na prática 16

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Ano III - Edição 16 Julho/2009 Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP Conheça a realidade de quem quer remover tatoos; custo para retirada pode chegar a R$ 30 mil. Pág 9 Rafaela Ometto TECNOLOGIA Este símbolo é um QR Code, que neste caso significa “Jornal Laboratório Na Prática”. Mais ágil, sistema é um novo código de barras. Pág 4 CULTURA independente Música Festival Interferência grava programa musical e revela talentos. Pág 12 ARREPENDIMENTO sai caro Tatuagem EDUCAÇÃO Intercâmbio Gripe suína não afeta estudos de alunos da Unimep no exterior. Pág 05 AMERICANA A...gostinho de cultura Meio Ambiente e leitura para conscientização. Pág 12 COMPORTAMENTO Brechó atualizado Comércio on-line moderniza a forma de expor e vender roupas usadas. Pág 10 Fotos: Nathalia Ravara JORNAL LABORATÓRIO

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Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Unimep - Julho de 2009

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Page 1: Na Prática 16

Ano III - Edição 16 Julho/2009Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP

Conheça a realidade de quem quer remover tatoos; custo para retirada pode chegar a R$ 30 mil. Pág 9

Rafaela Ometto

Tecnologia

Este símbolo é um QR Code, que neste caso significa “Jornal Laboratório Na Prática”. Mais ágil, sistema é um novo código de barras. Pág 4

culTura

independenteMúsica

Festival Interferência grava programa musical e

revela talentos.Pág 12

arrependimenTo

sai caroTatuagem

educação

IntercâmbioGripe suína não afeta estudos de alunos da Unimep no exterior.

Pág 05

americana

A...gostinhode cultura

Meio Ambiente e leiturapara conscientização.

Pág 12

comporTamenTo

Brechó atualizadoComércio on-line modernizaa forma de expor e vender

roupas usadas.Pág 10

Fotos: Nathalia Ravara

JORNAL LABORATÓRIO

Page 2: Na Prática 16

2 Na Prática - Julho/2009

apresenTaçãoExPEdiENtE

O principal objetivo da comunidade do jornal é o contato com os leitores e esse espaço está integralmente aberto à manifestação de suas opiniões, concordando ou não com o conteúdo da edição, opinando e sugerindo pautas para as próximas.

Vamos participar,mande seu recado! Valeu Galera!!!

NOssO E-MAIl:[email protected]

ParticiPE dacomuNidadE No orkut

JORNAL NA PRáTICA/UNImEP

arTigo de opinião

Gustavo antoniassi

[email protected]

O veto do governador José Serra à lei que proibia a venda de alimentos calóricos nas escolas do Estado de São Paulo remete a uma importante

reflexão: a importância dada pelas autoridades ao que é consumido pelos jovens estudantes. Na matéria do repór-ter Luan Antunes, a nutricionista Juliana Bertulucci aler-ta para o problema. “Estão consumindo mais calorias do que vitaminas”, revela.

Apesar do alerta dos especialistas, os lanches, bebidas, salgadinhos, inclusive os industrializados, e outros alimentos de alto teor calórico continuarão à ven-da normalmente nas lanchonetes e can-tinas das escolas públicas e privadas de São Paulo. Não dá para imaginar que algo comprovadamente prejudicial à saúde tenha sido liberado e o pior, a justifica do governa-dor não convence nem ao mais leigo no assunto. Segundo Serra, o veto à lei aprovada pela Assembléia Legislativa aconteceu pela “utilização de conceitos vagos que care-cem de rigor técnico, inviabilizando sua correta aplicação e fiscalização pelos agentes da Vigilância Sanitária”.

Oras, não é possível que o trabalho de prevenção seja tão insignificante. A maior preocupação é com o au-

mento considerável de crianças e adolescentes com obe-sidade, ou pelo menos acima do peso. Será mesmo que a prevenção nesse caso não seria a melhor saída? Além disso, ao barrar a lei, o governador do mais importante estado do Brasil, dá um sinal claro de que a fiscalização dos agentes responsáveis é falha, ou não acontece, já que ao explicar o veto sinaliza para uma lei similar assinada anteriormente. Entre os produtos proibidos na lei vetada estavam as coxinhas, balas e refrigerantes que, inega-

velmente, não colaboram para uma boa alimentação. Defensores da proibição das guloseimas entendiam que ele po-deria adotar uma medida supostamente em favor da saúde pública, sancionando a lei, mas não foi o que aconteceu.

Ainda segundo a matéria, entre os es-tudantes também existem controvérsias. “A falta de lan-ches naturais como opção, faz com que comamos o que tiver à disposição”, ilustra a aluna, apelidada de coelha da turma. É mais um claro sinal que não existe fiscaliza-ção. A matéria é o retrato fiel do que é vendido em uma Escola Técnica, onde os alunos teoricamente já estão em um estágio avançado de informação, mas mesmo as-sim comem alimentos adequados no regime alimentar. Resta saber o resultado que terá no futuro a justificativa descompromissada do governador Serra.

Coxinhas, balas e refrigerantes estão

liberados

Pode comer à vontade nas escolas de São Paulo

Esta edição do na prática aborda um tema delicado e muito comum na juventude, fazer ou não fazer uma tatuagem? Quais são os riscos de arrepender-

se e qual é o preço desse arrependimento? A matéria “Quanto vale o arrependimento” da repórter Nathália Ravara mostra que jovens fazem tatuagens por impulso e acabam se dando conta de que não era exatamente o que queriam. O preço para uma remoção total (quando esta é possível) pode chegar a R$ 30 mil, além de ser extremamente doloroso.

Ao ler a matéria, questiona-se o ato em si, mas este nos leva a uma reflexão bem maior, que implica no peso de uma decisão e sobre a pena que se pode pagar por ela. Há certa época da vida em que uma pessoa não sabe exatamente se é adolescente, adulto ou criança, e é nessa idade que muitos acabam fazendo opções erradas e descobrindo da forma mais amarga que está entrando no mundo adulto. Fazer uma tatuagem não tem volta. Por mais que seja feito o tratamento a laser, um borrão ficará para sempre no local e este resultado é conseguido depois de um doloroso e caro tratamento; cada sessão de remoção custa R$ 600 e os resultados só

são visto após, pelo menos oito sessões. Mas não fazer é a alternativa? Não, pensar no que se está fazendo é a alternativa, conversar com pessoas que já têm e não se arrependeram, conversar com as que se arrependeram e principalmente refletir sozinho se existirá uma conse-qüência direta.

A sociedade em que vivemos ainda é conservadora quando se trata de certos assuntos. o uso de tatuagens já foi visto com maus olhos e hoje é mais normal, mas ainda há setores em que a imagem é fundamental e nes-tes lugares muita gente tatuada ainda sofre na hora de pedir emprego. Na matéria em que o assunto é tratado a história de Rafael Teixeira ilustra isso muito bem. Hoje ele questiona se realmente a tatuagem era tão impor-tante assim, se foi necessária.

Como diz a repórter Nathália, “O arrependimento pode vir no dia seguinte ou anos depois”, mas se vier vai ser muito amargo. Por isso refletir nunca é demais nesse caso.

