do dito ao feito educon

24
DO DITO AO FEITO: REFLEXÕES SOBRE A EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS EM ESCOLAS SOTEROPOLITANAS Diana Leia Alencar da Silva[i] Marlene Raimunda dos Santos Santana[ii] RESUMO: Neste artigo objetivamos discutir sobre a efetivação das políticas públicas voltadas à Educação Inclusiva no município de Salvador. Especificamente, conceituamos a educação inclusiva considerando os seus fundamentos filosóficos e legais, analisamos a evolução histórica das políticas públicas voltadas a educação inclusiva no Brasil, e por fim, apresentamos o resultado de uma pesquisa de campo que demonstra as condições atuais de quatro instituições regulares soteropolitanas do Ensino Fundamental para atender a alunos com necessidades educacionais especiais. Os resultados evidenciam que apesar do caminho para garantir uma educação de qualidade a todos já ter sido iniciado, o trajeto para efetivar as públicas voltadas à educação inclusiva ainda é longo. Palavras-chave: Políticas Públicas. Educação Inclusiva. Ensino fundamental. ABSTRACT: In this article we aim to discuss the effectiveness of public policies geared toward Inclusive Education in Salvador. Specifically, we conceptualize inclusive education considering their philosophical and legal grounds, we analyze the historical evolution of public policies to inclusive education in Brazil, and finally present the results of a field survey shows that the current terms of four

