revista canção nova de outubro de 2015

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Ano XIII - Nº 178 - Outubro de 2015 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador clube.cancaonova.com ISSN 1806-1494 r e v i s t a ENTREVISTA COM CARDEAL DOM ODILO SCHERER Cardeal fala sobre Ideologia de gênero

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A Revista Canção Nova é, acima de tudo, um instrumento de evangelização. Ela é um canal eficaz de comunicação da Canção Nova com os seus sócios, oferecendo a eles oportunidade de conhecer melhor esta obra e missão, levando conteúdos atuais e de evangelização, sempre anunciando o Cristo vivo e vivido.

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ENTREVISTA COM CARDEALDOM ODILO SCHERERCardeal fala sobre Ideologia de gênero

2 Revista Canção Nova OUTUBRO 20152 Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

3Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

CaRta ao leitoR

Cachoeira Paulista- SP - BrasilCaixa Postal 57 CEP 12630-900Tel: 55 (12) 3186 2600 [email protected]

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Impressão: ESdEva IndúSTRIa GRáfICa S.a.

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FuNdadoR da ComuNidade CaNção Nova: Monsenhor Jonas abib PReSideNte da FJPii: Monsenhor Jonas abib diRetoR exeCutivo da FJPii: Wellington Silva JardimJoRNaliSta ReSPoNSável: Osvaldo Luiz/MTB 23094CooRdeNação: Marelena RibeiroaSSiSteNte de CooRdeNação: Joel Prado nettoPRodução e aSSeSSoRia: Lucas Mendes, Gabriela Brombini e Mariana nepomucenoReviSão oRtogRáFiCa: José ExpeditodiReção de aRte: agência de Publicidade Canção novaPRoJeto gRáFiCo: Maria alice figueira Campos e Mariana BuenodiagRamação: felipe Marcondes M. alvesdeSigNeRS: felipe Marcondes M. alves, CaPa: felipe Marcondes M. alvesFoto de CaPa: arquidiocese de São Paulo

oSvaldo luiz Jornalista Responsável

www.twitter.com/osvaldoluiz_

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A Igreja, neste mês das missões, se volta mais uma vez à família, unida em oração pelo Sínodo, com

o tema “A Vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, a ser realizado no Vaticano entre os dias 4 e 25 de outubro. E a Revista Canção Nova volta a destacar o assunto: nas páginas centrais uma entrevista do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer – que estará no Sínodo – sobre a polêmica Ideologia de Gênero. Em Palavra da Igreja, Dom João Inácio Müller fala da profundidade do casamento: “Quando um homem e uma mulher se unem em matrimônio, Deus se reflete neles”.

Monsenhor Jonas Abib, em sua carta “Deus quer a santificação da sua família”, traz orientações preciosas: “Gritar com o filho, xingar e bater, reagir com ira não resolve. Cólera é a irritação… Às vezes, você é obrigado a corrigir e castigar, mas nada disso pode ser feito com ira… Pais não podem ficar falando mal dos filhos. Cuidado, porque o que você fala é semente”. E conclui: “A sua família não é simplesmente humana, mas vontade de Deus!”

No + Vida, Dra. Elizabeth Kipman detalha aspectos do desenvolvimento da criança na gravidez. Numa época em

que tentam “vender” a ideia de que ainda não há “muita coisa” até 3, 4 meses de gestação, a médica revela que com apenas 5 gramas e 3 centímetros o embrião já tem seu organismo completo, até suas impressões digitais…

Luzia Santiago destaca, a partir de dois testemunhos, que ser missionário é servir com simplicidade. No espaço A Bíblia foi escrita para você, padre Fabrício nos convida a buscar o que permanece e não se deixar levar por “uma cultura que exalta tudo o que é perecível”. Já professor Felipe Aquino escreve nos preparando para os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida e os 100 anos das aparições de Fátima, a serem comemorados em 2017.

Tem ainda o Ação Jovem com uma reflexão sobre o papel da mulher e o artigo do Wellington Silva Jardim (Eto) sobre a Água Canção Nova: que “para além da sede física, a Canção Nova sacie com a ‘água viva’, com a ação do Espírito Santo”.

Um outubro de muita paz e felicidade para você e sua família!

FamÍlia e miSSão

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PalavRa do FuNdadoR

moNSeNHoR JoNaS aBiB fundador da Comunidade Canção nova

padrejonas.cancaonova.com www.twitter.com/padrejonasabib

Você precisa levar Jesus e o Espírito Santo a cada pessoa

da sua família. Esta é a receita para que você e sua casa sirvam ao Senhor. Precisamos pedir o Espírito Santo sobre todos da nossa casa. Somente assim, poderemos dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15).

O tempo é urgente! É preciso colaborar na salvação de cada um dos nossos. Eu estaria mentindo se dissesse que está tudo bem, que você pode deixar os seus na situação em que estão, porque ainda há muito tempo. Nossa luta não é contra forças humanas, mas contra o próprio inimigo.

O inimigo sabe como trabalhar

os ressentimentos dos fi lhos e transformá-los em revolta. A revolta que os fi lhos têm sentido pelos pais não é deles. É como um nódulo canceroso que o inimigo criou e cultivou. É preciso extirpar enquanto é tempo.

