material para estudo - blog | professor marcos ota · não há dúvidas de que as histórias de...
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Língua Portuguesa e Literatura
Material de Estudo
Professor Marcos Ota
Desejar que tudo se torne possível, dependerá de você reconhecer que é capaz.
Acredite sempre, tu és o dono dos teus sonhos! Ota
[email protected] | marcosota.wordpress.com
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A reportagem que você vai ler a seguir, fala do fenômeno que foi Harry Potter no ano de 2001. A lgumas pessoas
acham que o menino bruxo é prejudicial à formação das crianças. E você? O que pensa sobre isto?
BRUXO OU DEMÔNIO?
Católicos e protestantes acusam Harry Potter de iniciar crianças na magia negra
Ele não tem voz cavernosa, mãos em forma de garras nem pés
virados para trás. Não recebe sacrifícios com sangue de virgens nem
surge de repente em meio a um pentagrama de fogo. É um menino alvo,
de cabelos pretos, olhos azuis vivos e óculos de aros redondos, que lhe
conferem certo ar intelectual. A cicatriz em forma de raio estampada na
testa, no entanto, dá a pista. Harry Potter, o menino bruxo criado em
ficção pela escritora inglesa J. K. Rowling, teria parentesco com o tranca-
porta, o coisa-ruim, o asmodeu. Ou seja, com o Diabo. Há quem acredite nisso – e o grupo se torna maior a
cada dia. Nos últimos meses, vários pastores protestantes e padres católicos têm-se dedicado a alertar os fiéis
para o que julgam uma iniciação à bruxaria e ao satanismo.
“Literatura como a de Harry Potter tem um nível superficial de satanismo. Mas é uma porta de entrada
para os níveis superiores”, diz Samuel Fernandes Costa, escritor evangélico que lançou há duas semanas o
livro Harry Potter – Enfeitiçando uma Cultura. A obra, de 80 páginas, divide com outros dois títulos o papel
de lenha na fogueira na qual vêm ardendo o personagem e suas aventuras na fictícia escola de bruxos
Hogwarts. Em Brasília, durante a sessão de estréia do filme Harry Potter e a Pedra Filosofal, 20
representantes da igreja Comunidade Cristã Vida Abundante encenaram um protesto contra a fita, que segundo
eles incentiva a magia negra. E nas fileiras católicas também há preocupação com a influência nefasta do
personagem. “As obras podem desencadear um processo de adesão à prática da bruxaria”, diz Reinaldo
Bezerra dos Reis, presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica. “Essa literatura não
faz bem às crianças”, ecoa o padre Antonello Cadeddu, também do conselho.
Descobrir se o pequeno Potter tem parte com belzebu foi a discussão central em duas revistas
religiosas de orientações diferentes. A Eclésia, dirigida aos evangélicos, disse que “por trás da aparência frágil
do garotinho há uma séria ameaça à fé cristã”. A Catolicismo, editada pela ultraconservadora Tradição,
Família e Propriedade (TFP), viu nos livros e no filme “uma preparação das almas e das mentes para abrir-se a
um mundo de horror e trevas, que configura o reino do demônio”. Argumentos para defender a tese são
alinhados aos montes. O escritor Samuel Costa diz que a série de J. K. Rowling ”é um manual de bruxaria
camuflado”, o que ficaria mais evidente a cada volume, principalmente em Harry Potter e o Cálice de Fogo, o
quarto da série. “Uma inocente partida de quadribol (futebol a bordo de vassouras voadoras) vira ocultismo da
pesada, com maus agouros e conjuros no cemitério”, diz. Ele se refere à cena da reencarnação de lorde
Voldemort, o inimigo de Harry, responsável pela morte dos pais do personagem. Ali, o garoto é amarrado na
lápide de um cemitério, onde é preparada uma poção com seu sangue, um osso do cadáver do pai de
Voldemort e a carne do escravo Rabicho, que sacrificou a própria mão para dar nova vida a seu senhor. “É
feitiçaria da braba”, enfatiza Costa.
Não há dúvidas de que as histórias de Harry Potter têm inspiração em cultos e rituais mágicos – até
porque isso está no centro de todo o enredo, que se passa numa escola de bruxos. Mesmo para a maioria da
comunidade religiosa, a idéia de mandar o garoto bruxo para a fogueira parece um tanto exagerada. O pastor
presbiteriano Marco Sant’Anna, envolvido na tradução para o português do livro Uma Análise Criteriosa da
Série Harry Potter, do inglês John Houghton, pondera: “É uma literatura de bom nível. Se vivemos em um
mundo que exalta o misticismo, sinceramente, não dá para fugir desse assunto”. Para a maior parte dos
educadores, Potter não parece uma ameaça. “Achar que ele possa ser maléfico para as crianças é subestimar
demais o senso crítico e estético delas. O mundo da fantasia é sempre benéfico. Elas precisam do Lobo Mau,
da Bruxa da Floresta”, diz a terapeuta Lucia Rosenberg. Para ela, imaginar que os leitores vão aderir à magia
negra é como temer que as crianças pulem da janela depois de ler um gibi do Super-Homem.
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ÉPOCA 24 de dezembro, 2001
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO ( RESPONDA NO SEU CADERNO)
01-Responda, de acordo com a reportagem:
a) O que pensam os protestantes e comunidade católica sobre o personagem Harry Potter? b) Na opinião dos protestantes e católicos, o personagem pode criar influências negativas às crianças. Que
influências são essas?
02-Que argumentos as revistas “Eclésia” e “Catolicismo” usam para defender a tese de que o livro “Harry
Potter” é prejudicial às crianças?
03.O pastor presbiteriano Marco Sant’Anna e a terapeuta Lúcia Rosenberg pensam diferente dos católicos e
protestantes.
a) Que argumentos eles usam para defender o livro? b) Que comparação a terapeuta faz da influência de Harry Potter com a influência do Super-Homem?
04. O que você pensa sobre a opinião dos católicos e protestantes? Por quê?
05- Você acha que livros e filmes podem influenciar as crianças? Justifique sua resposta.
06. Escreva 5 argumentos contra ou a favor dos livros de Harry Potter.
EXERCÍCIOS DE CONCORDÂNCIA
Corrija os erros de concordância nas frases seguintes:
01. Apenas nos dias de chuva, forma-se pequenas
poças d'água...
02. ... deveriam haver divisões apropriadas...
03. Os serviços prestados à praça não a melhor.
04. Existe certas partes com recapeamento muito
fraco.
05. As obras de recapeamento asfáltico realizada pela
secretaria ...
06. Veja as obras efetuada no pátio.
07. Foi aplicada, em primeiro lugar, algumas camadas
de piche.
08. Já haviam serviços que foram aproveitados depois.
09. Deveria ser feito uma remoção do material existente.
10. Não se nota fissuras no piso.
11. Quanto aos serviços prestados, foi mal feito.
12. Nota-se pelotas de piche.
3
13. Se fossem usada uma quantidade maior de
pedras...
14. Estes jardins estão acima do nível do asfalto,
protegido por grades.
15. ...faltando com as regras técnicas de asfalto, que
serão mais altos.
16. Estas obras de pavimentação executados no pátio
visou a melhorar o aspecto.
17. Já podia ser facilmente observados numerosos
declives.
18. ... e observou-se os seguintes problemas:...
19. Não foi feito uma preparação do piso.
20. É necessário que se tape os buracos existentes.
21. Foi observado algumas depressões.
22. Os declives ao longo do campo asfaltado formava poças.
23. Foi tomada as devidas providências.
24. Foi feito uma fiscalização no local.
25. Está faltando cinco metros quadrados.
26. Foi feito por mim uma vistoria.
27. A firma empreiteira cumpriu rigorosamente as
exigências feita pelo órgão público.
28. O conserto dos pisos realizados no asfalto da praça
29. Para que houvessem mais melhorias, existiam
esses planos.
30. Sendo observadas um grande número de poças d'
água.
31. É necessário que se use os instrumentos auxiliares.
32. Faz parte do mecanismo os seguintes acessórios.
33. O conjunto mesa, tripé e roldanas são feitos de
alumínio.
34. Porta de entrada dividido em duas folhas, fabricado
em madeira.
2- Um clube convidou seus associados para uma festa,
publicando em um de seus boletins informativos o
seguinte texto:
O Departamento Social programou para o dia 30 de outubro a maior festa do chope que o Clube
já realizou. Comidas típicas alemãs e muito chope distribuídos gratuitamente, a noite toda.
Um rapaz, sócio do clube, foi à festa sem
jantar e sem levar dinheiro. Lá chegando, constatou, surpreso, que o chope era grátis, mas a comida era paga.
Pergunta-se: o rapaz leu erradamente o
convite, ou foi o clube que o redigiu mal? Explique sua
resposta.
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Dicas de Português
Quando usar "bastantes" na construção do texto.
Estranho não é? "Bastantes", parece que não existe, pois quase ninguém utiliza. Você provavelmente
nunca falou "bastantes" quando conversa com os amigos, porém, na hora de escrever "são outros
quinhentos", a linguagem culta obriga ao uso da regra, por isso olho vivo "valeu"?
A "regrinha" é bem simples, se na hora de escrever houver dúvida, basta trocar bastante por muito, se der plural e muito virar "muitos" então passe bastante para o plural também.
Veja exemplos:
Frase - O Marcelo corre bastante com seu carro.
regra - O Marcelo corre muito com seu carro.
Neste caso, muito não foi para o plural, portanto, bastante também não vai.
Frase - Vovó sempre compra bastantes balas para seus netos.
Regra - Vovó sempre compra muitas balas para seus netos.
Neste caso a vovó compra muitas balas, portanto bastante deve ir para o plural na construção da frase
utilizando a norma culta. Fácil não é?
Quando usar "Eu ou Mim" na construção do texto.
Existe uma hora, ao montar uma frase em primeira pessoa, em que bate aquela dúvida... "como é que eu
monto essa frase?"..."o que devo usar?"
Nunca esqueça a regra básica, "Mim" nunca pode ser usado para produzir uma ação, portanto siga os
exemplos abaixo:
Veja exemplos:
Frase 1 - Traga o livro para mim. (sem ação)
Frase 2 - Traga o livro para eu ler. (com ação)
Frase 3 - Luiz entregou a bola para mim. (sem ação)
Frase 4 - Luiz entregou a bola para eu marcar o gol. (com ação)
Portanto, antes de verbo nunca podemos usar o pronome "mim"
Lembre-se: Nós nunca dizemos "Mim faz", sempre dizemos "Eu faço..." porque fazer é praticar qualquer ação, então,
se tiver que ser praticada uma ação ao escrever uma frase em primeira pessoa lembre-se disso e use "Eu" .
5
O USO DOS PORQUÊS!
Sabe aquela hora em que você está escrevendo e de repente pára porque encontrou uma palavra que
causou dúvida, pois é, essa é uma delas, também pudera, existem cinco formas de utilizar o porque, é de dar nó
na "cuca" de qualquer um, mas "fique frio", depois de ler esse texto os seus problemas chagarão ao fim. Então
vamos lá.
Vamos ver quais são as cinco maneiras de usar os "benditos" porquês.
→ Quais são os tipos?
por que - no início de frase interrogativa.
por quê - no final de frase interrogativa.
por que - significando "pelo qual".
porque - significando "pois".
porquê - precedido de artigo.
→ No início de uma frase interrogativa sempre usamos por que, (separado e sem acento), veja exemplos:
Ex.: 1 - Por que você não foi à escola ontem?
Ex.: 2 - Por que a Língua Portuguesa é tão difícil?
,
→ No final de frase interrogativa sempre usamos por quê, (separado e com acento), veja abaixo:
Ex.: 1 - Você não foi à escola ontem, por quê?
Ex.: 2 - A Língua Portuguesa é tão difícil, por quê?
→ No meio das frases, há duas maneiras de utilizar porque como nos casos exemplificados abaixo:
.
Primeiro caso - porque (tudo junto e sem acento) quando puder ser trocado por pois, veja exemplos:
Ex.: 1 - Não fui à escola ontem porque estava gripado.
ou - Não fui à escola ontem, pois estava gripado.
Ex.: 2 - A Língua Portuguesa é difícil porque possui várias regras.
ou - A Língua Portuguesa é difícil, pois possui várias regras.
Segundo caso - por que (separado e sem acento) quando puder ser substituído por, pelo qual, veja exemplos:
Ex.: 1 - Quero saber o motivo por que você não foi à escola ontem.
ou - Quero saber o motivo pelo qual você não foi à escola ontem.
Ex.: 2 - Gostaria de saber a razão por que a Língua Portuguesa é tão difícil.
ou - Gostaria de saber a razão pela qual a Língua Portuguesa é tão difícil.
memorize:
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porque junto,(uma única palavra) = pois (uma única palavra)
por que separado, (duas palavras) = pelo qual (duas palavras)
→ porquê, (tudo junto e com acento), usado sempre que for precedido de artigo (o, a, os, as, etc.), veja exemplos:
Ex.: 1 - Não sei o porquê da sua falta à escola ontem.
Ex.: 2 - Não entendo o porquê das dificuldades da Língua Portuguesa.
EXERCÍCIOS
Correção de Vícios
Complete as lacunas escolhendo uma das opções entre parênteses.
a) Traga as lições para .......... fazer. (eu / mim)
b) O professor entregou as provas para ......... (eu / mim)
c) Sua apresentação não teve um .................... (senão / se não)
d) Irei a São Paulo ................ chover. (senão / se não)
e) Pedro estuda .............. do que você. (mais / mas)
f) Maria estuda ............... não trabalha ( mais / mas)
g) Conversávamos ................... de futebol. (acerca / há cerca)
h) ......................... de trinta alunos nesta classe. (acerca / há cerca)
i) Todos os soldados ficaram .........o controle do general. (sob / sobre)
j) Os alunos colocaram seus cadernos ................... a carteira para poder escrever. (sob / sobre)
Correção de Vícios - 02
Complete as lacunas escolhendo uma das opções entre parênteses.
a) Se o seu irmão já ................ é porque ................ um milagre, ele era surdo (ouve / houve)
b) Aquela minha vizinha fala ................... (demais / de mais)
c) Não há nada .................... em sair mais cedo. (demais / de mais)
d) Eu fico num andar ................... do seu. (abaixo / a baixo)
e) Aquele rapaz olhou-me de alto .................... (abaixo / a baixo)
f) Paulo ........... foi apresentado ao chefe e já demonstrou ser .......... profissional. (mal / mau)
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g) Se Fernando é o bonzinho da novela, quem é o ..........? (mal / mau)
h) Os ............. serão castigados. (maus / males)
i) Há .............. que vêm para o bem. (maus / males)
j) Você viajou, .................? (porquê / por quê)
l) Não sei o motivo .................... você viajou. (porque / por que)
m) Paulo viajou .................... foi transferido. (porque / por que)
n) Você sempre sabe o .................. de tudo. (porque / porquê)
o) Então me diga: ....................... você viajou? (por que / porque)
Trabalhando com os "Porquês"
Complete as lacunas escolhendo uma das opções entre parênteses.
a) Não sei o ................... da sua preocupação. (porque / porquê)
b) ...................... você faltou à aula ontem? (porque / por que)
c) Você faltou à aula ontem, ...................? (por que / por quê)
d) Explique ................... eu não consigo aprender. (porque / por que)
e) Se você me disser o ................... eu tenho que acordar cedo amanhã e eu conseguir entender o motivo
.................... devo obedecer, talvez eu levante, porém se eu não achar correto, vou levantar cedo,
......................? (por que / por quê / porquê / porque)
f) Ele queria falar com você ................. queria dar um recado. (por que / porque)
g) ...................... a língua portuguesa é tão difícil? (por que / por quê)
h) A língua portuguesa é tão difícil, ......................? (por que / por quê)
i) A língua portuguesa é difícil ............... tem muitas regras. (porque / porquê)
j)Não entendo o ................ de tudo isso. (porque / porquê)
l) Você viajou, .................? (porquê / por quê)
m) Não sei o motivo .................... você viajou. (porque / por que)
n) Paulo viajou .................... foi transferido. (porque / por que)
o) Você sempre sabe o .................. de tudo. (porque / porquê)
p) Então me diga: ....................... você viajou? (por que / porque)
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Escreva uma frase utilizando os cinco tipos de "porquê".
