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1 ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 35 a GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO - TIMBÓ ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL “POLIDORO SANTIAGO” FONE 3382-0322 e-mail: [email protected] www.polidorosantiago.com.br P PP . .. P PP . .. P PP . .. P PP R RR O OO J JJ E EE T TT O OO P PP O OO L LL Í ÍÍ T TT I II C CC O OO P PP E EE D DD A AA G GG Ó ÓÓ G GG I II C CC O OO ANO 2014/2015

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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 35a – GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO - TIMBÓ ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL “POLIDORO SANTIAGO” FONE 3382-0322 e-mail: [email protected] www.polidorosantiago.com.br

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PPPRRROOOJJJEEETTTOOO PPPOOOLLLÍÍÍTTTIIICCCOOO PPPEEEDDDAAAGGGÓÓÓGGGIIICCCOOO

ANO – 2014/2015

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SUMÁRIO

TÍTULOS PÁGINA

I – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA 04

1.1 Identificação da escola 05

1.2 Histórico 05

1.3 Resumo do posicionamento político pedagógico 06

1.4 Objetivo Geral 07

1.5 Diagnóstico 07

1.5.1. Dimensão socioeconômica 07

1.5.2. Dimensão pedagógica 07

1.5.3. Dimensão administrativa 12

1.5.4. Dimensão Financeira 12

1.5.5. Dimensão Física 13

1.5.6. Resultados da Avaliação Institucional 13

1.6 Metas e Ações 17

1.6.1 Dimensão pedagógica 17

1.6.2. Dimensão Administrativa 18

1.6.3. Dimensão Financeira 18

1.6.4. Dimensão Física 18

1.6.5. Ações 18

1.6.6. Avaliação das metas e ações 22

1.7 Considerações Finais 22

II – PAPEL DA ESCOLA 24

2.1 Ensino e Aprendizagem 25

2.2 Metodologia 27

2.3 Avaliação 28

2.4 Princípios da Gestão Democrática 29

2.5 O PPP no Contexto da Gestão Democrática 30

2.6 Qualidade de Ensino 31

2.7 Perfil do Educador 32

2.8 Critérios para as ações 34

III – PROPOSTA CURRICULAR 35

3.1 Grade Curricular do Ensino de 09 aos 36

3.2 Ensino Fundamental de 09 anos 37

3.3 Orientação Curricular 38

3.4 Desafio Curricular: Expectativas de Aprendizagem na Educação 40

3.5 Curriculo do Ensino Fundamental 41

3.5.1 Fundamentos para o Ensino do 1º ano 5º ano 42

3.5.1.1 Diretriz Curricular para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental 43

3.5.1.2 Metodologia: Como Desenvolver um Trabalho com Gêneros Textuais em Sala de Aula

51

3.5.1.3 Avaliação: o que considerar no processo de aprendizagem 54

3.5.1.4 Letramento Matemático 59

3.5.2 Fundamentos para o Ensino nos Anos Finais 62

3.5.2.1 Conceitos e Conteúdos para os Anos Finais 63

3

3.5.2.2 Áreas do Conhecimento/Disciplinas 68

3.5.2.2.1 Disciplina: Língua Portuguesa 69

3.5.2.2.2 Disciplina: Língua Estrangeira 70

3.5.2.2.3 Disciplina: Artes 71

3.5.2.2.4 Disciplina: Educação Física 73

3.5.2.2.5 Disciplina: Matemática 77

3.5.2.2.6 Disciplina: História 79

3.5.2.2.7 Disciplina: Geografia 80

3.5.2.2.8 Disciplina: Ciências 82

3.5.2.2.9 Disciplina: Ensino Religioso 84

3.6 Processo de Avaliação 85

IV – NEPRE E PROJETOS 90

4.1 Nepre 91

4.2 Projetos 91

4.3 Avaliação Institucional 93

V – DIMENSÃO ADMINISTRATIVA 97

5.1 Quadro Funcional 98

5.2 Quadro de Professores 98

5.3 Descrição dos Cargos e Habilitação 98

5.4 Escolha Democrática do Gestor Escolar 101

5.5 Dos Deveres e Das Responsabilidades – Servidores 104

5.6 Patrimônio Público Escolar 106

VI – DIMENSÃO FINANCEIRA 107

6.1 Fonte de Recursos Aplicados Diretamente pela Escola 108

6.2 Forma de Aplicação dos Recursos Financeiros 108

VII – DIMENSÃO FÍSICA 109

7.1 Instalações Gerais 110

7.2 Laboratórios 110

7.3 Condições de Acessibilidade 111

7.4 Áreas de Convivência e Desenvolvimento de Atividades Esportivas e Culturais

111

7.5 Área de Alimentação 111

VIII – CALENDÁRIO 112

8.1 Metas e Proposições 105

8.2 Calendário Escolar 108

IX – CÓDIGO DE ÉTICA 113

9.1 Orientações para as Turmas – Professor Titular 117

X – EDUCAÇÃO ESPECIAL 118

XI – CONSELHOS ESCOLARES 123

11.1 Conselho Deliberativo Escolar 124

11.2 Associação de Pais e Professores (APP) 124

11.3 Grêmio Estudantil 124

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS 126

XII – CONSOLIDAÇÃO DO PPP 128

XIII – ANEXOS 129

4

I – APRESENTAÇÃO DA

ESCOLA

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I – APRESENTAÇÃO DA ESCOLA

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA 2.1. NOME: EEF Polidoro Santiago 2.2. MUNICÍPIO: Timbó 2.3. ENDEREÇO: Rua Benjamin Constant, 164. Bairro Imigrantes. Timbó/SC. 2.4. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS: Ensino Fundamental de 09 anos. 2.5 QUANTIDADE DE TURMAS POR ETAPAS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E TURNO: Matutino: 03 turmas de Ensino Fundamental Anos Iniciais; 04 turmas de Ensino Fundamental Anos Finais. Vespertino: 03 turmas de Ensino Fundamental Anos Iniciais; 03 turmas de Ensino Fundamental Anos Finais. Período Integral (EPI): 02 turmas de Ensino Fundamental Anos Iniciais. Total: 15 turmas. 2.6. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA: 07 professores efetivos e 17 professores ACTs. 2.7. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM OUTRAS ATIVIDADES: 01 efetivo exercendo função gratificada no CEJA. 2.8. QUANTIDADE DE SERVIDORES: 28 servidores (03 na equipe gestora, 24 A E.E.F. “Polidoro Santiago” foi criada pelo Decreto nº SE 17-02-71/10.512, publicado no Diário Oficial do Estado nº 9.209 de 23/03/71. É propriedade e mantida pelo governo do Estado de Santa Catarina. 1.2. HISTÓRICO

A primeira Escola Pública Oficial em Timbó, nascia aos 7 de setembro de 1935 com o nome de Grupo Escolar “ Polidoro Santiago” .

A escola recebeu o nome de Polidoro Santiago com a intenção de lembrar o engenheiro Polidoro Olavo de São Thiago, diplomado em 31 de março de 1879 na Escola de Engenharia do Rio de Janeiro. Fez todo o curso de Humanidades no Colégio “Santíssimo Salvador” dirigido na cidade do Desterro, como ao tempo se denominava a capital da Província, pelos reverendos Padres Jesuítas. Em 24 de abril de 1944 foi escolhido pelo congresso do Estado de que fazia parte como deputado, para o cargo de vice-governador, sendo o Dr. Hercílio Pedro Luz eleito. Instalou as primeiras linhas de bondes em Florianópolis. Casado com D. Francelina Dias da Cruz, pertencente esta a importante família do Rio de Janeiro, não deixou descendência, mas depois de viúvo adotou, como filha Éster, a quem soube dar primorosa educação e ilustração. Foi jornalista de pulso e desde moço tivera esta inclinação. Foi indicado várias vezes Engenheiro Fiscal de Estradas de Ferro.

Os primeiros anos de funcionamento deste Grupo Escolar deram-se na Rua Blumenau (ex – Exportadora de Fumos) com uma matricula de 180 alunos. Por exigência da 2ª guerra mundial, a Escola “Alemã” que sempre funcionou na Pérola do

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Vale, teve que fechar as portas e seus alunos transferidos para o Grupo Escolar “Polidoro Santiago” .

O Grupo Escolar funcionou na Rua Blumenau até o dia 19 de abril de 1944, quando foi inaugurado o novo prédio à Rua Benjamin Constant, 164, onde até hoje funciona o educandário com o nome de Escola de Ensino Fundamental “ Polidoro Santiago”.

O diretor fundador foi o Professor Nestor Margarida. Os diretores que o sucederam foram: Sr. Edmundo dos Santos, Sr Francisco Giacomini, Sr. Wirtolino Schütz. Sr Cândido Goulart, Sr. Armin Faísca, Prof. Nestor Margarida, Prof. Ronald Schneider, Irmã Irma Girardi, Prof. Emir Ropelato, Profª Maria Ramos Gonzaga Pelim, Sr. Felinto Schüller, Profª Elenir da Silva, Prof. Emir J. Felski Agostini, Profª Selma Bertoldi Prada, Prof. Pompeo Horácio Cristofolini, Prof. Cristiano José. Volani. 1.3. RESUMO DO POSICIONAMENTO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Os fundamentos que definem a intencionalidade educativa, as prioridades e ações a serem desenvolvidas na EEF Polidoro Santiago pelos docentes e profissionais da educação, estão fundamentados na Proposta Curricular de Santa Catarina e na legislação vigente. Resumidamente: a) Concepção de ser humano: o ser humano é entendido como social e histórico. Historicamente situado e determinado socialmente. É a síntese das relações: indivíduo - sociedade, que são dialéticas e marcadas por contradições e luta de classes. A história é um produto humano, portanto, ela pode ser mudada pela ação humana. b) Visão de escola: a escola é o “lócus” privilegiado do acesso ao conhecimento e do saber sistematizado historicamente acumulado pela humanidade. Oferecer um acesso de qualidade a este saber é interferir nas relações de poder, onde as classes menos favorecidas passam a ter oportunidades de mudar sua vida pessoal e da comunidade em que vive. c) Concepção de Sociedade: a sociedade é um produto humano, por isso mesmo, histórica. Ela é fruto das contradições e das lutas de classe. É mutável, pois como resultado da ação humana ela está sujeita as mudanças. d) Concepção de aprendizagem: este processo é global de relação interpessoal que envolve, ao mesmo tempo, alguém que aprende, alguém que ensina e a própria relação ensino-aprendizagem. A interação do sujeito com o mundo se dá pela mediação de outros sujeitos. O papel do professor é de provocar nos alunos avanços que não ocorrem espontaneamente, consiste exatamente numa intervenção na Zona do Desenvolvimento Proximal dos alunos. E nesta intervenção cria conflitos que geram novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados. Assim, formam-se novos conceitos baseados na pesquisa e na busca do aprender. A aprendizagem acontece na relação professor (mediador do processo) – conhecimento – aluno. É o sociointeracionismo. e) Pressuposto filosófico: Materialismo Histórico-Dialético. f) Filosofia da Escola: O ensino oferecido na EEF Polidoro Santiago, em parceria com a comunidade escolar, visa o pleno desenvolvimento do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho. g) Objetivo Geral do Ensino Aprendizagem: Oportunizar ao aluno condições de se apropriar dos conhecimentos científicos, através das interações sociais, para que este possa agir, de forma consciente, na realidade em que vive.

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h) Metodologia: Baseia-se na visão de fundamentar a ação pedagógica numa perspectiva histórico-social, na qual o papel da escola, do professor, do aluno e do conhecimento esteja a serviço da cidadania crítica. Em resumo, adotamos o sociointeracionismo concretizado pela Teoria da Atividade (Atividades de Aprendizagem). 1.4. OBJETIVO GERAL

Ampliar e fortalecer a gestão democrática na escola, promovendo ao aluno o acesso, a permanência e a qualidade de ensino, por meio do aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem e do desenvolvimento de uma unidade metodológica amparada na Proposta Curricular de Santa Catarina que melhore significativamente o processo avaliativo, com a participação efetiva da comunidade nas decisões escolares, reestruturando as Entidades Democráticas e estreitando as relações entre a comunidade e a escola 1.5. DIAGNÓSTICO 1.5.1. DIMENSÃO SOCIOECONOMICA

De acordo com dados extraídos das fichas de matrícula e da avaliação institucional: a) Dos alunos matriculados 54% são do Bairro Imigrantes (corresponde ao zoneamento), 35% do bairro das nações, e 11% de outros bairros. A matricula nesta Unidade de Ensino atende preferencialmente ao zoneamento, porém, com a diminuição dos alunos por diversos fatores como baixa natalidade, proximidade de outras unidades escolares, passou a matricular alunos de bairros próximos. b) Em torno de 92% dos alunos vêm à escola com recursos próprios: a pé, utilizando bicicleta ou os pais trazem e buscam de carro; 8% usam o transporte escolar pago (Van). c) Predomina a etnia branca (88%) sendo 8% negra e 4% as demais etnias. d) A Religião Católica chega a 59% das famílias, 31% Evangélica e 10% de outras religiões. e) A escolaridade dos pais é bastante variada: Analfabetos (5%); Ensino Fundamental Incompleto (32%); Ensino Fundamental Completo (33%); Ensino Médio Incompleto (10%); Ensino Médio Completo (18%); Ensino Superior (2%). f) As profissões predominantes, por área, são: comércio (30%); indústria (41%); profissionais liberais ou autônomos 11 %; do lar ou aposentados 10%; desempregados (8%). g) Renda familiar: até 01 salário mínimo (34%); até 02 salários mínimos (50%); mais de 03 salários mínimos (16%). h) Apenas 2% declararam participar de organizações comunitárias. 1.5.2. DIMENSÃO PEDAGÓGICA a) O processo de ensino-aprendizagem ocorre dentro da perspectiva sociointeracionista, através das atividades de aprendizagem. Demonstrou nos últimos anos, após sua implantação, ter maior sucesso para a aprovação dos alunos. Com a troca frequente de professores, o trabalho apresenta alguns entraves que comprometem todo o processo: desconhecimento da proposta pedagógica da escola;

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defasagem na formação do professor; dificuldades na aplicação dessa concepção em sala de aula. Observa-se melhora significativa do aluno nas disciplinas em que consegue ser aplicada a atividade de aprendizagem. Como resultado, a escola conseguiu aumentar suas taxas de aprovação para 97% (antes era de 84%). b) Os conteúdos curriculares seguem a Orientação Curricular (2011) e a Proposta Curricular de Santa Catarina. O planejamento anual dos docentes contempla esses dois documentos. A dificuldade está em visualizar os conceitos/conteúdos como meio para o aluno desenvolver habilidades e competências. Assim, em alguns momentos, o professor trabalha o conteúdo como um fim, sem relação ou significado mais amplo. c) A metodologia de ensino utilizada pela escola e que demonstrou excelentes resultados é a aplicação das atividades de aprendizagem, dentro da Teoria da Atividade. Os fundamentos e princípios são bem claros no PPP e são trabalhados com os docentes nas reuniões pedagógicas. A dificuldade é incluir uma unidade pedagógica para que o trabalho seja mais coerente com o aluno. Os professores novos na escola tendem a trabalhar isoladamente e no método tradicional. d) A relação professor/aluno é vista como tranquila e respeitosa, sem casos de agressão ou violência. e) Reuniões Pedagógicas: são oferecidas pela escola 01 reunião por bimestre. A dificuldade é achar um dia/horário que reúnam a maioria dos profissionais. f) Projetos Pedagógicos: são desenvolvidos em parceria com o NEPRE e de acordo com a necessidade de intervenção. Destacam-se: higiene bucal; bullyng (tosco); mostra de trabalhos; parada e circuito literário; sexualidade; meio ambiente; feira de matemática e ciências. Dificuldade é incluir um projeto que melhore e recupere os alunos com dificuldades de aprendizagem além da recuperação paralela. g) Dados Estatísticos:

IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep (Prova Brasil) e em taxas de aprovação. Assim, para que o IDEB de uma escola cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano.

O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6,0 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.

Segundo dados do Censo Escolar, Prova Brasil e Saeb, os números concretos sobre nossa realidade escolar podem ser analisados nos quadros a seguir:

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Quadro 1 - IDEB e Projeções para o BRASIL

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021

Total 3.8 4.2 4.6 5.0 3.9 4.2 4.6 4.9 6.0

Dependência Administrativa

Pública 3.6 4.0 4.4 4.7 3.6 4.0 4.4 4.7 5.8

Estadual 3.9 4.3 4.9 5.1 4.0 4.3 4.7 5.0 6.1

Municipal 3.4 4.0 4.4 4.7 3.5 3.8 4.2 4.5 5.7

Privada 5.9 6.0 6.4 6.5 6.0 6.3 6.6 6.8 7.5

Fonte: Saeb e Censo Escolar.

Anos Finais do Ensino Fundamental

IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021

Total 3.5 3.8 4.0 4.1 3.5 3.7 3.9 4.4 5.5

Dependência Administrativa

Pública 3.2 3.5 3.7 3.9 3.3 3.4 3.7 4.1 5.2

Estadual 3.3 3.6 3.8 3.9 3.3 3.5 3.8 4.2 5.3

Municipal 3.1 3.4 3.6 3.8 3.1 3.3 3.5 3.9 5.1

Privada 5.8 5.8 5.9 6.0 5.8 6.0 6.2 6.5 7.3

Fonte: Saeb e Censo Escolar.

Quadro 2 - IDEBs e Metas para rede Estadual – SC

Fases de Ensino

IDEB

Observado Metas Projetadas

2009 2011 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais do Ensino

Fundamental 5,0 5,7 4,7 5,1 5,4 5,6 5,9 6,2 6,4

Anos Finais do Ensino

Fundamental 4,2 4,7 4,3 4,5 4,9 5,3 5,5 5,8 6,0

Ensino Médio 3,7 4,0 3,6 3,8 4,0 4,4 4,8 5,1 5,3

Fonte: Saeb e Censo Escolar.

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Quadro 3 - IDEBs e Metas para Escola - EEF POLIDORO SANTIAGO

Ensino Fundamental IDEB Observado Metas Projetadas

2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019

Anos Iniciais 5,0 5,3 6,3 4,9 5,2 5,6 5,8 6,1 6,3 6,6

Anos Finais 4,2 4,3 5,1 4,6 4,7 5,0 5,4 5,7 5,9 6,2

Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar.

DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA

Dados de aprovação/reprovação dos últimos anos da EEF Polidoro Santiago:

Ensino Fundamental I e II

ANO Nº ALUNOS APROVAÇÃO % APROV. REPROVAÇÃO % REPROV.

2007 381 342 85,7% 39 14,3%

2008 353 340 96,3% 13 3,7%

2009 339 312 92% 27 8%

2010 312 304 97,4% 08 2,6%

2011 313 300 95,8% 13 4,2%

2012 316 316 100% 00 0%

2013 280 272 97% 08 3% Fonte: Série Escola

Ensino Fundamental I: Séries Iniciais

ANO Nº ALUNOS APROVAÇÃO % APROV. REPROVAÇÃO % REPROV.

2007 187 179 95,7% 08 4,3%

2008 169 165 97,6% 04 2,4%

2009 163 162 99,4% 01 0,6%

2010 144 141 98% 03 2%

2011 181 172 95% 09 5%

2012 162 162 100% 00 0%

2013 156 149 95% 07 5% Fonte: Série Escola

Ensino Fundamental II: Séries Finais

ANO Nº ALUNOS APROVAÇÃO % APROV. REPROVAÇÃO % REPROV.

2007 189 160 84,6 29 15,4%

2008 179 170 94,9% 09 5,1%

2009 176 149 84,6% 27 15,4%

2010 168 163 97% 05 3%

2011 132 128 97% 04 3%

2012 154 154 100% 00 0%

2013 124 123 99,2% 01 0,8% Fonte: Série Escola.

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Apesar da melhora significativa no IDEB, conclui-se que isso se deve mais ao aumento da aprovação do que melhora significativa na Prova Brasil, especialmente nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Isso se prova pelos dados a seguir:

IDEB – Porcentagem de alunos de acordo com a aprendizagem

Nível de Aprendizagem

Língua Portuguesa Matemática

5º ano 9º ano 5º ano 9º ano

Avançado (acima do esperado) 25% 3% 25% 0%

Proeficiente (aprendizagem adequada) 35% 22% 43% 22%

Básico (pouca aprendizagem 38% 64% 26% 69%

Insuficiente 2% 11% 6% 9%

Fonte: www.qedu.org.br

ANÁLISE DOS DADOS PELOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA E CONSELHOS ESCOLARES

Segundo a avaliação de professores e conselhos escolares, os fatores que

prejudicam o avanço da qualidade de ensino são: a defasagem do ensino da Língua Portuguesa e Matemática; a falta de planejamento de professores, mesmo com a orientação da coordenação escolar; a não aplicação do PPP em sala de aula no que se refere à avaliação; a cultura da reprovação muito presente nos discursos e conselhos de classe; o uso da avaliação escolar como ferramenta de punição e não de aprendizagem; o pouco acompanhamento das famílias na vida escolar do aluno; a desmotivação dos alunos mediante a não utilização de recursos tecnológicos e de informática na escola; a comunidade não tem cultura de participar nos projetos da escola, apesar de todo esforço da unidade escolar e seus conselhos.

Também chegou-se à conclusão que a escola tem como problemas que interferem nos resultados: a não execução de tarefas extraclasse, que os pais acompanham irregularmente; a falta de estudo para avaliações e trabalhos devido ao fato de muitos dos alunos ficarem em casa sozinhos e, muitas vezes, possuem a responsabilidade de cuidar de irmãos menores; o pouco interesse pelo estudo demonstrado por parte dos alunos; a falta de comprometimento e de formação dos professores novos ACTs e ingressantes; a dificuldade na aplicação a proposta pedagógica da escola por desconhecimentos e desinteresse; a recusa de profissionais em aceitar as mudanças e de agregar as novas ideias na prática em sala de aula; falta de acompanhamentos dos pais nas atividades escolares.

O diagnóstico das turmas aponta para dificuldade de concentração, pouca capacidade de interpretação e falta de interesse pelo estudo.

Observam-se esses problemas com muita intensidade nos Anos Finais do Ensino Fundamental e em menor incidência nos Anos Iniciais.

Mediante isto, as estratégias sugeridas para superação destas dificuldades são as seguintes: 1. Estudo, aplicação e avaliação dos princípios, metodologia e regras do PPP, que foi construído coletivamente e atende à realidade local. 2. Professores das séries finais devem planejar as aulas dentro da metodologia da Atividade de Aprendizagem, prevista em nossa proposta pedagógica e fundamentada na proposta curricular de SC.

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3. Professores das séries iniciais devem continuar a aplicar as Atividades de Aprendizagem, que trouxeram resultados significativos. 4. Utilização de recursos diversos na execução das aulas: vídeos, internet, biblioteca, viagens, entrevistas, filmagens, fotos, visitas... 5. Motivação dos alunos, através de problematização, para despertar neles o interesse no assunto a ser estudado. 6. Garantir recuperação paralela de forma eficiente e não somente mecânica. 7. Avaliar com os alunos o andamento das aulas. 8. Exercitar com os alunos a auto-avaliação. 9. Considerar a avaliação contínua e cumulativa. 10. Recuperar o aluno sempre e não deixar a situação se agravar. 11. Reforçar o letramento no 4º e 5º ano, dando ênfase à interpretação. 12. Promover atividades educativas com todas as séries dos anos finais como, por exemplo, uma gincana educativa envolvendo todas as disciplinas. 13. Recuperação dos alunos reprovados com projeto a ser elaborado pelos professores. 14. Organizar o aluno para o estudo em cada disciplina. Com a execução destas propostas, a escola pretende aumentar anualmente a nota do IDEB. Isto significa o aumento da aprovação com qualidade, superando a cultura da repetência escolar. 1.5.3. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA a) Formação dos profissionais: equipe diretiva (03 servidores com pós-graduação); professores: 14 pós-graduados; 01 mestre; 04 graduados; e 05 nível médio. b) As condições de trabalho na unidade escolar são satisfatórias. Por outro lado, os professores demonstram a percepção de que não são valorizados enquanto carreira. Observam que são valorizados pela escola e pela comunidade, mas não são compensados financeiramente pelo poder público. Outra preocupação é a falta de formação continuada ao longo do ano letivo, pois o calendário não deixa espaço para que ela aconteça com organização e planejamento. c) O atendimento dos pais, alunos e professores é feito em ambiente reservado e com quem é de direito. d) No PPP existe um projeto de Avaliação Institucional que é aplicado a cada 02 anos, através de questionários e reunião para essa finalidade. Os dados são compilados e analisados por professores e conselhos, depois repassados para a comunidade. Dessa avaliação devem ser estabelecidas as novas metas para a escola. e) A escola possui conselhos escolares instituídos. Apesar disso, há muita resistência dos pais em participar dos órgãos colegiados pelo receio em assumir tamanha responsabilidade. Mesmo com número mínimo de conselheiros, são bem atuantes no que diz respeito ao Código de Ética escolar e solução de conflitos e problemas. 1.5.4. DIMENSÃO FINANCEIRA

Mediante a quase inexistência de recursos diretos na escola por parte do governo estadual, há enorme dificuldade em fazer as aquisições, as adequações e o atendimento às prioridades dos diversos setores da comunidade escolar. A Gerência de Educação também é inoperante na disponibilização de recursos, gerando maiores defasagens no que seria necessário para a elevação da qualidade de ensino na escola.

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A escola é carente de material didático-pedagógico; mobiliário para secretaria; materiais para laboratório de ciências e matemática; computadores insuficiente ou ultrapassados na sala informatizada; acervo da biblioteca. Também não tem condições de oferecer cursos de formação aos profissionais da escola ou projetos que melhorem a permanência do aluno na escola. Os recursos da APP são limitados e usados para arcar com o material e manutenção básica, mesmo não sendo sua responsabilidade. Todos esses recursos são gastos com a autorização e fiscalização dos Conselhos Escolares, depois de ouvidos todos os segmentos envolvidos. 1.5.5. DIMENSÃO FÍSICA

Escola reformada em 2009. São 12 salas de aula, laboratório de Ciências e Matemática, biblioteca, auditório, sala dos professores, sala de artes, sala de informática, gabinete do diretor, sala da assistente técnica-pedagógica, secretaria, depósito, sanitário masculino/feminino para alunos e professores, vestiário feminino/masculino, refeitório adequado, cozinha. A unidade escolar possui um pavilhão de esportes coberto, com problemas de infiltração e no telhado. Não apresenta condições favoráveis para portadores de deficiência física. As poucas adequações que foram feitas na reforma 2008-2010 não são funcionais. A escola possui uma área considerável para a prática de esporte e convivência. Há espaço para realização de atividades culturais nestes espaços como gincanas, apresentações artísticas, homenagens cívicas. Necessita de um placo móvel para apresentações à comunidade. Dispõe de refeitório fechado, mobiliado e adequado para atender às refeições dos alunos. Possui mesas, bancos, balcão térmico para servir alimento, lixeiras. 1.5.6 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DE 2013

Fonte: pesquisa realizada com as famílias em novembro de 2013 (no anexo desse documento encontra-se a pesquisa na íntegra).

Número total de Famílias: 251 Questionários enviados: 150 (60%)

Questionários devolvidos: 120 (80%)

QUADRO 1 – AVALIAÇÃO GERAL

ITEM AVALIADO (Nota de 1 a 5) Nota Aprovação

I – AMBIENTE ESCOLAR 4,5 90%

II – PROPOSTA PEDAGÓGICA 3,8 76%

III – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 3,1 62%

IV – ATENDIMENTO NA SECRETARIA DA ESCOLA 3,4 68%

V – GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA 4,3 86%

VI – TRABALHO DOCENTE 3,9 78%

VII – AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR 4,7 94%

VIII – GESTÃO FINANCEIRA 3,5 70%

IX – AVALIAÇÃO GERAL 4,0 80%

NOTA GERAL 4,0 80%

14

QUADRO 2 – AMBIENTE ESCOLAR

AMBIENTE ESCOLAR NOTA

O ambiente da escola favorece a amizade entre todos que nele convivem? 4,6

Os alunos gostam de frequentar a escola? 4,7

Há respeito entre os alunos? 4,5

Há relação de respeito entre alunos e professores? 4,8

Os pais são atendidos com respeito na escola? 4,8

Existe prática de Bullying na escola? 3,7

Há algum tipo de atitude preconceituosa ou discriminatória contra pessoas com deficiência, denominação religiosa, cor da pele ou opção sexual?

4,0

As regras de convivência são claras, conhecidas e respeitadas por toda a comunidade escolar?

4,3

A escola acolhe crianças e adolescentes com deficiência nas mesmas salas de aula em que estudam os alunos sem deficiência?

5,0

Você se sente seguro e acolhido no ambiente escolar dessa unidade de ensino? 4,7

NOTA GERAL 4,5

APROVAÇÃO 90%

QUADRO 3 – PROPOSTA PEDAGÓGICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA NOTA

A escola possui Projeto Político Pedagógico? 4,2

Você conhece o Projeto Político Pedagógico da escola? 2,8

Os professores fazem uso de diferentes atividades para avaliar os alunos? 3,1

O professor oportuniza novas oportunidades de aprendizagem (Recuperação Paralela)? 3,3

A escola realiza o Conselho de Classe bimestralmente? 4,3

Pais e alunos participam da definição e organização dos meios avaliativos utilizados pela escola?

3,6

O professor informa com clareza os critérios avaliativos utilizados para a obtenção da nota bimestral?

3,2

A escola informa à comunidade escolar os resultados obtidos pelos indicadores educacionais como o IDEB, por exemplo?

4,4

Qual o grau de satisfação com o trabalho docente realizado em sala de aula? 4,0

Você gostaria que o Conselho de Classe fosse participativo? 4,8

NOTA GERAL 3,8

APROVAÇÃO 76%

QUADRO 4 – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NOTA

Você tem conhecimento do trabalho realizado pela coordenadora pedagógica da escola? 2,6

A coordenação pedagógica procura resolver os problemas e os conflitos que lhe são encaminhados?

3,4

A coordenação pedagógica se faz presente na elaboração, execução e avaliação dos projetos escolares?

2,8

A coordenadora desempenha sua função com excelência e dedicação? 3,1

A coordenadora tem atitudes proativas e tem iniciativa pedagógica? 3,5

NOTA GERAL 3,1

APROVAÇÃO 62%

15

QUADRO 5 – ATENDIMENTO NA SECRETARIA

ATENDIMENTO NA SECRETARIA NOTA

Você conhece a Assistente de Educação (secretária) da escola e o serviço por ela prestado?

4,0

Você é atendido com educação e presteza pela Assistente de Educação? 3,1

O local de atendimento (secretaria) é adequado às necessidades escolares? 4,1

A secretaria funciona em horário adequado? 3,0

A Assistente de Educação é pontual no horário determinado ao atendimento da comunidade?

3,0

NOTA GERAL 3,4

APROVAÇÃO 68%

QUADRO 6 – GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NOTA

A Direção consegue informar toda a comunidade escolar sobre os principais acontecimentos da escola?

