cardiologia do esporte aula 1 sistema circulatório · aula 1 –sistema ... •diástole: período...
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Sistema Circulatório
Composto pelo coração, vasos sanguíneos
(artérias, veias e capilares) e sangue
Responsável, pela condução,
distribuição e remoção das mais diversas
substâncias dos órgãos e para os tecidos
do corpo.
Essencial à comunicação entre vários
tecidos.
Funções do sistema circulatório
Responsável por conduzir: O2 para as
células, hormônios para os tecidos, CO2 para
sua eliminação nos pulmões, coleta de
excreções metabólicas e celulares, entrega de
excreções nos órgãos excretores como os rins.
Funções do sistema circulatório
Tem importante papel no sistema
imunológico na defesa contra infecções, termo-
regulação: calor, vasodilatação periférica; frio,
vasoconstrição periférica.
Transporte de nutrientes desde os locais de
absorção até às células dos diferentes órgãos.
Ele transporta o sangue por varias partes do
corpo.
O coração
Órgão muscular oco que se localiza nomeio do peito, sob o osso esterno,ligeiramente deslocado para a esquerda.
Em uma pessoa adulta, tem o tamanhoaproximado de um punho fechado e pesacerca de 300 gramas.
O coração humano, apresenta quatrocâmaras: duas superiores, denominadasátrios e duas inferiores, denominadasventrículos.
O coração
Uma faixa de tecido fibroso separa os átriosdos ventrículos e contém as quatro valvascardíacas.
Um septo muscular separa o átrio direito(AD) do esquerdo (AE) e o ventrículo direito(VD) do esquerdo (VD).
O AD comunica-se com o VD através daválvula tricúspide.
O AE, comunica-se com o VE através daválvula bicúspide ou mitral.
A função das válvulas cardíacas é garantir que o
sangue siga uma única direção, sempre dos átrios
para os ventrículos.
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se
alternadamente 70 vezes por minuto, em média.
A contração de cada câmara do miocárdio
(músculo cardíaco) denomina-se sístole.
O relaxamento, que acontece entre uma sístole e
a seguinte, é a diástole.
Atividade elétrica do coração
O tecido cardíaco apresenta características
elétricas distintas.
Discos intercalados permitem que
potenciais de ação passem para as celulas
adjacentes.
As células miocárdicas podem se
despolarizar espontaneamente –
AUTOMATISMO
A despolarização espontânea gera um potencial
para marca-passo , sendo causada pela redução da
permeabilidade ao K+ e aumento da
permeabilidadeao Ca++ e ao Na++.
Esse fenômeno ocorre, com frequencia mais
rapida, no nódo sinoatrial (SA). Ele atua como
marca-passo.
O estímulo elétrico se origina nas células marca-
passo do nó sino-atrial.
A despolarização elétrica caminha pelo músculo
atrial e chega ao nó atrioventricular (AV), onde sofre
um retardo fisiológico.
Este retardo é que vai originar a contração
sequencial do átrio e ventrículo de forma harmônica.
Os átrios e ventrículos são isolados
eletricamente, possuindo como ligação normal
apenas o nó AV.
O estímulo elétrico se propaga aos ventrículos
através do Feixe de His e seus ramos, distribuindo-
se por todo o miocárdio ventricular através das
fibras de purkinje.
A despolarização do sistema de condução
antecede a contração mecânica.
A atividade de marca-passo é estimulada pelos
nervos simpáticos e inibida pelos nervos
parassimpáticos.
Os neurotransmissores autonômicos agem por
meio da variação das condutâncias da membrana.
Nódulo Sinoatrial (SA) ou nó sino-
atrial ou marcapasso
Região que controla a FC
Localiza-se perto da junção entre
o átrio direito e a veia cava
superior.
É constituído por um aglomerado
de células musculares
especializadas.
A frequência rítmica dessa fibras
musculares é de aproximadamente
72 contrações por minuto.
Como o SA possui uma frequência
rítmica mais rápida em relação às
outras partes do coração, os
impulsos originados do nódulo SA
espalham-se para os átrios e
ventrículos, estimulando essas
áreas tão rapidamente, de modo
que o ritmo do nódulo SA torna-se
o ritmo de todo o coração;
por isso é chamado marcapasso.