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Verbo ( tempo)
Flexione os verbos entre parênteses no presente do indicativo.
1) Nem o frio, nem a chuva ................................................. a realização do espetáculo. (impedir)
2) Mauro, como seu irmão, ........................................... essa escola (freqüentar)
3) Honra ou riqueza não ................................................. seu jeito de viver. (mudar)
4) Mãe e filha ................................................ conversar com o diretor (vêm)
5) Fome, sede, dores, nada o ............................................... abandonar a expedição. (fazer)
6) Cada um dos alunos ........................................................ fazer essa pesquisa. (dever)
7) o) A maior parte dos acidentes de trânsito ............................... pela imprudência dos envolvidos. (ser provocado)
8) Cerca de dez mil pessoas .........................................das manifestações contra a corrupção. (participar).
9) Mais de um sonhador ................................... seu dinheiro em loterias. (gastar)
10) Quantos de vós ........................... conhecimento do fato e .......................... calar-se? (ter / preferir)
11) Alguns de nós ................................ merecedores dos privilégios de que ................................ (ser/ gozar)
12) Alagoas ................................ praias belíssimas. (ter)
13) Algum de nós ............................................ participar dessa negociata? (aceitar)
14) 60% dos inscritos jamais .................................................. de um concurso (haver participado)
15) 29% da verba ............................................. nos labirintos da burocracia. (desaparecer)
16) Fui eu quem ................................. aquelas prateleiras. (montar)
17) Qual de nós ...................................... fazer isso? (poder)
18) Andradas .................................... no sul de Minas ( ficar)
19) 1% dos entrevistados ..................................................... seu voto. (negar-se a declarar)
20) 10% do dinheiro necessário .......................................... doado por mim. (ser)
21) Os sertões ............................................... jornalismo, história e literatura. (reunir)
22) Somos sempre nós que ............................................... cedo (acordar)
23) Não fui eu quem .................................................isso. (falar)
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Gramática
Tempo verbal
1 – O texto seguinte está escrito na 3º pessoa. Reescreva-o na 1º pessoa. Para isso, o narrador deve participar dos
fatos. ( no caderno)
O rapaz varou a noite inteira conversando com seus amigos pela Internet. Seu pai quando acordou às 6 horas,
percebeu a porta do escritório fechada e a luz acesa. O rapaz ainda estava no computador e não havi a ido dormir. Sem
que ele percebesse, o pai trancou a porta por fora. De longe ouviu os gritos do filho pedindo para abrirem a porta.
2 – O texto seguinte está escrito na 1º pessoa. Reescreva-o na 3º pessoa. Nesse caso, o narrador não participará dos
fatos.
Nos fundos da minha casa havia um riozinho. Meu pai costumava improvisar um barco feito com uma bóia de
câmara de ar com uma bacia de alumínio dentro, no qual me colocava junto com meus amigos para passear pelas
águas mansas do riacho. De vez em quando, nós fazíamos piquenique no areião e ficávamos horas nos divertindo à
beira do Jaú.
CRASE
1)Faça a correspondência entre o uso do acento grave e a regra que justifica esse emprego.
( 1 ) Há muitas crianças às quais dedicamos o nosso amor. ( 2 ) Vire à esquerda e depois à direita.
( 3 ) Estávamos à espera de uma nova chamada.
( 4) Dirigiu-se à casa do pai.
( 5 ) Só voltará às duas horas.
( 6 ) Ofereci à Madalena o meu melhor quadro.
( 7 ) Gostamos muito de arroz à grega.
( 8 ) Demos muitas oportunidades àquele aluno.
a ( ) Pronome que pode ser substituído por a este. b ( ) Pronome que pode ser substituído por aos quais. c ( ) Antes de numeral indicando horas. d ( ) Locução com palavras femininas. e ( ) Nome feminino de pessoa. f ( ) A palavra casa vem determinada. g ( ) Subtendida a expressão à moda de . h ( ) Locução com palavra feminina.
2) Justifique o emprego ou não da crase nas frases a seguir:
a) Não assisto a novelas de terror. b) João caminhava sozinho , a pé , pela avenida.
10
c) Tomou remédio gota a gota. d) Regressou a Salvador e dirigiu-se à casa dos pais. e) Começou a falar a respeito dos estudos realizados. f) Às oito horas da noite terminavam de jantar. g) O jovem aluno pintava à Pablo Picasso. h) Voltou a si e tornou a casa. i) Ficaram os dois sozinhos, frente a frente. j) Comia bifes à milanesa. 3) Complete com a , à , às ou as.
a) Vem-me ......... imaginação sonhos dementes. b) Vem assistir ........ silenciosa floração. c) Você já aprendeu ....... ver ........ horas? d) Dona Araci não chegou ....... apurar quem era o morto. e) Quero sentar-me ........ beira do rio. f) Fui ........ uma festa. g) Quanto ......árvores , algumas datam de quinze anos. h) Pôs-se ........ elogiar o aluno durante .... aula. i) Estacionaram ......... porta. j) Ele mesmo fora ........ casa buscar os livros. k) Nunca contei ......... ninguém nosso segredo. l) Fiquei cara ...... cara com o inimigo . m) Concedemos ........Isabel a licença que ela queria.
4)Use,quando necessário,o acento grave e escreva dentro dos parênteses Sim (S) no caso do a ser craseado ou Não(N)
no caso do a não ser craseado.
a( )O funcionário veio a chamado do diretor.
b( )De 1970 a 1975 estiveram por conta do governo.
c( )Dei a ela todo o dinheiro disponível .
d( )O professor foi a casa.
e( ) Prestou significativas homenagens a Caxias.
f( ) Remeto,anexo, a V.Exa. o relatório dos fatos.
g( ) A folha 57 verifica-se que o termo é outro.
h( ) O diretor do DETRAN foi,ontem, a Petrópolis.
i( ) A namorada estava em frente a janela.
j( )São válidas as emendas a caneta.
l( )As questões foram distribuídas as candidatas inscritas.
m( )O anteprojeto foi enviado a Câmara.
n( )Agrediram o sargento a tiro.
o( )Foi feito o pagamento a vista.
11
p( )Maria chegou a hora certa.
q( )Comprei um motor a gasolina.
r( )Élton tinha um romance a publicar.
s( )A procissão foi para a igreja.
t( ) A família foi aquele sítio.
TREINO DE REESCRITA
1)Reescreva as frases, resolvendo os problemas que elas apresentam: a)Essa dor é muito dolorosa, mas vamos superar isso, porque a nossa força não é fraca, a nossa força é f orte. b)Ele quer que eu vejo o filme, porque insiste que se eu ver o filme , vou gostar. c)Vendedor aluga imóvel ocupado . d)Os alunos reclamaram que a Universidade exige a leitura de um livro que entrará no exame inexistente no Brasil. e)Por favor, aproximem-se um pouco para lá; separem-se juntos em um grupo.E não se juntem muito em grupos pequenos. f)O jogador nunca passou por outra cirurgia do joelho em nenhuma outra parte do corpo. g)Existem várias campanhas contra doenças onde suas verbas são desviadas para outras coisas, que é de inútil interesse para a população. h)AIDS mata. Então, não esqueça: seringa descartável e camisinha na relação sexual. i)O piloto deixa o circuito irritado. 2) Substitua o verbo ter por outro de sentido mais específico, fazendo as adaptações neces- sárias. a)Tenho dez minutos para almoçar.
b)Meu avô tem um sítio em MG.
c)Ontem à tarde, tinha um sujeito se afogando na lagoa.
d)O que ele tem?
e)Tenha a gentileza de entrar.
f)Espero que tenhamos boas férias.
g)Os turistas tiveram momentos de angústia.
h)O jogo teve poucos assistentes.
i)O porteiro tinha asma desde criança.
j)Cada pacote tinha apenas dez livros.
3)Alguns verbos por serem extremamente funcionais, acabam sendo repetidos várias vezes
12
no texto. Reescreva as frases evitando as repetições. a)Era necessário dar uma solução.
b)Os jornais deram a notícia.
c)A reforma agrária não é apenas um problema do governo.
d)O problema fundiário é a distribuição das propriedades.
e)Apesar disso, tinha um problema.
f)Tinha dito que o salário deveria aumentar.
g)Tinha de encontrar uma solução.
h)Todo trabalhador tem o direito a ter suas horas de lazer.
Conteúdo – Modalidade de Revisão
CLASSES DE PALAVRAS
INICIAL
- Opa! E agora, o que é isso?
Fique "frio(a)" que essa você vai tirar de letra, quer ver?
Todos nós conhecemos a língua portuguesa; falamos em língua portuguesa, escrevemos em língua portuguesa,
pensamos em língua portuguesa, não é mesmo?
Então, usamos todos os dias as palavras variáveis e invariáveis, o único problema é que usamos as palavras todas de
uma vez, unidas, formando frases para poder comunicar algo e nem reparamos se elas são variáveis ou invariáveis,
nossa intenção é comunicar.
Porém, quando estudamos a Língua Portuguesa podemos reparar esse detalhe, pois, aprendemos a conhecer palavra
por palavra para compreender a formação estrutural da linguagem.
Por isso, aqui vamos nós estudar as classes das palavras.
.............................................................................................................
PALAVRAS VARIÁVEIS
Palavras variáveis são as que, conforme o próprio nome indica, aceitam ser flexionadas, aceitam modificação sem
perder o sentido.
- Perdoem-me a redundância mas, só para ficar mais fácil lembrar...... As variáveis, variam.
Como assim, variam? - você pergunta .
-Eu respondo - Aceitam flexionar, aceitam modificação de tempo, aceitam aumentativo, diminutivo, plural, etc.
Veja como é fácil. Se deparamos com uma palavra e queremos saber se ela é variável ou não, basta tentar flexionar
sua formação, coloque-a no diminutivo, mude seu tempo para o passado (Pretérito) ou futuro, passe -a para o plural,
etc. e se ela aceitar, então é variável. Ela pode sofrer modificação.
13
Veja um exemplo prático, repare na palavra:
PROTESTO - eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural e obterei a palavra (protestos), ou coloco-a no
tempo passado e tenho (protestou). Quando isso é possível, dizemos que a palavra é da família das VARIÁVEIS, ela
aceita flexionar sua formação.
Temos aqui, SEIS classes que são do grupo das variáveis:
1- Substantivo - Palavra que dá nome aos seres em geral.
Casa, sapato, carro, mesa...
Casarão,casebre, sapatos, sapatinho, carros, carrinho, mesas..
-Os substantivos aceitam flexão, portanto são variáveis.-
2- Artigo - Palavra que acompanha o substantivo determinando-o:
Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa
umas casas, o sapato, os carros, umas mesas...
Os artigos podem sofrer modificação e são usados no plural ou singular, portanto, também pertencem ao grupo das
variáveis.
3- Adjetivo - palavra que expressa a qualidade ou característica do substantivo:
Casa bonita, sapato grande, carro novo, mesa pequena...
casas bonitas, sapatos grandes, carros novos, mesas pequenas...
*Atenção com os numerais.
4- Numeral - palavra que quando flexionada pode indicar:
quantidade: Aqui trabalham três ajudantes.
ordem: Passei na USP em terceiro lugar.
múltiplo: Aquela casa tem o triplo do tamanho da minha.
fração: Um terço dos deputados votou contra o projeto.
5- Pronome - Palavra que acompanha ou substitui o substantivo, para indicar a pessoa do discurso:
Nossa casa, meu sapato, o carro dele, sua mesa...
Nossas casas, meus sapatos, o carro deles, suas mesas...
6- Verbo - Palavra que indica ação:
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IR: irei, irá, iria, etc...
CASAR: casarei, casaremos, casarão
GOSTAR: gostou, gostei, gostará, gostaria, etc...
PALAVRAS INVARIÁVEIS
É claro que você já matou a "charada". Se as palavras variáveis são aquelas que podem ser flexionadas, então, as
invariáveis são as que não aceitam nenhuma forma de variação.
Veja esse exemplo de palavra do grupo invariável.
Tentaremos flexionar a palavra: QUANDO
Eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural? obtendo a palavra (quandos)?. ISSO NÃO EXISTE. Transporta-
la para o tempo passado(quandou)? Para o futuro(quandará)? Para o diminutivo(quandinho)?
Aumentativo(quandão)? Nãããooo. Se é impossível flexionar, dizemos que a palavra é da família das INVARIÁVEIS, ela
NÃO aceita flexionar sua formação.
Portanto veja e grave o grupo das invariáveis.
1- Advérbio - Palavra que modifica o sentido:
Do verbo: Suas palavras nos sensibilizaram profundamente.
Do Adjetivo: Ela estava maravilhosamente bela.
Do próprio advérbio: Você sabe muito bem minha opinião.
2- Preposição - Palavra que liga dois termos entre si:
Falou sobre suas viagens.
Lutarei contra todos.
3- Conjunção - palavra que liga:
Termos: Brigavam como cão e gato.
Orações: Vibramos com a divulgação do resultado.
4- Interjeição - palavra que exprime sentimento ou emoção:
Oba! Hoje é feriado nacional!
*Lembre-se disso:
Preposição, interjeição, conjunção e advérbio pertencem a classe das palavras invariáveis, pois, não podem sofrer
flexão alguma.
