sumÁrio - 21º minionu...oportunidade de investimento e começam a comprá-lo de forma desenfreada....

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA ........................................................... 3

2. APRESENTAÇÃO DO TEMA .............................................................................. 5

2.1 Definição de Crise Financeira ..................................................................... 6

2.2 Definição de Bolha Financeira .................................................................... 7

2.2.1 A Bolha Financeira Imobiliária de 2008 ............................................... 8

2.3 Definição de Hipoteca .................................................................................. 9

2.3.1 As Hipotecas Subprime ...................................................................... 10

3. A DESREGULAMENTAÇÃO FINANCEIRA ...................................................... 12

4. O EFEITO CONTÁGIO ....................................................................................... 12

5. AS ORGANIZAÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS ............................... 13

6. OS IMPACTOS SOCIAIS DE CRISES ECONÔMICAS ..................................... 14

6.1 A Grande Depressão 1929 ......................................................................... 14

7. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ........................................................................ 15

8. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ............................................................. 16

9. QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES .............................................. 18

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19

TABELA DE REPRESENTAÇÕES .......................................................................... 22

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1. APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA

Caros delegados, chefes de estado, autoridades econômicas, representantes de

governo e convidados, sejam bem-vindos a Organização das Nações Unidas e ao

Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da entidade. O guia aqui

apresentado busca apresentar aos senhores e senhoras a relevância da temática

abordada e o funcionamento do comitê, através de importantes informações acerca

do tema sendo, portanto este guia de leitura imprescindível.

Diretor - Guilherme Perobelli

Meu nome é Guilherme Perobelli Salgueiro e sou o Diretor do comitê UNDESA

(2009) cujo tema é “A Crise Econômica Mundial e os Impactos para o

Desenvolvimento”. Tenho 20 anos e durante o MINIONU estarei cursando o 6º

período de Relações Internacionais na PUC Minas. Esta é minha terceira

participação no projeto, sendo que já participei anteriormente nos comitês Conselho

do Ártico como Voluntário e como Diretor Assistente no FIFA. A minha experiência

no MINIONU é extremamente positiva e engrandecedora, a cada participação

aprendo com cada delegado e cada membro da equipe, tornando um evento de

enorme crescimento pessoal e sem dúvidas transformador na vida de cada um que

o vive com entusiasmo. É com muito orgulho que vos apresento esse comitê e na

esperança que todos tenham, assim como eu, uma ótima experiência. Nos vemos

em Outubro!

A minha relação com o tema que será discutido no nosso comitê teve início

durante os meus estudos nas matérias de Economia do curso de Relações

Internacionais, sendo sempre de meu interesse buscar entender as motivações de

crises sistêmicas1 e a forma em que catástrofes financeiras locais podem tomar

proporções globais e afetar diretamente a vida de pessoas em inúmeras partes do

mundo e de diferentes classes sociais. Esse meu gosto pelo tema já se tornou

trabalho acadêmico e agora toma a forma de um comitê nessa edição do MINIONU

20 Anos, e certamente irá atender e superar as expectativas de todos vocês!

1 Essas crises podem ser entendidas como aquelas que não afetam afetam um só país, mas sim

diversos Esatdos que compõem o sistema econômico instaurado.

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Diretora Assistente - Yasmim Debossan

Olá, delegados, bem-vindos ao UNDESA 2009! Meu nome é Yasmim Debossan,

tenho 18 anos e durante o MINIONU 20 Anos estarei cursando o 4º período de

Relações Internacionais. Minha experiência no MINIONU começou em 2015, quando

fui delegada no comitê AGNU (2030) - A formação do Curdistão; em 2016 participei

do comitê em espanhol OSCE - Tráfico de pessoas; e em 2017 na OMS - A volta do

Ebola na Líbia. Em 2018, já como parte da equipe, fui voluntária no comitê AGNU

2018 - O uso da mídia pelo Estado Islâmico. O MINIONU foi uma oportunidade única

na minha vida e crucial para minha escolha do curso de Relações Internacionais,

todas as experiências que tive na simulação foram incríveis e contribuíram muito

para o meu crescimento pessoal, cada uma a seu modo.

É com imensa alegria que no MINIONU 20 Anos serei diretora assistente no

comitê UNDESA 2009 e espero contribuir da melhor forma possível para que

tenhamos uma excelente simulação. Bons estudos e nos vemos em outubro!