Gritar com o fi lho, xingar e bater, reagir com ira, não resolve. Cólera é a irritação, a raiva, o rancor que sentimos até mesmo diante de coisas erradas. O Senhor quer nos convencer de que o remédio humano que estamos usando não funciona. Deus nos ensina que o remédio, a solução, é o amor.

Às vezes, você é obrigado a corrigir e castigar, mas nada disso pode ser feito com ira. O Espírito Santo é quem semeia o amor em nós. Pais e fi lhos

deuS queR a SaNtiFiCação da Sua FamÍliaprecisam usar o amor que têm semeado no próprio coração.

Precisamos acabar com a nossa má vontade dentro de casa. Às vezes, damos desculpas: “Cheguei cansado!” Mas, cansaço não é desculpa. O amor supera tudo, também o cansaço. Deus já semeou em nós a “boa vontade”. É preciso usá-la também nas horas difíceis.

Pais não podem fi car falando mal dos fi lhos. Cuidado, porque o que você fala é semente. E o inimigo está querendo que essas sementes caiam e frutifi quem. Suas palavras precisam ser bênção. Há muita malvadeza em nossos corações. Fazemos maldades uns com os outros. É preciso arrancar toda a maldade do nosso coração, as grosserias, as palavras pesadas, os palavrões…

Quantas revistas, fi lmes, quadros, pôsteres que entram na nossa casa e que nunca deveriam ter entrado, pois poluem o nosso lar! Podemos pensar que não farão mal algum, mas se levamos lixo para dentro de casa, logo aparecem o mau cheiro, as moscas, as baratas… Essa sujeira espiritual em sua casa faz dela o lugar ideal para forças do mal se instalarem.

Sua casa não pode guardar lixo. Esta é a vontade de Deus: a santifi cação da sua família! A nossa casa é santa, porque proveio de Deus. Mesmo com todos os problemas, foi Deus quem a quis. A sua família não é simplesmente humana, mas vontade de Deus!

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dom João iNáCio mÜlleRBispo da diocese de Lorena-SP

PalavRa da igReJa

Nosso Papa tem algumas frases, digamos, exatas – aprendeu de Jesus! Uma dessas é sobre o casamento.

Afirmou: ‘o casamento nos conduz ao coração do projeto de Deus, que é um projeto de aliança com seu povo, com todos nós: um projeto de comunhão’. Creiamos: a

comunhão é possível. Para isso fomos criados – todos nós! – “Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança” (Gn 1, 26). Deus não é solidão, mas comunhão, Família: Pai e Filho e Espírito Santo.

O Papa Francisco diz que, antes de tudo, ‘somos criados para amar, como reflexo de Deus e do Seu amor’, e que é na união conjugal entre o homem e a mulher que se realiza esta vocação, ‘no sinal de reciprocidade e de comunhão de vida plena e definitiva’. Quanta dignidade expressa nesta frase. Deus nos deu esta dignidade. Somos criados e chamados à excelência da vida divina – somos vocacionados a nos assemelhar com Deus: “Sede perfeitos como é vosso Pai, que está no céu” (Mt 5, 48).

Quando um homem e uma mulher se unem em matrimônio, Deus ‘se reflete neles’. Da mesma maneira, como indica São Paulo, na Carta aos Efésios: nos esposos cristãos reflete-se “a relação instaurada de Cristo com a Igreja, uma relação esponsal” (Ef 5, 25). Indaguemos: como é o amor que Jesus nutre por Sua Esposa, a Igreja? Eis as características: fidelidade, perseverança e fecundidade. Estas são também as características de um autêntico casamento cristão: que seja fiel, indissolúvel e fecundo.

Sabemos que isso nem sempre é fácil. Nem tudo foi fácil na vida de Jesus. Olhemos Sua Agonia no Getsêmani! Contudo, nosso Senhor foi acolhendo toda a missão que do Pai recebera e buscou ser fiel, perseverante e fecundo, mesmo na dor e na derradeira morte: na Sua entrega de vida na Cruz. Em Cristo, nossa identidade e nossa vocação profundas resplandecem. Jesus Cristo foi fiel. Este ‘sinal’ de Cristo contém uma mensagem sempre válida. Destarte: somos criados capazes de fidelidade e de perseverança. Sim, nem sempre será fácil, mas a fidelidade, a indissolubilidade e a fecundidade são possíveis e próprias da identidade profunda da pessoa humana.

A Igreja pensa e proclama ser ‘bonito, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje. Isto é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade’, e fundamental para nossa sociedade. Mais uma vez, a solidária palavra de Francisco: ‘É-nos pedido colocar em evidência o luminoso plano de Deus sobre a família e ajudar os cônjuges a vivê-lo com alegria em sua existência, acompanhá-los em tantas dificuldades, com uma pastoral inteligente, corajosa e plena de amor’.

Santo Antônio, em suas pregações sobre o matrimônio, lembrava: só podem se unir em matrimônio pessoas que têm fé e entendem ser este o caminho vocacional para viver o Evangelho; os que se amam: amam no amor de Cristo, do jeito de Cristo, como Ele amou: “dando sua vida”; os que quiserem empenhar toda a vida em tornar o outro melhor; os que quiserem empenhar toda a sua vida em conduzir o outro a Deus: buscar tornar o outro santo.

o matRimôNio iNdiSSolúvel é PoSSÍvel!A fAmíliA é o pilAr fundAmentAl dA sociedAde.

