VOZ DOCORAÇÃO

VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO | ANO XII - EDIÇÃO Nº 137 | JUNHO 2017

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02 Willame Raniere Pereira da Silva Aldemir Candido da Silva03 Severino Francisco da Silva Neto Ana Karina Alves B. de Mendonca04 Anderson da Silva Cunha Aline do Nascimento C. Carneiro Isabel Cristina Furtado Damasceno Woarla Odivar da Silva05 Adilio do Nascimento Souza Fernanda Gurgel de Castro06 Maria Aparecida Alves de Melo Francisco Jose da Silva Mateus Gomes Marinho Mirian da Silva Batista07 Roselandia Costa Tomaz Rosangela Maria R. Gomes de Souza Felipe Ravel Oliveira Dantas08 Waldecir Abel do Nascimento Adriana Lucia de Oliveira09 Barbara Ayhumi da Cruz Ridell Willy de Oliveira Silva10 Derikson Felipe Campelo da Silva11 Soraya Raiane Cabral Ribeiro Hansen12 Edjane Sandra Duarte Ferreira Dinarte Fonseca Borja Wendell Costa de Souza14 Ebes Lima de Melo João Paulo Varela15 Fabio de Oliveira Gomes Marcia Lins Vilela16 Maria Amelia de Araujo Sirlene Gonçalves da Silva Contreras17 Alice Augusto Nascimento18 Ana Carla D. da Silva Mesquita Suerda Valeria Lino Pereira Dantas19 Luzijan Costa de Lima Alves Louise Gabriella L. de Macedo Ferreira20 Lauro Arruda Camara Filho21 Fernando Antonio do Nascimento Wanderson dos Santos Vaz Jocitania de Azevedo Silva Lima23 Elziele Maria Costa da Silva Nilton Bernardo de F. Junior Olivanda da Silva Araujo Rosimeri Miguel Sergio Martins do Vale Tatiany Maria Torres Alves Julia Lidiane Ferreira de Lima Jarliene Carvalho de Castro24 Marckson Medeiros de Melo Andre Vinicius Vieira do Nascimento25 Jhon Hemerson Rodrigues Pascoal Matheus Moura Fonseca Alexsandro Fernandes de Sousa26 Maria de Fatima Fernandes Freire Marcia Cristina Ferreira de Lima Maria das Dores Rocha e Silva Suzyllane de Lima Gonzaga27 Lueli Coeli Assuncao Teixeira28 Sandra Maria de Souza Diogenes de Assis Mendes30 Jose Zilton da Silva Luciene Silva de Lima31 Alanny Kalinny Marques da Silva

D o C o r a ç ã o

Julho

Aniversários

Corrida: conheça os benefícios e aprendaos cuidados necessários

Inhame e Iogurte

Correr faz bem a saúde e é um dos esportes mais democráticos que existem. Mas para começar a praticar a atividade não bastam um bom par de tênis e roupas leves e confortáveis – alguns cuidados são essenciais. Página 3

O que esses alimentos têm em comum, além de começarem pela letra I? Os dois são os ingredientes das receitas que mostramos na edição deste mês: uma delas usa o inhame para fazer uma variação do tradicional pão de queijo mineiro; na outra, um queijo feito com iogurte serve de base para uma gostosa pastinha.

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Marie CurieNascida e criada numa época em que poucas mulheres conseguiam ter acesso ao ensino superior, esta cientista polonesa conseguiu ser a única pessoa até hoje a ganhar o prêmio Nobel em duas diferentes áreas do conhecimento. Conheça um pouco da vida desta fascinante mulher que, com suas pesquisas e descobertas sobre a radioatividade, ajudou no desenvolvimento da radiologia médica.

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Hospital JuninoEm junho, foram muitas as confraternizações das equipes do hospital e das clínicas – tudo pra celebrar com muita alegria o mês mais festivo do ano.

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Inhame e Iogurte

Pão de Inhame

Queijo de iogurte

O inhame é fonte de carboidratos complexos, vitaminas, minerais e pobre em gorduras; o iogurte, além de excelente fonte de cálcio, tem probióticos e proteínas – aprenda como preparar duas saborosas receitas com esses alimentos que são tudo de bom pra saúde.

DICA DE NUTRIÇÃO

>> Ingredientes

• 3 inhames (cerca de 350 g)• ½ xícara (chá) de polvilho azedo• ½ xícara (chá) de polvilho doce• 3 colheres (sopa) de azeite• 1 colher (chá) de sal• ½ xícara (chá) de queijo minas padrão ralado

>> Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 200 ºC (temperatura média).

