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Direito Empresarial Curso para ISS NITERÓI Professor: Cadu Carrilho Professor: Cabu Carrilho www.silviosande.com.br EXERCÍCIOS FGV – ISS Niterói EDITAL - FISCAL DE TRIBUTOS DA PREFEITURA DE NITERÓI DIREITO EMPRESARIAL: Empresário: requisitos, impedimentos, registro e escrituração mercantil. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: requisitos, constituição, registro, transformação, administração, responsabilidade do instituidor. Estabelecimento empresarial: natureza, configuração e contrato de trespasse e suas consequências. Sociedades simples empresárias dispostas no Código Civil: tipos societários e principais características. Sociedade em conta de participação: natureza, constituição, registro e responsabilidade dos sócios. Sociedade limitada: constituição, capital social, responsabilidade dos sócios e administradores, exclusão, direito de retirada e extinção. Nome empresarial Sociedade Anônima: espécies, capital social, valores mobiliários, responsabilidade dos sócios e administradores, órgãos sociais. Operações societárias: transformação, incorporação, fusão e cisão. Contratos empresariais: compra e venda, arrendamento mercantil (leasing), franquia (franchising) e faturização (factoring). Títulos de crédito: princípios gerais, letra de câmbio, duplicata, cheque, cédula de crédito bancário, letra e cédula de crédito imobiliário. Insolvência civil e insolvência empresarial: falência, recuperação judicial e extrajudicial. EMPRESA, EMPRESÁRIO, EIRELI Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho 1. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Alfredo Chaves exerce em caráter profissional atividade intelectual de natureza literária com a colaboração de auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público. Com base nessas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta: a) Alfredo Chaves não é empresário porque exerce atividade intelectual de natureza literária b) Alfredo Chaves não é empresário porque não possui registro em nenhum órgão público. c) Alfredo Chaves será empresário após sua inscrição na Junta Comercial. d) Alfredo Chaves é empresário porque exerce atividade não organizada em caráter profissional.

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EXERCÍCIOS FGV – ISS Niterói

EDITAL - FISCAL DE TRIBUTOS DA PREFEITURA DE NITERÓI DIREITO EMPRESARIAL: Empresário: requisitos, impedimentos, registro e escrituração mercantil. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: requisitos, constituição, registro, transformação, administração, responsabilidade do instituidor. Estabelecimento empresarial: natureza, configuração e contrato de trespasse e suas consequências. Sociedades simples empresárias dispostas no Código Civil: tipos societários e principais características. Sociedade em conta de participação: natureza, constituição, registro e responsabilidade dos sócios. Sociedade limitada: constituição, capital social, responsabilidade dos sócios e administradores, exclusão, direito de retirada e extinção. Nome empresarial Sociedade Anônima: espécies, capital social, valores mobiliários, responsabilidade dos sócios e administradores, órgãos sociais. Operações societárias: transformação, incorporação, fusão e cisão. Contratos empresariais: compra e venda, arrendamento mercantil (leasing), franquia (franchising) e faturização (factoring). Títulos de crédito: princípios gerais, letra de câmbio, duplicata, cheque, cédula de crédito bancário, letra e cédula de crédito imobiliário. Insolvência civil e insolvência empresarial: falência, recuperação judicial e extrajudicial.

EMPRESA, EMPRESÁRIO, EIRELI Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho

1. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Alfredo Chaves exerce em caráter profissionalatividade intelectual de natureza literária com a colaboração de auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público. Com base nessas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta: a) Alfredo Chaves não é empresário porque exerce atividade intelectual de naturezaliterária b) Alfredo Chaves não é empresário porque não possui registro em nenhum órgão público.c) Alfredo Chaves será empresário após sua inscrição na Junta Comercial.d) Alfredo Chaves é empresário porque exerce atividade não organizada em caráterprofissional.

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e) Alfredo Chaves é empresário independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial. Gabarito: E EMPRESA – é a atividade econômica EMPRESÁRIO – pessoa que exerce a empresa Para responder à questão é preciso conhecer o artigo 966 e o seu parágrafo único do Código Civil: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Para que Alfredo seja considerado empresário ele precisa exercer sua atividade dentro das características do Artigo 966: - profissionalismo, - atividade econômica, - organizada e - para a produção e circulação de bens ou de serviços. Na definição de empresário do art. 966, temos as opções de o empresário ser:

- empresário individual - é pessoa física com responsabilidade direta e ilimitada - empresa individual de responsabilidade limitada

EIRELI – pessoa jurídica com responsabilidade LIMITADA. - sociedade empresária – pessoa jurídica – responsabilidade depende do tipo societário, mas

se for sociedade limitada ou anônima, a responsabilidade é limitada, e quase sempre subsidiária, em função da autonomia patrimonial.

* Não confundir EMPRESÁRIO: com sócio, com administrador, com sócio controlador. (Autonomia das pessoas/ Autonomia do patrimônio) Art. 966 - Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Regra: NÃO É CONSIDERADO EMPRESÁRIO Atividade Intelectual de natureza: - científica - literária - artística Exceção: SERÁ CONSIDERADO EMPRESÁRIO se essa profissão for um ELEMENTO DE EMPRESA Será EMPRESÁRIO se essa PROFISSÃO for um ELEMENTO DE EMPRESA.

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- questão pessoal - organiza os fatores de produção - a organização do negócio é mais importante do que o exercício da profissão intelectual. - a profissão é mais um entre tantos outros elementos que formam a empresa. REGISTRO DO EMPRESÁRIO Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Apesar de existir a regra do Artigo 967 estabelecendo que a inscrição do empresário no registro público de empresas mercantis é obrigatória, não é necessário esse registro para que uma pessoa se enquadre no perfil de empresário. A falta do registro traz CONSEQUÊNCIAS para o empresário, como não obter as inscrições federais, estaduais e municipais e não pode emitir nota ou participar de licitações.

• Pode falir? • Pode pedir falência de outro empresário? • Pode pedir recuperação judicial?

*O registro é requisito delineador da REGULARIDADE do empresário e não de sua CARACTERIZAÇÃO. O registro tem natureza DECLARATÓRIA. EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração - Pessoa Jurídica (Art. 44, inciso VI) - Uma única pessoa dona de todo capital social - Capital não inferior a 100 vezes o salário mínimo - Cada pessoa só pode fazer uma EIRELI - transformação – pode ser que uma sociedade fique com um sócio só e peça transformação em EIRELI.

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2 - (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Segundo o art. 966 do Código Civil, é considerado empresário: a) quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. b) quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística. e) quem assume a função de administrador em sociedade limitada ou sociedade anônima. Gabarito: C a) ERRADA – Sócio não se confunde com a definição de empresário. Sócio é um detentor de uma parte do capital social e não empresário, a sociedade que deve ser chamada de empresária. b) ERRADA – O titular do controle, é aquele sócio com maior participação no capital social e que toma as principais decisões referentes à sociedade por ser o detentor da maior parte do capital social e por isso chamado de sócio controlador. Essa pessoa não se confunde com a definição de empresário. c) CORRETA– Definição perfeita prevista no Art. 966. d) ERRADA – Parágrafo único diz que quem exerce profissão intelectual não é empresário. e) ERRADA – Administrador de sociedade é o gerente, o que toca o negócio e não se caracteriza como empresário. 3. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) A respeito do empresário individual, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O empresário individual poderá limitar sua responsabilidade pelos atos praticados no exercício da empresa caso seja enquadrado como microempreendedor individual. ( ) Aquele que for impedido de exercer a empresa em nome próprio por lei especial, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas e poderá ter sua falência decretada. ( ) Ao efetuar seu registro como empresário individual, a pessoa física tem a opção de declarar se exerce a empresa como empresário ou como EIRELI; no primeiro caso, a responsabilidade será ilimitada e, no segundo, limitada. As afirmativas são, respectivamente, a) F, V e V. b) V, F e V. c) V, F e F. d) F, F e V. e) F, V e F.

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Gabarito: E ( ) O empresário individual poderá limitar sua responsabilidade pelos atos praticados no exercício da empresa caso seja enquadrado como microempreendedor individual. Já vimos a diferença de responsabilidade entre empresário individual, EIRELI e sociedade empresária. Definição de MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL. (MEI). LC 123 – Art. 18-A - § 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. O empresário individual não pode limitar sua responsabilidade enquadrando-se como MEI. ( ) Aquele que for impedido de exercer a empresa em nome próprio por lei especial, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas e poderá ter sua falência decretada. O impedido de exercer atividade empresarial, não pode ser empresário porque a LEI proíbe. Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. - Pleno gozo da capacidade civil - Não forem impedidos por LEI Vamos fazer um rol exemplificativo das pessoas impedidas por lei de serem empresários: - Juízes - Servidores Públicos Federais – Membros do Ministério Público – Militares

- O falido – Lei 11.101/2005, Art. 102 * Esses estão impedidos por lei de serem empresários ou sócios gerentes das sociedades. * Eles podem ser sócios de sociedade como cotista ou acionista. Mesmo assim sabemos que muito viram empresários, nesse caso:

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Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. RESPONDERÁ PELAS OBRIGAÇÕES QUE CONTRAIR. Apesar disso, SERÁ CONSIDERADO EMPRESÁRIO, já que a análise para ser empresário ou não é feita com base no artigo 966. E como empresário poderá FALIR. Lei 11.101 de 2005 - Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. ( ) Ao efetuar seu registro como empresário individual, a pessoa física tem a opção de declarar se exerce a empresa como empresário ou como EIRELI; no primeiro caso, a responsabilidade será ilimitada e, no segundo, limitada. Questão que envolve conhecimento do procedimento. Natureza jurídica diferente. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – requerimento de empresário – não tem limite de capital social – exerce empresa como pessoa física – responsabilidade ILIMITADA. EIRELI – ato constitutivo de EIRELI – tem a questão do capital social – exerce a empresa como pessoa jurídica – responsabilidade LIMITADA. 4. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Paulo Afonso, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa. De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta. a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da separação de bens. b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento. c) O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, depende da outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.

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d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime da comunhão universal. e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento. Gabarito: B Pela nossa legislação pode o empresário casado vender os bens imóveis aplicados na atividade econômica sem precisar pedir autorização ao cônjuge para fazer essa venda. Pode, também, o empresário gravar de ônus reais os bens imóveis da empresa sem precisar pedir autorização ao seu cônjuge para fazer isso. Essas possibilidades existem independente do regime de bens do casamento. Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. No caso da questão, Paulo Afonso pretende hipotecar o imóvel da empresa. Hipoteca consiste em um direito real de garantia que recai sobre um bem imóvel. Então, hipotecar um imóvel é gravá-lo de ônus real. Portanto, pode, Paulo Afonso hipotecar o imóvel da empresa sem autorização de sua esposa, independente do regime de bens do casamento deles. Outra regra do empresário casado: Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Enunciado 58 da II Jornada de Direito Comercial do CJF - O empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

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ESCRITURAÇÃO 5. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação aos livros comerciais, desconsiderando a categoria dos micro-empresários e empresários de pequeno porte, analise as afirmativas a seguir. I. O livro "Diário", ou os instrumentos contábeis que legalmente o substituem (as fichas de lançamentos e o livro "Balancetes Diários e Balanços"), é o único livro de escrituração obrigatória para todos os empresários. II. Em demanda entre empresário contra não-empresário, o livro comercial faz prova irrefutável a favor do seu titular, desde que atendidos todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de regularidade do livro. III. As sociedades limitadas, regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples, estão dispensadas da escrituração do livro "Registro de Duplicatas". Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Gabarito: A I. O livro "Diário", ou os instrumentos contábeis que legalmente o substituem (as fichas de lançamentos e o livro "Balancetes Diários e Balanços"), é o único livro de escrituração obrigatória para todos os empresários.

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I – CORRETA - O diário é livro obrigatório e comum a todos os empresários, podendo ser substituído pelo balancetes diários e balanços. Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele. II. Em demanda entre empresário contra não-empresário, o livro comercial faz prova irrefutável a favor do seu titular, desde que atendidos todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de regularidade do livro. II – ERRADA – Não existe prova irrefutável, nesse caso, é preciso que os dados no livro sejam confirmados por outros subsídios. Força probante dos livros empresariais. Importância da escrituração está na questão das provas que os livros do empresário podem produzir. CC - Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios CPC - Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. É lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos. CPC - Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.

III. As sociedades limitadas, regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples, estão dispensadas da escrituração do livro "Registro de Duplicatas".

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III – ERRADA - A afirmação III está incorreta porque o “Registro de Duplicatas” é de escrituração obrigatória a todos os empresários que emitem duplicatas, nos termos do artigo 19 da Lei das Duplicatas (Lei n.°5.474, de 18 de julho de 1968). Art . 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas. EMPRESÁRIO E SOCIEDADE 6. (FGV/TJ-AM/Juiz/2013) Julgue o item: A sociedade limitada que tem por objeto a criação de cabeças de gado para corte, pode ter os seus atos constitutivos registrados no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Gabarito: Correta Para saber se uma sociedade é simples ou empresária. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário (966) sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais - Sociedade empresária é a sociedade que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. - Sociedades simples são as que não se enquadram nos requisitos de empresário do Artigo 966. Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. Art. 982 - Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. Essas sociedades contidas entre os Artigo 1.039 ao 1.092 são:

- Sociedades em Nome Coletivo - Sociedades em Comandita Simples - Sociedades Limitada - Sociedade Anônima - Sociedade em Comandita por Ações

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- Ainda temos: - Sociedades Cooperativas - Sociedades Simples - Simples Simples ou Simples Pura

Registro das Sociedades: Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. Sociedade SIMPLES – Registro Civil de Pessoas Jurídicas Sociedade EMPRESÁRIA – Registro Público de Empresas Mercantis – Junta Comercial – uma por Estado. Criação de cabeça de gado é ATIVIDADE RURAL. PRODUTOR RURAL: Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. SOCIEDADES RURAIS : Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Sociedade Rural em princípio é SIMPLES. Podendo fazer a sua inscrição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas – continuará sendo sociedade SIMPLES. Pode fazer seu registro no Registro Público de Empresas Mercantis

- passará, nesse caso, a ser uma sociedade EMPRESÁRIA. O registro do RURAL no RPEM tem natureza Constitutiva.

