comoclientesdosseusrelatóriosdetecnologiasãopaulo,27desetembrode2007–edição516–

1
São Paulo, 27 de setembro de 2007 – Edição 516 – www.bites.com.br N os últimos 24 anos diretores de tecnologia de grandes empresas se acostumaram a tomar deci- sões com base nos relatórios da consultoria Forrester Research. Essa inter- locução com os responsáveis pelos compu- tadores e softwares dos seus clientes sem- pre esteve no DNA da Forrester. Só que os tempos mudaram, o mercado também e a consultoria resolveu ampliar a sua capacida- de de diálogo com áreas das empresas que tempos atrás não tinham sobre a mesa os estudos da Forrester. O alvo agora, além dos tradicionais leitores, são os executivos de marketing e de novos negócios. A Forres- ter identifica esses locais como os motores das novas oportunidades empresariais dos próximos anos numa espécie de reinvenção do marketing e da visão das corporações em relação aos seus consumidores. E todo esse movimento da Forrester está acontecendo a partir dos próprios dados e informações coletados nas entrevistas para os relatórios dos analistas da consultoria com executi- vos de todo o mundo. “Queremos auxiliar as empresas diante desse novo consumidor que não aceita mais a comunicação unilateral da marca sobre quem compra o produto”, afirma Alessandra Martins, diretora-geral da Forrester no Brasil.“Vamos repetir no País o que já acontece nos Estados Unidos, Europa e Ásia onde somos uma importante fonte para quem pretende entender o fenômeno que coloca o consumidor no palco central.” Diante dessa nova visão, o escritório local da consultoria montou um mapa com 100 empresas para abrir os novos canais de co- municação com os executivos. Alessandra Martins, que durante seis anos trabalhou em outra consultoria da área de tecnologia o Gartner Group, quer visitar esses poten- ciais clientes até o final do primeiro trimes- tre do próximo ano. Na bolsa ela vai levar a sua capacidade de venda e um conteúdo que faz diferença para quem gosta de de- cidir a partir de análises de primeira linha. Forrester busca executivos de marketing como clientes dos seus relatórios de tecnologia Nova estratégia Um dos primeiros relatórios da Forrester em 2007, por exemplo, traz uma informação preocupante para as agências de publicidade. Produzido em janeiro passado pelo analista Bruce Temkin a análise revela que em 2006 apenas 16% dos consumidores reconheciam na publicidade um instrumento de ajuda na hora de decidir pela compra de produtos. O problema desse porcentual é sua evolução histórica. Em 2005 esse contingente era de 18 e um ano antes chegava a 19%. Esses nú- meros que a cada dia os clientes ficam mais distantes das marcas que não permitem interação. E para complicar essa situação a Forrester identificou que os consumidores passaram a escolher as marcas a partir dos preços. Em mercados emergentes essa situ- ação não provoca espanto. O que impressio- na é sua evolução em países, como os EUA, onde o tema não estava sendo considerado nas estratégias de marketing. Em função dis- so a Forrester acredita que seus relatórios ajudarão a reinventar a relação entre marcas e clientes.

Upload: bites

Post on 09-Mar-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Forrester busca executivos de marketing como clientes dos seus relatórios de tecnologia São Paulo, 27 de setembro de 2007 – Edição 516 – www.bites.com.br

TRANSCRIPT

S ã o P a u l o , 2 7 d e s e t e m b r o d e 2 0 0 7 – E d i ç ã o 5 1 6 – w w w. b i t e s . c o m . b r

Nos últimos 24 anos diretores de tecnologia de grandes empresas se acostumaram a tomar deci-sões com base nos relatórios da

consultoria Forrester Research. Essa inter-locução com os responsáveis pelos compu-tadores e softwares dos seus clientes sem-pre esteve no DNA da Forrester. Só que os tempos mudaram, o mercado também e a consultoria resolveu ampliar a sua capacida-de de diálogo com áreas das empresas que tempos atrás não tinham sobre a mesa os estudos da Forrester. O alvo agora, além dos tradicionais leitores, são os executivos de marketing e de novos negócios. A Forres-ter identifica esses locais como os motores das novas oportunidades empresariais dos próximos anos numa espécie de reinvenção do marketing e da visão das corporações em relação aos seus consumidores. E todo esse movimento da Forrester está acontecendo a partir dos próprios dados e informações coletados nas entrevistas para os relatórios dos analistas da consultoria com executi-vos de todo o mundo. “Queremos auxiliar as empresas diante desse novo consumidor que não aceita mais a comunicação unilateral da marca sobre quem compra o produto”, afirma Alessandra Martins, diretora-geral da Forrester no Brasil. “Vamos repetir no País o que já acontece nos Estados Unidos, Europa e Ásia onde somos uma importante fonte para quem pretende entender o fenômeno que coloca o consumidor no palco central.” Diante dessa nova visão, o escritório local da consultoria montou um mapa com 100 empresas para abrir os novos canais de co-municação com os executivos. Alessandra Martins, que durante seis anos trabalhou em outra consultoria da área de tecnologia o Gartner Group, quer visitar esses poten-ciais clientes até o final do primeiro trimes-tre do próximo ano. Na bolsa ela vai levar a sua capacidade de venda e um conteúdo que faz diferença para quem gosta de de-cidir a partir de análises de primeira linha.

Forrester busca executivos de marketing como clientes dos seus relatórios de tecnologia

Nova estratégia

Um dos primeiros relatórios da Forrester em 2007, por exemplo, traz uma informação preocupante para as agências de publicidade. Produzido em janeiro passado pelo analista Bruce Temkin a análise revela que em 2006 apenas 16% dos consumidores reconheciam na publicidade um instrumento de ajuda na hora de decidir pela compra de produtos. O problema desse porcentual é sua evolução histórica. Em 2005 esse contingente era de 18 e um ano antes chegava a 19%. Esses nú-meros que a cada dia os clientes ficam mais

distantes das marcas que não permitem interação. E para complicar essa situação a Forrester identificou que os consumidores passaram a escolher as marcas a partir dos preços. Em mercados emergentes essa situ-ação não provoca espanto. O que impressio-na é sua evolução em países, como os EUA, onde o tema não estava sendo considerado nas estratégias de marketing. Em função dis-so a Forrester acredita que seus relatórios ajudarão a reinventar a relação entre marcas e clientes.