4,6

As informações circulam de maneira rápida e precisa entre pais, professores, alunos e outros membros da comunidade escolar?

4,0

A Direção presta contas à comunidade escolar das verbas aplicadas na escola? 4,3

Há um mural visível, contendo as principais informações relacionadas às atividades da escola e à agenda escolar?

3,1

A escola possui Conselho Escolar: Conselho Deliberativo e Associação de Pais e Professores?

4,5

Esses Conselhos têm a participação de pais, alunos e professores? 4,2

Os Conselhos são atuantes e colaboram para a melhoria da qualidade de ensino? 4,4

Os Conselhos participam das decisões orçamentárias da escola? 4,7

Há Grêmio Estudantil atuante na escola? 4,2

Você considera a gestão da escola democrática? 4,6

A escola oferece oportunidade à comunidade de discussão do projeto escolar através de reuniões pedagógicas ou assembleias?

3,2

Você considera a escolha de diretores pela comunidade um avanço para a melhoria do ensino na escola pública?

5,0

A Direção da escola mantém o ensino e a aprendizagem como o centro de seu trabalho? 4,8

O Diretor permanece na escola durante o período das atividades escolares, ausentando-se somente quando necessário?

4,0

O Diretor exerce sua liderança mediante os professores, alunos e comunidade escolar? 4,7

NOTA GERAL 4,3

APROVAÇÃO 86%

16

QUADRO 7 – TRABALHO DOCENTE

TRABALHO DOCENTE NOTA

Os professores, no exercício de sua função, demonstram ter formação suficiente para o trabalho docente?

3,5

Os professores e os profissionais da escola têm boas condições de trabalho para o exercício de sua função?

4,5

A escola dispõe de professores suficientes? 4,3

O número de funcionários é suficiente para o bom funcionamento da escola? 3,9

A Direção e a Coordenação pedagógica têm tempo suficiente para se dedicarem às questões pedagógicas?

3,4

O trabalho da escola está sendo prejudicado pela falta e/ou atraso dos professores e demais funcionários?

3,6

Os professores começam e terminam a aula pontualmente? 4,2

Os demais profissionais da escola também cumprem sua jornada com pontualidade? 4,3

Os professores dispõem de recursos suficientes para desenvolver as aulas de maneira diferenciada?

4,6

O recreio escolar é monitorado pelos professores? 4,4

Durante o recreio são desenvolvidas atividades diferenciadas (lúdica, esportiva, musical, etc) pelos professores?

2,7

NOTA GERAL 3,9

APROVAÇÃO 78%

QUADRO 8 – AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR

AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR NOTA

Os ambientes na escola são limpos, organizados e arejados? 4,9

Há banheiros disponíveis para todos, inclusive aos alunos com deficiência? 4,3

Os banheiros são limpos e estão em boas condições de uso? 4,2

Há carteiras e cadeiras disponíveis para todos os alunos? 4,9

As carteiras e cadeiras estão em boas condições de uso? 4,8

O pátio escolar é bonito e seguro? É aproveitado para atividades recreativas e pedagógicas, quando necessário?

4,9

O espaço para a prática de esportes responde às necessidades da escola? 4,7

Existem recursos multimídia na escola: televisão, DVD, computadores, projetores, internet, etc? Estão disponíveis aos professores e alunos?

4,6

As salas de aula são bonitas, arejadas, alegres, iluminadas e confortáveis? 4,8

As paredes do prédio da escola estão conservadas, pintada e limpas? 4,7

A biblioteca escolar conta com um acervo organizado, ambiente iluminado, bonito e arejado?

4,6

Os alunos e professores tem fácil acesso à biblioteca? 4,0

Como você considera a aparência e o uso dado ao laboratório de ciências, ao laboratório de matemática e à sala de artes?

4,7

De um modo geral, a escola é bonita e agradável? 4,9

NOTA GERAL 4,7

APROVAÇÃO 94%

17

QUADRO 9 – GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO FINANCEIRA NOTA

Você se interessa em saber a quantidade de recursos recebidos diretamente do governo pela escola?

2,4

Os recursos recebidos do poder público são suficientes para garantir as condições necessárias ao ensino e à aprendizagem?

2,0

Você contribui regularmente com a Associação de Pais e Professores? 2,8

A contribuição espontânea para a APP é importante para garantir investimentos necessários na escola?

4,8

O papel da Associação de Pais e Professores contribui para o desenvolvimento da função social da escola?

4,7

Você concorda que sem a contribuição espontânea dos pais ou responsáveis, a escola teria dificuldades em desempenhar o seu papel?

4,1

A gestão financeira de escola é democrática, isto é, deliberada junto aos Conselhos Escolares?

3,9

NOTA GERAL 3,5

APROVAÇÃO 70%

QUADRO 10 – AVALIAÇÃO GERAL

AVALIAÇÃO GERAL NOTA

Estrutura física escolar. 4,8

Metodologia de Ensino. 3,3

Desempenho dos docentes. 3,4

Atuação da Coordenação Pedagógica. 3,1

Atuação do Diretor da escola. 4,3

Conselhos Escolares. 4,2

Segurança. 4,7

NOTA GERAL 4,0

APROVAÇÃO 80%

Essa pesquisa de satisfação deverá servir de base para a elaboração do Plano de Gestão pelo diretor da escola ou futuro candidato ao cargo de Gestor Escolar. 1.6. METAS E AÇÕES 1.6.1 Dimensão Pedagógica 1. Elevar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, através de ações pedagógicas efetivas para alunos com defasagem de aprendizagem. 2. Aumentar em 10% o IDEB nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental em 2015, visando comprovar o aumento da qualidade de ensino. 3. Rediscutir o processo avaliativo com a comunidade escolar. 4. Disseminar uma cultura da aprovação com qualidade, criando mecanismos para a recuperação de alunos defasados. 5. Reelaborar coletivamente o Projeto Político Pedagógico, dando ênfase ao processo ensino-aprendizagem e às questões metodológicas. 6. Promover uma reunião pedagógica por bimestre, valorizando o projeto coletivo e a avaliação constante do processo pedagógico. 7. Aplicar corretamente a Recuperação Paralela ao longo do processo ensino-aprendizagem, com a construção de regras próprias no Projeto Político Pedagógico. 8. Implantar o Conselho de Classe Participativo, envolvendo pais, alunos e professores.

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9. Desenvolver uma unidade metodológica através do acompanhamento e intervenção pedagógica constante. 10. Desenvolver projetos voltados ao desenvolvimento do gosto pela leitura e da motivação para o estudo. 1.6.2 Dimensão Administrativa 1. Fortalecer a Gestão Democrática, com a descentralização das decisões para os Conselhos Escolares. 2. Renovar os Conselhos Escolares, envolvendo pessoas da comunidade que ainda não tiveram oportunidade de participar. 3. Promover mais espaços de participação da comunidade na escola e melhorar a comunicação entre as partes. 4. Criar um plano de formação continuada na escola para os docentes e equipe pedagógica visando o aperfeiçoamento da prática pedagógica. 5. Integração da coordenação pedagógica com os diversos segmentos da comunidade escolar. 6. Aplicação da Avaliação Institucional com o objetivo de observar os pontos fortes e fracos da escolar, visando à implantação de novas metas em 2015. 1.6.3 Dimensão Financeira 1. Centrar os recursos financeiros na melhoria do acervo da biblioteca, na aquisição de material didático-pedagógico e em eventos que envolvam pais, alunos e professores. 2. Agregar mais membros da comunidade escolar na tomada de decisão na aplicação dos recursos. 1.6.4 Dimensão Física 1. Melhorar as condições físicas do pavilhão de esportes da escola para uso seguro dos alunos e da comunidade escolar. 1.6.5. AÇÕES Conforme quadro abaixo:

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Dimensões Ações Objetivos Específicos Período Público Recurso Responsáveis

Pedagógica

Elaboração dos planos anuais do professor de acordo com o PPP da escola.

1. Adequar o trabalho do professor às diretrizes estabelecidas no PPP. 2. Dar continuidade ao trabalho pedagógico do ano anterior.

bimestre

Professores

ATP

-

ATP

Aplicar a metodologia da escola em sala de aula: Atividades de Aprendizagem.

1. Unificar a metodologia, dando coerência ao processo ensino-aprendizagem.

bimestre

Professores

-

ATP

Levantamento dos alunos com defasagem na aprendizagem.

1. Quantificar os alunos com defasagem. 2. Melhorar a aprendizagem desse alunos com ações imediatas e na dificuldade apresentada.

bimestre

Professores

Alunos

-

ATP

Professores Diretor

Elaboração de projetos para sanar a defasagem de aprendizagem.

Oferecer uma reunião pedagógica por bimestre.

1. Oferecer oportunidade de avaliação do trabalho pedagógico. 2. Possibilitar a troca de experiências. 3. Estabelecer estratégias pedagógicas. 4. Oportunizar formação continuada.

Cada 50 dias

Professores

-

ATP

Diretor

Aplicar e verificar a correta oferta da Recuperação Paralela, criando critérios claros e objetivos.

1. Garantir o direito do aluno. 2. Clarificar os critérios e necessidade da recuperação. 3. Recuperar o aluno com dificuldades.

Todo

bimestre

Professores

Alunos

-

ATP

Diretor

Reformatar o Conselho de Classe com o professor.

1. Diagnosticar os problemas específicos de cada turma. 2. Avaliar o trabalho do professor e da escola.

Todo

bimestre

Professores ATP

Diretor

-

ATP

Diretor

Instituir o Conselho de Classe Participativo.

1. Ampliar a participação da comunidade no processo avaliativo. 2. Perceber as dificuldades das famílias. 3. Valorizar as sugestões dos pais. 4. Fortalecer a parceria escola e família.

1º e 3º bimestre

Pais Alunos

Professores Equipe

Pedagógica

-

ATP

Diretor

Conselho

Deliberativo

20

Pedagógica

Realizar o Pré-Conselho com os alunos.

1. Valorizar a participação das lideranças estudantis. 2. Verificar as dificuldades dos alunos sob seu ponto de vista.

1º e 3º

bimestre

Alunos

Professores

-

ATP

Realizar encontro entre os segmentos para discussão dos resultados do IDEB e estatísticas

1. Desmistificar o IDEB. 2. Utilizar esses dados para estabelecimento de metas e estratégias. 3. Avaliar o nível de desempenho da escola.

2º bimestre

Alunos

Professores Pais

Conselhos Escolares

-

ATP Diretor

Conselho Deliberativo

Grêmio Estudantil

Realizar palestra a respeito da importância do estudo aos alunos dos Anos Finais.

1. Motivar o aluno ao estudo. 2. Mostrar a importância de uma boa formação escolar.

bimestre

Alunos

APP

Diretor

Implantar no processo de avaliação das disciplinas as atividades contextualizadas e os gêneros textuais.

1. Adequar o trabalho pedagógico às orientações curriculares de SC. 2. Contextualizar a avaliação, tornando-a mais significativa.

bimestre

Professores

Alunos

-

ATP

Elaborar e aplicar os projetos: Grupo de Leitores; Parada Literária; e Circuito Literário.

1. Incentivar o gosto pela leitura. 2. Formar grupo de leitores. 3. Disseminar a cultura da leitura.

bimestre

Professores

Alunos

-

ATP Grêmio

Estudantil

Realizar com o aluno avaliações bimestrais em Língua Portuguesa e Matemática nos moldes da Prova Brasil.

1. Preparar o aluno para as avaliações nacionais. 2. Reforçar as habilidades de leitura, interpretação e cálculo.

Todo

bimestre

Alunos

Professores

-

ATP Professor

Português e Matemática

Reelaboração coletiva do PPP.

1. Incentivar a democracia na escola. 2. Conhecer a proposta pedagógica. 3. Repensar e estudar o processo avaliativo. 4. Estabelecer estratégias de acordo com o diagnóstico da escola.

bimestre 2015

Toda

comunidade escolar

APP

Diretor

Conselho Deliberativo

Grêmio Estudantil

Administrativa

Realizar processo de escolha de Conselheiro Escolar.

1. Renovar os Conselhos Escolares. 2. Apoiar novas lideranças. 3. Promover participação direta nas decisões da escola.

bimestre 2014

Toda

comunidade escolar

-

Conselho

Deliberativo

21

Administrativa

Divulgar as ações da escola e dos Conselhos no site e fanpage da escola. Também em murais e recados para casa.

1. Melhorar a comunicação entre a escola e a família. 2. Aumentar a participação nos eventos escolares.

Ano letivo

Comunidade

escolar

APP

Diretor

Entidades Democráticas

Aplicar a Avaliação Institucional conforme projeto do PPP.

1. Diagnosticar os pontos fortes e fracos da escola. 2. Estabelecer metas e ações para sanar dificuldades. 3. Avaliar o trabalho desenvolvido pela escola.

bimestre 2105

Comunidade

Escolar

APP

Diretor

Conselho

Deliberativo

Reunião com pais e Conselhos para expor a atuação da coordenação pedagógica.

1. Divulgar o trabalho da coordenação pedagógica. 2. Criar laços entre as famílias e a coordenação pedagógica.

bimestre

ATP Pais

-

ATP

Financeira

Fazer levantamento com alunos de títulos de literatura infanto-juvenil e adquiri-los para acervo da biblioteca.

1. Tornar o acervo mais atraente para os alunos. 2. Incentivar a leitura a partir do gosto do aluno.

bimestre

Alunos

APP

ATP Grêmio

Estudantil

Reestruturar a Biblioteca Escolar com a aquisição de mobiliário, equipamento e sistema para organizar o acervo.

1. Melhorar o atendimento na biblioteca. 2. Tornar o ambiente da biblioteca num espaço de leitura.

bimestre

Alunos

Professores

PDDE

Diretor APP

Fazer levantamento de material didático-pedagógico com professores e adquiri-los.

1. Subsidiar o professor no planejamento das aulas e na aplicação da metodologia da escola.

bimestre

Professores

GERED PDDE

ATP

Realizar o dia da Família na Escola oferecendo atividades recreativas e alimentação.

1. Aproximar a comunidade e a escola.

bimestre

Comunidade

Escolar

APP

APP

Diretor

Convidar a comunidade em geral na reunião para definição das prioridades do PDDE, além dos Conselhos Escolares.

1. Abrir espaço para a eleição de prioridades. 2. Democratizar o uso de recursos.

bimestre

Comunidade

Escolar

-

Conselho

Deliberativo

Física Conserto e manutenção do telhado do pavilhão coberto.

1. Garantir a segurança no uso do pavilhão de esportes.

1º bimestre

Comunidade Escolar

GERED SDR

Diretor

22

1.6.6. AVALIAÇÃO DAS METAS E AÇÕES A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da atividade escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, realizados com os profissionais atuantes na escola, e externos através dos Conselhos Escolares. A avaliação realizada internamente será bimestral durante as reuniões pedagógicas previstas no calendário escolar. Será avaliado o cumprimento das metas estabelecidas naquele período e os resultados alcançados. A avaliação realizada externamente será trimestral através do Conselho Deliberativo e do Grêmio Estudantil, em reunião para esse fim e com registro em livro ata. No final do ano letivo, será feita uma pesquisa de satisfação com os pais através de questionário que investigue o cumprimento das metas e se os resultados são satisfatórios. O resultado dessas avaliações será apresentado à comunidade na primeira Assembleia Geral de 2015. Os critérios que deverão reger os instrumentos avaliativos serão: efeitos diretos e indiretos na aprendizagem dos alunos; participação da comunidade; melhora da prática educativa; e cumprimento das metas estabelecidas. Se o Plano de Gestão não influenciou positivamente a qualidade de ensino, deverão ser propostas novas metas e ações. 1.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entende-se que o Projeto Político Pedagógico é um instrumento que deve ser executado, consultado e avaliado constantemente, pois ele deverá ser a fonte de inspiração na construção de meios e instrumentos que sejam efetivos no desenvolvimento do trabalho escolar, interferindo positivamente no plano de ação do professor, da equipe pedagógica, e das Entidades Democráticas, valorizando as discussões com a comunidade em seus diferentes segmentos.

O Projeto Político Pedagógico deve garantir que a organização e a gestão sejam orientadas numa perspectiva sistêmica, ou seja, cada segmento da escola se reconheça e reconheça seu trabalho como parte da escola, construída de forma coletiva e com bases em objetivos comuns. Com a participação consciente e responsável de todos, escola e comunidade, poderemos construir uma escola democrática que terá competência para formar cidadãos transformadores de sua realidade.

Através da gestão democrática busca-se alcançar a qualidade de ensino submetendo todas as atividades escolares às finalidades da educação. Isso exige partilhamento do poder e co-responsabilidade pelos resultados. Este tipo de gestão compreende a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da escola através dos órgãos colegiados.

Nesse sentido, constata-se a importância dos órgãos colegiados na construção coletiva do projeto político pedagógico, criando-se condições para uma relação mais assertiva entre escola e comunidade. O planejamento coletivo com a participação dos Conselhos Escolares traz a possibilidade de melhoria da qualidade do ensino, pois cria condições de um currículo baseado na realidade local e de um maior comprometimento de todos os agentes envolvidos na escola.

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A gestão democrática é um processo de construção coletiva que está diretamente ligada ao sucesso do aluno na aprendizagem. É um processo que não está pronto e nem acabado. Há ainda muitas barreiras a serem superadas. Porém, sem a predisposição à mudança a gestão democrática será apenas um detalhe.

24

II – PAPEL DA ESCOLA

25

II – FUNÇÃO DA ESCOLA

2.1. ENSINO E APRENDIZAGEM Parte-se do pressuposto que o ser humano é histórico e dialético, isto é, que é resultado de um processo histórico conduzido por ele mesmo e que, ao longo de sua história, produziu e acumulou uma gama enorme de conhecimentos. Esse conhecimento produzido deve ser considerado um patrimônio coletivo que precisa ser socializado. Nesse sentido, a escola passa a ter uma função social de garantir a todos o acesso aos conhecimentos historicamente legitimados como importantes e fundamentais para o convívio em uma sociedade mais justa, pois, a apropriação da riqueza intelectual tem relação direta com a distribuição da riqueza material.

“A socialização é sempre socialização da riqueza. À escola não é possível promover a socialização da riqueza material. A socialização da riqueza intelectual – apanágio da escola – no entanto, é um dos caminhos para a socialização da riqueza material. Isto não significa, porém, que basta ter a riqueza intelectual, que a material vem por acréscimo. Significa, por outro lado, que a apropriação da riqueza intelectual abre caminhos para ação política das camadas populares, capacitando-as para criarem alternativas sociais de maior distribuição de riqueza material”. (PC 1998, p. 16)

Para a socialização do conhecimento, a concepção de aprendizagem adotada pela escola em seu Projeto Político Pedagógico é a histórico-cultural, também chamada de sóciointeracionista. Essa concepção é apoiada pelos estudos de Vygotsky e Wallon. Na teoria de Vygotsky o desenvolvimento e a aprendizagem estão relacionados desde o nascimento da criança. O desenvolvimento não é um processo previsível, universal ou linear, ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. A aprendizagem promove o desenvolvimento atuando sobre a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, transformando o desenvolvimento potencial em desenvolvimento real.

Zona de desenvolvimento proximal é a “distância entre o nível evolutivo real determinado pela resolução independente do problema e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela resolução de um problema sob orientação do adulto, ou em colaboração com colegas mais capazes”. (PC 1998, p.20)

Quando o aluno, com ajuda de um adulto ou de outra criança mais experiente, realiza uma determinada atividade, estamos antecipando o seu desenvolvimento através de mediação.

Na sala de aula, o professor assume o papel de mediador do conhecimento. O papel do professor é de provocar nos alunos avanços que não ocorrem espontaneamente, consiste exatamente em uma interferência na Zona do Desenvolvimento Proximal. E, nesta intervenção, cria conflitos que geram novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados, tidos como verdades prontas e acabadas.

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O papel do professor mediador é, no ambiente escolar, o de atuar na zona de desenvolvimento proximal dos alunos com o objetivo de desenvolver as funções psicológicas superiores. Esta atuação se concretiza através de intervenções intencionais que explicitarão os sistemas conceituais e permitirão aos alunos a aquisição de

conhecimentos sistematizados (PC 1998, p.20) O aluno e o conhecimento se relacionam através da interação social, isto é,

da atividade conjunta mediada. A produção do conhecimento é um ato coletivo. O conhecimento não existe sozinho, está sempre impregnado em algo humano (pessoa, livro, aparelho, meio sociocultural) reflete as formas de produção e as relações de uma determinada sociedade.

Em resumo, na perspectiva histórico-cultural desenvolvida por Vigotsky, a aprendizagem:

a) Acontece na relação entre ser humano, natureza e sociedade. b) É coletiva, acontece na interação com o outro. Aprender implica em uma

atividade coletiva, onde o professor é o responsável pela mediação do conhecimento.

c) Relação proporcional entre aprendizagem e desenvolvimento. d) Desenvolvimento real (conhecimento do aluno) – mediação (professor) –

desenvolvimento potencial (não é espontâneo). Nesse sentido, a escola e o professor no papel de mediadores deverão, de acordo com essa concepção de aprendizagem:

- Levar em consideração no trabalho escolar o conhecimento do aluno (conhecimento do senso comum que o aluno possui sobre determinado assunto), relativos ao tema focalizados, com o conhecimento científico, a ser trabalhado de forma a possibilitar a reelaboração pelo aluno do seu conhecimento inicial, o qual possibilitará novo conhecimento. No senso comum os fatos sociais são neutralizados, ou seja, perde-se de vista a compreensão de que são produtos da construção coletiva do homem. Compreender isso nos possibilita a interferir na vida social com mais propriedade, para alcançar as metas pretendidas e tentar organizar uma vida mais justa.

- Criar situações de ensino que possibilitem a exposição (de sujeitos da educação, professores e alunos) a diferentes pontos de vista: tal princípio ajuda a ver com mais clareza concepções de sociedade (conservadora e inovadora) que estão embutidas nas diferentes visões presentes na sala de aula sobre o tema trabalhado.

- Considerar as potencialidades dos alunos e a importância da concretização dos conceitos teóricos (identificação dos conceitos em situações reais concretas) para que se possa avançar o conhecimento inicial do aluno a ser permeado pelo conhecimento científico trabalhado no curso.

- O Ensino Aprendizagem deve ter como pressuposto o professor como mediador das interações práticas-teóricas-práticas; considerar a sua prática como “um” dos espaços de produção do conhecimento, e não o único.

- Compreender que a realidade exige uma abordagem interdisciplinar, pois ela se forma a partir da articulação dialética dos diferentes conhecimentos produzidos pelas diferentes ciências. O trabalho interdisciplinar contribui para a inserção crítica do aluno em sua

própria realidade e cria condições objetivas para a realização de um novo espaço

27

de apropriação do conhecimento não mais de forma fragmentada, e sim na sua totalidade.

Assim, nesse processo pedagógico, todos são considerados capazes de aprender através das interações sociais, onde o aluno possa ser desafiado a apropriar-se de conhecimentos científicos significativos, abandonando a cultura da repetição de conceitos já elaborados e apropriados. Pois, aprender implica em apropriar-se de algo novo.

2.2. METODOLOGIA

A metodologia considerada pela escola como aquela que consegue materializar a Proposta Curricular de Santa Catarina - Concepção Sociointeracionista – em sala de aula é a Atividade de Aprendizagem, decorrente da Teoria da Atividade desenvolvida por Leontiev. Apesar de não ter sido elaborada por Vygotsky, está ligada a concepção de aprendizagem sociointeracionista, apontando para práticas pedagógicas que visam a socialização da aprendizagem através das interações sociais. Segundo a Teoria da Atividade, é pela atividade de aprendizagem que o professor poderá provocar o aluno o interesse em aprender através de situações significativas. Nessa teoria, atividade não é qualquer ação e sim um conjunto de ações que têm finalidade, motivação e uma profunda relação com a vida do agente. A aprendizagem ocorre através da apropriação e elaboração de conceitos num processo ativo, onde o sujeito tem um motivo para aprender. Porém, nem sempre os alunos têm um motivo para a aprendizagem. Nesse caso o professor deve provoca-lo.

“(...) a atividade humana não é um processo natural. O ser humano age impulsionado por motivos; age em função de finalidades e faz com interesse o que tem vinculação com sua vida. Assim, pode-se dizer que, em qualquer setor da vida humana, atividade é o que se realiza com motivo, com finalidade. A atividade, assim compreendida, não consiste em ato isolado. Constitui-se de um conjunto de ações e operações direcionadas por um motivo, para atingir determinada finalidade.” (TEMPO DE APRENDER VOL 1, p.16)

Na atividade de aprendizagem o ensino-aprendizagem acontece através de atividades que considerem a ação do sujeito ativo, o que implica motivação para agir. Assim, o professor deverá provocar a motivação para que o aluno perceba a finalidade do que será estudado e que isso seja significativo. Por exemplo: copiar do quadro, fazer exercícios do livro didático, fazer redações, etc, são atividades, mas são consideradas de aprendizagem quando o aluno o faz consciente e motivado com o objetivo de assimilar novos conhecimentos e habilidades.

A atividade de aprendizagem acontece na escola seguindo o Projeto Pedagógico escolar: expectativas de aprendizagem; objetivos; metas educacionais; conteúdos e conceitos científicos de cada área; também deve considerar a legislação vigente. A estrutura da atividade de aprendizagem deve considerar: o sujeito da atividade (que realiza a ação – o aluno), o motivo (essencial para o aluno realizar a atividade), o objeto de estudo (temática a ser desenvolvida para apropriação de novos conhecimentos) e o sistema de meios (sistema de ações, instrumentos e objetivos da atividade).

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As atividades de aprendizagem não ocorrem no espontaneismo. O professor é responsável pela elaboração destas atividades (mediador). É ele que conduz o processo de apropriação dos conceitos científicos através de um conjunto de ações e operações (motivo + finalidade + meio + relações do aprendido na v ida).

Para toda e qualquer atividade de aprendizagem do aluno é necessária a orientação do professor ou de um sujeito mais experiente, nos seus mais diferente momentos de realização. (...) O processo de orientação por parte do professor é fundamental, pois possibilita ao aluno uma visão de todo o processo. (TEMPO DE APRENDER VOL 2, p.18)

Como modelo, a escola adaptou um roteiro para orientar os professores na metodologia a ser desenvolvida em sala de aula:

1. Situação-problema (problematização). a) Parte mais importante da atividade, pois o aluno deve perceber o motivo

para aprender. b) Partir de problemas (materiais ou conceituais), trazer esses problemas

para a materialidade da vida dos alunos, apresentá-los de maneira realista e intrigante, de modo que os alunos estejam motivados e vejam finalidade na discussão e solução dos mesmos. Interesse pelo objeto de estudo.

c) Explorar o conhecimento trazido pelo aluno. 2. Objetivos.

Que o professor deseja atingir com os alunos através desta atividade. 3. Conceitos e conteúdos disciplinares e multidisciplinares.

Elencar os conceitos e conteúdos que serão abordados, tanto os da disciplina do professor quanto os das outras disciplinas. Isto não significa ter que planejar a atividade com outro professor.

4. Encaminhamentos Metodológicos. (meios/ações/operações) Debates, leituras, vídeo, palestra, explicação, estudo em grupo, visitas de

estudo, pesquisa bibliográfica ou internet, entrevistas, seminário, dramatizações, gráfico, estudo de textos diferentes, etc...

5. Cronologia Depende da atividade. O aluno deve receber um cronograma com todas as

etapas do trabalho. 6. Avaliação, resultados e redimensionamento.

Avaliação: como o aluno vai obter as notas finais desta atividade. Auto-avaliação, participação, assiduidade, produção escrita, prova (contextualizada), recuperação, etc.

Resultados: avaliar com os alunos se a atividade atingiu os objetivos. Redimensionamento: se não houve aproveitamento, aproveitar as

sugestões e dar encaminhamento.

2.3. AVALIAÇÃO

Considerando a legislação vigente e a Proposta Curricular de Santa Catariana, na avaliação prevalecerão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Também será contínua, cumulativa e diagnóstica, mediante verificação da aprendizagem de conhecimentos e do desenvolvimento de competências e habilidades.

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Nesse sentido, além de avaliar a aprendizagem, a avaliação será instrumento para verificar se as ações educativas da escola e o trabalho do professor estão atingindo os objetivos educacionais propostos.

Uma avaliação eficaz na perspectiva histórico cultural, só é possível através da investigação sistemática das situações mediadas pelo professor na atividade de aprendizagem, onde o aluno é desafiado a apropriar-se de novos conhecimentos, buscando estratégias para fazê-lo avançar mais.

Para tal, o professor deverá trazer instrumentos avaliativos que vão além das avaliações individuais. E, a escola deverá oportunizar aos pais, professores e alunos momentos de participação em reuniões, assembleias e conselhos de classe para tratar do processo avaliativo.

“Sendo participativa, a avaliação possibilita dinamizar oportunidades para que professor e aluno tomem consciência da evolução de sua aprendizagem, como momento de ajuda, como mais instrumento de reflexão sobre o processo, podendo, assim, fazer e refazer caminhos numa permanente atitude investigadora frente ao conhecimento”. (PC 1998, p. 75)

A avaliação do processo ensino-aprendizagem se torna fonte de informação para novos procedimentos a serem tomados a cada instante do processo educacional, visando à melhoria da qualidade de ensino.

2.4. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

A E.E.F. “Polidoro Santiago” adota os princípios da gestão democrática estabelecidos na Constituição Federal, LDB e nos Plano Nacional e Estadual de Educação, pois acredita que somente com a participação de toda comunidade escolar nas decisões da escola pode-se chegar à verdadeira autonomia pedagógica, financeira e administrativa, e à elevação da qualidade de ensino. Por isso, promoverá a criação e manutenção de órgãos colegiados de participação como os Conselhos Escolares.

Após várias décadas de movimentos em prol da escola de qualidade social e democrática, a Constituição Federal/1988, no artigo 206, estabeleceu a gestão democrática como princípio fundamental da Educação regulamentada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional de Educação que determinam sua consonância com as peculiaridades dos sistemas de ensino, a garantia da participação dos profissionais na elaboração da proposta pedagógica da escola, além da participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e equivalentes. Mas este princípio precisa ser construído coletivamente na realidade das escolas públicas.

Na gestão democrática todas as atividades técnico-administraivas e as demais atividades estão submetidas às finalidades da educação. A realização do caráter pedagógico das atividades de gestão escolar exige partilhamento do poder e co-responsabilidade pelos resultados. Este tipo de gestão compreende a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da escola, para os quais é necessária a criação de mecanismos democráticos que efetivem esta prática e que possibilite aos seus agentes a utilização de mecanismos de construção e de conquista da qualidade social na educação.

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Nesse sentido, constata-se a importância da gestão democrática na escola para a consolidação dos órgãos colegiados e a construção do projeto político pedagógico, criando-se condições para uma relação mais assertiva entre escola e comunidade. O planejamento participativo e a criação de colegiados (Conselhos Escolares) trazem a possibilidade de melhoria da qualidade do ensino, pois cria condições de um currículo baseado na realidade local e de um maior comprometimento de todos os agentes envolvidos na escola.

