revista licensing brasil #44

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EP GRUPO Revista Licensing Brasil | Ano 9 | Nº 44 www.licensingbrasil.com www.licensingbrasil.com mai/jun ano 9 nº 44 Varejo é sinônimo de oportunidade para as marcas!

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no 9 | Nº 44

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www.licensingbrasil.com mai/jun ano 9 nº 44

Varejo é sinônimo de oportunidade para as marcas!

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ÍNDICE

(32)

(44)

Propriedade no assunto 10

Curtas do licenciamento 12

Entrevista – Mauricio de Sousa 16

Capa – O licensing no varejo 20

Trends – Marcus Macedo 28

Executivo & Cia – Marcelo Mouad [Semaan] 30

Vitrine – Feira Abrin 2015 32

Agente – Hasbro 36

Em destaque – Destinos turísticos dos personagens 38

Empresa – Flamboyant 42

Especial – Cobertura Road Show EP Grupo 44

Design – Estúdio n’Ovo 46

Jurídico – Siqueira Castro 48

Tendência – Play 50

(20)

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EDITORIAL

As últimas ações de licensing realizadas no varejo internacional pro-

vam que ainda existem inúmeras possibilidades para o desenvolvi-

mento do setor no mercado brasileiro. Iniciativas como uma rede

chinesa de lanchonetes atrelada à marca de um game ou uma loja americana

de artigos esportivos cujo ambiente remete a uma trilha real são apenas al-

guns exemplos de estratégias capazes de dar mais visibilidade às marcas no

ponto de venda. Pensando nisso, preparamos uma matéria de capa sobre

esse tema, com a contribuição de alguns peritos no assunto. As tendências

externas somadas à experiência de agentes e consultores podem ampliar as

ferramentas de licensing no varejo e, consequentemente, as vendas. Estude

novas possibilidades e trate de inovar!

Por falar em know-how, entrevistamos o cartunista Mauricio de Sousa e

sua filha, Mônica, diretora comercial da Mauricio de Sousa Produções (MSP).

Há décadas seus quadrinhos figuram entre as histórias favoritas da molecada

e a proporção alcançada pelas aventuras ultrapassa o limite editorial. Os per-

sonagens do gibi invadiram a TV, os filmes, o teatro e o universo online, entre

outras plataformas, passando também pelo licenciamento de produtos. Um

interessante modelo de negócio sob diferentes aspectos. Confira o bate-papo!

Não resta mais dúvida de que os personagens ganharão o mundo. Desta

vez, o lançamento de atrações turísticas em diferentes destinos parece um

excelente caminho para o segmento. Por meio de pacotes e roteiros que

incluem cruzeiros, quartos de hotel tematizados e espetáculos para toda a

família, abre-se outra vertente de negócios que pode gerar uma infinidade

de ideias para os licenciadores. Ainda tem muito território para ser explora-

do... Acompanhe.

Ainda entre os destaques desta edição, a cobertura da Abrin 2015 e do

pioneiro Licensing Road Show. Promovido pelo EP Grupo no primeiro dia

da feira, o encontro reuniu 120 convidados dos mercados de brinquedos,

papelaria, festas e alimentos, em um hotel ao lado do pavilhão. Mais uma

iniciativa da revista, endossada por grandes agentes do mercado. Vale a pena

conferir tudo o que rolou!

Tem muito mais conteúdo a seguir... Leia e prepare-se para o segundo

semestre!

Ano 9 – Ed. 44 – Mai/Jun – 2015Espaço Palavra Editora e Arte Ltda.

‹ Direção-geral e jornalista responsável ›Marici Rosana Ferreira (MTB 36727)

‹ Conselho editorial ›David Diesendruck (Redibra), Ênio A. Kohler (Lepper), Kiko Smitas (Fantasias SulAmericana), Ana Amélia de Cesaro e Aurélia Picoli (Play Consultoria Infantil), Marici Foroni (Foroni), Gustavo Bacchi (Riclan), José Martins (Panini), Marcus Macedo (Exim), Edson Sawa (Regina Festas) e Germano Costa (Brandili).

‹ Revisão ›Renata Lopes Del NeroLu Peixoto‹ Redação ›Kika MartinsLívia de Vivo‹ Arte › Wilson AlvesRening Masuyama‹ Departamento comercial ›Alessandra Aragon FrateDaiane MirandaSandra Olegário‹ Marketing ›Livia Gimenes‹ Administrativo ›Cristina Venâncio

‹ International sales › Multimedia, Inc. (USA)Tel. +1-407-903-5000 E-mail: [email protected]‹ Administração, publicidade e redação ›Rua Arapapi, 45Indianópolis – São PauloCEP: 04516-020Tels. (11) 5092-5588/ (11) 5094-0403E-mail: [email protected] [ Assinaturas ](11) 5092-5588 ou pelo site www.epgrupo.com.br

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores e podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

As fotos utilizadas nesta edição pertencem ao banco de imagens da Revista Licensing Brasil e podem ser utili-zadas desde que citada a fonte.

A Revista Licensing Brasil possui distribuição nacional para diretores, gerentes de marketing e demais pessoas envolvidas no mercado de licenciamento dos setores de publicidade, acessórios, alimentos, brinquedos, canais de TV, confecção, cosméticos, higiene e limpeza, papelaria, promocional, tecnologia e informática. Profissionais de outros setores poderão adquirir os exemplares por meio da assinatura da revista.

Trate de inovar!

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PARA MIM, É APENAS UMA QUESTÃO

DE QUEM TEM RELEVÂNCIA PARA UMA

AUDIÊNCIA, SEJA UMA ESTRELA ATUAL, UMA

LENDA, CELEBRIDADE VIVA OU JÁ FALECIDA.

QUANTO ÀS LENDAS VIVAS, QUE MUITAS

VEZES CONTAM COM GRANDE APELO

DEMOGRÁFICO, ELAS PODEM SER COOL

NOVAMENTE NA ERA DO MARKETING RETRÔ”

David Schwab, diretor geral da Octagon First

Call, agência de celebridades

Fonte: NYSportsJournalism.com

PROPRIEDADE NO ASSUNTO

COM OS PRIMEIROS BRINQUEDOS

IMPORTADOS PELA SUNNY BRINQUEDOS,

FOI POSSÍVEL ENTENDER QUE HAVIA UMA

GRANDE NECESSIDADE NO MERCADO

NA VINDA DE PRODUTOS QUE NÃO SÓ

DIVERTEM, MAS QUE CONTRIBUEM PARA

A EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO

DA CRIANÇA. LINHAS DE PLAYMOBIL, BEN

10 E POWER RANGERS PERMITEM QUE A

CRIANÇA USE A IMAGINAÇÃO PARA CRIAR

E ENTRAR NA VIDA DOS PERSONAGENS”

Sharon Czitrom, responsável pelo Marketing

da Sunny Brinquedos

Fonte: Dezoito.com

OS OVOS DE CHOCOLATES MAIS CAROS

RESPONDERAM POR 40% DA PROCURA

NO ANO PASSADO, NO QUAL AS FAMÍLIAS

OPTARAM PELOS PRODUTOS PREMIUM PARA OS

FILHOS, APOSTANDO NO CONVÍVIO FAMILIAR.

OS BRINQUEDOS E PERSONAGENS LICENCIADOS

ESTÃO EM 9 EM CADA 10 OVOS DADOS

ÀS CRIANÇAS. ESSE PÚBLICO AUMENTOU A

EXIGÊNCIA DO BRINQUEDO QUE VEM DENTRO

DO OVO, ENCARECENDO A COMPRA”

Cesar Moro Tozetto, presidente da Associação

Paranaense de Supermercados – Apras

Fonte: Bem Paraná

MAIS PESSOAS DO QUE NUNCA VÃO A

CINEMAS LOCAIS PARA ASSISTIR A FILMES

FEITOS PELA INDÚSTRIA NORTE-AMERICANA E

DE OUTRAS PARTES DO MUNDO. NÃO É UM

CASE DE SUCESSO APENAS DOS ESTADOS

UNIDOS, MAS UMA HISTÓRIA MUNDIAL SOBRE

O VALOR DA CRIATIVIDADE E A IMPORTÂNCIA

DE UMA HISTÓRIA BEM CONTADA”

Chris Dodd, director da MPAA – Motion Picture

Association of America

Fonte: LA Times

O DIA DO CONSUMIDOR BRASIL JÁ

CAMINHA PARA SE TORNAR MAIS UMA

DATA IMPORTANTE PARA O E-COMMERCE

BRASILEIRO. NOSSA INTENÇÃO É APROVEITAR

ESSE MOMENTO PARA TRAZER OFERTAS

QUE COM CERTEZA AGRADARÃO A PAIS E

MÃES QUE BUSCAM AO MESMO TEMPO POR

PRODUTOS DE QUALIDADE E ECONOMIA”

Lucas Neves, head de marketing da Bebê Store

Fonte: FirstCom Comunicação

QUANDO HÁ TANTOS FILMES NOVOS E

GRANDES, SEMPRE É UM DESAFIO. TODO

MUNDO QUER SE DESTACAR”

Marty Brochstein, executivo da Lima (Licensing

Industry Merchandisers’ Association)

Fonte: Gazeta do Povo/NY Times

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DOC

UR

TAS

LICENCIAMENTO

Senninha no Discovery Kids

O Instituto Ayrton Senna realizou em abril um evento para apre-

sentar a animação Zupt!, com o Senninha. O personagem es-

treou no Discovery Kids em uma série de 13 drops de animação

2D, com um minuto de duração cada. Eles são veiculados nos

intervalos da programação e seu conteúdo reforça valores como

preservação do meio ambiente, generosidade e perseverança.

Também ganharam destaque no evento os produtos licenciados com o Senninha e o apoio das mães a

brinquedos que estimulem a criança positivamente. Segundo as mamães da plateia, o desenho é uma opor-

tunidade de incluir o ídolo brasileiro no imaginário infantil.

Mauro Ratto, da área de licenciamento do IAS, explicou que o plano é aumentar ainda mais a presença do

personagem em bens de consumo: “Para mim, hoje é um dia muito especial. Finalmente neste ano, graças

à oportunidade que o Discovery Kids está nos dando, estamos levando o Senninha para a televisão. Nossos

planos são ambiciosos e vamos trabalhar muito a linha de alimentos e de brinquedos, porque acreditamos

que elas apresentam ótimas oportunidades”.

Para quem quiser acompanhar de perto o personagem, o Instituto Ayrton Senna criou uma página oficial

do Senninha no Facebook: www.facebook.com/SenninhaOficial.

Heróis e fadas invadem o quarto das crianças

Com o lançamento das coleções Avengers, Frozen, Sininho e Marie,

a Lepper ampliou seu portfólio de produtos licenciados. Afinal, o en-

volvimento das crianças com os personagens também impulsiona a

indústria têxtil. No segmento, a Lepper lidera o ranking nacional de

marcas licenciadas, com 24 personagens infantis no portfólio da li-

nha Lepper Kids. Entre os favoritos da criançada estão a Peppa Pig, os

Minions, o Hot Wheels, o Spiderman, a Monster High, o Ben 10, a Moranguinho, o Frozen e a Barbie. Para

2015, a empresa prepara ainda mais novidades.