15
ENCONTRE NA FRASE E ESCREVA NA CRUZADINHA A CLASSE DE PALAVRA QUE SE PEDE:
1) Perto da janela havia um pequeno jardim. (adjetivo)
2) Era criança. porém já trabalhava. (conjunção)
3) Quem não gosta de flores? (substantivo)
4) Ele mora neste lugar? (substantivo)
5) Não tenha ilusão. (substantivo)
6) Duas borboletas brancas pousaram no jardim. (adjetivo)
7) Aquela flor cresce à beira dos riachos. (pronome demonstrativo)
8) Nos dias límpidos não houve nuvens. (adjetivo)
9) Como empregar o tempo em nossa breve existência? (adjetivo)
10) Vocês vão para a escola? ( substantivo)
11) O amor está acima de tudo. (verbo)
12) No céu brilhava a lua. (verbo)
13) é preciso observar para poder entender. (preposição)
14) É preciso aprender a olhar para poder vê-los assim. (advérbio)
15) Não entenderia a história. (verbo)
16) Eu me sinto completamente feliz. (advérbio)
17) Finalmente, é preciso aprender a olhar. (advérbio)
18) Para ver é preciso abrir os olhos. (artigo)
19) Outros dizem que é preciso aprender a olhar. (pronome)
20) O senhor compreendeu a história? ( pronome tratamento)
21) Minha janela se abria para a praça. (verbo)
22) A criança sorriu de contenta,mento. (verbo)
23) Meus filhos me deixam feliz. (adjetivo)
24) Escrever é uma atividade maravilhosa. (adjetivo)
25) Minha família vivia feliz. (pronome)
26) No telhado costumava pousar um pombo branco. (adjetivo)
27) Regamos o jardim, mas as plantas continuaram feias. (conjunção)
28) Tomava conta de dez crianças. (numeral)
29) Eu moro longe. (advérbio)
30) Levou flores para a namorada. (preposição)
31) Era uma época de seca (artigo)
32) Tomei umas gotas de remédio. (preposição)
33) Nós precisamos observar mais as pequenas coisas. (pronome)
34) Escrevia livros numa linguagem difícil. (adjetivo)
35) Descansava sob uma árvore copada. ( substantivo)
16
17
PRONOMES
Complete com eu ou mim:
a) Vocês estão falando de ................. ?
b) Este dinheiro é para ............ gastar?
c) Quando ......... for embora, será que vão lembrar de .......... ?
d) Para ........... falar com você , vire-se para .............. .
e) A professora pediu para .............. ir buscar giz .
f) A professora gosta de .................. .
g) Meu pai emprestou o carro para ............. dirigir .
h) Meu pai emprestou o carro para ............... .
Complete com pronome oblíquo adequado.
a) Eu ............. esqueci de você .
b) Não sei o que houve.Eles sempre ............... entenderam bem.
c) Nós ........... sentimos culpados de tudo.
d) “Tu ......... tornas responsável por tudo aquilo que cativas.”
e) Vós sempre .......... queixastes de tudo.
f) Ela ......... lembra de você .
g) Perdão , eu sai de ............... , mas logo recuperei a calma.
h) Ela entrou em coma , felizmente voltou a ............ .
Substitua as palavras sublinhadas por pronomes oblíquos.
a) Vi as duas no baile .
b) Encontrei os dois na praça .
c) Examinei o doente.
d) Vou comprar a casa .
e) Vou vender aquele animal.
f) Mamãe vai partir o bolo.
g) Vou por os pratos na mesa.
h) Vou guardar o carro na garagem .
i) Ficou a olhar os dois em silêncio.
j) Você vai ver a Maria hoje ?
k) Vou descobrir o motivo .
l) Vou contar ao senhor tudo o que vi.
m) Dei um bonito presente para meu amigo.
n) Quero dar a você muitas flores.
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Redação
A LINGUAGEM DISSERTATIVA
DISSERTAÇÃO
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO.
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o
ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira
convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só acontece
quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem
ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais
importante de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de
vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto,
alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher lingüiça"): que a
dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O texto impessoal soa
como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e organizadas de
maneira LÓGICA:
a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das
CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira
introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES
ARGUMENTATIVOS.
b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: INTRODUÇÃO,
DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.
A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e conceituar é
GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos outros seres da sua
espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE
VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir
esses passos:
1. Transforme o tema numa pergunta;
2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA);
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO).
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os ARGUMENTOS
AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos publicamente).
19
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente ( se
possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA inicial se mostre irrefutável, ou
seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda bem o tema; 2. Reflita a
respeito dele;3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização textual ( o
"esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos
que a dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do texto.
O texto dissertativo, além de demonstrar nosso ponto de vista sobre um determinado assunto,
serve para expormos um problema, mostrando os fatores que desencadeiam esse problema, quais são as
conseqüências decorrentes dele e de que maneira é possível resolvê-lo.
Sendo assim, antes de escrevermos , é muito útil fazermos um levantamento das causas,
conseqüências e soluções para o problema sobre o qual dissertaremos. Vamos conhecer mais uma
estratégia que pode ser utilizada nesse levantamento.
1. Antes de mais nada , é preciso escolhermos o tema sobre o qual escreveremos. Como, por exemplo, vamos eleger o tema desemprego.
2. Definido o tema, faça uma lista das palavras-chaves relacionadas a ele. É possível fazer isso a partir de uma técnica chamada brainstorm ou “tempestade cerebral”. Ela consiste em reunir todas as idéias que forem surgindo relacionadas ao assunto em questão . Sobre o desemprego, poderíamos levantar as seguintes idéias :
crise econômica - estresse, depressão – problemas sociais – recessão – crise familiar
pessoas desmotivadas – qualidade de vida – movimentos emigratórios - subemprego
3. Faça um esquema, levantando as causas e as conseqüências do problema, bem como as possíveis soluções. Veja o exemplo:
Causas do desemprego
Crescimento populacional maior que crescimento econômico;
Crise econômica interna não atrai os investidores de capital estrangeiro;
Progresso industrial crescente: máquinas substituem mão-de-obra humana;
Má distribuição dos recursos econômicos ;
Exploração ineficiente dos recursos naturais do país ;
Ausência de alternativas de trabalho;
Crise econômica mundial
Conseqüências do desemprego
Lesão dos direitos humanos;
Queda da qualidade de vida da população;
Aumento do subemprego;
Aumento da pobreza da população;
Crescimento da criminalidade;
Famílias desestruturadas;
Aumento de doenças como infarto, estresse e depressão;
Jovens deixam os estudos para procurar trabalho e assim ajudar na renda familiar.
Soluções para o desemprego
O governo precisa lançar um plano econômico que viabilize a criação de empregos.
É preciso que haja um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis do país como o turismo, a agricultura, a piscicultura.
A criação de cooperativas de trabalho poderia ser uma boa alternativa para contornar a crise.
20
Já com as idéias listadas, o próximo passo é elaborar a idéia central.
O mundo mudou. A vida mudou. E com essas mudanças, surge um dos maiores flagelos da
sociedade moderna: o desemprego.
Pronta a idéia central, é só desenvolvê-la , escrevendo o 1º parágrafo, seguido dos demais. Para isso, as
idéias levantadas serão úteis. Não é necessário, porém, utilizar todas essas idéias. Elas devem ser
empregadas de acordo com o desenvolvimento do texto. Veja uma possibilidade de construção do texto, a
partir dessas idéias .
O desemprego
O mundo mudou. A vida mudou. E com essas mudanças, surge um dos maiores flagelos da
sociedade moderna: o desemprego. Diante de uma sociedade em transformação, empregos que antes
existiam , hoje estão extintos ou quase extintos em função de um novo modelo de sociedade de consumo.
Nas duas últimas décadas, tivemos no Brasil um crescimento populacional maior que o
crescimento econômico . Assim, o mercado de trabalho não consegue absorver os recursos humanos
disponíveis.Com o processo de industrialização que se tem instaurado, a mão-de-obra humana é
constantemente substituída por máquinas. Em conseqüência,as estatísticas incham com um número cada
vez maior de desempregados ou subempregados. Sem uma fonte de renda, as pessoas têm a qualidade de
vida comprometida, pois não conseguem suprir suas necessidades básicas, como moradia, alimentação,
saúde e educação.
Essa situação acaba lesando os direitos humanos, visto que a pobreza é inevitável na maioria dos
casos. A fome, não raras as vezes, leva o individuo a procurar meios ilícitos para sobreviver, o que acaba
agravando o quadro de criminalidade já existente no país.
Ter um diploma também já não é mais sinônimo de garantia de trabalho. Diante desse quadro, os
jovens acabam se desmotivando em prosseguir os estudos , isso quando não os abandonam para trabalhar
em subempregos que venham auxiliar na renda familiar.
A solução para diminuir o número de pessoas desempregadas seria a implantação de planos
econômicos que viabilizassem a criação e a manutenção de empregos. Um melhor aproveitamento de
nossos recursos naturais, bem como a criação de cooperativas de trabalho poderiam também colaborar
com o abrandamento desse gravíssimo problema.
21
PRODUÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO
Ao produzir um texto é preciso que se pense sobre: Tema, objetivo, argumentos e dados.
a) TEMA: é o assunto da minha redação (Sei alguma coisa sobre ele? Já li ou vi algo a respeito? Já conversei sobre
esse assunto?)
b) OBJETIVO: é a meta da minha redação ( onde quero chegar com o meu texto? Quero concordar? Discordar?
Denunciar? Questionar? Comparar? Opor? Enumerar? Interessante é observar que a união entre dois ou mais objetivos
se encaminha para uma meta maior: denunciar e questionar; concordar e enumerar; discordar e opor...)
c) ARGUMENTOS: é o conjunto de idéias que justificam o objetivo do meu texto ( Com base em que eu me posiciono
de um modo ou de outro na redação?)
d) DADOS: é a exemplificação dos meus argumentos ( Os dados ilustram e sustentam mais ainda o objetivo da
redação.)
O início da redação
DECLARAÇÃO INICIAL
"O hábito de correr, benéfico para o coração, os pulmões e a manutenção da forma física, também origina sérios
problemas, principalmente ortopédicos."
INTERROGAÇÃO
"De que maneira uma nação pode conciliar seu desenvolvimento com uma pesada dívida externa?"
OMISSÃO DE DADOS
"De uns tempos para cá, tem surgido um elemento novo no cenário nacional.Extremamente movediço, ele sempre
aparece onde não se espera. Se o espreitamos, ele se esconde em hibernação cautelosa."
COMPARAÇÃO
"O uso de drogas é como um vôo solitário e cego. É como visitar um mundo novo em cada viagem e sempre ter
como pouco a depressão, porto escuro e frio."
Teoria acima apresentada foi adaptada da apostila "Curso de produção de texto"Prof. José Antônio Oliveira de
Resende -FUNREI
TIPOS DE CONCLUSÃO
Conclusão proposta: aponta soluções para o problema tratado, ou seja, procura saídas, medias que possam ser
tomadas. Em suma, é uma conclusão que aponta para o futuro.
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"Como se nota pela dimensão do problema, algumas medidas fazem -se urgentes: é necessário investir em projetos
de recuperação dos rios, tal como se fez na Inglaterra com o rio Tamisa; por outro lado, devem-se desenvolver projetos
que visem ao reaproveitamento dos esgotos. Ao lado, disso, devem -se fazer maciças campanhas educativas para a
população. Finalmente, há necessidade de uma ampla fiscalização por parte das autoridades responsáveis."
Conclusão resumo: a forma mais comum de concluir o texto. Resumem -se os aspectos abordados no
desenvolvimento e apresenta-se (ou reforça-se) a tese.
"Dessa maneira, observamos que o problema da poluição nos rios envolve uma série de variáveis que incluem a
população, as indústrias e o Estado".
Conclusão surpresa: Possibilita uma maior liberdade de criação por parte quem escreve. Citações, pequenas histórias,
um fato curioso, uma piada, um final poético, são conclusões inesperadas que surpreendem o leitor.
"Talvez um dia casos como o do garoto C.A.C.M., não ocorram mais. Cabe a todos nós lutar por isso."
TEMA: Shopping center: o espaço social dos jovens de hoje.
ASSUNTO Shopping center
DELIMITAÇÃO -Objetivo(para quê?) O espaço social dos jovens de hoje
INTRODUÇÃO Citar o assunto e a delimitação
DESENVOLVIMENTO 1 Desenvolver o tema: shopping center
DESENVOLVIMENTO 2
Desenvolver a delimitação: espaço social dos jovens de hoje
CONCLUSÃO Idéia reservada do banco
MODELO
Primeiro passo INTRODUÇÃO
Um dos fenômenos constatados dos anos 90 é o do "shopping center". Esse local de consumo, com
segurança e com ambiente climatizado, exerce um outro papel para o qual não foi diretamente criado: centro de
encontros de jovens.
23
Segundo passo BANCO DE IDÉIAS
ASSUNTO
1. O "shopping center" virou moda nos grandes centros urbanos; 2. os atrativos desse centro de compras são segurança, conforto e variedade de lojas no mesmo lugar; 3. o "shopping" incrementou o hábito de consumo da classe média; 4. associado às compras, esses locais transformaram-se em verdadeiros centros de lazer.
DELIMITAÇÃO
1. na falta de outros centros de convivência, o "shopping" tornou-se em espaço de jovem; 2. antigamente os jovens buscavam nos locais públicos (nas praças) um espaço de convivência; 3. entre outros motivos, a segurança tornou-se a principal razão da busca desse local pelos jovens; 4. o "shopping" expressa bem o jovem dos anos 90, colorido,luminoso, ágil, agitado, nervoso e repleto de
outros jovens.
Terceiro passo REDIGIR O RASCUNHO
DESENVOLVIMENTO 1
Os "shoppings" viraram moda nos grandes centros urbanos. As razões desse fenômeno mostram -se simples:
segurança, conforto e grande variedade de lojas centralizadas. Um paraíso de consumo, esses locais acabam criando
novos hábitos - comprar, além de necessidade, é prazer. Associado a isso, os "shoppings" criaram parques de diversão
para as crianças e um verdadeiro arsenal de comidas nas praças de alimentação.
DESENVOLVIMENTO 2
Na falta de outros espaços de convivência, esses locais foram adotados pelos jovens dos anos 90. Esse desejo
de agregação é comum ao adolescente de qualquer geração, e isso pode ser observado em outros tempos, em que
eles se encontravam nas praças das cidades. Mas a violência urbana tomou conta dos grandes centros e mudou muitos
hábitos do homem atual. O jovem pode divertir-se, encontrar-se com os amigos e conversar nos "shoppings" sem ter
preocupações com assaltos, e os pais ficam bem mais tranqüilos diante disso.
CONCLUSÃO
Assim, se o argumento da violência não basta para explicar o sucesso desses centros de compras junto aos
jovens, vale lembrar que esses locais possuem a expressão mesma dos adolescentes: agilidade, nervosi smo e
inquietação. Os mais saudosos talvez lembrem com nostalgia os tempos de jogo de bola no meio da rua - outros
tempos sem dúvida.
Registre outras opções de conclusão:
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Texto Dissertativo com o auxílio de esquema
Título:______________________________
O ensino de língua portuguesa nas escolas
deveria...................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................. ....
.................................................................................................................................
...........................................,uma vez
que................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
................................................................................................................
Os maiores problemas que enfrentamos como usuário da língua portuguesa
são:................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
....................
Por isso
......................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
...... Dessa forma, esses problemas prejudicam nosso cotidiano porque
.................................................................
................................................................................................. .....................................................................
.....
Com isso, a melhor maneira de evitar que essas dificuldades interfiram na nossa vida
é....................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
..............
Sendo assim,
........................................................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................
......................................................................................................................................................................
................................................................................................................