2. Lave, descasque e corte os inhames em pedaços médios. Transfi ra para uma

panela, cubra com água e leve para cozinhar em fogo médio por aproximadamente 25 minutos, até que fi quem macios.

3. Escorra a água e, sobre uma tigela grande, passe os inhames ainda quentes por um espremedor. Acrescente os polvilhos, o azeite, o queijo e o sal e misture bem com as mãos - a massa deve fi car lisa e soltar dos dedos.

4. Para modelar os pães: enrole porções da massa em bolinhas e transfi ra para uma assadeira grande, deixando que haja espaço entre cada um - os pães infl am no forno. Leve para assar por 30 minutos, até que cresçam e fi quem dourados. Sirva a seguir.

>> Ingredientes

• 4 potes de iogurte natural (170 g cada)• 1 colher (chá) de sal• folhas de hortelã picadas a gosto• azeite a gosto

>> Modo de Preparo

1. Forre uma peneira com um pano de algodão fi no e limpo* e apoie sobre uma tigela funda - se a tigela for rasa, o soro drenado fi ca em contato com o iogurte.

2. Numa tigela, misture o iogurte com o sal e transfi ra para a peneira forrada. Leve para a geladeira e deixe drenar por 8 a 12 horas - o iogurte vai liberar o soro aos poucos e fi car com a consistência de uma coalhada fi rme.

Se necessário, durante a drenagem, descarte o líquido para evitar o contato do soro com o iogurte. Assim que estiver fi rme, retire da geladeira.

3. Para temperar com hortelã: numa tigela pequena, misture metade do queijo com a hortelã picada e 1 colher (sopa) de azeite. Prove e acerte o sal, se necessário. Regue com um fi o de azeite e decore com folhas de hortelã.

4. Sirva a seguir com torradas ou crudités de legumes ( pedaços de legumes s crus cortados em fatias fi nas como cenoura, aipo, abobrinha etc). A pasta pode ser conservada na geladeira, coberta com papel-fi lme, por até 5 dias.

* OBS.: Se preferir, utilize dois fi ltros de café descartáveis (tamanho grande) cortados ao meio em vez do pano de algodão.

Receitas do site Panelinha: www.panelinha.com.br

RÁPIDAS

ENSINAMENTO

Nessa versão do pão de queijo mineiro, o inhame serve de base para uma massa fofa que leva ainda polvilho, azeite e queijo minas

Esta pastinha pode ser servida pura, com azeite ou usada como base para criar novas combinações

Residência em Cardiologia - Aulas realizadas no mês de junho.

- 01/06 – Aspectos Físicos dos Exames por Imagem – Dr. Leonardo Bezerra- 09/06 – Conceitos básicos e práticos do MIBI – Dr. Roberto Levi- 22/06 – Radiologia Cardiovascular – Dr. Leonardo Bezerra- 29/06 – Angiotomografi a de Aorta – Dr. Leonardo Bezerra

Dia 23 de junho, o Sesmt ( Setor de Segurança e Medicina do Trabalho) do hospital realizou em conjunto com a CCIH ( Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) vacinação contra a Infl uenza para funcionários e médicos do hospital e das clínicas.

Os médicos do Hospital do Coração Nelson Solano, Marcel Hikiji, Ana Claudia Solano e Erike Daniele participaram, em São Paulo, do XXXVIII Congresso da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo, que teve como tema principal “ Reduzindo a mortalidade por doenças cardiovasculares”. Durante o evento, foi lançado o livro “Manual de eletrocardiografi a” que tem como um dos autores o cardiologista Fabio Mastrocola, da UFRN e plantonista da UTI do Hospital do Coração. O congresso foi realizado dos dias 15 a 17 de junho.

Congresso de Cardiologia

Atividades Científi cas

Vacinação

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Corrida: cuidados antes de começar a práticaATIVIDADESÃO JOÃO

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RedaçãoAna Luiza Câmara 470 – DRT/RN

DiagramaçãoJoão Paulo de Almeida84 9902-9225

Tiragem: 1.000 exemplares

Hospital do Coração de NatalRua Auris Coelho, 235 - Lagoa Nova - Natal/RN Tel. (84) 4009-2000 | Fax: (84) 4009-2023Fale conosco: Email: marketing@hcnatal.com.br Site: www.hospitaldocoracao.com.brFacebook: Hospital do Coração Nat/RN Twitter: twitter.com@HospCoracaoNatInstagram: www.instagram.com/hospitaldocoracao

Expediente

MissãoServir à comunidade e promover satisfação, saúde e melhoria da qualidade de vida à população

Política de QualidadeAgir com vistas ao desenvolvimento contínuo, inovação e melhoria dos serviços de saúde, proporcionando aos clientes a satisfação pelos serviços recebidos e aos colabora-dores a oportunidade de atingirem seus objetivos profi ssionais e pessoais.

