Sra. Joaninha, no qual ela reconheceu que seu marido,
Romero, costumava a lidar com fotos infantis “obscenas”.
O Ministério Público denuncio, então, Romero em incurso no art.241-B do Lei nº 8.069/90
c/c art.61, II, h do Código Penal. Recebida a denúncia e 06/10/2010, o réu foi citado e apresentou
resposta à acusação. Ao longo da instrução processual, Tulio disse que entrou na sala de Romero
utilizando uma chave falsa e que as fotos estavam em um envelope lacrado, com o nome “Carlos
Brand o” escrito. Relatou, por fim, que nunca viu o réu praticar qualquer conduta suspeita, mas
apenas ouviu dizer que ele era um maníaco sexual. Carla Sertão, secretaria, disse que Romero, antes
de sair de férias, havia dito que ela deveria providenciar a postagem e envio de uma encomenda,
mas como não informou o destinatário e nem entregou a encomenda, nada foi feito. Joaninha, por
sua vez, negou o conteúdo do depoimento dado na fase inquisitiva e destacou que seu marido
jamais teve envolvimento com pornografia infantil. Disse, ainda, que foi coagida a dar o primeiro
depoimento pelo policial Kamel e que, inclusive, estava gravado no seu celular as ameaças
proferidas por ele naquele dia. Em seu interrogatório, Romero negou os fatos a ele imputados.
Disse, ainda, não saber qual era o conteúdo do envelope e que este fora deixado por engano em sua
mesa, pois sua sala teria, durante muito tempo, sido utilizada pelo funcionário Carlos Brandão. Haja
vista a complexidade do caso, o Ministério Público apresentou memoriais, no qual requereu a
condenação do réu, nos termos da denúncia.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) de Romero,
a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa do acusado. Inclua, em seu texto, a
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
140
fundamentação legal e jurídica, explore as teses defensivas possíveis e date no último dia do prazo
para protocolo, considerando que a sua intimação tenha ocorrido no dia 25/05/2013 (sexta-feira).
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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141
- PARTE IV-
PRISÃO & LIBERDADE
Caso 10 - PEÇA - No dia 5 de maio de 2013, na cidade de Comodoro – Estado de Mato Grosso,
Tícia Hungria, disse ao seu namorado, Ricardo, que estava grávida de 07 semanas. Ricardo Marto,
brasileiro, agricultor, sugeriu que fosse praticado o aborto, pois o casal não teria condição financeira
para sustentar um filho – a sugestão foi aceita imediatamente por Tícia. Após procedimento
realizado por Ricardo, houve a interrupção da gravidez, com a morte do feto. Três dias depois,
Tícia, bastante traumatizada, foi até a delegacia mais próxima e confessou todos os fatos ocorridos.
O Delegado de plantão imediatamente se deslocou para casa de Ricardo, quando este empreendeu
fuga. Após 25 horas de ininterrupta perseguição, Ricardo foi preso em flagrante pela prática do
aborto. Como estava sozinho na delegacia, a autoridade policial lavrou o auto de prisão em
flagrante ouvindo apenas o preso. Dois dias depois da prisão, a nota de culpa foi entregue ao preso e
o auto de prisão em flagrante não foi enviado à autoridade judicial. No prazo legal, o inquérito foi
relatado e encaminhado ao Ministério Público que ainda não se manifestou. Na qualidade de
advogado de Ricardo redija a peça processual que, com exceção do habeas corpus, atenderá aos
interesses de seu cliente.
Caso 11 - PEÇA - Rodrigues Almeida Magalhães, colombiano, foi indicado com incurso no art.33
da Lei nº11.343/2006, pois vendia substância entorpecente na praça central da cidade XX. Antes de
analisar o requerimento de busca e apreensão formulado pelo delegado de polícia responsável, o
douto magistrado federal da 100a Vara Criminal da Subseção XX determinou, sem qualquer
requerimento do Ministério Público ou representação policial, a prisão do acusado, nos seguintes
termos: “Muito embora o perigo à aplicação da lei penal possa, no caso concreto, ser combatido
com o recolhimento do passaporte do denunciado, é inegável que o crime praticado traz para toda
a sociedade um mal imensurável, pois contribui para o vício de toda uma geração. Assim, para
resguardar a aplicação da lei penal e a ordem pública, faz-se necessária a decretação da prisão
preventiva do denunciado”. A ordem prisional foi devidamente cumprida.
Na qualidade de advogado de Rodrigues redija a peça processual que, com exceção do
habeas corpus, atenderá aos interesses de seu cliente.
Caso 12 - PEÇA - Lúcio, policial federal acusado de extorquir, no exercício de suas funções,
determinada quantia em dinheiro de servidor público federal, encontra-se temporariamente preso há
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
142
15 dias, por decisão do juízo da 41.ª Vara Criminal da Comarca da Capital de Curitiba. A prisão foi
fundamentada, nos seguintes termos: “Os autos do inquérito policial autorizam a suspeita de
participação do indiciado Lúcio na prática do crime de extorsão (art. 158, caput, do CP). Dessa
forma, tendo em vista a grande comoção causada pelo crime na sociedade, assim como a
necessidade de salvaguarda da imagem do Poder Judiciário ante a opinião pública, como órgão
responsável pela política de segurança pública, fica justificada a prisão do indiciado pelo prazo
decretado de 30 dias”.
Como defensor de Lúcio redija a peça processual privativa de advogado adequada ao caso,
invocando todos os fundamentos jurídicos relevantes à situação apresentada.