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SOCIEDADE – REGRAS GERAIS 7. (FGV/PGM Niterói/Procurador/2014) Salvo as exceções legais, a sociedade simples é aquela cujo objeto não é atividade própria de empresário sujeito a registro obrigatório. No caso de sociedade, cujo objeto seja atividade própria de empresário rural, é correto afirmar que a) trata-se de sociedade empresária, devendo o ato constitutivo ser registrado na Junta Comercial do lugar da sede. b) trata-se de sociedade simples, podendo o ato constitutivo ser registrado no Registro de Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial. c) trata-se de sociedade simples, mas poderá vir a ser uma sociedade empresária se o ato constitutivo for registrado na Junta Comercial. d) trata-se de sociedade simples, exceto se for adotada a forma de cooperativa, quando será empresária e o registro realizado na Junta Comercial. e) trata-se de sociedade empresária, exceto se for adotada a forma de cooperativa, quando será simples e o registro realizado no Registro de Pessoas Jurídicas. Gabarito: C Letra a) ERRADA – Não é sociedade empresária. É sociedade rural e o registro na Junta Comercial é facultativo. Letra b) ERRADA – Não deve ser registrado em um ou em outro registro. Essa alternativa está correta, mas incompleta e existe outra mais completa. Letra c) CORRETA – A princípio é uma sociedade simples, mas se vier a fazer o registro na Junta Comercial passará a ser empresária. Esse registro tem natureza constitutiva. Letra d) ERRADA –Se for cooperativa continua sendo simples, já que as sociedades cooperativas, sempre são simples. Entretanto, como exceção à regra a sociedade cooperativa deve fazer o seu registro na Junta Comercial, mas, mesmo assim, não será considerada empresária. (Lei das Cooperativas – Art. 18, Lei 5764 de 1971, Doutrina e Enunciado) Enunciado 69 da I Jornada de Direito Civil - Art. 1.093: As sociedades cooperativas são sociedades simples sujeitas à inscrição nas juntas comerciais.

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Letra e) ERRADA – Se for cooperativa é simples, mas deve se registrar na Junta. 8. (FGV/SEAD-AP/Auditor Fiscal/2010) A respeito de sociedades empresárias é correto afirmar que: a) adquirem personalidade jurídica com a inscrição do ato constitutivo no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais. b) passam a existir mediante a inscrição do ato constitutivo no Registro Público de Empresas Mercantis. c) adquirem personalidade jurídica apenas após a sua devida inscrição no Cadastro Nacional de pessoas Jurídicas - CNPJ. d) adquirem personalidade jurídica a partir da mera assinatura do contrato social. e) adquirem personalidade jurídica com a inscrição do ato constitutivo no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Gabarito: A Letra a) CORRETA Sociedades podem ser classificadas em:

- Com Personalidade Jurídica – Personificada Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade Limitada, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Anônima, Sociedade em Comandita por Ações, Sociedade Cooperativa.

- Sem Personalidade Jurídica – Despersonificada

Sociedade em comum e Sociedade em Conta de Participação Essas sociedades só ganham vida em termos jurídicos e passam a ser uma PESSOA JURÍDICA, quando fazem a inscrição no Registro devido. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). b) ERRADA – O registro de sociedade pode ser feito em dois lugares diferentes a depender do tipo de atividade, se empresarial ou não empresarial. Elas passam a existir desde a assinatura do Contrato, mas nascem como pessoa com a inscrição no registro. c) ERRADA – A inscrição no CNPJ é uma obrigação acessória junto à Receita Federal.

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d) ERRADA – A assinatura do contrato social gera efeitos entre os sócios, mas não dá personalidade jurídica. e) ERRADA – Sociedade Empresária deve fazer registro na Junta. 9. (FGV/TJ-AM/Juiz/2013)Julgue o item: A sociedade comum é uma espécie de sociedade despersonificada, cujos sócios respondem de forma ilimitada e solidária pelas obrigações sociais, e o sócio que contratou pela sociedade não pode se valer do benefício de ordem. Gabarito: Correta Sociedade em comum – sociedade sem personalidade jurídica - Sociedade de fato - Sociedade irregular Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. 10. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Maria, Betânia e Custódia pretendem constituir uma sociedade empresária e consultam um especialista para saber quais são as cláusulas que devem, obrigatoriamente, constar no referido instrumento contratual. As opções a seguir apresentam cláusulas obrigatórias do contrato, à exceção de uma. Assinale-a. a) Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade. b) De arbitragem ou compromissória. c) Indicação das pessoas naturais incumbidas da administração, seus poderes e atribuições. d) A quota de cada sócio e o modo de realiza-la. e) O capital, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária. Gabarito: B Vejamos as regras gerais sobre as cláusulas de um contrato social: Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:

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I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. As cláusulas mencionadas nos incisos do Artigo 997 precisam estar no contrato social que será feito entre Maria, Betânia e Custódia. O examinador quer que você marque a opção que não consta nesse rol: a) Está no inciso II; b) Não é cláusula obrigatória de um contrato social; Nossa resposta; c) Está no inciso VI; d) Está no inciso IV; e) Está no inciso III; 11. (FGV/Pref. Angra dos Reis/Auditor Fiscal/2010) Em relação às sociedades empresárias, é correto afirmar que a) nas sociedades simples, as cláusulas contratuais que visem excluir sócios de participarem dos lucros e das perdas da sociedade são permitidas, desde que os sócios excluídos sejam administradores da sociedade e que a exclusão tenha por fundamento sua gestão temerária. b) nas sociedades em nome coletivo, a responsabilidade dos sócios referente às obrigações sociais é solidária e ilimitada. Entretanto, os sócios podem limitar entre si a responsabilidade de cada um, contanto que essa disposição esteja no ato constitutivo ou seja aprovada, em unanimidade, em convenção posterior. c) as sociedades limitadas e as sociedades em comandita por ações podem ou não ser empresárias, sendo que essa diferenciação decorre do tipo de atividade por elas empreendida. d) a aquisição de personalidade jurídica das sociedades ocorre com assinatura dos seus atos constitutivos pelos sócios. e) a fim de salvaguardar os direitos dos credores, na execução das dívidas da sociedade inexiste o benefício de ordem entre os bens da sociedade e os dos sócios.

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Gabarito: B a) ERRADA – Trata-se da chamada cláusula leonina, proibida por lei. Esse tipo de cláusula é NULA, o resto do contrato continua válido. Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. b) CORRETA – Responsabilidade dos sócios na sociedade em nome coletivo: - SOLIDÁRIA E ILIMITADA - PODEM LIMITAR A RESPONSABILIDADE ENTRE ELES, DESDE QUE PREVISTA NO CONTRATO. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. c) ERRADA – As limitadas podem ser empresárias ou não. As sociedades em comandita por ações são sempre empresárias. d) ERRADA – Não é com a assinatura e sim com a inscrição no registro. e) ERRADA – A responsabilidade dos sócios em relação às dívidas da sociedade, quando há, é sempre SUBSIDIÁRIA. É o chamado BENEFÍCIO de ORDEM. Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 12. (FGV/XVII Exame da OAB/2015) Perseu, em 2012, ingressa numa sociedade simples, constituída em 2008, formada por cinco pessoas naturais e com sede na cidade de Primeira Cruz. De acordo com as disposições do Código Civil sobre a sociedade simples, assinale a afirmativa correta. a) Perseu é responsável por todas as dívidas sociais anteriores à admissão. b) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais posteriores à admissão. c) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais contraídas no ano anterior à admissão. d) Perseu não responde pelas dívidas sociais anteriores e posteriores à admissão. Gabarito: A

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Os artigos e as explicações referentes à parte do Código sobre “Sociedade Simples” que vai do artigo 997 ao 1.038 são muito cobrados pelas bancas como REGRAS GERAIS APLICADAS ÀS SOCIEDADES. A sociedade simples é um tipo de sociedade personificada. A sociedade simples é uma sociedade contratual que adota como instrumento de constituição o contrato social e como dissolução o distrato social. a) Correta – Quando um novo sócio entra na sociedade simples, ele passa a ser responsável também com os outros sócios por todas as dívidas da sociedade. O sócio novo não se exime da responsabilidade das dívidas da sociedade que existiam antes de ele entrar na sociedade. Perseu responde, portanto, por todas as dívidas sociais juntamente com todos os sócios, mesmo em relação às dívidas que foram feitas antes de sua entrada na sociedade. Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão. b) Errada – Ele não responde apenas pelas dívidas posteriores à sua entrada, ele responde pelas anteriores também. c) Errada – Ele responde por todas as dívidas anteriores que ainda não tenham sido devidamente pagas, independente do prazo da dívida, pois, na lei, não há esse prazo para que Perseu responda pelas dívidas anteriores. d) Errada – Perseu responde sim pelas dívidas anteriores e posteriores. 13. (FGV/XIV Exame da OAB/2014) Mariana, Januária e Cristina decidiram constituir uma sociedade em conta de participação, sendo a primeira sócia ostensiva e as demais sócias participantes. Sobre o caso apresentado, de acordo com as disposições do Código Civil, assinale a opção correta. a) É vedada a participação de mais de um sócio ostensivo na sociedade em conta de participação; logo, as demais sócias não poderão ter a qualidade de sócio ostensivo. b) As sócias participantes Januária e Cristina poderão fiscalizar a gestão dos negócios sociais pela sócia ostensiva Mariana. c) A sociedade em conta de participação deverá adotar como nome empresarial firma social, da qual deverá fazer parte a sócia ostensiva.

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d) A sociedade somente poderá existir se o contrato não estiver inscrito em qualquer registro, pois é uma sociedade não personificada. Gabarito: B É o outro tipo de sociedade não personificada. Não há muita formalidade nesse tipo de sociedade. Geralmente é feito um contrato social que só produz efeitos entre os sócios. Terceiros nem precisam saber que existe esse contrato. E mesmo que o sócio queira registrar esse contrato, a sociedade em conta de participação vai continuar não tendo personalidade jurídica. Há dois tipos de sócios, Sócio OSTENSIVO - que vai exercer a atividade, vai ser o responsável pela busca do lucro e por negociar com terceiros e também o único a se responsabilizar perante terceiros. Sócio INVESTIDOR (doutrina) ou Sócio PARTICIPANTE (lei) - O outro sócio é só um investidor, ele separa um valor para investir nessa sociedade e se afasta, fica escondido perante terceiros, as pessoas que negociam com o sócio ostensivo nem sabem que esse sócio investidor existe. O sócio participante participa do investimento e do lucro apenas, ele não se mete na relação com terceiros, não participa do negócio, ele responde apenas com os compromissos que tenha feito junto ao sócio ostensivo. A sociedade em conta de participação está prevista no Código Civil entre os Artigos 991 a 996. a) Incorreta - A lei estabelece que a atividade desenvolvida pela sociedade em conta de participação só poderá ser feita pelo sócio ostensivo, porém, não há na lei limite para que se tenha apenas um único sócio que seja ostensivo. Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. b) Correta - O sócio ostensivo tem que buscar o lucro e o sócio participante pode ficar de olho no que o ostensivo tem feito para o sucesso do negócio, então, ele pode fiscalizar a atividade do sócio ostensivo. Art. 993 - Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.

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c) Incorreta – A sociedade em conta de participação é um tipo de sociedade que não possui personalidade jurídica Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. d) Incorreta – É um tipo de sociedade que possui contrato social, mas que não possui personalidade jurídica. Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. 14. (FGV/VI Exame da OAB/2011) A respeito da definição de responsabilidade dos sócios nos diferentes tipos societários, é correto afirmar que a) nas sociedades anônimas, os sócios podem ser responsabilizados no limite do capital social, não estando sua responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que subscreveram ou adquiriram. b) nas sociedades em comandita simples, os sócios comanditários são responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. c) nas sociedades limitadas, a responsabilidade de cada quotista é limitada ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. d) nas sociedades em comum, os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, mas não haverá solidariedade entre eles. Gabarito: C As sociedades podem ser classificadas quanto à responsabilidade dos sócios em:

- limitada, - ilimitada e - mista.

a) Incorreta – A responsabilidade do sócio da sociedade anônima, chamado também de acionista, está LIMITADA ao preço de emissão das ações que ele subscreveu ou que ele adquiriu. Lei 6.404 - Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

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b) Incorreta – A sociedade em comandita simples: MISTA. O sócio comanditário responde de maneira LIMITADA. O sócio comanditado responde de maneira ILIMITADA. Os comanditados respondem solidariamente entre eles e de maneira ilimitada pelas obrigações sociais. Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. c) Correta – Nas sociedades limitadas a responsabilidade dos sócios é LIMITADA. Todos respondem solidariamente pela integralização. Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. d) Incorreta – Responsabilidade dos sócios da sociedade em comum é ILIMITADA E SOLIDÁRIA. Quem contrata pela sociedade responde junto com a sociedade. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. 15. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2011) No que tange aos tipos societários presentes no Direito brasileiro, assinale a alternativa correta. a) Em uma sociedade em comandita simples, o sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço. b) A sociedade em conta de participação adquire personalidade jurídica a partir do registro do seu ato constitutivo perante o órgão competente. c) Em uma sociedade em nome coletivo, a administração pode ser exercida por sócio ou por terceiro não sócio, desde que, nesse último caso, haja previsão expressa no contrato social. d) Uma sociedade anônima pode ser dissolvida por decisão judicial quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que representem, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do capital social. e) Uma sociedade limitada pode optar por adotar como nome empresarial a denominação ou a firma social. Em fazendo uso da denominação, o nome deve ser composto do objeto da sociedade, não sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

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Gabarito: A Letra a) CORRETA - Sócio comanditário é o que responde somente pelo valor de suas cotas e quando recebe lucro de boa-fé de acordo com o balanço, não é obrigado a reposição. Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço. Letra b) INCORRETA - A sociedade em conta de participação é uma sociedade não personificada, então, mesmo que o seu contrato seja levado a registro, não conferirá personalidade jurídica à sociedade. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. Letra c) INCORRETA – SOCIEDADE EM NOME COLETIVO Na sociedade em nome coletivo somente os sócios podem ser administradores. Terceiro não sócio não pode ser administrador. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. Letra d) INCORRETA - A alternativa está quase toda certa, o que está errado é o quorum. Não precisa de 25% do capital social, basta que 5% da represantação do capital social proponham a ação de dissolução. Lei 6404 - Art. 206. Dissolve-se a companhia: II - por decisão judicial b) quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital social; Letra e) INCORRETA - Quando a sociedade limitada adota como nome empresarial a denominação, o nome dos sócios pode fazer parte da denominação. Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

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2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 16. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Sobre as causas de resolução da sociedade em relação a um sócio (dissolução parcial) e seus efeitos, assinale a afirmativa correta. a) Verificada a resolução da sociedade por morte de sócio, proceder-se-á à liquidação de sua quota, salvo disposição diversa do contrato. b) A exclusão do sócio por justa causa não o exime das responsabilidades pelas obrigações sociais preexistentes até 1 (um) anos da data da averbação da resolução da sociedade. c) Quando ocorrer a resolução da sociedade em relação a um sócio por retirada, os demais sócios devem proceder à investidura do liquidante para ultimar os negócios sociais. d) O distrato é uma causa de resolução da sociedade em relação a um sócio e, em se tratando de sociedade empresária, deve ser deliberado pela maioria do capital social. e) Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da quota deste será apurado com base no último balanço patrimonial aprovado. Gabarito: A Dissolução parcial O sócio vai sair: - porque quer sair, - porque morreu ou - porque será expulso. a) Correta - Trata da dissolução parcial por morte do sócio. Quando o sócio morre, diz a regra que a sua cota será liquidada. Essa regra não precisa ser seguida se o contrato dispuser de maneira diferente. Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: I - se o contrato dispuser diferentemente; II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido. b) Errada – O sócio pode ser excluído judicialmente por justa causa, nesse caso ele, mesmo fora da sociedade, continua sendo responsável pelas obrigações que a sociedade tinha antes de sua exclusão por um prazo de dois anos. A questão disse que esse prazo é de um ano.

