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Informe de Previdência Social • 1  Ar tigo MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL  Junho de 2009 Volume 21 • Núme ro 06  Au lio- r eclusão: uma aborda ge m conc ei tual ¹  Emanuel de Araújo Dantas Coordenador da CGEP/SPS/MPS  Eva Batista de Oliveira Rodrigues Coordenadora de CGLN/SPS/MPS 1. Introdução O auxílio-reclusão é devido ao(s) dependente(s) do segurado detento ou recluso, desde que esse tenha salário-de- contribuição igual ou inferior a R$ 752,12 2  (a partir de 1º de fevereiro de 2009), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, e não receba qualquer espécie de remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço 3 . O benefício foi criado com o propósito de garantir a subsistência da famíl ia do segurado detento ou recluso. Portanto, o fundamento do auxílio está na necessid ade de amparo à família do segurado preso, a qual se ressente da perda temporária de uma fonte de subsistência.  Não se tem notíci a da existência em outro país de benef ício equiv alente ao auxíli o–rec lusão, instit uído, pione iramente,  pelo extinto Instituto de Aposentador ia e Pensões dos Marítimos – IAPM, seguindo-se, após breve lapso de tempo,  pelo também extinto Instituto de Aposentadoria e Pens ões dos Bancários – IAPB, e generalizado pela Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS (Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960). Este artigo faz uma abordagem conceitual do auxílio-reclusão, citando os aspectos legais para sua concessão e analisando o comportamento recente do estoque e do fluxo de auxílios-reclusão. Os dados utilizados foram obtidos no Anuário Estatístico da Previdência Social – AEPS e no Boletim Estatístico de Previdência Social – BEPS e compreendem o período de 1997 a 2009 (jan-jun). A nota está estruturada em quatro seções, além desta introdução. Na segunda seção serão apresentadas as condições legais para concessão e manutenção do auxílio-reclusão e o histórico da legislação. Na terceira seção, mostra-se um breve relato da evolução das emissões e do fluxo de entrada e saída no estoque do auxílio-reclusão e, na seção seguinte, algumas considerações sobre a seletividade desse benefício. Por fim, a quinta seção trará as considerações finais. 1  E ste a r tig o foi ba sea do na m ono gr afi a “O i mp act o social da sele tivi da de d o auxí li o-r eclusã o”, ap r ese nta da p ela a utora E va B at i sta d e Oli vei r a R od r i g ues, em 2003, para o bte nção d o t í tulo de espe ci ali sta e m G estã o Pr evidenci ári a, no curs o d e pós-g r ad uação lato sensu da F undação C oo r de nação de Pr ojet os, Pesq ui sas e E stud os Tec noló gi cos ( CO OPP E TE C ), da Uni ve r si da de F ed eral d o R i o de J ane i r o ( UF R J ).  As op ini õe s expres sa s nest e arti go são d e resp on sa bili da de pessoal dos auto res e não re flet em a p os ição o fi cial do Mi nisté r io da Pr evidência  Soci al.  2  Valo r dete r minado pe la Portari a I ntermini steri al nº 48/MP S/MF, de 12 d e feverei r o de 2009.  3  Cabe salientar que o abono de permanência em serviço (benefício devido ao segurado que tendo direito à aposentadoria permanecia em ativi da de ) f oi exti nto p ela L ei nº 8.870, de 15 de ab r i l de 1994.

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    Informe de Previdncia Social 1

    Artigo

    MINISTRIO DA PREVIDNCIA SOCIALSECRETARIA DE PREVIDNCIA SOCIAL

    Junho de 2009 Volume 21 Nmero 06

    Auxlio-recluso: uma abordagem conceitual

    Emanuel de Arajo DantasCoordenador da CGEP/SPS/MPS

    Eva Batista de Oliveira RodriguesCoordenadora de CGLN/SPS/MPS

    1. Introduo

    O auxlio-recluso devido ao(s) dependente(s) do segurado detento ou recluso, desde que esse tenha salrio-de-contribuio igual ou inferior a R$ 752,122(a partir de 1 de fevereiro de 2009), independentemente da quantidade decontratos e de atividades exercidas, e no receba qualquer espcie de remunerao da empresa, nem esteja em gozode auxlio-doena, aposentadoria ou abono de permanncia em servio3. O benefcio foi criado com o propsito degarantir a subsistncia da famlia do segurado detento ou recluso. Portanto, o fundamento do auxlio est na necessidadede amparo famlia do segurado preso, a qual se ressente da perda temporria de uma fonte de subsistncia.

    No se tem notcia da existncia em outro pas de benefcio equivalente ao auxliorecluso, institudo, pioneiramente,

    pelo extinto Instituto de Aposentadoria e Penses dos Martimos IAPM, seguindo-se, aps breve lapso de tempo,pelo tambm extinto Instituto de Aposentadoria e Penses dos Bancrios IAPB, e generalizado pela Lei Orgnica daPrevidncia Social LOPS (Lei n 3.807, de 26 de agosto de 1960).

    Este artigo faz uma abordagem conceitual do auxlio-recluso, citando os aspectos legais para sua concesso eanalisando o comportamento recente do estoque e do fluxo de auxlios-recluso. Os dados utilizados foram obtidos noAnurio Estatstico da Previdncia Social AEPS e no Boletim Estatstico de Previdncia Social BEPS e compreendemo perodo de 1997 a 2009 (jan-jun). A nota est estruturada em quatro sees, alm desta introduo. Na segundaseo sero apresentadas as condies legais para concesso e manuteno do auxlio-recluso e o histrico dalegislao. Na terceira seo, mostra-se um breve relato da evoluo das emisses e do fluxo de entrada e sada noestoque do auxlio-recluso e, na seo seguinte, algumas consideraes sobre a seletividade desse benefcio. Por fim,a quinta seo trar as consideraes finais.

    1Este arti go foi baseado na monografi a O i mpacto social da seletividade do auxli o-r ecluso, apresentada pela au tora Eva Batista de Oli veira

    Rodr igues, em 2003, para obteno do ttu lo de especial ista em Gesto Pr evidencir ia, no cu rso de ps-graduao lato sensu da F un dao

    Coordenao de Projetos, Pesqui sas e Estudos Tecnol gicos (COOPPETEC), da Un iversidade Federal do Rio de Janei ro (UF RJ) .

    As opi ni es expr essas neste ar ti go so de responsabi l idade pessoal dos autores e no refl etem a posio of icial do M ini str io da Pr evidncia

    Social.2Valor determi nado pela Por tari a I ntermi ni steri al n 48/MPS/M F, de 12 de fevereir o de 2009.3Cabe sali entar que o abono de permannci a em servio (benefcio devido ao segurado que tendo di r eito aposentador ia permaneci a emativi dade) f oi exti nto pela L ei n 8.870, de 15 de abri l de 1994.

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    2 Junho de 2009 n06

    EXPEDIENTE:Ministro da Previdncia Social: Jos Pimentel Secretrio Executivo: Carlos Eduardo Gabas Secretrio dePrevidncia Social: Helmut Schwarzer Diretor do Departamento do Regime Geral de Previdncia Social: Joo Donadon Diretor do Departamento dos Regimes de Previdncia no Servio Pblico: Delbio Gomes Pereira da Silva Coordenador-Geral de Estudos Previdencirios: Rogrio Nagamine Costanzi Corpo Tcnico: Carolina Verissimo Barbieri, EdvaldoDuarte Barbosa, Emanuel de Arajo Dantas e Graziela Ansiliero Distribuio e Editorao: Juliana Gonalves Teles Costa.

    O Informe de Previdncia Social uma publicao mensal do Ministrio da Previdncia Social - MPS, de responsabilidade da Secretariade Previdncia Social e elaborada pela Coordenao-Geral de Estudos Previdencirios. Impresso:Assessoria de Comunicao Social/MPS. Tambm disponvel na internet no endereo: www.previdencia.gov.br permitida a reproduo total ou parcial do contedo desta publicao desde que citada a fonte.

    CORRESPONDNCIA:Ministrio da Previdncia Social Secretaria de Previdncia SocialEsplanada dos Ministrios Bloco F - 7 andar, sala 750 70.059-900 - Braslia-DFTel. (0XX61) 2021-5011. Fax (0XX61) 2021-5408 e-mail: [email protected]

    2. Aspectos legais para a concesso do auxlio-recluso

    O dispositivo legal impe algumas condies para a concesso do auxliorecluso que podem ser assim discriminadas:

    recolhimento efetivo priso;

    no recebimento de remunerao da empresa;

    no estar em gozo de auxlio-doena, de aposentadoria ou de abono de permanncia em servio;

    condio de segurado da Previdncia Social do preso;

    concesso apenas quele que receba remunerao at R$ 752,12.

    O descumprimento de qualquer um dos requisitos anteriormente elencados, ainda que se respeitem os demais,importa na cessao ou no concesso do benefcio.

    No h tempo mnimo de contribuio para que a famlia do segurado tenha direito ao benefcio, mas o trabalhadorprecisa ter qualidade de segurado. Aps a concesso do benefcio, os dependentes devem apresentar Previdncia

    Social, de trs em trs meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente. Essedocumento pode ser a certido de priso preventiva, a certido da sentena condenatria ou o atestado de recolhimentodo segurado priso.

    Para os segurados com idade entre 16 e 18 anos, sero exigidos o despacho de internao e o atestado de efetivorecolhimento a rgo subordinado ao Juizado da Infncia e da Juventude.

    A lei no podia ser mais clara ao exigir o recolhimento efetivo do segurado priso para a concesso do auxlio,impondo ao INSS a verificao concreta da situao de presidirio do segurado beneficirio. Essa exigncia tem a suarazo de ser no fato de que nem sempre o cumprimento de pena impede o segurado de exercer trabalho comumremunerado, com vnculo de emprego, sendo essa impossibilidade o fundamento do benefcio.

    As penas privativas de liberdade podem ser cumpridas sob a disciplina de trs regimes legais especficos, quaissejam:

    Regime aberto;

    Regime semi-aberto; e

    Regime fechado.

    A questo da concesso do auxlio-recluso quando do cumprimento de pena em regime fechado e em regimeaberto, tem soluo simples e incontroversa. No h dvida que os dependentes do segurado em cumprimento de pena

    em regime fechado fazem jus ao recebimento do auxlio, sendo esse o caso clssico de configurao desse benefcio.O regime fechado impe, em qualquer caso, o recolhimento efetivo do apenado priso.

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    Informe de Previdncia Social 3

    Por sua vez, o regime aberto possibilita ao segurado procurar e obter emprego, permitindo, consequentemente, apercepo de meios de subsistncia para a sua famlia, o que determina a no concesso ou o cancelamento do auxlio-recluso. No regime aberto, o condenado convive em nosso meio social durante o perodo em que estiver exercendouma profisso, recolhendo-se Casa do Albergado apenas no perodo de repouso.

    A dificuldade est em definir se a famlia do segurado em cumprimento de pena sob o regime semi-aberto tem ou

    no tem direito percepo do auxlio-recluso. Conforme a Lei n 7.210, de 11 de julho de1984 Lei de ExecuoPenal, o recluso cumpre pena em colnia agrcola, industrial ou similar (art. 91); pode exercer atividade em trabalhointerno ou externo nos moldes de regime fechado, no estando sujeito ao regime da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, ( 2 do art. 28); s pode sair do estabelecimentomediante escolta, por motivo de falecimento ou doena grave de familiares ou necessidade de tratamento mdico (art.120); pode obter autorizao para sada temporria, sem vigilncia direta, para visitar a famlia, frequncia a cursoprofissionalizante ou instruo do 2 grau ou superior ou, ainda, participao em atividades que concorram para oretorno ao convvio social (art. 122).

    As regras de cumprimento da pena no regime semi-aberto retratam uma situao em que o auxlio-recluso serdevido, pois inviabilizam o exerccio regular de uma profisso, por parte do segurado, com o devido vnculo empregatcio.Isso se d porque o trabalho do preso no exercido com a finalidade de garantir a prpria subsistncia, eis que essa garantida pelo Estado. O trabalho exercido pelo preso tem um aspecto de ressocializao predominante, com vistasao retorno do indivduo sociedade.

    As atividades desenvolvidas dentro das colnias, conquanto possam resultar em alguma remunerao para ocondenado, no geram vnculo de emprego e, portanto, no podem ser tomadas como fonte de subsistncia para asfamlias dos segurados presos. Essa contraprestao pelo trabalho prestado dentro das colnias penais no tem omesmo tratamento jurdico dado s remuneraes em geral. O art. 29 da Lei de Execuo Penal vincula a remuneraopaga ao preso a diversas finalidades que estabelece, reservando apenas uma parcela assistncia famlia. A mesmalei determina que a remunerao paga ao preso poder ser equivalente a trs quartos do salrio mnimo, possibilidade

    vedada pela Constituio para as remuneraes em geral.

    Para ter o condo de afastar o direito percepo do auxlio-recluso, o trabalho exercido pelo segurado deve servoluntrio, com vnculo de emprego regido pela CLT, mediante remunerao desvinculada, situao que no ocorrenos casos submetidos ao regime prisional semi-aberto. Apenas no regime aberto possvel a ocorrncia dessa hiptese.

