coesao_e_coerencia
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Coesaoe Coere.nda
Prof ~Tatiana Alves Soares Caldas
Coesao e·Coerencia Textaals
Coe .s io Textua l
Os arubus e os sablas
"(1) Tudo aconteceu n ur na te rr a distaste, no tem po em que osblehos fa lavam, . . (2) Os urubus , aves par
natureza becadas, mas sell grandes dotes para 0 canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, des
haveriam de se tornar grandes cantores, (3) E para isto fundaram escolas e importaram professores,
gargarejaram do-re-mi-fa, rnandaram imprimir diplomas, e fizeram competieees entre si, para ver quais
deles seriam os mais irnportantes e teriam a perm issao de mandar nos outros. (4) Fo l .ilIssim q ue eles
orgaaizaram concursos e se deram names pomposos, e 0 sonho de cada urubuzinho, instrutor em Inlcio d ecarreira, era se tom er um resp eitav el u ru bu titu lar, a quem todos chamavam p or Y assa Excelencia, (5) Tudo
ia muito bern ate que a doce u:anqtiiHdade da hierarquia dos urubus foi estremecida, (6) A floresta foi
invadida par bandos de pintassi lgos tagarelas, que- brincavam com os canariose faziam serenatas com os
sabias ... (7) Os velhos unibus entortaram 0 bico, 0 rencorencrespouatesta, e' eles convocaram pintassilgos,
sabias e canaries para urn inquerito. (8) ,,~ O nde e$t~o os documentos des seus concursos?" (9) E espobres
aves se olhaeam perplexas, porq ue nunca h av lam im ag in ad o qu e tais coisas h ou vesse. (1 0) Nao haviarn
passado par escolas de canto, perque 0 canto nascera coin etas. (1 l ) E nunca apresentaram um diplom a para
provar que sabiam cantar, m as cantavam sim plesm ente ... (12) - N ilo,. assim nao pode ser, Cantar sem a
titu~ayao devida e urn desrespeito a ordern . (13) E os urubus,unissQuo,. expulsaram dafloresta os passarinhosque can tavam sem alv ara s ...
(14) MORAL: Em terra deurubus diplomados nao sa ouve canto de sable."
(Rubem Atves. Estor;as de Quem Gosta d~ Ensinar. )
"Urn texto Dao e uma soma de seqU-~ncia de frases isoladas,"
A nalisandoo texto de "O s urubus e os sabias":
1. "Tudoac on te ce u n um a te rra d ista nte , 00 tem po em que os bichos falavam ... .,
Que tudo e esse?
o q ue fo i q ue aco nteceu numa terra distan te, no tem po em que os bichos falavam ?
2. "E para isto f undar ar n e sc ola s ... "
Isto 0 que? De qu e se esta faland o?
Q ual o sujeito dos verbos fun da ramctm po rta ram , .g arg are ja ra m, m an da ram, jize ra m? E 0 mesmo de
teriaml3. Fala-se em quais deles . Deles quem? E quem sao os outros]
4. Qual 0 referente de eles em (4)?
5. Tem -se oovam ente a palavra tudo: ($) "Tudo ia m ulto bem ..;JEsta s egunda oco rren cia do term o tem 0mesm o sen ti d o d a p rim eira?
6. A q uem se refere 0 pronome eles (7)1
7. E 0 p ronome pos se ss iv e seus (&)?
8.Quaiss a o
as po bre s avesd e q u e s e fa la er n (g)? E
a s ta is c ois as!9.E eJas ,em (lO}~.r~fere-sea p obre s ave s ou a lois cQisas?