25
Complete as partes que faltam: no texto 1, a introdução; no texto 2, o desenvolvimento; no 3 a
conclusão.
TEXTO 1
Televisão em casa: Introdução
......................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
............................................................................
A partir de umas pesquisas realizadas entre pessoas diferentes classes sociais, concluiu-se que
de fato, em geral os telespectadores absorvem boa parte do que é apresentado na tela.
Tanto as novelas como as propagandas veiculadas nos intervalos exercem muita influencia
sobre as pessoas. Ao difundir modelos de comportamento, reforçam-se estereótipos ligados a raças e
classes sociais. O que contribui para que as imagens distorcidas da sociedade continuem a ser
propagadas.
Resta saber se recorrer ao controle-remoto para mudar de canal resolveria o problema.Aliás,
antes disso, é preciso saber se as pessoas querem mudar de canal.
TEXTO 2
O Brasil de hoje: Desenvolvimento
A realidade brasileira deixa claro que nosso país de grandes contradições sociais, culturais e
econômicas.
A origem disso pode ser procurada, e provavelmente será encontrada, na exploração do Brasil
pela s grandes potências, que contavam com o apoio de nossa elite e com a falta de voz ativa dos
menos favorecidos.
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26
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......................................................................................................................................................................
....................................................................................................................
Diante de todas essas contradições, de todas essas injustiças, os brasileiros precisam parar e se
perguntar qual é, de fato, o significado do dia 7 de setembro para o nosso país.
TEXTO 3
Meio Ambiente: Conclusão
Existem dezessete paises no mundo que reúnem em seu território 70% de toda a biodiversidade global. Nenhum deles, porém, chegam perto do Brasil, que abriga aproximadamente 20% de todas as espécies animais do planeta. Na floresta Amazônica esta boa parte da riqueza natural do país; são 5,5 milhões de quilômetros
quadrados com um terço de as espécies vivas do planeta. Mas até quando?
Todos esses números acabam por atrair a atenção de pessoas e corporações com interesses duvidosos,
que põem o desejo de lucro acima de qualquer outra consideração de ordem ética, promovendo um desmatamento sem limites e acelerando a extinção de diversas espécies animais.
O comércio ilegal de aves também tem se intensificado, o que revela tanto um certo descaso das autoridades como a cumplicidade de uma parte da população que, ao comprar uma dessas aves em uma loja. Terá contribuído com as matanças de outras 99 da mesma espécie. Isto é serio.
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27
Atividade Avaliatória
28
Título:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
NOME: |Nº | TURMA: | DATA: ___ /___/___
29
NARRAÇÃO — REVISÃO
Para que um texto narrativo expresse as idéias que seu autor quer que ele contenha, é preciso um planejamento.
I- NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes elementos, que
fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado:
onde ?
|
quando? --- FATO --- com quem?
|
como?
Depois da análise do tema proposto, o planejamento deve conter:
a) Fato: resumo básico da história, sem muitos detalhes; b) Causa: é o motivo pelo qual o fato se dá.
c) Narrador: a história em 1ª ou 3ª pessoa? Quem vai narrá-la? O narrador será humano ou não? Enfim todas as nuances que envolvem o ser que comandará a narrativa;
d) Onde: o local em que a história se passa. Não é necessário, mas é possível pensar no ambiente em
que a história se dará; e) Quando: o tempo em que a história se passa. Nem sempre isso é explícito no texto, mas o tempo pode
ajudar muito na verossimilhança. Histórias escritas com os verbos no presente, por exemplo, dão um
forte sentido de realismo e cumplicidade com o leitor; f)Personagens: os seres que vão viver a história narrada. É bom lembrar que nas redações escolares
dificilmente o autor terá condições de criar muitas personagens, por uma questão de limite de linhas;
g) Conflito: é o porquê da história, a razão dela ter sido contada. A narrativa precisa de, pelo menos, um conflito (choque de interesses) para que não resulte num relato.
h) Final: consiste, conhecendo o fato, numa antecipação do final da história. É mais fácil escrever uma
história para um fim, do que um fim para uma história.
Para avaliar o grau de aprendizado e retenção do elemento do planejamento, vamos procurá -los no texto a
seguir.
Betsy
Betsy esperou a volta do homem para morrer.
Antes da viagem ele notara que Betsy mostrava um apetite incomum. Depois surgiram
outros sintomas, ingestão excessiva de água, incontinência urinária. O único problema de
Betsy até então era a catarata numa das vistas. Ela não gostava de sair, mas antes da viagem
entrara inesperadamente com ele no elevador e os dois passearam no calçadão da praia, algo
que nunca fizera.
No dia em que o homem chegou, Betsy teve o derrame e ficou sem comer. Vinte dias sem
comer, deitada na cama com o homem. Os especialistas consultados disseram que não havia
nada a fazer. Betsy só saía da cama para beber água.
30
O homem permaneceu com Betsy na cama durante toda a sua agonia, acariciando o seu
corpo, sentindo com tristeza a magreza das suas ancas. No último dia, Betsy, muito quieta, os
olhos azuis abertos, fitou o homem com o mesmo olhar de sempre, que indicava o conforto e o
prazer produzidos pela presença e pelos carinhos dele. Começou a tremer e ele a abraçou com
mais força. Sentindo que os membros dela estavam frios, o homem arranjou para Betsy uma
posição confortável na cama. Então ela estendeu o corpo, parecendo se espreguiçar, e virou a
cabeça para trás, num gesto de langor. Depois esticou o corpo ainda mais e suspirou, uma
exalação forte. O homem pensou que Betsy havia morrido. Mais alguns segundos depois ela
emitiu outro suspiro. Horrorizado com sua meticulosa atenção o homem contou, um a um,
todos os suspiros de Betsy. Com o intervalo de alguns segundos ela exalou nove suspi ros
iguais, a língua para fora, pendendo do lado da boca. Logo ela passou a golpear a barriga com
os dois pés juntos, como fazia ocasionalmente, apenas com mais violência. Em seguida, ficou
imóvel. O homem passou a mão de leve no corpo de Betsy. Ela se espreguiçou e alongou os
membros pela última vez. Estava morta. Agora, o homem sabia, ela estava morta.
A noite inteira o homem passou acordado ao lado de Betsy, afagando-a de leve, em
silêncio, sem saber o que dizer. Eles haviam vivido juntos dezoito anos.
De manhã, ele a deixou na cama e foi até a cozinha e preparou um café puro. Foi tomar o
café na sala. A casa nunca estivera tão vazia e triste.
Felizmente o homem não jogara fora a caixa de papelão do liquidificador. Voltou para o
quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo de Betsy dentro da caixa. Com a caixa debaixo do
braço caminhou para a porta. Antes de abri-la e sair, enxugou os olhos. Não queria que o
vissem assim.
Rubem Fonseca
Histórias de Amor
31
NARRAÇÃO
1. Antes de tudo, devemos lembrar que a narração é um simples “contar história”, mas como todo texto, ela deve conter partes claras e objetivas para que as idéias fiquem bem expressas.
2. O texto deverá ter obrigatoriamente um narrador, que comandará a história. Podendo ele ser humano ou não, em primeira ou terceira pessoa, você é quem escolhe.
3. O tempo em que a narrativa acontece pode variar, ajudando muito no quesito verossimilhança. Histórias escritas com os verbos no presente, por exemplo, dão um forte sentido de realismo e
cumplicidade com o leitor. 4. Procure não criar muitos personagens, pois devido ao limite de linhas, ficará difícil desenvolver
todos eles. 5. A narrativa necessita de um conflito, o porquê da história, para que não caia em um mero relato.
6.É mais fácil escrever uma história para um fim, do que um fim para uma história, por isso, procure pensar, antes de iniciar a redação, qual será o desfecho dela.
DESCRIÇÃO — REVISÃO
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que
particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é
também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras. No texto descritivo, por isso, os tipos de
verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR,
PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as
características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres caracterizados -
representados pelos SUBSTANTIVOS. Ex. O pássaro é azul . 1- Caractarizado: pássaro / 2-
Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto
subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem desc reve e que se referem às
características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas
lindo! (carcterização subjetiva).
Hora de Praticar !
1. Descrição Física
2. Descrição das Ações
3. Descrição Psicológica
32
Carta
Cartão-postal
Carta comercial
Requerimento
Abaixo-assinado
Ofício
Procuração
Curriculum
Ata
Contrato
Certificado
Declaração
Ordem de serviço
Memorando
Parecer
Recibo
Atestado
Alvará
Autorização
Circular
Contrato
Correspondência Interna
Decreto
Deliberação
Despacho
Edital
Lei
Ofício
Pauta de Reunião
Portaria
Relatório de Reunião
Relatório
Resolução
Segundo o site Brasil Escola a redação técnica é:
A Redação é o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da escrita.
Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam seguidos, como o tipo de
linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros.
Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer uma redação técnica é
imprescindível!
Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/redacao-tecnica.htm
33
Pedro
Caixa Postal 31540
Belo Horizonte, 6-12-88
Ana,
Nunca te vi, mas acho que te
amarei.
Pedro, evidentemente
P.S. Meu código postal é 31540. Sua
carta custou a chegar.
S. Paulo, 22-11-88.
Oi, Pedro,
vou te avisando: você não me conhece.
Quem me falou de você foi a Malu, que eu conheci nas últimas férias, em Cabo Frio. A
gente estava pegando umas ondas e reparou que tinha um cara olhando.
Perguntei se ela conhecia, disse que não. Eu também não. Aí, ela falou: “ele é
parecido com um amigo meu. Só que o meu amigo é mais baixo”.
Aquele cara não era tão alto, sabe, Pedro? Fico imaginando, então, que você é meio
baixinho. Ou não?
Eu sou. Nem um e sessenta. Uma desgraça. Moro aqui em Sampa, tenho 17 anos, gosto
de ficar de conversa fiada no telefone, de namorar vitrines e papelarias. Ah! Adoro ler.
Achei legal conhecer a Malu. Ela me deu o seu endereço, na horinha em que a gente
se despediu. Brincando, eu me disse a ela que te desse um abraço. “Naquele seu amigo
baixinho”, falei. “Qual?”, ela perguntou. “Aquele mais baixo que o cara da praia”, falei. “Ah”,
ela riu. “Quer o endereço dele? Olha aqui, escreve para ele, garanto que ele vai gostar”.
Estou escrevendo, mesmo sem saber se você vai gostar.
Se você responder, te juro que vou adorar. Adoro carta. Até coleciono. Cartas e
lápis. Você coleciona alguma coisa?
Um abraço. O segundo, porque a Malu já deve ter dado.
A “amiga” desconhecida,
Ana T.
Carta Familiar
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Cartão-Postal
Cartão-Postal é um cartão retangular que tem numa das faces uma foto de paisagem turística ou qualquer outra
ilustração, e, na outra, espaço reservado para mensagem, selo e endereçamento. Sua remessa postal dispensa o
uso de envelope.
Lu, como vai?
As minhas férias aqui na África
estão ótimas.
De dia visitamos a savana e as praias
lindas, e à noite fomos ferver na cidade! Luíza Sanches
O povo é alegre e está sempre
dançando, mas eu ainda sinto saudades! Av. Berlin, 181
Campo Grande-MS
Beijões,
Marina. 90240-581
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Carta Comercial (I) Organização do Texto A carta comercial constitui-se geralmente numa sucessão de frases feitas ou chavões, isto é, frases que constam de todas as cartas e que não transmitem nada de especial.
José Cândido de Carvalho serve-se dessas frases feitas ou chavões para uma
correspondência familiar e amorosa.
Amor de contabilista em carta comercial Carta de despedida do contabilista Sabugosa de Castro a Belinha Guedes, moça de prendas domésticas de Jundiá dos Pilares:
Prezada senhorita: Tenho a honra de comunicar a V.S. ª que resolvi, de acordo com o que foi
conversado com seu ilustre progênito, o tabelião juramentado Francisco Guedes,
estabelecido na Rua da Praia, nº 632, dar por encerrado nossos entendimentos de
noivado. Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazéns-Penalva, conceituada
firma desta praça, não me restará, em face dos novos e pesados encargos, tempo útil
para os deveres conjugais.
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da mancebia, como
vinha fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em
solenidade presidida pelo Ex.mo Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e
militares, bem assim como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade
Cultural e Recreativa José de Alencar.
Sem mais, creia-me de V.S. ª patrício e admirador,
Sabugosa de Castro José Cândido de Carvalho, Porque Lulu Bergantim não atrasou o Rubicon.
36
Carta Comercial (II)
Componentes de uma carta comercial 1. Timbre da empresa. 2. Iniciais do departamento, número da carta e dois algarismos finais do ano.
3. Local e data. 4. Destinatário.
5. Referencia: resumo da carta. 6. Saudação. 7. Texto da carta.
8. Fecho. 9. Assinatura.
10. Iniciais do redator e do datilógrafo.
1
2
4
5
6
7
10
3
8
9
RS
Equipamentos Industriais
DC/12-98
Belo Horizonte, 15 de outubro de 1998.
Ilmo
Sr.
João Cachoeira
Ref.: Alteração de telefone e endereço
Prezado senhor,
Comunicamos a V.S. ª que, a partir do dia 03/11/98, estaremos atendendo em nosso
novo endereço e telefone:
Avenida Afonso Penna, 1003 – 4º andar
Centro – Belo Horizonte – MG – CEP 30130-002
Telefone: (031) 5562-3338
Aproveitamos a oportunidade para nos desculparmos por eventuais transtornos que
possam ocorrer nos dois ou três dias da mudança e colocamo-nos à inteira
disposição no que fizer necessário.
Atenciosamente
RUBENS MOURA
AGR/MS
37
Classificações das cartas comerciais De acordo com o objetivo, as cartas comerciais podem ser classificadas como:
1. carta de solicitação: o remetente tem o objetivo de fazer ao destinatário um determinado pedido; 2. carta de informações: o remetente tem o objetivo de fazer ao destinatário uma determinada
comunicação.
Observe, a seguir, a estrutura de cada uma dessas cartas.
Carta de solicitação
Sinônimos
Observe os sinônimos das palavras ou das expressões numeradas na carta acima: 1. Estimado Senhor / Amigo e Senhor / Senhor 2. Peço-lhe o obséquio de / Queira V.S. ª, por especial fineza, / Solicito a V.S. ª a especial
fineza de 3. remeter-me 4. suas mais recentes listas / sua última relação 5. comunicar-me 6. Antecipadamente grato / Desde já, apresento-lhe meus agradecimentos 7. e subscrevo-me As partes destacadas da carta captam a estrutura do texto.
Prezado Senhor 1
Peço-lhe a gentileza de 2 enviar-me 3 suas últimas listas 4 de preços e de informar-
me 5 das condições de venda.
Antecipo-lhe meus agradecimentos 6 por sua breve resposta e me firmo 7 ,
cordialmente,
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Carta de informação
Sinônimos
Observe os sinônimos das palavras ou expressões numeradas na carta acima:
1. Senhores / Estimados Senhores 2. Comunicamos- lhes que / Informamos a V.S.as que / Informamos-lhes que 3. sob a responsabilidade
4. Agradecemos a V.S.as 5. que nos dispensou
6. subscrevemo-nos 7. atenciosamente
As partes destacadas da carta captam a estrutura do texto.