    No regime semi-aberto, o segurado encontra-se efetivamente recolhido priso, no importando o tipo deestabelecimento penal, e o exerccio de atividade laboral estar sempre sujeita s regras descritas nos itens anteriores,onde o aspecto de ressocializao prevalece sobre a necessidade de obter remunerao. Nesse sentido, o auxlio-recluso ser sempre devido ao segurado recolhido em colnia agrcola, industrial ou similar, ou seja, em cumprimentode pena em regime semi-aberto, ainda que no desempenho de atividades remuneradas dentro do estabelecimentopenal.

    Do exposto, as famlias dos segurados presos sob o regime fechado e semi-aberto fazem jus ao auxlio-recluso; asfamlias dos segurados em cumprimento de pena sob o regime aberto no tm direito ao benefcio.

    O auxlio recluso deixar de ser pago:

    com a morte do segurado e, nesse caso, o auxlio-recluso ser convertido em penso por morte;

    em caso de fuga, liberdade condicional, transferncia para priso albergue ou extino da pena;

    quando o dependente completar 21 anos ou for emancipado;

    com o fim da invalidez ou morte do dependente.

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    Valor do auxlio-recluso

    O valor do auxlio-recluso corresponde mdia dos 80% melhores salrios, contando a partir de julho de 1994 ata ltima remunerao, desde que o ltimo salrio no ultrapasse R$ 752,12.

    Em caso de fuga, o pagamento interrompido e s pode ser restabelecido a partir da data da recaptura. Em casode falecimento do detento, o benefcio automaticamente convertido em penso por morte. Havendo mais de umdependente, o auxlio dividido entre todos, em partes iguais. Quando um dos dependentes perde o direito de recebero benefcio, feita nova diviso entre os dependentes restantes.

    2.1 Histrico da regulamentao legal do auxlio-recluso

    O auxlio-recluso foi institudo com a Lei n 3.807, de 26 de agosto de 1960, que dispe sobre a Lei Orgnica daPrevidncia Social:

    ...

    Art. 43. Aos beneficirios do segurado detento ou recluso, que no perceba qualquer espcie de remunerao da

    empresa, e que houver realizado no mnimo 12 (doze) contribuies mensais, a previdncia social prestar auxlio-recluso na forma dos arts. 37, 38, 39 e 40 desta lei.

    1 O processo de auxlio-recluso ser instrudo com certido do despacho da priso preventiva ou sentenacondenatria.

    2 O pagamento da penso ser mantido enquanto durar a recluso ou deteno do segurado, o que ser comprovadopor meio de atestados trimestrais firmados por autoridade competente.

    ...

    Constituio Federal de 1988:

    ...

    Art. 201. Os planos de previdncia social, mediante contribuio, atendero, nos termos da lei, a:

    I cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte, includos os resultantes de acidentes do trabalho, velhice erecluso;

    ...

    Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia Sociale d outras providncias:

    ...

    Art. 26. Independe de carncia a concesso das seguintes prestaes:

    I penso por morte, auxlio-recluso, salrio-famlia e auxlio-acidente;

    ...

    Art. 80. O auxlio-recluso ser devido, nas mesmas condies da penso por morte, aos dependentes do seguradorecolhido priso, que no receber remunerao da empresa nem estiver em gozo de auxlio-doena, de aposentadoriaou de abono de permanncia em servio4.

    4Cabe sali entar que o abono de permannci a em servio (benefcio devido ao segurado qu e tendo dir eito aposentador ia permanecia emativi dade) f oi exti nto pela L ei n 8.870, de 15 de abri l de 1994.

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    Pargrafo nico. O requerimento do auxlio-recluso dever ser instrudo com certido do efetivo recolhimento priso, sendo obrigatria, para manuteno do benefcio, a apresentao de declarao de permanncia na condiode presidirio.

    ...

    IV Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998:

    ...

    Art. 1 A Constituio Federal passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    ...

    Art. 201. A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de carter contributivo e de filiaoobrigatria, observados os critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender, nos termos da lei, a:

    I cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;

    ...

    IV salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de baixa renda;

    ...

    Art. 13. At que lei discipline o acesso ao salrio-famlia e auxlio-recluso para os servidores, segurados e seusdependentes, esses benefcios sero concedidos apenas queles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00 (trezentos e sessenta reais)5, que, at a publicao da lei, sero corrigidos pelos mesmos ndices aplicados aosbenefcios do regime geral de previdncia social.

    VI Medida Provisria n 83, de 12 de dezembro de 2002, convertida na Lei n10.666, de 08 de

    maio de 2003:

    ...

    Art.2 O exerccio de atividade remunerada do segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ousemi-aberto que contribuir na condio de contribuinte individual ou facultativo no acarreta a perda do direito aorecebimento do auxlio-recluso para seus dependentes.

    1 O segurado recluso no ter direito aos benefcios de auxlio-doena e de aposentadoria durante a percepo,pelos dependentes, do auxlio-recluso, ainda que, nessa condio, contribua como contribuinte individual ou facultativo,permitida a opo, desde que manifestada, tambm, pelos dependentes, ao benefcio mais vantajoso.

    2 Em caso de morte do segurado recluso que contribuir na forma do 1, o valor da penso por morte devida aseus dependentes ser obtido mediante a realizao de clculo, com base nos novos tempo de contribuio e salrios-de-contribuio correspondentes, neles includas as contribuies recolhidas enquanto recluso, facultada a opo pelovalor do auxlio-recluso.

    ...

    V Regulamento da Previdncia SocialRPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de1999, e alteraes:

    ...

    5Valor equi val ente, poca, a 2,77 salrios mnimos (o salrio mnimo era R$ 130,00). A par ti r de 1 de fevereir o de 2009 esse valor passou par aR$ 752,12, que cor responde, atualmente, a 1,62 salr ios mnimos.

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    6 Junho de 2009 n06

    Subseo XDo auxlio-recluso

    Art. 116. O auxlio-recluso ser devido, nas mesmas condies da penso por morte, aos dependentes do seguradorecolhido priso que no receber remunerao da empresa nem estiver em gozo de auxlio-doena, aposentadoria ouabono de permanncia em servio, desde que o seu ltimo salrio-de-contribuio seja inferior ou igual a R$ 360,00

    (trezentos e sessenta reais)6.

    1 devido auxlio-recluso aos dependentes do segurado quando no houver salrio-de-contribuio na data doseu efetivo recolhimento priso, desde que mantida a qualidade de segurado.

    2 O pedido de auxlio-recluso deve ser instrudo com certido do efetivo recolhimento do segurado priso,firmada pela autoridade competente.

    3 Aplicam-se ao auxlio-recluso as normas referentes penso por morte, sendo necessria, no caso dequalificao de dependentes aps a recluso ou deteno do segurado, a preexistncia da dependncia econmica.

    4 A data de incio do benefcio ser fixada na data do efetivo recolhimento do segurado priso, se requerido at

    trinta dias depois desta, ou na data do requerimento, se posterior, observado, no que couber, o disposto no inciso I doart. 1057.

    5 O auxlio-recluso devido, apenas, durante o perodo em que o segurado estiver recolhido priso sob regimefechado ou semi-aberto.

    6 O exerccio de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ousemi-aberto que contribuir na condio de segurado de que trata a alnea o do inciso V do art. 98ou do inciso IX do 1 do art. 119no acarreta perda do direito ao recebimento do auxlio-recluso pelos seus dependentes.

    Art. 117. O auxlio-recluso ser mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso.

    1 O beneficirio dever apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua detido ou recluso,firmado pela autoridade competente.

    2 No caso de fuga, o benefcio ser suspenso e, se houver recaptura do segurado, ser restabelecido a contar dadata em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.

    3 Se houver exerccio de atividade dentro do perodo de fuga, o mesmo ser considerado para a verificao daperda ou no da qualidade de segurado.

    Art. 118. Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxlio-recluso que estiver sendo pago ser automaticamenteconvertido em penso por morte.

    6Valor atualizado para R$ 752,12, a partir de 1 de fevereiro de 2009, pela Portaria Interministerial n 48/MPS/MF, de 12 de fevereiro de 2009.7 Art. 105. A penso por morte ser devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou no, a contar da data:I do bito, quando requerida:a) pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, at trinta dias depois; eb) pelo dependente menor de dezesseis anos de idade, at trinta dias aps completar essa idade;8 Art. 9 So segurados obrigatrios da previdncia social as seguintes pessoas fsicas:.. .V como contribuinte individual:.. .o) o segurado recolhido priso sob regime fechado ou semiaberto, que, nesta condio, preste servio, dentro ou fora da unidade penal, a umaou mais empresas, com ou sem intermediao da organizao carcerria ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta prpria;9Art. 11. ...

    1 Podem filiar-se facultati vamente, entre outros:.. .IX o presidirio que no exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social;

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    Pargrafo nico. No havendo concesso de auxlio-recluso, em razo de salrio-de-contribuio superior a R$360,00 (trezentos e sessenta reais), ser devida penso por morte aos dependentes se o bito do segurado tiverocorrido dentro do prazo previsto no inciso IV do art. 13.

    Art. 119. vedada a concesso do auxlio-recluso aps a soltura do segurado.

    ...

    Deciso STF: AI/604159 AGRAVO DE INSTRUMENTO

    1. Trata-se de agravo de deciso que inadmitiu recurso extraordinrio interposto contra acrdo que manteve asentena a qual determinou que a renda a ser observada para a concesso do auxlio-recluso a dos dependentes dosegurado recluso.

    2. O Plenrio desta Corte reconheceu a existncia de repercusso geral da matria no RE 587.365, rel. Min.Ricardo Lewandowski, e, ao julgar o mrito do recurso, firmou o entendimento no sentido de que a renda dosegurado preso que deve ser utilizada como parmetro para a concesso do benefcio. A deciso restou assim ementada:

    EMENTA: PREVIDENCIRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINRIO. AUXLIO-RECLUSO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIO DA REPBLICA. LIMITAO DO UNIVERSO DOSCONTEMPLADOS PELO AUXLIO-RECLUSO. BENEFCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DEBAIXA RENDA. RESTRIO INTRODUZIDA PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDADO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINRIO PROVIDO.

    I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituio, a renda do segurado preso que a deve ser utilizada comoparmetro para a concesso do benefcio e no a de seus dependentes.

    II - Tal compreenso se extrai da redao dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universodaqueles alcanados pelo auxlio-recluso, a qual adotou o critrio da seletividade para apurar a efetiva necessidade

    dos beneficirios.

    III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 no padece do vcio da inconstitucionalidade.

    IV - Recurso extraordinrio conhecido e provido. (DJE 07.05.2009)

    3. O acrdo recorrido divergiu da orientao firmada por esta Corte.

    4. Ante o exposto, com fundamento no art. 544, 4, do CPC, conheo do agravo e, desde logo, dou provimentoao recurso extraordinrio, restando prejudicada a anlise do pedido de liminar. Determino a inverso dos nus dasucumbncia, ressalvada a hiptese de concesso da justia gratuita. (MINISTRA ELLEN GRACIE)

    3. Evoluo do auxlio-recluso emitido

    A taxa de crescimento da quantidade de auxlios-recluso emitidos variou em 5,2%, no perodo de jun/97 a dez/97.J entre jun/98 e dez/98, registra-se queda de 54,2% (ver Grfico 1). Essa diminuio pode ser explicada, em parte,pela implantao da rotina mensal de controle automtico de renovao da declarao do crcere, a partir do primeirosemestre do ano de 1998. Anteriormente, esse controle era feito manualmente, ou seja, se o segurado no apresentassea devida declarao, o sistema no bloqueava o pagamento do benefcio.

    Assim, desde 1998, a comprovao da situao de crcere foi automatizada, e quando a mesma no informadatrimestralmente, o pagamento desviado para o Pagamento Alternativo de Benefcios (PAB), podendo, ainda, obenefcio ser suspenso ou cessado, ou seja, o auxlio-recluso s retorna para a classificao de crdito emitido depois

    de regularizada a declarao de crcere no sistema.

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    8 Junho de 2009 n06

    GRFICO 1Evoluo da quantidade de auxlios-recluso emitidos - 1997 a 2009 (posio em junho e dezembro de cada ano)

    Fonte: DATAPREV, SINTESE Elaborao: SPS/MPS.

    Em dez/97, a quantidade de auxlios-recluso emitidos chegava apenas a 0,05% do total de benefcios emitidos.Atualmente, essa participao continua irrisria, em 0,09%, ou seja, foram emitidos 26,6 milhes de benefcios, em jun/2009, e 25,1 mil auxlios-recluso. Entre jun/2007 e jun/2009, a quantidade total de benefcios emitidos cresceu 56,8%,enquanto o montante de auxlio-recluso emitido apresentou elevao de 184,9%.