Os produtos Lepper estão à venda nas maiores lojas de cama, mesa e banho do Brasil. Para obter mais infor-

mações, acesse www.lepper.com.br.

Endemol Brasil agencia Cake Boss Buddy Valastro

O confeiteiro e apresentador Buddy Valastro, responsável pelo sucesso da TV

Cake Boss, vai estrelar um novo reality show na televisão brasileira. A Ende-

mol Brasil fará a produção do programa, que será exibido na Rede Record e

no Discovery e tem previsão de estreia para o segundo semestre deste ano.

Além de estar à frente desse projeto, a Endemol Brasil também agenciará a

carreira de Buddy como talento para campanhas publicitárias e licenciamento de produtos, que podem ser brin-

quedos, itens de utilidade doméstica e alimentos, com o nome do confeiteiro. Para obter mais informações, entre

em contato pelo telefone (11) 3095-3663 ou pelo e-mail [email protected].

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DOC

UR

TAS

LICENCIAMENTO

Macakids para a Secretaria de Educação de Vila Velha

A marca Macakids está cada vez mais forte no Espírito San-

to. Desta vez, os macaquinhos capixabas entraram para a

Secretaria de Educação da cidade de Vila Velha. Os perso-

nagens foram licenciados pela prefeitura para ajudarem na

educação ambiental de toda educação infantil do município

“canela-verde”.

Mais de 40 mil crianças serão beneficiadas com uma carti-

lha de 28 páginas contendo uma história em quadrinhos e

dicas de preservação. O lançamento será em maio, na se-

mana em que a cidade completa 480 anos.

O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, o empresário e criador dos personagens, Maikel Santos, e a secretária de Educação, Iracy Carvalho.

Bonecas de Papel

O design retrô nunca esteve mais em alta do que nos últi-

mos tempos. É possível visualizar suas influências em cada

canto. Tudo que é bom, volta! A arte e a moda são cíclicas

e pessoas como a artista Denise Brandt estão afiadíssimas

com as novas tendências. Por isso, sua marca Boneca de

Papel® nos remete às bonecas de antigamente, mas com

uma interpretação moderna: design flat, foco na geome-

trização e cores de uma doçura incomparáveis. É uma

marca de muito bom gosto e, agora, a agência Proenter passa a licenciá-la.

A marca promete surpreender com sua versatilidade de aplicação: cama/mesa e banho, gift, brinquedo,

vestuário, entre muitas outras possibilidades. Para obter mais informações, entre em contato com Silvana

Rocco pelo telefone (11) 3511-6655 ou pelo email [email protected].

Animação líder de audiência no mundo chega ao Brasil

Em abril, chegou à grade dos brasileiros a série de aventuras do pequeno pinguim Po-

roro e seus amigos: o urso polar Poby, a raposa Eddy, a castor Loopy e o dinossauro

Krong. Os personagens habitam uma pequena aldeia perto da floresta. Exibidos em um

canal de TV por assinatura, os episódios chegaram ao Brasil após 10 anos de exibição

e sucesso em mais de 130 países. Também é possível acompanhar alguns episódios no

novo canal “Pororo – o pequeno pinguim” pelo Youtube.

A iniciativa de trazer a animação líder de audiência na Coreia para o Brasil partiu da em-

presa Contents 360 e de parceiros, como a KOCHAM (Câmara de Comércio, Indústria e Cultura Brasil-Coreia)

e o Centro Cultural Coreano, que trabalham para promover e divulgar a cultura coreana aqui.

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Supermarcas preparada para o Exterminador do Futuro

Com estreia prevista para 2 de julho, o filme Exterminador do Futuro – Gênesis

terá seu programa de licenciamento aberto no Brasil. A agência responsável

pelas negociações é a Supermarcas.

A história produzida pela Paramount Pictures promete movimentar as bilheterias.

Quando John Connor (Jason Clarke), líder da resistência humana, envia o Sargen-

to Kyle Reese (Jai Courtney) de volta para 1984 para proteger Sarah Connor (Emi-

lia Clarke) e salvar o futuro, uma mudança inesperada cria uma linha do tempo

fragmentada. Agora, o Sargento Reese se encontra em uma nova e desconhecida

versão do passado, na qual ele encontra aliados improváveis, incluindo o Guardião

(Arnold Schwarzenegger), perigosos inimigos e uma nova missão inesperada: re-

definir o futuro. O filme de ação e ficção científica dá margem a uma série de linhas licenciadas.

Outra novidade das telinhas a ser negociada pela agência será o próximo Missão Impossível. Os interessados

devem entrar em contato com a Supermarcas pelo telefone (51) 3086-9700.

Linha Bubble Guppies

A área de Consumer Products da Viacom Brasil apresenta sua linha

de produtos inspirada nos Bubble Guppies, personagens da ani-

mação exibida pelo canal Nickelodeon. Em cada episódio os per-

sonagens exploram um tema único, por meio do canto, da dança

e de brincadeiras imaginárias, espelhando como as crianças em idade pré-escolar aprendem.

Agora, entre as novidades, está o DVD Bubble Guppies De volta para a escola, lançado pela Paramount Home

Media. As novas aventuras abordam o início das aulas em seis episódios, a fim de auxiliar as crianças na fase

pré-escolar, propondo atividades lúdicas e divertidas. Para as brincadeiras em casa, a Viacom apresenta a linha

de produtos desenvolvida pela Fisher-Price e comercializada com exclusividade pela rede Ri Happy/PBKids.

Amigos do Banho Bubble Guppies, Molly Banho Divertido e Molly e Acessórios são alguns dos produtos que

chegam ao mercado para divertir a hora do banho dos pequenos.

Brasilflex investe em lançamento licenciado

Na última edição da feira Abrin, a fabricante de brinquedos Brasilflex apresen-

tou grandes licenças para seu principal lançamento, o Big Bolhão. O brinquedo

para fazer bolhas gigantes chega ao mercado com quatro personagens em des-

taque: Frozen, Galinha Pintadinha, Avengers e Mickey.

É um produto divertido e voltado para todas as idades e já vem com líquido

especial para garantir belas bolhas de sabão ao ar livre.

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LICENSING BRASIL16

ENTREVISTA

M auricio de Sousa nasceu em Santa

Isabel, no Estado de São Paulo, em

1935. Antes mesmo de completar 25

anos de idade ele criou seu primeiro personagem

– o cãozinho Bidu – e começou ali a jornada envol-

vendo os famosos quadrinhos da Turma da Mônica

e a Mauricio de Sousa Produções (MSP).

Atualmente a empresa atua com diversas fren-

tes e suas propriedades são referência no merca-

do brasileiro de licenciamento – Mônica Sousa é

quem responde por este setor na MSP. São mais de

150 indústrias licenciadas para criar produtos em

categorias que passam por jogos, brinquedos, rou-

pas, calçados, decoração, livros e outros. Confira o

bate-papo de Mauricio e Mônica com a Licensing

Brasil e saiba mais sobre essa história.

Licensing Brasil – Desde a infância você foi es-

timulado para que se tornasse um desenhista?

Que influências o acompanham ainda hoje?

Mauricio de Sousa – Com pai poeta e desenhista

e mãe poetisa e sensível, aprendi que a arte, a criação,

são dons soberanos. Não devem se curvar à dúvida ou

ao medo. Devem ser livres, iluminados. Isso me permite

sentar à mesa de desenho ou à frente de um teclado

de computador com a certeza de que as ideias fluirão.

Turma forte no licenciamento

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Page 17: Revista Licensing Brasil #44

Mai/Jun 2015 17

LB – Qual a importância do licenciamento de

marcas para a Mauricio de Sousa Produções?

Mônica Sousa – O licenciamento é uma das

maiores forças da MSP. Hoje responde por 90% do

faturamento da empresa. São mais de 3 mil produtos

com 150 parceiros. Estamos presentes em todos os

segmentos: editorial, higiene pessoal, brinquedos, es-

colar, alimentício, entre outros, e estamos crescendo

muito no digital!

LB – Qual foi o primeiro produto licenciado

com personagens da Turma da Mônica e em que

ano?

Mônica – A partir dos anos 60 iniciou-se o licen-

ciamento com uma gama de produtos, por exemplo,

materiais de festas, roupas, bonecas, mas o que teve

maior repercussão foi o personagem Jotalhão, que

ilustra há mais de 35 anos as embalagens do extrato

de tomate Elefante.

LB – Como você avalia a evolução do mercado

de licensing, desde o início do trabalho na área

até hoje?

Mônica – Temos uma história de sucesso! Nosso

conteúdo é atual e representa o dia a dia das famí-

lias. Com os produtos licenciados da Turma da Mônica

conquistamos gerações de consumidores.

Mauricio e Mônica Sousa

LB – Você se considera um empresário ou um

artista bem-sucedido?

Mauricio – Sou um artista que aprendeu a cobrar.

LB – Depois de tantos anos publicando qua-

drinhos, como você encara a revolução digital?

Mauricio – É mais uma maravilhosa superfície

para receber minhas criações.

LB – Seu trabalho passeia por diferentes plata-

formas – apps, redes sociais, vídeos. Atualmente

você tem algum projeto voltado para o cinema?

Mauricio – O cinema, por si só, deixou de ser

rentável. Mas, acoplado a outras plataformas de co-

municação, faz um bom eco. E, por isso, temos dois

projetos para cinema sendo montados.

LB – Qual a sensação de ver seus personagens

presentes na vida das pessoas, em uma gama tão

grande de produtos licenciados?

Mauricio – Isso me dá a certeza de que estamos

realizando um bom trabalho com um bom material

de apoio.

Nosso coNteúdo é atual e represeNta o dia a dia das famílias. com os produtos liceNciados da turma da môNica coNquistamos

gerações de coNsumidores.

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Page 18: Revista Licensing Brasil #44

ENTREVISTA

LB – Como buscam atuar no mercado de licen-

ciamento e selecionar seus parceiros?

Mônica – Somos criteriosos na seleção de nossos

parceiros. Procuramos o desenvolvimento de produtos

que tenham a sinergia com nossos personagens, que

tragam a diversão em seu DNA e que cuidem do bem-

-estar dos consumidores/fãs.

LB – Mônica Toy trouxe outras categorias de

produtos para licenciamento?

Mônica – Mônica Toy é uma série em 2D com foco

no público jovem, são animações de 30 segundos dos

personagens da Turma da Mônica em versão Toy Art,

com linguagem universal. É um formato novo; essa é

a primeira família de personagens que já foi pensada

para o mercado internacional. Esta turma nasceu no

universo digital, com lançamento no canal oficial da

Turma da Mônica no YouTube. Hoje, está presente em

cadernos, mochilas, linha de casa e decoração.

LB – Poderia falar um pouco sobre o portfólio

de marcas atual?

