decreto_7562_2011

4
Ano CXLVIII N o - 242 Brasília - DF, segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012011121900001 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Sumário . PÁGINA Atos do Poder Executivo .................................................................... 1 Presidência da República .................................................................... 6 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ...................... 6 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação .................................. 6 Ministério da Cultura ........................................................................ 12 Ministério da Defesa ......................................................................... 21 Ministério da Educação .................................................................... 25 Ministério da Fazenda..................................................................... 646 Ministério da Integração Nacional ................................................. 674 Ministério da Justiça ....................................................................... 676 Ministério da Pesca e Aquicultura ................................................. 682 Ministério da Previdência Social.................................................... 682 Ministério da Saúde ........................................................................ 683 Ministério das Cidades.................................................................... 707 Ministério das Comunicações ......................................................... 708 Ministério de Minas e Energia ....................................................... 710 Ministério do Desenvolvimento Agrário........................................ 717 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior . 718 Ministério do Meio Ambiente ........................................................ 720 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão........................ 720 Ministério do Trabalho e Emprego ................................................ 721 Ministério do Turismo .................................................................... 723 Ministério dos Transportes ............................................................. 723 Conselho Nacional do Ministério Público ..................................... 725 Ministério Público da União .......................................................... 726 Poder Legislativo............................................................................. 732 Poder Judiciário ............................................................................... 732 Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais . 790 DECRETO N o - 7.562, DE 15 DE SETEMBRO DE 2011 (*) Dispõe sobre a Comissão Nacional de Re- sidência Médica e o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de ins- tituições que ofertam residência médica e de programas de residência médica. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 9 o , incisos VIII e IX do caput, e 46, da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei n o 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e na Lei n o 6.932, de 7 de julho de 1981, Atos do Poder Executivo . DECRETA: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1 o Este Decreto dispõe sobre a composição e a com- petência da Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM, e sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições que ofertam residência médica e de seus respectivos programas. Art. 2 o A CNRM é instância colegiada de caráter consultivo e deliberativo do Ministério da Educação e tem a finalidade de re- gular, supervisionar e avaliar as instituições e os programas de re- sidência médica. Parágrafo único. A regulação das instituições e dos pro- gramas de residência médica deverá considerar a necessidade de mé- dicos especialistas indicada pelo perfil socioepidemiológico da po- pulação, em consonância com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS. CAPÍTULO II DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA Art. 3 o A CNRM é composta pela Plenária e pela Câmara Recursal e presidida pelo Secretário de Educação Superior do Mi- nistério da Educação. Seção I Da Plenária Art. 4 o A Plenária é composta por doze conselheiros, a saber: I - dois representantes do Ministério da Educação, como membros natos; II - um representante do Ministério da Saúde, como membro nato; III - um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS; IV - um representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS; V - um representante do Conselho Federal de Medicina - CFM; VI - um representante da Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM; VII - um representante da Associação Médica Brasileira - AMB; VIII - um representante da Associação Nacional de Médicos Residentes - ANMR; IX - um representante da Federação Nacional de Médicos - FENAM; X - um representante da Federação Brasileira de Academias de Medicina - FBAM; e XI - um médico de reputação ilibada, docente em cargo de provimento efetivo em Instituição de Educação Superior pública, que tenha prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral. § 1 o Cada conselheiro terá um suplente. § 2 o Os conselheiros e respectivos suplentes serão indicados pelo titular dos órgãos ou entidades que representam e designados pelo Ministro de Estado da Educação. § 3 o O conselheiro previsto no inciso XI do caput exercerá o papel de Conselheiro Secretário-Executivo e terá mandato de dois anos, renováveis por igual período, sendo escolhido pelo Ministro de Estado da Educação em lista tríplice elaborada pela Plenária. § 4 o As indicações dos conselheiros referidos nos incisos III a X do caput serão de médicos de reputação ilibada que tenham prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral, podendo recair em nomes que não sejam de associados ou de titulares de instituições associadas às entidades representadas. § 5 o Os conselheiros referidos nos incisos III a X do caput cumprirão mandatos não coincidentes de dois anos, renováveis por igual período. Seção II Da Câmara Recursal Art. 5 o A Câmara Recursal é composta por três médicos de reputação ilibada, docentes em cargos de provimento efetivo de Ins- tituições de Educação Superior públicas, que tenham prestado ser- viços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciência médica em geral, a saber: I - um representante do Ministério da Educação; II - um representante do Ministério da Saúde; e III - um representante das entidades médicas que integram a Plenária. § 1 o Os membros integrantes da Câmara Recursal serão in- dicados pelos órgãos ou entidades representadas e designados pelo Ministro de Estado da Educação. § 2 o É vedada a participação dos conselheiros da Plenária na Câmara Recursal. Seção III Das Instâncias Auxiliares Art. 6 o São instâncias auxiliares da CNRM: I - a Câmara Técnica; e II - as Comissões Estaduais de Residência Médica - CEREM, unidades descentralizadas da CNRM nos Estados e no Distrito Federal. CAPÍTULO III DAS COMPETÊNCIAS Seção I Da Comissão Nacional de Residência Médica Art. 7 o Compete à CNRM: I - credenciar e recredenciar instituições para a oferta de programas de residência médica; II - autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento de programas de residência médica; III - estabelecer as condições de funcionamento das ins- tituições e dos programas de residência médica; e IV - promover a participação da sociedade no aprimoramento da residência médica no País. Art. 8 o Compete à Plenária: I - assessorar o Secretário de Educação Superior nos assuntos afetos à residência médica; II - deliberar, com base em processo instruído pela Câmara Técnica, sobre pedidos de credenciamento e recredenciamento de instituições e pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de programas de residências médica; Primeira Parte Aviso Esta edição é composta de um total de 808 páginas, dividida em 2 partes.

