curumim - 8 de fevereiro de 2015

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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO

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Criado por: V. T. Hamlin, Brucu-tu apareceu pela primeira vez nos jornais americanos, em 5 de dezembro de 1932, sob forma de

ti ra diária (em preto e branco) lançada por um pequeno distribuidor (“syndi-cate”), o Bonnet-Brown. Considerado uma espécie de Popeye pré-histórico, Brucutu é o forte habitante do reino de Mu (no original, Moo) que vive com seu dinossauro de esti mação, Dinny. Carrega sempre um martelo de pedra e veste ap-enas um calção de pele, preferindo lutar contra os ferozes dinossauros da selva do que conviver com seus compatriotas.

Apesar do ambiente pré-histórico, o alvo das ti ras era a sáti ra da vida sub-urbana. As primeiras Histórias eram centradas nas aventuras de Brucutu e

seu amigo troglodita, Foozy e a namo-rada Ulla, o Rei de Mu, Gus, a Rainha Umpateedle e cidadãos diversos.

Em 1971, quando Hamlin aposen-tou-se, seu assistente Dave Graue as-sumiu a publicação. Sua últi ma estória apareceu a 1 de abril de 1973, um do-mingo. As ti ras diárias (em preto-e-bran-co) de Brucutu foram publicadas também em jornais brasileiros, como “O Globo” (nos anos 70). No México, curi-osamente o personagem é chamado de “Trucutú” (na editora Novaro).

Para se ter uma idéia da importân-cia de “Brucutu”, foi esse person-agem que ajudou o “Gibi” de Roberto Marinho a se tornar um dos grandes sucessos da época

O HISTÓRICO CONCURSO DO E.T. O EXTRATERRESTRE

Em julho de 1983, o fi lme de Steven Spielberg, E.T o Extraterrestre, “bombava” nos cinema do mundo inteiro. Quem via o fi lme saia do cinema olhando para o céu, na esperança de ver uma nave espacial. Para entrar na onda, o Curumim fez uma parceria com o empresário de cinema e radialista Joaquim Marinho

para sortear três bonequinhos do E.T, que inclusive acendia a luz vermelha no peito e no na ponta do dedo indicador. À época, Marinho era o donos dos maiores cinemas de Manaus – Cines Chaplin, Oscarito, Carmen Miranda e Grande Otelo. Para a parti c-ipar, a criança desenhava o E.T e enviava para o jornal. A promoção foi um sucesso e a escolha dos vencedores foi feita pelos jornalista Flávio Seabra, Jorge Estevão (nosso primeiro diagramador), José Veriíssimo, Sebasti ão Reis, Altair Rodrigues (Capitari), Antônio Mendes, Gabriel Andrade. Infelizmente, dessa redação histórica já nos deix-aram Capitari, Sebasti ão Reis e, por últi mo, Jorge Estevão, nosso grandes amigos.

CURIOSIDADES DO CARNAVALO sapateiro português José

Nogueira de Azevedo Prates, o Zé Pereira, saiu pelas ruas tocando bumbo em 1848. Pessoas foram se juntando a ele e deram origem aos blocos de rua. O desfi le de blocos de rua durante o Carnaval carioca foi autorizado apenas em 1889.

PRIMEIRA GRITO DE CARNAVALO primeiro baile carnavalesco do

Brasil ocorreu no Largo do Rocio, no Rio de Janeiro (RJ), em 1840. Foi uma iniciati va de uma atriz ital-iana que queria reproduzir o Car-naval de Veneza.

REI MOMO O primeiro Rei Momo foi insti tuí-

do pelo jornal carioca A Noite, em 1933. O eleito foi o músico Silvio Caldas, que, por sinal, era magér-rimo. Atualmente, um comitê escolhe o monarca da folia com

base em quesitos como robustez, desembaraço, sociabilidade, facili-dade de expressão, simpati a e es-pírito carnavalesco.