Mônica – A Mauricio de Sousa possui diversas

turminhas, como Turma da Mônica, Turma do Chico

Bento, Monica Toy, Turma da Mônica Baby, Turma do

Penadinho, Turma da Mônica Jovem, entre outras.

Isso faz com que o nosso portfólio de parceiros tenha

a maior diversidade de produtos em todos os segmen-

tos para diferentes faixas etárias.

LB – Quais os valores/atributos transmitidos

pelos personagens da Turma da Mônica?

Mônica – Ética, respeito às diferenças, a família

como base de amor, segurança para a criança e cida-

dania são alguns dos principais pontos que buscamos

enfatizar e trabalhar a cada dia dentro da nossa em-

presa, com os nossos parceiros e colaboradores.

É importante salientar que a marca Turma da Mô-

nica não é utilizada apenas em produtos licenciados,

mas também em centenas de campanhas sociais de-

senvolvidas pelo Instituto Cultural Mauricio de Sou-

sa. A Turma já foi utilizada em campanhas de saúde,

educação, cultura e ecologia para a Organização Pan-

-Americana da Saúde (OPAS), WHO, Unicef, Unesco,

WWF, Associação Americana do Coração e também

em campanhas dos ministérios da Saúde, Educação,

Agricultura e Transportes, com mais de 70 milhões de

revistas institucionais distribuídas gratuitamente. A

MSP também produziu uma série de revistas em qua-

drinhos para campanhas do escritório regional para as

Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

LB – Qual a expectativa para os próximos

anos na área de licenciamento?

Mônica – Nosso foco está na área digital e inter-

nacional. Queremos ganhar o mundo!

LB – O público pode esperar novidades na Tur-

ma da Mônica para os próximos meses?

Mônica – A abertura do Parque da Mônica com

certeza é um dos momentos mais esperados deste

ano, além do aplicativo Caixa de Quadrinhos, que lan-

çamos em março, e da parceria com a Agaxtur para

o pacote “Turma da Mônica em Bariloche”, além de

outras novidades que estão por vir.

É importante salientar que a marca turma da mônica

não É utilizada apenas em produtos licenciados, mas tambÉm em centenas

de campanhas sociais desenvolvidas pelo instituto cultural mauricio de sousa.

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LICENSING BRASIL20

CAPA

O LICENSING NAAo entrar em uma loja e se deparar com

um ambiente tematizado, seja por um

filme, um personagem, seja por uma

marca, o cliente vivencia uma importante eta-

pa no processo de compra. Quando o ponto de

venda consegue dar continuidade ao conceito

que envolve uma marca, concentrando todos os

respectivos produtos em uma mesma área, di-

ferenciada e interativa, a decisão de compra se

concretiza com mais facilidade. Dinâmica compro-

vada em diversas pesquisas. Essa experiência de

entretenimento é a chave para a conexão entre

conceitos, desejos e consumo.

Entretanto, as possibilidades do licensing no

varejo vão muito além de ambientação de lojas,

ações de marketing e promoções. Em Hong Kong,

recentemente foi colocado em prática um projeto

pioneiro, associando o combo de uma lanchonete

fast-food a um console de game, no caso, o Xbox

One da Microsoft. Em um primeiro momento, a ini-

ciativa causa estranhamento, mas a ideia da rede

Triple-O’s, colocada em prática temporariamente,

foi bem-sucedida.

O LICENSING NO VAREJOLugar ideal para tocar o consumidor, o ponto de venda deve ser explorado pelas marcas na concretização do imaginário!

Fonte: Olhar Digital – 24/2/2015 – http://olhardigital.uol.com.br/noticia/xbox-one-ganha-lanchonete-fast-food--em-hong-kong/46970.

Xbox One ganha lanchonete fast-food na China, o primei-ro restaurante do mundo a vender o combo hambúrguer, refrigerante e batata frita personalizado com a marca do console de jogos da Microsoft. A rede de fast-food Triple--O’s é famosa em Hong Kong por atrair a atenção dos clientes com ações de marketing inusitadas.

Segundo o diretor da Com LicenSa – empresa es-

pecializada em gestão estratégica de marcas licencia-

das e desenvolvimento de produtos – Gian Catinella, o

mercado europeu é um pouco mais conservador nesse

sentido. Quando se trata de inovação e branding, os

norte-americanos saem na frente. “As lojas da Disney

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Page 21: Revista Licensing Brasil #44

Mai/Jun 2015 21

Além dA exposição que influenciA significAtivAmente

o resultAdo de vendAs, A interAção dos objetos de decorAção dA lojA com

os clientes fAz com que os sonhos se fAçAm presentes

nos Estados Unidos são excelentes referências de ex-

posição de produtos licenciados no varejo. A loja da

5ª Avenida, em Nova York, utiliza espaços modulares

para expor produtos de cada personagem, com sorti-

mento completo de artigos, desde confecção até pa-

pelaria. Além disso, a coordenação de cores das linhas

é impecável. Com isso, fica quase impossível resistir à

compra”, explica Gian.

No Brasil, o crescimento do licenciamento nos úl-

timos anos ampliou consideravelmente a oferta de

produtos; especialmente, de artigos infantis. Porém, o

espaço das lojas para exposição é limitado e obriga o

varejo a selecionar apenas uma parte das linhas para

compor o mix. Definir em qual delas apostar é a gran-

de dificuldade da maioria das redes, assim como ava-

liar a melhor propriedade para determinada categoria

de produto, escolher o local para devida visibilidade de

um item, promover a marca e, até mesmo, antecipar-

-se ao declínio de um personagem; estes são alguns

dos obstáculos a serem vencidos no ponto de venda.

De acordo com o especialista, outro aspecto compli-

cado é disponibilizar o produto para o consumidor no

tempo correto. Por exemplo, uma linha inspirada no

lançamento de um filme deve estar na loja antes da

estreia. O que nem sempre acontece no Brasil.

O fato é que existem inúmeras outras possibi-

lidades a serem exploradas, além do que tem sido

realizado pelo mercado nacional. Os atributos que

uma propriedade transfere a um produto licenciado

podem despertar o interesse e o consumo não ape-

nas deste, mas de toda uma linha casada. “Além da

exposição que influencia significativamente o resul-

tado de vendas, a interação dos objetos de decora-

ção da loja com os clientes faz com que os sonhos se

façam presentes. Seja por meio de espelhos, luzes,

sons, seja por meio de displays com os personagens,

o importante é que o espaço de vendas complete a

conexão“, observa Gian. Se o varejo souber trabalhar

em parceria com os fornecedores e agentes de licen-

ciamento, o valor da marca pode dobrar.

Em 2014, o mercado revendedor como um todo

faturou 13 bilhões e 200 milhões de reais com licen-

ciamento. Crescimento de 6%, em relação ao ano

anterior. A melhora na compreensão do conceito de

licensing, somada à infraestrutura do varejo brasileiro,

um dos principais mercados de produtos licenciados

entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), tem au-

xiliado muito no posicionamento do negócio no País.

“A escolha correta da marca licenciada a ser aplicada

em um produto e o desenvolvimento criativo das cole-

ções são fundamentais para o aumento das vendas”,

complementa o consultor.

FATURAMENTO DE VAREJO – BRASIL

2012: 12 bilhões de reais.

2013: 12 bilhões e 480 milhões de reais – Crescimento

de 4%, em relação ao ano anterior.

2014: 13 bilhões e 200 milhões de reais – Crescimento

de 6%, em relação ao ano anterior.

Previsão para 2015: Aumento de 4%, o que elevará

o faturamento do setor para aproximadamente

R$ 13,7 bilhões.

Fonte: Abral.

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Page 22: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL22

CAPA

• O VAREJO COMO EXTENSÃO DO ENTRETENI-

MENTO – Dê continuidade ao sonho construído pela

licença. Isso é fundamental para a decisão de compra

do consumidor. Por exemplo, o filme Frozen estabe-

leceu conexão com seu público no ponto de vendas,

fazendo alusão ao filme e aos personagens de diferen-

tes formas. Com isso, possibilitou a correta, consciente

e bem-sucedida identificação da linha na área de ven-

das. No exterior, algumas ações incluem até sensações

como cheiros, iluminação diferenciada e música para

impacto e reconhecimento imediato da marca.

• FERRAMENTA – Use as marcas licenciadas e suas

mensagens como canal de entretenimento para o con-

sumidor. Ao associar uma licença a um artigo, transfe-

rimos uma parte do sonho, ou seja, um valor único. O

licenciamento é a ferramenta perfeita para diferenciar

produtos e gerar valor. Principalmente, aos chamados

commodities - feijão, arroz, sabão em pó etc. Os fabri-

cantes desses produtos ainda não se deram conta disso.

• VITRINE TEMÁTICA – Consiste em um podero-

so atrativo, mas ainda pouco explorado no Brasil. Nos

Estados Unidos, grandes redes utilizam o recurso em

épocas como o Natal. Vale lembrar que este é um dos

recursos mais importantes para aumentar as vendas.

Explorar vitrines tematizadas por licenças pode ser

uma excelente oportunidade.

• MARCAS ADULTAS – Existem alguns exemplos

de lojas cuja decoração traduz todo o conceito e ex-

periência da marca. Na Coreia, uma rede de lojas da

Discovery Expedition vende produtos para a prática

de esportes radicais. Além dos artigos, a ambientação

transmite aos clientes o cenário perfeito de uma gran-

de expedição. É a experiência aliada aos produtos para

facilitar o processo da venda.

• MERCADO INTERNACIONAL – O mercado

europeu é um pouco mais clássico e, normalmente,

a exposição de licensing no varejo segue o conceito

de store in store. Basicamente, consiste em corners

de uma determinada marca licenciada dentro de uma

grande loja. Já o mercado americano, talvez por ser a

casa de algumas marcas, experimenta formatos dife-

renciados, tais como os espaços modulares de expo-

sição e a coordenação de cores empregados na loja

Disney da 5ª Avenida, em Nova York. Com uma co-

ordenação bem feita dos produtos ocorre o que cha-

mamos de coleção “E”, ou seja, o cliente compra este

“e” mais algum outro artigo. Com isso, aumenta o

tíquete médio, pois são vendidas mais peças.

• PLANEJAMENTO – Não basta a campanha pro-

mocional ser bacana, se o produto não corresponder.

Todos os fatores, desde os brindes e preços até a co-

municação, devem estar alinhados para que a iniciati-

va seja um sucesso no ponto de venda. Se a campa-

nha prevê brindes, estes têm de ter valor e quantidade

adequados.

• PERCEPÇÃO DO CLIENTE – Com relação ao

produto licenciado, os clientes entendem que os per-

sonagens agregam valor e, por isso, estão dispostos a

pagar um pouco mais caro por eles – cerca de 20%

acima do valor de um item não licenciado.

• RESULTADOS – As melhores experiências na di-

vulgação das licenças no ponto de vendas são aquelas

feitas com a participação de licenciadores e licencia-

dos, desenvolvendo junto as campanhas, alinhando

metas, os custos de produção, a divulgação e medin-

do as vendas.

Fonte: Com LicenSa.