Thomaz FernandesEditor assistente

Será que vale a pena?Jornal Laboratório dos alunos do

5º semestre de jornalismo da Unimep

ReitoR

Prof. Dr. Clovis Pinto de Castro

DiRetoR Da FaculDaDe De comunicação

Belarmino César Guimarães da Costa

cooRDenaDoR Do cuRso De JoRnalismo

Paulo Roberto Botão

eDitoR

Wanderley Garcia (MTB: 06041)E-mail: [email protected]

eDitoRes assistentes

Gustavo AntoniassiThomaz Fernandes

eDitoRa De FotogRaFia Camila Gusmão

eDitoRes(as)Comportamento: Clayton Padovan

Cultura: Ângela SilvaEducação: Patricia EliasSaúde: Thiane Mendieta

Tecnologia: Gislaine Bettin

RepóRteRes:Aline Joaquim, Amanda Sabino, Ângela Silva,

Camila Gusmão, Carla Bovolini, Clayton Padovan, Daniane Gambaroto, Gislaine Bettin, Iuri Botão, João Lopes, Leonardo Moniz, Lígia Paloni, Luan

Antunes, Luis Gustavo Antoniassi, Mayara Cristofoletti, Milena Barros, Nathalia Ravara,

Patricia Elias, Rafaela Ometto, Thiane Mendieta, Thomaz Fernandes, Zamir Junior.

aRte gRáFica

Sérgio Silveira Campos(Laboratório de Planejamento Gráfico/ Unimep)

coRResponDências

Faculdade de Comunicação - Campus Taquaral Rodovia do Açúcar, km 156 - Caixa Postal 68

Cep 13400.911- Tel. (19) 3124 1677

Tiragem: 2000 exemplares

Page 3: Na Prática 16

Julho/2009 - Na Prática 3 TECNOLOGIA

Zamir Junior

[email protected]

Com a ajuda da rede mundial de compu-tadores alunos e amantes da leitura conse-guem acesso a obras da literatura brasileira e outros assuntos através de sites que ofe-recem os textos para baixar gratuitamente, “os downloads de e-books”. O e-book é um livro em formato eletrônico, geralmente em PDF, diferente do livro tradicional impresso. O arquivo é eletrônico e a leitura do e-book pode ser feita de formas alternativas, como por exemplo, no próprio computador, no MP4, Ipod e até mesmo em celulares.

Jovens e adultos utilizam esse método para ampliar seus conhecimentos. Várias obras foram traduzidas para o português e milhares de estudantes usam a internet para conhecer um pouco mais dos grandes

iuri Botão

[email protected]

A venda de músicas on-line cresceu 79% ano passado no Brasil. O comércio repre-senta apenas 12% da receita das gravado-ras, contra os 88% que equivalem às mídias tradicionais. Aparente bom negócio para as bandas da região, que costumam ter difi-culdade para produzir e divulgar seu traba-lho, a Internet não traz retorno financeiro, mas tem papel importante na divulgação.

Max Matta, vocalista da banda piracica-bana Caps Lock, diz que a venda on-line funciona apenas para artistas com grava-doras grandes, que têm abertura para colo-car as músicas em portais confiáveis. “Para bandas independentes é difícil cobrar pela música, pois as formas de fazer propaganda do produto são restritas. Interessante é que o público baixe gratuitamente e comparti-lhe com os amigos”, explica.

Para o vocalista da banda de Piracicaba Royales, Ronaldo Corte Real, “existem possibilidades infinitas na Internet, o que é ótimo, pois o artista não precisa mais de gravadora para atingir o público, e é este público que vai determinar as tendências, e não mais o senso comum das gravado-ras”, explica. “Agora se volta ao início de tudo, ao romantismo na música. A Inter-net é como um grande chapéu, recolhen-do moedas jogadas por cada pessoa que

e-book

livros ao alcance de um cliqueObras de autores mortos há mais de 70 anos podem ser baixadas sem restrição de direitos autorais

escolar, por exemplo no ensino médio, professores da língua portuguesa, ava-liam o conhecimento das obras literárias e a interpretação dos alunos. “É mais fácil encontrar um livro pela internet do que em uma livraria, em que a procura dura muito tempo e as vezes é preciso até en-comendar”, diz Carol Silva estudante do 3° colegial da escola Pedro Moraes Caval-canti, de Piracicaba.

autores consagrados do nosso país e do mundo inteiro. Após 70 anos da morte do autor, suas obras são consideradas de domí-nio público, fato que autoriza a população a baixar esses livros da internet sem violar nenhum direito autoral. Obras literárias como as de Machado de Assis, Fernando Pessoa e William Shakespeare podem ser degustadas em qualquer lan-house.

Sites como ecofuturo.org.br fornecem livros completos de domínio público em diversos temas, “Os principais benefícios são a disponibilidade para se encontrar livros e a economia, já que a maioria dos livros são caros e na internet há uma

grande variedade sem custo nenhum”, diz a estudante de pedagogia Carolina Joaquim Pereira. A pro-fessora de língua portuguesa, Teresa Regi-na Bigaran, completa: “é uma forma dos alunos conseguirem maior rendimento nas aulas, pois rapidamente ele localiza pela internet o livro que procura. Acho hiperválido e muito interessante, pois pode ter sol ou chuva o aluno terá acesso ao livro que precisa”.

Estudantes recorrem a esse tipo de aju-da quando o assunto é prova ou trabalho

música on-line

Divulgação,

Bandas popularizam seus trabalhos com rapidez, mas não conseguem dinheiro na internet

Fotos: Reprodução

Gislaine Bettin

passa pela rede, ouve a música e contribui com o artista”.

De olho nesse público, bandas têm feito lançamentos alternativos, como o Radio-head, que em 2007 lançou o álbum “In Rainbows” para download em seu site oficial. O público escolhia quanto pagar, a partir de zero. Em entrevista ao Fantás-tico em sua passagem pelo Brasil, o vo-calista Thom Yorke, disse que o público foi generoso, mas que os brasileiros estão entre os que menos pagaram.

O site Trama Virtual (tramavirtual.uol.com.br) desenvolveu uma forma de trabalhar com bandas independentes. A cada mês, patrocinadores disponibilizam uma quantia de dinheiro a ser distribuída entre os artistas que tiverem suas músicas

mas sem $$

baixadas. “Mas ainda é pouco. No mês de março tivemos 518 downloads, o que nos rendeu apenas R$18,18. Num futuro próximo as músicas não terão valor co-mercial, mas publicitário. Para vender a única coisa que o artista faz e não pode ser baixada: o show”, diz Matta.

Corte Real, que há quatro anos, quan-do não havia patrocínio, lançou um CD na íntegra no site, acha a ideia boa, po-rém confusa. “É pouco dinheiro quando se pulveriza dessa maneira. Mas vale lembrar que nem todos os músicos são profissio-nais. É um incentivo que nunca existiu. E pode ter certeza que ninguém faz caridade, as empresas ganham em marketing ou em isenção fiscal mais do que a soma ‘doada’ a todos esses novos artistas”, analisa.

Page 4: Na Prática 16

4 Na Prática - Julho/2009TECNOLOGIA

mariana alonso [email protected]

Na região, uma grande rede de cinemas, utiliza o QR Code através da venda pela internet. Ao efetuar a compra on-line em minutos, é disponibilizado para o usuário que recebe em seu celular um novo código que permite sua entrada para a sessão escol-hida. Na carta recém chegada com postal da família na Europa um selo estranho: QR Code?. Na postagem internacional informa-ções são transmitidas de forma sintetizada no mesmo padrão. A tecnologia QR Code é aplicada em diferentes campos.

Iara Faé, de Americana, se comunica com familiares residentes na Alemanha e estra-nhou a diferença dos selos do correio alemão. “Um código diferente dos que estamos acostumados aqui, são pequenos quadra-

Qr code

Código pode ser lido pela câmera do celularFerramenta ágil e universal substitui o velho código de barras e promove interação

papel eleTrônico

Div

ulga

ção

leonardo moniZ

[email protected]

Você já imaginou um supermercado em que os produtos têm rótulos animados? Já pensou se você usasse uma camisa com um desenho que se movimentasse? Não, não é mais uma pro-paganda enganosa. Há 11 anos, uma empresa chamada “E-Ink Corporation” teve a idéia ino-vadora. “Ink” se traduz por tinta, em inglês. “E-ink” significa tinta eletrônica.

De acordo com o site oficial do produto (www.e-ink.com), essa tinta eletrônica resulta da composição de milhões de microcápsulas extrema-mente pequenas, que compõem um “pó líquido”. As cápsulas são compostas por inúmeras partículas bran-cas carregadas com carga positiva e outras tantas partículas pretas, com carga negativa.

A plataforma para a atuação da tinta eletrônica é o papel eletrônico, uma tecnologia que imita o papel comum, mas que pode ser apagada ou alterada sem a necessidade de outro papel.

dos repletos de outros minúsculos quadrados, lembram muito pixels”. Ao questionar o tio que enviou um cartão postal recebeu a resposta: “é um similar do nosso código de barras tradicional, só que contém bem mais informações. Alguns cor-reios europeus utilizam há tempos e podem ser encontrados em vários produtos mas ainda não se fala muito desse novo código”.