Upload: marlene-santana

Post on 05-Sep-2015

218 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

educação inclusiva, politicas públicas, ensino fundamentaç

TRANSCRIPT

DO DITO AO FEITO: REFLEXES SOBRE A EFETIVAO DAS POLTICAS PBLICAS INCLUSIVAS EM ESCOLAS SOTEROPOLITANASDiana Leia Alencar da Silva[i]Marlene Raimunda dos Santos Santana[ii]RESUMO:Neste artigo objetivamos discutir sobre a efetivao das polticas pblicas voltadas Educao Inclusiva no municpio de Salvador. Especificamente, conceituamos a educao inclusiva considerando os seus fundamentos filosficos e legais, analisamos a evoluo histrica das polticas pblicas voltadas a educao inclusiva no Brasil, e por fim, apresentamos o resultado de uma pesquisa de campo que demonstra as condies atuais de quatro instituies regulares soteropolitanas do Ensino Fundamental para atender a alunos com necessidades educacionais especiais. Os resultados evidenciam que apesar do caminho para garantir uma educao de qualidade a todos j ter sido iniciado, o trajeto para efetivar as pblicas voltadas educao inclusiva ainda longo.Palavras-chave: Polticas Pblicas. Educao Inclusiva. Ensino fundamental.ABSTRACT:In this article we aim to discuss the effectiveness of public policies geared toward Inclusive Education in Salvador. Specifically, we conceptualize inclusive education considering their philosophical and legal grounds, we analyze the historical evolution of public policies to inclusive education in Brazil, and finally present the results of a field survey shows that the current terms of four regular institutions soteropolitanas of elementary school to serve students with special educational needs. The results show that despite the way to ensure a quality education for all have already been started, the path to enforce the public focused on inclusive education is still long.Keywords: Public Policy. Inclusive Education. Primary school.INTRODUODurante a nossa caminhada em instituies escolares como educadoras em permanente processo de formao vivenciamos o fortalecimento dos discursos que advogam em prol de uma escola capaz de acolher e de responder com eficcia s necessidades educacionais de todos os alunos. Verificamos tambm que apesar destas vozes j ecoarem na legislao brasileira, as escolas, quer seja pela posio expressa por professores e funcionrios, que muitas vezes aparentavam desconhecer o direito de todos educao, quer seja por suas instalaes, que obstaculizavam a acessibilidade de muitos, parecem pouco mudar. Estas inquietaes nos instigaram a pesquisar mais sobre a temtica, da nascendo a questo que norteou o presente artigo: Como as escolas do Ensino Fundamental vem efetivando as polticas pblicas relacionadas a Educao Inclusiva?O objetivo geral discutir sobre os desafios e as possibilidades para a efetivao das polticas pblicas voltadas Educao Inclusiva no Municpio de Salvador, a partir de aspectos verificados no cotidiano de escolas do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental. Especificamente almejamos conceituar a Educao Inclusiva, considerando os seus fundamentos histricos e legais; analisar a evoluo histrica das polticas pblicas voltadas a educao inclusiva no Brasil e, por fim, verificar a partir da realidade das escolas, como vem sendo efetivadas as polticas pblicas voltadas educao inclusiva em Salvador.A pesquisa foi norteada por uma pesquisa de campo com nfase qualitativa. Assim decidimos porque percebemos como necessria a anlise e reflexo a respeito das polticas de incluso, levando em conta tambm a sua efetiva concretizao nos contextos escolares. Para tal foram escolhidas aleatoriamente quatro escolas localizadas em bairros perifricos do municpio de Salvador como universo da pesquisa e como sujeitos trs professores de classe comum e um do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Como instrumento de coleta de informaes foi utilizado o questionrio, com questes semiestruturadas.O artigo est organizado em trs partes. Inicialmente apresentamos reflexes sobre os Fundamentos Legais da Educao Inclusiva, a partir de um panorama histrico. Na segunda so discutidas as Polticas Pblicas no Brasil relativas incluso, considerando tambm a Constituio de 1988, no que se refere a perspectiva para a educao inclusiva diante das atuais polticas nacionais. Na ltima so apresentadas e analisadas as informaes coletadas em uma pesquisa de campo, que de acordo com Severino (2007, p.123) se traduz na [...] coleta de dados feita nas condies naturais em que os fenmenos ocorrem sendo diretamente observados[...].Os resultados, conforme visto a seguir, permitem afirmar que as polticas pblicas sobre educao inclusiva encontram-se definidas no Brasil. Apesar disso, evidenciam que os sistemas de ensino necessitam enfrentar os desafios ainda existentes para transformar a educao sinalizada pelas polticas em realidade.1 EDUCAO INCLUSIVA: PANORAMA HISTRICO E LEGALUm olhar para a histria revela que a marca da invisibilidade e da excluso vem acompanhando as pessoas com deficincia na maior parte das sociedades ocidentais. Consideradas no por poucas vezes como invlidas e/ou inteis e por outras tantas como demonacas, foram vitimadas por uma sociedade que pauta suas relaes com os deficientes, de acordo com Vieira (2012, p.4), na ignorncia e rejeio. No Brasil esta situao no foi diferente.Com os avanos das Cincias as causas e origens das deficincias comearam a ser investigadas, iniciando o movimento de ruptura com a viso mtica e maniquesta que prevaleciam para a compreenso da deficincia como condio humana. A segregao e o preconceito, todavia, no foram extintos. Pouco se questionou, por exemplo, por muito tempo, o atendimento mais teraputico que educativo reservado s pessoas com deficincia que buscavam a educao.No Brasil o