    Comparando o auxlio-recluso emitido com os principais benefcios do RGPS, percebe-se que, nos ltimos anos, o

    auxlio-recluso apresentou percentuais de crescimento bastante diferente em relao aos demais benefcios, conformemostra a Tabela 1. Entre dez/2000 e dez/2008, o auxlio-recluso aumentou 286,1%, contra 29,3% de aposentadorias,24,4% de penses por morte, 131,1% de auxlio-doena e queda de 58,9% do salrio-maternidade.TABELA 1Quantidades de aposentadorias, penses por morte, auxlios-doena, salrio-maternidade e auxlio-recluso emitidos -2000 a 2008 (posio em dezembro de cada ano)

    Meses /anos

    Apo sen t ad ori asVariao(em % )

    Penses porM orte

    Variao(em % )

    Auxl io -Doena

    Variao(em %)

    Salrio-Maternida de

    Varia o(em % )

    ReclusoVariao(em % )

    dez/ 00 11.299.6 30 5.148. 849 56 9.228 132.862 5.79 6

    dez/ 01 11.508.5 26 1,8 5.275. 960 2,5 65 8.435 15,7 97.112 -26, 9 8.60 7 48,5

    dez/ 02 11.908.0 70 3,5 5.475. 395 3,8 95 5.713 45,1 141.719 45, 9 9.11 9 5,9

    dez/ 03 12.270.1 06 3,0 5.592. 875 2,1 1.20 6.172 26,2 59.508 -58, 0 11.56 9 26,9

    dez/ 04 12.767.9 16 4,1 5.789. 271 3,5 1.51 4.452 25,6 50.574 -15, 0 14.16 4 22,4

    dez/ 05 13.196.2 71 3,4 5.906. 179 2,0 1.61 8.210 6,9 40.548 -19, 8 17.74 0 25,2

    dez/ 06 13.593.7 66 3,0 6.050. 004 2,4 1.56 9.754 -3,0 41.001 1, 1 18.15 0 2,3

    dez/ 07 14.027.4 48 3,2 6.219. 256 2,8 1.38 2.073 - 12,0 44.720 9, 1 20.30 8 11,9

    dez/ 08 14.606.7 15 4,1 6.402. 661 2,9 1.31 5.350 -4,8 54.552 22, 0 22.37 7 10,2

    Fonte: DATAPREV, SINTESE Elaborao: SPS/MPS.

    Antigamente, existia uma conscincia coletiva de associar Previdncia Social a aposentadorias e penses, pois oauxlio-recluso, pela sua caracterstica diferenciada e menos usual no Sistema Previdencirio, certamente era pouco

    conhecido da sociedade brasileira. Porm, nos ltimos anos, a Previdncia Social tem investido, cada vez mais, nadisseminao de informaes sobre os direitos e deveres do segurado, com a finalidade de assegurar proteo social

    9.255

    4 .7984.200

    5.796

    7.6258.607

    17.740 18.150

    21.790

    20.308

    14.164

    10.053

    9.119

    12.251

    8.140

    25.078

    22.377

    18.949

    16.105

    14.371

    11.569

    4 .8214 .6534.237

    8 .801

    3.000

    5.000

    7.000

    9.000

    11.000

    13.000

    15.000

    17.000

    19.000

    21.000

    23.000

    25.000

    27.000

    jun/97

    dez/97

    jun/98

    dez/98

    jun/99

    dez/99

    jun/00

    dez/00

    jun/01

    dez/01

    jun/02

    dez/02

    jun/03

    dez/03

    jun/04

    dez/04

    jun/05

    dez/05

    jun/06

    dez/06

    jun/07

    dez/07

    jun/08

    dez/08

    jun/09

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

    9/28

    Informe de Previdncia Social 9

    a todo cidado. Assim, provavelmente, uma das possveis explicaes para o crescimento do auxlio-recluso tenhasido a evoluo no grau de conhecimento do segurado sobre seus direitos e deveres em relao Previdncia Social.

    Outra possibilidade pode estar no aumento do nmero de detentos, que passou de 212 mil presidirios, em 2000,para 423 mil presidirios, em 2008, segundo dados do Departamento Penitencirio do Ministrio da Justia. Esseaumento decorreu tanto da elevao da criminalidade no pas, como pela ao repressiva da polcia, que est mais

    eficiente, e, tambm, pela Justia, apesar de ainda lenta, condenar cada vez mais pessoas ao crcere.

    importante, ainda, analisar a evoluo da quantidade de benefcios reativados, suspensos e cessados, porinfluenciarem no comportamento da emisso. A reativao de benefcios, que corresponde quantidade de benefcioscessados ou suspensos que voltaram a ser considerados ativos pelo INSS, tambm compe o fluxo de entrada dasemisses. A cessao refere-se sada do benefcio do estoque das emisses, em razo de liberdade do preso, bito,transformao em outro benefcio, dentre outros motivos. Finalmente, os benefcios suspensos so aqueles que,provisoriamente, no geram crdito para pagamento, embora tenham seu valor atualizado mensalmente e possam vira se tornar ativos a qualquer momento por ordem do INSS.

    O Grfico 2 mostra como a evoluo do saldo do auxlio-recluso concedidos, reativados, suspensos e cessados

    tem contribudo para aumentar o estoque de benefcios. A partir do ano de 2000, houve crescimento contnuo do saldo(concedidos + reativados) (suspensos + cessados), com exceo do segundo semestre de 2008, que apresentoupequeno saldo negativo de 82 auxlios-recluso. Esses saldos positivos influenciaram o comportamento da emissodesses benefcios, principalmente entre os anos de 2002 e 2006, quando a quantidade de auxlio-recluso emitido quasedobrou, passando de 9.119 auxlios, em dez/2002, para 18.150, em dez/2006.

    GRFICO 2Saldo semestral do auxlio-recluso (concedidos + reativados) - (suspensos + cessados) 1997 a 2009

    Fonte: DATAPREV, SINTESE Elaborao: SPS/MPS.

    Conforme mostra o Grfico 3, entre o acumulado do 1 semestre de 1998 e o segundo de 1997, ocorreu crescimentosignificativo na quantidade de auxlios-recluso suspensos (259,0%), em decorrncia, basicamente, da implantao darotina mensal de controle automtico de renovao da declarao do crcere. Como o sistema transfere o pagamentodo auxlio-recluso para PAB, quando essa declarao no apresentada na Agncia da Previdncia Social,automaticamente o auxlio-recluso passa para a classificao de benefcios suspensos at a apresentao dacomprovao do crcere.

    O benefcio tambm ser suspenso quando ocorrer fuga do presidirio e, se houver recaptura do segurado, serrestabelecido a contar da data em que essa ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.

    3 7 749 9

    59 4

    2 2 23 2 7 3 7 4

    9 6 0

    1 . 9 1 5

    1 . 5 9 81 .7 9 2

    1 . 5 9 3

    1 . 0 0 4

    2 . 9 2 1

    1 .8 7 6

    -3 1

    2 8 5

    1 .0 4 3

    1 . 5 0 9

    1 .1 2 5

    6 43

    9 5- 82

    - 1 . 2 7 4- 1 . 5 0 0

    -1 . 0 0 0

    - 5 0 0

    0

    50 0

    1 . 0 0 0

    1 . 5 0 0

    2 . 0 0 0

    2 . 5 0 0

    3 . 0 0 0

    3 . 5 0 0

    1Sem-97

    2Sem-97

    1Sem-98

    2Sem-98

    1Sem-99

    2Sem-99

    1Sem-00

    2Sem-00

    1Sem-01

    2Sem-01

    1Sem-02

    2Sem-02

    1Sem-03

    2Sem-03

    1Sem-04

    2Sem-04

    1Sem-05

    2Sem-05

    1Sem-06

    2Sem-06

    1Sem-07

    2Sem-07

    1Sem-08

    2Sem-08

    1Sem-09

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

    10/28

    10 Junho de 2009 n06

    GRFICO 3Evoluo da quantidade de auxlios-recluso suspensos - 1997 a 2009 (acumulado por semestre de cada ano)

    7 8 9

    3 . 274

    1 . 5 8 11 . 316 1 . 413 1 . 3 7 7 1 . 198

    62 1

    1 . 7 8 8

    1 . 344

    2 . 3 6 3

    2 . 058

    2 . 7082 . 8 5 4

    2 . 500

    5 . 5315 . 3 4 9

    7 .4 0 0

    5 . 3 1 55 . 4 4 4

    4 . 1813 . 717

    2 . 797

    9 12

    2 . 191

    0

    50 0

    1 . 0 0 0

    1 . 5 0 0

    2 . 0 0 0

    2 . 5 0 0

    3 . 0 0 0

    3 . 5 0 0

    4 . 0 0 0

    4 . 5 0 0

    5 . 0 0 0

    5 . 5 0 0

    6 . 0 0 0

    6 . 5 0 0

    7 . 0 0 0

    7 . 5 0 0

    8 . 0 0 0

    1Sem

    -97

    2Sem

    -97

    1Sem-98

    2Sem

    -98

    1Sem

    -99

    2Sem

    -99

    1Sem

    -00

    2Sem

    -00

    1Sem

    -01

    2Sem

    -01

    1Sem-02

    2Sem

    -02

    1Sem

    -03

    2Sem-03

    1Sem

    -04

    2Sem

    -04

    1Sem-05

    2Sem

    -05

    1Sem

    -06

    2Sem-06

    1Sem

    -07

    2Sem

    -07

    1Sem

    -08

    2Sem

    -08

    1Sem-09

    Fonte: DATAPREV, SINTESE Elaborao: SPS/MPS.

    Observa-se no Grfico 4 que os grupos de benefcios cessados e reativados crescem de forma mais acentuada nosegundo semestre de 1998, certamente em funo da implantao da rotina mensal de controle automtico de renovaoda declarao do crcere, pois em razo dessa medida o segurado pode ter seu benefcio suspenso e, posteriormente,reativado (caso o segurado apresente a devida comprovao). Com a implantao dessa medida, o controle na concessoe manuteno do auxlio-recluso ficou mais rgido, menos susceptvel a fraudes, e, dessa forma, possvel que algunsbenefcios tenham sido cessados em funo dessa medida. importante destacar, ainda, que entre os anos de 2000 e2005, o INSS passou por vrias greves10de servidores, e essas paralisaes podem ter prejudicado os segurados de

    apresentarem a comprovao de crcere nas devidas Agncias da Previdncia Social.GRFICO 4

    Evoluo da quantidade de auxlios-recluso cessados e reativados - 1997 a 2009 (acumulado por semestre)

    Fonte: DATAPREV, SINTESE Elaborao: SPS/MPS.

    1 .156

    6 12

    4 0 149 2

    1 .348

    1 .189

    1.067

    96 6

    1.490

    1.3451 .302

    1.5181.576

    1 .805

    8 1 1

    6 6 7

    5 01

    3 9 4 41 24 80

    5 99

    7 0 877 9

    70 7

    9 6 7

    1.137

    1.381

    83 0

    1 7 71 80 22 6

    3 3 9 31 3

    1 .534

    9 04

    45 0

    6 87

    3 9 3

    7 65

    1 .2661 .235

    6 23

    6 9 0

    31 5

    5 6 3 5 2 5

    1 .489

    9 3 5

    5 0042 0

    0

    2 00

    4 00

    6 00

    8 00

    1 .000

    1 .200

    1 .400

    1 .600

    1 .800

    2 .000

    1Sem-97

    2Sem-97

    1Sem-98

    2Sem-98

    1Sem-99

    2Sem-99

    1Sem-00

    2Sem-00

    1Sem-01

    2Sem-01

    1Sem-02

    2Sem-02

    1Sem-03

    2Sem-03

    1Sem-04

    2Sem-04

    1Sem-05

    2Sem-05

    1Sem-06

    2Sem-06

    1Sem-07

    2Sem-07

    1Sem-08

    2Sem-08

    1Sem-09

    R ea tiva d os C e s s ad o s

    10 Os servidores do INSS paralisaram: em 2000 (de 6/4/2000 a 17/7/2000); 2001 (8/8/2001 a 26/11/2001); 2003 (8/7/200326/8/2003); 2004 (20/2/2004 a 7/6/2004); 2005 (2/6/2005 a 16/8/2005).

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    Informe de Previdncia Social 11

    Outro indcio nesse sentido decorre da comparao entre requerimentos, indeferimentos e concesses de auxlios-recluso registrados no perodo de 1997 a 2008 (Tabela 2). As quantidades de auxlios-recluso requeridos e concedidosacompanharam o ritmo de expanso da quantidade de emitidos. Porm, o volume de indeferidos tambm crescebastante nesse perodo, principalmente nos ltimos dois anos, quando essa quantidade ultrapassa o motante deferido.