Nesta proposta de gestão democrática há uma redefinição do papel do gestor agora como articulador, mediador entre o projeto coletivo da escola e a comunidade. Em última instância cabe ao gestor garantir e incentivar a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade nas decisões e projetos da escola. Sem participação efetiva da comunidade e descentralização do poder não há gestão democrática. O papel do gestor neste processo é de articulação entre todos os membros da comunidade escolar no sentido de construir a gestão democrática.

Assim, compete ao diretor, dentre outros, o papel de articulador e incentivador da participação e de ações colegiadas na escola. Nesta ótica, constitui-se um passo fundamental a criação de órgãos colegiados, que venha possibilitar o processo de discussão com professores, funcionários, alunos e pais de alunos e a tomada de decisão em conjunto acerca de problemáticas em que a escola esteja envolvida, apontando para a solução das mesmas. A gestão democrática é um processo de construção coletiva, não está pronto e acabado. Há ainda muitas barreiras a serem superadas e novos desafios a serem alcançados na construção do processo democrático nas escolas. Sem a predisposição à mudança a gestão democrática não será completa.

2.5. O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NO CONTEXTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Conceituamos o projeto político-pedagógico:

“O Projeto Político Pedagógico é concebido como instrumento teórico-metodológico que a escola elabora, de forma participativa, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai percorrer para realizar, da melhor maneira possível, sua função educativa”. “O projeto pedagógico aponta o rumo que a escola deve tomar. Corresponde à tomada de decisões educacionais pelos vários autores que o concebem, executam e avaliam, sempre considerando a organização do trabalho escolar como um todo e respeitando os preceitos e os princípios legais estabelecidos”

(Progestão, módulo III, p. 31)

O projeto político-pedagógico é um instrumento que contribui e garante a efetivação da gestão democrática, conferindo autonomia às escolas públicas. Permite que as unidades educacionais definam a sua organização em todas as dimensões da vida escolar, estabelecendo uma identidade própria. O projeto

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político-pedagógico deve se constituir na referência norteadora, em todos os âmbitos da ação educativa da escola.

A palavra projeto nos traz a idéia de futuro, de vir-a-ser, partindo de uma realidade dada e traçando caminhos para uma realidade melhor. Neste sentido podemos dizer que Projeto Político-Pedagógico pode ser entendido como instrumento teórico-metodológico que a escola constrói coletivamente, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai seguir para melhor cumprir sua função educativa: qualidade social da educação. É o documento que dá identidade da escola de acordo com sua realidade local.

Trata-se de um documento elaborado e reelaborado pela escola, que respeita os sistemas de ensino pelo qual é legislado, e que tem a possibilidade de atender aos anseios da comunidade em que está inserida, com o propósito de oferecer uma educação de qualidade.

Devido à relevância atribuída ao projeto, faz-se necessária a construção coletiva em espaços de participação que reúna os diretores, professores, funcionários estudantes, pais e outros representantes da comunidade onde possam exercer a prática democrática, cientes que a educação é um direito.

Assegurar a efetiva aplicação da proposta no cotidiano escolar implica em fazer com que as pessoas envolvidas façam parte da construção, implementação, acompanhamento e avaliação do projeto, num amplo processo de discussão para tomada de decisões e co-responsabilidade nos compromissos firmados pela coletividade.

Todo PPP deve ter um caráter político e pedagógico, pois exige tomada de decisão visando sempre os fins da educação. Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. Compreender esta dimensão é importante para que este documento fundamental não seja cheio de boas intenções, mas vazio de ações concretas.

A construção coletiva do projeto pedagógico da escola deve sempre articular a realidade da escola, tomando-a como referência, e o contexto social mais amplo. Isto é, para o sucesso, a escola deve partir de seu diagnóstico e traçar seus objetivos levando em consideração suas deficiências e a realidade local. Nesta perspectiva o PPP deve possuir as seguintes características: defesa da democracia na escola; ser inclusiva de acordo com a diversidade dos alunos; assegurar a participação coletiva e a integração dos diversos setores da comunidade escolar; busca da autonomia escolar; e a prioridade é a qualidade da educação.

Os princípios centrais para a gestão democrática da escola são a autonomia e a participação contempladas pelo projeto político-pedagógico. Portanto, projeto político-pedagógico, autonomia e gestão democrática são indissociáveis na prática escolar.

Transformar o projeto político pedagógico em um documento vivo é o grande desafio do gestor que será o articulador desse processo que somente será viabilizado e terá sucesso se construído coletivamente, sempre pautado pelas leis dos sistemas de ensino.

2.6. QUALIDADE DE ENSINO

A E.E.F. Polidoro Santiago adota o princípio da qualidade de ensino como compromisso social da educação. Oferecer aos alunos desta escola qualidade é uma obrigação legal e também objetivo da comunidade escolar.

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Partimos do pressuposto que elaborar um conceito de educação de qualidade é muito complexo, pois ele tem de ser construído por todos que estão envolvidos diretamente com a escola e pela comunidade onde está inserida. Qualidade é um conceito dinâmico, reconstruído constantemente. Cada escola tem autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade na educação. Mas, há muitas referências nos documentos referentes à educação como na LDB, PCNs, Constituição Federal e outros.

Nestes documentos a idéia é que Educação de Qualidade é aquela que leva à formação básica do aluno e à cidadania. Esta educação é a que oportuniza condições de aprendizagem para que o aluno desenvolva a capacidade de aprender, de compreender o ambiente em que vive e que adquira certos conhecimentos e habilidades que possibilitem seu crescimento pessoal e profissional. Isto é, a educação de qualidade deve ter como objetivo a formação para a cidadania para que o sujeito possa ter condições de usufruir dos seus direitos e consciência para cumprir seus deveres e, deste modo, alcançar seu pleno desenvolvimento intelectual, psicológico e profissional. A educação tem o compromisso de fazer o aluno aprender os conceitos científicos essenciais, de prepará-lo para o trabalho e para o exercício da cidadania. Estes objetivos pretendem ser atingidos pela E.E. F. Polidoro Santiago através do compromisso inicial de oferecer condições ao aluno de chegar ao final do Ensino Fundamental sabendo ler, escrever, interpretar e dominar os conteúdos estudados. Também é importante que ele saiba expressar-se, relacionar-se e esteja preparado para adaptar-se às mudanças. As metas assumidas pela escola para que o mínimo de qualidade seja garantida ao aluno são: planejamento adequado do professor, considerando os conteúdos mínimos e significativos de acordo com a realidade do aluno; seriedade na aplicação das avaliações, seguindo os critérios estabelecidos no PPP; oferta de recuperação paralela; oferta de aulas diferenciadas com dinâmicas de grupo e outras atividades com finalidades pedagógicas; uso de tecnologias existentes na escola; cumprimento do estabelecido no PPP quanto á metodologia, pressupostos e avaliação. Essas metas e objetivos serão avaliadas todo final de ano para que seja feita a adequação ou proposição de novos desafios. Lembrando que qualidade só acontece com o comprometimento de todos: pais, professores, alunos e comunidade. 2.7. PERFIL DO EDUCADOR E DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO O essencial à escola é trabalhar com profissionais identificados com a filosofia e metodologia; com elevado espírito científico e de equipe; e, principalmente, o educador garantindo condições para o aluno obter êxito no processo ensino - aprendizagem. Na estrutura o ponto convergente de todos os esforços da equipe é o corpo docente, em torno do qual todos os setores se organizam; isso porque os órgãos administrativos só tem razão de existir à medida que promovam o trabalho docente e, desta forma contribuem para o entendimento do objetivo maior da escola, a formação do nosso aluno.

1. Perfil do Professor 1.1 Tendo em vista que o comportamento do aluno sofre grandes influências da postura do educador, faz-se necessário explicar o perfil do professor:

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- Cultura geral atualizada. - Domínio do conteúdo e dos conceitos da disciplina ou área do conhecimento. - Comprometimento - Ético.

1.2. Preparo didático – Pedagógico

Visão do processo educativo em seu conjunto, correlacionado com os demais professores, disciplinas e órgãos de apoio;

Empregos de métodos e técnicas operacionais adequadas e atuais;

Saber o “que”, o “porque” e o “como ensinar”;

Tornar o ensino interessante e atrativo; 1.3. Maturidade Afetiva

Maturidade (O professor é um amigo e não um colega).

Capacidade de adaptação (Projeto Político Pedagógico).

Bom relacionamento com o próximo.

Equilíbrio emocional, sinceridade e coerência.

“Disposição de “mais dar” do que “receber”.

Entusiasmo e otimismo.

Segurança na realização do trabalho.

Imparcialidade.

Aceitação dos limites do próximo. 1.4. Senso de Responsabilidade e Dever

Assiduidade.

Pontualidade tanto na entrada as aulas como após a pausa do recreio.

Dedicação.

Organização.

Disciplina.

Cumprimento de normas. 1.5. Identificação com a Filosofia e Trabalho Desenvolvido pela Escola

Participar de toda ação educativa da escola.

Colaborar com a equipe e com a escola.

Saber usar a palavra certa no momento oportuno, de colaborar, questionar e ou discordando com o objetivo com a melhoria do processo ensino-aprendizagem.

2. Competência do Professor 2.1. Zelar pela formação integral dos alunos. 2.2. Elaborar e executar a programação referente à sua disciplina. 2.3. Cumprir e fazer cumprir horários, cronogramas e calendário escolar. 2.4. Desenvolver no aluno o hábito do estudo. 2.5. Avaliar o desempenho global dos alunos. 2.6. Colaborar com a direção, colegas e funcionários, na consecução dos objetivos maiores da instituição. 2.7. Participar em conselhos de classe, reuniões, capacitação, planejamentos e de outras atividades, sempre que convocado 2.8. Zelar pelo bom uso, conservação e manutenção das instalações, equipamentos e material da escola. 2.9. Cumprir as decisões tomadas no coletivo. 2.10. Participar na elaboração, execução e avaliação do PPP.

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3. Orientações para o Professor 3.1. Manter a ordem e a disciplina dos alunos. 3.2. Manter tom de voz agradável. 3.3. Manter em dia a escrituração escolar nos diários de classe. 3.4. Avisar com antecedência quando, quando não puder cumprir o seu horário de trabalho. 3.5. Apresenta-se conveniente trajado, evitando exageros ou excentricidades que venham desviar a atenção do grupo. 3.6. Manter-se atualizado. 3.7. Levar o material didático necessário ao dirigir-se para a sala de aula, evitando abandonar ou mandar alunos para buscar. 3.8. Elaborar todos os cronogramas de aula e instrumentos de avaliação. 3.9. Apresentar atestado médico, quando a falta for por motivo de saúde. 2.8. CRITÉRIOS PARA AS AÇÕES Todas as prioridades e ações a serem desenvolvidas na escola, deverão estar permeadas pelos fins da educação: respeitando a legislação vigente; a Proposta Curricular de Santa Catarina; a realidade em que os alunos estão inseridos; o Projeto Pedagógico da escola: princípios, metodologia e normas; o planejamento coletivo e interdisciplinar; e as decisões da comunidade através dos Conselhos Escolares.

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III – PROPOSTA CURRICULAR

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III – PROPOSTA CURRICULAR 3.1 GRADE CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS ENSINO DE NOVE ANOS PARA ALUNOS MATRICULADOS DO 1º AO 9º ANO

Número Mínimo de dias de efetivos trabalho escolar: 200 dias Número Mínimo de Semanas letivas: 40 Número de dias semanais de efetivo trabalho : 05 (*) Duração hora/aula: 45 minutos – 4 horas diárias (Exceto 01 dia por semana com 06 aulas) Carga Horária anual para os alunos: 800 horas

OBSERVAÇÕES: 1. Na Matriz Curricular do Ensino Fundamental de 09 anos, de 1º ao 9º ano não consta

divisão de carga horária, pois o professor desenvolve atividades com os conceitos das

disciplinas da Base Comum. Nas disciplinas de Educação Física e Arte serão ministradas,

nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, por professores das disciplinas citadas, com

carga horária semanal de 03 (três) aulas de educação física e 02 (duas) de Arte. (*) A duração da hora/aula é de 45 minutos e mais 15 minutos de recreio monitorado, com controle

de freqüência e sob a responsabilidade direta do corpo docente; 2. A Língua Estrangeira (Inglês, Espanhol, Francês, Italiano e Alemão) será oferecida de acordo com a

opção da unidade escolar. 3. A escola poderá oferecer a segunda Língua Estrangeira, de forma optativa e em período

extraclasse, se a mesma, no seu quadro funcional, tiver professor habilitado, efetivo e com carga

horária disponível. 4. A escola organizará o horário para a oferta do Ensino Religioso, conforme, Lei nº 9.475/97,

garantindo, a matrícula facultativa aos alunos e, Decreto nº 3.882/05.

BASE

COMUM

DISCIPLINAS (AULAS

SEMANAIS)

ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

1º Ano

2º Ano

3º Ano

4º Ano

5º Ano

6º Ano

7º Ano

8º Ano

9º Ano

Língua Portuguesa

X X X X X 04 04 04 04

Matemática X X X X X 04 04 04 04

Ciências X X X X X 03 03 03 03

História X X X X X 03 03 03 03

Geografia X X X X X 03 03 03 03

Educação Física

03 03 03 03 03 03 03 03 03

Arte 02 02 02 02 02 02 02 02 02

Ensino Religioso

X X X X X 01 01 01 01

PARTE DIVERSIFICADA

Língua Estrangeira

- - - - - 03 03 03 03

TOTAL SEMANAL 20 20 20 20 20 26 26 26 26

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3.2 ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS

A escola passa a oferecer o ensino de nove anos de forma gradativa para os

alunos matriculados no 1º ano, a partir de 2007. Conforme a Legislação toda criança que completar 06 anos até 31 de março de cada ano letivo, deverá ser matriculada na 1º ano e concluirá o ensino fundamental em nove anos. As portarias, decretos e pareceres que fundamental o ensino de nove anos são as seguintes:

Lei 9.394/96: [sinalizou para o ensino obrigatório de 09 anos de duração, a iniciar-se aos seis anos de idade, o que por sua vez, tornou-se meta da educação nacional pela Lei 10172/2001, que aprovou o Plano Nacional de Educação].

Lei 11.274/2006: [Altera os arts 6º, 30, 32 e 87 da Lei 9.394/96, com o objetivo de tornar obrigatório o início do Ensino Fundamental aos seis anos de idade e determina o Ensino de 09 anos].

Portaria n° 22/SED, de 20/11/2006 [ Dispõe sobre a duração de nove anos para Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória aos seis anos de idade nas escolas da rede pública estadual de Santa Catarina. ]

Decreto 4.804 [ Dispõe sobre a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos na rede pública estadual de ensino de SC ]

Parecer CEE 317/06 [ Consulta quanto à autonomia da Mantenedora em relação ao ingresso das crianças de 6 anos na 1ª série na data de 1° março ]

Parecer CEE 433/06 [ Ensino Fundamental de 9 anos com matrícula obrigatória a partir dos 6 anos de idade]

Parecer CEE 427/06 [ Ensino Fundamental de 9 anos] Resolução CEE 110/06 [Dispõe sobre a duração de 9 (nove) anos para o

ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade]

Organização do Ensino Fundamental de nove anos: 1. Organiza-se em cinco Anos Iniciais e quatro Anos Finais, utilizando-se a

nomenclatura de 1ª a 5ª série e de 6ª a 9ª série, respectivamente, conforme matriz curricular.

2. A escola deverá garantir no seu projeto político-pedagógico a adequação do ensino de 1ª série, direcionada especificamente às crianças de 06 anos, seguindo às orientações do sistema estadual de ensino.

3. Para atuar no ensino de 1ª série os professores deverão ser alfabetizadores com maior qualificação e experiência para atender as especificidades dessa faixa etária.

4. A nova reorganização do Ensino Fundamental deve respeitar a concepção de educação, escola, infância e criança, conforme pressupostos da Proposta Curricular de Santa Catarina/1998, no documento Estudos Temáticos/2005 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

5. Conforme legislação em vigor, todo aluno tem direito de concluir o Ensino Fundamental na Matriz em que iniciou (grade de 08 ou 09 anos). Casos de repetência deverão ser criteriosamente analisados quando resultar em troca de Matriz ao aluno. Nesta situação, deverá constar em ata os motivos pedagógicos da reprovação, a justificativa para aumentar seu tempo de escolarização, a conscientização, a opinião e a concordância dos pais ou responsáveis, e encaminhar à GERED para que aprove a determinação da escola.

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6. Em se tratando de transferência de alunos entre estabelecimentos de ensino situados no País com sistemas e nomenclaturas de oito e nove anos de duração do Ensino Fundamental, a escola receptora da matrícula deverá valer-se do princípio da flexibilidade, introduzido nas disposições dos artigos 23 e 24 da Lei 9.394/96.

7. A avaliação é diagnóstica e processual, garantindo o desenvolvimento da criança nos seus diferentes aspectos. A avaliação do rendimento escolar seguirá o previsto na Resolução 158/08 - CEE/SC. A E.E.F. Polidoro Santiago por ser escola pública estadual adotará o ensino

de nove anos conforme legislação vigente. 3.3 ORIENTAÇÃO CURRICULAR

A SED (Secretaria de Estado da Educação), por meio da DIEB (Diretoria de Educação Básica), através do documento de 2011 Orientação Curricular com foco no que ensinar, determinou orientações curriculares, em atendimento ao Artigo 210, da Constituição Federal de 1988, que determina como dever do estado para a educação fixar “conteúdos mínimos [...] de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” voltadas, estas orientações, à organização e ao funcionamento das unidades escolares de Educação Básica e Profissional da rede estadual de ensino de Santa Catarina. Para tanto, tomou por base:

A LDB n° 9.394/96.

A Emenda Constitucional n° 59, de 11 de novembro de 2009.

O Parecer CNE/CEB n° 07, de 07 de abril de 2011.

A Resolução CNE/CEB n° 04, de 13 de julho de 2010.

A Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010.

A Proposta Curricular de SC/1991/1998.

A Diretriz nº 3: Organização da prática escolar na Educação Básica: conceitos científicos essenciais, competências e habilidades 2001.

O Caderno de estudos temáticos/2005.

A diretriz curricular para os anos iniciais do Ensino Fundamental/2010.

As leis e diretrizes para os temas transversais e a diversidade.

A política de Educação Especial de Santa Catarina.

As orientações para organização e funcionamento das unidades escolares de Educação Básica e Profissional da rede pública estadual/2011.

Estes marcos referenciais e legais situam a escola como espaço de apropriação do conhecimento e reconstrução das identidades culturais, assegurando a formação básica comum nacional, com o foco nos sujeitos que dão vida ao currículo e à escola, onde se aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões do país.

Desta forma, a palavra currículo remete a uma reflexão fundamentada no para quem, no o quê, no por quê, como e quando ensinar, aprender e avaliar, reconhecendo interesses, diversidades, diferenças sociais e, ainda, a história cultural e pedagógica de nossas escolas.

Neste sentido, o currículo foca as experiências e os conhecimentos escolares. Isto implica a abrangência de todos os aspectos do ambiente escolar, desde a parte explícita do currículo até a parte implícita para a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes, como: valores, atitudes, sensibilidade e orientações de conduta, veiculados, não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais,

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normas de convívio social, festividades, pela distribuição do tempo e organização do espaço educativo, pelos materiais utilizados na aprendizagem e pelo recreio, enfim, pelas vivências proporcionadas pela escola.

Os conhecimentos escolares são aqueles que as diferentes instâncias que produzem orientações sobre o currículo, as escolas e os professores selecionam e transformam, a fim de que possam ser ensinados e aprendidos, ao mesmo tempo em que servem de elementos para a formação ética, estética e política do aluno.

A Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, traz, em seu artigo 2º, como um dos seus objetivos: [...] sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola.

O artigo 14 destaca que a base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais. Segundo este artigo, integram a base nacional comum: a) A Língua Portuguesa; b) A Matemática; c) O conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena; d) A Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música; e) A Educação Física; f) O Ensino Religioso.

Estes componentes curriculares são organizados em forma de áreas de conhecimento, disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao exercício da cidadania, em ritmo compatível com as etapas do desenvolvimento integral do cidadão.

A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser organicamente planejadas e geridas de tal modo que perpassem a proposta curricular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos político-pedagógicos.

A Educação Básica está organizada em etapas que correspondem a diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, e em modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação Básica do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação a Distância e Educação Escolar Quilombola.

No § 2º, Artigo 17, a Resolução destaca que [...] a interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o currículo e propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do conhecimento.

Em seu artigo 19, a Resolução remete para um ensino que considere as dimensões do educar e do cuidar como alicerce para o exercício da cidadania. Cada etapa e modalidade são delimitadas por sua finalidade, seus princípios, objetivos e

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diretrizes organizacionais, fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar, como princípios orientadores da prática educativa para as diferentes e diversas crianças, adolescentes, jovens e adultos e seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários, na garantia de receber a formação que corresponda à idade própria de percurso escolar.

O artigo 24 da referida Resolução apresenta os objetivos da formação básica das crianças, adolescentes, jovens e adultos, mediante: I – desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – foco central na alfabetização, ao longo dos três (03) primeiros anos; III – compreensão do ambiente na tural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que se fundamenta na sociedade; IV – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e valores; V – fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito recíproco em que se assenta a vida social. 3.4 DESAFIO CURRICULAR: EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA

De acordo com Cesar Callegari (2010), conselheiro do Conselho Nacional de Educação/CNE, as [...] expectativas de aprendizagem vão dizer o que uma criança tem o direito de aprender em uma determinada etapa [...]. Isso tem a ver com a subjetividade do direito: as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem. Nós temos que dizer, com clareza, quais são estas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização. Reiterando essa premissa, a SED e a Fundação Catarinense de Educação Especial/CEE propõem, como base para as expectativas de aprendizagem para a Educação Básica:

1° ao 3° ano do Ensino Fundamental: acesso e consolidação das habilidades essenciais de leitura, escrita e cálculo: alfabetizar letrando;

4° e 5° anos do Ensino Fundamental: aprofundamento e complexificação das habilidades de leitura, escrita e cálculo, em direção ao letramento, para compreensão do ambiente natural e social, das artes, da cultura e dos valores que fundamentam a sociedade;

Anos finais do Ensino Fundamental: compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores que fundamentam a sociedade: consolidação da alfabetização e aprofundamento do letramento;

Ensino Médio: compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomado como princípio educativo, formação ética e estética: consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental.

Na organização e gestão do currículo, as abordagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção criteriosa da instituição escolar, porque revelam a visão de mundo que orienta as práticas pedagógicas dos educadores e organizam o trabalho do estudante.

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A unidade entre pensamento e ação está na base da capacidade humana de produzir sua existência. É na atividade orientada pela mediação entre pensamento e ação que se produzem as mais diversas práticas que compõem a produção de nossa vida material e imaterial: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura.

Por essa razão, trabalho, ciência, tecnologia e cultura são instituídos como base da proposta e do desenvolvimento curricular na Educação Básica, de modo a inserir o contexto escolar no diálogo permanente, com a necessidade de compreensão de que estes campos não se produzem independentemente da sociedade, e possuem a marca da sua condição histórico-cultural. 3.5 CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL A Resolução CNE nº 04 de 13 de julho de 2010, define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e, junto à Proposta Curricular de Santa Catarina, nortearão as demandas do currículo. A seguir, estão descritos os conceitos/conteúdos/habilidades a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental de 09 anos, divididos em Anos Iniciais e Anos Finais.

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3.5.1

FUNDAMENTOS PARA O ENSINO NOS ANOS INICIAIS

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3.5.1 FUNDAMENTOS PARA O ENSINO DO 1º ao 5º ANO Os fundamentos teóricos para o ensino nos anos iniciais encontram-se na Proposta Curricular de Santa Catarina (Volumes: Disciplinas Curriculares/Formação Docente para Educação Infantil e Séries Iniciais/Temas Multidisciplinares/Eixos Temáticos) e no texto Orientação Curricular com Foco no que Ensinar: Conceitos e conteúdos para a Educação Básica (DIEB/SC 2011), devendo o professor fazer o estudo desses documentos antes do realizar seu planejamento e consequente prática pedagógica. As orientações para o trabalho pedagógico são:

a) Alfabetização com Letramento na diversidade dos Gêneros Discursivos. b) Gêneros Textuais. c) Sala de aula como ambiente Alfabetizador. d) Planejamento com foco no diagnóstico da turma. e) Avaliação cumulativa, processual e contínua.

3.5.1.1 DIRETRIZ CURRICULAR PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL Isaac Ferreira1 Otília Hennig2

Com o advento do Ensino Fundamental de 9 anos, muitas discussões foram

produzidas, tanto no universo acadêmico, quanto na escola de educação básica. Há uma preocupação quanto ao que fazer, ao como ensinar. Seriam 8 +1 ou 1 + 8?

Acredita-se que a questão é bem mais profunda do que os limites entre a educação infantil e o ensino fundamental, ou seja, o que compete a cada espaço escolar. O que mais preocupa, neste cenário, é a compreensão que educadores e gestores têm acerca do que seja alfabetização e letramento. Uma concepção teórica é o chão epistemológico no qual podem ser apresentadas propostas de diretrizes curriculares, não focando no que será ministrado em cada ano, mas nas capacidades e habilidades que deverão ser desenvolvidas levando em consideração as condições de cada sujeito ingressante na vida escolar. Assim, o ensino, nos primeiros anos, será compreendido como um processo no qual serão avaliadas as habilidades esperadas em cada etapa, possibilitando ao professor que, diante do diagnóstico, retome aspectos que ainda não foram construídos ou internalizados pelo aprendiz.

Para orientar a proposta aqui apresentada, lançou-se mão de duas construções: a da Proposta Curricular de Santa Catarina: estudos temáticos (2005) e das propostas enviadas pelos diversos polos.

O primeiro documento apresenta orientações teóricas que precisam ser recuperadas a fim de que se mantenha a coerência entre a proposta já difundida e o que se pretende como proposta para as atividades pedagógicas. Assim, antes de se esboçar a sistematização da produção coletiva, serão apresentadas construções teóricas que amparam as escolhas que se deram a partir dos diferentes olhares para o currículo dos anos iniciais.

Foi justamente a diversidade de propostas que provocou a reflexão: qual a concepção de linguagem que ancorou a produção de cada texto nos sete polos (Blumenau, Chapecó, Criciúma, Joaçaba, Lages, São Miguel do Oeste, Joinville). Ainda que as propostas não tragam uma ancoragem teórica explícita, diante da forma como cada uma foi organizada e a (meta)linguagem empregada, é possível

1 Doutor em Linguística Aplicada pela UFSC, lotado na Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina. 2 Doutora em Linguística pela UFSC, professora da FURB.

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depreender a concepção de língua e linguagem que os sujeitos produtores dos textos construíram em sua caminhada, seja na sala de aula, seja na academia. Há propostas que pensam na linguagem como rede entre as disciplinas, as que organizam a língua em eixos e outras em torno dos conceitos socializados no documento Diretrizes 3: organização da prática escolar na educação básica (2001). Em meio a isso, há também propostas que focam a língua como sistema, elencando como conteúdo (o quê) as classes gramaticais e outros pontos da gramática normativa. Diante desse cenário, qual a estratégia mais adequada? Refletir sobre os diferentes saberes docentes e como eles foram incorporados. Entretanto, é preciso unir toda a produção em um só texto e, para isso, primeiro, há que se definir qual a compreensão de linguagem que irá organizar a diretriz curricular. Eis a primeira escolha:

A linguagem não é um meio neutro através do qual uma mensagem é enviada. As palavras são carregadas de sentido para os falantes. A linguagem é, ela própria, criadora de significados e produtora de sentidos e como tal deve ser estudada. Segundo Bakhtin (1990), ela é inseparável do fluxo da interação verbal e, portanto, não é transmitida como um produto acabado, mas como algo que se constitui continuadamente nessa corrente. Na perspectiva de Bakhtin, professores e alunos necessariamente precisam comprometer-se com suas falas, seus dizeres, quer pela oralidade, quer pela escrita. Isto demanda seleção de conteúdos e atividades que tenham significado para o aluno, oportunizando momentos em que haja espaços para a oralidade e para a prática da escrita, mediados por intervenções pedagógicas que garantam avanços qualitativos na apropriação dos diferentes conhecimentos científicos. (SANTA CATARINA, 2005, p. 22).

A opção por uma concepção de linguagem como interação aponta para outras escolhas, entre elas a de língua. Segundo Geraldi (1984, p. 43), “a língua só tem existência no jogo que se joga na sociedade, na interlocução, é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo.” Partindo desse pressuposto, a língua deixa de ser um sistema pronto e acabado que pode repartido em pequenos conteúdos e passa a ser um sistema em construção desde o nascimento do sujeito e sua inserção na sua comunidade linguística. A língua é, então, uma manifestação plural.

Diante dessa premissa, o ensino se centrará na reflexão acerca dos conhecimentos discursivo-textuais e linguísticos os quais serão observados em enunciados nas práticas cotidianas. Ora, se a língua é assim apreendida, há que se pensar a dinâmica do ensino e da aprendizagem em torno de que objeto? Os gêneros textuais serão, então, o objeto de ensino conforme orienta a PCSC (2005). Antes de apresentar uma sugestão quanto a que gêneros textuais explorar/trabalhar em cada ano, é necessário ainda discutir a concepção de alfabetização que norteará esta prática pedagógica. A inserção do aprendiz do sistema escrito no universo da escola deve levar em consideração que:

Para ler e escrever é necessário construir significados e produzir sentidos. Uma das possibilidades mais ricas para o processo da leitura e da escritura, portanto, é o apoio na experiência cultural do educando, entendendo-se cultura, no sentido mais profundo, o conjunto das várias práticas que constituem o dia-a-dia do ser humano, o lazer, o trabalho, os rituais, os gestos, as formas de expressão de emoções e de comunicação entre as pessoas. Inclui, também, os instrumentos culturais, os objetos diversos que constituem o contexto da vida diária em família.(SANTA CATARINA, 2005, p. 20)

Assim, a proposta levará em conta a inserção na cultura escrita, valorizando o que cada criança sabe sobre como o material escrito circula e qual a função social do texto. Nesta perspectiva, a aprendizagem da leitura e da escrita, além das

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questões relacionadas à descodificação e à codificação, levará em conta os eventos de letramento (HEATH, 1982) presentes em sua cultura ou nos domínios primários (conforme GEE).

No que concerne à aprendizagem do sistema alfabético, é importante salientar que há uma distinção entre a escrita alfabética, que acontece nos anos iniciais do aprendiz, e a escrita ortográfica, a qual pode acontecer simultaneamente ou a posteriori conforme o conhecimento prévio da criança em relação à escrita. Ou seja, os eventos de letramento dos quais a criança participa podem conduzir à reflexão tanto sobre as funções sociais da escrita como quanto à organização do sistema alfabético no caso de nossa realidade.

Portanto, ainda que haja especificidades acerca de alfabetização e letramento, há que se considerar que são processos que dialogam entre si, como argumenta a PCSC:

Os conceitos de alfabetização e letramento impõem ação pedagógica nessa perspectiva. Ou seja, a de que a alfabetização é elemento essencial do letramento que orienta o indivíduo para que se aproprie do código escrito, aprenda a ler e escrever e ao mesmo tempo conviva e participe de práticas reais de leitura e escrita.(SANTA CATARINA, 2005, p. 24).