atendimento para as pessoas com deficincia inicia-se na poca do imprio, com a criao de trs instituies pblicas - o Instituto dos Meninos Cegos, atualmente chamado Instituto Benjamim Constant e o Imperial Instituto Nacional de Surdos - que atendia crianas do sexo masculino (Brasil, 2007). Este perodo, que se caracterizou pela excluso e isolamento das pessoas com deficincia, denominado de Paradigma da Institucionalizao e se caracteriza, segundo Tezani (2005), por ser o primeiro paradigma formal a estabelecer uma relao entre sociedade e a pessoa diferente.Com o fortalecimento dos movimentos mundiais em defesa das minorias e norteado pela Declarao Universal dos Direitos Humanos que preconizava o reconhecimento identitrio no sculo XX, comearam a ser implantadas escolas especiais em substituio a escola comum para o atendimento aos alunos com deficincia e os servios de Reabilitao Profissional. Visava-se, ento, a integrao ou a reintegrao das pessoas com deficincia que aps capacitadas, habilitadas ou reabilitadas, teriam condies do convvio em sociedade. O este novo modelo de atendimento denominava-se Paradigma de Servios. (BRASIL, 2004).Sassaki (2011, p.33) afirma que a integrao tinha e tem o mrito de inserir a pessoa com deficincia na sociedade, sim, mas desde que ela estivesse de alguma forma capacitada a superar as barreiras fsicas, pragmticas e atitudinais nela existente. Questionamentos como estes, e presses de movimentos sociais, fomentaram a origem de um novo paradigma, que ficou conhecido como Paradigma de Suporte.Segundo Tezani (2005) o Paradigma de Suporte pauta-se no princpio da diversidade, evidenciando que a pessoa com deficincia tem direito ao acesso a todos os recursos disponveis as demais pessoas. Essa percepo favorece uma nova forma de incluso social, com aes afirmativas, nas quais papel Estado criar estas aes a fim de garantir e fornecer condies de acesso a uma vida na sociedade. Ainda de acordo com Tezani (2005,p. 212), o Paradigma de Suporte ainda est presente na atualidade, mas o Paradigma de Incluso, tambm conhecido como Paradigma emergente, se fortalece.Cabe destacar que os direitos das pessoas com deficincia evidenciados nos ltimos paradigmas so frutos de movimentos organizados em todo o mundo. Esses movimentos resultaram em importantes encontros, que deram origem a documentos internacionais, marcos hoje para as polticas que estabelecem os direitos das pessoas com deficincia.Como exemplos de documentos e encontros que vem se constituindo em marcos para a formulao das polticas pblicas que se voltam aos direitos das pessoas com deficincia destacam-se a Declarao dos Direitos Humanos (1948), a Conferncia Mundial sobre Educao para Todos (1990), a Conveno Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e qualidade (Declarao de Salamanca) (1994) e a Conveno Interamericana para Eliminao de Todas as Formas de Discriminao Contra as Pessoas Portadoras de Deficincia, (1999) e a Conveno Internacional para Proteo e Promoo dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficincia, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2006.A Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948) preconiza para as pessoas o direito liberdade, a uma vida digna, a educao, a um pleno desenvolvimento pessoal e social com a livre participao na vida em comunidade. A Conferncia Mundial sobre Educao para Todos (1990) ocorrida em Jomtien, Tailndia, afirma ser a educao um direito fundamental de todos e de importante desenvolvimento das pessoas e sociedades. O Brasil por ter assinado essa declarao assumiu o compromisso de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no pas, criando para tal, norteadores e documentos legais nas esferas estadual, municipal e federal, (Brasil, 2004), a exemplo do Plano Nacional de Educao.A Conferncia Mundial Sobre Necessidades Educacionais Especiais, - Declarao de Salamanca realizada no ano de 1994, na Espanha, objetiva, entre outros, instigar o mundo a se reorganizar para ofertar uma educao que respeite a diversidade humana. Para tal, orienta para que os sistemas de educao planejem programas educativos implementados para combater atitudes discriminatrias. Esta conveno foi um dos primeiros documentos internacionais a dar uma ateno especial as crianas com necessidades educacionais especiais.A Conveno Interamericana para Eliminao de Todas as Formas de Discriminao Contra as Pessoas Portadoras de Deficincia, (Declarao de Guatemala - 1999), ocorrida na cidade de Guatemala, e a Conveno Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia (2006), ONU, reafirmaram que as pessoas com deficincia tm os mesmos direitos que os outros cidados. Como tais, no devem ser submetidas a discriminao com base na deficincia, defendem e garantem condies de vida com dignidade e emancipao dos cidados que apresentem alguma deficincia. Essas convenes tornaram-se norteadoras das polticas pblicas inclusivas brasileiras, conforme visto a seguir, pois o Brasil, como signatrio dessas convenes, assumiu o compromisso de efetiv-las para garantir no somente o reconhecimento identitrio, mas, sobretudo os direitos das pessoas com deficincia.2 POLTICAS PBLICAS PARA A EDUCAO INCLUSIVA NO BRASILAs atuais polticas pblicas educativas brasileiras so legitimadas pela Constituio Federal de 1988 que garante no artigo 205 ensino pblico e gratuito, [...] direito de todos. No artigo 208, [...] determina ainda ser dever do Estado, o atendimento educacional especializado, aos portadores de deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino.Apesar dos movimentos e documentos internacionais favorveis, os direitos das pessoas com deficincia no foram garantidos na ltima Constituio sem luta aqui no Brasil, conforme relata Lanna Jnior (2011, p. 11).No perodo de debates