O Qr Code é uma novidade que está chegando aos poucos no mercado brasil-eiro. Desenvolvido por japoneses na dé-cada de 90, permite a leitura por um scan-

ner em câmeras de celulares de um código bidimensional que teoricamente segue o princípio do código de barras comum. A sigla QR que é Quick Response, ou seja,

“resposta imediata”. Um QR Code, pode conter um endereço de internet, um texto ou mesmo um número de telefone. Aces-sível, qualquer um pode criar um com a informação que quiser como no site qr-code.kaywa.com, que oferece o serviço de gerador de códigos dessa categoria gratuitamente. Em países como Japão e Inglaterra, além de virar febre, o QR pode ser encontrado até mesmo em fachadas de estabelecimentos diversos.

A idéia é difundir a tecnologia ampla-mente, mas especificamente existe um in-teresse em intensificar para a publicidade. As empresas Fast Shop, Nova Schin e Claro saíram na frente com anúncios pub-licados entre 2007 e 2008. É o chamado mobile marketing. As empresas publicam um QR Code no anúncio e para ler é necessário acessar via câmera do celular.

e-ink, o futuro doemimpresso

Nova tecnologia permite carregar no bolso conteúdo de jornais on-line

Quando uma corrente elétrica entra em contato com essa tinta, as partículas bran-cas ficam visíveis para a pessoa que está lendo. Quando se inverte a corrente, são

as partículas pretas que aparecem. “As ima-gens ficam nítidas e podem ser vistas de diversos ângulos”, garante o consultor de marketing on-line, Julio Preuss.

Vantagens Segundo a OMC (Organização Mundial do Comér-

cio), as reservas de papel disponíveis no planeta têm garantias até o ano de 2040. Não é preciso ir longe para entender que são necessárias medidas de redução de gastos. O papel eletrônico é uma grande alterna-tiva. Para Roberto Civita, CEO do Grupo Abril, o aparato vai mais longe. “É a morte do papel. Tanto do ponto de vista da portabilidade quando da sus-tentabilidade”, afirmou, durante palestra realizada no curso Master em Jornalismo – Gestão de Empre-sas de Comunicação.

Jornais impressos podem servir-se da tecnologia. A utilização dos exemplares se daria por conexão

com pontos de internet ou por redes sem fio. A econo-mia poderia chegar a quase 70% com gastos na produção dos impressos, segundo dados de Preuss. Outra novidade é que o e-paper não emite luz. Funciona como refletor de luz, bem como o papel comum.

suas mãos

Qr code: aplicação nos correios e em vendas pela internet

Amanda Sabino

Page 5: Na Prática 16

Julho/2009 - Na Prática 5 EDUCAÇÃO

aline Cristiane Joaquim [email protected]

Apesar do princípio de pânico causado em abril pelos primeiros casos da gripe Influenza A (H1N1) no mundo, os estu-dantes da Unimep que fazem intercâmbio nos países afetados não tiveram seus pla-nos prejudicados. É o que afirma Luciane Venturini di Nizo, assistente de relações internacionais da universidade. Segundo ela, as inscrições para os programas de intercâmbio foram encerradas antes do surgimento da gripe suína. Foi formado um grupo de 36 alunos para a Argentina, dois para o Marietta College, nos Estados Unidos e três alunos para o México. Além desses, dois alunos estão na NWU(North West University), no Japão, e permanece-rão até fevereiro de 2010.

A orientação dada aos alunos selecio-nados para o programa do México é que se sintam a vontade para interromper o intercâmbio, caso haja insegurança.

Luciane afirma ainda que apesar da cri-

da gripe, porém está prevenido com um seguro internacional de saúde. “Além

disso, as máscaras estarão na ba-gagem”, brinca o estudante. Com a notícia da gripe, a Assesso-ria para Assuntos Internacionais (AAI) da Unimep, os pais dos alu-nos e os coordenadores dos cursos ficaram apreensivos, porém man-

tiveram contato com os estudantes e constata-

ram que todos esta-vam bem. Houve a

Camila Gusmão

[email protected]

Após queda na oferta de vagas de es-tágio provocada pela mudança na legisla-ção, as oportunidades voltam a crescer. O aumento registrado pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) desde janeiro na região de Piracicaba é de 4% ao mês. As informações são da supervisora regio-nal do Ciee, Marisa Cury. Na região há 300 estagiários atuando no mercado por intermédio da instituição. “A lei entrou em vigor sem um desejável período de transição, e por isso provocou um impac-to natural na oferta de oportunidades de estágio”, comenta Marisa. A nova lei do estágio entrou em vigor em setembro do ano passado.

O Sesc ( Serviço Social do Comércio) de Piracicaba se adaptou à nova lei de es-tágio no mês de abril. “O vale alimentação e a carga horária de até 30 horas sema-nais, nós já tínhamos, só acrescentamos o

Unimep mantém programas de intercâmbio

se financeira mundial ter afetado a procu-ra pelo estudo no exterior, a busca por in-tercâmbio aumentou, de modo que já houve seleção para o segundo semestre de 2009.

O estudante de Jornalismo da Unimep, Vinícius Barbosa, 18 anos, fará intercâmbio na Ar-gentina durante 30 dias, no mês de julho, onde vai cursar es-panhol intensivo. O jovem confessa que ficou preo-cupado com a notícia

decisão de que os programas fossem con-cluídos para que não houvesse implicações na vida acadêmica.

Marcela Bagarollo, 24 anos, jornalista fará um trainee na área de comunica-ção durante 72 dias na Escócia. Quando aconteceu “surto” da gripe influenza A, ela estava no processo seletivo da vaga, ficou bastante preocupada que fosse can-celada. “ Eu já estava com um pé atrás por causa da crise mundial financeira, ainda surge a polemica da gripe. Mas graças a Deus deu tudo certo e fui aprovada para o trainee”, declara.

A jornalista diz que não está preocupa-da com o assunto porque muito do que ouve na mídia considera sensacionalismo e até mesmo um escape para desviar os assuntos da crise, afirma.

Segundo Luciane, no Campus Taquaral da Unimep estudam alunos provenientes de países da Africa, da Argentina, El Sal-vador e Finlândia. Em nenhum momento, eles manifestaram pânico ou preocupação com a gripe Influenza A (N1H1).

Viagens para o exterior estão garantidas para estudantes de Piracicaba

gripe suína

escola e práTica

Estágios pelo ciee voltam a crescer na região Diminuição foi sentida a partir de setembro, quando nova lei entrou em vigor

auxílio transporte e a remunera-ção de férias”, afirma a responsá-vel pelos Recursos Humanos do Sesc Piracicaba, Marli Libardi Pizzol. O Sesc que contava com seis estagiários contratados teve o aumento de um neste ano, agora são cinco de educação fí-sica, um de comunicação social com habilitação em jornalismo e um em publicidade.

Para Marli a alteração na lei de estágio foi positiva e garan-te novas oportunidades para os estudantes. “Tem empresas que pensam que o estagiário é mão de obra barata, mas sabemos que não é assim, agora os estudantes têm mais benefícios”, afirma Marli.

Estagiária que teve a oportunidade de ser contratada pela lei antiga e atualmen-te pela nova, Rafaela Rogo Malosá, 21, co-menta os benefícios que a nova legislação trouxe. “A nova lei é boa para os estudan-

tes, pois agora tem carga horária máxima de 30 horas semanais e sobra mais tempo para estudar”, afirma Rafaela.

Mas há controvérsias. Estagiária pela antiga legislação, Priscila Gastardelo, se

pudesse escolher, preferiria a antiga lei de estágio que não previa benefícios, per-mitia trabalho por mais ho-ras na semana. “Com a lei antiga não temos benefício nenhum, só a bolsa auxílio, porém a bolsa é maior. Além disso, com o contrato novo não vou poder trabalhar 40 horas semanais o que dimi-nui ainda mais minha ren-da”, afirma Priscila.

Marisa enfatiza que as melhores épocas para se procurar estágio são no tér-mino de semestre. “Muitos contratos de estágio termi-nam e outros estudantes se

formam e, assim, não podem mais estagiar, além disso, muitas empresas oferecem no-vas vagas porque efetivaram seus estagiá-rios ou desejam renovar seu quadro”, afir-ma Marisa.