Em uma proposta que compreende a linguagem como prática social e alia letramento e alfabetização, é importante acordar qual a unidade/objeto de ensino. Quanto a isso, a Proposta já havia se manifestado: “o alfabetizador há de lançar mão dos variados gêneros textuais e trabalhá-los no sentido de sua utilização em práticas sociais concretas, importantes para a prática social ativa e cidadã dos alunos.” (SANTA CATARINA, 2005, p. 31). Nesta perspectiva, o gênero de linguagem, segundo Schneuwly e Dolz, pode “se considerado um mega-instrumento que fornece um suporte para a atividade nas situações de comunicação e uma referência para os aprendizes”. (1999, p. 7, grifo nosso). O trabalho com gêneros, segundo esses autores, é forçosamente realizado pela escola na sua missão de ensinar a ler e escrever, entretanto, aqui, o que se pretende é uma organização dos gêneros textuais a serem trabalhados em cada ano, o que não impede a inserção de outros que façam parte ou da cultura letrada dos alunos ou de suas necessidades. O que se oferece é uma possibilidade de organização do planejamento levando em conta o gênero textual e sua organização composicional, seu material linguístico bem como os sentidos construídos pelo texto produzido. Os gêneros orais e escritos foram organizados levando em conta o seu domínio discursivo aqui compreendido na concepção baktiniana (2003) como esfera/campo de circulação dos enunciados. A inspiração para organização do quadro que a seguir se apresenta veio de Costa (2008), entretanto a seleção dos gêneros partiu: primeiro, dos materiais produzidos em cada polo, levando em conta os gêneros textuais selecionados; segundo, da consulta ao material elaborado pela PCSC (2005, p. 31-2) e, pelas incompletudes observadas em ambos. Diante desse contexto, é apresentado um quadro de sugestão de trabalho. Há que se dizer que o gênero textual não será trabalhado somente naquele ano, podendo ser retomado nos anos subsequentes; há gêneros orais e escritos e alguns que serão foco de leitura, não sendo, necessariamente objeto de análise para a produção escrita, atendendo ao que se propõe em termos de organização da matriz curricular em eixos.

Levando em consideração a Matriz de Referência construída pela equipe do Pró-Letramento e retomada em muitas das propostas apresentadas pelos polos, a sugestão aqui é levar em consideração os seguintes eixos: oralidade, apropriação do sistema de escrita alfabética, leitura e produção textual.

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Essa organização permitiu estabelecer as habilidades a serem desenvolvidas em cada ano, auxiliando na avaliação diagnóstica e promovendo o desenvolvimento de projetos pedagógicos e sequências didáticas3 que foquem o mega-instrumento a ser trabalhado. Nesta ação, servirão de guia, as habilidades e capacidades que foram traçadas para aquele momento do processo de inserção da leitura e da escrita que necessitam de ensino de forma sistemática a fim de que aconteça a aprendizagem. QUADRO: GÊNEROS TEXTUAIS

DOMÍNIO DISCURSIVO

GÊNERO TEXTUAL

1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO

Jornalístico Manchete L P R R R

Debate O R R R R

Tirinha L P R

Nota L R R P R

Carta do leitor L L P

Notícia O O/L L R P

Classificado L L/P

Resumo L P R

Resenha (filme)

L P

Crônica L R

Enquete O L P

Entrevista O O/P L P

Reportagem L

Literário Parlenda O L

Adágio O/L P

Adivinha O/L P

Trava-língua O/L P

Cantiga de roda

O/L

Quadrinha O L/P R

Limerique O R L R P

Poema de forma livre

O/ L R P L R

Conto de fada O L R P

Contos maravilhosos

O L R R P

Fábula O L/P P

Lenda O L P

Diário L P R

Hino O R R R R

Canção O R R P R

Acalanto O R

Biografia L P

Autobiografia O L P

Peça teatral L R

Eletrônico/ e-mail L P R R

3 Tendo em vista que a proposta é o trabalho com esta metodologia, as estratégias para o desenvolvimento das atividades serão selecionadas pelos professores conforme o gênero textual estudado.

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Digital Blog L R

Site L

Publicitário Outdoor L R

Cartaz L/P R R R

Folheto (com preços)

L R

Anúncio L R

Panfleto L R

Folder L

Propaganda L R R R

Rótulo L R

Cotidiano

Recado L P R

Bilhete L/P L P

Lista L/P P

Anedota/piada O L L/P R

Placa L L/P R

Aviso O L P

Calendário L/P R R

Convite L P R

Cartão L/P R

Carta L P R R

Bula L

Receita L R P R

Outros Cardápio L P

Crachá L/P R

Etiqueta L

Conta L L/P P

Formulário L P R

Mapa L R R R P

Passagem L R

Cheque L/P R

Boleto L R

Tabela L/P R

P

Gráfico L R R R P

Regulamento L

O = ORALIDADE L = LEITURA P = PRODUÇÃO TEXTUAL R = RETOMADA

Observando o quadro dos gêneros textuais, pode-se perceber que, quanto à produção textual, foram elencados, como sugestão, por série, os seguintes gêneros: 1º ano: quadrinha, bilhete, lista, crachá, calendário, tabela.

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2º ano: manchete, tirinha, adágio, adivinha, trava-língua, quadrinha, cartaz, recado, convite, cartão, cardápio. 3º ano: classificado, enquete, tabela, poema, fábula, lenda, e-mail, anedota, carta, conta, formulário. 4º ano nota (jornalística), resumo, conto de fada, diário, canção, autobiografia, receita 5º ano: carta do leitor, notícia, entrevista, limerique, contos (maravilhosos), biografia, mapa, gráfico.

A seleção de gêneros se faz necessária se levarmos em conta alguns fatores: 1) não há como trabalhar todos os gêneros, pois são de uma grande variedade como adverte o próprio Bakhtin: “A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, pois a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa.” (2003, p. 279). Assim, há que se selecionar um pequeno grupo para o trabalho em sala de aula. 2) a metodologia adotada para o trabalho com os gêneros textuais demanda um tempo maior, pois há que se levar em conta as experiências dos alunos com o gênero em questão, as atividades de seleção, leitura e discussão acerca dos textos, a produção e a sua reescrita e a socialização. Em um processo como esse, o mais importante é a qualidade com a qual o gênero é aprendido e a variedade de textos lidos, discutidos e produzidos no mesmo gênero. 3) a seleção de certos gêneros permite também a seleção de material linguístico a ser trabalhado para a compreensão leitora dos textos e para a sua produção. Nessa perspectiva, a língua com sua gramática é uma fonte de consulta, estudo e reflexão sobre como dizer ou como se diz. A proposta não é ficar apenas no material linguístico, mas, gradativamente, explorar os sentidos, que as palavras e sentenças, da forma como são construídas, produzem em cada leitor.

Para auxiliar neste último aspecto, apresentamos a seguir um elenco de material linguístico que pode ser trabalhado em cada série partindo do gênero. Alguns dos tópicos apresentados foram retirados das propostas enviadas pelos polos e os demais foram acrescentados a fim de atender à constituição estilística do texto a ser lido e produzido oralmente e por escrito. Além disso, foram pinçadas algumas sugestões das propostas da área de matemática que se aproximam da reflexão, leitura e produção dos gêneros propostos por série, os quais podem ser também ampliados por cada professor conforme a sua intenção de trabalho. É importante também salientar que a própria produção do aluno oferece uma gama de material linguístico a ser trabalhado, de forma reflexiva, em sala de aula. 1º ano: quadrinha, bilhete, lista, crachá, calendário, tabela.

Diferentes configurações do alfabeto Direção da escrita Distribuição do texto na página Espaçamento entre as palavras Letras maiúsculas e minúsculas Ordem alfabética Percepção da sílaba Percepção dos traços que compõem as letras Quantificadores Recursos gráficos Relação fonema-grafema Relação grafema-fonema

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Rima Ritmo no verso Símbolos, signos e letras Sinais de acentuação História dos números Ideia de representação por símbolo numérico Medidas de massa e capacidade Noções de tempo-espaço Operações fundamentais Ordem crescente e decrescente Tabelas e gráficos

2º ano: manchete, tirinha, adágio, adivinha, trava-língua, quadrinha, cartaz, recado, convite, cartão, cardápio.

Aliteração Discurso direto Distribuição do texto na página Espaçamento entre as palavras Formas de abrir e fechar textos de correspondência Letras maiúsculas e minúsculas Linguagem verbal e não verbal Onomatopeias Oração em ordem direta Percepção da sílaba Quantificadores Relação fonema-grafema Relação grafema-fonema Rima Sinais de acentuação Sinais de pontuação Tipos de balão Tipos de letras e uso de cores Unidade de medida e sua abreviatura Verso Vocativo Medidas de tempo, massa e capacidade Operações fundamentais Sistema monetário

3º ano: prece, classificado, enquete, tabela, poema, fábula, lenda, e-mail, anedota, carta, conta, formulário.

Abreviaturas: unidades de medida; uso em classificados Anáfora Discurso direto: os sinais de pontuação e a fala Discurso indireto e o papel do narrador Elementos da narrativa Estrofe: organização Frase interrogativa: como fazer perguntas Interjeição de clamor

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Numerais O uso de adjetivos para descrever objetos e convencer leitores O uso do verbo no classificado Sinais de acentuação Sinais de pontuação Substantivos: usos e funções Título: distribuição na página, ordem sintática e morfologia Uso do artigo definido e indefinido no texto narrativo Vocativo Números fracionários, decimais Operações fundamentais Sistema monetário Tabelas

4º ano: nota (jornalística), resumo, conto de fada, diário, canção, autobiografia, receita

Anáfora Coesão textual: o uso de articuladores e dos sinais de pontuação Coerência textual Paragrafação Como sublinhar textos Descrição de personagens: o uso de adjetivos e substantivos abstratos Descrição de processo Elementos da informação jornalística Elementos da narrativa Relação causa-consequência Estratégias de síntese de texto: esquema, resumo Fórmulas de abertura e encerramento em textos narrativos Numerais: ordinais, multiplicativos e fracionários O tempo verbal na narrativa O uso da primeira pessoa: aspectos gramaticais e efeitos de sentido O uso da terceira pessoa do singular: aspectos gramaticais e efeitos de

sentido Unidades de pesos medidas: abreviatura Uso do imperativo e do infinitivo Medidas de tempo, massa e capacidade Operações fundamentais

5º ano: carta do leitor, notícia, entrevista, limerique, contos (maravilhosos), biografia, mapa, gráfico.

O uso da terceira pessoa do singular: aspectos gramaticais e efeitos de sentido

O tempo verbal na narrativa ficcional e na factual Anáfora Coesão textual interna Coerência textual Paragrafação Descrição definida A elaboração de perguntas

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Elementos da narrativa ficcional e na factual Linguagem não-verbal: uso e efeitos de sentido Rima e versificação Linguagem oral monitorada Sintaxe: ordem direta Período simples e composto: a quantidade de informação necessária e a

articulação textual Operadores argumentativos Tabelas e gráficos

3.5.1.2 METODOLOGIA: COMO DESENVOLVER UM TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM SALA DE AULA

A inserção de todos nós no mundo da leitura e da escrita tem início na nossa casa, continua pelas ruas cheias de material escrito e aprofunda-se na escola. A educação, nessa perspectiva, não é apenas um período formal no qual se aprende a juntar letras, formar sílabas e palavras, ela vai muito além. Esse processo é que nos torna capazes de ler o nosso mundo e dizer de que coisas gostamos ou não, quais nos deixam indignados e quais nos alegram e permitem que as tomemos como exemplos.

A cada dia somos apresentados a novos textos e passamos a ingressar em um universo que nos convida a outros desafios. Passamos a ser usuários da língua e isso nos impele a práticas de leitura e escrita que saem do cotidiano de nossa casa, como ler uma receita, e nos coloca na roda das notícias, quando abrimos o jornal do dia. Entre o lar e a comunidade, está a escola que exerce um papel diferenciado quando se trata das questões do uso social da língua. Muitas vezes o aluno é levado a produzir textos que são meros exercícios de linguagem; outras vezes, é convidado a ler o texto do livro didático e segue fazendo as questões de interpretação e compreensão do texto. Entretanto, a escola pode ir além do papel que já está consolidado para ela, pode se aproximar da comunidade e do lar de cada aluno que dela faz parte.

Pensar a língua e a sua relação com a sociedade é apresentar propostas que possibilitem práticas letradas num continuum. Assim, a poesia, a música, a literatura deixam de ser, nesse viés, apenas atividades escolares; passam a ser um espaço de interação com o que se produz.

Além disso, a escrita deixa de ser um ato solitário. Passa a ser um ato solidário, envolvendo todo o grupo que discute, pensa, organiza o seu dizer antes de deixá-lo definitivamente no papel.

Todo o esse olhar para a leitura e a escrita tem como aporte teórico a teoria da enunciação na abordagem do Círculo de Bakhtin. Assim, não se escrevem sentenças, mas se produzem enunciados concretos que estão situados num espaço-tempo e se dirigem a um auditório social. Não se tem apenas uma descrição do nascer do sol, mas a produção de um gênero textual dentro de seus limites em cada uma das suas dimensões: temática, composicional e estilística.

Essa relação teoria e prática demanda que o professor esteja atento às características do gênero textual a ser lido e produzido em sala de aula, a fim de permitir que seus alunos, gradativamente, através de diversas atividades propostas, depreendam as características e façam a transposição para o seu próprio texto. Com certeza, é um processo mais demorado, mas o aluno irá construir o seu conceito científico em torno do gênero textual estudado e passará a compreendê-lo e produzi-lo com mais segurança.

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A proposta metodológica, aqui apresentada, tem como inspiração a concepção de sequência didática conceituada como “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004, p. 97). Schnewly e Dolz(2004) têm como ancoragem teórica o interacionismo sociodiscursivo o qual se fundamenta na psicologia histórico-cultural de Vygotsky e nas construções teóricas bakhtinianas. Os estudiosos sobre textos/gêneros da equipe de Genebra investigam como os gêneros textuais estão organizados; além disso, focam as questões em torno de como aprendemos e, por que não, de como ensinamos.

Justificando ainda mais essa metodologia, nas propostas apresentadas pelos polos, há uma série de indicações de que o trabalho com a linguagem deve ser feito de forma a levar o aluno a compreender as dimensões dos gêneros e a produzir conhecimento científico a esse respeito. Vejamos: Escritura de acordo com o gênero Construir pequenos textos; produzir mensagens, bilhetes; relatar fatos cotidianos e elaborar convites; descrever lugares, fatos, acontecimentos; produzir histórias em quadrinhos, histórias infantis; escrever ilustrar histórias respeitando sequência lógica dos fatos. Conhecimento, utilização e valorização dos modos de produção e de circulação da escrita na sociedade. Reconhecimento das especificidades dos diferentes gêneros textuais Interpretação, identificação e utilização dos diferentes gêneros de textos e tipologias. Aprendendo e descobrindo que as coisas que se leem nos textos devem fazer parte da nossa vida, sendo relevante para nós Compreendendo que a leitura e escrita são práticas complementares, fortemente relacionadas, que se modificam mutuamente no processo de letramento Produzindo textos escritos, considerando características do gênero, utilizando-se de recursos coesivos básicos e a ordenação de fatos e/ou ideias Entender a análise linguística como um meio indispensável no processo de produção e recepção do texto (oral/escrito) Definir uma identidade própria a partir de situações de comunicação verbal e não verbal, discutindo ideias, pontos de vista com o outro – o interlocutor Utilizar recursos discursivos e linguísticos que deem ao texto, de acordo com seu gênero e seus objetivos, organização, unidade, informatividade, coerência, coesão, clareza e concisão Conduzir a uma leitura integral ou tópica do texto, conforme características dos gêneros e os objetivos

Além do trabalho com sequência didática, sugerido nas propostas apresentadas por cada polo, um deles enfatiza o trabalho com projeto: Estimular o trabalho coletivo na elaboração dos projetos, a observar diferentes contextos sociais, a generalizar, aplicar os conhecimentos construídos, relacionar formas de expressão variadas para compartilhar os resultados de seus trabalhos, e desenvolver, enfim, variadas habilidades e competências.

Retomando a concepção de linguagem que fundamenta a Proposta Curricular de Santa Catarina, o trabalho em sala de aula deve ser organizado em torno de uma sequência didática, quando se quer ensinar um conteúdo ou um gênero textual em um processo gradativo; ou, através de um projeto didático, quando se quer desenvolver um conjunto de ações para a construção de um produto final, o que envolve os alunos no planejamento e visa atingir a comunidade escolar.

Para o desenvolvimento de uma sequência didática, sugere-se a ESTRUTURA DE BASE proposta por Dolz e Schneuwly (2004, p. 98).

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De acordo com os autores, a organização da sequência didática deve levar em conta essas etapas a quais serão sintetizadas a seguir: Na apresentação da situação, descreve-se de maneira detalhada a tarefa de expressão oral ou escrita que os alunos deverão realizar. Para tal, deve-se:

Apresentar um problema de comunicação bem definido Qual o gênero que será abordado? atividades de leitura ou

escuta de textos A quem se dirige a produção? Que forma assumirá a produção? Quem participará da produção? Preparar os conteúdos dos textos que serão produzidos

Na produção inicial, os alunos elaboram um primeiro texto que corresponde ao gênero trabalhado, isso permitirá ao professor conhecer o que os alunos já sabem, ou seja, seu conhecimento prévio sobre o gênero textual.

Por ser o primeiro contato com o gênero, a produção inicial deve ser simplificada, pois funciona como reguladora.

É importante lembrar que não são produções que valem nota, pois sua função é fornecer informações ao professor sobre como irá organizar os módulos.

Na parte referente aos módulos, trata-se de trabalhar os problemas que apareceram na primeira produção e dar aos alunos os instrumentos necessários para superá-los. Para definir os encaminhamentos, o professor deve refletir sobre: Que dificuldades da expressão abordar? Como construir um módulo para trabalhar um problema particular? Como capitalizar o que é adquirido nos módulos?

Nesta etapa, deve levar em conta três aspectos: 1) Trabalhar problemas de níveis diferentes; 2) Variar as atividades e exercícios; 3) Capitalizar as aquisições. Quanto ao primeiro, é importante considerar quatro pontos: Representação da situação de comunicação: imagem da finalidade, interlocutor, sua própria posição como autor e do gênero. Elaboração dos conteúdos: as técnicas diferem de acordo com o gênero: debate, busca de informação, tomada de notas, técnicas de criatividade. Planejamento do texto: estrutura do texto. Realização do texto: linguagem adequada ao gênero.

No que se refere a atividades e exercícios, os autores recomendam: Atividades de observação e de análise de textos: evidenciar certos aspectos de funcionamento textual, pois é ponto de referência indispensável para a aprendizagem. Tarefas simplificadas de produção de textos: o aluno deve se concentrar em um aspecto: revisar, elaborar refutações, reorganizar narrativa entre outras. Elaboração de uma linguagem comum: o que deve ser realizado ao longo de toda a sequência.

Finalmente, é preciso capitalizar o conhecimento sobre o gênero, levando em conta: a aquisição de uma linguagem técnica e o registro dos conhecimentos

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adquiridos sobre o gênero durante o trabalho nos módulos, na forma sintética de lista de constatações ou lembrete ou glossário.

A produção final permite ao aluno pôr em prática as noções e instrumentos elaborados separadamente nos módulos, pois: indica-lhe os objetivos a serem atingidos e dá-lhe um controle sobre seu próprio processo de aprendizagem; serve de instrumento para regular e controlar seu próprio comportamento de produtor de texto durante a revisão e reescrita; permite-lhe avaliar os progressos realizados no domínio trabalhado. Além disso, a produção final permite ao professor realizar uma avaliação somativa.

O projeto didático apresenta uma organização mais flexível e conta com a participação de professores e alunos no seu planejamento. Dentro dele podem ser desenvolvidas sequências didáticas a fim de que se alcance o objetivo delimitado. Tendo em vista a mobilidade e participação no planejamento, optou-se por não apresentar um roteiro fixo de desenvolvimento, deixando a critério do professor a sua elaboração.

Além do desenvolvimento de sequências e projetos didáticos, é importante que sejam definidas as atividades permanentes, pois permitem a organização da rotina escolar, levando o aluno a se familiarizar com conteúdos e hábitos. Algumas das propostas, enviadas pelos polos, fizeram menção à realização de atividades como: Rodas de conversa Propor atividades que estimulem a oralidade onde o aluno possa falar dos fatos que ocorrem no seu cotidiano. Contar histórias e criar novas estratégias de oralidade (relatos, comentários músicas, etc..). Recontar histórias e criar novas versões por meio de diferentes estratégias. Organizar ambiente que propicie a livre brincadeira, na qual o educando possa se expressar, manusear e aprender junto com as brincadeiras do seu dia-a-dia. Leitura feita pelo professor contemplando a expressão corporal, entonação de voz, pronuncia e ritmo. Percebe-se que há três grandes pontos nessas sugestões: o trabalho com a oralidade; o lúdico e a leitura. As propostas permitem aos alunos compreender a função de cada eixo bem como leva em consideração as condições de produção do aprendiz que ingressa no universo escolar. Cabe ao professor, no seu quadro de rotina, distribuir as atividades, criando um ambiente de letramento que propicie o desenvolvimento de habilidades e capacidades. 3.5.1.3 AVALIAÇÃO: O QUE CONSIDERAR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Para orientar o trabalho em sala de aula, serão apresentados os descritores que servirão como parâmetro para a avaliação e como guia norteador para a seleção do que será trabalhado durante cada ano.

A seguir, serão apresentadas as habilidades por eixo (oralidade, apropriação do sistema de escrita alfabética, leitura e produção textual), indicando as expectativas para cada ano. ORALIDADE

A oralidade, aqui, é compreendida como contínuo (MARCUSCHI, 2001), ou seja, não há a divisão de um lado de gêneros textuais orais e de outro, os escritos.

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Assim, há os que são unicamente da esfera da comunicação pessoal, como uma conversa informal ou um telefonema, no qual há mais informalidade na fala; há os que estão em esferas em que a fala precisa ser monitorada, ou seja, há um controle maior sobre o que dizer e como fazê-lo, levando em conta a situação comunicativa. É o caso, por exemplo, da apresentação de um trabalho em uma feira de Ciências ou Matemática, ou um debate público. Por outro lado, há os gêneros cuja produção depende, primeiro, do texto escrito. São os escritos para serem lidos ou falados, como é o caso do noticiário, da entrevista, do programa de rádio ou televisão.

Além disso, há que se considerar a compreensão construída na PCSC, que, ao tratar da oralidade, adverte:

As crianças, ao chegarem à Escola sem o domínio do código escrito padrão, manifestam-se oralmente pelos seus dialetos e nem sempre se veem acolhidas, em razão do distanciamento de sua variedade linguística e da falta de compreensão dos educadores das diferenças entre oralidade e escrita. (SANTA CATARINA, 2005, p. 20)

Diante disso, um dos trabalhos iniciais é o de conhecer e descrever as diferentes variedades linguísticas que compõem a turma, revelando a sua riqueza. Ainda que haja uma valorização da escrita, pois vivemos numa sociedade grafocêntrica, um dos papéis da escola é contribuir para a valorização da cultura falada, focando os gêneros orais nos primeiros momentos da escolarização e retomando-os ao longo dos anos iniciais. Afinal é preciso levar em conta que “a oralidade é fundamental ao processo de alfabetização. Pela fala as crianças constituem-se sujeitos capacitados para a aprendizagem, bem como para a apropriação de conhecimentos novos ancorados nas suas experiências prévias”. (op. cit., p. 21)

Assim como a escrita, o sistema oral guarda as suas dimensões e uma delas é a presença do interlocutor e a não ruptura espaço-temporal. Este aspecto interlocutivo permite a troca entre os aprendizes que passam a construir conhecimento acerca de novos gêneros textuais.

Esta rápida introdução visa justificar a presença dos descritores que se apresentam no quadro a seguir.

Descritores 1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

Reconhecer a variação sociolinguística, respeitando os diferentes discursos dentro do contexto social

X X X X X

Expor ideias com desenvoltura e coerência, sabendo ouvir e respeitar opiniões

X X X X X

Ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder perguntas, explicando e ouvindo explicações.

X X X X X

Recontar história com base em narrações ou livros

X

Conhecer e recontar um repertório de textos literários, preservando os elementos da linguagem escrita.

X X X X X

Criar sequências narrativas observando as relações de causa-consequência

X X X

Empregar a variedade linguística X X X X

56

adequada a cada situação escolar,

Planejar a fala em situações formais X X X X

Executar tarefas que dependam da escuta atenta das instruções e sua compreensão.

X X X

Monitorar a fala de acordo com o gênero textual, contexto e interlocutores

X X

APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA

As atividades, neste eixo, durante os 3 primeiros anos, devem se centrar na reflexão sobre a língua, permitindo ao aluno, ao longo do processo, que se aproprie, efetivamente, da escrita alfabética. Para isso, o trabalho deverá levar em conta as habilidades que permitam compreender, inicialmente, a representação da pauta sonora em escrita alfabética e, posteriormente, em escrita ortográfica, podendo as duas ocorrerem pari passu.

Descritores 1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

Diferenciar a escrita de outros sistemas de representação

X

Compreender a organização do texto na página

X X X

Conhecer as letras do alfabeto X X

Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras

X X X

Conhecer e utilizar a ordem alfabética X X

Desenvolver a noção de palavra escrita (observando os espaços em branco)

X X

Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para a escrita

X

Reconhecer a rima como unidade fonoaudiológica

X X

Identificar o fonema como unidade sonora X X

Identificar a sílaba como unidade sonora X X

Escrever alfabeticamente palavras e frases

X

Analisar as relações entre unidades sonoras de palavras e suas correspondentes na escrita

X X

Reconhecer e empregar os sinais de pontuação em frases

X X

Reconhecer e empregar os sinais de pontuação em textos

X X X X

Reconhecer e empregar as regularidades ortográficas

X X X

Dominar as irregularidades ortográficas, compreendendo as que apresentarem informação semântica ou morfológica.

X X

57

LEITURA Segundo Scliar-Cabral (1992, p.129), são quatro as fases principais da leitura:

descodificação, compreensão, interpretação e retenção da informação. O processamento da leitura4 tem início a partir da intenção do leitor que busca o texto a fim de atender a uma necessidade: informação, lazer, prazer estético ou outra. A seguir, ocorre a pré-leitura na qual os conhecimentos prévios são acionados para que os sentidos sejam atribuídos adequadamente. Na leitura propriamente dita, ocorre o primeiro fatiamento no momento de fixação do olhar, precedido e seguido pelos movimentos em sacada, através das pistas fornecidas pelo texto impresso e combinadas com o conhecimento sintático internalizado. Assim, ocorre o reconhecimento e a identificação das letras, das quais um certo número já é suficiente para a identificação da palavra. Passa-se, então, à atribuição dos sentidos, articulados numa microestrutura, arquivada na memória operacional, que vai guardando os sentidos articulados a partir do processamento das palavras e frases do texto. Entretanto, se o leitor se defronta com uma palavra pela primeira vez, terá de atribuir o sentido a partir da informação fornecida pelo texto impresso e/ou por processos inferenciais.

A aprendizagem da leitura5 transcende o mero aspecto da descodificação e quem aprende a ler o faz para também compreender o que o produtor do texto quer dizer. Há diferentes atividades correntes da leitura que podem ser encontradas em qualquer espaço social que nem sempre se comparam no escolar. Aqui, o modo como a leitura é vista difere e passa a ser, muitas vezes, um exercício. E o problema é justamente quando o aspecto do exercitar não vai além.

Há uma diferença inegável entre a leitura em voz alta e a silenciosa se observadas do ponto de vista do comportamento manifesto. Mas há que se levar em consideração que, mentalmente apenas, as atividades de leitura são diversas. Assim, há quem leia superficialmente para escolher o que será relido mais adiante e com outra atenção. Há ainda quem entre por completo no texto que está lendo e se deixe envolver pela atmosfera criada pelo autor. Outros leem apenas para encontrar uma pequena informação como se faz na consulta à lista telefônica. É possível também que alguém leia em voz alta enquanto sua mente viaja ao sabor de outras ideias. Por trás de todas essas diferentes maneiras de lidar com o texto impresso, está um conjunto de operações que constituem a leitura propriamente dita, a qual se refere ao processo de extração da representação gráfica e sua conversão à fonológica a partir do texto impresso.

Alguns dos descritores, apresentados neste eixo, foram retirados ou adaptados da matriz de referência de avaliação em alfabetização e letramento da Provinha Brasil e da Prova Brasil; outros foram capturados das propostas apresentadas pelos polos.

Descritores 1.o ano

2.o ano

3.o ano

4.o ano

5.o ano

Ler palavras x

Ler sentenças x

Ler textos curtos x x

Localizar informações em textos x x

Inferir informação x x x

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

x x

Antecipar assunto do texto com base em x x

4 SCLIAR-CABRAL, 2003.

5 HEINIG, 2003.

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título, subtítulo, imagem, diagramação e informações contidas na capa ou contracapa

Identificar as relações entre fatos e ideias – relação causa, de consequência, de fim, de oposição ou concessão, de conclusão, etc.

x x X

Identificar assunto de texto lido ou ouvido x x x x

Estabelecer relações entre o texto e outros textos e ilustrações, fotos, tabelas que acompanhem.

x x x

Articular conhecimentos prévios com as informações presentes no texto.

x x x x X

Identificar finalidades e funções da leitura em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto

x x x x X

Estabelecer relações de continuidade temática

x x X

Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando a progressão temática

x x X

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

x x

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios e outros articuladores.

x x

Interpretar comparações, metáforas, ambiguidades, ironias.

x X

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

x

Avaliar ideias, opiniões, valores, posicionando-se diante deles.

x x x x X

PRODUÇÃO TEXTUAL

Um dos desejos das crianças, quando chegam à escola, é aprender a escrever, mas isso vai além das atividades escolares, constituindo-se um caminho para a assunção da autoria. Dentro de uma proposta que visa às práticas sociais de leitura e escrita, a produção textual deve levar em conta situações comunicativas em que o gênero textual se manifeste em sua potencialidade. Assim, as atividades de produção textual serão concebidas em um âmbito maior, o que pode ser possibilitado pela metodologia que se centre em sequências didáticas ou projetos pedagógicos. Nesse movimento, em que a produção do gênero é a meta, outros eixos se intercalam, pois é preciso ler, discutir e analisar linguisticamente textos para que se compreenda a sua dimensão composicional e estilística6.