    Tabela 2Evoluo da quantidade de auxlios-recluso requeridos, concedidos e indeferidos - 1997 a 2008

    A u x lio - r ec lu s oreq u e rid o

    A u x lio - r ec lu s oc o n c e d i d o

    A u x lio - r ec lu s oin de fer ido

    Q u a n ti d a d eVa r i a o(E m % )

    Q u a n ti d a d eVa r i a o(E m % )

    Q u a n ti d a d eVa r i a o(E m % )

    1 9 9 7 4 . 38 2 3 . 5 3 3 78 0 1 7 , 8 8 0 ,61 9 9 8 4 . 5 3 4 3 , 5 3 . 4 0 2 -3 , 7 1 . 0 3 1 3 2 ,2 2 2 , 7 7 5 ,01 9 9 9 4 . 2 8 5 -5 , 5 2 . 8 1 0 -1 7 , 4 1 . 2 4 2 2 0 ,5 2 9 , 0 6 5 ,62 0 0 0 4 . 1 6 1 -2 , 9 3 . 0 1 9 7 ,4 1 .3 0 2 4 ,8 3 1 , 3 7 2 ,62 0 0 1 3 . 8 6 1 -7 , 2 2 . 6 3 6 -1 2 , 7 1 . 1 7 4 - 9 ,8 3 0 , 4 6 8 ,32 0 0 2 7 . 51 1 94 , 5 4 . 8 1 3 8 2 , 6 3 . 7 5 4 2 1 9 ,8 5 0 , 0 6 4 ,12 0 0 3 1 1 . 5 2 1 53 , 4 5 . 9 4 5 2 3 ,5 4 .4 6 5 1 8 ,9 3 8 , 8 5 1 ,62 0 0 4 1 2 .1 6 9 5 , 6 7 . 5 1 6 2 6 ,4 5 .9 7 4 3 3 ,8 4 9 , 1 6 1 ,82 0 0 5 1 3 . 7 7 7 1 3 , 2 8 . 4 5 4 1 2 , 5 6 . 1 2 9 2 ,6 4 4 , 5 6 1 ,42 0 0 6 1 8 . 3 7 2 33 , 4 1 0 . 4 0 4 2 3 ,1 8 .9 1 1 4 5 ,4 4 8 , 5 5 6 ,62 0 0 7 2 3 . 3 5 0 27 , 1 11 . 8 4 7 1 3 ,9 1 2 .9 9 7 4 5 ,9 5 5 , 7 5 0 ,7

    2 0 0 8 2 6 . 8 0 7 14 , 8 13 . 2 5 5 1 1 ,9 1 5 .1 6 5 1 6 ,7 5 6 , 6 4 9 ,4

    A n o sR e l a o

    In d e f e ri d o s xR e q u e ri d o s

    R e l a oC o n c e d i d os x

    R e q u e r i d o s

    Fonte: DATAPREV, PLENUS, SINTESE E SUIBE.Nota: 1. Entre 1997 e 2003, os dados de requeridos foram consultados do PLENUS.A partir de 2004 , dados retirados do SUIBE.2. importante destacar que os benefcios indeferidos e concedidos nem sempre correspondem a mesma competncia do ms/ano requerido.

    Percebe-se, ainda, na Tabela 2, que a relao indeferidos e requeridos cresce ao longo dos anos, enquanto arelao de concedidos e requeridos diminui. Os principais motivos do forte aumento dos indeferidos, nos ltimos cincoanos, constam na Tabela 3, destacando que o valor do salrio-de-contribuio acima do permitido para sua concessoe a perda de qualidade do segurado esto entre as causas mais significativas de indeferimento do benefcio.

    Tabela 3Evoluo da quantidade de auxlios-recluso indeferidos, segundo o motivo - 2004 a 2008 Motivo Indeferimento 2004 2005 2006 2007 2008

    Ultimo Sal.Contrib. > Previsto Lei 1.644 1.891 2.611 3.432 4.414Perda de Qualidade do Segurado 1.652 1.740 2.821 4.259 4.376

    Falta Qualidade Dep. Tutelado,Enteado... 579 647 981 1.540 1.846

    Falta Qualidade Dep. - Companheiro(A) 408 470 757 1.171 1.423

    Nao Houve Comprov.Efet.Recolh. a Prisao 285 368 539 911 1.102

    Requerimento Apos a Soltura 128 126 189 282 285

    Segurado Recebe Remuneracao da Empresa 176 175 212 265 272

    Falta Qualidade Dep. - Pessoa Designada 229 192 238 314 261

    Segurado Gozo Beneficio Previdenciario 55 84 131 137 179

    Acerto de Dados Divergentes do Cnis 0 97 273 365 325

    Outros 818 339 159 321 682

    Total 5.974 6.129 8.911 12.997 15.165

    Fonte : DATAPREV, SUIBE.Nota: Dados no disponveis no sistema para anos anteriores.

    4. Consideraes sobre a seletividade do auxlio-recluso

    Conforme citado anteriormente, o auxlio-recluso foi institudo pela Lei n 3.807, de 1960, para todos os beneficiriosda previdncia social. No entanto, a partir de 16 de dezembro de 1998 Emenda Constitucional n 20 , o benefciopassou a ser concedido apenas aos dependentes de segurado de baixa renda. Entendeu-se, poca, que baixa rendasignificava remunerao at R$ 360,00, hoje, R$ 752,12.

    A seletividade do auxlio-recluso fez parte das medidas implementadas em 1998 com o intuito de resgatar o

    carter contributivo da Previdncia Social, tornando-a mais justa e financeiramente sustentvel, como forma de garantiro pagamento dos benefcios s prximas geraes.

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    12 Junho de 2009 n06

    importante destacar alguns dados de benefcios do RGPS e analisar se a economia gerada por essa seletividadecompensa o custo social. Em junho de 2009 foram emitidos 23,2 milhes de benefcios do RGPS, no valor total de R$15,4 bilhes. O auxlio-recluso representou, respectivamente, apenas 0,11% e 0,09% do total da quantidade e do valordesses benefcios. J as aposentadorias chegaram a 63,7% da quantidade de benefcios do RGPS e a 66,3% do valor,as penses por morte a 27,4% da quantidade e a 24,4% do valor, o auxlio-doena a 4,9% da quantidade e 5,8% dovalor, ou seja, dentro do grupo de benefcios do RGPS, o auxlio-recluso um dos menos representativos.

    Outro ponto a ser ressaltado a despesa com o pagamento do auxlio-recluso em relao ao dficit previdencirio.Conforme a Tabela 4, nos ltimos nove anos, o valor do auxlio-recluso emitido para pagamento na rede bancria foipouco significativo em relao necessidade de financiamento. Sabemos que as medidas da EC n 20 foram necessriaspara conter o dficite que o capital poltico para alterar as regras de aposentadorias e penses, por exemplo, bemmais alto que do auxlio-recluso. Porm, esse apresenta um risco social maior, porque os dependentes do seguradoque possui salrio-de-contribuio superior a R$ 752,12 no tm direito ao benefcio.

    Tabela 4Participao percentual do valor de auxlio-recluso emitido em relao ao resultado previdencirio - 2000 a 2008

    Fonte: Anurio Estatst ico da Previdncia Social - Verso Infologo e Boletim Estatst ico da Previdncia Social.(1) Corresponde diferena entre a arrecadao lquida e benefcios do RGPS.

    O auxlio-recluso ajuda na manuteno dos dependentes dos segurados de baixa renda. Embora no exista umconsenso sobre o conceito de baixa renda, considerou-se poca da promulgao da EC n 20, o valor de 2,77

    salrios mnimos (o salrio mnimo era de R$ 130,00), o valor mximo para concesso do auxlio-recluso. Atualmente,a baixa renda est em torno de 1,62 salrios mnimos. Conforme citado na Tabela 3, em 2008, 4.414 auxlios-recluso foram indeferidos em decorrncia da seletividade para a concesso do auxlio-recluso, ou seja, o Estado noampara os dependentes do segurado recluso que tem rendimento acima de R$ 752,12.

    O valor emitido para pagamento do auxlio-recluso, em 2008, somou R$ 140,5 milhes para uma quantidade de25.078 emitidos. A mdia do valor do benefcio foi de R$ 544,32. Se multiplicado pelo nmero de auxlios-reclusoindeferidos no mesmo ano R$ 544,32 x 4.414 esse valor corresponderia a uma despesa de R$ 2,40 milhes. Esse o valor que a Previdncia Social deixou de gastar com a seletividade do auxlio-recluso no ano passado, o querepresentaria um valor irrisrio frente despesa total de benefcios e a necessidade de financiamento, ou seja, oimpacto que esse valor geraria nas contas da Previdncia Social pouco significativo diante do custo social.

    Em R$ correntes% sobre oresultado

    2000 -10.071.948.350 17.864.232 0,18

    2001 -12.836.218.628 28.664.099 0,22

    2002 -16.998.979.591 35.669.479 0,21

    2003 -26.404.655.349 52.194.616 0,20

    2004 -31.985.380.793 69.262.124 0,22

    2005 -37.576.047.450 91.032.120 0,242006 -42.065.104.349 108.467.355 0,26

    2007 -44.881.653.210 121.913.641 0,27

    2008 -36.206.740.687 140.505.718 0,39

    Auxlio-recluso emitido

    Resultado Previdencirio (1)Anos

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    Informe de Previdncia Social 13

    O elemento motivador da instituio do benefcio foi a necessidade de amparar a famlia do segurado impossibilitadode trabalhar em razo de sua recluso, mediante a substituio do rendimento que deixou de obter. Como j referenciado,se o regime prisional no impedir o segurado de continuar prestando servios remunerados e, consequentemente,mantendo as condies de amparo financeiro famlia, no cabe a concesso do auxlio-recluso. Resumidamente, ofundamento do benefcio est na necessidade de amparo famlia do segurado recluso, a qual se ressente da perdatemporria de uma fonte de subsistncia (risco social).

    5. Consideraes Finais

    O auxlio-recluso um benefcio previdencirio destinado a garantir a subsistncia dos dependentes do seguradode baixa renda, recolhido priso, impossibilitado de prover o atendimento das necessidades bsicas e essenciais desua famlia, ou seja, visa atender ao risco social da perda da fonte de renda familiar, em razo da priso do segurado.

    A partir de 1998, o INSS implantou a rotina mensal de controle automtico de renovao da declarao do crcere,o que gerou maior controle na concesso e manuteno do auxlio-recluso, deixando-o menos susceptvel a fraudes.Anteriormente, esse controle era feito manualmente, ou seja, se o segurado no apresentasse a devida declarao, osistema no bloqueava o pagamento do benefcio.

    A reforma constitucional previdenciria, consubstanciada na EC n 20/98, vedou a utilizao dos recursos provenientesdas contribuies previdencirias para a realizao de despesas distintas do pagamento de benefcios do RGPS;mudou o conceito de tempo de servio para tempo de contribuio; introduziu mudanas nas regras de concesso debenefcios e na alocao de receitas previdencirias; vedou a utilizao de contagem de tempo de contribuio fictcio;introduziu o pagamento seletivo do salrio-famlia e do auxlio-recluso para os segurados de baixa renda. Todas essasmedidas foram tomadas com o intuito de resgatar o carter contributivo da Previdncia Social, tornando-a mais justae financeiramente sustentvel, como forma de garantir o pagamento dos benefcios s prximas geraes.

    Antes da EC n 20/98, no havia restrio para a concesso do auxlio-recluso aos dependentes do segurado debaixa renda, a Lei autorizava a concesso do auxlio-recluso aos dependentes do segurado recolhido priso,independentemente do valor do seu ltimo salrio de contribuio. Pode-se dizer que ocorreu um retrocesso nosdireitos do segurado previdencirio quanto ao auxlio-recluso diante da promulgao da EC n 20/98, por ter limitadoo recebimento do benefcio aos segurados de baixa renda.

    importante destacar que o auxlio-recluso no um benefcio assistencial, j que para o dependente fazer jus aobenefcio requisito essencial a qualidade de segurado do recluso. Se o trabalhador contribuinte obrigatrio dosistema de previdncia e, independentemente do valor de sua remunerao, verte contribuies ao Regime, no hque se falar em benefcio assistencial. Assim, sob a tica do social, a seletividade fomento de excluso e, do ponto devista previdencirio, contraria qualquer princpio estabelecido para um seguro. Melhor e mais justo que limitar o acessosomente aos segurados de baixa renda teria sido impor um teto especfico para o auxlio-recluso.

    Existem vrios fatores que afetam as contas da Previdncia Social e que tornam cclicas as necessidades porReformas. A concesso precoce de aposentadoria e penses por morte, aliados ao envelhecimento da populao, uma das principais discusses para reformar o Sistema Previdencirio brasileiro. Se as necessidades por Reformasso cclicas e, se a sustentabilidade da Previdncia depende de fatores econmicos e demogrficos, h que se tercuidado quando da aprovao de medidas que retirem benefcios da populao mais necessitada.

    O Estado como garantidor dos direitos precisa verificar a posio poltica dos personagens envolvidos. Curiosasdistores decorrentes da orientao poltica ou da condio social merecem ser revistas. O sucesso das polticaspblicas est atrelado ao discernimento de quem aprova e devem sempre visar a legalidade, legitimidade e no somente economicidade naquele instante. Desse modo, sugere-se a necessidade de uma anlise aprofundada na questo do

    custo social gerado pela seletividade do auxlio-recluso versus a sustentabilidade das contas da Previdncia Social.