Caso 13 - PEÇA - Caio, primário, servidor público estadual, residente e domiciliado na Rua Amaro,
1250, Cidade XX, foi preso em flagrante quando transportava 3kg de cocaína em seu veículo
MONZA, placa LLL-999. Após a realização do laudo de constatação da natureza e quantidade da
droga, foram colhidos os depoimentos do condutor e de duas testemunhas. Caio foi interrogado na
presença de seu pai, advogado regulamente inscrito na OAB. Foi, na mesma oportunidade, entregue
ao preso a nota de culpa. Os autos da prisão foram encaminhados no mesmo dia para o magistrado
de plantão. Como defensor de Caio redija a peça processual privativa de advogado adequada ao
caso, invocando todos os fundamentos jurídicos relevantes à situação apresentada.
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- PARTE V-
COMPETÊNCIA
Caso 14 - QUESTÃO - (FGV- Delegado-AP) Após surpreender Manoel Cunha mantendo relações
sexuais com sua esposa, o deputado federal Paulo Soares persegue Manoel até a cidade vizinha,
Maceió. Nessa cidade, dá três tiros em Manoel, que vem a falecer em decorrência das lesões
provocadas pela ação de Paulo. No curso do inquérito policial instaurado para apurar os fatos, o
mandato de Paulo chega ao fim e o mesmo não consegue se reeleger. Quem é competente para
julgar o caso?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Caso 15. - QUESTÃO - Ismael, servidor efetivo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, foi
abordado, em Curitiba, durante o exercício de suas funções, por dois meliantes, que lhe subtraíram,
mediante violência, um malote contendo cartões de crédito e talonários de cheques, emitidos por
empresa financeira privada e destinados a vários clientes. Os meliantes foram presos em flagrante
em Castro. Quem é competente para julgar o caso?
________________________________________________________________________________
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Caso 16. - QUESTÃO - Carlos furtou, na cidade Curitiba , um veículo de propriedade de
Marquinhos, deputado federal. O veículo foi levado à cidade de Joinville, onde Roberto, juiz
estadual em São Paulo, sabendo que tratava-se de objeto furtado, adquiriu-o . Quem é competente
para julgar o caso?
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Caso 17. - QUESTÃO - Caio e Tício, previamente ajustados, subtraem em Porto Alegre-RS três
veículos com os quais, na cidade gaúcha de Gauíba-RS, cometem um roubo a banco, atingido na
fuga um policial militar que reagiu, causando-lhe a morte. No outro dia, na cidade de São Lourenço,
abordaram um rapaz e, para subtrair o veículo que ele conduzia, mataram-no. Finalmente, semanas
após, em Camaquã, são presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva decretada pelo
juiz estadual de São Lourenço-RS. No momento da prisão, também é lavrado o flagrante pelo porte
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
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144
de 800g de maconha, comprada com o dinheiro do roubo e destinada à venda. O flagrante é
homologado e, dez dias depois, o juiz de direito a comarca de Camaquã recebe a denúncia por
tráfico de substância entorpecente. Quem é competente para julgar o caso?
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________________________________________________________________________________
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Caso 18. - QUESTÃO - Marlon, prefeito da cidade de Ará, Estado Y, quebrou todas as janelas da
agência da Caixa Econômica Federal situada naquela cidade. No dia seguinte, soube que Marlene,
vereadora da oposição, havia testemunhado todo o corrido. Assim, solicitou a ajuda de Ramalho,
deputado federal da base aliada, que imediatamente aceitou ajudar o amigo, pois era importante que
Marlene ficasse calada. Ramalho, então, determinou que um dos seus capangas, Pedrão, executasse
a “surra”. Pedr o seguiu Marlene até a cidade vizinha, Lagoa, e golpeou várias vezes a vítima.
Marlene sofreu lesões que provocaram a perda da visão do seu olho esquerdo. Quem é competente
para julgar o caso?
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Caso 19. - QUESTÃO - Previamente ajustados, João (policial federal) e Pedro (policial civil), em
serviço e com equipamento oficial, exigem para si determinada importância indevida de uma pessoa
que abordaram em São Paulo e, ato continuo, ameaçaram-na caso relate o ocorrido. Na continuação,
ao efetuarem outra prisão na cidade vizinha de Registro, cometem o delito de abuso de autoridade e
posteriormente matam outro detido, em Campinas, para assegurar a impunidade em relação aos
delitos anteriores.
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NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
145
- PARTE VI-
RECURSOS A
Caso 20 - PEÇA- Micheli Knon foi condenada com incurso no art. 124 c/c 14, II do Código Penal a
uma pena de 8 meses de detenção, a ser cumprida, inicialmente no regime aberto. Consta nos autos,
que no dia 12 de março de 2010, foi Micheli foi internada no Hospital X, pois teria ela consumido
substancia abortiva que causou a expulsão do feto sem vida. No entanto, no dia 11 de março de
2010, Micheli havia sido submetida a uma ecografia, cujo laudo - juntado aos autos na fase do
art.422 do Código do Processo Penal - atestava que o feto estava, naquela data, morto. Publicada a
sentença, a Defesa manifestou vontade de recorrer. Como advogado de Micheli, elabore a peça
processual cabível, considerando que a intimação aconteceu 30 dias após o julgamento.
Caso 21. - PEÇA- Dioclesiano foi denunciado pela prática do crime de homicídio qualificado por
motivo fútil. O crime ocorreu no município de Palmas – PR, mas como a vítima, Aristênio, era
residente e domiciliado em Clevelândia - PR, o processo acabou tendo seu trâmite nesta comarca.
