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Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Cenário Atual e Cenário futuro - Projeto básico de implantação de uma URE Prefeitura Municipal de Panambi

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Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

Cenário Atual e Cenário futuro - Projeto básico de implantação de uma URE

Prefeitura Municipal de Panambi

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Prefeitura Municipal de Panambi

Capítulo Pág

Equipe técnica de ekaboração do plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos 8

Principais siglas e nomenclaturas utilizadas 9

1.0 Apresentação 10

2.0 Introdução 10

2.1 Objetivos do plano 11

2.1.1 Objetivos gerais 11

2.1.2 Objetivos especificos 12

3.0 Escopo básico 12

3.1 Metodologia de elaboração do plano 12

3.2 Parâmetros de prioridade do plano 12

4.0 Diagnóstico da situação atual 14

4.1 Caracterização do Municipio 14

4.1.1 Histórico do Municipio 14

4.1.2 Teritório e população 15

4.2 Caracterização dos resíduos 18

4.2.1 Estimativas de quantidade de lixo gerado 19

4.2.2 Composição fisica percentual (média) dos diversos tipos de resíduos 20

4.2.2 1 Residuos de construção civil 20

4.2.2.2 Residuos de limpeza urbana 21

4.2.2.3 Distribuição dos residuos sólidos por categoria 21

5.0 Categoria 23

6.0 Fundamentação legal 23

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6.1 Legislação federal 23

6.1.1 Legislação estadual 24

7.0 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos cenário atual de Panambi 24

8.0 Introdução ao projeto básico de implantação da URE 33

8.1 Objetivo do projeto básico de implantação da URE 34

8.2 Justificativa do projeto básico de implantação da URE 35

8.3 Introdução ao contexto de vibilidade da URE 36

8.3.1 Contribuição para a sustentabilidade ambiental local 36

8.3.2 Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a geração liquida de emprego 37

8.3.3 Catadores 38

8.3.4 Contribuição para a distribuição de renda 38

8.3.5 Contribuição para capacitação e desenvolvimento tecnológico 38

8.3.6 Contribuições para a integração regional e a articulação com outros setores 39

8.3.7 Contribuições para desenvolvimento tecnológico de inovação e sustentabilidade 40

9.0 Da tecnologia optada 41

9.1 Gaseificação versus incineração 42

10 Usinas waste to energy - gaseificação 43

10.1 Por que implantar um sistema waste to energy 43

10.2 Tipos de resíduos processáveis 44

10.3 Para um projeto otimizado são considerados os seguintes pontos: 44

10.4 Vantagens de um sistema URE RSU 44

10.5 Descrição técnica do sistema de gaseificação RSU 44

11 Da viabilidade de aplicação da URE RSU 47

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12 Memorial descritivo para implantação da URE RSU 48

12.1 Memorial descritivo e de cálculo 48

12.2.1 Recepção e pesagem 49

12.2.2 Balança rodoviária 49

12.2.3 Triagem 50

12.2.3.1 Moega metálica 50

12.2.3.2 Esteira de triagem 50

12.2.3.3 Selecionador magnético 52

12.2.3.4 Triturador vertical 53

12.2.3.5 Caminhão caçamba basculante 54

12.2.3.6 Pá carregadeira 54

12.2.3.7 Beneficiamento e estoque – estrutura metálica 55

12.2.3.8 Estação de tratamento de esgoto ETE 56

12.2.3.9 Cisternas 57

12.3 Equipamentos que compreendem a parte de valorização energética do RSU 57

12.4 Ponto de conexão da URE 59

12.5 Quadro de funcionários 60

12.5.1 Determinação das competências de cada funcionário 61

12.5.1.1 Gerente geral 61

12.5.1.2 Administrativo 62

12.5.1.3 Supervisor 62

12.5.1.4 Catadores 62

12.5.1.5 Serviços gerais 62

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12.5.1.6 Moega 63

12.5.1.7 Balança 63

12.5.1.8 Operador de máquinas 63

12.5.1.9 Operadores 63

12.5.1.10 Auxiliares de operação 63

13 Investimentos 63

14 Analise de viabilidade de implantação da URE RSU 65

14.1 Viabilidade e amortização 65

15 Conclusão 67

TABELAS

Tabela 01 - Estimativas de Quantidade de Lixo Gerado 19

Tabela 02 - Dados de Coleta da Zona Urbana 25

Tabela 03 - Calendário da Coleta dos Resíduos Sólidos 26

Tabela 04 - Quadro de Funcionários previstos 60

Tabela 05 – Base para cálculo salarial 61

Tabela 06 – Investimentos para implantação da URE-RSU 64

Tabela 07 – Custo fixo anual da URE-RSU 64

Tabela 08 - Receita com a venda de energia elétrica primeiro caso 65

Tabela 09 - Receita com o tratamento do RSU/materiais utilizáveis primeiro caso 65

Tabela 10 - Projeções e resultados primeiro caso 66

Tabela 11 - Receita com a venda de energia elétrica segundo caso 66

Tabela 12 - Receita com o tratamento do RSU/materiais utilizáveis segundo caso 67

Tabela 13 - Projeções e resultados segundo caso 67

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FIGURAS

Figura 01 - Território e População Fonte - IBGE 2010 16

Figura 02 - Evolução Populacional - IBGE 2007 17

Figura 03 - Diagrama do Processo de Quarteamento de Resíduos Sólidos 22

Figura 04 - Gráfico com Dados da Coleta dos Resíduos Sólidos 26

Figura 05 – Foto Central de Triagem 27

Figura 06 – Foto Balança para Pesagem 28

Figura 07 – Foto Área Coberta para Recebimento dos Resíduos 28

Figura 08 – Foto Separação dos Resíduos Recicláveis 29

Figura 09 – Foto Prensas para Resíduos Recicláveis 29

Figura 10 – Foto Resíduos Plásticos 30

Figura 11 – Foto Contêiner com Resíduos de Vidro 30

Figura 12 – Foto Área Coberta com Resíduos Recicláveis Separados 31

Figura 13 – Foto Vista do Aterro Sanitário 32

Figura 14 – Foto Vista dos Filtros Anaeróbios 32

Figura 15 – Localização de Panambi RS 35

Figura 16 – ( * ) Visão aérea do parque industrial e localização do terreno para implantação da URE Waste to Energy - Gaseificação 48

Figura 17 – Balança Rodoviária 49

Figura 18 – Moega Metálica 50

Figura 19 – Esteira de Triagem 51

Figura 20 – Selecionador Magnético 52

Figura 21 – Triturador vertical 53

Figura 22 – Caçamba Basculante 54

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Figura 23 – Pá Carregadeira 54

Figura 24 – Galpões estruturas metálicas 55

Figura 25 – ETE 56

Figura 26 – Cisternas 57

Figura 27 – Foto ilustrativa da caldeira gás 58

Figura 28 – Foto ilustrativa Turbo Gerador 59

ANEXOS

ANEXO 1 Dados topográficos da área de implantação da URE

ANEXO 2 Especificações técnicas caçamba basculante

ANEXO 3 Especificações técnicas pá carregadeira

ANEXO 4 Modelo procedimento CEEE

ANEXO 5 Modelo procedimeto Hidropam

ANEXO 6 Modulo 3 ANEEL procedimentos para conexão ás redes de distribuição

ANEXO 7 Cronograma de implantação URE licenças e tratativas

ANEXO 8 Cronograma de implantação URE fisico

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Equipe Técnica de elaboração Plano Municipal de gerenciamento integrado de resíduos sólidos

Elaborado por Gunter Ernesto Röpke Engenheiro Agrônomo CREA 9130-D PR Celso da Silva Engenheiro Civil CREA-RS 140.478 Julio Goergen Secretário da Smaic

Aprovado por

Miguel Schmitt-Prym Prefeito Municipal Secretário de Saúde e Saneamento

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Principais siglas e nomenclatura utilizadas

RSU - Resíduos Sólidos Domésticos e Comerciais; RIN - Resíduos Industriais; RCC - Resíduos de Construção Civil; RSS - Resíduos dos Serviços de Saúde; RLU - Resíduos da Limpeza Urbana (poda de árvores e varrição); RES - Resíduos Especiais (eletrônicos, agrossilvopastoris, de transportes e outros); RSA - Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento; MW/h – Mega watts hora; KW/h – Quilo watts hora; PM – Prefeitura Municipal; URE – Usina de recuperação energética; PMGlRs – Plano municipal gerenciamento integração resíduos sólidos; PMSB – Plano municipal de saneamento básico; Km² - Quilômetros quadrados; m³ - Metros cúbicos; m² - Metros quadrados; kg - Quilogramas; t – Toneladas; CONAMA – Conselho nacional do meio ambiente; NBR – Normas brasileiras; m – Metros; kgf/cm² - Quilograma força por centímetro quadrado; ºC – Graus Celsius; SIN – Sistema interligado nacional; º - Graus; ‘ – Minutos; “ – Segundos; HPA – hidrocarbonetos poliaromáticos; PCB – bifenilas policlorados; (causadores de câncer) BTX – benzeno, tolueno, xileno Kcal/kg – Quilo calorias por quilograma; ETE – Estação de tratamento de esgoto; PCI – Poder calorífico inferior; m³/h – Metros cúbicos hora; KWe – Quilo watts elétricos; h – Horas; m/min – Metros por minuto; PNRS – Política nacional resíduos sólidos.

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1.0 APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que apresentamos o primeiro Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGlRs de Panambi/RS. Este documento inédito aponta e descreve, de forma sistêmica, as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos produzidos no Município, desde sua geração até a disposição final, além de propor ao gestor, diretrizes e orientações para o gerenciamento adequado.

Este instrumento tem por finalidade apresentar um levantamento da situação atual da geração, coleta, transporte, disposição final e/ou reciclagem dos resíduos sólidos em Panambi, propondo alternativas viáveis ao Município, para adequá-lo à legislação ambiental vigente.

A administração municipal que conhece tanto qualitativamente quanto quantitativamente, os seus resíduos sólidos, pode realizar o correto gerenciamento dos mesmos, apresentando vários benefícios, dentre eles: menores custos com coleta, transporte e disposição final dos resíduos; minimização do impacto ambiental; aumento da vida útil dos aterros sanitários; reutilização de materiais recicláveis.

Com este documento o Município de Panambi terá as informações necessárias para implantar, de forma gradativa, um gerenciamento racional de seus resíduos sólidos, melhorando a qualidade de vida da população, além de conscientizá-la quanto à minimização e a correta disposição dos seus resíduos. 2.0 INTRODUÇÃO

Com a aprovação da Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei n° 11.445/2007), que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento, o Brasil entrou em uma nova fase na história do saneamento básico no Brasil com a exigência legal da ação de planejamento.

Ao regular a prestação dos serviços, a lei 11.445/07, regulamentada pelo Decreto 7.217/10, define quatro funções de gestão

• O planejamento,

• A prestação dos serviços,

• A regulação, • A fiscalização.