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    14 Junho de 2009 n06

    Receitas e Despesas

    Saldo Previdencirioe Arrecadao

    Toda a anlise feita nesta seo est baseada em

    valores deflacionados pelo INPC. Valores nominais

    tero referncia expressa ao longo do texto.

    No ms ( Mai/2009 ) R$ 2,74 bilhesAcumulado em 2009 R $ 18,09 bilhesltimos 12 meses R $ 39,76 bilhes

    Necessidade de Financiamento (INPC de Mai/2009)

    TABELA 1Arrecadao Lquida, Benefcios Previdencirios e Saldo Previdencirio Maio/2008, Abril/2009 e Maio/2009 Valores emR$ milhes de Maio/2009 INPC

    Em maio de 2009, a Previdncia Social registrou uma necessidade de financiamento de R$ 2,7 bilhes, correspondente diferena entre a arrecadao lquida de R$ 14,4 bilhes e da despesa com benefcios previdencirios, de R$ 17,1bilhes. O confronto entre os meses de maio e abril de 2009 mostra uma queda de 12,1% na necessidade de financiamentodo RGPS. A comparao do ms atual com o mesmo ms de 2008 aponta queda de 5,6%, conforme se pode ver na

    Tabela 1.

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado pelo sistema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

    A arrecadao lquida registrou na sua srie histrica, em maio de 2009, o seu maior valor (desconsiderado o ms

    de dezembro, no qual h um incremento significativo de arrecadao em virtude do dcimo terceiro salrio), e apresentouaumento de 1,6% (+R$ 226,5 milhes) em relao a abril deste mesmo ano, e 8,0% (+R$ 1,1 bilho), na comparaocom maio de 2008.

    A despesa com benefcios previdencirios apresentou ligeira queda de 0,9% (-R$ 151,7 milhes) entre maio e abrilde 2009, e cresceu 5,5% (+R$ 897,8 milhes), na comparao com maio de 2008. Nessa mesma comparao, o valorde benefcios pagos pelo INSS (excluindo-se as sentenas judiciais) diminuiu 0,9% (-R$ 147,6 milhes) e cresceu6,0% (+R$ 957,6 milhes) quando comparado a maio de 2008. Esta variao resultado do aumento vegetativo,natural, do estoque de benefcios.

    No acumulado de janeiro a maio de 2009 a arrecadao lquida atingiu R$ 68,5 bilhes, o que corresponde a umaumento de 5,8% (+R$ 3,8 bilhes) em relao ao mesmo perodo de 2008. A despesa com benefcios previdenciriosfoi de R$ 86,6 bilhes, valor 6,7% (+R$ 5,5 bilhes) maior do que o apresentado no mesmo perodo do ano anterior.

    mai/08 abr/09 mai/09 Var. % Var. % Acum. Jan. Acum. Jan.( A ) ( B ) ( C ) ( C / B ) ( C / A ) a mai/08 a mai/09

    1. Arrecadao Lquida (1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4) 13.339,3 14.174,3 14.400,8 1,6 8,0 64.769,2 68.529,1 5,8 1.1. Receitas Correntes 13.926,5 14.645,8 14.654,3 0,1 5,2 68.515,5 72.181,7 5,4 Pessoa Fsica (1) 540,7 566,7 569,5 0,5 5,3 2.617,4 2.734,7 4,5 SIMPLES - Recolhimento em GPS (2) 500,7 543,2 553,9 2,0 10,6 2.453,8 2.753,9 12,2 SIMPLES - Repasse STN (3) 883,6 1.005,6 1.007,6 0,2 14,0 4.423,6 4.830,9 9,2 Empresas em Geral 9.050,3 9.432,4 9.241,7 (2,0) 2,1 45.345,3 47.018,8 3,7 Entidades Filantrpicas (4) 110,1 127,0 116,5 (8,2) 5,8 546,7 586,0 7,2 rgos do Poder Pblico - Recolhimento em GPS (5) 666,2 744,8 829,6 11,4 24,5 3.115,1 3.595,0 15,4 rgos do Poder Pblico - Reteno FPM/FPE (6) 514,7 557,7 559,7 0,4 8,8 2.551,2 2.710,6 6,2 Clubes de Futebol 5,3 5,8 5,8 0,2 10,6 25,8 27,7 7,2 Comercializao da Produo Rural (7) 354,3 328,5 362,5 10,3 2,3 1.264,9 1.291,3 2,1 Reteno (11%) 1.078,5 1.122,7 1.162,8 3,6 7,8 5.166,0 5.618,8 8,8

    Fundo de Incentivo ao Ensino Superior - FIES (10) 69,4 58,8 73,4 24,9 5,9 333,9 291,3 (12,8) Reclamatria Trabalhista 147,7 147,1 164,3 11,7 11,2 645,5 689,9 6,9 Outras Receitas 5,0 5,6 6,8 21,7 34,8 26,2 32,7 24,9 1.2. Recuperao de Crditos 751,5 986,7 1.143,8 15,9 52,2 3.878,8 4.458,2 14,9 Fundo Nacional de Sade - FNS (8) 0,0 0,1 0,2 36,2 - 0,0 0,4 - Certificados da Dvida Pblica - CDP (9) 0,0 0,0 0,0 - - 0,0 0,0 - Programa de Recuperao Fiscal - REFIS (11) 26,4 24,6 22,1 (10,2) (16,3) 130,9 118,3 (9,7) Depsitos Judiciais - Recolhimentos em GPS (12) 2,0 2,0 2,8 36,9 37,4 20,8 12,2 (41,3) Depsitos Judiciais - Repasse STN (13) 67,5 394,0 470,8 19,5 597,3 497,7 1.133,4 127,7 Dbitos (14) 61,6 42,3 74,6 76,6 21,1 281,7 281,4 (0,1) Parcelamentos Convencionais (15) 594,0 523,7 573,2 9,5 (3,5) 2.947,7 2.912,7 (1,2) 1.3. Restituies de Contribuies (16) (9,3) (22,7) (23,6) 4,0 153,7 (37,1) (92,9) 150,4 1.4. Transferncias a Terceiros (1.329,5) (1.435,6) (1.373,7) (4,3) 3,3 (7.588,0) (8.018,0) 5,72. Despesas com Benefcios Previdencirios 16.242,8 17.292,3 17.140,5 (0,9) 5,5 81.153,8 86.619,4 6,7 Pagos pelo INSS 15.893,2 16.998,4 16.850,8 (0,9) 6,0 77.564,4 82.549,6 6,4 Sentenas Judiciais - TRF (17) 349,6 293,9 289,7 (1,4) (17,1) 3.589,5 4.069,8 13,4

    . esu ta o rev enc r o . , . , . , , , . , . , ,

    Var. %

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    Informe de Previdncia Social 15

    Com isso, a necessidade de financiamento atingiu R$ 18,1 bilhes, o que corresponde a uma elevao de 10,4% (+R$1,7 bilho), frente ao acumulado de 2008.

    Dentre os fatores que explicam o incremento da arrecadao lquida no acumulado de 2009, os principais so: (i) ocomportamento do mercado de trabalho formal no ano de 2008 em patamares superiores ao observado em anosanteriores, principalmente nos meses de janeiro a setembro (que foram criados 2,1 milhes de empregos), com impacto

    positivo nas receitas correntes que no acumulado do ano apresentaram aumento de 5,4% (+R$ 3,7 bilhes) emrelao ao mesmo perodo de 2008; (ii) a elevao do teto do RGPS de R$ 3.038,99 para R$ 3.218,90 a partir defevereiro de 2009, fato que ampliou a base de contribuio e elevou as receitas correntes.

    Entre os principais fatores que contriburam para o crescimento da despesa com benefcios previdencirios, pode-se citar: (i) o reajuste acima da inflao concedido ao salrio mnimo, em fevereiro de 2009, fazendo com que o pisoprevidencirio que em maio determinou o valor recebido por 66,9% dos beneficirios da Previdncia Social tenhatido um ganho significativo no seu valor real; (ii) o crescimento vegetativo, natural, do estoque de benefcios; (iii)reajuste dos benefcios com valor superior a 1 salrio mnimo, concedido em fevereiro de 2009, com base no INPC doperodo de maro de 2008 a janeiro de 2009.

    RECEITAS CORRENTES E MERCADO DE TRABALHO

    As receitas correntes permaneceram estveis, com leve aumento de 0,1% (+R$ 8,5 milhes), entre maio e abril de 2009,mas com elevao de 5,2% (+R$ 728,0 milhes) em relao a maio de 2008. Dentre as receitas correntes, o recolhimentodas empresas em geral, que fortemente vinculado ao mercado de trabalho, apresentou queda de 2,0% (-R$ 190,6 milhes)em relao a abril de 2009 e crescimento de 2,1% (+R$ 191,6 milhes) em comparao a maio de 2008. As empresasoptantes pelo SIMPLES mantm o mesmo patamar de arrecadao verificado no ms anterior, com ligeira elevao de0,8% (+R$ 12,7 milhes), mas um crescimento significativo de 12,8% (+R$ 177,2 milhes) na comparao com maio de2008, o que pode ser resultado do aumento de adeses ao SIMPLES verificado nos ltimos meses.

    GRFICO 1

    Variao das Receitas Correntes (maio) de 2009 em relao ao ms anterior- Em R$ milhes de Maio/2009 (INPC)

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado pelo sistema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

    No acumulado de 2009, quase todas as rubricas de receitas correntes apresentaram crescimento em relao aomesmo perodo de 2008, com exceo da rubrica Fundo de Incentivo ao Ensino Superior FIES, que diminuiu 12,8%(-R$ 42,6 milhes). Com relao ao desempenho positivo, destacam-se as mais significativas e estreitamente vinculadasao comportamento do mercado de trabalho: (i) as provenientes das empresas em geral (3,7%, ou seja, +R$ 1,7 bilho),(ii) as optantes pelo SIMPLES Recolhimento em GPS (12,2%, ou seja, +R$ 300,1 milhes) e (iii) a reteno de 11%por parte de contratantes de servios prestados mediante empreitada e cesso de mo-de-obra (8,8%, ou seja, +R$452,8 milhes), que representaram juntas 76,7% do total das receitas correntes.

    1, 2

    17,2

    14,7

    40,1

    34,0

    0,0

    2,1

    84,8

    (10,5)

    (190,6)

    2,0

    10,7

    2, 8

    (250,0) (200,0) (150,0) (100,0) (50,0) - 50,0 100,0 150,0

    R$ mi lhes

    Outras Recei tas

    Reclama tria TrabalhistaFIES (10)

    Reteno (11%)

    Comercial izao da P roduo Rural (7)

    Clubes de Futebol

    rgos do Poder Pbl ico - FPM /FPE (6)

    rgos do Poder Pbl ico - GPS (5)

    Ent idades F i lantrpicas (4)

    Em presas em G eral

    SIMPLES - STN (3)

    SIMPLES - GPS (2)

    Pessoa Fsica (1)

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    16 Junho de 2009 n06

    GRFICO 2Variao das Receitas Correntes (Janeiro a Maio) de 2009 em relao a 2008 - Em milhes de Maio/2009 (INPC)

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado peio sist ema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

    Conforme citado anteriormente, as receitas correntes guardam uma vinculao muito estreita com o mercado detrabalho. Esse fato pode ser percebido ao se analisar os principais indicadores do mercado de trabalho para o ms deabril de 2009.

    De acordo com os dados do CAGED do Ministrio do Trabalho e Emprego, em abril de 2009, foram gerados106.205 empregos, o que representou um crescimento de 0,33% em relao ao estoque do ms anterior, constituindoo melhor resultado mensal para o ano de 2009 e o terceiro ms consecutivo de expanso.Tal gerao parece indicara consolidao do quadro de recuperao do emprego vislumbrado em fevereiro ltimo. O nmero de admisses noms foi de 1.350.446, o segundo maior da srie do CAGED, e o de desligamentos foi de 1.244.241, o maior da sriehistrica para o perodo, mostrando um aumento de 2,95% em relao ao mesmo perodo do ano anterior. Esse

    resultado indica, contudo uma desacelerao em relao ao percentual de crescimento observado em 2008 (24,48%)em relao a 2007. Com o aumento de abril, pela primeira vez no ano, a variao acumulada no perodo positiva daordem de 48.454 postos no primeiro quadrimestre de 2009, equivalente ao crescimento de 0,15%, tomando comoreferncia o ms de dezembro de 2008. Nos ltimos 12 meses, o emprego formal apresentou crescimento de 2,08%,resultante da criao de 651.696 postos de trabalho. Segundo recorte setorial, os dados mostram uma elevao doemprego quase generalizada. A nica exceo ficou por conta do setor Extrativa Mineral , que registrou uma perda de582 postos de trabalho (-0,34%).