DESFILES DE FANTASIA Inspirados nos bailes de más-

cara do Carnaval de Veneza, os desfi les de fantasia do Teatro Mu-nicipal do Rio de Janeiro começar-am em 1937. Clóvis Bornay foi o vencedor do primeiro concurso com a fantasia Príncipe Hindu. O concurso durou até 1972.

TIA CIATA Foi na Rua Visconde de Itaúna,

próximo a Praça Onze, que nas-ceu o samba. Uma roda de ami-gos improvisava versos na casa de uma das moradoras do mor-ro, a tia Ciata (Hilária Batista de Almeida).

SAMBAO nome samba vem de uma

língua africana chamada ban-

to, falada em Angola. Há duas versões para sua origem: ou ele deriva do termo semba (bater umbigo com umbigo), devido uma dança de escravos chamada umbigada; ou é uma junção de sam (pagar) e de ba (receber).

MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA O mestre-sala e a porta-bandei-

ra são remanescentes dos anti gos ranchos, grupos anteriores à esco-la de samba. Essa tradição chegou a São Paulo no ano de 1935.

BRUCUTU

O CARNAVAL

G I B I T E C A

JULHO DE 1983

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CURIOSIDADES

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3

Chiquinha Gonzaga compôs a marchinha em 1899 para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, do bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro.Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi compositora, pianista

e regente brasileira. Primeira mulher a reger uma or-questra no Brasil.

A “Deixa Falar” foi a primeira escola e samba do Bra-sil. Ela foi fundada em 18 de agosto de 1928, na cidade do Rio de Janeiro, por Nilton Basto, Ismael Silva, Silvio Fernandes, Oswaldo Vasques, Edgar, Julinho, Aurélio, entre outros. As cores oficiais desta escola de samba eram o vermelho e branco e sua estreia no carnaval car-ioca ocorreu no ano seguinte a sua fundação.

O termo “escola de samba” foi usado, pois na rua Es-tácio, onde aconteciam os ensaios, havia uma Escola Normal. A escola de samba Deixa Falar funcionava ao lado desta Escola Normal.

REPÓRTER CURUMIM

Criança brinca carnaval?Brinca sim senhor, mas não

é só pegar o curumim, colocar uma fantasia e soltar o moleque

na folia. Nada disso, são necessários alguns cuidados. E o principal deles é que o responsável não arrede o pé de perto do pequeno folião.

Carnaval está na alma do povo brasilei-ro, conhecido mundialmente por sua simpati a e bom humor. É muito impor-tante manter essa tradição tí pica do nos-so povo, transmiti ndo a cultura para nos-sas crianças e esti mulando-as a parti cipar desta grande oportunidade de brincar, socializar e descontrair.

Por exemplo, bebês não devem fre-quentar festas de carnaval, pois podem se excitar excessivamente e de noite ter in-sônia, pesadelos. Já os mais crescidinhos devem chegar à festa com uma pulseira de identi fi cação, onde conste o seu nome completo e o do responsável que esteja presente no local, além do número do telefone celular do adulto. Este procedi-mento simples dará mais liberdade para o seu fi lho e mais tranquilidade para você.

Geralmente, o local da folia – seja o

salão ou a praça – é quente, devido ao acúmulo de gente. Por isso o risco de desidratação é grande. Então, esqueça aquela fantasia pesada, que cobre todo o corpo do baixinho. Nada de fantasias de urso, gorila, astronauta, porta- bandeira... Escolha, então, roupas ou fantasias leves, de cores claras, folgadas no corpo e que permitam a circulação do ar. Oferecer água para a criança e sucos naturais du-rante a festa também é importante.

Calce no pimpolho tênis que não ap-ertem os pés, pois a criança terá mui-to mais segurança para correr e pular, além de ser muito mais confortável. Evite também que as fantasias sejam acompanhadas de brinquedos, como armas (revólveres, espadas, etc.), que além de servirem como apologias da violência, podem provocar acidentes.

Dito isso, caia na folia!Um cheiro da fl oresta!

“ABRE ALAS” FOI A PRIMEIRA MARCHNHA DE CARNAVAL

CARNAVAL DOS BAIXINHOS!