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Segundo essa legislação, o município deverá formular a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto, elaborar o Plano de Saneamento Básico, conforme a primeira diretriz do seu art. 9°. O Plano assume assim, uma posição central na política para a prestação dos serviços, sendo sua existência condição indispensável para:

A validade dos contratos de delegação da prestação dos serviços (inciso I, do art. 11); � Definição dos planos de investimentos e projetos dos prestadores, que

devem estar compatíveis com as diretrizes do Plano (§ 1°, do art. 11); � O exercício das atividades da entidade reguladora e fiscalizadora, a quem

cabe verificar o cumprimento do Plano por parte dos prestadores de serviços (parágrafo único, do art. 20);

� O acesso a recursos públicos federais e aos financiamentos com recursos da União ou geridos por órgãos ou entidades da União (art. 50).

Considerando que tal legislação já foi contemplada com o Plano de Saneamento Básico de Panambi - (PMSB) em abril de 2009, resta ao município a complementação deste com a elaboração do PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS conforme Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e que foi regulamentada pelo Decreto Federal 7.404 de 23 de Dezembro de 2010.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que, em 2008, metade do lixo produzido no Brasil foi despejada em "lixões" impróprios para receber resíduos sólidos. Segundo o levantamento, 50,8% dos resíduos sólidos produzidos pelo país eram conduzidos a vazadouros a céu aberto, que, diferente dos aterros sanitários, não possuem condições mínimas para receber lixo o que não representa a realidade da cidade de Panambi conforme demonstraremos neste documento. 2.1 OBJETIVOS DO PLANO

2.1.1 OBJETIVOS GERAIS

O objetivo principal do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é caracterizar os resíduos sólidos produzidos em Panambi/RS e promover a sua redução, orientando o correto acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final além de propor melhorias no sistema de Limpeza Urbana Municipal, abordando os aspectos socioeconômicos e ambientais que envolvem o tema.

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2.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

� Diagnosticar a situação atual do manejo e da disposição dos resíduos sólidos urbanos do município de Panambi;

� Propor melhorias e metas a curto, médio e longo prazo para os problemas de gerenciamento dos resíduos sólidos;

� Identificar os principais problemas socioeconômicos e ambientais relacionados à destinação final dos resíduos sólidos;

� Propor ações socioambientais em conjunto com as pessoas que vivem da venda de materiais recicláveis;

3.0 ESCOPO BÁSICO

3.1 METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO PLANO

O Plano foi desenvolvido em 03 (três) etapas:

� Preparação - descrição do problema inicial e da forma da elaboração do plano;

� Diagnóstico - apresentação de dados substanciais referentes ao contexto local e à gestão dos resíduos;

� Propositura - medidas de melhoramento do sistema incluindo elementos administrativo-gerenciais, estrutura legal, sistema operacional de limpeza urbana, aspectos de fiscalização e fatores socioambientais podendo se complementar com programa de capacitação.

3.2 PARÂMETROS E PRIORIDADES DO PLANO

Este plano tem como prioridade o ordenamento e melhoria do saneamento dos resíduos sólidos, estimulando a adoção de novas ações e tecnologias que contemplem:

� Redução do volume de resíduos na fonte geradora;

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� Reutilização para aumento da vida útil do produto e/ou de seus componentes antes do descarte;

� Recuperação com extração de algumas substâncias dos resíduos para uso específico, como gás metano para geração de energia;

� Reciclagem de resíduos através do reaproveitamento cíclico de matérias primas;

� Transformação de resíduos por meio de tratamentos físicos, químicos e biológicos;

� Promoção de práticas de disposição final, ambientalmente seguras;

� Propositura de ações que tenham por finalidade a disposição dos resíduos sólidos urbanos de diferentes naturezas com aproveitamento energético no município.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município de Panambi deverá ser institucionalizado segundo um modelo de gestão que, tanto quanto possível, seja capaz de:

� Promover a sustentabilidade econômica das operações;

� Preservar o meio ambiente;

� Preservar a qualidade de vida da população;

� Contribuir para a solução dos aspectos sociais envolvidos com a questão;

� Estimular os agentes públicos e privados a minimizar a geração de resíduos;

� Melhorar as condições de saúde pública e dos aspectos sanitários do município.

Em todos os segmentos operacionais do sistema deverão ser escolhidas alternativas que atendam simultaneamente a duas condições fundamentais:

� Sejam as mais econômicas; e

� Sejam tecnicamente corretas para o ambiente e para a saúde da população.

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Este plano deverá facilitar a participação da população na questão da limpeza urbana da cidade, para que esta se conscientize das várias atividades que compõem o sistema e dos custos requeridos para sua realização, bem como se conscientize de seu papel como agente consumidor e, por consequência, gerador de lixo.

A consequência direta dessa participação traduz-se na redução da geração de lixo, na manutenção dos logradouros limpos, no acondicionamento e disposição adequados para a coleta adequada, e, como resultado final, em operações dos serviços mais acessíveis.

É importante que a população saiba através do plano que é ela quem remunera o sistema, através do pagamento de impostos, taxas ou tarifas. Em tese, está na própria população a chave para a sustentação do sistema, implicando por parte do município a montagem de uma gestão integrada que inclua, necessariamente, um programa de sensibilização dos cidadãos e que tenha uma nítida predisposição política voltada para a defesa das prioridades inerentes ao sistema de limpeza urbana.

4.0 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

4.1.1 Histórico do Município

O município de Panambi situa-se no Planalto Médio Gaúcho, região caracterizada pelos campos serranos. As terras que hoje integram o município, outrora pertencentes à Cruz Alta, localizam-se entre cerros e vales de grande beleza, sendo banhadas pelos rios Palmeira, Fiúza e Caxambu.

A região integrou a antiga área das Missões Jesuíticas até o ano de 1746 e foi considerada terra pertencente à Espanha até 1801.

Os primeiros informes sobre a existência de moradores nas terras que hoje formam o município de Panambi, datam de 1835, com o estabelecimento de Manoel José da Encarnação, que presume-se tratar do habitante mais antigo, na localidade que hoje leva o seu nome.

Ainda conforme registros, na localidade de Boa Vista, se estabeleceu no ano de 1858 o português João Luiz Malheiros, pertencente à tradicional família Malheiros, ao qual se devem os primeiros movimentos religiosos na região.

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O início do povoamento ocorreu nos últimos anos do século passado, quando o geólogo, Dr. Hermann Meyer, natural de Leipzig, Alemanha, em expedição realizada ao Mato Grosso, tomou conhecimento da existência de terras férteis no Estado.

Panambi nasceu de uma colonização puramente alemã, chamada "Neu- Wurttemberg". Para promover os trabalhos de colonização, Dr. Hermann Meyer manteve um administrador remunerado, o senhor Carlos Dhein, que lavrou a escritura da colônia para Dr. Meyer, em 31 de agosto de 1898. A colonização visava inicialmente imigrantes vindos de Wurttemberg, na Alemanha, contudo, sabe-se que a grande ocupação posterior foi feita por famílias das "Antigas Colônias" da região de Estrela e Santa Cruz. Panambi surgiu, como núcleo colonial, devido a migrações internas, pois sua população é constituída em grande parte por brasileiros de origem alemã. Durante os dois primeiros períodos de imigração, de 1889 a 1905 e de 1911 a 1914, estabeleceram-se nos vastos campos de seu território quase exclusivamente colonos oriundos de municípios gaúchos.

Uma terceira leva de imigrantes chegou à colônia após a primeira guerra mundial. Os imigrantes entre os anos de 1921 e 1926 eram em sua maioria alemães natos.

De acordo com os dados históricos do município chegaram 176 famílias, com 650 pessoas, das quais três quartos eram de Würtemberg. Ocupou esta leva de imigrantes os lotes disponíveis da colônia, e como consequência alavancou progresso à mesma.

O nome do município foi modificado no decorrer dos anos. A primeira denominação Neu Würtemberg foi escolhida por seu fundador, Dr. Hermann Meyer, pela razão de ser um de seus principais conselheiros em assuntos de colonização, natural de Würtemberg. Posteriormente a localidade recebeu as denominações de: Elsenau, em homenagem à esposa do fundador que se chamava de Elsa; Pindorama, que significa "Terra das Palmeiras"; Tabapirã, denominação efêmera que significa "Aldeia dos Telhados Vermelhos"; e Panambi, nome atual, que no idioma guarani quer dizer "Borboleta Azul”. 4.1.2. Território e População

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Figura 01 - Território e População Fonte - IBGE 2010

Área territorial compreende em 491 Km2, estes inseridos no Bioma da Mata Atlântica.

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A taxa geométrica de crescimento anual da população, expressa em termos percentuais o crescimento médio da população em um determinado período de tempo. Geralmente, considera-se que a população experimenta um crescimento exponencial também denominado como geométrico.

Figura 02 - Evolução Populacional - IBGE 2007

Índices de Panambi:

� População Total (2014): 42.386 habitantes � Área (2011): 490,9 km2 � Densidade Demográfica (2014): 86,3 hab/km2 � Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010): 2,96 % � Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,61 anos � Coeficiente de Mortalidade Infantil (2010): 11,21 por mil nascidos vivos � PIB pm(2010): R$ mil 999.966 � PIB per capita (2010): R$ 26.268 � Exportações Totais (2010): U$ FOB 53.314.725 � Data de criação: 15/12/1954 - (Lei n° 2524) � Munícipio de origem: Cruz Alta e Palmeira das Missões

Fonte:http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/resumo/pg_municipios_detalhe.php?municipio=Panambi

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4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

"Oficialmente o serviço de limpeza urbana foi iniciado oficialmente em 25 de novembro de 1880, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, então capital do Império. Nesse dia, o imperador D. Pedro II assinou o Decreto n° 3024, aprovando o contrato de limpeza e irrigação da cidade, que foi executado por Aleixo Gary e, mais tarde, por Luciano Francisco Gary, de cujo sobrenome origina-se a palavra gari, que hoje denomina trabalhadores de limpeza urbana em muitas cidades brasileiras. Dos tempos imperiais aos dias atuais os serviços de limpeza urbana vivenciaram momentos bons e ruins. Hoje, a situação da gestão dos resíduos sólidos se apresenta em cada cidade brasileira de forma diversa, prevalecendo, entretanto, uma situação nada alentadora" Fonte: Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - http://www.resol.com .br/cartilha4/gestao/gestao.php.

A precariedade da gestão dos resíduos sólidos por parte do poder público que ocorre em muitas cidades do Brasil compromete a saúde da população, bem como contribui com a degradação dos recursos naturais, especialmente o solo e os recursos hídricos. A interdependência dos conceitos de meio ambiente, saúde e saneamento é hoje bastante evidente o que reforça a necessidade de integração das ações desses setores em prol da melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

Com o aumento da população no país, aumentam-se as preocupações com o gerenciamento dos resíduos sólidos, cuja atribuição pertence à esfera da administração pública local.