1ª Fase: Preparação Antes de começar a escrever a carta, procure definir com clareza:
a) assunto;
b) objetivo;
c) destinatário.
A seguir, faça um planejamento daquilo que você pretende comunicar na carta.
2ª Fase: Escrita da carta Ao escrever a carta, tome os seguintes cuidados: 1. escreva parágrafos curtos e sem muito pormenores;
2. use, de preferência, orações coordenadas; 3. use um vocabulário de fácil compreensão;
4. dê informações precisas.
Prezado Senhores1,
Comunicamos a V.S.as
que2 no dia 5 do corrente embarcamos as mercadorias
de seu pedido nº89, de 30 de outubro, seguindo a duplicata e os documentos aos
cuidados3 da empresa transportadora.
Agradecemos-lhes4 a preferência a nós dispensada
5 firmando-nos
6 ,
Cordialmente7 ,
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3ª Fase: Revisão da carta
1. Releia a carta como se você fosse o destinatário.
2. Observe se estão presentes todos os elementos da carta. 3. Veja se as frases são claras e precisas. Verifique se há palavras ou tre chos que podem ser
eliminados ou substituídos.
4. Releia a carta observando atenciosamente a correção gramatical: ortografia, acentuação, pontuação e concordância.
A linguagem da carta comercial
A vida moderna exige rapidez, seja de quem escreve, seja de quem lê; por isso uma carta comercial deve
informar a seu destinatário com objetividade, clareza e concisão.
Infelizmente, o que se observa na maioria de nossas firmas é a confecção de cartas seguindo modelos
estereotipados, utilizando uma linguagem prolixa. Uma carta escrita em 20 linhas poderia ter sido redigida um dez.
Defeitos constantes em cartas comerciais:
1. prolixidade – repetição de informações já sabidas. Quase todas as cartas-respostas contêm um retrospecto de informações contidas na carta a que respondem. São informações plenamente inúteis, uma vez que o destinatário já as conhece.
2. Excesso de chavões e frases feitas – são frases que constam de todas asa cartas e, por isso mesmo, não transmitem nada de especial. Geralmente são usadas a titulo de introdução ou fecho.
3. Estilo empolgado – a elegância de uma frase não consiste em acrescentar lantejoulas para lhe dar um brilho falso. Consiste exatamente na simplicidade e economia de recursos e, sobretudo, num tom direto e sincero.
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A carta que apresentamos a seguir é igual a milhares quanto à linguagem. Vamos apontar nela os defeitos.
Os defeitos apontados são os seguintes:
1. Para que preceder de um “a”, o nome do destinatário, se o nome dele consta em lugar que lhe é
tradicionalmente reservado? É evidente que a carta se dirige “a” ele.
2. O endereço do destinatário não precisa constar da carta. Só do envelope. Ele sabe onde mora.
Se além de rua e numero, põe-se a caixa postal, o erro é duplo.
3. Parágrafos não precisam ser marcados pelo tabulador; podem ser indicados simplesmente pelo
espaço duplo entre as linhas, contribuindo inclusive para facilitar a leitura.
4. São três erros num só:
a) O destinatário sabe que seu representante está enviando as revistas; não é necessário
repetir a informação “em resposta...”.
41
b) O destinatário sabe que seu representante se chama J.Ribeiro; ou não se repete o cargo,
ou não se repete o nome.
c) “Comunicamos que” é desnecessário; toda carta comunica algo.
5. O mesmo erro: é claro que “informamos (que)...” já está implícito na carta.
6. Para que repetir o número do cheque, a data e o nome do banco? O destinatário deve saber
pelo menos onde está gastando o seu dinheiro.
7. “P.p.” não diz nada: pelo contexto da carta o destinatário deve inferir de que ano você está
falando. O nome do mês, sozinho, indica que você se refere ao ano corrente. Se é passado ou
futuro, ele sabe pela data da carta.
8. Se o remetente tivesse “mais para o momento”, ele logicamente diria. Se não tem, não diz e
não é preciso esclarecer que não tem.
9. Em toda carta sempre alguém se despede: não é preciso fazê-lo constar expressamente.
10. Grafismo inútil: você sabe assinar direito sem pauta, não sabe? Esses erros podem parecer
insignificantes, mas custam caro.
REQUERIMENTO
Leia o seguinte requerimento:
II.mo Sr. Diretor do Colégio “Dr. José Fornari”
GERALDO CASSIANO PAGLA, aluno regularmente matriculado na 1ª série do Ensino Médio desse colégio, pede a V. S.a que mande expedir os documentos necessários à sua transferência para outro
estabelecimento de ensino.
Nestes termos
pede deferimento. São Bernardo do Campo, 6 de junho de 1998.
Estrutura do requerimento O requerimento é, talvez, a mais objetiva das formas de redação oficial. Expõe simplesmente o seu
pedido e solicita que seja deferido, isto é, aprovado.
Num requerimento devem obrigatoriamente ocorrer os seguintes elementos:
42
1. Título da autoridade a quem se dirige o pedido.
2. Texto:
A. Nome do solicitante.
B. Identificação do solicitante.
C. Exposição do que se requer.
3. Fecho:
A. Fórmula convencional.
B. Local e data.
C. Assinatura.
ABAIXO-ASSINADO
Abaixo-assinado é um documento, assinado por varias pessoas, que contém pedido, reivindicação
ou manifestação de protesto. Veja um exemplo:
II.mo Sr.
Diretor do Colégio................
Os abaixo assinados, alunos da 2ª série do Ensino Médio deste colégio, vêm, por
meio deste documento, solicitar a V.S.a que libere a quadra do colégio para realização de
jogos, torneios e campeonatos, fora do período escolar normal.
São Paulo, 16 de maio de 1998.
(Seguem as assinaturas)
______________________________ ______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________ ______________________________
______________________________
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OFÍCIO
Ofício é um meio usual de comunicação por escrito dos órgãos do serviço publico. Veja, no
quadro ao lado, os elementos que o compõem.
Elementos de um ofício Modelo de ofício
Produção de textos
1. Suponhamos que você, como presidente do centro esportivo de seu colégio, tenha que redigir um ofício convidando outros colégios a participarem das festividades. Como você faria esse ofício?
São Bernardo do Campo, 20 de agosto de1998.
Excelentíssimo Senhor Prefeito:
O centro esportivo do Colégio Estadual “Dr. José
Fornari” organizou, por ocasião do qüinquagésimo
aniversário deste estabelecimento de ensino, um torneio
envolvendo diferentes modalidades esportivas (voleibol,
basquetebol, pingue-pongue, xadrez e natação), do qual
participarão alunos dos vários colégios do município.
Solicitamos a V.Ex.a permissão para utilizar, nos dias
14 e 15 do mês de setembro, o Centro Municipal de Esportes
para a realização desses jogos.
Certos de merecer sua atenção, subscrevemos-nos
atenciosamente,
José Vicente Marino
Presidente
Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito da cidade de São
Bernardo do Campo.
1 – Local e data.
2- Vocativo (a pessoa a quem nos dirigimos).
3 – Introdução e explicação do assunto.
4 – Explanação.
5 – Fecho (saudação de despedida).
6 – Assinatura.
7 – Destinatário (indicação do cargo).
44
Procuração
Procuração é um documento pelo qual uma pessoa dá a outra poderes para agir em seu nome,
representando-a de pleno direito nos termos do documento.
Pode ser por instrumento particular (escrita de próprio punho ou datilografada, com reconhecimento da
firma) ou por instrumento público (lavrada por tabelião em cartório).
Quem concede a procuração é denominado mandante, constituinte ou outorgante. Para quem é passada a
procuração denomina-se mandatário, procurador ou outorgado.
Lavra-se a procuração em papel ofício. Inicia-se com identificação e qualificação completa do outorgante e
depois do outorgado. Em seguida, vem a especificação dos poderes definindo a finalidade e prazo de validade da
procuração. A localidade, a data e a assinatura ficam abaixo do texto.
Procuração
Por este instrumento particular de procuração, ANDRÉIA SIMÕES MARINO, com R.G 27.337.822,
brasileira, solteira, estudante, residente e domiciliada em São Paulo, na Rua Lucerna, 612, aluna do Colégio
Recanto da Juventude, nomeia e constitui seu bastante procurador o Sr. EDUARDO PENTEADO, com R.G.
20.132.425, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado no Rio de Janeiro, na Avenida Nova Cantareira, 1.050,
para o fim especial de realizar a matrícula do outorgante no Colégio Santo Inácio, no primeiro ano do Ensino
Médio, para o ano letivo de 1996, podendo o outorgado assinar todos os atos que se tornem necessários para o
bom e fiel cumprimento do presente mandato assim como substabelecer.
São Paulo, 04 de janeiro de 1998.
Andréia Simões Marino
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A procuração apresenta a seguinte estrutura:
Procuração
Por este instrumento particular de procuração, (nome do outorgante), (identificação do outorgante),
residente e domiciliada em (endereço), nomeia e constitui seu bastante procurador (nome do outorgado),
(identificação do outorgado), residente e domiciliada em (endereço), para o fim especial de (objetivo da
procuração), podendo o outorgado assinar todos os atos que se tornem necessários para o bom e fiel cumprimento
do presente mandato assim como substabelecer.
(Local), (data).
(assinatura do outorgante)
Curriculum vitae
O Curriculum Vitae é um documento que fornece os dados gerais da vida e da formação de
um indivíduo, com a finalidade de apresentação junto a uma empresa ou a uma instituição.
Conteúdo: Os dados e as informações relevantes num Curriculum Vitae são aquelas
referentes à educação a à experiência profissional.
Objetivo: O Curriculum Vitae serve a várias situações: solicitação de emprego, solicitação
de bolsa de estudo, comprovação de qualificação em atividades públicas, apresentação em congresso, etc.
Observação:
A expressão Curriculum Vitae vem da língua latina. Nessa língua, curriculum tinha o
significado básico de “corrida”, depois passou indicar “carreira”. Vitae (lê-se vite) significa
“da vida”. Aceita-se também, em português, apenas a expressão currículo.
1. Criando o seu próprio currículo.
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ATA
Ata é o registro fiel dos fatos acontecidos numa reunião. Deve ser lavrada (escrita) de modo que nada possa
ser acrescentado ou modificado, ou seja, sem deixar possibilidade de fraude. Se o secretario cometer algum engano
deve escrever “digo” e fazer a retificação. Se o engano for descoberto depois, mas antes do encerramento da
reunião, o secretario deve escrever “Em tempo: Onde se lê... leia-se... ” Os números devem de preferência ser
escritos por extenso.
Estrutura da Ata
1. Titulo;
2. Data, hora e local;
3. Presenças;
4. Convocação (reunião ordinária ou extraordinária);
5. Presença (nome dos presentes ou referencia que os identifique);
6. Composição da mesa (nome do presidente e do secretário escolhidos em assembléia);
7. Ordem do dia (especificação do(s) assunto(s) de que tratará a reunião);
8. Deliberação (decisões aprovadas em assembléia);
9. Fecho: Nada mais a havendo a tratar foi a presente Ata lavrada e após lida e achada conforme foi por
todos os presentes assinada.
Observações:
a) As atas são redigidas sem deixar espaço, sem fazer parágrafo para impossibilitar acréscimos.
b) As atas devem ser assinadas por todos presentes à reunião ou pelo presidente e pelo secretário.
47
FUNDO CAMPINAS
DE DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO
C.G.C. / MF nº 01.758.808 / 0001 – 3
ASSEMBLÉIA GERAL DE COTISTAS – ATA DE DELIBERAÇÃO
I. Data, Hora e Local: 26 de outubro de 1998, às 15 horas, na cidade de São Paulo, Estado de
São Paulo, à Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, nº 1.297 – 3º andar. II. Presenças: Cotistas
representando 100% das cotas emitidas pelo Fundo, conforme assinaturas apostas no Livro de
Presença e o representante do Administrador do Fundo – Banco Financeiro e Industrial de
Investimentos S.A. III. Convocação: Dispensada a convocação, nos tempos do parágrafo 4º
do artigo 124 da Lei nº 6.404/76. IV. Composição da Mesa: Eleito pelos presidentes, o Sr.
José João Armada Locoselli, para Presidente e o Sr. José Fernando Gullo, para Secretário. V.
Ordem do Dia: a) Exame do pedido de renúncia do Banco Financeiro Industrial de
Investimento S.A. da função de Administrador do Fundo; b) Exame da indicação do Banco
Itaú S.A. para substituir o atual administrador; c) Outros assuntos de interesse dos cotistas. VI.
Deliberação: Após a leitura da Ordem do Dia, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao
representante do Banco Financeiro e Industrial de Investimento S.A., que esclareceu aos
presentes o seu pedido de renúncia da função de Administrador do Fundo.
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CORREIO ELETRÔNICO
A comunicação à distancia está cada vez mais rápida e simples. O avanço mais recente é o correio eletrônico, também conhecido como e-mail ( eletronic-mail).
O correio eletrônico nada mais é do que uma forma de se enviar e receber correspondências. A
única diferença é que, ao invés de usarmos os serviços dos correios, utilizamos um co mputador conectado
à Internet para enviar e receber as mensagens.
A Internet é uma rede de comunicações que interliga computadores do mundo. Qualquer um que
tenha um computador conectado à Internet pode ter um endereço eletrônico.
A linguagem usada no correio eletrônico é geralmente informal, o que ajuda na popularização
desse novo meio de comunicação. Outra vantagem é o fato de ser possível enviar imagens e sons junto
com a mensagem.
49
Endereço eletrônico
O endereço do correio é só seu. Ninguém pode ter outro igual. Ele é formad
1 2 3 4 5
a. O nome que você quer usar em seu endereço.
b. Símbolo que significa at (inglês) ou “em” (português).
c. Nome da empresa que oferece serviços e conexão a Internet, conhecida como
“provedor de acesso”.
d. Complemento que diferencia usuários comuns ou comerciais (com) dos órgãos
governamentais (gov), instituições educacionais (Edu) e organização não-
governamentais (org).
e. Identificação do país (br = Brasil, fr = Franca, etc.).
Algumas recomendações:
Nos endereços eletrônicos não é permitido uso de letras maiúsculas. (ex.: Ao invés de
[email protected] use [email protected])
Quando estiver enviando mensagens para outros países não acentue as palavras. Em alguns países,
que não usam acentos gráficos em suas palavras, as mensagens não aparecem corretamente na tela
do computador e acabem atrapalhando o compreensão do texto.
No final assine a mensagem e repita seu endereço eletrônico. Ele aparecerá na tela do destinatário
na cor azul, indicando que para responder à mensagem basta “clicar” sobre o endereço.
50
ATESTADO
Documento firmado por servidor em razão do cargo que ocupa, ou função que exerce, declarando um fato existente, do qual tem conhecimento, a favor de uma pessoa.
Suas partes componentes são: 1. Título (a palavra ATESTADO), em letras maiúsculas e centralizado sobre o texto.
