direito previdenciário (prof. ali jaha) p/ inss - técnico...

225
Aula 07 Direito Previdenciário (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Técnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Ali Mohamad Jaha Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

Upload: doankhanh

Post on 07-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Aula 07

    Direito Previdencirio (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Tcnico de Seguro Social - Comvideoaulas - 2016

    Professor: Ali Mohamad Jaha

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 1 de 224

    AULA 07 Tema: Espcies de Benefcios e Prestaes. Assuntos Abordados: 9. Plano de Benefcios da Previdncia Social: Beneficirios, Espcies de Prestaes, Benefcios, Disposies Gerais e Especficas. 11. Lei n. 8.212/1991. 12. Lei n. 8.213/1991. 13. Decreto n. 3.048/1999. Sumrio Pgina Saudaes Iniciais. 1 - 2 01. Disposies Gerais sobre Benefcios e Prestaes. 2 - 5 02. Disposies Especficas sobre Benefcios e Prestaes. 5 - 5 02.01. Aposentadoria por Invalidez. 5 - 10 02.02. Aposentadoria por Idade. 10 - 12 02.02.01. Aposentadoria por Idade do Segurado com Deficincia.

    12 - 14

    02.03. Aposentadoria por Tempo de Contribuio. 15 - 25 02.03.01. Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado com Deficincia. 25 - 31

    02.04. Aposentadoria Especial. 31 - 40 02.05. Auxlio Doena. 40 - 46 02.06. Salrio Famlia. 46 - 50 02.07. Salrio Maternidade. 50 - 59 02.08. Auxlio Acidente. 59 - 61 02.09. Penso por Morte. 61 - 67 02.10. Auxlio Recluso. 67 - 71 02.11. Servio Social. 71 - 72 02.12. Habilitao e Reabilitao Profissional. 73 - 75 02.13. Benefcios de Legislao Especial. 76 - 94 02.14. Desaposentao. 94 - 95 03. Abono Anual. 95 - 96 04. Contagem Recproca de Tempo de Contribuio. 96 - 105 05. Resumex da Aula. 105 - 113 06. Questes Comentadas. 114 - 199 07. Questes Sem Comentrios. 200 - 223 08. Gabarito das Questes. 224 - 224 Saudaes Iniciais.

    Ol Concurseiro! Tudo bem com voc?

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 2 de 224

    Vamos continuar o nosso curso de Direito Previdencirio p/ INSS 4. Turma 2015/2015?

    No vamos perder tempo! Bons estudos! =)

    01. Disposies Gerais sobre Benefcios e Prestaes.

    Para iniciarmos a aula de hoje, nada melhor do que listarmos os benefcios e servios previdencirios existentes atualmente.

    O Regime Geral da Previdncia Social (RGPS) compreende os

    seguintes benefcios e servios, devidos inclusive em razo de eventos decorrentes de acidente do trabalho:

    1. Quanto aos segurados, os seguintes benefcios:

    1.1. Aposentadoria por Invalidez. 1.2. Aposentadoria por Idade. 1.3. Aposentadoria por Tempo de Contribuio. 1.4. Aposentadoria Especial. 1.5. Auxlio Doena. 1.6. Salrio Famlia. 1.7. Salrio Maternidade. 1.8. Auxlio Acidente.

    2. Quanto aos dependentes, os seguintes benefcios:

    2.1. Penso por Morte. 2.2. Auxlio Recluso.

    3. Quanto aos segurados e aos dependentes, os seguintes servios:

    3.1. Servio Social. 3.2. Habilitao e Reabilitao Profissional.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 3 de 224

    O primeiro ponto a ser comentado quanto ao Servio Social, pois o

    mesmo est expresso na Lei n. 8.213/1991 (Plano de Benefcios da Previdncia Social PBPS).

    Por sua vez, o Decreto n. 3.048/1999 (Regulamento da Previdncia

    Social) diz caber aos segurados e dependentes apenas o servio de habilitao e reabilitao profissional. Consideraremos como correto os dizeres da lei, pois o decreto mero regulamentador da lei, ou seja, no pode extrapolar o contedo da lei, muito menos restringi-la.

    Neste ponto da aula devo ressaltar que at o ano de 1994 existia o

    Abono de Permanncia em Servio para o segurado que cumpria todos os requisitos para se aposentar por tempo de servio (atualmente por tempo de contribuio) e continuasse na ativa.

    Na situao supracitada, o segurado recebia mensalmente um Abono

    de Permanncia de 25% do valor da aposentadoria que ele teria direito, desde que contasse com 35 anos de servio, se homem, ou com 30 anos de servio, se mulher. Bons tempos... =)

    So muitos benefcios (10) e poucos servios (2), e faz-se necessrio,

    conhecermos o nome de cada um deles e suas pormenorizaes, assunto esse que ser tratado em tpicos adiante. Mas por enquanto, interessante voc saber o nome de todos os benefcios do RGPS.

    Aposentadoria Especial.

    4 Aposentadoria por Idade. Aposentadoria por Invalidez. Aposentadoria por Tempo de Contribuio. Auxlio Acidente.

    3 Auxlio Doena. Auxlio Recluso. Salrio Famlia.

    2 Salrio Maternidade. Penso por Morte. 1

    Em suma, temos 4 aposentadorias, 3 auxlios, 2 salrios e 1 penso.

    Os servios so fceis de lembrar: Servio Social e Habilitao e Reabilitao Profissional. Bem intuitivos. =)

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 4 de 224

    Antes de finalizar esse tpico introdutrio, considero importante

    ressaltar algumas nuances quanto aos aposentados:

    O aposentado por idade ou por tempo de contribuio que retornar atividade, ou nela permanecer, continuar a receber normalmente a sua aposentadoria com valor integral;

    O segurado em gozo de aposentadoria por tempo de contribuio,

    por idade ou especial, que voltar a exercer atividade laborativa abrangida pelo RGPS no tem direito ao recebimento de todos os benefcios previdencirios. Nesta situao, o empregado ou o trabalhador avulso tero direito somente ao Salrio Famlia e Reabilitao profissional, e;

    O indivduo aposentado, em qualquer modalidade, que voltar

    atividade ter o direito de usufruir o Salrio Maternidade.

    As disposies supracitadas encontram embasamento nos seguintes dispositivos do Regulamento da Previdncia Social:

    Art. 103. A segurada aposentada que retornar atividade far jus ao pagamento do Salrio Maternidade.

    Art. 168. Salvo nos casos de Aposentadoria por Invalidez ou especial, o retorno do aposentado atividade no prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que ser mantida no seu valor integral. Art. 173. O segurado em gozo de Aposentadoria por Tempo de Contribuio, Especial ou por Idade, que voltar a exercer atividade abrangida pelo Regime Geral de Previdncia Social, somente ter direito ao Salrio Famlia e reabilitao profissional, quando empregado (E) ou trabalhador avulso (A), observado o disposto no Art. 168.

    Por fim, guarde o seguinte quadro esquemtico:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 5 de 224

    O aposentado que voltar ativa tem direito a:

    Por TC: Por Idade: Especial: Invalidez

    Aposentadoria Aposentadoria - -

    Salrio Famlia (E/A)

    Salrio Famlia (E/A)

    Salrio Famlia (E/A)

    -

    Reabilitao (E/A) Reabilitao (E/A) Reabilitao (E/A) -

    Salrio Maternidade

    Salrio Maternidade

    Salrio Maternidade

    Salrio Maternidade

    02. Disposies Especficas sobre Benefcios e Prestaes.

    Nesse tpico composto de vrios subtpicos sero tratados de forma

    detalhada, todos os benefcios e prestaes previdencirias existentes (10 benefcios e 2 servios).

    Ser uma aula extensa, com muitos detalhes importantes para a sua

    prova. Preste muita ateno! Vamos nessa! =)

    02.01. Aposentadoria por Invalidez.

    Como traz a legislao previdenciria vigente:

    A Aposentadoria por Invalidez, uma vez cumprida a carncia exigida de 12 contribuies mensais, quando for o caso, ser devida ao segurado que, estando ou no em gozo de Auxlio Doena, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia, e ser-lhe- paga enquanto permanecer nessa condio.

    Esse benefcio por incapacidade ser devido quando realmente o

    segurado no apresentar condio alguma de permanecer no mercado de trabalho.

    A concesso desse tipo de aposentadoria depender da verificao da

    condio de incapacidade, mediante exame mdico-pericial a cargo da previdncia social.

    Em regra, a verificao clnica da incapacidade laboral realizada por

    um Perito Mdico Previdencirio, servidor pblico federal. No entanto, o segurado poder custear um mdico particular de sua confiana para acompanhar a percia. Essa percia se faz necessria para evitar fraudes por

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 6 de 224

    parte de alguns segurados que tentam se encostar no INSS a qualquer custo.