DiretoriaDr. Nelson Solano ValeDiretor Administrativo

Dr. Lauro Arruda CâmaraDiretor Financeiro

Dr. Elmano MarquesDiretor Médico

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Existe idade mínima e máxima para iniciar a prática da corrida?A partir dos 14 anos um adolescente pode iniciar treinos de corrida sem exageros, sempre respeitando suas limitações e com as devidas avaliações de um cardiologista e de um ortopedista. Antes disso, as corridas devem ser recreativas, com o objetivo de inserção em alguma atividade física de grupo, sem foco em performance de competição.. Também não existe idade máxima para iniciar a prática da corrida, desde que as pessoas sejam orientadas e estejam autorizadas por profi ssionais da saúde e com todos seus exames em dia (check-up clínico e ortopédico, exames ergométrico de esforço).

Quais os benefícios que a corrida proporciona? Reduz a gordura corporal; melhora a ansiedade e tensão; melhora da qualidade do sono e da capacidade cardiovascular e pulmonar; pode diminuir os níveis de colesterol e da pressão sanguínea; melhora a força de membros inferiores, auxilia na redução da osteoporose e melhora o funcionamento intestinal.

A musculação deve ser feita pelos adeptos da corrida para evitar o risco de lesões?A musculação é importante pois dá ao corpo uma melhor estrutura muscular para suportar todo o impacto, preserva as articulações e fortalece também os

ossos. Para aqueles que não gostam desta modalidade, é válido também experimentar outras como o pilates, o treinamento funcional, o treinamento de fortalecimento muscular com elásticos, agachamentos, treinos em areia etc. Qual a diferença entre correr ao ar livre e na esteira? Correr ao ar livre requer um maior esforço que na esteira, pois esta reduz em até dez por cento impacto, o que a torna mais fácil. Ao ar livre deve-se considerar o atrito com o vento, as irregularidades do terreno, a atenção dada aos imprevistos de estar correndo em ambiente externo, o risco de acidentes de trânsito e a violência urbana.

O médico Nabil Ghorayeb, doutor em Cardiologia da FMUSP e especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, dá algumas orientações para os atletas que pretendem correr maratonas em seu site CardioEsporte (www.cardioesporte.com.br):

Maratona é atividade de risco? Numa corrida na qual a frequência cardíaca (FC) se mantém acima de 80-85% da frequência máxima (inclusive no treinamento), e ainda, por tempo prolongado (duas a seis horas), há um esforço físico muito longo e vigoroso do organismo como um todo, o que pode levar alguns a riscos graves (até mesmo letais). Esta modalidade de exercício é permitida para atletas treinados e com avaliação médica.

Quem tem risco aumentado de parada cardíaca/morte súbita durante/após a corrida? • O esportista com alguma doença cardíaca prévia e qualquer doença infecciosa( mesmo uma virose não totalmente curada). • Aquele com algum sintoma cardiopulmonar durante os treinamentos ou na corrida (dores no peito, palpitações, tonturas, falta de ar). • Os que desidratam com facilidade e não repõem adequadamente as perdas de líquidos e dos eletrólitos como o sódio e potássio. • Usuários de esteroides anabolizantes, termogênicos e os energéticos não autorizados ou proibidos pela ANVISA.

Como se prevenir de problemas de saúde antes de correr maratonas?• Só devem participar de maratonas aqueles que estejam na ocasião da corrida em perfeitas condições de saúde. • Nunca tomar anti-infl amatórios sem prescrição médica. Além dos efeitos colaterais no coração e vasos, há enorme risco de piora das lesões ortopédicas, porque mascaram a dor, o aviso de algo anormal. • Devem evitar participar de maratonas os que não puderam se preparar adequadamente para este tipo de prova tão desgastante. Em todas as provas mundo afora existe a opção de correr menores distâncias.

• Os corredores amadores devem limitar a quantidade de participações em maratonas. O recomendado, do ponto de vista médico, são duas maratonas/ano no máximo. Em qualquer idade, em especial acima de 45 anos, devem fazer avaliação multiprofi ssional minuciosa, seis meses antes da maratona, incluindo o teste ergométrico até a exaustão, com cardiologista. • Seguir rigorosamente as orientações nutricionais, com profi ssional da área, para o uso de isotônicos/carboidratos e alimentos adequados para esse tipo de corrida.