2. Texto constante de um parágrafo, indicando a quem se refere, o número de matrícula e a lotação, caso seja servidor, e a matéria do Atestado. 3. Local e data, por extenso.
4. Assinatura, nome e cargo da chefia que expede o Atestado.
EXEMPLO
ATESTADO Atesto, para os devidos fins, que José da Silva, Redator, classe A, matrícula n.º 0000-0, lotado na Assessoria de
Imprensa desta Secretaria, teve freqüência integral no período de 1º de janeiro a 30 de abril do corrente ano.
Rio de Janeiro, 6 de maio de 1999
JOSÉ DA SILVA
Assessor-Chefe
AVISO
Aviso é a comunicação pela qual os titulares de órgãos e entidades comunicam ao público assunto de seu interesse e
solicitam a sua participação.
Estrutura
1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;
2. denominação do ato - AVISO, com sua respectiva identificação;
3. objeto - resumo do assunto;
4. autor - autoridade investida de poderes legais para baixar o ato;
5. texto - pode ser desdobrado em itens;
6. local e data;
7. assinatura;
8. nome;
9. cargo.
Observação
O aviso deverá ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.
51
ALVARÁ
Alvará é o documento firmado por autoridade competente, certificando, autorizando ou aprovando atos ou direitos.
AUTORIZAÇÃO
Autorização é o ato administrativo ou particular que permite ao pretendente realizar atividades ou utilizar determinado
bem fora das rotinas est abelecidas.
Estrutura
1. denominação do ato - AUTORIZAÇÃO;
2. emitente - precedido pela palavra DE, seguido de dois pontos;
3. destinatário - precedido pela palavra PARA, seguida de dois pontos;
4. texto:
4.1. iniciado pelo termo - AUTORIZO;
4.2. objeto da autorização;
4.3. qualificação da pessoa;
5. local e data;
6. assinatura;
7. nome/identidade.
52
EXEMPLO
AUTORIZAÇÃO
DE: ...........................................................................
PARA: ......................................................................
AUTORIZO a entrega do bilhete de passagem referente a o PTA no ........................., dessa Companhia, emitido em meu nome,
para o trecho ............................... ........................ ao Sr. ............................................ Carteira de Identidade no
................................ .
Maringá, ........... de .......................... de ............. .
Assinatura
Nome por extenso
RG no
CIRCULAR
Comunicação oficial, interna ou externa, expedida para diversas unidades administrativas ou determinados funcionários.
Suas partes componentes são:
1. Título (a palavra CIRCULAR), em letras maiúsculas, sigla do órgão que o expede e número, à esquerda da folha.
2. Local e data à direita da folha, e por extenso, na mesma linha do título.
3. Destinatário, após a palavra Para (com inicial maiúscula).
4. Assunto, expressado sinteticamente.
5. Texto paragrafado, contendo a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo da Circular.
6. Fecho de cortesia, seguido do advérbio Atenciosamente.
7. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que subscreve a Circular.
53
EXEMPLO
CIRCULAR SARE / SUPDIN / n.º 227 Rio de Janeiro, 10 de março de 1999
Para: Titulares de Órgãos Públicos
Assunto: Manual de Organização do Poder Executivo
A Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação deverá ela borar, no prazo de 90 (noventa) dias, o Manual de
Organização do Poder Executivo, conforme o art. 9º do Decreto n.º 25.205 de 05 de março de 1999.
Para este fim, solicito encaminhar à Superintendência de Desenvolvimento Institucional, unidade administrativa daquela
Secretaria e responsável pela organização do citado Manual, documentos referentes à estrutura básica, competência e
organogramas para subsidiar os trabalhos de edição.
Atenciosamente
MARIA JOSÉ DA SILVA
Superintendente de Desenvolvimento Institucional
CONTRATO
É o acordo de vontades firmado pelas partes objetiva ndo criar direitos e obrigações recíprocas. Tratando-se de negócio
jurídico bilateral ou plurilateral, pressupõe o consenso, capacidade das partes (contratantes), objetivo lícito e vontade sem
vício.
A Administração Pública pode celebrar contratos de direito privado da administração e contratos administrativos. Os
primeiros regem-se pelo direito privado quanto ao conteúdo e efeitos e os segundos, regem-se pelo direito administrativo
CORRESPONDÊNCIA INTERNA
É o instrumento de comunicação para assuntos internos, entre chefias de unidades administrativas de um mesmo órgão. É o
veículo de mensagens rotineiras, objetivas e simples, que não venham a criar, alterar ou suprimir direitos e obri gações, nem
tratar de assuntos de ordem pessoal.
Observação:
A Correspondência Interna - CI substitui o memorando, cuja nomenclatura não deve ser mais utilizada.
Suas partes componentes são:
1. Título (abreviado - CI - com a sigla do órgão emitente e o número do documento), em letras maiúsculas
2. Data, por extenso, à direita da página
3. Destinatário, precedido da preposição Para
4. Remetente, precedido da preposição De
5. Assunto, expresso sinteticamente
54
6. Texto, paragrafado, explanando o assunto da CI
7. Fecho de cortesia, com o advérbio Atenciosamente
8. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que subscreve a CI
EXEMPLO
CI SARE / CCP n.º 020 Rio de Janeiro, 10 de abril de 1999
Para: Departamento de Pessoal
De: Coordenação de Capacitação de Pessoal
Assunto: Divulgação de Manual
Encaminhamos a esse Departamento exemplar do MANU AL DE REDAÇÃO OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
elaborado por esta Coordenação, para auxilia r os servidores nas tarefas que exijam a composição de textos oficiais.
Solicitamos que a publicação fique exposta em local visível, de fácil acesso àqueles que dela necessitem.
Atenciosamente
JOSÉ DA SILVA
Coordenador de Capacitação de Pessoal
DECRETO
Ato administrativo destinado a prover situações gerais e individuais, abstratamente previstas de modo expresso, ou
implícito na lei. São da competência exclusiva dos chefes do Executivo.
O Decreto pode ser:
regulamentar, visando a explicar a lei e a facilitar a sua execução;
individual ou coletivo, relacionando-se a situações funcionais.
DELIBERAÇÃO
É espécie do gênero ato administrativo normativo ou decisório praticado pelo órgão colegiado.
DESPACHO
É espécie do gênero ato administrativo ordinatório. Os despachos podem ser informativos (ordinatórios ou de mero
expediente) ou decisórios. Isto posto, podem ter conteúdo de mera informação dando prosseguimento a um processo ou
expediente ou conter uma decisão administrativa.
Observações:
1 - O Despacho não deve ser exarado na mesma folha do original submetido à autoridade, e sim em
folha separada, para permitir o correto arquivamento dos autos.
55
2 - A publicação do Despacho é o princípio que tem por objetivo assegurar moralidade administrativa, excetuados os
Despachos considerados sigilosos.
Suas partes componentes são:
1. Destinatário, precedido da preposição adequada.
2. Texto que expressa o teor da decisão.
3. Local e data, por extenso.
4. Assinatura, nome e cargo da autoridade que exara o Despacho.
EXEMPLO I
Ao Sr. Diretor Geral de Administração
Defiro o pedido formulado por Maria José da Silva, Professor Docente I, matrícula n.º 000-0, tendo em vista o que consta das
informações de fls. 4. do presente processo.
Dê-se ciência ao interessado.
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1999
LÚCIA ALVES
Subsecretária de Estado de Educação
EXEMPLO II
À Superintendência de Desenvolvimento Institucional
Para ciência e manifestação quanto à proposição de fls. 07, esclarecemos que a orientação preliminar desta Subsecretaria foi
aquela constante do Memo GAB/SUB n.º 01/99, cujas linhas gerais foram reiteradas através do Memo ASJUR n.º 38/99.
(cópias às fls. 09/10)
Na oportunidade, manifestamos especial preocupação em relação às atribuições que irão remanescer com a
Superintendência Central de Inquéritos Administrativos, para seu funcionamento como Órgão Central do Sistema de
Inquéritos Administrativos, pois, a nosso juízo, tais atribuições devem merec er referência expressa no Anteprojeto de Lei.
Rio de Janeiro, 15 de junho de 1999
JOSÉ ROBERTO DE ANDRADE COUTINHO
Subsecretário Adjunto para Assuntos Jurídicos e Administrativos
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DECLARAÇÃO
Declaração é o documento de manifestação administrativa, declaratório da existência ou não de um direito ou de um fato.
EXEMPLO
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
DECLARAÇÃO
Declaro, para os devidos fins, que o servidor
...................................................................................................................................., matrícula no ................................. cargo ou
função ........................................................................................, exerceu, no período de ......../......../........ a ......../......../........,
os seguintes cargos em comissão: ............................................................... .
Florianópolis, ........ de .......................... de ............ .
Assinatura
Nome por extenso
Cargo
EDITAL
Instrumento pelo qual a Administração dá conhecimento ao público sobre: licitações, concursos públicos, atos deliberativos
etc.
Observação:
É obrigatória a divulgação do edital, pela imprensa, integralmente ou como "aviso de Edital",
dando informações gerais e o local onde é possível obtê-lo na íntegra.
LEI
É a ordem ou regra imposta à obediência de todos, pela autoridade competente.
MEMORANDO
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela
rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de
comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha
de continuação. Esse procedimento
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permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo
que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser
mencionado pelo cargo que ocupa.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
EXEMPLO
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração. Inst alação de microcomputadores
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados
três microcomputadores neste Departamento.
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco
rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro
gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de
Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabal hos deste Departamento ensejará racional distribuição de
tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
OFÍCIO
Correspondência pela qual se mantém intercâmbio de informações a respeito de assunto técnico ou administrativo, cujo
teor tenha caráter exclusivamente institucional. São objetos de ofícios as comunicações realizadas entre dirigentes de
entidades públicas, podendo ser também dirigidos a entidade particular.
Suas partes componentes são:
1. Título abreviado - Of.-, acompanhado da sigla do órgão expedidor, sua esfera administrativa e
numeração, à esquerda da página.
2. Local e data, por extenso, à direita da página, na mesma linha do título.
3. Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do destinatário, prec edido da forma de tratamento, e o endereço.
4. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário e de vírgula.
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5. Texto paragrafado, com a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo do Ofício.
6. Fecho de cortesia, expresso por advérbios: Atenciosamente, Cordialmente ou Respeitosamente.
7. Assinatura, nome e cargo do emitente do Ofício.
EXEMPLO
Of. FESP/ GP n.º 320 Rio de Janeiro, 19 de março de 1999
Ilmo Sr.
José da Silva
Presidente do Departamento de Trânsito - RJ
Senhor Presidente,
Com o objetivo de prosseguir no detalhamento do programa de treinamento para dirigentes e instrutores dos Centros de
Formação dos Condutores - CFC, solicitamos o envio urgente das seguintes informações sobre a clientela a ser contemplada
para atender às exigências imediatas do DENATRAN:
- estimativa de profissionais por categoria (instrutor, diretor geral, di retor de ensino e examinador) e sua distribuição
geográfica, se possível por município;
- quantitativos, categorias e distribuição geográfica dos profissionais já treinados com base na Resolução SARE n.º 734/89;
Atenciosamente
RÍZIO FRANCISCO VIEIRA BARBOSA
Diretor-Presidente
PARECER
Manifestação de órgãos especializados sobre assuntos submetidos à sua consideração; indica a solução, ou razões e
fundamentos necessários à decisão a ser tomada pela autoridade competente. Pode ser enunciativo, opinativo ou normativo.
Em se tratando de parecer emitido por colegiado, este somente surtirá efeitos se aprovado pelo plenário, caso em que deve
ser explicitado no documento.
PAUTA DE REUNIÃO
Relação dos assuntos a serem tratados em reuni ão. Deve ser dada a público com antecedência, quando se tratar de assuntos
de interesse de terceiros, para que esses possam se manifestar. Dela constarão, também, data, horário e endereço do local
em que se realizará a reunião, além do quorum necessário, se for o caso.
RESOLUÇÃO
Ato assinado por Secretários de Estado e / ou titulares de Órgãos diretamente subordinados ao Governador do Estado,
visando a instruir normas a serem observadas no âmbito da respectiva área de atuação.
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EXEMPLO
PAUTA DE REUNIÃO
Data - 16/3/99 Horário - 10 h
Local - Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação
Av. Erasmo Braga, 118, 10º andar - Plenário do CEE/CEC
Objeto - Revisão do Estatuto dos Funcionários Civis do Poder Executivo
Participantes - Maria José da Silva representante do Sindicato dos Funcionários Públicos Civis do Estado; Antônio da Silva,
Vice-Presidente do CRASE; José da Silva, advogado trabalhista - ad hoc; Manoel da Silva, Assessor Jurídico da SARE.
Assuntos:
1 - Instalação da Comissão de Revisão do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Rio de Janeiro, determinada pela
Resolução SARE n.º 001, de 1º de janeiro de 1999.
2 - Estabelecimento de diretrizes para a elaboração de projeto específico para o desenvolvimento dos trabalhos.
3 - Discussão e elaboração de elenco de parcerias possíveis.
Rio de Janeiro, 2 de março de 1999
JOSÉ DA SILVA
Assessor Especial
PORTARIA
Ato pelo qual as autoridades competentes (titulares de órgãos) determi nam providências de caráter administrativo, visando
a estabelecer normas de serviço e procedimentos para o(s) órgão(s), bem como definir situações funcionais e medidas de
ordem disciplinar.
PROCURAÇÃO
Procuração é o instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou administrar
haveres.
Estrutura
1. denominação do ato - PROCURAÇÃO;
2. texto:
2.1. qualificação do outorgante e do outorgado;
2.2. objeto da procuração e substabelecimento quando for o caso;
3. local e data;
4. assinatura;
5. nome.
Observações
1. A procuração pode ser por instrumento particular, se passada de próprio punho ou digitada, e por instrumento público, se
lavrada em cartório.
2. Deixa de haver exemplificação de procuração por instrumento públic o por ser específica de cartório.
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3. A assinatura deve ser reconhecida em cartório.
RELATO DE REUNIÃO
É a forma simplificada do relato de fatos e decisões de reuniões para assuntos rotineiros, de procedimento padronizado.
Suas partes componentes são:
1. Título (a expressão RELATO DE REUNI ÃO), em letras maiúsculas.
2. Data e horário, explicitando o início e o término.
3. Local.
4. Assunto, exposto sinteticamente, em letras maiúsculas.
5. Texto (com citação de OCORRÊNCIAS e DECISÕES, quando neces sário), com linguagem sucinta e clara.
6. Citação dos presentes.
7. Assinatura (do relator).
EXEMPLO
Título: RELATO DE REUNIÃO
Data: 16/03/99 Início: 14 h 30 min. Término: 17 h 30 min
Local: Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação
Assunto: PADRÃO E ESTRUTURA DO MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL
OCORRÊNCIAS : Discutiram-se as normas de digitação e estrutura que deverão nortear o Manual de Redação Oficial,
delimitando-se as margens do papel, e à direita, a separação (ou não) de sílabas; também foi tema de debate a apresentação
de lista de abreviaturas e siglas no Manual; definiu-se, também, a relação de palavras que irão compor o Glossário.