Fotos: Camila Gusmão

Estagiária de educação física no Sesc, cíntia Pinheiro de camargo

Luciane Venturini di Nizo: aumento da busca por intercâmbio

Page 6: Na Prática 16

6 Na Prática - Julho/2009EDUCAÇÃO

PatríCia elias da silva

[email protected]

Entre as 10 escolas do ensino fun-damental de Americana, nove pos-suem a capoeira em atividades ex-tracurriculares. No entanto, em abril de 2009 o vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim (PDT), pediu à prefeitura que incluísse a capoeira no currículo das escolas públicas. O motivo é que a cidade possui atual-mente 2 mil alunos de capoeira e se tornou referência nacional entre os praticantes, afirma o vereador.

Em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), como “Patrimônio Cultu-ral Brasileiro”, por causa da tradição que é transmitida de geração em ge-ração pelas comunidades brasileiras.

No interior de São Paulo, a cidade de Nova Odessa tem a capoeira na rede de ensino e possui 750 alunos praticantes. A prefeitura de Ameri-cana ainda estuda o requerimento, e por enquanto mantém as atividades de maneira informal, realizada nos finais de semana, a maioria realizada pelo Grupo Abada Capoeira.

O grupo existe há 21 anos e possui 700 centros de treinamento no Bra-sil. No interior de São Paulo o grupo atende a mais de 50 cidades além de escolas públicas, escolas particulares e faculdades.

Para Sidney Tempesta, 34 anos, representante do Abada Capoeira no interior de São Paulo, o objetivo é levar a cultura brasileira às crian-ças e também de integrá-las junto à sociedade. “Na capoeira vamos tra-balhar a música, coordenação mo-tora e o reflexo, o que vai gerar na criança uma melhora na concentra-ção na sala de aula”.

Segundo Sidney, os benefícios gerados pela capoeira são inúmeros para a pessoa que a prática, além de melhorar a qualidade de vida, a con-fiança e também gerar a responsabi-lidade social, que ajuda no trabalho de inclusão junto às comunidades carentes.

Para Reginaldo Tempesta, 38 anos, irmão de Sidney e também membro do Grupo Abada existe uma respos-ta muito positiva nos alunos das es-colas públicas, por que muitos deles vêm de uma realidade de pobreza e trazem no corpo a ginga da capoeira. “As crianças são mais soltas para jo-gar e não tem medo fazer o que pe-dimos”, afirma.

Nas escolas em que há capoei-ra com atividade extracurricular, a integração com os alunos acontece uma vez por semana, com momen-tos de vivência e história da capo-eira. Os alunos também são levados a conhecerem outras realidades par-ticipando de palestras, oficinas de canto e dança.

capoeira

a luta que educaVereador quer a inserção da prática nas

escolas fundamentais de Americana

luan antunes

[email protected]

Passar dois turnos dentro de sala de aula já é comum na Escola Técnica Estadual Polivalente de Americana. “Faço Ensino Médio de manhã, e técnico de Informática à tarde”, explica a estudante Mayne Lerissa da Silva, de 16 anos. Para seguir a maratona e manter o pique, Mayne, acaba por fazer lanches rápidos na cantina da escola. “Os alunos de hoje estão consumindo mais calo-rias do que vitaminas”, afirma a nutricionis-ta Juliana Bertuluci, 25 anos. Segundo ela, faltam opções para uma boa alimentação.

Visando reverter isso, a Assembléia Le-gislativa do Estado de São Paulo aprovou no dia 15 de abril um projeto de lei que proibia a venda de produtos com alto teor calórico nas cantinas escolares no Estado. No entanto, a lei foi vetada pelo governa-dor José Serra (PSDB) sob a justificativa de que o projeto de lei apresentava conceitos vagos e imprecisos, alem de que algumas crianças necessitam de uma dieta rica em calorias. Para a nutricionista, o consumo apenas de alimentos ricos em calorias não colabora para a saúde. “As vitaminas ne-cessárias para um cotidiano saudável estão ficando de lado”, comenta.

Já o senhor José Santarosa de 64 anos, dono da cantina na escola de Mayne, consi-

dera um absurdo o projeto de lei, apontan-do problemas de ordem econômica. “Para eu manter uma cantina assim [somente lanches naturais] teria que demitir minhas três funcionárias” explica. Ele ainda levan-ta a questão de que o lanche feito em casa, às seis horas da manhã, corre o risco de até o horário de intervalo, já se apresentar com alguns condimentos, como a maionese, por exemplo, estragados.

Entre os alunos, também há controvér-sias. Pois quando o assunto é alimentação, Mayne é conhecida como a “coelha” do grupo. “Me preocupo com minha alimen-tação, mas a falta de lanches naturais como opção faz com que comamos o que tiver à disposição”, diz a estudante. O cus-to da refeição na cantina é de 4,50 reais e o pessoal, apesar de os alunos serem banca-dos pelos pais, sente o quanto pesa no final do mês. “Almoço aqui quase todo dia. Já tenho até conta com o Seu Zé [Santarosa] pra ficar mais fácil”, conta Douglas Santos Pereira, de 15 anos, também estudante de informática no período da tarde.

A maioria dos alunos não almoça como Douglas ou Mayne. No horário de almo-ço, os alunos lotam as mesas do espaço para comerem salgados fritos ou assados. “É mais barato e mais saboroso. O que mais se vende aqui é o hambúrguer”, jus-tifica Guilherme Avanci, 15 anos.

salgados e friturasresistem nas cantinasProjeto de lei que proibia alimentos muito calóricos nas escolas é vetado por Serra

inTervalo

Grupo abada capoeira durante treinamento

Gislaine Bettin

Luan Antunes

aluno da Escola Estadual Polivalente almoça na cantina durante intervalo

Page 7: Na Prática 16

Julho/2009 - Na Prática 7 SAÚDE

Clayton Padovan [email protected]

O grupo Anjos da Alegria de Americana conta com 60 novos voluntários iniciaram as visitas aos hospitais em fe-vereiro. Segundo um dos coordenadores do grupo, José Hurtado, há grande rotatividade do trabalho voluntá-rio, pois o Anjos é composto por muitos estudantes “Os jovens estão se preparando para o vestibular, aí muitos passam e mudam de cidade. Têm também aqueles que estão nos últimos anos da faculdade e têm muito tra-balho, aí ficam sem tempo” disse.

O número de pessoas que entram no começo do ano é grande devido às desistências, mas também porque depois de setembro não há mais seleção de pessoal porque o grupo entra de férias no último mês do ano.

O Anjos da Alegria, que tem mais de 110 vo-luntários atuando em hospitais de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, apresenta um déficit qua-

líGia Paloni

[email protected]

A depressão é uma doença comum na juventude devido à correria do dia-a-dia e as dificuldades enfrentadas cada vez mais cedo. Porém, não é facilmente diagnosti-cada, pois há diversos fatores e níveis de intensidade – que vão além da tristeza pro-funda – que caracterizam a depressão.

A psicóloga Ana Maria Martins relatou os motivos que fazem os jovens apresen-tar os sintomas da doença que, em casos extremos, pode levar à morte. Segundo a psicóloga, a primeira crise de depressão na adolescência acontece geralmente por vol-ta dos 15 anos, interferindo na vida diária, nas relações sociais, afetivas e familiares. As relações sociais e familiares, afirma, estão cada vez mais competitivas exigindo do adolescente decisões e comportamentos que, muitas vezes, não estão prontos para assumir. Isso o leva a situações extremas de tensão, mudanças hormonais e estresse. A doença até pode estar ligada a fatores genéticos, caso haja histórico familiar.