10. D e que passarinho se fala em (13)1
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I\S e tais pe rg un ra s s ao facilmente respondidas, e par -que os term os em questao sao elem ento s d ~ lfngua que
tem por func;iloestabelecer relacoes textuais : s a o recursos de coesiio textual,"
Ou tre g rupo de palavr as que-t er n como fUi1~aoasslnelar detefiT:.j_iiuidasrelac;.5es de sentideentre os enunciadosQU par te s d e e nunc ia do s:
Mas - oposiy iio ou con trasteM esm e - oposlcso eucontrasteP ara - finalidade, m etaF·· Jj'i /~) ..... •orassna que e r" U _ · ' - consequencia
At.e que- tempo.1(1 1) - adi.y ~.ode argum entos ou ideias
Porqae - exp li ca900 , ju stif ic ativa
Coesao Textual ..l 'eoria
I. Coesao por retomada en pur antecipa~ao
1. Retomada ou antecipa~io por urns palav ra grsmaticai(proaomes, verbos, numerals, .2dve,rb:os)
H'Eu dared sempre o p rim elro lu gar a modestia en tre tod as as b elas q ualid ades ..A in de so bre 1 ; 1 " inocencia?
A inda, sim . A inocencia basta um a falta para a perder; da m odestla s6 culpas graves; s6 crim es verdadeiros
pod em p riv ar, U rn acid en te, u rn acaso p od em deetru ir aquela, a esta s6 um a 3 < ; 3 0 de te rminada e volunta ria. "(Almeida Garrett. V iag .e n s-na m inha t er ra .)
A pala vr a aquela retoma 0 substantive inocencia; 0 vocabulo esta recu pera a palavra modestta. Todosos term os a que servem p ara retom ar o utro s sao chamados deanaferteos.
"Qualquer que tiv esse sid e seu tr abalho ante rior , de Q absndonara, mudara de profissao e passarapesad amente a ensinar n o curse p rim ario: era tudo 0 que sab tamos d ele.
Opro/essor e ra g ra nd e, gordo ·e sllen cio so , d e ombro s c on tra fd os,"(Clarice Lispector, A legiiio estrangeira.i
o possessive seu e 0 pronorne pessoal reto de 3a pessca ele antecipama 'expressao 0professor. Sao,
pois, cataforlcos. .
o p ro nome p esso al o bllq uo 0 retoma a expr es sao seu trabalho anterior, E u rn te rmo a·naforico.
2. Retomada per palavra lexical
(substaetlvos, verbos, adjenvos)
Lia .mu ito, toda e spec ie de ltvro. Policiais, e nta o, n em se fa la , d evora va .
ElipseNa el ipse, temos a retomada de urn termo que seria repetido, mas que e apagado, pOI' ser facilrnente
dep reendido do con texte ,
"H amar Franco era urn homem feliz ao passar a faixa presidencial para Fe!.Tlancit1 Henriq ue C ard oso ,
mas estava tristonho a o a co rd ar no dia seguinte, J a n§Q era presideate da Republica desde 1" de janeiro
e p recisava deixar c P alacio d o J ab uru ( ..... C alad o, fo i 0.0 banheiro e.embalou alguns objetos."(Vej :a ' ; 24 , jan. i995.)
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3o sujeito do prirneirc era eexpliciramente menelonsde•.lta.mtir .Franeo. . Os outros verbosdo texto
tem omesmo sujeito, NO:l$ntantO, ele vern eUpdcQ~ishje , . o > c u l t o . ,
"A alguns a vida ofereee multo; a outros, pouco, '
·~Elat.etntodasa$quil lid·a:des necessar las para veneer na vida;:·~ebonita, in te ligente, charmosa e (lte rica,". .
"Ele e umpelfticohabil, Chegarapelo menosa ser prefeito."
~~Ac ur to p raz o, 0 Brasil hao 'estaraentre ospaises meis desenvolvidos do mundo, pots seus indicadores
socials 0: -sitaam entr~ os mais atrasados, Convem ainda lembrar q U e ; 0 flnxo decapitais emdire9~o ~Atn6tic a"Latin~pm ti.c amente e es seu."
'IE precise m anter" , a.todo eusto, e plano de estabHiZ3;y a o econemtea, Ou e ntao , s e r a Inevitavela volta da.~ . CI' _.... ~~ .,
IJl;H.av~o.
"Embora a prefeito Paulo M alu]' tenha prom etldo durante a. camp an h" a eleito ral n a o - aumentar .o s
impostos, Q lPTU aum eatoe m uito oeste 'ano~~;~
"Este govemo esta m esm o a ju da ndo. e s descamisados; permltiu a eleva¢aoabu.siva· d o s precos, diminuiu
os inv~stimen tos na areasoc·iat Ate 'in doma is ; achatou os salaries," .