6 FERREIRA, 2007

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Como a aprendizagem da escrita é processual, é preciso levar em conta os diferentes papéis assumidos pelo aprendiz nesse caminhar, como orienta a própria Proposta:

É importante salientar ainda que, em se tratando do processo inicial de aprendizagem da escrita e sendo o professor o sujeito mais experiente na mediação, a ele cabe o papel de escriba do aluno, enquanto este ainda não apresentar alguma autonomia de escrita, para que a apropriação do código ocorra em situações de real significação. À medida que o aluno vai internalizando os princípios de funcionamento do sistema alfabético, o professor vai se distanciando dessa função, possibilitando o aprendizado e conseqüente desenvolvimento de níveis mais avançados na escrita, visando à formação do leitor e escritor crítico, criativo e autônomo. (SANTA CATARINA, 2005, p. 39)

Descritores 1.o ano

2.o ano

3.o ano

4.o ano

5.o ano

Escrever palavras X

Escrever sentenças X X

Produzir textos de memória de acordo com sua hipótese de escrita

X

Utilizar recursos gráficos que orientem adequadamente a leitura e interpretação do interlocutor

X X X X X

Reescrever histórias conhecidas (podendo ter o professor ou colega como escriba) respeitando o texto-fonte

X X

Produzir textos simples de sua autoria X

Revisar textos coletivamente x X X

(Re)conhecer diferentes gêneros textuais, visando às diferentes situações de interlocução

x X

Produzir textos de acordo com as condições de produção: função da escrita, gênero de texto, objetivos da produção do texto e interlocutores visados.

x x x

Utilizar recursos discursivos e linguísticos que deem ao texto, de acordo com seu gênero e seus objetivos, organização, unidade, informatividade, coerência, coesão, clareza e concisão

X X X X

Revisar e reelaborara a própria escrita levando em conta: material linguístico, gênero de texto, objetivos da produção e interlocutores

X X

Reconhecer os fatores fundamentais da textualidade e as marcas linguísticas que a estabelecem, diferencialmente em textos orais e escritos.

X X

3.5.1.4 LETRAMENTO MATEMÁTICO

Levando em consideração as aproximações entre letramento e o numeramento, apresentamos inicialmente um conceito de letramento matemático

60

e,posteriormente, elencamos alguns objetivos a serem alcançados durante o percurso dos anos iniciais nesse campo. Machado (2003, p.135), citado por Gonçalves (2010), depois de uma incursão por vários estudos, apresenta esse conceito para “letramento matemático”:

[...] um processo do sujeito que chega ao estudo da Matemática, visando aos conhecimentos e habilidades acerca dos sistemas notacionais da sua língua natural e da Matemática, aos conhecimentos conceituais e das operações, a adaptar-se ao raciocínio lógico abstrativo e dedutivo, com o auxílio e por meio das práticas notacionais, como de perceber a Matemática na escrita convencionada com notabilidade para ser estudada, compreendida e construída com a aptidão desenvolvida para a sua leitura e para a sua escrita.

A concepção em que está ancorado esse conceito compreende a leitura e a escrita como principal estrutura de formação. Gonçalves (2010, p. 7) acrescenta que “a leitura e escrita são, sem dúvida, a base para que estruturas mais complexas de pensamento e formas diversificadas de raciocínios lógicos, se construam”.

Diante disso, partindo das sugestões de alguns polos no que diz respeito à aprendizagem na área matemática (descritores 1 a 5) e das diretrizes avaliativas apresentadas em documentos oficiais7, apresentamos alguns descritores que devem ser considerados ao longo do processo do ensino fundamental. Levando em consideração a sua abrangência, não vamos pontuar por série, o que possibilita que cada professor, de acordo com o seu planejamento e necessidade crie um quadro avaliativo que consiga abarcar as aprendizagens e necessidade de seu grupo de alunos e de cada aluno em particular.

DESCRITORES

1. Desenvolver pelo calculo mental diferente possibilidades de escolher a que melhor se identifica de acordo com o tipo de situação envolvida

2. Usar medidas não padronizadas como: mãos, pés, passos, palmos e outros objetos para o trabalho posterior de comparação com medidas padronizadas como: balança, metros, litro, etc

3. Compreender os procedimentos de medição (comprimento, massa, capacidade e tempo).

4. Construir e interpretar gráficos e tabelas, inicialmente sem preocupação com os termos e as formas.

5. Recolher dados sobre fatos e fenômenos do cotidiano e, utilizando-se de procedimentos de organização possa expressá-los como instrumentos que facilitem a visualização e a organização (tabelas/gráficos).

6. Identificar a localização/movimentação de objetos em mapas, croquis e outras representações gráficas.

7. Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou não.

8. Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas.

9. Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo.

10. estabelecer relações entre o horário de início e de término e/ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento.

11. Estabelecer trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro em função de seus valores.

12. Resolver problemas utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.

7 Fonte de consulta: Matriz de referência de Matemática do Saeb-Prova Brasil.

61

13. Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.

14. Resolver problema envolvendo noções de porcentagem.

15. Ler informações e dados apresentados em tabelas.

16. Ler informações e dados apresentados em gráficos.

62

3.5.2

FUNDAMENTOS PARA O ENSINO NOS ANOS FINAIS

63

3.5.2 FUNDAMENTOS PARA O ENSINO NOS ANOS FINAIS

Os fundamentos teóricos para o ensino nos anos finais encontram-se na Proposta Curricular de Santa Catarina (Volumes: Disciplinas Curriculares/Formação Docente para Educação Infantil e Séries Iniciais/Temas Multidisciplinares/Eixos Temáticos) e no texto Orientação Curricular com Foco no que Ensinar: Conceitos e conteúdos para a Educação Básica (DIEB/SC 2011), devendo o professor fazer o estudo desses documentos antes de realizar seu planejamento e consequente prática pedagógica. 3.5.2.1 CONCEITOS E CONTEÚDOS PARA OS ANOS FINAIS

A seguir, apresentamos uma síntese das diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental, os Temas Transversais, a Diversidade e a Educação Especial.

Sugerimos que essas Diretrizes e a Proposta Curricular de Santa Catarina constituam-se como balizadoras para uma análise desta proposta preliminar de conceitos e conteúdos voltados à Educação Básica na rede pública estadual de ensino.

A Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, em seu artigo 13, diz que os conteúdos são constituídos por componentes curriculares “[...] que, por sua vez, se articulam com as áreas de conhecimento, a saber: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas”.

O artigo 15 desta Resolução apresenta os componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental, assim organizados em relação às áreas de conhecimento: I – Linguagens: a) Língua Portuguesa; b) Língua Materna, para populações indígenas; c) Língua Estrangeira Moderna; d) Arte; e e) Educação Física; II – Matemática; III – Ciências da Natureza; IV – Ciências Humanas: a) História; b) Geografia; V – Ensino Religioso.

A Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências, em seu artigo 1º define: “É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados”. DIVERSIDADE Em linhas gerais, além de um direito social, a educação tem sido entendida como um processo de desenvolvimento humano. Como expresso na Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica e nos Parâmetros Curriculares Nacionais/PCNs, a educação escolar corresponde a um espaço sociocultural e institucional responsável pelo trato pedagógico do conhecimento e da cultura. Nesse sentindo, o currículo, as ações e as práticas pedagógicas devem ser pensadas a fim de contribuir na construção de abordagens educacionais dinâmicas, transversais e inclusivas, facilitando/garantindo

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o acesso às mesmas oportunidades de aprendizagem e de participação na vida escolar e na comunidade. Refletindo o movimento mundial de desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, o Estado de Santa Catarina tem realizado esforços para aumentar o acesso de crianças, jovens e adultos à educação básica de qualidade. Apesar disso, persiste a desigualdade de oportunidades, tanto na distribuição como na qualidade da oferta educacional entre os diferentes estratos sociais, entre a zona rural e urbana e entre escolas públicas e privadas. Da mesma forma, continuam existindo grupos sociais excluídos educacionalmente, segregados ou recebendo educação de qualidade inferior, como acontece com frequência na educação de pessoas com deficiência, membros da população nativa, ciganos, comunidades indígenas, comunidades quilombolas, fazendo crescer as desigualdades educacionais envolvendo gênero, pessoas com sofrimento psíquico, entre outros. EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Resolução Nº 07, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as diretrizes nacionais para o ensino fundamental de 9 (nove) anos, em seu artigo 41 estabelece: [...] o projeto político-pedagógico da escola e o regimento escolar, amparados na legislação vigente, deverão contemplar a melhoria das condições de acesso e de permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento8 e altas habilidades nas classes comuns do ensino regular, intensificando o processo de inclusão nas escolas públicas e privadas e buscando a universalização do atendimento. Parágrafo único. Os recursos de acessibilidade são aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência e mobilidade reduzida, por meio da utilização de materiais didáticos, dos espaços, mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e outros serviços. A Política de Educação Especial (2006), regulamentada pela Resolução Nº 112/2006 do Conselho Estadual de Educação, que fixa normas para a Educação Especial no Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina, tendo como princípio reitor o compartilhamento de responsabilidades entre as secretarias setoriais de estado, instituiu os Programas de Educação Especial: Pedagógico; Reabilitatório; Profissionalizante e de Assistência Social. O programa pedagógico, em relação aos alunos da Educação Especial matriculados na Educação Básica, estabeleceu a organização dos Serviços de Atendimento Educacional Especializado/SAEDE9 e os Atendimentos em Classe/AC. O SAEDE é uma atividade de caráter pedagógico prestada por profissional da educação especial, voltado ao atendimento das especificidades dos alunos com deficiência, condutas típicas e altas habilidades matriculados na rede regular de ensino. O AC caracteriza-se pela atuação de um professor da área da Educação Especial em sala de aula, para atender aos alunos público-alvo da Educação Especial, matriculados na Educação Básica da rede estadual de ensino. Assim foram estabelecidos os seguintes Atendimentos em Classe: segundo professor de turma; professor guia-intérprete; professor bilíngue; professor intérprete e instrutor de LIBRAS. O Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o atendimento educacional especializado, em seu artigo 3º define que o Ministério da Educação

8 De acordo com a Política de Educação Especial do Estado de Santa Catarina (2006), os educandos de sua abrangência são aqueles com diagnóstico de: deficiência, condutas típicas e altas habilidades. Nas condutas típicas são categorizados os seguintes quadros: transtornos globais do desenvolvimento e transtornos do déficit de atenção com hiperatividade. 9 Corresponde ao Atendimento Educacional Especializado/AEE definido pela Política de Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva – MEC/SEESP.

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prestará apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado, entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto: I - implantação de salas de recursos multifuncionais; II - formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado; III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva; IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade; V - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e VI - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior. § 1o As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado. § 2o A produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade incluem livros didáticos e paradidáticos em braile, áudio e Língua Brasileira de Sinais/LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo. § 3o Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam a eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de alunos com deficiência.

Neste sentido, o Estado de Santa Catarina, por meio da SED, em uma ação articulada com a FCEE, aderiu ao Programa de Desenvolvimento da Educação/PDE, que desenvolve ações, como as citadas acima, possibilitando a inclusão dos alunos considerados da educação especial no processo de escolarização.

Para consolidar o processo de escolarização deste público, também estão perspectivadas, tanto em nível federal quanto estadual, adequações curriculares. A Resolução Nº. 112/2006/CEE prevê, em seu artigo 6º, o que segue:

O Sistema Estadual de Educação deve garantir adequações curriculares para contemplar a diversidade, promovendo o acesso e permanência com qualidade dos educandos na rede regular de ensino e estas adequações curriculares devem constar do projeto político pedagógico das unidades escolares. § 1º. As adequações curriculares envolvem a utilização de recursos especializados, flexibilização das metodologias de ensino, dos planejamentos, da organização didática para atender à diversidade de todos os educandos. DIVERSIDADE E TEMAS TRANSVERSAIS

Para apoiar o desenvolvimento e avanço de práticas de ensino inclusivas voltadas para a diversidade, os temas transversais e a diferença na sala de aula, a SED, por meio da Diretoria de Educação Básica e Profissional/DIEB, orienta, seguindo as prerrogativas legais, a inclusão no currículo da Educação Básica as seguintes temáticas: Educação e Prevenção na Escola, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Étnico-Racial-Cultural, Educação no Trânsito, Educação Ambiental, Segurança Alimentar Nutricional, Educação e Saúde, Educação Financeira.

Sendo assim, é de suma importância contemplar conteúdos e temas para atender às determinações de algumas leis que foram criadas para regulamentar as diversas questões da diversidade tais como:

a) Cidadania e direitos humanos

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Lei N° 8.069, de 13 de julho de 1990. Regulamenta o artigo 227 da Constituição Federal, que atribui à criança e ao adolescente prioridade absoluta no atendimento aos seus direitos como cidadãos brasileiros.

Lei N° 11. 525, de 25 de setembro de 2007. Acrescenta o § 5°, no artigo 32, da Lei N° 9394/96 (LDB), para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do Ensino Fundamental.

Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1948. Adotada e proclamada pela Resolução nº 217 A (III), Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.

Lei Nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

Resolução Nº 015, do CEE. Altera a Resolução nº 132, de 15 de dezembro de 2009, sobre a inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares internos, estabelecendo que, para requerer esta inclusão, o menor de 18 anos deve ter o requerimento subscrito por pais ou responsáveis.

Projeto de Lei Nº 122/2006: Homofobia ou heterofobia. Criminalização de condutas consideradas “homofóbicas”, isto é, contrárias à homossexualidade e às várias formas de expressão.

Lei Nº 15.153, de 03 de maio de 2010. Institui, no calendário oficial do Estado de Santa Catarina, o dia 17 de agosto como o dia estadual da paternidade responsável.

b) Educação e prevenção na escola

Lei Nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Política Pública sobre Drogas/SISNAD; prescreve medidas para a prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social dos usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas.

Lei Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Projeto de Lei N° 447/07. Autoriza o governo estadual a instituir o Programa de Combate ao Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas escolas públicas e privadas do Estado.

Lei Nº 14.408, de 10 de abril de 2008. Institui a política de prevenção à violência contra educadores na rede de Ensino Fundamental e Médio do Estado de Santa Catarina.

c) Educação e relações raciais

Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, e dá outras providências.

Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da República do Brasil, Brasília, 22 de junho de 2004. SEC. 1, p. 11.

Lei Nº 11.645, de 10 de março, de 2008. Altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da

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temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e dá outras providências.

Referencial Curricular Nacional de Educação Indígena (RCNEI/Indígena). Publicado ao final de 1998, foi elaborado com o objetivo de subsidiar a elaboração e a implementação de programa de EEI e contribuir para a formação de professores indígenas e de técnicos, a fim de que se tornem aptos a apoiar e viabilizar essa modalidade de ensino.

Parecer 282/2005/CEE. Apresenta proposta de normalização de educação escolar indígena, voltada às populações indígenas existentes no Estado de Santa Catarina.

Decreto Federal, de 25 de maio de 2006. Institui o dia 24 de maio como o Dia Nacional do Cigano.

d) Educação para o Trânsito

Resolução 166/04 – CONTRAN. Política Nacional do Trânsito.

Lei Nº 10.098 - de Acessibilidade. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou de mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Lei Nº 9.502, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

Lei Nº 14.514, de 24 de setembro de 2008. Autoriza a inclusão, na grade curricular do Ensino Médio do Estado de Santa Catarina, de conteúdos e atividades relativos à cidadania e ao papel do cidadão no trânsito.

e) Educação Ambiental

Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental. Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

Lei Nº 13.558, de 17 de novembro de 2005. Dispõe sobre a política estadual de Educação Ambiental/PEEA e adota outras providências.

f) Segurança Alimentar e Nutricional

Lei Nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. O Projeto de Lei Orgânica da Segurança Alimentar assegura o direito humano à alimentação adequada, sendo responsável por seu cumprimento o poder público.

Portaria Interministerial Nº 1.010, de 08 de maio de 2006. Institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de Educação Infantil, Fundamental e Nível Médio das redes públicas e privadas, em âmbito educacional, localizadas em Santa Catarina.

g) Educação Financeira

Portaria Conjunta dos Ministérios da Fazenda e da Educação, Nº 41.331, de dezembro de 2012. Promove e institucionaliza a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania.

Decreto Nº 231, de 03 de maio de 2007. Institui o Programa Estadual de Educação Fiscal.

Projeto de Lei SC. Autoriza a institui o Programa de Educação Fiscal junto ao Sistema Estadual de Ensino – Ensino Fundamental e Médio.

h) Educação e Saúde

Lei Nº 12.062, de 18 de dezembro de 2001. Institui a Semana Estadual de Promoção de Saúde Bucal.

Lei Nº 11232 de Santa Catarina. Institui junho como o mês antidroga em Santa Catarina.

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Decreto Nº. 6286, de 05 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola /PSE, e dá outras providências.

A seguir quadro de conceitos e conteúdos por área do conhecimento e

disciplinas escolares. 1. Linguagens, 2. Matemática, 3. Ciências Humanas, 4. Ciências da Natureza, 5. Ensino Religioso. 3.5.2.2 ÁREAS DO CONHECIMENTO/DISCIPLINAS

ÁREA DO CONHECIMENTO DISCIPLINAS

LINGUAGENS

Língua Portuguesa Língua Estrangeira Artes Educação Física

MATEMÁTICA Matemática

CIÊNCIAS HUMANAS História Geografia

CIÊNCIAS DA NATUREZA Ciências

ENSINO RELIGIOSO Ensino Religioso

Segue abaixo os quadros relacionando as disciplinas curriculares, os conceitos essenciais e os conteúdos a serem trabalhados em cada ano do Ensino Fundamental II (Anos Finais).

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3.5.2.2.1 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Língua Dialogia Gênero Texto/Discurso Textualidade Coesão/Coerência Intertextualidade/Interdiscursividade Polissemia/Polifonia

1-LEITURA E PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA

Gêneros textuais sugeridos: Fábula (narrar). E-mail (relatar). Regras de jogos (instruir). Diálogo argumentativo. Classificados (argumentar). Resumo e rótulo de embalagem (expor).

2-ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA

2.1 Condições de produção. 2.2 Reflexão sobre os elementos gramaticais e linguísticos (estilísticos) relacionados aos textos. 2.3 Coesão e coerência: Ênfase no sintagma nominal (artigo, adjetivos, substantivos) e na pontuação.

1. LEITURA e PRODUÇÃO ESCRITA

Gêneros textuais sugeridos: Lenda e narrativa de aventura

(narrar). Autobiografia (relatar). Manual de instrução (instruir). Propaganda comercial

(argumentar). Itinerário turístico e sinopse

(expor). 2. ANÁLISELINGÜÍSTICO -DISCURSIVA:

2.1 Condições de produção. 2.2 Reflexão sobre os elementos gramaticais e linguísticos (estilísticos) relacionados aos textos. 2.3 Coesão e coerência: Ênfase no sintagma nominal (pronome, substantivo) e no sintagma verbal (verbos no infinitivo, pretérito perfeito e imperfeito do indicativo), pontuação e acentuação gráfica.

1. LEITURA E PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA

Gêneros textuais sugeridos: Conto/crônica, poema/ canção/rap

(narrar). Notícia jornalística/ entrevista

(relatar). Estatuto, regulamento (instruir). Charge, propaganda e propaganda institucional (argumentar). Seminário, tabela e gráfico (expor).

2. ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA:

2.1 Condições de produção. 2.2 Reflexão sobre os elementos gramaticais e linguísticos (estilísticos) relacionados aos textos. 2.3 Coesão e coerência: Ênfase no sintagma nominal (relações sintáticas entre artigo, pronome, numeral, adjetivo e substantivo) e no sintagma verbal (relação entre verbo e complemento verbal e predicativo do sujeito).

1. LEITURA E PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA

Gêneros textuais sugeridos: Paródia, poema, teatro (narrar). Reportagem, diário (relatar). Normas e leis (instruir). Artigo de opinião, carta de solicitação/reclamação (argumentar). Artigo científico, paper, projeto, formulário, currículo (expor).

2. ANÁLISE LINGUÍSTICO- DISCURSIVA:

2.1 Condições de produção. 2.2 Reflexão sobre os elementos gramaticais e linguísticos (estilísticos) relacionados aos textos. 2.3 Coesão e coerência: Ênfase no sintagma nominal (sujeito) e no sintagma verbal (predicado).

70

3.5.2.2.2 DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Práticas a partir do cotidiano, podendo ser adequadas às diferentes realidades. Fala/escuta Leitura/Escritura Compreensão e produção escrita

Boas-vindas.

Apresentações.

Cumprimentos.

Boas maneiras.

Comandos.

Cumprimentar e se despedir.

Apresentar a si mesmo e ao colega.

Trocar informações pessoais.

Perguntar e responder como se soletram nomes.

Placas.

Embalagens.

Mapa do mundo.

Inglês e espanhol ao redor do mundo – reconhecer os países que falam inglês/espanhol e a presença da língua inglesa/espanhola nos diferentes espaços do nosso país: comidas, roupas, lugares, etc.

Letras de música.

Falar sobre a família.

Perguntar e responder sobre idades.

Falar sobre sua escola

Trocar informações com colegas de classe.

Perguntar e responder sobre atividades diárias.

Perguntar e responder sobre horas e datas.

Chamar e responder contatos telefônicos.

Falar sobre casa onde mora, aposentos, etc.

Perguntar e informar sobre os diferentes ambientes da casa.

Pessoas ao redor do mundo.

Biografia.

Lista de compras.

Menu.

Verbetes de dicionário.

Calendário.

Estações do ano.

Lista de lojas de vestuário e de material.

Comprar e vender coisas (perguntar e responder preços de roupas e objetos da casa e da escola).

Trabalhar com cores.

Perguntar e dar opiniões.

Perguntar e informar sobre distâncias e localizações.

Perguntar sobre preferências.

Identificar os diferentes meios de transporte.

Expressar preferências.

Fazer convites.

Aceitar e negar convites.

Atlas do corpo humano”.

Poemas.

Propaganda.

Instruções de jogos.

Cartão postal.

Convites.

Meios de transporte.

Falar sobre comidas.

Escolher menu.

Fazer comparações.

Perguntar e responder sobre compras de produtos alimentares.

Descrever planos de férias.

Dar conselhos sobre viagens.

Falar sobre feriados.

Falar de turismo.

Descrever cidades e países.

Panfletos de venda, de viagem, etc.

Pequenas histórias.

Receitas.

Cartas.

Entrevistas.

Corpo humano – órgãos externos e internos.

Descrição física.

Peso,medida, capacidade.

71

3.5.2.2.3 DISCIPLINA: ARTES

A disciplina de ARTES, na Educação Básica (Séries Iniciais e Séries Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio), tem a finalidade de sensibilizar e ampliar as possibilidades de comunicação, de compreensão e percepção de homem (seu tempo, sua história e sua cultura) e de mundo, por meio de vivências estéticas, artísticas e culturais.

Os conteúdos curriculares ministrados estão centrados nos seguintes temas:

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

ARTES VISUAIS:

Como expressão e comunicação.

Como objeto de apreciação significativa.

Como produto cultural e histórico.

Conceitos da Gestalt: Percepção da forma.

Arte e registro do cotidiano.

A teoria das cores.

Explosão de cores (A cor e a Arte).

Cores, ideias e conceitos.

A linguagem da cor.

Cor e comunicação.

Forma e cor.

O pontilhismo (Seurat).

O impressionismo.

As cores quentes e cores frias.

Harmonias cromáticas.

Percepção de cor e luz.

Equilíbrio.

Ritmo.

Textura.

Estilo.

A arte nas culturas da pré-história: Cores e pigmentos naturais.

A vida na pré–história.

Arte rupestre.

A arte do povo; Fontes de

informação e comunicação das diversas manifestações artísticas (cinema, museus, teatros, galerias, centros

Conceitos da percepção visual e tátil.

Imagem vetorizada x imagem bitmap.

A magia do desenho.

Ponto e linha.

Histórias em quadrinhos: os quadrinhos e sua arte.

As várias formas da arte sequencial, seus recursos materiais e elementos expressivos.

Palavra, imagem e personagem.

Talentos da antiguidade.

Povos da antiguidade e as linguagens artísticas.

A arte na propaganda e a propaganda na arte.

Tintas e instrumentos.

Luz e sombra.

Cor, luz e tintas.

Efeitos da cor.

Composição.

Representação de espaço.

Textura e estampa.

Gravura.

Arte tridimensional.

Montagens.

Esculturas ou objetos.

Percepção visual e Gestalt.

Representação da paisagem natural.

Barroco universal.

Barroco brasileiro.

Caravaggio.

Artistas viajantes.

A representação do corpo

Retrato e autorretrato.

A arte e a ecologia (Paisagismo).

Sentimentos e emoções (Expressionismo).

A arte abstrata.

Ritmo e composição.

Escultura abstrata.

Arte conceitual – Art pop.

Arte sobre a própria arte (crítico de arte).

Arte no muro, arte no mundo: conhecendo o grafite, pintura rupestre, grafite e pichação.

Grafitando – grafiteiros, muralistas, pichadores e suas técnicas.

A Semana da Arte Moderna de 1922.

Movimentos artísticos: Modernismo, Academismo,

Percepção visual e Gestalt.

Artesanato e arte cerâmica (cerâmica e desenho), objeto utilitário.

A arte das mensagens visuais – Ilustração.

Fotografia: para fotografar, como fotografar e exposição de fotos.

HQ: Histórias em quadrinhos.

Imagem, tecnologia e informação.

O desenho animado.

A paisagem urbana.

A arte no Brasil.

Antigas civilizações: sociedades indígenas e as linguagens artísticas.

Arte nos séculos XV e XVI.

Primeira bienal internacional e arte contemporânea.

As grandes transformações na arte a partir do século XIX.

Movimentos artísticos: Realismo, Expressionismo, Futurismo, Fovismo,

72

culturais).

O plano e as formas.

Abstracionismo.

Renascimento

Fovismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo.

Acontecimentos da Semana de 22.

A estética e a poética da Pop Art.

Andy Warhol.

Designer.

Arte africana.

Abstracionismo, Dadaísmo e Surrealismo.

Museus.

ARTE MUSICAL:

Som e movimento – Música e dança: linguagem da arte.

A música como expressão e comunicação dos indivíduos.

A música como produto cultural e histórico.

Som, cor e composição.

Arte e sentido: Relaxamento música e pintura.

A força da música afro: Corpo som, samba cantado pelo samba, ritmos do Brasil.

Sons e movimentos.

A música e a dança como forma de comunicação.

Elementos expressivos e recursos materiais da linguagem musical.

Apreciação da dimensão artística do objeto sonoro.

Reconhecimento de diferentes timbres.

Desenvolvimento da percepção auditiva e da capacidade de identificar a direção da fonte sonora.

A linguagem musical: comunicação e seus elementos.

As alegrias da música e a comunicação do som.

Propaganda x música.

Sons e recursos sonoros.

Percepção do timbre de diferentes objetos.

Utilização de parâmetros conhecidos (altura, timbre, intensidade e duração) por meio da percepção.

Instrumentos musicais e orquestra.

Música experimental.

MPB: a cor da música.

Hermeto Pascoal.

Diversidade da produção musical regional, nacional e mundial em diferentes culturas e momentos históricos.

Definição de música instrumental em oposição à canção.

Reconhecer a diferença de som grave e som agudo, aplicando o conhecimento prévio na execução das atividades de percepção.

História do samba.

História da música.

Identificar estilos musicais.

Elementos de estrutura musical: ditado rítmico, diferenças entre gênero, pulso, compasso, melodia, forma e harmonia.

Fruição.

Elementos de estruturação musical (letra, melodia e ritmo).

ARTES CÊNICAS:

O teatro como expressão e comunicação.

O teatro como produção coletiva.

O teatro como produto cultural e apreciação estética.

A arte da representação – elementos formais.

Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem dramática: espaço cênico, personagem e ação.

Observação, apreciação e analise das diferentes manifestações de teatro.

Conceituar e exemplificar comunicações não verbais.

Arte teatral - imaginação e ação.

A linguagem teatral e seus elementos.

Texto teatral.

Compreensão, apreciação e analise das propriedades comunicativas da região.

Máscara – expressão e sentimentos.

Teatro – representando o sentimento.

A representação do movimento.

Teatro de bonecos – as origens do teatro.

Bonecos na TV, no cinema e na publicidade.

Direção de arte: cenografia, projetando um cenário.

73

Observação: Os conteúdos básicos são os mesmos para todas as séries da Educação Básica, porque o professor de Artes tem como ponto de partida, em seu planejamento, a linguagem artística específica de sua formação: visual, cênica ou musical. Os conteúdos deverão ser selecionados de maneira sensata para que não fiquem fragmentados e distantes do objeto de estudo, evitando-se, assim, um encaminhamento polivalente ao invés de interdisciplinar (Proposta Curricular de Santa Catarina - Disciplinas Curriculares- Arte). 3.5.2.2.4 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

CORPOREIDADE MOVIMENTO GINÁSTICA

Habilidades motoras de base

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Importância da Educação Física.

(aspectos gerais e a importância do movimento).

Benefícios da atividade física.

Ginástica de solo

Saltos, rolamentos, giros, paradas de mão, estrela.

GINÁSTICA RÍTMICA

Sem implementos.

Com implementos: maças, arcos, fitas, cordas, bolas.

Habilidades motoras de base Fundamentação prática. Ginástica de solo

Saltos, rolamentos, giros, paradas de mão, estrela.

GINÁSTICA RÍTMICA

Sem implementos.

Com implementos: maças, arcos, fitas, cordas, bolas.

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Benefícios da atividade física.

Higiene, asseio corporal, cuidado com espaços físicos com o ambiente e com o outro.

Hábitos alimentares

Educação Física e saúde

Importância da Educação Física (aspectos gerais e a importância do movimento).

Benefícios da atividade física.

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Higiene, asseio corporal, cuidado com espaços físicos com o ambiente, com o outro.

Hábitos alimentares.

Conceitos básicos relacionados à atividade física.

Atividades físicas e meio ambiente.

Componentes da

Educação Física e saúde

Importância da Educação Física (aspectos gerais e a importância do movimento).

Benefícios da atividade física.

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Higiene, asseio corporal, cuidado com espaços físicos com o ambiente e com o outro.

Hábitos alimentares.

Conceitos básicos relacionados à atividade física.

Atividades físicas e meio ambiente.

Componentes da

74

Atividade Física e saúde

Higiene, asseio corporal, cuidado com espaços físicos com o ambiente e com o outro.

Hábitos alimentares.

Conceitos básicos relacionados à atividade física.

Atividades físicas e meio ambiente.

Componentes da atividade física relacionadas à saúde.

Vícios posturais.

Conceitos básicos relacionados à atividade física.

Atividades físicas e meio ambiente.

Componentes da atividade física relacionadas à saúde.

Vícios posturais.

atividade física relacionadas à saúde.

Vícios posturais.

atividade física relacionadas à saúde.

Vícios posturais.

CORPOREIDADE MOVIMENTO JOGO

Jogos tradicionais/ grandes jogos Fundamentação teórica:

Histórico.

Evolução. Jogos de salão. Jogos de habilidade. Jogos cooperativos. Tênis de campo Fundamentação teórica:

Histórico.

Evolução.

Fundamentos práticos de base.

Regras. TÊNIS DE MESA

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Jogos Tradicionais / Grandes Jogos Jogos de salão. Jogos de habilidade. Jogos cooperativos. Tênis de campo

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras. Tênis de mesa

Fundamentos práticos de base.

Regras. Xadrez

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Jogo Tênis de campo

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras. Tênis de mesa

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras. Xadrez

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras.