A Aceleração da economia nos últimos anos refletiu no desenvolvimento acelerado de novas instalações, fato que provocou uma maior geração de resíduos, principalmente os de Construção Civil. Há em Panambi, a produção de diversos tipos de resíduos sólidos, os quais são divididos como:

� RSU - Resíduos Sólidos Domésticos e Comerciais; � RIN - Resíduos Industriais; � RCC - Resíduos de Construção Civil; � RSS - Resíduos dos Serviços de Saúde; � RLU - Resíduos da Limpeza Urbana (poda de árvores e varrição); � RES - Resíduos Especiais (eletrônicos, agrossilvopastoris, de transportes e

outros); � RSA - Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento. Dentro dessas

divisões, os resíduos são classificados como:

Classe I - Resíduos Perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

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Classe IIA - Resíduos Não-inertes: são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico.

Classe IIB - Resíduos Inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.

4.2.1. Estimativas de Quantidade de Lixo Gerado

Tabela 01 - Estimativas de Quantidade de Lixo Gerado

Estimativa de média g lerada de Resíduos Sólidos gerados em Panambi ORIGEM Manejo dos Resíduos Sólidos

Coleta e Transporte Tonelada/dia Destinação Final

Resíduos Industriais

Os gerados nos processos produtivos e instalações Industriais

Caminhões coletores de responsabilidade dos geradores

Tratamento, reciclagem e Aterro Sanitário.

Resíduos da construção civil

Os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras,

incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis

Coleta manual e transporte em caçambas

30,0 Triagem e Reciclagem e/ou Áreas de bota-fora previamente

licenciadas.

Resíduos domiciliares

Os originários de atividades domésticas em residências urbanas

Coleta manual. Transportados em veículos coletores

compactadores de até 15 m3

13,5 Central de Triagem com Aterro sanitário do próprio município.

Resíduos de limpeza urbana

Os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros

serviços de limpeza urbana.

Resíduos de varrição: coleta realizada com pá e carrinho de

mão. Resíduos de poda e jardinagem: realizada com pá e manualmente. Outros Resíduos: Transporte: Por 01 caminhão

caçamba.

3,0 Resíduos de varrição: Central de Triagem com Aterro sanitário do próprio município Resíduos de poda e jardinagem: Triturados

por triturador e posteriormente reaproveitados como adubo orgânico: Outros:

definido aleatoriamente

Resíduos de estabelecimentos comerciais:

Os gerados nas atividades comerciais e prestação de serviços

Coleta manual. Transporte em caminhões coletores

compactadores de até 15 m3.

1,5 Central de Triagem com Aterro sanitário do próprio município.

Resíduos de serviços de saúde

Os gerados nos serviços de saúde.

Coleta manual e transportada por caminhões coletores.

0,172 Tratamento, reciclagem e Aterro Sanitário.

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Resíduos agrossilvopastoris

Os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados

nessas atividades

Embalagens de agrotóxicos: coleta anual com carreta.

Demais não são recolhidos nem quantificados.

Após a tríplice lavagem Realizada pelos agricultores, são coletados para serem

reciclados através de logística reversa

Resíduos de serviços de transportes

Os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.

Coleta manual em caminhões coletores.

Reciclagem e Aterro Sanitário

Resíduos de mineração: Os gerados na atividade de pesquisa,

extração ou beneficiamento de minérios.

Não há sinais de geração no município

Não há produção.

4.2.2. Composição Física Percentual (Média) dos Diversos Tipos de Resíduos

Em um total estimado de ... toneladas diárias de resíduos sólidos gerados no município de Panambi, sua composição física possui diversidade nos tipos de resíduos, resultantes das diversas atividades realizadas pelas indústrias, comércios, residências, serviços públicos (varrição e podas), construções e serviços de saúde (público e privado).

4.2.2.1 Resíduos de Construção Civil

Verifica-se que a produção de resíduos de construção civil fica a baixo da geração dos outros tipos de resíduos, fato que surpreende, pois sabe-se que a construção civil está em alta. O valor quantitativo da geração dos resíduos de construção civil foi calculado através da média de caçambas de entulho recolhidas pela empresa do ramo e considerou-se a densidade de 1,2 m3/ton. (um vírgula dois metros cúbicos por tonelada), que é o valor utilizado para cálculos de volume dos resíduos de construção civil e demolições.

Este valor foi adotado pela tabela abaixo, consultada no site do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio Grande do Sul. A mesma aponta que os RCC (Resíduos de Construção Civil) correspondem a 45% dos resíduos gerados em uma cidade percebe-se que Panambi se encontra abaixo desta média, com aproximadamente 42%. Devido ao relevo da cidade e a grande necessidade de material para aterro acredita-se que este material esteja sendo usado para aterros logo durante as obras. Considera-se também que Panambi possui na sua grande maioria obras novas ao invés de reformas o que diminui consideravelmente a quantidade de resíduos de construção civil.

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RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL – QUANTITATIVOS, Geração - 1,50 kg. por habitante dia/dia Geração - 0,10 m 3 . por m2. de construção Densidade - 1,20T por m 3. Representatividade - 45% dos resíduos de uma cidade Representatividade RCC Classe A - 90% Representatividade - 75% refere-se a obras informais Representatividade - 25% obras formais (públicas e privadas) Hoje apenas 01 (uma) empresa recolhe diariamente, em média, 03 (três) caçambas de 4 m3 (quatro metros cúbicos) cada. Portanto, gera em torno de 12,0 m3 (doze metros cúbicos), que corresponde a 14,4 toneladas. Considerando que há geradores que não utilizam o serviço dos caçambeiros transportando seus resíduos por meio de outros veículos, estimou- se 30 toneladas de resíduos de construção civil produzidos diariamente no município de Panambi. 4.2.2.2 Resíduos de Limpeza Urbana

A segunda maior geração de resíduos apontada no gráfico com o valor de 23% é a dos resíduos da limpeza urbana, que inclui resíduos resultantes das atividades de varrição e poda arbórea, realizadas em vias públicas da região central do município, praças, canteiros e cemitérios.

A estimativa da geração desses resíduos foi calculada através da quantidade de veículos que os recolhem diariamente e suas capacidades. A Diretoria de Limpeza Pública realiza 02 (duas) viagens por dia com 06 (seis) veículos de 6m3 cada. E a empresa que executa os serviços de podas realiza 02 (duas) viagens por dia em 01 (um) caminhão que carrega aproximadamente 10 m3 Totalizando uma geração de 2300 m3 de resíduos recolhidos por dia.

Adotou-se 900 kg/m3 que é a densidade dos resíduos de poda (galhos) utilizada para converter este valor em toneladas, ou seja, são aproximadamente 82,8 toneladas de resíduos da limpeza pública gerados por dia.

4.2.2.3 Distribuição dos Resíduos Sólidos Urbanos por Categoria

Os dados estimados da quantidade e características qualitativas dos resíduos do nosso município foram retirados da Análise das Características Físicas e da Distribuição Espacial do Lixo Urbano na Cidade de Lins, elaborada pelos alunos de Engenharia Ambiental e avaliado por professores da Universidade de Lins UNILINS, os quais obtiveram resultados com trabalhos de pesquisa e em campo realizando o quarteamento dos resíduos sólidos conforme figura abaixo:

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Figura 03 - Diagrama do Processo de Quarteamento de Resíduos Sólidos

Em relação à caracterização feita no mês de julho e setembro de 2007, obteve-se uma média de resíduos gerados pela cidade de Lins por dia, e a porcentagem de cada material.

A cidade de Lins produz cerca de 47,5 toneladas de lixo em média por dia, sendo que a densidade de resíduos por habitante é em média 660 g/habitante/dia. Do volume total de 47,5 toneladas por dia de lixo gerado na cidade de Lins: 71,6% são compostos por matéria orgânica, 14,2% são plásticos, 12,0% são de papéis e 2,2% de outros compostos.

As fontes geradoras dos resíduos sólidos urbanos são as residências e os comércios do município Panambi, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, sorveterias, padarias e restaurantes.

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Amostra pars Carart*>r7ação Física

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5.0 Categoria

Os resíduos sólidos domiciliares, segundo ABNT (1987) e IPT e CEMPRE (1995), é aquele originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como cascas de frutas e verduras), produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. De acordo com Barros et al. (1995), resíduo domiciliar é todo material gerado no ambiente doméstico, tais como: restos de alimentos, embalagens, plásticos, vidros, latas, materiais de varredura, folhagens e lodos de fossas sépticas. Segundo Pessim (2002), os materiais existentes no resíduo sólido domiciliar são matérias orgânicas putrescíveis, papel/papelão, plástico, metal ferroso, metal não-ferroso, vidro, madeira, trapo, terra/cerâmica, contaminante químico, contaminante biológico e outros. Dos estabelecimentos comerciais o lixo é constituído principalmente por papéis, plásticos, embalagens diversas e resíduas de asseios dos funcionários, tais como , papel toalha e papel higiênico.

Segundo Barros et al. (1995), resíduos comerciais são os resíduos produzidos em estabelecimentos comerciais, e suas características dependem das atividades ali desenvolvidas. Por exemplo, no caso de restaurantes, predominam os resíduos orgânicos; já nos escritórios, verifica-se uma grande quantidade de papéis. IBAM (2001) define como resíduos comerciais aqueles gerados em atividades comerciais, cujas características dependem do tipo da atividade realizada.

6.0 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

6.1 Legislação Federal

Lei 8080/90 - Lei Orgânica da Saúde; Lei 8987/95 - Lei de Concessão e Permissão de Serviços Públicos; Lei 9433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos;

Lei 9605/98 - Crimes Ambientais; Lei 10257/01 - Estatuto das Cidades;

Resolução CONAMA 283/01 - Dispõe sobre tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde;

Resolução CONAMA 307/02 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; NBR 10004/04 - Classificação dos Resíduos Sólidos;

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Lei 11107/05 - Normas Gerais de Contratação de Consórcios Públicos; Lei 11445/07 - Lei Nacional de Saneamento Básico; Decreto 6017/07 - Regulamentação Normas Gerais Contração Consórcios Públicos;

Lei 12305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos; Decreto 7217/10 - Regulamenta a Lei 11.445/07;

Decreto 7404/10 - Regulamenta a Lei 12305/10.

6.1.1Legislação Estadual

Lei 7750/92 - Política Estadual de Saneamento; Lei 12300/06 - Política Estadual de Resíduos Sólidos; Lei 1025/07 - Institui a ARSESP; Decreto 52455/07 - Regulamenta a ARSESP Resolução SMA 79 - Operação e licenciamento da atividade térmico de resíduos sólidos em usinas de recuperação de energia

A estrutura administrativa para atender o Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Lins é diminuta, uma vez que os serviços de coleta, de transporte, de transbordo e destinação final estão a cargo de empresa terceirizada, bem como 80% (vinte por cento) dos serviços de limpeza pública.

Para o gerenciamento geral dos serviços e para atender os 20% restantes dos serviços de limpeza pública, a cargo da municipalidade a Diretoria de Limpeza Pública conta com 01 (um) agente de manutenção exercendo a função de agente administrativo e 02 (duas) estagiárias.