Alguns sintomas podem caracterizar a depressão e para permitir o diagnóstico devem durar mais de duas semanas, como

a mudança de humor, de comportamento, descontentamento, solidão e isolamento, além de baixa autoestima, comportamen-to agressivo e antissocial. Também podem surgir dificuldades para dormir, para se concentrar, ansiedade, medos, pensamen-tos recorrentes de morte e, em casos mais sérios, idéias suicidas. Os jovens que sen-tirem essas alterações devem procurar aju-da médica (leia mais nesta página)

De acordo o Instituto Nacional de Saúde Mental Norte-Americano, o suicídio está na 11ª posição entre as causas de morte nos EUA. Mas entre crianças (10 a 14 anos), adolescentes (15 a 19 anos) e jovens adul-tos (20 a 24 anos) o suicídio é a terceira maior causa de morte, com índices iguais ou superiores à média do país de 10,9 suicí-dios por 100 mil habitantes. As estatísticas também demonstram que a causa principal de suicídio entre os jovens é a depressão. A psicóloga explica a doença associada a outros transtornos, como a bulimia e a anorexia, já que é nesta fase que o corpo físico passa por transformações maiores. A diferença entre o corpo físico real e os modelos estéticos impostos pela mídia estimulam a não aceitação do corpo e os distúrbios da alimentação.

Novos palhaços, velhas risadassolidariedade

Anjos da Alegria, de Americana, têm 60 novos voluntários e pretende atuar também em Nova Odessa

adolescenTes em crise

Depressão é doença comum na juventudePsicóloga relata fatores que sintomas são mudanças no humor, descontentamento, solidão e baixa autoestima

se zero de pessoal. Mas quem quiser se inscrever é fácil, ex-plica Hurtado. “Nós mudamos a forma de seleção e agora ela é continua”, afirma. Para entrar no Anjos os interressados passam por algumas fases antes de irem aos hospitais.

Os novos integrantes têm que responder a um questioná-rio de perguntas pessoais, participar de duas palestras, para conhecer melhor a associação e as normas a seguir em

ambiente hospitalar e fazer três visitas acompanhadas antes de irem caracterizados como palhaços.

Em breve o grupo pretende iniciar visitas ao Hospital Municipal de Nova Odessa. O gru-po que já fez alguns contatos com a direção do hospital está animado, ainda segundo Hurtado. “Acredito que no meio deste ano, começaremos na cidade”. Para isso o Anjos precisará de voluntários locais. Para fazer parte ou obter mais informações acesse o site www.anjosdaalegria.org.br ou ligue para (19) 3462-0867integrantes do anjos da alegria a caráter para visitas a hospitais

Clay

ton

Pado

van

ONDE PROCURAR AJUDA

Para tratar a depressão é neces-sário o apoio de um psicólogo que irá orientar o jovem e também os pais, já que a depressão prejudica toda a família. O tratamento é fei-to com antidepressivos receita-dos com a orientação de um psiquiatra, que deve ser consultado regularmente. “Existem outras formas de tratamento que po-dem ser complementares, como a fitoterapia, relaxa-mento, massagens terapêu-ticas, acupuntura, florais e atividades físicas que atuam na prevenção, conservação da saúde e na melhora fisioló-gica, proporcionando sensação de bem-estar e da autoestima” ressalta a psicóloga Ana Maria M. Os jovens que se sentirem os sinto-mas da depressão devem procurar ajuda médica em centros de saúde, hospitais, ambulatórios e até pro-gramas universitários. Deve ser fei-ta uma avaliação física e psicológica

para diagnosticar o tipo de tratamento a ser seguido, que é individual.

“A depressão é muito séria, pode matar assim como qualquer outra doença. Porém, se descoberta com antecedência, pode ser tratada com mais facilidade. Conheço pais

que acham a depressão uma doença que acontece

por conta da ado-lescência, mas

ela acontece em qualquer idade, com prioridade às fases difíceis que uma pes-soa precisa en-frentar” finaliza a psicóloga.

Lígi

a Pa

loni

Suicídio é a terceira causa de mortes entre jovens nos Estados unidos

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8 Na Prática - Julho/2009SAÚDE

Carla Bovolini

[email protected]

O vereador de Santa Bárbara d’’Oeste Cláudio Peressim (PDT), protocolou no dia 13 de março de 2009 o Proje-to de Lei 31/09 que autoriza a Prefei-tura Municipal a instituir o “Progra-ma de Apoio ao Aluno com Dislexia” Assim que a Lei for aprovada os pro-fessores poderão aplicar estratégias di-ferenciadas para estudantes disléxicos. Permitir que o aluno disléxico use o com-putador para elaborar trabalhos escritos; uso de máquina de calcular durante as lições de matemática, bem como nas provas aplicadas; permitir que o aluno disléxico responda as questões dos tes-tes oralmente, bem como refazer o tes-te quando necessário; não insistir para que o aluno disléxico copie as lições do quadro-negro, sendo permitido copiar anotações do professor ou de um colega.. O vereador teve apoio da neuropsico-

pedagoga Débora Piovezan, especialista em dislexia. Débora falou que o objetivo deste projeto é dar condições dignas ao disléxico; de ser avaliado e ter seus di-reitos e afirma que escolas já estão abra-çando o desafio e se adaptando para re-ceber alunos com este tipo de dificuldade. Santa Bárbara D’Oeste é uma das primei-ras cidades do País a ter este projeto de Lei, mas em grandes cidades já existem algumas leis que asseguram o direito dos disléxicos. Em São Paulo a Lei LDB 9394/96 admite que pessoas portadoras de dislexia, devem ser avaliadas de maneira diferenciada para não excluir seus verdadeiros potenciais. O indivíduo deve ser avaliado pela ABD (Associação Brasileira de Dislexia) que apresenta um laudo constatando a dislexia. Desta forma o dislexo pode ter a prova seja lida em voz alta, pelo fiscal da pro-va; seja cedido tempo adicional para a execução da prova. Haja apoio na trans-crição de gabaritos. Permita-se o uso de calculadora. Quando houver redação,

que seja oral e transcrita para o pa-pel pelo fiscal ou observador da prova. O Distrito Federal possui algumas leis para pessoas com o distúrbio disléxico. A Lei N° 4.095 assegurada ao estudante com dislexia o direito ao acompanhamento por equipe de apoio psicopedagógico da rede públi-ca de ensino, preferencialmente quando a criança estiver ingressando na escola. A dislexia atinge de 5% a 17% da população mundial e não é considerada uma doença e sim um distúrbio hereditário de aprendiza-gem que afeta a leitura e a escrita, segundo Mônica Bianchini, psicóloga e membro da Associação Brasileira de Dislexia (ABD). O fracasso escolar resulta baixa estima levando a comportamentos agressivos, tornando a vida escolar e familiar muito desgastante, levando até a evasão escolar , que em nosso país ainda não é contabi-lizada por este motivo. Algumas cidades estão adicionando em suas Leis garantias de aprendizado e convivência para quem sofre deste distúrbio.

dislexia

Direitos especiais na escolaVereador apresenta projeto de lei para que alunos recebam tratamento adequado

FORmAS DE DISLExIA

Disgrafia: são os que podem ter difi-culdades com leitura e com a interpreta-ção da linguagem Escrita. Cometem erros graves de omitir, acrescentar ou inverter sílabas e letras. Alguns não possuem do-mínio do espaço, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita.

Discalculia: Podem resolver complexos problemas matemáticos mentalmente, apesar de não seguir as respectivas eta-pas, porém tem dificuldade em resolver cálculos aritméticos básicos.

Deficiência de atenção: Não conse-guem focar a atenção, há dias em que elas podem melhor corresponder à expectativa escolar, e outros dias em que se apresen-tam dispersas, parecendo ter esquecido tudo o que já haviam aprendido.

Hiperatividade: É aquele que nunca pode parar, sendo diferenciada por dois as-pectos, a hiperatividade da criança que fala sem pensar, fala na frente de todos, e nunca mede as conseqüências de suas atitudes.

Um segundo tipo de Hiperatividade tem suas características na dificuldade de foco de atenção. Ela se distrai facilmente com um estímulo mínimo que alcance sua visão, com qualquer som ou cheiro, não conse-guindo centralizar sua atenção, suprimindo detalhes de importância irrelevante.

Hipoatividade: É o contrário do hipera-tivo, parece estar sempre no mundo da lua, sonhando acordada. Não se envolve e costu-ma não ter amigos. Hipoatividade se carac-teriza por um nível baixo de atividade moto-ra, com reação lenta a qualquer estímulo.Fonte: www.dislexia.com.br

daniane GamBaroto

[email protected]

Adolescente não dispensa o trio vídeo-game, TV e computador. Quando não é a MTV, é o Orkut, MSN e outros progra-mas de comunicação on-line que o fazem permanecer horas diante do monitor.