    Agora imagine que o segurado ao se filiar ao RGPS, j era portador

    de alguma doena ou leso. Nesse caso, em regra, ele no poder se aposentar por invalidez perante o RGPS, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.

    Como podemos observar, o estado clnico do segurado deve contar

    com uma piora considervel para que ele possa gozar de Aposentadoria por Invalidez.

    O benefcio Aposentadoria por Invalidez consiste numa renda mensal

    e ser devida a contar do dia imediato ao da cessao do Auxlio Doena, caso o segurado esteja em gozo desse benefcio.

    Entretanto, a concesso da aposentadoria se d aps a percia mdica

    inicial que constate a incapacidade total e definitiva para o trabalho. Nesse caso, a Aposentadoria por Invalidez ser devida:

    1. Ao segurado empregado (E):

    a) A contar do 16. dia do afastamento da atividade, se o requerimento for realizado em at 30 dias aps o afastamento, ou; b) A partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrer mais de 30 dias.

    2. Ao segurado empregado domstico (D), contribuinte individual (C), trabalhador avulso (A), especial (S) ou facultativo (F):

    a) A contar da data do incio da incapacidade, se o requerimento for realizado em at 30 dias aps o afastamento, ou; b) A contar da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrer mais de 30 dias.

    No caso do segurado empregado (E), durante os primeiros 15 dias

    de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar o seu salrio integral. Por essa razo, a Aposentadoria por Invalidez ser devida, em regra, a partir do 16. dia.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 7 de 224

    A concesso de Aposentadoria por Invalidez, inclusive mediante transformao de Auxlio Doena, est condicionada ao afastamento de todas as atividades. Em resumo, o segurado no dever mais realizar nenhuma atividade laboral, por mais leve que seja, mesmo que essa atividade consista em ficar sentado o dia todo vendendo coxinha de frango na porta do INSS. =D

    A Aposentadoria por Invalidez apresenta uma peculiaridade em

    relao s outras modalidades de aposentadoria. Caso o segurado necessitar de assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de 25% o valor de seu benefcio.

    Essa necessidade se d em situaes especficas previstas na

    legislao previdenciria, como por exemplo, a paralisia dos dois membros superiores ou inferiores, entre outras situaes mrbidas. Sobre esse acrscimo de 25%, importante ressaltar que:

    1. Ser devido, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite mximo legal (Teto do RGPS), e; 2. Ser recalculado quando o benefcio que lhe deu origem for reajustado.

    A Aposentadoria por Invalidez a nica aposentadoria que pode

    extrapolar o teto do RGPS. E cada vez que for reajustado o valor do benefcio, os 25% de acrscimo tambm sero reajustados. Observe o exemplo:

    Ano Aposent. Por

    Invalidez Acrscimo de

    25% Total: Teto RGPS:

    2012 R$ 3.700,00 R$ 925,00 R$ 4.625,00 > R$ 3.916,20 2013 R$ 3.900,00 R$ 975,00 R$ 4.875,00 > R$ 4.159,00 2014 R$ 4.100,00 R$ 1.025,00 R$ 5.125,00 > R$ 4.390,24 2015 R$ 4.500,00 R$ 1.125,00 R$ 5.625,00 > R$ 4.663,75

    Em suma, o acrscimo acompanha o reajuste do benefcio. =)

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 8 de 224

    Deve-se ressaltar que o acrscimo de 25% ser extinto com a morte do segurado aposentado, no sendo incorporado ao valor da Penso por Morte, afinal, quem necessitava de auxlio permanente era o segurado incapaz, no seus pensionistas.

    O segurado aposentado por invalidez est obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspenso do benefcio, a submeter-se a:

    1. Exame mdico a cargo da previdncia social, e/ou; 2. Processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado, e/ou; 3. Tratamento dispensado gratuitamente.

    Alm dessas 3 modalidades, o aposentado por invalidez poder,

    facultativamente se submeter a procedimento cirrgico e/ou transfuso de sangue.

    Tal faculdade se deve a fatores culturais, pois existem religies que

    no permitem que seus fiis consumam sangue ou mutilem os seus corpos. A princpio, para alguns, pode parecer um absurdo, mas a liberdade religiosa um direito individual presente no Art. 5. da CF/1988 que deve ser respeitado.

    Desde o advento da Lei n. 13.063/2014, o aposentado por invalidez e o pensionista invlido estaro isentos do exame supracitado aps completarem 60 anos de idade. Entretanto, essa iseno no se aplica quanto o exame tem as seguintes finalidades:

    1. Verificar a necessidade de assistncia permanente de outra pessoa para a concesso do acrscimo de 25% sobre o valor do benefcio; 2. Verificar a recuperao da capacidade de trabalho, mediante solicitao do aposentado ou pensionista que se julgar apto, e; 3. Subsidiar autoridade judiciria na concesso de curatela.

    Dando continuidade, o aposentado por incapacidade, alm das 3

    espcies obrigatrias e 2 facultativas de tratamento, est obrigado, sob pena de sustao do pagamento do benefcio, a submeter-se bienalmente (a cada 2 anos), a exames mdico-periciais.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 9 de 224

    A vida cheia de surpresas, boas e ruins. Levando em considerao esse pensamento, pode acontecer de o aposentado por invalidez ter uma bela surpresa em sua vida e recuperar a sua capacidade laboral. O retorno vida laboral pode acontecer de duas maneiras:

    1. Voluntariamente: o caso do aposentado por invalidez que retornar voluntariamente a sua atividade, tendo a aposentadoria automaticamente cessada a partir da data do retorno, ou; 2. Por percia mdica do INSS que confirme a recuperao da capacidade laborativa: j nesse caso, o aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar atividade dever solicitar a realizao de nova avaliao mdico-pericial. Caso essa percia conclua pela sua recuperao laboral, a aposentadoria ser cancelada, sendo observado o seguinte:

    2.1. Quando a recuperao for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do incio da Aposentadoria por Invalidez ou do Auxlio Doena que a antecedeu sem interrupo, o benefcio cessar:

    a) De imediato, para o segurado empregado (E) que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislao trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdncia Social, ou; b) Aps tantos meses quantos forem os anos de durao do Auxlio Doena e da Aposentadoria por Invalidez, para os demais segurados (C, A, D, S, F). Por exemplo, se a aposentadoria durou 3 anos, a cessao do benefcio ocorrer aps 3 meses.

    2.2. Quando a recuperao for parcial ou for total, mas ocorrer aps o perodo de 5 anos presente no item 2.1., ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria ser mantida, sem prejuzo da volta atividade:

    a) Pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperao da capacidade;

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 10 de 224

    b) Com reduo de 50%, no perodo seguinte de seis meses, e; c) Com reduo de 75%, tambm por igual perodo de seis meses, ao trmino do qual cessar definitivamente.

    Para facilitar, segue um esquema para os casos em que a recuperao

    da atividade laboral seja comprovada por percia mdica do INSS:

    Situao: Recuperao Total (at 5 anos):

    Extino da Aposentadoria: De imediato (E).

    Aps tantos meses (C, A, D, S, F).

    Situao: Recuperao Parcial:

    Recuperao Total (aps 5 anos):

    Apto para Servio Diferente:

    Aposentadoria ser mantida:

    Com 100% do valor, de 0 a 6 meses.

    Com 50% do valor, de 6 a 12 meses.

    Com 25% do valor, de 12 a 18 meses.

    Extino da Aposentadoria: A partir do 19. ms.

    Por fim, o segurado que retornar atividade poder requerer a

    qualquer tempo, novo benefcio, seguindo esse o trmite normal. 02.02. Aposentadoria por Idade.

    Conforme dispe a legislao previdenciria, tem-se que:

    A Aposentadoria por Idade, uma vez cumprida a carncia de 180 contribuies mensais exigida, ser devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60, se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres,

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 11 de 224

    inclusive para os garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar.

    Atualmente, a Aposentadoria por Idade devida a todas as classes

    de segurados (CADES F), da seguinte forma:

    Idade:

    Homem 65 anos Mulher 60 anos

    Homem Rural 60 anos Mulher Rural 55 anos

    Homem Deficiente 60 anos + TC Mulher Deficiente 55 anos + TC

    No caso do trabalhador rural, esse dever comprovar o efetivo

    exerccio de atividade rural por tempo igual ao nmero de meses de contribuio correspondente carncia do benefcio pretendido, ainda que o trabalho tenha se dado de forma descontnua, no perodo imediatamente anterior:

    1. Ao requerimento do benefcio, ou; 2. Conforme o caso, ao ms em que cumpriu o requisito etrio (idade). Em outras palavras o tempo de atividade rural conta como carncia.

    No caso, o trabalhador rural necessitar comprovar 180 meses de atividade rural, ou seja, 15 anos, contnuos ou no.