7.0 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CENÁRIO ATUAL DE PANAMBI O município de Panambi conta com a coleta e separação dos resíduos sólidos domiciliares, realizada pela própria Prefeitura Municipal. Os resíduos hospitalares são recolhidos pela empresa Ambiclin e encaminhados para um local apropriado. A Prefeitura Municipal possui dados de volume de coleta de resíduos domiciliares, separados em orgânicos e recicláveis, a partir de fevereiro de 2005, os quais estão apresentados na tabela 1 abaixo.

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Tabela 02 - Dados de Coleta da Zona Urbana

Com base nos dados de coleta fornecidos pela Prefeitura podemos afirmar que a média mensal da coleta orgânica é de 239 toneladas e a da coleta reciclável é de 128 toneladas. Observa-se na Figura 2 a seguir que a coleta se mantém equilibrada tanto para a coleta orgânica como para a reciclável.

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Figura 04 - Gráfico com Dados da Coleta dos Resíduos Sólidos

A coleta dos resíduos sólidos orgânicos e recicláveis é realizada de segunda a sábado de acordo com a tabela 2 apresentada a seguir.

Tabela 03 - Calendário da Coleta dos Resíduos Sólidos

Todos os bairros da zona urbana são atendidos pela coleta realizada pela Prefeitura. Os resíduos coletados são encaminhados para a Central de Triagem e Compostagem com aterro sanitário, que opera com a licença LO Nº 4954- 2005-DL, localizado na Linha Rincão Frente, zona rural, distante 5 km da cidade na direção noroeste.

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A área onde está localizada a central de triagem e compostagem é toda cercada, identificada e com controle de acesso, como mostra a Foto 5. Não é permitido o recebimento de resíduos industriais e hospitalares.

Figura 05 – Foto Central de Triagem

O recebimento dos caminhões que chegam com os resíduos é realizado pelo encarregado do controle e da pesagem (Foto 5), e após este procedimento é encaminhado para a área coberta para que seja realizada a triagem dos resíduos.

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Figura 06 – Foto Balança para Pesagem

Na área coberta (Foto 6) é feito o recebimento dos resíduos e após é encaminhado por meio de uma esteira para a seleção manual dos resíduos que poderão ser reciclados.

Figura 07 – Foto Área Coberta para Recebimento dos Resíduos

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Os resíduos recicláveis são separados em tonéis (Foto 8), e, após a seleção, os resíduos de metais e os plásticos são encaminhados para as prensas (Foto 9), sendo os resíduos plásticos acondicionados em fardos (Foto 10). Os resíduos de vidros são depositados em um contêiner (Foto 11).

Figura 08 – Foto Separação dos Resíduos Recicláveis

Figura 09 – Foto Prensas para Resíduos Recicláveis

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Figura 10 – Foto Resíduos Plásticos

Figura 11 – Foto Contêiner com Resíduos de Vidro

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Após a fase de classificação dos resíduos, os mesmos são depositados numa área coberta externa para serem vendidos para reciclagem, como mostra a Figura 12.

Figura 12 – Foto Área Coberta com Resíduos Recicláveis Separados

Os resíduos orgânicos seguem pela esteira onde é feita a separação dos resíduos recicláveis para o caminhão que encaminha para o aterro sanitário localizado ao fundo da área de triagem. A seguir estão apresentadas as Fotos da área onde está implantado o aterro sanitário, bem como o sistema de tratamento do chorume composto de filtros anaeróbios, lagoa facultativa e banhado construído. Os resíduos sanitários são dispostos em valas específicas que apresentam sistema de coleta do chorume, que, após, é encaminhado para a estação de tratamento de efluentes e drenos de gases. O material disposto na vala degrada pela ação do tempo, não é executado o processo de compostagem, não há revolvimento do material e nem adição de nutrientes aos resíduos sanitários de modo a favorecer o referido processo.

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Figura 13 – Foto Vista do Aterro Sanitário

Figura 14 – Foto Vista dos Filtros Anaeróbios.

Fonte: Relatório de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem

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8.0 Introdução ao projeto básico de implantação da URE

A Era da Revolução Industrial foi, sem dúvida, um marco na história ambiental. O aumento da poluição, aliado a uma explosão demográfica, originou diversos problemas ambientais, até então desconhecidos, que se estendem até os nossos dias. Entre eles encontram-se a gestão e o tratamento de resíduos sólidos, que têm vindo a assumir uma importância crescente nas últimas décadas. Embora os aterros sanitários sejam uma das alternativas para a prevenção da contaminação do solo, do ar e da água, bem como para os odores fétidos resultantes da decomposição da matéria orgânica, não são verdadeiramente um método de eliminação de resíduos. Diversas formas de reutilização dos resíduos foram surgindo, entre elas a implantação de URE Waste to Energy, como meio de valorização energética dos resíduo sólidos urbanos. A implantação de uma URE soluciona os problemas causados pelos resíduos sólidos urbanos (RSU) dando-lhes um destino útil a custo reduzido e sendo ambientalmente eficiente. Pode ser considerada de grande importância na gestão integrada de resíduos.

O seu principal objetivo é transformar os resíduos orgânicos em energia elétrica, através de um processo termoquímico de gaseificação. Alia-se a isso uma população cada vez mais preocupada com a destinação final de seus resíduos. E, logicamente, a necessidade de um maior apoio político. Uma maior importância a tudo que tange à palavra lixo. Fato facilmente notado nas novas políticas de conscientização social e nos “discursos verdes”.

Dessa maneira, o beneficiamento de lixo está ganhando muitos aliados e tornando-se uma obrigatoriedade social para a maioria dos municípios brasileiros. Atualmente muitos municípios possuem coleta seletiva. E, mesmo os que não a possuem, contam com catadores que buscam, principalmente, com a catação de materiais recicláveis (papelão, alumínio, garrafas PET, plástico, vidros, etc.) receberem compensação financeira com a venda desses materiais.

A cidade de Panambi, situada no Estado do Rio Grande do Sul – Brasil, não é diferente. Possui tanto os catadores como a coleta seletiva.

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Porém, com o intuito de melhorar o seu trato com os rejeitos urbanos, a cidade implantou uma usina de triagem com aterro sanitário. Sendo que, atualmente, está estudando a viabilidade da instalação de uma usina de recuperação energética do resíduo, URE.

Como aproximadamente 55% de todo o lixo gerado diariamente em Panambi é composto por materiais orgânicos, seu tratamento poderá ser uma saída econômica e potencialmente viável. A principal matéria-prima do processo é depositada diariamente no aterro sanitário do município, o que causa diversos problemas ambientais, sociais e econômicos, como, por exemplo, a possível contaminação do lençol freático, comprometendo seu uso domiciliar, a poluição da atmosfera, com o desprendimento de gases e o mau cheiro, a proliferação de insetos e roedores transmissores de doenças e o empobrecimento do município com o gasto exacerbado em coleta e disposição de resíduos sólidos. Esse empobrecimento aliado às sérias dificuldades financeiras, que os municípios enfrentam, podem e devem ser minimizadas por oportunidades de gerar recursos para o erário público e o bem estar da população. Dentre as muitas oportunidades reais existentes, a implantação de uma URE para o devido tratamento dos resíduos sólidos começa a ser vista como solução factível tanto para a destinação final do lixo recolhido como para a geração de riquezas. A usina URE a ser implantada necessitará de uma área aproximada de 50.000 m² para tratar aproximadamente 250 t./dia de resíduo sólido urbano. Deverá contar com uma unidade de triagem que irá aperfeiçoar o processo de seleção e separação dos diversos tipos de materiais que compõem o lixo da cidade de Panambi e cidades vizinhas que aderirem ao consórcio intermunicipal de resíduos sólidos. 8.1 Objetivo do projeto básico de implantação da URE

O objetivo central do projeto é o estudo da implantação de uma URE, a ser instalada no município de Panambi, sede do consórcio intermunicipal de resíduos sólidos urbanos, a qual deverá tratar todo o resíduo sólido doméstico gerado na cidade de Panambi e cidades vizinhas, que somam 250 t./dia, as quais formam o montante do RSU gerado, na forma de energia elétrica, por meio de valorização energética do RSU com a implantação de uma URE com ciclo de Gaseificação .

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8.2 Justificativa do projeto básico de implantação da URE

Panambi é um município do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 28º 17' 33" sul e a uma longitude 53º 30' 06" oeste, estando a uma altitude de 418 metros. Sua população estimada em 2004 era de 34 268 habitantes e hoje é de 42.000. Possui uma área de 491,48 km². Situa-se no Planalto Rio-Grandense. Sua população é de maioria descendente de alemães. Possui um campus da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, cuja reitoria se localiza em Ijuí. Em 2010, recebeu campus do Instituto Federal Farroupilha. O município é conhecido como "Cidade das Máquinas" e "Vale das Borboletas Azuis". "Cidade das Máquinas" foi um cognome recebido em 1945 e ainda hoje é muito conhecida pelo seu parque industrial que atua especialmente no segmento metal/mecânico, sendo que com o desenvolvimento do projeto de implantação da URE a cidade também será reconhecida pela, “Contribuição da Atividade do Projeto para o Desenvolvimento Sustentável”

Figura 15 – Localização de Panambi RS.

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8.3 Introdução ao contexto de viabilidade da URE

A atividade do Projeto (denominado Projeto URE) é composta por dois componentes que contribuem diretamente para a redução da emissão de gases de efeito estufa para atmosfera. O primeiro componente consiste no fornecimento de energia limpa ao Sistema Interligado Nacional Brasileiro através da implantação e operação da usina (URE) e o segundo componente corresponde à produção evitada de metano através do uso de resíduos sólidos urbanos e outras fontes, que seriam depositados em aterros sanitários.

8.3.1 Contribuição para a sustentabilidade ambiental local

A atividade de projeto consiste no fornecimento de energia limpa ao Sistema Interligado Nacional Brasileiro através da implantação e operação da usina (URE) de resíduos sólidos, com capacidade de processamento de 250 t./dia, que seriam depositados em aterros sanitários.

O destino que vem sendo dado aos resíduos apresenta grande potencial agressor ao meio ambiente e à saúde da população local.

Com a implantação da URE não haverá mais a emissão de metano, gás com potencial de aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono, decorrente da disposição dos resíduos em aterros sanitários ou a céu aberto. Vale ressaltar que a implantação de usina termelétrica não necessita de extensas áreas como outras fontes de energia renovável, como a hídrica por exemplo, o que contribui ainda mais para a redução do impacto ambiental.

A implantação da URE proporciona, então, uma nova alternativa de destino aos resíduos, ajudando a resolver os problemas ambientais e sociais decorrentes do mau gerenciamento desses resíduos.

O projeto tem, dessa forma, como objetivo principal, solucionar o problema ambiental e social proveniente do mau gerenciamento de resíduos e, além disso, atender à crescente demanda de energia no Brasil, decorrente do crescimento econômico e populacional do país, fornecendo energia limpa e renovável, contribuindo, assim, para a sustentabilidade ambiental, social e econômica, através do aumento da participação da energia limpa e renovável em relação à capacidade de geração total de eletricidade do país.