Diretor Assistente - Eduardo Gonzaga

Olá! Meu nome é Eduardo Gonzaga, e estou no 6º período de relações

internacionais. Já participei da equipe de logística do 19º MINIONU, e pude aprender

muito sobre o evento, bem como como atender, ajudar e acolher. O MINIONU foi e é

uma experiência de crescimento, de voz e de afirmação com uma capacidade

transformadora na vida de quem participa. Buscarei, no MINIONU 20 Anos

transparecer tudo o que aprendi e aprendo, bem como o minha gratidão e carinho

por fazer parte de um evento tão gigante como esse.

Diretor Assistente - Luiz Eduardo Oliveira

Olá! Meu nome é Luiz Eduardo Oliveira Silvestre, tenho 20 anos e estou no 6º

período do curso de Relações Internacionais. Minha experiência no MINONU

começa como voluntário do comitê ASEAN (2018) do diretor Carlos Vieira. O

MINIONU representa uma plataforma de interação muito saudável e participar do

mesmo foi uma experiência muito gratificante para mim, adorei a dinâmica de um

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comitê e acredito que as discussões foram muito pertinentes. Nesse ano, sou diretor

assistente do comitê UNDESA (2009) do diretor Guilherme Perobelli e acredito que

nossa equipe tem um grande entrosamento. Vamos juntos fazer desta a melhor

versão do MINIONU.

2. APRESENTAÇÃO DO TEMA

A expansão da economia norte-americana nos primeiros anos do século atual

parecia imparável, sólida e promissora. O que não se esperava era que de fato o

mundo presenciaria em pouco tempo a maior crise financeira posterior a Grande

Depressão em 1929. O crescimento do mercado residencial e hipotecário no

começo dos anos 2000 atrelado a uma baixíssima taxa de juros base e a uma oferta

de crédito abundante e barato gerou uma “bolha financeira” disfarçada de “boom”

imobiliário.

Posteriormente todo o paraíso creditício e otimista da economia americana

desmoronou com o estouro da crise. O estopim ocorreu devido à ocorrência de

diversos fatores, como, a falta de pagamento de hipotecas por parte dos tomadores,

hipotecas tóxicas conhecidas como “Subprime” e o arrefecimento do mercado

imobiliário e sua consequente queda de valor.

No ano de 2008, quando se estoura a bolha e a crise se alastra, o mundo se

encontrava em um grande nível de interdependência. A crise que a princípio estaria

localizada apenas nos Estados Unidos, devido a uma interligação de todo o sistema

financeiro e bancário global, com operações realizadas em todos os continentes e

tendo os Estados Unidos como centro financeiro mundial se alastrou e contaminou

diversos países no mundo. As economias capitalistas estavam vulneráveis e

expostas aos danos implicados pela quebra do sistema americano.

A crise era global. Diversos bancos comerciais e de investimentos caíram mundo

afora e tiveram de ser socorridos por outros bancos ou até mesmo pelos próprios

governos nacionais que injetaram valores estratosféricos nessas entidades

financeiras que se encontravam destruídas:

Na Inglaterra, a maior hipotecária do país, o HBOS (Halifax Bank of Scotland), foi vendido, às pressas […] o banco belgo-holandês FORTIS recebeu a injeção de US$ 16,4 bilhões de recursos dos governos da Holanda, Bélgica e Luxemburgo. No Reino Unido, a Bradford & Bringley, empresafinanciadora de hipotecas, terminou sendo nacionalizada, com

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parte de suas operações sendo assumidas pelo Santander; na Alemanha, a Hypo RealState, também de crédito imobiliário, obteve US$ 51 bilhões do governoe de um consórcio de bancos; e na Islândia, o governo teve de comprar 75% do terceiro maior banco do país,o Glitnir, por US$ 900 milhões (GONTIJO, 2011).

A crise como se percebeu afetou grande parte do mundo à época, entretanto,

foram as economias menos desenvolvidas e mais vulneráveis as que mais sofreram.

“À medida que a crise se aprofundou, o impacto nos países em desenvolvimento

piorou rapidamente, particularmente em termos de aumento do desemprego e

aumento do déficit de financiamento externo.” (UNDESA, 2009) Percebeu-se que

haveria a necessidade de um grande esforço global para a recuperação e retomada

do desenvolvimento dessas economias periféricas.

Toda a crise vivida no final da primeira década do século XXI foi resultado de

irresponsabilidades governamentais locais atreladas a um otimismo e na crença de

que o sistema era infalível. A frase proferida por Stewart McKinney, membro do

congresso americano, em 1984 ficou imortalizada como um mantra para a economia

do país no contexto da iminente quebra sistêmica em 2008. Os economistas

acreditavam que a economia era “Too Big To Fall” ou, Grande Demais Para

Quebrar. Com a queda do Lehman Brothers em setembro se percebeu que a frase

era uma falácia e que o mundo estava se deparando com a maior crise do

capitalismo moderno.