    Segundo dados da PME/IBGE, a populao ocupada, estimada em 21,0 milhes, em abril de 2009, no registrouvariao estatisticamente significativa para o total das seis regies metropolitanas investigadas, em comparao ao

    ms anterior e a abril de 2008. Mesmo comportamento foi observado quando se analisou a ocupao segundo osgrupamentos de atividade. Considerando o nvel da ocupao (proporo de pessoas ocupadas em relao s pessoasem idade ativa), estimado em 51,5% para o agregado das seis regies pesquisadas, os resultados no variaram, tantona comparao mensal, quanto na anual. O nmero estimado de trabalhadores com carteira de trabalho assinada nosetor privado, 9,4 milhes em abril de 2009, no variou em ambos os perodos analisados. O rendimento mdio realhabitual dos trabalhadores, apurado em abril de 2009 em R$ 1.318,40, apresentou declnio na comparao mensal(0,7%). Frente a abril de 2008, o poder de compra do rendimento mdio de trabalho dos ocupados teve alta de 3,2%.

    Em abril de 2009, conforme a PIMES/IBGE, o emprego industrial recuou 0,7% frente ao ms anterior, na srieajustada sazonalmente, stima taxa negativa consecutiva, perodo em que acumulou perda de 6,6%. O ndice demdia mvel trimestral mantm sequncia de seis taxas negativas, com ritmo de queda menos acentuado em abril (-0,9%) do que nos dois meses anteriores (-1,5% em fevereiro e 1,2% em maro). No confronto com abril de 2008, a

    6 ,5

    4 4 , 4

    (4 2 , 6 )

    4 5 2 , 8

    2 6 , 4

    1 ,8

    1 5 9 , 4

    4 7 9 , 9

    3 9 , 3

    1 . 6 7 3 , 5

    4 0 7 , 3

    3 0 0 , 1

    1 1 7 , 3

    (4 0 0, 0) (2 0 0, 0) - 2 00 ,0 4 0 0, 0 6 00 ,0 8 00 ,0 1 .0 0 0, 01 .2 0 0, 01 .4 0 0, 01 .6 0 0, 01 .8 00 ,02 .0 0 0, 0

    R $ m i lh e s

    O u t r a s R e c e i t a s

    R e c l a m a t r ia T ra b a l h is t a

    F I E S ( 1 0 )

    R e t e n o (1 1 % )

    C o m e r c i a li z a o d a P r o d u o R u r a l ( 7 )

    C l u b e s d e F u t e b o l

    r g o s d o P o d e r P b l ic o - F P M / F P E ( 6 )

    r g o s d o P o d e r P b li c o - G P S ( 5 )

    E n t i d a d e s F i la n t r p ic a s ( 4 )

    E m p re s a s e m G e r al

    S I M P L E S - S T N ( 3 )

    S IM P L E S - G P S (2 )

    P e s s o a F s ic a ( 1 )

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    17/28

    Informe de Previdncia Social 17

    taxa de -5,6% do pessoal ocupado a menor da srie histrica. O ndice para o primeiro quadrimestre do ano ficou em4,4%, invertendo o sinal positivo do ltimo quadrimestre de 2008 (0,7%), ambas as comparaes contra iguaisperodos do ano anterior. O indicador acumulado nos ltimos doze meses, em trajetria descendente desde agosto doano passado, apresentou a primeira taxa negativa (-0,4%) desde novembro de 2006 (-0,2%). Em abril, o valor da folhade pagamento real da indstria, j descontados os efeitos sazonais, apresentou variao negativa (-0,2%) em relaoa maro, segundo resultado negativo seguido, acumulando recuo de 2,8% nesse perodo. O ndice de mdia mvel

    trimestral recuou 0,3% em abril, sexto resultado negativo consecutivo, perodo em que acumulou perda de 4,0%. Nacomparao contra igual ms do ano anterior, o valor total da folha de pagamento reduziu-se em 1,8%, segunda taxanegativa, enquanto o indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em 0,5%. A taxa anualizada,ndice acumulado nos ltimos dozes (3,7%), permanece em trajetria decrescente desde setembro de 2008 (6,7%).

    Os Indicadores Industriais CNI referentes ao ms de abril interrompem os sinais, ainda que tnues, de recuperaoda atividade industrial registrados nos dois meses anteriores. A maioria dos indicadores dessazonalizados pesquisadospela CNI mostrou queda em abril, frente a maro. O faturamento recuou 1,9%; as horas trabalhadas diminuram0,1%; e o emprego reduziu-se em 1,1%. O resultado de abril sugere que a indstria passa por um processo detransio entre a abrupta queda registrada no quarto trimestre de 2008 e uma recuperao, que ainda no est

    delineada. O emprego recuou 0,1% em abril frente a maro, de acordo com os dados originais. Entretanto, o indicadorlivre de influncias sazonais registrou queda de 1,1% no mesmo perodo, uma acelerao ante -0,9% em maro, namesma base de comparao. Com esse resultado, o emprego atingiu a maior queda no indicador dessazonalizado, emtoda a srie histrica da pesquisa. a sexta queda seguida desse indicador, que acumulou uma reduo de 5,3% noperodo de outubro a abril. A persistncia da queda do emprego tambm aponta a ausncia de recuperao da atividadeindustrial. Comparativamente ao mesmo ms do ano anterior, o emprego acelerou a queda para 3,6% em abril, frentea uma reduo de 2,6% registrada em maro. Nessa mesma linha, o emprego intensificou a variao no acumulado dejaneiro a abril de 2009 para -2,0%, quando comparado com o mesmo perodo do ano anterior (em maro a variao foide -1,4%). Acompanhando a piora do mercado de trabalho, a massa salarial real recuou 2,9% em abril, na comparaocom maro. A reduo lquida do emprego tem sido determinante na queda da massa salarial. Comparativamente ao

    mesmo ms do ano anterior, a massa salarial acelerou a queda para 2,7% em abril, ante reduo de 2,3% em maro. Noacumulado do ano, frente ao mesmo perodo do ano anterior, a massa salarial tambm intensificou a queda: de -0,1% emmaro para -0,8% no acumulado at abril. Para ambas as comparaes a segunda queda consecutiva desse indicador, oque ocorre pela primeira vez na srie, iniciada em janeiro de 2006.

    GRFICO 3Arrecadao de Receitas Correntes e Empresas em Geral nos ltimos 18 meses - Em R$ bilhes de Maio/2009 - INPC

    9,01 9,10 9,349,54 9,29 9,439,409,09 9,49 9,249,05 9,08

    9,459,09 9,57

    17,2315,99

    9,36

    13,74

    22,02

    13,39

    13,5214,6514,95 14,65

    13,93 13,93 14,09

    1 3, 98 1 3, 95

    14,61

    24,18

    14 ,65

    14,47

    14,2814,38

    3, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 0

    10,011,012,013,014,015,016,017,018,0

    19,020,021,022,023,024,025,026,0

    dez/07

    jan/08

    fev/08

    mar/08

    abr/08

    mai/08

    jun/08

    jul/08

    ago/08

    set/08

    out/08

    nov/08

    dez/08

    jan/09

    fev/09

    mar/09

    abr/09

    mai/09

    R$bilhes

    E m pres as em G eral R ec eitas Correntes

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado peio sist ema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

    18/28

    18 Junho de 2009 n06

    RECEITAS ORIUNDAS DE MEDIDAS DE RECUPERAO DE CRDITOS

    As receitas provenientes de medidas de recuperao de crditos apresentaram crescimento de 15,9% (+R$ 157,0milhes), entre maio e abril de 2009. Esta elevao foi decorrente, principalmente, da liberao de Depsitos Judiciaisacumulados com reflexo em abril e maio, devendo voltar a seu patamar habitual em junho.

    Grfico 4

    Variao das Receitas de Recuperao de Crditos entre maio e abril de 2009 - Em R$ milhes de Maio/2009 (INPC)

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado pelo sistema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

    No acumulado de janeiro a maio de 2009, as receitas originadas de recuperao de crditos foram 14,9% (+R$579,5 milhes) superior ao mesmo perodo de 2008. A rubrica de Depsitos Judiciais repassados pela STN apresentoua variao positiva mais significativa entre o acumulado de 2009 e o correspondente de 2008, com aumento de 127,7%(+R$ 635,7 milhes). A rubrica que sofreu reduo mais significativa nesse perodo foi a de Parcelamentos Convencionais(1,2%, -R$ 35,1 milhes).

    GRFICO 5Variao das Receitas de Recuperao de Crditos (Janeiro a Maio) de 2008 em relao a 2009 Em R$ milhes de

    Maio/2009 (INPC)

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado peio sist ema Informar) Elaborao: SPS/MPS.

    49,5

    32,4

    76,8

    0,8

    (2,5)

    -

    0,0

    (20,0) (10,0) - 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

    R$ milhes

    ParcelamentosConvencionais (15)

    Dbitos (14)

    Depsitos Judiciais - STN(13)

    Depsitos Judiciais - GPS(12)

    REFIS (11)

    CDP (9)

    FNS (8)

    (35,1)

    (0,3)

    635,7

    (8,6)

    (12,6)

    -

    0 ,4

    (200 ,0 ) (100 ,0) - 100,0 200 ,0 300 ,0 400 ,0 500,0 600 ,0 700 ,0 800,0

    R$ m ilhes

    Parce lam en t osConvenc iona is (15)

    Dbi tos (14)

    D eps i tos Jud ic ia is - STN(13)

    De ps i tos Jud ic ia is - GP S(12)

    RE FIS (11 )

    C D P ( 9)

    FNS (8 )

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

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    Informe de Previdncia Social 19

    TABELA 2Evoluo da Arrecadao Lquida, Despesas com Benefcios Previdencirios e Resultado Previdencirio, segundo aclientela urbana e rural (2008 a 2009) - Em Maio - R$ milhes de Maio/2009 - INPC

    RESULTADOS DAS REAS URBANA E RURAL

    Em maio de 2009, a arrecadao da rea urbana foi de R$ 13,9 bilhes e da rural R$ 474,0 milhes, totalizando R$14,4 bilhes. Em relao despesa com benefcios, R$ 13,7 bilhes destinaram-se clientela urbana e R$ 3,4 bilhes rural. Comparando com maio de 2008, verifica-se crescimento de 8,7% (+R$ 1,1 bilho) na arrecadao urbana equeda de 9,1% (-R$ 47,7 milhes) na rural. Ainda nessa comparao, a despesa com benefcios previdencirios

    registrou aumento de 5,5% (+R$ 711,2 milhes) no meio urbano e de 5,8% (+R$ 186,6 milhes) no meio rural, o queresultou, para a clientela urbana, um supervit de R$ 214,0 milhes e uma necessidade de financiamento de R$ 2,9bilhes para a rea rural, crescimento de 8,6% (+R$ 234,3 milhes).

    Ano Clientela

    ArrecadaoLquida (a)

    BenefciosPrevidencirios (b)

    Resultado (a b)

    TOTAL 12.187 15.954 (3.767)

    Urbano 11.773 12.798 (1.025)Rural 414 3.156 (2.742)TOTAL 13.339 16.243 (2.904)Urbano 12.818 13.001 (184)Rural 522 3.242 (2.720)

    TOTAL 14.401 17.141 (2.740)Urbano 13.927 13.712 214Rural 474 3.428 (2.954)

    2009

    2008

    2007

    Fonte: INSS (fluxo de caixa ajustado peio sistema Informar).Elaborao: SPS /MPS.

    De janeiro a maio de 2009, a arrecadao lquida totalizou em R$ 68,5 bilhes, sendo R$ 66,7 bilhes na reaurbana e R$ 1,9 bilho na rural. A despesa com benefcios previdencirios totalizou R$ 86,6 bilhes, distribuda em R$69,3 bilhes para a clientela urbana e R$ 17,4 bilhes para a clientela rural. No acumulado do ano, o total da despesacom benefcios previdencirios foi 26,4% superior ao valor total da arrecadao lquida, sendo que o valor arrecadadona rea urbana cobriu 96,3% da despesa com benefcios urbanos, percentual que chegou a 10,7% no meio rural. Estesresultados evidenciam dois pontos fundamentais no RGPS: o primeiro que a necessidade de financiamento no meiourbano mostra sinais claros de equilbrio entre receitas e despesas e o segundo quanto a consolidao do modelo dePrevidncia Rural adotada no Brasil que, pela sua natureza e importncia social, vai ser sempre dependente definanciamento do Tesouro Nacional.

    No perodo de janeiro a maio de 2009, a necessidade de financiamento na rea urbana cresceu 12,0% (+R$ 257,5milhes), frente ao mesmo perodo de 2008. Com relao rea rural, a necessidade de financiamento passou de R$14,1 bilhes, no acumulado de janeiro a maio de 2008, para R$ 15,5 bilhes, no mesmo perodo de 2009, resultando noaumento de 10,3% (+R$ 1,4 bilho).

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

    20/28

    20 Junho de 2009 n06

    Grfico 6Evoluo da Arrecadao Lquida, Despesas com Benefcios Previdencirios e Resultado Previdencirio, segundo a

    clientela urbana e rural - Acumulado at Maio - R$ bilhes de Maio/2009 - INPC

    66,67 69,26

    1,86

    17,35

    -

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    R$bilhes

    A rrec a da o Lqu ida P aga m en to deBenefcios

    A rrec ad a o L quid a P ag am ent o deBenefcios

    URB A NA RURA L

    Fonte : INSS (fluxo de caixa ajustado peio sistema Informar).Elaborao: SPS /MPS.

