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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde e Segurança Industrial

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Gestão Integrada deMeioAmbiente, Saúde eSegurança Industrial

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Sumário

Análise e Gerenciamento de Riscos 1Conceitos fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1Metodologias de análise de riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2FMEA - FailureMode Effect Analysis (Análise dosModos de falha edos seus efeitos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3HAZOP - Hazard andOperability Studies (Análise deOperabilidadede Perigo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

APR –Análise Preliminar de Riscos 7AAE – Análise de Árvores de Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10AAF – Análise de Árvore de Falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Cálculo de Risco Social e Risco Individual 15

Plano de Emergência Individual – PEI 21P2R2 –Decreto 5.098/04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

DoençasOcupacionais 34NR7 – Programa de ControleMédico de SaúdeOcupacional – PCMSO 40

OHSAS 18.000 43NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA . . . . . 46

NR26 – Sinalização de Segurança 52NR15 – Atividades eOperações Insalubres . . . . . . . . . . . . . . . . 56NR16 – Atividades eOperações Perigosas . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

Análise e Gerencia-mento de Riscos

Oprocesso de análise de riscoé parte

integrante de um programa institucional

que se baseia nos segintes questiona-

mentos:

• Qual nível garante sua segurança?

• O que garante que uma atividade

seja segura?

• Quais medidas irão garantir a se-

gurança dos envolvidos?

• Qual investimento deve ser feito

para garantia de um processo se-

guro?

Partindo da definição de que a gravi-

dade de um risco são os danos causados

por cada acidente e que a frequência

mostra a previsão do número de aci-

dentes a ocorrer. O risco é igual a mul-

tiplicação da frequência de um perigo

por sua gravidade: Risco = Frequência x

Gravidade.

Dessa forma o processo de análise de

riscos de processos industriais tem o ob-

jetivo de responder os questionamentos

citados acima, identificando as probabi-

lidades de ocorrência de acidentes além

de quantificar dua gravidade.

Osmétodos pata avaliação e análse de

riscos fornecem elementos básicos que

ajudam nas tomadas de decisões que

envolvam confiabilidade e segurança.

Alguns conceitos são importantes para

os detentoes do poder de tomada de

decisão.

Conceitos fundamentais

• Risco - Uni ]ao de probabilidades

de ocorrência de um evento não

desejado, considerando as con-

sequências à sua gravidade.

• Quantificação de risco - Com au-

xílio demétodos estatísticos, mo-

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delos e simulações, são feitas as

estimativas do risco, bem como a

probabilidade do acontecimento e

suas consequências envolvidas.

• Avaliação de riscos - Explica o sig-

nificado damedida quantitativa do

risco, a partir de critérios previa-

mente estabelecidos.

• Gestão de riscos - Modelo que ori-

enta as tomadas de decisões para

que um determinado risco ou pe-

rigo não ocorra, seja eliminado ou

diminua.

• Análise de riscos - Avaliação inte-

grada de riscos inerentes à alguma

atividade, produto, sistema, opera-

ção, funcionamento, entre outros

contextos.

• Perigo - Conjunto de condições,

que durnte o desenvolvimento de

uma atividade, pode adicionar a

sequência de determinados acon-

tecimentos até um acidente de

fato.

• Identificação de perigos - Con-

siste na determinação das proba-

bilidades de acontecimento de um

evento não desejado.

• Gestão de segurança - Implemen-

tação dos princípios da organiza-

ção e de gestão que assegurem um

determinado nível de confiança.

• Índice de segurança - Forma de

identificação dos locais, dentro da

planta industrial, com forte indica-

ção para ocorrência de acidentes

commaiores proporções e con-

sequências.

Metodologias de análise deriscos

As principais ferramentas que executam

a análise de riscos como FMEA, HAZOP,

FTA, entre outras utilizam o seguinte

processo:

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1. Identificação de perigos - Com

considerável nível de certeza, as

condicionantes que podem co-

locar em risco a segurança dos

trabalhadores e ao processo são

avaliadas.

2. Quantificação dos riscos - Faz a

estimativa da quantidade de tis-

cos e, em caso de ocorrência, as

consequências e suasmagnitudes.

3. Determinação do risco aceitá-

vel - Identificação dos riscos com

baixíssima probabilidade de ocor-

rência.

4. Definição da estratégia de gestão

de risco - Escolha domelhor mé-

todo para uma convivência com os

riscos existentes.

FMEA - FailureMode EffectAnalysis (Análise dosModosde falha e dos seus efeitos)

Caracteriza uma ferramenta que ana-

lisa as falhas potenciais e propostas de

ações demelhoria para evitar falahas

no projeto de produtos. Seus objetivos

principais passam primeiramente pela

avaliação da falha potencial, podendo

ocorrer ou não, e seus efeitos.

Logo após a identificação, são nomeadas

as ações que podem eliminar ou redu-

zir a ocorrência da falha. Ométodo, por

fim, prevê a documentação da análise.

Ométodo FMEA é uma análise deta-

lhada, podendo ser do tipo qualitativa

ou quantitativa, que permite a avaliação

dasmaneiras pelas quais um equipa-

mento, processo ou sistema pode apre-

sentar falhas, bem como os efeitos po-

dem surgir. Isso é feito pela estimativa

das taxas de falha, resultando no esta-

belecimento demudanças, melhorias e

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alternativas que possibilitam a diminui-

ção das probabilidades de falha, aumen-

tando a confiabilidade do sistema.

Apesar de sua aplicabilidade ser geral,a

FMEA temmaior utilização na indústria

de processo, em especial quando o sis-

tema possui instrumentos de controle

e façam um levantamento de necessi-

dades adicionais e defeitos de projeto,

definindo as configurações seguras para

o processo em caso de falhas de compo-

nentes críticos ou suprimentos.

Primeiramente, uma análise qualita-

tiva é executada, significando uma re-

visão sistemática dosmodos de falha

do componente, uma determinação de

seus efeitos em outros componentes e

ainda a determinação dos componen-

tes em que suas falhas têm efeito crítico

em todo o sistema. Essa primeira abor-

dagem sempre objetiva dá a garamtia

de danosmínimos ao sistema como um

todo.

Após a investigação qualitativa, uma

análise quantitativa pode ser feita para

que a confiabilidade ou a probabilidade

de falhas do sistema seja estabelecida.

Dessa forma, pode ser observados os

pontos de redução de probabilidades

de falha e podem ser utilizados os com-

ponentes de alta confiabilidade para

verificação de redundâncias do projeto.

Um bom conhecimento sobre o sistema

em análise é primordial para o desen-

volvimento do FMEA ou qualquer outra

técnica de análise de riscos, sendo de

extrema importâcia a compreensão do

escopo em que o sistema opera suas

dunções, objetivos, restrições e limites

que podem apresentar sucesso ou fa-

lha. O FMEA é reconhecidamente eficaz

quando aplicado a sistemasmais sim-

ples e de falhas mais modestas. Quando

uma complexidademaior é observada,

outras técnicas como a Análise por Ár-

vore de Falhas é recomendada.

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Segue uma série de ações dentro de um

procedimento proposto para o uso da

técnica FMEA:

1. Divisão do sistema em subsiste-

mas que podem ser controlados de

forma efetiva;

2. Disposição através de diagramas

com blocos do sistema e subsiste-

mas para visualização das inter-

relações;

3. Preparo de um checklist dos com-

ponentes presentes em cada sub-

sistema e sua função específica;

4. Identificação através dos diagra-

mas dos possíveis modos de falhas.

Tais falhas devem ser agrupadas

em cinco categorias:

(a) Falha namissão, ou seja,

quando uma função, passo,

tarefa ou intervenção é exe-

cutada incorretamente.

(b) Falha na omissão, ou seja,

quando uma função passo,

tarefa ou intervenção é exe-

cutada parcialmente ou não

executada.

(c) Falaha por ato estranho ou

ação indesejada, ou seja,

quando uma função, passo,

tarefa ou intervenção é exe-

cutada quando não deveria.

(d) Falha sequencial, ou seja,

quando uma função, passo,

tarefa ou intervenção não

respeita a sequêcias correta.

(e) Falha temporal, ou seja,

quando uma função, passo,

tarefa ou intervenção é exe-

cutada fora domomento cor-

reto.

5. Identificação dos efeitos da ocor-

rência de cada falha sobre os ou-

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tros componentes e como a opera-

ção será afetada;

6. Estimativa da gravidade frente a

ocorrência de cada falha especí-

fica de acordo com as respectivas

categorias de risco;

7. Indicação dosmétodos a serem

empregados na detecção de cada

falha específica;

8. Apontamento de prováveis ações

de reparo e compensação a serem

adotadas para eliminar ou con-

trolar cada falha específica e seus

efeitos;

9. Para permitir a análise quantita-

tiva, as probabilidades de ocorrên-

cia de cada falha específica devem

ser determinadas.

HAZOP - Hazard andOperabi-lity Studies (Análise deOpera-bilidade de Perigo)

Técnica de análise qualitativa com foco

em examinar as linhas e equipamentos

de algum process, identificando peeigos

e previnindo problemas. Atualmente

pode ser empregado até para sistemas

como um todo. Há indicações principais

para o período de implementação de

novos processos ou namodificação de

processos já operantes.

Emmuitas situações, os acidentes po-

dem ocorrer pois os efeitos secundários

de pequenos detalhes oumodificações

são subestimados, sendo que, à primeira

vista, ester parecem insignificantes. O

HAZOP incentiva as pessoas de dife-

rentes funções da organização a tra-

balharem em conjunto, estimulando a

criatividade individual para que esqueci-

mentos sejam evitados e a compreensão

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dos problemas de diferentes áreas e in-

terfaces do sistema sejam visualizados.

Especificamente, quando há análise

de riscos, no HAZOP são utilizadas

palavras-chave ou palavras-guia que

acabam por conduzir o pensamento dos

grupos avaliadores, fixando a atenção

nos perigos mais significativos do sis-

tema. Tais palavras são aplicadas às va-

riáveis já identificadas (temperatura,

pressão, fluxo, composição, nível, entre

outros) que geram desvios a serem exa-

minados. Para evitar que algum detalhe

seja omitido, a observação deve ser feita

demaneira sistemática, em cada cir-

cuito, linha por linha e seus respectivos

circuitos.

Após a identificação das palavras-chave

e os respectivos devios, a próxima etada

se concentra na elaboração de alterna-

tivas queminimizem ou evitem a ocor-

rência de problemas. Tais alternativas

são analisadas quanto ao seu custo e

operacionalidade.

Geralmente, neste tipo de análise são

detectadosmais problemas operaci-

onais do que perigos em si, o que dá

créditos positivos aométodo, já que a

diminuição de riscos está fortemente

relacionada à eliminação de riscos ope-

racionais. A diminuição de problemas

operacionais se reflete na consequente

diminuição do erro humano diminuindo,

também, o nível de risco. No entanto, é

impossível que se elimine qualquer pe-

rigo sem que antes omesmo seja conhe-

cido. OHAZOP tem a função principal

de auxiliar a detecção de perigos.