Nódulo Sinoatrial (SA) ou nó sino-
atrial ou marcapasso
O ciclo cardíaco3 eventos interdependentes, mas não
simultâneos, possibilitam o ciclo cardíaco:
1) a despolarização celular;
2) a contração miocárdica, que constituirá o ciclo
fisiológico;
3) movimento do sangue e das valvas cardíacas que
compõe o ciclo cardíaco propriamente dito.
Os eventos contráteis, são precedidos pelos
eventos de excitação elétrica e, por sua vez, os
eventos hemodinâmicos sucedem os eventos
contrateis.
Ciclo cardíaco• As câmaras de recepção do sangue, mais complacentes, são
chamadas de átrios', enquanto que as câmaras de ejeção,
mais musculosas, são chamadas de ventrículos.
• Entre os átrios e os ventrículos existem valvas. Estas valvas
permitem a passagem do sangue apenas no sentido do átrio
para o ventrículo. São chamadas de valvas átrio-
ventriculares. No lado direito, temos a valva tricúspide , e
no lado esquerdo a valva mitral.
• Entre os ventrículos e as artérias ficam as valvas
semilunares. Entre o ventrículo esquerdo e a aorta fica a
valva aórtica. Entre o ventrículo direito e o tronco da artéria
pulmonar fica a valva pulmonar.
Controle nervoso do coração
Embora o coração possua seus próprios
sistemas intrínsecos de controle e possa
continuar a operar sem quaisquer influências
nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser
muito modificada pelos impulsos reguladores
do SNC
O sistema nervoso é conectado com o
coração através de dois grupos diferentes de
nervos, os sistemas parassimpático e
simpático.
Controle nervoso do coração
O neurotransmissor simpático noradrenalina
age por meio dos receptores ß1-adrenérgicos,
aumentando a permeabilidade ao Na+ e acelerando a
FC.
A acetilcolina atua nos receptores aumentando
a permeabilidade ao K+ que desacelera a FC.
Controle nervoso do coração
A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os
seguintes efeitos sobre o coração:
(1) diminuição da FC;
(2) diminuição da força de contração do músculo atrial;
(3) diminuição na velocidade de condução dos impulsos
através do nódulo AV, aumentando o período de
retardo entre a contração atrial e a ventricular; e
(4) diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos
coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo
cardíaco.
Controle nervoso do coração
A estimulação parassimpática diminui todas
as atividades do coração.
Usualmente, a função cardíaca é reduzida
pelo parassimpático durante o período de
repouso, juntamente com o restante do corpo.
Isso talvez ajude a preservar os recursos do
coração; pois, durante os períodos de repouso,
há um menor desgaste do órgão.
Controle nervoso do coração
A estimulação dos nervos simpáticosapresenta efeitos exatamente opostossobre o coração:
(1) aumento da FC,
(2) aumento da força de contração, e
(3) aumento do fluxo sanguíneo atravésdos vasos coronários visando a suprir oaumento da nutrição do músculocardíaco.
Controle nervoso do coração
A estimulação simpática aumenta a atividade
cardíaca como bomba, podendo aumentar a
capacidade de bombear sangue em até 100%.
Esse efeito é necessário quando um indivíduo é
submetido a situações de estresse, tais como
exercício, doença, calor excessivo, ou outras
condições que exigem um rápido fluxo sanguíneo
através do sistema circulatório.
Efeitos simpáticos sobre o coração constituem o
mecanismo de auxílio utilizado numa emergência,
tornando mais forte o batimento cardíaco quando
necessário.
Controle nervoso do coraçãoOs neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso
simpático secretam principalmente noradrenalina, razão pela
qual são denominados neurônios adrenérgicos.
A estimulação simpática do cérebro também promove a
secreção de adrenalina pelas glândulas adrenais ou supra-
renais.
A adrenalina é responsável pela taquicardia, aumento
da PA e da frequência respiratória, aumento da secreção do
suor, da glicose sanguínea e da atividade mental, além da
constrição dos vasos sanguíneos da pele.