da Constituinte, os grupos de pessoas com deficincia tiveram um protagonismo notvel, conseguindo que seus direitos fossem garantidos em vrias reas da existncia humana. Da educao, sade, ao transporte, aos espaos arquitetnicos.Aps a Constituio Brasileira de 1988 esses direitos comeam a se evidenciar em leis diversas. Este o caso da Lei de Diretrizes e Base da Educao Nacional (LDB) n 9394/96. No captulo V estabelecida a educao especial, como uma modalidade de ensino que perpassa toda modalidade de ensino. Ainda na lei em pauta, mais precisamente no artigo 58, a Educao Especial afirmada como uma modalidade de educao escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais, (Brasil, 2007). Assim, esta educao abrange todos os nveis de ensino, da Educao Infantil ao Ensino Superior.Em relao s escolas a LDB 9394/96 orienta que essas devem assegurar aos educandos currculos, mtodos e tcnicas para atender s suas necessidades como tambm professores com especializao adequada para o atendimento especializado e os professores do ensino regular com capacidade para integr-los nas classes comuns.A despeito dos avanos verificados na principal lei que rege a educao brasileira, principalmente no que se refere a afirmao da escola como um espao aberto a toda comunidade, a atual LDB ainda deixa em aberto uma preocupante lacuna, como lembra Silva (2013), ao estabelecer que a educao de pessoas com necessidades especiais deve ser realizada, preferencialmente e no obrigatoriamente na rede regular de ensino.O Estatuto da Criana e do Adolescente tambm um importante documento brasileiro que evidencia os direitos de uma parcela especifica da populao com necessidades educativas especiais: as crianas e jovens. No estatuto reafirmado o atendimento educacional especializado e enfatizado no somente a matricula, mas a permanncia destes alunos na escola regular (BRASIL, 1999).No caminho que vem percorrendo para garantir o direito educao para todos, o Brasil, em 2001, promulgou a Lei n 10.172/01 (BRASIL, 2008), que aprovou o Plano Nacional de Educao. Entre os objetivos e princpios desse plano est a elevao e melhoria do nvel de qualidade do ensino em todo pas, visando diminuir a desigualdade social e regional quanto ao acesso, permanncia e sucesso da educao pblica. Como meta para a educao das pessoas com necessidades educacionais especiais, evidencia a formao inicial e continuada dos professores e a necessidade de se garantir e disponibilizar recursos didticos especializados de apoio a aprendizagem nas reas visual e auditiva dentre outros.Em 2003 o governo federal criou mais um programa relacionado incluso. Tratava-se do Programa Educao Inclusiva: direito diversidade (BRASIL, 2003), que objetivava transformaes dos sistemas de ensino, no que se refere a formao de gestores e educadores para garantir o direito de acesso de todos escolarizao, com organizao do atendimento educacional especializado e a promoo da acessibilidade.Em 2008 uma importante poltica pblica sintetizou em grande parte, em nossa opinio, algumas importantes conquistas relacionadas ao direito educao das pessoas com necessidades especiais. Trata-se da Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva (BRASIL, 2008), que objetiva assegurar a incluso dos alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, ofertando um atendimento educacional especializado (AEE), em todos os nveis da educao. Na poltica evidenciado, mais uma vez, a necessidade das escolas necessitarem tanto de professores especializados quanto de garantir a acessibilidade arquitetnica.Mais recente no ano de 2011, um novo documento o Decreto 7.612/11 - ratificou a inteno do governo brasileiro em garantir a incluso. Este decreto, que integra o plano governamental Viver sem Limites, apresenta diretrizes para a promoo dos direitos das pessoas com deficincias em cumprimento Conveno dos Direitos das Pessoas com Deficincia (BRASIL, 2006), da Organizao das Naes Unidas.Ao analisar as legislaes vigentes, possvel verificar que inegavelmente, o Brasil vem avanando no plano legal para garantir o direito educao das pessoas com deficincia. A realidade das escolas, infelizmente, demonstra que ainda que nosso pas ainda est longe de garantir o que a lei j estabelece. Assim afirmamos porque observamos durante a nossa trajetria nas escolas o despreparo tanto dos professores, que afirmam no estarem prontos para a incluso quanto da estrutura fsica das escolas para garantir a acessibilidade a todos.Compartilhamos nosso estranhamento ao refletir, considerando o histrico e legislaes aqui apresentados, sobre a questo dos direitos das pessoas com deficincia. Observamos que foi necessrio criar leis especificas para que as pessoas com deficincia tivessem seus direitos respeitados, quando na verdade bastava o respeito s leis gerais, como a Constituio Federal, para garantir esses direitos. Se a pessoa com deficincia um cidado, como negar-lhe qualquer direito a outro garantido? Somente para exemplificar, o Decreto n 3.298/99 (BRASIL, 1999), que consolida a Lei 7.853/89 (BRASIL, 1989), dispe sobre a Poltica Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, uma lei especifica para a pessoa com deficincia. Esta lei informa em seu artigo 8, que constitui crime punvel com recluso (priso) de 1 a 4 anos e multa quem:a) Recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrio de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, pblico ou privado, porque portador de deficincia.b) Impedir o acesso a qualquer cargo pblico, porque portador de deficincia;c) Negar trabalho ou emprego, porque portador de deficincia.d) Recusar, retardar ou dificultar a internao hospitalar ou deixar de prestar assistncia mdico-hospitalar ou ambulatorial, quando possvel, a pessoa portadora de deficincia.