"Pedro jachegou. Alias, ¢~esem pre chega antes da hera,"
"Este governoesta contradizeado 0 programa apresentado m i eam panha eleitoral, isto e , nKoesta. " . . r . . . . . d' '11;~ .cumprm ooas promessas. e eampam a.
i~Joao Alfredo teve uma profunda.decepcao amorosa, A lg u'n s a no s antes, ele ja vivera uma situa~aosemeihante." .
"Em m i r i n ' t l exposl~a:Q sabre 0 tempo, prlmeirameme explicare} c .omp se o .rganiz~; 0 s is tema tempo ra l nO '
pertugues, a se -gtJir falarei sabre :0 usa de urn tempo 'com valor de. outto:tf inalmente. discutire; a
o r g a n r z a 9 l i o temporal r i o romance; ,.
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Coereneta T'extmll
Texto I
CANADA EM SAO PAULO
Parquecanadensesera inaugurado hoje
Sao P au lo g en he hoje um parque q ue reane duas grandee "paixdes" do paulistanor 0
verde e a .agua. O. verde esta na facta arborlzecao do' novo local de lazer: 2100
arvo res, de 120 especies diferentes. E aagua esta no lagoque recobre 70% dos 110
m il m etros q uadrados de area do parque Cidade de Toronto, A vegeta¥ao procura
fazer jus ao nome 'do novo local de lazer. Batizado com. este nome gracas ao
P ro gram a Mu nicip al d e In tercam bio Proflssional f irmado 'e ntr e Sao Paulo e Toronto
-que doou parte das verbas necessaries a sua construcao =, 0 parque, situedo J ; lU
zona Oeste, presta uma homenagem a cidade canadense atraves da vegeta~ao tipica
de cl im atem perado, com o 0 pm heiro e 0 piatano, introduzida junto a s plantas ' nat ivas ,
Texto II
1 - Urn chopps
2 - E doispastel (...)
5 - - 0 polpettone do Jardim de Napoli ( ....)
30- Cruzar a Ipiranga com a.Av. , Sao J O a o ( . . • ) 43 - 0 "Parmera' (...)
45- 0 "Curintia" (,..)59 - T odom undoestar usandocinto de. seguranca(0 &tado 4e.S. Paulo. 25 jan, 199$, Al 0-1.)
'E sse c on ju nto p od eria nao fazersentido nenhum, No entaato, colocado num contextecomo 0 seguinte, 100 m otivo s para go star de S lJ o Paulo ; ganha 0 estatuto de urn texto
coerente,
TextoDI
Magnifico Reiter da Universidade de SAo Paulo .:T endo tornado conhecim ento pelos periodicos da capital pauH sta de que '0 Prefeitoda
C idade U niversitaria, onde esta situad.a: a U niversidade que Voss a Magnif le en cia ,
com alto descortino, dirige, resolveu interditar Q .acesso da PO.pu]S9io ao campus nOS
flnais de sem ana, 0\1S0 vir a preseneade V ossa M agnifieencia para m anifestar-Ihe
meu repudio ao fato de uma institu iQao pub lica querer subtrair cia popuI.a9ilo de u m a
eidade desum anaum espaeo de lazer ..Francamente, achei a m aier sujeirada parte da
USP~ sacanagem, nada a ver; .
TextoIV
La dentro havia um a fu m acaespessaqu e nao deixava que v lssemos n in gu em .. Meu
colega foi a cozinha.vdeixando-mesozinho. Fiquei encostado na parede da 'sala,
observando as pessoasque bi estavam, Na festa, havia pessoas de todos os tipos:
ruivas, brancas, pretas, am arelas, altas, baixas etc.
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s
Texte V
Neste texto de Marcelo Paiva, publicado na F o lha de S..Paulo; de 28 de junho de 1993, 0 articulista nota
duascontradicees do prefeito Paulo Mal.uf numaentrevista concedida a Jd, Soares: a primeira diz respeito a
uma contradicao entre os enuncladcs da entrevistara segunda, a uma inadequacao entre 0 diseurso e a
realidade: .