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Portanto, através do uso dos resíduos sólidos urbanos e outros que são comumente dispostos em aterros sanitários ou a céu aberto para a geração de energia, o Projeto trará uma importante contribuição para a sustentabilidade ambiental local.

8.3.2 Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a geração líquida de empregos

A construção de uma URE impulsionará a economia local, uma vez que a cadeia tecnológica influenciará nas atividades socioeconômicas das regiões onde o projeto está localizado. Para a operação e manutenção do Projeto faz-se necessária a assessoria de prestadores de serviços da região, atuantes nas mais diversas áreas como: engenheiros, profissionais ligados ao meio ambiente, profissionais da área da saúde, área administrativa, área jurídica, mecânicos, operários, técnicos, etc. Fomenta-se, então, a economia voltada ao setor terciário, contribuindo para a geração de empregos, arrecadação de impostos e crescimento da economia regional.

Para a operação e manutenção da URE será necessária a contratação de funcionários empregados de forma direta e com especialização para atuarem na operação e manutenção da central. Devido à necessidade de mão de obra especializada serão desenvolvidos cursos de capacitação e aperfeiçoamento aos trabalhadores.

Toda mão de obra utilizada pelo empreendimento possui as melhores condições possíveis de saúde e segurança no trabalho, visando proporcionar um ambiente saudável para o desenvolvimento das atividades a serem desempenhadas pelos trabalhadores.

Também deve ser considerado que a implementação do Projeto URE e sua manutenção contribui para o surgimento de empresas de serviços técnicos e auxiliares e para o aumento na demanda pelas mesmas, gerando empregos indiretos.

Além disso, a geração de energia da URE, pela disponibilidade e reforço do sistema elétrico, proporciona as condições básicas para a instalação de novos negócios e empreendimentos na região, que possibilitarão a geração de novos empregos.

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8.3.3 Catadores

O Município de Panambi tem também, como objetivo, buscar a inserção social dos catadores que atualmente buscam seu sustento no recolhimento de lixo reciclável. Neste sentido haverá propostas para integrar esta classe ao novo empreendimento, e como proposta alternativa cada catador seria responsável por determinada área efetuando deste modo a coleta com remuneração pelos serviços prestados. A segunda alternativa surgiu em face do Município estar localizado em área de relevo acidentado com locais de difícil acesso para veículos pesados (caminhões coletores), e, desta forma solucionaríamos a legalização da classe,o recolhimento de resíduos nestes locais com menor desgaste dos equipamentos e economia de combustível, bem como solucionaria a formação de lixões em terrenos baldios e residências dos catadores.

8.3.4 Contribuição para a distribuição de renda

Haverá contribuição do Projeto à distribuição de renda, pela criação de empregos, aumento de arrecadação do município envolvido e de toda a movimentação econômica proporcionada pela implantação do empreendimento, seja pela geração de renda aos colaboradores diretos, aos trabalhadores indiretos, seja pelos impostos envolvidos.

Toda a movimentação econômica criada a partir da implantação da URE provoca um acréscimo de capital disponível na região que pode ser traduzido em investimentos na melhoria da infraestrutura, da capacidade produtiva e da cobertura de necessidades básicas da população e da indústria, o que também proporcionará geração de empregos indiretos, promovendo um ciclo virtuoso da economia local.

8.3.5 Contribuições para a capacitação e desenvolvimento tecnológico

Pode-se concluir que a geração de energia a partir da gaseificação e utilização de resíduos sólidos urbanos e outros não é uma prática prevalecente no país, já que este tipo de usina representa um percentual muito pequeno do total de empreendimentos termelétricos nacionais.

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É válido ressaltar ainda que o Projeto contribui para a difusão deste tipo de tecnologia no Estado, já que a grande maioria dos empreendimentos de geração de energia no Estado do Rio Grande do Sul utiliza combustíveis fósseis.

Por isso o Projeto contribuirá para a introdução de uma nova prática na região, dando um destino mais “nobre” aos resíduos e promovendo o incremento do uso de tecnologia limpa para a geração de energia da região. Além disso, como já dito anteriormente, o projeto utiliza mão de obra local e serviços locais, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade técnica e aprimoramento tecnológico regional.

À medida que a demanda por este tipo de tecnologia cresce, a necessidade de aperfeiçoamento e desenvolvimento de técnicas mais eficientes aumenta. Dessa forma, além de contribuir para o avanço técnico e econômico brasileiro, o projeto estimula uma capacitação técnico-profissional que acompanhe as inovações.

8.3.6 Contribuições para a integração regional e a articulação com outros setores

O Projeto impulsiona a economia local, com a dinamização da cadeia tecnológica, influenciando as atividades socioeconômicas das regiões onde o projeto está localizado. A implantação, operação e manutenção do Projeto demandarão a assessoria de prestadores de serviços da região, incrementando a economia voltada ao setor terciário, contribuindo mais uma vez para a geração de empregos, arrecadação de impostos e crescimento da economia regional.

O Projeto assegura maiores garantias de investimentos para estas áreas que, mesmo gerando energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN), beneficia áreas adjacentes ao empreendimento, fundamentalmente em casos de contingências do sistema.

Espera-se, também, que o projeto sirva de exemplo e sejam adotadas novas iniciativas semelhantes para o tratamento dos resíduos de cada região vizinha.

Dessa forma, o Projeto de implantação da URE contribui de forma significativa para a integração regional e para o surgimento e dinamização de novas atividades econômicas regionais que proporcionarão geração de emprego, renda e melhores condições de vida para a população da região.

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8.3.7 Contribuições para desenvolvimento tecnológico de Inovação e sustentabilidade

O projeto prevê a integração entre as áreas de sustentabilidade e inovação tecnológica, englobando um conjunto de ações que visa à sustentabilidade em todos os sentidos, falando da utilização de resíduos sólidos, de conforto, de emissão de gases de redução do consumo de energia, etc. Isso é obtido por meio de “inovação tecnológica" com desenvolvimento do sistema de Gaseificação específico para o gás de síntese (syngas).

Isso implica, por exemplo, na auto suficiência energética térmica e elétrica e eliminação de passivos ambientais como: Resíduos Industriais, Resíduos Urbanos e Biomassas, em geral.

Partindo do princípio de que os efeitos das inovações para o setor e para a sociedade, como um todo, são necessários ao processo de desenvolvimento econômico e social do País, a URE irá transformar as ações decorrentes em ações permanentes e um contínuo aperfeiçoamento para atingir o mais amplo espectro possível para a empresa, profissionais e desenvolvimento tecnológico da micro região onde está inserida e também de todos os elos da cadeia produtiva da empresa.

Essa é uma contribuição que a implantação da URE vai dar ao desenvolvimento sustentável da região onde for implantada e para a sociedade, além de benefícios ambientais.

Através das diversas ações e contribuições do Projeto, nos campos, econômico, tecnológico, social e ambiental, descritas anteriormente, demonstrando sua viabilidade, o Projeto proporciona o desenvolvimento sustentável à medida que contribui para o desenvolvimento econômico, sem comprometer as gerações futuras, atendendo ao conceito de Desenvolvimento Sustentável estabelecido pelo Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento que define o Termo “Desenvolvimento Sustentável” como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”..

Dessa maneira, através do empreendimento de implantação da URE, a mesma contribuirá para a sustentabilidade ambiental, social e econômica da região e do país como um todo.

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9.0 DA TECNOLOGIA OPTADA A incineração foi o processo adotado em muitos países para abordar o problema de RSU. Entretanto, a geração de gases tóxicos como hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA) e bifenilas policlorados (PCB) causadores de câncer, além de BTX (benzeno, tolueno, xileno), material particulado que possuem esses compostos em seu interior, e metais pesados volatilizados, está motivando a busca por tecnologias alternativas para o processamento dos rejeitos de RSU. Entre as diversas opções tecnológicas, alternativas ao tratamento térmico através da incineração, definiu-se pela tecnologia de gaseificação para aplicação neste projeto.

O processo de gaseificação de resíduos tem como principal objetivo transformar o máximo do combustível sólido em combustível gasoso. De forma geral, dá origem a um gás energético combustível. A opção pela aplicação desta tecnologia neste projeto advém das seguintes características: • A incineração é um processo que está sendo abandonado em todo o mundo

por motivo da geração de gases tóxicos; • Simplicidade no tratamento destes gases de processo e de exaustão e

menor potencial de emissão de metais; • Tratamento térmico dos rejeitos, reduzindo significativamente o volume de

resíduos finais e consequentemente reduzindo a expansão dos aterros na região, atendendo anseios da população local;

• Possibilidade de desenvolvimento e emprego de tecnologia 100% nacional; • Possibilidade de aplicação para produção de energia elétrica; • Possibilidade do aproveitamento das cinzas, que em princípio são do tipo

Classe II;

Atualmente existem processos que estão sendo testados no Brasil vindos através de licenciamentos de tecnologias que não levam em conta as características dos rejeitos de RSU e as condições ambientais brasileiras.

A gaseificação gera um combustível gasoso, rico em monóxido de carbono e hidrogênio, além de hidrocarbonetos de baixo peso molecular (metano e etano, por exemplo). Entretanto, quando é produzido a partir de RSU é um gás pobre, de baixo poder calorífico (750 kcal/kg) em virtude do baixo poder calorífico do RSU (1.900 kcal/kg), da alta umidade presente, e da presença de dióxido de carbono e nitrogênio. O baixo poder calorífico do combustível gasoso dificulta inclusive sua combustão. No entanto, existem técnicas e estudos para processamento destes resíduos em várias etapas, de forma a melhorar o aproveitamento térmico dos combustíveis e evitando a formação de gases tóxicos.

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A tecnologia permite sua aplicação não somente a rejeitos de RSU, mas também a resíduos de Estações de Tratamento de Efluentes e Esgotos, e resíduos industriais sólidos e líquidos não tóxicos, entre outros. A energia térmica produzida deverá gerar energia elétrica através de caldeiras e turbinas geradoras ou motogeradores. 9.1 Gaseificação versus Incineração

Incineração, literalmente, significa tornar em cinzas . A incineração de resíduos sólidos urbanos utiliza os próprios como combustível , queimando-os com grandes volumes de ar para formar dióxido de carbono e calor. Numa instalação de conversão de lixo em energia que utiliza a incineração, estes gases quentes são utilizados para gerar vapor, que é então utilizado para gerar eletricidade. Gaseificação converte resíduos sólidos urbanos para um gás de síntese utilizável, Syngas. É a produção de gás de síntese que torna este processo diferente, a gaseificação da incineração. No processo de gaseificação, o RSU não é um combustível, mas uma matéria prima para um processo de alta temperatura de conversão química. No gaseificador, o RSU reage com pouco ou nenhum oxigênio, de forma a quebrar a matéria-prima em moléculas simples e convertê-las em gás de síntese. Em vez de fazer apenas calor e eletricidade, como é feito em uma fábrica de transformação de lixo em energia usando incineração, o syngas produzido por gaseificação pode ser transformado em produtos comerciais de mais alto valor, como combustíveis, produtos químicos e fertilizantes. Além disso, uma das principais preocupações com a incineração de resíduos sólidos urbanos é a formação e reformação de dioxinas e furanos tóxicos, especialmente a partir de plásticos que contêm PVC e outros materiais que formam as dioxinas e os furanos, quando se queimam. Estas toxinas acabam em vapores de emissão por três vias : Através de decomposição, como pequenas partes de moléculas maiores, Por " re-formação ", quando moléculas menores se combinam e / ou por, simplesmente, passando pelo incinerador, sem mudança. Incineração não permite o controle desses processos: e todo o processo de limpeza ocorre após a combustão.