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luzia SaNtiago Cofundadora da Comunidade

Canção nova twitter.com/luziasantiago

luziasantiago.cancaonova.com

PalavRa em deStaque

SeR miSSioNáRio é serVir com simplicidAde!

Jesus chamou os seus discípulos e deu várias instruções a eles. Uma delas é de ser simples

como as pombas.Isto me fez recordar do tempo que Monsenhor

Jonas, ainda padre jovem, pregava o encontro pes-soal com Cristo e com entusiasmo cantava aos jo-vens ensinando-lhes a orar, estudar a Bíblia e a vi-ver a alegria do evangelho. Sua empatia e doação atraia as pessoas para Deus. Com a simplicidade evangélica e a ousadia, ele fez o convite aos jo-vens: quem estava disposto a deixar pai, mãe, ir-mãos, trabalho, namoro, e dar um ano de sua vida para Cristo e viver em comunidade para evangeli-zar? Alguns aderiram a esse chamado, entre eles eu, que aspirava ir além do meu servir a Jesus. Começou assim, em 1978, a Comunidade Canção Nova, com a missão de uma vida inteiramente consagrada a Deus para o resgate das almas.

Mas qual é a nossa característica maior? Somos carismáticos e traze-mos em nosso testemunho o Cristo vivo e a experiência do batismo no Espírito Santo, na certeza da vinda gloriosa de Jesus. Somos missioná-rios, trazemos os traços do nosso fundador: a simplicidade e o ardor no evangelizar.

Neidinha, missionária da comu-nidade Canção Nova há 18 anos, escreveu-me sobre sua vida mis-sionária nos Estados Unidos: “Em-bora eu viva em um país de muitas oportunidades, envolvida por toda espécie de tentação: da riqueza, do possuir, do prazer, do poder, do pas-sageiro... Olho para essas realidades externas e faço a escolha de abraçar uma vida simples. O sentido do meu ser missionário está em Cristo Jesus; abraçar a Jesus é exigente, requer o foco no servir, acolher, viver com o necessário, depender em tudo unica-mente de Deus.

Um dos maiores desafi os da minha experiência é ser fi el no seguimento a Cristo; com a sua graça, embora fraca e cheia de limitações, a passos lentos, eu tenho sempre encorajado meu coração a responder de forma pronta e alegre o meu sim à missão.

Entendi que sem uma vida de intimidade com ele, sem a sua graça, é muito difícil manter-se no seu seguimento...”

Viver a simplicidade, inculturar-se, aprender o idioma, conservar a fé e fazer jus ao espírito de serviço é o grande desafi o para os missionários em terras estrangeiras. Mas não somente para es-ses, também para nós que um dia respondemos ao Senhor: Eis-me aqui, envia-me!

No mês das missões, oremos por todos os mis-sionários que dão à vida no serviço da evangeliza-ção! Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões, rogai por nós!

Neidinha, missionária da comunidade Canção Nova em visita a Basílica da imaculada Conceição,Washington, Estados Unidos

Fotografi a: Larissa Carvalho

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WelliNgtoN Silva JaRdim Cofundador da Comunidade Canção nova www.twitter.com/etocneto.cancaonova.com

admiNiStRação e vida

água CaNção Nova

mim e beba”. E fez uma bela oração de que, para além da sede física, a Canção Nova sacie com a “água viva”, com a ação do Espírito Santo”.

A Providência Divina agiu desde o início quando adquirimos a Fazenda São Bento, no trevo de acesso da Dutra na entrada da cidade. Sempre víamos aquela pista molhada e mais tarde, percebemos que existiam várias minas d’água dentro da propriedade. Chamamos uma empresa especializada e o primeiro poço foi perfurado para a verifi cação da qualidade da água. Foi constatado que era água mineral. Daí foi feita a medição da vazão da água e foi verifi cada uma vazão de 7.200 litros de água por hora. Não é uma vazão muito grande, mas é considerada uma boa vazão. A extração da água é uma concessão federal, portanto, é necessário prestarmos contas ao governo de quanto se extraiu de água, recolher impostos e outras exigências.

A Água Canção Nova tem uma ótima composição. Contém cálcio, estrôncio, magnésio, bicarbonato, silício e potássio. É captada da Fonte São Bento de um aquífero cristalino, entre as Serras do Mar e da Mantiqueira, possui um pH 7.8 alcalino e com propriedades físico-químicas específi cas.

Vejam como Deus é Pai. Além de saciar o povo de Deus, essa água vai ser mais uma fonte de manutenção da Canção Nova. Quando você compra as garrafi nhas de água você está ajudando diretamente o Projeto Dai-me Almas.

Deus abençoe a todos! E rezemos em agradecimento a Deus por essa fonte de água viva que brotou na Canção Nova.

Seu irmão,

Eto.

Prezados a Paz.

