imunohematologia (abo)
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Imunohematologia – Sistema ABO
Imunohematologia – Sistema ABO
Curso Técnico de Biotecnologia
Prof. Juliana Coelho e Juliana Barbosa
Imunologia, Parasitologia e Hematologia
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTES
• Imunohematologia:
compreende o estudo e a
classificação dos grupos
sanguíneos e a ocorrência
de reações transfusionais
entre antígenos e
anticorpos
Fonte: http://byoline.com.br/site/tag/imunohematologia acesso 13/03/2015
• Antígeno: Toda molécula
reconhecida como estranha pelo
organismo – interage com Ac.
• Anticorpos: imunoglobulinas, do
tipo glicoproteínas de formato
globular secretadas por
Linfócitos B que conferem a
característica de especificidade
da Resposta ImuneFonte: www.nlm.nih.gov, acesso 13/03/2015
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTES
• Anticorpos:
o Anticorpos naturais: anticorpos
formados contra antígenos não
presentes no organismo e sem
necessidade de contato prévio.
Ex: ac sistema ABO
o Anticorpos irregulares: anticorpos
formados a partir da exposição a um
antígeno . Ocorrência não esperada.
Ex: aloimunização pelo sistema Rh
Fonte: www.nlm.nih.gov, acesso 13/03/2015
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTES
• Interação Antígeno-Anticorpo: tradicionalmente
classificada em primária, secundária e terciária.
o PRIMÁRIA: ligação ag-ac.
o SECUNDÁRIA: efeitos imediatos desta ligação, como
a precipitação ou a aglutinação dos complexos.
o TERCIÁRIA: compreende-se os efeitos biológicos
gerados, como o processo inflamatório iniciado pela
ativação do sistema complemento ou pela
degranulação de mastócitos e basófilos.
Fonte: LABIMUNO UFBA, acesso 13/03/2015
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTES
Fonte: LABIMUNO UFBA, acesso 13/03/2015
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTESLigação do Antígeno ao Anticorpo
A ligação entre Ag e Ac é resultado da conformação do Ag e do sítio receptor do Ac e das interações químicas entre eles
Fonte: Prof. Dr. Luiz Carlos de Mattos, Laboratório de Imunogenética Molecular, Hemocentro de São José do Rio Preto
INTRODUÇÃO- CONCEITOS IMPORTANTES
Ligação do Antígeno ao Anticorpo- Reação de aglutinação
• É o agrupamento de partículas, usualmente por moléculas de Ac que se ligam a Ag na superfície de partículas adjacentes.
MEMBRANA PLASMÁTICA• Definição: filme muito fino, composto de lipídeos e
proteínas que permanecem unidos por interações não covalentes.
• A membrana plasmática é importante para a vida da célula, pois, além de englobar e definir seus limites, ela mantém as diferenças essenciais entre os meios intra e extracelular.
Fonte: Jali Santos, Curso de Imunohematologia, 2009. Figura: http://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica acesso 13/03/2015
Fonte: Jali Santos, Curso de Imunohematologia, 2009.
Fonte: Jali Santos, Curso de Imunohematologia, 2009.
Fonte: Jali Santos, Curso de Imunohematologia, 2009.
MEMBRANA ERITROCITÁRIA• Os eritrócitos são altamente deformáveis a fim de poderem circular
através de vasos capilares cuja luz é bem inferior ao seu próprio
diâmetro. Eles passam apertados por esses capilares, mas
readquirem depois nos maiores vasos seu diâmetro inicial (7μm).
• A capacidade de deformação dos ER decorrem da estrutura
anatômica muito especial de sua membrana complexa, que contém:
o 39,5% de proteínas
o 35,1% de lipídeos
o 5,8% de carboidratos – esses últimos presentes no lado
extracelular da bicamada lipídica. Fonte: Julianan Barbosa, Hematopoese, 2014
ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS
• As proteínas e glicoproteínas da superfície dos ER
funcionam como antígenos, sendo conhecido mais de 250
tipos diferentes.
• Estes antígenos se agrupam em 29 sistemas, sendo os mais
importantes o ABO, Rhesus e o MNS.
• São aloantígenos e são transmitidos hereditariamente e
independentes uns dos outros, de acordo com as leis
mendelianas e os genes que os transmitem são dominantes,
logo, quando um gene está presente, o antígeno se expressa.Fonte: Julianan Barbosa, Hematopoese, 2014
GRUPO- ABO
• O sistema ABO foi descoberto em 1900 por
Landsteiner.