2.1 Definição de Crise Financeira

Uma crise financeira pode ser entendida como a abrupta desvalorização de

ativos financeiros2 desencadeando muitas vezes em recessões. A crise

historicamente é entendida como um fenômeno cíclico e inerente ao capitalismo.

Desde o século XVII se existem registros de crises econômcias, e muitas das vezes

as soluções de uma se torna a causa de sua próxima. A crise de 2008 pode ser

também entendida como uma crise bancária: “Setores corporativos e financeiros de

um país experimentam um grande número deinadimplência por parte dos

tomadores” (VALENCIA, 2008). O sistema financeiro possui como base estrutural a

Confiança, é tal confiança que mantém o sistema funcionando:

2 Ativos Financeiros são qualquer coisa que represente um valor econômico e possa de alguma forma

ser convertido em dinheiro, como por exemplo: Depósitos Bancários, Ações, Commodities e Imóveis.

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Quando se perde a confiança, os bancos deixam de oferecer crédito e as empresas abandonam negócios de risco, em busca de segurança. Com isso, o dinheiro circula menos, as pessoas não consomem e cai o faturamento das empresas. Uma construtora, por exemplo, depende de empréstimos para construir um prédio. Sem dinheiro, abandona o projeto e os pedreiros ficam desempregados. (PERÓN, 2009)

Foi exatamente quando houve essa quebra na confiança em torno do sistema, que

antes parecia estável, uma das causas que desencadeou a Crise global que alterou

a história do capitalismo mundial.

2.2 Definição de Bolha Financeira

No mercado financeiro, grandes crises históricas e marcantes possuem como

início uma bolha. O termo bolha é utilizado para descrever um aumento nos preços

dos ativos em uma fase conhecida como mania, que significa um padrão frenético

de compras; essas manias estão associadas a uma robusta expansão econômica.

Ao se falar em bolha presume que quando os preços dos ativos se estabilizam eles

tendem a decair. (KINDLEBERGER, ALIBER, 2014) Uma bolha, entretanto, só é

identificada com precisão quando ela “estoura”, a mania de compra cessa e os

preços caem.

Durante a fase de mania se percebe uma negociação dos ativos (ações,

produtos, hipotécas, etc) a um valor, preço, extremamente acima de seu real valor

intrínseco, ou seja, produtos são negociados por preços mais altos do que realmente

valem. Essa alta nos preços é derivada de um conceito conhecido como “Efeito

Manada”. Na economia os valores dos ativos são regidos pela ordem da Oferta e

Demanda, ou seja, um aumento na procura (demanda) gera um aumento no seu

valor. A relação com o efeito manada existe pelo fato de que, ao começo de uma

bolha financeira muitas pessoas e investidores analisam o ativo como uma boa

oportunidade de investimento e começam a comprá-lo de forma desenfreada. Essa

alta nas compras gera o efeito manada e novos investidores também compram, com

isso, o valor desse ativo sobe de forma abrupta seguindo a lei da Oferta e Demanda.

A segunda fase da bolha financeira ocorre quando os investidores que

realizaram a compra em massa do ativo em questão percebem que o seu valor real

não condiz com o valor que está sendo negociado. Ao se identificar essa ocorrência

o preço se estabiliza, pois o ativo não está mais sendo comprado em massa;

posteriormente ocorre um novo “Efeito Manada”, quando os investidores que já

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identificaram o preço falacioso do ativo decidem vendê-lo. Ao se iniciar esse

processo de venda os preços começam a cair e essa queda também repentina nos

preços força com que os outros investidores também vendam seus ativos, reduzindo

por fim drasticamente o valor do produto/ativo. Após isso está concluída a mania

especulativa e é quando se percebe finalmente a bolha e o seu estouro. Como

conclusão, Warren Buffett, célebre investidor, alerta: “Preço é o que você paga, valor

é o que você leva”. Ou seja, em meio a uma bolha especulativa, as pessoas pagam

muito caro pelos ativos, mas recebem pouquíssimo por eles, pois o seu preço está

muito distante do seu real valor. (REIS, 2018). A Bolha Financeira não é

exclusividade da Crise Econômica global de 2008, as manias especulativas são

registradas desde os primórdios do capitalismo, possuindo como alguns exemplos, a

Mania das Tulipas, que ocorreu na Holanda em 1636, sendo considerada a primeira

mania especulativa da história, a Bolha Imobiliária Asiática de 1989 e a Bolha das

Empresas DotCom (.Com) no ano 2000.