DECISÕES: Os textos se apresentarão em bloco, junto à margem es querda, sem recuo de parágrafo; não haverá rigor para o
alinhamento na margem direita, mas deverão ser obedecidas as normas gramaticais de separação de sílabas. Foram
selecionadas as abreviaturas que constarão do Manual, bem como os termos do Glossário. Ficou para discutir -se na próxima
reunião o aspecto da apresentação gráfica dos formulários, de acordo com cada uma das formas de redação.
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PRESENTES: Albertina Ramos, Eliana R. Furtado de Mendonça, Eliane Donni, Helenice Valias de Moraes, John Wesley Freire,
Sheila Lobo
NIVALDO GUIMARÃES
Relator
RELATÓRIO É a exposição circunstanciada de atividades levadas a termo por funcionário, no desempenho das funções do cargo que
exerce, ou por ordem de autoridade superior. É geralmente feito para expor: situações de serviço, resultados de exames,
eventos ocorridos em relação a planejamento, prestação de contas ao término de um exercício etc.
Suas partes componentes são:
1. Título (a palavra RELATÓRIO), em letras maiúsculas.
2. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário, e de vírgula.
3. Texto paragrafado, composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução s e enuncia o propósito do
relatório; no desenvolvimento - corpo do relatório - a exposição minudente dos fatos; e, na conclusão, o resultado ou síntese
do trabalho, bem como a recomendação de providências cabíveis.
4. Fecho, util izando as fórmulas usuais de cortesia, como as do ofício.
5. Local e data, por extenso.
6. Assinatura, nome e cargo ou função do signatário.
7. Anexos, complementando o Relatório, com material ilustrativo e/ou documental.
EXEMPLO
RELATÓRIO
Senhor Secretário
Ao término do 1º semestre de 1999, vimos apresentar a V.Ex.ª o Relatório de Atividades pertinentes à
Superintendência de Desenvolvimento Institucional, ao qual se anexam quadros demonstrativos onde se expressam os
dados quantitativos das atividades operacionais. Seguindo as diretrizes determinadas pelo plano Estratégico desta Secretaria
para o ano de 1999, pôde esta unidade alcançar as metas previstas nos projetos, conforme se segue.
_______________________________________________________________________________________________ _______
______________________________________________________________________________________________________
Apesar das dificuldades em relação às condições de trabalho, com número reduzido de pessoal qualificado e
carência de materiais específicos e equi pamentos, consideramos bastante positivos os resultados obtidos nestes primeiros
meses da atual gestão.
Rio de Janeiro, 10 de julho de 1999
JOSÉ DA SILVA SUPERINTENDENTE DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Anexos:
REQUERIMENTO
Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a que se julga com direito, ou para se defender de ato que
o prejudique.
Suas partes componentes são:
1. Vocativo: a palavra Senhor, precedida da forma de tratamento, o título completo da au toridade a quem se destina, seguida
de vírgula.
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2. Preâmbulo: nome do requerente (em maiúsculas), seguido dos dados de identificação: nacionalidade, estado civil, filiação,
idade, naturalidade, domicílio, residência etc. Sendo funcionário do órgão, apresentar apenas os dados de identificação
funcional.
3. Texto: exposição do pedido, de forma clara e objetiva, citando o fundamento legal que permite asolicitação.
4. Fecho: parte que encerra o documento, usando-se, alinhada à esquerda a fórmula:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
5. Local e data, por extenso.
6. Assinatura do requerente.
Observação: Entre o vocativo e o preâmbulo é praxe deixarem-se oito espaços.
EXEMPLO
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro,
JOSÉ JOAQUIM, agente administrativo, nível I, matrícula n.º 0000-0, lotado nesta Secretaria, com exercício no Departamento
Geral de Administração, requer revisão de seus proventos, por discordar do disposto em seu contracheque.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 26 de abril de 1999
Assinatura
CERTIFICADO
Como o próprio nome já diz, certifica alguma coisa que a pessoa fez. É um documento comprobatório de que o indivíduo fez um curso ou participou de um simpósio, encontro, congresso ou oficina. É emitido pelos organizadores
ou realizadores do evento. O certificado é o conteúdo, ou seja, o corpo da certificação. Esta última atesta “ser verdade” algo que está
declarado. Portanto, fazer a certificação é um ato sério, pois quem assina está assumindo a responsabilidade sobre aquilo que afirma o documento. Veja um exemplo:
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CERTIFICADO
Certifico que o(a) aluno(a) ___________________________________________ participou do V Simpósio sobre educação infantil, no período de _______ a __________, perfazendo um total de ________ horas.
Campo Belo, ________________.
________________________
Diretor Geral do Departamento de Letras da CBMG
A ordem de serviço é um documento que tem a função de emitir comunicações internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa ser efetuado.
É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de quem assina, com indicação do cargo.
Veja um exemplo:
Ordem de serviço nº 01
O Departamento de Processos comunica a seus funcionários que, a partir do dia 1º do próximo mês, não haverá mais o sábado de trabalho, pois a jornada passará para 8 horas diárias, ou seja, 40 horas semanais. Certo de que não haverá dúvidas.
Em 25 de janeiro de 2009.
_______________________ Chefe do Departamento de Processos
RECIBO
O recibo é um documento muito importante, pois é a prova de que uma transação financeira foi realizada.
É uma declaração por escrito, na qual alguém (pessoa física ou jurídica) declara ter recebido de outrem o que está
especificado.
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Há blocos de recibos já prontos em papelarias, contudo, a empresa pode fazer um próprio, com timbre.
Este documento deve constar de duas vias para que fique uma cópia com cada uma das partes envolvidas.
É fornecido pela pessoa ou empresa que recebe o dinheiro e todo processo do acord o estará especificado no corpo
do texto. No alto, escreve-se RECIBO e à direita o valor da transação em algarismos.
Depois do texto, a pessoa que fornece o recibo deve assinar, afirmando ter auferido determinada quantia.
No caso do recibo ser emitido por pessoa jurídica, pode haver necessidade de especificar a retenção do Imposto de
Renda sob o valor bruto. Pode ou não ter testemunhas.
Veja os exemplos: PESSOA FÍSICA:
RECIBO
R$100,00
Recebi da Sra. Armandina Aroldo a quantia supracitada de R$ 100, 00 (cem reais), referente à venda de uma calça jeans modelo Slim, fabricação brasileira, marca LGit.
Patos de Minas, 25 de janeiro de 2009.
________________ Líria Souza
PESSOA JURÍDICA:
Fontes Consultadas:
APOSTILA DE REDAÇÃO OFICIAL
Site Brasil – Escola
http://www.brasilescola.com/redacao
Aprenderemos também:
Como fazer citações ( direta , indireta e com mais de três linhas)
Normas de Referência Bibliográfica
Nova Ortografia (* critério da Turma)
RECIBO
Mão de obra: R$ 2.000,00
Retenção de IR: R$ 320,00 Líquido a receber: R$ 1.680,00
Recebi da empresa Cimentoso – Materiais para construção Ltda., inscrita no CNPJ sob o nº
63.533.312/0001-35, a quantia de R$ 1.680,00 (um mil, seiscentos e oitenta reais) referente aos serviços de acabamento de uma construção civil com 350 m2 (trezentos e cinquenta metros quadrados).
Arapuá, 25 de janeiro de 2009.
_____________ David Souza
Testemunhas: ___________________
___________________
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Literatura
Arte que utiliza palavra como matéria-prima de suas criações. Ligada a um momento, a uma época.
Formas de apresentação de um texto literário
Verso
Prosa
Verso: Unidade rítmica e melódica ( estrofe = conjunto de versos)
Tipos de Versos: Poema / Soneto / Cantiga / Ode
Prosa: (orações, períodos, parágrafos) – narração , descrição e dissertativa
Tipos de Prosas: Romance / Canto / Crônica / Fábula
Gêneros Literários – Lírico (sentimento) , Narrativo ou épico, Dramático ou teatral
LITERATURA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
Literatura Medieval: Trovadorismo: prosa e poesia Humanismo: produção literária Literatura Clássica: Classicismo - Camões: épico e lírico Barroco literário
Literatura Neoclássica: Arcadismo Romantismo: produção Brasil / Portugal Romantismo no Brasil - prosa Realismo / Naturalismo Parnasianismo / Simbolismo
Literatura Modernista: Pré-modernismo / As vanguardas Futurismo, Expressionismo, Cubismo,
Dadaísmo, Surrealismo. Características gerais
Modernismo em Portugal 1ª geração do Modernismo no brasileiro 2ª Fase: poetas e prosa
3ª Fase Pós-modernismo: poesia e prosa
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Literatura Modernista Pré-modernismo
IINNÍÍCCIIOO :: 11990022,, ccoomm aa ppuubblliiccaaççããoo ddee ddooiiss lliivvrrooss:: ""OOss sseerrttõõeess"",,
ddee EEuucclliiddeess ddaa CCuunnhhaa,, ee ""CCaannaaãã"",, ddee GGrraaççaa AArraannhhaa,, ee ssee eesstteennddee
aattéé oo aannoo ddee 11992222,, ccoomm aa rreeaalliizzaaççããoo ddaa SSeemmaannaa ddee AArrttee MMooddeerrnnaa.. O termo Pré-Modernismo foi criado por Alceu de Amoroso
Lima (Tristão de Ataíde) para designar o período cultural brasileiro que vai do princípio deste século à Semana de Arte Moderna , ou como quer a cronologia literária, de 1902 , ano da publicação de Canaã, de Graça Aranha e de Os Sertões, de Euclides da Cunha, até 1922, ano da realização da Semana de Arte Moderna. O CONTEXTO HISTÓRICO
Vale observar que diversidade regional fez com que a manifestações políticas e sociais da época expressassem níveis de consciência muito distintos , não raro parecendo exprimir tensões meramente locais. Alguns acontecimentos que configuram este quadro: NO NORDESTE • a Revolução de Canudos ( BA - 1896 - 1897), retratada por Euclídes da Cunha; • o fenômeno do cangaço, decorrente do declínio da economia dos engenhos; • o fanatismo religioso desencadeado pelo " Padim Ciço", que tem por apicentro o Ceará, entre 1911 a 1915. NO RIO DE JANEIRO • A revolta contra a vacina obrigatória ( Oswaldo Cruz), 1904, expressiva da insatisfação das massas urbanas; • A revolta da Chibata (1910) liderada por João Cândido, " O Almirante Negro". Os marinheiros amotinados exigiam a extinção dos castigos corporais na Marinha. EM SANTA CATARINA • A Guerra do Contestado (1912 -1916) envolvendo posseiros da região contestada entre Santa Catarina e Paraná, às margens do rio do Peixe.
O Pré-modernismo No Brasil (Literatura Brasileira)
O PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL
Foi o pensador e crítico literário Alceu Amoroso Lima, pseudônimo, TRISTÃO DE ATAÍDE, com a obra Contribuição a história do Modernismo, propôs o termo ?Pré-Modernismo que antecipa idéias e práticas modernistas.
A poesia apresenta correntes ligadas ao Parnasianismo e ao Simbolismo.
Na prosa de ficção é evidente id rias do Realismo-Naturalismo, os autores regionalistas se destacam, como os gaúchos Simões Lopes Neto e Alcides Maia.
O Pré-Modernismo é a época do nacionalismo temático:crítico e contestador.Os tipos humanos marginalizados ganharam espaços nas obras literárias.Alguns autores optaram pela poetizaçao da linguagem científica, outros preferiram o uso de regionalismos.
EUCLIDES DA CUNHA em OS SERTÕES, revela a interpretação da realidade nacional, tendo como inspiração seu trabalho jornalístico em Canudos.
OUTRAS OBRAS:Contrastes e Confrontos, Relatório sobre o Alto Purus e Peru versus Bolívia.
LIMA BARRETO
No estilo simples fez uma literatura militante, criou alguns personagens que se tornaram símbolo de comportamento e valores sociais, como Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos.
OBRAS:Triste fim de Policarpo Quaresma, Numa e Ninfa, Clara dos Anjos, Recordação do escrivão Isaías Caminha, Vida e Morte de M.J.Gonzaga de Sá.
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MONTEIRO LOBATO
Considerado um contista regionalista , escritor combativo de literatura militante, apresentou a realidade social e mental do chamado Jeca Tatu.
Foi o mais importante escritor da literatura infantil brasileira.
OBRAS: Urupês, Cidades Mortas, Negrinha.
Sítio do Picapau Amarelo, Reinações de Narizinho, Viagem ao Céu, Memórias de Emília, O Minotauro, entre outros.
OUTROS AUTORES DO PRÉ-MODERNISMO
GRAÇA ARANHA (Canaã)
JOSE MARIA TOLEDO MALTA
AUGUSTO DOS ANJOS
Combina elementos parnasianos, simbolistas e expressionistas: preocupação formal, musicalidade, exagero e deformação expressivos.
Sua poesia é forte, chocante, agressiva, comunica-nos a angústia da falta de sentido à vida na decomposição e aniquilamento da carne.
EU, foi uma de suas obras, mais tarde passou a chamar-se Eu e outras poesias.
MODERNISMO BRASILEIRO
O contato de alguns jovens intelectuais brasileiros com as Vanguardas Européias provocou a renovação da estética que eclodiu na SEMANA DA ARTE MODERNA,em 1922.Vista por alguns críticos como um evento mundano.
Os escritores da chamada fase heróica ou de ruptura do modernismo apresentam alguns pontos comuns:
*ataque às formas acadêmicas de arte
*defesa intransigente da liberdade de criação
*aprofundamento da investigação crítica da cultura e realidade nacionais.
*valorização da língua falada e de suas formas de recurso literário
CCoonnhheeccee--ssee ppoorr mmooddeerrnniissmmoo,, nnoo BBrraassiill,, oo mmoovviimmeennttoo ddee rreennoovvaaççããoo lliitteerráárriiaa,, mmuussiiccaall ee aarrttííssttiiccaa qquuee ssee oorriiggiinnoouu ccoomm aa SSeemmaannaa ddee AArrttee MMooddeerrnnaa,, rreeaalliizzaaddaa eemm SSããoo PPaauulloo,, ddee 1111 aa 1188 ddee ffeevveerreeiirroo ddee 11992222,, ee qquuee tteevvee iimmpplliiccaaççõõeess ttaannttoo ccuullttuurraaiiss qquuaannttoo ppoollííttiiccaass.. EEnnqquuaannttoo aa EEuurrooppaa vviivviiaa uummaa aaggiittaaççããoo eessppiirriittuuaall,, nnoo BBrraassiill iimmppeerraavvaa uummaa eessttaaggnnaaççããoo nnoo ccaammppoo ddaass aarrtteess,, oo qquuee lleevvoouu uumm ggrruuppoo ddee aarrttiissttaass ee iinntteelleeccttuuaaiiss aa ttoommaarr aa ddiiaanntteeiirraa ddee vveerrddaaddeeiirraa rreevvoolluuççããoo,, ccuujjoo mmaarrccoo ffooii oo eevveennttoo..
