centro estadual de educaÇÃo tecnolÓgica paula … · si – segurança da informação e...

40
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO PALMITAL 2011

Upload: vonguyet

Post on 03-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA

CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE

TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA

CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO

PALMITAL

2011

CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO

TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza integrante do Centro Paula Souza em Palmital - São Paulo, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade.

Orientador: Prof. José Marcelino Calegari

PALMITAL

2011

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA

CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE

CLÁUDIO ROBERTO VLASIC BAJTALO

TÉCNICOS CONTÁBEIS X DIREITO SOCIETÁRIO = EMPRESA

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________________________

JOSÉ MARCELINO CALEGARI – ORIENTADOR

__________________________________________________________

ROBERTO GABRIEL RONQUI – EXAMINADOR

__________________________________________________________

EDSON ANTÔNIO RAMIRES - EXAMINADOR

DEDICATÓRIA

Dedico este humilde e singelo

trabalho a Deus, nosso Alfa e nosso

Ômega, Criador de todo o universo e

assim seja.

in Memoriam:

MARIA JOSÉ BIERNATH VLASIC

BAJTALO

(06 de março de 1942 - 23 de abril

de 2004) – mãe maravilhosa e

dedicada, muita saudade e amor

eterno, que a imensa paz de Deus

ilumine e habite ser por toda a

eternidade. Amém!

AGRADECIMENTOS

Agradeço desde já à ETEC Professor Mário Antônio Verza pelo apoio

prestado no desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço também ao orientador, o Professor José Marcelino Calegari,

pelo auxílio e suporte técnico, intrínsecos à sua experiência profissional e

acervo intelectual, por suas recomendações e instruções fundamentais para o

sucesso deste trabalho.

Também agradeço aos meus familiares pela compreensão da minha

ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante todo o

processo de elaboração, produção e conclusão deste trabalho.

Muito obrigado a todos!

EPÍGRAFE

“A vida terrena em sociedade, ao sábio cidadão, nada mais é que a conclusão

com louvor de um pós-doutorado e/ou de uma livre-docência na verdadeira e

sagrada ciência do perdão, cujo prêmio com o advento do término da mesma é

o paraíso eterno ao lado de Deus, e isto, só será possível com o contábil

equilíbrio Celestial existente na contabilidade do balanço espiritual de cada um,

onde: para cada perdão que Deus te conceda, deve sempre existir um ou mais

perdões de igual valor (evidentemente respeitadas as devidas proporções da

superioridade Divina) concedidos por ti a outra(s) pessoa(s), logo, da mesma

forma, para cada um ou mais perdões concedidos por ti a outra(s) pessoa(s),

sempre certamente haverá também um perdão equivalente concedido por

Deus à tua pessoa.” (uma fusão da síntese de alguns dos mais ilustres

provérbios e versículos Bíblicos com o método científico das partidas dobradas:

para cada crédito existe um ou mais débitos correspondentes e de igual valor e

vice-versa, de Luca Pacioli, parafraseando assim a Albert Einstein que já dizia:

A ciência sem a religião fica paralítica e a religião sem a ciência fica cega.)

BAJTALO, Cláudio Roberto Vlasic, Técnicos Contábeis X Direito Societário = Empresa, 2011, 30 fls., Trabalho de Conclusão de Curso como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza integrante do Centro Paula Souza em Palmital - São Paulo.

RESUMO Abordagem do problema, dos objetivos gerais, dos objetivos específicos, da justificativa, da importância e da estruturação dos procedimentos metodológicos do projeto de pesquisa. Abordagem da fundamentação teórica do Direito Comercial e consequentemente também do Direito Societário, focando nos tipos de Sociedades, existentes nos mesmos, seus conceitos, suas características, suas metas, seus objetivos e suas finalidades dentro do mercado atual. Apresentação do Técnico em Contabilidade, de seu conceito, da sua finalidade, do seu papel na sociedade e de suas oportunidade e chances no mercado de trabalho de hoje em dia. Abordagem de suas possibilidades, como também de suas responsabilidades ao alcançar o mundo dos negócios e o mundo empresarial, como empreendedor, como empresário, como autônomo e profissional liberal bem sucedido, apenas com suas técnicas e práticas contábeis e alguma noção de Direito Comercial e Direito Societário. PALAVRAS-CHAVE: Técnicos Contábeis, Direito Comercial, Direitos Societários, Tipos de Sociedades, Empresário e Empreendedor.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS:

CRC – Conselho Regional de Contabilidade

CFC – Conselho Federal de Contabilidade

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

SPED – Sistema Público de Escrituração Digital

PJ - Pessoa Jurídica

PF – Pessoa Física

TI – Tecnologia da Informação

SI – Segurança da Informação e Sistemas de Informação

fls. – folhas

p. – página

etc. – et cetera (do latim et cætera) - e os restantes, entre outras coisas

mais

Ltda. – limitada

Iltda. – ilimitada

S.A. – Sociedade anônima

MERCOSUL – Mercado comum aos 4 países da América do Sul mais

próximos do Cone Sul que são: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (a

Venezuela almeja fazer parte também, mas ainda falta o parecer e a

aceitação do Paraguai que ainda não assinou a aceitação de entrada da

Venezuela)

termos latinos:

a priori – a princípio

a posteriori – posteriormente

in Memoriam – em Memória de

vide – veja

vice-versa – reciprocamente

termos ingleses:

layout – leiaute, protótipo

backup – substituto, reserva

internet – international network – rede de trabalho

internacional

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................