APR – Análise Preli-minar de Riscos

Também referenciada comoAnálise

Preliminar de Perigos (APP) ou ainda

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Preliminary Hazard Analysis (PHA), trata-

se de uma ferramente de análise de ris-

cos focada na análise inicial qualitativa

de um novo sistema, para que sejam de-

terminados os possíveis riscos da sua

fase de operação. Sua aplicação é vol-

tada para a fase de projeto ou desen-

volvimento de qualquer novo processo,

produto ou sistema, Seu objetivo prin-

cipal é a determinação de riscos emedi-

das preventivas antes da fase operacio-

nal.

Seumétodo, parte da revisão geral dos

aspectos de segurança através de um

formato padrão que considera as cau-

sas e efeitos de cada risco, as medidas

de prevenção ou correção pertinentes,

resultando na priorização de ações por

meio das categorias de riscos criadas.

Os principais benefícios da técnica são a

possibilidade de elencar as medidas de

controle de riscos desde a primeira ope-

ração do sistema, efetuar revisões do

projeto em tempo hábil e seguro, além

da possibilidade de responsabilização

no controle de riscos.

Essemétodo teve seu desenvolvimento

na engenharia militar para construções

demateriais de alto risco, como a fa-

bricação demísseis. A APR não é uma

técnica aprofundada de análise de riscos

e quase sempre é seguida de técnicas

mais detalhadas. Nesta técnica, quanto

maior oumais prejudicial for o risco,

mais rapidamente deve ser solucionado.

Seguem algumas etapas básicas para se

desenvolver uma APR:

1. Revisão de problemas conhecidos

- Busca por problemas análogos

ou similares de outros sistemas.

Ao se observar experiências ante-

riores, algum risco pode estar no

novo sistema;

2. Revisão de objetivos –O escopo

de atuação do sistema é obser-

vado, servindo para delimitar fun-

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ções e pessoas envolvidas nas ope-

rações. São avaliados os objetivos,

desempenho requerido, funções

principais e procedimentos, am-

bientes de trabalho, entre outros

aspectos;

3. Observação e Identificação dos

Riscos Principais – Riscos com po-

tencial para causar lesões imedi-

atas/diretas, bem como perda de

função, danos aos equipamentos e

materiais envolvidos;

4. Riscos Iniciais e Contribuintes –

Um série de riscos é elaborada,

onde os principais são conectados

aos seus riscos iniciais e contri-

buintes;

5. Revisão dasmedidas para elimi-

nação ou controle de riscos – As

melhores opções para eliminação

e controle de riscos, dentro das

exigências do sistema, são obser-

vadas através de um brainstorming;

6. Análise dosmétodos de restrição

de danos – Em caso d eperda de

controle sobre os riscos, os mé-

todosmais eficientes para tais si-

tuações devem ser elencados e

claramente indicados;

7. Responsabilização por ações cor-

retivas e/ou preventivas –Os res-

ponsáveis por executar ações cor-

retivas ou de prevenção devem ser

claramente indicados. As unidades

envolvidas também devem estar

cientes de suas funções.

Uma ferramenta importante para uma

análise preliminar de riscos envolvidos

em novos empreendimentos e/ou siste-

mas é aMatriz de Riscos. Sua aplicação

pode ser feita em situações como na

análise de cláusulas contratuais por se-

guradoras, concessionárias, administra-

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dores públicos e privados, entre outros

interessados. Em geral, os riscos são

indicados de forma genérica em um do-

cumento, que separa riscos controláveis

e não controláveis a serem previstos em

contratos ou em projetos de sistemas.

Amatriz de riscos irá fazer o cruza-

mento de perigos envolvidos à ativi-

dades com seu impacto (gravidade), sua

probabilidade de ocorrência, as medi-

das demitigação e algum outro ponto

importante. Como exemplo de riscos

que podem estar incluídos em umama-

triz podem ser citados os riscos de pro-

jeto de engenharia, risco de construção,

risco de performance, riscos operacio-

nais, risco de demanda, risco de término

antecipado ou atrasado, riscos ambien-

tais, entre outros.

Demaneira geral, a APR tem grande

importância para novos sistemas de

grande inovação, apesar de apresentar

um escopo básico, apenas para análise

inicial, é de grande utilidade para revi-

são geral de segurança em sistemas de

operação, revelando aspectos antes de-

percebidos.

AAE –Análise de Árvores deEventos

É uma técnica de avaliação de riscos,

também referenciada como ETA – Event

Tree Analysis, onde são determinadas as

frequências das consequências decor-

rentes de eventos não desejados atra-

vés de encadeamentos lógicos-indutivos

a cada etapa de atuação do sistema.

Em sua aplicação, a falha de um com-

ponente ou subsistema é o evento que

inicia a árvore de evento, as caracterís-

ticas do sistema dita os acontecimentos

subsequentes.

Uma árvore de eventos deve ser lida da

esquerda para a direita tem, na linha su-

perior, uma negativa da ocorrência do

evento, e na linha inferior, o aconteci-

mento de tal evento.

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A seguir, tem-se os passos a serem res-

peitados para que uma Árvore de Even-

tos seja traçada:

1. O evento inicial que pode conduzir

o acidente;

2. Devem ser definidos as ações (sis-

temas de segurança que podem

amortecer o efeito do primeiro

evento;

3. Combinar em uma árvore lógica

de decisões as várias sequências

de acontecimentos que podem

surgir a partir do evento inicial;

4. Após a conclusão da árvore de

eventos, devem ser calculadas as

probabilidades associadas a cada

ramo do sistema que tem como

resultado algum acidente (falha);

A figura 5.3mostra uma análise quan-

titativa em que a árvore de eventos in-

vestiga a probabilidade de descarrilha-

mento de vagões, frente a um defeito

nos trilhos. Conforme se observa, a pro-

babilidade do acidente ser causada por

um defeito nos trilhos é a soma simples

das três afirmações positivas, ou seja,

0,6%.

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AAF –Análise de Árvore deFalhas

Também referenciada como FTA – Foult

Tree Analysis, é ummétodo dedutivo que

tem o foco em um possível acidente e

fornecemeios para que as causas desse

acidente sejam determinadas. Usa um

modelo gráfico para combinar as falhas

humanas e de equipamentos passíveis

de causarem acidentes, o acidente é co-

locado no nível mais alto. Nos níveis in-

feriores que se seguem são classificados

como básicos ou primários.

O FTA consiste na construção de um di-

agrama lógico, por meio de um processo

dedutivo que, partindo de um evento

não desejado pré-definido. Ométodo

continua investigando as sucessivas

combinações de falhas dos componen-

tes até atingir as falhas básicas (cha-

madas de eventos básicos da FT). Tais

eventos básicos são o limite de resolu-

ção da análise, sendo que o evento in-

desejado é comumente tratado no topo

da árvore. Dessa forma, o conceito fun-

damental da FTA consiste na tradução

de um sistema físico em um diagrama

lógico estruturado, operadores lógicos

E ouOU, os quais indicam o relaciona-

mento de causa e efeito que levam ao

topo.

Existem quatro etapas básicas para a

execução da AAF, iniciando pelaDefini-

ção do sistema, depois aConstrução da

Árvore de Falhas, seguida pelaAvalia-

çãoQuantitativa e depois, aAvaliação

Qaulitativa.

Já ométodo em si é desenvolvido pelas

seguintes etapas:

1. Após seleção da falha ou evento

indesejado, a probabilidade do

acontecimento deve ser calculada;

2. Fatores que podem intervir são

revisados: o ambiente, dados do

projeto, exigências do sistema,

entre outros. Sempre avaliando

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falhas que podem contribuir para

a ocorrência do evento topo esco-

lhido;

3. Através da diagramação sistemá-

tica, é feita amontagem dos even-

tos contribuintes e falhas mos-

trando sua ligação com o evento

topo. Após o desenho da árvore de

falhas, a relação entre eventos é

mostrada por comportas lógicas;

4. A álgebra booleana auxilia no de-

senvolvimento de expressõesma-

temáticas das entradas da árvore

de falhas. Cada entrada pode ser

traduzida por operações de adição

oumultiplicação;

5. A probabilidade de falha de cada

componente é determinada, ou

seja, a probabilidade final de ocor-

rência do evento topo é analisada

pela combinação das probabilida-

des de ocorrência dos eventos que

lhe deram origem.

Mesmo se não executada a análise

quantitativa, a própria diagramação da

árvore acaba por fornecer informações

mais completas sobre o sistema ou a

situação em estudo, possibilitando a vi-

sualizaçãomuito clara de opções para

correção e prevenção de condições ad-

versas. Algumas vantagens também

podem ser observadas com o uso desse

método, como a determinação do se-

quenciamentomais crítico ou provável

de eventos (dentre os amos da árvore

que levam ao topo), a identificação de

falhas importantes singulares ou loca-

lizadas no processo, cálculo de confi-

abilidade do sistema; investigação de

acidentes, decisões administrativas, es-

timativas de riscos, entre outros.

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ExemploPETROBRÁS – 2012 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 62

AAnálise deModos de Falhas e Efeitos (FMEA) e a Árvore de Falhas são das

técnicas de identificação e análise de risco que podem fazer uso de dados

quantitativos. A esse respeito, considere as afirmações abaixo:

I A FMEA é uma técnica eficiente quando aplicada a sistemas ou falhas sim-

ples, enquanto a Árvore de falhas é a técnica recomendada para sistemas

complexos.

II A FMEA visa obter, por meio de um diagrama lógico e do uso de expres-

sões da álgebra booleana, um conjuntomínimo de falhas e combinações de

falhas que levem ao evento em estudo, ao passo que a Árvore de Falhas visa

à obtenção das causas e/ou da probabilidade de ocorrência de um determi-

nado evento indesejado.

III Ametodologia usada pela técnica FMEA categoriza as falhas para prio-

rização das ações corretivas, e a Árvore de Falhas determina a sequência

mais crítica de falhas que leva a ocorrência de um evento indesejado.

É corretoAPENAS o que se afirma em:

Solução:

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I – Certo. O FMEA é usado em sistemasmais simples e falhas mais modes-

tas. A AFF permite a visualização de problemasmais complexos e suas pro-

babilidades de ocorrência.

II – Errado. A Análise de Árvore de Falhas se utiliza da álgebra booleana para

construção das árvores de falhas, com expressõesmatemáticas e probabi-

lidades nas entradas do diagrama.

III – Certo. Ométodo FMEA analisa as falhas potenciais e nomeia as ações

para eliminação ou redução de falhas. Na AFF o diagrama final fornece um

visualização clara do sistema e as situações críticas para ocorrência de even-

tos indesejados.