FFooii iinntteennssoo oo iimmppaaccttoo jjuunnttoo aaoo ppúúbblliiccoo,, qquuee rreeaaggiiuu ccoomm iinnccoommpprreeeennssããoo ddaass nnoovvaass tteennddêênncciiaass.. MMuuiittaass
aapprreesseennttaaççõõeess ffoorraamm vvaaiiaaddaass,, oouuttrraass aappllaauuddiiddaass,, mmaass oo qquuee ssee qquueerriiaa eerraa mmeessmmoo oo eessccâânnddaalloo:: cchhooccaarr
ppaarraa mmuuddaarr,, aapprreesseennttaarr ""oouussaaddaass nnoovviiddaaddeess"",, qquuee rreevveellaasssseemm aa rreeaalliiddaaddee bbrraassiilleeiirraa ccoommoo ttaall..
68
Literatura Modernista Modernismo
QUADRO GERAL: GERAL
CARACTERÍSTICAS:
Combate ao passadismo; contra os padrões clássicos e tradição.
Irreverência contra o preestabelecido.
Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação.
Linguagem coloquial, do dia-a-dia; regionalismo.
Humor, ironia, paródia e poema-piada.
Busca do novo, original, dinâmico refletindo a industrialização, máquinas, motores.
Sem enfeites e rebuscamentos; a simplicidade.
Abstenção de uma postura sentimentalóide.
Preocupação com a observação e análise crítica da realidade.
Consciência nacional.
MODERNISMO EM PORTUGAL / AUTORES
I) FERRANDO PESSOA
Foi um dos diretores da revista “Orpheu”, participando ativamente do Modernismo em Portugal.
Quis reconstruir o mundo, organizar o caos.
Queria ser absoluto e abrangente; universal.
Multiplicou-se para poder sentir os vários ângulos da realidade: sua heteronímia.
Tornou-se vários poetas ao mesmo tempo, com características próprias, biografias próprias, etc.
Escreve como F. Pessoa - ele mesmo e seus heterônimos.
II) ALBERTO CAEIRO
Nasceu em Lisboa em 1889 onde morreu tuberculoso em 1915.
Era louro, de olhos azuis.
Foi o mestre dos autores heterônimos.
Pregou a simplicidade e a ligação com a natureza.
Trocou a simplicidade e a ligação com a natureza.
Linguagem sem sofisticação
Para ele o importante na poesia era o “ver”.
III) ÁLVARO CAMPOS
Nasceu em 1889 sem constar data da morte.
Era alto, magro, corcunda.
Cursou engenharia naval, mas não exerceu.
Foi o homem da grande cidade, adepto da modernização; agressivo e pessimista.
Exaltou a máquina, as fábricas, o movimento.
É o poeta futurista.
IV) RICARDO REIS
Nasceu em 1887 e não há registros de morte.
Centrou-se nos temas da Antigüidade Clássica.
Ter uma visão pagã de mundo não acreditando no pecado.
Sempre precisava viver o presente, o momento.
Escreveu de forma sofisticada; usou a emoção como forma de impor suas idéias.
Buscou o equilíbrio e a calma.
É o poeta neoclássico
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V) FERNANDO PESSOA - ele mesmo
Nasceu em Lisboa em 1888 e morreu em 1935,
Apresentou forte faceta saudosista - Nacionalista.
Mostrou as emoções depuradas pela intelectualidade.
Apegou-se à solidão mostrando-se introvertido.
Análise da função do poeta na vida.
VI) MÁRIO DE SÁ - CARNEIRO
Nasceu em Lisboa em 1890 e cometeu suícidio em Paris, 1916.
Em 1915 lançou a revista “Orpheu” junto com o amigo F. Pessoa.
Profunda crise moral e financeira.
Mostrou inadaptação ao mundo, deixava levar-se pelas emoções, pela megalomania perdendo-se da realidade.
Interiorizou-se mais mostrando-se inseguro e egocêntrico.
Principal obra: A Confissão de Lúcio.
Literatura Modernista
1ª geração do Modernismo Brasileiro
QUADRO GERAL: 1ª GERAÇÃO DO MODERNISMO BRASILEIRO
INÍCIO: 1922 - evento da “SEMANA DE ARTE MODERNA” no teatro municipal de São Paulo. TÉRMINO: 1930 - publicação do livro “Alguma Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade.
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS:
Definições de posições bem determinadas e próprias.
Rompimento com as estruturas do passado.
Caráter anárquico e destruidor.
Nacionalismo.
Pesquisa através da volta às origens.
Tentativa de criar uma língua brasileira; a língua falada nas ruas, pelo povo.
Repensar a história da literatura no Brasil através da paródia e do humor.
Valorização do índio-autêntico brasileiro.
É uma fase rica em manifestos: “Pau-Brasil”, Oswald de Andrade - "Verde-Amarelo", e do "Grupo da Anta", com Plínio Salgado,
Nacionalismo crítico x utópico.
AUTORES
I) MÁRIO DE ANDRADE
Liberdade formal.
Combate a sintaxe tradicional.
Nacionalismo.
Procura da linguagem brasileira.
Tema principal: a cidade de São Paulo.
Expressões ítalo-paulistanas.
Linguagem coloquial.
Pesquisa folclórica.
Principais obras: “Paulicéia Desvairada” (1922); “Lira Paulistana” (1946); “Contos Novos” (1946); “Amar,Verbo Intransitivo” (1927); “Macunaíma” (1928); “A escrava que não era Isaura” (1925).
II) OSWALD DE ANDRADE
Lançou o movimento "Pau-Brasil" (1924) e o "Antropofágico" (1927).
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Linguagem telegráfica.
Rupturas sintáticas.
Capítulos curtos.
Neologismos.
Técnica cinematográfica.
Linguagem coloquial e sintética.
Humor, paródia.
Temas do cotidiano.
Quebra de fronteiras entre a prosa e poesia.
Principais obras: “Memórias Sentimentais de João Miramar” (1924); “Serafim Ponte Grande” (1933); “A Morta” (1937); “O Rei da Vela” (1937).
III) MANUEL BANDEIRA
No início, influências simbolistas com ligações parnasianas.
Fez poemas autobiográficos.
Tom melancólico e lírico.
É muito triste em seus textos.
Temas relacionados a doenças e mortes, principalmente a tuberculose.
Linguagem coloquial, tese social e folclore negro.
As vezes usa a ironia.
Versos livres.
Rebeldia e sátira como no poema “Os sapos”.
Temas populares.
Saudade da infância.
Desejo de libertação.
Principais obras: “A cinza das horas” (1917); “Ritmo Dissoluto” (1924); “Libertinagem” (1930); “Estrela da Manhã” (1936); “Itinerário de Pasárgada” (1954).
OUTROS AUTORES
Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda.
Cassiano Ricardo: Martim Cererê.
Guilherme de Almeida: A flor que foi um homem.
Menotti del Picchia: Juca Mulato.
Plínio Salgado: O cavaleiro de Itararé.
Raul Bopp: Cobra Morato.
Literatura Modernista Modernismo 2ª fase (1930-1945)
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS:
Iniciou com o livro Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
Aprofundou os ideais e propostas da 1ª fase.
Verso livre.
Poesia sintética.
Questionamento da Realidade.
Busca o “eu-indivíduo” e o seu “estar no mundo”.
Investigação do papel do artista.
Metalinguagem.
Corrente mais intimista e espiritualizada.
Evidencia-se a fragilidade do Eu.
Domínio da prosa com o Romance regionalista nordestino, social e politicamente engajado.
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POETAS DO MODERNISMO 2ª FASE
I - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:
a-) Temas específicos: o indivíduo; a terra natal; a família; os amigos; o social; o amor; a própria poesia; exercícios lúdicos com a poesia; visão de existência.
b-) Características:
1925 - 1940: Poesia irônica; humor; saudosismo; individualismo; contempla o mundo e a si mesmo. Obras: Alguma Poesia; Brejo das Almas e Sentimento de Mundo
1941 - 1945: Poesia social; guerra; ditadura; denúncias; a metalinguagem.
Obras: A Rosa do Povo; poemas José e A Procura da Poesia.
1946 - 1958: Poesia metafísica; ideologia; negativismo; descrença.
Obras: Poesia até Agora; Claro Enigma e Fazendeiro do Ar.
1962 - 1968: Poesia objectual; liberdade poética; atitude lúdica; o prosaico; o irônico; poesia experimental. Obra: Lição de coisas.
1968 - 1987: Últimas obras: certo erotismo e ecletismo.
Obra: Boi tempo; entre outras.
II- CECÍLIA MEIRELES
a-) temas específicos: a solidão; o amor perdido; a saudade; o espaço; o oceano; temas históricos; a fugacidade do tempo; a fragilidade do ser humano; os desacertos dos homens; o isolamento; a
sombra; o nada.
b-) Características:
Escreve obras em poesia, prosa e também traduções.
Influência simbolista (neo-simbolismo).
Uso de lirismo.
Ceticismo e melancolia.
Musicalidade como apoio para seus lamentos.
Versos curtos e com ritmo.
Jogo de imagens, sons e cores.
Subjetivismo.
Corrente espiritualista do Modernismo.
c-) Algumas obras:
Espectros (1919)
Viagem (1939)
Vaga Música (1942)
Mar Absoluto (1945)
Romanceiro da Inconfidência (1953)
A Rosa (1957)
etc.
III) VINICIUS DE MORAES
a-) Temas específicos: espiritualidade; amor platônico; amor real; a mulher; a sensualidade.
b-) Características:
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Transcendental e místico numa 1ª fase.
Versos mais longos e melancólicos.
Proximidade com o mundo material; 2ª fase.
Versos mais curtos; sonetos; às vezes um modelo de Camões; versos decassílabos e alexandrinos.
Antíteses e paradoxos.
Letras de músicas e criação de histórias infantis.
c-) Algumas obras:
O Caminho para a distância (1933)
Ariana, a mulher (1936)
Novos Poemas (1938)
Cinco Elegias (1943)
Arca de Noé (1970)
etc.
PROSA DO MODERNISMO 2ª FASE
I ) JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA
A Bagaceira, 1928 ? início da corrente regionalista nordestina. Retrata a vida dos engenhos de cana-de-açúcar, os retirantes, a seca.
Valores morais do homem nordestino.
II) RACHEL DE QUEIRÓS
Falou do Ceará; da seca; do povo que lá vive; da Terra.
O Quinze, 1930: o tema é a grande seca de 1915; aspecto social junto com aspecto psicológico.
III) JOSÉ LINS DO REGO
Decadência dos engenhos desmantelados pelas usinas.
Ciclo da cana-de-açúcar: sua vivência no engenho.
O narrador de Menino de Engenho é o reflexo do próprio autor em alguns momentos.
Em 1943, o autor publica Fogo Morto, sintetiza o ciclo e conta a história de um engenho chamado Santa Fé.
IV) JORGE AMADO
Regionalismo baiano, zonas rurais do cacau e zona urbana de Salvador.
Tipos marginalizados.
Análise da sociedade.
Utilização em suas obras da “fala do povo”.
a) Romances Proletários: mostram a vida em Salvador com um retrato social - Suor, O País do Carnaval e Capitães de Areia. b) Ciclo do Cacau: a vida nas fazendas nas regiões de Ilhéus e Itabuna - Cacau, Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus. c) Crônicas de Costumes e depoimentos líricos: novelas, romances com temáticas amorosas. - Mar Morto, Gabriela Cravo e Canela, A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água.
V) GRACILIANO RAMOS
Início do trabalho com a publicação de Caetés (1933).
Atividades subversivas; preso político ? Memórias do Cárcere.
Viagem aos países socialistas ? Viagem.
Clima de tensão; relações do homem com o meio natural; meio social.
Final trágico: o suicídio.
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O homem muitas vezes se animaliza.
A seca, os retirantes, a vida na caatinga.
a) Romances em 1ª pessoa: Caetés, São Bernardo e Angústia: pesquisa da alma humana com análise da sociedade. b) Romances em 3ª pessoa: Vidas Secas: visão distanciada da realidade com enfoque nos diversos modos de ser. c) Autobiografias: Infância e Memórias do Cárcere: o autor problematiza a si mesmo com temática humana. Literatura Modernista Pós-Modernismo ou 3ª fase 1945 até os dias de hoje
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS:
A poesia renova-se.
Surge a poesia concreta, a poesia social e a poesia praxis.
Na prosa temos o romance e o conto em grande desenvolvimento.
Estilo mais objetivo e maior densidade.
Pesquisas e inovações lingüísticas.
Complexidade psicológica.
Tensões entre o indivíduo e a sociedade.
Realismo fantástico.
Regionalismo universal.
POESIA PÓS-MODERNA
I) JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Linguagem objetiva e seca
Simplicidade.
Temas sociais do Nordeste em algumas obras.
Obras: Pedra do Sono (1942); O Engenheiro (1945); Morte e Vida Severina (1956); etc.
Poesia sintética; objetiva; escreve como um engenheiro.
II) CONCRETISMO
Fim do verso.
Eliminação da sintaxe tradicional.
Força visual das palavras.
Nova forma de comunicação poética: o gráfico.
Exploração de formas, cores, montagem de palavras.
Principais Poetas: Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Augusto de Campos.
III) FERREIRA GOULART E POESIA SOCIAL
Luta social.
O meio e o homem.
Obras: A Luta Corporal (1954); Quem Matou Aparecida (1962) etc.
IV) POESIA PRAXIS
Rompimento com o grupo dos concretistas.
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Retomada da palavra; do engajamento histórico.
Superação da dialética de 22.
Pesquisa de uma nova estrutura para o poema.
Autor: Mário Chamie - Laura - Laura (1962)
PROSA PÓS-MODERNA
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I) CLARICE LISPECTOR
Aproxima-se de James Joyce, Virginia Woolf e Faulkner.
Fluxo de consciência compondo com o enredo factual.
Momento interior é o tema mais importante.
Subjetividade.
Amostras do mundo de forma metafísica.
A exploração do eu.
Um novo sentido de liberdade a partir da sua leitura do mundo.
Esquema:
* A personagem está diante de uma situação do cotidiano. * Acontece um evento. * O evento lhe “ilumina” a vida: aprendizado, descoberta. * Ocorre o desfecho: situação da vida do personagem após o evento.
Obras:
* Perto do Coração Selvagem (1947) - estréia. * O lustre (1946). * A cidade Sitiada (1949). * A maçã no escuro (1961). * A Paixão Segundo GH (1961). * A Hora da Estrela (1977), entre outras.
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II) GUIMARÃES ROSA
Aproveitamento da fala regionalista com seus arcaísmos.
Neologismos.
Recorrência ao grego e latim.
Processo fonético na criação escrita.
Além da experimentação formal, temos uma visão profunda do ser humano e suas experiências.
Cenário: o sertão brasileiro.
Regionalismo universalizante: a problemática atinge o homem em qualquer lugar.
Questionamentos sobre Deus e Diabo; significado da vida e da morte; o destino.
Obras:
* Sagarana (1948) * Corpo de Baile (1956) * Grande Sertão: Veredas (1956) * Primeiras Estórias (1962) etc.
Fonte: Material organizado pela Profa. Gisele K. Kondi Hamadani