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Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. c) Errada – A dissolução total é o tipo de dissolução que dará fim a sociedade. Depois da dissolução é feita a liquidação e então a extinção. Quando há apenas a retirada de um sócio o que ocorre é uma dissolução parcial e não será feita a liquidação da sociedade, será feita a liquidação apenas da cota do retirante. Por isso, não há que se falar em nomeação de liquidante na dissolução parcial. O liquidante só é nomeado quando ocorre a liquidação total. d) Errada – O distrato social é o documento que caracteriza a dissolução total da sociedade. E, portanto, o distrato não é o documento que causa a resolução da sociedade em relação a um sócio. A saída de um sócio ocorre com a alteração contratual. e) Errada – A cota do sócio retirante será liquidada, mas para saber o valor a ser pago pela sociedade ao sócio que se retira é preciso que se faça um levantamento por meio de um balanço patrimonial especial. Esse balanço deve ser feito no dia da resolução. Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. NOME EMPRESARIAL Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho 17. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Uma sociedade empresária com sede em Denise/MT, composta por três sócios pessoas naturais, adotou o nome empresarial “Pontes, Lacerda & Cáceres”. Sobre esse nome empresarial, assinale a afirmativa correta. a) Trata-se de denominação adotada por sociedade em comandita por ações. b) Trata-se de firma social adotada por sociedade cooperativa. c) Trata-se de denominação adotada por sociedade anônima. d) Trata-se de firma adotada por sociedade em nome coletivo. e) Trata-se de firma adotada por sociedade em comandita simples. Gabarito: D

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Letra a) ERRADA – Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações". Letra b) ERRADA - Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". Letra c) ERRADA - Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente. Letra d) CORRETA – A sociedade em nome coletivo usa a FIRMA SOCIAL como nome empresarial. Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social. Letra e) ERRADA – Como os três sócios estão compondo o nome social, quer dizer que eles três são responsáveis ilimitadamente e por isso não é uma sociedade em comandita simples. Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

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ESTABELECIMENTO Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho 18. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) O complexo de bens organizado e titularizado por empresário para o exercício de atividade econômica em caráter profissional, que pode ser objeto unitário de direitos e negócios jurídicos, denomina-se a) aviamento b) firma c) empresa d) estabelecimento e) matriz ou sede Gabarito: D O estabelecimento é um complexo de bens para o exercício da empresa pelo empresário. Os bens que formam o estabelecimento podem ser materiais ou imateriais. Não confundir estabelecimento com imóvel onde a atividade ocorre, pois, estabelecimento é um conceito que abrange todo o complexo de bens usados na atividade. Não confundir estabelecimento com patrimônio. Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Esse complexo de bens forma uma universalidade, portanto, ele pode ser objeto único de direitos e de negócios jurídicos. Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

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Universalidade, segundo a doutrina, é o conjunto de elementos que podem ser considerados como coisa unitária quando reunidos. Universalidade de fato é aquela que decorre da vontade da pessoa em reunir os bens, por exemplo a biblioteca, um rebanho. Universalidade de direito é a reunião de bens que se dá por determinação da lei, por exemplo a massa falida, o espólio. a) Errada - Cada um dos bens considerados individualmente possuem um valor, quando esses bens são organizados de forma a compor o estabelecimento, faz com que o valor do estabelecimento constituído seja maior do que a soma de todos os bens individualmente considerados, essa diferença de valor que é o aviamento. b) Errada – O nome empresarial pode ser firma ou denominação. Portanto, firma é um tipo de nome empresarial que se caracteriza pelo nome do sócio ou do empresário. c) Errada – Empresa é a atividade econômica. Não podemos confundir empresa, empresário e estabelecimento, pois são três coisas diferentes. d) Correta – Analisado. e) Errada - Matriz ou sede é o local determinado no contrato onde há a concentração administrativa da empresa. 19. (FGV/AL-MT/Procurador/2013) O complexo de bens organizados de forma racional para o exercício da empresa, entendida esta como a atividade economicamente organizada para a produção de bens e serviços, por empresário ou sociedade empresária, é denominado a) estabelecimento. b) patrimônio líquido. c) ações. d) sociedade em comum. e) balanço patrimonial. Gabarito: A Letra a) CORRETA - Definição perfeita no enunciado sobre ESTABELECIMENTO.

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Letra b) ERRADA – Patrimônio líquido é a diferença entre o ativo e o passivo. Letra c) ERRADA – Ações são valores mobiliários de uma sociedade por ações. Letra d) ERRADA – Sociedade em comum é um tipo de sociedade não personificada. Letra e) ERRADA – Balanço patrimonial é uma demonstração contábil. 20. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a afirmativa incorreta. a) É o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. b) Refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. c) Desponta a noção de aviamento. d) Inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis. e) É integrado pela propriedade intelectual. Gabarito: B a) CORRETA – Artigo 1.142. b) ERRADA – Não confunda estabelecimento com a SEDE da sociedade. c) CORRETA – É diferente de aviamento d) CORRETA – Complexo de bens corpóreos e incorpóreos. e) CORRETA – Entre os bens incorpóreos está a propriedade intelectual. Divide-se em direito autoral e propriedade industrial. (Lei 9.79 de 1996 – Lei da Propriedade Industrial). 21. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) Condado Confeitaria Ltda. arrendou o estabelecimento de uma de suas filiais, situado na cidade de Buíque, à sociedade empresária Calumbi, Machados & Cia. Ltda. Não houve notificação prévia do arrendamento aos credores quirografários do arrendador, apenas a publicação legal do contrato e seu arquivamento na Junta Comercial. O contrato foi celebrado pelo prazo de quatro anos e contém estipulação estabelecendo que, durante sua vigência, o arrendador está proibido de fazer concorrência ao arrendatário na cidade de Buíque. Com base nessas informações, é correto afirmar que a estipulação contratual é a) válida, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, a proibição de concorrência ao arrendador persiste durante o prazo do contrato. b) nula de pleno direito, porque viola os princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência, impedindo o restabelecimento do arrendador.

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c) anulável, porque, no caso de arrendamento do estabelecimento, o prazo de proibição de concorrência ao arrendador limita-se aos cinco anos subsequentes à transferência. d) não escrita, porque somente é possível proibir o restabelecimento em caso de alienação do estabelecimento e, ainda assim, até o limite de cinco anos. e) é válida, porém ineficaz perante terceiros, porque, em havendo arrendamento do estabelecimento, o arrendador deveria ter notificado previamente seus credores quirografários. Gabarito: A O estabelecimento é um complexo de bens para o exercício da empresa pelo empresário. Esse complexo de bens forma uma universalidade, portanto, ele pode ser objeto único de direitos e de negócios jurídicos. Pode o estabelecimento ser alienado, ou ser transmitido por meio de usufruto ou por meio de arrendamento. Efeitos quanto a terceiros: Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Para produzir efeitos quanto a terceiros o contrato de arrendamento deve ser REGISTRADO na Junta Comercial e PUBLICADO na imprensa oficial. A outra situação trazida pela questão foi quanto à concorrência do arrendante com o arrendatário. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. A proibição de concorrência é válida, mesmo que nada conste no contrato. Na alienação, essa regra é válida por cinco anos, no arrendamento e no usufruto vale enquanto durar o contrato de arrendamento e de usufruto. O contrato prevê que não pode concorrência, isso também é válido.

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22. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2011) XYZ Produtos Alimentícios Ltda. é uma sociedade empresária, regularmente inscrita no órgão competente desde 1999, cujo objeto constitui a exploração do ramo de alimentos. Com sólido nome no mercado, localizada em um ponto empresarial altamente valorizado no Estado do Rio de Janeiro, detentora de valiosa marca e linhas de crédito pré-aprovadas nos melhores bancos do Estado à sua disposição, os sócios decidem, por maioria absoluta, fazer a cessão do estabelecimento, aproveitando ótima proposta oferecida por um empresário que já atua no mesmo ramo. Em relação ao estabelecimento, assinale a afirmativa correta. a) A sociedade empresária XYZ Produtos Alimentícios Ltda. responde de forma subsidiária por eventuais débitos existentes anteriormente à cessão apontada. b) Para ser considerada eficaz, a cessão é indispensável à expressa autorização dos credores existentes àquela época, ainda que a sociedade possua bens suficientes para solver o seu passivo. c) O contrato de cessão produz efeitos em relação a terceiros desde a sua averbação à margem da inscrição da sociedade no Registro Público de Empresas Mercantis, no caso, a cargo da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, independente de a publicação ocorrer na imprensa oficial. d) A sociedade empresária XYZ Produtos Alimentícios Ltda. não pode fazer concorrência ao empresário adquirente, pelo prazo de 2 (dois) anos, salvo se obtida autorização expressa. e) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produz efeitos em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, somente ficando exonerado se, de boa-fé, paga ao cedente. Gabarito: E

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Letra a) INCORRETA - O vendedor do estabelecimento empresarial continua responsável SOLIDARIAMENTE com o adquirente durante um ano após a venda em relação aos débitos que existiam antes da cessão e não é responsável subsidiariamente como dito na questão. Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Letra b) INCORRETA – EFICÁCIA da ALIENAÇÃO - Se por ocasião da venda do estabelecimento, o antigo proprietário possuir bens suficientes para pagar seu passivo, então não há que se falar em concordância dos credores para efetivação do trespasse. Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.

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Letra c) INCORRETA – EFEITO PERANTE TERCEIROS - Para ter efeito em relação a terceiros é necessária AVERBAÇÃO na Junta Comercial E PUBLICAÇÃO na imprensa oficial. Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Letra d) INCORRETA – CONCORRÊNCIA - A concorrência não pode ser feita pelo prazo de 5 anos. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Letra e) CORRETA - Essa alternativa está de acordo com o previsto no artigo 1.149 do Código Civil. - CESSÃO DOS CRÉDITOS PRODUZ EFEITOS DESDE A PUBLICAÇÃO - MAS SE O DEVEDOR DO CRÉDITO PAGAR AO ANTIGO DONO DE BOA-FÉ FICA EXONERADO DA DÍVIDA. Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

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SOCIEDADE LIMITADA Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho 23. (FGV/BNB/Analista/2014) Com relação à sociedade limitada, analise as afirmativas a seguir: I. Os sócios, após a integralização do capital social, respondem até o valor de suas quotas pelas obrigações sociais. II. Os sócios não têm responsabilidade solidária pela integralização do capital social. III. É disciplinada em capítulo próprio do Código Civil em vigor, podendo o contrato prever a regência supletiva pelas normas das companhias. IV. As quotas sociais poderão ser transferidas a terceiros, não sócios, caso o contrato seja omisso, com o consentimento de todos os sócios. Estão corretas somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) II e IV; e) III e IV. Gabarito: B Sociedades Limitadas – Art. 1.052 a 1.087. I – CORRETA E II – ERRADA - Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Cálculos: III – CORRETA - Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. IV – ERRADA - Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.

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24. (FGV/XV Exame da OAB/2014) Na cláusula décima do contrato social de Populina Comércio de Brinquedos Ltda., ficou estabelecido que: “A cessão a qualquer título da quota de qualquer dos sócios depende da oferta prévia aos demais sócios (direito de preferência) nas mesmas condições da oferta a não sócio. Caso, após o decurso de 30 (trinta) dias, não haja interessado, o cedente poderá livremente realizar a cessão da quota a não sócio". Tendo em vista as disposições do Código Civil acerca de cessão de quotas na sociedade limitada, assinale a afirmativa correta. a) A cláusula é integralmente válida, tendo em vista ser lícito aos sócios dispor no contrato sobre as regras a serem observadas na cessão de quotas. b) A cláusula é nula, porque não é lícito aos sócios dispor no contrato sobre a cessão de quotas, eis que ela depende sempre do consentimento dos demais sócios. c) A cláusula é ineficaz em relação à sociedade e a terceiros, porque o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a outro sócio, independentemente da audiência dos demais. d) A cláusula é válida parcialmente, sendo nula na parte em que autoriza a cessão a não sócio, eis que ela depende sempre do consentimento de três quartos do capital social. Gabarito: A Contrato pode prever como será a regra para cessão de cota.

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Art. 1.057. 25. (FGV/VI Exame da OAB/2011) A respeito das sociedades limitadas, assinale a alternativa correta. a) A sociedade limitada, nas omissões das normas estabelecidas pelo Código Civil, será regida pela Lei 6.404/1976. b) A cessão de quotas de um quotista de uma sociedade limitada para outro quotista da mesma sociedade dependerá de prévia autorização estatutária. c) A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. d) Não dependerá de deliberação dos quotistas a nomeação ou a destituição dos administradores. Gabarito: C a) Incorreta – Legislação subsidiária a ser usada nas limitadas. - Contrato omisso – aplica-se subsidiariamente as regras das sociedades simples. - Contrato pode estipular – que se aplicará subsidiariamente as regras das sociedades anônimas. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. b) Incorreta – Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social. c) Correta – Regra sobre administração da sociedade limitada. A limitada pode ser administrada por uma pessoa ou por mais de uma pessoa. Esse administrador poderá ser designado no próprio contrato social da sociedade limitada, ou poderá ser designado também por ato separado ao contrato. Esse administrador pode ser sócio ou não sócio. Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.

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d) Incorreta – Os administradores da sociedade serão escolhidos pelos cotistas da sociedade que deliberarão sobre a escolha para designar e nomear administradores, bem como deverão se reunir também para decidirem sobre a saída ou destituição dos administradores. Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: (...) II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; III - a destituição dos administradores; Exemplo de quórum de deliberação: Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização 26. (FGV/IX Exame da OAB/2012) A sociedade limitada encontra-se regulada nos artigos 1052 a 1087 do Código Civil. Para que ela possa atingir sua finalidade, necessita de patrimônio, já que sua personalidade é diversa da personalidade dos sócios. Em relação ao capital e ao patrimônio social desse tipo societário, assinale a afirmativa incorreta. a) No momento em que a sociedade limitada é constituída e inicia a atividade que constitui o objeto social, o patrimônio é igual ao capital social. b) Na constituição da sociedade há possibilidade do ingresso de sócio cuja contribuição consista exclusivamente em prestação de serviços. c) A distribuição dolosa de lucros ilícitos acarreta a responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem. d) O sócio remisso é aquele que não integraliza sua quota na forma e prazo previstos, podendo, por esse fato, ser excluído da sociedade. e) Nas sociedade limitadas é facultativa a instalação do Conselho Fiscal. Gabarito: B a) Correta – No momento em que uma sociedade inicia, todo patrimônio que a sociedade possui é o que os sócios usaram como aporte no capital social. Conforme a sociedade vai adquirindo bens, contraindo obrigações, tendo lucro ou prejuízo, vai acarretando mudança no patrimônio da sociedade de maneira que dificilmente depois desse início o patrimônio será igual ao capital social.

