aula 8 - tumor de pênis
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Aula de Tumor de Pênis ministrada pelo professor Humberto no dia 07/04 para a turma B.TRANSCRIPT
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CÂNCER DO PÊNIS
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Câncer do Pênis
faixa etária: 20-90 anos
raros nos indivíduos postectomizados <1% dos tumores malignos nos EUA
mais comum em indivíduos com fimose ou excesso de prepúcio (esmegma?) 10-20% dos tumores malignos na
Africa, América Latina e Ásia
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Fatores de risco para câncer do pênis
fimose infecção viral traumatismos e cicatrizes cigarro
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Fimose e risco de câncer do pênis
25-75% dos casos com ca pênis tem fimose tumor raro nos países com rotina de
circuncisão ao nascimento, mas frequente nos países com comportamento oposto
postectomia após a puberdade não confere proteção
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Patologias Benignas do Pênis
cistos, angiomas, fibromas, neuromas
doença de Peyronie inicial granuloma piogênico linfangite, flebites
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Diagnóstico Diferencial do Câncer do Pênis
Lues
Líquen
Ducrey
Herpes
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Lesões penianas pré-malignas
lesões cutâneas pré-malignas balanite xerótica obliterante leucoplaquia
lesões virais (HPV) condiloma acuminado (tipos 6, 11, 16, 18, 31,33) pápula bowenóide (tipo 16) tumor de Buschke-Lowenstein (tipos 6, 11)
ca-in-situ (eritroplasia de Queyrat ou Doença de Bowen)
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Lesões penianas pré-malignas
PápulaBowenóide
HPV
BXO
HPV
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Lesões penianas pré-malignas
Buschke-Lowenstein Eritroplasia de Queyrat
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Câncer do Pênis - Quadro Clínico
lesão verrucosa ou ulcerada na glande, prepúcio ou corpo do pênis
indivíduos não postectomizados infecção secundária comum gânglios inguinais palpáveis pouca ou nenhuma dor
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Câncer do Pênis
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Câncer do Pênis - História Natural
lesão verrucosa ou ulcerada na glande (48%) ou prepúcio (21%)
tumores >5 cm ou com >75% da haste peniana comprometida tem metástases frequentes e maior mortalidade
metástases para gânglios inguinais femorais e pélvicos promovem necrose da pele, infecção e lesão
vascular maioria das mortes ocorrem em 2 anos nos
casos sem tratamento Lynch, 1998
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Câncer do Pênis - Classificação AJCC/UICC American Joint Committee on Cancer
Estadio Descrição Nodos
TisTaT1T2T3T4
ca-in-situcarcinoma verrucoso carcinoma superficial
invasão de corpos cavernosos
invasão da uretra ou próstatainvasão outras estruturas
N0N1 inguinal únicoN2 inguinal bilateralN3 pélvico
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Câncer do Pênis Classificação de Jackson - 1966
Estadio Descrição
I tumor na glande ou prepúcio
II tumor com invasão dos corpos cavernosos
III tumores com gânglios inguinais operáveis
IV metástases a distância ou tumores
inoperáveis
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Câncer do Pênis Diagnóstico
biópsia da lesão verrucosa ou ulcerada: carcinoma espino-celular
fatores prognósticos grau de invasão tecidual grau histológico configuração tumoral
US, CT ou RMN pélvis e abdome
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Classificação histológica e prognóstico no câncer do pênis
Maiche et al.,1991
Grau histológico
Sobrevida 5 anos
1 80%
2 e 3 50%
4 30%
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Câncer do Pênis
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Papel dos exames radiológicos no estadiamento do câncer do pênis
Tipo de exame
sensibilidade
especificidade
físico 82 % 79 %
linfangiografia
31 % 100 %
CT 36 % 100 %
n=109: 39% com nodos inguinais + após cirurgia
Horenblas et al., 1991
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Câncer do PênisTratamento da lesão primária
cirurgia circuncisão (estadio I não invasivo) penectomia parcial ou total
exérese da lesão com laser radioterapia QT tópica ou sistêmica
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Penectomia parcial com preservação dos corpos cavernosos
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Penectomia total com uretrostomia perineal
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Indicações de tratamento da lesão primária com radioterapia
tumores superficiais, exofíticos, < 2-3 cm restritos a glande ou sulco prepucial pacientes que não aceitam cirurgia tumores inoperáveis que necessitam controle
local ca-in-situ após uso de 5-FU tópico
ca espino celular é pouco sensível a RTcomplicações são frequentes
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Resultados do tratamento da lesão primária com radioterapia
lesões superficiais e pequenas > 90% de controle
Complicações estenose de uretra: 30% necrose peniana: 10%
Lynch e Schellhammer, 1998
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Câncer do pênisTratamento dos gânglios regionais
50% dos pacientes com gânglios palpáveis ao diagnóstico tem metástases linfonodais
20-30% dos pacientes sem gânglios palpáveis tem metástases linfonodais
tumor pode metastatizar sem comprometer nodo sentinela
conclusão: há necessidade de linfadenectomia íleo- inguinal
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Câncer do pênis Indicações da linfadenectomia íleo-inguinal
nodos presentes após exérese da lesão primária e antibióticoterapia
nodos presentes após exame anterior negativo
tumores invasivos (T2) e indiferenciados pacientes de seguimento clínico
duvidoso
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Câncer do pênis Linfadenectomia íleo-inguinal
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Câncer do pênis Cuidados na linfadenectomia inguinal
preservar o tecido celular sub-cutâneo e a veia safena
ligaduras frequentes para evitar-se coleções hemáticas e linfáticas
transpor o sartório drenagem fechada por aspiração deambulação precoce
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Câncer do pênis Linfadenectomia íleo-inguinal
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Câncer do pênis Complicações da linfadenectomia íleo-
inguinal
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Câncer do pênis Fatores prognósticos para nodos positivos
baixo risco Tis, Ta, T1 grau 1, 2 sem invasão
vascular chance de nodos +:
<10% recomendação:
obs
alto risco T2, T3, grau 3, 4 com invasão vascular chance de nodos +:
>50% recomendação:
linfadenectomia imediata
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Câncer do PênisPapel da radioterapia nos nodos inguinais
falha em 20-25% dos casos com nodos não palpáveis (incidência ~ aos casos subclínicos)
uso adjuvante não altera a história natural
recomendação: não é tão efetiva quanto a cirurgia mas pode ser usada para paliação em casos inoperáveis
Lynch e Schellhammer, 1998
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Quimioterapia sistêmica no câncer do pênis
VBM (ciclos de 8 a 12 semanas) vicristina 1 mg dia 1 bleomicina 15 mg dia 1 metrotexate 30 mg dia 3
PF (4 ciclos com intervalo de 3 semanas) cisplatina 100 mg/m2 dia 1 5 FU 1gr/m2 dia 1