6

Abre Alas - Chiquinha Gonzaga

Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Eu sou da lira não posso negar Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passarRosa de ouro é que vai ganharRosa de ouro é que vai ganhar

CANTE A MARCHINHA:

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Page 4: Curumim - 8 de fevereiro de 2015

4 5

O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Fabíola Marinheiro

Mário Adolfo

Não tenha dúvidas, Fabíola, amor é o que não falta aqui na nossa floresta. E quando a gente publica uma foto linda, assim como a da Jully, esse amor se propaga no ar, pois te-mos a certeza de estar fazendo uma criança feliz. Além dela, seus pais, irmãos, avós, tias, vizinhos e amiguinhos. Então, manda mais foto e continue lendo o Curumim. Um jornal para crianças de 08 a 80 anos! Um abraço no seu pai que teve a ideia inteligente de passar o jornalzinho para você.

Oi, curumim!Obrigada por publicar a foto da minha fi lha Jully. Eu e a minha família fi camos muito alegres. Há muito

tempo que acompanhamos o jornal e meus fi lhos gostam muito, inclusive quando eu era criança meu pai também mandava minhas fotos e agora sou eu! Parabéns pelo jornal de excelência e entretenimen-to para nossas crianças, tenho certeza que e feito com muito carinho e amor!

Enrique Romão nos enviou esse lindo desenho e mandou avisar que esses são os cavalos que vivem no síti o da família. Além de arrebentar no traço, En-rique disse que quer ser vaqueiro quando crescer. Vamos fi car de olho no garoto.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Além de muito linda, Yas-min Sousa Braga de 3 anos, é super inteligente. Ela já sabe ja sabe todo o alfabeto e consegue contar de 1 a 30. Parabéns, Yasmin.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

O garotão Fernando Samu-el Matos de Aquino, 6 anos, é mais um jovem leitor do Cu-rumim. Segundo o seu pai, Fernandinho é muito inteli-gente e não larga o jornalzin-ho.

Quase 270.000 toneladas de plásti co estão fl utuando nos oceanos, esti mou um estudo do Insti tuto Five Gyres. Esse

ti po de poluição por microplásti cos (fi -bras e fragmentos de plásti -

co) é encontrada em concentrações variadas

nos oceanos, mas da-dos da quanti dade global desse materi-al são escassos.

Para esti mar o total de plásti co fl u-

tuando nas águas e seu peso, cienti stas de

seis países contribuíram com dados de 24 expe-dições que ocorreram de 2007 a 2013, abrangendo os cinco giros subtropicais (grandes sistemas de cor-rentes marinhas rotati vas no oceano), a costa da Austrália, o Mar Mediter-

râneo e o Golfo de Bengala.

Com base nos dados e no modelo, os autores do estudo calculam que existem pelo menos 5,25 trilhões de partí culas de plásti co, pesando cerca de 269.000 toneladas, nos oceanos. Plásti cos maiores são abundantes das regiões costeiras, enquanto os pedaços menores estão presentes

nas regiões mais remotas. A ingestão de plásti co por um peixe, por exem-plo, pode causar danos no fí gado do animal. As partí culas também servem de abrigo para bactérias e algas. Elas são transportadas para outras regiões do oceano, onde podem prejudicar o ambiente local.

270 MIL TONELADAS DE PLÁSTICO POLUEM OS OCEANOS

O CARNAVAL

O Curumim estava arru-mando sua bolsa feita com fibras de casca de ár-vore, quando a indiazinha

Murupí chegou.— Vai pra onde, indiozinho?Depois de arrumar um saco de

tucumã na bolsa e um pouco de farinha, Curumim respondeu:

— Pra Manaus.— Fazer o quê? Perguntou, curi-

osa, Murupí.— Vou ver o desfile de carnaval,

que é uma festa animada e gosto-sa de ser ver.

— Ah, já vi na televisão. Mas o que é mesmo o carnaval, hein Cu-rumim?