Upload: raphapeixoto

Post on 15-Dec-2015

6 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

fffffff

TRANSCRIPT

Page 1: decreto_7562_2011

Ano CXLVIII No- 242

Brasília - DF, segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011121900001

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

Sumário.

PÁGINAAtos do Poder Executivo.................................................................... 1Presidência da República .................................................................... 6Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ...................... 6Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação .................................. 6Ministério da Cultura ........................................................................ 12Ministério da Defesa......................................................................... 21Ministério da Educação .................................................................... 25Ministério da Fazenda..................................................................... 646Ministério da Integração Nacional ................................................. 674Ministério da Justiça ....................................................................... 676Ministério da Pesca e Aquicultura ................................................. 682Ministério da Previdência Social.................................................... 682Ministério da Saúde ........................................................................ 683Ministério das Cidades.................................................................... 707Ministério das Comunicações......................................................... 708Ministério de Minas e Energia....................................................... 710Ministério do Desenvolvimento Agrário........................................ 717Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior . 718Ministério do Meio Ambiente ........................................................ 720Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão........................ 720Ministério do Trabalho e Emprego................................................ 721Ministério do Turismo .................................................................... 723Ministério dos Transportes ............................................................. 723Conselho Nacional do Ministério Público..................................... 725Ministério Público da União .......................................................... 726Poder Legislativo............................................................................. 732Poder Judiciário............................................................................... 732Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais . 790

DECRETO No- 7.562, DE 15 DE SETEMBRO DE 2011 (*)

Dispõe sobre a Comissão Nacional de Re-sidência Médica e o exercício das funçõesde regulação, supervisão e avaliação de ins-tituições que ofertam residência médica ede programas de residência médica.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuiçõesque lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição,e tendo em vista o disposto nos arts. 9o, incisos VIII e IX do caput,e 46, da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei no 9.784,de 29 de janeiro de 1999, e na Lei no 6.932, de 7 de julho de1981,

Atos do Poder Executivo.

D E C R E T A :

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Este Decreto dispõe sobre a composição e a com-petência da Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM, esobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliaçãodas instituições que ofertam residência médica e de seus respectivosprogramas.

Art. 2o A CNRM é instância colegiada de caráter consultivoe deliberativo do Ministério da Educação e tem a finalidade de re-gular, supervisionar e avaliar as instituições e os programas de re-sidência médica.

Parágrafo único. A regulação das instituições e dos pro-gramas de residência médica deverá considerar a necessidade de mé-dicos especialistas indicada pelo perfil socioepidemiológico da po-pulação, em consonância com os princípios e as diretrizes do SistemaÚnico de Saúde - SUS.

CAPÍTULO IIDA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA

Art. 3o A CNRM é composta pela Plenária e pela CâmaraRecursal e presidida pelo Secretário de Educação Superior do Mi-nistério da Educação.

Seção IDa Plenária

Art. 4o A Plenária é composta por doze conselheiros, a saber:

I - dois representantes do Ministério da Educação, comomembros natos;

II - um representante do Ministério da Saúde, como membro nato;

III - um representante do Conselho Nacional de Secretáriosde Saúde - CONASS;

IV - um representante do Conselho Nacional de SecretáriosMunicipais de Saúde - CONASEMS;

V - um representante do Conselho Federal de Medicina - CFM;

VI - um representante da Associação Brasileira de EducaçãoMédica - ABEM;

VII - um representante da Associação Médica Brasileira - AMB;

VIII - um representante da Associação Nacional de MédicosResidentes - ANMR;

IX - um representante da Federação Nacional de Médicos - FENAM;

X - um representante da Federação Brasileira de Academiasde Medicina - FBAM; e

XI - um médico de reputação ilibada, docente em cargo deprovimento efetivo em Instituição de Educação Superior pública, quetenha prestado serviços relevantes ao ensino médico, à residênciamédica e à ciência médica em geral.

§ 1o Cada conselheiro terá um suplente.

§ 2o Os conselheiros e respectivos suplentes serão indicadospelo titular dos órgãos ou entidades que representam e designadospelo Ministro de Estado da Educação.

§ 3o O conselheiro previsto no inciso XI do caput exerceráo papel de Conselheiro Secretário-Executivo e terá mandato de doisanos, renováveis por igual período, sendo escolhido pelo Ministro deEstado da Educação em lista tríplice elaborada pela Plenária.

§ 4o As indicações dos conselheiros referidos nos incisos IIIa X do caput serão de médicos de reputação ilibada que tenhamprestado serviços relevantes ao ensino médico, à residência médica eà ciência médica em geral, podendo recair em nomes que não sejamde associados ou de titulares de instituições associadas às entidadesrepresentadas.

§ 5o Os conselheiros referidos nos incisos III a X do caputcumprirão mandatos não coincidentes de dois anos, renováveis porigual período.