2.2.1 A Bolha Financeira Imobiliária de 2008

O Setor imobiliário norte-americano teve uma expansão e crescimento

impressionante durante os anos de 2002 e 2006 passando de 16 trilhões de dólares

para 23 trilhões. (KINDLEBERGER, ALIBER. 2014). Após o final da bolha das

empresas DotCom em 2000 o governo norte-americano, com intuito de reaquecer a

economia promoveu uma enorme redução da taxa de juros base do país. O Federal

Reserve (FED), banco central estadunidense, reduziu a taxa que era de 6,4% ao

ano em dezembro de 2000 para apenas 1,8% no mesmo período em 2001. Alinhado

a tal queda os investidores estavam receosos após “A Crise da Internet” e com isso

buscavam realizar maiores investimentos em setores mais concretos e estáveis, os

chamados “setores-reais”, o escolhido foi o mercado imobiliário.

O mercado imobiliário à época estava super aquecido e entre 1995 e 2000

demonstrava uma elevação nos preços (GONTIJO, 2011) após o corte na taxa de

juros os custos para crédito hipotecários atingiram seu menor patamar em 40 anos.

Com isso, ocorreu um boom de compra de imóveis e em consequência uma

astronômica alta nos preços, como demonstra o gráfico a seguir:

FIGURA 1 : GRÁFICO ÍNDICE DE PREÇO REAL DOS IMÓVEIS NOS EUA

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(Fonte: IPEA)

Conforme é possível analisar no gráfico acima, se percebe que durante a primeira

metade da década os preços subiram de forma abrupta, alcançando níveis

históricos, fato esse que caracteriza o período como a primeira fase de uma mania

especulativa, a fase de mania. Após atingir o seu pico em 2005 se tem o início do

estouro da bolha. A causa dessa queda abrupta nos preços e o início do que se

conhece como a maior crise capitalista pós 1929 será explicada posteriormente e

detalhadamente na seção intitulada “ As Hipotécas Subprime”.

Se percebe através do gráfico que a crise de 2008 passa por todos os

estágios necessários para a caracterização de uma bolha financeira. Se observa

desde a mania de compra e abrupta elevação nos preços até a repentina queda e

perda real de valor no ponto de estouro da bolha.

2.3 Definição de Hipoteca

Uma hipoteca pode ser entendida como uma garantia de pagamento de

dívida, possuindo muitas vezes um imóvel como garantia. Em geral, uma hipoteca

costuma ser utilizada como um empréstimo que devido a garantia do imóvel possui

taxas de juros e prazos de pagamentos mais longos e atrativos do que empréstimos

comuns. Nos Estados Unidos devido ao boom imobiliário e as baixas taxas de juros

as hipotecas foram amplamente utilizadas para a compra de um segundo imóvel e

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os bancos realizavam empréstimos sem muito critério e avaliação, essa

desregularização desencadeou no que foi conhecido como Crise do Subprime.

2.3.1 As Hipotecas Subprime

Devido a elevação da indústria imobiliária e aparente segurança econômica

apresentada pelo mercado estadunidense os bancos e emprestadores se tornaram

cada vez menos rigorosos e restritivos quanto a liberação de empréstimos.

No começo da década de 2000 as taxas de juros se encontravam a níveis muito

baixos. Diversas pessoas obtinham crédito hipotecário mediante comprovações e

adquiriam seus imóveis; entretanto, com a aparente segurança os bancos

imaginavam que o sistema era infalível e extremamente confiável, devido a essa

confiança os emprestadores criaram uma nova categoria de empréstimos, os

chamados créditos subprimes. Tais créditos possuíam como característica uma taxa

de juros pós fixada e que seria regulada de acordo com o andamento da economia,

esses empréstimos eram realizados possuindo como única garantia o próprio imóvel

a ser adquirido pelo tomador.

Tais empréstimos, considerados como de segunda linha, eram destinados a

pessoas de classes baixas, sem comprovação de renda e muitas vezes

desempregadas ou com empregos de risco, mas que possuíam o sonho de adquirir

um imóvel em meio a toda expansão econômica. O problema era que tais tomadores

por não apresentarem condições positivas para receberem crédito possuiam um alto

risco de cometerem inadimplência.

A princípio pode se imaginar que os bancos não tinham necessidade ou seria

prejudicial fornecer empréstimos para essas pessoas sem comprovação, entretanto

na época os empréstimos as pessoas de renda comprovada e com boas condições

já estavam em sua maioria tomados.Devido a isso a possibilidade de se emprestar

com maiores riscos era aceitável, visto que, a expansão econômica era enorme e os

preços dos imóveis apresentavam uma tendência de grande alta. Caso os

tomadores não honrassem com suas obrigações os imóveis seriam reavidos pelo

banco e revendidos a um preço mais alto, gerando um lucro e diminuindo as perdas

da inadimplência.