Paulo M aiuf, em campanha para a Presldencia, no Jo d a u ltim a q uarta -f eir a: < ' 0 ' Lula
! l a O tern. experiencia, A ntes de s e c andid ata r a presideneia, deverla com eear COlnO
prefeito de s a o Bernardo".
Se contradisse, logo em seguida, ao comentar sua obstina~ao pelo postom axim o emque pode chegar urn "homem publico": "Lincoln perdeu sua elei~o para prefeito,
d eputa do , g ov emado r, mas nao s6 ganh.ou para a presidenci~como· fez urn, trabalhomemoravel", "Entdo Lula segue oscammbos de Lincoln?", deveria ter perguntado 10.
S egunda contradicao: "0 brasl te l ro tern que cobrar as promessas de campanha de
seus candidates", Maluf prometera, na campanha paraprefeito, nao se candidatar ap re sid en cia • .r ows que isso , a cu sou 0 seu opo nente, E 4uardo Suplicy, de cerreirista ede candidate potencial a outros cargos. (6~2)
Texto VIPapoBrsbo
A verdade e quenao se escreve mais como aatlgamente, pols naquele tempo n ao h av ia eomputadores
e, pot inerfvel que pareca, nem mesmocane ta e sf erog ra fiea. P orem , -se f ossemQs r eg istra r em papel tQd03 osabsurdos do ser hum ane, nao sobraria sequer uma resma para os cannes d e Nata l.
Isso posto , nao de gaso line nem de saude , JA que uma e cara ea outra e carente, vam os ao que
lnteresea. Q uando digo vam os 30 que interessa, vern-m e logo it . mente a : pergunta: interesse a quem? A mim ,
pensara o leiter desavisado, 0 lei tor avisado percebera facilrnente que estou m e referindo em geral a assum es
interessantes e, se nso forem ; tambem nio interesse,
Resolvida essa questao da m aior im portancia para aqueles.que assim pensam, passoa seguir aotemacentral da discussao, por sinal uma discussso que se perpetua enquanto dura.
A perguata e a seguinte: cornu abordar um tema central quando se est-i fora do centroe, por isso
mesmo, longe do efeito da forca cen tr ffuga? Como ficam nlsso tudo o centro' do poder, 0 centroespfrita, 0
centro da cidadee 0 centro sem pre discutido das pessoas autocentradas? C onvenham os, 0 que e centro para
uns eesquerda para outros e direite no sentido de quem vern.
Infelizm ente, q uando se entra em assunto tao polSmico,ninguem ~.tf 'atreve a responder. Mesmoporque, ainda nem foi perguntado, Se for e quando for, tenho certeza de que sempre havera algaem para
discordar e euperdoo, pois essascontradieeee silo inerentes a alma humane,
Disse alma humana? Que dizer, entao, das outras almas? Da desumana, da penada, daalma do
negocio e, principalmente, daalma m inha -genti! q ue te p artiste I t~ocedo desta vida. descontente Irepousa lit
no ceuere rnamente?
Naq q ue ro p are ce r ilcgico, mas seria de pessirno gosto trazer mals uma vez it baila essa intrigante
questae.AJiE\s,
pensando bem, ou mesmo p en sando- mal, p or que trazer a baila e nio levar eobaile? Ou
mesmo truer 0 baile it baila? Nunca tiveram a coragem de revelaressa lncougruencia hist6d~a: no bails da
Ilh a F is ca l n inguem pagava impasto de renda.Digam 0 que disserem : a dura realidade e q ue n en hum In telec tu al que se preze pede desprezar-se.
T enho a m ats absoluta convicy,ao. de ter side clare e objetivo ria colocecso dessas ideias.
Para flnalizar, termino.
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M oral - Pode ser que esse texto seja lneoerente, m as faz rnuito m ais sentido do que Q massacre dos
sem -ter ra Antes que eu meesqueca .a reforrnaagreria ja c omeco u, C riar am um min ister io .