Todas estas situações juntas em excesso podem desencadear a síndrome do olho seco, problema visual que tem como prin-cipais sintomas ardência, dor nos olhos, sensação de corpo estranho e visão em-baçada que piora ao longo do dia. Não é uma doença muito comum na faixa etária dos 12 aos 18 anos, mas deve ser tratada de maneira adequada para evitar o agra-vamento do problema. A prevenção ocor-re por meio de exames periódicos, é o que recomendam os especialistas.

“O acompanhamento é importante para prevenir problemas que acabam

Adolescentes se tornam vítimas devido a excessos de exposição à luz dos monitores

olho seco

Perigo à vistapor comprometer o rendimento escolar”, alerta o Prof. José Álvaro Pereira Gomes, presidente científico da Associação dos Portadores de Olho Seco (APOS).

A capacidade visual pode ser prejudica-da, por exemplo, se o indivíduo reduzir o número de piscadas quando estiver con-centrado frente à TV ou à tela do compu-tador, principalmente à noite. Segundo o presidente científico da APOS, “a maioria das pessoas tende a contrair as pálpebras ao ler um livro ou diante do monitor, por isso recomendamos um cuidado maior quanto a este comportamento, o que jun-tamente com a inibição do piscar, provo-ca esforço visual excessivo e sintomas de ressecamento dos olhos”.

Não há dados precisos sobre a incidência da doença do olho seco na população bra-sileira em decorrência principalmente da ausência de métodos bem definido de diag-nóstico clínico para olho seco, estima-se

que cerca de 10 a 30% da população adulta apresente sintomas ou sinais da doença.

A APOS, Associação dos Portadores de Olho Seco, existe desde 2004 para ofere-cer apoio, educação e informação a todos os familiares e pacientes com Olho Seco. Contato através do e-mail [email protected] e pelo site www.apos.org.br.

Estes são alguns cuidados que podem ser tomados para evitar qualquer tipo de problemas com a visão, no que diz respeito às telas de monitores.

1) Use monitores lCD ou Plasma

2) Use monitores de tela 100% plana

3) Evite configurações onde a tela esteja clara em excesso ou escura em excesso.

4) Faça pausas para seus olhos. A cada dez minutos de exposição, des-vie seu olhar por 20 ou 30 segundos para objetos mais distantes, prin-cipalmente em intensidade de cor, para que a retina possa descansar.

monitores de Lcd e telas 100% planas são os mais recomendados

Daniane Gambaroto

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Julho/2009 - Na Prática 9 COmPORTAmENTO

nathália ravara

[email protected]

“Aos 15 anos fui uma adolescente rebelde querendo afrontar família e diferenciar de alguns amigos que viviam de maneira con-vencional. Tatuei 70% do meu corpo com imagens de caveiras e esqueletos”. Aos 23 anos, Chintia Bertim descobriu um tumor e sentiu medo de perder a vida. Ao olhar as imagens no próprio corpo via nelas um sen-tido negativo. “Hoje não tenho como me livrar dessas tatuagens”, diz entre lágrimas.

Qual preço do arrepender-se?O poder aquisitivo, intensidade e quan-

tidade de imagens e a dor são fatores que pe-sam para realizar uma remoção da tatuagem. O laser é a mais eficaz, mas estima-se em torno de R$ 600 cada sessão. Há casos em que a remoção completa pode variar de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Existem tatuagens impossíveis de serem removidas totalmen-te, restando assim um sombreado na pele.

João henrique loPes

[email protected]

Se você é daqueles que gostam de pegar um cinema de fim de semana ou mesmo alugar catálogos nas videolocadoras para ver com os amigos, já deve ter tido dúvida na hora de escolher um bom título. Agora imagine você ter a sua disposição centenas desses filmes para ver e rever quando qui-ser. É um hobby chamado de colecionismo de filmes, ou também de videotecas.

Idiarte Porta Junior, 24 anos, coleciona filmes há mais de cinco anos e conta com um acervo com 300 títulos. Ele explica que começou com filmes de seu ator favo-rito, Eddie Murphy e a partir daí não pa-rou mais. “Sempre que posso reservo um dinheirinho no final do mês para algum DVD, mas sempre acabo levando mais de um, é pior que vício”, comenta o jovem. Devido ao trabalho o rapaz não possui mais tempo para ver seus filmes, mas garante já ter assistido todos pelo menos uma vez.

“Todos meus filmes são originais”, afirma Idiarte. “É muito mais interessante porque, além de uma qualidade superior, tem o encarte e muitos extras que o pirata não oferece”. Ele reforça fazendo uma com-paração, “eu gasto por volta de cinqüenta a setenta reais por mês com meus filmes, mas há quem gaste fortunas”. Ele consi-

Desejo em ilustrar a pele pode sair caro; cada sessão de remoção custa cerca de R$ 600

hobby

Videoteca em casaAmantes de filmes têm a sua própria coleção para rever o quanto quiser

dera o custo de sua videoteca “plausível” quando compara a uma sessão de cinema ou ao aluguel de um DVD, que custa pelo menos R$ 4,00 (sem promoções). Quando questionado sobre o valor de sua coleção, Idiarte brinca: “algumas horas extras”.

Outro caso parecido é de Antonio Tor-nisiello, 30 anos, que possui uma videoteca especializada em filmes de terror. Todos os filmes são importados e não possuem áudio ou legenda em português. “Sempre gostei dessa coisa de sangue, demônio e caveiras. Quando comecei a trabalhar comecei a comprar meus DVDs e quando percebi já tinha vários”, explica Tornisiello, que con-ta hoje com mais de sessenta filmes.

As criações de videoteca às vezes aca-bam se tornando uma necessidade, como no caso de Lucas José Maria, 21 anos, que sempre colocou os filmes como prioridade. No entanto existem filmes que têm pouco caráter comercial e nem as videolocadoras acabam comprando. Foi por isso que Lucas começou a colecionar. “Sempre gostei de filmes franceses, assim como de longas-me-tragens de diversos cantos do mundo, mas não e fácil encontrar esse material em loca-doras, então resolvi comprá-los via inter-net”. O acervo ainda está em crescimento. “Tenho por volta de 100 filmes, 90 deles são cult e somente os outros dez são suces-sos de bilheteria como Moulin Rouge e a trilogia do super-herói Homem Aranha”.

coleção de filmes: paixão e custo acessível se comparado ao cinema ou locação

João Henrique Lopes

O preconceito na seleção de empregos é um dos problemas que os tatuados ainda enfrentam, como o assistente de tecnolo-gia Rafael Teixeira, “Há 20 anos tatuei um tribal. Em uma seleção passei por diversas etapas até chegar a final, mas a resposta era sempre a mesma, ‘Você não se encai-xa no perfil’, olhando diretamente para a minha tatuagem. Me sentia como se fosse um nada”. Rafael diz que se soubesse do tamanho do preconceito e das dificulda-des que teria para arrumar emprego no futuro, jamais teria feito a tatuagem.

A transformação do jovem em adulto pode trazer também o arrependimento, o que era prazer se transforma em incômodo. Tatiana Freitas, estudante de contabili-dade, tatuou o nome de seu namorado no pulso, cheio de corações vermelhos em volta. Hoje, diz se arrepender muito. “Além da dor, não consegui removê-la totalmente. Cada vez que me depa-ro com aquela mancha não esqueço dos maus momentos vividos”, conta.

arrependimento?

tatuagens que já passaram por laser para retirada; ainda são necessárias novas sessões

Nathalia Ravara

Quanto vale o

TaTuagem

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10 Na Prática - Julho/2009COmPORTAmENTO

mayara Cristofoletti

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Já teve uma roupa que você usou poucas vezes e hoje não serve mais? Já comprou um sapato e depois se arrependeu? Há pessoas como você por toda a internet, esperando encontrar interessados naquilo que elas não usam mais. Por isso surgiram os chamados brechós on-line. Eles têm os mesmos atribu-tos de um brechó convencional combinado com a facilidade da internet.