13

1.1. PROBLEMA....................................................................................................

13

1.2. OBJETIVOS....................................................................................................

13

1.2.1. Objetivo geral...............................................................................................

14

1.2.2. Objetivos específicos...................................................................................

14

1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................

14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................

15

2.1. O TÉCNICO EM CONTABILIDADE................................................................

15

2.2. DIREITO COMERCIAL...................................................................................

16

2.2.1. Direito societário..........................................................................................

16

3. TIPOS DE SOCIEDADE....................................................................................

17

3.1. SOCIEDADE IRREGULAR E/OU NÃO PERSONIFICADA............................

19

3.1.1. Sociedade irregular e/ou não personificada comum....................................

19

3.1.2. Sociedade irregular não personificada em conta de participação c/sócio...

19

3.1.2.1. Soc. irregular não personificada conta de participação c/sócio ostensivo

19

3.1.2.2. Soc. irregular não personificada conta participação c/sócio participante

19

3.2. SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA........................................

20

3.2.1. Sociedade regular e/ou personificada simples............................................

20

3.2.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples contratual........................

20

3.2.1.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples por contrato público......

20

3.2.1.1.2. Sociedade regular e/ou personificada simples por contrato privado.....

21

3.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial......................................

21

3.2.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda. .........

21

3.2.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda. ........

21

3.2.2.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista (ltda. e iltda.)...

22

3.2.2.4. Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral....

22

3.2.2.5. Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional...............

22

3.2.2.7. Soc. reg. pers. empresarial contratual em nome coletivo e/ou em firma

22

3.2.2.7. Soc reg pers emp contratual em nome coletivo e/ou em firma p/contrato

22

3.2.2.7.1.1. Soc reg pers emp em nome coletivo e/ou em firma: contrato público

22

3.2.2.7.1.2. Soc. reg. pers. emp. em nome coletivo e/ou firma: contrato privado

23

3.2.2.7.2.Soc reg. pers. emp. contratual e ilimitada em nome coletivo e/ou firma

23

3.2.2.8. Sociedade regular personificada empresarial em comandita................... 23

3.2.2.8.1.Soc. reg. personaficada empresarial em comandita simples.................

24

3.2.2.8.1.1. Soc. reg. pers. emp. em comandita simples c/sócio comanditário.....

24

3.2.2.8.1.2. Soc. reg. pers. emp. em comandita simples c/sócio comanditado.....

24

3.2.2.8.2.Soc reg pers emp contr comandita mista: comanditário e comanditado

25

3.2.2.8.3.Soc reg per emp institucional comandita composta por ação ou ações

25

3.2.2.9. Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima s.a. ............

25

3.2.2.9.1.Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima s.a. aberta

26

3.2.2.9.2.Sociedade regular ou personificada empresarial anônima s.a. fechada

26

3.2.2.10. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada..................

27

3.2.2.10.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada.......

27

3.2.2.10.2.Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada

27

3.2.2.10.3.Soc reg e/ou per emp colig p/part simples e/ou p/simples participação

27

4. CONCLUSÃO.......................................................................................................

28

REFERÊNCIAS........................................................................................................

30

13

1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentado um breve resumo do conteúdo a ser

desenvolvido por esta presente lauda de pesquisa, mostrando as mudanças que

acompanharam a área contábil e como os(as) técnicos(as) contabilistas

(principalmente aqueles(as) que estão às vésperas de sua formatura e de realizarem

o seu importante exame de suficiência, aplicados até 2015, quando após esta data

não será mais possível, por determinação do CFC, porém até lá, os CRC’s

distribuídos por todo país continuarão aplicando os mesmos, para a obtenção de

seus registros, que a priori terão validade provisória de 1 ano, mas a posteriori serão

definitivos, após o 1º ano) deverão enfrentar o mercado de trabalho diante desta

nova onda mundial de crises econômico financeiras generalizadas que desde 2008,

voltaram com força total, depois de várias décadas promissoras de crescimento e

desenvolvimento econômico inclusive entre os países emergentes, em

desenvolvimento e subdesenvolvidos, a assolarem o planeta como um todo, que

muito embora ostensivamente ainda intitula-se como globalizado graças aos

sistemas de informação e a uma gama infinita, contínua e constante de grandes e

inovadores avanços tecnológicos, ainda assim se divide em blocos econômicos,

que mesmo maiores, já não suportam mais sustentar tantos calotes públicos,

advindos da má administração de seus(uas) líderes e gestores.

Para complementar estas ideias, é importante se parafrasear a frase de Louis

Pasteur que diz: “A diferença entre, o possível e o impossível, está na vontade

humana”, pois não há como se iniciar e dar prosseguimento nos estudos se não

houver anteriormente a vontade do ser humano.

14

1.1. PROBLEMA

Diante de tudo isto, dos(as) técnicos(as) em contabilidade, mesmo com todo

este dilema e caos já completamente instalado, é esperado êxito em sua árdua

tarefa de desenvolverem todos os seus conhecimentos e todas as suas habilidades

na prestação de serviços, e, ainda assim possam engajar-se com verdadeiro afinco,

já que de posse, envoltos(as) e imbuídos(as) em seu espírito inovador e de

empreendedorismo aplicado, voltado, focado, centralizado e direcionado, não

somente, única e exclusivamente, é claro, mas também à sua área que é a contábil,

no intuito de finalmente contribuir de alguma forma positiva para o desenvolvimento

e progresso sustentável da sociedade.