ATENÇÃO! EXPLORE MELHOR O PONTO DE VENDA:

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Page 23: Revista Licensing Brasil #44

Mai/Jun 2015 23

O LICENCIAMENTO NOS DEBATES SOBRE VAREJO

O 2° Fórum Brasileiro de Shopping Centers, promo-

vido pelo Grupo Doria, em fevereiro na cidade de São

Paulo, apresentou, pelo menos, dois painéis com temáti-

cas pertinentes ao licenciamento. Foram eles: Uma Nova

ideia de shopping muito além das compras; e Arquitetu-

ra, inovação e design como vetores do crescimento dos

shoppings centers. Essa evidência materializa a tendên-

cia de que o licenciamento é instrumento relevante na

construção e na consolidação do varejo.

Não só o varejo procura uma nova identidade, mo-

tivado pela inserção da digitalização no comportamen-

to dos consumidores, como o licenciamento descobre

espaços para explorar o potencial dos sinalizadores de

marcas, produtos e serviços como catalizadores das de-

cisões de compra.

Em um universo cada vez mais subjetivo, no qual o

gerenciamento das percepções sobrepõe-se às concretu-

des e, muitas vezes, às verdades absolutas, tratar de um

“muito além” e de “arquitetura, inovação e design” é

assumir a importância dos pilares do licenciamento.

Podemos reduzir a atividade do licenciamento como

a proposta do “muito além” sustentada pela “arquite-

tura, inovação e design”. Por isso, algo próximo ao que

expoentes do setor como Marcos Gouvêa de Sousa e

Luiz Alberto Marinho, entre outros, defenderam durante

os debates.

No momento “muito além”, os organizadores do

evento tiveram a inspiração de convidar Eduardo Acuña,

presidente da Cinépolis Brasil, o grupo exibidor mexica-

no que em menos de uma década conquistou a segun-

da posição no País, superando as empresas nacionais de

cinema. Considerar o cinema nesse ambiente além das

compras é reconhecer que os centros comerciais são ce-

nários propícios para o entretenimento e que este é o

verdadeiro terreno fértil e original do licenciamento.

Para a tríade “arquitetura, inovação e design” foi

convidado Bernardo Fort-Brescia, presidente da Arqui-

tectonica, dos mais relevantes escritórios de arquitetu-

ra dos Estados Unidos que é especializado na concep-

ção de espaços organizados na área do varejo, o que,

novamente, demonstra devoção ao licenciamento.

Está superado o tempo em que eventos desti-

nados ao debate sobre o varejo se restringiam aos

aspectos notórios da atividade como ponto, mix, es-

toque, comunicação e preço. O licenciamento tende

a ocupar cada vez mais espaço como protagonista

de uma nova era na qual não há limites de atuação.

É importante que os profissionais de licenciamento,

principalmente os dedicados às empresas que licen-

ciam marcas, percebam-se como integradores de so-

luções em todos os setores da economia, mas princi-

palmente para o varejo.

Licenciar é mais do que fornecer adesivos com per-

sonagens ou marcas. Quando se fala de comércio no

todo e de lojas no particular, licenciar é uma “omniex-

periência” capaz de influenciar e impactar os resul-

tados de um produto, marca ou serviço. E esse foi o

recado deixado pelo fórum que ainda apresentou as-

pectos da interiorização e da expansão de shoppings

no Brasil. Dois temas muito sensíveis no cenário atual.

Acrescentar ao repertório do varejo os conceitos

do licenciamento é, além de uma adequação aos no-

vos tempos, reconhecer e respeitar o consumidor e

sua atual capacidade de abstração. Esta é uma ten-

dência irreversível diante dos apelos de um mundo

cada vez mais virtual.

André Porto Alegre é conselheiro de Admi-

nistração e diretor executivo da Associação dos

Profissionais de Propaganda (APP).

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LICENSING BRASIL24

CAPA

LICENÇAS NO VAREJO BRASILEIRO

“Além da ambientação de loja, recursos como mate-

rial de ponto de venda por tempo determinado também

podem ser usados pelas marcas e pelos fabricantes licen-

ciados no varejo. O comércio no segmento de brinquedos

já explora bem as licenças e faz um trabalho muito bom

com os fornecedores e as empresas de licenciamento. O

desafio ainda são os lançamentos de filmes. Nesse ponto, o

mercado norte-americano atua muito melhor do que nós.

Trabalhar com licenças está no DNA de nossas bandeiras e

o desafio é nos aprimorar nesse sentido. Este é o nosso dia

a dia. Operações como ações promocionais, materiais de

ponto de venda inovadores e exclusivos fazem a diferença

no aumento das vendas. Nossa principal dificuldade é a existência de muitos produtos parecidos entre as licenças.

Carecemos de inovação. A percepção do cliente sobre o produto licenciado é indiscutivelmente maior, quando con-

ta com uma ação especialmente dedicada à linha. Esta é a realidade do segmento de brinquedos e, invariavelmente,

é o que o cliente procura” – Sandra Haddad, diretora comercial da rede Ri Happy/PBKids.

“Além da ambientação de loja, podem ser

usados recursos como promoções (sorteio de via-

gens, por exemplo) entre outras dinâmicas que

levem o cliente não apenas a conhecer o produto

licenciado, mas também o tornem mais propenso

a adquiri-lo. A Brascol tem desenvolvido um tra-

balho com fornecedores e licenciadores, criando

espaços, eventos e promoções dentro da loja e

têm sido bem proveitoso. O mercado nacional

poderia explorar melhor essas ferramentas no

sentido de realizar uma aproximação maior entre

licenciadores e licenciados, fazendo um trabalho

para fortalecer a cadeia de negócios. Todas as operações que trouxerem novidades e vantagens para o comprador

aumentarão as vendas. O cliente se sente bem mais valorizado, sente que a ação foi desenvolvida para ele e fica

propenso a comprar mais” – Antonio Almeida, superintendente da Brascol.

Ri Happy

Brascol

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Page 25: Revista Licensing Brasil #44

Mai/Jun 2015 25

CONFIRA A EXPERIÊNCIA DE ALGUNS AGENTES.

“Gostamos de levar diversão ao varejo com nos-

sos espaços interativos, contação de histórias, visi-

tas dos personagens. Para comemorar o aniversá-

rio da Magali de 50 anos, montamos uma oficina

gastronômica para as crianças, por exemplo! Outra

grande oportunidade foi a livraria da Turma da Mô-

nica com a Saraiva, montamos estandes nos corre-

dores de shopping com toda decoração e ativida-

des para crianças e vendas de produtos exclusivos.

Trabalhamos diretamente com cada licenciado para

atuação diferenciada no varejo. Focamos na sazo-

nalidade de cada segmento, como volta às aulas,

férias, Dia das Crianças etc. Além disso, temos um

kit de materiais de ponto de venda para ações com

o pequeno varejo. Algumas operações fazem a di-

ferença para aumentar as vendas, tais como buscar

pontos estratégicos nas lojas, dar visibilidade em vi-

trines, e-commerce, cross promotion (como varejo,

licenciado e redes de cinemas), combos de produ-

tos, campanhas “comprou-ganhou”, entre outras.

O consumidor/fã quer estar próximo à Turma da

Mônica, quando proporcionamos essa aproximação

nas mais diferentes plataformas, a escolha do pro-

duto é a continuidade da experiência” – Mônica

Sousa, executiva da MSP.

“A parceria entre os licenciados/fabricantes e varejistas pode se

dar além da ambientação do ponto de venda como com a utilização

de e-mail marketing e a realização de promoções em conjunto (va-

rejista e licenciado), que se fortificam com a união de duas grandes

marcas. Além disso, a troca de conhecimento sobre o cliente é de

extrema importância, pois ajuda a aprimorar o desenvolvimento dos

produtos com foco nos desejos e necessidades do consumidor. A

Renner já fez ações até mesmo com marca adulta, por meio do site

e das demais redes sociais (Instagram e Facebook) e teve excelente

retorno. Nas lojas, o mais importante é o produto. Precisa ter identidade com a licença, qualidade e informação

de moda. Outro ponto relevante é a sua apresentação no ponto de venda (visual/merchandising), que precisa estar

impecável para atingir o objetivo de sinalizar para o cliente as licenças, fazendo com que o produto se sobressaia

por suas características. Tudo isso precisa ser feito sem agredir o restante da loja. Não podemos deixar um produto

licenciado “solto” no ponto de venda. É importante que a coleção conte uma história e que desperte o desejo do

cliente na exposição. Se falamos de super-heróis, é importante ter uma gama de camisetas com, no mínimo, três

ou quatro diferentes personagens, coordenando-os entre si, que levarão o cliente a esse mundo de histórias em

quadrinhos, resultando na venda por conta de todo o contexto estabelecido (produto, ponto de venda e informação

de moda)” – Henry Costa, diretor de produto da Renner.

Lojas Renner

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Page 26: Revista Licensing Brasil #44

CAPA

“A Viacom/Nickelodeon motiva os varejistas a desen-

volverem, além do material do ponto de venda, campa-

nhas que entreguem aos consumidores uma experiência

de compra, como Meet & Greeting com os personagens;

contação de histórias; viagens que possivelmente não

fariam sem participação na campanha etc. O varejo in-

ternacional, principalmente em algumas categorias, não

sobrevive sem as novidades de licenciamento. A demanda

por marcas é intensa, porém o ciclo de vida de uma marca

no mercado internacional é menor que no Brasil. As lojas,

principalmente de brinquedos, e hipermercados traba-

lham muito bem os pontos de venda e impactam até mes-

mo o consumidor que não pretendia comprar. O volume

de vendas é tão grande que permite ao varejista um con-

trato direto com a indústria e a oferta de linhas exclusivas,

principalmente nos Estados Unidos. Um fator importante

para o sucesso em uma campanha é o planejamento, des-

de a compra de produtos até a chegada da mercadoria no

ponto de venda. Os varejistas brasileiros podem inovar nas

campanhas, desenvolvendo-as em parceria com empresas

de outros mercados, brindes diferenciados, maior envolvi-

mento com conteúdos digitais. Desde que começamos a

operar diretamente no Brasil, desenvolvemos muitas ações

com varejistas parceiros das categorias de brinquedos, con-

fecção, acessórios e publicações. O cliente que entra em

uma loja cuja ação promove uma licença tende a fazer a co-

nexão emocional com esta. Depois, vai admirar a qualidade

dos produtos, se realmente retratam a experiência que esse

consumidor tem com a marca e, em seguida, os atrativos

da campanha. Neste ano, temos de focar e ser criativos,

trabalhando muito de perto dos varejistas e licenciados para

atrair os consumidores” – Angela Cortez, diretora sênior

de licenciamento da Viacom/Nickelodeon Brasil.

Ação recente: Campanhas de lançamento do filme

Tartarugas Ninja na Rihappy – premiada como “Melhor

campanha de varejo de 2014” – e do Bob Esponja.