Após a pronúncia, Dioclesiano foi submetido à júri popular. No interrogatório feito durante o
julgamento, Dioclesiano ficou em silêncio. Durante os debates, o promotor de justiça disse que o
silêncio do réu nada mais era do que uma confissão, pois se ele nada devesse, ele teria contado aos
jurados a sua versão. A Defesa pediu para tal fato constar na ata. Após deliberação, os jurados
reconheceram que o crime praticado por Dioclesiano foi o de homicídio simples (art. 121, caput, do
CP). O magistrado, no entanto, considerou que o homicídio era qualificado pelo motivo fútil,
aplicando, assim, a pena de 12 anos. O réu e o seu defensor foram intimados da sentença. Como
advogado de Dioclesiano, elabore a peça processual cabível.
Caso 22. - PEÇA- João de Tal foi denunciado por latrocínio consumado, por ter, em tese, atirado em
José para subtrair-lhe R$ 200,00 (duzentos reais). Durante a instrução processual todas as
testemunhas ouvidas afirmaram que logo após o disparo (que atingiu a vítima no lado esquerdo da
face, conforme laudo de fls.), quando começou a mexer dos bolsos da vítima, João foi perseguido
pelos seguranças do Banco Caixa Forte, sendo preso em flagrante após alguns minutos. Na
sentença, o juiz entendeu por bem condenar José de Tal por tentativa de latrocínio, já que, muito
embora a vítima tenha morrido, a subtração não ocorreu no caso. Na dosimetria da pena o juiz
reconheceu a tentativa e a diminuiu a pena em 1/3, condenando João a uma pena total de 13 anos e
4 meses, e regime inicial semiaberto. Por entender que a pena de liberdade fora suficiente, não fixou
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
146
pena de multa. Tendo sido intimado o Ministério Público da decisão, em dia 20 de maio de 2013
(segunda-feira), o prazo recursal transcorreu in albis sem manifestação do Parquet.
Em relação ao caso narrado, você, na condição de advogado(a), é procurado pelo pai da
vítima, em 25 de maio de 2013, para habilitar‐se como assistente da acusação e impugnar a decisão.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso
concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes, datando
do último dia do prazo.
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
147
- PARTE VII-
RECURSOS B
Caso 23. - PEÇA- Em festiva reunião realizada por empresários na Comarca de Irati, ULPIANO
DA SILVA PEREIRA JÚNIOR, com residência em de Curitiba, teria ofendido a dignidade e a
honra de MODESTINO MORAS CAVALCANTE, eis que relatava aos presentes, mesmo ciente da
falsidade das informações, que MODESTINO, além de ser um estelionatário, havia furtado seu
celular na semana passada. Por tais fatos, MODESTINO, por intermédio de advogado, ajuizou no
Foro Central de Curitiba-PR queixa-crime contra ULPIANO, por infração aos artigos 138, 140 e 69
do Código Penal. A ação foi distribuída e rejeitada pelo magistrado da 1ª Vara Criminal da Capital,
pois: 1. não era ele competente para processar e julgar fatos ocorridos na Comarca de Irati, nos
termos do art.70 caput do Código de Processo Penal. 2. havia carência de ação, pela impossibilidade
jurídica do pedido. As partes foram intimadas da decisão.
Caso 24. - PEÇA- Felício da Silva foi denunciado em incurso no art. 121, §2º, III (meio cruel) do
CP. No interrogatório, o denunciado afirmou que o único golpe com uma barra de ferro (laudo de
apreensão de fls) aplicado teria sido dirigido às costas da vitima, que, em razão desta ter se
movimentado, acabou sendo atingida na parte posterior da cabeça (nuca), sofrendo um traumatismo
craniano – causa da morte, conforme laudo de fls. O advogado apresentou resposta à acusação e
arrolou testemunhas, mas na oitiva de daquela que fora testemunha ocular dos fatos retratados na
inicial, este advogado faltou, não tendo o juiz nomeado um ad hoc para o acompanhamento do ato
processual. Não obstante os argumentos trazidos pela Defesa em seus memoriais, o juiz, acolhendo
o pedido do agente ministerial, pronunciou o acusado, dando-o como incurso no crime classificado
na denúncia.
Caso 25. - PEÇA- Armandinho, primário, foi preso em flagrante em Curitiba, pois transportava em
sua camionete Pônei Turbo 4.1 setenta quilos de maconha. Após 1 ano sem conseguir a liberdade,
Armandinho foi condenado por sentença transitada em julgado em incurso no art.33 da Lei
nº11.343/2006 a uma pena de 5 anos de reclusão a serem cumpridos em regime inicialmente
fechado. Após 1 ano e 2 meses do início da pena, o advogado de Armandinho requereu a progressão
para o regime semi-aberto, já que o apenado sempre ostentou bom comportamento carcerário. O
magistrado da 1a vara competente, negou o pedido nos seguintes termos: “Nego o pedido, já que o
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148
requerente não preenche todos os requisitos do benefício. Intime-se”. Como advogado constituído
de Armandinho elabore a peça processual cabível.