Meus amigos,

Recebemos um grande presente de Deus: a Água Mineral Canção

Nova. Se você visitou a Canção Nova aqui em Cachoeira Paulista, em algum evento neste ano, com certeza deve ter experimentado a água da garrafi nha de 510 ml.

Mas o que tem a ver água com a missão de evangelizar? Eu respondo a você com a refl exão que o padre Jonas fez na missa de inauguração da mineradora. Ele lembrou do começo da Bíblia: “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Também de Jesus: “se alguém tiver sede, venha a

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Pe. FaBRÍCio aNdRadeformador Geral da Comunidade

Canção novatwitter.com/pefabriciocn

a BÍBlia Foi eSCRita PaRa voCê

A Palavra de Deus deve sempre provocar uma mudança nas nossas

vidas, nos fazendo mais próximos da vontade de Deus. A Palavra sempre nos convoca para uma conversão. Se ela não acontece, certamente não é por fraqueza da Palavra, mas pela falta de acolhida das provocações do Evangelho. Vamos abrir nosso coração e deixar que Deus nos ajude a sermos melhores. Um momento de oração e silêncio deixa o espaço preparado para nos alimentarmos da Palavra. Meditaremos o evangelho de João 6,22-29. Leia o texto com atenção, pegue sua Bíblia, se sentir necessidade,

leia mais de uma vez, você não estará perdendo tempo, mas investindo na sua vida espiritual.

Existe uma multidão que está procurando por Jesus, porém no Evangelho o próprio Jesus deixa claro que as motivações que fizeram com que aquela multidão O buscasse eram superficiais e passageiras. É preciso que sejamos sinceros com Deus e conosco mesmo. Por que você procura por Jesus? Qual é o seu interesse? São perguntas que precisam ser respondidas para que eu e você tenhamos clareza se de fato buscamos

“a pessoa” de Jesus ou se queremos “as coisas” que Jesus pode dar!

No texto, Jesus aconselha a multidão: “Trabalhai não pelo

em BuSCa do que PeRmaNeCealimento que PERECE, mas pelo alimento que PERMANECE até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará.” São realidades opostas: perecer e permanecer. Porém, muitas vezes nos confundimos e invertemos nossa busca espiritual, deixamos para um segundo ou último lugar realidades que permanecem. Somos filhos de uma cultura que exalta tudo que é perecível e que nos desencoraja a buscar as coisas que permanecem, usando argumentos negativos e incompletos como: “pra conseguir isso você vai ter que sofrer muito e talvez nem valha a pena”, muitas vezes deixando claro

que é perda de tempo escolher o que permanece.

Jesus pode oferecer aquilo que permanece, mas é necessário que eu faça a escolha de sair do meio da multidão que busca unicamente as “coisas que perecem”, para poder fazer parte de uma enorme multidão, que hoje já busca em Jesus as “coisas que permanecem”. Jesus não se deixa enganar, Ele conhece as intenções do coração de cada ser humano. Mesmo que estejamos misturados numa multidão, Jesus sabe reconhecer as motivações que cada um traz no seu coração.

Este é o momento em que você pode fazer uma nova escolha e tomar parte no meio da multidão que busca em Jesus

“as coisas que permanecem”. Neste mês, a Palavra está lhe provocando a fazer uma escolha, não seja covarde ou omisso: a decisão é sua!

No final do evangelho, a multidão que buscou Jesus por causa dos pães, tem agora um outro interesse e faz a pergunta: “que devemos fazer para praticar as obras de Deus?” As pessoas foram amadurecendo seus interesses e trilhando um lindo caminho de aproximação com a vontade de Deus. O próprio Jesus aponta o caminho: “a obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

Convertidos pela Palavra vamos

passando para um estado de saúde na fé, onde somos parte da multidão que entendeu que a busca por aquilo que permanece precisa vir em primeiro lugar. Para viver esta vida aqui na terra, necessitamos de muitas coisas perecíveis, mas para chegarmos à Vida Eterna, o caminho é feito das realidades que permanecem. Quem se deixa tocar pela Palavra de Deus, sabe trilhar esse caminho de maturidade cristã, sem beirar o precipício do fanatismo e do fundamentalismo.

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10 Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

A edição do mês de outubro, da Revista Canção Nova, traz uma

entrevista com o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, abordando um tema extremamente atual e delicado: ideologia de gênero.

Essa ideologia ensina que o gênero (sexo da pessoa) é algo construído pela sociedade e pela cultura, assim, defende a tese de que ninguém nasce homem ou mulher, mas pode escolher o que quer ser. Segundo a ideologia de gênero, comportamentos e defi nições do ser homem ou mulher não são condições biológicas, dadas pela natureza, mas pela cultura e pela sociedade.

Canção Nova: Por que a Igreja se ocupa de questões como da sexualidade? Muitos veem o sexo como algo privado, “entre quatro paredes”...

Dom Odilo Scherer: A Igreja procura apresentar a visão da antropologia cristã sobre a sexualidade e as implicações morais dos comportamentos sexuais, com o objetivo de

ajudar a viver a sexualidade conforme o desígnio amoroso de Deus.

Canção Nova: Na sua opinião, até onde a sexualidade deve ser abordada nas escolas?