O grande problema das hipotecas subprime foi que, durante a primeira metade

da década, a taxa de juros da economia dos EUA teve uma alta e isso refletiu nos

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juros das hipotecas, que acompanharam essa alta, aumentando o preço a ser pago

mensalmente pelos tomadores sem comprovação de renda. Em meio a a isso

ocorreu o estouro da bolha imobiliária em que os preços dos imóveis despencaram e

em consequência os tomadores se depararam com uma casa que possuía um valor

real muito abaixo da hipotéca que eles pagavam, sendo com isso mais vantajoso a

inadimplência do que o pagamento de uma hipotéca que não condizia com o real

valor do imóvel.

Esse aumento da inadimplência causou a quebra do sistema financeiro,

incontáveis hipotecas foram deixadas de serem honradas causando perdas

catastróficas aos bancos emprestadores. Além disso, os bancos de investimentos

possuíam diversos “produtos financeiros”, que são produtos ofertados aos

investidores e que estavam lastreados e ligados diretamente ao pagamento de tais

hipotecas.

O aumento dos juros base, a queda dos preços dos imóveis apartir de 2005, a

inadimplência dos tomadores de hipotecas e a ação dos investidores que apostavam

em Wall Street são fatores conjuntos e interligados que foram responsáveis por

danos a diversos setores da economia como por exemplo, Bancos de Crédito,

Bancos de Investimentos, Investidores e por fim a população em geral.

Finalmente, como uma síntese da Crise Econômica de 2008 pode se apontar

que, se inicia com base em uma bolha especulativa que afeta o mercado imobiliário,

causando uma elevação desenfreada nos preços das casas e uma alta atividade de

construção civil, aliado a uma baixíssima taxa de juros.Em meio a isso, ocorre uma

enorme concessão de crédito imobiliário a clientes com baixa comprovação de renda

e alto risco de inadimplência, conhecido como Subprime. Em meados de 2005 a

taxa de juros base sofre uma elevação e os preços dos imóveis iniciaram uma

tendência de queda brusca, era o início do estouro da bolha.Os tomadores

conhecidos como Subprime e até mesmo tomadores seguros que utilizavam de

hipotecas para a compra de novos imóveis começaram a perceber que o valor real

dos seus imóveis estavam muito abaixo do valor de suas hipotecas, que devido aos

juros pós fixados estavam muito elevadas, com isso ocorre o início do ciclo de

inadimplência e as casas são abandonadas e perdem ainda mais seu valor. Em

meio a isso Bancos, Investidores e a população sofrem a maior crise do capitalismo

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moderno e se veem em meio a um verdadeiro caos que deve ser encarado com

urgência por toda a economia mundial. (VEIGA, 2007. CECHIN 2017)

3. A DESREGULAMENTAÇÃO FINANCEIRA

Como se pôde perceber um dos fatores que contribuíram para toda a crise

instaurada foi o ciclo de euforia especulativa, seguida por uma fase de descrença e

queda acentuada do mercado imobiliário, atrelado a todo o sistema financeiro. A

crise é vista por muitos autores como reflexo de uma política de desregulamentação

financeira e bancária por parte dos Estados Unidos e das Agências Reguladoras. “A

crise, sob a perspectiva pós-keynesiana, é fruto de uma massiva falha de regulação,

ampliada pelo processo de inovação financeira” (CARVALHO apud MACHADO,

2017). Toda a queda de juros promovida pelo Federal Reserve, FED (Banco Central

Estadunidense), no início do século aliado a expansão creditícia segundo alguns

autores são frutos de uma intensa falta de regulamentação e fiscalização do governo

sobre o mercado financeiro à época. Se percebeu que, durante as vendas em

massa de hipotecas Subprime as principais agências reguladoras, organismos que

são órgãos privados que possuem como fim analisar os produtos financeiros

vendidos no mercado e indicar aos investidores o nível de risco em se comprar tais

ativos, não executaram sua tarefa e avaliaram de forma errada as hipotecas

subprime. Nos EUA existem três grandes agências: Standard and Poor, Moody´s e

Fitch. Essas agências que deveriam analisar e classificar os ativos subprimes como

investimentos de risco não o fizeram. Durante o boom econômico as agências foram

coniventes e os classificaram como seguros e rentáveis, possuindo baixo risco; uma

avaliação errada.

4. O EFEITO CONTÁGIO

O fenômeno do efeito contágio pode ser observado em alguns choques e crises

econômicas, no exemplo de 2008 claramente se percebeu esse efeito sobre as

economias internacionais que foram afetadas em diversas esferas devido a

recessão dos Estados Unidos.

“Existe certa integração pré existente entre as economias dos países.