Verificamos, felizmente, que o quadro atual em se tratando do direito educao das pessoas com deficincia, apesar de ainda est longe do desejado, certamente evoluiu aqui no Brasil. Hoje, a partir principalmente da organizao deste segmento populacional, leis e polticas pblicas esto sendo criadas. Como consequncia, as pessoas com deficincia comeam a serem vistas como sujeitos de direitos, a includo o acesso educao. Resta-nos agora, como educadores, aprender para garantir o atendimento educacional especializado, na perspectiva inclusiva que elas merecem.Cabe explicar que o Atendimento Educacional Especializado decorre de uma nova viso da educao especial no mais segregada. Como afirma Fvero (2011, p. 19), trata-se de um atendimento diferenciado [...], que no exclui as pessoas com deficincia dos demais princpios e garantias relativos a educao, legitimado na Constituio Federal/88 na LDB 9394/96, na Poltica Nacional de Educao na Perspectiva da Educao Inclusiva (2008) e no Decreto 7.612/11. Sua finalidade identificar, elaborar e organizar recursos pedaggicos e de acessibilidade para eliminar as barreiras para o atendimento educacional. Como tal, tambm objetiva disponibilizar programas de enriquecimento curricular, como ensino de linguagens e cdigos especficos de comunicao e sinalizao, ajudas tcnicas e tecnologias assistivas, devendo ser ofertado no turno inverso ao da classe comum, tanto na prpria escola ou instituio especializada que realize esse servio educacional (BRASIL, 2008). Esta nova funo da educao especial evidencia a necessidade, por parte dos educadores, tanto de conhecimentos especficos da rea em que iro atuar quanto de saberes necessrios ao atendimento educacional especializado nas salas de aula comuns, de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares. (BRASIL, 2008).Segundo Mantoan (2006, p.19): A incluso implica uma mudana de perspectiva educacional, porque no atinge apenas os alunos com deficincia e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais [...]. Em outras palavras, a escola necessita garantir o aprendizado em uma perspectiva de que est longe de ser homogeneizadora, para dar conta da diversidade cada vez mais presente no cotidiano escolar.Concordando com Mantoan (2006), percebemos como necessrio que as escolas no somente se reestruturem fisicamente para atender as diversidades existentes, mas sensibilize e capacite os seus membros para acolher a todos sem discriminao, quebrando o paradigma da homogeneidade, at porque, como lembra Magalhes e Cardoso (2011, p.13), em sociedades democrticas, a educao representa um direito a populao, incluindo assim, as pessoas com deficincia. Este movimento necessrio em nossa opinio porque a medida que falamos em diversidade, diferena, e direito, estamos enfatizando a democracia, que pressupe uma igualdade entre as pessoas. Neste contexto alunos, professores, comunidade e famlia sero certamente privilegiados.3 EFETIVAO DAS POLTICAS INCLUSIVAS EM SALVADORSegundo o Plano Municipal de Educao de Salvador (2010 2020), a Educao Especial no municpio norteada e fundamentada em tratados internacionais, como a Conveno de Guatemala e em documentos legais como a Constituio Federal de 1988 e a LDB 9.394/96. Nesta perspectiva, o Municpio do Salvador, que promulgou sua Lei Orgnica em 05 de abril de 1990, destinou o Ttulo V para a Educao preconizando, j no artigo 1,que ningum ser discriminado, [...] em razo da etnia, raa, cor, sexo, estado civil, orientao sexual, religio [...], deficincia fsica, mental, sensorial. definido tambm como competncia do municpio assegurar o ensino pblico gratuito e de qualidade [...], com o objetivo de garantir uma escola compromissada com a democratizao de oportunidades scio educativas, plural na promoo do respeito diversidade e tica, na responsabilidade de formao de valores para uma educao cidad, solidria e socialmente inclusiva. Verifica-se, em virtude dos estudos aqui apresentados, que esses princpios guardam consonncia com a Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva (2008). Em sintonia com esses princpios e com o Plano Municipal de Educao (2010-2020), a Resoluo n.038/2013 (SALVADOR, 20013) para uma Educao Inclusiva dispe que:Art. 3 A Educao Especial tem como objetivo assegurar a incluso do aluno pblico alvo da Educao Especial em programas oferecidos, preferencialmente, pela escola regular, favorecendo o desenvolvimento de competncias, atitudes, habilidades, autonomia e acesso ao conhecimento necessrio ao exerccio da cidadania.V atendimento, de forma obrigatria, desde a Educao Infantil, do ensino de LIBRAS para a educao de pessoas surdas, como 1 lngua, de acordo com o art. 14 do Decreto n. 5.626/2005;Pargrafo nico. Consideram-se recursos de acessibilidade na educao aqueles que asseguram condies de acesso ao currculo dos alunos com deficincia ou mobilidade reduzida, promovendo a utilizao dos materiais didticos e pedaggicos, dos espaos fsicos, do mobilirio e equipamentos, dos sistemas de comunicao e informao, dos transportes e dos demais servios.Observa-se que a Secretaria Municipal de Educao de Salvador respalda-se nas principais legislaes brasileiras e das polticas pblicas, a includo o Plano Nacional de Educao (2001), para traar os caminhos em prol de uma educao de qualidade a todos os alunos. Na sequncia encontra-se a anlise da pesquisa realizada junto aos professores das escolas do municpio de Salvador, sobre esta realidade.3.1 As instituies pesquisadasA pesquisa foi realizada em quatro escolas do Ensino Fundamental, escolhidas aleatoriamente, localizadas em bairros perifricos do municpio de Salvador. Essas instituies so identificadas aqui como E1, E2 (particulares), E3 e E4 (pblicas municipais), todas ofertando do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental.Compostas em mdia por seis salas, as escolas pesquisadas, apesar de se localizarem em bairros com caractersticas similares- perifricos, constitudos em sua maioria por uma populao de classe econmica pobre e vitimada pela violncia urbana so estruturalmente diferentes. As escolas E1 e E2 possuem parques na rea externa enquanto as escolas E3 e E4 contam com biblioteca, sala de computao, cozinha, refeitrio. A instituio E4 conta com sala de Recursos Multifuncionais[1] para prestar atendimento aos alunos com necessidades especiais. Em nenhuma das escolas, todavia, foram