Resposta: E

Cálculo de Risco So-cial e Risco Indivi-dual

Em sua definição, o risco é a relação en-

tre as frequências de ocorrência de situ-

ações acidentais e suas consequências,

levando em conta os resultados quan-

titativos obtidos nas etapas anteriores

do estudo. O risco pode ser social ou

individual.

O risco pode ser definido, também,

como umamedida de perda econômica,

lesão corporal ou dano ambiental em

termos de probabilidade emagnitude da

perda, da lesão ou do dano.

Existemmedidas que estimam o risco de

ocorrência de dano e/ou fatalidade hu-

mana causada pelo impacto imediato de

um acidente (explosão, incêndio, vaza-

mento de substância tóxica) e medidas

que versam sobre efeitos de longo prazo

sobre a saúde causados por exposição a

15

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

substâncias perigosas, como gás tóxico,

vapores químicos, entre outros.

Vale a ressalva de que uma Análise de

Riscos não tem caráter determinístico,

não há uma resposta exata aos questi-

onamentos em função das incertezas

metodológicas e aspectos de subjetivi-

dade, ainda assim é uma parte de grande

valia no gerenciamento ambiental.

Dentro do processo de análise de riscos

são identificadas as seguintes etapas:

• Caracterização da região e do

empreendimentoNessa etapa

devem ser identificados os aspec-

tos comuns da região e da própria

atividade que possam indeferir

no empreendimento ou nomeio

ambiente, tanto no aspecto ope-

racional, como no aspecto de se-

gurança. Resumidamente, deve

ser estabelecida uma relação di-

reta entre o empreendimento e

o industrial, além da região de in-

fluência.

• Identificação dos perigosDevem

ser utilizadas ferramentas discu-

tidas anteriormente como Listas

de Verificação (checklists); Análise

Preliminar de Perigos (APP); Aná-

lise deOperabilidade de Perigos

(HAZOP –Hazard andOperability

Studies); Análise dosModos de fa-

lha e seus Efeitos (FMEA – Failure

Mode Effect Analysis).

• Estimativa de consequências e

VulnerabilidadeAVulnerabili-

dade é estimada de acordo com

os danos potenciais às pessoas

expostas. Para as estimativas de

consequências de um acidente são

osmodelos de simulação, em geral

representam os possíveis efeitos

de um incêndio (radiações térmi-

cas), vazamento de substâncias

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

tóxicas (concentrações), explosão

(sobrepressões).

• Estimativa de frequência Pode ser

feita por métodos como a Análise

Histórica de Acidentes, Análise de

Árvores de Falhas (AAF), Análise

de Árvores de Eventos (AAE).

• Estimativa dos riscosA seguir

estão descritas as maneiras co-

muns de combinar os danos de

frequência e consequência de um

acidente. Essas estimativas reque-

rem ainda informações sobre a

população exposta, como número

de residências, plantas industriais

e estabelecimentos comerciais,

áreas rurais, escolas, hospitais, en-

tre outros; horários de exposição;

características das edificações

que podem ser usadas como forma

de proteção.

Risco Social – Representa o risco, pos-

sibilidades e impactos, sobre um deter-

minado número de pessoas expostas

aos danos resultantes de uma oumais

ocorrências/cenários acidentais. Pode

ser estimado para um agrupamento de

pessoas dentro da zona de influência

de um acidente. Esse risco em geral é

representado por uma curva (Frequên-

cia acumulada versus Quantidade de

vítimas fatais), como pode ser visto na

figura abaixo.

O termosALARP –As Low as Resona-

bly Praticable com tradução livre para

Risco “tão baixo quanto possível” faz

referência aos riscos inerentes ao ne-

gócio ou atividade, consideradosmedi-

anos, cuja redução não seja facilmente

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

executada. Partindo do princípio da ine-

xistência de um patamar de risco que

deva ser considerado aceitável, um risco

deve sempre ser reduzido quando esta

medida for factível e razoável, mesmo

que este seja baixo. A região indicada

comoALARP pode ser tratada também

como área de riscos gerenciáveis, que

devem ser permanentementemonitora-

dos para que não venham a aumentar.

Cálculo do risco social: Para uma instala-

ção ou empreendimento onde são iden-

tificadas hipóteses acidentais, o Risco

Social pode ser expresso por:

R =∑n

i=1

∑mi=1 FnmCnmOnde R

mostra o risco social médio da ins-

talação (geralmente expressa em

fatalidadesanos

), Fnm a frequência anual de

ocorrência eCnm o número demortes

decorrentes do enésimo evento.

• Risco individual –Mostra o risco

para um indivíduo presente na

região/vizinhança de um perigo,

levando em consideração a natu-

reza do dano, a probabilidade de

ocorrência do dano e o intervalo

de tempo em que o evento aciden-

tal pode acontecer. As chamadas

curvas de iso-risco permitem a vi-

sualização da distribuição geográ-

fica do risco em diferentes regiões,

acabam por formar os gráficos de

contornos do risco individual. Este

parâmetro pode ser calculado para

o indivíduomais exposto, para um

grupo de indivíduos em um local

especial ou para amédia de indiví-

duos alocados na zona de efeito. O

risco individual pode assumir va-

lores diferentes de acordo com o

local e a natureza do acidente.

Cálculo do Risco Individual –Den-

tro do projeto e/ou instalação de

um empreendimento ou setor in-

dustrial onde são identificadas

diversas hipóteses acidentais, o

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

Risco Individual pode ser estimado

pela seguinte relaçãomatemática:

R = 1N

∑ni=1xifi Onde r representa

o risco individual (geralmente ex-

presso em fatalidadesano

), fi mostra a

frequência de ocorrências no ano,

xi número demortes resultantes

do acidente eNmostra o número

de pessoas expostas aos riscos

(calculado com base namaior área

atingida por uma ocorrência aci-

dental).

• Avaliação do Gerenciamento de

Riscos

Em geral, esse ponto é tratado

dentro de um PGR – Programa de

Gerenciamento de Riscos onde

as informações de segurança de

processos devem sermantidas

atualizadas. Outros pontos impor-

tantes são relatados no PGR como

a política de revisão de riscos, o

gerenciamento demodificações,

as normas e procedimentos ope-

racionais, os processos de inves-

tigação de acidentes, os planos de

emergência, as auditorias internas

e externas, a política de capacita-

ção de Recursos Humanos e ama-

nutenção e garantia de qualidade

de sistemas críticos.

ExemploPETROBRÁS – 2011 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 62

O risco social diz respeito ao risco aplicado a um determinado grupo de pes-

soas expostas aos danos advindos de um oumais cenários acidentais. Nessa

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

perspectiva, considere: R = risco social; xi = número de vítimas esperadas

num acidente específico, fi = frequência esperada para o acidente e n = nú-

mero de acidentes potenciais da planta. A fórmula que representa adequa-

damente o cálculo do risco social R é:

a) 1R=

∑ni=1

∑i=1 m

1fi.xi

b) 1R=

∑ni=1

∑i=1mfi.xi

c)R =∑n

i=1

∑i=1 m

1fi.xi

d)R =∑n

i=1

∑i=1mfi.

1xi

e)R =∑n

i=1

∑i=1 m

1fi.xi

Solução:

Para o cálculo do Risco Social, tem-se a relaçãoR =∑n

i=1

∑i=1mFnmCnm,

onde Rmostra o risco social médio expresso em fatalidadesano

, F é a frequência

anual de ocorrência e C a quantidade de fatalidades decorrentes dos even-

tos acidentais.

Resposta: E

ExemploPETROBRÁS – 2012 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 60

Em uma via de acesso localizada no interior de uma área industrial passam

aproximadamente 20mil pessoas por ano. Dados históricos indicam que ocor-

rem cerca de trinta acidentes por ano, com uma vítima fatal a cada quarenta

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acidentes. Nesse caso, o risco individual e o risco social valem, emmédia,

respectivamente:

a) 0,075% e 0,00375morte/ano;

b) 0,075% e 0,375morte/ano;

c) 3,75% e 1,33morte/ano;

d) 0,00375% e 0,75morte/ano;

e) 0,0000375% e 0,75morte/ano;

Solução:

De acordo com as relaçõesmatemáticas para o cálculo do Risco Individual

e Social, temos: Dados do problema:

N = 20.000 pessoas (expostas ao risco)

Risco individual:

F = 30acidentes/anoex = 140vtimas/acidente

R = 1N

∑ni=1 xifi =

120000

.30. 140.100 = 0, 00375%

Risco Social:

F = 30[acidentes/ano]eC = 140[vtimas/acidente]

R =∑n

i=1

∑mi=1 Fnm.Cnm = 30. 1

40= 0, 75[morte/ano]

Resposta: D

Plano de Emergên-cia Individual – PEI

Dentro das políticas corporativas de

Saúde,Meio Ambiente e Segurança

(SMS) estão os seguintes objetivos:

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• Atuar na promoção da saúde, na

proteção do ser humano e do am-

biente através da identificação,

controle emonitoramento de

riscos, sempre adequando a se-

gurança de processos ao que há

demelhor pelomundo, além de

sempre semanter preparada para

emergências;

• Educar , capacitar e comprometer

os trabalhadores com as questões

do tema SMS, envolvendo desde

fornecedores até a comunidade,

órgãos componentes e demais en-

tidades interessadas;

• Estimular o registro e correto tra-

tamento das questões de SMS,

além de considerar nos sistemas

o desempenho em Saúde,Meio

Ambiente e Segurança;

• Trabalhar para que seja assegu-

rada a sustentabilidade de proje-

tos, empreendimentos e produtos

ao longo do seu ciclo de vida, le-

vando em conta os impactos po-

sitivos e negativos nas dimensões

econômicas, sociais e ambientais;

• Os impactos inerentes ao ramo

de atividade industrial, devem

ser considerados para se avaliar

a eco-eficiência das operações e

produtos.

Dentro do contexto do primeiro item

dos objetivos SMS citados anterior-

mente, existem os Planos de Emergên-

cia Individual – PEI, que são documen-

tos ou um conjunto de documentos que

informam e descrevem os procedimen-

tos de resposta da instalação frente a

um incidente.

Especificamente para a indústria pe-

trolífera, existe a resolução CONAMA

nº398 de 2008. Esta resolução dispõe

sobre o conteúdomínimo do PEI para

incidentes de poluição por óleo em

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águas nacionais (jurisdição brasileira),

originados em portos organizados, por-

tos, terminais, dutos, sondas terrestres,

plataformas e suas respectivas instala-

ções de apoio, estaleiros, marinas, clu-

bes náuticos e similares, orientando,

assim, sua elaboração.

A apresentação do plano PEI deve ser

feita durante um processo de licencia-

mento ambiental do empreendimento,

ficando a concessão de LO (Licença de

Operação) condicionado à aprovação

de tal documento. Em alguns casos, sua

aprovação dita a concessão de LPper -

Licença Prévia de Perfuração – e tam-

bém de LPpro - Licença Prévia de Pro-

dução para Pesquisa.