A gaseificação é significativamente diferente e mais limpa do que a incineração:

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- No ambiente de alta temperatura em gaseificação, as moléculas maiores, como os plásticos, são completamente divididas em componentes do gás de síntese, que podem ser limpos e processados antes de qualquer utilização; - Dioxinas e furanos precisam de oxigênio suficiente para se formar ou re-formar, e a atmosfera deficiente de oxigênio em um gaseificador não fornece o ambiente necessário para as dioxinas e furanos se formarem ou se re-formarem; - As dioxinas precisam de partículas finas de metal nos gases para se re-formar; o gás de síntese a partir da gaseificação é tipicamente isento de partículas, antes de ser utilizado; - Em instalações de gaseificação que utilizam o gás de síntese para a produção de produtos à jusante, como combustíveis, produtos químicos e fertilizantes, o gás de síntese é rapidamente extinto, de modo que não existe um tempo de residência suficiente no intervalo de temperaturas em que as dioxinas ou furanos se poderiam re-formar; - Quando o gás de síntese é utilizado principalmente como combustível para produção de calor, pode ser limpo, se necessário, antes da combustão, o que não pode ocorrer na incineração. A cinza produzida a partir da gaseificação é diferente da que é produzida a partir de um incinerador. Enquanto cinzas de incineração são consideradas seguras para uso como cobertura diária alternativa em aterros, há preocupações com a sua utilização em produtos comerciais. Na gaseificação de alta temperatura, as cinzas naturalmente fluem do gaseificador em forma fundida, onde é extinta e arrefecida. Alguns gaseificadores são concebidos para recuperar metais fundidos numa corrente separada, aproveitando a capacidade da tecnologia de gaseificação para aumentar a reciclagem. 10 Usinas Waste to Energy – Gaseificação

10.1 Por que implantar um sistema Waste to Energy:

• Os custos dos aterros industriais estão crescendo; • O custo do co-processamento está cada vez mais alto; • As normas para resíduos estão ficando mais restritivas. No RS, a

Portaria Fepam n° 016/2010 proíbe a destinação de resíduos com características de inflamabilidade em aterro;

• Os preços de lenha, gás natural e óleo combustível estão subindo em várias regiões do país;

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10.2 Tipos de resíduos processáveis:

• Sólidos • Pastosos • Líquidos • Gasosos

10.3 Para um projeto otimizado são considerados os seguintes pontos:

• Gestão dos resíduos e pré-tratamento quando necessário; • Seleção da tecnologia de combustão adequada ao resíduo; • Recuperação da energia para gerar vapor, óleo térmico ou água quente

para interligação na rede do cliente; • Recuperação energética para gerar eletricidade; • Sistema de tratamento de gases em conformidade com normas

européias adaptada para a estrutura da empresa.

10.4 Vantagens de sistemas URE RSU:

• Redução de custos e maior previsibilidade dos custos de energia no futuro;

• Redução dos riscos, custos e burocracia, associados ao transporte; • Redução do passivo de resíduos aterrados; • Elevação do padrão ambiental da planta; • Contribuição para redução da emissão de gases de efeito estufa; • Redução das emissões de poluentes, comparado a alternativas como o

co-processamento em cimenteiras ou termoelétricas de incineração; • Segurança quanto ao destino dos seus resíduos, não haverá

necessidade de encontrar um novo aterro ou conseguir licenciar; • Tecnologia robusta, durável, de fácil operação com qualidade e

atendimento aos mais rígidos padrões ambientais brasileiros;

10.5 Descrição técnica do sistema de gaseificação do RSU

A proposta básica do sistema de termoconversão de resíduos é a produção do gás de energia térmica e/ou elétrica através da gaseificação por pirólise de resíduos sólidos urbanos, resíduos hospitalares, resíduos industriais e de diversos tipos de biomassa.

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O produto desse processo de conversão térmica é o gás de síntese (Syngas).

Os gaseificadores são equipamentos em que a conversão ocorre por pirólise anaeróbica para produção de gás combustível, praticamente isento de alcatrão ou de outros resíduos inconvenientes.

A operação de carga e alimentação do equipamento é feita através de um sistema com esteira automática de carga, sem perturbação do funcionamento do gaseificador, que é projetado para operação contínua 24 horas por dia. Trata-se de um processo automatizado.

O processo obtido do sistema de termoconversão de resíduos poderá ser apresentado da seguinte forma:

A - Conversão do Resíduo em Gás de Síntese B - Emissões Gasosas, Efluentes Líquidos e Resíduos Sólidos. C - Operação D – Eficiência

A - Conversão do Resíduo em Gás de Síntese Essa conversão, conforme mencionado, ocorre através da Gaseificação por Pirólise, que não deve ser confundida com incineração ou secagem.

A tecnologia inerente a esse processo consiste em um sistema de destilação ou conversão térmica avançada para converter resíduos diversos, incluindo carvão, resíduos sólidos urbanos, resíduos hospitalares, plásticos pós-consumo, pneus, biossólidos e biomassa, em gás de síntese e cinzas carbônicas. Conversão térmica é a decomposição da matéria em temperaturas suficientes para volatilizar ou gaseificar material orgânico, em ausência de oxigênio.

O produto principal desse processo, o gás de síntese (também conhecido internacionalmente como Syngas), tem alto poder calorífico comparado a seu custo de produção. Pode ser utilizado como fonte térmica para qualquer processo que necessite desse tipo de energia. Essa tecnologia é inovadora em sua eficiência e no aspecto de processamento de resíduos urbanos que é um substrato não homogêneo.

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A eficiência energética do processo de conversão pode chegar a 92%. A energia contida no gás pode ser usada diretamente nos processos de combustão direta (Fornos, Caldeiras, Chillers de absorção). Para a alternativa de cogeração de energia elétrica a eficiência total do sistema varia de 26% a 46% dependendo do sistema de geração adotado (de motor de combustão interna à turbina a gás com ciclo combinado). Considerando-se o poder calorífico inferior médio (PCI) contido no resíduo sólido urbano (RSU) sem os inertes e a umidade primária e com 10% de umidade remanescente (3.330 Kcal/Kg), obtemos energia elétrica de 0,9 a 1,6 MWh para cada tonelada. Muitas das novas tecnologias no campo da reciclagem surgiram com o advento do aumento dos produtos petrolíferos e a preocupação com o aquecimento global. O processo de gaseificação pode ser considerado o mais versátil, o mais eficiente e aquele com o mais baixo custo operacional.

B - Emissões Gasosas, Efluentes Líquidos e Resíduos Sólidos Os resíduos sólidos do processo obtido, geralmente, são cinzas residuais inertes e podem, eventualmente, ser utilizadas como fertilizante agrícola, pois possuem altos índices de N-P-K (Nitrogênio-Fósforo-Potássio).

Ainda existem outras aplicações adicionais para esse resíduo inerte. O efluente líquido do sistema é somente água, presente no estágio de secagem (condensação primária) e posteriormente na fase de tratamento do gás que será usado como combustível no grupo gerador (condensação secundária). A emissão gasosa do processo de gaseificação é inexistente, pois é recuperada no sistema. A única emissão atmosférica presente é a da combustão direta do gás em queimadores ou em motores de combustão interna e/ou em turbinas a gás dos geradores. Essas emissões são menos nocivas do que as geradas por veículos automotivos em geral. C – Operação A operação do gaseificador deverá ser simples e automática. O sistema de alimentação de combustível deverá ser automatizado.

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D - Eficiência esperada no sistema de gaseificação No processo de gaseificação e conversão do Syngas em energia elétrica a eficiência é aproximadamente de 1 a 1,6 Kwe por Kg. de combustível quando utilizado RSU ou Biomassa.

11 DA VALIDADE DA APLICAÇÃO DA URE RSU De acordo com a CETESB (2012), o Brasil produz 195 mil toneladas de RSU por dia. Com o rápido desenvolvimento urbanístico e o aumento da população urbana, o lixo tem representado um problema cada vez mais grave. Mas embora o excesso de lixo seja um problema, seu manejo, se devidamente administrado, pode se transformar em solução. No Brasil, a recente edição da Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é um importante ordenamento legal e deverá ser um instrumento para desenvolvimento de ações para equacionar as questões relativas ao RSU. Entre outras definições a PNRS estabeleceu a seguinte ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Conforme caracterizado no Art. 3º. dessa lei, o aproveitamento energético se constitui como disposição final ambientalmente adequada. A matéria-prima a ser utilizada, combustível deste projeto, corresponde justamente aos rejeitos de processo de segregação de recicláveis de RSU. Adicionalmente, em alguns dos consórcios envolvidos, são utilizados ainda mecanismos de separação de orgânicos, compondo uma taxa de reutilização total (recicláveis + orgânicos) da ordem de 45%, o que representa um índice de referência no cenário nacional. As políticas aprovadas prezam pelo aumento da taxa de reciclagem a longo prazo, envolvendo políticas de coleta seletiva e melhoria do desempenho dos consórcios de reciclagem, mas contemplando o aproveitamento energético como uma solução de disposição final para os rejeitos.

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Ademais a PNRS em seu Art. 8º. prevê como um dos seus instrumentos a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos.

Desta forma este projeto se enquadra plenamente nos princípios regidos pela PNRS.

12 – Memorial descritivo para implantação da URE RSU

12.1 – Localização da área para a implantação da URE RSU A URE RSU será implantada no parque industrial, localizado as margens da Rod. BR 285, KM 422, linha Ocearu, no município de Panambi , Estado do Rio Grande do Sul.

Figura 16 – ( * ) Visão aérea do parque industrial e localização do terreno para

implantação da URE Waste to Energy - Gaseificação

( * ) Data da imagem 1/6/2011 – Google Earth – Altitude do ponto de visão 1,34 KM, elevação 425 metros, os dados topográficos desta aérea deverão ser verificados no anexo 1 e também disponíveis na Prefeitura Municipal de Panambi, RS.

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12.2 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO Para que se entenda os cálculos de processamento, é importante salientar-se que a massa específica utilizada para conversão de t para m³ foi de 0,930.

12.2.1 RECEPÇÃO E PESAGEM Na recepção chegarão 14 caminhões por dia. Com capacidade aproximada de 18,6 t. Que deverão totalizar o valor médio de 250 t/dia que é igual a 269 m³/dia. O controle de pesagem será feito por uma balança rodoviária cujas especificações encontram-se descritas abaixo. Um funcionário ficará responsável pela aferição e controle dos dados de entrada e saída. 12.2.2 BALANÇA RODOVIÁRIA Especificações técnicas Balança embutida com estrutura de concreto. Largura: 3,00 m Comprimento: 19,00 m Capacidade 40 t

Figura 17 – Balança Rodoviária

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Após a pesagem o caminhão destina-se a moega. Onde despejará seu conteúdo e sairá da usina, após ser novamente pesado.