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b) Incorreta – Na sociedade limitada é possível que o sócio use para contribuir com o capital social dinheiro ou bens que possam ser avaliados em dinheiro, mas nunca será permitido que o sócio use prestação de serviço como aporte no capital social da sociedade limitada. Art. 1.055 - § 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. c) Correta – Se houver distribuição de lucro que não cabeira, que seriam lucros ilícitos ou fictícios, os responsáveis por essa distribuição, que são os administradores, responderão solidariamente e os sócios que receberem sabendo dessa ilicitude também respondem. Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. d) Correta – Sócio remisso é aquele “cara” que assina o contrato social se comprometendo a contribuir com um valor para formação do capital social, porém ele não cumpre a sua obrigação, deixando de integralizar na forma e no prazo combinado o valor devido. Entre as opções legais do que os outros sócios podem fazer com o remisso está a possibilidade de excluir o remisso da sociedade. Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. e) Correta – INCLUÍDA POR MIM. Conselho Fiscal é órgão facultativo nas limitadas. Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembléia anual prevista no art. 1.078. 27. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) A sociedade Campos de Júlio Comércio de Gelo Ltda. tem nove sócios e o contrato social estabelece que as deliberações serão tomadas em reunião de sócios. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. Sócios titulares de mais de um quarto do capital podem convocar reunião de sócios, quando não atendido, no prazo de cinco dias, pedido de convocação fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas. II. Anualmente haverá reunião dos sócios, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, com o objetivo de tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico.

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III. O contrato social pode estabelecer que a representação do sócio na reunião seja feita por outras pessoas, além de outro sócio ou advogado. a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente a afirmativa II estiver correta. e) se somente a afirmativa I estiver correta. Gabarito: A As DELIBERAÇÕES DA LIMITADA PODEM SER TOMADAS EM REUNIÃO OU EM ASSEMBLEIA. SE A LIMITADA TIVER mais de 10 SÓCIOS É OBRIGATÓRIA A ASSEMBLEIA. Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. § 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez. Art. 1.079. Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no contrato, o estabelecido nesta Seção sobre a assembléia I – ERRADA – Em regra, quem convoca a reunião ou assembleia são os administradores, nos casos previstos em lei ou no contrato. A reunião também pode ser convocada por SÓCIO. Mais de um quinto do capital social. Quando pedido de convocação não for atendido em oito dias. Art. 1.073. A reunião ou a assembléia podem também ser convocadas: I - por sócio, quando os administradores retardarem a convocação, por mais de sessenta dias, nos casos previstos em lei ou no contrato, ou por titulares de mais de um quinto do capital, quando não atendido, no prazo de oito dias, pedido de convocação fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas; II – CORRETA – Chamada assembleia anual obrigatória ou reunião. Art. 1.078. A assembléia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro meses seguintes à ao término do exercício social, com o objetivo de: I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico;

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II - designar administradores, quando for o caso; III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. III – CORRETA – Art. 1.074 - § 1o O sócio pode ser representado na assembléia por outro sócio, ou por advogado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a ata. Enunciado 484 da V Jornada de Direito Civil – Art. 1074, § 1º: Quando as deliberações sociais obedecerem à forma de reunião, na sociedade limitada com até 10 (dez) sócios, é possível que a representação do sócio seja feita por outras pessoas além das mencionadas no § 1º do art. 1.074 do Código Civil (outro sócio ou advogado), desde que prevista no contrato social. 28. (FGV/PGM Niterói/Procurador/2014) Os sócios da sociedade limitada Móveis Itaocara Ltda. decidiram reduzir o capital social de R$ 290.000,00 (duzentos e noventa mil reais) para R$ 90.000,00 (noventa mil reais) por entenderem que seu valor era elevado para a realização da empresa. Deliberaram, por unanimidade, que o excesso seria devolvido aos sócios que integralizaram suas quotas e os demais seriam dispensados da integralização. O capital social na data da deliberação estava parcialmente integralizado no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). De acordo com as disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta. a) A redução do capital somente se tornará eficaz se, no prazo de 90 dias contados da data da publicação da ata da assembleia, não for impugnada por credor quirografário por título líquido anterior à data da assembleia, ou se provado o pagamento da dívida ou o depósito judicial do respectivo valor. b) A deliberação poderá ser anulada por qualquer credor da sociedade porque os sócios não poderiam ter deliberado a redução do capital social sem que antes o tivessem integralizado. c) Os sócios deverão arquivar a ata da assembleia na Junta Comercial no prazo de 30 dias da data da deliberação, podendo qualquer credor se manifestar contra a decisão no prazo de 90 dias contados do arquivamento da ata. d) A redução do capital social pode ser feita independentemente da manifestação do credores, porque o capital social foi reduzido ao valor parcialmente integralizado; portanto, a responsabilidade de cada sócio passou a ser restrita ao valor de suas quotas, desaparecendo a solidariedade pela integralização. e) Os sócios deveriam ter submetido a proposta de redução do capital social à manifestação prévia dos credores privilegiados e quirografários; como não o fizeram responderão ilimitadamente pelas obrigações sociais anteriores à deliberação. Gabarito: A

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O capital social poderá ser reduzido se houver perdas irreparáveis, quando já integralizado. Ou se o capital social estiver excessivo em relação ao seu objeto. Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato: I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis; II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade. A questão trata do inciso II. Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será feita restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se as prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os casos, do valor nominal das quotas. Letra a) CORRETA – Art. 1.084 - § 2o A redução somente se tornará eficaz se, no prazo estabelecido no parágrafo antecedente (90 dias), não for impugnada, ou se provado o pagamento da dívida ou o depósito judicial do respectivo valor. Art. 1.084 - § 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata da assembléia que aprovar a redução, o credor quirografário, por título líquido anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado. Letra b) ERRADA – Só não pode reduzir se o capital ainda não estiver integralizado no caso de perdas irreparáveis. Aí sim poderia anular a decisão. No caso, os sócios poderiam deliberar pela redução, mesmo sem a total integralização. Letra c) ERRADA – Todos os atos devem ser levados a registro em até 30 dias. Porém, o prazo para impugnação de algum credor é de 90 dias, contados da PUBLICAÇÃO da ata que aprovar a redução e não do arquivamento. Art. 1.151 - § 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos. Art. 1.084 - § 3o Satisfeitas as condições estabelecidas no parágrafo antecedente, proceder-se-á à averbação, no Registro Público de Empresas Mercantis, da ata que tenha aprovado a redução. Letra d) ERRADA – Já que a eficácia da redução depende sim da não impugnação dos credores. Letra e) ERRADA – A oportunidade de manifestação dos credores contra a redução, a impugnação, deve ocorre DEPOIS da publicação da ata que decide pela redução e não previamente. OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS

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29. (FGV/TJ-AM/Juiz/2013) Julgue: A transformação de uma sociedade limitada depende de aprovação de 3/4 do capital social, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade mediante alteração do contrato social. Gabarito: Errada Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031. 30. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2009) A respeito das operações de reestruturação societária, assinale a afirmativa incorreta. a) Na operação de incorporação, uma sociedade é absorvida por outra, que lhe sucede em todos os seus direitos e obrigações. b) Na operação de incorporação de ações, uma sociedade incorpora todas as ações do capital social de outra sociedade transformando-a em sociedade unipessoal, denominada no direito brasileiro de subsidiária integral. c) Na operação de fusão, duas companhias fundem os seus patrimônios, formando uma nova sociedade que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. d) Na operação de cisão parcial, a companhia transfere parcela do seu patrimônio para outra sociedade, constituída ou já existente, dividindo-se o seu capital social. e) Na operação de aquisição do poder de controle acionário, uma pessoa, física ou jurídica, adquire ações representativas de 50% ou mais do capital votante de uma companhia. Gabarito: E a) CORRETA – INCORPORAÇÃO. Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos. b) CORRETA – INCORPORAÇÃO DE AÇÕES

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Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista sociedade brasileira. § 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral mediante aquisição, por sociedade brasileira, de todas as suas ações, ou nos termos do artigo 252. Art. 252. A incorporação de todas as ações do capital social ao patrimônio de outra companhia brasileira, para convertê-la em subsidiária integral, será submetida à deliberação da assembléia-geral das duas companhias mediante protocolo e justificação, nos termos dos artigos 224 e 225. c) CORRETA – FUSÃO Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações. d) CORRETA – Definição de CISÃO que pode ser TOTAL ou PARCIAL. Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. e) ERRADA – A aquisição do poder de controle não exige necessariamente à aquisição de 51% do capital social votante, mas de quantas ações forem necessárias para ter o direito de eleger a maioria dos membros do Conselho de Administração e de ter maioria nas deliberações assembleares. Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. SOCIEDADE ANÔNIMA Direito Empresarial – Prof. Cadu Carrilho 31. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2011) A Companhia CBA Tintas, sociedade anônima cujo capital social fixado no projeto do estatuto, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), foi dividido em

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oitenta ações ordinárias no valor total de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) a serem subscritas pelos sócios João e José, em partes iguais, e vinte ações preferenciais no valor total de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a serem subscritas pelo sócio Joaquim, é considerada regularmente constituída somente a partir a) do arquivamento dos documentos relativos à constituição no Registro Público de Empresas Mercantis e a sua subsequente publicação, em até trinta dias, em órgão oficial do local de sua sede. b) da assembleia geral de constituição, desde que aprovada a proposta por votos de acionistas que representem, ao menos, metade do capital social. c) do depósito realizado em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. d) do arquivamento da ata da assembleia de constituição da companhia perante o Registro Público de Empresas Mercantis. e) da realização, como entrada, de dez por cento, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro. Gabarito: A ETAPAS DE CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANÔNIMA - Só após o cumprimento de todas as etapas a Sociedade Anônima é considerada REGULARMENTE CONSTITUÍDA. Essas etapas são chamadas de:

- Requisitos Preliminares - Modalidades de constituição (pública ou privada) - Formalidades Complementares

Requisitos preliminares são: Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. Modalidade de constituição: subscrição pública ou subscrição particular.

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- A subscrição pública ocorre por meio da assembleia geral. - A subscrição particular pode ser por meio de assembleia geral ou por escritura pública Art. 88. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores. Letra a) CORRETA – Fase das formalidades complementares de REGISTRO e PUBLICAÇÃO. Reflete o previsto no artigo 98 da lei e que só ocorre após todos os requisitos preliminares e as formalidades estão devidamente feitos. Então a sociedade está regularmente constituída com o arquivamento e a publicação desse arquivamento. Art. 98. Arquivados os documentos relativos à constituição da companhia, os seus administradores providenciarão, nos 30 (trinta) dias subseqüentes, a publicação deles, bem como a de certidão do arquivamento, em órgão oficial do local de sua sede. Art. 94. Nenhuma companhia poderá funcionar sem que sejam arquivados e publicados seus atos constitutivos. Letra b) ERRADA – A assembleia ocorre, mas ainda não define a constituição da companhia. Letra c) ERRADA – O depósito é feito nos requisitos preliminares Letra d) ERRADA – Não é apenas o arquivamento, mas sim o arquivamento mais a publicação. Letra e) ERRADA – Requisito preliminar. 32. (FGV/X Exame da OAB Nacional/2013) A respeito das diferenças existentes entre as sociedades anônimas abertas e fechadas, assinale a afirmativa correta. a) A companhia será aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão sejam admitidos ou não à negociação no mercado de bolsa ou de balcão. b) As companhias abertas poderão emitir partes beneficiárias, opções de compra de ações e bônus de subscrição. c) O estatuto social de uma companhia fechada nunca poderá impor limitações à circulação das ações ordinárias, mas poderá fazê-lo em relação às ações preferenciais. d) As ações ordinárias e preferenciais de uma companhia aberta poderão ser de uma ou mais classes. Gabarito: A Valores Mobiliários: - Ações - são os valores mobiliários que representam partes do capital social e conferem a seus titulares os direitos de serem sócios da sociedade

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- Debêntures - conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão - Partes Beneficiárias - conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais Vedada emissão por companhia aberta. - Bônus de Subscrição - conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações do capital social Mercado de Valores Mobiliários - Mercado de balcão – capital primário - Bolsa de Valores – capital secundário a) Correta - Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários b) Incorreta - Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias". § 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190). Art. 47. Parágrafo único. É vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias. c) Incorreta – Art. 20. As ações devem ser nominativas. Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos acionistas. d) Incorreta – A lei estipula a seguinte possibilidade sobre a divisão em classes das ações: - As ações ordinárias podem ser dividias em classes apenas nas companhias fechadas, nas companhias abertas as ações ordinárias não podem ser divididas em classes. - As ações preferenciais podem ser divididas em classes tanto nas companhias fechadas como nas abertas. Art. 15. § 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes.

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33. (FGV/XII Exame da OAB Nacional/2013) Com relação às sociedades anônimas, assinale a opção correta. a) As ações preferenciais são sempre ações sem direito de voto e com prioridade no recebimento de dividendos fixos e cumulativos. b) A vantagem das ações preferenciais de companhia fechada pode consistir exclusivamente em prioridade no reembolso do capital. c) A primeira convocação de assembleia geral de companhia fechada deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) dias antes de sua realização. d) O conselho de administração é órgão obrigatório em todas as sociedades anônimas fechadas, com capital autorizado e de economia mista. Gabarito: B As ações podem ser: - ordinárias - preferenciais - De fruição Letra a) INCORRETA e b) CORRETAS – “Sempre” está errado. Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir: I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II. Letra c) Incorreta – Para a correta convocação da assembleia geral é preciso fazer um anúncio e publicar esse anúncio por três vezes no mínimo. Art. 124. A convocação far-se-á mediante anúncio publicado por 3 (três) vezes, no mínimo, contendo, além do local, data e hora da assembléia, a ordem do dia, e, no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria. § 1o A primeira convocação da assembléia-geral deverá ser feita: I - na companhia fechada, com 8 (oito) dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro anúncio; não se realizando a assembléia, será publicado novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias; II - na companhia aberta, o prazo de antecedência da primeira convocação será de 15 (quinze) dias e o da segunda convocação de 8 (oito) dias.

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Letra d) Incorreta – Conselho de Administração é um órgão da administração da companhia, com os membros eleitos pela assembleia geral. Art. 138 - § 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração. Art. 239. As companhias de economia mista terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.

- Facultativo – - Obrigatório –

34. (FGV/TCE-RJ/Auditor Substituto/2015) A Comissão de Valores Mobiliários recebe denúncia protocolizada por Marcelo, um dos acionistas da Sociedade URCA S.A, companhia de capital fechado, por funcionar sem a constituição do Conselho de Administração. Considerando as disposições contidas na Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/1976), a denúncia será: a) arquivada, porque sua criação não é obrigatória para a administração das sociedades, seja para aquelas de capital aberto ou fechado; b) arquivada, porque a criação do Conselho de Administração só é necessária para funções executivas quando se tratar de sociedade anônima de capital fechado; c) acolhida, porque a criação do Conselho de Administração, em se tratando de sociedade anônima de capital fechado, é órgão imprescindível à sua administração; d) acolhida, porque a sua criação é imprescindível, já que é órgão supremo de todas as sociedades anônimas, seja de capital aberto ou fechado; e) arquivada, porque a criação do Conselho de Administração não é obrigatória, por se tratar a sociedade denunciada de sociedade anônima de capital fechado. Gabarito: E O conselho de administração é órgão facultativo nas companhias fechadas e obrigatório nas companhias abertas, nas companhias de capital autorizado e nas sociedades de economia mista. Art. 138§ 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração. 35. (FGV/BADESC/Advogado/2010) O Conselho de Administração nas sociedades anônimas, de acordo com a Lei 6.404/76, poderá ser: a) facultativo nas sociedades de economia mista e nas sociedades de capital aberto.