Jogo Tênis de campo

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras. Tênis de mesa

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras. Xadrez

Fundamentação teórica.

Fundamentos práticos de base.

Regras.

75

Fundamentos práticos de base.

Regras. XADREZ

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Fundamentos práticos de base.

Regras.

CORPOREIDADE MOVIMENTO DANÇA

DANÇA

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Aspectos culturais da dança.

Classificação da dança: Danças folclóricas. Danças populares. Danças de salão.

DANÇA

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Aspectos culturais da dança.

Classificação da dança: Danças folclóricas. Danças populares. Danças de salão.

DANÇA

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Aspectos culturais da dança.

Classificação da dança: Danças folclóricas. Danças populares. Danças de salão.

DANÇA

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Aspectos culturais da dança.

Classificação da dança: Danças folclóricas. Danças populares. Danças de salão. Danças regionais.

CORPOREIDADE MOVIMENTO ESPORTE

ESPORTE INDIVIDUAL ATLETISMO

Fundamentação teórica.

Histórico.

Evolução.

Fundamentação prática.

Modalidades: Corridas (velocidade e

resistência). Saltos (distância, altura e

triplo). Arremesso (peso). Lançamento (martelo, dardo e

disco).

Regras.

ESPORTE INDIVIDUAL ATLETISMO

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática.

Modalidades: Corridas de velocidade 100m, 200m, 400m. Corridas com barreiras. Corridas de revezamento. Corridas de resistência: Meio Fundo 800m, 1500m Fundo 5000m, 10.000m. Saltos (distância, altura e

triplo). Arremesso (peso). Lançamento (martelo, dardo e

ESPORTE COLETIVO HANDEBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos. Táticas de defesa e ataque.

Regras. BASQUETEBOL Fundamentação teórica. Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

ESPORTE COLETIVO HANDEBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos. Táticas de defesa e ataque.

Regras. BASQUETEBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

76

ESPORTE COLETIVO HANDEBOL

Fundamentação teórica.

Histórico.

Desenvolvimento.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

Regras. BASQUETEBOL

Fundamentação teórica.

Histórico.

Desenvolvimento.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

Regras. VOLEIBOL

Fundamentação teórica. Histórico. Desenvolvimento.

Fundamentação prática: Toques. Recepção. Levantamento. Saque.

Regras.

disco).

Regras. ESPORTE COLETIVO HANDEBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

Regras. BASQUETEBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Passes. Dribles. Arremessos.

Regras. VOLEIBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Toques. Recepção. Levantamento. Saque. Manchete.

Regras.

Táticas de defesa e ataque: - Jump. - Bandeja. - Rebotes. - Fintas.

Regras. VOLEIBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Toques. Recepção. Levantamento. Saque. Manchete. Bloqueio. Cortada. Rodízio. Fundamentação tática de

defesa e ataque.

Regras. FUTEBOL/FUTSAL

Fundamentação teórica.

Histórico. Evolução.

Fundamentação prática: Toques. Passes. Dribles. Chutes a gol. Fundamentação tática de

defesa e ataque.

Regras.

Táticas de defesa e ataque: - Jump. - Bandeja. - Rebotes. - Fintas.

Regras. VOLEIBOL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Toques. Recepção. Levantamento. Saque. Manchete. Bloqueio. Cortada. Fundamentação tática de

defesa e ataque.

Regras. FUTEBOL/FUTSAL

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática: Toques. Passes. Dribles. Chutes a gol. Fundamentação tática de

defesa e ataque.

Regras. ESPORTES REGIONAIS

Fundamentação teórica.

Fundamentação prática.

77

3.5.2.2.5 DISCIPLINA: MATEMÁTICA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

NÚMERO

NÚMEROS NATURAIS

Registros históricos.

Sistemas de numeração, valor posicional.

Operações e propriedades: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação, expressões numéricas.

Fatoração.

Divisibilidade, primos, máximo divisor comum - (MDC) e mínimo múltiplo comum - (MMC).

NÚMEROS RACIONAIS ABSOLUTOS

Frações, razões, comparações.

Operações com frações.

Números na forma decimal: leitura e escrita, comparação, reta numérica.

Operações com números decimais (sistema monetário).

NÚMEROS INTEIROS Z

Registros históricos.

Sistemas de numeração, valor posicional.

Operações com números inteiros: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.

Expressões numéricas em Z. NÚMEROS RACIONAIS - Q, IRRACIONAIS - I e REAIS - R.

Registros históricos.

Sistemas de numeração, valor posicional.

Operações com números racionais: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

Registros históricos.

Potenciação: propriedades e notação científica.

Raízes: decomposição em fatores primos.

NÚMEROS RACIONAIS

Racionalização de denominadores, simplificação de radicais, expressões com radicais.

ÁLGEBRA MEDIDAS

CONCEITO DE ÁLGEBRA

Registros históricos.

Expressões algébricas simples (valor numérico).

Equações equivalentes.

Equações e inequações do 1° grau.

RAZÃO E PROPORÇÃO

Grandezas direta e inversamente proporcionais.

Regra de três simples.

ÁLGEBRA

Registros históricos.

Expressões algébricas: monômios, polinômios, valor numérico e operações.

Produtos notáveis e fatoração.

Frações algébricas.

Equações e sistemas de equações do 1º grau.

Regra de três simples e composta.

ÁLGEBRA

Registros históricos.

Equações do 2º grau.

Relações e funções.

Função do 1° e 2° grau e gráfico.

78

ESTATÍSTICA

NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Registros históricos.

Porcentagem. ESTATÍSTICA

Leitura, interpretação, e construção de tabelas e gráficos; problemas de contagem.

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

Leitura, interpretação, e construção de tabelas e gráficos; problemas de contagem.

NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Porcentagem.

Juros simples. NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

Leitura, interpretação, e construção de tabelas e gráficos; problemas de contagem.

ESTATÍSTICA

Leituras, interpretação, e construção de tabelas e gráficos; problemas de contagem.

GEOMETRIA MEDIDAS

INTRODUÇÃO A GEOMETRIA

Registros históricos.

Ideia de ponto, reta, plano.

Planificação das formas geométricas.

Estudo da reta: segmento de reta, semirreta, retas paralelas, concorrentes e perpendiculares.

Sistema de medida e estatística (superfície, volume, capacidade, ângulo, tempo, massa, peso, velocidade, temperatura).

NOÇÕES DE GEOMETRIA

Registros históricos.

Escala, ampliação e redução de figuras planas.

Figuras planas e espaciais (espaço tridimensional).

Ângulos: medida, classificação, bissetriz, complementares, suplementares e opostos pelo vértice.

GEOMETRIA

Registros históricos.

Estudos dos quadriláteros.

Medidas internas e externas de ângulos de polígonos.

INTRODUÇÃO À TRIGONOMETRIA

Registro histórico.

Triângulos: classificação, construção, mediana, bissetriz, altura.

Semelhança de triângulos.

GEOMETRIA

Plano cartesiano: posição de pontos no plano para a formação de retas e curvas (pares ordenados).

Relações métricas no triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras).

Razões trigonométricas no triângulo retângulo.

Circunferência e círculo. POLÍGONOS REGULARES

Apótemas de um polígono regular.

Relações métricas nos polígonos regulares.

TEMÁTICAS INTER DISCIPLINARES

EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO NA ESCOLA

Controle do tabagismo e outros fatores de risco de câncer.

EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

Travessia de ruas e prioridades. SEGURANÇA ALIMENTAR NUTRICIONAL

Alimentação alternativa.

EDUCAÇÃO E SAÚDE

Epidemias no Brasil.

Mortalidade infantil. EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

Pedestres e veículos não motorizados.

SEGURANÇA ALIMENTAR NUTRICIONAL

Alimentação alternativa.

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E CULTURAIS

Calendário indígena. EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Educação financeira na escola e na família.

SEGURANÇA ALIMENTAR NUTRICIONAL

Alimentação alternativa.

EDUCAÇÃO E SAÚDE

Drogas lícitas e ilícitas e a saúde do corpo e da mente.

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E CULTURAIS

Mercado de trabalho. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Florestas: Desmatamento e distribuição.

79

3.5.2.2.6 DISCIPLINA: HISTÓRIA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

TEMPO

TEMPORALIDADE

MEMÓRIA

IDENTIDADE

CULTURA

IMAGINÁRIO

CIDADANIA

PROCESSO

HISTÓRICO

SUJEITO

HISTÓRICO

RELAÇÕES

SOCIAIS

TRABALHO

PODER

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA

-Tempo e espaço. -Documentos. -Sujeitos históricos.

Pré-história:

Pré-história geral.

Povos da América: caçadores, coletores e agricultores.

Brasil e Santa Catarina: Vestígios e hipóteses sobre os primeiros povos que ocuparam o território.

Modo de vida dos antigos povos.

EXPANSÃO MARÍTIMA

Configuração dos estados europeus.

Grandes navegações.

Chegada dos europeus no Brasil e América.

Conquista e dominação, aspectos comerciais, políticos e culturais.

Dominação e resistência.

Santa Catarina: ocupação e modo de vida. BRASIL COLÔNIA

Sociedade colonial.

História e cultura do negro e dos afrodescendentes.

Escravidão africana.

Negro na sociedade brasileira contemporânea.

Negros em Santa Catarina

Trabalho e resistência.

Bandeirantes e jesuítas: participação na formação da sociedade.

REVOLUÇÕES LIBERAIS E INDEPENDÊNCIA

Processo de independência: Brasil e América.

Mudanças e permanências na política, na sociedade e na economia das nações latino-americanas.

Resistências e guerras internas contra a independência do Brasil.

BRASIL IMPÉRIO

Revoltas e rebeliões regenciais.

Guerra do Paraguai.

Fim da escravidão africana.

Imigração no Brasil e em Santa Catarina.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

República Velha.

Revolução federalista em SC.

Canudos e Contestado.

Conflitos rurais no Brasil: MST.

BRASIL E O MUNDO NO INÍCIO DO SÉCULO XX

Revolução Industrial: sistema de fábrica.

Modernização e higienização: Revolta da Vacina.

Movimento operário no Brasil. GUERRAS MUNDIAIS E GOVERNOS AUTORITÁRIOS

Imperialismo.

Nazismo e fascismo.

FEB – Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial.

A Era Vargas. DITADURAS e REDEMOCRATIZAÇÃO AMÉRICA LATINA E BRASIL

Golpe de 64 e Regime Militar.

Movimentos de resistência e luta pela democracia.

Nova ordem mundial e redemocratização do Brasil.

Desenvolvimento tecnológico e a erradicação da miséria.

Relações de poder promovidas pelo desenvolvimento da tecnologia.

Globalização econômica e cultural.

Conflitos étnicos.

80

3.5.2.2.7 DISCIPLINA: GEOGRAFIA

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

- ESPAÇO

GEOGRÁFICO

- TERRITÓRIO

- LUGAR

- PAISAGEM

- REGIÃO

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

Orientação espacial:

Meios de orientação. Coordenadas: geográfica/ importância. Representação Espacial:

Escala cartográfica.

Representações cartográficas.

Projeções cartográficas: As novas tecnologias de mapeamento. BRASIL – PAÍS EM DESENVOLVIMENTO

Localização geográfica. Divisão política:

Regiões naturais e geoeconômicas.

Unidades da federação. Estrutura da população brasileira:

População absoluta e população relativa.

População economicamente ativa e inativa.

Taxas de natalidade e mortalidade.

Distribuição por sexo e faixa etária.

Os domínios da natureza.

Apropriação da natureza pelo homem.

Exploração dos recursos naturais.

Questão ambiental.

DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO

Origem histórica do subdesenvolvimento. O MUNDO DESENVOLVIDO

Indicadores sociais e econômicos.

Educação, saúde, segurança e moradia.

Estrutura da população: - Taxas de natalidade e Mortalidade. - População. economicamente ativa e inativa. - Distribuição da população que trabalha nos ramos de atividade.

As maiores economias mundiais.

PIB e PNB.

Condições de trabalho e rendimento.

Distribuição da renda nacional.

Diversidades étnicas e religiosas. - as intolerâncias e a questão do racismo. Ocupação do espaço X preservação ambiental: - Exploração dos recursos naturais. - O uso das águas e do solo. - A poluição, as queimadas e o aquecimento global. - Valorização das formas não predatórias de exploração ambiental.

AMÉRICA

Localização geográfica.

Divisão política e cultural.

Diversidades naturais e socioeconômicas.

América anglo-saxônica: - Estrutura da população.

Migrações populacionais: causas e consequências:

- Educação, saúde, segurança e moradia.

- Economia. - As estratégias de fortalecimento

dos EUA: NAFTA e as tentativas de criação da ALCA.

- Ocupação do espaço e conservação/ preservação ambiental.

Diversidades étnicas e religiosas: as intolerâncias e a questão do racismo.

América Latina: - Estrutura da população: -

Economia, educação, saúde, segurança e moradia.

- Distribuição da renda e disparidades sociais. - As estratégias de fortalecimento do Cone-Sul: MERCOSUL, problemas e desafios. - Ocupação do espaço e conservação/preservação ambiental. - Os interesses mundiais sobre a Amazônia. - A escassez de água doce: o Aquífero Guarani.

Diversidades étnicas e religiosas: - As intolerâncias e a questão do racismo.

AMÉRICA, EUROPA, ÁSIA, ÁFRICA, OCEANIA E ANTÁRTIDA: OS GRANDES CONTINENTES

As grandes paisagens naturais do planeta.

População mundial: As áreas mais densamente

povoadas.

Os grandes vazios demográficos.

Estrutura etária – expectativa de vida.

Migrações internacionais: causas e consequências. A divisão econômica e social do mundo atual. América Anglo-Saxônica e Latina:

EUA - formação territorial e influência mundial.

As grandes disparidades econômicas e sociais. União europeia e CEI:

A integração europeia.

Núcleo e periferia.

A Rússia e a CEI. As grandes potências

asiáticas:

O Japão e os “Tigres Asiáticos”.

A China. África:

África do Norte e África Subsaariana.

As fronteiras e os estados. Oceania:

81

Formação sociocultural:

Colonização e etnia.

Negros e contribuições.

Povoamento do litoral.

Povoamento do interior.

População do litoral.

Movimentos. Migratórios.

Crescimento demográfico.

Distribuição populacional. Economia:

Principais ramos de atividade: agrícola, industrial, comércio e prestação de serviços.

O trabalho informal. Desenvolvimento econômico X desigualdade social:

Distribuição da renda nacional.

Educação, saúde e segurança.

O desemprego e a fome.

Os problemas de moradia.

Movimentos sociais. Diversidades regionais:

Naturais.

Sociais e econômicas. Conflitos sociais- diversidade étnica e religiosa. Representação espacial:

Técnicas de produção de mapas: A tecnologia moderna a serviço da cartografia.

O MUNDO SUBDESENVOLVIDO/EM DESENVOLVIMENTO

Países.

Indicadores sociais e econômicos.

Educação, saúde, segurança e moradia.

Estrutura da população: - Taxas de natalidade e mortalidade. - População economicamente ativa e inativa. - Distribuição da população que trabalha nos ramos de atividade.

Condições de trabalho e rendimento.

PIB e PNB.

Distribuição da renda nacional.

Movimentos sociais.

Diversidades étnicas e religiosas: - as intolerâncias e a questão do

racismo. Ocupação do espaço X preservação ambiental:

Exploração dos recursos naturais.

Países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e o aquecimento global.

Economia e sociedade. Os sistemas. socioeconômicos

e a crise do socialismo. Globalização e mercados

regionais. Ocupação do espaço x

preservação. ambiental/conservação ambiental.

As relações entre a sociedade e a natureza.

Exploração dos recursos naturais.

O aquecimento global.

Valorização das formas não predatórias de exploração ambiental.

Diversidades étnicas e religiosas:

- as intolerâncias e a questão do racismo.

- Globalização e mercados regionais.

82

3.5.2.2.8 DISCIPLINA: CIÊNCIAS

CONCEITOS CONTEÚDOS

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

- Meio biótico e abiótico - Desenvolvimento sustentável - Ciclo da matéria e energia - Fenômenos físicos e químicos - Cidadania planetária e consumo sustentável

TERRA

- A terra no espaço. - Movimentos e as estações do ano. - Formação, composição, tipos de

rochas, fósseis, litosfera, continentes.

SOLO

- Propriedades, tipos de solos, ocupação desordenada e manejo.

- Conservação e uso do solo. ÁGUA

- Estados físicos. - Ciclo, propriedades, tratamento,

tratamento de efluentes. - Preservação e conservação do meio

ambiente. - Água e saúde. - Doenças veiculadas pela

água/poluída/contaminada. AR

- Constituição. - As camadas atmosféricas. - Fenômenos atmosféricos. - Propriedades. - Ar em movimento. - Poluição. -Ar e saúde: Mudanças climáticas. -Aquecimento global.

INTERAÇÃO ENTRE SERES VIVOS

- As populações: Relações ecológicas. - Degradação dos ecossistemas. - A energia luminosa e os seres vivos. - Sol, energia, calor, luz e estratégias

dos seres vivos. - A organização e a origem dos seres

vivos. - A terra antes do surgimento da vida. - A origem e a evolução dos primeiros

seres vivos. - Classificação dos seres vivos. - Os cinco reinos: Monera, Protista,

Fungi, Plantae e Animalia. - Os vírus. - O ambiente e a saúde. REINO PLANTAE

- Briófitas, Pteridófitas, Talófitas, Gminosperma e Angiospermas.

- Características gerais (células, tecidos, nutrição).

- Partes da planta (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente).

O REINO ANIMAL

- Invertebrados. -Classificação e características

(Poríferos e Cnidários, Platelmintos, Nematelmintos, Moluscos, Anelídeos, Artrópodes e Equinodermos).

O CORPO HUMANO

- A célula: uma visão geral (organelas, número, tamanho e forma).

- A divisão celular. - Níveis de organização do corpo

humano. - Tecidos, órgãos e sistemas. FUNÇÕES DE NUTRIÇÃO

- Alimentos, saúde e doenças, transgenia.

- Vigilância sanitária: higiene dos alimentos.

- Fome no Brasil. DIGESTÃO

- Sistema digestório/órgãos/o caminho do alimento.

-Saúde bucal e vocal. CIRCULAÇÃO

- O coração, os vasos, pressão arterial, composição do sangue/vacinas e anticorpos/grupos sanguíneos-sistemas ABO e Rh/sistema linfático.

RESPIRAÇÃO

- Partes, movimentos e doenças. EXCREÇÃO

- Resíduos sistemas urinários e composição/ função.

OS ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

NOÇÃO SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE USO NO COTIDIANO NOÇÕES SOBRE SUBSTÂNCIAS IÔNICAS, MOLECULARES, METÁLICAS E SUAS PROPRIEDADES ÁTOMO TABELA PERIÓDICA LIGAÇÕES QUÍMICAS NOÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA NAS CAMADAS E SUAS IMPLICAÇÕES REAÇÕES QUÍMICAS E FÍSICAS QUEDA LIVRE E AS IDEIAS DE GALILEU MOVIMENTO COM VELOCIDADE CONSTANTE E ACELERADO MASSA X PESO AS CONTRIBUIÇÕES DE NEWTON

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Meio biótico e abiótico - Desenvolvimento sustentável - Ciclo da matéria e energia - Fenômenos físicos e químicos - Cidadania planetária e consumo sustentável

VIDAS E AMBIENTE

- Fatores bióticos e abióticos. - Componentes e organização do

ecossistema. - Cadeias alimentares. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E

TERRESTRES

-Desmatamento e desertificação.

VERTEBRADOS

- Classificação e características (peixes, anfíbios, répteis, aves

e mamíferos). DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

- Consumo Responsável. - Ecossistemas catarinense. - Coleta seletiva. VACINAS MEIO AMBIENTE E TRÂNSITO

- Cuidados.

COORDENAÇÃO DAS

FUNÇÕES ORGÂNICAS

- Sistema nervoso- neurônios. SISTEMA ENDÓCRINO - -

Órgãos e funções. DROGAS

- Uso, abuso e consequências biológicas, sociais e éticas.

SENTIDOS

-Tato/gustação/olfato/ audição/visão. LOCOMOÇÃO E SUSTENTAÇÃO

- Ossos e músculos. REPRODUÇÃO, SEXUALIDADE E PREVENÇÃO

- DST e paternidade responsável. -Diversidade sexual: LGBT.

HERANÇA GENÉTICA E EVOLUÇÃO

-Saúde da população negra, indígena e imigrantes.

BULLYING E CIBERBULLYING

PREVENÇÃO

- Como prevenir a violência nas escolas e educar para paz.

PRIMEIROS SOCORROS

NOÇÃO DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO EXEMPLOS COTIDIANOS DA APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE CENTRO DE GRAVIDADE E EQUILÍBRIO ESTÁTICO.

FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA MECÂNICA ENERGIA INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO TURISMO COMO FONTE DE RECEITA APRENDENDO A VIVER JUNTOS GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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3.5.2.2.9 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

CONCEITOS

CONTEÚDOS

6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO

Ser humano,

Conhecimento

Religioso

Experiências

Religiosas

Construção das ideias de divindade(s) no tempo e no espaço.

Ideias de divindade(s) nos textos sagrados orais e escritos.

Os espaços e territórios sagrados das diferentes tradições religiosas.

Os espaços e territórios sagrados e práticas religiosas.

As práticas religiosas e relação com a(s) divindade(s).

Espiritualidades, ritos e símbolos realizados/ presentes nos espaços e territórios sagrados.

Mística e espiritualidades nas tradições religiosas.

Experiência religiosa e valores humanos.

Valores e limites éticos nas tradições religiosas.

Contexto e evolução das tradições religiosas no decorrer dos tempos.

Construção das crenças e ideologias religiosas no tempo e no espaço.

Função social das crenças e ideologias religiosas.

Os ritos e seus significados nas tradições religiosas.

Os ritos e a relação com a(s) divindade(s).

Os símbolos e seus significados nas tradições religiosas.

O papel dos mitos, ritos e símbolos nas tradições religiosas.

Ética e tradições religiosas.

Fundamentação dos limites éticos nas tradições religiosas.

Orientações, normas e limites éticos das tradições religiosas.

As determinações das tradições religiosas no processo de (des)humanização.

Os direitos humanos perpassam as tradições religiosas.

Os líderes religiosos e as tradições religiosas.

Os líderes religiosos e suas funções nas tradições religiosas.

O papel das religiões e dos líderes religiosos na promoção dos direitos humanos.

Concepções de corpo, gênero e sexualidade nas tradições religiosas.

Situações limites e busca do translimite.

Finitude humana e transcendência.

As práticas/vivências religiosas e a busca de superação da finitude.

A morte como geradora de sentido e promotora de cultura.

A morte através dos tempos e os ritos mortuários.

As ideias de imortalidade (ancestralidade, reencarnação, transmigração e ressurreição).

Ideias de imortalidade nos mitos sagrados.

Os significados da vida e da morte para o ateísmo, niilismo, ceticismo e agnosticismo.

Crenças, doutrinas religiosas e o sentido da vida e da morte.

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3.6 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Capítulo 1 Da Avaliação

I - Considerando o disposto na Lei nacional n° 9394 de 20/12/96, Lei Complementar n° 170/98 e Resolução n°158/2008 – CEE, no processo de avaliação na E.E.F. Polidoro Santiago prevalecerão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. II - A avaliação do rendimento do aluno será contínua e cumulativa, mediante verificação de aprendizagem de conhecimentos e do desenvolvimento de competências, em atividade de classe e extraclasse, incluídos procedimentos próprios de recuperação paralela. Esta avaliação será atribuída pelo professor da série ou disciplina, apreciada pelo Conselho de Classe da Unidade Escolar. III – A verificação do rendimento escolar será bimestral e basear-se-á em avaliação contínua e cumulativa, a ser expresso em notas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de 09 anos, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o ano letivo preponderarão sobre os de exames finais. Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 09 anos, a avaliação será descritiva.

§ 1º Estes registros de notas ou conceitos descritivos darão prioridade aos aspectos qualitativos considerando a compreensão e o discernimento dos fatos e a percepção de suas relações; a aplicabilidade dos conhecimentos; as atitudes e os valores; a capacidade de análise e de síntese; além de outras competências comportamentais e intelectivas e habilidades para atividades práticas.

§ 2º No 1º, 2º e 4º ano a avaliação através de conceitos descritivos considerará três níveis para apropriação dos conhecimentos, com a seguinte equivalência: Nível I: capacidades ainda não desenvolvidas (5,0 e 6,0); Nível II: capacidades em desenvolvimento, domínio parcial ou transição de níveis (de 7,0 a 8,0); e Nível III: capacidades já desenvolvidas com sucesso (de 9,0 a 10,0). No final do ano letivo, o nível atingido pelo aluno será transformado em uma nota anual entre 5,0 e 10,0.

§ 3º No 3º e 5º ano a avaliação através de conceitos descritivos considerará quatro níveis para apropriação dos conhecimentos, com a seguinte equivalência: Nível I: dificuldade na apropriação (4,0); Nível II: apropria-se com dificuldade (5,0 e 6,0); Nível III: apropriação em desenvolvimento (7,0 e 8,0); Nível IV: apropriação desenvolvida com sucesso (9,0 e 10,0). No final do ano letivo, o nível atingido pelo aluno será transformado em uma nota anual entre 4,0 e 10,0.

§ 4º A avaliação através dos registros de notas, considerará valores numéricos de 1,0 a 10,0, com fração de 0,5, conforme porcentagem (%) de apropriação do conhecimento.

§ 5º Para obtenção da nota bimestral e para definição dos níveis da avaliação descritiva, a escola garantirá ao aluno pelo menos quatro

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oportunidades por bimestre através de provas, trabalhos, apresentações ou outras propostas pelo professor titular da disciplina. A partir do 5º ano será somada a nota da prova bimestral que terá peso “2”. Essa prova considerará todos os programas curriculares contemplados no bimestre e serão nos moldes exigidos em avaliações nacionais (Prova Brasil). § 6º A prova bimestral deverá considerar 01 gênero textual diferente em cada bimestre, sendo definido no planejamento bimestral.

§ 7º A prova bimestral será realizada em todas as disciplinas curriculares na última semana do bimestre, validada anteriormente pela coordenação escolar.

§ 8º No Diário de Classe serão registrados os resultados das avaliações, os conceitos e conteúdos trabalhados, as questões disciplinares e pedagógicas e tudo o que o professor considerar significativo para o progresso do aluno. O Diário de Classe é fundamental para comprovar o rendimento do aluno. IV - A preponderância dos resultados obtidos durante o ano letivo sobre o de exames finais, quando houver, se dará pela conversão da média anual dos bimestres, multiplicada por 1,7 em pontos, cujo resultado, somado ao resultado da multiplicação da nota do Exame Final, multiplicada por 1,3, igualmente convertida em pontos, conforme fórmula a seguir: (Média anual dos bimestres x 1,7 + (Nota do Exame Final) x 1,3) ≥ 14 pontos. V – Ter-se-ão como aprovados quanto ao rendimento no Ensino Fundamental: § 1º Os alunos de 1º, 2º e 4º ano, independente do nível atingido, respeitando o ciclo de aprendizagem. § 2º Os alunos de 3º e 5º ano que alcançarem nível III ou IV em todas as disciplinas. § 3º Os alunos do 6º ao 9º ano que alcançarem um nível de apropriação de conhecimentos não inferior a 70% (setenta por cento) dos conteúdos efetivamente trabalhados por disciplina, isto é, média 7,0, considerando os quatro bimestres. § 4º Os alunos do 6º ao 9º ano com rendimento anual superior a 3,0 e inferior a 7,0 e que, após submetidos a Exame Final, alcançarem 14 pontos em cada disciplina, obedecendo para o cálculo da pontuação final, os termos do inciso IV. § 5º Os alunos do 3º e 5º ano que atingirem nível I (média anual 4,0) ou nível II (média anual 5,0 e 6,0) deverão ser submetidos à recuperação, visando atingir Nível III ou Nível IV. § 6º Seguindo orientações da Diretoria da Educação Básica e Profissional de Santa Catarina, não haverá retenção no 1º, 2º e 4º ano do EF de 09 anos, com o entendimento de que este é o tempo mínimo para o acesso às bases do sistema alfabético. VI – Ter-se-ão aprovados quanto à assiduidade, os alunos de freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) das horas de efetivo trabalho escolar. VII – Os alunos com aproveitamento insuficiente, menos de 70% (setenta por cento), durante os bimestres será assegurada pela escola a recuperação paralela, durante o ano letivo, atendendo o estabelecido na legislação vigente.

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Os critérios para a recuperação paralela ficam assim estabelecidos: ela será ofertada por conceitos ou conteúdos estudados; poderá se feita no período oposto quando o professor considerar necessário; será feita com toda a classe quando mais de 50% dos alunos não atingir o mínimo exigido (nota 7,0); prevalecerá o maior resultado obtido; para atribuição da nota resultante das atividades de recuperação paralela, deverá ser utilizado o mesmo peso da que originou a necessidade da recuperação. VIII – Entre o final do 4º bimestre e o início dos Exames Finais, haverá 05 (cinco) dias de revisão dos conteúdos mais defasados em cada disciplina. Todos os alunos participarão desta revisão considerando-os como dias letivos. IX - Respeitando a legislação vigente, o Conselho de Classe é soberano sobre as avaliações bimestrais e o exame final, quando essas estiverem em desacordo com a proposta da escola ou prejudiquem o aluno no seu direito.

Capítulo 2

Da Recuperação Paralela

X – Entende-se por recuperação paralela o processo didático-pedagógico que visa oferecer novas oportunidades de aprendizagem ao aluno para superar deficiências ao longo do processo ensino-aprendizagem. XI – A recuperação será oferecida de forma paralela sempre que for diagnosticada, no aluno, insuficiência no aproveitamento durante todo o processo regular de apropriação de conhecimento e de desenvolvimento de competências. § 1º - Entende-se por insuficiência, aproveitamento inferior a 70%. § 2º - O resultado obtido na avaliação, após estudos de recuperação, em que o aluno demonstre ter superado as dificuldades, substituirá o anterior, quando maior, referente aos mesmos objetivos. § 3º - O professor deverá registrar no Diário de Classe as atividades de recuperação paralela, freqüência dos alunos e seus resultados.

Capítulo 3 Do Avanço nas Séries e da Reclassificação

XII – O avanço nas séries, por classificação, poderá ocorrer sempre que se constatar apropriação pessoal de conhecimento por parte do aluno, superior a 70% dos conteúdos de todas as disciplinas oferecidas na série em que o aluno estiver matriculado, mediante avaliação para comprovar o desempenho. XIII – A proposição do avanço nas séries caberá ao estabelecimento de ensino, devendo ser ouvido o aluno, os pais ou responsáveis. XIV – A avaliação de aluno de que trata o inciso XIV deverá ser planejada, elaborada e operacionalizada por banca constituída por membros do corpo docente da instituição, designada pela Direção do estabelecimento de ensino,

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coordenada pela Assistente Técnico Pedagógica, e resultado apreciado pelo Conselho de Classe. A unidade escolar deverá guardar em seus arquivos as atas da banca e do Conselho de Classe, e os resultados da avaliação. XV– Para qualquer série, exceto a primeira do Ensino Fundamental, além dos critérios de promoção e transferência, poderá ser efetuada a classificação ou reclassificação do aluno, independente da escolarização anterior, tomando por base sua experiência e grau de desenvolvimento pessoal. § 1º - Ao receber alunos de outros estabelecimentos do país ou exterior, a escola pode efetuar sua reclassificação para série ou período adequado ao seu efetivo desenvolvimento escolar. § 2º - Não poderá ser reclassificado o aluno em dependência de disciplina e ou disciplinas ou reprovado na série anterior.