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149
- PARTE VIII-
RECURSOS C
Caso 26. - PEÇA- Carlos Oliveira foi denunciado e condenado em incurso no art.355 do Código
Penal a uma pena 1 ano e 2 meses de detenção, a ser cumprida em regime aberto. Intimado da
sentença, o réu recorreu da condenação, sob os fundamentos de que as provas colhidas na fase
inquisitiva eram todas nulas, já que obtidas por interceptação telefônica, e de que não houve dolo na
conduta. O recurso foi conhecido, mas julgado improcedente, por maioria dos votos. O voto
divergente foi no sentido de dar provimento à tese de nulidade do processo, já que todas as provas
derivaram da interceptação telefônica decretada pelo magistrado competente para apurar a prática
da conduta tipificada no art.355 do Código Penal. Negou, no entanto, provimento às demais teses da
defesa. Você, como advogado de Carlos, foi intimado do acórdão proferido pela 44a Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Elabore a peça processual pertinente.
Caso 27. - PEÇA- Romero Alberto teve contra si decretada prisão preventiva pelo juiz da 41.ª Vara
Criminal da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. Impetrado habeas corpus para o tribunal
competente, requerendo-se a concessão da ordem para que o paciente fosse libertado, foi a ordem
denegada por ac rd o assim ementado: “PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO SUFICIENTE PARA ENSEJAR A MEDIDA CAUTELAR. PELA
DENEGAÇÃO.
1. A prisão preventiva é medida excepcional que, dentre outras funções, visa a preservação da
tranquilidade da sociedade. Assim, a prática de delito com pena tão elevada (art.157§3º do CP)
torna necessária a prisão cautelar do paciente. Pela denegação da ordem. Publique-se”. Na
qualidade do advogado, elabore a peça processual cabível, considerando que a intimação do
acórdão aconteceu no dia 03/06/2013 (segunda-feira).
Caso 28. - PEÇA- Carolina Halibin, foi denunciada em incurso no art.299, pois teria, ao concluir o
curso de Engenharia, inserido à caneta em seu diploma, mesmo ciente da não veracidade dos dados,
declaração de ter sido ela aprovada com a nota 1000 mil na disciplina de Cálculo Numérico. Ao
longo do processo, as testemunhas ouvidas afirmaram que tudo não passou de uma brincadeira.
Carolina, em seu interrogatório, disse que fez aquelas anota ões em seu diploma, para tirar “sarro”
de suas colegas. Manifestadas as partes, a denúncia foi julgada procedente e Carolina foi condenada
a uma pena de liberdade de 1 ano de reclusão a ser cumprida em regime aberto e multa fixada em
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
150
10 dias-multa, no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo cada. A pena privativa de
liberdade foi substituída por uma pena restritiva de direitos. A Defesa, então, recorreu da sentença,
alegando que a conduta era atípica, por falta de um dos elementos subjetivos do tipo. O recurso, por
sua vez, foi julgado nos seguintes termos: “DECISÃO: ACORDAM os integrantes da 44a Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de votos, em negar provimento
ao recurso interposto por Carolina Halibin. EMENTA: FALSIDADE IDEOLÓGICA. COMPROVAÇÃO DO
DOLO. TIPICIDADE CONFIGURADA. 1. Para configurar a tipicidade, é necessária a comprovação do
elemento subjetivo que, no tipo do art.299 do Código Penal Brasileiro, é composto apenas e tão
somente pelo dolo; 2. Consta nos autos que a recorrente confessou ter inserido declarações falsas
em seu diploma, ou seja, agiu com vontade consciente – configurando, assim, o necessário dolo e,
por conseguinte, a tipicidade da conduta praticada. Recurso conhecido e improvido. Publique-se”. A
defesa foi intimada da decisão. Como advogado da acusada elabore a peça processual pertinente.
Caso 29. - QUESTÃO - François Du Pont foi denunciado em incurso no art.121, §2º, II do Código
Penal. Ao longo do processo, todas as testemunhas afirmaram que ele apenas reagiu às agressões da
vitima, Sérgio Converd, que o atacou com um canivete automático (laudo da arma, fls). Foi dito
pelas testemunhas, ainda, que o réu aplicou um único golpe com um pedaço de pau na cabeça da
vítima e fugiu. Em audiência, as partes apresentaram suas alegações. O magistrado, então,
pronunciou o réu pelo art.121 do CP, pois entendeu que os motivos do crime não foram
irrelevantes. Publicada a decisão no dia 18/11/2011 (sexta-feira), a Defesa dela recorreu no dia
25/11/2011. A Defesa foi intimada da seguinte decis o: “Nego admissibilidade ao recuso interposto
pela defesa, pois: 1. é ele intempestivo, já que o último dia do prazo foi no dia 23/11/2011; 2. Não
há interesse recursal, na medida em que foi desclassificado o delito imputado na denúncia para um
de mais baixa lesividade e de pena menor; Intime-se”. Qual é a peça cabível? Quais são as teses
jurídicas defensáveis?
1. PEÇA:____________________________________________FUNDAMENTO LEGAL: ___________
2. TESES JURÍDICAS:
a.______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b.______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
É preciso de peça de interposição? ( )SIM ( )NÃO É preciso de peça de interposição? ( )SIM ( )NÃO
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
151
- PARTE IX-
AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO AUTÔNOMAS
Caso 30. - PEÇA- Robertinho, brasileiro, casado, nascido no dia 6 de julho de 1979, foi denunciado
com incurso nos artigos 121,§2º, inciso III, e 14, inciso II, do Código Penal, pois teria, no dia 5 de
julho de 2000, com a intenção de causar a morte da vítima, inserido substância tóxica na bebida de
Val. Os laudos periciais realizados na fase inquisitiva concluíram que Val não sofreu qualquer
consequência pela ingestão da substância, já que esta era totalmente inofensiva. Dias depois do
ocorrido, Val, antes mesmo de ter se manifestado nos autos, faleceu em um acidente de trânsito e
nenhum de seus parentes foi localizado. Recebida a denúncia no dia 16 de janeiro de 2012, o réu foi
citado e apresentou resposta à acusação. O magistrado da 1a Vara do Tribunal Júri da Comarca X,
fundamentadamente, não acatou nenhuma das teses de defesa e designou a audiência de instrução e
julgamento para o dia 12/10/2013. Como advogado do réu, elabore a peça processual cabível para a
defesa dos interesses de Robertinho.