— É uma festa popular que os brancos realizam quase sempre em fevereiro, Vou te explicar dire-itinho. Preste atenção:

O Carnaval, minha querida Murupí, nasceu na Europa há cer-ca de 400 anos. Naquela época a Igreja pensava que os 40 dias antes da páscoa deveriam servir apenas para rezar. Nem pensar em com-

er carne! E então, para descontar esse tempão sem poder festejar, o povo criou uma grande festa com muita bebida, comida, música e dança, que sempre acontecia sete domingos antes da Páscoa. Foi aí que começou o “Carnevale”, que em Latim significa “Adeus à Carne”.

NO BRASILO Carnaval chegou aqui no Bra-

sil junto com os Portugueses e naquela época as pessoas comem-oravam jogando água, lixo, farinha de trigo e até lama uns nos outros! Já pensou que confusão? Foi só no século 20 que a festa ficou mais elegante, com bailes de máscaras, fantasias e as famosas marchinhas de carnaval, como essa aqui, com-posta por Chiquinha Gonzaga:

Hoje em dia, o Brasil comemora o carnaval de várias formas difer-entes. Tem os blocos nos quais os foliões seguem um trio elétrico e tem também os desfiles das esco-las de samba. Essa festa brasileira é muito famosa, a do Rio de Janei-

ro, por exemplo, é considerada o maior Carnaval do mundo!

Foi no final do século XIX que começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos “corsos”. Nos Corsos, as pessoas se fantasiavam, dec-oravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóri-cos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba sur-giu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo samb-ista carioca chamado Ismael Sil-va. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de sam-ba Estácio de Sá. A partir dai o car-naval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir

novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organiza-das em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeona-tos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.

BONECOS GIGANTES EM RECIFEO carnaval de rua manteve suas

tradições originais na região Nor-deste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no rit-mo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na ci-dade destacam-se também os blo-cos negros como o Olodum e o Il-eyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

Plásti co nos oceanos: pesquisa gera nova esti mati va

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O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.

Mande você também a sua mensagem para o Curumim.

Fabíola Marinheiro

Mário Adolfo

Não tenha dúvidas, Fabíola, amor é o que não falta aqui na nossa floresta. E quando a gente publica uma foto linda, assim como a da Jully, esse amor se propaga no ar, pois te-mos a certeza de estar fazendo uma criança feliz. Além dela, seus pais, irmãos, avós, tias, vizinhos e amiguinhos. Então, manda mais foto e continue lendo o Curumim. Um jornal para crianças de 08 a 80 anos! Um abraço no seu pai que teve a ideia inteligente de passar o jornalzinho para você.

Oi, curumim!Obrigada por publicar a foto da minha fi lha Jully. Eu e a minha família fi camos muito alegres. Há muito

tempo que acompanhamos o jornal e meus fi lhos gostam muito, inclusive quando eu era criança meu pai também mandava minhas fotos e agora sou eu! Parabéns pelo jornal de excelência e entretenimen-to para nossas crianças, tenho certeza que e feito com muito carinho e amor!

Enrique Romão nos enviou esse lindo desenho e mandou avisar que esses são os cavalos que vivem no síti o da família. Além de arrebentar no traço, En-rique disse que quer ser vaqueiro quando crescer. Vamos fi car de olho no garoto.

Mande você também o seu desenho para o Cu-rumim.

Além de muito linda, Yas-min Sousa Braga de 3 anos, é super inteligente. Ela já sabe ja sabe todo o alfabeto e consegue contar de 1 a 30. Parabéns, Yasmin.

Mande as fotos da sua curuminzada para:

O garotão Fernando Samu-el Matos de Aquino, 6 anos, é mais um jovem leitor do Cu-rumim. Segundo o seu pai, Fernandinho é muito inteli-gente e não larga o jornalzin-ho.

Quase 270.000 toneladas de plásti co estão fl utuando nos oceanos, esti mou um estudo do Insti tuto Five Gyres. Esse

ti po de poluição por microplásti cos (fi -bras e fragmentos de plásti -

co) é encontrada em concentrações variadas

nos oceanos, mas da-dos da quanti dade global desse materi-al são escassos.