Durante o período de turbulência financeira, essa relação apresenta uma tendência em se mostrar mais intensa. Essa intensidade pode ser suficiente

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para promover quebras na estrutura previamente existente de transmissão de choques entre dois países. Quando isso acontece, se caracteriza o episódio como efeito contágio. Ou seja, choques ocorridos em determinada economia contagiaram a economia de outro país”. (FORBES E RIGOBON apud VIDAL, 2011.)

Devido ao mercado financeiro mundialmente interligado e tendo em

consideração, que no ano de 2008 os adventos tecnológicos como internet e

interligações bancárias entre os países estavam a puro vapor e em constante

globalização foi perceptível que o estouro no mercado estadunidense iria se refletir

ao redor de todo o mundo. Assim o foi, crises se instauraram por todos os

continentes e economias estáveis passaram por tempos de recessão. Uma grande

forma de se perceber o âmbito internacional que se tornou a crise local em uma

crise internacional é analisar o comportamento de instituições financeiras sediadas

fora dos Estados Unidos.

Segundo Gontijo (2011) o dia posterior a quebra do banco Lehman Brothers nos

Estados Unidos foi catastrófico para as bolsas mundiais. Os índices das bolsas de

valores despencaram. Em Tóquio caiu 5,06%, na Índia a queda foi de 5,4%, 4,1% no

Taiwan. Economias sólidas também sofreram, Londres, Frankfurt e Paris registraram

quedas de aproximadamente 3%. No Brasil o índice Bovespa despencou 7,5%.

Além disso, como já apresentado no guia, não somente as bolsas caíram. Devido

a toda interligação bancária e financeira mundial inúmeros bancos e instituições

mundo afora foram afetados. Bancos ingleses, franceses, alemães e espanhóis

tiveram que ser socorridos a pressas, muitos vendidos para outras instituições ou

mesmo resgatados e nacionalizados pelos governos locais. O estrago global está

atestado e as economias desde as mais frágeis até as grandes potências, todas

estão vulneráveis as possíveis consequências.

5. AS ORGANIZAÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS

As organizações financeiras internacionais, tomando como base, Fundo

Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM) e Organização Mundial do

Comércio (OMC) são atualmente os principais organismos internacionais que

possuem como escopo o apoio econômico aos países membros. Essas

organizações estarão presentes no fórum e apesar de não possuírem poder de voto,

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deverão cada um em sua função própria, promover, fomentar e auxiliar os países na

formulação de políticas e decisões que mitiguem os efeitos da crise sobre as

inúmeras economias afetadas.

6. OS IMPACTOS SOCIAIS DE CRISES ECONÔMICAS

Uma crise econômica que alcança grandes proporções, sem dúvidas irá deixar

como legado além de uma enorme queda no poder financeiro e aquisitivo das

populações afetadas, um enorme impacto social. Uma grande crise não pode ser

entendida como apenas econômica, deve-se perceber que socialmente uma grande

partes dos afetados sofrem impactos incalculáveis. A recessão econômica gera um

aumento no número de desemprego, deixando famílias e pessoas devastadas. Além

disso, alguns impactos econômicos atingem diretamente as pessoas, como por

exemplo, um aumento na inflação, desaceleração industrial e recessões. O social é

um lado de extrema importância ao se na analisar crises de grandes proporções.

Deve-se atentar que devido a fragilidade de certas economias os países em

desenvolvimento e sub-desenvolvidos são os mais afetados por crises economicas e

possuem uma maior vulnerabilidade, sendo necessárias maiores atenções e

esforços para a contenção da crise nessas áreas.

6.1 A Grande Depressão 1929

Durante os anos de 1920 a economia dos Estados Unidos vivia uma enorme

euforia e avanços, ocorreu uma enorme expansão no crédito e gerou uma alta

inimaginável no mercado acionário, fato que gerou um grande “boom

especulativo”, após esse período de grande alta o mercado sofreu com pressões

inflacionárias e o mercado se regulou, gerando uma diminuição na euforia e

expansão econômica, com isso a bolsa de valores desabou e resultou na

conhecida como “Quinta-Feira Negra”. Como se pode perceber uma “bolha

econômica” também pode ser analisada nessa crise, entretanto, o objetivo desse

tópico é demonstrar os custos sociais de uma Crise de tamanhas proporções.