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b) facultativo nas sociedades de economia mista e obrigatório nas sociedades de capital aberto. c) obrigatório nas sociedades de economia mista e facultativo nas sociedades de capital fechado. d) obrigatório somente nas sociedades de economia mista. e) facultativo somente nas sociedades de capital autorizado. Gabarito: C O conselho de administração é órgão facultativo nas companhias fechadas e obrigatório nas companhias abertas, nas companhias de capital autorizado e nas sociedades de economia mista. Art. 138§ 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração. 36. (FGV/BADESC/Advogado/2010) As alternativas a seguir apresentam espécies de debêntures, em função das garantias oferecidas pela sociedade emissora, à exceção de uma. Assinale-a. a) as com garantia real. b) as com garantia flutuante. c) as com garantia pessoal. d) quirografárias. e) subquirografárias. Gabarito: C Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) As debêntures podem ser emitidas:

- com garantia real - com garantia flutuante - sem preferência (quirografária) - Subordinada (subquirografária)

Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real ou garantia flutuante, não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais credores da companhia

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37. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação aos órgãos sociais das sociedades anônimas, analise as afirmativas a seguir. I. A assembleia geral ordinária poderá deliberar sobre qualquer assunto de interesse da companhia. II. O estatuto da companhia poderá prever a existência de órgãos técnicos de assessoramento, não previstos na lei das sociedades por ações. III. O conselho de administração é, em princípio, órgão facultativo, sendo obrigatório somente nas sociedades anônimas abertas, nas de capital autorizado e nas de economia mista. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente a afirmativa I estiver correta. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Gabarito: C I – INCORRETA – A assembleia que trata de qualquer assunto é a assembleia geral EXTRAORDINÁRIA. Art. 131. A assembléia-geral é ordinária quando tem por objeto as matérias previstas no artigo 132, e extraordinária nos demais casos. Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia-geral para: I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso; IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital social (artigo 167). II – CORRETA – Pode criar sim esses órgãos Técnicos e Consultivos. Art. 160. As normas desta Seção aplicam-se aos membros de quaisquer órgãos, criados pelo estatuto, com funções técnicas ou destinados a aconselhar os administradores. III – CORRETA – De novo.

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38. (FGV/PGM Niterói/Procurador/2014) Sobre o Conselho Fiscal na sociedade anônima de economia mista, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O estatuto deverá prever a existência do Conselho Fiscal na companhia de economia mista, que será um órgão permanente. ( ) O mandato dos conselheiros fiscais é de 3 (três) anos, permitida reeleição sucessiva, para coincidir com o mandato dos conselheiros de administração. ( ) Os acionistas titulares de ações ordinárias minoritários poderão eleger um conselheiro e seu suplente; outro conselheiro e suplente poderá ser eleito pelos titulares de ações preferenciais, se houver. ( ) A competência para a eleição do Conselho Fiscal é da Assembleia Geral, exceto se o estatuto a outorgar ao Conselho de Administração. ( ) O número mínimo de conselheiros é de 4 (quatro), sendo pelo menos três conselheiros eleitos com os votos do acionista controlador. As afirmativas são, respectivamente, a) V, F, V, F e F. b) F, V, F, F e V. c) V, F, F, V e V. d) F, F, V, V e V. e) V, F, F, F e V. Gabarito: A 1 – VERDADEIRO – 3 – VERDADEIRO – Art. 240. O funcionamento do conselho fiscal será permanente nas companhias de economia mista; um dos seus membros, e respectivo suplente, será eleito pelas ações ordinárias minoritárias e outro pelas ações preferenciais, se houver. 2 – FALSO – Art. 161 - § 5º Os membros do conselho fiscal e seus suplentes exercerão seus cargos até a primeira assembléia-geral ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser reeleitos. 4 – FALSO – 5 – FALSO – Art. 161 -§ 1º O conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos pela assembléia-geral. Conselho Fiscal nas demais sociedades anônimas

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Art. 161. A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais em que for instalado a pedido de acionistas. 39. (FGV/PGM Niterói/Procurador/2014) Os diretores da companhia aberta “X” deixaram de comunicar um fato relevante ocorrido em seus negócios por entenderem que sua divulgação poderia colocar em risco o legítimo interesse da companhia além de frustrar a realização da operação, que deveria ser mantida no mais absoluto sigilo por cláusula de confidencialidade durante as tratativas. Com base nas disposições da Lei de Sociedades por Ações, assinale a afirmativa correta. a) Os diretores descumpriram o dever de informar porque deveriam ter divulgado pela imprensa o fato relevante e comunicado às autoridades do mercado de valores mobiliários e à Bolsa de Valores. b) Os diretores não descumpriram o dever de informar por se tratar de assunto interno da companhia e que não deve ser divulgado ao mercado nem comunicado às autoridades do mercado de valores mobiliários c) Os diretores descumpriram o dever de informar porque não poderiam ter omitido o fato relevante da Comissão de Valores Mobiliários, a quem cabe, exclusivamente, a discricionariedade de avaliar se a informação colocará ou não em risco o interesse da companhia. d) Os diretores descumpriram o dever de informar porque caberia à Assembleia Geral avaliar a conveniência e oportunidade da divulgação do negócio ao mercado e às autoridades regulatórias e) Os diretores não descumpriram o dever de informar, porém a Comissão de Valores Mobiliários, a pedido de qualquer acionista, ou por iniciativa própria, poderá decidir sobre a prestação de informação e responsabilizar os administradores, se for o caso, pela omissão. Gabarito: E São diversos os deveres impostos por lei aos administradores. - Governança Corporativa - Dever de diligência (Art. 153) - Dever de Lealdade (Art. 155) - Dever de Sigilo e o Insider Trading (Art. 155, parágrafos) - Vedações aos administradores (Art. 154, parágrafos) - Conflito de Interesse (Art. 156) - Dever de Informar (Art. 157) - Responsabilidade dos Administradores (Art. 158) Dever de Informar – Divulgação de Informação Art. 157 - § 4º Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da

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assembléia-geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia. Entretanto, temos a exceção a essa regra no parágrafo seguinte: Art. 157 - § 5º Os administradores poderão recusar-se a prestar a informação (§ 1º, alínea e), ou deixar de divulgá-la (§ 4º), se entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da companhia, cabendo à Comissão de Valores Mobiliários, a pedido dos administradores, de qualquer acionista, ou por iniciativa própria, decidir sobre a prestação de informação e responsabilizar os administradores, se for o caso. 40. (FGV/Pref. Recife/Auditor Fiscal/2014) As opções a seguir apresentam procedimentos que o liquidante de uma companhia em liquidação tem que seguir, à exceção de uma. Assinale-a. a) Ele deve levantar de imediato o balanço patrimonial da companhia, em prazo não superior ao fixado pela assembleia-geral ou pelo juiz. b) Ele deve exigir dos acionistas a integralização de suas ações, quando o ativo não bastar para a solução do passivo. c) Ele deve convocar a assembleia-geral a cada seis meses para prestar-lhe contas dos atos e operações praticados no semestre, bem como apresentar-lhe o relatório e o balanço do estado da liquidação. d) Ele deve determinar o modo de eleição dos membros do Conselho Fiscal que devam atuar durante o período de liquidação. e) Ele não poderá gravar bens e contrair empréstimos sem expressa autorização da assembleia-geral, salvo quando indispensáveis ao pagamento de obrigações inadiáveis, nem prosseguir na atividade social, ainda que para facilitar a liquidação. Gabarito: D Art. 210. São deveres do liquidante: Letra a) (...) III - fazer levantar de imediato, em prazo não superior ao fixado pela assembléia-geral ou pelo juiz, o balanço patrimonial da companhia; Letra b) (...) V - exigir dos acionistas, quando o ativo não bastar para a solução do passivo, a integralização de suas ações;

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Letra c) Art. 213. O liquidante convocará a assembléia-geral cada 6 (seis) meses, para prestar-lhe contas dos atos e operações praticados no semestre e apresentar-lhe o relatório e o balanço do estado da liquidação; (...) Letra d) Não há essa previsão entre as atribuições do liquidante. O conselho fiscal será eleito conforme determinado pela lei. A assembleia-geral é o órgão responsável pela nomeação dos membros do Conselho Fiscal na liquidação da companhia. É a nossa resposta. Art. 208. Silenciando o estatuto, compete à assembléia-geral, nos casos do número I do artigo 206, determinar o modo de liquidação e nomear o liquidante e o conselho fiscal que devam funcionar durante o período de liquidação. Letra e) Art. 211. Parágrafo único. Sem expressa autorização da assembléia-geral o liquidante não poderá gravar bens e contrair empréstimos, salvo quando indispensáveis ao pagamento de obrigações inadiáveis, nem prosseguir, ainda que para facilitar a liquidação, na atividade social. 41. (FGV/TJ-AM/Juiz/2013) Julgue os itens: I - A subsidiária integral, considerada como exceção à regra da pluralidade dos sócios exigida para a constituição de uma sociedade, é sempre uma sociedade anônima unipessoal, cujo único sócio é uma pessoa natural ou jurídica brasileira. II - As ações são espécies de valores mobiliários e, nos termos da Lei n. 6.404/1976, conferirá ao seu titular a condição de sócio, incluindo os direitos essenciais concernentes ao voto, retirada, participação nos lucros e no acervo da companhia em caso de dissolução. Gabarito: I – Errada, II – Errada I – ERRADA – O único sócio de uma subsidiária integral é outra sociedade. Pessoa física não pode ser. Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista sociedade brasileira. II – ERRADA - Direitos essenciais são os listados abaixo. Direito de voto não é um direito essencial. Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos direitos de: I - participar dos lucros sociais; II - participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;

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III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais; IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172; (Vide Lei nº 12.838, de 2013) V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. 42. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) De acordo com a Lei nº 6.404/76, nas companhias ou sociedades anônimas, o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido, nessa ordem, a) pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva de capital. b) pelas reservas de lucros, pela reserva legal e pelos lucros acumulados. c) pela reserva de capital, pelos lucros acumulados e pela reserva legal. d) pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal. e) pela reserva legal, pelos lucros acumulados e pelas reservas de lucros. Gabarito: D Art. 189 - Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. FALÊNCIA 43. (FGV/SEAD-AP/Auditor da Receita/2010) Assinale a alternativa que não se configura como hipótese para decretação de falência prevista na Lei 11.101/05. a) Existência de patrimônio líquido negativo do empresário ou sociedade empresária. b) Sem relevante razão de direito, o empresário ou sociedade empresária não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos. c) Executado por qualquer quantia líquida, o empresário ou sociedade empresária não paga, não deposita ou não nomeia bens suficientes dentro do prazo legal. d) O empresário ou sociedade empresária procede à líquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos, e estes atos não fazem parte de planejamento de recuperação judicial. e) O empresário ou sociedade empresária transfere estabelecimento a terceiros, credores ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo, e isto não faz parte do plano de recuperação judicial.

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Gabarito: A São os casos que, quando caracterizados, presume-se a insolvência do empresário e por isso são as situações em que o devedor se enquadra em uma insolvência jurídica. - Impontualidade Injustificada Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; - Execução Frustrada A execução frustrada é o termo utilizado e ensejador da falência quando ocorre a tríplice omissão pelo devedor executado em outro processo. O devedor, no processo de execução, NÃO PAGA, NÃO DEPOSITA nenhum bem e NÃO NOMEIA bens à penhora SUFICIENTES para cobrir o valor da dívida. E essa omissão ocorre após esgotado o prazo legal. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; - Atos de Falência – 7 incisos *liquidação precipitada e pagamentos por meio fraudulento ou ruinoso Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; *trespasse irregular c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; a) CORRETA – Chamada INSOLVÊNCIA PATRIMONIAL o que não caracteriza a falência, pois na falência é preciso ocorrer a INSOLVÊNCIA JURÌDICA. b) ERRADA – Impontualidade Injustificada c) ERRADA – Execução frustrada d) ERRADA – Ato de falência e) ERRADA – Ato de falência

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44. (FGV/BADESCO/Advogado/2010) Constitui fundamento do pedido de falência, a hipótese de o devedor, no prazo estabelecido, deixar de cumprir: a) a obrigação assumida perante o Comitê de Credores. b) a obrigação assumida por meio de títulos de créditos, líquidos e certos. c) a obrigação assumida no plano de recuperação judicial. d) a obrigação assumida no processo de execução fiscal. e) a obrigação assumida no processo de execução extrajudicial. Gabarito: C É a chamada convolação da recuperação judicial em falência. O descumprimento de obrigação assumida em plano de recuperação judicial enseja e fundamenta o pedido de falência. Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial: IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do § 1o do art. 61 desta Lei. Art. 61 - § 1o Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência, nos termos do art. 73 desta Lei. 45. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação à falência, analise as afirmativas a seguir. I. Na falência, não podem ser reclamados os créditos de obrigações a título gratuito. II. Na falência, não é atribuição da assembleia-geral de credores a constituição do Comitê de Credores. III. O prazo para o credor apresentar ao administrador judicial a sua habilitação ou a sua divergência quanto ao crédito relacionado é de 15 (quinze) dias, contados da publicação do Edital. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. b) se somente a afirmativa I estiver correta. c) se somente a afirmativa II estiver correta. d) se somente a afirmativa III estiver correta. e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. Gabarito: E

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I – CORRETA – Os créditos que surgem como obrigação para o devedor a título gratuito não farão parte dos créditos habilitados na falência e nem na recuperação judicial. Art. 5o Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência: I – as obrigações a título gratuito; II – ERRADA – A assembleia geral de credores tem como competência a constituição de comitê de credores. Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre: II – na falência: b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; III – CORRETA – Trata-se do prazo para habilitar um crédito ou apresentar divergência de um crédito. Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. Art. 7º - § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. 46. (FGV/SEAD-AP/Fiscal da Receita/2010) A respeito da disciplina jurídica falimentar no Brasil, é correto afirmar que: a) a Lei 11.101/2005, que disciplina a falência, aplica-se a todos aqueles que desenvolvem atividade econômica. b) é competente para decretar a falência necessariamente o juízo do local da sede da empresa. c) todos os sócios ou acionistas da sociedade falida ficam inabilitados para exercer qualquer atividade empresarial desde a decretação de falência até a sentença de extinção de suas obrigações. d) o falido não pode se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e comunicação expressa ao juiz, bem como deve constituir procurador. e) com a decretação de falência, o juízo universal passa a ser competente para julgar as execuções de natureza fiscal do falido. Gabarito: D a) ERRADA – Não se aplica a falência à sociedade simples e a outros tipos previstos no artigo 2º.