12.2.3 TRIAGEM 12.2.3.1 - MOEGA METÁLICA Especificações técnicas Largura: 3,00 m Comprimento: 6,00 m Altura: 2,00 m Capacidade: 36,00 m³

Figura 18 – Moega Metálica

Na moega começa o processamento do lixo. Por isso, para fins de cálculo e determinações do fluxograma e balanço de massa, deve-se considerar esse ponto recebendo 100% do lixo. O que resultará em 34 m³/h, numa jornada de 8 h/dia. Sabendo-se que para determinar esse valor, dividiu-se o total diário (269 m³) pela jornada de trabalho diária (8h).

Um funcionário atuará nesse setor. Com a função de auxílio no descarregamento do lixo e no controle do fluxo de caminhões.

12.2.3.2 ESTEIRA DE TRIAGEM

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Especificações técnicas Largura: 1,20 m Comprimento: 35,00 m Velocidade de funcionamento Max: 35 m/min Velocidade de funcionamento ideal: 30 m/min Capacidade de processamento a 30 m/min: 42 m³/h. – Considerando a área útil de 30 m, pois parte da esteira (5 m) estará disposta na parte inferior da moega e não será utilizada para processamento. Mas sim, para deslocar o lixo depositado na moega para ser separado na triagem.

Figura 19 – Esteira de Triagem

A esteira possui um sistema de canos verticais. Os quais ficam dispostos ao lado de cada funcionário. Para esses canos é onde o material não orgânico é destinado as big bags (sacolas brancas vide imagem acima) e logo em seguida deslocado para o setor de reciclagem. Na esteira trabalharão 20 funcionários. Sendo que desses, considerando a percentagem de cada material contido no lixo urbano:

• 2 ficarão responsáveis pela abertura dos sacos plásticos (rasga - sacos);

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• 10 ficarão responsáveis pela separação de papel e papelão;

• 4 ficarão responsáveis pela separação de materiais ferrosos e não ferrosos; • 1 ficará responsável pela separação de plástico cor; • 1 ficará responsável pela separação de plástico cristal; • 1 ficará responsável pela separação de vidro; • 1 ficará responsável pela separação de outros materiais (pilhas, baterias,

borracha, couro e materiais não recicláveis);

Em seguida, a matéria orgânica seguirá pela esteira passando pelo selecionador magnético que reterá aproximadamente 0,5% (0,074 m³/h) de material ferroso e por conseguinte o material orgânico irá para o triturador.

12.2.3.3 SELECIONADOR MAGNÉTICO SUSPENSO Especificações técnicas Largura: 1,80 m Comprimento: 1,30m

Figura 20 – Selecionador Magnético

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O equipamento será utilizado para separar pequenos fragmentos metálicos, que porventura passem na seleção manual. Impossibilitando, assim, que haja algum dano causado ao triturador pelo acesso de partículas metálicas.

12.2.3.4 TRITURADOR VERTICAL Especificações técnicas Largura: 2,20 m Comprimento: 1,20 m Altura: 2,10m Capacidade máxima: 300 m³/h

Figura 21 – Triturador

O triturador é dotado de facas e telas que podem regular o diâmetro de saída. Tornando assim o produto final bem homogêneo. E isso garante uma melhor qualidade e um maior rendimento do processo de gaseificação.

Após passar pelo triturador as partículas orgânicas serão encaminhadas, via esteira que já acompanha o triturador, ao gaseificador, reator responsável pela conversão do resíduo e gás de síntese. Deve-se prever a utilização de um caminhão com caçamba basculante que por fim levará o material para o pátio de estocagem de material classificado, em casos de manutenção do gaseificador ou eventuais paradas da URE.

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12.2.3.5 CAMINHÃO CAÇAMBA BASCULANTE

Especificações técnicas ANEXO 2

Figura 22 – Caçamba Basculante

O caminhão fará todo o deslocamento necessário do material orgânico no interior da usina.

12.2.3.6 PÁ CARREGADEIRA Especificações Técnicas ANEXO 3

Figura 23 – Pá Carregadeira

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A pá carregadeira trabalhará em duas frentes. A primeira é no auxílio ao manejo e recepção dos resíduos sólidos urbanos quando necessário e também no carregamento da caçamba do caminhão.

A segunda é no carregamento da moega com a matéria prima depositada no galpão auxiliar da moega (capacidade de 600 m³) durante o final de semana.

12.2.3.7 BENEFICIAMENTO E ESTOQUE - ESTRUTURA METÁLICA Como cobertura da linha de produção, pátio de recepção do RSU e estoque de material classificado, serão utilizadas coberturas metálicas. Estima se uma área de aproximadamente 2.000 m², dividida em 4 seções: 1º Recepção de RSU, capacidade de armazenagem de 500 t. de RSU, proporcional a dois dias de recepção, galpão auxiliar da moega; 2º Triagem e estoque de materiais recicláveis destinados à venda; 3º Armazenagem de resíduo orgânico classificado, destinado à gaseificação, com volume de estocagem de 600 m³ galpão auxiliar durante o final de semana. .Especificações Técnicas Feita sob encomenda.

Figura 24 – Galpões estruturas metálicas

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12.2.3.8 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS A estação compacta para tratamento de esgoto doméstico é ideal para tratamento de esgoto sanitário de residências de alto padrão, pequenos condomínios, pousadas e hotéis, estabelecimentos comerciais, fábricas, entre outros, conforme NBR7.229/93 e NBR 13.969/97. Sua capacidade de tratamento de esgoto é para até 9m³/dia (9.000l/dia), atendendo assim até 90 usuários. O equipamento possui 1,5m de diâmetro e as unidades são fabricadas em PP (Polipropileno) com proteção anti-UV, oferecendo excelente resistência química e mecânica. A área necessária para implantação é de até 20 m². O sistema é composto por reator anaeróbio (RAFA ou UASB), filtro biológico percolador de aeração natural (FBP) ou filtro biológico aerado submerso (FBAS) com anéis plásticos de enchimento e aeração por soprador de ar e difusores, acoplado com decantador secundário. O sistema possui como forma opcional à inserção de caixa de gradeamento, separador de areia e óleo, elevatória de esgoto, filtros de areia, sistema de desinfecção por cloro, e sistema de desodorização de maus odores por carvão ativado. Este sistema de tratamento de esgoto pode ser enterrado ou aparente, em ambos os casos é necessária a construção de bases em concreto (Radier) cujo projeto é fornecido por conta do fornecedor da ETE.

Figura 25 – ETE

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12.2.3.9 CISTERNAS Especificações técnicas Quantidade 5 Capacidade por unidade: 25 m³, 25.000 litros; Construção: aço carbono; Revestimento: interno pintura em epóxi; Finalidade: Captação de águas pluviais, (chuvas)

Figura 26 – Cisternas

12.3 EQUIPAMENTOS QUE COMPREENDEM A PARTE DE VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DO RSU Para a determinação dos equipamentos utilizados para a valorização energética do RSU, foi adotado o ciclo de RANKINE, aplicando simplesmente os seguintes equipamentos em condição Turn Key:

i. Gaseificador e periféricos; ii. Caldeira e periféricos; iii. Turbo gerador e periféricos;

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Nota 1: Poderão ser aplicados também, sistemas de ciclo combinado, com turbina a gás (1), ou ciclo fechado com motores de combustão interna (2). Para metodologia de cálculos de investimento e amortização, o modelo aqui aplicado foi o ciclo de RANKINE eficiência >22%, o que não desconsidera a aplicação de (1) e (2) citados, porém os valores de investimento (1) e (2) não serão citados neste relatório. Gaseificador e periféricos

Especificações técnicas Capacidade: 10,5 ton/h RSU; Produção: 7.307m³/h de gás de síntese com 8935 kcal/kg e 2.083 kg/h de óleo (10.300 kcal/kg). Caldeira e periféricos Especificações técnicas Pressão: 42 kgf/cm²; Temp. vapor superaquecido: 440 ºC; Vazão de vapor: 85 ton/h; Sistema de queimadores: Gás e óleo independentes;

Figura 27 – Foto ilustrativa da caldeira gás

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Turbo gerador e periféricos Especificações técnicas Turbina: Condensação pura com admissão: Pressão 42 kgf/cm²; Temp. vapor superaquecido 440 ºC; Vazão de vapor 85 ton/h; Produção: 20.000 KW/h e/ou 20,0 MW/h;

Figura 28 – Foto ilustrativa Turbo Gerador

12.4 Ponto de Conexão da URE ANEXO 4 modelo de procedimento CEEE; ANEXO 5 modelo de procedimento HIDROPAM; ANEXO 6 modulo 3 ANEEL - procedimentos para conexão às redes de distribuição;

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O ponto de conexão poderá ser opcional, pois o local de instalação da URE, está situado aproximadamente a 17 KM da subestação 69 kv da Hidropam; 40 KM da subestação 69 kv da CEEE, na cidade de Cruz Alta e a 3.000 metros do local de instalação da URE passa uma rede de alta tensão, 69 kv (CEEE), podendo ser analisada a derivação desta ao ponto de conexão criando-se uma subestação, porém ambos os casos deverão ser analisados mediante a informação e consulta de acesso para a execução posteriormente do parecer de acesso. 12.5 Quadro de Funcionários

Tabela 04 - Quadro de Funcionários previstos

Função Un Jornada h Salários

R$ Encargos sociais R$

Custo total R$

Gerente geral 1 8 2.864,48 1.592,89 4.457,37 Administrativo 2 8 915,45 661,75 3.154,40 Supervisores 2 8 1.522,56 1.024,53 5.398,70 Operadores 6 8 1.015,04 757,82 11.246,20 Auxiliares operação 6 8 732,36 574,28 7.839,40 Serviços gerais 2 8 716,20 600,73 2.776,93 Motorista máquinas 3 8 716,20 600,73 4.165,41 Balança 1 8 716,20 600,73 1.388,47 Moega 1 8 716,20 600,73 1.388,47 Catadores 20 8 716,20 600,73 27.769,40

TOTAL 43 44 hs/Semana TOTAL ANUAL 834.970,00 Fonte: Legisweb, 2012 - base salarial; NC Net, 2012 - encargos sociais.

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Tabela 05 – Base para cálculo salarial

Fonte: Legisweb, 2012 - base salarial; NC Net, 2012 - encargos sociais

12.5.1 DETERMINAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DE CADA FUNCIONÁRIO 12.5.1.1 Gerente Geral Deverá exercer a gerência dos serviços administrativos, das operações financeiras e dos riscos em empresas industriais, comerciais, agrícolas ou de serviço, incluindo-se as do setor bancário, cuidando da administração dos recursos humanos, materiais e de serviços de sua área de competência. Ainda, planejar, dirigir e controlar os recursos e as atividades da usina, com o objetivo de minimizar o impacto financeiro da materialização dos riscos.