“Gerar uma experiência de compra atrativa é funda-

mental para a satisfação dos consumidores de hoje, cada

vez mais conectados. O uso das ferramentas de tecnolo-

gia, como QRCodes, realidade aumentada, holografias,

leva novos conteúdos, entretenimento e maior visibili-

dade à marca no ponto de venda. Além disso, o envol-

vimento das redes sociais em campanhas promocionais,

o uso de hashtags e os compartilhamentos são recursos

valiosos. As grandes redes de varejo internacionais ex-

ploram a experiência de compra nos cinco sentidos. As

ambientações possuem muitos elementos cenográficos,

recursos tecnológicos, interativos e trazem maior envol-

vimento do consumidor com a marca. O varejo brasileiro

é bastante segmentado. Dentro das suas particularida-

des, as redes devem trazer inovação e estimular a partici-

pação do consumidor, durante e após o processo de com-

pra. As ações com agrupamento de linha e tematização

cenográfica trazem resultados bastante positivos. Além

disso, quando as ações trazem uma premiação desejada

pelo consumidor também temos bons resultados (como

festa de aniversário da Galinha Pintadinha, viagem à Nova

York com a Capricho). O consumidor de hoje deseja ser

especial e único. Com uma ação, ele se sente valorizado e

mais próximo à marca” – Patricia Maria Gomes, geren-

te de Trade Marketing da Redibra.

Ação recente: Galinha Pintadinha no mercado inter-

nacional, por meio de agências na Espanha, na Argenti-

na, no México, no Chile, na Colômbia e no Peru, envol-

vendo redes regionais da América Latina como Falabella,

Cencosud, além de redes locais como El Corte Ingles e

Palacio de Hierro.

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Page 27: Revista Licensing Brasil #44

Mai/Jun 2015 27

De acordo com Gian, é preciso diagnosticar as con-

dições do mercado e, a partir delas, definir claramente

as oportunidades da marca. “As melhores campanhas

são aquelas que ainda não foram feitas, as que surpre-

endem o consumidor e trazem ganho real. O licencia-

mento brasileiro está evoluindo. Mas é necessário ter

clara a estratégia a ser seguida, para que uma marca

não canibalize outra, minimizando suas oportunida-

des de venda”, orienta. Por fim, o produto licenciado,

com adequação de preço, exposição que remeta ao

sonho e uma promoção inovadora envolvida, deve ser

a base para criação de novas iniciativas e para me-

lhor exploração do varejo. “Como bem definiu Walt

Disney: ‘quando fazemos fantasia, não devemos per-

der de vista a realidade’.”, finaliza Gian.

IMPORTANTE! No ponto de venda, a marca deve fazer a cone-

xão com o universo digital. Iniciativas mais agressivas de varejo, como a

abertura de lojas próprias e conceituais, são opor-tunas na atual corrida pelo espaço perdido para o e-commerce.

A simultaneidade entre os princípios atração, conexão e experimentação bem-sucedida é o que fideliza o cliente.

“Para a ambientação da loja podemos fornecer

materiais de POP como displays de sinalização, cubos,

balões metalizados e adesivos de vitrine. Além disso,

realizamos ações promocionais com entrega de brin-

des com mecânicas variadas. Também promovemos

ativações como a visita da personagem Hello Kitty

à loja, assim como a realização de oficinas recreati-

vas infantis. Essas ações são sempre divulgadas em

nossas redes sociais e sites. No mercado internacio-

nal também são utilizados muitos materiais de POP e

são feitos espaço/corners especiais da Hello Kitty no

grande varejo. Avaliando o que foi feito no varejo no

exterior e foi bem-sucedido, para aplicar também no

Brasil. Em alguns pontos de vendas a quantidade de

produtos licenciados é muito grande, assim como de

materiais promocionais. Dessa maneira a loja acaba fi-

cando poluída e nenhuma marca tem boa visibilidade.

Temos tido ótimas experiências nos pontos de vendas

com as ações que fizemos que envolvem a presença

da personagem e a realização de oficinas infantis. As

operações que geram um benefício extra para o con-

sumidor na hora da compra do produto e também

as que proporcionam uma experiência diferenciada. A

percepção do cliente é muito positiva, porque a ação

faz com que ele fique muito mais envolvido ao “mun-

do” do personagem” – Ponciana de Carvalho Lo-

pes, coordenadora de Trade Marketing da Sanrio.

Ação recente: A Sanrio é uma empresa japone-

sa, com escritórios pelo mundo e produtos Hello Kitty

presentes em mais de cem países, por isso tem diver-

sificada experiência internacional.

®

Serviço:

Com LicenSa

www.comlicensa.com

[email protected]

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Page 28: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL28

TRENDS – NOVOS MERCADOS

A maioria de nossos leitores sabe que sou um

entusiasmado defensor do mercado de li-

cenciamento para consumidores adultos.

Em 2014, escrevi nesta coluna que exatos 50% da

receita bruta gerada pelas 20 maiores empresas de

licenciamento do mundo originam-se de marcas fora

do universo infantil. Por diversas razões, essa realida-

de ainda não está espelhada no Brasil, ainda que eu

preconize que a tendência é caminharmos nessa dire-

ção. Mencionei ainda que a maior empresa de licen-

ciamento do mundo é a ‘The Walt Disney Company’,

claramente focada no universo infantil com fatura-

mento global de US$ 48,8 bilhões (US$ 3,98 bilhões

dos quais referentes a licenciamento).

Nesse ranking, a segunda maior empresa de licen-

ciamento do mundo é a PVH Corp. com faturamento

no varejo de US$ 18,9 bilhões (US$ 8,2 bilhões oriun-

dos das marcas) em 2013, sendo basicamente 100%

focados no mercado não infantil. Imagino que todos os

leitores reconhecem a primeira empresa, mas tenham

dúvidas sobre a segunda. Talvez mencionando suas

marcas fique mais fácil: Calvin Klein, Tommy Hilfiger e

Heritage Brands (Izod, Arrow, e Speedo entre outras).

A história da PVH é bem interessante e demonstra,

de forma inequívoca, como o licenciamento pode ser

uma poderosa ferramenta de crescimento.

A empresa nasceu em 1881, pelas mãos do casal

Moses e Endel Phillips que, com seus filhos, costu-

ravam à mão camisas para os trabalhadores das mi-

nas de carvão da Pensilvânia. Mais tarde, os Phillips

juntaram-se a um imigrante holandês chamado John

Manning van Heusen, inventor da primeira camisa

Licenciamento 2.0

Programas de culinária surgem como tendência para o licensing

com colarinho dobrado, uma patente que ganhou o

mundo com a marca Van Heusen. Com o tempo, a

empresa (agora PVH – Phillips Van Heusen) adicionou

novas marcas a sua linha de produtos e, com o obje-

tivo de focar em seu principal negócio – camisas –,

passou a licenciar alguns de seus produtos e marcas

para outras empresas.

Em 1950 a empresa foi pioneira no uso de cele-

bridades em sua publicidade usando nomes como

Ronald Reagan, Charlton Heston e Mickey Rooney.

Com uma estratégia que mistura operações próprias

com licenciamento a PVH consolidou sua posição no

mercado de moda com três unidades de negócios an-

corados pelas marcas Calvin Klein, Tommy Hilfiger e

Heritage Brands. É justamente nesse modelo de ne-

gócio que a PVH alcançou posição tão significativa.

Quando percebe uma oportunidade de complemen-

tar sua linha de produtos com uma marca que não

lhe pertence, eles a licenciam, como licenciados. Da

mesma forma, quando a oportunidade de expansão

de uma marca própria é percebida, eles a licenciam,

como licenciadores.

Os executivos da PVH conhecem a força do licen-

ciamento e a usam de forma a otimizar suas opera-

ções de atacado, varejo e vendas on-line. Atualmente

a receita com licenciamento apresenta margens de

contribuição perto de 100% (isso mesmo que você

leu!) e a expectativa é de crescimento entre 8% e

10% para os próximos quatro anos. Nesse cenário, o

Brasil é mercado-chave nas projeções da empresa, seja

com a marca Calvin Klein, seja com a Tommy Hilfiger.

Tal crescimento e musculatura, considerando que

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Page 29: Revista Licensing Brasil #44

a empresa adquiriu sua maior estrela (Calvin Klein)

em 2003, é em boa parte explicada pela estratégia

de consolidar-se no mercado jovem e adulto, buscar

incansavelmente os mais altos níveis de qualidade e

certamente operar uma bem-sucedida mistura de li-

cenciamento com operações próprias.

O Brasil possui uma estrutura de varejo muito

sofisticada, não apresenta os níveis de concentração

que observamos nos Estados Unidos e na Europa e

lida com sucesso com uma logística de distribuição

extremamente complexa e difícil, seja pela falta de in-

fraestrutura adequada, seja pelas enormes diferenças

regionais. Entendo que isso é um ponto positivo para

o nosso país. Por outro lado, o empresário brasileiro

de varejo pouco conhece do licenciamento e isso está

claro na quantidade de marcas licenciadas encontra-

das nas lojas, em comparação a marcas próprias.

Aqui, ainda prevalece a ideia da verticalização em

marcas, o empresário ou executivo do varejo prefere

investir em suas próprias marcas a pagar por um licen-

ciamento sem se dar conta de que seu negócio é ven-

der produtos e servir clientes e não necessariamente

construir marcas.

Quem sabe se por aqui o varejo focasse mais na

operação de venda e serviços e gastasse menos tem-

po e recursos construindo suas marcas próprias (que

como o nome diz, são próprias!), não alcançássemos

níveis de sucesso ainda mais relevantes que os atuais?

Porém, essa é uma longa discussão no país onde tudo

parece, mas não é...

Marcus Macedo é diretor da Associação Brasileira

de Licenciamento – Abral e sócio na Santa Cruz

Marketing.

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Page 30: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL30

EXECUTIVO & CIA.

Marcelo MouawadFormação: Engenheiro civil, com especialização em Marketing, pela Poli/USP.

Empresa: Comercial Semaan

Cargo: Diretor comercial

Tipo de indústria: Distribuição, atacado e varejo

Data de fundação: Janeiro de 1961

Profissional do mercado há: 24 anos

Filosofia do executivo: Analisar o histórico do mercado, com o retorno

atual e as previsões para o futuro na busca de reconhecer padrões e agir

assertivamente.

Da cabine de controle: O ano de 2015 começa com muitas incertezas,

principalmente econômicas. A instabilidade do dólar e o atual cenário polí-

tico provocam uma diminuição da intenção de compra. Esta situação exige

muito estudo das estratégias comerciais em todos os níveis, pois as oportu-

nidades deverão ser procuradas com lentes de aumento. Na Semaan, nós

nos antecipamos aos percalços e mantemos diferenciais tais como melhores

prazos, produtos com bom valor agregado e alto giro, preços competitivos

e direcionamento para nossos clientes sobre as tendências do segmento.

Prós e contras do mercado brasileiro: Trata-se do mercado mais empreendedor do mundo e não faltam oportu-

nidades. Além disso, temos um mercado consumidor pulverizado em um grande território e que hoje, em volume,

é um dos maiores. Por outro lado, a alta carga tributária, uma legislação com exigências conflitantes que geram

burocracia e a falta de eficiência da mão de obra, devido ao baixo investimento em educação, e o déficit de infra-

estrutura do setor produtivo pesam contra os negócios.