Para esti mar o total de plásti co fl u-

tuando nas águas e seu peso, cienti stas de

seis países contribuíram com dados de 24 expe-dições que ocorreram de 2007 a 2013, abrangendo os cinco giros subtropicais (grandes sistemas de cor-rentes marinhas rotati vas no oceano), a costa da Austrália, o Mar Mediter-

râneo e o Golfo de Bengala.

Com base nos dados e no modelo, os autores do estudo calculam que existem pelo menos 5,25 trilhões de partí culas de plásti co, pesando cerca de 269.000 toneladas, nos oceanos. Plásti cos maiores são abundantes das regiões costeiras, enquanto os pedaços menores estão presentes

nas regiões mais remotas. A ingestão de plásti co por um peixe, por exem-plo, pode causar danos no fí gado do animal. As partí culas também servem de abrigo para bactérias e algas. Elas são transportadas para outras regiões do oceano, onde podem prejudicar o ambiente local.

270 MIL TONELADAS DE PLÁSTICO POLUEM OS OCEANOS

O CARNAVAL

O Curumim estava arru-mando sua bolsa feita com fibras de casca de ár-vore, quando a indiazinha

Murupí chegou.— Vai pra onde, indiozinho?Depois de arrumar um saco de

tucumã na bolsa e um pouco de farinha, Curumim respondeu:

— Pra Manaus.— Fazer o quê? Perguntou, curi-

osa, Murupí.— Vou ver o desfile de carnaval,

que é uma festa animada e gosto-sa de ser ver.

— Ah, já vi na televisão. Mas o que é mesmo o carnaval, hein Cu-rumim?

— É uma festa popular que os brancos realizam quase sempre em fevereiro, Vou te explicar dire-itinho. Preste atenção:

O Carnaval, minha querida Murupí, nasceu na Europa há cer-ca de 400 anos. Naquela época a Igreja pensava que os 40 dias antes da páscoa deveriam servir apenas para rezar. Nem pensar em com-

er carne! E então, para descontar esse tempão sem poder festejar, o povo criou uma grande festa com muita bebida, comida, música e dança, que sempre acontecia sete domingos antes da Páscoa. Foi aí que começou o “Carnevale”, que em Latim significa “Adeus à Carne”.

NO BRASILO Carnaval chegou aqui no Bra-

sil junto com os Portugueses e naquela época as pessoas comem-oravam jogando água, lixo, farinha de trigo e até lama uns nos outros! Já pensou que confusão? Foi só no século 20 que a festa ficou mais elegante, com bailes de máscaras, fantasias e as famosas marchinhas de carnaval, como essa aqui, com-posta por Chiquinha Gonzaga:

Hoje em dia, o Brasil comemora o carnaval de várias formas difer-entes. Tem os blocos nos quais os foliões seguem um trio elétrico e tem também os desfiles das esco-las de samba. Essa festa brasileira é muito famosa, a do Rio de Janei-

ro, por exemplo, é considerada o maior Carnaval do mundo!

Foi no final do século XIX que começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos “corsos”. Nos Corsos, as pessoas se fantasiavam, dec-oravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóri-cos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba sur-giu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo samb-ista carioca chamado Ismael Sil-va. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de sam-ba Estácio de Sá. A partir dai o car-naval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir

novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organiza-das em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeona-tos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.

BONECOS GIGANTES EM RECIFEO carnaval de rua manteve suas

tradições originais na região Nor-deste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no rit-mo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na ci-dade destacam-se também os blo-cos negros como o Olodum e o Il-eyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

Plásti co nos oceanos: pesquisa gera nova esti mati va

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Chiquinha Gonzaga compôs a marchinha em 1899 para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, do bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro.Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi compositora, pianista

e regente brasileira. Primeira mulher a reger uma or-questra no Brasil.

A “Deixa Falar” foi a primeira escola e samba do Bra-sil. Ela foi fundada em 18 de agosto de 1928, na cidade do Rio de Janeiro, por Nilton Basto, Ismael Silva, Silvio Fernandes, Oswaldo Vasques, Edgar, Julinho, Aurélio, entre outros. As cores oficiais desta escola de samba eram o vermelho e branco e sua estreia no carnaval car-ioca ocorreu no ano seguinte a sua fundação.