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Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 2o Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. b) ERRADA – Não é o local da sede da empresa e sim o local do principal estabelecimento. Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. c) ERRADA – A falência de uma sociedade que tenha sócios com responsabilidade ILIMITADA se estenderá a esses sócios que também serão considerados falidos e estarão sujeitos às mesmas consequências previstas para a sociedade. Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem. Já os efeitos da falência de uma sociedade falida que tenha sócios com responsabilidade LIMITADA, não se estendem, à princípio, aos seus sócios. Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil. Inabilitação do falido Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei. d) CORRETA – Perfeita, é um dos deveres impostos ao falido por ocasião da decretação da falência. Art. 104. A decretação da falência impõe ao falido os seguintes deveres:

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III – não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e comunicação expressa ao juiz, e sem deixar procurador bastante, sob as penas cominadas na lei; e) ERRADA – O princípio é o do juízo universal da falência. Entretanto, as causas fiscais são exceção a essa regra. Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. 47. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Uma sociedade empresária teve sua falência decretada pelo juízo da comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade. No quadro geral de credores figuram créditos de várias classes, dentre eles: I. crédito em favor de estabelecimento de Armazém Geral, proveniente de mercadorias em consignação antes da falência; II. crédito em favor do Sr. Pedro da Cipa, proveniente de debêntures com garantia flutuante emitidas pela companhia; III. crédito em favor do Sr. Edu Nobres, proveniente de comissões devidas em razão do contrato de representação comercial, no valor de vinte mil reais; IV. crédito devido ao Município de Nova Lacerda, proveniente de débito de IPTU do imóvel onde se situa uma das filiais; V. multa contratual por descumprimento de contrato, com a sociedade Pedreira Pedra Ltda. De acordo com a classificação prevista na Lei nº 11.101/2005, os créditos listados acima são, respectivamente, a) crédito com privilégio geral, crédito com privilégio especial, crédito quirografário, crédito tributário e crédito subordinado. b) crédito quirografário, crédito com privilégio geral, crédito trabalhista, crédito tributário e crédito com garantia real. c) crédito subordinado, crédito com privilégio geral, crédito com garantia real, crédito tributário e crédito quirografário. d) crédito com privilégio especial, crédito com privilégio geral, crédito trabalhista, crédito tributário e crédito subquirografário. e) crédito com garantia real, crédito quirografário, crédito com privilégio geral, crédito tributário e crédito subquirografário.

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Gabarito: D I - Crédito em favor de estabelecimento de Armazém Geral, proveniente de mercadorias em consignação antes da falência; CRÉDITO COM PRIVILÉGIO ESPECIAL Decreto 1.102 de 1903 - Art. 14 - As empresas de armazéns gerais têm o direito de retenção para garantia do pagamento das armazenagens e despesas com a conservação e com as operações, benefícios e serviços prestados às mercadorias, a pedido do dono; dos adiantamentos feitos com fretes e seguro, e das comissões e juros, quando as mercadorias lhes tenham sido remetidas em consignação. Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: IV – créditos com privilégio especial, a saber: c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; Art. 116. A decretação da falência suspende: I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; II - Crédito em favor do Sr. Pedro da Cipa, proveniente de debêntures com garantia flutuante emitidas pela companhia; CRÉDITO COM PRIVILÉGIO GERAL Lei 6.404 – Art. 58 - § 1º A garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: V – créditos com privilégio geral, a saber: c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; III - Crédito em favor do Sr. Edu Nobres, proveniente de comissões devidas em razão do contrato de representação comercial, no valor de vinte mil reais; CRÉDITO TRABALHISTA Contrato de REPRESENTAÇÃO COMERCIAL é um contrato de colaboração, detalhe importante desse contrato é o de que NÃO HÁ vínculo empregatício entre o representante e o representado. Regulado pela Lei 4.886/68 – Apesar do nome ser representação, a remuneração devida ao representante se chama COMISSÃO.

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Lei 4.886 - Art. 44. No caso de falência do representado as importâncias por ele devidas ao representante comercial, relacionadas com a representação, inclusive comissões vencidas e vincendas, indenização e aviso prévio, serão considerados créditos da mesma natureza dos créditos trabalhistas. IV - Crédito devido ao Município de Nova Lacerda, proveniente de débito de IPTU do imóvel onde se situa uma das filiais; CRÉDITO TRIBUTÁRIO V – Multa contratual por descumprimento de contrato, com a sociedade Pedreira Pedra Ltda CRÉDITO SUBQUIROGRAFÁRIO São os créditos listados após os quirografários (inciso VI) e antes dos subordinados (INCISO VIII). Art. 83 - VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; Os créditos na falência serão pagos na seguinte ordem: - Antecipações - Restituições - Créditos Extraconcursais (Art. 84) - Créditos Concursais (Art. 83) - Juros ocorridos após a decretação da falência - Devolução do Saldo Remanescente ao Falido CRÉDITOS CONCURSAIS Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV – créditos com privilégio especial, (...) V – créditos com privilégio geral, (...) VI – créditos quirografários, a saber: VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII – créditos subordinados, a saber: (...)

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48. (FGV/TJ-AM/Juiz/2013) Em relação ao Instituto da Falência, assinale a afirmativa correta. a) O titular de debêntures subordinadas emitidas pela sociedade anônima falida, conforme estabelecido pela lei de falências, é considerado credor quirografário. b) Os créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência, independentemente do valor, serão considerados extraconcursais e, por conseqüência, pagos com precedência sobre os mencionados no Art. 83 da Lei n. 11.101/05. c) O falido poderá intentar todas as ações possíveis, em nome da massa falida, para conservação de seus direitos ou dos bens arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis. d) São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômicofinanceira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores, os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados durante o termo legal da falência. e) Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores à decretação da falência, até o limite de cinco salários-mínimos por trabalhador, serão pagos logo após os créditos extraconcursais Gabarito: B Letra a) ERRADA - As debêntures podem ser emitidas: - com garantia real – classificada nos créditos com garantia real (Art. 83 - inciso II) - com garantia flutuante – crédito com privilégio geral (inciso V) - sem preferência (quirografárias) – créditos quirografários (inciso VI) - subordinadas – créditos subordinados. (inciso VIII) Lei 6.404 - 58, § 4º - A debênture que não gozar de garantia poderá conter cláusula de subordinação aos credores quirografários, preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver, em caso de liquidação da companhia. Letra b) CORRETA – Os créditos extraconcursais são os que surgem após a decretação da falência. São pagos antes dos créditos concursais. Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem seguinte, os relativos a: I - remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e crédito derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência.

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Letra c) ERRADA - Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito de administrar os seus bens ou deles dispor. Parágrafo único. O falido poderá, contudo, fiscalizar a administração da falência, requerer as providências necessárias para a conservação de seus direitos ou dos bens arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis. Letra d) ERRADA - Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência [e não durante o termo da falência, como consta da alternativa], salvo se tiver havido prenotação anterior. Letra e) ERRADA – Antecipações - Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa. 49. (FGV/BADESCO/Advogado/2010) Com relação ao tema Efeitos da Decretação da Falência, considere as afirmativas a seguir. I. Os contratos bilaterais se resolvem ex lege pela decretação da falência, podendo ser cumpridos somente para a manutenção e preservação da massa falida, mediante autorização do administrador judicial. II. O mandato conferido pelo devedor, antes da falência, para a realização de negócios, cessará seus efeitos com a decretação da falência, cabendo ao mandatário prestar contas de sua gestão. III. A decretação da falência preserva o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais poderão permanecer na posse dos credores até o encerramento do processo falimentar. Assinale: a) se somente a afirmativa I for verdadeira. b) se somente a afirmativa II for verdadeira. c) se somente a afirmativa II e III forem verdadeira. d) se somente as afirmativas I e III forem corretas. e) se todas as afirmativas forem corretas. Gabarito: B

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I – ERRADA – Inicialmente, os contratos bilaterais continuam valendo normalmente, pois, não se resolvem pela falência. Podem ser cumpridos pelo administrador judicial. Art. 117. Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê. II – CORRETA – - Contrato de mandato. É a famosa procuração, o empresário faz um contrato de mandato com poderes para realizar negócios, esse mandato é passado antes da falência e depois ele vem a falir, com a decretação da falência de quem passa o mandato faz com que os efeitos do mandato cessem. Apenas o mandato, ou procuração passados para representação judicial continuam valendo. Art. 120. O mandato conferido pelo devedor, antes da falência, para a realização de negócios, cessará seus efeitos com a decretação da falência, cabendo ao mandatário prestar contas de sua gestão. § 1o O mandato conferido para representação judicial do devedor continua em vigor até que seja expressamente revogado pelo administrador judicial. III – ERRADA - Quando o dono de uma mercadoria tem sua falência decretada e que essa mercadoria está na posse de outra pessoa que tem o direito de retenção, por causa da decretação da falência, esse direito de retenção fica suspenso e o credor que está de posse da mercadoria tem que devolver o bem devido e entrega-lo ao administrador judicial. O crédito devido por esse guardador da mercadoria será classificado como crédito com privilégio especial. Art. 116. A decretação da falência suspende: I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; 50. (FGV/XV Exame da OAB/2014) João Lima Artigos Esportivos Ltda. celebrou contrato de locação de imóvel comercial, localizado na Galeria Madureira, para a instalação do estabelecimento comercial da sociedade. Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas vultosas e não conseguiu honrá-las. Com a decretação da falência, o contrato de locação comercial firmado pelo locatário a) ficará extinto de pleno direito, sendo obrigado o locatário a entregar ao locador o imóvel onde se localiza o ponto.

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b) poderá ser mantido, desde que o locador interpele o administrador judicial no prazo de até 90 (noventa) dias. c) será mantido, mas poderá ser denunciado, a qualquer tempo, pelo administrador judicial da massa falida. d) ficará extinto, salvo se o Comitê de Credores autorizar o administrador judicial da massa falida a mantê-lo Gabarito: C Efeitos da falência em relação aos contratos: Quando quem é falido é o: LOCADOR LOCATÁRIO Art. 119. Nas relações contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras: (...) VII – a falência do locador não resolve o contrato de locação e, na falência do locatário, o administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato; 51. (FGV/SEAD-AP/Fiscal da Receita/2010) As obrigações do falido extinguem-se quando: a) a sentença encerra o procedimento falimentar. b) o juiz homologa as contas do administrador judicial. c) o falido paga mais de 50% dos créditos quirografários, depois de realizado todo o seu ativo. d) após a manifestação do Ministério Público no sentido da extinção das obrigações. e) dois anos após o encerramento da falência. Gabarito: C Vejamos as situações que, quando praticadas pelo falido, configuram a extinção de suas obrigações como falido. Art. 158. Extingue as obrigações do falido: I – o pagamento de todos os créditos; II – o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; III – o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei;

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IV – o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. a) ERRADA - Existe a sentença de encerramento da falência e a sentença de extinção das obrigações. A sentença que encerra a falência não necessariamente extingue as obrigações. b) ERRADA – O juiz homologa as contas e encerra a falência. Apenas quer dizer que o administrador judicial fez tudo certinho. c) CORRETA – De acordo com o inciso II acima. Ou paga 50% os créditos quirografários ou pelo menos deposita o valor necessário para pagar. d) ERRADA – Não é caso de extinção de obrigações do falido. e) ERRADA - 5 anos e não 2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL 52. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Comodoro Veículos Ltda. é uma sociedade empresária com sede em Tangará da Serra/MT e pretende requerer sua recuperação judicial. Um dos impedimentos ao pedido de recuperação é: a) ter títulos protestados por falta de pagamento nos 90 (noventa) dias anteriores ao pedido. b) ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial. c) ter como administrador ou sócio controlador pessoa condenada por crime contra o patrimônio, falimentar ou contra a fé pública. d) possuir ativo que não corresponda a pelo menos 50% (cinquenta por cento) do passivo quirografário. e) deixar de requerer sua autofalência nos 30 (trinta) dias seguintes ao vencimento de qualquer obrigação líquida. Gabarito: B Requisitos para poder pedir ou requerer a recuperação judicial Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;

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III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 53. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação à recuperação judicial, analise as afirmativas a seguir. I. O processo de recuperação judicial aplica-se a todos os tipos de sociedade dotadas de personalidade jurídica. II. O plano de recuperação judicial deverá ser apresentado pelo devedor em Juízo no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial. III. Segundo a Lei n.° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005 que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, convolam-se em recuperação judicial os processos de concordata ajuizados antes do início de sua vigência. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. b) se somente a afirmativa I estiver correta. c) se somente a afirmativa II estiver correta. d) se somente a afirmativa III estiver correta. e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. Gabarito: C I – ERRADA – Aplica-se aos empresários e sociedades empresárias. Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. II – CORRETA – O prazo para apresentação do plano pelo devedor é de 60 dias improrrogáveis. Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, III – ERRADA – As concordatas continuam nas mesmas regras da legislação anterior.

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Art. 192. Esta Lei não se aplica aos processos de falência ou de concordata ajuizados anteriormente ao início de sua vigência, que serão concluídos nos termos do Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 54. (FGV/PC-MA/Delegado de Polícia/2012) Sociedade empresária regular, atuando desde 2009 no mercado imobiliário em Tuntum, obteve a homologação de plano de recuperação extrajudicial. Decorridos 18 (dezoito) meses da homologação, com o agravamento substancial de sua situação financeira e incapacidade de cumprir o plano, a devedora viu-se obrigada, em 2012, a requerer recuperação judicial, que não teve deferido seu processamento pelo juiz por não ter a sociedade atendido a requisitos legais. Com base nas disposições da Lei nº 11.101/2005, é possível afirmar que a) A decisão do juiz está correta, porque o devedor não pode requerer recuperação judicial enquanto estiver pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial. b) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial, se decorridos mais de 2 (dois) anos da data da homologação do plano de recuperação. c) A decisão do juiz está correta, porque o devedor somente poderia requerer recuperação judicial se tivesse decorrido mais de 5 (cinco) anos da data da homologação do plano de recuperação. d) A decisão do juiz está correta, porque a recuperação judicial não se aplica às sociedades que atuam no mercado imobiliário, por não serem empresárias. e) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial enquanto estiver pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial. Gabarito: E Vimos os requisitos que impedem a recuperação judicial, entre eles não se encontra o de estar um plano de recuperação extrajudicial em andamento. O que não pode é o contrário. Se tiver plano ou pendência de plano de recuperação judicial ou outro plano extrajudicial há menos de dois anos não pode pedir a RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL. Art. 161 - § 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.

