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As crises que se sucederam à primeira guerra mundial abriram espaço à implantação de regime autoritários em vários países da europa.

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As crises que se sucederam à primeira guerra mundial abriram espaço à

implantação de regime autoritários em vários países da europa.

Entre a revolução e o nazifascismo

A crise de 1929 gerou um tremendo desemprego generalizado. Nos três primeiros anos da década de 1930, o desemprego atingiu 23% da Grã-Bretanha, 29% da Áustria e 44% da Alemanha.

A crise econômica produziu uma grande divisão política na Europa. O liberalismo parecia não oferecer resposta para a crise. Trabalhadores, ativistas políticos e intelectuais denunciavam o capitalismo como responsável pela crise e pregavam a revolução socialista.

Setores da classe média e a grande burguesia, preocupados com a iminência de uma revolução, apoiaram em vários casos, propostas autoritárias com o objetivo de defender o capitalismo contra a ameaça comunista.

Nesse quadro europeu, a partir de 30, as propostas autoritárias e totalitárias venceram a revolução e o liberalismo.

Características dos regimes totalitários

O autoritarismo e o totalitarismo são regimes de governo que se caracterizam pelo abuso da autoridade no exercício do poder. É um regime extremo no qual a vontade do grupo governante se confunde com a vontade do estado.

A vida pessoal e as relações sociais são controladas pelo Estado, o cotidiano é rigidamente policiado. A imprensa , a cultura e o sistema educacional são diariamente controlados.

O uso da força também é característico do totalitarismo. Quem não concorda com o regime é considerado criminoso e é perseguido pelo Estado.

Apesar de muitas experiências de autoritarismo na história, o totalitarismo costuma ser associado apenas àquelas que, no século XX, causaram milhões de mortes: o fascismo, na Itália, o nazismo, na Alemanha, o stalinismo, na União Soviética, e o Maoismo, na China.

O termo fascismo designa tanto a ditadura fascista da Itália como a nazista na Alemanha.

A Itália às vésperas do fascismo

Durante a Primeira Guerra Mundial a economia italiana cresceu bastante. Estimulada pela indústria de armamentos, a produção de aço e ferro cresceu muito.

Após a Guerra, a inflação contribuiu para eliminar um grande número de médias e pequenas empresas e para aumentar o desemprego.

500 mil mortos e 400 mil mutilados foi o saldo da guerra para a Itália.

O italianos se sentiram traídos pelos aliados por não terem recebido os territórios prometidos em troca do apoio da Itália aos países da Entente.

Os fascistas marcham sobre Roma

A crise do pós-guerra e o fortalecimento das organizações operárias representavam uma ameaça à monarquia italiana.

O avanço das propostas socialistas e a crise social abriram espaço para a fundação dos fascio di combattimento, grupos paramilitares liderados por Benito Mussolini.

Em 1922, Mussolini e seu grupo atacavam violentamente as organizações operárias e socialistas.

Os latifundiários, comerciantes, banqueiros e industriais italianos apoiavam o fascismo financeiramente.

Em outubro de 1922, os fascistas promoveram a Marcha Sobre Roma. Exigiam a entrega do poder para Mussolini. O rei, pressionado, convocou o líder fascista a ocupar o cargo de primeiro ministro.