Na teoria, tudo isto fica muito sublime, resta, no entanto, saber se na prática e

empiricamente falando, isto realmente aconteça com a eficiência e a verdadeira

eficácia necessárias para o que é proposto aqui, sem mencionar que toda essa

problemática apresentada exige uma solução cabal e viável que torne possível todo

este processo em questão, ou seja, surge a importante indagação de qual seria o

dispositivo, ferramenta ou fórmula pela qual a ciência possua e que esteja realmente

disponível no momento para contribuir com os(as) técnicos(as) de contabilidade, na

superação da tão famigerada crise supramencionada e consigam desta forma ainda

inserirem-se no mercado de trabalho de modo mais arrojado, responsável e

empreendedor, como empresários(as), em sociedade consigo mesmos(as), ou

associados(as) a uma entidade ou cooperativa que tenha uma postura mais efetiva

na sua desenvoltura e compostura para que o intento venha se concretizar de

verdade?

No mundo capitalista, as crises e recessões generalizadas tem um ciclo

aproximado de 40 anos para tornarem a acontecer novamente alguns exemplos

disto: 1.929, 1.970 e 2.008..., isto posto, por mais insólito que pareça, a solução está

na resolução da equação: técnicos(as) de contabilidade x direito societário =

empresa contábil ou contabilidade societária.

15

1.2. OBJETIVOS

Este trabalho de pesquisa se propõe diante desta problemática a apresentar

como solução e saída definitiva deste questionamento a inexorável absorção por

parte dos (as) técnicos (as) contábeis de todo o conhecimento possível sobre direito

comercial para poderem em sociedade gerirem da melhor forma as empresas que

por ventura venham a criar, constituir, montar e/ou apenas simplesmente adquirir.

1.2.1. Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho ao apontar os impactos causados pela crise

econômica e financeira mundial no mercado de trabalho, bem como no ramo

contábil, é exatamente o de mostrar como a atualização dentro da área contábil é

essencial para que o (a) contabilista aproprie-se de um maior leque de

conhecimento, que posteriormente possa trazer ótimas contribuições àqueles

momentos em que se faz necessária a melhor escolha durante todo processo de

tomada de decisões importantes e que evidenciarão, de uma vez por todas, sobre a

eficácia e eficiência no uso de alguns métodos empregados à contabilidade e em

prol definitivamente do seu sucesso empresarial, pessoal e também sob o aspecto

do ponto de vista social de um modo geral e da questão em si como um todo.

1.2.2. Objetivos específicos

Constituem-se por objetivos específicos, os seguintes itens:

Ilustrar o papel do(a) técnico(a) em contabilidade, suas atribuições e

suas limitações.

A apresentação dentro do direito comercial mais especificamente dos

direitos societários, das regras e normas provenientes do mais atual

código civil.

Os tipos de sociedades existentes e possíveis para a área contábil,

suas implementações, implantações, adaptações e principalmente

16

como dispositivos primordiais e necessários, suas ferramentas

facilitadoras e disponíveis para e com o intento de cutomização do

desempenho das funções do(a) técnico(a) em contabilidade no seu

respectivo trabalho e/ou negócio para uma gestão mais inovadora,

eficaz, eficiente, rápida e segura e que realmente sirva, colabore e

contribua para que o(a) mesmo(a) possa e venha definitivamente gerir

e gerenciar bem e melhor a sua empresa.

1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesta pesquisa também serão relatados como procedimentos metodológicos,

a profissão de técnico(a) em contabilidade, seus conceitos e atribuições e algumas

noções sobre direito comercial e empresarial, mais especificamente sobre direito

societário e os tipos de sociedade, suas características e suas funções, suas metas,

seus objetivos gerais e específicos, suas finalidades, suas importâncias, suas

vantagens e desvantagens, suas atualizações e em que partes mudaram,

constatando como ele tornou-se fundamental e indispensável não só para o(a)

técnico(a) contábil que queira ingressar no mercado de trabalho de uma maneira

mais arrojada, responsável e empreendedora como empresário(a) e sócio(a) de um

(ou mais) contador(es)(a)(s), economista(s), advogado(a)(s) ou até mesmo de

outro(a)(s) técnico(a)(s) contábil(eis) ou de qualquer outro(a)(s) profissional(is)

liberal(is) afim(ns) e/ou até mesmo de outra(s) pessoa(s) física(s) comum(ns) que

esteja(m) interessada(s) na constituição em sociedade de um negócio, escritório de

consultoria, empresa, entidade ou instituição de caráter pessoa jurídica, etc.

Para se realizar este levantamento, pretendem-se buscar as informações e

dados necessários em sites na Internet, pesquisas bibliográficas, caso seja

necessário e ainda, o levantamento de conteúdo científico em monografias,

dissertações e teses elaboradas com assuntos afins ao tema principal deste

trabalho.

17

1.4. JUSTIFICATIVA

A tecnologia e a segurança nos sistemas de gestão e gerenciamento da

informação digital com suas inovadoras implantações e constantes implementações

estão cada vez mais contribuindo com o desenvolvimento e progresso contínuo das

empresas, dentre essas contribuições está a sua colaboração na solução do maior

problema de todos: a necessidade de informações mais completas e precisas em

um curtíssimo espaço de tempo.

Perante esta exigência torna-se primordial e vital para obter-se êxito, o

acompanhamento dos avanços tecnológicos e o aprofundamento em outros

assuntos e áreas, como o aprendizado de novas línguas, como o inglês em nível

internacional e o espanhol mais especificamente em nível de Mercosul, América

Latina e Espanha e se possível for, mais o francês e o alemão.