Jt) Soares. Veja
Mai§ exemplo§ ...~mesaoe coer.enciatextoais
Osbow
o cartaz
o desejo
Opai
o dinheiroOingresso
o dia
A preparacao
A ida .'
o estadio
A multidao
A expectative
A musica
A v ib ~a()
A participaczo
Ofim
A voltao vazio
OSbow
Sexta ...eira R aul viu urn cartaz anunciando urn show de M ilton Nascimento para a proxim aterea-feira, d ia
04/04/89~ as 21 11 ,no ginasio do U berlandia Tenis ·Clube na G etuiio V argas. Como er a fa do cantor, Beau
com m uita vontade de assistir it apresentaeao . Chegando em casa, falou com 0 pai que lhe deu dinheiro para
que comprasse 0 in gre sso . N a tere a-f eira , d .ia d o show, R aul preparou-se.escolhendc um a roupa. com q ue fi-
casse m ais a.vontade durante 0 evento. Poi para 0UTe com urn grupo de amigos, La haviauma multidaoem g ra nd e exp ec ta tiv a a gu arda ndo Q Infciodo espetaculo.q ue com ecou com rneia hora de atraso. Mas valeu
a pena: a m asica era da m elhor qualidade, fazendo todos vibrarern e participarem do show . Apos 0jinal,~au.lvoltou _ paracasa com urn vazio no peito pela ausencia de todo aq uele som , de toda aq uela alegria contegiante,
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Conceltes sobre a Coesa o T .ex tu al
"Fenom eno que diz respeito-ao m odo com o os elem entos HngUfst i<:os presentes na supe rf lc ie textual
se encontram interligados entre si, per meio de recursos tambem lingufsticos, forrnando seqtlencias
v eic ula do ra s d e sentido." .
(K och, 1 998)
"A coesao tern a ver com 0 modo como 0 textoesta e st ru tu r ado s ernan ti cament e. £, p ortan to , u rn
conceitosemaatico que se refere a s relacoes de significado queexistem dentro do texto e fazem dele um
tex to e n!o u rn aseq uen cia aleatorla d e frases."
(H allid ay e H assan , 1 -9 76 )
"O s fatores de coesao sao aq ueles que dfto conta da. seq ilencia\"=ii·osuperficial do texto, isto e , os
mecanismes formals da lingua que permitem estabelecer, entre os elementos Iingulsticos do texto, relacoesde s en ti do ."
(Marcuschi , 1.983)
" Ern d isco rd an cia com Halliday & H asan, para quem a coesao e um a condi9a.o necessaria, embora naQ
suficiente para a crlacae do texto , M arcuschi m ostra q ue n30 se trata d e co nd i~ a:o necessaria, nem sufi ci en te :
existent textos destitufdos de recursos coesivos; m as em que 'a. continuidade Be da no nivel do sentido e nao
no nfvel das rela90esentre os constitulntes linguistlcos'. Por outre lado, · h a textos em que oeorre 'um
seqttenciameatoceesivo d e fato s isolados que p erman ec em iso la do s, e com isto nao t e r n . condiyoes de formatum.a tex tu ra' .;;
(Koch,2001)
C onceitos sobre a Coereneia Textual
"( ...) Ionge de constitu ir m era qualidade ou propriedade do texto, a coerencia e resu ltado de um a
construcao feita pelos interlocutores, num a situa~ao de interayao d ada ; pela atuayao conjunta de um a sene de
fato res d e o rd em co gn itiv a, situao io nal, sociocultural e interacional."