• Em 1902, Von de Castello e Sturli descobriram o
grupo AB.
• Nesses experimentos, verificou-se que ocorria uma
aglutinação dos glóbulos vermelhos devido à
fixação de anticorpos aos antígenos específicos
localizados na membrana.Fonte: Julianan Barbosa, Hematopoese, 2014
GRUPO- ABO
Fonte: Aula do Professor Herlei Ribeiro, Sistema ABO.
GRUPO- ABO• Os antígenos A e B podem
aparecer isolados ou juntos e
definem os tipos sanguíneos.
• Relação de codominância: A e B.
• Os dois genes herdados se
expressam igualmente
• Gene O é considerado silencioso
pois não expressa nenhum Ag
detectável pois a enzima
produzida não é funcionalFonte: Julianan Barbosa, Hematopoese, 2014
GRUPO- ABO• No sistema ABO existem 2 tipos
de proteínas atuando como
antígenos conhecidos como
Aglutinogênio e são determinados
por um alelo.
o Aglutinogênio (Antígeno) A é
determinado por alelo IA .
o Aglutinogênio (Antígeno) B é
determinado por alelo IB .
o O alelo i não produz antígeno.
Fonte: Julianan Barbosa, Hematopoese, 2014
Tipo sanguíne
oGenótipo
Aglutinogênio
(na membrana
das hemácias)
A IA IA ou IA i A
B IB IB ou IB i B
AB IA IB AB
O ii Ausência
Tipo O
Tipo A
Tipo B
Fonte: Jali Santos, Curso de Imunohematologia, 2009.
GRUPO- ABO• Os anticorpos dos indivíduos
que expressam os
aglutinogênios são denominadas
Aglutininas.
• Anticorpos anti-A e anti-B dos
indivíduos B e A,
respectivamente, são em sua
maioria de classe IgM .
• Os anticorpos anti-AB de
indivíduos do grupo O são de
classe IgG e podem estar
presentes em altos títulos. Fonte: Aula do Professor Herlei Ribeiro, Sistema ABO. Figura: http://byoline.com.br/site/tag/imunohematologia acesso 13/03/2015
GRUPO- ABO
Fonte: http://byoline.com.br/site/tag/imunohematologia acesso 13/03/2015
• Os genótipos são
manifestados por três alelos:
IA , IB , i.
• I deve-se à palavra
Isoaglutinação.
• Quando um individuo recebe
uma transfusão de sangue de
um tipo diferente do seu não
compatível ele produzirá
anticorpo contra o antígeno
eritrocitário estranho, que
dará uma reação
antígeno/anticorpo violenta.
AGLUTININAS
TIPAGEM SANGUÍNEA - ABO• Esse teste é feito para se descobrir qual o tipo sanguíneo de
uma pessoa.
• O teste consiste em colocar em uma lâmina um pouco de
amostra de sangue da pessoa, depois é acrescentado um
pouco de soro Anti-A e um pouco de soro Anti-B sem misturar
os dois.
• Sendo assim, pessoas com antígeno A apresentarão reação de
aglutinação quando acrescentado soro Anti-A. Já nas pessoas
com antígeno B, é o inverso, reagirão ao soro Anti-B. Pessoas
com os dois antígenos A e B reagirão aos dois soros e aqueles
sem nenhum antígeno não apresentarão qualquer reação.
GRUPO- ABO
GRUPO- ABO
FonteJuliana Barbosa, Hematopoiese, 2014
GRUPO- ABO
GRUPO Rh• Esse sistema sanguíneo recebeu esse
nome por ter sido o resultado de
pesquisas feitas com uma espécie de
macacos, a MACACA Rhesus (macaca
reso).
• Pesquisadores verificaram que ao
injetar sangue do macaco em cobaias,
essas produziam anticorpos.
• Esses anticorpos foram devolvidos ao
sangue do macaco e ocorreu a
coagulação.
• Chegaram à conclusão que no sangue
do macaco existia um fator (antígeno)
e chamaram de fator Rh. O anticorpo
criado na cobaia foi denominado Anti-
Rh.
Fonte: Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia
GRUPO Rh
Fonte: Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia
GRUPO Rh• Existem seis tipos comuns de Rh,
classificados como C, D, E, c, d, e.