Caso 31. - PEÇA- José Antunes, funcionário do Banco do Brasil, moveu ação contra o banco, em
razão de descontos ilegais efetuados pela instituição em sua folha de pagamento, no valor de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais). A ação foi julgada procedente. A sentença transitou em julgado
no dia 10 de março de 2009. Já na fase de execução, após dois meses, no dia 11 de maio do mesmo
ano, José, em virtude de sua atividade no Banco do Brasil, recebera a quantia de R$ 2.500,00 (dois
mil e quinhentos reais) para o pagamento de serviços de manutenção do prédio onde o banco estava
instalado. Em posse do numerário, resolveu ficar com parte do dinheiro, no valor exato de seu
crédito, R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), utilizando o restante, R$ 1.000,00 (mil reais), para
parcial pagamento dos referidos serviços. Em 15 de junho de 2010, José foi denunciado como
incurso no artigo 312, “caput”, do C digo Penal. A denúncia, ap s resposta apresentada pela defesa,
foi recebida em 20 de julho de 2010. Na instrução criminal, foram ouvidos funcionários do banco
que confirmaram o fato. José também confirmou o fato, dizendo, contudo, que somente queria
receber seu crédito para cobrir despesas pessoais e familiares. Apresentadas as alegações finais, o
MM. Juiz Federal da 1a Vara Criminal da Subseção X condenou José pelo crime de peculato,
fixando a pena privativa de liberdade em 2 (dois) anos de reclusão, a ser cumprida em regime
aberto, e a de multa em 10 dias-multa, no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo cada. A
pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Não houve
fundamentação na fixação da pena. As partes, Ministério Público e acusado, não apelaram. A
NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM
X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
152
decisão transitou em julgado no dia 08 de fevereiro de 2013. Intimado para o cumprimento das
penas, José procurou um novo advogado para examinar sua situação e saber o que poderia ser feito.
Como advogado de José, redija a peça processual mais adequada à sua defesa
Caso 32. - QUESTÃO - Romão foi denunciado pela prática do art.33 da Lei nº11/343/2006. O
magistrado, então, determinou a notificação do denunciado para apresentar PEÇA 1. Após o devido
processamento do caso penal, foi Romão condenado, nos termos da denúncia.. Na sentença, no
entanto, o magistrado deixou de apreciar uma das teses da defesa. Após o julgamento da PEÇA2, foi
suprida a omissão, mas foi mantida a condenação. A defesa, então, interpôs PEÇA3, pleiteando a
nulidade da sentença por insuficiência de fundamentação e por não ter sido respeitado a necessária
correlação entre a denúncia e a sentença. Requereu, ainda, a absolvição, haja vista a insignificância
da conduta praticada, e, no caso de ser mantida a condenação, foi requerida a reforma da decisão
para a fixação da pena no mínimo legal. O juiz a quo negou admissibilidade do recurso interposto.
A Defesa, então, interpôs PEÇA4. Quando do julgamento do recurso, a 44a Câmara Criminal
manteve a condenação. O desembargador X, no entanto, votou no sentido de ser acatada a tese de
fixação da pena no mínimo legal, negando provimento às demais teses. Publicado o acórdão, a
Defesa interpôs o PEÇA5, recurso este julgado improcedente. Transitado em julgado a condenação,
e apos cumprir parte da pena, Romão requereu livramento condicional, requerimento este negado
pelo magistrado competente. A Defesa, então, interpôs PEÇA6. Diante do caso narrado, identifique
cada uma das peças abaixo relacionados:
PEÇA 1- ______________________________________________________Prazo _____________.
PEÇA 2- ______________________________________________________Prazo _____________.
PEÇA 3- ______________________________________________________Prazo _____________.
PEÇA 4- ______________________________________________________Prazo _____________.
PEÇA 5- ______________________________________________________Prazo _____________.
PEÇA 6- ______________________________________________________Prazo _____________.
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- PARTE X-
PRINCÍPIOS
Caso 33. - QUESTÃO - Pedro Almeida foi preso em flagrante no dia 03/03/04 com 4 KG de cocaína.
Foi condenado, após o devido processo legal, a 7 anos de reclusão em regime fechado. Terá ele
direito à progressão de regime?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Caso 34. - QUESTÃO - ROMEU, MARIA, KATIA e MARCOS associaram-se com o fim de
explorar em diversos municípios do Estado do Paraná jogo de azar. Eles poderão ser condenados
pelo art. 288 do CP?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Caso 35. - QUESTÃO - Patrícia foi denunciada em incurso no art.124 do CP, pois teria
voluntariamente provocado a morte do feto. Ao longo da instrução processual, foi juntado aos autos
filmagens que provaram que Patrícia, na verdade, matou seu filho logo após o parto. Após a
apresentação dos memoriais, o magistrado pronunciou Patrícia em incurso no art.123 (Infanticídio).
Como advogado de Patrícia, aponte qual é a peça e a tese jurídica para a defesa de seus interesses.