verificadas reformas perceptveis na estrutura fsica. As instituies tambm no contavam com professores qualificados para o sistema Braille ou para a Lngua Brasileira de Sinais.As escolas E1, E2 e E3, no contavam com materiais didticos e pedaggicos adequados para os alunos com deficincia, demonstrando pouca ateno ao Artigo 59 da LDB 9394/96, que estabelece a necessidade dos sistemas de ensino assegurarem aos educandos com necessidades especiais currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao especficos, para atender s suas necessidades. Constata-se tambm que esto em desacordo com a Poltica Nacional de Educao na Perspectiva da Educao Inclusiva (BRASIL, 2008), o Plano Municipal de Educao (2010 a 2020) (SALVADOR, 2010), que afirmam a necessidades das escolas se adaptarem e reestruturarem para prestar um atendimento de qualidade aos alunos com necessidades especiais educacionais. No guardam consonncia tambm com a Resoluo 038/2013 (SALVADOR, 2013), que orienta para a acessibilidade.Notadamente trs das quatro escolas visitadas, no seguiam a legislaes vigentes. Assim afirmamos porque no presenciamos modificao nas instalaes, professor bilngue e muito menos um aparato metodolgico para atender os alunos com necessidades educacionais especiais em suas expectativas educacionais. A escola E4 se constituiu em uma exceo em muitos aspectos, pois possua Sala de Recursos Multifuncionais composta de computador impressora, muitos jogos pedaggicos e multimdias, professor qualificado em atender aos alunos com necessidades educacionais especiais, estando em consonncia com as leis inclusivas, necessitando apenas de realizar uma reforma arquitetnica em suas instalaes.3.2 Formao e prtica dos profissionais pesquisadosEm relao ao gnero todos os professores que participaram da pesquisa so do sexo feminino, licenciadas em Pedagogia. Duas so ps-graduadas em Psicopedagogia. Todas atuam h no mnimo trs anos em sala de aula em turno integral, possuindo em mdia 25 alunos por turma. Trs das quatro professoras pesquisadas participaram de curso de Educao Especial.Na sequncia perguntamos as entrevistadas se a formao acadmica forneceu subsidio para uma educao inclusiva. Trs responderam quesim.Lembramos que a LDB 9.394/96 (BRASIL, 1996), orienta que os professores precisam ter especializao adequada em nvel mdio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integrao desses educandos nas classes comuns. Trs das entrevistadas possui conhecimento sobre as leis e polticas pblicas voltadas para a efetivao de uma educao inclusiva, citando como exemplo a LBD 9396/96, a Declarao de Salamanca, Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva de Educao Inclusiva (2008).Indagadas se os alunos em situao de incluso so sinalizados na matricula com o respaldo avaliativo profissional as entrevistadas responderam que no. Quanto ao nmero de alunos com deficincia atendidos em sala de aula, trs professoras responderam que possui um (hidrocefalia, autismo e deficincia fsica), e a professora da Sala de Recursos Multifuncionais que efetiva o AEE possui treze alunos (dois com autismo, um com sndrome de Down, dois com deficincia intelectual, um com baixa viso, trs com deficincia fsica, um com deficincia auditiva e quatro sem laudo mdico). Registre-se que o atendimento na sala multifuncional realizado no turno oposto ao ensino regular.Quanto a dificuldade na prtica pedaggica dos alunos com deficincia, as professoras apontaram:Adaptao da didtica, controle dos alunos ao dar maior ateno aos alunos inclusivos e maior tempo demandado para explicar os temas, e uma delas informou no possuir dificuldade. Em relao adaptao curricular dos alunos inclusivos, trs afirmaram que no foram realizadas adaptaes curriculares na escola para atender os alunos inclusivos. Somente uma professora dissesim. Contraria-se assim a LBD 9394/96, as Polticas Nacionais de Educao na Perspectiva Inclusiva e as diretrizes municipais voltadas ao ensino para todos.Sobre os subsdios necessrios para que os professores desenvolvam um trabalho de qualidade responderam que necessrio Suporte didtico,orientao metodolgica quanto ao atendimento dos alunos, reunies e discusses para anlise das dificuldades existente como um todo. Questionadas sobre as possveis interferncias na qualidade do processo de ensino aprendizagem na sala com a chegada dos alunos com deficincia, duas das professoras responderam que o processo em sala foi influenciado negativamente e duas responderam que no.Em relao as prticas pedaggicas existentes no cotidiano escolar para promover a melhoria no atendimento dos alunos inclusivos responderam:Atividades diferenciadas, uso de imagens e atividades ldicas; Conhecimento sobre a deficincia da criana, partindo assim para a capacitao se propondo ao desenvolvimento infantil; Suporte pedaggico e orientao metodolgica; Igual para todos, no faz diferenciao.Constatamos que o tempo organizado em sala de aula dos alunos com necessidades educacionais igual aos dos outros alunos, com atividades iguais, respeitando os limites de cada um e tambm com atividade ldicas, brinquedos educativos, cartazes. Quanto a jornada igual a dos outros alunos.Das quatro entrevistadas, trs consideram que nem todos os alunos com necessidades educacionais especiais podem se beneficiar com o ensino na classe comum, como tambm em Salas com Recursos Multifuncionais, e consideram a qualidade do ensino ofertado aos alunos NEES em classe comum deficiente.Quanto a ao mtodo avaliativo dos alunos com necessidades educacionais especiais, informaram queavalia de forma oral, avaliaes qualitativas a partir do plano de atendimento onde se descreve os objetivos educacionais a serem alcanados; individual, com a presena direta do professor.Podemos ento considerar que estes alunos no so avaliados por notas, conforme os outros colegas, e sim como rege a LDB 9394/96, que determina no seu artigo 24 a avaliao continua e cumulativa do desempenho do aluno.A anlise das respostas das entrevistadas evidenciou que as formaes ofertadas aparentam ainda no possibilitar o desenvolvimento das competncias e habilidades necessrias aos professores para as prticas de incluso. Nos discursos verificamos o predomnio de uma viso que ainda est longe, por exemplo, da valorizao da diversidade como fundamento importante para o processo de ensino e aprendizagem