As linguagens e os aplicativos de informática por causa da globalização e da

invasão expansiva e cada vez mais veloz do mundo da informação digital em todas

as áreas, tais como o direito comercial, empresarial, societário, trabalhista,

previdenciário, tributário, do consumidor, entre outros, logística, planejamento,

publicidade e marketing, atendimento ao público, gestão de clientes, arquivologia,

administração empresarial sem obviamente se esquecer de se reciclar também na

sua área contábil que como as demais também avança incessantemente.

Tais avanços permitem aos profissionais, em seus trabalhos cotidianos, um

menor tempo perdido na produção de relatórios, disponibilizando assim maior tempo

para suas eventuais análises e interpretações de dados.

Portanto, é conveniente citar a importante frase de Martin Luther King que diz:

"Aprendemos a nadar como peixes e a voar como pássaros, mas ainda não

aprendemos a conviver como verdadeiros irmãos em sociedade." Desta forma, a

importância da melhor gestão dos aspectos societários para o meio empresarial fica

evidenciada e do conhecimento dos tipos de sociedade para o profissional contábil.

18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. O(A) TÉCNICO(A) EM CONTABILIDADE

O(A) técnico(a) em contabilidade, hoje em dia, pode legalmente obter seu

registro profissional no conselho da classe, o CRC, segundo o CFC, até 2015,

estando apto, portanto, a realizar todas as atividades contábeis de sua competência,

responsabilizando-se inclusive pelos demonstrativos contábeis das empresas.

Somente as atividades de perícia contábil e auditoria são reservadas aos(às)

profissionais de nível superior.

Para que o registro profissional do(a) técnico(a) em contabilidade seja

possível são necessárias à conclusão do curso técnico e a aprovação no exame de

suficiência profissional promovido pelo conselho da classe em todo o país, exame

este que será realizado até 2015 como foi exposto anteriormente.

Esse exame, recentemente estabelecido pelo CFC, faz parte de uma série de

ações voltadas para a melhoria da qualidade dos(as) profissionais, já que,

atualmente, boa parte dos Conselhos Regionais adota programas de educação

continuada por meio de cursos de aperfeiçoamento, seminários ou fóruns de

estudos, preocupados com a necessidade dos(as) profissionais em se manterem

atualizados(as).

Vale ressaltar também que, hoje, já não se concebem mais profissionais

técnicos(as) em contabilidade que não tenham bons e sólidos conhecimentos em

informática.

O CFC aponta também para a questão de que entre seus afiliados há um

número muito maior de técnicos em contabilidade do que de contadores

respectivamente.

O(A) técnico(a) em contabilidade precisa estar ciente de que é necessário

manter uma postura e conseqüente desenvoltura bem proativa e muita perspicácia

para compreender a sistemática econômica e financeira, política e social, em nível

local, regional ou mesmo internacional. Sem essa concepção e consciência, o

desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado.

19

2.2. DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL

2.2.1. Direito societário

No direito societário, conforme o que está escrito no artigo de número 982 do

código civil, inicialmente, apenas a título de se definir um ponto de partida para se

começar a trabalhar com o assunto em questão, pode-se dizer que são dois os tipos

de sociedade existentes até o presente momento e assim citados logo a seguir pela

seguinte disposição:

Simples;

Empresária.

E cada qual com as suas respectivas definições, que são as seguintes:

Simples: é aquela que exerce uma atividade econômica ou não, porém

de forma não organizada e quando seu responsável efetua a inscrição

da mesma, assim o faz sempre no cartório de registro civil de pessoa

jurídica de sua sede.

Empresária: é aquela que tem como seu objeto o exercício da empresa

e adquire personalidade jurídica com o registro de seu ato constitutivo

na junta comercial.

Isto posto, o objetivo deste trabalho é poder até o final do mesmo e por

intermédio destas duas definições iniciais e também a partir delas então, com maior

precisão, especificar melhor e mais detalhadamente as demais categorias de

sociedades que são oriundas e que se subdividem em muitas outras, todas aqui

muito bem descritas uma a uma e rigorosamente no seu devido tempo, a partir

destes dois tipos primários de sociedade, que por sinal, são até bem simples e

básicos, como também destacar as suas constituições, dissoluções e os seus

deveres e direitos intrínsecos para todas elas, como também para todos(as) os(as)

seus(uas) componentes e participantes deste distinto universo do direito societário.

20

3. TIPOS DE SOCIEDADE

Num primeiro momento, este capítulo fará uma lista dos principais tipos de

sociedades existentes, passando depois para o detalhamento e caracterização de

cada uma delas.

SOCIEDADE IRREGULAR E/OU DE FATO NÃO PERSONIFICADA

Sociedade irregular e/ou de fato não personificada comum

Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s)

Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s) ostensivo(a)(s)

Sociedade irregular e/ou de fato não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s) apenas participante

SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA

Sociedade regular e/ou personificada simples

Sociedade regular e/ou personificada simples contratual

Sociedade regular personificada simples constituída mediante contrato público

Sociedade regular personificada simples constituída mediante contrato privado

e/ou particular

Sociedade regular e/ou personificada empresarial

Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda.

Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda.

21

Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista

Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral

Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em

firma

Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual

Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual em nome coletivo

e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial em firma constituída por

contrato

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em

firma constituída mediante contrato público

Sociedade regular personificada empresarial em nome coletivo e/ou em firma

constituída mediante contrato privado e/ou particular

Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual e ilimitada em nome

coletivo

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita simples

Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditária simples e/ou em

comandita simples com sócio(a)(s) apenas comanditário(a)(s)

Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditada simples e/ou em

comandita simples com sócio(a)(s) apenas comanditado(a)(s)

22

Sociedade regular personificada empresarial em comandita composta ou mista

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita composta e/ou

mista: comanditária e comanditada

Sociedade regular e/ou personificada empresarial ou em comandita por ação ou

ações

Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em comandita por

ação

Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a.

Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a. – aberta

Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – s.a. – fechada

Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada

Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada

Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada

Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por participação

simples e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por

simples participação

A partir do próximo capítulo serão apresentadas as definições, constituições

e dissoluções que giram em torno de cada sociedade mais especificamente.

23

3.1. SOCIEDADE IRREGULAR E/OU NÃO PERSONIFICADA

Nesta categoria há duas modalidades:

Sociedade irregular e/ou não personificada comum;

Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s).

3.1.1. Sociedade irregular e/ou não personificada comum

É aquela que não tem sequer um único ato constitutivo inscrito no registro

competente, ou seja, nas juntas comerciais ou nos cartórios de pessoas jurídicas.

Seu bem e/ou dívida social constitui o seu patrimônio especial, do qual o(a)(s)

sócio(a)(s) é(são) titular(es) em comum, ainda que de forma irregular. A

responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) é(são) solidária(s) e ilimitada(s) pela(s) sua(s)

obrigação(ões) social(is);

3.1.2. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com

sócio(a)(s)

É aquela que não tem personalidade jurídica, não possui firma social e não se

revela publicamente para terceiro(a)(s).

Nesta categoria figura duas categorias de sócio(a)(s):

Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s) ostensivo(a)(s);

Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação

com sócio(a)(s) participante(s).

24

3.1.2.1. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com

sócio(a)(s) ostensivo(a)(s)

É aquela que contrata em nome da sociedade, possuindo responsabilidade

solidária e ilimitada para com a sua obrigação social;

3.1.2.2. Sociedade irregular e/ou não personificada em conta de participação com

sócio(a)(s) participante

É aquela que não contrata em nome da sociedade, de maneira que não

possui responsabilidade para com a sua obrigação social, porém ficará limitada ao

investimento empregado na sociedade pelo(a)(s) sócio(a)(s) ostensivo(a)(s), no

termo do contrato social.

3.2. SOCIEDADE REGULAR E/OU PERSONIFICADA

Nesta categoria também existe duas modalidades:

Sociedade regular e/ou personificada simples;

Sociedade regular e/ou personificada empresária.

3.2.1. Sociedade regular e/ou personificada simples

Nesta categoria existe a seguinte modalidade:

Sociedade regular e/ou personificada simples que é estabelecida mediante um

contrato.

3.2.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples estabelecida mediante um

contrato

É aquela constituída mediante contrato por escrito, devendo conter, além das

cláusulas livremente pactuadas entre os(as) sócios(as), também devem conter os

demais itens a seguir descritos:

25

Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência do(a)(s)

sócio(a)(s), se pessoa física; firma ou denominação, nacionalidade e

sede do(a)(s) sócio(a)(s), se pessoa jurídica;

Denominação, objeto social, sede e o prazo final de duração da

sociedade;

Capital social em moeda corrente;

Quota-parte de cada sócio(a) no capital social e sua forma de

integralização;

Prestação de cada sócio(a) no capital social, cuja contribuição refira-se

a serviço;

Administração da sociedade e poder de atribuição de cada sócio(a);

Participação de cada sócio(a) nos lucros e perdas;

Responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) (subsidiária ou não);

Este contrato pode ser de duas modalidades:

Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um

contrato público;

Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um

contrato privado.

3.2.1.1.1. Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um

contrato público

É aquela constituída mediante contrato público por escrito.

3.2.1.1.2. Sociedade regular e/ou personificada simples constituída mediante um

contrato privado e/ou particular

É aquela constituída mediante contrato por escrito, privado e/ou particular.

26

3.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial

É aquela, como já foi mencionado anteriormente, cuja pessoa jurídica é a

entidade que explora a empresa, isto é, atividade econômica organizada para

produção ou circulação de bem ou serviço. Classifica-se da seguinte forma:

Quanto à responsabilidade de seu(ua)(s) sócio(a)(s): uma vez personificada a

sociedade, o(a)(s) sócio(a)(s), por via de regra, não responde pela obrigação da

sociedade enquanto não esgotado todo o seu patrimônio social; vale ainda dizer,

que a responsabilidade do sócio(a)(s) é subsidiária. Temos assim:

3.2.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial limitada – ltda.

Respondendo até certo limite da contribuição para o capital social, ou seja,

cada sócio(a) responde pelo valor de sua quota-parte, mas todos são solidários pela

integralização total do capital social, como é especificado pelo artigo de número

1.052 do código civil. É considerada uma das sociedades mais usuais no direito

brasileiro, uma vez que a responsabilidade do(a)(s) sócio(a)(s) está restrita ao valor

de sua quota, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio da sociedade e o

patrimônio pessoal do(a)(s) sócio(a)(s), que não pode ser atingido pela obrigação

social da mesma. Exemplo: ela mesma, ou seja, limitada e a por ações.

Sua dissolução acontece pelos seguintes motivos:

Pelo vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este, e sem

oposição de sócio(a)(s), não entrar a sociedade em liquidação, caso

em que será prorrogada por prazo indeterminado;

Pela vontade unânime dos sócios(as);

Pela deliberação da maioria absoluta dos(as) sócios(as), quando se

tratar de sociedade constituída por prazo indeterminado;

Por falta de pluralidade de sócios(as), não reconstituída no prazo de

180 dias;

Por extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar, conforme

o que está escrito no artigo de número 1.087 do código civil.