Seção IIDa Câmara Recursal

Art. 5o A Câmara Recursal é composta por três médicos dereputação ilibada, docentes em cargos de provimento efetivo de Ins-tituições de Educação Superior públicas, que tenham prestado ser-viços relevantes ao ensino médico, à residência médica e à ciênciamédica em geral, a saber:

I - um representante do Ministério da Educação;

II - um representante do Ministério da Saúde; e

III - um representante das entidades médicas que integram a Plenária.

§ 1o Os membros integrantes da Câmara Recursal serão in-dicados pelos órgãos ou entidades representadas e designados peloMinistro de Estado da Educação.

§ 2o É vedada a participação dos conselheiros da Plenária naCâmara Recursal.

Seção IIIDas Instâncias Auxiliares

Art. 6o São instâncias auxiliares da CNRM:

I - a Câmara Técnica; e

II - as Comissões Estaduais de Residência Médica - CEREM,unidades descentralizadas da CNRM nos Estados e no Distrito Federal.

CAPÍTULO IIIDAS COMPETÊNCIAS

Seção IDa Comissão Nacional de Residência Médica

Art. 7o Compete à CNRM:

I - credenciar e recredenciar instituições para a oferta deprogramas de residência médica;

II - autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento deprogramas de residência médica;

III - estabelecer as condições de funcionamento das ins-tituições e dos programas de residência médica; e

IV - promover a participação da sociedade no aprimoramentoda residência médica no País.

Art. 8o Compete à Plenária:

I - assessorar o Secretário de Educação Superior nos assuntosafetos à residência médica;

II - deliberar, com base em processo instruído pela CâmaraTécnica, sobre pedidos de credenciamento e recredenciamento deinstituições e pedidos de autorização, reconhecimento e renovação dereconhecimento de programas de residências médica;

Primeira Parte

Av i s o

Esta edição é composta de um totalde 808 páginas, dividida em 2 partes.

Page 2: decreto_7562_2011

Nº 242, segunda-feira, 19 de dezembro de 20112 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011121900002

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

1

III - celebrar os protocolos de compromisso a que se refere oart. 25;

IV - elaborar os instrumentos de avaliação educacional paracredenciamento e recredenciamento de instituições e autorização, re-conhecimento e renovação de reconhecimento de programas;

V - exercer a supervisão de instituições e programas com acolaboração das CEREMs;

VI - gerir o Banco Público de Avaliadores da ResidênciaMédica a que se refere o art. 37, e capacitar seus integrantes;

VII - organizar as avaliações educacionais in loco de ins-tituições e programas de residência médica com apoio das CEREMs;

VIII - organizar e manter atualizados os dados das insti-tuições e dos programas em sistema de informação a ser mantido pelaCNRM com apoio das CEREMs;

IX - receber pedidos de credenciamento e recredenciamento deinstituições e autorização, reconhecimento e renovação de reconheci-mento de programas e encaminhá-los para avaliação educacional;

X - instituir grupos de trabalho para a realização de estudose pesquisas em tema específico de interesse da CNRM;

XI - aplicar as medidas administrativas previstas no art. 28; e

XII - decidir sobre o descredenciamento de instituições.

Art. 9o Compete à Câmara Recursal decidir os recursos apre-sentados nos processos originariamente examinados pela Plenária e,após decisão, encaminhá-los ao Conselheiro Presidente da CNRMpara homologação.

Seção IIDo Presidente

Art. 10. Compete ao Conselheiro Presidente:

I - emitir os atos administrativos para efetivação das de-liberações da Plenária;

II - proferir o voto de qualidade em casos de empate nasdeliberações da Plenária;

III - homologar as decisões da Câmara Recursal quanto aosrecursos apresentados nos processos de credenciamento e recreden-ciamento de instituições e dos processos de autorização, reconhe-cimento e renovação de reconhecimento de programas;

IV - homologar as decisões da Câmara Recursal quanto aosrecursos apresentados nos processos de supervisão; e

V - representar institucionalmente a CNRM.

Seção IIIDo Secretário-Executivo

Art. 11. Compete ao Conselheiro Secretário-Executivo:

I - assessorar o Conselheiro Presidente;

II - coordenar estudos e pesquisas de interesse da CNRM;

III - coordenar e promover a integração das atividades da CNRM; e

IV - representar institucionalmente a CNRM, na ausência doConselheiro Presidente.

Seção IVDas Instâncias Auxiliares

Art. 12. Compete à Câmara Técnica:

I - instruir os processos referentes aos atos autorizativos deinstituições e programas;

II - instruir os processos referentes à supervisão de ins-tituições e programas, quando solicitado pela CNRM; e

III - instruir os processos referentes aos demais assuntos depauta da CNRM, quando solicitado.