Dom Odilo Scherer: Os pais deveriam ser os primeiros

educadores dos fi lhos em

11Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

questão de sexualidade, sobretudo no que se refere aos aspectos comportamentais e morais; a escola tem seu papel, enquanto aborda os diversos aspectos do conhecimento sobre a sexualidade; mas também ela deve ajudar a educar para comportamentos e atitudes corretas em relação à sexualidade. Os pais não deveriam renunciar a essa missão e acompanhar a educação passada aos fi lhos na escola.

Canção Nova: Os defensores da ideologia de gênero alegam que a abordagem nas escolas evitaria preconceitos. O senhor concorda?

Dom Odilo Scherer: A escola deve educar para a superação de vários tipos de preconceitos, sem colocar confusão na cabeça das crianças e adolescentes quanto à identidade sexual delas e deles.

Canção Nova: Ao ir contra a ideologia de gênero a Igreja não pode ser mal interpretada, como se favorecesse o preconceito e a violência contra os homossexuais?

Dom Odilo Scherer: Seria forçar as coisas, mas isso pode acontecer. A Igreja não incentiva nem aprova preconceitos contra ninguém. A ideologia de gênero pretende impor às escolas, através da lei, uma educação sexual ambígua e confusa, uma teoria segundo a qual ninguém nasce homem/masculino, ou mulher/feminina; e que a identidade sexual de uma pessoa

seria defi nida por ela mesma, de acordo com as circunstâncias da vida, a cultura que a rodeia e os gostos da própria pessoa. Isso está longe de ser científi co, nem é aceito por antropólogos sérios. E também contradiz a evidência e o bom senso.

Canção Nova: O senhor já mostrou preocupação de que essa identidade de gênero, num ambiente escolar, estimule a precocidade e uma vida promíscua, por quê?

Dom Odilo Scherer: Certamente, a educação sadia ajuda as crianças a se respeitarem reciprocamente. Se isso vale para o jogo de futebol, para as boas maneiras no trato com as outras pessoas e as coisas, por que não deveria valer também quando se trata da identidade masculina e feminina das crianças? Uma educação tolerante em relação à promiscuidade sexual, ou que até a estimula, vai acabar despertando comportamentos sexuais promíscuos lamentáveis e até condenáveis na vida adulta. Ademais, é importante respeitar as diferentes fases do desenvolvimento da pessoa, no corpo, na mente e na alma. A vida sexual ativa não precisa ser estimulada antes da hora.

Canção Nova: O Papa Francisco vê nesta questão de gênero uma “colonização ideológica”. Isto se aplicaria à nossa realidade brasileira?

Dom Odilo Scherer: Há uma forte militância internacional atrás da ideologia de gênero, que também atinge o Brasil.

Canção Nova: A Igreja teme que ao se atingir a formação sexual da criança e do adolescente com a ideologia de gênero, se atinja também a identidade cristã de que fomos criados “à imagem e semelhança do criador”?

Dom Odilo Scherer: A questão fundamental é a distorção

antropológica que está na base da ideologia de gênero: pretende-se “reconfi gurar” a identidade sexual das pessoas, não mais a partir da sexualidade corporal e física, que também marca a pessoa inteira; mas a partir de uma decisão subjetiva e arbitrária de cada um. Assim, dependeria de cada um decidir se quer ser homem ou mulher; o sexo físico não teria um signifi cado próprio. À luz da fé, afi rmamos que isso é contrário à ordem colocada por Deus Criador na natureza das coisas.

Canção Nova: Em artigo (*) sobre a ideologia de gênero, ao falar sobre as crianças que passam por dramas sexuais, o senhor argumentou que os conceitos de gêneros não os ajudariam, antes produziriam “lacerações interiores ainda mais profundas”. Por quê?

Dom Odilo Scherer: Se a pessoa não se reconhece bem no próprio corpo, fi ca dividida e vive infeliz. Penso que, se a ideologia de gênero se afi rmar e a busca de uma identidade sexual diversa daquela que é a própria, será preciso aumentar em muito o número de consultórios psicológicos e psiquiátricos num futuro próximo... O Papa Francisco também chama a atenção para esse problema na sua encíclica “Laudato sì”, sobre as questões ecológicas: “também o homem tem uma natureza, que deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece”. E acrescenta: “é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade e na sua masculinidade, para se reconhecer a si mesmo no encontro com o outro, que é diferente. (...) Portanto, não é salutar um comportamento que pretenda cancelar a diferença sexual, porque já não sabe confrontar-se com ela” (n° 155).

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Houve um momento preciso na união de dois gametas e surgiu

VOCÊ!Na escuridão e silêncio do interior

de 1mm das tubas de Falópio, aconteceu a vida, no total mistério. Enquanto embrião, recebeu nomes diferentes: zigoto, mórula. Depois, foi chamado feto, recém-nascido, criança, adolescente... Mas, foi sempre a mesma vida: VOCÊ!

E o que fez em seu esconderijo intrauterino? Os batimentos cardíacos foram identifi cados nos primeiros dias de atraso menstrual. Com 3 g e 2 cm, dava para gravar o eletroencefalograma; você dava pequenos “pontapés” e podia nadar; com 5 g e 3 cm, seu organismo completo com as mesmas impressões digitais que hoje estão em seus documentos! Com dois meses, você podia segurar o cordão e preferia o doce ao salgado. Mais duas semanas: chupava os dedos. Quatro meses, você dormia e sonhava; aos cinco, reconhecia sons e vozes.