27

3.2.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial ilimitada – iltda.

Respondendo de forma solidária e ilimitada pela obrigação social, exemplo:

nome coletivo.

Contudo, o patrimônio do(a)(s) sócio(a)(s) não pode ser alcançado por dívidas

contraídas, salvo quando da aplicação da teoria da desconsideração e salvo

também quando da existência de créditos nos seguintes casos a seguir:

Tributários, como explicita o artigo de número 135 em seu inciso de

número III do Código Tributário Nacional;

Securitários sociais, de acordo com o artigo de número 13 da Lei

Federal de número 8.620 criada em 1.993.

3.2.2.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial mista

É caracterizada com algum sócio respondendo de forma solidária e ilimitada

pela obrigação social enquanto que outro respondendo até certo limite da

contribuição ao capital social, exemplo: comandita simples.

3.2.2.4. Sociedade regular e/ou personificada empresarial subsidiária integral

Enquanto não esgotado o patrimônio social, não pode a execução recair

sobre o bem particular do sócio, como mencionado no artigo de número 1.024 do

Código Civil.

Quanto à forma de constituição e dissolução, classifica-se nas categorias:

Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional.

28

3.2.2.5. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual

É constituída e regulamentada a partir de um contrato social, exemplos: nome

coletivo, comandita simples e a limitada;

3.2.2.6. Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional

É regulamentada a partir de um estatuto social, exemplos:

Comandita por ação e/ou ações;

Anônima.

3.2.2.7. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou em

firma

3.2.2.7.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual em nome

coletivo e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial em firma constituída

mediante contrato

Tanto no caso do contrato ser público ou privado (particular) é a típica

sociedade de pessoas, na qual todo sócio tem responsabilidade solidária e ilimitada

pela obrigação social, de acordo com o que rege o artigo de número 1.039 do

Código Civil.

Somente pessoa física pode participar, seja empresária ou não. A sua

administração compete ao sócio, não se admitindo delegação de poder a terceiro.

São dois os tipos a seguir:

3.2.2.7.1.1 Sociedade regular e/ou personificada empresarial em nome coletivo e/ou

em firma constituída mediante contrato público

É aquela cuja firma é constituída mediante contrato por escrito público.

29

3.2.2.7.1.2. Sociedade regular personificada empresarial em nome coletivo e/ou em

firma de contrato privado e/ou particular

É aquela cuja firma é constituída mediante contrato por escrito privado e/ou

particular.

3.2.2.7.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial contratual e ilimitada

em nome coletivo

Vale a pena lembrar que a sociedade em nome coletivo é também

considerada quanto à forma em que é constituída ou dissolvida como sendo uma

sociedade contratual, o que significa dizer que ela é constituída e regulamentada a

partir de um contrato social e além de tudo isto do que já foi visto sobre ela até aqui

e ainda retratando o seu aspecto no que tange à responsabilidade de seus sócios,

ela também é considerada como sendo uma sociedade ilimitada respondendo de

forma solidária e ilimitada pela sua obrigação social.

É constituída mediante contrato por escrito, devendo conter, cláusulas

pactuadas pelos sócios, que especifiquem a seguir:

Qualificação do sócio;

Objeto social;

Sede;

Prazo de duração;

Capital social;

Contribuição de cada sócio (bem e/ou serviço);

Participação nos lucros e perdas;

Indicação do gerente e sua atribuição.

30

É dissolvida:

Findo o prazo estipulado de sua duração;

Pela vontade unânime dos sócios;

Por deliberações da maioria absoluta dos sócios, quando se tratar de

sociedade constituída por prazo indeterminado;

Por falta de pluralidade de sócios;

Por cassação de autorização para funcionar;

Por falência, segundo o artigo de número 1.044 do Código Civil.

3.2.2.8. Sociedade regular e/ou personificada empresarial e/ou em comandita

São cinco as categorias mais usuais:

Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditária simples

e/ou em comandita simples por sócio comanditário;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial comanditada simples

e/ou em comandita simples por sócio comanditado;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

composta e/ou mista: comanditária e comanditada ou comanditada e

comanditária;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

composta por ação ou por ações;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em

comandita por ação ou por ações

31

3.2.2.8.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita simples

Existem duas situações para este tipo de comandita:

Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente

comanditária e/ou em comandita simples por sócio apenas

comanditário;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente

comanditada e/ou em comandita simples por sócio apenas

comanditado.

3.2.2.8.1.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente comanditária

e/ou em comandita simples por sócio apenas comanditário

Já aqui se trata tanto de ser a pessoa física, mas podendo também se tratar

da pessoa jurídica, ambas com responsabilidade limitada ao valor de sua quota

correspondente, como rege o artigo de número 1.045 do Código Civil. Vale a pena

ressaltar que o sócio comanditário é mero prestador de capital e não participa da

administração da sociedade. No entanto, poderá eventualmente ser constituído

procurador da sociedade com poderes especiais para realizar determinado negócio.

E uma vez considerado sócio, tem direito de participar das deliberações e de

fiscalizar as operações sociais.

3.2.2.8.1.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial somente comanditada

e/ou em comandita simples por sócio apenas comanditado

O comanditado nada mais é do que a pessoa física com responsabilidade

solidária e ilimitada pela obrigação social.