{ K o ch & T sa va glia , }
"S e, p orem , e verdade que a coerencia nao .estA n o tex to , e verdade tambem que eta deve se t
co nstru fd a a p artir d ele, levando-se, pois, em co nta o s recu rso s co esiv os presentee na supe rf lc ie textual, quefuncionam com o pistas ou chaves para orientar o loc uto r n e co.nstruyiio dos sen tidos, "
(K o ch , 1 99 0)
"A coerencla teria a ver com a 'boa form acao' do texto, m as numsentido que hl:'iotern nada a ver com
qualquer .ideia assemelhada a nocao de gram aticalidade usada no nfvel da frase, sendo m ais ligada, talvez, a
um a boa form a~ao em term os da interJocuyao com unicativa, Portanto, a coerencia e algo que se estabelece na
in te ra ca o, n a lnterlocucao, numa situa~ao c omun ic ativ a e ntr e dOES u su ar ie s. E la e 0 que faz com que 0 texto
fa98 sentido p ara o s usu aries, devendo ser vista.rpois, como urn principle de interpretabilidade do texto,
Assim , e ta .pode ser vista tam bem como Ugada a inteligibilidade do texto num a situ ac ao de comunicacao e acepacidade que 0 receptor do texto (que 0 interpreta para c ompr ee nd e-Io ) te rn para calcular 0 seu s.entido. A
coerencia seria a posslbllidade de estabelecer, no texto, alguma forma de unidade ou r ela~· a.o .E s sa unidade e
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sem pre apresentada com o um a unidade de sentido notexto, 0 q ue caracteriza a coerencia com o global. Istoe. re fe re nte a o te xto como urn todo,'
(Koch & T ra vag ha , 1 99 9)
Rela~"oentre coerincia e coesio
.'( ...) A o e on tr ar io da coerencia, a coesso e explicitamente revelada atrav es d e m arcas lin gnfsticas,in dices fo rm als n a estru tu ra da seq nen cia HngUfstica.e superflcial do te xto , se nd o, p orta nto , d e c ara te r lin ea r',j a q ue ae m anifests na erganizaeao seq tlenclal do texto. E nitidam ente sintatica e gramatical, mas e tambemsem antics, pols, com o afirm a H allidaye H asan (1976). a coesao e a re la cao seman tic s entre urn elem ento dotexto e um outre elemento que e crucial para sua. interpretaeao. A coesjo e,eritao, a ii~a()-~ntre os
elem en to s su perfieiais d o tex to , 0 m odo com o eles se relaelonem , 0 modo como frases ou parte delas secomb inam par a a ss egur ar um .des envo lv tmento p ropo sic lona l,"
(Koch & Travagl ia, ]999)
Analise 0 texto 'a seguir, considerando as questdes sobre Coesso e Coerencia Textuais, bern com o os
a spec to s cognitivos (do conhecimento de mun dojrelacio nad os ao tex to:
Uma pulga: mona rqu is ta
Quer ia , por que queria, danadinha,Se nu tr ir de sangue azul;
E, suspirosa, dizia;
"_ Pena que seja 'taoraro aq ui no H em isferio SuJ 1
Me u rein o pela n ob rezal
A rtu r.R ic ard o, G ra ce ,
6 Inglaterra, 6 Suecia!
R inad d h· I"m as' 0 sonno meui
E ia a sugar, m elaneolica, urn sanguezinho plebeu[Ciea, In: Bichos, bichol (adap~_~o)l
Atividades
1. Copie do tex to p alav ras e expressoes a q ue os term osgrifados se referern,
"Bernardo tern Sanos e gosta de saber tudo sobre lugares e pafses, Eu sou urn pai coruja!
A ssim , n a p rime ir a opo rtunid ade, c or rtp re i-I he u rn des se g lobe s te rr es tr es modernos, No enta ato , Qg aroto. 'n ao Ih e d en muita im po rtfu ld a, quando a po ate i n e.Ie 0 Japao, 0 B rasil e m uitosoutros paises.
L im iteu-se a faze-lo g irar do idamente . Par ece que a novidade nilo Q a tra iu , G iro u ta nto 0 ta l do g lob e queQ desprendeu do suporte de metal. togo se dispOs a' s air jogando futebol com ~ mas nao p erm iti tal
coisa, Consegui eonvence-lo a it des tr ulr outr o b rin quedo : 0 b arulhen to secad or d a mae-!'E asslm que mevi so, trilnqu,ej.. ;mel§, no meuescritorio, para. apreciar agu'ela nova e prec iosa aqy is ic !o!' ;
. (Fernando Sabino - Adaptado)
2. Nesta q uestao o co rrem alg un s fragmen to s n arratives q ue ap resen tam alg um tip o d e in coeren cia, T ente
id en tif lc ar e exp lic ar 0 tipo de incoerencia que VQCe vS .