    BENEFCIOS EMITIDOS E CONCEDIDOS

    Em maio de 2009, foram emitidos 26,5 milhes de benefcios, ocorrendo ligeiro acrscimo de 0,2% (+61,2 mil) emrelao a abril de 2009. Os Benefcios Previdencirios e Assistenciais apresentaram variaes positivas de 0,2% e

    0,5% (+46,1 mil e +16,0 mil, respectivamente). Os Benefcios Acidentrios ficaram praticamente estveis, com quedade 0,1% (-1,1 mil benefcios) (Tabela 3).TABELA 3Evoluo da Quantidade de Benefcios Emitidos pela Previdncia Social (Maio/2008, Abril/2009, e Maio/2009)

    Fonte:Anurio Esta tst ico da Prev inc ia Social-AEPS; Bole tim Estatst ico de Previdncia Social-BEPS.Elabora o: SPS /MP S.

    m ai /08 a b r/09 m ai /09 Va r. % Va r. % M d ia J an . M dia J an .( A ) ( B ) ( C ) ( C / B ) ( C / A ) a m ai -0 8 a ma i- 09

    T O TA L 2 5.52 4.3 81 26.402.338 26.463.551 0 ,2 3 , 7 25 .3 34 .81 3 26.295.141 3 ,8

    PRE V IDEN CIR I O S 2 1.56 0.0 50 22.218.319 22.264.428 0 ,2 3 , 3 21 .4 14 .14 7 22.128.128 3 ,3

    Ap ose nt a dor ias 1 4.09 8.2 42 14 .660 .136 14 .700 .661 0 ,3 4 , 3 14 .0 04 .33 9 14 .604 .907 4 ,3

    I da de 7.29 0.7 76 7 .613 .780 7 . 6 3 6 . 9 5 2 0 ,3 4 , 7 7 .2 44 .52 2 7 . 5 8 3 . 9 5 3 4 ,7

    Inva li de z 2.79 6.0 41 2 .859 .513 2 . 8 6 1 . 7 4 9 0 ,1 2 , 4 2 .7 77 .46 4 2 . 8 5 3 . 3 2 8 2 ,7

    T e m po de C o nt rib ui o 4.01 1.4 25 4 .186 .843 4 . 2 0 1 . 9 6 0 0 ,4 4 , 7 3 .9 82 .35 4 4 . 1 6 7 . 6 2 5 4 ,7

    Pe ns o p or M o rte 6.16 1.3 00 6 .331 .412 6 . 3 4 2 . 6 6 1 0 ,2 2 , 9 6 .1 30 .93 5 6 . 3 1 7 . 7 9 5 3 ,0

    Au x lio -Do en a 1.20 8.7 23 1 .115 .620 1 . 1 0 7 . 1 4 6 (0 ,8 ) (8 ,4) 1 .1 93 .94 3 1 . 0 9 9 . 9 9 8 (7 ,9 )

    Sa lr io- M ate rni da de 5 0.3 11 63.250 6 5 . 7 5 5 4 ,0 30 ,7 44 .28 1 5 8 . 4 9 9 3 2 , 1

    O ut ro s 4 1.4 74 47.901 4 8 . 2 0 5 0 ,6 16 ,2 40 .64 9 4 6 . 9 3 0 1 5 , 5

    AC ID EN T RIO S 78 0.2 67 804.480 803.342 (0 ,1 ) 3 ,0 7 71 .54 1 801.067 3 ,8

    Ap ose nt a dor ias 15 0.7 75 155 .478 155 .897 0 ,3 3 ,4 1 49 .84 4 154 .945 3 ,4

    Pe ns o p or M o rte 12 8.5 33 127 .581 127 .512 (0 ,1 ) (0 ,8) 1 28 .68 1 127 .712 (0 ,8 )

    A u x lio -Do en a 14 8.1 47 170 .521 169 .480 (0 ,6 ) 14 ,4 1 40 .02 0 167 .198 1 9 , 4

    Au x lio -A ci de nte 27 1.3 12 273 .501 273 .476 (0 ,0 ) 0 ,8 2 71 . 03 3 273 .266 0 ,8

    Au x lio -S u ple m e nta r 8 1.5 00 77.399 7 6 . 9 7 7 (0 ,5 ) (5 ,5) 81 . 96 3 7 7 . 9 4 5 (4 ,9 )

    AS SIST EN C IA IS 3.17 6.6 40 3 .371 .535 3 . 3 8 7 . 5 6 2 0 ,5 6 , 6 3 .1 41 .70 9 3 . 3 5 8 . 0 3 7 6 ,9

    Am p ar os A ss ist en cia is - L O AS 2.77 6.5 50 3 .008 .597 3 . 0 2 7 . 8 4 5 0 ,6 9 , 1 2 .7 35 .30 9 2 . 9 9 0 . 4 6 8 9 ,3

    Ido so 1.34 1.1 46 1 .463 .093 1 . 4 7 3 . 0 2 2 0 ,7 9 , 8 1 .3 21 .71 2 1 . 4 5 2 . 9 8 7 9 ,9

    Po rtad or d e De f ici n cia 1.43 5.4 04 1 .545 .504 1 . 5 5 4 . 8 2 3 0 ,6 8 , 3 1 .4 13 .59 7 1 . 5 3 7 . 4 8 1 8 ,8

    Pe ns es M e ns ais V ital c ias 1 5.4 99 15.099 1 5 . 0 5 3 (0 ,3 ) (2 ,9) 15 .59 8 1 5 . 1 5 1 (2 ,9 )

    Re nd as M en sai s V ital c ia s 38 4.5 91 347 .839 344 .664 ( 0 ,9 ) (10 ,4 ) 3 90 .80 2 352 .419 (9 ,8 )

    I da de 10 9.6 59 95.038 9 3 . 8 0 7 ( 1 ,3 ) (14 ,5 ) 1 12 .19 8 9 7 . 0 5 3 ( 1 3 ,5 )

    I nva li de z 27 4.9 32 252 .801 250 .857 (0 ,8 ) (8 ,8) 2 78 .60 4 255 .366 (8 ,3 )

    ENC AR G O S P RE V ID E N CIR IO S

    DA U NI O (EP U) 7.4 24 8 .004 8 .219 2 ,7 10 ,7 7 . 41 5 7 .909 6 ,7

    Var . %

  • 5/26/2018 auxiliorecluso

    21/28

    Informe de Previdncia Social 21

    Entre os meses de maio de 2009 e 2008, verifica-se aumento de 3,7% (+939,2 mil) na quantidade de benefciosemitidos. Cabe destacar o auxlio-doena acidentrio que vem apresentando trajetria de crescimento desde abril de2007, em funo do novo mtodo para caracterizar o nexo causal entre as doenas ocupacionais e as atividadesexercidas pelos trabalhadores nas empresas. Por esta razo, o auxlio-doena acidentrio emitido cresceu 14,4%(+21,3 mil benefcios), em maio de 2009, quando comparado com maio de 2008. J o auxlio-doena previdenciriodiminuiu 8,4% (-101,6 mil benefcios), nesse mesmo perodo, provocado, possivelmente, pelas medidas de gesto da

    Previdncia Social, com destaque a chamada Cobertura Previdenciria Estimada COPES, programa iniciado nosegundo semestre de 2005 e que tem como objetivo garantir maior resolutividade na realizao das percias mdicas.A COPES um procedimento administrativo adotado pelo INSS que permitiu a pr-definio de datas de alta para ossegurados com incapacidade temporria para o trabalho e estabeleceu durao mxima de dois anos para o auxlio-doena, perodo aps o qual o benefcio deve ser cessado ou convertido em aposentadoria por invalidez. Assim, comoa COPES foi implantada no segundo semestre de 2005 e a durao mxima de um auxlio-doena de 2 anos, supe-se que um dos motivos da queda na emisso destes benefcios, a partir do segundo semestre de 2007, seja por meio dasuspenso ou cessao de benefcios e da converso de auxlios antigos em aposentadorias por invalidez (com adevida cessao do auxlio-doena original).

    GRFICO 7Evoluo de Auxlios-Doenas emitidos (Previdencirios e Acidentrios) - Janeiro de 2003 a Maio de 2009

    Fonte: Anurio Estatst ico da Previnc ia Social-AEPS; Bole tim Estatst ico de Prev idncia Social-BEPS.Elabora o: SPS /MP S.

    1.618

    1.544

    1.505

    1.435

    1.2771.262

    1.286

    1.2 29

    1.331

    1.3701.361

    1.387

    1.338

    1.4 32

    1.357

    1.331

    1.551

    1.31 7

    1.382

    1.483

    1.530

    1.488 1.487

    1 .570

    1.658

    1.523

    1.516

    1.453

    1.427

    1.399

    1.3311.307

    1.328

    1.2061.147

    1.061

    1.074

    1.048

    1.0 14

    98 6

    95 6

    93 6

    1.239

    1.318

    1.666

    1.352

    1.4431.463

    1.5141.544

    1.571

    1.5741.541

    1.5881.538

    1.522

    90 0

    1.000

    1.100

    1.200

    1.300

    1.400

    1.500

    1.600

    1.700

    1.800

    1.900

    2.000

    2.100

    2.200

    jan/0

    3

    mar/0

    3

    mai/0

    3

    jul/0

    3

    set/0

    3

    nov/0

    3

    jan/0

    4

    mar/0

    4

    mai/0

    4

    jul/0

    4

    set/0

    4

    nov/0

    4

    jan/0

    5

    mar/0

    5

    mai/0

    5

    jul/05

    set/0

    5

    nov/0

    5

    jan/0

    6

    mar/0

    6

    mai/0

    6

    jul/06

    set/0

    6

    nov/06

    jan/0

    7

    mar/0

    7

    mai/0

    7

    jul/0

    7

    set/0

    7

    nov/07

    jan/0

    8

    mar/0

    8

    mai/0

    8

    jul/0

    8

    set/08

    nov/08

    jan/0

    9

    mar/0

    9

    mai/0

    9

    Da quantidade mdia de 26,3 milhes de emisses verificadas no perodo de janeiro a maio de 2009, 58,3% (15,1milhes) foram destinados a beneficirios da rea urbana, 29,7% (7,8 milhes) a beneficirios da rea rural e 12,0%(3,4 milhes) aos assistenciais (Grfico 8). De 2001 a 2009, a quantidade mdia de benefcios emitidos apresentouincremento de 32,3% no meio urbano, de 26,0% no meio rural e de 63,0% nos assistenciais.

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    22 Junho de 2009 n06

    GRFICO 8Evoluo da Quantidade de Benefcios Emitidos pela Previdncia Social, segundo a clientela (2001 a 2009) - Em milhes

    de benefcios - Mdia de Janeiro a Maio

    Fonte:Anurio Estatst ico da Prev inc ia Social-AEPS; Boletim Estats tico de Prev idncia Social-BEPS.Ela bora o: SPS/MPS.

    11,4

    6 ,2

    2 ,1

    19,7

    1 1 , 8

    6 ,4

    2 ,1

    20,3

    12,3

    6 ,6

    2 ,3

    21,2

    12,9

    6 , 8

    2 , 4

    22,1

    1 3 , 6

    7 ,0

    2 ,7

    23,3

    14,0

    7 ,2

    2 ,8

    23,9

    1 4 , 4

    7 ,3

    3 ,0

    24,7

    14,7

    7 ,5

    3 ,1

    25,3

    15,1

    7 , 8

    3 , 4

    26,3

    0 , 0

    5 , 0

    1 0 , 0

    1 5 , 0

    2 0 , 0

    2 5 , 0

    3 0 , 0

    Milhes

    2 00 1 20 0 2 20 0 3 20 04 2 0 05 2 0 06 2 0 07 2 0 0 8 2 00 9

    Urb a no Ru r a l A s s is te nc ia l T o ta l

    GRFICO 9

    Valor Mdio do Total de Benefcios Emitidos (Mdia de Janeiro a Maio de cada ano) em R$ de Maio/2009 (INPC)

    O valor mdio dos benefcios emitidos foi de R$ 660,53, no acumulado de janeiro a maio de 2009, ocorrendoelevao de 5,4% em relao ao mesmo perodo de 2008. Entre o acumulado de janeiro a maio de 2009 e perodocorrespondente de 2002, o valor mdio real dos benefcios emitidos cresceu 22,1% (Grfico 9).

    Fonte:Anurio Estats tico da Previncia Social-AEPS; Bole tim Estatst ico de Prev idncia Social-BEPS .Elabora o: SPS /MP S.

    541,03

    576,83571,80

    599,23

    620,21626,93

    660,53

    513,84

    480,00

    500,00

    520,00

    540,00

    560,00

    580,00

    600,00

    620,00

    640,00

    660,00

    680,00

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    R$

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    Informe de Previdncia Social 23

    TABELA 4

    Evoluo da Quantidade de Benefcios Concedidos pela Previdncia Social ( Abril/2008, Maio/2009 e Abril/2009)

    Em maio de 2009, foram concedidos 381,4 mil novos benefcios, queda de 2,6% (-10,0 mil benefcios) em relaoao ms anterior e crescimento de 2,2% (+8,2 mil benefcios) quando comparado com maio de 2008. Os BenefciosPrevidencirios e Acidentrios apresentaram queda, respectivamente, de 2,4% (-7,8 mil benefcios), 7,5% (-2,5 milbenefcios) entre maio e abril de 2009 e os Assistenciais registraram crescimento de 1,2% (371 benefcios), conformepode ser visto na Tabela 4.