• Sístole: período de contração. A cada batimento
cardíaco, os átrios contraem-se primeiro,
impulsionando o sangue para os ventrículos, o que
corresponde à sístole atrial.
• Os ventrículos contraem-se posteriormente,
bombeando o sangue para fora do coração, para as
artérias, o que corresponde à sístole ventricular.
• Diástole: período de relaxamento do coração. Nesse
período, de pressão arterial mínima, a cavidade se
dilata e permite a entrada de sangue, para que possa
ser expelido na contração.
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Sistema arterialArtérias: tubos de alta pressão que conduzem o sangue rico em O2
para os tecidos. São formadas de tecido conjuntivo e músculo liso. As
paredes são tão espessas que não se processa qualquer permuta gasosa
entre o sangue arterial e os tecidos circundantes.
O sangue bombeado a partir do VE para dentro da aorta de paredes
bastante musculares, porém elásticas acaba sendo distribuído para todo o
corpo, através de uma rede de artérias e ramos menores denominados
arteríolas.
As paredes das arteríolas são formadas por camadas circulares de
músculo liso que se contraem ou relaxam com a finalidade de regular o fluxo
sanguíneo periférico.
É a capacidade desses “vasos de resistência” em alterar
drasticamente seu diâmetro que proporciona um meio rápido e eficaz de
regular o fluxo sanguíneo.
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Pressão arterial (PA) Uma onda de sangue penetra na aorta em cada
contração do VE.
Os vasos periféricos não permitem que o sangue “escoe”
para dentro do sistema arterial com a mesma rapidez que é
ejetado pelo coração então parte desse sangue é “armazenado”
na aorta. Isto cria uma certa pressão dentro de todo sistema
arterial que se desloca da aorta até os ramos mais afastados da
árvore arterial.
Essa detenção e o subsequente recuo elástico da parede
arterial durante o ciclo cardíaco podem ser percebidos sob a
forma de pulso característico em qualquer artéria superficial do
organismo.
A PA constitui uma função do sangue arterial por
minuto e da resistência vascular ou periférica imposta a
esse fluxo
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Pressão sistólica: Em repouso, a pressão mais alta gerada pelo
coração é de aproximadamente 120mmHg durante a contração,
ou sístole do ventrículo esquerdo.
Ela permite fazer uma estimativa do trabalho do coração e da
tensão que age contra as paredes arteriais durante a contração
ventricular
Pressão diastólica: durante a diástole ou fase de relaxamento
do ciclo cardíaco, a pressão arterial cai para cerca de 70 ou 80
mm Hg.
Ela proporciona uma indicação da resistência periférica, ou da
facilidade com que o sangue flui das arteríolas para dentro dos
capilares.
Quando a resistência periférica é alta, a pressão dentro das
artérias após a sístole não é dissipada rapidamente, assim
sendo, continua elevada durante grande parte do ciclo cardíaco
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Capilares e Veias
As arteríolas continuam se ramificando e formam vasos
menores, menos musculares, chamados metarteríolas. Estas
terminam em uma rede de vasos sanguineos microscópicos
denominados capilares
A parede capilar consiste habitualmente em uma única
camada de células endoteliais. Suas paredes entram em
contato com as membranas das células circundantes.
O capilar deixa o sangue oxigenado e retira o sangue
desoxigenado.
Os capilares lançam o sangue desoxigenado para dentro das
vênulas ou das pequenas veias com os quais se unem. As
veias menores das partes inferior e superior do corpo, são
lançadas em veias maiores e segue para o átrio direito.
Retorno venoso• A baixa pressão do sangue venoso cria um
problema especial, que é resolvido em parte
por uma característica peculiar das veias.
• As veias possuem válvulas membranosas
finas, semelhantes a abas, distribuídas a
pequenos intervalos dentro da veia que
permitem um fluxo sanguíneo unidirecional na
direção do coração.
• Por causa da baixa pressão no circuito
venoso, as veias são comprimidas facilmente
pelas mínimas contrações musculares ou até
mesmo pelas menores alterações na pressão
dentro da cavidade torácica que ocorrem com
a respiração.
• Essa compressão e relaxamento alternado das
veias, assim como a ação unidirecional de
suas válvulas, proporcionam uma volta do
sangue