O mês de junho é o mais festivo do nordeste e não foi diferente no Hospital do Coração: a alegria deu o tom nas diversas confraternizações juninas organizadas pelos funcionários do hospital e das clínicas. E na

véspera de São João, não faltou um lanche especial oferecido pelo hospital para os funcionários, com direito a muitas delícias típicas do período.

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Junho festivoMarya Salomea Sklodowska -chamada

pela família pelo nome de Manya- nasceu em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, capital da Polônia, país dividido na época entre a Rússia Czarista, a Áustria e a Prússia. A cidade estava sob a governança dos russos, que exerciam uma repressão feroz ao povo polonês, proibindo o ensino de sua cultura, de manifestações nacionalistas e até de falarem sua língua nativa. Seus pais pertenciam a uma aristocracia empobrecida e eram professores. O pai, Wladislaw, lecionava química e física; a mãe, Bronislawa, era diretora de uma escola para meninas. Marya era a quinta e última da prole – antes dela, nasceram três meninas e um rapaz. A irmã mais velha, Zosia, morreu ainda jovem de tifo, aos vinte anos; Hela foi educadora e Bronya e Jósef, médicos. O pai foi nomeado vice-diretor de uma escola nos arredores da cidade e a mudança de moradia inviabilizou o emprego da mãe, que passou a dedicar-se aos cuidados do lar. Quando Zosia morreu, Marya estava com oito anos. Três anos mais tarde, em 1878, a senhora Bronilaslawa, aos 42 anos, perdeu a luta que travava há cinco contra a tuberculose. A família permaneceu cada vez mais unida e o pai dedicado à criação dos fi lhos, aos quais ensinava nos fi ns de semana matemática e física, além de fazer leitura dos clássicos da literatura universal.

Marya era a melhor aluna de sua classe e concluiu os estudos secundários em 1883, aos 15 anos, sendo laureada com a medalha de ouro, mas não pode ir para a universidade pois o ensino superior era vetado às mulheres. Nessa época apresentou sintomas de depressão, provocada pelas perdas familiares e falta de perspectivas de vida. Passou um ano no interior do país em casa de familiares e depois retornou à Varsóvia para morar com o pai. Exerceu a função de preceptora de alunos, dava aulas e orientação pedagógica. Impedida de prosseguir com a sua educação de nível superior, ela e a irmã Bronya se envolveram com a Universidade Volante -instituição de ensino clandestina com um currículo pró-Polônia que desafi ava as autoridades russas e admitia mulheres. Marya lia muitos livros, mantinha correspondência com professores estrangeiros e demonstrou interesse pelo positivismo de Augusto Comte, que a distanciava da religião católica e consagrava a ciência como a única via de conhecer a realidade e melhorar o mundo. Em 1891, começou a receber seu treinamento científi co prático no laboratório de química no Museu da Indústria e Agricultura na Krakowskie Przedmieście 66, perto do centro antigo da cidade. O laboratório era dirigido pelo seu primo Józef Boguski, que havia sido auxiliar do químico russo Dmitri Mendeleev.

Marya fez um pacto com sua irmã Bronya: trabalharia para ajudá-la fi nanceiramente na sua pretensão de estudar medicina em Paris, e posteriormente iria tentar sua própria formação universitária na França. Tornou-se governanta em Varsóvia e depois em Szczuki com a família dos Żorawskis, que tinham parentesco com seu pai. Enquanto trabalhava para esta família, se apaixonou por Kazimierz Żorawski, que viria a ser um matemático eminente, mas a família dele rejeitou a ideia do casamento com ela devido à sua condição fi nanceira. Posteriormente

ele tornou-se doutor e seguiu carreira como matemático, vindo a se tornar professor e Reitor da Universidade de Varsóvia.

No outono de 1891, aos 24 anos, mudou-se para Paris, tendo ido a morar com a irmã e o cunhado antes de alugar um sótão perto do Quartier Latin. Prosseguiu os estudos da física, matemática e química na Universidade de Sorbonne. Na época, sobrevivia com poucos recursos, chegando até a desmaiar devido a má nutrição. Marie, nome pelo qual viria a ser conhecida na França, estudava de dia e ensinava à noite, mal conseguindo o sufi ciente para se manter. Em 1893, concluiu uma graduação em física e começou a trabalhar no laboratório industrial do professor Gabriel Lippmann. Enquanto isso, continuou com os estudos e com a ajuda de uma bolsa conseguiu uma segunda graduação, desta vez em matemática (1894), ambas na Universidade de Sorbonne.