De forma geral, o PEI só é aprovado

quando, após a análise técnicas, de-

monstra a capacidade da instalação para

executar, de forma imediata as ações de

respostas previstas para atendimento

aos incidentes. No caso da CONAMA

398/08 contra incidentes de poluição

por óleo, com emprego de recursos pró-

prios, humanos emateriais, os quais po-

dem ser complementados com recursos

adicionados de terceiros. O sexto artigo

da resolução afima que o plano deve ser

reavaliado pelo empreendedor sempre

que a instalação sofrer modificações fí-

sicas, operacionais ou organizacionais,

ou ainda a partir da avaliação de desem-

penho após acionamento ou simulação.

Devem ser considerados cenários aci-

dentais de poluição por óleo quando o

navio de origina ou se destina às suas

instalações, ou ainda quando a embar-

cação esteja atracada, docada ou reali-

zandomanobras de atracação, desatra-

cação ou de docagem, na bacia de evo-

lução dessas instalações. Na ocorrência

de incidentes de poluição por óleo, ori-

ginados de navios nas áreas de fundeio,

canal de acesso e canal de aproximação

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aos portos previstos em cartas náuticas,

serão consultados os planos de área.

O conteúdomínimo de PEI será:

• Correta identificação da instala-

ção;

• Cenários acidentais;

• Informações e procedimentos de

resposta a incidentes;

• Sistemas de alerta em caso de der-

ramamentos de óleo;

• Comunicação do incidente;

• Estrutura organizacional de res-

posta;

• Equipamentos emateriais de res-

posta;

• Procedimentos operacionais de

respostas;

• Encerramento das operações;

• Marcas, cartas náuticas, plantas,

desenhos e relatórios fotográficos;

• Anexos importantes.

Instalações portuárias de pequeno

porte, marinhas, clubes náuticos, peque-

nos atracadouros e instalações similares

que armazenam óleo, que abasteçam

embarcações em seu cais devem possuir

PEI simplificado.

Para a elaboração do PEI simplificado

devem ser consideradas as seguintes

informações:

• Identificação do responsável pelo

empreendimento;

• Identificação das instala-

ções/empreendimento;

• Identificação das hipóteses aci-

dentais. Considerando o tipo de

óleo sobmanuseio e estimativas

da quantidade de óleo vazado;

• Procedimentos para comunicação;

• Descrição de ações imediatas pre-

vistas. Incluindo paralisação do

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vazamento, contenção e reco-

lhimento do óleo vazado, prote-

ção das áreas sensíveis de flora e

fauna, procedimentos para lim-

peza das áreas atingidas, coleta e

disposição dos resíduos gerados

e coletados. Tais ações devem ser

tomadas com recursos próprios e

de terceiros, previamente acorda-

dos;

• Procedimentos para articulação

com órgãos competentes;

• Programa de qualifica-

ção/treinamento de pessoal em

resposta frente a incidentes de

poluição por óleo;

Dentro do PEI estão previstos os níveis

de resposta da instalação. No nível do

Local, que trata da resposta local e ime-

diata, estão envolvidos os brigadistas,

operadores, contratos locais, além do

Plano de Emergência local e o Plano de

AuxílioMútuo regidos pelo centro de

respostas a emergência. Já o nível regi-

onal, o qual trata de resposta da região,

estão envolvidos o pessoal de apoio e

contratos de unidades vizinhas, além do

Plano de Emergência Regional apoiados

pelo centro de Defesa Ambiental e por

embarcações dedicadas. Na resposta

corporativa, Nível corporativo, estão

envolvidas todas as forças de trabalho

e contratos disponíveis na companhia,

subsidiados pelo Plano de Emergência

corporativo envolvendo todos os cen-

tros de defesa ambiental, embarcações

dedicadas e entidades internacionais

como a Clean Caribean &Américas.

Os Centros de Defesa Ambiental de

empresas do ramo petrolífero em geral

são dotados de equipamentos de com-

bate aos eventos de poluição, como as

barreiras de contenção de tamanhos e

aplicações diversas, barreiras emantas

absorventes, sistemas biorremedia-

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dores, equipamentos de comunicação

para nomínimo 200 pessoas, recolhe-

dores de óleomontados em embar-

cações para diferentes tipos de óleo,

tanques infláveis e bombas para hidro-

carbonetos. Sistemasmais complexos

também são utilizados na contenção

de vazamentos, como as embarcações

de serviço e recolhedoras de óleo e de

hidrocarbonetos, material de limpeza

e dispersantes químicos bem como o

aparato para aplicações de tais produ-

tos além de embarcações dedicadas de

tamanhos variados.

Os anexos do CONAMA398/08 trazem

pontos importantes para a estimativa

de situações acidentais. O Anexo II, por

meio do seu item 2.1, permite que as hi-

póteses acidentais sejam relacionadas

e discutidas, sendo possível efetuar o

cálculo de Descarga de Pior Caso para

se estimar o volume derramado no piro

caso de vazamento de tanques, equipa-

mentos e outros reservatórios, no caso

de acidentes com dutos, plataformas de

produção, instalações terrestres de pro-

dução e operações de carga e descarga.

Já o Anexo III trata dos critérios para di-

mensionamento da CapacidadeMínima

de Resposta, permitindo o dimensio-

namento de barreiras de contenção e

recolhedores.

P2R2 –Decreto 5.098/04

P2R2 – PlanoNacional de Prevenção,

Preparação e Resposta Rápida a Emer-

gências Ambientais comProdutos Quí-

micos Perigosos

Trata-se de um plano integrado que

sintetiza uma política de abrangência

nacional, voltada aos instrumentos de

prevenção, controle e resposta rápida

aos eventos emergenciais que envol-

vam produtos químicos perigosos. Seu

texto é regido pelo Decreto 5.098/04,

que tem a função de articular os gover-

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nos, o setor privado e representantes da

sociedade civil.

O Plano se direciona para o constante

aperfeiçoamento de processos de pren-

venção, preparação e resposta rápida a

emergências ambientais no Brasil, es-

pecificamente em atividades potenci-

almente causadoras de acidentes com

produtos químicos perigosos. O P2R2

tem foco em duas frentes, a Prevenção

e aCorreção:

• Prevenção – Adoção e aprimora-

mento de programas, sistemas,

tecnologias, ações e iniciativas

para inibir e/ou desmotivar prá-

ticas que conduzam aos eventos

acidentais.

• Correção – Adoção e implemen-

tação de tecnologias, sistemas,

ações e procedimentos que visam

responder, de forma rápida e efi-

caz, às ocorrências de acidentes,

bem como auxiliarem no preparo e

capacitação de recursos humanos,

tanto nas esferas federais, quanto

nas estaduais emunicipais.

As Estratégias do P2R2 passam pelo

planejamento preventivo para que aci-

dentes não ocorram, bem como devem

atender aos requisitos legais e organiza-

cionais, criar e operar uma estrutura or-

ganizacional adequada, estimular e ado-

tar medidas de integração dos órgãos

envolvidos, definir as responsabilidades

dos órgãos públicos e privados, divulgar

informações que também promovam

a integração de todos os profissionais

envolvidos com atividades de conside-

rável periculosidade acidental, treinar

e capacitar continuamente os recur-

sos humanos no sentido de diminuir o

tempo de resposta e, por fim, monitorar

e aprimorar o plano, continuamente.

A seguir, estão dispostos os instrumen-

tos do P2R2:

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• Sistema de Informação - Similar

ao SINIMA (Sistmema Nacional de

Informação doMeio Ambiente), o

modelo tem a função de atualizar

e disponibilizar dados informati-

vos, além de integrar os setores

envolvidos com o P2R2. O atendi-

mento rápido aos acidentes com

produtos perigosos e a evolução

contínua de atividades de preparo

e prevenção de tais ocorrências é

feito pormeio de uma rede de ser-

viços padronizados e protocolos

comuns a serem compartilhados.

• Mapeamento de Áreas de Risco –

Parte da P2R2 que trabalha para

a identificação, caracterização e

localização de atividades e/ou em-

preendimentos que tenham rela-

ção com substâncias químicas pe-

rigosas. A documentação e conhe-

cimento prévio de áreas propen-

sas ao acontecimento de acidentes

com tais produtos são fundamen-

tais para os órgãos públicos, para

a comunidade e para o setor pri-

vado. Os setores envolvidos são,

de certa forma, preparados para

ocorrências críticas em áreas ca-

racterizadas pormeio do relacio-

namento entre: Atividades poten-

cialmente impactantes, locais de

maior fragilidade/vulnerabilidade,

histórico de acidentes ambientais,

áreas contaminadas e unidades de

respostas aos acidentes.

• Plano de Ação de Emergência –

PAE –Objetiva estabelecer pro-

cedimentos técnicos e adminis-

trativos a serem seguidos frente a

situações emergenciais na região,

visa também promovermedidas

básicas a serem adotas para que

os danos e impactos não ultrapas-

sem os limites de segurança pré-

estabelecidos. No PAE estão de-

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finidas, de forma clara e objetiva,

as atribuições e responsabilidades

dos envolvidos. O plano considera

o produto envolvido, o porte do

acidente, o local de ocorrência,

bem como as características geo-

gráficas do local.

• Mecanismos Financeiros – Bus-

cam a sustentabilidade financeira

do plano, após sua implantação.

Passando pela prevenção e prepa-

ração (manutenção e continuidade

do processo de consolidação), pre-

vendomecanismos de resposta

rápida (estruturação demecanis-

mos de cooperação e articulação

com os setores envolvidos) e man-

tendo recursos para a remediação

de passivos ambientais.

O decreto 5.098/04 dispõe sobre a cri-

ação do P2R2, sua estrutura e atribui-

ções. Um dos pontos importantes desse

texto foi a definição da estrutura orga-

nizacional do plano, sendo constituídos

pela CN P2R2 (Comissão Nacional) e

por Comissões Estaduais e Distritais

(CE P2R2 e CDP2R2).

A CNP2R2 tem a seguinte composição

(artigo 4º do Decreto):

1. Um representante dos seguintes

ministérios:

• DoMeio Ambiente – coorde-

nação geral;

• Da Integração Nacional;

• Da Saúde;

• DeMinas e Energia;

• DoDesenvolvimento, Indús-

tria e Comércio Exterior;

• Do Trabalho;

• Dos Transportes;

• Da Justiça.

2. Cinco representantes das seguin-

tes instituições:

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Associação das Entidades Estadu-

ais deMeio Ambiente ADEMA;

Associação Nacional deMunicí-

pios eMeio Ambiente ANAMMA;

3. Dois representantes deONGs e

dos setor privado.