Competências: - gerir rotinas administrativas e financeiras - gerenciar riscos - planejar processos administrativos, financeiros e de riscos - gerenciar pessoas - administrar recursos humanos e serviços terceirizados - administrar contratos de transferência de riscos - atender cliente interno e externo - zelar pela segurança, higiene e saúde no trabalho - comunicar-se.

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12.5.1.2 Administrativo Atuará no processamento de salários e contratação de novos funcionários, organização dos documentos a enviar para o contabilista e uma série de trabalhos relacionados com o faturamento, bancos e fornecedores. 12.5.1.3 Supervisor Atuará no planejamento e controle da execução dos trabalhos diários. Além disso, ainda terá como atribuição a compra e controle dos equipamentos de segurança. Será escolhido por experiência na área de processamento da usina. Ou ainda, por aproveitamento nos cursos gratuitos ministrados pelos fornecedores de equipamentos (esteira, triturador, embaladora, selecionador magnético, peneira rotativa e demais equipamentos destinados ao processamento do lixo).

12.5.1.4 Catadores • 2 ficarão responsáveis pela abertura dos sacos plásticos (rasga - sacos); • 10 ficarão responsáveis pela separação de papel e papelão; • 4 ficarão responsáveis pela separação de materiais ferrosos e não ferrosos;

• 1 ficará responsável pela separação de plástico cor; • 1 ficará responsável pela separação de plástico cristal; • 1 ficará responsável pela separação de vidro; • 1 ficará responsável pela separação de outros materiais (pilhas, baterias,

borracha, couro e materiais não recicláveis); 12.5.1.5 Serviços Gerais 1 faxineira trabalhando no perímetro que compreende a loja, escritórios, alojamentos, recepção e expedição. 1 trabalhando no perímetro da linha de processamento. Tendo como funções principais manter a limpeza do pátio, aumentar a umidade das leiras quando necessário e manutenção do sistema de canos e bomba bem como do sistema de coleta de água da chuva.

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12.5.1.6 Moega 1 funcionário da moega e prédio auxiliar da moega deverá auxiliar no descarregamento do lixo e no controle do fluxo de caminhões coletores. 12.5.1.7 Balança 1 funcionário da recepção deverá operar a balança rodoviária e controlar as aferições diárias de entrada de lixo na usina. 12.5.1.8 Operador de Máquina 1 operando a pá carregadeira; 1 motorista de caminhão; 1 veículo utilitário; 12.5.1.9 Operadores 6 irão atuar sobre a operação direta da central termoelétrica, URE, operadores, responsáveis pela operação do gaseificador, da caldeira e do turbo gerador. 12.5.1.10 Auxiliares de operação 6 irão atuar sobre a operação em campo auxiliando o operador da central termoelétrica, URE, operadores, responsáveis pela organização do setor e coleta de dados em campo, assim como operação dos periféricos da UTE. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, 2014. 13 INVESTIMENTOS

Todo o gasto com imobilização de ativos. Na Tabela abaixo encontram-se descritos os equipamentos necessários, bem como o valor total estimado, para a implantação da usina.

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Tabela 06 – Investimentos para implantação da URE-RSU

Descriminação Unidades Quantidade Custo Un./R$ Custo total R$ Terreno M² 50.000 00,00 00,00 Estruturas metálicas M² 2000 388,00 776.000,00 Obras Civis M² 2000 760,00 1.520.000,00 Pá Carregadeira UN 1 165.000,00 165.000,00 Caçamba Basculante UN 1 115.000,00 115.000,00 Triturador resíduos UN 1 184.000,00 184.000,00 Balança Rodoviária UN 1 78.000,00 78.000,00 Esteira transportadora UN 1 135.000,00 135.000,00 Moega UN 1 150.000,00 150.000,00 Extrator magnético UN 1 46.000,00 46.000,00 Cisternas 25000 L 5 6.200,00 31.000,00 ETE UN 1 138.000,00 138.000,00 Moveis e utensílios 16.300,00 16.300,00 Ferramentas 1.000,00 1.000,00 Licenças 356.000,00 356.000,00 Projetos 240.000,00 240.000,00 Imprevistos 136.000,00 200.000,00 Máquinas e equipamentos para gaseificação e geração de energia 60.848.700,00 TOTAL 65.000.000,00

Tabela 07 – Custo fixo anual da URE-RSU Descriminação Unidades Quantidade Custo Un./R$ Custo total R$ Telefone 4.200,00 Internet 1.440,00 Fatura de energia 214.200,00 Combustível 115.000,00 Salários 834.970,00 Manutenção 0,8% faturamento 184.000,00 Material de limpeza 7.200,00 EPI 21.600,00 Material de escritório 5.400,00 Diversos 1,0% do faturamento 230.000,00 Despesas financeiras 4,0% do faturamento 920.000,00 Seguros 0,5% do faturamento 115.000,00 Venda de energia 2,5% do faturamento 575.000,00 TOTAL 3.228.010,00

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14 Análises de viabilidade de implantação da URE RSU “Para ilustração na formação de consórcios e parcerias para o

empreendimento, a apresentação ilustra o projeto de implantação da URE,

transformadora de resíduos sólidos e conversão de energia elétrica, destinada

a formatação e estruturação para formação de consórcio ou investidores”.

14.1 Viabilidade e amortização O estudo que será apresentado tem como base a implantação de uma URE para processamento de 250 ton/dia de (RSU) resíduos sólidos urbanos, 10,42 ton/h RSU, com produção aproximada de 17 MW/h. Para a projeção de lucros e custos serão projetados dois cenários de comercialização da energia sendo estes: “O primeiro” CENÁRIO PESSIMISTA, visa a venda de energia no mercado, em longo prazo, com contrato de no mínimo dez (10) anos, totalizando somente a venda de energia líquida.

Tabela 08 - Receita com a venda de energia elétrica primeiro caso Descrição Unidade Valores Valor objetivado por MW/h (médio) R$ 155,00 Produção horária em MW/h exportável MW/h 16 Período anual de produção h 7884 Produção de energia prevista para o ano MW 126.144 Receita anual com a venda de energia R$ 19.552.320,00

Tabela 09 - Receita com o tratamento do RSU/materiais utilizáveis primeiro

caso Descrição Unidade Valores RSU recepcionado diàriamente Ton. 250 RSU recepcionado por ano Ton. 90.000 Valor objetivado por tonelada de RSU R$ 00,00 Receita bruta com o tratamento do RSU R$ 00,00 Venda de reutilizáveis, metais e plásticos e outros recicláveis por ano

R$ 00,00

Receita bruta anual R$ 00,00

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Tabela 10 - Projeções e resultados primeiro caso

Descrição Unidade Valores Venda e energia elétrica ano R$ 19.552.320,00 Receita com o tratamento do RSU ano R$ 00,00 Venda de reutilizáveis R$ 00,00 Receita total R$ 19.552.320,00 Custo Operacional da planta ano R$ 3.228.010,00 Saldo anual R$ 16.324.310,00 Investimento Previsto R$ 65.000.000,00 PAY BACK - Meses 64 – 5,3 anos Construção Meses 16 Exploração para amortização Meses 48

“O segundo” CENÁRIO OTIMISTA, visa a venda de energia no mercado, em longo prazo, com contrato de no mínimo dez (10) anos totalizando a venda de energia de 12 MW/h e a exploração na venda de 4,0 MW/h no mercado Spot (PLD) e a venda dos materiais recicláveis, os reutilizáveis.

Tabela 11 - Receita com a venda de energia elétrica segundo caso

Descrição Unidade Valores Valor objetivado por MW/h (médio) R$ 155,00 Produção horária em MW/h exportável MW/h 12 Período anual de produção h 7884 Produção de energia prevista para o ano MW 94.608 Receita anual com a venda de energia R$ 14.664.240,00 Valor objetivado por MW/h (médio) SPOT R$ 280,00 Produção horária em MW/h exportável MW/h 4,0 Período anual de produção h 7884 Produção de energia prevista para o ano MW 31.536 Receita anual com a venda de energia R$ 8.830.000,00 Receita anual com venda de energia no modelo aplicado

R$ 23.494.320,00

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Tabela 12 - Receita com o tratamento do RSU/materiais utilizáveis segundo caso

Descrição Unidade Valores RSU recepcionado diàriamente Ton. 250 RSU recepcionado por ano Ton. 90.000 Valor objetivado por tonelada de RSU R$ 35,00 Receita bruta com o tratamento do RSU R$ 3.150.000,00 Venda de reutilizáveis, metais e plásticos e outros recicláveis por ano

R$ 870.000,00

Receita bruta anual R$ 4.020.000,00

Tabela 13 - Projeções e resultados segundo caso Descrição Unidade Valores Venda de energia elétrica p/ano R$ 23.494.320,00 Receita com o tratamento do RSU p/ano + reciclaveis R$ 4.020.000,00 Receita total R$ 27.514.320,00 Custo Operacional da planta/ano R$ 3.228.010,00 Saldo anual R$ 24.226.310,00 Investimento Previsto R$ 65.000.000,00 PAY BACK - Meses 48 – 4,0 anos Construção Meses 16 Exploração para amortização Meses 32

“Assim diante das informações contidas neste documento e a premente necessidade de se

obter resultados eficazes para a correta destinação do RSU colocamos à disposição do

investidor interessado, instituições financeiras, cooperativas, fundos de investimentos,

associações e por que não dizer da humanidade, pois nossas ações são capazes de reverter a

desastrosa e incômoda situação dos resíduos sólidos urbanos”.

15 CONCLUSÃO Com a análise é possível afirmar que o projeto da usina pode tornar-se uma forma adequada para tratamento do lixo do Município de Panambi.

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Também é válido ressaltar que a cidade terá um grande avanço do ponto de vista social, econômico e tecnológico. Uma vez que, implantada a usina, o ganho não será apenas pela geração de emprego mas também pela redução drástica de poluentes. Nesse contexto, é possível também salientar o orgulho para os cidadãos da cidade de Panambi de saber que todo o seu lixo é devidamente tratado e que eles também contribuem para isso. Relacionado ao projeto, afirma-se que é economicamente viável sua implantação. Espera-se que a análise da viabilidade de instalação da usina agregue uma maior reflexão à sociedade e principalmente aos nossos governantes.

Pois precisamos parar imediatamente de poluir o nosso meio, com dejetos que podem, comprovadamente, gerar recursos, empregos e satisfação à toda a sociedade.

Panambi, RS, 27 de Maio de 2014.

________________________________ Miguel Schmitt-Prym Prefeito Municipal e Secretário de Saúde Saneamento ___________________ __________________________ Gunter Ernesto Röpke Nome:............................... Engenheiro Agrônomo Engenheiro Civil CREA 9130-D PR CREA

_________________ _______________ ________________ Julio Goergen Elizete Moura Viviane Karrer Secretário da Smaic Secretária Adjunta Chefe de Gabinete

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ANEXO 01

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ANEXO 02

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ANEXO 03

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ANEXO 04

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ANEXO 05

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ANEXO 06

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ANEXO 07

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ANEXO 07