A fecundação de um óvulo pode passar despercebida aos bilhões de seres humanos, mas irá infl uenciar o universo inteiro. Embora escape à nossa capacidade de observação, o momento do início de uma nova pessoa anuncia nova potencialidade física, psíquica e espiritual; e, sobretudo, em sua imagem e semelhança, é mais presença de Deus na terra de forma única porque Ele não se repete nunca.

O pecado pode esconder esta maravilha, porém, lá se encontra em toda sua potencialidade de amar e de ser amada. Só nós podemos guardar o Deus vivo em nós como já acontece em cada criança em gestação. Os pais desejam ter, em cada fi lho, a grandeza e a imortalidade: isto existe já em sua própria natureza humana a ser admirada no silêncio profundo de coração e de mente. É preciso superar infl uências da cultura atual ocupada com o superfi cial e esquecida do essencial; aponta para o consumo, conforto, prazer aparente. A paternidade e

maternidade responsáveis são uma exigência, mas quando já existe uma vida, tudo o mais deve se calar.

O aborto provocado, mesmo com assistência médica, aumenta a sobrecarga sobre a mulher com consequências, inclusive físicas, em seu próprio ser. A participação masculina fi ca insignifi cante. As gestantes que recebem apoio e carinho superam o confl ito evitando acrescentar o trauma do aborto ao trauma do susto de uma gravidez indesejada. Os jovens e crianças se formam no respeito à vida humana, a cada pessoa individualmente. A liberação do aborto está na raiz da violência interna em uma sociedade. O mistério da vida em cada criança está além de nossos projetos limitados: ela foi criada para o infi nito!

Como você começou?

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/produtoscn - Informações: (12) 3186-2600 loja.cancaonova.com24h

FeRNaNda SoaReSComunidade Canção nova

JornalistaTwitter e Instagram: @ferCn

Ser mulher é uma dádiva de Deus que refl ete a beleza de seu

criador. Porém, com as mudanças de mentalidades, ideologias contrárias ao cristianismo é necessário alicerçar a fé em Jesus Cristo para não perder a identidade feminina. Você sabe qual é a sua missão na humanidade? Para quê Deus criou você mulher? Já percebeu que o que antes era considerado “normal” agora é considerado “anormal”? Os valores estão mudando, e o pior é que parece que há uma conspiração mundial, que cada vez mais, propõe e aprova leis que ferem a dignidade do ser humano. Estamos inseridos num mundo desestabilizado. As pessoas estão perdendo a sua individualidade, a sua identidade.

A narração da criação do ser humano em gênesis diz: “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda” (Gn 2,18). Deus criou a mulher para que ela fosse auxiliar do homem. A palavra “auxiliar” pode causar um certo incômodo, afi nal, logo pensa-se que seja algo inferior. Entretanto, na origem da palavra auxiliar – que

QUAL A MISSÃO DA MULHER?

seu ser a feminilidade, características próprias do gênero, que constroem a sua pessoa. Na mensagem do Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio Vaticano II às mulheres, ele afi rma: “Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire na cidade uma infl uência, um alcance, um poder jamais conseguidos até aqui. É por isso que, neste momento em que a humanidade sofre uma tão profunda transformação, as mulheres impregnadas do espírito do Evangelho, podem tanto para ajudar a humanidade a não decair. (…)”

Portanto, convido você minha cara leitora a assumir a sua postura de mulher de Deus em todas as instituições que estamos inseridas. A sua postura feminina é capaz de transformar o mundo num ambiente mais terno, aconchegante, justo e nobre. Eu aceito o desafi o e você?

QUAL A MISSÃO DA MULHER?

vem do hebraico ezer kenegdo-, encontramos seu real signifi cado: socorro de Deus. Pode se dizer então que Deus quis fazer um “socorro Dele” para o homem.

Deus confi ou a nós mulheres a missão de socorrer o homem independentemente de qual seja a sua necessidade: espiritual, física, psicológica, profi ssional, etc. Um dos papéis da mulher na vida de um homem é conduzi-lo a Deus, socorrendo-o justamente naqueles momentos em que ele já não sabe mais o que fazer. Por isso, é fundamental gastar tempo amadurecendo o seu relacionamento com Deus para que Ele forme em você a mulher segundo o Seu coração. “São muitas as mulheres de valor, mas tu ultrapassaste a todas! O encanto é enganador e a beleza, passageira; a mulher que teme o Senhor, essa sim, merece elogios!” (Pr 31,29-30).

Toda mulher tem imprimido em

Da esquerda para direita: Luzia Santiago, Irmã Dulce, Sagrado Coração de Maria, Madre Teresa de Calcutá e Eliana Sá

Mul

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15Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

QUAL A MISSÃO DA MULHER?

15Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

FICHA DE CADASTRO - SÓCIO EVANGELIZADOR

“Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados.” SER UM EVANGELIZADOR É ACEITAR ESTE DESAFIO. PAPA FRANCISCO

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17Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

PRoF. FeliPe aquiNoEscritor e apresentador da Tv

Canção nova blog.cancaonova.com/felipeaquino

FoRmação

Em 12 de outubro de 2017, vamos celebrar os 300 anos da

aparição da imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Ao mesmo tempo vamos celebrar os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima, desde 13 de maio de 1917. As duas aparições da Virgem Maria têm um signifi cado muito importante.

No Brasil, Nossa Senhora não deixou mensagens escritas, mas o milagre do encontro do corpo da imagem, e depois a sua cabeça, nas redes dos três pescadores, em 1717, seguido da abundância de peixes que pescaram – o que não tinham conseguido antes – deixaram claro que era uma mensagem do céu. E os milagres se tornaram abundantes, a partir do culto prestado a Nossa Senhora “Aparecida”. Hoje, temos seu magnífi co Santuário, que acolhe milhares de peregrinos todos os dias, e de modo especial nos fi nais de semana. É gente de todo Brasil – povo simples em sua maioria – que vem prestar um culto de veneração e amor à Mãe de Deus e nossa mãe.

300 aNoS de aPaReCida e 100 Anos de fÁtimAO povo gosta de cantar: “Viva à Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida, viva a Virgem Imaculada, à Senhora Aparecida”. Esse povo sabe que “pedindo à Mãe, o Filho atende”, como foi nas bodas de Caná da Galileia.

Em 1930, a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e coroada em 8 de setembro de 1904, pelo Sr. Núncio Apostólico Dom Júlio Tonti, com a presença do representante do Presidente da República. Pio XI, em 16/07/1930, proclamou Nossa Senhora Aparecida “Padroeira do Brasil”. Em 31/5/1931, na presença do Presidente da República, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro proferiu o ato de consagração de todo o Brasil a Nossa Senhora Aparecida, recomendando à Excelsa Padroeira todos os interesses e as necessidades da pátria. Assim, por vontade de Cristo e do Papa, o Brasil está sob a Sua Proteção materna.

Mais do que nunca, hoje, quando forças infernais querem destruir a

família e os valores cristãos no Brasil, é preciso recorrer à Virgem Aparecida para que nos proteja e esmague sob Seus pés a Serpente maligna.

A Virgem de Fátima apareceu em Portugal no momento em que o mundo vivia a Primeira Guerra mundial. Veio, sobretudo, pedir ao Papa a consagração do mundo e da Rússia a seu Coração imaculado para nos livrar do perigo do comunismo ateu que matou cerca de cem milhões de pessoas. Por meio de São João Paulo II, a Virgem derrubou o comunismo e o Muro da Vergonha de Berlim, libertando os povos assim escravizados do Leste Europeu. Assim, essas duas celebrações se juntam, para homenagear e agradecer Àquela que Deus incumbiu, desde os primórdios, de esmagar a cabeça de Satanás e nos livrar de suas maldades. Celebremos com júbilo!

300 aNoS de aPaReCida e 100 Anos de fÁtimA

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18 Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

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lituRgia

datadia 01quinta-feira

ne 8, 1-4a.5-6.7b-12

Sl 18(19), 8.9.10.11 (R. 9ª Lc 10, 1-12

dia 02Sexta-feira Ex 23, 20-23 Sl 90(91), 1-2, 3-4.5-

6.10-11(R.11) Mt 18,1-5.10

dia 03Sábado Br 4,5-12.27-29 Sl 68(69), 33-35.36-

37(R34ª) Lc 10,17-24

dia 04domingo Gn 2,18-24 Sl 127(128),1-2.3.4-

5.6(R.cf.5) Hb 2,9-11 Mc 10,2-16

dia 05Segunda-feira Jn 1,1-2,1-11 cânt.: Jn

2,2.3.4.5.8(R.7c) Lc 10,25-37

dia 06terça-feira Jn 3,1-10 Sl 129 (130), 1-2,3-

4ab. 7-8(R.3) Lc 10,38-42

dia 07quarta-feira at 1,12-14

Cânt.: Lc 1,46-47.48 49.50-51.52-53.54-55(R.49) Lc 1,26-38

dia 08quinta-feira Ml 3,13-20a Sl 1,1-2.3.4.6 (Sl

39[40], 5a) Lc 11,5-13

dia 09Sexta-feira Jl 1,13-15;2,1-2 Sl 9a(9), 2-3.6.16.8-

9 (R.9a) Lc 11,15-26

dia 10Sábado Jl 4,12-21 Sl 96(97),

1-2.5-6.11-12(R.12a) Lc 11,27-28

dia 11domingo Sb 7,7-11 Sl 89(90),12-13.14-

15.16-17(R. cf. 14)Hb4,12-

13 Mc 10,17-30

dia 12 Segunda-feira Est 5,1b-2; 7.2b-3 Sl44(45),11-12a.12b-13.

14-15a.15b-16(R.11.12a)ap12,1.5.