Capítulo 4 Do Conselho de Classe

XVI – O Conselho de Classe é instância deliberativa e órgão soberano para as questões pedagógicas que compreendem o processo avaliativo. Tem como responsabilidades:

a) Avaliação do processo ensino-aprendizagem desenvolvido pela escola e a proposição de ações para sua melhoria.

b) A avaliação da prática docente, no que se refere à proposta pedagógica da escola, à metodologia, aos conteúdos programáticos e à totalidade das atividades pedagógicas realizadas.

c) A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e a proposição de ações para a superação de dificuldades.

d) Fazer cumprir os critérios para a avaliação estabelecidos no PPP e sua revisão, quando necessária.

e) Apreciar em caráter deliberativo, os resultados das avaliações apresentados individualmente pelos professores.

f) Decidir pela aprovação ou não aprovação dos alunos. XVII - Será constituído, de forma direta, pelos professores da turma, direção do estabelecimento, assistente técnico pedagógico, membros da equipe pedagógica da escola, quando se tratar do fechamento de notas, médias ou conceitos bimestrais. XVIII – Será participativo em duas oportunidades no ano letivo: 1º e 3º bimestre. A participação será assegurada através de um pré-conselho com os alunos na semana que antecede a entrega de boletins e, nesse dia, será oportunizado um momento de discussão com os pais ou responsáveis a respeito da proposta pedagógica e do processo avaliativo da escola. XIX – O Conselho de Classe será realizado, ordinariamente, por turma, bimestralmente, nos períodos que antecedem ao registro definitivo do aproveitamento dos alunos no processo de apropriação de conhecimento e desenvolvimento de competências. Também poderá reunir-se

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extraordinariamente, convocado pela direção do estabelecimento, por 1/3 (um terço) dos professores. XX – Sempre que houver impasse na avaliação do rendimento do aluno, caberá ao Conselho de Classe, a decisão final. A representação do Conselho de Classe deverá ser, no mínimo, 51% dos integrantes e o resultado deverá ser registrado em ata. XXI – Das reuniões do Conselho de Classe deverá ser lavrada Ata, em livro próprio, com assinatura de todos os presentes.

Capítulo V Da Revisão dos Resultados

XXII – Da decisão do Conselho de Classe referente aos resultados da avaliação anual final, se observada a não obediência às normas legais cabe:

1. Pedido de revisão junto à própria escola. 2. Recurso à 35ª GERED – Gerência Regional de Educação. 3. Recurso em grau superior, à SED, Secretaria de Estado da Educação.

XXIII – Quanto ao pedido revisão junto à escola por parte dos pais ou responsáveis, quando o resultado for considerado ilegal obedecerá aos seguintes prazos: § 1º - O pedido de revisão deverá ser realizado por escrito e assinado pelos pais ou responsáveis legais do aluno, no prazo de 02 (dois) dias úteis após a publicação dos resultados na unidade escolar. § 2º - Mediante o pedido de revisão, a escola terá 05 (cinco) dias úteis para julgar o pedido de revisão e emitir seu parecer por escrito. § 3º - Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, o requerente terá o prazo de 02 (dois) dias úteis para impetrar recurso junto à 35ª GERED. § 4º - A 35ª GERED terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para julgar o recurso, após o recebimento do parecer escrito fornecido pela escola. § 5º - O recurso em grau superior à SED deverá ser impetrado em até 10 (dez) dias úteis, após a divulgação oficial do parecer da 35ª GERED. § 6º - A SED terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis para julgar o recurso.

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IV – NEPRE E PROJETOS

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IV – NEPRE E PROJETOS 4.1 NEPRE

Significado da sigla: Núcleo de Educação e Prevenção – NEPRE. É uma estrutura criada pela Secretaria de Estado da Educação para consolidar políticas públicas de prevenção, de promoção do direito à saúde e da paz junto às Gerências Regionais de Educação e Escolas da Rede Pública Estadual, para atuar nas temáticas sociais, em especial: sexualidade, substancias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas) e as expressões da violência.

Objetivos: Ampliar os conhecimentos científicos, sobre o uso e abuso de drogas

(lícitas e ilícitas), o desenvolvimento da sexualidade e das manifestações das violências, nas unidades escolares, visando à conscientização e ao posicionamento crítico de educadores e estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino, orientados para a qualidade de vida na comunidade;

fomentar a construção de uma rede de proteção integral às crianças e aos adolescentes;

instituir a cultura da paz e da solidariedade. Principais linhas de ação

Fomentar a inclusão de temas sociais e de saúde nos currículos das escolas, da rede pública estadual.

Produzir documentos, livros, revistas, artigos em articulação com as GEREDs, unidades escolares e Gerências da Educação Básica, para orientar subsidiar professores e alunos no campo das questões sociais e de saúde, o que inclui educação sexual, combate ao uso/abuso de drogas e as diferentes violências.

Promover formação continuada aos professores, de modo a permitir a reflexão sobre os desafios que se impõem à prática pedagógica, em face da diversidade de necessidades apresentadas pelos alunos no contexto escolar.

Assessorar às GEREDs/Escolas na implantação e efetivação das ações do NEPRE.

Participar em Conselhos Estaduais e Municipais comprometidos com a garantia e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

NEPRE nas Escolas

Uma comissão mista (professores, pais e alunos) será responsável pela articulação dos projetos a serem desenvolvidos no ambiente escolar, sempre integrados ao Projeto Político Pedagógico. 4.2 PROJETOS

Projetos que serão desenvolvidos no ano letivo, em parceria com o NEPRE e as ENTIDADES DEMOCRÁTICAS: Parada Literária Circuito Literário Páscoa

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Dia da Família na Escola Concurso de Poesia Dia Cultural: Arraiá Jogos Internos (JIPS) Gincana Dia da Fantasia Mostra de Trabalhos Show de Talentos Auto Natalino Bullying e Sexualidade Avaliação Institucional Grupo de Leitores Fiscais do Patrimônio Recreio Monitorado Dia do Estudante Escola Sustentável Conselho de Classe Participativo Demais projetos propostos pelos segmentos da comunidade escolar. Esses projetos serão planejados, executados e avaliados pela Comissão do Nepre em parceria com as demais Entidades Democráticas, articulados pela coordenação pedagógica da escola representada pela Assitente Técnico Pedagógica.

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4.3 AVALIAÇÃO INSTITUICIONAL

Junto com o PPP são processos complementares, estão interligados, um subsidiando o outro. O PPP indica o caminho, a avaliação é o instrumento de acompanhamento.

É um processo global, contínuo e sistemático, competente e legítimo, que pode envolver agentes internos e externos na formulação de subsídios para a melhoria da qualidade da instituição escolar.

Esta avaliação busca entender a totalidade daquilo que estamos examinando: a instituição em todos os seus aspectos. Aperfeiçoar a prática pedagógica implicando na melhoria da qualidade. Não visa punição, nem premiação. É reconstrução.

Projeto Avaliação Institucional

1. Justificativa

A sociedade brasileira já está reconhecendo hoje a importância da educação como um dos fatores básicos para solucionar os desafios da desigualdade social e da competitividade econômica. Da formação de pessoal qualificado e empreendedor depende o sucesso das políticas de desenvolvimento econômico, tecnológico e social do país. A qualidade da educação em todos os níveis é hoje um diferencial das nações.

Para a escola desempenhar o papel que a sociedade espera dela, enfatizam-se, hoje, os princípios da autonomia. A autonomia permite que escola assuma sua própria gestão com liberdade para encontrar a melhor sintonia com a comunidade que atende de modo a desenvolver a relevância social e econômica da educação que oferece. De outro lado, a autonomia das escolas liberou os órgãos educacionais de suas antigas funções administrativas, substituindo-as pelas funções de avaliação da qualidade e de assessoramento às redes de ensino.

A contrapartida da autonomia é a transparência. Ela vem associada à necessidade de avaliação não só do aprendizado dos alunos, mas também dos professores e da escola como um todo. Somente dessa maneira pode-se:

1) Prestar contas à sociedade que, afinal, é quem paga a educação que recebe; e

2) Realimentar o processo educativo que a escola desenvolve, revelando erros e acertos que servem para redirecionar práticas e reformular as estratégias que devem levar aos objetivos visados.

A avaliação deve ser entendida como: Um processo contínuo de aperfeiçoamento do ensino. Uma ferramenta para o planejamento e gestão compartilhada da escola. Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade.

Avaliar significa acompanhar mais de perto, aumentando as interações

entre a equipe para aprimorar as ações da escola como um todo. E também

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verificar se as funções e prioridades determinadas coletivamente estão sendo realizadas e atendidas com os resultados esperados. É este contraponto entre o pretendido e o realizado que dá sentido à avaliação.

A escola de ensino fundamental pública tem necessidade de se auto-avaliar e de ser avaliada externamente devido ao caráter público de suas ações. Como seu custeio e resultados afetam toda a sociedade, ela deve ser avaliada em termos de sua eficácia social e da eficiência de seu funcionamento

A avaliação institucional, interna e externa são também maneiras de estimular a melhoria do desempenho e de evitar que a rotina descaracterize os objetivos fundamentais. A avaliação institucional preocupa-se essencialmente com os resultados das ações educativas da escola, em particular, os relativos a ensinar e aprender. Deve ser um processo contínuo e aberto, no qual os setores da escola - pedagógicos e administrativos - reflitam sobre seus modos de atuação e os resultados de suas atividades em busca da melhoria da escola como um todo.

Além de valer-se da racionalidade dos meios, usando aferições quantitativas e indicadores clássicos, a avaliação institucional abrange dimensões qualitativas, inclusive, aquelas vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola.

Ao se avaliar não se espera eliminar todas as discordâncias, dúvidas e contradições características do cotidiano escolar. No entanto, a avaliação deve contribuir para revelar e estimular a identidade própria de cada escola, preservando também a pluralidade de opiniões que é constitutiva de qualquer escola. 2. Princípios e finalidades

Tendo em vista a descentralização dos procedimentos e a tomada de decisão colegiada inerente aos princípios da autonomia da escola, uma avaliação institucional das atividades da escola deve ser desenvolvida tendo em vista alguns princípios básicos:

Aceitação ou conscientização da necessidade da avaliação por todos os segmentos envolvidos, dos executores aos beneficiários.

Reconhecimento da legitimidade e pertinência dos critérios a serem adotados.

Envolvimento direto de todos os segmentos da comunidade escolar _ interna e externa _ na execução e na implementação de melhoria do desempenho escolar, tanto administrativo (gestão), quanto pedagógico (ensino).

Não é um mecanismo de punição ou premiação, mas de reconstrução. A finalidade da avaliação é a busca do aperfeiçoamento e melhoria da

escola, implicando necessariamente, a melhoria da qualidade do ensino. Após sua aplicação deve ser considerado o revigoramento da atividade pedagógica e de seus agentes (professores, alunos, servidores, técnicos e administrativos). 3. Objetivos

Objetivo Geral:

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Rever e aperfeiçoar o Projeto Político Pedagógico da escola, promovendo a melhoria da qualidade, pertinência e relevância das atividades desenvolvidas na área pedagógica e na administrativa.

Objetivos Específicos: 1. Alimentar o interesse de se auto-avaliar como meio de conhecer melhor e

garantir a qualidade de gestão, bem como, de prestar contas à sociedade e de verificar a consonância dos resultados da escola com as demandas sociais, tanto as que se relacionam à satisfação pessoal dos alunos, egressos, suas famílias e equipes da escola, quanto as que se relacionam ao mundo do trabalho.

2. Conhecer melhor como as tarefas pedagógicas e administrativas estão sendo realizadas e articuladas em benefício da função principal de educar.

3. (Re)estabelecer compromissos com a sociedade, explicitando as diretrizes do Projeto Político-Pedagógico e os fundamentos de um programa sistêmico, e participativo de avaliação. Este programa deve permitir o constante reordenamento, consolidação e/ou reformulação das ações escolares, mediante diferentes formas de divulgação dos resultados da avaliação e das ações dela decorrentes.

4. Estudar, propor e implementar mudanças no cotidiano das atividades pedagógicas e administrativas, contribuindo para a formulação de Projetos Político-Pedagógicos cada vez mais socialmente legitimados e relevantes. 4. Etapas do processo de avaliação institucional a) Sensibilizar

Realizar diversas reuniões e encontros, objetivando sensibilizar professores, alunos, funcionários e membros da comunidade escolar para as vantagens e finalidades da avaliação institucional.

Fornecer textos para a discussão do assunto e aprofundar o conhecimento sobre avaliação institucional.

Motivar a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, esclarecendo os benefícios desta avaliação. b) Coletar dados

Prioridades: dimensões a serem avaliadas (Utilizar os Indicadores da Qualidade na Educação/ MEC - Anexo):

Ambiente educativo.

Prática pedagógica e avaliação.

Gestão escolar democrática.

Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola.

Ambiente físico escolar.

Acesso e permanência dos alunos. Metodologia:

Instrumentos: reuniões e questionário.

Avaliação de cada dimensão por grupos com representantes de todos os segmentos e os resultados serem apresentados numa plenária.

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Critério: convidar toda a comunidade escolar visando atingir pelo menos 30%.

Organização dos dados em tabelas e gráficos.

c) Diagnosticar É o ponto de partida e necessita da existência de um conjunto comparável

de informações (coleta de dados) que permitam o diagnóstico da situação em estudo. Os dados serão correlacionados de forma a gerar indicadores e inferências para as avaliações interna e externa.

Elaborar um relatório conforme modelo:

Introdução: como o processo iniciou e se desenvolveu...

Dados gerais da escola.

Dados do perfil dos respondentes (quem participou e como).

Apresentação dos resultados em gráficos, tabelas.

Pontos relevantes da análise dos resultados.

Reflexões conclusivas.

Anexos: tabelas e gráficos, fotos, depoimentos, atas.

Responsabilidade: gestor, assistência pedagógica, professores e alunos.

d) Avaliação Interna (agentes internos) – A partir do relatório

Consiste em um momento de reflexão e debate interno da escola sobre suas diversas dimensões, em um processo de auto-avaliação. A perspectiva é que, considerando um conjunto de indicadores e inferências, a escola possa analisar os vários dados, gerando relatórios que reflitam como a escola percebe a si mesma.

Coletar sugestões para o plano de ação.

e) Avaliação Externa (agentes externos) – A partir do relatório Ela introduz um componente novo e estimulante no âmbito da escola.

Requer dos avaliadores externos e das comunidades da escola, capacidade de discriminação, disponibilidade para o diálogo e sentido de participação.

A avaliação externa tem o papel de complementar e validar a avaliação interna. Seu ponto de partida é o relatório da auto-avaliação e ela contempla os mesmos aspectos da avaliação interna, sempre em uma perspectiva complementar.

Coletar sugestões para o plano de ação.

f) Plano de ação com prazos bem definidos Após a utilização do relatório na avaliação interna e externa, coletar e

elaborar um plano de ação, onde sejam definidos os responsáveis e os prazos para realização das ações de melhoria. Este plano de ação fará parte do PPP, tornando-se obrigatória sua execução. 5. Período para realização da Avaliação Institucional A partir de 2011 será realizada a cada 02 (dois) anos, sempre no mês de maio.

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V – DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

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V – DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

5.1 QUADRO FUNCIONAL

A parte administrativa é composta por: 01 Diretor geral, 01 Assistente Técnico Pedagógico e 01 Assistente de Educação. A equipe pode ser considerada apenas suficiente mediante a demanda existente na escola. Recomenda-se a busca de, pelo menos, mais 01 profissional para atuar na coordenação pedagógica. 5.2 QUADRO PROFESSORES Composto de 04 professores efetivos e complementado por admitidos em caráter temporário. Esse quadro dificulta muito o trabalho pedagógico devido à má formação dos novos docentes e à falta de vínculo com a comunidade escolar. 5.3 DESCRIÇÃO DOS CARGOS E HABILITAÇÃO (Lei 1.139/92)

CARGO: PROFESSOR

DESCRIÇÃO - Ministrar aulas e orientar a aprendizagem do aluno; - elaborar programas, planos de curso e de aula no que for de sua competência; - avaliar o desempenho dos alunos atribuindo-lhes notas ou conceitos nos prazos fixados; - cooperar com os Serviços de Orientação Educação, Supervisão Escolar e Assistência Técnica-pedagógica; - promover experiências de ensino e aprendizagem contribuindo para o aprimoramento da qualidade de ensino; - participar de reunião, conselhos de classe, atividades cívicas, extraclasse e outras; - promover aulas e trabalhos de recuperação com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem; - seguir as diretrizes do ensino emanados do órgão superior competente; - fornecer dados e apresentar relatórios de suas atividades; - participar da elaboração do projeto político pedagógico da escola; - cumprir as metas educacionais e os princípios estabelecidos no PPP da escola; - manter sigilo profissional e ética em questões referentes ao cargo que ocupar e à escola em que trabalha; - executar outras atividades compatíveis com o cargo.

HABILITAÇÃO

Habilitação profissional de acordo com a área de atuação, com registro no órgão competente ou Ministério da Educação – MEC.

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CARGO: ASSISTENTE TÉCNICO PEDAGÓGICO

DESCRIÇÃO - Participar de estudos e pesquisas de natureza técnica sobre administração geral e específica sob orientação; - participar, estudar e propor aperfeiçoamento e adequação da legislação e normas específicas, bem como método e técnicas de trabalho; - realizar programação de trabalho, tendo em vista alterações de normas legais, regulamentares ou recursos; - participar na elaboração de programas para o levantamento, implantação e controle de práticas de pessoal; - selecionar, classificar e arquivar documentação; Participar na execução de programas e projetos educacionais; - prestar auxílio no desenvolvimento de atividades relativas à assistência técnica aos segmentos envolvidos diretamente com o processo ensino-aprendizagem; - cumprir com as tarefas e funções designadas pela chefia imediata e pelos órgãos superiores; - participar com a comunidade escolar na construção do projeto político pedagógico; - auxiliar na distribuição dos recursos humanos, físicos e materiais disponíveis na escola; - participar do planejamento curricular; - auxiliar na coleta e organização de informações, dados estatísticos da escola e documentação; - contribuir para a criação, organização e funcionamento das diversas associações escolares; - comprometer-se com atendimento às reais necessidades escolares; - participar dos conselhos de classe, reuniões pedagógicas e grupos de estudo; - contribuir para o cumprimento do calendário escolar; - participar na elaboração, execução e desenvolvimento de projetos especiais; - administrar e organizar os laboratórios existentes na escola; - auxiliar na administração e organização das bibliotecas escolares; - executar outras atividades de acordo com as necessidades da escola; - atender todas as demandas pedagógicas.

HABILITAÇÃO Conclusão de curso superior em licenciatura plena na área da educação.

CARGO: ASSISTENTE DE EDUCAÇÃO

DESCRIÇÃO - Executar serviços de organização de arquivo, preservação de documentos, coletânea de leis e escrituração de documentos escolares, registrar e manter atualizados os assentamentos funcionais dos servidores, organizar e preparar a documentação necessária para o encaminhamento de processos diversos. - coordenar e executar as tarefas da secretaria escolar; - organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e regularidade da vida escolar do aluno e a

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autenticidade dos documentos escolares; - redigir e expedir toda a correspondência oficial da Unidade Escolar; - organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos; - auxiliar na elaboração de relatórios; - rever todo o expediente a ser submetido a despacho o Diretor; - apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados; - coordenar e supervisionar as atividades referentes à matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso; - assinar juntamente com o Diretor, os documentos escolares que forem expedidos, inclusive os diplomas e certificados; - preparar e secretariar reuniões, quando convocado pela direção; - zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à secretaria; - comunicar à direção toda irregularidade que venha a ocorrer na secretaria; - organizar e preparar a documentação necessária para o encaminhamento de processos diversos; - conhecer a estrutura, compreender e viabilizar o funcionamento das instâncias colegiadas na Unidade Escolar; - registrar e manter atualizados os assentamentos funcionais dos servidores; e executar outras atividades compatíveis com o cargo.

HABILITAÇÃO

Conclusão de curso de Magistério em nível médio, no mínimo.

CARGO: GESTOR ESCOLAR

De acordo com a Lei vigente, tem como principal objetivo garantir o funcionamento da escola e o alcance dos objetivos educacionais da Unidade Escolar propostos coletivamente no Projeto Político Pedagógico, suas competências são: - promover a gestão democrática mediante a delegação de poderes através da criação dos Conselhos Escolares; - criar condições para a elavação da qualidade de ensino na unidade escolar; - articular a elaboração do Projeto Político Pedagógico convocando professores, APP, Conselho Escolar, funcionários e demais membros da comunidade escolar; - coordenar o processo de implementação das diretrizes pedagógicas e determinações legais emanadas dos órgãos superiores: GERED e SED; - acompanhar o plano de aplicação financeira (APP e repasses do poder público) e a respectiva prestação de contas; - avaliar coletivamente e propor alternativas para solução de situações emergências quanto à disciplina e à questões pedagógicas; - participar do Conselho de Classe; - participar da APP como presidente do Conselho Fiscal; - participar como membro nato do Conselho Deliberativo; - administrar o patrimônio escolar, respeitando as normas vigentes sobre baixa e incorporação de bens; - promover a articulação e integração da escola-comunidade, professores-alunos e gestor-professor-aluno;

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- comunicar ao Conselho Tutelar os casos de: maus tratos, alunos faltosos sem justificativa, evasão escolar e problemas disciplinares graves; - cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor.

5.4 ESCOLHA DEMOCRÁTICA DO GESTOR ESCOLAR

De acordo com o Decreto Estadual no 1794 de 15/10/2013 que dispõe sobre a Gestão Escolar da Educação Básica e Profissional da rede estadual de ensino, ficam assim definidos os critérios para a escolha democrática do gestor escolar (transcrição direta do texto):

CAPÍTULO I

DAS FINALIDADES E DOS PRINCÍPIOS Art. 1º A Gestão Escolar da Educação Básica e Profissional da rede estadual de ensino, em todos os níveis e modalidades, com a participação da comunidade escolar, tem por princípios a gestão democrática e a autonomia escolar. Art. 2º A Gestão Escolar da Educação Básica e Profissional de que trata este Decreto tem por finalidade priorizar a qualidade educacional e promover a transparência dos processos pedagógico e administrativo.

CAPÍTULO II

DA AUTONOMIA ESCOLAR Art. 3º A autonomia escolar, respeitada a legislação vigente, se manifesta por meio da participação da comunidade escolar na construção do Projeto Político-Pedagógico (PPP), como expressão de suas relações sociais internas e externas interdependentes e articuladas de forma pedagógica, administrativa e financeira. Parágrafo único. O PPP deverá resguardar as normas específicas que disponham sobre atribuições institucionais e gestão democrática da educação pública, com vistas ao aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e à adoção de critérios de organização da vida escolar.

CAPÍTULO III DA GESTÃO ESCOLAR

Art. 4º A gestão escolar será exercida pela equipe gestora integrada pelo diretor de escola e assessoria, com observância às diretrizes e normas oriundas da Secretaria de Estado da Educação (SED), da legislação educacional vigente, do PPP e do Plano de Gestão Escolar. Art. 5º O Plano de Gestão Escolar, para o período de 4 (quatro) anos, a iniciar no prazo de 12 (doze) meses após o final do mandato do Chefe do Poder Executivo, deverá explicitar metas que evidenciem o compromisso com o

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acesso, a permanência e o êxito na aprendizagem do estudante da Educação Básica e Profissional. § 1º Cabe à SED definir as dimensões e os elementos mínimos obrigatórios para o Plano de Gestão Escolar. § 2º O primeiro Plano de Gestão Escolar terá vigência até 31 de dezembro de 2015. § 3º No período de transição deste processo, o primeiro Plano de Gestão Escolar será apresentado pelo atual diretor de escola e terá vigência até dezembro de 2015. Art. 6º O processo de escolha do Plano de Gestão Escolar, conforme previsto no art. 5º deste Decreto, será realizado em 2 (duas) etapas: I – seleção pela banca avaliadora das propostas de planos de gestão escolar para submetê-los à escolha da comunidade escolar; e II – escolha pela comunidade escolar, entre as propostas selecionadas pela banca avaliadora, do Plano de Gestão Escolar. Parágrafo único. No processo de escolha, serão considerados os seguintes critérios de valoração por segmento representativo da comunidade escolar de que tratam os incisos II e III do art. 7º deste Decreto: I – peso 2 (dois), relativamente à escolha dos pais ou responsáveis; II – peso 1 (um), relativamente à escolha dos estudantes; e III – peso 1 (um), relativamente à escolha dos profissionais da educação. Art. 7º Para os efeitos deste Decreto, considera-se comunidade escolar: I – os profissionais da educação em efetivo exercício na escola; II – os pais, ou responsáveis, de estudante regularmente matriculado na escola; e III – os estudantes regularmente matriculados na escola nos anos finais do Ensino Fundamental e em todas as séries do Ensino Médio e da Educação Profissional. Art. 8º Cabe à SED definir: I – os critérios para a composição da banca avaliadora; II – as competências da banca avaliadora para a seleção dos planos de gestão escolar; e III – os procedimentos para a apresentação e a escolha das propostas referidas no inciso II do art. 6º deste Decreto. Art. 9º Os professores da rede estadual de ensino interessados em elaborar plano de gestão escolar, observado o disposto no art. 5º deste Decreto, com vistas a ocupar a Função Gratificada (FG) de Diretor de Escola, deverão preencher os seguintes requisitos, de acordo com edital próprio elaborado pela SED: I – ser professor efetivo do Quadro do Magistério Público estadual; II – declarar-se optante pelo regime de dedicação exclusiva, a ser ratificado no termo de responsabilidade de que trata o § 2º do art. 13 deste Decreto, para ocupar a função de diretor de escola; III – não ter sofrido, no exercício de função pública, penalidades disciplinares; IV – ter o estágio probatório homologado e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE);

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V – estar em efetivo exercício na rede estadual de ensino; VI – dispor de no mínimo 40 (quarenta) horas de dedicação à escola; e VII – possuir curso de formação continuada em gestão escolar de no mínimo 200 (duzentas) horas realizado pela SED ou por instituição de ensino superior. Parágrafo único. Os professores habilitados para participar do processo de escolha do Plano de Gestão Escolar poderão inscrevê-lo em apenas uma única escola. Art. 10. Cabe ao Secretário de Estado da Educação a designação do diretor de escola, em conformidade com os requisitos elencados nos incisos I a VI do art. 9º deste Decreto, até a edição de novo processo de consulta à comunidade escolar, nas seguintes hipóteses: I – não havendo proposta de plano de gestão escolar; e II – quando a comunidade não referendar o Plano de Gestão Escolar que lhe for apresentado. Art. 11. Cabe ainda ao Secretário de Estado da Educação a designação de nome de professor que preencha os requisitos do art. 9º deste Decreto e seja o responsável pelo Plano de Gestão Escolar escolhido pela comunidade escolar para o exercício da FG de Diretor de Escola. § 1º O diretor de escola para o exercício da função escolherá os assessores de direção, em conformidade com a legislação vigente. § 2º Após a designação de que trata o caput deste artigo, o diretor de escola firmará Termo de Compromisso de Gestão com a SED, elaborado com base no Plano de Gestão Escolar. Art. 12. O cumprimento do Termo de Compromisso de Gestão de que trata o § 2º do art. 11 deste Decreto será acompanhado e avaliado anualmente pela SED, ouvida a Gerência de Educação (GERED) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) e o Conselho Deliberativo Escolar. Art. 13. A Gestão Escolar da Educação Básica e Profissional da rede estadual de ensino será regulamentada por ato do Secretário de Estado da Educação no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de publicação deste Decreto. Art. 14. O valor da FG de Diretor de Escola corresponde ao quantitativo estabelecido no Anexo III da Lei Complementar nº 457, de 11 de agosto de 2009.

CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 15. Os diretores de escola em efetivo exercício na rede estadual de ensino poderão apresentar, no prazo de 150 (cento e cinquenta) dias, a contar da data de publicação deste Decreto, o plano de gestão escolar para vigorar até 31 de dezembro de 2015, mesmo que não atendam ao previsto no inciso VII do art. 9º deste Decreto. § 1º Os diretores de escola de que trata o caput deste artigo terão o prazo de até 1 (um) ano, a contar da data de publicação deste Decreto, para comprovar o ingresso no curso de formação continuada em gestão escolar ou tê-lo

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concluído no mesmo prazo, em conformidade com o inciso VII do art. 9º deste Decreto. § 2º Decorrido o prazo de que trata o caput deste artigo, sem a apresentação do primeiro Plano de Gestão Escolar pelo atual diretor de escola, será observado o disposto no art. 10 deste Decreto. Art. 16. A vacância da função de diretor de escola se dará por: I – conclusão da gestão escolar; II – renúncia; III – destituição; IV – aposentadoria; ou V – morte. Parágrafo único. Ocorrendo uma das hipóteses de que trata o caput, caberá à SED iniciar o processo de nova escolha, na forma prevista no art. 6º deste Decreto, de plano de gestão escolar com duração equivalente à conclusão do mandato de 4 (quatro) anos da função em vacância. Art. 17. A destituição do diretor de escola poderá ocorrer, por meio de despacho fundamentado do Secretário de Estado da Educação, nas seguintes hipóteses: I – a pedido; II – por descumprimento do Plano de Gestão Escolar firmado no Termo de Compromisso de Gestão; ou III – por inobservância a qualquer das disposições deste Decreto. § 1º A critério do Chefe do Poder Executivo, poderá ser designado interventor para fins de acompanhamento das hipóteses de que trata o caput deste artigo. § 2º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II do caput deste artigo, o diretor de escola deverá ser notificado por meio de advertência formal previamente, sendo o caso, à sua destituição. Art. 18. Cabe à SED estabelecer a forma de transferência de recursos a fim de agilizar a execução pedagógica, administrativa e financeira da escola. 5.5 DOS DEVERES E DAS RESPONSABILIDADES – SERVIDORES Atendendo aos princípios básicos da Administração Pública, subentende-se como deveres do servidor:

Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

Ser leal às instituições a que servir;

Observar as normas legais e regulamentares;

Cumprir as ordens superiores, exceto quando ilegais;

Atender com presteza o público em geral, prestando as informações requeridas, exceto as protegidas por sigilo;

Levar o conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

Ser assíduo e pontual ao serviço;

Tratar igualmente todos os indivíduos;

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Representar contra a ilegalidade, omissão ou abuso do poder. Lei 6745/85 – SC: trata do servido público do Estado

O servidor, pelo exercício irregular de suas atribuições, responde civil, penal e administrativamente. A responsabilidade civil decorre da ação ou omissão dolosa ou culposa, imputável ao servidor nessa qualidade, e que cause dano ao Estado ou a terceiros. A responsabilidade penal do servidor nasce da prática de ação ou omissão definida como crime funcional (Código Penal, Art. 312 a 326). A responsabilidade administrativa do servidor público é a que resulta da violação do correto desempenho do cargo ou da infração de regras estatutárias. As penalidades disciplinares são: repreensão verbal; repreensão escrita; suspensão, demissão simples, demissão qualificada, cassação de aposentadoria. Lei 6844/86 – SC: Estatuto do Magistério Púbico Estadual Art. 160 – São deveres do membro do magistério: I – preservar os princípios, ideais e fins da educação; II – empenhar-se pela educação integral do estudante, incutindo-lhe o espírito de solidariedade humana, de justiça e cooperação, o respeito às autoridades constituídas e o amor à Pátria; III – comparecer ao local de trabalho com assiduidade e pontualidade; IV – cumprir ordens superiores, representando quando ilegais; V – comunicar ao chefe imediato todas as irregularidades que tiver conhecimento no local de trabalho; VI – manter com os colegas espírito de cooperação e solidariedade; VII – guardar sigilo profissional. Art. 161 – O membro do magistério é responsável por todos os prejuízos que causar à Fazenda Pública Estadual por ação ou omissão dolosa ou culposa. Parágrafo único – A importância das indenizações pelos prejuízos a que se refere este artigo, é descontada dos vencimentos na forma prevista em Lei. Art. 162 – A responsabilidade administrativa não exime a responsabilidade civil ou criminal, nem o pagamento da indenização elide a pena disciplinar. Jornada de Trabalho e Faltas O regime de trabalho do membro do magistério será de 10 (dez), 20 (vinte), 30 (trinta), ou 40 (quarenta) horas semanais, de acordo com a carga horária curricular dos estabelecimentos de ensino, observada a regulamentação específica. Da carga horária exercida pelo professor, 20% será cumprida na unidade escolar como hora atividade. O Assistente Técnico Pedagógico e o Assistente de Educação deverão optar pela jornada de 20h ou 40h semanais.