    Caso o trabalhador no atenda as exigncias supracitadas, mas

    satisfaa a condio para se aposentar, desde que sejam contados os perodos de contribuio sob outras categorias do segurado, faro jus ao benefcio ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher.

    Esse o caso do trabalhador rural que no tem 15 anos de atividade

    rural para usar de carncia. Nesse caso, dever usar, caso tenha, o perodo

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 12 de 224

    de contribuio em outra categoria de segurado, como empregado ou contribuinte individual, por exemplo.

    A Aposentadoria por Idade consiste numa renda mensal e ser

    devida:

    1. Ao segurado empregado (E), inclusive o domstico (D):

    a) A partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias depois dela, ou; b) A partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego OU quando for requerida aps o prazo de 90 dias.

    2. Para os demais segurados (C, A, S, F), a partir da data da entrada do requerimento. No obstante, devemos falar da Aposentadoria por Idade

    Compulsria! Nesse caso, a Aposentadoria por Idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carncia de 180 contribuies, quando esse completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 anos de idade, se do sexo feminino, sendo compulsria.

    Na compulsria, ser garantida ao empregado a indenizao

    prevista na legislao trabalhista, considerada como data da resciso do contrato de trabalho a imediatamente anterior do incio da aposentadoria.

    Essa indenizao trabalhista tem valor equivalente indenizao por

    desligamento sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado, quando o empregado tem direito a levantar todas as verbas rescisrias, inclusive uma multa de 40% sobre o saldo do seu FGTS, que dependendo do tempo que o empregado trabalha na empresa, pode corresponder a um valor bem considervel. 02.02.01. Aposentadoria por Idade do Segurado com Deficincia.

    A partir de 09/11/2013, as pessoas com deficincia passaram a ter direito a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria, por Idade ou por Tempo de Contribuio, pelo Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), conforme prev o Art. 201, 1. da Constituio Federal de 1988, regulamentado pela Lei Complementar n.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 13 de 224

    142/2013 e melhor detalhado pelo Decreto n. 8.145/2013, que alterou o Regulamento da Previdncia Social (RPS).

    Observe o que dispe o RPS:

    Art. 70-A. A concesso da Aposentadoria por Tempo de Contribuio ou por Idade ao segurado que tenha reconhecido, em avaliao mdica e funcional realizada por percia prpria do INSS, grau de deficincia leve, moderada ou grave, est condicionada comprovao da condio de pessoa com deficincia na data da entrada do requerimento ou na data da implementao dos requisitos para o benefcio.

    Para efeitos legais, considera-se pessoa com deficincia aquela que

    possui impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas.

    Ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos

    Humanos da Presidncia da Repblica (SDH), dos Ministros de Estado da Previdncia Social (MPS), da Fazenda (MF), do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) e do Advogado-Geral da Unio (AGU) definir casos de impedimento de longo prazo para os efeitos previdencirios.

    A Aposentadoria por Idade para Pessoa com Deficincia ocorre aos

    60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficincia (leve, moderado ou grave), desde que cumprido tempo mnimo de contribuio de 15 anos e comprovada a existncia de deficincia durante igual perodo.

    Para efeito de concesso da aposentadoria da pessoa com

    deficincia, compete percia prpria do INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (SDH), dos Ministros de Estado da Previdncia Social (MPS), da Fazenda (MF), do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) e do Advogado-Geral da Unio (AGU):

    1. Avaliar o segurado e fixar a data provvel do incio da deficincia e o seu grau, e; 2. Identificar a ocorrncia de variao no grau de deficincia e indicar os respectivos perodos em cada grau.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 14 de 224

    A comprovao da deficincia anterior data da vigncia da Lei Complementar n. 142/2013, ser instruda por documentos que subsidiem a avaliao mdica e funcional, vedada a prova exclusivamente testemunhal.

    A avaliao da pessoa com deficincia ser realizada para fazer prova dessa condio exclusivamente para fins previdencirios.

    Se o segurado, aps a filiao ao RGPS, tornar-se pessoa com

    deficincia, ou tiver seu grau de deficincia alterado, os parmetros de tempo de contribuio e/ou idade sero proporcionalmente ajustados, considerando-se o nmero de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem a deficincia e com a deficincia, observado o grau correspondente, nos termos do Regulamento ainda a ser publicado.

    Para fins da Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficincia,

    assegurada a converso do perodo de exerccio de atividade sujeita a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, cumprido na condio de pessoa com deficincia, exclusivamente para efeito de clculo do valor da renda mensal, vedado o cmputo do tempo convertido para fins de carncia.

    Ainda sobre a aposentadoria da pessoa com deficincia, devemos ter

    em mente que garantido ao segurado a percepo de qualquer outra espcie de aposentadoria estabelecida na legislao previdenciria, que lhe seja mais vantajosa do que as opes apresentadas na Lei Complementar n. 142/2013.

    Vale ressaltar que a critrio do INSS, o segurado com deficincia dever, a qualquer tempo, submeter-se a percia prpria para avaliao ou reavaliao do grau de deficincia.

    Aps a concesso das Aposentadorias por Tempo de Contribuio ou

    por Idade, sero observados o prazo decadencial de 10 anos e o prazo prescricional de 5 anos para as aes que visem a reviso do valor do benefcio, bem como o prazo decadencial de 10 anos para que o INSS anule seus atos que decorram de direitos favorveis aos beneficirios.

    E por fim, aplicam-se pessoa com deficincia, de forma subsidiria, as demais normas relativas aos benefcios do RGPS.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 15 de 224

    02.03. Aposentadoria por Tempo de Contribuio.

    Antes de iniciar a explicao sobre esse item, devo ressaltar que a Lei n. 8.213/1991 refere-se a esse benefcio como Aposentadoria por Tempo de Servio, o que totalmente incorreto.

    Atualmente, o Direito Previdencirio reporta-se a essa benesse como

    Aposentadoria por Tempo de Contribuio, conforme podemos observar no RPS/1999 (texto atualizado com a Emenda Constitucional n. 20/1998 Primeira Reforma Previdenciria).

    Caso a banca, em alguma questo, utilize a nomenclatura antiga

    (Tempo de Servio), mas descreva corretamente as caractersticas inerentes ao benefcio, considere-a correta! Muitas vezes as bancas pecam nesse aspecto! A adoo da nomenclatura errnea tambm normal certames jurdicos (Magistratura, Defensoria e Procuradoria). Ento, fique atento! =)

    Antes de iniciar de fato, considero salutar apresentar o seguinte

    dispositivo desatualizado da Lei n. 8.213/1991:

    Art. 52. A aposentadoria por tempo de servio ser devida, cumprida a carncia exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 anos de servio, se do sexo feminino, ou 30 anos, se do sexo masculino.

    Apesar de o texto no representar mais as regras atuais, caso a

    questo cobre conhecimentos sobre o assunto conforme a Lei n. 8.213/1991, a redao supracitada continua vigente. Eventualmente, nos deparamos com esse tipo de questo. =/

    Para iniciar efetivamente este tpico, vamos observar o disposto no

    Regulamento da Previdncia Social (regras atualizadas):

    A Aposentadoria por Tempo de Contribuio ser devida ao segurado aps 35 anos de contribuio, se homem, ou 30, se mulher.

    Atualmente, a Aposentadoria por Tempo de Contribuio devida a

    todas as classes de segurados (CADES F), sendo que o segurado especial s tem direito Aposentadoria por TC quando contribuir facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC). Observe:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 16 de 224

    TC

    Homem 35 anos Mulher 30 anos

    Professor 30 anos Professora 25 anos

    Grau da Deficincia: Grave: Moderada: Leve: Homem Deficiente 25 anos 29 anos 33 anos Mulher Deficiente 20 anos 24 anos 28 anos

    A regra geral (30 ou 35 anos) essa apresentada no dispositivo legal

    citado anteriormente. Porm, a prpria legislao traz um abrandamento, que consiste na

    reduo e 5 anos no referido perodo de contribuio para o professor que comprove tempo de efetivo exerccio exclusivamente em funo de magistrio na educao infantil, ensino fundamental ou ensino mdio. Ser devido Aposentadoria por Tempo de Contribuio aps 30 anos, se professor ou aps 25 anos, se professora.

    Para constar, essa reduo de 5 anos para os professores no alcana

    os professores universitrios. Entretanto, desde o advento da Lei n. 11.301/2006 que incluiu um importante dispositivo na Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDB), outras atividades escolares tambm se beneficiaram dessa reduo, como podemos observar no texto da prpria LDB:

    Art. 67, 2. Para os efeitos do disposto no 5. do Art. 40 e no 8. do Art. 201 da Constituio Federal, so consideradas funes de magistrio as exercidas por professores e especialistas em educao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia, as de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico.

    Sendo assim, para fins previdencirios, considera-se funo de

    magistrio a exercida por professor, quando exercida em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 17 de 224

    do exerccio da docncia, as funes de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico.