Isa Gomes é uma administradora de empresas e tem o brechó e bazar on-line Do 40 ao 50 (do40ao50.blogspot.com), que tem a proposta de vender roupas de tamanhos maiores. Ela diz que quando conheceu a novidade dos brechós on-line achou a alternativa que faltava para lim-par seu armário.“Eu tinha uma porção de roupas que não me serviam mais e que es-tavam praticamente novas. Achei a idéia dos brechós on-line muito interessante e resolvi criar o meu”.

Os brechós virtuais oferecem peças de roupas, sapatos, acessórios e até aparelhos

eletrônicos com pouco tempo de uso. As roupas e sapatos trazem os números e ta-manhos, inclusive em centímetros, como faz a estudante de arquitetura Caroline Gomes de Mello, de 22 anos. Ela é dona do Hiperbrechó (hiperbrecho.blogspot.com) e criou o blog como uma forma prática de ganhar dinheiro enquanto se dedica à faculdade. Para garantir a venda, ela tira foto do produto e posta toda a de-scrição dele: se é novo ou não , o tamanho e o estado em que se encontra para que não ocorram decepções.

Quando o assunto é insatisfação, as

stePhanie tomaZin

[email protected]

Buzinas frenéticas e roncos de motor. Mo-tociclistas procuram lugar para estacionar no amplo espaço recheado de expositores no ramo de acessórios, comidas, bebidas. E muitas, muitas motos. Gente andando por entre as motos pelo caminho de terra mo-lhada e de pedregulho marcam a entrada.

Com o apoio da Prefeitura, da Polícia Militar e de entidades da cidade, como a Apae, e do grupo da 3ª idade, o Liberdade Moto Clube realizou o 13º Encontro de

brechósCom auxilio da internet já é possível qualquer pessoa ter o seu

esTilo

arTur nogueira

Reunião em duas rodasMotos, rock, comidas, bebidas e muita gente são marcas registradas

em encontros

Motociclistas de Artur Nogueira, de 17 a 19 de abril.

Tatuagem removível (que lotava de curiosos em volta), show musical monta-do em um palco com uma boa estrutura de aparelhagem, vôo panorâmicos de helicóptero, show com globo da morte e apresentação de manobras radicais de motos marcaram o encontro. Além do rock, que predominava, havia também tenda com musica eletrônica, que reuniu uma grande camada de jovens.

Às quatro horas da tarde do sábado, dia 18, os shows começaram para agitar a galera. The Beatles Cover tocou todos os clássicos da banda por quase duas horas e o pessoal começou a dançar e se aglomerar em frente ao palco. Às seis horas entrou em cena o Legião Urbana Original Cover – que foi a primeira banda a tocar cover antes da morte de Renato Russo –, com 17

anos de estrada e muito profissionalismo.

Variedade de motosTem motos para to-

dos os gostos e bolsos. Esportivas, que chegam a atingir até 300km/h; motos modelo custom que são estradei-ras que não priorizam a velocidade, mas o conforto; triciclos esbanjando som e mui-to penduricalho para chamar a atenção do público – galinha, bonecos, adesivos, barril de chope e até caixão customizado pôde-se conferir; além de muitos outros estilos que impressionam pela originalida-de dos detalhes e da decoração do dono.

“Com a moto posso observar melhor o caminho, sentir e ver o que é belo em cada lugar que eu passo”, diz Marcelo Sa-les, 27 anos, de Nova Odessa. Ele diz que

além de fazer amizades neste tipo de festa, curte música de boa qualidade em um am-biente tranquilo, onde raramente se ouve falar de confusão ou atrito.

“Não sou motoqueiro, jargão muito uti-lizado com preconceito aos que andam de motos em alta velocidade, pois faço da minha um instrumento do bem”, diz Luis Henrique Romão, 29 anos, motociclista há 9 anos, que é contra a zueira e a ba-gunça, oriundos doas pessoas que ficam estourando escapamento e dando “tiri-nhos” com a moto.

também estão na rede

blogueiras têm atitudes diferentes. Umas trocam os produtos, outras não. “De-pende, se a peça chegou há um dia e no outro ela já postar dizendo que não serviu com certeza eu trocaria por outro ta-manho ou devolveria o dinheiro”, afirma Fabíola Rangel, graduada em letras e mais conhecida como Chica Louca pelo seu brechó (chicalouca.blogspot.com). Já Isa Gomes afirma que aceitaria a devolução se o comprador pagasse o custo do frete.

Quem se arrepende, mas também pos-sui brechó on-line, pode fazer trocas com outras vendedoras “Se tem uma peça que eu me interesso, pergunto se o brechó quer trocar por outra que eu possuo e cada um paga o seu frete”, comenta Isa.

Os pagamentos são realizados através de depósitos bancários, as entregas são via PAC (os Correios cobram de acordo com o peso) ou Sedex e as vendas são feitas àqueles que pedirem primeiro. Para isso é preciso estar sempre de olho no blog. “Quem leva a peça é aquele que primeiro escrever para o meu endereço eletrônico ou deixar comentário no blog. Caso o primeiro desista, já deixo reservado para o segundo e assim por diante”, afirma a dona do Chica Louca.

Fabíola comenta que começou o brechó dois anos atrás, com algumas peças que possuía em casa. “Neste período fui ven-dendo e comprando mais peças para ex-por e vendê-las. Estou gostando tanto da idéia que além do virtual penso em abrir um brechó ‘real’ também”, afirma.

comprar e vender roupas usadas ficou mais fácil

Fotos: Reprodução

centenas de motos invadem artur Nogueira

Stephanie Tomazin

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Julho/2009 - Na Prática 11 CULTURA

milena Barros [email protected]

Recursos de R$ 514.231,74 em ins-trumentos musicais novos, funcionários registrados em carteira e projetos de re-forma do teatro. Foram esses os investi-mentos que o Conservatório Dramático e Musical de Tatuí “Doutor Carlos de Cam-pos”, instituição vinculada à Secretaria do Estado da Cultura, obteve com a nova administração.

A partir de 2008, a escola de música passou a ser dirigida pela Associação dos Amigos do Conservatório, criada pelo Go-verno Estadual para administrar projetos e buscar novos parceiros. De acordo com a assessora de imprensa do conservatório, Deise Juliana, empresas como Sabesp e Cesp se uniram à associação e possibilita-ram a compra de instrumentos de percus-são e pianos. Em troca, foram beneficiadas com a isenção de impostos.

Festivais, concursos e encontros estão previstos na agenda de eventos deste ano. O assessor artístico Erick Heimann Pais conta, por e-mail, que o retorno dos en-contros internacionais e a expansão dos concursos estão entre as principais inten-ções. Segundo ele, a reestruturação das atividades teve como principal critério a democracia: “Todas as áreas da escola

serão atendidas com eventos artísticos”, explica Heimann Pais.

Os funcionários e professores da escola também receberam incentivos. É o que conta o técnico de iluminação do teatro, Jorge Junior: “Adorei a nova estrutura da-qui e o melhor é que hoje tenho segurança em meu trabalho, pois sou registrado em carteira, antes não era”. Junior disse ainda que todos os funcionários estão satisfei-tos com a mudança e que antes eles que-riam fazer compras em lojas e não tinham como comprovar renda, os vendedores perguntavam se além de músicos eles fa-ziam outra coisa. “Já não temos mais esse problema, porque somos reconhecidos como trabalhadores legalizados”, afirma sorrindo.

Neste ano, segundo a assessoria do Con-servatório, os 43 cursos oferecidos recebe-ram inscrições de 2.975 candidatos para 587 vagas oferecidas nas áreas de música, teatro e luteria (construção de instrumentos). Este foi o maior número de inscrições já regis-trado pela instituição, considerada uma das mais importantes do país. Os alunos ainda têm a possibilidade de concorrer à bolsa de estudo no valor de até R$ 700, dependendo de sua atividade, e alojamento.