Art. 13. Compete às CEREM:

I - contribuir com as coordenações de residência médica,estabelecidas no âmbito das instituições que ofertam residência mé-dica, denominadas COREME, com os médicos residentes, os pro-fessores, os preceptores e o pessoal técnico-administrativo no es-clarecimento e na difusão da regulamentação da residência médica;

II - receber dos médicos residentes, dos professores, dos pre-ceptores e do pessoal técnico-administrativo, por meio dos respectivosórgãos representativos, demandas e propostas para o aperfeiçoamentoda residência médica no País e encaminhá-las à Plenária;

III - acompanhar o funcionamento das instituições e dos pro-gramas quanto ao cumprimento das normas e decisões da CNRM;

IV - designar observador para acompanhar visita de ava-liação educacional in loco, quando entender pertinente;

V - colaborar com a Plenária no exercício da função desupervisão de instituições e programas;

VI - receber as comunicações sobre indícios de irregula-ridades apontadas no funcionamento de instituições e programas, en-caminhando-as para apreciação da Plenária;

VII - indicar à Plenária avaliadores com conhecimento na áreade residência médica para integrar o banco público de avaliadores;

VIII - apoiar a Plenária na organização das avaliações edu-cacionais in loco de instituições que ofertam ou que pretendam ofer-tar programas de residência médica, para fins de obtenção de atoautorizativo ou processo de supervisão; e

IX - auxiliar a Plenária na organização e atualização dosdados das instituições e dos programas em sistema de informação aser mantido pela CNRM.

CAPÍTULO IVDA REGULAÇÃO

Art. 14. A função de regulação será exercida por meio daexpedição de atos autorizativos para o funcionamento de instituiçõese de programas de residência médica.

Seção IDos Atos Autorizativos

Art. 15. O funcionamento de instituições e a oferta de pro-gramas de residências médica dependem de atos autorizativos daCNRM, nos termos deste Decreto.

§ 1o São modalidades de atos autorizativos:

I - quanto ao funcionamento de instituições para oferta deresidência médica:

a) de credenciamento de instituições; e

b) de recredenciamento de instituições; e

II - quanto ao funcionamento de programas de residência médica:

a) de autorização de programas;

b) de reconhecimento de programas; e

c) de renovação de reconhecimento de programas.

§ 2o Os atos autorizativos fixam os limites da atuação dasinstituições públicas e privadas em matéria de residência médica, edevem indicar, no mínimo:

I - quanto ao funcionamento de instituições para oferta deresidência médica:

a) nome da instituição responsável pela elaboração e pelodesenvolvimento dos projetos pedagógicos dos programas de resi-dência médica que serão oferecidos;

b) endereço de funcionamento da COREME da instituição,com a indicação do Município e do Estado; e

c) prazo de validade do ato; e

II - quanto ao funcionamento de programas de residência médica:

a) identificação do programa de residência médica a ser oferecido;

b) número de vagas anuais autorizadas; e

c) prazo de validade do ato.

§ 3o Os atos autorizativos terão prazos limitados, sendo re-novados, periodicamente, após processo regular de avaliação.

§ 4o A instituição interessada deverá solicitar modificação doato autorizativo, conforme disposto no § 2o do art. 18, no caso depromover qualquer alteração nas condições de oferta de residência.

§ 5o Havendo divergência entre o ato autorizativo e qualquerdocumento de instrução do processo, prevalecerá o ato autorizativo.

§ 6o Os atos de credenciamento e recredenciamento de ins-tituições, e de autorização, reconhecimento e renovação de reco-nhecimento de programas de residência médica serão publicados noDiário Oficial da União.

Art. 16. O funcionamento de instituições ou a oferta de pro-gramas sem o devido ato autorizativo configura irregularidade admi-nistrativa, sem prejuízo dos efeitos da legislação civil e penal vigente.

§ 1o Fica vedada a admissão de novos residentes pelas ins-tituições na inexistência de quaisquer dos atos autorizativos, semprejuízo da aplicação das medidas cabíveis.

§ 2o As instituições que oferecerem programas antes da de-vida autorização terão sobrestados os pedidos protocolizados perantea CNRM, devendo esta irregularidade ser considerada na análise finaldo ato autorizativo.

§ 3o A Plenária determinará, motivadamente, como medidacautelar, a suspensão preventiva da admissão de novos médicos re-sidentes em programas ou instituições irregulares, visando evitar pre-juízo a novos residentes.

§ 4o Na hipótese do § 3o, caberá recurso administrativo àCâmara Recursal, no prazo de trinta dias.

Art. 17. A validade dos atos autorizativos obedecerá às se-guintes regras:

I - o credenciamento de instituições terá prazo igual a seis anos;

II - o recredenciamento de instituições terá validade definidapelo ciclo avaliativo da instituição, nos termos do art. 39;

III - a autorização de programas terá prazo igual ao períodode duração do respectivo programa;

IV - o reconhecimento de programas será válido até o anoque antecede o ingresso da instituição em seu ciclo avaliativo, nostermos do art. 39; e

V - a renovação de reconhecimento de programas terá validadedefinida pelo ciclo avaliativo da instituição, nos termos do art. 39.

Parágrafo único. Os prazos contam-se da publicação do atoautorizativo.

Seção IIDos Procedimentos

Art. 18. Os pedidos de credenciamento, recredenciamento, au-torização, reconhecimento e renovação a que se refere o art. 15 serãorealizados em sistema de informação a ser mantido pela CNRM.

§ 1o A documentação necessária para a instrução do processode credenciamento de instituições para oferta de programas de re-sidência médica corresponde a:

Page 3: decreto_7562_2011

Nº 242, segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 3ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011121900003

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

1

I - atos constitutivos da instituição, devidamente registradosno órgão competente;

II - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pes-soas Jurídicas - CNPJ;

III - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional dosEstabelecimentos de Saúde - CNES, quando houver;

IV - ato de constituição da COREME da instituição;

V - regimento e regulamento da COREME;

VI - ato de nomeação vigente do coordenador da COREME;

VII - documento comprobatório da capacidade de pagamentode bolsas de residência médica;

VIII - descrição do corpo docente devidamente constituído pa-ra o desenvolvimento dos programas propostos, destacando a experiên-cia acadêmica, administrativa e profissional de cada um dos docentes naespecialidade oferecida, em especial a do coordenador da COREME,dos supervisores por programa e dos preceptores por área; e

IX - pedido de autorização de funcionamento de pelo menosum programa de residência médica.