Marie iniciou sua carreira científi ca em Paris com estudos das propriedades magnéticas de diferentes tipos de aço, estudos estes encomendados pela Sociedade de Encorajamento da Indústria Nacional (Société d’encouragement pour l’industrie nationale). Naquele mesmo ano conheceu físico francês Pierre Curie, dez anos mais velho, com quem casou-se em 1895 - o interesse de ambos pelas ciências naturais os aproximou. Pierre era instrutor na Escola de Física e Química, a École supérieure de physique et de chimie industrielles de la ville de Paris (ESPCI) .

Em 1896, Henri Becquerel, descobridor da radioatividade, incentivou-a a estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio. Marie e Pierre começaram então a estudar os materiais que produziam tais radiações. Em 1898 deduziram que haveria na pechblenda (mineral de óxido de urânio) algum componente liberando mais energia que o urânio. Em 26 de dezembro do mesmo ano, após conseguirem isolar dois novos elementos químicos, Marya Skłodowska Curie anunciou a descoberta dessas novas substâncias à Academia de Ciências de Paris O primeiro elemento foi nomeado polônio, em referência a seu país nativo; e o outro, rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter 0,1 g em 1902. Posteriormente, partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Propositalmente, nunca patentearam o processo que desenvolveram. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.

Em 1903, Marie doutorou-se em ciências, sendo a primeira mulher a obter esse diploma

na França. Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, Marie recebeu o Nobel de Física de 1903, “em reconhecimento aos extraordinários resultados obtidos por suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel”. Foi a primeira mulher a receber tal prêmio. Em 1911, recebeu o Nobel de Química pelo descobrimento dos elementos polônio e rádio – até hoje, Marie Curie foi a única pessoa a receber o prêmio Nobel em duas áreas do conhecimento.

De seu casamento com Pierre, ocorrido em julho de 1895, Marie teve duas fi lhas : Irène, nascida em 12 de setembro de 1897 - também ganhadora do prêmio Nobel de Química, no ano de 1935, por seu estudos sobre radioatividade artifi cial- e Ève, nascida em 06 de dezembro de 1904, jornalista, escritora, pianista e concertista. Em 1906, Pierre morreu em um acidente de carruagem, sendo substituído por Marie na chefi a do Laboratório de Física e na cátedra Física Geral da Faculdade de Ciências na Sorbonne.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografi a móvel para o tratamento de soldados feridos. Convenceu as autoridades a adaptar os aparelhos de Raio-X que haviam nas universidades e consultórios médicos, instalando-os em veículos motorizados. Instruiu técnicos e enfermeiros para manejar os equipamentos e ela própria e sua fi lha Irène, então com 17 anos, conduziam esses veículos com unidade móvel de Raio- X, que permitiam avaliar fraturas e encontrar balas.

Marie foi fundadora e diretora do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914. Participou da 1ª à 7ª Conferência de Solvay , uma série de conferências científi cas que reuniam os mais consagrados cientistas da Física Quântica, realizadas em Bruxelas.

Marie Curie visitou o Brasil durante os meses de julho e agosto de 1904, acompanhada da fi lha Irène. Homenageada por médicos e cientistas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, proferiu palestras sobre a radioatividade aplicada na medicina. Atraída pela fama das águas radioativas, visitou as termas de Águas de Lindóia,em São Paulo.

Em 1922, tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina. Em 1924, foi homenageada por Alfred Schoep, que nomeou um mineral então recentemente descoberto de sklodowskita. O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, foi batizado em honra do Casal Curie.

Sua fi lha Éve Curie escreveu a mais famosa das biografi as da cientista, traduzida em vários idiomas. Esta obra deu origem ao fi lme “Madame Curie”, de 1943. Foram também feitos dois outros fi lmes sobre a sua vida: “Marie Curie: More Than Meets the Eye” (1997) e “Marie Curie - Une certaine jeune fi lle” (1965), além de uma minissérie francesa, “Marie Curie, une femme honorable” (1991).

Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 04 de julho de 1934, aos 66 anos, de leucemia, devido à exposição maciça à radiações durante o seu trabalho. Em 1995, seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste mausoléu.

Marie Curie – “Nada na vida deve ser temido”Por Dr. Lauro Arruda Câmara, cardiologista

Na rua ou na esteira, sozinha ou em grupo, a corrida é um dos esportes que mais conquista adeptos em todo o mundo – mas, antes de comprar um tênis e sair por aí, são imprescindíveis alguns cuidados

MARATONA

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