    Conforme dispe o RPS/1999, a comprovao da condio de professor far-se- mediante a apresentao:

    1. Do respectivo diploma registrado nos rgos competentes federais e estaduais, ou de qualquer outro documento que comprove a habilitao para o exerccio do magistrio, na forma de lei especfica, e; 2. Dos registros em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS) complementado, quando for o caso, por declarao do estabelecimento de ensino onde foi exercida a atividade, sempre que necessria essa informao, para efeito e caracterizao do efetivo exerccio da funo de magistrio.

    Alm disso, no caso de Aposentadoria por Tempo de Contribuio dos

    professores, so contados como tempo de contribuio:

    1. O de servio pblico federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal; 2. O de recebimento de benefcio por incapacidade, entre perodos de atividade, e; 3. O de benefcio por incapacidade decorrente de acidente do trabalho, intercalado ou no.

    Sobre o tema, ainda importante ressaltar que vedada a

    converso de tempo de servio de magistrio, exercido em qualquer poca, em tempo de servio comum.

    A princpio, a leitura do dispositivo acima pode induzir a uma errnea

    interpretao, nos dando a entender que nenhum tempo de servio de magistrio poder ser contado como tempo de servio comum. Entretanto, a interpretao no essa!

    No caso dos homens, a Aposentadoria por Tempo de Contribuio

    ocorre aps 35 anos de efetiva contribuio. No entanto, para os professores (sexo masculino), esse tempo reduzido para 30 anos. Matematicamente, temos que:

    35 / 30 = 1,167

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 18 de 224

    Significa que para cada ano de magistrio, para os homens, equivale

    a 1,167 anos de atividade comum, ou seja, um tempo maior que o efetivamente trabalhado.

    Dessa maneira, um ex-Professor, por exemplo, poder utilizar seus

    20 anos de magistrio para serem somados aos seus 12 anos seguintes frente de uma gerncia financeira, entretanto o clculo ocorrer da seguinte maneira:

    20 + 12 = 32 anos de contribuio, tempo insuficiente para requerer a Aposentadoria por Tempo de Contribuio, a qual s ter direito aps 35 anos de contribuio. E no da seguinte forma: 20 x 1,167 = 23,333 + 12 = 35,333 anos de contribuio. Resumindo: o professor (e a professora) ao mudar de profisso,

    poder utilizar o tempo de magistrio para se aposentar por tempo de contribuio na nova atividade, porm, para cada ano de magistrio contar apenas 1 ano de contribuio.

    Continuando a nossa teoria, caso o segurado que j tenha cumprido

    todos os requisitos para a Aposentadoria por Tempo de Contribuio e permanecer em atividade, ter direito, se for mais vantajoso, aposentadoria nas condies previstas na data em que ele preencheu todos os requisitos.

    Vamos ao exemplo: em 2009, Joo Godoy preencheu os requisitos

    para se aposentar por Tempo de Contribuio, mas permanece em servio at 2014. Supondo que a legislao previdenciria foi alterada em 2011, de forma a tornar menos vantajosa a Aposentadoria por Tempo de Contribuio, nesse caso, Godoy, por ter preenchido todos os requisitos sob a gide da legislao anterior (mais vantajosa), ter direito de se aposentar sob o manto de suas regras (ou seja, as regras vigentes em 2009, quando poderia ter se aposentado e no o fez).

    Isso constitui o princpio da segurana jurdica, direito

    fundamental do cidado, acautelado pela Constituio no Artigo 5., inciso XXXVI, que lhe assegura proteo contra alteraes bruscas na realidade jurdica. Nesse caso, especificamente quanto ao direito adquirido, a lei no poder retroagir para prejudicar, reduzir ou extingui-lo.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 19 de 224

    Por sua vez, o segurado oriundo de Regime Prprio de Previdncia Social (RPPS) que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social (RGPS) a partir de 16/12/1998 (data de promulgao da Emenda Constitucional n. 20 1. Reforma Previdenciria) far jus Aposentadoria por Tempo de Contribuio, conforme a regra geral apresentada no incio do tpico.

    Por sua vez, aquele que se filiar antes de 16/12/1998, seguir a

    regra de transio presente no RPS/1999, sendo que tal regra praticamente nunca cobrada em provas de concursos (Ufaa...).

    Devemos ter em mente que tanto o contribuinte individual (C) quanto o segurado facultativo (F) podem fazer a opo pela excluso do direito ao benefcio de Aposentadoria por Tempo de Contribuio. Ao realizarem essa opo, essas duas classes tm suas alquotas reduzidas de 20,0% para 11,0% ou 5,0%, a depender da situao.

    O benefcio Aposentadoria por Tempo de Contribuio consiste numa renda mensal, sendo que a data de incio do benefcio segue as mesmas regras da Aposentadoria por Idade, ou seja, ser devido:

    1. Ao segurado empregado (E), inclusive o domstico (D):

    a) A partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias depois dela, ou; b) A partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego OU quando for requerida aps o prazo de 90 dias.

    2. Para os demais segurados (C, A, S, F), a partir da data da entrada do requerimento.

    Para o Direito Previdencirio, considera-se Tempo de Contribuio o

    tempo, contado de data a data, desde o incio at a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdncia social, descontados os perodos legalmente estabelecidos como de suspenso de contrato de trabalho, de interrupo de exerccio e de desligamento da atividade.

    No caso do segurado contribuinte individual (C), cabe a ele comprovar

    a interrupo ou o encerramento da atividade pela qual vinha contribuindo, sob pena de ser considerado em dbito no perodo sem contribuio.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 20 de 224

    A comprovao da interrupo ou encerramento da atividade do contribuinte individual ser feita, no caso dos segurados que prestem servio a mais de uma empresa ou que exeram atividade por conta prpria, mediante declarao, ainda que extempornea, e, para os demais, com base em distrato social, alterao contratual ou documento equivalente emitido por junta comercial, secretaria federal, estadual, distrital ou municipal ou por outros rgos oficiais, ou outra forma admitida pelo INSS.

    A legislao previdenciria necessita de lei especfica que discipline a matria referente contagem do tempo de contribuio. Enquanto essa lei no criada, a Previdncia Social considera como Tempo de Contribuio, entre outros (no precisa decorar):

    1. O perodo de exerccio de atividade remunerada abrangida pela previdncia social urbana e rural, ainda que anterior sua instituio; 2. O perodo de contribuio efetuada por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatrio da Previdncia Social; 3. O perodo em que o segurado esteve recebendo Auxlio Doena ou Aposentadoria por Invalidez, entre perodos de atividade; 4. O tempo de servio militar, salvo se j contado para inatividade remunerada nas Foras Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no servio pblico federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, ainda que anterior filiao ao RGPS, nas seguintes condies:

    a) Obrigatrio ou voluntrio, e; b) Alternativo, assim considerado o atribudo pelas Foras Armadas queles que, aps alistamento, alegarem imperativo de conscincia, entendendo-se como tal o decorrente de crena religiosa e de convico filosfica ou poltica, para se eximirem de atividades de carter militar.

    5. O perodo em que a segurada esteve recebendo Salrio Maternidade (nico benefcio que Salrio de Contribuio); 6. O perodo de contribuio efetuado como segurado facultativo; 7. O perodo de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude de motivao exclusivamente poltica, foi atingido

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 21 de 224

    por atos de exceo, institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo n. 18/1961, pelo Decreto-Lei n. 864/1969, ou que, em virtude de presses ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada no perodo de 18/09/1946 a 05/10/1988 (promulgao da CF/1988); 8. O tempo de servio pblico federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, inclusive o prestado autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundao instituda pelo Poder Pblico, regularmente certificado na forma da Lei n. 3.841/1960, desde que a respectiva certido tenha sido requerida na entidade para a qual o servio foi prestado at 30/09/1975, vspera do incio da vigncia da Lei n. 6.226/1975; 9. O perodo em que o segurado esteve recebendo benefcio por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou no; 10. O tempo de servio do segurado trabalhador rural anterior competncia 11/1991; 11. O tempo de exerccio de mandato classista junto a rgo de deliberao coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido contribuio para a Previdncia Social; 12. O tempo de servio pblico prestado administrao federal direta e autarquias federais, bem como s estaduais, do Distrito Federal e municipais, quando aplicada a legislao que autorizou a contagem recproca de tempo de contribuio; 13. O perodo de licena remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuies; 14. O perodo em que o segurado tenha sido colocado pela empresa em disponibilidade remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuies. 15. O tempo de servio prestado Justia dos Estados, s serventias extrajudiciais e s escrivanias judiciais, desde que no tenha havido remunerao pelos cofres pblicos e que a atividade no estivesse poca vinculada a Regime Prprio de Previdncia Social; 16. O tempo de atividade patronal ou autnoma, exercida anteriormente vigncia da Lei n. 3.807/1960 (Lei Orgnica da Previdncia Social), desde que indenizado conforme dispe a legislao previdenciria;

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 22 de 224

    17. O perodo de atividade na condio de empregador rural, desde que comprovado o recolhimento de contribuies na forma da Lei n. 6.260/1975, com indenizao do perodo anterior, indenizado conforme dispe a legislao previdenciria; 18. O perodo de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior, amparados pela Lei n. 8.745/1993, anteriormente a 01/01/1994, desde que sua situao previdenciria esteja regularizada junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 19. O tempo de exerccio de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havido contribuio em poca prpria e no tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdncia social; 20. O tempo de trabalho em que o segurado esteve exposto a agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, observado as disposies legais quanto a Aposentadoria Especial; 21. O tempo de contribuio efetuado pelo servidor pblico na condio de exercente de cargo comissionado, empregado pblico (CLT) e contratado para atender necessidade temporria excepcional, em suma, contrataes que no so vinculadas ao RPPS, e; 22. O tempo exercido na condio de aluno-aprendiz referente ao perodo de aprendizado profissional realizado em escola tcnica, desde que comprovada a remunerao, mesmo que indireta, conta do oramento pblico e o vnculo empregatcio.