§ 2o O processo de recredenciamento de instituição deve serinstruído com a documentação prevista nos incisos VI a VIII do § 1o

e, no caso de modificação dos documentos encaminhados no pedidoprecedente, também deverá ser apresentada a documentação previstanos demais incisos do § 1o.

§ 3o O ato de certificação da instituição de saúde comohospital de ensino, nos termos da regulamentação editada pelos Mi-nistérios da Saúde e da Educação, dispensa a apresentação da do-cumentação a que se refere o § 2o, para a instrução dos processos derecredenciamento de instituições que ofertam residência médica.

§ 4o A documentação necessária para a instrução do processode autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento deprograma corresponde a:

I - projeto pedagógico do programa, informando número deresidentes, objetivos gerais e específicos, conteúdo programático edemais elementos acadêmicos pertinentes, inclusive metodologia deavaliação;

II - descrição das condições estruturais da instituição para aoferta do programa de residência, em consonância com as Resoluçõesda CNRM vigentes para a regulamentação de oferta de programa naespecialidade pretendida;

III - relação de docentes e preceptores, que informe titulação,carga horária e regime de trabalho, acompanhada de termo de com-promisso firmado com a instituição; e

IV - no caso de oferta de programas por meio de parceriaentre duas ou mais instituições, deverá ser apresentado:

a) instrumento da parceria formalizado entre as referidasentidades com a finalidade de viabilizar a oferta dos programas; e

b) comprovante de inscrição no CNES das entidades par-ceiras, quando houver.

Art. 19. O pedido para recredenciamento de instituições e ospedidos para reconhecimento ou para renovação de reconhecimento deprogramas deverão ser realizados durante o último ano de validade doato autorizativo vigente, na forma de resolução específica da CNRM.

§ 1o Os programas cujos pedidos de reconhecimento tenhamsido protocolados dentro do prazo e não tenham sido decididos até adata de conclusão dos residentes, consideram-se reconhecidos ex-clusivamente para fins de expedição e registro do certificado dosresidentes em curso.

§ 2o O atraso no pedido de recredenciamento de instituiçõesou no pedido de renovação de reconhecimento de programa carac-teriza irregularidade administrativa, nos termos do art. 16, sendovedada a admissão de novos estudantes até o saneamento da ir-regularidade.

Art. 20. O exame dos pedidos de ato autorizativo obedeceráao seguinte fluxo:

I - a instituição solicitará a expedição do ato autorizativonecessário, devendo instruir seu pedido de acordo com o art. 18;

II - a CNRM receberá e analisará o pedido e os documentosprotocolados;

III - após análise documental, a CNRM organizará avaliaçãoeducacional in loco da instituição;

IV - recebido o relatório de avaliação educacional da insti-tuição, a Câmara Técnica instruirá o processo do pedido de ato au-torizativo e se manifestará sobre os documentos que nele constarem; e

V - a Plenária deliberará sobre o ato autorizativo.

§ 1o As instituições certificadas como hospital de ensino, nostermos da regulamentação editada pelos Ministérios da Saúde e daEducação, serão dispensadas da avaliação educacional in loco aosolicitarem recredenciamento.

§ 2o A Câmara Técnica instruirá o processo do pedido derecredenciamento da instituição e manifestar-se-á sobre os documen-tos que nele constarem na hipótese prevista no § 1o.

Art. 21. Caberá recurso à Câmara Recursal no prazo de trintadias das decisões da Plenária.

CAPÍTULO VDA SUPERVISÃO

Art. 22. A supervisão das instituições e dos programas serárealizada pela CNRM, com o auxílio da CEREM competente, a fimde zelar pela conformidade da oferta de residência médica com alegislação aplicável.

Parágrafo único. A CNRM poderá, no exercício de sua ati-vidade de supervisão determinar a apresentação de documentos com-plementares ou a realização de avaliação educacional in loco.

Art. 23. Os médicos residentes, professores, preceptores, opessoal técnico-administrativo, e os seus órgãos representativos po-derão apontar, a qualquer momento, à CNRM ou à respectiva CE-REM, indícios de irregularidade no funcionamento de instituição ouprograma.

§ 1o Os indícios de irregularidade deverão ser apresentadosde modo circunstanciado e conter a qualificação do representante, adescrição clara e precisa dos fatos a serem apurados e os demaiselementos relevantes para o esclarecimento do seu objeto.

§ 2o As alegações de irregularidade serão autuadas sob aforma de processo administrativo e encaminhadas à Plenária paraapreciação.

Art. 24. A CNRM ou a respectiva CEREM dará ciência àinstituição das alegações apresentadas nos termos do art. 23 quepoderá, em dez dias, apresentar defesa prévia ou minuta de protocolode compromisso, a que se refere o art. 25, para saneamento deeventuais deficiências.

§ 1o Após manifestação da instituição ou encerramento doprazo previsto no caput, a Plenária decidirá sobre a admissibilidadedas alegações.