necessrio formao de cidados que vivem, aprendem e aceitam a diferena como condio inerente a cada pessoa humana, conforme evidencia Silva (2008 a; 2008b). Em algumas respostas, todavia, constamos que algumas sementes j foram plantadas. Este caso da depoente E4 que reconhecendo ser a incluso um caminho que a escola no pode deixar de trilhar assim afirma:Para a incluso ser efetiva todos os membros da escola devem ser envolvidos: porteiros, auxiliares, equipe gestora, comunidade e alunos. Trabalhar questes referente a diversidade e respeito as diferenas, e acima de tudo acreditar que desenvolver estas crianas.Ao termino da pesquisa, comprovamos que os textos legais por si s, a despeito dos avanos nas polticas pblicas brasileiras relacionadas incluso educacional no vem garantindo a real efetivao do direito educao para os educandos com deficincia. Para muitos, conforme verificamos nas escolas pesquisadas, a incluso parece se traduzir na simples matrcula, sem as alteraes necessrias tanto na estrutura fsica quanto nos norteadores curriculares para garantir a efetivao do processo de ensino e aprendizagem almejado. Soma-se a esta realidade um perceptvel sentimento de descontentamento que contribui, em nossa percepo, para o descumprimento das leis e polticas educacionais e consequente a excluso dos aluno com necessidades educacionais especiais. Por hora, com poucas excees este foi o caso de uma das escolas pesquisadas estamos apenas aceitando os alunos com deficincia nas escolas, mas no os incluindo de fato.CONSIDERAES FINAISA Educao Inclusiva representa uma luta, sobretudo pelo reconhecimento da pessoa com deficincia como cidad. Este reconhecimento, conforme visto neste artigo, exige a eliminao de preconceitos, que infelizmente, ainda obstaculizam o acesso real educao de um segmento da populao que por sua condio de ser vem sendo deixado a margem da sociedade. Como consequncia, ainda prevalecem as atitudes discriminatrias nem um dos principais espaos sociais que deveria combat-las a escola principalmente quando se trata da convivncia com o diferente.O Brasil reconhecido mundialmente pelos modelos de polticas pblicas inclusivas, sendo o mais recente o Plano Viver sem Limites, que fortalece, sobretudo, direitos identitrios de uma pessoa. De nada adianta, todavia, tantas leis se na prtica ainda bem pouco efetivado. As escolas que pesquisamos so grandes exemplos desta afirmao.H que se compreender que a incluso no nenhum favor s pessoas com deficincia, at porque a atual Constituio Brasileira garante igualdade de direitos a todos, ao afirmar que dever do estado garantir uma educao pblica e gratuita de qualidade, sem excetuar qualquer segmento populacional deste direito.Comprovamos com a pesquisa que os alunos com necessidades educacionais especiais esto comeando a se fazerem presentes nas escolas regulares. Por outro lado, constamos escolas ainda sem estrutura para acolher a todos e professores mesmo com curso de graduao e ps graduao, e reconhecendo a importncia de uma educao democrtica, que atenda totalidade dos educandos, julgando-se inaptos para a incluso. Desta forma, o processo da incluso vem se processando vagamente no municpio de Salvador, pois as escolas no esto projetando as mudanas necessrias incluso, traduzidas em adaptaes arquitetnicas e do currculo, na criao de salas de recursos multifuncionais e na formao dos professores para o atendimento especializado, mesmo mediante os avanos nas polticas pblicas inclusivas. Acreditamos que a falta de uma fiscalizao nas escolas e de conscientizao das famlias sobre os seus direitos favorece tal quadro.Afirmamos, por fim, considerando o estudo realizado, a necessidade de uma ao conjunta de todos os nveis envolvidos no contexto escolar, ou seja, poder pblico, famlia e escola para dar vida a uma educao que por enquanto est apenas nas polticas.REFERNCIASBRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional. Lei n. 9.394,de 20 de dezembro de 199. Dirio Oficial da Unio de 23 de dezembro de 1996.________Ministrio da Educao. Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica. Secretaria de Educao Especial MEC/SEESP, 2001._________Secretaria de Educao Fundamental.Parmetros Curriculares Nacionais: Adaptaes Curriculares. Braslia: MEC / SEF/SEESP, 1998._______Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva.. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acesso em 10.abr.2014__________Projeto Escola Viva- Garantindo o acesso e permanncia de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais, Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2000.__________Ministrio da Educao e Cultura.Decreto n 7.611, de 17 de novembro de 2011.Disponvel em: . Acesso em 20 de mar. 2014.__________Ministrio da Educao e Cultura.Plano Nacional de Educaode 09 de jan. de 2001. Disponvel em: Acesso em: 30 mar. 2014._________Viver sem Limite Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia: SDH-PR/SNPD, 2013._________ Ministrio da Educao e Cultura.A escola comum inclusiva- 2010._________Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Disponvel em: Acesso em: 30 mar. 2014._________ Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial -Marcos Poltico-Legais da Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva 2010.__________Ministrio da Educao e Cultura.Programa Educao Inclusiva: Direito diversidadeA Fundamentao Filosfica- 2004._________ Secretaria de Direitos Humanos - SEDH.Declarao dos Direitos Humanos 1994.__________Conveno Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e seu Protocolo Facultativo Decreto n. 6.949/2009 Disponvel em: Acesso em: 16.04.2014._________ UNESCO.Declarao de Salamanca sobre princpios, poltica e prticas na rea das necessidades educativas especiais. 1994. Disponvel em: . Acesso em: 16 jan. 2014._________Declarao Mundial sobre Educao para todos: satisfao das necessidades bsicas de aprendizagem.Jomtien, 1990. Disponvel em: . Acesso em: 16 jan. 2014.SALVADOR Lei Orgnica do Municpio de Salvador, 2006 Disponvel em: http://www.cms.ba.gov.br/updiv/lom/index.html. Acesso em: 04 de mar.2014._________Plano Municipal de Educao, 2010 2020SMED - Disponvel em: Acesso em: 05.fev.2014._________Resoluo 038/2013 Secretaria Municipal de Educao (SMED)-Disponvel em:< http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/index.php>. Acesso em: 03.abri.2014.