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55. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Olaria Salto do Céu Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial no lugar do seu principal estabelecimento, Poxoréo/MT. No plano de recuperação apresentado e aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe abrangida, há um crédito quirografário em moeda estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do Euro, sendo, porém, previsto o afastamento dessa cláusula e o pagamento em Real em quinze parcelas fixas. O credor titular desse crédito não assinou o plano. De acordo com as disposições da Lei nº 11.101/2005, sobre a recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa correta. a) O plano pode ser homologado, porque foi atingido o quórum em cada uma das classes por ele abrangidas, obrigando os credores dissidentes. b) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial. c) O plano pode ser homologado, porque o afastamento da variação cambial é permitido para a preservação da empresa do devedor, desde que não haja quebra da par conditio creditorum. d) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só pode ser afastada com o consentimento de todos os credores da classe em que se insere o crédito. e) O plano pode ser homologado, porque o consentimento expresso do credor só é exigido para os créditos com garantia real, não se aplicando a exigência aos créditos quirografários. Gabarito: B Geralmente a recuperação extrajudicial só abrange os credores que assinarem o acordo, entretanto, a lei permite que o plano extrajudicial seja aprovado e vincule até mesmo os credores que não assinarem o acordo. Se pelo menos 3/5 dos credores em cada espécie de crédito concordarem, os outros credores da espécie também estarão obrigados ao plano. Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. Só que a questão nos trouxe a situação excepcional sobre o os créditos em moeda estrangeira. O enunciado diz que há um crédito quirografário em moeda estrangeira, e que o plano prevê que para o pagamento desse crédito será afastada a cláusula da variação cambial. Essa situação não permitirá a aprovação do plano.

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Pois, a variação cambial só poderá ser afastada se o credor titular do crédito em moeda estrangeira aprovar expressamente esse afastamento da variação cambial. E o enunciado diz que o credor não assinou. Portanto, o plano não pode ser homologado. § 5o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial. 56. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2011- ADAPTADA) No que concerne à Lei de Recuperação e Falências – Lei 11.101/2005 –, é INCORRETO afirmar que: a) após o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial, os credores não podem mais desistir da adesão ao plano, a menos que todos os demais credores signatários concordem expressamente. b) o devedor só pode desistir do pedido de recuperação judicial até o deferimento de seu processamento e desde que a desistência seja aprovada pela assembleia geral de credores. c) se houver objeções de credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83 ao plano especial de recuperação judicial, o juiz julgará improcedente o pedido e decretará a falência do microempresário, sem que haja convocação de assembleia geral para deliberar sobre o plano. d) o credor que não tiver domicílio no Brasil somente poderá requerer a falência de uma sociedade empresária brasileira se prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização prevista para o caso de o pedido ser julgado improcedente por dolo do credor. e) os contratos bilaterais não se resolvem pela falência, podendo ser cumpridos pelo administrador judicial, caso reduza ou evite o aumento do passivo da massa falida ou sendo necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê. Gabarito: B Letra a) CORRETA Art. 161, 5º - Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários. Letra b) INCORRETA Art. 52 - § 4º O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembléia-geral de credores.

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Letra c) CORRETA - Pela leitura do parágrafo único do artigo 72 podemos ver que a questão está correta, Art. 72 - Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83, computados na forma do art. 45, todos desta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) Letra d) CORRETA - A lei instituiu essa proteção para que se evitasse o pedido de falência sem necessidade Art. 97, § 2º - O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei. Art. 101. Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidação de sentença. Letra e) CORRETA - Reprodução do artigo 117. Art. 117. Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê. TÍTULOS DE CRÉDITO 57. (FGV/PGM Niterói/Procurador/2014) Miguel Pereira Artigos de Papelaria Ltda. ME sacou duplicata de compra e venda no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais) contra Miriam Lopez. O título foi descontado junto ao Banco Tolomei S/A para obtenção de recursos pela sacadora antes do vencimento, pela forma de circulação permitida às duplicatas. No momento da cobrança pelo portador da duplicata aceita, vencida e sem protesto por falta de pagamento, Miriam Lopes invocou a desconformidade da mercadoria com as especificações do pedido feito ao sacador, recusando-se ao pagamento. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. a) A exceção ao pagamento por parte do aceitante é cabível em razão do princípio da cartularidade. b) A exceção ao pagamento por parte do aceitante não é cabível em razão do princípio da abstração. c) A exceção ao pagamento por parte do aceitante é cabível em razão do princípio da literalidade. d) A exceção ao pagamento por parte do aceitante não é cabível em razão do princípio da autonomia.

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e) A exceção ao pagamento por parte do aceitante é cabível em razão do princípio da tipicidade ou rigor cambiário. Gabarito: B DUPLICATA – Lei 5474 de 1968. Emitida em operação de compra e venda mercantil e prestação de serviço com prazo de 30 dias ou mais. Emitida pelo VENDEDOR – SACADOR - CREDOR Quem deve ACEITAR é o COMPRADOR – SACADO - DEVEDOR Lei 5474 de 1968 - Art . 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. Transmitida ao banco por meio de ENDOSSO. Duplicata foi ACEITA. Não há protesto. Vencida Princípios do Direito Cambiário CC - Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Literalidade - O princípio da literalidade reza que só se deve levar em conta a obrigação expressamente constante do título de crédito e na exata medida do que estiver consignado na cártula Cartularidade - O princípio da cartularidade ou da incorporação significa que a obrigação representada pelo título de crédito materializa-se necessariamente em um documento ou cártula, isto é, está incorporada nesse documento. Assim, o crédito existe na medida em que está contido expressamente na cártula, a qual se torna o documento necessário ao exercício do direito nela mencionado Autonomia - O princípio da autonomia é fundamental para garantir a livre circulação de um título de crédito no mercado e assegurar que seu portador receberá o valor nele mencionado. Segundo esse preceito, o direito do portador do título é autônomo em relação aos direitos que tinham os portadores anteriores (e não um direito derivado dos direitos dos titulares anteriores).

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Palavras chave: CIRCULAÇÃO, RELAÇÃO. OBRIGAÇÕES INDEPENDENTES. CADEIA Divide-se em dois subprincípios: da ABSTRAÇÃO e o da INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AOS TERCEIROS DE BOA-FÉ. O princípio da ABSTRAÇÃO reza que o título de crédito, uma vez posto em circulação, desvincula-se da relação jurídica que o originou. Palavra Chave: DESVINCULA. CIRCULAÇÃO. ORIGEM. 58. (FGV/XIV Exame da OAB/2014) Na duplicata de compra e venda, entende-se por protesto por indicações do portador aquele que é lavrado pelo tabelião de protestos a) em caso de recusa ao aceite e devolução do título ao apresentante pelo sacado, dentro do prazo legal. b) quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo legal. c) na falta de pagamento do título pelo aceitante ou pelo endossante dentro do prazo legal. d) em caso de revogação da decisão judicial que determinou a sustação do protesto. Gabarito: B Conceitua-se o protesto como o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Lei das Duplicatas - Lei 5474/68 - Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. A duplicata pode ser protestada quando não for aceita, quando não for paga ou quando não for devolvida. Art. 13 - § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. 59. (FGV/BNB/Analista/2014) Pedreira Pedra Mole Ltda. pretende descontar duplicatas perante o Banco X. Todos os títulos estão vencidos há mais de quarenta dias e sem pagamento pelo aceitante; também não houve protesto por falta de pagamento. Considerando-se que a orientação do Banco X

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para desconto de duplicatas é sempre poder cobrar do endossante através de processo de execução, a conduta a ser adotada, com a correspondente justificativa, é: a) recusar o desconto das duplicatas, porque, caso o Banco figure como endossatário, não poderá exercer o direito de regresso em face do endossante; b) recusar o desconto das duplicatas, porque o aceite na duplicata é proibido, e seu descumprimento acarreta a perda do direito de ação em face dos coobrigados; c) aceitar o desconto das duplicatas, porque será possível promover ação de execução em face do endossante, já que este é sempre um coobrigado pelo pagamento; d) aceitar o desconto das duplicatas, porque será possível promover ação de execução em face do endossante, já que este é sempre um coobrigado pelo pagamento; e) aceitar o desconto das duplicatas, desde que os títulos estejam protestados por falta de pagamento e acompanhados do comprovante de entrega da mercadoria. Gabarito : A A duplicata pode circular por meio de endosso. Lei 5474 - Art. 13 § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas Conceitua-se o protesto como o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. A duplicata da questão não foi protestada e, por isso, o banco não poderá cobrar a dívida do endossante e não aceitará, portanto, fazer o desconto solicitado. Letra a) CORRETA – de acordo com o que acabamos de ver. Letra b) ERRADA – O aceite na duplicata é obrigatório. Exceções previstas na própria lei. Letra c) ERRADA – Só pode cobrar do endossante se o título tiver sido protestado. Letra d) ERRADA – Igual a C Letra e) ERRADA – Se tiver protestado até pode aceitar fazer o desconto, mas não precisa estar acompanhado do comprovante da entrega de mercadoria. O comprovante de entrega de mercadoria só precisa ser apresentado quando a duplicata não é aceita. Art 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil ,quando se tratar:(Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;

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II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: a) haja sido protestada; b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei. 60. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Rosário emitiu um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) em favor de Aquino no dia 11 de setembro de 2012, pagável no mesmo lugar de emissão, em Sinop/MT. No dia 13 de outubro de 2013, o beneficiário endossou o cheque para Carlinda, sem menção na cártula à data do endosso. De conformidade com as disposições da Lei nº 7.357/85, que dispõe sobre o cheque, assinale a afirmativa correta. a) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista ter sido realizado após o prazo de apresentação a pagamento. b) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado antes do decurso do prazo de seis meses após o término do prazo de apresentação. c) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado dentro do prazo de apresentação a pagamento. d) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de cessão de crédito, haja vista ter sido realizado após o prazo para o protesto por falta de pagamento. e) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista não ter sido datado; portanto, presumidamente ocorreu antes da expiração do prazo de apresentação. Gabarito: E Emissão do cheque – 11/09/2012 Data do endosso, mas que não consta no cheque – 13/10/2013 Prazo de apresentação do cheque para pagamento a contar da data de emissão do cheque. Mesma praça – 30 dias (local de emissão o mesmo do pagamento) Outra praça – 60 dias (local da emissão diferente do local de pagamento) Art . 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.

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A informação relevante no enunciado é a de que o ENDOSSO não foi datado. Art . 27 O endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão. Salvo prova em contrário, o endosso sem data presume-se anterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação. 61. (FGV/SEAD-AP/Auditor da Receita/2010) Com relação às regras relativas ao cheque, assinale a afirmativa incorreta. a) Caracteriza dano moral a apresentação de cheque pré-datado. b) A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. c) Prescreve em 6 meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação de execução do cheque. d) Após o prazo de 6 meses decai o direito do portador de receber a quantia aposta no cheque. e) Prescreve em 2 anos a ação de enriquecimento contra o emitente que se locupletou, injustamente, com o não pagamento do cheque. Gabarito: D Letra a) CORRETA - Súmula 370 do STJ - caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Letra b) CORRETA - Súmula 388 do STJ - a simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. Letra c) CORRETA - De acordo com o artigo 59 da Lei 7.357 de 1985 – Lei do Cheque. Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. Letra d) ERRADA - Todos os prazos referentes ao cheque são prescricionais e não decadenciais. E o prazo total para tentar receber a quantia do cheque é de pelo menos 5 anos e meio, pois tem esses 6 meses iniciais da ação de cobrança, depois tem mais um prazo de 2 anos para ação de enriquecimento ilícito e ainda tem um prazo de 3 anos depois para a ação monitória, ou seja, questão errada. Letra e) CORRETA - A ação de enriquecimento ilícito por ocasião de emissão do cheque prescreve em 2 anos, conforme o artigo 61 da Lei do Cheque.

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Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei. 62. (FGV/SEAD-AP/Fiscal da Receita/2010) A respeito do instituto do aval, é correto afirmar que: a) é o instituto jurídico que possibilita a garantia pessoal nos contratos empresariais. b) o avalista que paga o valor determinado no título tem direito de regresso contra o devedor principal. c) o avalista pode garantir apenas parte da obrigação estabelecida no título de crédito. d) a responsabilidade do avalista é subsidiária em relação ao devedor principal. e) é dado em instrumento contratual apartado do título de crédito a que se refere. Gabarito: B Letra a) INCORRETA - O aval é o instituto utilizado como garantia de pagamento de um título de crédito e não para ser usado nos contratos empresariais. CC - Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Letra b) CORRETA - Se o avalista paga o título de crédito que não foi pago pelo devedor principal, ele passa a ter direito de regresso contra o avalizado e os demais coobrigados anteriores. Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. Letra c) INCORRETA - Em relação ao previsto no Código Civil podemos afirmar categoricamente que não se pode dar aval parcial. Art 897 - Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Letra d) INCORRETA - A responsabilidade do avalista é SOLIDÁRIA em relação ao devedor principal. Letra e) INCORRETA - O aval é dado no próprio título de crédito e não em um instrumento separado. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.

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63. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2010) Com relação aos atos cambiais, analise as afirmativas a seguir. I. O aval garante o pagamento do título de crédito e não pode ser parcial. II. O endosso possibilita o protesto do título de crédito. III. O aceite é ato a ser praticado pelo sacado. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente a afirmativa I estiver correta. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Gabarito: B I – CORRETA – O aval é um ato cambiário. É uma garantia dada por outra pessoa que passa a ser garantidor do pagamento do título junto ao devedor a quem ele garante. O aval garante o pagamento do título. O AVAL, pelo Código Civil, não pode ser parcial. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. II – ERRADA – O ENDOSSO é o ato cambial que serve para transferir o título de credito e junto com ele todos os direitos inerentes ao direito cambiário. III – CORRETA – O Código Civil não trata do aceite. É um ato utilizado em alguns títulos como na letra de câmbio e na duplicata. Na letra de câmbio nós temos o SACADOR – quem emite a nota, o SACADO- a quem a ordem é direcionada e aceitante da letra e o BENEFICIÁRIO – que é o credor. Então, o aceite é ato a ser praticado pelo SACADO. Lei Uniforme de Genebra - Artigo 21: A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor.

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64. (FGV/Pref. Cuiabá/Auditor Fiscal/2014) Peixoto de Azevedo emitiu Cédula de Crédito Bancário – CCB em favor do Banco Poconé S/A. Sobre esse título de crédito (CCB), assinale a afirmativa correta. a) É título de crédito emitido por pessoa física em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito ao consumidor. b) Poderá ser protestada por indicação, desde que o credor apresente declaração de posse da sua única via negociável, inclusive no caso de protesto parcial. c) Nela poderão ser pactuados os juros sobre a dívida, desde que não capitalizados os critérios de sua incidência e, se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e os demais encargos. d) Será transferível mediante endosso em preto ou cessão de crédito. Sendo a transferência por endosso, aplicar-se-ão as normas do direito cambiário; sendo por cessão, as normas do Código Civil. e) Poderá ser cartular ou escritural; no primeiro caso, será emitida por escrito, em tantas vias quantas forem as partes que nela intervierem, e, no segundo, serão aplicadas as normas referentes às ações escriturais. Gabarito: B Características da CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO: (Lei 10.931 de 2004 – Art. 26 a 45)

- Título de crédito - Emitido pelo cliente do banco

- Pode ser emitido por pessoa física ou pessoa jurídica - Em favor de instituição financeira ou entidade equiparada - Promessa de pagamento em dinheiro - Operação de crédito de QUALQUER MODALIDADE

- Pode ser emitida com ou sem garantia, cedularmente constituída.

- Título executivo extrajudicial - Representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível - Soma indicada na cédula - Saldo devedor em planilha de cálculo - Extratos de conta corrente

- Podem ser pactuados juros, capitalizados ou não. - Endosso em preto – normas de direito cambiário.