§ 2o Admitidas as alegações, a Plenária poderá:

I - conceder o prazo solicitado pela instituição para cum-primento do protocolo de compromisso, podendo realizar alteraçõesna proposta original da instituição;

II - propor um protocolo de compromisso à instituição; ou

III - instaurar processo de averiguação dos indícios de ir-regularidade.

§ 3o A Plenária arquivará o processo administrativo no casode não serem admitidas as alegações apresentadas.

§ 4o O processo de averiguação dos indícios de irregula-ridade poderá ser instaurado de ofício quando a Plenária tiver ciênciade fatos que lhe caiba sanar.

Art. 25. O protocolo de compromisso firmado entre a ins-tituição e a Plenária deverá conter:

I - o diagnóstico das condições da instituição;

II - os encaminhamentos, processos e ações a serem adotadospela instituição com vistas à superação das dificuldades detectadas; e

III - a indicação de prazos e metas para o cumprimento deações, expressamente definidas, e a caracterização das respectivasresponsabilidades dos dirigentes.

§ 1o O protocolo a que se refere o caput será público e estarádisponível a todos os interessados.

§ 2o A celebração de protocolo de compromisso suspende osprocedimentos de expedição de atos autorizativos até a realização daavaliação educacional in loco, que ateste o cumprimento das exi-gências contidas no protocolo.

§ 3o Na vigência de protocolo de compromisso poderá seraplicada a medida de suspensão prevista no § 3o do art. 16, mo-tivadamente, desde que, no caso específico, a medida de cautela serevele necessária para evitar prejuízo aos residentes.

§ 4o O prazo do protocolo de compromisso variará de acordocom as deficiências a serem saneadas e as condições da instituição,limitado a cento e oitenta dias, podendo ser prorrogado até totalizar olimite máximo de trezentos e sessenta dias.

Art. 26. Esgotado o prazo do protocolo de compromisso, aPlenária apreciará os elementos do processo administrativo e decidirásobre o seu cumprimento.

§ 1o Para a instrução do processo, a Plenária poderá de-terminar a realização de avaliação educacional in loco, com vista acomprovar o efetivo saneamento das deficiências previsto pelo pro-tocolo de compromisso.

§ 2o Constatado o descumprimento do protocolo de com-promisso pela instituição, no todo ou em parte, a Plenária determinaráa instauração de processo de averiguação dos indícios de irregu-laridade para a adoção de medidas administrativas cabíveis.

§ 3o Não será admitida a celebração de novo protocolo decompromisso no curso do processo a que se refere o § 2o.

§ 4o Constatado o cumprimento do protocolo de compro-misso pela instituição, a Plenária determinará o arquivamento doprocesso administrativo.

Art. 27. Instaurado o processo de averiguação dos indícios deirregularidade, a instituição será notificada para apresentar defesa noprazo de quinze dias.

Parágrafo único. A notificação de instauração de processo aque se refere o caput deverá conter:

I - identificação da instituição;

II - resumo dos fatos objeto das apurações, e, quando for ocaso, das razões das alegações;

III - informação sobre o protocolo de compromisso firmadoe as condições de seu descumprimento ou cumprimento insuficiente,quando for o caso;

IV - outras informações pertinentes; e

V - a indicação do conselheiro da Plenária da CRNM es-pecialmente designado para a sua relatoria.

Art. 28. Recebida a defesa ou transcorrido o prazo a que serefere o art. 27, a Plenária apreciará o conjunto dos elementos doprocesso e proferirá decisão, devidamente motivada, pelo seu ar-quivamento ou pela aplicação de uma das seguintes medidas ad-ministrativas:

I - desativação do programa; ou

II - descredenciamento da instituição.

Art. 29. A decisão de desativação do programa implicará acessação imediata de seu funcionamento, vedada a admissão de novosresidentes.

§ 1o Na hipótese de desativação de todos os programas de umainstituição, ocorrerá, concomitantemente, o seu descredenciamento.

§ 2o No caso de desativação de parte dos programas deinstituição certificada como hospital de ensino, a comissão inter-ministerial responsável pela certificação de hospitais de ensino deveráser informada.

Art. 30. A decisão de descredenciamento da instituição im-plicará a cessação imediata do seu funcionamento para fins de ofertade residência médica, vedada a admissão de novos residentes.

Parágrafo único. Na hipótese de descredenciamento de ins-tituição, haverá a desativação de todos os seus programas.

Art. 31. Quando da desativação de programa, é de respon-sabilidade da Plenária promover a transferência de residentes, deacordo com regulamentação específica da matéria.

Art. 32. No caso de aplicação das medidas administrativasdescritas no art. 28, não poderão ser apresentados pedidos de cre-denciamento e autorização por um prazo de dois anos a contar dadecisão final.

CAPÍTULO VIDA AVALIAÇÃO

Art. 33. A avaliação educacional constituirá referencial bá-sico para os processos de regulação e supervisão da residência mé-dica, a fim de promover a melhoria de sua qualidade.

Parágrafo único. As instituições que ofertam residência mé-dica, ou que pretendam ofertar essa modalidade de ensino, e osrespectivos programas ou propostas de programas serão objeto daavaliação referida no caput.

Art. 34. A avaliação educacional das instituições e dos pro-gramas terá por objetivo identificar e qualificar as condições para aoferta de residência médica.