Para conferir a programação do conser-vatório, acesse: http://www.conservato-riodetatui.org.br.

conservaTório

Escola de música de tatuí passa por reestruturação

canTo

enacopi reúne

Evento aconteceu até 20 de junho e conta com categoria juvenil

Camila Gusmão

integrantes do coral apepú-

Yamí, da unimep, durante ensaio

heloísa Kimura

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Aproveitando o lançamento do ano da França no Brasil, o Cine Humberto Mau-ro, da Unimep, exibiu uma série de longas metragens franceses durante os meses de maio e junho.

A programação “Cine França.Br” foi uma parceria com a Cinemateca da Embai-xada da França no Brasil e englobou desde os clássicos com diretores consagrados até filmes atuais, dirigidos por nomes que des-pontam na lista de novos talentos.

Passaram pela tela do Cine Humberto Mauro produções como “O Fundo do Ar é Vermelho” (1977), de Chris Marker, “Obras, A Gente Sabe Quando Começa...” (2005),

de Brigitte Rouan, e “Os Maus Perdedores” (2005), de Frédéric Balekdjian, entre outras.

O assessor de imprensa Fernando Almei-da Bisan, do Núcleo de Cultura da Unimep, explicou que a parceria com a Cinemateca da Embaixada da França já existe há mais de 10 anos e, em comum, as instituições têm como proposta a difusão do cinema de arte e a formação de platéia para uma cinematografia diferenciada. “A progra-mação em homenagem ao ano da França procurou privilegiar o riquíssimo acervo da Cinemateca, com produções diversificadas em gêneros e épocas.”, afirmou Bisan.

Intitulado França.Br 2009, o ano da França no Brasil foi lançado oficialmente no dia 21 de abril e tem o objetivo de es-treitar os laços entre os dois países.

cinema

Pintou francês na telona

73 coraisem Piracicaba

thiane mendieta

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A terceira edição do Encontro Nacional de Corais de Piracicaba, o Enacopi, de 10 a 20 de junho contou com a participação de 73 corais, 11 a mais que o ano passado, e 33 a mais em relação à primeira edição, em 2007.

O evento é coordenado pela regente Malu Canto e pela Secretaria Municipal da Ação Cultural da Prefeitura de Pira-cicaba. “Além do aumento no número de corais participantes, também aumentaram os dias das apresentações. Nós temos al-guns corais de outros estados que se apre-sentaram: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná”, diz a coordenadora.

O Teatro Municipal Dr. Losso Neto e o Salão de Concertos da Estação da Paulis-ta foram os locais escolhidos para as apre-sentações, divididas em duas categorias: infanto-juvenil e adulta.

Segundo Malu, um dos grupos de desta-que foi o Coro Municipal Infanto-Juvenil

de Itaquaquecetuba, que se apresentou no dia 13 de junho. O Coral Apepú-Yamí, da Unimep, participou pela primeira vez do evento, na categoria adulta.

Malu incentiva a participação dos jo-vens em corais como forma de troca de informações constante e fonte de rique-za cultural e lembra que os interessados podem participar dos grupos da cidade, como o Coral da Escola de Música “Ma-estro Ernst Mahle”, Coral da ESALQ (Es-cola Superior Luiz de Queiroz), da Uni-mep, FOP (Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Unicamp), Coral Cosan, Vozes da Caterpillar e também de alguns colé-gios. “Basta se informar. É de graça e a participação eleva a autoestima dos jo-vens cantores”, completa Malu.

As apresentações do 3º Enacopi foram divididas: os corais infanto-juvenis se apresentam à tarde na Estação da Paulis-ta, e os corais adultos, à noite, na sala 1 do Teatro Municipal Dr. Losso Netto.

Mais informações pelo site:www.enacopi.com.br.

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12 Na Prática - Julho/2009CULTURA

rafaela ometto

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Correria, disciplina e trabalho em grupo. Esse foi o clima sentido pelo público an-tes de começarem as gravações do Festival Interferência, que aconteceu dia 12 de maio, no teatro Unimep. O projeto é re-alizado pelo sétimo semestre do curso de Rádio e TV e tem como objetivo propiciar aos alunos a experiência de todas as etapas de uma produção audiovisual, além de di-vulgar bandas independentes e premiar o grupo escolhido pelo júri com a gravação de um DVD registrando a apresentação.

Segundo a aluna Ana Luísa Escolásti-co, membro da comissão de divulgação do evento, 18 bandas participaram do fes-tival este ano, sendo que “Pink Big Balls” e “Cataia” foram escolhidas pela comissão organizadora e “Mazzaropi contra o crime” por voto popular no blog do evento (www.festivalinterferencia.blogspot.com).

Sob o olhar crítico do júri formado

Por último, a “Cataia” apresentou um som original, numa mistura que do forró, passou pelo rock e foi até o som africa-no. Os cinco músicos mostraram conhe-cimento musical, se revezando em mais de um instrumento. A animação do pú-blico deixou claro que a vitória seria da “Cataia”. Melhor avaliados no quesito letra, música – composta pela harmonia e melodia –, interpretação e presença de palco, a banda levou para casa a gravação de um DVD com a performance das cinco canções apresentadas, que são de autoria própria, making off e fotos.

Após o término da gravação, Ana afir-mou que o projeto foi uma experiência interessante. “Foi gratificante ver o pal-co montado, as luzes, as bandas tocando, tudo dando certo”, avaliou a estudante.

Para participar do Interferência é neces-sário enviar duas músicas de autoria própria e uma foto da banda. Todo o processo de se-leção até o resultado final podem ser vistos pelo site www.festivalinterferencia.com.br.

amanda saBino

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A Associação Agostinho Comelato, em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Americana, inaugurou no dia 18 de abril o espaço literário “A...gosti-nho de Cultura”, que funciona dentro do Parque Ecológico Cid Almeida Franco e tem por objetivo incentivar a leitura e promover a preservação do meio ambien-te, através de campanhas em prol dos ani-mais do parque.

A primeira campanha, batizada de Ami-go Legal, beneficiará 12 animais em extin-ção, a serem escolhidos mensalmente pelo voto dos visitantes. Os primeiros animais beneficiados são as araras azuis.

Dados divulgados pela associação apon-tam que em 15 dias de funcionamento o

susTenTabilidade

Espaço une literatura e preservação ambientalParque Ecológico em Americana estimula leitura e promove campanhas em prol dos animais

espaço recebeu cerca de 350 visitantes e 500 móbiles foram vendidos, sendo que a verba arrecadada será revertida para a reforma de viveiros.

O local também oferece gratuitamente livros para leitura dentro do parque, aces-so à internet, atividades de recreação e duas sessões diárias de contação de histó-rias, das 9h às 10h e das 15h às 16h.

A estudante Maryelli da Costa dos San-tos, 13, que visitou o espaço pela primeira vez, conta que se sente feliz em contribuir para a preservação da arara azul enquanto se diverte. “Nunca tinha feito um móbile antes e achei muito legal essa campanha para ajudar a melhorar a vida dos animais do parque”, afirma Maryelli.

Segundo Magali Berggren Comelato, presidente da Associação Agostinho Co-melato, a campanha Amigo Legal visa

FesTival inTerFerência

Apresentação do Grupo Cataia, selecionado por júri, será lançada em DVD

Alunos de rádio e Tv promovem show de bandas independentes

O espaço literário “A...gostinho de Cultura” funciona de terça a domingo, das 7h às 17h, no Parque Ecológico Municipal Cid Almeida Franco, localizado na Av. Brasil, nº 2525, Jd. Ipiranga, em Americana. Informações: (19) 3406-2075.

pela cantora Julia Simões, pelos músicos e produtores musicais Roggero Chiari-nelli Filho, o Rogerinho, e Celso Rocha e pelo professor do curso de Rádio e TV, Maurício Santana, a primeira banda que

se apresentou foi a “Pink Big Balls”, com “som redondo” e presença de palco mar-cante. “Mazzaropi contra o crime” foi a segunda a subir no palco, trazendo letras arrojadas que arrancaram elogios do júri.

conscientizar os visitantes no que se refere à preservação do parque. “O mais impor-tante é as pessoas saírem daqui sabendo que pequenas ações fazem a diferença”, ressalta a presidente.

maryelli da costa exibe móbile que comprou e montou no espaço; verba arrecadada beneficiará araras azuis

Fotos: Amanda Sabino

apresentação da banda cataia: público interagiu com o grupo

Rafaela Ometto