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O registro de freqüência é diário por meio magnético ou mecânico e deve ser feita pelo próprio funcionário. Todo membro do magistério deverá observar rigorosamente o seu horário de trabalho, previamente estabelecido e não deverá ausentar-se do local de trabalho, durante o expediente, sem autorização. O membro do magistério é obrigado a avisar a sua chefia imediata quando não puder comparecer ao serviço por doença ou força maior. As faltas por doença só poderão ser justificadas por atestado médico, de acordo com a legislação vigente. As faltas ao serviço por motivos particulares não serão justificadas para qualquer efeito. Considera-se inassiduidade a ausência ao serviço sem justa causa por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias intercalados no período de 12 (doze) meses. A penalidade neste caso é a demissão direta. 5.6 PATRIMÔNIO PÚBLICO ESCOLAR O patrimônio público escolar requer uma especial atenção dos membros do magistério desta unidade escolar tanto à conservação e manutenção, como incutir também esse conceito aos usuários diretos que são os nossos alunos e comunidade escolar. Saber preservar o bem público é um dos princípios de cidadania, e a escola é o local privilegiado para esta prática. É preciso que a escola seja vista como referencial perante a comunidade em que está inserida na questão da conservação do patrimônio público. Aos servidores há responsabilidades legais quanto à conservação sob risco de penalidade administrativa, civil e criminal.

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VI – DIMENSÃO FINANCEIRA

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VI – DIMENSÃO FINANCEIRA

6.1 FONTE DE RECURSOS APLICADOS DIRETAMENTE PELA ESCOLA

FONTE ORIGEM FINALIDADE

PDDE MEC/FNDE Auxílio de caráter suplementar com recurso financeiro às unidades executoras (APPs), visando a melhoria da estrutura física e pedagógica, contribuindo para a elavação da qualidade da educação básica.

ENERGIA E ÁGUA 35ª SDR A SDR paga as faturas de energia elétrica e água da escola.

CONTRIBUIÇÃO ESPONTÂNEA

APP Recurso para pagamento de despesas como telefone, internet, manutenção de equipamentos, reparos, investimentos na estrutura física, compra de material educativo, dentre outros, com o objetivo de melhorar o ambiente escolar e a relação da escola com a comunidade.

Podemos afirmar que houve melhorias significativas dos recursos destinados à escola, através do poder público, porém, os valores estão aquém do que precisamos para elevarmos significativamente os índices de qualidade da educação. A APP desta unidade escolar encontra muitas dificuldades para arrecadar recursos financeiros que possam contribuir nas mudanças que a escola se propõe. A comunidade possui muitas famílias carentes e pais que não se conscientizaram da importância da contribuição espontânea. 6.2 FORMAS DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS As prioridades na aplicação dos recursos serão discutidas com professores, pais, alunos e funcionários através dos Conselhos Escolares: Associação de Pais e Professores; Conselho Deliberativo; e Grêmio Estudantil. Terão prioridade as necessidades educacionais e pedagógicas. A prestação de contas será regida pela legislação em vigor e terá o aval do Conselho Fiscal Escolar. Os presidentes dos Conselhos e a Direção se responsabilizarão pela divulgação das prestações de contas para a comunidade escolar.

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VII – DIMENSÃO FÍSICA

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VII – DIMENSÃO FÍSICA

7.1 INSTALAÇÕES GERAIS A escola possui os seguintes ambientes para realização de sua atividades: a) 12 salas de aula. b) 01 biblioteca. c) 01 laboratório de ciências. d) 01 sala informatizada. e) 01 sala de artes. f) 01 auditório. g) 01 sala de recursos multifuncional. h) 01 sala de professores. i) 01 sala de diretoria. j) 01 sala de secretaria. l) 01 refeitório. m) 01 cozinha. n) 01 depósito de alimentos. o) 01 almoxarifado. p) 04 banheiros para uso dos alunos. q) 02 banheiros par uso dos professores. r) 02 vestiários. s) 01 depósito de material de limpeza. t) 01 depósito de material esportivo. u) 01 pavilhão de esportes coberto e fechado. v) 01 quadra esportiva coberta e aberta. x) 01 quadra esportiva descoberta. 7.2 LABORATÓRIOS a) Laboratório de Ciências Existe uma sala com pia e mobiliário para uso nas aulas de ciências de 1ª a 8ª séries. Os recursos são: mapas biológicos e botânicos; livros de pesquisa. Falta material específico para experiências como uma AutoLab, por exemplo. b) Sala informatizada Está mobiliada com internet de 1 MB; 06 bancadas informatizadas com 12 computadores, ligados a um servidor. Os problemas estão relacionados ao funcionamento das máquinas e a manutenção prestada pelas empresas terceirizadas pela SED. c) Biblioteca Após a reforma ela não está em funcionamento por diversos motivos: falta de mobiliários; acervo defasado; falta de recursos próprios para reativá-la; falta de incentivo financeiro ou de material por parte da 35ª GERED e da própria SED. Há um projeto da APP para 2010, através de uma rifa, para arrecadar fundos suficientes com o objetivo de mobiliá-la. Os recursos também servirão para instalar 03 computadores e 01 impressora para pesquisa. Faltará recursos para compra de acervo literário que será solicitado a GERED.

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d) Sala de Artes Equipada com mobiliário e material necessários para sua utilização: mesas, cadeiras, armários, estantes, e materiais diversos. e) Auditório Equipado com TV de plasma de 42’, DVD, retroprojetor, armário e cadeiras; caixa de som amplificada, aparelho de som, microfone sem fio. Também é realizado nele o projeto Lego Educacional em parceria com a SED. 7.3 CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE Não apresenta condições favoráveis para portadores de deficiência física. As poucas adequações que foram feitas na reforma 2008-2010 não são funcionais. Foi comunicado aos responsáveis da GERED na ocasião das obras, mas o projeto não foi alterado. 7.4 ÁREAS DE CONVIVÊNCIA E DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES ESPOSTIVAS E CULTURAIS A escola possui uma área considerável para a prática de esporte e convivência. Totaliza 03 quadras esportivas e pátio arborizado. Disponibiliza jogos e mobiliário para utilização dos espaços: bolas, jogos educativos e lógicos, tênis de mesa, redes, e similares. Há espaço para realização de atividades culturais nestes espaços como gincanas, apresentações artísticas, homenagens cívicas. Necessita de um placo móvel para apresentações à comunidade. 7.5 ÁREA DE ALIMENTAÇÃO A escola dispõe de refeitório fechado, mobiliado e adequado para atender às refeições dos alunos. Possui mesas, bancos, balcão térmico para servir alimento, lixeiras. Também conta com uma cozinha equipada: 02 geladeiras; 03 freezers; 01 fogão indústria 04 bocas com forno; 01 fogão doméstico 06 bocas com forno; armários para louça; depósito de alimentos com estantes.

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VIII – CALENDÁRIO

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IX – CÓDIGO DE ÉTICA

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IX - CÓDIGO DE ÉTICA DA EEF POLIDORO SANTIAGO

Capítulo I – Dos Direitos dos Alunos

Art. 1º. Aos alunos, regularmente matriculados, se garante o direito: I - Ao livre acesso às informações necessárias à sua educação, ao seu desenvolvimento como pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o mundo do trabalho; II – À igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; III – À qualidade de ensino; IV - Às condições necessárias ao desenvolvimento de suas potencialidades individuais na perspectiva física, intelectual, social e espiritual; V - O respeito pelos direitos da pessoa humana e pelas suas liberdades fundamentais; VI - Às condições de aprendizagem mediante ampla assistência por parte do professor e acesso aos recursos materiais e didáticos da Unidade Escolar; VII – Ao conhecimento dos critérios avaliativos utilizados pelo professor e pela escola; VIII – À recuperação paralela durante todo o processo de ensino-aprendizagem, quando necessária; IX - Ao encaminhamento de petições ou representações, por si ou por seu pai ou responsável quando menor, sobre assuntos pertinentes à sua vida escolar; X - À reunião com colegas para organização de agremiação e ou campanhas de cunho educativo, nas condições estabelecidas ou aprovadas pela Diretoria.

Capítulo II – Dos Deveres dos Alunos Art. 2º. É dever do aluno: I - Contribuir, em sua esfera de atuação, para o prestígio da Unidade Escolar; II - Comparecer pontualmente e de forma participativa às atividades que lhe forem ofertadas, inclusive ocupando na sala o lugar que lhe for designado; III – Justificar as faltas, apresentando atestado médico ou demais justificativas legais, em até 24h; IV - Obedecer às normas estabelecidas pelo Código de Ética Escolar e demais regulamentos e/ou determinações superiores; V – Atender as determinações dos diversos setores da Unidade Escolar; VI - Ter adequado comportamento social, tratando os funcionários, os colegas, visitas e autoridades com civilidade e respeito; VII - Cooperar para a boa conservação dos móveis, equipamentos e materiais escolares do estabelecimento, concorrendo também para a manutenção de boas condições de asseio do edifício e suas dependências; VIII - Observar rigorosa probidade na execução de quaisquer provas ou trabalhos escolares; IX – Cumprir os prazos na entrega dos trabalhos e das atividades escolares; X - Submeter à aprovação dos professores ou seus superiores a realização de atividades de iniciativa pessoal ou de grupos, no âmbito da Unidade Escolar;

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XI - Comportar-se de modo a fortalecer o espírito patriótico e a responsabilidade democrática, inclusive comparecendo às comemorações cívicas, culturais e demais solenidades promovidas pela Unidade Escolar; XII - Apresentar-se uniformizado, com asseio pessoal e sempre decentemente trajado; XIII - Possuir o material exigido trazendo as atividades escolares, em perfeita ordem; XIV - Indenizar o prejuízo, por si ou por seu responsável, se menor, quando produzir dano material ao estabelecimento ou a objetos de propriedade dos colegas e funcionários.

Capítulo III – Das Condutas Vedadas Art. 3º. É vedado ao aluno: I - Entrar em classe ou sair dela sem permissão do professor, e da Unidade Escolar, sem a permissão da Orientação da equipe gestora; II - Ocupar-se durante as aulas com qualquer outro trabalho estranho a elas, bem como o uso de telefone celular (Lei Estadual nº 14.363/2008), aparelhos sonoros ou semelhantes; III - Consumir em sala de aula balas, pirulitos e gomas de mascar, refrigerantes e sucos artificiais, salgadinhos industrializados, salgados fritos e pipocas industrializadas, de acordo com a Lei Lei estadual 12.061, de 18 de dezembro de 2001, que proíbe a comercialização dentro do recinto escolar; IV - Promover, sem autorização da Direção, campanhas, rifas, coletas, subscrições, dentro ou fora da Unidade Escolar; V - Formar grupos ou promover algazarras, vaias ou distúrbios nas salas de aula ou outras dependências e nas imediações do estabelecimento, bem como perturbar, por qualquer outro modo, o sossego das aulas e a ordem natural; VI - Participar de movimentos de indisciplina coletiva, impedir a entrada de colegas na sala de aula ou incitá-los a ausências coletivas; VII - Portar armas ou material que represente perigo para a saúde, segurança e integridade física e moral sua ou de outrem; VIII - Portar livros e revistas consideradas imorais e subversivas e disseminar ideias imorais e subversivas; IX - Fumar, usar bebidas alcoólicas, produtos narcóticos ou praticar qualquer ação viciosa nas dependências e imediações da Unidade Escolar; X - Tomar parte em manifestações ofensivas a pessoas ou à instituição, praticar atos ofensivos à moral e aos bons costumes nas dependências e imediações da Unidade Escolar; XI - Distribuir boletins no recinto da Unidade Escolar, publicar jornais e sites em que esteja envolvido o nome da Unidade, de professores ou de funcionários, sem autorização expressa da Direção; XII - Distrair colegas em aulas com objetos, ditos ou por qualquer forma; XIII - Utilizar-se de livros, cadernos ou outros materiais pertencentes a colegas, sem o devido consentimento; XIV - Escrever nas paredes, nos pisos ou em qualquer parte dos edifícios, do material e dos móveis, palavras, desenhos ou sinais; XV - Mudar os móveis das salas de aula ou de outras dependências, sem autorização; XVI - Manter quaisquer contatos físicos envolvendo agressões e intimidades; XVII – Uso de maquiagem e de acessórios que descaracterizem o uniforme escolar ou ofendam a ordem moral.

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XVIII – Desacatar, desrespeitar ou intimidar professores, equipe gestora e demais funcionários da Unidade Escolar. Art. 4º. É considerada falta grave do aluno: I - O desrespeito às autoridades escolares e demais funcionários; II - A produção de danos à propriedade alheia; III - A inscrição de desenhos ou palavras que ofendam a moral e os bons costumes; IV - O incitamento de atos de rebeldia ou a participação neles; V - Qualquer ato de violência a pessoas; VI - A prática de qualquer ação viciosa.

Capítulo IV – Da Aplicação das Penalidades Art. 5º. O aluno, pelo não cumprimento dos seus deveres e pelas faltas cometidas, respeitando o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), é passível das seguintes penalidades: I - Admoestação verbal e repreensão pelo professor em sala de aula e, fora dela, por qualquer professor ou funcionário que tomar conhecimento da falta; II - Retirada da sala de aula pelo professor, sendo então encaminhado à quem de direito; III - Repreensão particular, oral ou escrita, pela direção e comunicação aos pais que, dependendo do fato, serão convocados à escola; IV - Suspensão de algumas ou de todas as atividades escolares, em medida unilateral da Direção escolar com o aviso aos pais ou responsáveis; V - Obrigação de reparar danos causados, quando for o caso; VI - A aplicação de penalidades é graduada (1ª verbal, 2ª escrita e 3ª suspensão) dependendo a gravidade da falta cometida, ficando assegurado ao aluno o direito à defesa por si ou por seu responsável; VII - Nos casos em que o aluno recorrer a meios fraudulentos na realização de provas ou avaliações, compete ao professor promover a diminuição da nota, entre zero a dez, do ato escolar respectivo; VIII - Proibição e suspensão das atividades e eventos escolares; IX – Registro de boletim de ocorrência de acordo com o Art. 331 do Código Penal, quando for o caso; X - Encaminhamento ao Conselho Tutelar.

Capítulo V – Outras Condutas Art. 6º. A escola não se responsabiliza por furto ou prejuízo a bens materiais dos alunos, professores, funcionários e da comunidade escolar, isentando-se de qualquer ação indenizatória. Nesses casos, a escola se compromete a colaborar para identificação dos autores que serão responsabilizados conforme o presente Código. Art. 7º. Em caso de acidentes ocorridos no espaço escolar, a escola se responsabiliza em comunicar os pais ou responsáveis que deverão fazer o encaminhamento ao sistema de saúde para atendimento. Em caso de emergência, a escola acionará os serviços do SAMU ou do Corpo de Bombeiros para o socorro e comunicará os responsáveis.

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9.1 ORIENTAÇÕES PARA AS TURMAS – PROFESSOR TITULAR

Seguem abaixo orientações a serem trabalhadas com as turmas pelo professor titular.

Diálogo com a turma

Conscientizar dos direitos e deveres.

Uso do uniforme escolar e uniforme de Educação Física.

Entrada tardia, saída antecipada, necessita autorização da direção.

Higiene e cuidados pessoais.

Valores morais.

Cuidados com material escolar.

Cuidados com mobiliário e equipamentos da escola.

Livros didáticos e uso.

Responsabilidade nos estudos.

Incentivar hábitos por leituras

Colaborar com limpeza.

Respeito aos professores, colegas, serventes, funcionários.

Justificar faltas (atestado médico ou aviso aos pais).

Evitar saídas da sala de aula.

“Festinhas” na sala, escola, (não).

Escolha de líder e vice-líder (6º ao 9º ano) e orientações para suas funções.

Orientar quanto a busca de diários de classe e chave de sala de aula

No recreio, o líder tranca a porta da sala.

Aguardar em sala, o professor (início, troca de aulas, após o recreio).

Cronograma de provas /trabalhos.

Uso de agenda escolar.

Tarefas não realizadas serão comunicadas aos pais ou responsáveis.

Em sala de aula não usar boné, comer, mascar chiclete, chupar balas, beber água, suco ou refrigerante.

Proibido uso do celular em sala de aula.

Xerox para aluno, só no início das aulas, recreio ou período extraclasse.

Não trazer brinquedos ou materiais dispersivos.

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X – EDUCAÇÃO ESPECIAL

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X - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

A educação inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e

legais dos direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica, de formação docente e de gestão educacional para a efetivação do direito de todos à educação, transformando as estruturas educacionais que reforçam a oposição entre o ensino comum e especial e a organização de espaços segregados para alunos público alvo da educação especial. Nesse contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a centralidade das políticas públicas para assegurar condições de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares, em igualdade de condições. Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial é definida como uma modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços e realiza o atendimento educacional especializado – AEE de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos público alvo da educação especial. O AEE não pode substituir o ensino regular nas classes comuns, sendo realizado preferencialmente na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola ou de outra escola, no turno inverso da escolarização. Em Santa Catarina, as orientações e normas para a garantia do Atendimento Educacional Especializado são de competência da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE/SC), em parceria com a SED para a contratação de professores especializados neste tipo de atendimento. O poder público, com o apoio das escolas, deve assegurar aos alunos público alvo da educação especial o acesso ao ensino regular e adotar medidas para a eliminação de barreiras físicas, pedagógicas e nas comunicações que impedem sua plena e efetiva participação nas escolas, em igualdade de condições com os demais alunos. 10.1 Fundamentação Legal As políticas educacionais de inclusão escolar estão contidas na Lei 9394/96 (LDB) que define Educação Especial como a modalidade escolar para educandos portadores de necessidades especiais, preferencialmente matriculados na rede regular de ensino, não substituindo o ensino regular. Para complementar e orientar as políticas de educação inclusiva, destaca-se na legislação: - Constituição Federal nos art. 205 e 208: educação como direito de todos e garante o atendimento educacional especializado na rede regular de ensino. - Convenção sobre Direitos das Pessoas com deficiência (2006), publicada pela ONU e promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 6.949/2009, determina no art. 24, que os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação; e para efetivar esse direito sem discriminação, com base na igualdade de oportunidades, assegurarão um sistema educacional inclusivo em todos os níveis. - Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), tem como objetivo garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na escola regular.

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- Decreto nº 6.571/2008, dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União para ampliar a oferta do atendimento educacional especializado. - Resolução CNE/CEB nº 4/2009, institui diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica. - Resolução nº 112/2006 do CEE/SC que fixa normas para a Educação Especial no Sistema Estadual de Educação Estadual. - LDB: Lei 9394/96 nos Artigos nº 58 e 59. 10.2 Educação Especial Inclusiva em Santa Catarina A organização e implantação da Educação Especial são da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE/SC) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.

No Sistema Estadual de Ensino, preferencialmente na rede regular de ensino, o atendimento é feito através do Serviço de Atendimento Educacional Especializado – SAEDE, atendendo todas as peculiaridades educacionais das pessoas com deficiência, com condutas típicas e com altas habilidades. Este atendimento não constitui um sistema paralelo de ensino, pois as pessoas com deficiência mental, sensorial, mental, física e múltipla, e com condutas típicas (altas habilidades e transtornos globais) são incluídas na rede regular de ensino e recebem atendimento do SAEDE em várias modalidades, de acordo com a necessidade específica: Sala de Recursos Multifuncionais, Serviço de Apoio Pedagógico (SAP), Professor Intérprete, Instrutor Surdo, Turmas Bilíngues. 10.3 Diagnóstico Na EEF Polidoro Santiago, possui 02 alunos com laudo no Ensino Fundamental, mas que não necessitam de AEE. A FCEE garante dois tipos de atendimento educacional especializados neste caso: Professor Intérprete e Atendimento na Sala de Recursos Funcionais (através do SAEDE/DA – Serviço de Atendimento Educacional Especializado/Deficiência Auditiva). 10.4 Sala de Recursos Multifuncionais/SAEDE Neste atendimento caracteriza-se por ser um serviço de atendimento especializado para alunos com deficiência sensorial (surdo, deficiente auditivo, cego, baixa visão e surdocego). Tem como objetivo, propiciar através da utilização de metodologias específicas e de recursos pedagógicos adaptados, a produção e apropriação do conhecimento científico e de Libras. Esta modalidade deverá ser oferecida no período oposto ao da sala de ensino regular, através do atendimento coletivo ou individual. Cabe ao professor da sala de recursos orientar sistematicamente o professor regente da turma regular que o aluno está incluído. Plano de Trabalho do SAEDE/DA

1. Atribuições do professor do SAEDE/DA:

Promover sistematicamente, junto à equipe técnica-pedagógica e administrativa da escola, repasses técnicos referentes ao atendimento.

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Orientar e subsidiar o professor do ensino regular e a turma na qual o aluno surdo está matriculado.

Propor intervenções pedagógicas, em sala de aula, que possibilitem a efetiva participação dos alunos surdos.

Elaborar e executar planejamento de atividades, conforme especificidades do aluno.

Solicitar a colaboração do Integrador de Educação Especial e Diversidade, quando necessário, para elaboração do planejamento de atividades pedagógicas, relatórios e outras orientações que se fizerem necessárias,

Registrar as acessórias para a rede regular, utilizando ficha de presença, solicitando sempre a assinatura do diretor e professor da escola orientada, bem como todas as orientações dadas à escola e à família.

Informar a equipe pedagógica da escola quando às características do Serviço e as peculiaridades dos alunos público alvo do SAEDE/DA.

Orientar o professor da classe regular quanto às adequações curriculares no contexto da metodologia, avaliação e temporalidade.

Zelar pela conservação do espaço físico, dos equipamentos e materiais pedagógicos específicos do SAEDE/DA.

2. Organização do atendimento:

Este serviço deve ser organizado em grupos de atendimento observando-se o uso da mesma modalidade de comunicação e o mesmo nível de desenvolvimento global do aluno, a fim de se preservar a qualidade de aprendizagem. Enquanto não for possível adequar às condições citadas, o atendimento deverá se individualizado.

Ensino Fundamental Anos Iniciais O atendimento à criança matriculada nos anos iniciais do Ensino Fundamental será no período oposto à matrícula no ensino regular, e será direcionada para aprendizagem de LIBRAS. O atendimento poderá ser através da implantação de uma Sala Bilíngue, quando houver mais de 04 alunos matriculados. Ou através de do SAEDE/DA que fará o atendimento quando não houver alunos suficientes para manter a Sala Bilíngue.

Ensino Fundamental Anos Finais O atendimento do aluno surdo ou deficiente auditivo, neste SAEDE, deverá ser realizado em período oposto à frequência no ensino regular, por sessões de quatro horas, duas vezes por semana, em grupos de no máximo 04 alunos, organizados segundo etapas e modalidades da educação básica.

3. Objetivo

Ensinar, auxiliar e avaliar o aluno no seu uso e aprendizado em LIBRAS e dos conceitos científicos e na Língua Portuguesa, começando por ensinar os principais sinais utilizados em LIBRAS, acompanhando de perto seu desenvolvimento como individuo e socialmente.

4. Propostas e ações

O professor do SAEDE/DA, obedecendo aos preceitos legais e o projeto político pedagógico da escola, deverá apresentar por escrito à Direção escolar, seu plano de trabalho anual, até trinta dias após sua contratação.

5. Recursos da Sala Multifuncional

Utilizá-los com critério e cuidado apenas para atender a clientela do SAEDE.

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Utilizar jogos e dinâmicas com o objetivo de enriquecer o conhecimento do aluno em LIBRAS ou que contribua para a apropriação dos conceitos científicos.

Utilizar o computador e a internet como ferramentas na aprendizagem.

Ajudar os alunos a usar e pesquisar no dicionário eletrônico de LIBRAS: www.acessobrasil.gov.br/libras.

6. Avaliação

Quirêmica – verificar se o aluno está conseguindo fazer determinado sinal e se este tem uma compreensão significativa de todos os sinais que lhe são apresentados ou ensinados até então.

Escrita – observar no aluno se consegue dar significado ao sinal usando a Língua Portuguesa e se o mesmo tem facilidade em produzir algum texto usando o conteúdo já aprendido.

Integração – Verificar se o aluno apropria-se do conhecimento ao relacionar-se com outros surdos e ouvintes.

10.5 Professor Intérprete O aluno surdo ou deficiente auditivo matriculado nos anos finais do ensino fundamental tem direito ao atendimento do professor intérprete, concomitante ao período em que está matriculado no ensino regular. Este professor traduzirá em LIBRAS para o aluno surdo as explicações e orientações do professor das disciplinas regulares.

1. Atribuições do professor intérprete

Estabelecer comunicação necessária à participação efetiva do aluno.

Trocar informações com o professor do ensino regular relativas às dúvidas e necessidades dos alunos, possibilitando ao professor regente a escolha de estratégias de ensino-aprendizagem.

Estudar o conteúdo a ser trabalhado pelo professor regente para facilitar a interpretação da LIBRAS no momento das aulas e atividades escolares. Porém, não pode substituir a explicação do professor, pois ele é o responsável pela aprendizagem dos alunos, tanto dos surdos quanto dos ouvintes.

Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico.

Participar do estudo e pesquisas na sua área de atuação.

2. Avaliação da disciplina

A avaliação da aprendizagem é de responsabilidade do professor regente da disciplina.

O professor intérprete contribuirá com o professor na avaliação, fornecendo-lhe informações relevantes do aluno surdo ou deficiente auditivo.

O professor regente em conjunto com o professor intérprete deverá adequar as avaliações às necessidades do aluno, que poderá expressar seu aprendizado de maneira escrita ou quirêmica.

Escolher estratégias diferenciadas para a avaliação dos alunos surdos e deficientes auditivos.

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XI – CONSELHOS ESCOLARES

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XI - CONSELHOS ESCOLARES 11.1 CONSELHO DELIBERATIVO ESCOLAR

O Conselho Deliberativo Escolar favorece a participação da comunidade

na escola e a escola na comunidade. É a entidade que abre espaço para reivindicações dos alunos, professores, pais e comunidade, possibilitando que as famílias e os educadores atuem juntos na melhoria do atendimento escolar.

Será o balizador da ação coletiva na escola. Suas funções são de caráter consultivo, normativo, deliberativo e avaliativo. O Conselho Deliberativo Escolar, vinculado ao corpo diretivo da escola, formado por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar, constituindo-se em agente de participação na construção da gestão democrática da escola. O PPP da unidade escolar só terá validade legal se aprovado pelos membros da Diretoria do Conselho Deliberativo e pela Assembléia Geral, deverá haver ata de aprovação assinada pelos presentes. As páginas do PPP aprovado deverão estar rubricadas pelo presidente do Conselho Deliberativo e pelo Diretor da escola. Observação: O Estatuto está em anexo. 11.2 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFESSORES (APP) A Associação de Pais e Professores da Escola de Ensino Fundamental Polidoro Santiago (APP EEF Polidoro Santiago), CNPJ 83.546.218/0001-73, sem fins lucrativos, fundada em 16/07/1977, é pessoa jurídica de direito privado, com atuação, sede e foro na referida unidade escolar. Seu principal objetivo é a interação escola-comunidade em termos de conjugação de esforços, articulação de objetivos e harmonia de procedimentos (parcerias, conservação e arrecadação de fundos). Sua organização e composição encontra-se no estatuto em anexo. 11.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é uma entidade constituída pelos alunos, eleitos democraticamente, da unidade escolar, regidos por estatuto próprio. Representa os alunos perante os educadores, direção da escola, conselho deliberativo, APP e outras entidades da comunidade escolar.

O Grêmio Estudantil é a entidade representativa do corpo discente (alunos), que participa ativamente na elaboração, execução, avaliação e reelaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, favorecendo o desenvolvimento da consciência crítica da realidade social, da prática

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democrática, da criatividade e da iniciativa dos alunos, indispensáveis para o exercício da cidadania.

Dentre várias funções, destaca-se:

Defesa dos interesses dos alunos para que sejam respeitados seus direitos, bem como para que os mesmos cumpram seus direitos.

Representa os alunos nas discussões sobre ações na escola. Colabora com as outras entidades democráticas (APP e Conselho

Deliberativo) para a melhoria da escola e da relação escola-comunidade.

Defesa da democracia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Temas Multidisciplinares. Florianópolis: COGEN, 1998. SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina: Formação Docente para Educação Infantil e Séries Iniciais. Florianópolis: COGEN, 1998. SANTA CATARINA. Tempo de Aprender 1: Subsídios para as Classes de Aceleração de aprendizagem nível 3 e para toda a escola. Florianópolis: DIEF, 2000. SANTA CATARINA. Tempo de Aprender 2: Subsídios para as Classes de Aceleração de aprendizagem e para toda a escola. Florianópolis: DIEF, 2000. SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Trad. Glaís Sales Carneiro. Revista Brasileira de Educação. n. 11, maio/jun/jul/ago, 1999, p. 5- 16. SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004. SCLIAR-CABRAL, L. Princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003. SCLIAR-CABRAL, L. Guia prático de alfabetização, baseado em princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003.

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XII – CONSOLIDAÇÃO DO PPP

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XIII– ANEXOS