    O Tempo de Contribuio de que trata essa longa lista, ser

    considerado para o clculo da renda mensal de qualquer benefcio previdencirio. Porm, no ser computado como Tempo de Contribuio aquele j contado para concesso de qualquer aposentadoria prevista no RGPS ou em outro RPPS. O que faz toda lgica! Imagine voc poder contar com o mesmo Tempo de Contribuio para dois benefcios? No mnimo um absurdo. =)

    No caso do segurado especial que contribuir facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC), esse far jus somente Aposentadoria por Idade, Tempo de Contribuio e Especial aps o cumprimento da carncia exigida para esses benefcios, no sendo considerado como perodo de carncia o tempo de atividade rural no contributivo.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 23 de 224

    Uma vez que o segurado especial contribui de forma anloga ao

    contribuinte individual e o facultativo, ele deve comprovar a carncia do benefcio com contribuies recolhidas e no com tempo de atividade rural.

    Quanto comprovao de tempo de servio (e de contribuio)

    do trabalhador, alm dos dados do CNIS, essa dever ser realizada mediante documentos que atestem o exerccio da atividade nos perodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporneos aos fatos a comprovar e mencionar as datas de incio e trmino. Quando se tratar de trabalhador avulso, a durao do trabalho e a condio em que foi prestado tambm devero estar presentes.

    As anotaes realizadas na CTPS do trabalhador relativas a frias,

    alteraes de salrios e outras que demonstrem a sequncia do exerccio da atividade podem suprir possvel falha de registro de admisso ou dispensa, ou seja, uma fonte supridora de informao (as anotaes suprem lacunas existentes no histrico laboral).

    Quanto prova de tempo de contribuio, tambm pode ser considerado, de forma subsidiria aos dados do CNIS:

    1. Para os trabalhadores em geral, os documentos seguintes:

    a) O contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS), a carteira de frias, a carteira sanitria, a caderneta de matrcula e a caderneta de contribuies dos extintos institutos de aposentadoria e penses (IAP), a caderneta de inscrio pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendncia do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e declaraes da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); b) Certido de inscrio em rgo de fiscalizao profissional (CRM, CRC, etc.), acompanhada do documento que prove o exerccio da atividade; c) Contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assembleia geral e registro de empresrio, ou; d) Certificado de Sindicato ou rgo Gestor de Mo de Obra (OGMO) que agrupa trabalhadores avulsos.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 24 de 224

    2. De exerccio de atividade rural, alternativamente:

    a) Contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS); b) contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; c) Declarao fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colnia de pescadores, desde que homologada pelo INSS; d) Comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA); e) Bloco de notas do produtor rural; f) Notas fiscais de entrada de mercadorias, emitidas pela empresa adquirente da produo, com indicao do nome do segurado como vendedor; g) Documentos fiscais relativos entrega de produo rural cooperativa agrcola, entreposto de pescado ou outros, com indicao do segurado como vendedor ou consignante; h) Comprovantes de recolhimento de contribuio Previdncia Social decorrentes da comercializao da produo; i) Cpia da declarao de imposto de renda, com indicao de renda proveniente da comercializao de produo rural; j) Licena de ocupao ou permisso outorgada pelo INCRA, ou; l) Certido fornecida pela Fundao Nacional do ndio (FUNAI), certificando a condio do ndio como trabalhador rural, desde que homologada pelo INSS.

    Na falta de documento contemporneo podem ser aceitos

    declarao do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou certido de entidade oficial, desde que extrados de registros efetivamente existentes e acessveis verificao por parte do INSS.

    Se o documento apresentado pelo segurado no for suficiente para

    comprovar o tempo de contribuio, a prova exigida pode ser

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 25 de 224

    complementada por outros documentos que levem convico do fato a comprovar, inclusive mediante Justificao Judiciria (JJ) ou Justificao Administrativa (JA).

    A comprovao de Tempo de Contribuio por meio de JA ou JJ s

    produzir efeito perante o INSS (gestor da Previdncia Social) quando for instruda com no mnimo o incio de prova material. O concurseiro no deve confundir prova material com prova documental, observe:

    A prova documental consiste, basicamente, em documentos

    escritos (pblicos ou particulares), e;

    A prova material, por sua vez, composta de exames, vistorias e percias realizadas sobre o fato a ser comprovado.

    Quanto ao tema provas, a legislao ainda traz que a prova material

    tem carter intransfervel, ou seja, somente pode ser utilizada pela pessoa envolvida no processo de comprovao, no podendo ser aproveitada por terceiros.

    Para concluir o tpico, importante ressaltar que no ser admitida

    prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovao de tempo de servio ou de contribuio, salvo na ocorrncia de motivo de fora maior ou caso fortuito. Essa a regra!

    Por fim, devo lembrar que fora maior todo fato que pode ser

    previsto, porm inevitvel ao homem, como por exemplo, os fenmenos naturais (tempestades, furaces, etc.). Por sua vez, o caso fortuito todo fato imprevisvel e, por isso, inevitvel. 02.03.01. Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado com Deficincia.

    Como j visto, a partir de 09/11/2013, as pessoas com deficincia passaram a ter direito a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria, por Idade ou por Tempo de Contribuio, pelo Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), conforme prev o Art. 201, 1. da Constituio Federal de 1988, regulamentado pela Lei Complementar n. 142/2013 e melhor detalhado pelo Decreto n. 8.145/2013, que alterou o Regulamento da Previdncia Social (RPS).

    Para constar, observe o que dispe o RPS:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 26 de 224

    Art. 70-A. A concesso da Aposentadoria por Tempo de Contribuio ou por Idade ao segurado que tenha reconhecido, em avaliao mdica e funcional realizada por percia prpria do INSS, grau de deficincia leve, moderada ou grave, est condicionada comprovao da condio de pessoa com deficincia na data da entrada do requerimento ou na data da implementao dos requisitos para o benefcio.

    Relembramos ainda que, para efeitos legais, considera-se pessoa

    com deficincia aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas.

    A Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado com Deficincia, cumprida a carncia de 180 contribuies mensais, devida ao segurado Empregado, inclusive o Domstico, Trabalhador avulso, Contribuinte Individual e facultativo, observado o disposto na legislao previdenciria e os seguintes requisitos:

    1. Aos 25 anos de tempo de contribuio, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficincia grave; 2. Aos 29 anos de tempo de contribuio, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de segurado com deficincia moderada, ou; 3. Aos 33 anos de tempo de contribuio, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de segurado com deficincia leve. Vale lembrar que a Aposentadoria por Tempo de Contribuio do

    Segurado Deficiente tambm ser devida aos Segurados Especiais que contribuam facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC).

    Fica o Poder Executivo Federal obrigado, por meio de Regulamento, a definir quais so as deficincias grave, moderada e leve para os fins da referida Lei Complementar. Por sua vez, a avaliao da deficincia ser mdica e funcional, nos termos do Regulamento, sendo que o grau de deficincia ser atestado por percia prpria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.

    Para efeito de concesso da aposentadoria da pessoa com

    deficincia, devo lembrar que compete percia prpria do INSS, nos

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 27 de 224

    termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (SDH), dos Ministros de Estado da Previdncia Social (MPS), da Fazenda (MF), do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) e do Advogado-Geral da Unio (AGU):

    1. Avaliar o segurado e fixar a data provvel do incio da deficincia e o seu grau, e; 2. Identificar a ocorrncia de variao no grau de deficincia e indicar os respectivos perodos em cada grau.

    A comprovao da deficincia anterior data da vigncia da Lei

    Complementar n. 142/2013, ser instruda por documentos que subsidiem a avaliao mdica e funcional, vedada a prova exclusivamente testemunhal.