1. PEÇA: ___________________________________________ FUNDAMENTO LEGAL: ___________
2. TESES JURÍDICAS: _______________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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- PARTE XI-
TEORIA DO CRIME A
Caso 36. - QUESTÃO - (OAB UN. 2.2010) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua
disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em
razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno
momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda
assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na
condição de Advogado de Pedro:
I. indique o recurso cabível;
II. o prazo de interposição;
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido.
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________
Caso 37. - QUESTÃO - o o, com inten o de matar, efetua vários disparos de arma de fogo contra
Ant nio, seu desafeto. erido, Ant nio é internado em um hospital, no qual vem a falecer, n o em
raz o dos ferimentos, mas queimado em um inc ndio que destr i a enfermaria em que se
encontrava. João praticou algum crime? Qual?
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________________________________________________________________________________
Caso 38. - QUESTÃO - Tício, com a intenção de causar a morte de seu desafeto, coloca veneno da
comida de Mévio. Antes do veneno ter produzido qualquer efeito, o navio no qual estavam os dois
explodiu matando todos os passageiros. Tício foi o único sobrevivente. Ticio praticou algum
crime? Qual?
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Caso 39. - QUESTÃO - (VII – EOAB/Unificado) Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na
rodoviária de sua cidade quando foi abordada por um jovem simpático e bem vestido. O jovem
pediu-lhe que levasse para a cidade de destino uma caixa de medicamentos para um primo, que
padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende
ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local da entrega, a senhora e
abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de 250 gramas de
cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa esta sendo processada pelo crime de trafico de
entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Considerando a situação
descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente,
responda: qual a tese defensiva aplicável a Larissa?
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________________________________________________________________________________
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Caso 40. - QUESTÃO - (FGV - VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/3.2011) Carlos Alberto,
jovem recém-formado em Economia, foi contratado em janeiro de 2009 pela ABC Investimentos
S.A., pessoa jurídica de direito privado que tem como atividade principal a captação de recursos
financeiros de terceiros para aplicar no mercado de valores mobiliários, com a função de assistente
direto do presidente da companhia, Augusto César. No primeiro mês de trabalho, Carlos Alberto foi
informado de que sua função principal seria elaborar relatórios e portfólios da companhia a serem
endereçados aos acionistas com o fim de informá-los acerca da situação financeira da ABC. Para
tanto, Carlos Alberto baseava-se, exclusivamente, nos dados financeiros a ele fornecidos pelo
presidente Augusto César. Em agosto de 2010, foi apurado, em auditoria contábil realizada nas
finanças da ABC, que as informações mensalmente enviadas por Carlos Alberto aos acionistas da
companhia eram falsas, haja vista que os relatórios alteravam a realidade sobre as finanças da
companhia, sonegando informações capazes de revelar que a ABC estava em situação financeira
periclitante.
Considerando-se a situação acima descrita, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É possível identificar qualquer responsabilidade penal de Augusto César? Se sim, qual(is)
seria(m) a(s) conduta(s) típica(s) a ele atribuída(s)?
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b) Caso Carlos Alberto fosse denunciado por qualquer crime praticado no exercício das suas
funções enquanto assistente da presidência da ABC, que argumentos a defesa poderia apresentar
para o caso?
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Caso 41. - QUESTÃO - Consta do incluso procedimento investigatório que JUCA PIRILO dirigiu-
se à humilde residência de A. B. C., menor com 13 anos de idade, e com ela praticou conjunção
carnal. Foi, então, surpreendido pelo irmão de A. B. C., que começou a gritar acordando a mãe que
dormia no quarto ao lado, acionando, imediatamente, a autoridade policial. Ali chegando os
policiais não lograram êxito em efetuar a prisão em flagrante-delito. Da análise dos autos pode-se
observar que no interrogatório inquisitorial e em juízo JUCA PIRILO afirma que A.B.C., moça alta,
bonita e de compleição física madura, havia lhe afirmado que estava fazendo cursinho preparatório
para o vestibular. Estas declarações são reforçadas por duas testemunhas que afirmaram que A. B.
C. tinha até uma carteirinha de estudante do cursinho. Praticou Juca algum crime?
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Caso 42. - QUESTÃO - TOBIAS aceitou entregar um pacote com 5kg de maconha. No meio do
trajeto foi ele parado em uma barreira policial e verificou-se que estava ele transportando, na
realidade, 5kg de cocaína. TOBIAS foi preso em flagrante. Praticou TOBIAS algum crime?
Qual?
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Caso 43. - QUESTÃO - Themis, grávida de 8 meses, ingere substância abortiva, supondo que estava
tomando um calmante, o que causou a morte do feto. Praticou THEMIS algum crime? Qual?
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Caso 44. - QUESTÃO - Carla foi violentada por diversas vezes por Pedro. Breno, pai de Carla,
alguns dias após a identificação do criminoso e totalmente transtornado com o ocorrido, ficou
escondido em uma árvore, esperando Pedro passar. Quando esse chegou, Breno mirou na cabeça da
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X Exame de Ordem Unificado - 2ª Fase Penal
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vítima e efetuou um disparo certeiro. Para sua surpresa e tristeza, no entanto, a pessoa atingida não
era Pedro, mas sim Paulo, seu próprio pai. O Ministério Público, na fase dos memoriais, requereu a
condena o de Breno em incurso no art.121 §2º, IV, c/c 61, II, “e” do CP. Quais s o as teses
defensivas cabíveis?