(ROSSINI, 2010)

Se imagina que devido a toda essa quebra na bolsa de valores cerca de 15

bilhões de dólares simplesmente desapareceram e se perderam. Após a quebra

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os EUA passaram por três anos de intensa crise social. Empresas fecharam suas

portas, empregados foram demitidos, empresários perderam seu capital e

capacidade de investimento produtivo e a atividade industrial se reduziu

abruptamente. Tudo isso causando um nível absurdo de desemprego. A taxa de

desempregados nos Estados Unidos subiu de 5% no estouro da crise até chegar

ao seu nível máximo de incríveis 22% em 1933; ou seja, o custo social foi

extremamente alto para os estadunidenses. Além desse aumento nos

desempregados até mesmo quem possuía emprego sofreu com a depressão, os

salários médios caíram pela metade e muitos trabalhadores aceitavam empregos

com condições insalúbres e em certos casos desumanas para receberem

salários baixíssimos e incompatíveis. (ROSSINI, 2010)

Em 1929 a globalização estava longe de alcançar os níveis atuais, entretanto,

a recessão afetou de forma intensa a economia mundial e países estrangeiros. O

comércio internacional sofreu uma grande queda nos seus números, os EUA já

eram de grande importância no cenário internacional e a crise foi sentida por todo

o globo. Estima-se que ocorreu uma queda de 25% do comércio exterior durante

os anos da crise. A depressão se alastrou pelo mundo, estudiosos ainda

apontam que a grande depressão pode ser também entendida como um ponto de

início dos governos totalitários na Europa, como o Fascismo Italiano e o Nazismo

Alemão. (ROSSINI, 2010)

7. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ

O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN

DESA) é um departamento da ONU. A UNDESA está encarregada de apoiar as

deliberações em dois importantes órgãos das Nações Unidas: a Assembleia Geral

da ONU e o Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC). (UNDESA, 2019).

O Departamento apresenta como missão a promoção da cooperação

internacional. Promovendo uma arena de diálogo e propostas que visem um apoio

dos diversos países membros para o alcance do desenvolvimento de uma forma

sustentável e com alcance universal. (UNDESA, 2019)

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Em Junho de 2009 o órgão convocou a conferência intitulada de: Conferência

das Nações Unidas para a Crise Econômica e Financeira Mundial e seus Impactos

no Desenvolvimento, que possuiu como objetivo:

Identificar respostas de emergência e de longo prazo para mitigar o impacto da crise, especialmente em populações vulneráveis, e iniciar um diálogo necessário sobre a transformação da arquitetura financeira internacional, levando em conta as necessidades e preocupações de todos os Estados Membros. (UNDESA, 2009)

Tal conferência ocorre no ano posterior ao estouro da maior crise econômica

registrada nas últimas décadas, o processo de alastramento e contaminação de

nações de todo o mundo está ocorrendo de forma acelerada. O mundo clama por

resoluções que possa mitigar e diminuir os impactos sociais da crise nas economias

mundiais, inclusive nas economias mais vulneráveis e de menor poderio financeiro.

A ONU busca por meio desse encontro com liderança de todo o mundo buscar uma

resposta resolutiva para os impactos da crise global e conta com a colaboração de

nações de todas as partes do mundo para o alcance de tal objetivo.

O comitê, por ser um órgão das Nações Unidas possui caráter recomendatório,

ou seja, as resoluções apresentadas para os tópicos são recomendadas aos países

e organizações presentes, sendo de vital importância a resolução da agenda. O

sistema de moderação adotado será o de Moderação Tradicional, com os debates

ocorrendo de acordo com uma lista de oradores nas quais os delegados que

desejem discursar devem apresentar e inserir seus nomes na lista, sendo chamados

um a um de acordo com a ordem apresentada a mesa diretora.

No que tange a estrutura, o comitê simulado no MINIONU 20 ANOS será

composto por 80 delagações, cujos membros oficiais possuem poder de voto, com

pesos equivalentes. Os membros observadores não possuem poder de voto,

entretanto possuem papel de extrema relevância durante os debates e na produção

de propostas e resoluções para o comitê.O idioma oficial do comitê é o Português e

toda e qualquer palavra ou expressão citada em outra língua, seja durante os

debates ou mesmo nos documentos, propostas e resoluções devem ser

acompanhados por suas respectivas traduções.

8. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES

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Estados Unidos da América: Os EUA como principal economia mundial e ator

central na ocorrência da crise econômica deve se apresentar a favor de esforços

multilaterais para o alcance das soluções dos problemas econômicos e sociais. Por

serem considerados o grande causador de toda a crise, que se alastrou por todo o

globo, os EUA possuem uma certa obrigação moral de estender a mão para os

países mais necessitados e afetados pela crise. Por sua volumosa economia o país

possui uma grande capacidade de desenvolver políticas benéficas para o combate

aos efeitos da crise. (UNDESA, 2009)

Japão: O Japão percebe a crise como devastadora para as economias em

desenvolvimento e se atenta com os seres humanos que estão sendo afetados por

ela. Sugere a retomada da liquidez financeira para manter a integridade bancária.