Técnicas mais adotadas: Proximidade real com as equipes de venda e consumidores, treinamentos nas lojas, con-

ceituação e valorização das linhas de produtos, monitoramento e participação online, principalmente nas mídias

sociais e, acima de tudo, fé em Deus e nas pessoas. Esse conjunto funciona bem.

Minhas referências: Em primeiro lugar, certamente, o meu pai Semaan Mouawad. Não posso deixar de citar meus pro-

fessores do ginásio e colegial, os padres e meus técnicos do basquete, pois influenciaram minha vida pessoal e profissional.

Melhor ferramenta de marketing: Sem dúvida, o boca a boca. O Facebook, hoje, é a menina dos olhos das cam-

panhas por amplificar essa propaganda.

Vender é... Uma dose de encantamento do cliente, uma de avaliação do real custo/benefício do produto e outra

de conhecimento acerca do que está sendo oferecido.

Equipe treinada é sinônimo de: Resultados acima da média e longevidade.

Lição de vida: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados;

e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós” – versículo bíblico citado por Cristo

no Sermão da Montanha.

Oportunidades geradas para o Brasil: A valorização e a busca do real consumidor brasileiro, por meio da oferta

e do desenvolvimento junto à indústria de um mix de produtos mais adequado a seus desejos e anseios.

Tenho orgulho: De fazer parte da evolução da Semaan e, nesse caminho, ter deixado boas lembranças e expecta-

tivas positivas aos que conviveram comigo.

Palpite: Todo o valor estará cada vez mais agregado à propriedade intelectual.

Pretendo parar quando... Ainda não vejo um final, mas quero que seja bem bonito, feliz e abençoado. Por enquanto,

sem planos de parar. Sigo focado no atendimento, a fim de cumprir as metas que desenhei para trilhar meu caminho.

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Page 32: Revista Licensing Brasil #44

VITRINE

Predominantemente licenciada!

Nova linha Hello Kitty[Braskit]

Linha de Jogos O Show da Luna [Brinquedos Estrela]

Linha de cozinha Lilica Ripilica [Bang Toys]

CrystalFantasy Disney[Copag]

Boneco Pocoyo [Cardoso]

Skates e patinetes Coca-Cola [Bel Fix]

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Page 33: Revista Licensing Brasil #44

Nova linha Hello Kitty[Braskit]

Pelúcia Mickey [Dican]

Boneca Elsa Frozen [Elka]

Almofadas linha Disney [Fom]

Skate Angry Birds [Fun Divirta-se/ Barão Distribuidora]

Copos da Disney [Girotondo]

Pelúcia Pou [Grow]

Bonecas Descendentes Disney [Hasbro]

Frozen Bracelete Mágico de Gelo [Intek]

Móbile de plástico da Turma da Mônica [Kitstar]

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Page 34: Revista Licensing Brasil #44

VITRINE

Mordedor Galinha Pintadinha [Latoy] Cozinha Chiquititas

[Magic Toys]

Pelúcias do filme Home – DreamWorks [Long Jump]

George de empurrar [Lider Brinquedos]

Fantasia com a respectiva boneca Disney Princesa [Mimo Brinquedos]

Pelúcia musical – O Show da Luna [Multibrink]

Travesseiro Galinha Pintadinha [Neopan]

Bonecos As Tartarugas Ninja[Multikids]

Bonecos Amigo do Torcedor[Novabrink – Babybrink]

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35Mai/Jun 2015

Caixa Registradora Frozen [Yellow]

Jogo Achei! Luciano Martins[Nig]

Maquininha de Costura Lalaloopsy [Play Cis]

Fantasia Doutora Brinquedo [Rubies Fantasias]

Bonecos Divertida Mente [Sunny Brinquedos]

Bebê Motorista – Mundo Bita [Semaan Distribuidora]

Body Galinha Pintadinha [Sulamericana]

Castelo Frozen [Xalingo]

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Page 36: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL36

AGENTE

Há dez anos a Hasbro licencia suas marcas

no mercado brasileiro, trabalhando junto

com importantes parceiros. Ícones como

Transformes, My Little Pony, Equestria Girls, Mr. Po-

tato Head, Play-Doh e Monopoly ajudam a formar o

portfólio de peso dessa empresa global. No Brasil, a

primeira marca licenciada foi My Little Pony, para mo-

chilas Xeryus, em 2005.

Aliás, trata-se de uma marca que segue forte até

hoje. “My Little Pony foi relançada em 2010 com uma

estratégia global de sucesso aliando entretenimento,

licenciamento e varejo. Desde então, vem crescendo

e já representa globalmente aproximadamente 650

milhões de dólares americanos em vendas no varejo,

em todos os produtos de consumo”, diz Leandro Sil-

va, gerente sênior de licenciamento da Hasbro para

Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil.

A popularidade dessa licença foi impulsionada

pelo hit da série animada “My Little Pony: A Amiza-

de é Mágica”, produzida pela Hasbro Studios e que

está no ar em mais de 180 territórios pelo mundo.

Além da relevância comercial, a franquia transmite

mensagens socialmente relevantes de tolerância e

amizade, que agradam também aos pais. Neste ano,

serão mais de 200 licenciados ao redor do mundo,

em mais de 17 categorias de produtos inspirados na

série animada.

Play-Doh é outra marca que promete para 2015.

A propriedade teve um forte crescimento no merca-

do de brinquedos nos últimos anos e nos próximos

meses serão lançados produtos licenciados nas áreas

de arts & crafts, atividades, ar livre e volta às aulas.

Já a franquia Transformers ganhou uma série anima-

da para a televisão: Transformers Robots in Disguise,

que inclui integração tecnológica, pela qual os con-

sumidores poderão escanear um QR code que estará

impresso nos brinquedos e produtos licenciados. O

código libera o acesso a conteúdos digitais gratuitos

para que o consumidor possa continuar se divertindo

virtualmente.

ESTREIAS PARA AGITAR!- Nova série animada Transformers Robots in Disguise,

no Cartoon Network.

- Nova temporada da série animada My Little Pony: A

Amizade é mágica, no Discovery Kids.

- Longa-metragem My Little Pony, previsto para 2017.

- Equestria Girls com novo filme animado.

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ALGUMAS MARCAS DA HASBRO• Transformers

• Transformers Rescue Bots

• My Little Pony

• Equestria Girls

• Littlest Pet Shop

• Mr. Potato Head

• Play-Doh

• Nerf

• Nerf Rebelle

• Doh Vinci

• Monopoly

CASE DESTAQUE!

Equestria Girls teve seu filme lançado

no Dia das Crianças de 2013, no canal Dis-

covery Kids, junto a sua linha de bonecas.

Menos de dois anos desde o lançamento, a

propriedade já tem mais de 15 licenciados

presentes em várias categorias, tais como

mochilas, cadernos, vestuário, acessórios,

promoções, publicações, brinquedos e

fantasias. Seus filmes, quando exibidos no

canal Discovery Kids, continuam apresen-

tando excelentes resultados de audiência.

Parcerias no licenciamento – A Hasbro está

sempre em busca de licenciados para levar suas

marcas ao varejo. “Buscamos parceiros que parti-

lham os mesmos valores e princípios éticos da Has-

bro, que são líderes em sua categoria e compro-

metidos com o desenvolvimento de produtos de

qualidade”, diz Silva.

O executivo explica que, para sucesso das parcerias

no licenciamento, a Hasbro trabalha em colaboração

com as equipes de desenvolvimento na elaboração

dos guias de estilo das marcas. “Assim fica mais fácil

para os nossos licenciados entenderem a melhor for-

ma de incorporar os valores de cada marca em seus

produtos, bem como em seu negócio. Compreender

os materiais criativos disponíveis e os principais temas

e destaques das histórias desde cedo nos permite ter

um produto muito mais bem integrado que se encai-

xa na aparência geral da marca. Procuramos sempre

melhorar a exposição e a presença de nossas proprie-

dades no varejo, bem como apoiar nossos licenciados

na abertura de novos canais”, diz Silva.

Para ele, o mercado de licenciamento está amadu-

recendo. “O licenciamento já é identificado como uma

grande possibilidade de crescimento com grande inves-

timento de marketing por parte das licenciadoras. Além

disso, eventos importantes como os Fóruns e a Feira de

Licensing, produzidos pelo EP Grupo, auxiliam muito na

captação de novos parceiros de negócios”, finaliza.

AgenteLB44.indd 37 5/6/15 11:40 AM

Page 38: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL38

EM DESTAQUE

O s agentes que apostam em licenciamen-

to para fins turísticos advertem: diver-

são e bons negócios garantidos. Inicia-

tivas nessa linha surgem aqui e ali, e o mercado

ainda tem muito para licenciar quando o assunto

são viagens.

Para as férias de julho deste ano, por exem-

plo, foi anunciado um acordo entre a operadora

Agaxtur e a Mauricio de Sousa ao Vivo para levar

a Turma da Mônica até Bariloche. “É uma parceria

muito feliz, na qual as famílias terão um contato

marcante com os personagens e o universo Tur-

ma da Mônica. Será o primeiro destino internacio-

nal dos personagens e espero que seja o primeiro

de muitos”, declarou Mauro de Sousa, diretor da

Mauricio de Sousa ao Vivo. Os pacotes para Barilo-

che incluem passeios, atividades com os persona-

gens e brincadeiras na neve.

Vamos viajar?Personagens agitam as férias e o mercado de licenciamento

Segundo Aldo Leone Filho, presidente da Agax-

tur, a presença da turma é um importante ele-

mento no pacote: “É, sem dúvida, um diferencial

importante para quem viaja, principalmente para

as famílias”, diz ele. A empresa também é a opera-

dora oficial da Disney no Brasil. “Isso nos dá uma

expertise incrível. Cada grupo que levamos para lá

volta encantado. Ver ao vivo os personagens que

estão conosco desde a infância é algo inesquecí-

vel. Nós sabemos muito o valor disso e sem dúvi-

da essa bagagem com a Disney ajuda muito agora

com a Turma da Mônica”, completa.

Falando em Disney, é impossível não lembrar

sua frota de navios, operante desde 1998. Entre os

pacotes oferecidos neste ano estão os do Disney

Magic e Disney Wonder, com destinos na Europa e

Ver ao ViVo os personagens que

estão conosco desde a infância é algo inesquecíVel. nós

sabemos muito o Valor disso e sem dúVida essa bagagem com a disney

ajuda muito agora com a turma da mônica

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Mai/Jun 2015

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39

no Alasca. Eles levarão passageiros para uma imer-

são no universo do sucesso de bilheteria “Frozen

– Uma Aventura Congelante”. Durante o trajeto,

o navio será transformado em um reino de inverno

com diversas atrações temáticas e os passageiros

que passarem pela Noruega, a terra que inspirou o

reino de Arendelle, participarão de atividades em

terra firme com a presença de Anna e Elsa. Para

oito viagens em 2016, a Disney preparou também

a atração chamada “Dia Star Wars em alto mar”,

que marcará a estreia oficial dos heróis e vilões da

saga na Disney Cruise Line.