LANNA Jnior,Mrio Clber Martins (Comp.).Histria do Movimento Poltico das Pessoas com Deficincia no Brasil.- Braslia: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Promoo dos Direitos da Pessoa com Deficincia, 2010 - Disponvel em: Acesso em: 18 de fev.2014.

MANTOAN, Maria Tereza Egler (organizadora) -O Desafio das diferenas nas Escolas3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.________ Incluso escolar: O que ? Por qu? Como fazer?2 ed. So Paulo: Moderna, 2006.________Incluso Escolar:pontos e contra pontos So Paulo: Sumus, 2006.

SASSAKI, Romeu Kazumi Incluso: Construindo uma sociedade para todos- Rio de Janeiro: WVA, 8 ed. 1997.

SEVERINO, Antnio Joaquim.Metodologia do trabalho cientifico.23.ed. atualizada So Paulo: Cortez,2007.

SILVA, Diana Leia Alencar da.Formao Inicial Docente para a Educao Inclusiva: princpios e fundamentos em um curso de Pedagogia. Belo Horizonte: II CONINTER, 2013.________________________.Ensino de histria e cultura afro-brasileira e suas implicaes para o desenvolvimento humano(Dissertao de mestrado). Salvador: Fundao Visconde de Cairu, 2008b.

TEZANI, Thas Cristina Rodrigues.Consideraes sobre a Histria da Educao Especial no Brasil: Movimentos e Documentos. Revista da FAEEBA-Educao e Contemporaneidade, Salvador, v. 14, n. 24, p. 205-216, jul./dez., 2005.

[i] Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social, graduada em Pedagogia e Letras. Atualmente professora do curso de Pedagogia da Faculdade Dom Pedro II, coordenadora pedaggica na rede municipal de ensino e docente na rede estadual de ensino da Bahia. Email: [email protected].[ii] Discente do 8 semestre do curso de Pedagogia possui experincia como docente em espaos escolares e no escolares. Email: [email protected]