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artigos revisão

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  • REVISTA CIENTFICA ELETRNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VII Nmero 12 Janeiro de 2009 Peridicos Semestral

    CONTENO QUMICA E FSICA EM GRANDES FELDEOS REVISO DE LITERATURA

    SANTOS, Diogo Simon dos

    Acadmico Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED

    ZAPPA, Vanessa Docente da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED

    RESUMO

    Na Medicina Veterinria existe muitos desafios no acesso feldeos silvestres, dentre eles a conteno qumica e fsica que so partes fundamentais em procedimentos na clinica veterinria. Para que o mdico veterinrio tenha o animal contido, precisa ter conhecimento da interao com o animal. importante a distncia crtica para efetuar a conteno para que o animal no apresente comportamento agonstico, evitando assim um possvel ataque. Palavras chave: conteno qumica, conteno fsica, grandes feldeos. Tema central: Medicina Veterinria.

    ABSTRACT In veterinary medicine there are many challenges in accessing the wild felines, among them the contention that chemical and physical procedures are key parts in the veterinary clinic. The veterinarian needs to have the animal by hand, now need to have knowledge of the interaction with the animal. It is important to make the critical distance for the contention that the animal does not display agonistic behavior, because if it exceeded the animal can attack. Key words: containment chemical, physical restraint, large felines.

    1.INTRODUO Conteno qumica refere-se ao estado induzido por medicamento, que

    produz modificao favorvel do comportamento por sedao, analgesia, ou

    relaxamento muscular. No existem atualmente medicamentos de conteno

    qumica que possam produzir o grau ideal de cada uma destas propriedades em

    todos os animais.

    Conteno fsica, a maneira de capturar o animal, atravs de gaiolas,

    caixas, armadilhas dentre outras, visando o bem estar do animal, para que este

    tenha um manejo adequado e seguro.

    A distncia crtica de extrema importncia para se efetuar a conteno, pois

    aquela que o animal mantm com o seu inimigo antes de apresentar

    comportamento agonstico. Se ela for ultrapassada o animal ataca ou foge.

  • REVISTA CIENTFICA ELETRNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VII Nmero 12 Janeiro de 2009 Peridicos Semestral

    A escolha da tcnica, dos equipamentos, bem como dos frmacos e vias de

    administrao que sero utilizadas no caso de uma conteno qumica, obedece

    basicamente a natureza do procedimento a ser realizado, o comportamento da

    espcie e do individuo, assim como a disponibilidade e a experincia da equipe

    (CUBAS, et al., 2007).

    .O estresse um dos fatores a ser considerado, sendo definido como o

    conjunto de reaes do organismo frente a agresses de ordem fsica, psquica,

    infecciosa dentre outras, capaz de perturbar a homeostase. Quando o animal se

    sente ameaado, todo seu organismo entra em alerta na tentativa de se defender da

    agresso instalada.

    Nesta reviso sero citados os principais e mais eficazes mtodos de

    contenes qumica e fsica, os quais so empregados tanto como tranqilizantes

    usuais de diferentes nveis indutores e diversos fins, at anestsicos em geral,

    utilizados em cirurgias para os animais silvestres.

    2.CONTEDO A conteno fsica deve ser utilizada em procedimentos curtos e pouco

    invasivos ou na preparao da conteno qumica. As aes devem ser rpidas,

    seguras e vigorosas, minimizando o risco para a equipe envolvida e para o prprio

    animal.

    Para os feldeos, a mordedura e arranhadura o mtodo de defesa mais

    eficiente e at aqueles de menor porte podem infringir graves ferimentos, mesmo

    com a utilizao de equipamentos de segurana, como as luvas de raspa de couro.

    Escudos, pus, pinas para mamferos e cambes podem ser utilizados na maioria

    das espcies, em diferentes situaes (SILVA, et al., 2007).

