dialética transcendental prof. suderlan tozo binda
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Dialética Transcendental
Prof. Suderlan Tozo Binda
A dialética transcendentalA dialética transcendental
• ““Chama-se dialética transcendental a crítica Chama-se dialética transcendental a crítica do intelecto e da razão em relação ao seu do intelecto e da razão em relação ao seu uso hiperfísico, a fim de desvelar a aparência uso hiperfísico, a fim de desvelar a aparência falaz de suas infundadas presunções e falaz de suas infundadas presunções e reduzir as suas pretensões de descobertas e reduzir as suas pretensões de descobertas e ampliação de conhecimentos, que ele se ampliação de conhecimentos, que ele se ilude de obter graças aos princípios ilude de obter graças aos princípios transcendentais, ao simples julgamento do transcendentais, ao simples julgamento do intelecto puro e à sua preservação das intelecto puro e à sua preservação das ilusões sofísticasilusões sofísticas”.”.
A faculdade da razão e suas ideias
• A dialética transcendental:– ‘Estuda a razão e suas estruturas’
• Razão: – É o intelecto quando vai além do horizonte da
experiência possível.• Por sua natureza busca ir além da experiência
possível (por sua necessidade estrutural)– É a faculdade do incondicionado = metafísica.
Intelecto
Razão
Voltado para o finito (julgar)
Voltada para o infinito (pensar) = silogizar
Silogismo
Opera com conceitos e juízos puros,Não com intuições.
Dedução da tábua dos silogismos a tábua dos conceitos puro da razão
T.S T.C.P.R
Categórico
Hipotético
Disjuntivo
Ideia psicológica = alma
Ideia cosmológica = mundo
Ideia teológica = Deus
Citação em Reale, 898/9.
A psicologia racional e os paralogismos da razão
• Paralogismo:Paralogismo:– Raciocínio involuntariamente falso.Raciocínio involuntariamente falso.
• AlmaAlma– O primeiro incondicionado O primeiro incondicionado – Sujeito absoluto do qual derivariam todos os Sujeito absoluto do qual derivariam todos os
fenômenos psíquicos internosfenômenos psíquicos internos• Silogismo:Silogismo:
– Em que o termo médio é usado ilicitamente em dois Em que o termo médio é usado ilicitamente em dois significados diferentessignificados diferentes
Exemplos • O termo médio são subreptícios = ilícitos:
– A alma é simples– A alma não é simples– Logo...
– outro exemplo:» O cão ladra.» Ora, o cão é uma constelação,» Logo, uma constelação ladra.
• “Na psicologia racional esse paralogismo consiste no fato de que se parte do Eu Penso e da autoconsciência, ou seja, da unidade sintética da apercepção, transformando-se em unidade ontológica substancial”.
A cosmologia racional e as antinomias da razão
• Antinomias:• Conflitos entre as leis puras da razão
• Mundo: ‘segundo incondicionado’• Quando a razão quer passar:
• Da consideração fenomênica do mundo• À consideração numênica
– Tese e antítese se anulam:» São válidas ao nível da razão pura.
• O mundo deve ser pensado metafisicamente como finto ou infinito?
• Decompõe-se em partes simples e indivisíveis ou não?
• As suas causas últimas são todas de tipo mecanicista e, portanto, necessárias, ou existem nele também causas livres?
• O mundo supõe uma causa última incondicionada e absolutamente necessária ou não?
As antinomias são estruturais e insolúveis, pois sem a experiênciaA razão oscila entre um conceito e outro.
Citação Reale, 901.
A teologia racional e as provas da existência de Deus
• Deus– ‘Terceiro incondicionado’ (ideal absoluto)
• ‘Esse ideal que formamos com a razão, enquanto sua existência, nos deixa na total ignorância’.
• Provas ou caminhos para provar a existência de Deus:– 1) prova ontológica– 2) prova cosmológica– 3) prova físico-teleológica
• 1) a prova ontológica a priori:– Parte do conceito de Deus como absoluta
perfeição para deduzir a sua existência• Cai na ilusão transcendental de trocar o predicado lógico
pelo real• O conceito perfeito pode ser alcançado pela razão, e,
como lembra Kant, é necessário à razão;• Porém, não se pode extrair a existência real de tal
conceito, porque a proposição que afirma a existência de alguma coisa não é analítica, mas sintética.
• Prova cosmológica:– Parte da experiência e infere Deus como causa
• O princípio que leva a inferir do contingente uma sua causa só tem significado no mundo sensível.
• Prova físico-teleológica:– Parte da variedade, da ordem, da finalidade e da
beleza do mundo, remonta a Deus como ser último e supremo• Pode demonstrar quando muito a existência de um
arquiteto.