32

Sua dissolução acontece pelos seguintes motivos:

Pelo vencimento do prazo de duração;

Pela vontade unânime dos sócios;

Por deliberações da maioria absoluta dos sócios, quando se tratar de

sociedade constituída por prazo indeterminado;

Por falta de pluralidade de sócios, no prazo de 180 dias;

Por cassação de autorização para funcionar;

Por falência;

Por falta de uma das categorias de sócio por mais de 180 dias.

3.2.2.8.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita composta

e/ou mista

Neste tipo podem-se encontrar duas subdivisões:

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

composta e/ou mista: comanditária e comanditada;

Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

composta por ação ou por ações

3.2.2.8.2.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita

composta e/ou mista: comanditária e comanditada

A comandita é também considerada quanto à forma em que é constituída ou

dissolvida como sendo uma sociedade contratual, o que significa dizer que, ela é

constituída e regulamentada a partir de um contrato social e além de tudo isto do

que já foi visto sobre ela até aqui e ainda retratando o seu aspecto no que tange à

responsabilidade de seus sócios, ela também é considerada como sendo composta

por uma sociedade mista, o que é a mesma coisa também de se dizer que enquanto

ela tem algum sócio respondendo de forma solidária e ilimitada pela obrigação social

ela também tem ao mesmo tempo outro respondendo até certo limite da contribuição

ao capital social.

33

3.2.2.8.2.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial em comandita por

ação ou por ações:

3.2.2.8.2.2.1 Sociedade regular e/ou personificada empresarial institucional em

comandita por ação:

A Sociedade em comandita por ação sob o aspecto relativo quanto à forma de

sua constituição, assim como também de sua dissolução, é denominada também

como sendo um modelo de sociedade institucional, ou seja, é regulamentada a partir

de um estatuto social, assim como é o caso também da sociedade anônima, cujo

modelo de sociedade também será descrito logo a seguir.

3.2.2.9. Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – S.A.

É aquela regida pela lei federal de número 6.404 criada em 1.976, usualmente

utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos.

Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu

objeto social, conforme o que está disposto no artigo segundo da lei de sociedades

anônimas.

É denominada também como sendo um modelo de sociedade institucional, ou

seja, é regulamentada a partir de um estatuto social e se subdivide em dois grupos a

seguir:

3.2.2.9.1.Sociedade regular e/ou personificada empresarial anônima – S.A. – Aberta

Seus valores mobiliários encontram-se em negociação no mercado de valores

mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou da Bolsa de Valores.

3.2.2.9.2.Sociedade regular ou personificada empresarial anônima – S.A. – Fechada

Seus valores mobiliários não estão em negociação nesses mercados,

conforme é o que estabelece o artigo quarto da lei de sociedades anônimas.

34

A sociedade anônima é constituída também por dois tipos de escrituras:

Pública;

Privada e/ou particular.

Devendo em ambos os casos atender aos seguintes requisitos básicos,

dentre eles:

Subscrição, de pelo menos duas pessoas, de todas as ações em que

se divide o capital social;

Realização inicial de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações

subscritas em dinheiro;

Efetivação do depósito da parte do capital em dinheiro de preferência

no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado

para isto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor da

efetivação em dinheiro poderá variar conforme o objeto da companhia.

E ela é dissolvida da seguinte maneira:

De pleno direito;

Por decisão judicial;

Por decisão de autoridade administrativa competente.

E ela é liquidada da seguinte maneira:

Extrajudicial: determinada pelos órgãos da sociedade;

Judicial: determinada por decisão judicial.

E ela é extinta da seguinte maneira:

Pelo encerramento da liquidação que se segue à dissolução;

Pela incorporação;

Pela fusão;

35

Pela cisão: conversão de todo o patrimônio para outras sociedades.

Nota: Após a sentença declaratória de encerramento da falência.

E ela é modificada em sua estrutura da seguinte maneira:

Transformação: ocorre quando a sociedade passa de um tipo

societário para outro, conforme divulgado no artigo de número 220 da

lei de sociedades anônimas;

Incorporação: ato pelo qual uma ou mais sociedades são absorvidas

por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, conforme

o artigo de número 227 da lei de sociedades anônimas;

Fusão: operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para

formar uma nova, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações,

conforme o artigo de número 228 da lei de sociedades anônimas;

Cisão: ato em que a companhia transfere parcelas de seu patrimônio

para uma ou mais sociedades constituídas para este fim ou já

existentes, extinguindo-se a primeira cindida, se houver conversão de

todo o seu patrimônio, ou dividindo-se seu capital, se a conversão for

apenas parcial, conforme o artigo de número 229 da lei de sociedades

anônimas.

3.2.2.10. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada

É aquela que em suas relações de capital são controladas, filiadas ou de

simples participação em outras sociedades, como confere o artigo de número 1.097

do Código Civil.

36

3.2.2.10.1. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada controlada

É aquela regida pelos seguintes incisos:

I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos

votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral tem o

poder de eleger a maioria dos administradores;

II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em

poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades

ou sociedades por esta já controlada;

3.2.2.10.2. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada filiada

É aquela, cujo capital de outra, participa com 10% ou mais, sem controlá-la,

como confere o artigo de número 1.099 do Código Civil.

3.2.2.10.3. Sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada por

participação simples e/ou sociedade regular e/ou personificada empresarial coligada

por simples participação

Consiste na sociedade, cujo capital de outra, participa com menos de 10%,

com direito a voto, como confere o artigo de número 1.100 do Código Civil.