13a.15-16a Jo 2,1-11

dia 13terça-feira Rm 1,16-25 Sl 18(19a),2-3.4-

5(R.2a) Lc 11,37-41

dia 14quarta-feira Rm 2,1-11 Sl (61(62),2-3.6-7.9

(R.13b) Lc 11,42-46

dia 15quinta-feira Rm 3,21-30 Sl 129(130), 1-2.3-

4.5-6 Lc 11,47-54

dia 16Sexta-feira Rm 4,1-8 Sl 31(32),1-2.5.11(R.

cf. 7) Lc 12,1-7

dia 17Sábado Rm 4,13.16-18 Sl 104(105),6-7.8-

9.42-43 Lc 12,8-12

dia 18domingo Is 53,10-11 Sl 32(33),4-5.18-

19.20.22(R.22)Hb 4,14-

16 Mc 10,35-45

dia 19 Segunda-feira Rm 4,20-25 Cânt.: Lc1,69-70.71-

72.73-75(R.cf.68) Lc 12,13-21

dia 20terça-feira

Rm 5,12.15b.17-19.20b-21

Sl 39(40),7-8a.8b-9.10.17(R.cf.8a.9a) Lc 12,35-38

dia 21quarta-feira Rm 6,12-18 Sl 123(124),1-3.4-

6.7-8(R.8a) Lc 12,39-48

dia 22quinta-feira Rm 6,19-23 Sl 1,1-2.3.4.6(R.

Sl39[40],5a) Lc 12,49-53

dia 23Sexta-feira Rm 7,18-25aa Sl118(119),66.68.76.

77.93.94(R.68b) Lc 12,54-59

dia 24Sábado Rm 8,1-11 Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-

6(R.cf6)Lc 13,1-9

dia 25domingo Jr. 31,7-9 Sl 125(126),1-2ab

.2cd-3.4-5.6(R.3) Hb 5,1-6 Mc 10,46-52

dia 26Segunda-feira Rm 8,12-17 Sl67(68),2.4.6-

7ab.20-21(R.21a) Lc 13,10-17

dia 27terça-feira Rm 8,18-25 Sl 125(126),1-2ab

.2cd-3.4-5.6(R.3a) Lc 13,18-21

dia 28quarta-feira Ef 2,19-22 Sl18(19),2-3.4-

5(R.5a) Lc 6,12-19

dia 29quinta-feira Rm 8,31b-39 Sl 108(109),21-22.26-

27.30-31(R.26 Lc13,31-35

dia 30Sexta-feira Rm 9,1-5

Sl147(147b),12-12.14-15.19-20(R.12a)

Lc 14,1-6

dia 31Sábado

Rm 11,1-2a.11-12.25-29

Sl93(94),12-13a.14-15.17-18(R.14a)

Lc 114

dataS eSPeCiaiS04 – São francisco de assis12 – nossa Senhora de apareci-da, Padroeira do Brasil e dia das crianças.15 – dia do Professor18 – dia do Médico

18 – dia Mundial das Missões24 – Santo antônio Maria Claret23 – São frei Galvão26 – São Simão e São Judas Tadeu

1ª leitura 2ª leitura EvangelhoSalmo

Meu nome é Gabriela Valle, tenho 21 anos e sou da cidade de Santo Antônio de Pádua, no estado do

Rio de Janeiro. Minha vida nunca esteve fora da Igreja e desde muito pequena fui levada por meus pais e avó aos encontros da Renovação Carismática, aos grupos de oração, às missas. Sempre ouvi nesses ambientes músicas de membros da comunidade que só nas primeiras frases já faziam todos cantarem e tocarem o céu. Deus se mostrou e se mostra bondoso e providente na minha vida, livrando o meu pai do alcoolismo, depois de muitos anos de oração da minha mãe, restaurando o casamento dos meus pais e cuidando de tudo, mas ainda assim, eu não sentia que conhecia o Deus que me falavam desde sempre. Estava ali fi sicamente, mas meu coração vagava por outros lugares. Foi quando, depois de muitos questionamentos e de um início de depressão, a Canção Nova deixou de ser só uma conhecida e passou a fazer parte da minha rotina. Não sentia vontade de falar com muitas pessoas e achava as orações vãs, mesmo daqueles que eu mais amava, mas aos poucos tudo foi mudando e entre uma missa do Clube da Evangelização, uma quinta feira de adoração e algumas músicas que me levavam de volta àqueles tempos de criança com a minha família, eu comecei a ser apresentada a Jesus e deixei que ele se apresentasse a mim. Me deixei ser conquistada por Ele e pela alegria que não é eufórica, nem ausenta o sofrimento, mas o torna produtivo e assim pude me encontrar. Desde então, posso falar que se hoje eu sei usar da minha liberdade como jovem, tenho consciência das minhas escolhas e sei que o meu lugar é o céu, foi graças a cada sim, testemunhado em cada pregação, oração e estilo de vida. Hoje, também posso dar o meu sim como sócia e faço o que estiver ao meu alcance para que outros jovens, assim como eu, tenham essa oportunidade de se apaixonar por Jesus através da Canção Nova. Santo Agostinho dizia que só se ama aquilo que se conhece e, sem dúvida, hoje eu digo que não só amo como me sinto parte dessa obra de Deus e que repito sempre que ser jovem sem deixar de ser de Deus é maravilhoso e ser Canção Nova é bom demais.

Se você sente o chamado para o Carisma Canção Nova, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected]

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19Revista Canção Nova OUTUBRO 2015 19Revista Canção Nova OUTUBRO 2015

São João Paulo II