§ 1o Serão estabelecidas em resolução específica da CNRM asdimensões da avaliação educacional que deverão contemplar, no mínimo:

Page 4: decreto_7562_2011

Nº 242, segunda-feira, 19 de dezembro de 20114 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011121900004

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

1

I - condições de infraestrutura institucional para o desen-volvimento do programa;

II - qualificação do projeto pedagógico do programa; e

III - qualificação de preceptores, supervisores e do coor-denador do médico residente.

§ 2o Para cada dimensão de avaliação estabelecida e ao seuconjunto, será atribuído conceito que indique a qualidade de ins-tituições e programas.

§ 3o A metodologia de aferição da qualidade das instituiçõese programas será definida em resolução específica da CNRM.

Art. 35. Para o cumprimento do disposto no caput do art. 34,serão realizadas as seguintes modalidades de avaliação:

I - autoavaliação das instituições;

II - avaliação educacional in loco das instituições; e

III - avaliação educacional in loco dos programas de residência.

Art. 36. No caso de autoavaliação das instituições, os res-ponsáveis pela prestação de informações falsas ou pelo preenchi-mento de formulários e relatórios de avaliação que impliquem omis-são ou distorção de dados responderão por essas condutas na formada legislação vigente.

Art. 37. Fica instituído o Banco Público de Avaliadores da Re-sidência Médica, que consiste em um quadro de especialistas no tema.

Parágrafo único. Os integrantes do Banco Público deverãoser médicos registrados nos respectivos Conselhos Regionais de Me-dicina - CRMs com experiência comprovada em ensino médico e nacoordenação e supervisão de programas.

Art. 38. A realização da avaliação educacional in loco dasinstituições e dos programas será organizada pela CNRM, com oapoio das CEREM, e executada por equipe própria ou por cola-boradores eventuais, provenientes do Banco Público de Avaliadores aque se refere o art. 37.

§ 1o A avaliação educacional poderá ser operacionalizada em con-junto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.

§ 2o Poderão participar como observadores da avaliação edu-cacional in loco, representantes indicados pelos médicos residentes,pelo respectivo CRM, pelo Sindicato dos Médicos, pelas SecretariasMunicipais e Estaduais de Saúde, por instituição de caráter nacionalrepresentativa da educação médica e pelas respectivas sociedades deespecialistas referentes aos programas de residência médica avaliados.

Art. 39. A avaliação educacional periódica em instituições eprogramas será realizada sob forma de ciclo avaliativo a cada três anos.

§ 1o O ciclo avaliativo será iniciado com o pedido de re-credenciamento da instituição e renovação de reconhecimento do pro-grama.

§ 2o O ciclo avaliativo poderá ser realizado a cada seis anos,desde que atenda às condições a serem definidas em resolução es-pecífica da CNRM.

Art. 40. Os resultados de avaliação educacional insatisfa-tórios ensejarão, após exame da Plenária, a celebração de protocolode compromisso ou a instauração de processo administrativo.

CAPÍTULO VIIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 41. O Regimento Interno da CNRM será elaborado pelaPlenária e aprovado por ato do Ministro de Estado da Educação.

Art. 42. Os programas de residência médica vinculados aprogramas de mestrado profissional serão avaliados e certificadospela CNRM na forma deste Decreto e pela Fundação Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, no que dizrespeito à organização como programas de pós-graduação strictosensu, nos termos da legislação vigente.

Art. 43. Compete à COREME das instituições emitir os cer-tificados de conclusão de programa dos médicos residentes, tendo porbase o registro em sistema de informação a ser mantido pela CNRM.

§ 1o O reconhecimento do programa juntamente com o re-gistro do certificado de conclusão de curso é condição necessária paraa validade nacional do certificado previsto no caput.

§ 2o O reconhecimento e a renovação do reconhecimento deprograma em uma instituição credenciada não se estendem a outrasunidades da mesma instituição, para registro de certificado ou qual-quer outro fim.

Art. 44. Na primeira composição da CNRM, os conselheirosreferidos nos incisos IV a VII do caput do art. 4o serão designadospara cumprir mandato de três anos, visando implementar sistema demandatos não coincidentes.

Art. 45. Na primeira composição da Câmara Recursal daCNRM, o representante das entidades médicas que integram a CNRMserá designado para cumprir mandato de três anos, visando imple-mentar sistema de mandatos não coincidentes.

Art. 46. As instituições que possuem programas com atosautorizativos vigentes, no momento da publicação deste Decreto, con-sideram-se credenciadas.

Parágrafo único. O pedido de recredenciamento das insti-tuições referidas no caput deverá ocorrer até 2014, conforme cro-nograma a ser definido em resolução específica da CNRM.

Art. 47. Os programas que possuem os seus atos autori-zativos vigentes no momento da publicação deste Decreto consi-deram-se autorizados ou reconhecidos, conforme o caso, da seguinteforma:

I - os programas com credenciamento provisório válido con-sideram-se autorizados, devendo solicitar reconhecimento, na formadeste Decreto, durante o último ano de validade do ato autorizativovigente; e

II - os programas com credenciamento válido consideram-sereconhecidos, devendo solicitar renovação de reconhecimento, na for-ma deste Decreto, durante o ano que antecede o ingresso da ins-tituição em seu ciclo avaliativo, a ser realizado até 2014, conformecronograma a ser definido em resolução específica da CNRM.

Art. 48. A participação na CNRM e nas demais instânciascolegiadas previstas neste Decreto é considerada serviço público re-levante, não remunerada.