    Para o segurado que, aps a filiao ao RGPS, tornar-se pessoa com

    deficincia, ou tiver seu grau alterado, os parmetros de tempo de contribuio sero proporcionalmente ajustados e os respectivos perodos sero somados aps converso, conforme as tabelas abaixo, considerando o grau de deficincia preponderante:

    MULHER

    TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

    Para 20 Para 24 Para 28 Para 30 De 20 anos - 1,20 1,40 1,50 De 24 anos 0,83 - 1,17 1,25 De 28 anos 0,71 0,86 - 1,07 De 30 anos 0,67 0,80 0,93 -

    HOMEM

    TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

    Para 25 Para 29 Para 33 Para 35 De 25 anos - 1,16 1,32 1,40 De 29 anos 0,86 - 1,14 1,21 De 33 anos 0,76 0,88 - 1,06 De 35 anos 0,71 0,83 0,94 -

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 28 de 224

    Conceitualmente, o grau de deficincia preponderante ser

    aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de contribuio, antes da converso, e servir como parmetro para definir o tempo mnimo necessrio para a aposentadoria por tempo de contribuio da pessoa com deficincia e para a converso.

    Vamos ao exemplo: imagine que Marta trabalhou 10 anos com grau

    deficincia leve e mais 12 anos com grau de deficincia grave, que nesse caso o grau preponderante! Como faremos a converso? Faremos da seguinte maneira:

    Atividade: Tempo

    trabalhado Converso: Multiplicador: Tempo

    (anos): Convertido Grau Leve 10,0 de 28 para 20 0,71 7,1 Grau Grave 12,0 - - 12,0

    Total: 19,1

    Logo, para efeitos previdencirios, Marta conta aproximadamente com 19 anos e 2 meses de tempo de contribuio, ou seja, ainda ter que trabalhar mais 10 meses para se aposentar como segurada deficiente por tempo de contribuio.

    No obstante, a legislao previdenciria prev que o segurado que

    contribuiu alternadamente na condio de pessoa sem deficincia e com deficincia, podero somar os respectivos perodos aps aplicao da converso de que trata a tabela supracitada (observe os destaques em vermelho).

    No exemplo, imagine que Jlio tenha trabalhado e contribudo

    regularmente durante 15 anos at sofrer um acidente automobilstico, que o deixou com deficincia de grau moderado. Nessa nova condio, trabalhou por mais 17 anos. Nesse caso temos:

    Atividade: Tempo

    trabalhado Converso: Multiplicador: Tempo

    (anos): Convertido Sem Deficincia 15,0 de 35 para 29 0,83 12,45 Grau Moderado 17,0 - - 17,00

    Total: 29,45

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 29 de 224

    Logo, para efeitos previdencirios, Jlio conta com aproximadamente 29 anos e 5 meses de tempo de contribuio, ou seja, j cumpriu os 29 anos exigidos para se aposentar como segurado deficiente por tempo de contribuio. Caso tenha cumprido os demais requisitos legais, j poder dar entrada no requerimento do benefcio junto ao INSS.

    Antes que voc questione, no preciso decorar nenhum valor da

    tabela de converso! =)

    Dando continuidade, a reduo do tempo de contribuio da pessoa com deficincia no poder ser acumulada no mesmo perodo contributivo, com a reduo aplicada aos perodos de contribuio relativos a atividades exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica (Aposentadoria Especial).

    Diante de tal impedimento legal, garantida a converso do tempo de contribuio cumprido em condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica do segurado (Aposentadoria Especial), inclusive da pessoa com deficincia, para fins da Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado com Deficincia, se resultar mais favorvel ao segurado, conforme tabela abaixo:

    MULHER

    TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

    Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28 De 15 anos - 1,33 1,60 1,67 1,87 De 20 anos 0,75 - 1,20 1,25 1,40 De 24 anos 0,63 0,83 - 1,04 1,17 De 25 anos 0,60 0,80 0,96 - 1,12 De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 -

    HOMEM

    TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

    Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33 De 15 anos - 1,33 1,67 1,93 2,20 De 20 anos 0,75 - 1,25 1,45 1,65 De 25 anos 0,60 0,80 - 1,16 1,32 De 29 anos 0,52 0,69 0,86 - 1,14 De 33 anos 0,45 0,61 0,76 0,88 -

    Para exemplificarmos, suponha que Ricardo trabalhou em condies

    especiais durante 10 anos em atividade que lhe gere o direito

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 30 de 224

    aposentadoria especial aps 15 anos de servio. Entretanto, foi acometido de gravssimo acidente no exerccio de suas atividades laborais, sendo considerado desde ento Segurado com deficincia de grau grave, assim trabalhado por mais 4 anos. Nessas condies, qual o atual tempo de contribuio de Ricardo?

    Atividade: Tempo

    trabalhado Converso: Multiplicador: Tempo

    (anos): Convertido Atividade Especial 10,0 de 15 para 25 1,67 16,7 Deficincia Grave 4,0 - - 4,0

    Total: 20,7

    Nesse caso, para efeitos de aposentadoria por Tempo de Contribuio de Segurado com Deficincia, Ricardo conta aproximadamente com 20 anos e 8 meses de contribuio. Em suma, ter que trabalhar mais 4 anos 4 meses para completar 25 anos e ter direito a essa aposentadoria.

    Por fora da legislao previdenciria, vedada a converso do tempo de contribuio da pessoa com deficincia para fins de concesso da Aposentadoria Especial. Em suma:

    1. O tempo de atividade especial (Aposentadoria Especial) pode ser convertido para tempo de contribuio de pessoa com Deficincia (Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado Deficiente). 2. O tempo de contribuio de pessoa com Deficincia (Aposentadoria por Tempo de Contribuio do Segurado Deficiente) NO PODE SER CONVERTIDO em tempo de atividade especial (Aposentadoria Especial).

    NO EXISTE A CONVERSO DE TEMPO CONTRIBUIO DE PESSOA COM DEFICINCIA PARA TEMPO DE CONTRIBUIO EM ATIVIDADE ESPECIAL. NO ESQUEA ISSO!

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 31 de 224

    Lembrando mais uma vez que, garantido ao segurado deficiente aposentado a percepo de qualquer outra espcie de aposentadoria estabelecida na legislao previdenciria que lhe seja mais vantajosa do que as opes apresentadas na Lei Complementar n. 142/2013.

    Vale tambm ressaltar que, a critrio do INSS, o segurado com

    deficincia dever, a qualquer tempo, submeter-se a percia prpria para avaliao ou reavaliao do grau de deficincia.

    Por fim, aplicam-se pessoa com deficincia, de forma subsidiria,

    as demais normas relativas aos benefcios do RGPS. 02.04. Aposentadoria Especial.

    Conforme define a legislao previdenciria ptria:

    A Aposentadoria Especial, uma vez cumprida a carncia de 180 contribuies mensais, ser devida ao segurado empregado (E), trabalhador avulso (A) e contribuinte individual (este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produo) (C Cooperado), que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica.

    A princpio, importante observar que somente 3 classes de

    segurados fazem jus ao benefcio de Aposentadoria Especial: Empregado, Trabalhador Avulso e Contribuinte Individual Cooperado.

    Esse rol enxuto porque cobre exatamente os trabalhadores cujas

    contribuies patronais esto sujeitas ao Adicional GILRAT. Ressalto que no devemos confundir o GILRAT com o Adicional GILRAT! Observe a diferena:

    GILRAT financia a Aposentadoria Especial, o Auxlio Doena e a Aposentadoria por Invalidez. uma alquota fixa para a empresa e incide sobre a cota patronal em relao a todos os trabalhadores. Adicional GILRAT financia especificamente a Aposentadoria Especial do prprio trabalhador. Nesse caso, ser devido pela empresa em relao apenas a esse trabalhador, e no a todos seus funcionrios e prestadores de servio.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 32 de 224

    Com a publicao do Decreto n. 8.213/2013, a legislao

    previdenciria passou por algumas alteraes pontuais em relao Aposentadoria Especial. Dessas mudanas, a mais importante, sem dvida, foi a definio do conceito legal do termo condies especiais, to recorrente neste ponto da disciplina.

    Sendo assim, conforme dispe a atual legislao previdenciria,

    consideram-se Condies Especiais que prejudiquem a sade e a integridade fsica aquelas nas quais a exposio ao agente nocivo ou associao de agentes presentes no ambiente de trabalho estejam acima dos limites de tolerncia estabelecidos segundo critrios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critrios da avaliao qualitativa.

    A avaliao qualitativa de riscos e agentes nocivos ser comprovada mediante descrio:

    1. Das circunstncias de exposio ocupacional a determinado agente nocivo ou associao de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada; 2. De todas as fontes e possibilidades de liberao dos agentes mencionados no item 1 supracitado, e; 3. Dos meios de contato ou exposio dos trabalhadores, as vias de absoro, a intensidade da exposio, a frequncia e a durao do contato.