ExemploPETROBRÁS – 2011 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 53

Durante a elaboração do Plano de Emergência Individual, um engenheiro

foi contratado para calcular o valou-me do derramamento correspondente

à descarga de pior caso (Vpc) de um duto. Nesta perspectiva, considere:

• Vazãomínima de operação do duto: 2 L/s;

• Vazãomédia de operação do duto: 2,67 L/s;

• Termpo estimado para detecção do vazamento: 100min;

• Tempo estimado entre a detecção do derramamento e a interrupção

da operação de transferência: 20min;

• Volume remanescente na seção do duto, após a interrupção da ope-

ração de transferência: 20.000 L

De acordo com os dados acima, qual o volume do derramamento, em litros,

correspondente à descarga de pior caso (Vpc) do duto?

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a) 8.800

b) 34.400

c) 39.200

d) 47.200

e) 48.800

Solução:

De acordo com o item 2.2.1 Descarga de pior caso, apresentado no Anexo

II da CONAMA398/08, deve-se usar a equação (b) ocorrência emDutos e

substituir os valores apresentados: (1 minuto = 60 segundos).

• Vazãomáxima de operação do duto: Q1 = 4L/s

• Tempo estimado para detecção do vazamento: T1 = 100min = 6000seg.

• Tempo estimado entre a detecção do derramamento e a interrupção

da operação de transferência:T2 = 20min = 1200seg.

• Volume remanescente na seção do duto, após a interrupção da ope-

ração de transferência:V1 = 20.000LV

V pc = (T1 + T2)Q1 + V1 = (6000 + 1200)x4 + 20.000 = 28.800 +

20.000 = 48.800Litros

Resposta: E

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ExemploPETROBRÁS – 2011 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JUNIOR – 52

OAnexo II da Resolução Conama nº 398/08 dispõe sobre os critérios para

o dimensionamento da capacidademínima de resposta do PEI n(Plano de

Emergência Individual), no que diz respeito a barreiras de contenção reco-

lhedores, dispersantes químicos, dispersãomecânica, armazenamento tem-

porário, absorventes, etc. Considere os valores, emmetros, descritos abaixo.

• X = 2,0 x largura do corpo hídrico.

• Y = 3,5 x largura do corpo hídrico.

• Z = (velocidademáxima de corrente em nós x largura do corpo hídrico)

+ 1,5.

De acordo com oAnexo III citado, qual a quantidademínima, emmetros, de

barreiuras de contenção em um cenário para a proteção de rios, canais e ou-

tros corpos hídricos?

a) Omenor valor entre X e Z;

b) Omaior valor entre X e 200metros;

c) Omenor valor entre Y e Z, até omínimo de 150metros;

d) Omaior entre os valores de Y e Z, até o limite de 350metros;

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e) Omaior entre os valores de X e Z, até o limite de 200metros.

Solução:

De acordo com o item 2.1 - Capacidade de resposta de Barreiras de Con-

tenção, apresentado no Anexo III da CONAMA398/08, as barreiras de con-

tenção devem obedecer a seguinte e tabela:

Tabela 5.2: Anexo III – Barreiras de Contenção.

Estratégias QuantidademínimaCerco completo do navioou da fonte de derrama-mento

3 x comprimento do navioou da fonte de derrama-mento, emmetros.

Contenção damancha deóleo

de acordo com o cálculo dacapacidade efetiva diáriade recolhimento do óleo –CEDRO (item 2.2 do AnexoIII).

Proteção de rios, canais eoutros corpos hídricos

Omaior valor entre: - 3,5x largura do corpo hídrico,emmetros e – 1,5 + ve-locidademáxima da cor-rente em nós de x largurado corpo hídrico, emme-tros; até o limite de 350metros.

Sendo assim, de acordo com o 5.2 e os dados apresentados no problema a

situação aceitável seria omaior valor entre Y e Z, até o limite de 350me-

tros.

Resposta: D

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

Doenças Ocupacio-nais

A alteração na saúde do trabalhador

decorrente de fatores ambientais asso-

ciados à função empregatícia exercida

pelo indivíduo, recebe o nome de do-

ença ocupacional. Tais patologias po-

dem ser divididas em Tecnopatias ou

Doenças Profissionais – causadas por

fatores intrínsecos à atividade laboral e

que possuem bínculo causal presumido,

e asMesopatias ou Doenças do Traba-

lho - causadas por circunstâncias da fun-

ção exercida, sendo que a relação com o

trabalho deve sempre ser comprovada.

A doença ocupacional pode ser adqui-

rida pormeio da exposição do indivíduo

a agentes químicos, físicos, biológicos

ou radioativos acima do limite permitido

pela legislação, sem a devida proteção

compatível com o risco envolvido com

a função exercida. As proteções podem

ser os EPC – Equipamentos de Proteção

Coletiva ou os EPI – Equipamentos de

proteção individual. Algumasmedidas

organizacionais também são capazes de

reduzir riscos.

As principais vias de absorção de subs-

tâncias nocivas são a pele e o sistema

respiratório. Logo, os cuidados tomados

são essencialmente de prevenção já que

grande parte das doenças ocupacionais

são de difícil tratamento.

Dentro do ambiente laboral, o emprega-

dor tem a obrigação de oferecer prote-

ção adequada aos subordinados. Sendo

assim, a legislação exige que cada em-

presamantenha um corpo técnico res-

ponsável pela implementação e gestão

demecanismos de segurança do tra-

balho, podendo, aqui, serem citados os

processos e soluções de engenharia,

equipamentos e treinamentos de segu-

rança.

Se em uma situação hipotética o funci-

onário comprove que adquiriu uma do-

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ença ocupacional por falta demedidas

e equipamentos para sua proteção, a

empresa e toda equipe técnica de segu-

rança laboral pode ser responsabilizada

e sofrer processo criminal pela lesão

causada, além da possibilidade clara de

indenização financeira dos empregados

afetados.

As principais doenças ocupacionais são:

• Dermatites – podem ser causa-

das por agentes irritantes como

ácidos, álcalis, fluidos de corte,

água, agentes físicos, agentes re-

dutores e oxidantes, entre outros.

Manifesta-se nomaior órgão do

corpo humano, a pele, que é com-

posta por três camadas:

• Epiderme – é a camadamais ex-

terna onde se encontra a camada

córnea composta de células mor-

tas, oferecendo barreira contra

agentes externos agressivos.

• Derme – é a camada intermediá-

ria, onde se encontram os vasos

sanguíneos, nervos, glândulas se-

báceas, entre outros componen-

tes.

• Hipoderme – camada onde está

alojada a reserva adiposa que

serve tanto para a proteção dos

órgãos internos, como para re-

serva energética para o corpo.

Quando o agente irritante pode causar

perda de barreira de proteção inicial,

persistindo o contato pela rotina de tra-

balho, a lesão pode acabar expondo a

derme, causando sangramentos e in-

fecçõesmais severas, e fica conhecida

como dermatite de contato ou por ir-

ritação. Alguns trabalhadores, por fi-

caremmuito expostos e suscetíveis a

agentes químicos, algumas alergias de

pele podem semanifestar. A diferença

da dermatite ou eczema de contato alér-

gico para a dermatite de contato ou ir-

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ritação se dá apenas pelos períodos de

manifestação da doença.

• Asma ocupacional – doença com

caráter reversível e semanifesta

pela obstrução das vias aéreas

causada pela inalação de poeira

(algodão, linho, madeira, borra-

cha, couro etc) e substâncias aler-

gênicas. Seus sintomas podem

aparecer no próprio local ou após

algumas horas de exposição.

• Asbestose – o pó de amianto ou

asbesto, quando inalado, faz com

que o pulmão, na tentativa de cu-

rar as agressões causadas pelas

fibras deminerais de silicatos, pro-

duza extensivamente, um tecido

cicatrizante prejudicando a capa-

cidade respiratória do indivíduo.

Esse quadro crônico caracteriza

a Asbestose. Quantomaior for

o tempo de exposição às fibras

de amianto, silicato dematerial

fibroso de composição química

variada, maior é o risco de con-

trair alguma doença relacionada

ao amianto. Os sintomas dessa do-

ença costumam aparecer de forma

gradual após a formação demui-

tas cicatrizes, quando os pulmões

vão perdendo a sua elasticidade,

aparecendo sinais de falta de ar

e diminuição na capacidade de

realizar atividades físicas. A prin-

cipal medida para a prevenção de

Asbestose é a diminuição aomá-

ximo do pó e de fibras de amianto

nos locais de trabalho. Devido ao

controle desse tipo de poeira nos

ambientes industriais, atualmente,

o número de trabalhadores aco-

metidos por esta doença émenor ,

porém casos de câncer continuam

a aparecer em pessoas que estive-

ram expostas até há 40 anos.

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• Silicose – considerada uma do-

ença ocupacional causadores de

graves efeitos na saúde do traba-

lhador , pode provocar incapaci-

dade para o trabalho, aumento

de risco de tuberculose, afasta-

mento por invalidez, podendo che-

gar até amorte. Trata-se de uma

patologia relacionada a inalação

de poeiras minerais que, em ge-

ral, contém pequenas partículas

de sílica livre cristalina, que leva

ao desenvolvimento de uma fi-

brose pulmonar em nódulos. Em

sua fasemais aguda, resulta em

diminuição da capacidade respira-

tória, febre, cianose (pela azulada

devido ao aumento de hemoglobi-

nas não oxidadas no sangue). Esta

doença tem evolução gradativa e

irreversível, podendo ser causada

de três formas distintas da sílica –

quartzo, tridimita e cristobalita. A

portaria 99/2004 do governo bra-

sileiro, proíbe o processo indus-

trial de jateamento com areia seca

ou úmida como abrasivo, grande

emissor de sílica livre ou combi-

nada no ambiente de trabalho.

• PAIR – Perda Auditiva Induzida

por Ruído – Caracterizada pela di-

minuição da capacidade auditiva,

resultado da exposição contínua

a níveis elevados de ruído. Tal ex-

posição pode significar, também,

alterações importantes na quali-

dade de vida do trabalhador, pro-

vocando ansiedade, aumento de

pressão arterial, irritabilidade e

isolamento. Outros agentes cau-

sais podem ser considerados como

alguns produtos químicos (solven-

tes aromáticos, benzeno, tolueno,

xileno, tricloroetileno, álcool etí-

lico, metais como chumbo, arsênio,

mercúrio e asfixiantes comoCO e

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nitrato de butila, além de exposi-

ção prolongada a vibrações. A Po-

luição Sonora não deixa resíduos,

não se acumula no ambiente como

os outros tipos de poluição, mas

representa uma fonte potencial

de danos ao corpo e à qualidade

de vidados indivíduos. Partindo

do princípio de que o som é uma

ondamecânica que se propaga de

forma circuncêntrica pormeios

sólidos, líquidos ou gasosos, quan-

titativamente, um som ou ruído

pode ser medidode acordo com

seu nível de pressão sonora em

decibéis (dB). Segundo aOMS –

OrganizaçãoMundial da Saúde, o

ouvido humano tem limite de 65

decibéis. A partir deste valor, o or-

ganismo começa a sofrer estresse.