• O indivíduo que apresenta o
antígeno C não tem o antígeno c e
vice-versa.
• O antígeno D é o mais prevalente na
população e é considerado o mais
antigênico dentre todos os fatores
Rh.
• O fator Rh é encontrado nas
hemácias, verificando esses
pesquisadores que ele obedece às
leis da hereditariedade, sendo o Rh
positivo um fator dominante em
relação ao Rh negativo.
Fonte: Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia
Fenótipos
Genótipos
Rh+ RR, Rr
Rh- rr
GRUPO Rh• Em caucasóides, nos indivíduos Rh negativos, o gene
RHD é deletado. Em negros e outras populações, foram
descritas mutações pontuais, deleções parciais e
recombinações.
• Em indivíduos Rh negativos é necessária a pesquisa da
variante fraca do antígeno Rh(D), chamada variante DU,
através de reação de Coombs para DU.
• No antígeno D fraco (DU) há uma redução quantitativa
do número de sítios antigênicos.
ERTROBLASTOSE FETAL• Uma doença provocada pelo fator Rh é a
eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-
nascido (DHRN), caracterizada pela destruição das
hemácias do feto ou do recém-nascido
• A mãe Rh-negativa e o pai Rh-positivo, tendo o feto
herdado o Rh-positivo do pai. O organismo materno
inicia a produção de aglutininas anti-Rh pela
exposição ao Rh do feto.
ERTROBLASTOSE FETAL
• As aglutininas atravessam a placenta, o que tem
como consequência a aglutinação das hemácias do
feto, as quais em seguida se hemolisam.
• Na maioria dos casos a anemia da DHRN resulta em
morte do feto, porém as crianças que sobrevivem
podem apresentar retardo mental permanente ou
lesões nas áreas motoras do cérebro em razão da
deposição da bilirrubina convertida através da
hemoglobina liberada pelas hemácias hemolisadas.
Fonte: www.lookfordiagnosis.com acesso em 03/03/2015
ERTROBLASTOSE FETAL
• As mães Rh-negativas na primeira gravidez
geralmente não desenvolvem aglutininas anti-Rh
suficientes para causar danos ao feto.
• Aproximadamente 3% dos segundos filhos
apresentam sinais de DHRN, e esta proporção
aumenta de forma progressiva com as gestações
subseqüentes.
• Na preservação pode ser utilizado o antissoro anti-Rh
(+). Assim, sempre que a mãe apresentar sangue Rh,
é fundamental saber o tipo sanguíneo do pai.
ERTROBLASTOSE FETAL• Para prevenção numa segunda gestação recomenda-
se a administração endovenosa de gamaglobulina
anti-Rh, logo após o nascimento do primeiro bebê.
• Essa substância provocará o bloqueio do processo de
síntese de anticorpos contra o sangue Rh+ do feto. A
mãe recebe uma dose passiva temporária de
anticorpos que destruirá as células encontradas na
corrente sanguínea que sejam Rh+, impossibilitando,
deste modo, que mãe produza anticorpos
permanentes.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIA• Importância do estudo dos antígenos
o Incompatibilidades transfusionais
o Incompatibilidades Materno fetal
o Transplantes
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIA• Tipagem ABO – doador e receptor
o Direta
o Prova reversa
• Tipagem Rh
o Pesquisa de D fraco
• Pesquisa de anticorpos irregulares
o Teste de coombs direto- TAD
o Teste de coombs indireto – TAI
Painel de hemácias
• Prova cruzada maior e menor
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIAABO
• Testes diretos – ABO e Rh
o Verificam a presença do antígeno eritrocitário
o Utilização das hemácias do doador e receptor
• Podem ser realizados em :
Tubo
Lâmina
Gel de centrifugação
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIAABO
• Tipagem direta – hemácias (paciente) x soro comercial
(anti-A; anti-B): pesquisa a presença de antígenos na
membrana de eritrócitos.
• Tipagem reversa – plasma ou soro (paciente) x hemácias a
5% fenotipadas (A1 e B): pesquisa a presença de
anticorpos.