    Dando continuidade, a concesso da Aposentadoria Especial,

    conforme dispe o Regulamento da Previdncia Social, depender da comprovao, pelo segurado, perante o INSS, durante o perodo mnimo de 15, 20 ou 25 anos:

    1. Do tempo de trabalho permanente, no ocasional nem intermitente, e; 2. Da exposio do segurado aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou a associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica.

    Para a legislao previdenciria, considera-se tempo de trabalho

    permanente aquele que exercido de forma no ocasional nem intermitente, no qual a exposio do empregado (E), do trabalhador avulso (A) ou do cooperado (CI Cooperado) ao agente nocivo seja indissocivel

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 33 de 224

    da produo do bem ou da prestao do servio. Em suma, a nocividade tem que estar diretamente ligada atividade laboral.

    Consideram-se tambm como tempo de trabalho permanente em condies especiais, desde que na data do afastamento o contribuinte esteja exposto aos fatores de riscos que caracterizam a condio especial de sua atividade (riscos, agente nocivos, agentes prejudiciais sade ou integridade fsica):

    1. Os perodos de descanso determinados pela legislao trabalhista (frias, inclusive); 2. Os perodos de afastamento decorrente de gozo de Auxlio Doena Acidentrio ou Aposentaria por Invalidez Acidentria, e; 3. Os perodos de percepo do Salrio Maternidade.

    Agora, imagine que determinado trabalhador, por exemplo, tenha

    exercido duas ou mais atividades sujeitas a condies especiais prejudiciais sade ou integridade fsica, sem completar em qualquer delas o prazo mnimo exigido para a Aposentadoria Especial.

    Neste caso, os respectivos perodos de exerccio sero somados

    aps converso, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento.

    Devo ressaltar, que para o clculo de converso supracitado, no

    sero considerados os perodos em que a atividade exercida no estava sujeita a condies especiais.

    Em outras palavras, no existe a possibilidade da converso

    do tempo de trabalho em atividade comum para tempo de trabalho em atividade especial.

    Para elucidar um pouco mais a situao, vamos a um exemplo prtico:

    Amauri, trabalhou 5 anos na frente de produo de minerao subterrnea, deixando a profisso e iniciando nova atividade no ramo de confeco de telhas de amianto (asbesto). Ficou 5 anos nessa atividade trocando novamente de emprego, trabalhando atualmente como tcnico em radiologia em uma clnica de Raios-X. No ms passado, Amauri completou 10 anos nessa atividade.

    Nesse caso, Amauri j pode requerer a sua Aposentaria Especial?

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 34 de 224

    A priori, devemos ter em mente para a prova que existem as seguintes classes de trabalhos especiais:

    Somente os trabalhos em

    atividades permanentes no subsolo de mineraes subterrneas em frente de produo.

    Minerao subterrnea cujas atividades sejam exercidas afastadas das frentes de produo e atividades que envolvam o elemento asbesto (amianto).

    Todos os demais trabalhos especiais.

    Aposentadoria Especial aps 15 anos de

    servio

    Aposentadoria Especial aps 20 anos de

    servio

    Aposentadoria Especial aps 25 anos de

    servio

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 35 de 224

    Em suma, a que no for atividade para se aposentar com 15 anos (apenas 1 caso) ou 20 anos (apenas 2 casos), caso de Aposentadoria Especial aps 25 anos de trabalho. Para a prova bom voc guardar os dois quadrinhos acima expostos e acertar por excluso. Eu faria isso! =)

    Voltando ao exemplo, Amauri tem os seguintes tempos de trabalho:

    Atividade: Aposentadoria Especial aps:

    Tempo trabalhado

    (anos): Frente de Minerao 15 anos 5 Asbesto (Amianto) 20 anos 5

    Raios-X 25 anos 10 Atualmente ele exerce atividade exposto radiao ionizante (Raios-

    X), que lhe d o direito de se aposentar aps 25 anos de trabalho. No entanto, Amauri no apresenta todo esse tempo onde trabalha,

    mas possui tempo de servio em outras categorias de atividades especiais exercidas anteriormente.

    Como ser convertido esse tempo anterior? Dar-se- por meio da

    seguinte tabela de converso, presente no Decreto n. 3.048/1999:

    TEMPO A CONVERTER

    MULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25

    DE 15 ANOS - 1,33 1,67 DE 20 ANOS 0,75 - 1,25 DE 25 ANOS 0,60 0,80 -

    Logo:

    Atividade: Tempo

    trabalhado (anos):

    Converso: Multiplicador: Tempo

    Convertido

    Frente de Minerao 5 de 15 para 25 1,67 8,35 Asbesto (Amianto) 5 de 20 para 25 1,25 6,25

    Raios-X 10 - - 10,00 Total: 24,60

    Logo, Amauri ainda no pode requerer sua Aposentadoria Especial,

    pois falta 0,4 ano (aproximadamente 5 meses) para completar os 25 anos

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 36 de 224

    necessrios para a obteno do benefcio na atual atividade especial. Ficou claro com o exemplo?

    Voltando parte terica, a relao dos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, considerados para fins de concesso de Aposentadoria Especial consta no anexo do RPS, porm no h necessidade de estud-lo para fins de concurso.

    Caso exista dvida quanto ao enquadramento do agente nocivo no

    momento do requerimento do benefcio, essa ser dirimida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Ministrio da Previdncia Social (MPS).

    Como j foi exposto anteriormente, desde a publicao do Decreto n. 8.213/2013, a avaliao qualitativa de riscos e agentes nocivos ser comprovada mediante descrio:

    1. Das circunstncias de exposio ocupacional a determinado agente nocivo ou associao de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada; 2. De todas as fontes e possibilidades de liberao dos agentes mencionados no item 1 supracitado, e; 3. Dos meios de contato ou exposio dos trabalhadores, as vias de absoro, a intensidade da exposio, a frequncia e a durao do contato.

    A comprovao da efetiva exposio do segurado aos agentes nocivos

    ser feita mediante formulrio, denominado Perfil Profissiogrfico (PP), emitido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho (LTCAT) expedido por Mdico do Trabalho ou Engenheiro de Segurana do Trabalho. Em sntese, o LTCAT fundamenta o PP e no o contrrio. Muita ateno!

    A avaliao qualitativa de riscos e agentes nocivos do PP ou do LTCAT que poder averiguar possibilidades de exposio a agentes nocivos reconhecidamente cancergenos em humanos listados pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) no ambiente de trabalho, ser suficiente para a comprovao de efetiva exposio do trabalhador a esses elementos.

    Considera-se Perfil Profissiogrfico (PP) para os efeitos legais, o

    documento com o histrico laboral do trabalhador segundo modelo institudo pelo INSS, que, entre outras informaes, dever conter o

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 37 de 224

    resultado das avaliaes ambientais, o nome dos responsveis pela monitorao biolgica e das avaliaes ambientais, os resultados de monitorao biolgica e os dados administrativos correspondentes.

    O trabalhador ou seu preposto ter acesso s informaes prestadas

    pela empresa sobre o seu PP, podendo inclusive solicitar a retificao de informaes quando em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientao estabelecida em ato do Ministro de Estado da Previdncia Social (MPS).

    A empresa dever elaborar e manter atualizado o PP do trabalhador,

    contemplando as atividades desenvolvidas durante o perodo laboral. Esse documento dever ser fornecido ao trabalhador em cpia autntica, no prazo de 30 dias da resciso do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeio s sanes previstas na legislao aplicvel. No caso, aplica-se a multa prevista no Art. 283, inciso I, alnea h, do RPS:

    Art. 283, inciso I Aplicar-se- multa a partir de R$ 1.925,81 nas seguintes infraes:

    h) Deixar a empresa de elaborar e manter atualizado perfil profissiogrfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de fornecer a este, quando da resciso do contrato de trabalho, cpia autntica deste documento.

    Conforme dispe a legislao, nas avaliaes ambientais devero ser

    considerados a metodologia e os procedimentos de avaliao estabelecidos pela Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).

    Na hiptese de no terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a

    metodologia e procedimentos de avaliao, cabe ao Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) definir outras instituies que os estabeleam.

    Por sua vez, no LTCAT dever constar informaes sobre a existncia de tecnologia de proteo coletiva ou individual, e de sua eficcia, devendo ser elaborado com observncia das normas editadas pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS.

    A empresa que no mantiver o LTCAT atualizado com referncia aos

    agentes nocivos existentes no ambiente laboral de seus trabalhadores ou ainda, emitir documento de comprovao de efetiva exposio em desacordo com o respectivo laudo, estar sujeita s penalidades previstas

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 38 de 224

    na legislao. No caso, aplica-se a multa prevista no Art. 283, inciso II, alnea n, do RPS:

    Art. 283, inciso II Aplicar-se- multa a partir de R$ 19.257,83 nas seguintes infraes:

    n) Deixar a empresa de manter laudo tcnico atualizado com referncia aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores OU emitir documento de comprovao de efetiva exposio em desacordo com o respectivo laudo.