À partir de 85 dB os ruídos são po-

tencialmente danosos aos ouvidos

humanos, se esta exposição durar

mais de 8 horas. O termo “exposi-

ção” faz referência ao contato de

forma não protegida com deter-

minados níveis de pressão sonora

por tempo e doses suficientes para

provocar a lesão auditiva. Os cita-

dos efeitos de poluição sonora são

muitos e dependem do tempo de

exposição, da intensidade sonora

e da suscetibilidade de cada orga-

nismo. Interessante a ressalva de

que sons acima de 130 dB chegam

a provocar dor e elevados níveis

de pressão sonora acabam por afe-

tar, além do sistema auditivo, o

sistema endócrino, em especial, as

glândulas produtoras de cortisol

e corticoides. A PAIR pode apre-

sentar sintomas auditivos como

a perda da audição, zumbidos e

dificuldade de discriminação. DE

acordo com aNR – 9 da portaria

3214 doMinistério do Trabalho,

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toda empresa e instalação indus-

trial deve ter um Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais

– PPRA e um Programa de Con-

servação Auditiva – PCA. Toda

PAIR fica obrigada a ser notificada

ao INSS com a emissão do CAT –

Comunicado de Acidente do Tra-

balho. O PCA é um conjunto de

medidas técnicas simplificadas ou

administrativas, mantidas e dis-

tribuídas ao longo do tempo que

fazem amodernização tecnológica

emelhoria das condições de tra-

balho como um todo As atividades

previstas em umPCA são: avali-

ação emonitoramento de ruído,

avaliação emonitoramento de

audição, orientações e conscienti-

zação sobre o uso dos protetores

auriculares, palestras educativas

sobre a prevenção auditiva etc.

Devem estar envolvidos com es-

ses programas, profissionais da

áreamédica, fonoaudiólogos, en-

genheiros e técnicos de segurança

do trabalho.

• LER /DORT – Lesão por esforço

Repetitivo/ Distúrbio Ortomo-

lecular Relacionado ao Trabalho

– doenças caracterizadas pro um

quadro de dores crônicas sensa-

ção de formigamento, dormên-

cia, fadigamuscular por alteração

damusculatura, tendões e ner-

vos periféricos. São decorrentes

das relações e da organização do

trabalho nos dias atuais onde, na

maioria das vezes, as funções são

realizadas pormovimentos repe-

titivos, com posturas em tempos

prolongados, trabalhomuscular

estativo (parado), ritmo intenso,

sobrecargamental, relações con-

flituosas e estímulo à competitivi-

dade. Trata-se de um processo de

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adoecimento, inclusive patológico,

com o surgimento de incertezas,

medos, ansiedade e frustrações,

podendo acometer homens emu-

lheres em plena fase produtiva,

com a possibilidade de evolução

para casos de incapacidade parcial

ou permanente (gera aposentado-

ria por invalidez).

• Saturnismo – caracteriza uma do-

ença decorrente da exposição ao

chumbo, também pode ser refe-

renciada como Plumbismo. Essa

patologia pode ser resultado de

uma intoxicação aguda ou exposi-

ção crônica aometal pesado, apre-

sentando como sinal mais comum

a coloração preta das gengivas,

dores abdominais severas, úlceras

orais, constipação, gostometálico,

entre outros. As principais fontes

de intoxicação podem ser casos de

poluição ambiental, contato com

tintas que contém chumbo, bate-

rias de automóveis, pilhas, emis-

sões industriais. É uma doença

ocupacional que pode apresentar

quadros clínicos evidentes ou até

alterações bioquímicas mais sutis.

NR7 – Programa de ControleMédico de SaúdeOcupacional– PCMSO

ANorma Regulamentadora n07 domi-

nistério do trabalho, estabelece a obri-

gatoriedade de elaboração e implemen-

tação do PCMSOPrograma de Con-

troleMédico de SaúdeOcupacional, por

parte de empregadores e instituições

objetivando a promoção e preservação

da saúde do seu quadro de funcionários.

Trata-se, portanto, de um programa pre-

videncionista que cuida do bem estar

dos empregados através do diagnóstico

precoce de enfermidades relaciona-

das ao trabalho ou não. Esse programa

é parte que integra um conjuntomais

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

amplo de iniciativas no campo da saúde

dos indivíduos presentes no ambiente

de trabalho, devendo sempre estar ar-

ticulado com as exigências das demais

NRs. Deve considerar as questões de in-

cidentes sobre os colaboradores, dando

grande atenção aosmétodos clínico-

epidemiológicos ao avaliar a relação

saúde/trabalho. A prevenção, o ras-

treamento, o diagnóstico preventivo e

a constatação da existência de doen-

ças ocupacionais são as prioridades do

PCMSO.

Dentro de um programa deNR -07 es-

tão previstos:

• Realização de exames clínicos ocu-

pacionais (admissionais, demis-

sionários, periódicos, retorno ao

trabalho emudança de função),

realização de entrevistas que bus-

cam lembrar fatos que relacionem

possíveis doenças aos funcioná-

rios, exame físico emental.

• Nomeação de profissional da área

médica trabalhista como coorde-

nador do programa.

• Indicação demedidas necessárias

para sanar deficiências apontadas

pelas análises dos exames.

• Elaboração de um documento es-

trutural do programa, bem como

amanutenção, em arquivo, dos

prontuários clínicos individuais

dos colaboradores, com obrigação

do sigilo absoluto das informações

coletadas.

• Encaminhamento, aos órgãos as-

sistenciais, dos trabalhadores por-

tadoes de alguma patologia ocupa-

cional.

Para cada examemédico realizado, o

médico responsável deve emitir um

Atestado de SaúdeOcupacional – ASO.

O PCMSOdeve obedecer um planeja-

mento que englobe as ações de saúde

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a serem executadas durante o ano, das quais devem ser documentadas em um

relatório anual.

ExemploPETROBRÁS -2005 – ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 37

A poluição sonora é considerada, como todo tipo de poluição, prejudicial à

saúde humana. Por isto, foram estabelecidos, pela OrganizaçãoMundial da

Saúde –OMS, limites para os níveis de ruído. De qual parâmetro depende

os efeitos do ruído?

a) Tipo de atividade desenvolvida, apenas.

b) Tempo de duração da atividade, apenas.

c) Temperatura do local onde a atividade está sendo desenvolvida, apenas.

d)Material do equipamento utilizado e forma de energia domesmo, ape-

nas.

e) Tipo de atividade, do tempo de exposição e da distância da fonte geradora

do ruído, apenas.

Solução:

a) Errado. O tipo de atividade é um parâmetro importante namedição de

ruídos, porém, tal medição, demanda de outros parâmetros.

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

b) Errado. O tempo de duração da atividade reflete um parâmetro também

importante na avaliação sonora, por[em, outras medidas devem ser consi-

deradas.

c) Errado. A temperatura não uma grandeza acústica avaliada emmedições

de níveis de ruídos.

d) Errado. A forma de energia considerada deve ser a energia sonora.

e) Certo. Dentro dos parâmetros para avaliação dos efeitos do ruído, devem

ser analisados a origem do ruído em geral pelo tipo de atividade; o efeito na

saúde humana em função do tempo de exposição; e o nível de pressão so-

nora exercida em função da distância da fonte emissora do ruído.

Resposta: E

OHSAS 18.000

Muitas organizações pelomundo reco-

nheciam a necessidade de controlar e

melhorar a performance dos sistemas

de saúde e segurança, visto que no co-

meço da década de 90 a proliferação de

padrões nacionais e certificações dos

próprios industriários causavam confu-

são e fragmentação domercado. Fato

que trazia prejuízos de credibilidade e

criava potenciais barreiras comerciais.

A série OHSAS 18000 (Ocupational He-

alth and Safety Assestment Services) con-

siste em um sistema de gestão voltado

para a segurança e saúde ocupacional

(SSO), sendo identificada como uma im-

portante ferramenta que permite uma

empresa atingir de forma sistemática e

objetiva o controle emelhoramento do

nível de desempenho de seu SSO.

A especificaçãoOHSAS 18000 provê as

exigências para um sistema de gestão

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

de SSO, auxiliando uma organização a

desenvolver e implementar políticas e

objetivos, à partir de requerimentos le-

gais e observações sobre os riscos SSO.

Essametodologia pode ser aplicada em

todos os tipos e tamanhos de empre-

sas, independente das condições sociais,

culturais e geográficas.

A especificaçãoOHSAS 18002 provê os

princípios básicos para implementação

do sistema de gestão de SSO, por meio

de uma assistência genérica para esta-

belecimento, implementação emelhoria

contínua.

As últimas atualizações do sistema

deixaram as normasOHSAS com ali-

nhamento estrutural mais próximo

das normas ISSO14007/2004 e ISSO

9001/2000, possibilitando que orga-

nizações adotem a 18001 simultanea-

mente com sistemas de gestão existen-

tes. Recentementemuitas empresas

procuram implementar os três padrões

aomesmo tempo, otimizando custo e

evitando interrupções no sistema . Em

alguns casos também, após a implemen-

tação dos padrões ISSO e identificação

de riscos SSO, a OHSAS 18001 é adicio-

nada ao sistema.

Esta especificação da série de Avalia-

ção da Segurança e SaúdeOcupacional

(OHSAS) tem o objetivo de fornecer os

requisitos para um sistema de gestão da

SSO, possibilitando que uma organiza-

ção controle seus riscos de acidentes e

doenças trabalhistas, além de trabalhar

paramelhorar seu desempenho. Vale a

ressalva de que aOHSAS não estabe-

lece critérios específicos de desempe-

nho da SSO, nem fornece especificações

detalhadas para o projeto de um sistema

de gestão. As especificações OHSAS

se aplicam a qualquer organização que

almeje:

1. Estabelecer um sistema de gestão

SSO paraminimizar ou eliminar

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

riscos aos funcionários e demais

partes expostas aos riscos de suas

atividades;

2. Implementar, mantes emelhorar

continuamente um Sistema de

Gestão de SSO;

3. Assegurar a conformidade com

sua política de SSO definida;

4. Atestar tal conformidade aos inte-

ressados e terceiros;

5. Obter registro e/ou certificação de

seus sistema de gestão de SSO por

outra organização externa;

6. Realizar auto avaliação e emitir

auto declaração de conformidade

com esta especificação.

A normaOHSAS é baseada nametodo-

logia conhecida com PDCA (Plan, Do,

Check and Act), com o objetivo principal

demelhoria contínua fecham o ciclo e

traz as seguintes estapas:

• P – planejamento, onde são esta-

belecidos os objetivos e processos

chave para alcançar os resultados

de acordo com a política SSO da

organização;

• D – fazer, fase em que os proces-

sos são implementados;

• C – verificar, onde sãomonitora-

dos emedidos os processos imple-

mentados em relação aos objeti-

vos da política de SSO;

• A – agir, fase onde são executadas

as ações para que o desempenho

da SSOmelhore continuamente.