    Outros equipamentos que podem ser usados para a conteno fsica em

    feldeos silvestres citados pelo autor do mesmo so: pau de couro (a ponta do cabo

    deve ser protegida com material macio (borracha ou plstico), para evitar que o

    animal machuque a boca ou quebre os dentes. O cabo deve ter sempre um

    comprimento duas vezes maior do que o comprimento do animal), lao para

    mamfero (tubo metlico contendo no seu interior uma corda, presa em uma de suas

    extremidades, formando um lao. Nesta extremidade existe uma mangueira plstica

  • REVISTA CIENTFICA ELETRNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

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    Ano VII Nmero 12 Janeiro de 2009 Peridicos Semestral

    revestindo o tubo, para evitar traumatismo no animal), forca ou forquilha (Cabo de

    metal onde a sua extremidade em forma de U. Usada para fixar o pescoo do

    animal contra o solo ou parede. Deve ser revestida com material macio ou

    acolchoado), (Jaula ou gaiola com uma parede interna acoplada de forma que se

    movimente em relao a parede oposta at imobilizar o animal), rede, armadilha,

    luvas de raspa de couro, botas de cano longo, jaula de conteno. (REIS, 2008).

    A conteno qumica ou farmacolgica em animais silvestres empregada

    para captura, transporte e tratamento. Com o objetivo de minimizar os riscos do

    manuseio tanto para animais quanto para o tcnico, a administrao pode ser

    realizada com equipamentos apropriados confeccionados de maneira a liberar

    seringas contendo a substncia ativa (SPINOSA et al., 1999).

    A pistola e a carabina possuem seringas metlicas de diferentes calibres,

    salientando-se que quanto menor o volume do medicamento, mais rpido a

    absoro e ao, e menor o grau da leso sobre o tecido muscular. Ao passo que a

    zarabatana utiliza-se seringa plstica de 3ml, que colocada dentro de um tubo de

    calibre semelhante ao da seringa e de comprimento ao redor de 1m, sendo

    impulsionada atravs de forte sopro do operador (KILPATRICK et al., 1999).

    Os principais agentes de anestesia inalatria so metoxifluorano, halotano,

    isofluorano, isofuorano e acido nitroso. Para us-los necessrio equipamento

    apropriado, tornando-se um impedimento devido ao alto custo dos aparelhos

    (CUBAS, 2002).

    Os materiais mais usados para a conteno qumica em grandes feldeos

    silvestres citados pelo autor do mesmo so: zarabatanas (curtas distncias), basto

    de aplicao (curtas distncias), pistolas de ar comprimido (mdias distncias), rifle

    de dardos (longas distncias). Qualquer que seja o meio empregado para conter o

    animal deve obrigatoriamente: permitir plena segurana para o paciente e equipe

    envolvida, e os principais medicamentos (drogas) utilizados so: Narcticos :

    Etorfina, Carfentanil, Butorfanol; Ketamina (ketalar, francotar), Tiletamina (zoletil);

    Xilazina (rompum, kensol), Metomidina (dormitol), Detomidina (domosedan);

    Diazepan (valium, kiatrium), Midazolam (dormonid) (REIS, 2008)

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    Ano VII Nmero 12 Janeiro de 2009 Peridicos Semestral

    3.CONCLUSO Os animais silvestres so amplamente protegidos por leis, mas o nmero de

    criadores ou interessados na criao e preservao destes animais ainda muito

    diminuto, devido ao baixo retorno financeiro desta atividade, alm da exigncia de

    investimentos e cuidados especficos regulamentados por leis federais. Atualmente a

    indstria farmacutica e pesquisadores no tm desenvolvido muitos estudos para

    animais silvestres; sendo utilizados para esses animais, os frmacos indicados para

    animais de companhia e de produo.

    4.REFERNCIAS

    CUBAS, Z. S., CATO-DIAS, J.L., SILVA, J.C.R. Tratado de Animais Selvagens Medicina Veterinria. So Paulo: Roca, 2007, p.494-495.

    CUBAS, Z.S., ANDRADE, S.F. Manual de Teraputica Veterinria, Cap. Teraputica dos Animais Silvestres. 2 ed. So Paulo, Roca, 2002, 569 p.

    KILPATRICK, H.J.; SPOHR, S.M. Tiletamina-xylazine versus ketaminexylazine:

    afield evaluation for immobilizing white-tailed deer. Wildlife Society Bulletin, v.27. n.3,

    p.566-570, 1999.

    REIS, M.L., Noes Bsicas do Manejo de Animais Silvestres Brasileiros. Disponvel em: Acesso

    em: 24 set. 2008.

    SPINOSA, H.S; GORNIAK, S.L; BERNARDI, M.M. Farmacologia aplicada a medicina veterinria. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999, 165-178p.