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- Pode ser protestada por indicação – credor apresenta declaração de posse De sua única via negociável.

Letra a) ERRADA – Esse título decorre de operação de crédito de qualquer modalidade e não de crédito ao consumidor. Lei 10.931 - Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. Letra b) CORRETA – De acordo com o Artigo 41 da Lei. Art. 41. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser protestada por indicação, desde que o credor apresente declaração de posse da sua única via negociável, inclusive no caso de protesto parcial. Letra c) ERRADA – Juros podem ser capitalizados ou não. Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2o. § 1o Na Cédula de Crédito Bancário poderão ser pactuados: I - os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os critérios de sua incidência e, se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e os demais encargos decorrentes da obrigação; Letra d) ERRADA – A transferência da cédula de crédito bancário ocorre por ENDOSSO EM PRETO. Art. 29 - § 1o A Cédula de Crédito Bancário será transferível mediante endosso em preto, ao qual se aplicarão, no que couberem, as normas do direito cambiário, caso em que o endossatário, mesmo não sendo instituição financeira ou entidade a ela equiparada, poderá exercer todos os direitos por ela conferidos, inclusive cobrar os juros e demais encargos na forma pactuada na Cédula. Letra e) ERRADA – A CCB deverá ser feita por escrito, ou seja, cartular. Em tantas partes necessárias. Art. 29 - § 2o A Cédula de Crédito Bancário será emitida por escrito, em tantas vias quantas forem as partes que nela intervierem, assinadas pelo emitente e pelo terceiro garantidor, se houver, ou por seus respectivos mandatários, devendo cada parte receber uma via.

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A questão cobrou a regra da cédula de crédito imobiliário que pode ser cartular ou escritural. Cédula de Crédito Imobiliário - Art. 18 - § 3o A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a forma escritural ou cartular. 65. (CESPE/MPE-RR/Promotor/2012) A letra de crédito imobiliário é título causal emitido por instituição financeira como promessa de pagamento, com lastro em crédito imobiliário decorrente de hipoteca ou alienação fiduciária. Gabarito: Correta - Letra de Crédito Imobiliário é um título emitido por bancos e demais espécies de instituições autorizadas pelo BACEN. (Art. 12 a 17 da Lei 10.931 de 2004) - É lastreada por crédito imobiliário garantido por hipoteca ou alienação fiduciária de coisa imóvel. - É um título causal já que só pode ser emitido pela causa de lastrear um crédito imobiliário já existente. - É emitido por instituição financeira. - Confere aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, mais juros e atualizações e por isso caracteriza-se como uma promessa de pagamento. Art. 12. Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário, as associações de poupança e empréstimo, as companhias hipotecárias e demais espécies de instituições que, para as operações a que se refere este artigo, venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, poderão emitir, independentemente de tradição efetiva, Letra de Crédito Imobiliário - LCI, lastreada por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas estipulados. Cédulas de Crédito Imobiliário. (Art. 18 a 25 da Lei 10.931 de 2004)

- A cédula de crédito imobiliário é titulo de crédito emitido pelo credor do crédito imobiliário, - O crédito imobiliário pode ser com ou sem garantia, real ou fidejussória, - Emitido sob a forma cartular ou escritural, neste caso mediante escritura pública ou instrumento

particular, - Concebido como título executivo extrajudicial, exigível pelo valor apurado de acordo com as

cláusulas e condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.

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- A emissão da cédula será averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na respectiva matrícula, devendo dela constar, exclusivamente, o número, a série e a instituição custodiante. - Cessão de crédito ocorre por sistema de registro e de liquidação de financiamentos. CONTRATOS 66. (FGV/XVI Exame da OAB/2015) A sociedade empresária Calçados Montalvânia Ltda. celebrou contrato de faturização com Miravânia Fomento Mercantil Ltda. para que a segunda antecipasse para a primeira créditos contidos em cheques, notas promissórias, duplicatas de venda e outros documentos de dívida, além da prestação de serviços de assessoria mercadológica, creditícia e de gestão de riscos. Sobre este contrato, assinale a afirmativa correta. a) Na modalidade tradicional (ou convencional) da faturização, a faturizadora se obriga a efetuar o pagamento das faturas e de outros documentos referentes aos créditos cedidos apenas na data do vencimento, razão pela qual o contrato em questão não pode ser considerado faturização típica. b) As sociedades de fomento comercial estão obrigadas a arquivar seus contratos e suas alterações no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, uma vez que o objeto por elas exercido inclui a prestação de serviços ao faturizado, sendo essa atividade estranha ao objeto das sociedades empresárias. c) As sociedades faturizadoras dependem de autorização do Banco Central do Brasil para funcionamento, podendo realizar operações de crédito em favor dos faturizados, não estando tais operações sujeitas ao limite máximo de juros previsto no Código Civil. d) As sociedades que exercem as atividades de fomento comercial, mesmo não sendo consideradas instituições financeiras para efeitos legais, estão obrigadas a conservar sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados aos faturizados. Gabarito: D O contrato de factoring (ou faturização) tem por objeto a transferência dos créditos de um empresário a empresa de faturização para que esta execute as atribuições inerentes à administração do seu crédito. Contrato atípico já que não há previsão legal. Um dos contratantes (faturizador) presta o serviço de administração do crédito ao faturizado. Se obriga a :

- gerir os créditos do faturizado, procedendo ao controle dos vencimentos, providenciando os avisos e protestos assecuratórios do direito creditício, bem como cobrando os devedores das faturas;

- assumir os riscos do inadimplemento dos devedores;

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- garantir o pagamento das faturas objeto de faturização. * STJ diz que faturizadora não é instituição financeira, pois não capta recursos de depositantes e, para seu funcionamento, não necessita de autorização do Banco Central. Há dois tipos de faturização: - conventional factoring, em que a faturizadora garante o pagamento das faturas antecipando o seu valor ao faturizado. Essa primeira modalidade compreende três elementos: serviços de administração do crédito, seguro e financiamento. - maturity factoring, no qual a faturizadora paga o valor das faturas ao faturizado apenas no vencimento, modalidade em que estão presentes a prestação de serviços de administração do crédito e o seguro, mas ausente o financiamento. Letra a) ERRADA - A descrição na verdade é da modalidade maturity factoring e não da tradicional. Letra b) ERRADA – A atividade de fomento mercantil é uma atividade mercantil, ou seja, tipicamente empresária e por isso, essas sociedades que exercem essa atividade devem fazer o seu registro no Registro Público de Empresas Mercantis. Letra c) ERRADA – Não precisa de autorização do Banco Central para funcionar, já que não é instituição financeira. Elas não realizam operações de crédito e sim de gerenciamento e administração de crédito. Em decorrência de sua forma (sociedade mercantil limitada ou anônima), a factoring não precisa de autorização de qualquer dos órgãos governamentais, nem mesmo do Banco Central do Brasil, para o exercício de suas atividades, isso porque não é instituição financeira. Letra d) CORRETA – Empresas de factoring não são instituições financeiras, mas devem guardar sigilo em suas operações. LC 105 de 2001 - Art. 1º - As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados. § 2o As empresas de fomento comercial ou factoring, para os efeitos desta Lei Complementar, obedecerão às normas aplicáveis às instituições financeiras previstas no § 1o. 67. (FGV/SEAD-AP/Auditor Fiscal/2010) A respeito do contrato de franquia é correto afirmar que:

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a) configura-se relação trabalhista entre franqueado e franqueador. b) a validade do contrato de franquia depende do seu registro no órgão competente. c) o contrato de franquia pode ser apenas verbal. d) o franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição, exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços. e) as empresas franqueadora e franqueadas constituem-se como grupo de sociedades nos termos da disciplina societária. Gabarito: D A resposta dessa questão encontra-se nos artigos da Lei de Franquias, 8.955/1994. Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. Letra a) INCORRETA - No final do artigo 2º percebemos que não há relação de emprego entre franqueado e franqueador. Letras b) e c) estão INCORRETAS - Basta uma simples leitura no artigo 6 da lei que podemos perceber que a franquia tem validade independente de registro do contrato, porém o contrato não pode ser verbal tem que ser por escrito. Art. 6º O contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado na presença de 2 (duas) testemunhas e terá validade independentemente de ser levado a registro perante cartório ou órgão público. - Registro no INPI (Lei 9.279) -Lei 9.279 de 1996 - Art. 211. O INPI fará o registro dos contratos que impliquem transferência de tecnologia, contratos de franquia e similares para produzirem efeitos em relação a terceiros. Letra d) CORRETA - Reprodução da parte inicial do artigo 2º. Letra e) INCORRETA - Não há essa previsão legal e essa afirmativa não coaduna com a definição de franquia prevsita no artigo 2º e nem com nenhum outro artigo da lei de franquias.

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68. (FGV/IX Exame da OAB/2012) Sobre o contrato de arrendamento mercantil, assinale a afirmativa incorreta. a) No arrendamento mercantil na modalidade financeira, as despesas com a manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de responsabilidade da arrendatária. b) No arrendamento mercantil operacional, a manutenção, a assistência técnica e os serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária. c) Os contratos de arrendamento mercantil devem conter, dentre outras cláusulas, a descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as características que permitam sua perfeita identificação. d) A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que têm como objeto principal a prática de operações de arrendamento mercantil dependem de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Gabarito: D Arrendamento Mercantil:

- É o contrato celebrado entre uma pessoa jurídica, arrendadora, e outra pessoa que pode ser física ou jurídica, arrendatária,

- O objeto do contrato é um bem que pode ser móvel ou imóvel que pertence a arrendadora, mas a posse do bem fica com a arrendatária durante o contrato, mediante o pagamento de uma prestação. Sendo que ao final do contrato a arrendatária pode optar por comprar o bem ou renovar o contrato. É tipo um aluguel só que com a opção de compra no término do prazo contratual.

André Luiz Santa Cruz - ‘’Pode-se definir o contrato de arrendamento mercantil, também chamado de leasing, como um contrato especial de locação que assegura ao locatário a prerrogativa de adquirir o bem alugado ao final da avença, pagando, nesse caso, uma diferença chamada valor residual. - O arrendamento mercantil é a locação caracterizada pela faculdade conferida ao locatário (arrendatário) de, ao término do prazo locatício, optar pela compra do bem locado. Em termos esquemáticos, o leasing é a sucessão de dois contratos, o de locação e o de compra e venda, sendo o último opcional. Lei 6.099 - Art 1º - Parágrafo único - Considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora,

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e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta. Leasing operacional: ocorre quando a próprio produtor ou fabricante do bem faz o arrendamento, geralmente a arrendadora fica responsável pela manutenção técnica do bem, mas não é obrigatório. Esse tipo de leasing não é favorecido pelo tratamento tributário da Lei 6.099. Leasing Financeiro: uma empresa fabrica o bem e vende a uma empresa arrendadora, essa empresa arrendadora tem como principal atividade o arrendamento mercantil. Arrendadora é proprietária do bem e faz o arrendamento para um arrendatário que vai pagar as prestações contratadas e no final se optar por comprar o bem tem que pagar o valor residual garantido (VRG). Leasing-back ou leasing de retorno: uma empresa é dona de um bem, essa empresa vende esse bem para uma empresa de arrendamento mercantil, agora o bem é de propriedade da empresa arrendadora. A empresa que vendeu o bem faz um contrato de arrendamento mercantil com a empresa arrendadora com o bem que ela vendeu. E esse contrato tem o mesmo perfil que o leasing financeiro, a diferença é que o objeto do contrato é um bem que já pertencia a ela. a) Correta – Resolução 2309 de 1996 do Conselho Monetário Nacional - Art. 5º Considera-se arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que: I - as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos; II - as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária; b) Correta – Resolução 2309 de 1996 do Conselho Monetário Nacional - Art. 6º - Parágrafo 3º A manutenção, a assistência técnica e os serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária. c) Correta – Resolução 980 de 1984 do Conselho Monetário Nacional - Art. 9. Os contratos de arrendamento mercantil devem ser formalizados por instrumento público ou particular, devendo constar obrigatoriamente, no mínimo, as especificações abaixo relacionadas: a) a descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as características que permitam sua perfeita identificação;

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d) Incorreta – Resolução 980 de 1984 do Conselho Monetário Nacional – Artigo Revogado pela Resolução 2.099 - Art. 2º A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas para a prática de operações de arrendamento mercantil, de que trata este Regulamento, dependem de autorização do Banco Central do Brasil, expressa em carta patente, que tem prazo de vigência indeterminado. 69. (FGV/SEAD-AP/Fiscal da Receita/2010) A respeito dos contratos de arrendamento mercantil (leasing) é correto afirmar que: a) ainda que haja cláusula resolutiva expressa no instrumento contratual, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora. b) a previsão de cláusula resolutiva expressa no instrumento contratual exclui a necessidade de notificação do arrendatário para constituí-lo em mora. c) é nula de pleno direito a cláusula resolutiva expressa. d) a cláusula que determina a obrigatoriedade da compra do bem pelo arrendatário ao final do prazo contratual é essencial para configurar contrato como de arrendamento mercantil. e) apenas pessoas jurídicas podem figurar como partes neste tipo contratual. Gabarito: A Súmula 369 do STJ - No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora. 70. Julgue os itens: (FCC/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2014) I - Nos contratos mercantis entre empresários, não terá aplicação o Código de Defesa do Consumidor, mas somente os Códigos Civil e Comercial. II - A compra e venda mercantil é um contrato real, ou seja, para sua constituição é preciso a entrega do bem adquirido para aperfeiçoamento do vínculo contratual. III - Em contrato de compra e venda mercantil, a fixação do preço não pode ser deixada ao arbítrio exclusivo de uma das partes nem de terceiro, sob pena de nulidade. Gabarito: I – Errada; II – Errada; III - Errada I – ERRADA - Como regra, de fato, não terá aplicação o Código de Defesa do Consumidor aos contratos mercantis, tendo em vista que a relação havida é empresarial e não de consumo (os adquirentes não são consumidores finais dos objetos comercializados).

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Direito Empresarial Curso para ISS NITERÓI

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No entanto, quando o empresário individual ou a sociedade empresária adquirem produtos ou serviços na qualidade de destinatários finais “econômicos” deles, caracteriza-se a relação de consumo e se aplica o CDC. O STJ já decidiu a questão no julgamento do Resp 1.025.472/SP. II – ERRADA - O contrato de compra e venda mercantil segue as regras próprias de todo e qualquer contrato de compra e venda e, por isso, se revela como um contrato pessoal e consensual não como um contrato real. Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Assim, o vendedor assume a obrigação de entregar ao comprador determinada coisa, caracterizando sua pessoalidade e consensualidade. O contrato não transfere a titularidade da coisa vendida, mas apenas gera a obrigação de transferência da titularidade da coisa. Sua constituição é feita com a mera formalização, não precisa haver a entrega da coisa para que produza os efeitos devidos. III – ERRADA - Pelo Código Civil temos que a fixação do preço pode ser feita por terceiro, mas não pode ser feita por uma das partes. CC - Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.