A especificaçãoOHSAS é direcionada

à segurança e saúde ocupacional, não à

segurança de produtos e serviços.

Especificamente para aOHSAS

18001/2007, na etapa de Planejamento

é realizado a identificação de perigos,

avaliação de riscos e determinação de

controle de riscos. Nessa fase também

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

deve ser garantido: A identificação dos

requisitos legais e pontos correlatos, o

planejamento dos objetivos, bem como

o planejamento de todo o programa de

gestão da SSO.

Segundo o texto da norma, a organi-

zação deve garantir que o resultados

das avaliações de riscos e perigos sejam

considerados na determinação de con-

troles. Ao eleger tais medidas de con-

trole, a redução de riscos deve obedecer

a seguinte hierarquia:

1. Eliminação;

2. Substituição;

3. Controles de engenharia;

4. Sinalização, alertas e/ou controles

administrativos;

5. Equipamentos de proteção indivi-

dual – EPI.

NR9 – Programa de Preven-ção de Riscos Ambientais –PPRA

De acordo com o texto da normaNR9,

fica instituída a obrigatoriedade da ela-

boração e implementação (por parte dos

empregadores) do PPRA – Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais. Este

programa deve atender o objetivo de

preservação da saúde e da integridade

dos funcionários, por meio da anteci-

pação, reconhecimento e controle de

riscos ambientais existentes ou que ve-

nham a existir no ambiente de trabalho,

a proteção domeio ambiente e dos re-

cursos naturais é um ponto primordial a

ser considerado no PPRA.

O programa daNR9 é parte integrante

de um conjuntomais amplo das inici-

ativas da empresa no campo da SSO

(Saúde e SegurançaOcupacional), de-

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

vendo estar articulado com o previsto

nas demais Normas Regulamentadoras.

Deve se articular especialmente com o

PCMSO– Programa de ControleMé-

dico de SaúdeOcupacional, da NR7.

Dentro das consideração do PPRA são

definidos como riscos ambientais os

agentes físicos, químicos e biológicos

existentes no ambiente laboral capazes

de causar danos à saúde do trabalhador,

em função da concentração, natureza,

intensidade e tempo de exposição dos

agentes.

• Agentes Físicos – As variadas for-

mas de energia que os trabalhado-

res podem estar expostos: ruído,

vibrações, pressões não normais,

temperaturas extremas, radiações

ionizantes, infra e ultra som.

• Agentes Químicos – Compostos ,

produtos ou substâncias com pro-

priedades de penetração no orga-

nismo pela via respiratória, pele

em contato dérmico ou por inges-

tão. Em geral, encontrados nas

formas de poeiras, fumos, névoas,

neblinas, gases, vapores, entre ou-

tras formas.

• Representado por bactérias, fun-

gos, bacilos, parasitas, protozoá-

rios, vírus e demais organismos

que possam estar em contato com

os trabalhadores.

Na implantação e desenvolvimento do

PPRA devem ser executadas as seguin-

tes etapas:

• Antecipação e reconhecimento

dos riscos;

• Estabelecimento de prioridades e

metas de avaliação e controle;

• Avaliação dos riscos e do nível de

exposição dos funcionários;

• Implantação demedidas de con-

trole e avaliação de sua eficácia;

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

• Monitoramento do nível de expo-

sição aos riscos identificados;

• Registros e divulgação dos dados.

Sendo que os trâmites e alterações

do programa devem estar sem-

pre disponíveis aos trabalhadores,

interessados, representantes ou

autoridades competentes.

Ficam como principais responsabilida-

des do empregador estabelecer, imple-

mentar e assegurar o cumprimento do

PPRA como atividade permanente da

empresa ou instituição. As responsabili-

dades dos funcionários são: colaboração

e participação na implantação e exe-

cução do programa; sempre seguir os

procedimentos e orientações passadas

em treinamentos do programa; informar

aos supervisores ocorrências e compor-

tamentos que possam implicar riscos à

sua saúde e dos demais trabalhadores.

O estudo, desenvolvimento e implan-

tação demedidas de proteção coletiva

deve obedecer a hierarquia a seguir:

1. Medidas que eliminam ou redu-

zam o emprego ou a formação de

agentes prejudiciais à saúde;

2. Medidas de prenvenção contra

a liberação/disseminação de tais

agentes no ambiente de trabalho;

3. Medidas para a redução dos níveis

ou concentrações agressivas de

tais agentes no ambiente laboral.

ExemploTRANSPETRO– 2012 – PROFISSIONALDEMEIOAMBIENTE JÚNIOR

– 36

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

De acordo com o preconizado pela Norma Regulamentadora NR9 – Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais, doMinistério do trabalho e Emprego,

a etapa do reconhecimento dos riscos ambientais no ambiente de trabalho

de uma organização ou empresa deverá conter os seguintes itens, quando

aplicáveis, EXCETO a(o):

a) Descrição dasmedidas de controle já existentes;

b) Caracterização das atividades e do tipo da exposição;

c) Determinação e a localização das possíveis fontes geradora de riscos;

d) Identificação das funções e a determinação do número de trabalhadores

expostos;

e) Estabelecimento de prioridades e asmetas de avaliação e controle.

Solução:

De acordo com o texto da NR( de 1994, dentro do item 9.3 – Desenvolvi-

mento do PPRA -, está definido o subitem 9.3.3 –O reconhecimento dos ris-

cos ambientais deve conter os seguintes pontos:

1. Sua identificação;

2. Determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

3. Identificação das possíveis trajetórias e dosmeios de propagação dos

agentes no ambiente de trabalho;

4. Identificação das funções e determinação do número de trabalhado-

res/funcionários expostos;

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

5. Caracterização das atividades e do tipo de exposição;

6. Possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, dispo-

níveis na literatura técnica;

7. Descrição dasmedidas de controle já existentes.

Dessa forma, dentre as alternativas apresentadas, a última acaba destoando

dasmetas de reconhecimento dos riscos ambientais. Vale a ressalva de que

o item apresentado está dentro das etapas gerais que devem estar incluí-

das no PPRA.

Resposta: E

ExemploPATROBRÁS – 2005 ENGENHEIRODEMEIOAMBIENTE JÚNIOR – 37

OMinistério do Trabalho e Emprego tem uma série de normas regulamen-

tadoras que são relativas a sistema de gestão. São as normas relativas ao

Programa de ControleMédico e SaúdeOcupacional (PCMSO) NR7, ao Pro-

grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) NR( e ao Programa de

Condições eMeio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil

(PCMAT) – NR18. Além dessas, já foram publicados regulamentos sobre o

Programa de Conservação Auditiva (PCA), o Programa de Proteção Respi-

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

ratória (PPR) e o Programa de Ergonomia para empresas brasileiras. Quando

à integração dos diversos sistemas de gerenciamento de segurança, saúde

emeio ambiente possíveis em uma empresa, julgue os itens abaixo:

1. O PPRA e o PCMSO devem ter sua integração prevista ainda na etapa

do planejamento, para que as ações da área de engenharia levem em

conta os dados de acompanhamentomédico.

2. O PCMAT devem contemplar as ações previstas no PPRA e no PCMSO.

3. O PCA e o PPR são programas que devem estar integrados dentro do

PPRA.

4. As ações do proteção do ambiente e dos recursos naturais não estão

previstas no PPRA, devendo ser elaborado um programa de gestão am-

biental independente, com base na ISSO 14.000.

5. UmPPRA bem elaborado e implementado pode ser certificado com

a norma BSI 8.800.

Solução:

1. Correto. O PCMSO e o PPRA são programas que integram um con-

juntomais amplo de iniciativas no campo da saúde ocupacional.

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

2. Correto. O PCMAT é um programamais detalhado do que o PPRA e

o PCMSO, por isso, o PPRA deve constar dentro do PCMAT. Este é ela-

borado visando cada fase da obra. Já o PPRA é bemmais genérico.

3. Correto. O PCA e o PPR são pontos importantes que devem estar in-

cluídos no desenvolvimento do PPRA no qual, após avaliação dos ris-

cos e da exposição dos trabalhadores é feita a implantação demedi-

das de controle, avaliação de sua eficácia, o monitoramento da expo-

sição aos riscos e o registro da divulgação dos dados.

4. Errado. O PPRA visa a proteção da saúde e da integridade dos funci-

onários, por meio da antecipação, reconhecimento e consequentemi-

tigação de riscos ambientais, levando em consideração a conservação

dos recursos naturais e do ambiente.

5. Correto. O British Standard Institution (BSI), por meio da norma BSI

8.800, faz auditorias e pode certificar programas de gestão da saúde

ocupacional como o PPRA. É considerada uma das normasmais atu-

ais em todo omundo para a implantação de um sistema eficaz de ge-

renciamento das questões relacionadas com a prevenção de aciden-

tes e doenças trabalhistas.

NR 26 – Sinalizaçãode Segurança

A norma regulamentadora NR26 es-

tabelece os padrões de cores a serem

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

utilizadas como sinalização de segu-

rança nos ambientes trabalhistas, com

intuito central de prevenção da saúde

e da integridade física dos empregados.

O objetivo dessa norma é fixar as co-

res a serem usadas para identificação

de equipamentos de segurança, para

identificação e delimitação de áreas,

sinalização e identificação de tubula-

ções/canalizações empregadas nos am-

bientes industriais para condução de

líquidos e gases.

A utilização de cores permite uma rea-

ção pronta e automática do observador,

evitando que, diante de uma situação

emergencial a pessoa tenha que parar,

ler, analisar e só então atuar de acordo

com seu treinamento e finalidade. Ou-

tras formas de sinalização e prevenção

de acidentes não estão dispensadas,

sendo que o uso de coloração preven-

tiva deve ser feito de forma equilibrada

para não causar distração, confusão e

fadiga ao trabalhador. Dentro das ques-

tões de SSO existem três formas de co-

municação: a escrita, os números e as

cores. A indicação colorida, em especial

nas áreas de trânsito de pessoal estra-

nho ao trabalho, será sempre acompa-

nhada por sinais convencionais e/ou

palavras de identificação.

A norma atenta para a extrema impor-

tância de treinamento dos colaborado-

res, para que acidentes sejam evitados

em ocasiões demanutenção, manuseio,

deslocamento dentro da empresa, entre

outras. As cores adotadas são verme-

lho, amarelo, branco, preto, azul, verde,

laranja, púrpura, lilás, cinza, alumínio

emarrom. Conforme apresentado na

figura 5.6.

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

Com a finalidade de facilitar a identifica-

ção e evitar acidentes, a NR26 também

estabelece o padrão para identificação

de tubulações que transportem fluidos

ematerial em fragmentos ou conduto-

res elétricos, conforme apresentado na

imagem abaixo.