A Hello Kitty, propriedade da Sanrio, também

já se familiarizou com a vida em alto mar. Ela mar-

cou presença no Chilli Beans Fashion Cruise com

um espaço especial no Costa Favolosa, em março

deste ano.

Por fim, ainda falando em cruzeiros, ganha

destaque uma parceria que atrai tanto famílias

com crianças, quanto adultos apaixonados por ci-

ências e natureza: o Discovery at Sea. Fruto de

um acordo entre a empresa Princess Cruises e a

Discovery Consumer Products, o cruzeiro tem ativi-

dades relacionadas às marcas e à programação da

Discovery, com experiências interativas que foram

concebidas para trazer aos viajantes conhecimen-

to sobre a vida, a história e a natureza dos lugares

visitados. O conteúdo é baseado em propriedades

da marca como Science Channel e Animal Planet e

programas como Mythbusters e Shark Week.

Hospedagem divertida – Em terra firme, as

férias também podem ser repletas de personagens.

Recentemente, a Viacom International Media Ne-

tworks (VIMN) anunciou um acordo para desenvol-

ver o Nickelodeon Hotels em parceria com o Karis-

ma Hotels & Resorts. O nome ainda é provisório,

mas a iniciativa inédita para hotéis internacionais

da Nickelodeon já está confirmada. A previsão é

de que o Nickelodeon Punta Cana, na República

Em Destaque44_2.indd 39 5/6/15 11:42 AM

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EM DESTAQUE

Viajando para torcer

A parceria entre o Cruzeiro Esporte Clube e a

Primus Turismo – agência mineira de turismo – nas-

ceu em 1994. Foi em 2014 que a Primus assumiu

as operações da licenciada Cruzeiro Esporte Tour.

Os serviços da empresa incluem atender torcedores

cruzeirenses que querem viajar, oferecendo paco-

tes, passagens aéreas, hospedagem e organizando

visitas aos centros de treinamento do Cruzeiro Es-

porte Clube. Além disso, a agência promove ações

de integração entre os sócios-torcedores e campe-

onatos e eventos do clube.

Dominicana, seja aberto no final de 2016. Quem

se hospedar nesses locais poderá curtir a presença

dos personagens favoritos da Nickelodeon, como

Bob Esponja, Dora e As Tartarugas Ninja.

“Acreditamos que o local elevará o parâmetro

das férias em família em destinos tropicais cobiça-

dos. Nosso acordo para desenvolver o Nickelodeon

Hotels nos dará a oportunidade de expandir nossa

parceria existente e oferecer um estilo de experiên-

cia Nickelodeon que toda a família pode participar e

desfrutar”, disse Gerald Raines, vice-presidente sê-

nior global da Nickelodeon Recreation Partnerships.

Voltando ao Brasil, há o caso do Mabu Thermal

Grand Resort de Foz do Iguaçu, que fez um acordo

com a área de licenciamento da Globo para levar

os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo às

suas instalações. Diversas atrações com a temática

do Sítio envolvem a área de lazer do resort.

Entre as atividades, está a contação de histórias da

Dona Benta. Além disso, os hóspedes podem apren-

der a preparar receitas da Tia Nastácia, como o seu fa-

moso bolinho de chuva. No lago Mabu, o Tio Barnabé

está sempre pronto para ensinar as crianças a pescar

e, para quem gosta de literatura, há uma biblioteca

que oferece as principais obras de Monteiro Lobato.

“Transportamos o Sítio do Pica-Pau Amarelo do mun-

do da ficção para o real, tornando a emoção um senti-

mento presente nas crianças e nos adultos”, comenta

Douglas Meneses, o gerente geral de marketing da

Rede Mabu Hotéis & Resorts.

nosso acordo para desenVolVer o

nickelodeon Hotels nos dará a oportunidade de expandir nossa parceria existente e oferecer um

estilo de experiência nickelodeon que toda a família pode participar e

desfrutar

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EMPRESA

Fundada em 1996, no município de Casta-

nhal, no Pará, a indústria de laticínios Flam-

boyant está atualmente instalada em uma

área de 15.000 m² e conta com mais de 500 colabo-

radores diretos. Em seu portfólio, uma vasta gama

de produtos que inclui linhas de licenciados. Para o

gerente de marketing Jeová Campos, a qualidade

da produção foi responsável pelo destaque da em-

presa no mercado ao longo desses quase 20 anos

de história: “Também é importante a eficácia na

prestação de serviços. Sempre buscamos soluções

tecnológicas inovadoras para aprimorar a produção

e investimos na qualificação de colaboradores em

todos os setores da empresa”, diz ele.

Ofertando um mix com 65 itens, a empresa pro-

duz desde iogurtes tradicionais, gregos e funcionais,

até leites fermentados e sobremesas lácteas. Em des-

taque, o consumidor encontra a linha Flamboyant

Exotic, com sabores regionais de açaí com guaraná e

cupuaçu. Também chamam atenção as linhas licen-

ciadas do Pica-Pau, a do Patati Patatá e a nova linha

BioMais Ana Hickmann.

Falando em Woody Woodpecker (o Pica-Pau), ele

foi o primeiro personagem licenciado para produtos

da empresa – a iniciativa aconteceu em 2011. Se-

gundo Campos, foi um importante passo para agre-

gar valor à marca Flamboyant. “Nossa experiência

nos mostra que obtivemos um ganho expressivo em

Bala mastigável Lilica Ripilica

Com o liCenCiamento, Criamos um forte apelo e um diferenCial junto ao merCado varejista

e, prinCipalmente, alinhamos nossa

estratégia de produto Com o nosso target

EmpresaLB#44.indd 42 5/6/15 11:47 AM

Page 43: Revista Licensing Brasil #44

faturamento e distribuição. Com o licenciamento,

criamos um forte apelo e um diferencial junto ao

mercado varejista e, principalmente, alinhamos nossa

estratégia de produto com o nosso target”, diz ele.

Além disso, o executivo enxerga que as marcas atuais

ainda têm bastante a oferecer, à medida que estão

desenvolvendo e ampliando projetos atuais. “Ainda

temos oportunidades de avançarmos com as licenças

que trabalhamos hoje, seja com novos produtos, seja

com a distribuição em novos mercados”, resume.

De Castanhal, os laticínios são distribuídos para

cidades nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

e têm diferentes perfis de consumidores, que variam

conforme o público-alvo de cada marca. E, para

movimentar o ponto de venda, a Flamboyant geral-

mente promove ações de degustação ou “compre-

-ganhe”, com brindes personalizados.

Visão de mercado – Segundo Campos, o licen-

ciamento de marcas avança e ainda tem muito a

oferecer: “apesar do avanço nos últimos anos, acre-

ditamos que o Brasil ainda precisa saber aproveitar de

maneira mais eficaz e inovadora as oportunidades que

o universo do licenciamento oferece, como a ampla

possibilidade de agregar ações efetivas no ponto de

venda e desenvolver novas parcerias comerciais”.

No processo de seleção de licenças atuais, a Flam-

boyant realizou pesquisas para avaliar a adequação

das franquias aos produtos, o potencial de vendas e

sua credibilidade junto ao consumidor.

Para 2015, a empresa planeja o lançamento de

novas linhas e a ampliação de algumas já existentes.

“Além disso, estamos modernizando e investindo ain-

da mais no nosso parque industrial e lançaremos ou-

tras novidades em breve. Outro ponto importante é le-

var os produtos da Flamboyant para nossos mercados,

sempre de maneira competitiva.”, finaliza Campos.

EmpresaLB#44.indd 43 5/6/15 11:48 AM

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Adriana Amiralian e Lígia Sposito (Phisália)

Plateia no Licensing Road Show

Ana Saraiva, Maria Eugenia, Daniela Diesedruck e Tatiana Musa (Redibra)

Luciana Ramos (Francal) e Cláudia Oliveira (Meleka Kids)

Vinicius Silveira e Fernanda Saul (Redibra), Denise Philip (TV PinGuim) e Patricia Gomes (Redibra)

Rodrigo Rocha (Jandaia), Ricardo Soares (Pacific), Carolina Barati (Tilibra) e Claudia Franco (Santino)

William Shyu e Fernanda Cancela (Positivo)

Juliana Luiz e Betina Zeterka (Bmart) e Tatiane Tardelli (Nickelodeon)

Kiko Smitas (SulAmericana), Renato Zindeluk (Luk Marcas) e Rodrigo Rocha (Jandaia)

ESPECIAL

NX Zero, Paula Fernandes, Neymar e Manu Gavassi foram alguns dos premiados da noite

A primeira edição do Licensing Road Show acon-

teceu em 7 de abril, no Novotel, em São Paulo.

Organizado pelo EP Grupo, o evento veio para

reunir agentes, representantes do varejo e fabricantes

em diversos segmentos de produtos, fomentando licen-

ciamento de marcas no Brasil. Foi uma manhã movimen-

tada com apresentações de Nickelodeon, Redibra, Has-

bro, Tycoon 360, Sato Company, LuK Marcas e Disney.

Veja quem passou por lá!

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Page 45: Revista Licensing Brasil #44

Camila Ayako (Long Jump), Ligia Russiano (Foroni) e Juliana Mengai (Nickelodeon)

Priscila Haddad (Disney)

Luciana Ramos (Francal), Maria Eugênia e Fernanda Saul (Redibra)

Angela Savi, Mirella Lavrini, Melanie Gouvea e Carolina Carvalheiras (Pernambucanas)

Edson (Pacfic), Fabiano Flaminio (Alto Astral) e Ana Beraldi (SulAmericana)

Gian Cantinela (Com LicenSa), David Diesendruck (Redibra), Érika Gicomelli (Tycoon 360) e Luis Tanigushi (Com LicenSa)

Graziela Angeli (Regina Festas), Ana Amélia e Caroline Kamakura (Play)

Carolina Andrade e Tais Yoshimura (Xeryus)

Ana Amélia (Play), Darlene Rodriguez, Bryony Bouyer e Leandro Silva (Hasbro)

Graziele Angeli, Luiz Henrique e Fernanda Badan (Regina Festas)

Nelson Sato, Everton Kinoshita e Adriano Sato (Sato Co.)

Priscila Ito, Juliana Mengai, Alessandra Valini, Rachel Costa e Joana Portugal (Nickelodeon)

Marco Aurélio Darcie, André Ribas Darcie e Tommy Darcie (Bumerang Brinquedos)

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Page 46: Revista Licensing Brasil #44

DESIGN

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Quem está no mercado do licenciamento há

um pouco de tempo sabe que style guide

ou guia de estilo é o manual de artes para

o designer criar os novos produtos e artes para uma

marca. Recapitulando a descrição de uma matéria an-

terior, esse material deve passar algumas característi-

cas básicas da marca, como:

1. estilo de criação do visual de seus produtos;

2. estilo gráfico da marca no período de validade

do material;

3. formas de uso da marca;

4. restrições de uso da marca e do material;

5. artes adequadas para os diversos tipos de pro-

duções de produtos.