A) Em lâmina1. Com o auxílio de uma lanceta fure o dedo do colega e pingue uma gota de sangue em três áreas sobre a lâmina;
2. Pingue uma gota de aglutinina em cada gota de sangue na seguinte ordem: Anti-A, Anti-D e Anti-B.
3. Com ajuda do aglutinoscópio ilumine abaixo da lâmina;4. Observe a presença ou não de aglutinação.
A D B
Preparação da solução de hemácias
B) Em tubo1. Identificar 3 tubos de hemólise e colocar uma gota do reagente anti-A no 1º tubo, anti-B no 2º tubo e anti-D no 3º tubo;
2. Adicionar uma gota da suspensão de hemácias 5% a cada tubo.3. Centrifugar por 15 segundos a 3.400 r.p.m.4. Ressuspender delicadamente o botão de hemácias e examinar a presença ou não de aglutinação.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIARh
• Método direto
o Verificação da presença de antígeno Rh.
o Pode ser realizado em lâmina, tubos e cartão de gel.
o As técnicas são as mesmas utilizadas para verificação
do sistema ABO.
o A reação de aglutinação positiva indica a presença do
antígeno D na membrana.
o A reação de aglutinação negativa nem sempre indica
ausência de antígeno D na membrana – teste da
presença de D fraco
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIARh – teste do D fraco
• Incubar os dois tubos da reação anterior por 30 minutos em
banho maria a 37ºC
• Centrifugar a 3.400 rpm – 15’’
• Ressuspender delicadamente e proceder a leitura
o Teste + para aglutinação no tubo D – terminar o teste
o Teste – para aglutinação no tubo D- continuar o teste
• Lavar as hemácias com sol fisiológica por 3 vx à 3.500 rpm
por 15’’.
• Adicionar duas gotas do soro de Coombs a cada um dos
tubos e homogeneizar.
• Centrifugar e proceder a leitura.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIASoro de coombs
• Anticorpo anti-imunoglobulina humana monoespecífico
o Anti-gama: anti-IgG
• Dirigidos contra imunoglobulinas humanas
• Preparado a partir de soro de coelhos e/ou cabras
imunizados à fração IgG (gamaglobulina) do soro humano.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIAIdentificação de ac. irregulares
• Identificação de ac irregulares realizado através do teste
de Coombs, que pode ser:
o Coombs direto ou TAD: pesquisa de anticorpos fixos a
membrana eritrocitária.
Ex: DHRN, anemias autoimunes, transfusões
incompatíveis.
o Coombs indireto ou TAI: detecta a presença de
anticorpos livres no soro.
Ex: sensibilização materna por gravidez e prova cruzada
de transfusão e doação de orgãos
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIACoombs direto (TCD)
• Coleta com Edta – lavar as hemácias.
• Realizar suspensão de hemácias a 5%.
• Pingar em um tubo 2 gotas da suspensão.
• Lavar mais uma vez, decantando o sobrenadante.
• Adicionar 2 gotas de soro de Coombs e homogeneizar.
• Centrifugar por 15’’ a 3.400 rpm.
• Proceder a leitura.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIACoombs direto (TCD) - Interpretação
• Resultado negativo: ausência de aglutinação.
o As hemácias não estão sensibilizadas.
• Resultado positivo: presença de aglutinação
o As hemácias estão sensibilizadas com anticorpos.
o Para identificação do ac, realizar eluição.
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIACoombs direto (TCD)
Fonte: http://www.profbio.com.br/aulas/hemato2_07.pdf acesso 13/03/2015
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIACoombs Indireto
• Pesquisa de anticorpos irregulares livres no plasma
• Técnica:
1. Preparar uma suspensão salina a 5% de hemácias
conhecidas quanto ao antígeno e cujo anticorpo
correspondente se deseja detectar
2. Colocar 2 gotas da suspensão em um tubo e lavar 3x com
solução salina.
3. Adicionar 2 gota do soro a ser detectado
4. Misturar e incubar em banho a 37º
5. Lavar 3x com solução salina e adicionar 2 gotas de soro de
Coombs. Proceder a leitura
Coombs Indireto
Fonte: http://adamogama.blogspot.com.br/2011/05/teste-de-coombs-indireto.html acesso 13/03/2015
TESTES LABORATORIAIS DA IMUNOHEMATOLOGIAProva Cruzada
• Utilizada para transfusões sanguíneas ou transplante de órgãos
• Finalidade de determinar a presença de anticorpos pré-
formados no sangue do receptor contra as células do possível
doador
• Homogeneizar e submeter os tubos ao teste de Coombs indireto
• Verificar a presença ou não de aglutinação
FORÇA NA PERUCA!!!!!!!BONS ESTUDOS!!!!