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Caso 45. - QUESTÃO - Osvaldo, desejando matar, disparou seu rev lver contra Arnaldo, que, em
raz o do susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando piamente que Arnaldo estava morto, colocou-o em
uma cova rasa que já havia cavado, enterrando-o, vindo a vítima a efetivamente morrer, em face da
asfixia. Osvaldo praticou algum crime? Fundamente sua resposta
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Caso 46. - QUESTÃO - João teve seu carro roubado em Curitiba. Dias depois, Antunes, policial
militar, entrou em contado e lhe comunicou que o carro havia sido apreendido em uma operação
realizada em Foz do Iguaçu. No mesmo dia João foi até Foz do Iguaçu para buscar o veículo. Em
posse do bem, João voltou para Curitiba, quando foi parado pela Polícia Rodoviária Federal, em
operação de rotina. Foi achado, então, 10 Kg de cocaína, dentro da lataria do veículo. João foi preso
em flagrante. Ao longo da investigação, concluiu-se que Antunes havia colocado a droga na lataria
para fazer com que João a transportasse para a cidade de Curitiba. Praticou JOÃO algum crime?
Qual?
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Caso 47. - QUESTÃO - (OAB UN. 2.2010) Aurélio, tentando defender-se da agressão a faca
perpetrada por Berilo, saca de seu revólver e efetua um disparo contra o agressor. Entretanto, o
disparo efetuado por Aurélio ao invés de acertar Berilo, atinge Cornélio, que se encontrava muito
próximo de Berilo. Em consequência do tiro, Cornélio vem a falecer. Aurélio é acusado de
homicídio. Na qualidade de advogado de Aurélio indique a tese de defesa que melhor se adequa
ao fato. Justifique sua resposta.
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Caso 48. - QUESTÃO - Pedro, pessoa de pouca cultura, supondo que a eutanásia é permitida, mata
Kátia, pessoa gravemente enferma, a seu pedido, para livrá-la de mal incurável.
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Caso 49. - QUESTÃO - (FGV- IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/ADAPTADA) Jaime,
brasileiro, passou a morar em um país estrangeiro no ano de 1999. Assim como seu falecido pai,
Jaime tinha por hábito sempre levar consigo acessórios de arma de fogo, o que não era proibido,
levando-se em conta a legislação vigente à época, a saber, a Lei n. 9.437/97. Tal hábito foi mantido
no país estrangeiro que, em sua legislação, não vedava a conduta. Todavia, em 2012, Jaime resolve
vir de férias ao Brasil. Além de matar as saudades dos familiares, Jaime também queria apresentar o
país aos seus dois filhos, ambos nascidos no estrangeiro. Ocorre que, dois dias após sua chegada,
Jaime foi preso em flagrante por portar ilegalmente acessório de arma de fogo, conduta descrita no
Art. 14 da Lei n. 10.826/2003, verbis: “Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em dep sito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determina o legal ou regulamentar”. Qual é a tese de defesa ?
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- PARTE XII-
TEORIA DO CRIME B
Caso 50. - QUESTÃO - (FGV- VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/3.2011) Ao chegar a um bar,
Caio encontra Tício, um antigo desafeto que, certa vez, o havia ameaçado de morte. Após ingerir
meio litro de uísque para tentar criar coragem de abordar Tício, Caio partiu em sua direção com a
intenção de cumprimentá-lo. Ao aproximar-se de Tício, Caio observou que seu desafeto bruscamente
pôs a mão por debaixo da camisa, momento em que achou que Tício estava prestes a sacar uma arma
de fogo para vitimá-lo. Em razão disso, Caio imediatamente muniu-se de uma faca que estava sobre o
balcão do bar e desferiu um golpe no abdome de Tício, o qual veio a falecer. Após análise do local
por peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriu-se que Tício estava tentando
apenas pegar o maço de cigarros que estava no cós de sua calça.
Considerando a situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Levando-se em conta apenas os dados do enunciado, Caio praticou crime? Em caso positivo,
qual? Em caso negativo, por que razão?
b) Supondo que, nesse caso, Caio tivesse desferido 35 golpes na barriga de Tício, como deveria ser
analisada a sua conduta sob a ótica do Direito Penal?
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Caso 51. - QUESTÃO - (FGV – IX EO Unificado) Wilson, extremamente embriagado, discute com
seu amigo Junior na calçada de um bar já vazio pelo avançado da hora. A discussão torna-se
acalorada e, com intenção de matar, Wilson desfere quinze facadas em Junior, todas na altura do
abdômen. Todavia, ao ver o amigo gritando de dor e esvaindo-se em sangue, Wilson, desesperado,
pega um taxi para levar Junior ao hospital. Lá chegando, o socorro é eficiente e Junior consegue
recuperar-se das graves lesões sofridas. Analise o caso narrado e, com base apenas nas informações
dadas, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) É cabível responsabilizar Wilson por tentativa de homicídio? (Valor: 0,65)
B) Caso Junior, mesmo tendo sido socorrido, não se recuperasse das lesões e viesse a falecer no dia
seguinte aos fatos, qual seria a responsabilidade jurídico-penal de Wilson? (Valor: 0,60)
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Caso 52. - QUESTÃO - (FGV - VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/3.2011) Hugo é inimigo de
longa data de José e há muitos anos deseja matá-lo. Para conseguir seu intento, Hugo induz o
próprio José a matar Luiz, afirmando falsamente que Luiz estava se insinuando para a esposa de
José. Ocorre que Hugo sabia que Luiz é pessoa de pouca paciência e que sempre anda armado.
Cego de ódio, José espera Luiz sair do trabalho e, ao vê-lo, corre em direção dele com um facão em
punho, mirando na altura da cabeça. Luiz, assustado e sem saber o motivo daquela injusta agressão,
rapidamente saca sua arma e atira justamente no coração de José, que morre instantaneamente.
Instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte de José, ao final das
investigações, o Ministério Público formou sua opinio no seguinte sentido: Luiz deve responder
pelo excesso doloso em sua conduta, ou seja, deve responder por homicídio doloso; Hugo por sua
vez, deve responder como partícipe de tal homicídio. A denúncia foi oferecida e recebida.
Considerando que você é o advogado de Hugo e Luiz, responda:
a) Qual peça deverá ser oferecida, em que prazo e endereçada a quem? (Valor: 0,3)
b) Qual a tese defensiva aplicável a Luiz? (Valor: 0,5)
c) Qual a tese defensiva aplicável a Hugo? (Valor: 0,2)
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Caso 53. - QUESTÃO - (FGV – IX EO Unificado) Raimundo, já de posse de veículo automotor
furtado de concessionária, percebe que não tem onde guardá-lo antes de vendê-lo para a pessoa que
o encomendara. Assim, resolve ligar para um grande amigo seu, Henrique, e após contar toda sua
empreitada, pede-lhe que ceda a garagem de sua casa para que possa guardar o veículo, ao menos
por aquela noite. Como Henrique aceita ajudá-lo, Raimundo estaciona o carro na casa do amigo. Ao
raiar do dia, Raimundo parte com o veículo, que seria levado para o comprador. Considerando as
informações contidas no texto responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A) Raimundo e Henrique agiram em concurso de agentes? (Valor: 0,75)
B) Qual o delito praticado por Henrique? (Valor: 0,50)
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- PARTE XIII-
PRESCRIÇÃO
Caso 54. - QUESTÃO - Pereira, nascido em 02/02/1984, foi denunciado em incurso no art. 157 do
Código Penal, pois fora ele que, em tese, no dia 3/03/2004, subtraiu mediante grave ameaça o
veículo de Joaquim. Foi ele denunciado no dia 05/02/2012 e a acusação foi recebida pelo Juiz da 1ª
Vara Criminal em 17/03/2012. No dia 21/03/2012, ele foi citado. Qual é a tese de defesa?
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Caso 55. - QUESTÃO - Carlos foi denunciado em incurso no art.213 do Código Penal. A denúncia
foi recebida pelo Juiz da 2ª Vara Criminal em 20/08/1999. Após a instrução processual, Carlos foi,
em 01/02/2012, condenado a 6 anos de reclusão. A sentença transitou em julgado para acusação. No
dia 24/03/2012, ele foi intimado da sentença condenatória. Qual é a tese de defesa?
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Caso 56. - QUESTÃO - Katia foi denunciada em incurso no art. 155 do Código Penal, pois fora ela
que, no dia 20/08/1998, subtraiu celular de Rodolf. A denúncia foi recebida pelo Juiz da 1ª Vara
Criminal em 20/08/1999 Após a instrução processual, Katia foi, em 20/08/2000, condenada a 3
ANOS DE DETENÇÃO. A sentença transitou em julgado para acusação. A apelação interposta
pela defesa foi julgada improcedente. O acórdão foi publicado em 20/08/2009. Qual é a tese de
defesa?
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Caso 57. - QUESTÃO - Ramon, nascido no dia 25/03/1941, foi denunciado em incurso no art.155 c/c
art.71 do Código Penal. A denúncia foi recebida no 23/03/2010. No dia 27/04/2011, foi publicada
sentença que condenou Ramon a uma pena de 4 anos. Apenas a Defesa recorreu e no dia
10/12/2011, o Tribunal de Justiça anulou a r.sentença, haja vista a existência de diversos vícios
existentes no ato. Em 29/03/2012, foi proferira nova sentença que condenou Ramon a uma pena de
1 ANOS E 9 MESES, acrescido de 4 meses, pela continuidade delitiva, totalizando 2 ANOS 2
MESES DE DETENÇÃO. Apenas a Defesa recorreu da decisão. Qual é a tese de defesa?
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QUESTÃO - Kátia foi condenada a 7 anos de reclusão, pela prática da conduta descrita no art.158 do
CP. A sentença transitou em julgado em 18/07/1998. Depois de um ano, iniciou a execução da pena.
Após cumprir 4 anos de pena, Kátia, no dia 25/10/2003, fugiu do estabelecimento prisional e só foi
recapturada em 30/10/2011. Qual é a tese de defesa?
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Caso 59. - QUESTÃO - (FGV – VIII EO Unificado) João foi denunciado pela prática do delito
previsto no art. 299 caput e parágrafo único do Código Penal. A inicial acusatória foi recebida em
30/10/2000 e o processo teve seu curso normal. A sentença penal, publicada em 29/07/2005,
condenou o réu à pena de 01 (um) ano, 11 (onze) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime
semi-aberto, mais pagamento de 16 (dezesseis) dias-multa. Irresignada, somente a defesa interpôs
apelação. Todavia, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao apelo, ao argumento de que
não haveria que se falar em extinção da punibilidade pela prescrição, haja vista o fato de que o réu
era reincidente, circunstância devidamente comprovada mediante certidão cartorária juntada aos
autos. Nesse sentido, considerando apenas os dados narrados no enunciado, responda aos itens a
seguir.
A) Está extinta a punibilidade do réu pela prescrição? Em caso positivo, indique a espécie; em caso
negativo, indique o motivo. (Valor: 0,75)
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B) O disposto no art. 110 caput do CP é aplicável ao caso narrado? (Valor: 0,50)
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