O termo “escola de samba” foi usado, pois na rua Es-tácio, onde aconteciam os ensaios, havia uma Escola Normal. A escola de samba Deixa Falar funcionava ao lado desta Escola Normal.

REPÓRTER CURUMIM

Criança brinca carnaval?Brinca sim senhor, mas não

é só pegar o curumim, colocar uma fantasia e soltar o moleque

na folia. Nada disso, são necessários alguns cuidados. E o principal deles é que o responsável não arrede o pé de perto do pequeno folião.

Carnaval está na alma do povo brasilei-ro, conhecido mundialmente por sua simpati a e bom humor. É muito impor-tante manter essa tradição tí pica do nos-so povo, transmiti ndo a cultura para nos-sas crianças e esti mulando-as a parti cipar desta grande oportunidade de brincar, socializar e descontrair.

Por exemplo, bebês não devem fre-quentar festas de carnaval, pois podem se excitar excessivamente e de noite ter in-sônia, pesadelos. Já os mais crescidinhos devem chegar à festa com uma pulseira de identi fi cação, onde conste o seu nome completo e o do responsável que esteja presente no local, além do número do telefone celular do adulto. Este procedi-mento simples dará mais liberdade para o seu fi lho e mais tranquilidade para você.

Geralmente, o local da folia – seja o

salão ou a praça – é quente, devido ao acúmulo de gente. Por isso o risco de desidratação é grande. Então, esqueça aquela fantasia pesada, que cobre todo o corpo do baixinho. Nada de fantasias de urso, gorila, astronauta, porta- bandeira... Escolha, então, roupas ou fantasias leves, de cores claras, folgadas no corpo e que permitam a circulação do ar. Oferecer água para a criança e sucos naturais du-rante a festa também é importante.

Calce no pimpolho tênis que não ap-ertem os pés, pois a criança terá mui-to mais segurança para correr e pular, além de ser muito mais confortável. Evite também que as fantasias sejam acompanhadas de brinquedos, como armas (revólveres, espadas, etc.), que além de servirem como apologias da violência, podem provocar acidentes.

Dito isso, caia na folia!Um cheiro da fl oresta!

“ABRE ALAS” FOI A PRIMEIRA MARCHNHA DE CARNAVAL

CARNAVAL DOS BAIXINHOS!

6

Abre Alas - Chiquinha Gonzaga

Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Eu sou da lira não posso negar Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passarRosa de ouro é que vai ganharRosa de ouro é que vai ganhar

CANTE A MARCHINHA:

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Criado por: V. T. Hamlin, Brucu-tu apareceu pela primeira vez nos jornais americanos, em 5 de dezembro de 1932, sob forma de

ti ra diária (em preto e branco) lançada por um pequeno distribuidor (“syndi-cate”), o Bonnet-Brown. Considerado uma espécie de Popeye pré-histórico, Brucutu é o forte habitante do reino de Mu (no original, Moo) que vive com seu dinossauro de esti mação, Dinny. Carrega sempre um martelo de pedra e veste ap-enas um calção de pele, preferindo lutar contra os ferozes dinossauros da selva do que conviver com seus compatriotas.

Apesar do ambiente pré-histórico, o alvo das ti ras era a sáti ra da vida sub-urbana. As primeiras Histórias eram centradas nas aventuras de Brucutu e

seu amigo troglodita, Foozy e a namo-rada Ulla, o Rei de Mu, Gus, a Rainha Umpateedle e cidadãos diversos.

Em 1971, quando Hamlin aposen-tou-se, seu assistente Dave Graue as-sumiu a publicação. Sua últi ma estória apareceu a 1 de abril de 1973, um do-mingo. As ti ras diárias (em preto-e-bran-co) de Brucutu foram publicadas também em jornais brasileiros, como “O Globo” (nos anos 70). No México, curi-osamente o personagem é chamado de “Trucutú” (na editora Novaro).