    Devo ressaltar que a Cooperativa de Trabalho e a empresa

    contratada para prestar servios mediante cesso de Mo de Obra (CMO) ou Empreitada de Mo de Obra (EMO) elaboraro e mantero atualizados os respectivos PP, com base nos LTCAT emitidos pela empresa contratante, quando o servio for prestado em estabelecimento da contratante.

    Faz-se importante ressaltar que o INSS estabelecer os

    procedimentos para fins de concesso de Aposentadoria Especial, podendo, se necessrio, confirmar as informaes contidas nos seguintes documentos:

    Relatrio da Avaliao Qualitativa de Riscos e Agentes Nocivo;

    Perfil Profissiogrfico (PP), e;

    Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho (LTCAT).

    A Aposentadoria Especial consiste numa renda mensal e ser devida:

    1. Ao Segurado Empregado (E):

    a) A partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias aps essa data, ou; b) A partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego OU quando for requerida aps o prazo de 90 dias.

    2. Para os demais segurados (A e CI - Cooperado), a partir da data da entrada do requerimento.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 39 de 224

    O aposentado especial que retornar voluntariamente ao exerccio de atividade ou operao que o sujeite aos riscos e agentes nocivos descritos pelo RPS, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestao do servio ou categoria de segurado, ser imediatamente notificado da cessao do pagamento de sua Aposentadoria Especial, no prazo de 60 dias contado da data de emisso da notificao, salvo comprovao, nesse prazo, de que o exerccio dessa atividade ou operao foi encerrado.

    Alm da converso entre tempos de atividade especial, existe a possibilidade da converso de tempo de atividade sob condies especiais em tempo de atividade comum, sendo que a converso ocorrer de acordo com a seguinte tabela, presente na legislao previdenciria:

    TEMPO A CONVERTER

    MULTIPLICADORES MULHER

    (PARA 30) HOMEM

    (PARA 35) DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40

    Imagine que Mariana tenha trabalhado em atividade especial que

    enseje Aposentadoria Especial aps 25 anos, por um perodo de 18 anos. Aps esse longo perodo, ela decide trocar de atividade laboral e vai trabalhar como secretria em um escritrio de contabilidade.

    Nesse caso, quanto tempo de contribuio no regime simples de

    aposentadoria Mariana possui por ter contribudo 18 anos sob regime de atividade especial? Simples, observe:

    18 anos x 1,20 = 21,60 anos (Tempo de Contribuio). A caracterizao e a comprovao do tempo de atividade sob

    condies especiais obedecero ao disposto na legislao em vigor na poca da prestao do servio, ou seja, legislao posterior no se aplica a fatos pretritos.

    As regras de converso de tempo de atividade sob condies especiais

    em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer perodo.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 40 de 224

    No entanto, devo enfatizar que no existe a converso de tempo contribuio em atividade comum para tempo de contribuio em atividade especial.

    NO EXISTE A CONVERSO DE TEMPO CONTRIBUIO EM ATIVIDADE COMUM PARA TEMPO DE CONTRIBUIO EM ATIVIDADE ESPECIAL. NO ESQUEA ISSO!

    Por fim, vale respaldar que o Supremo Tribunal Federal (STF)

    concluiu, no final de 2014, o julgamento do Recurso Extraordinrio com Agravo (ARE) n. 664335, com repercusso geral reconhecida, e fixou duas teses que devero ser aplicadas a milhares de processos judiciais movidos por trabalhadores em todo o Brasil:

    1. O direito aposentadoria especial pressupe a efetiva exposio do trabalhador a agente nocivo a sua sade, de modo que se o Equipamento de Proteo Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, no haver respaldo concesso constitucional de aposentadoria especial, e; 2. Na hiptese de exposio do trabalhador a rudo acima dos limites legais de tolerncia, a declarao do empregador no mbito do Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP), no sentido da eficcia do EPI, no descaracteriza o tempo de servio especial para a aposentadoria.

    Guarde essa jurisprudncia com carinho para a prova. =)

    02.05. Auxlio Doena.

    Prezado concurseiro, em princpio, observe o conceito legal de Auxlio Doena:

    O Auxlio Doena ser devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o perodo de carncia exigido pela legislao previdenciria (12 contribuies).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 41 de 224

    Por seu turno, observe o disposto na Lei n. 8.213/1991:

    O auxlio doena ser devido ao segurado empregado a contar do 16. dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do incio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doena, incumbir empresa pagar ao segurado empregado o seu salrio integral.

    O Auxlio Doena, em regra, necessita de 12 contribuies mensais

    de carncia, porm, o Auxlio Doena Acidentrio dispensa carncia (situao na qual o segurado obrigatrio ou facultativo sofre acidente de qualquer natureza ou contrai doena profissional). Neste ponto, aproveito e trago um interessante dispositivo presente na Lei n. 8.213/1991:

    Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de 12 meses, a manuteno do seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxlio doena acidentrio, independentemente de percepo de auxlio acidente.

    um dispositivo de cunho trabalhista, que garante a manuteno por

    12 meses, mas no impede a demisso no caso de cometimento de falta grave por parte do empregado.

    Dando continuidade, em regra, no ser devido Auxlio Doena ao

    segurado que se filiar ao RGPS j portador de doena ou da leso invocada como causa para a concesso do benefcio, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso, sendo que nesses casos, ser devido o benefcio.

    Conforme a legislao previdenciria vigente, o Auxlio Doena

    consiste numa renda mensal e ser devido:

    1. Ao segurado empregado (E), a contar do 16. dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados (CADS F), a contar da data do incio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. Para todos os segurados (CADES F), se for solicitado aps o 30. dia do afastamento da atividade, o benefcio ser devido a contar da data do requerimento.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 42 de 224

    Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doena ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caber empresa pagar ao trabalhador o seu salrio integral.

    O Auxlio Doena tambm ser devido durante o transcurso de

    reclamao trabalhista relacionada com a resciso do contrato de trabalho, ou aps a deciso final, desde que implementadas as condies mnimas para a concesso do benefcio, observado o disposto na legislao previdenciria.

    No caso em que o trabalhador exercer mais de uma atividade, ser devido o Auxlio Doena mesmo no caso de incapacidade apenas para o exerccio de uma delas, devendo a percia mdica ser conhecedora de todas as atividades que o trabalhador estiver exercendo. Nesse caso, o Auxlio Doena ser concedido apenas em relao atividade para a qual estiver incapacitado.

    Observe o disposto no Art. 60 da Lei n. 8.213/1991:

    6. O segurado que durante o gozo do auxlio doena vier a exercer atividade que lhe garanta subsistncia poder ter o benefcio cancelado a partir do retorno atividade. 7. Na hiptese do 6., caso o segurado, durante o gozo do auxlio doena, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefcio, dever ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.

    Consideram-se para efeito de carncia, somente as contribuies

    relativas atividade da qual se prope o afastamento. Logo, como o trabalhador ir se afastar apenas de uma de suas

    atividades, o Auxlio Doena poder apresentar um valor inferior ao salrio mnimo, desde que, se somado s demais remuneraes por ele percebidas, resultar em um valor superior ao piso do benefcio.

    Caso o trabalhador exera vrias atividades com a mesma profisso,

    ser exigido de imediato o afastamento de todas. Em resumo: se o trabalhador exercer trs atividades de soldador em trs empresas diferentes, solicitado Auxlio Doena em relao a uma das atividades, dever este ser estendido a todas as demais, por se tratar da mesma profisso.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 07

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 43 de 224

    Por outro lado, caso o trabalhador exera profisses diferentes, e durante o recebimento do Auxlio Doena em relao a uma atividade, seja constatada a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefcio dever ser revisto com base nos respectivos salrios de contribuio.

    A legislao previdenciria define que, quando o segurado que

    exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma delas, dever o Auxlio Doena ser mantido indefinidamente, no cabendo sua transformao em Aposentadoria por Invalidez enquanto essa incapacidade no se estender s demais atividades.

    Em suma, estamos diante da hiptese do Auxlio Doena ad

    aeternum (para sempre). Nessa situao, o segurado somente pode se afastar das demais atividades que exerce aps o conhecimento da reavaliao mdica-pericial do INSS.

    Como foi visto anteriormente, o Auxlio Doena do empregado

    devido a partir do 16. dia de afastamento. Mas por qu? Porque os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade laboral por motivo de doena so pagos integralmente pela empresa contratante.

    A empresa que dispuser de servio mdico, prprio ou em convnio,

    ter a seu cargo o exame mdico e o abono das faltas correspond