37

Deveres e Direitos:

a) na Sociedade Limitada:

1. Quanto aos deveres dos sócios:

Integralização do capital social;

Lealdade;

Sigilo;

2. Quanto aos direitos dos sócios:

Participar no resultado social;

Contribuir para as deliberações sociais;

Fiscalizar a administração;

Retirar-se da sociedade.

b) na sociedade anônima:

1. Quanto aos deveres dos acionistas:

Pagar o preço de emissão das ações que subscrever.

2. Quanto aos direitos dos acionistas:

Participação nos lucros sociais;

Participação no acervo da companhia, em caso de liquidação;

Fiscalização da gestão dos negócios sociais;

Direitos de preferência na subscrição de novas ações ou valores

mobiliários;

Direito de retirada ou recesso.

38

4. CONCLUSÃO

Inicialmente, aos técnicos em contabilidade, antes de mais nada, fica a

recomendação aqui registrada de que os mesmos devem estar cientes de que,

apesar de sua gana, precisam controlar o seu ímpeto e a sua ansiedade, que são

bastante comuns e próprios o que é muito natural até por conta da ocasião em

questão, não sendo afoitos, nem eufóricos ou entusiastas em demasia, pois o

importante para se constituir uma sociedade em primeiro lugar é ter bastante

cautela, estudar bastante e profundamente sobre o assunto em questão procurando

sempre o suporte necessário de instituições como o Sebrae, entre tantos outros

existentes por aí.

A título de uma orientação valiosa, e saber os tipos de sociedades existentes,

atentando sempre para o fato de que na sociedade irregular é então definida como

toda aquela que não inscreve seus atos constitutivos no registro competente, para

que não reste dúvidas sobre o fato de que apesar de poder parecer ser a princípio o

meio mais rápido e que sugira menos encargos, por isso sugestiona-se menos

oneroso e portanto um método também mais fácil de se adentrar para o mundo

societário empresarial, mesmo que clandestinamente, esqueça, será mera ilusão.

Posteriormente, e com toda a certeza, bem mais cedo do que se imagina,

quem se arriscar por este caminho terá sérios problemas, quanto a isto não há

quaisquer dúvidas, já a sociedade empresarial, para ser regularizada, antes de

iniciar suas atividades, deverá proceder ao registro de seu contrato social na junta

comercial e a sociedade simples, no cartório de registro civil de pessoas jurídicas,

conforme o que está registrado no artigo de número 1.150 do Código Civil.

A falta de registro implicará em sanções de natureza administrativa e judicial:

ela não terá o direito de ingressar com recuperação judicial e nem de pedir a falência

de outra empresa. Porém por tratar-se de sociedade irregular, estará sujeita a

falência, ainda mais agora com o advento do SPED, que é a inovação da mais nova

realidade no setor contábil e fiscal com precisão de informação e em tempo real,

nada disto mais passará ou deixará de ser apontado como irregularidades a serem

corrigidas por lei.

Portanto, em meio a todas estas normas, supracitadas até o presente

momento, é que o profissional contábil deverá certificar-se da segurança do seu

39

ambiente de informática, tanto próprio quanto de terceiros, pois a dependência da

contabilidade, como de outras áreas também, ao departamento de TI está cada vez

maior.

A mudança é radical tanto no que se refere aos usos quanto nos costumes de

dezenas de anos, onde os guarda-livros de antigamente transcreviam os livros

diários, primeiro a caneta tinteiro, depois usavam a datilografia, para em seguida

transcrever no papel com utilização de gelatina copiativa, nesta frenética sequência

surgem os computadores que imprimiam os arquivos digitais em papel para posterior

registro, agora com a preocupação ambiental, ecológica e a necessidade de uma

maior autonomia e sustentabilidade econômica e financeira para evitar esta crise

mundial generalizada e globalizada, que ganha força e simultaneamente aliada e

alela a ela, o fim da impressão em papel, ideia consolidada graças ao advento da

criação do arquivo digital que é validado e assinado eletronicamente com a

certificação digital, convertido em um layout determinado, enviado via internet para o

SPED Nacional, registrado nas juntas comerciais, mantendo-se no meio digital com

todo o respaldo legal.

Conclui-se, finalmente, que essas mudanças continuarão a acontecer, daqui

para frente, sem parar e cada vez mais numa maior velocidade de inovações que

exigirão sempre a constante e contínua atualização dos profissionais contábeis em

relação aos novos processos implementados, os quais serão determinantes na

evidenciação do real valor e importância da profissão e do profissional do ramo da

contabilidade, seja no que tange a sua prestação de serviços como funcionário de

uma empresa, sozinho como autônomo e profissional liberal em seu próprio negócio

e por sua própria conta e risco ou como empresário sócio de outro igual ou não a ele

na constituição de uma empresa, onde no caso do profissional, o mesmo será

reconhecido segundo o seu esforço, a sua competência, a sua habilidade, a sua

intelectualidade, a sua criatividade, independentemente de ser apenas um

funcionário ou empresário, sócio ou dono absoluto e sozinho de seu negócio, o que

realmente vai importar mesmo são se os seus passos irão estar realmente sempre

voltados à direção e ao sentido positivo da evolução e principalmente por sua

vontade em ser um profissional que seja capaz de desenvolver o seu trabalho com

muita qualidade, focado principalmente nas finalidades propostas pela sua honrosa

e nobre profissão.

40

REFERÊNCIAS

Informações disponíveis em:

http://www.jurisite.com.br/apostilas/direito_comercial.pdf. Acesso em 19/11/2011

Informações disponíveis em: http://www.bafisa.com.br. Acesso em 20/11/2011.