Para se ter uma idéia da importân-cia de “Brucutu”, foi esse person-agem que ajudou o “Gibi” de Roberto Marinho a se tornar um dos grandes sucessos da época

O HISTÓRICO CONCURSO DO E.T. O EXTRATERRESTRE

Em julho de 1983, o fi lme de Steven Spielberg, E.T o Extraterrestre, “bombava” nos cinema do mundo inteiro. Quem via o fi lme saia do cinema olhando para o céu, na esperança de ver uma nave espacial. Para entrar na onda, o Curumim fez uma parceria com o empresário de cinema e radialista Joaquim Marinho

para sortear três bonequinhos do E.T, que inclusive acendia a luz vermelha no peito e no na ponta do dedo indicador. À época, Marinho era o donos dos maiores cinemas de Manaus – Cines Chaplin, Oscarito, Carmen Miranda e Grande Otelo. Para a parti c-ipar, a criança desenhava o E.T e enviava para o jornal. A promoção foi um sucesso e a escolha dos vencedores foi feita pelos jornalista Flávio Seabra, Jorge Estevão (nosso primeiro diagramador), José Veriíssimo, Sebasti ão Reis, Altair Rodrigues (Capitari), Antônio Mendes, Gabriel Andrade. Infelizmente, dessa redação histórica já nos deix-aram Capitari, Sebasti ão Reis e, por últi mo, Jorge Estevão, nosso grandes amigos.

CURIOSIDADES DO CARNAVALO sapateiro português José

Nogueira de Azevedo Prates, o Zé Pereira, saiu pelas ruas tocando bumbo em 1848. Pessoas foram se juntando a ele e deram origem aos blocos de rua. O desfi le de blocos de rua durante o Carnaval carioca foi autorizado apenas em 1889.

PRIMEIRA GRITO DE CARNAVALO primeiro baile carnavalesco do

Brasil ocorreu no Largo do Rocio, no Rio de Janeiro (RJ), em 1840. Foi uma iniciati va de uma atriz ital-iana que queria reproduzir o Car-naval de Veneza.

REI MOMO O primeiro Rei Momo foi insti tuí-

do pelo jornal carioca A Noite, em 1933. O eleito foi o músico Silvio Caldas, que, por sinal, era magér-rimo. Atualmente, um comitê escolhe o monarca da folia com

base em quesitos como robustez, desembaraço, sociabilidade, facili-dade de expressão, simpati a e es-pírito carnavalesco.

DESFILES DE FANTASIA Inspirados nos bailes de más-

cara do Carnaval de Veneza, os desfi les de fantasia do Teatro Mu-nicipal do Rio de Janeiro começar-am em 1937. Clóvis Bornay foi o vencedor do primeiro concurso com a fantasia Príncipe Hindu. O concurso durou até 1972.

TIA CIATA Foi na Rua Visconde de Itaúna,

próximo a Praça Onze, que nas-ceu o samba. Uma roda de ami-gos improvisava versos na casa de uma das moradoras do mor-ro, a tia Ciata (Hilária Batista de Almeida).

SAMBAO nome samba vem de uma

língua africana chamada ban-

to, falada em Angola. Há duas versões para sua origem: ou ele deriva do termo semba (bater umbigo com umbigo), devido uma dança de escravos chamada umbigada; ou é uma junção de sam (pagar) e de ba (receber).

MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA O mestre-sala e a porta-bandei-

ra são remanescentes dos anti gos ranchos, grupos anteriores à esco-la de samba. Essa tradição chegou a São Paulo no ano de 1935.

BRUCUTU

O CARNAVAL

G I B I T E C A

JULHO DE 1983

EXPEDIENTEPresidenteOtávio Ramam Neves

Diretor Executi voJoão Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário Adolfo

Diretor de CriaçãoMarcus Vinícius

Design e IlustraçãoJosiney Encarnação

DiagramaçãoMarcelo Robert

Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados

CURIOSIDADES

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Page 8: Curumim - 8 de fevereiro de 2015

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