Art. 49. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria deEducação Superior do Ministério da Educação, prestará o suportetécnico-administrativo necessário ao funcionamento da CNRM.

Art. 50. Ficam revogados:

I - os arts. 2o, 3o, 4o e 5o do Decreto no 80.281, de 5 desetembro de 1977; e

II - o Decreto no 91.364, de 21 de junho de 1985.

Art. 51. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de setembro de 2011; 190º da Independência e123º da República.

DILMA ROUSSEFFFernando Haddad

(*) Republicado por ter saído com incorreção no DOU nº 179, de16/9/2011, Seção 1, pág. 3.

DECRETO No 7.644, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011

Regulamenta o Programa de Fomento àsAtividades Produtivas Rurais, instituído pe-la Lei no 12.512, de 14 de outubro de2 0 11 .

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição,e tendo em vista o disposto na Lei no 12.512, de 14 de outubro de2 0 11 ,

D E C R E T A :

Art. 1o O Programa de Fomento às Atividades ProdutivasRurais, instituído pelo art. 9o da Lei no 12.512, de 14 de outubro de2011, será regido por este Decreto e pelas disposições complemen-tares estabelecidas por seu Comitê Gestor e pelos Ministérios en-volvidos em sua execução, no âmbito de suas competências.

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2o Cabe aos Ministérios do Desenvolvimento Social eCombate à Fome e do Desenvolvimento Agrário, em conjunto, exe-cutar o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, pormeio da transferência direta de recursos financeiros não reembol-sáveis e da disponibilização de serviços de assistência técnica.

Seção IDos Objetivos

Art. 3o O Programa de Fomento às Atividades ProdutivasRurais tem os seguintes objetivos específicos:

I - estruturar atividades produtivas dos beneficiários comvistas à inclusão produtiva e promoção da segurança alimentar enutricional;

II - contribuir para o incremento da renda dos beneficiários, apartir da geração de excedentes nas atividades produtivas apoiadas;

III - estimular atividades produtivas sustentáveis e agroecológicas;

IV - promover ações complementares e articuladas com ór-gãos e entidades para o fortalecimento da autonomia dos benefi-ciários, especialmente o acompanhamento técnico e social, o acessoaos mercados e a disponibilização de infraestrutura hídrica voltada àprodução; e

V - estimular o dinamismo dos territórios rurais, por meio deorientação às famílias beneficiárias acerca das oportunidades eco-nômicas presentes nas cadeias produtivas regionais.

Seção IIDas Famílias Beneficiárias

Art. 4o Poderão ser beneficiários do Programa de Fomento àsAtividades Produtivas Rurais:

I - agricultores familiares, e demais beneficiários que seenquadrem nas disposições do art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julhode 2006; e

II - outros grupos populacionais definidos como prioritáriospor ato do Poder Executivo.

Art. 5o Para a participação no Programa de Fomento àsAtividades Produtivas Rurais, a família interessada deverá atender,cumulativamente, às seguintes condições:

I - encontrar-se em situação de extrema pobreza; e

II - estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociaisdo Governo Federal - CadÚnico, previsto no Decreto no 6.135, de 26de junho de 2007.

Parágrafo único. Considera-se em situação de extrema po-breza, para efeito de caracterização como beneficiário do Programade Fomento às Atividades Produtivas Rurais, a família com renda percapita mensal de até R$ 70,00 (setenta reais), nos termos do pa-rágrafo único do art. 2o do Decreto no 7.492, de 2 de junho de 2011,que institui o Plano Brasil Sem Miséria.

CAPÍTULO IIDO COMITÊ GESTOR

Art. 6o Fica instituído o Comitê Gestor do Programa de Fo-mento às Atividades Produtivas Rurais, que terá caráter deliberativo.

§ 1o O Comitê Gestor de que trata o caput será compostopor um representante de cada um dos seguintes órgãos, com res-pectivo suplente:

I - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

II - Ministério do Desenvolvimento Agrário;

III - Ministério da Fazenda;

IV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e

V - Casa Civil da Presidência da República.

§ 2o Poderão participar das reuniões do Comitê Gestor, nacondição de convidados, representantes dos seguintes órgãos:

I - Ministério da Pesca e Aquicultura;

II - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

III - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;

IV - Ministério da Justiça, por meio da Fundação Nacionaldo Índio - FUNAI; e

V - outros órgãos e entidades que o Comitê Gestor julgar necessário.

§ 3o O Comitê Gestor será coordenado alternadamente, emperíodos anuais, pelos Ministérios do Desenvolvimento Social eCombate à Fome e do Desenvolvimento Agrário.

§ 4o A Secretaria-Executiva do Comitê Gestor será exercidapelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Art. 7o O Comitê Gestor será reunido bimestralmente em caráterordinário, e em caráter extraordinário, conforme norma regimental.

CAPÍTULO IIIDAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

Art. 8o Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social eCombate à Fome:

I - garantir os recursos financeiros para as transferências àsfamílias beneficiárias do Programa de Fomento às Atividades Pro-dutivas Rurais;

II - gerar e disponibilizar folha de pagamento contendo re-lação de famílias beneficiárias para o agente operador;

III - supervisionar, em conjunto com o Ministério do De-senvolvimento Agrário, a execução do Programa de Fomento às Ati-vidades Produtivas Rurais;

IV - disponibilizar informações acerca do Programa ao pú-