Estimular a economia através de gastos fiscais. Oposição a sistemas protecionistas

e fortalecer o sistema de livre comércio. (UNDESA, 2009)

China: Pondera os países em desenvolvimento como os mais afetados. Aponta 4

áreas em que se deve se esforçar sendo elas: coordenação de políticas

econômicas; promoção do comércio internacional com a inclusão de países em

desenvolvimento; Intensificar a cooperação internacional para o desenvolvimento;

ampliar e aprofundar a cooperação Sul-Sul. (UNDESA, 2009)

Alemanha: A Alemanha como grande potência econômica da Europa se posiciona

cobrando maior financiamento para desenvolvimento e responsabilidade financeira

por parte dos bancos e entidades monetárias, expressa desejo de uma cooperação

global em prol do desenvolvimento e recuperação global da economia. (UNDESA,

2009)

Brasil, Russia, India: Os três países emergentes que deram início ao BRIC, com

excessão da China que apesar de ser membra do bloco à época já se pautava como

a segunda economia mundial; possuíam na época da crise, economias em pleno

desenvolvimento e crescimento. Esses três países figuram como importantes atores

por serem afetados diretamente pela crise porém devem ser essenciais nas

discussões acerca da recuperação global e auxílio no desenvolvimento das

economias periféricas e recuperação do desenvolvimento do grupo de países

emergentes. (UNDESA, 2009)

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Membros Observadores, (FMI, Banco Mundial, OMC): As organizações

internacionais financeiras e comerciais terão importante papel nas discussões

devido a capacidade de resolução e expertise acerca do assunto. Devem auxiliar os

Estados na resolução dos tópicos e se apresentarem como organismos capazes de

promover a recuperação economia e a promoção de desenvolvimento.

9. QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES

Quais os efeitos da crise sobre o desenvolvimento?

Quais as possíveis ações coordenadas para se diminuir os efeitos da crise

sobre o desenvolvimento?

Deve-se haver uma reforma no sistema financeiro global?

Qual o impacto da desregulamentação financeira na crise econômica?

Como as economias mais fortes e desenvolvidas podem auxiliar os países

periféricos?

Quais os papéis das organizações internacionais financeiras no

enfrentamento da crise?

Qual o impacto social da crise e como ela afeta as populações dos países

mais periféricos?

Como se pode auxiliar a população diretamente afetada pela crise?

O Sistema Internacional deve regulamentar e interferir nas políticas

econômicas de cada Estado?

Como combater os efeitos da crise econômica aliando desenvolvimento

social, recuperação das economias mais afetadas, retomada do crescimento

dos países emergentes e manutenção da solidez econômica dos países mais

desenvolvidos.

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TABELA DE REPRESENTAÇÕES

Banco Mundial Bósnia e Herzegovina Canadá

Comunidade da Austrália Comunidade das Bahamas Confederação Suíça

Emirados Árabes Unidos Estado de Israel Estado do Catar

Estado Plurinacional da Bolívia

Estados Unidos da América Estados Unidos Mexicanos

Federação Rússia Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola

Fundo Monetário Internacional

Hungria Jamaica Japão

Malásia Nova Zelândia Organização das Nações Unidas para a Alimentação e

Agricultura Organização das Nações Unidas para a Educação,

Ciência e Cultura

Organização Mundial de Propriedade Intelectual

Organização Mundial do Comércio

Organização Mundial Meteorológica

Reino da Arábia Saudita Reino da Bélgica

Reino da Espanha Reino da Noruega Reino da Suécia

Reino da Tailândia Reino do Marrocos Reino dos Países Baixos

Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte

República Árabe da Síria República Árabe do Egito

República Argentina República Bolivariana da Venezuela

República Checa

República da África do Sul República da Angola República da Áustria

República da Colômbia República da Coreia República da Costa do Marfim

República da Costa Rica República da Croácia República da Eslovênia

República da Estônia República da Finlândia República da Gana

República da Guatemala República da Índia República da Indonésia

República da Irlanda República da Nicarágua República da Polônia

República da Sérvia República da Singapura República da Turquia

República de Cuba República de Moçambique República de Trinidad e Tobago

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República do Chile República do Equador República do Panamá

República do Paraguai República do Peru República do Senegal

República dos Camarões República Eslovaca República Federal da Alemanha

República Federal da Nigéria República Federativa do Brasil

República da França

República Helênica República Islâmica do Afeganistão

República Islâmica Do Irã

República Italiana República Libanesa República Oriental do Uruguai

República Popular da China República Portuguesa República Tunisina

Ucrânia