Porém, existem diversos tipos de style guides que

podem ser usados por uma marca para posicionar os

seus produtos, de acordo com a necessidade de cada

projeto ou ação. Neste artigo, descreverei alguns dos

principais tipos:

Style guide de produto

O guia de estilo para o desenvolvimento de produ-

tos é o material de uma marca usado para a criação

visual e gráfica de novos artigos. Esse material deverá

carregar a essência da marca como estilo visual, tipos

de acabamentos, cores e as dicas e permissões de uso

do respectivo material.

Style Guide de Embalagem

O mesmo modelo de guia de estilo de marca é

o material de embalagem que contém os arquivos e

padrões visuais para o desenvolvimento dos diversos

tipos e possibilidades de embalagens.

Style guide de ponto de venda

O guia de estilo para ponto de venda é um material

extremamente cobiçado e necessário para o desenvolvi-

mento de peças para campanhas de marketing e tam-

bém de materiais de divulgação dos produtos de uma

marca, como o visual de um catálogo, um anúncio de revis-

ta, cartazes e muitos outros formatos de divulgação.

Style guide promocional

O guia de estilo promocional é um projeto pouco vis-

to, pois pode ser substituído pelo guide de estilo para

embalagens. Porém, a grande diferença é o fato de nes-

te caso ser usada a embalagem do cliente licenciado, e

não a embalagem da marca. Seu foco são os projetos

de divulgação com período de baixa duração, como lan-

çamento de filmes, temas de datas específicas e ações

pontuais para um evento − por exemplo, Copa do Mun-

do ou Olimpíadas. Também abarca diferentes tipos de

aplicações, tais como:

In-pack – É a promoção na qual se agrega um brinde

ou benefício dentro da embalagem de um produto. Ex.:

caixa de cereal com um boneco dentro do pacote – pode

ser aplicado com ou sem o personagem do licenciado.

On-pack – É a promoção na qual um brinde ou be-

nefício vem preso fora da embalagem de um produto,

ou ele é até mesmo dado por meio de um cupom.

Ex.: uma colher decorada junto com um pote de iogurte.

Co-branded (near pack) – Ação em que o consu-

midor ganha um brinde na compra de um produto da

promoção.

Self-liquidating – É a ação promocional com troca

em quiosque – na maioria das vezes, com custo extra

para o consumidor.

Ex.: compre 3 itens e, com mais R$ XX , receba um

copo especial do personagem.

Ponto de venda – É o material decorativo para a pro-

moção da marca nos diversos móveis e equipamentos que

compõem o ambiente do ponto de venda.

Os materiais mais usuais são: faixa de gôndola, cartaz,

adesivo de chão, testeira, banner e testeira de gôndola.

Gustavo Pettinatto Lúcio é diretor da agência Estúdio n’Ovo.

Style Guide

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LICENSING BRASIL48

JURÍDICO

Muito tem se falado sobre as ações de com-

bate à pirataria no Brasil, onde é fácil per-

ceber que, apesar de alguns avanços na

última década, muito ainda há para se fazer.

A ABRAL, preocupada com o crescimento da pirataria

das propriedades dos seus associados, tem liderado algu-

mas ações que certamente trarão excelentes frutos para

o segmento. As discussões acerca da necessidade de en-

frentarmos o tema permearam todas as reuniões que até

aqui tivemos desde a mudança na presidência e diretoria

da ABRAL. Assim, é tempo de agir! Para isso, definiu-se

um planejamento estratégico, contendo algumas ações

que serão levadas a cabo até o final deste ano.

Entre estas ações, ganha destaque a elaboração de

uma cartilha informativa, dirigida aos agentes públicos

responsáveis por brecar a entrada de produtos falsifica-

dos em nosso País. Estreitaremos cada vez mais laços

com a Receita Federal, a fim de promover uma inten-

sa troca de informações entre o segmento e os agentes

aduaneiros, o que certamente trará um incremento nas

apreensões de produtos falsificados que vêm do exterior

e que inundam o nosso comércio.

Outra cartilha, com a mesma intenção, será dispo-

nibilizada aos varejistas, para que os próprios lojistas e

distribuidores possam fomentar a necessidade de se pre-

servar as práticas legais de comércio; afinal, é sabido que

aqueles que vendem e ofertam produtos não licenciados

estão sujeitos a sanções civis e criminais. Este é o objetivo

principal deste pequeno artigo: despertar a necessidade

do varejo de enfrentar duramente a pirataria.

De quem afinal é a responsabilidade de se com-

bater esse tipo de crime? Muitos atribuem tal respon-

sabilidade ao governo, que possui o poder de polícia

para combater os ilícitos. Já outros atribuem essa res-

ponsabilidade ao judiciário, que deveria condenar com

rigor todos aqueles que participam de atos de violação

da propriedade intelectual. Há também quem apon-

te a indústria como responsável, uma vez que é ela a

maior prejudicada pela oferta de produtos pirateados

e, ainda, aqueles que culpam os consumidores, que,

em última análise, são os que acabam por alimentar

essa intrincada rede do crime. E o que falar do papel do

comércio varejista nessas ações?

Digo, sem pestanejar, que, além de governo, judiciário,

indústria e consumidores, o varejo é um dos segmen-

tos que mais tem a se beneficiar com o combate à pi-

rataria. A capilaridade do comércio varejista é uma im-

portante arma contra a ilegalidade, pois o seu poder

de penetração junto aos consumidores é (ou deveria

ser) um forte aliado na luta contra as práticas ilegais.

Já imaginaram se associações e câmaras de comércio

e de lojistas ou mesmo os representantes de shopping

centers promovessem uma verdadeira união de esfor-

ços, tendo como bandeira o respeito à propriedade in-

telectual, programando uma campanha de observância

à legalidade e de combate às falsificações? No mínimo,

isso traria um aceno para a população dos verdadeiros

prejuízos trazidos pela pirataria.

A conscientização dos consumidores é a melhor for-

ma de se enfrentar esse problema. Sim, consumidores

estes, muitas vezes, verdadeiros heróis, que resistem à

oferta de produtos ilegais, privilegiando a compra dos

O papel do varejo no combate à pirataria

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Nov/Dez 2013 49

produtos oficiais. Cada consumidor que adquire um pro-

duto original deveria ser reverenciado pelos lojistas for-

mais, com agradecimentos expressos pela sua escolha.

A tentação de se comprar um produto ilegal é

imensa, principalmente pelos baixos preços pelos

quais são ofertados, mas todos nós sabemos que,

além de serem de qualidade ruim, na maioria das ve-

zes causam danos à saúde e à segurança dos consu-

midores, além de não recolherem impostos, gerarem

empregos em outros países e alimentarem organiza-

ções criminosas, que, além desses produtos, trazem

para o nosso País drogas, armas e munições!

Essa é outra reflexão importante. A pirataria é co-

mandada e financiada por grandes organizações crimi-

nosas, espalhadas pelo mundo, e que atualmente movi-

mentam mais recursos financeiros do que o narcotráfico,

segundo levantamento realizado pela Interpol.

A complexidade do “fenômeno” da pirataria faz

com que ela deva ser combatida com repressão severa

e com a conscientização da população acerca dos males

que ela produz.

Sem dúvidas que a repressão é missão do Estado,

mas a conscientização é papel de todos nós, inclusive

do varejo.

Márcio Costa de Menezes e Gonçalves é sócio

da Siqueira Castro Advogados, coordenador da

área de Propriedade Intelectual, presidente do ICI

– Instituto do Capital Intelectual, diretor jurídico da

ABRAL, tendo sido Secretário Executivo do Conse-

lho Nacional de Combate à Pirataria, do Ministério

da Justiça. É diretor-adjunto de Relações Interna-

cionais e Comércio Exterior do Centro das Indús-

trias do Estado de São Paulo – CIESP.

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Page 50: Revista Licensing Brasil #44

LICENSING BRASIL50

TENDÊNCIA

Quais eram os personagens que te faziam rir

quando você tinha 8 anos de idade? Cer-

tamente muitos de nós, porque sim me in-

cluo nesta turma, falariam saudosamente de Pica-Pau,

Chaves, Scooby-Doo e, claro, Tom e Jerry.

Agora pergunto: as crianças de hoje continuam

achando graça dos mesmos personagens? Incrivelmen-

te ou não, elas continuam rindo deles SIM. Em uma

pesquisa que a Play realizou com mais de 349 crianças

detectou-se que esses personagens continuam “arran-

cando” boas gargalhadas, mas o que mudou, então?

Bom... A lista é bem grande e começa pelos nomes

dos novos “engraçados” das crianças. Se pensarmos

que Titio Avô, O Incrível Mundo de Gumball, Irmão

de Jorel, Clarêncio o Otimista, são nomes de dese-

nhos animados, bem animados, Bob Esponja, Hora de

Aventura, Minions, Simpsons, Apenas um Show são

até que bem “normais”. Ouse chamar Apenas um

Show de Regular Show e verá o que acontece conti-

go... Porque para eles a graça já parte do nome e errar

não é uma opção, a não ser que faça parte da piada.

Outra mudança está na entrada do romance na

vida dos meninos. Não o romance como estamos acos-

Alguns desses desenhos vêm inserindo pílulAs de

romAnce – o que, pArA os meninos, pArece cAusAr

AindA mAis grAçA

tumados a ver e, sim, um romance divertido e, claro,

utópico como tem de ser. Alguns desses desenhos vêm

inserindo pílulas de romance – o que, para os meninos,

parece causar ainda mais graça. Afinal, tentar namorar

a menina que não gosta de você e que te faz parecer

um bobo só pode ser engraçado nessa idade. Já des-

cobriram quais desenhos abordaram ou abordam isso?

Outra diferença desses para os desenhos – chama-

remos de “clássicos” para não entregarmos a idade

– está no gráfico. Recentemente, apresentamos um

desses desenhos para um diretor de empresa envolvi-

do com licenciamento há muitos anos, e inicialmente

recebemos um olhar debochado, seguido de uma ri-

sada e do comentário: “Isso é engraçado só de olhar,

mas como falo para os representantes?”. Bom, isso

sim deve ser engraçado, mas o fato é que realmente

não precisamos fazer esforço para começar a rir de

um cachorro elástico, de uma esponja que usa cueca,

ou de um gordinho com “pança”, que delicadamente

os meninos chamam de pancinha.

Em meio a tantas mudanças, cabe a nós tentar ter

o mesmo ponto de vista deles ou simplesmente aceitá-

-lo, já que entender algum episódio parece mais com-

plicado do que usar uma HP. Devemos nos lembrar de

que eles não só vieram para ficar, como representarão

a próxima geração do humor. Isso é importante, mas

acrescentam aos deles o que chamaríamos gentilmen-

te de nossos. O que parece fundamental para não dei-

xarmos escapar nada. Afinal, que outro gênero, além

do humor, vem crescendo tanto?

Aurélia Picoli e Ana Amélia de Cesaro são sócias-diretoras da Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente.

Questão de ponto de vista!

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