Ficou estabelecido que os produtos

químicos utilizados no local de traba-

lho devem receber classificação de

acordo com oGHS – SistemaGlobal-

mente Harmonizado de Classificação

e Rotulagem de Produtos Químicos,

da ONU. Esse sistema faz com que to-

das as empresas pelomundo trabalhem

com omesmo padrão de classificação,

sendo que o produto químico classifi-

cado como perigoso deve receber rotu-

lagem preventiva de acordo com oGHS.

Quando não identificada uma lista na-

cional de classificação harmonizada de

substâncias perigosas, a listagem inter-

nacional deve ser utilizada.

Demaneira geral, o objetivo do GHS é a

harmonização das diferentes classifica-

ções existentes e sistemas de rotulagem

por todo omundo, sendo que, por causa

de vários critérios de avaliação utili-

zados, existem casos em que amesma

substância é classificada como venosa,

prejudicial à saúde ou atémesmo não

prejudicial. Portanto, trata-se de uma

abordagem lógica para:

• Definição de periculosidade dos

produtos.

• Estabelecimento de processos de

classificação dos produtos quími-

cos que utilizem a comparação a

critérios de perigo pré-definidos.

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

• A comunicação da informação da

periculosidade pormeio de rótu-

los e pormeio de FISPQ (Fichas

de Informação de Segurança para

Produtos Químicos). O sistema

GHS não tem as características

de uma regulamentação, suas ins-

truções acabam por fornecer me-

canismos para atender ao item

básico de qualquer sistema de

comunicação de perigos, que é

decidir se o produto fabricado ou

fornecido é perigoso e preparar

um rótulo e/ou um FISPQ apropri-

ada. Essa publicação das Nações

Unidas recebe o nome de Livro

Roxo (Purple Book). Este é com-

posto pelos requisitos técnicos de

classificação e de comunicação de

perigos, com as informações expli-

cativas sobre como proceder para

efetivar o sistema.

Segundo a NR26, os aspectos relativos à

rotulagem preventiva devem atender ao

que está disposto em norma técnica ofi-

cial vigente, no caso a NBR 14725 – Ro-

tulagem preventiva, que estabelece as

informaçõesmínimas relacionadas aos

produtos químicos perigosos a serem

incluídos nos rótulos, os quais devem

conter os seguintes elementos:

• Identificação e composição do

produto;

• Pictograma de perigo - (Símbolo

ou desenho figurativo para repre-

sentação de um objeto ou con-

ceito);

• Palavra de advertência – Pe-

rigo/Cuidado;

• Frase de perigo – Gás Inflamável,

por exemplo;

• Frase de precaução –Mantenha

longe do fogo, Não fume, etc;

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• Informações suplementares – so-

bre a proteção do ambiente e indi-

vidual.

NR15 –Atividades eOpera-ções Insalubres

ANorma Regulamentadora 15 tem o

objetivo de definir os agentes insalu-

bres, os limites de tolerância dos traba-

lhadores, bem como relacionar os crité-

rios técnicos e legais para caracterizar

e avaliar as atividades/operações pouco

saudáveis e seus devidos adicionais.

Em sua definição, a operação ou ativi-

dade insalubre (não saudável) é aquela

exercida sob condições que expõe o tra-

balhador aos agentes nocivos, acima de

limites, intensidade ou concentração

considerados toleráveis à saúde hu-

mana. A exposição também passa por

efeitos causados pelo tempo de exposi-

ção sem as devidasmedidas de controle

de ordem indivisual, coletiva ou admi-

nistrativa. Sendo assim, a NR15 estabe-

lece que o trabalhador exercendo sua

função em condições insalubres deve

receber remuneração adicional sobre o

salário mínimo vigente.

Recebendo de forma equivalente, 40%

para insalubridade de graumáximo,

20% de adicional para insalubridade de

graumédio e 10% para insalubridade de

graumínimo. Este adicional não é ine-

rente ao trabalho noturno, sendo aquele

prestado das 22h às 5h. No ambiente

rural o trabalho noturno é exercido das

20h às 4h. Os limites de tolerância são

parâmetros descritos pela NR15, são

valores de referência classificados como

admissíveis na exposição laboral. Tais

valores são determinados pormeio de:

• Analogia Química – técnica ba-

seada na extrapolação de resulta-

dos em estudos toxicológicos de

substâncias pertencentes a uma

mesma família. O nível de confi-

ança em geral não é satisfatório,

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sendo que as substâncias podem

apresentar respostas de toxicolo-

gia diferenciadas.

• Experimentação Científica – uti-

liza resultados de testes com seres

vivos ou de dados observados em

pessoas que viverem uma expo-

sição acidental. Os resultados de

experimentos com animais mos-

tram o nível de toxicidade, porém

dificultam o entendimento da cor-

relação entre os efeitos nos seres

humanos e em outros organismos

vivos.

A norma estabelece 2 tipos de critérios

para caracterizar a insalubridade, o as-

pecto qualitativo e o quantitativo:

1. AvaliaçãoQuantitativa – onde

são considerados os limites de

tolerância para os agentes agres-

sivos em razão da natureza, da

intensidade e do tempo de exposi-

ção segundo os anexos da NR15.

2. AvaliaçãoQualitativa – Compro-

vações feitas in-loco , onde um

perito deve analisar os detalhes e

particularidades do local de tra-

balho e a função do trabalhador,

sempre considerando os critérios

técnicos da saúde laboral.

Vale a ressalva de que a NR15 traz os

limites de tolerância específicos para

cada tipo de exposição em seus 14 ane-

xos, ficando ordenados da seguintema-

neira:

• Anexo 1 – Limites de Tolerância

para Ruído Contínuo ou Intermi-

tente;

• Anexo 2 – Limites de Tolerância

para Ruídos de Impacto;

• Anexo 3 – Limites de Tolerância

para Exposição ao Calor;

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• Anexo 5 – Radiações Ionizantes;

• Anexo 6 – Trabalho sob Condições

Hiperbáricas;

• Anexo 7 – Radiações Não Ionizan-

tes;

• Anexo 8 – Vibrações;

• Anexo 9 – Frio;

• Anexo 10 –Umidade;

• Anexo 11 – Agentes Químicos cuja

Insalubridade é Caracterizada por

Limite de Tolerância e Inspeção no

Local de Trabalho;

• Anexo 12 – Limites de Tolerância

para PoeirasMinerais;

• Anexo 13 – Agentes Químicos;

• Anexo 13 A – Benzeno;

• Anexo 14 – Agentes Biológicos;

NR16 –Atividades eOpera-ções Perigosas

Essa norma regulamenta as atividades

e operações legalmente consideradas

perigosas, estipulando as recomenda-

ções de cunho prevencionista. A NR16

considera atividades/operações perigo-

sas o exercício laboral com explosivos

(anexo1) e com inflamáveis (anexo2).

Outros dispositivos jurídicos conside-

ram a energia elétrica como 30 agente

periculoso e as radiações ionizantes

como o 40 agente periculoso.

Ficou instituído pela NR16 que todo

exercício de trabalho em condições de

periculosidade assegura ao trabalhador

um adicional de 30% sobre seu salário.

O trabalhador ainda pode fazer a op-

ção pelo adicional de insalubridade que

porventura lhe seja devido.

As comprovações são feitas por meio de

laudos de periculosidade, emitidos por

profissionais habilitados ou pelo próprio

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

Ministério do Trabalho. Tais laudos são

documentos técnicos legais que ava-

liam a exposição dos trabalhadores aos

agentes nocivos (explosivos, inflamá-

veis, eletricidade e radiação ionizante) e

as proteções fornecidas pela empresa.

A NR16 faz algumas definições sobre

as condições de periculosidade. Sendo

que, os explosivos do anexo 1 devem ser

sujeitos a degradação química ou auto-

catalítica; ação de agentes exteriores

tais como calor, umidade, faíscas, fogo,

choque, atrito e fenômenos sísmicos.

Já para as substâncias do anexo 2, são

considerados líquidos combustíveis to-

dos aqueles que apresentem ponto de

fulgor entre 70e93, 30C . Nas operações

de transportes líquidos inflamáveis ou

gasosos liquefeitos, a granel ou em qual-

quer outro vasilhame, são classificadas

como em condições de periculosidade.

Exceto para transporte de pequenas

quantidades de líquidos inflamáveis (até

200 litros) e inflamáveis gasosos lique-

feitos (até 135 litros).

ExemploPROMIMP – 2010 – ÁREAAMBIENTAL – 35

ANR26, Sinalização se Segurança, da Portaria n03.214 doMinistério do Tra-

balho, tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de

trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de

segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas

indústria para a condução de líquidos e gases, advertindo contra riscos. Se-

gundo essa norma, que sinalização deve ser utilizada para indicar, respec-

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

tivamente, canalizações contendo gases não liquefeitos e canalizações con-

tendo gases inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade?

a) Alumínio e amarelo.

b) Preto e branco.

c) Azul e alumínio.

d) Branco e azul.

e) Amarelo e preto.

Solução:

Segundo aNR26 as cores de sinalização para tubulação são:

a) Errado. Alumínio – indicam gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis

de baixa viscosidade. Branco – canalização contendo vapor.

b) Errado. Preto – indica inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade. Branco

– canalização contendo vapor.

c) Errado. Azul – canalização contendo ar comprimido. Alumínio – indica ga-

ses liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade.

d) Errado. Branco – canalização contendo vapor. Azul – canalização contendo

ar comprimido.

e) Certo. Amarela – indicam gases não liquefeitos. Preto – indica inflamá-

veis e combustíveis de alta viscosidade.

Resposta: E

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ExemploPROMIMP – 2010 – ÁREAAMBIENTAL – 32

ANR15, Atividade eOperações Insalubres, apresenta limites de tolerân-

cia relacionados à natureza e ao tempo de exposição a determinados agen-

tes ambientais, que não provocarão dano à saúde do trabalhador durante

sua vida laboral. Nessa perspectiva, um trabalhador com jornada de traba-

lho de oito horas por dia, seis dias por semana, estará ultrapassando os li-

mites de tolerância previstos nessa norma quando submetido, continuamente,

a (Considere os agentes químicos absorvidos por via respiratória.):

a) 0, 01mg/m3 de chumbo.

b) 4 ppm de gás sulfídrico.

c) 80 dB de ruído.

d) 160 Kcal/h de calor.

e) 850 ppm de álcool etílico.

Solução:

Segundo o anexo 11 daNR15 os valores de tolerância para os agentes quí-

micos apresentados na questão são:

• Cumbo – 0, 01mg/m3. Graumáximo de insalubridade.

• Gás sulfídrico – 8 ppm e 12mg/m3.

• Ruído - não é agente químico.

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Gestão Integrada de Meio Ambiente, Saúde eSegurança Industrial

• Calor – não é agente químico.

• Álcool etílico – 780 ppm e 1480mg/m3. Graumínimo de insalubridade.

Resposta: E

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