"Conheci Sheng no prlm eiro colegial e al com eeou urn nam oro apaixonado que dura ate, hoje e
talvez p ara sempre. Ma s- n iio go sto de s ua f am ilia : r ep re ss or a, precouceltuosa, preocupadaem manter-as
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milenares tradiyoes ehinesas, 0 pior e que sou brasileira, detesto com ida chinesa e nao s e t com er com
p auzinhos, Em casa, s6 falam chines e de chines ·eu so sei 0 nome do Sheng.
No dia do seu aniversar io , J : i fazla dois anos denam oro, eleganhou coragern ~ me convidou para
jantar em sua casa, Eu b o o podia recusar e fui. P iquei conhecendo os velhos, converser com eles, ouvi
muitas histories da familia e da China.comi· tantas c oisas d i f ere nte s que nern set D epois fom os .30
cinemaeu eo Sheng."
3. 0 u s e dos elementos de 1[ga~ao (elementos de eoesaojinadequados nas sentences abaixo provoca urne fe ito d e in co er en cla Reescreva-os, fazendo as a lteracoes necessarias para garantir 0 estab ele cimen to d as
rela90esq~ sentidc corretas:
a. 0 livre e mui to interes sante porque tem 570 paginas.
b. Carmem mora no R io ha cin co a no s, p or ta nto nao conhece ainda 0 Corcovado.
c, Acordei a s 7 horas, uma vez quetlnha l do dei ta r a s 2 h or as, d ormip ou co mais d e cin co ho ras,
d. 0 livre quea professora de llteraturarnandou com prar ja esta esgotado, ja que foi publieado ha rnenos
de t r e s semanas,e. J080, 0 pintor, foi despedido, m esm o que tenha se negado.a pintar a. casa, apesar de estar chovendo.
4. Faca 0 q ue for necessariopara evltar a am bigtridade e lo u incoerencia do s perio do s ab aix o:
a. D urante 0 noivado, Joana pediu que Eduardo se casasse comela varias vezes.
b . A ndando pela calcada, oonibus derrapou e p eg ou 0 fUllclonario quando entrava na l iv ra ri a.
5 . As frases seguintes devem ser transformadas em um so periodo. Util ize ...e dos mecanismos de coesao
adeqaados para faie~to:
a. Os alunos dispunham de pouco tempo. Nflo foi pos siv el c onclu ir a prova de Matematica, 0 poueotempo dispomv el pro vo cou pro testos ju nto a dire:Qiio da escola,
b. Moramos no mesmoandar, V emo-nos com freqUSn cia. M ill nos falamos,
c. 0 show estava excelente, B les salram antes de terminer, Tinha urn anlversariopara lr.
d . Be"triz, rnudou de apartamento, Ela fez U l n a viagem ao e x t e r i o r . Tambem comprou urn carro n o v o .F ic ou c omp le tame nte e nd iv id ad a,
6. E screva urn pertode, juntando as frasesabaixo •.utilizando urn conectivo de cada v ez : embo ra, apesar de,
mesmo, mas. Faca as modificaceesnecessarias. .
Estava com febre, Nao faltava as aulas.
7. Utilizando u rn conectivo de cada vet: embora, apesar de, mas, escreva umperfodo.juntando as frasesabaixo, F aca a s modificac;oes (adaptacoes) necessa rie s ..
o mercado de f ra ld as descastaveis e dom inado por empresas de grande porte;
P eq uenos fabricantes estso com ecando a disputSr 0mercado,
8.. E rnpreg ando conectivos (exceto.mas, porq ue, por causa de), ligue os enunciadosestabeleeenda entre
eles, resp eetiv am en te, rela¢ -es de oposi~o (c on ce ssao ) e c au sa :
a, Prometi amim m esm o nao ir aquel~ comemoracao. Acabei indo.
b. 0 Brasil tem dificuldades para se alinhar aos pafses de prim eiro m undo, Saude e educaeso acabemsendo POtIC;O valorizadas, .