    Fonte:Anurio Estats tico da Previncia Social-AEPS; Bole tim Estatst ico de Previdncia Social-BEPS .Elabora o: SPS /MP S.

    mai/08 abr/09 m ai/09 Va r. % Var. % Ac um. Ja n. A cum . Jan.( A ) ( B ) ( C ) ( C / B ) ( C / A ) a m ai-08 a ma i- 09

    TOTAL 373.2 43 391.472 381.426 (2 ,6 ) 2 ,2 1.781 .180 ,0 1.846.956 3 ,7

    PRE VIDEN CIR IOS 314.2 14 326.419 318.609 (2 ,4 ) 1 ,4 1.496 .917 ,0 1.536.693 2 ,7

    Aposenta dor ias 87.2 18 93.530 90.149 (3,6 ) 3 ,4 394 .994 ,0 439.802 11,3

    Idade 47.0 94 51.621 51.952 0 ,6 10 ,3 203 .492 ,0 246.090 20,9

    Inva li de z 17.6 19 14.631 12.317 (1 5,8) (30 ,1 ) 87 .395 ,0 70.513 (19,3)

    Te mpo de C ontrib ui o 22.5 05 27.278 25.880 (5,1 ) 15 ,0 104 .107 ,0 123.199 18,3

    Penso p or Morte 30.7 83 30.872 31.684 2 ,6 2 ,9 147 .051 ,0 152.024 3 ,4

    Auxlio -Do en a 151.2 07 149.399 143.877 (3,7 ) (4 ,8) 758 .063 ,0 710.202 (6,3)

    Sa lr io- Mate rnidade 43.4 63 50.788 51.148 0 ,7 17 ,7 189 .586 ,0 226.514 19,5

    Outros 1.5 43 1.830 1.751 (4,3 ) 13 ,5 7 .223 ,0 8.151 12,8

    AC ID ENTRIOS 28.3 80 32.577 30.127 (7 ,5 ) 6 ,2 140 .404 ,0 156.887 11,7

    Aposenta dor ias 7 39 7 91 655 (1 7,2) (11 ,4 ) 3 .253 ,0 3.544 8 ,9

    Penso p or Morte 93 85 71 (1 6,5) (23 ,7 ) 475 ,0 376 (20,8)

    Auxlio -Do en a 26.6 16 30.523 28.303 (7,3 ) 6 ,3 132 .432 ,0 147.180 11,1

    Auxlio -Acide nte 9 13 1.168 1.074 (8,0 ) 17 ,6 4 .184 ,0 5.712 36,5

    Auxlio -Su ple menta r 19 10 24 14 0,0 26 ,3 60 ,0 75 25,0

    ASSISTEN C IA IS 30.5 99 32.131 32.502 1 ,2 6 ,2 143 .590 ,0 152.422 6 ,2

    Ampar os Ass istencia is - LOAS 30.5 65 32.090 32.458 1 ,1 6 ,2 143 .385 ,0 152.241 6 ,2

    I doso 16.2 54 17.844 18.007 0 ,9 10 ,8 73 .788 ,0 85.276 15,6

    Po rtador d e De ficin cia 14.3 11 14.246 14.451 1 ,4 1 ,0 69 .597 ,0 66.965 (3,8)

    Penses Mens ais V ital c ias 34 41 43 4,9 26 ,5 202 ,0 180 (10,9)

    Rend as M en sais Vital cias - - 1 - - 3 ,0 1 (66,7)

    Idade - - - - - - - -

    Inva li de z - - 1 - - 3 ,0 1 (66,7)

    ENC AR GOS PRE V ID EN CI R I OSDA U NIO (EP U) 50 3 45 188 (4 5,5) 276,0 269 ,0 954 254,6

    Var. %

    No acumulado de janeiro a maio de 2009, a quantidade de benefcios concedidos foi de 1,8 milho de benefcios,crescimento de 3,7% (+65,8 mil benefcios) em relao ao mesmo perodo de 2008. Os grupos de BenefciosPrevidencirios, Acidentrios e Assistenciais apresentaram incremento de 2,7% (+39,8 mil benefcios), 11,7% (+16,5mil benefcios) e 6,2% (+8,8 mil benefcios) respectivamente, entre o acumulado de 2009 e o perodo correspondentede 2008. Entre os Benefcios Previdencirios cabe destacar a queda de 6,3% (-47,9 mil benefcios), no auxlio-doenaque pode ser explicada, em parte, pelas medidas de gesto adotadas pelo Ministrio da Previdncia Social, com

    destaques para a preveno a fraudes e mudanas nas regras para obteno e permanncia dos benefcios (a chamadaCobertura Previdenciria Estimada COPES, conforme citado anteriormente).

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    24 Junho de 2009 n06

    Notas Explicativas - Tabela 1:(1) Contribuinte Individual, Empregado Domstico, Segurado Especial e Facultativo.(2) Recolhimento em Guia da Previdncia Social - GPS - relativo contribuio do segurado empregado de empresas optantes pelo SIMPLES.(3) Repasse, pela Secretaria do Tesouro Nacional, dos valores recolhidos relativos cota patronal de empresas optantes pelo SIMPLES.(4) Recolhimento relativo contribuio do segurado empregado de Entidades Filantrpicas das reas de sade, educao e assistncia social, quetm iseno da cota patronal.(5) Recolhimento em Guia da Previdncia Social - GPS - em relao aos servidores da administrao direta, autarquias e fundaes, da Unio,Estados e Municpios, vinculados ao RGPS.(6) Valores retidos do Fundo de Participao dos Estados - FPE - ou do Fundo de Participao dos Municpios - FPM - para pagamento dascontribuies correntes de Estados e Municpios,.(7) Valores recolhidos por Produtores Rurais Pessoa Fsica e Jurdica, quando da comercializao de sua produo.(8) Dvida dos hospitais junto Previdncia repassada ao INSS atravs do Fundo Nacional de Sade - FNS.(9) Valor do resgate de Certificados da Dvida Pblica - CDP - junto ao Tesouro Nacional.

    (10) Contribuies das universidades com utilizao de recursos do Fundo de Incentivo ao Ensino Superior - FIES, repassadas Previdncia Socialpor meio do Tesouro Nacional.(11) Arrecadao proveniente do Programa de Recuperao Fiscal, que promove a regularizao de crditos da Unio, decorrentes de dbitos depessoas jurdicas, relativos a tributos e contribuies administrados pela SRF e pelo INSS.(12) Recolhimento em Guia da Previdncia Social - GPS - de parcelas de crditos previdencirios das pessoas jurdicas que ingressam com aescontra a Previdncia(13) Valor repassado pela Secretaria do Tesouro Nacional referente parcela do crdito previdencirio das pessoas jurdicas que ingressam comaes contra a Previdncia (Lei n 9.709/98).(14) Dbitos quitados atravs de Guia da Previdncia Social - GPS - ou recebidos em decorrncia de Contrato de Assuno, Confisso e Compen-sao de Crditos.(15) Pagamento de parcelamentos administrativos e judiciais, com exceo dos includos no Programa de Recuperao Fiscal institudo pela Lei9.964 de abril de 2000.(16) Amortizao de dbitos de Estados e Municpios, por meio de reteno do FPM e FPE.(17) Inclui Ressarcimentos de Arrecadao

    (18) Pagamento de precatrios de benefcios e de requisies de pequeno valor resultantes de execues judiciais. A Lei n 10.524, de 25.07.2002,no seu art. 28, determinou que as dotaes oramentrias para pagamento destes valores seriam descentralizadas aos Tribunais, no mais sendopagas pelo INSS.

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    Informe de Previdncia Social 27

    Arrecadao Lquida X Despesa com Benefcios(acumulado at o ms de Maio de cada ano, em milhes de Mai/2009-INPC)

    Fonte: CGF/INSS.Elaborao: SPS/MPS.Obs.Em outubro de 1998, as contas do INSS foram centralizadas na conta nica do Tesouro Nacional.(1) Inclui Arrecadao do SIMPLES. A partir de 1999, inclui as restituies de arrecadao.(2) Para o ano de 1993, esto sendo considerados os benefcios totais, isto , previdencirios + especiais (EPU). A partir de 1994, consideram-se apenas os benefcios previdencirios.(3) A partir de 1999, considera-se a devoluo de benefcios.(4) Nos meses de janeiro a julho de 1999, inclui valores de Imposto de Renda (IR) de benefcios previdencirios que foram provenientes de emisses de DARF sem transferncia de recursos.(5) Em Out/97, no foram provisionados recursos para pagamento de benefcios no montante de R$ 2,288 bilhes, os quais foram pagos pela rede bancria, segundo acordo firmado com o INSS.

    (2) (3) (4) (5)

    (D)

    Valores referentes ao acumulado at o ms de Maio, a preos de Mai/2009 INPC

    1999 40.282 2.784 37.497 43.837 116,9 (6.340)2000 42.866 3.109 39.757 45.513 114,5 (5.756)2001 45.973 3.561 42.412 48.702 114,8 (6.290)2002 46.438 3.386 43.052 51.775 120,3 (8.722)

    2003 43.521 3.356 40.165 50.796 126,5 (10.631)

    2004 48.482 3.868 44.614 58.443 131,0 (13.829)

    2005 52.681 3.574 49.106 64.847 132,1 (15.740)

    2006 57.970 4.725 53.245 71.738 134,7 (18.493)

    2007 64.810 6.086 58.724 78.411 133,5 (19.687)2008 72.357 7.588 64.769 81.154 125,3 (16.385)2009 76.547 8.018 68.529 86.619 126,4 (18.090)

    mai/07 13.390 1.203 12.187 15.954 130,9 (3.767)

    jun/07 13.466 1.214 12.252 16.048 131,0 (3.796)jul/07 13.732 1.222 12.510 16.100 128,7 (3.590)

    ago/07 14.236 1.256 12.980 15.853 122,1 (2.873)

    set/07 13.894 1.269 12.625 22.773 180,4 (10.148)

    out/07 14.237 1.298 12.940 15.916 123,0 (2.977)

    nov/07 14.225 1.284 12.941 15.758 121,8 (2.817)dez/07 22.916 1.313 21.603 25.837 119,6 (4.234)jan/08 14.405 2.278 12.126 17.633 145,4 (5.507)fev/08 14.152 1.308 12.845 15.028 117,0 (2.183)mar/08 14.318 1.318 13.001 15.825 121,7 (2.824)

    abr/08 14.813 1.355 13.458 16.426 122,0 (2.967)

    mai/08 14.669 1.329 13.339 16.243 121,8 (2.904)

    jun/08 14.879 1.354 13.525 16.517 122,1 (2.992)

    jul/08 15.162 1.417 13.746 16.008 116,5 (2.262)

    ago/08 15.056 1.378 13.678 17.888 130,8 (4.210)set/08 15.352 1.449 13.903 21.581 155,2 (7.678)out/08 15.309 1.428 13.881 15.848 114,2 (1.967)nov/08 15.329 1.415 13.914 18.249 131,2 (4.335)dez/08 24.942 1.445 23.497 21.719 92,4 1.778jan/09 14.643 2.410 12.233 18.676 152,7 (6.444)fev/09 14.756 1.409 13.348 15.970 119,6 (2.622)mar/09 15.763 1.389 14.374 17.540 122,0 (3.167)abr/09 15.610 1.436 14.174 17.292 122,0 (3.118)mai/09 15.775 1.374 14.401 17.141 119,0 (2.740)

    Arrecadao Bruta

    (1)

    Transferncias a

    Terceiros

    Arrecadao

    Lquida

    Tabela 3

    Relao entre a Arrecadao Lquida e a Despesa com Benefcios

    (R$ milhes de Mai/2009 - INPC)

    Valores em milhes R$ de Mai/2009 - INPC

    Benefcios Previdencirios Rel ao % Saldo

    (A) (B) C = (A - B) E=(D/C) F= (C - D)

    Perodo

    0

    1 0 . 0 0 0

    2 0 . 0 0 0

    3 0 . 0 0 0

    4 0 . 0 0 0

    5 0 . 0 0 0

    6 0 . 0 0 0

    7 0 . 0 0 0

    8 0 . 0 0 0

    9 0 . 0 0 0

    1 0 0 . 0 0 0

    1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9

    Arr e c a d a o L q u id a B e n e fc io s P re v id e n c i ri o s

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    28/28

    28 Junho de 2009 n06

    REMETENTE: Secretaria de Polticas de Previdncia SocialEsplanada dos MinistriosBloco F, 7oandar, sala 750Tels.: (0-XX-61) 2021-5011Fax: (0-XX-61) 2021-5408e-mail: [email protected] Braslia/DF

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