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Aula 08 Direito Previdenciário (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Técnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Ali Mohamad Jaha Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

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    Direito Previdencirio (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Tcnico de Seguro Social - Comvideoaulas - 2016

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    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

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    AULA 08 Tema: Clculo do Valor do Benefcio, Legislao de Acidente do Trabalho e Outras Disposies Legais. Assuntos Abordados: 9. Plano de Benefcios da Previdncia Social: Salrio de Benefcio (SB), Renda Mensal do Benefcio (RMB), Reajustamento do Valor dos Benefcios. 7. Crimes contra a Seguridade Social. 8. Recurso das Decises Administrativas. 11. Lei n. 8.212/1991. 12. Lei n. 8.213/1991. 13. Decreto n. 3.048/1999. Sumrio Pgina Saudaes Iniciais. 1 - 1 01. Salrio de Benefcio. 2 - 17 02. Renda Mensal do Benefcio. 17 - 24 03. Reajustamento do Valor do Benefcio. 24 - 26 04. Decadncia e Prescrio. 26 - 32 05. Acumulao de Benefcios Previdencirios. 32 - 37 06. Acidente do Trabalho. 37 - 45 07. Recurso das Decises Administrativas. 45 - 46 08. PIS/PASEP 46 - 47 09. Modernizao da Previdncia Social e Outras Disposies Legais.

    47 - 53

    10. Crimes Contra a Previdncia Social. 54 - 58 11. Resumex da Aula. 58 - 67 12. Questes Comentadas. 68 - 135 13. Questes Sem Comentrios. 136 - 153 14. Gabarito das Questes. 154 - 154 Saudaes Iniciais.

    Ol Concurseiro! Tudo bem com voc?

    Vamos continuar o nosso curso de Direito Previdencirio p/ INSS 4. Turma 2015/2015?

    Bons estudos! =)

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    01. Salrio de Benefcio. Para iniciar a discusso acerca do tema Clculo do Valor do Benefcio,

    vamos estudar o Salrio de Benefcio, figura constante da legislao previdenciria de benefcios.

    Sendo assim, para calcular o valor do benefcio devido ao segurado

    ou seu dependente, faz-se necessrio, previamente, calcular o seu respectivo Salrio de Benefcio (SB). Conforme dispe a legislao previdenciria:

    Salrio de Benefcio (SB) o valor bsico utilizado para clculo da Renda Mensal dos Benefcios (RMB) de prestao continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o Salrio Famlia, a Penso por Morte, o Salrio Maternidade e os demais benefcios de legislao especial.

    Complicado? Vamos simplificar: em leigas e breves palavras, Salrio

    de Benefcio a mdia atualizada de (quase) todos os valores que o segurado contribuiu durante a vida. Essa mdia servir de base para o clculo dos valores de (quase) todos os benefcios.

    Guarde bem o conceito supra apresentado. =) Do dispositivo legal podemos extrair que, em regra, a renda dos

    benefcios previdencirios calculada com base no SB. Porm, trs benefcios no utilizam o SB para determinao da RMB

    devida ao cidado: 1. Salrio Famlia: que pago em forma de cota; 2. Penso por Morte: cuja renda equivale a 100% da RMB da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito, se estivesse aposentado por invalidez na data do falecimento, e; 3. Salrio Maternidade: que utiliza regras prprias para clculo de sua renda.

    Continuando, por sua vez, para todos os benefcios que utilizam o SB,

    esse consiste:

    1. Para a Aposentadoria por Idade e Aposentadoria por Tempo de Contribuio, na mdia aritmtica simples dos maiores

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    salrios de contribuio (SC) correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada (ou no) pelo Fator Previdencirio (FP), ou;

    Com a instituio da Regra 85/95 90/100, pela Medida Provisria n. 676/2015, o FP pode ter sua aplicao afastada desde que o segurado ao somar sua idade com seu tempo de contribuio obtenha um valor igual ou superior a 85 pontos (para mulher) ou a 95 pontos (para homem), sendo que esses valores iro ser majorados, ano aps ano, at chegarem a 90 pontos (mulher) e 100 pontos (homem) em 2022. No se preocupe, em momento oportuno realizarei a anlise a aprofundada sobre esse tema. =)

    2. Para a Aposentadoria por Invalidez, a Aposentadoria Especial, o Auxlio Doena e o Auxlio Acidente na mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo.

    O clculo do SB consiste na seguinte sequncia:

    1. Levantar todos os Salrios de Contribuio (SC) do trabalhador, atualizando-os at a data do requerimento do benefcio (Perodo Bsico de Clculo); 2. Com todos os SC atualizados, descartar os 20% menores, ou seja, trabalhar apenas com os 80% maiores SC, e; 3. Realizar a mdia aritmtica desses 80% maiores SC do trabalhador. Pronto, o SB est calculado;

    Obs.: No caso da Aposentadoria por Idade e de Aposentadoria por Tempo de Contribuio, o SB supra encontrado ser multiplicado pelo Fator Previdencirio (FP), sendo que a aplicao do referido fator ser facultativa para o benefcio por idade e obrigatria, em regra, para o benefcio por tempo de contribuio, podendo ser afastada a sua incidncia em alguns casos (Medida Provisria n. 676/2015). a Regra 85/95, em breve, 90/100.

    Aps a publicao da Medida Provisria n. 664, no final de 2014,

    convertida na Lei n. 13.135/2015, o Salrio de Benefcio (SB) do Auxlio

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    Doena no poder exceder a mdia aritmtica simples dos ltimos 12 salrios de contribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios de contribuio existentes. Desse modo, o SB fica limitado ao valor da mdia dos ltimos 12 SC.

    A Sistemtica de Clculo a seguinte: 1. Segurado recolhe suas contribuies sociais, mensalmente, com aplicao de um % sobre o seu SC; 2. Ao requer o benefcio previdencirio, o SB ser definido pela mdia dos 80% maiores SC da vida laboral do segurado; 3. A RMB do benefcio ser obtida com a aplicao de um % sobre o SB.

    O FP e a sua frmula sero apresentados de forma detalhada em tpico especfico, mas j adianto que esse, consiste num coeficiente de valor menor ou maior a 1,00, ou seja, pode diminuir ou aumentar o valor da SB calculado inicialmente.

    Para a Aposentadoria por Idade, o FP facultativo, aplicado

    somente se esse for maior que 1,00, ou seja, desde que a aplicao do fator majore o valor do SB e, por consequncia, a RMB devida ao aposentado.

    Porm, para a Aposentadoria por Tempo de Contribuio, o FP

    obrigatrio, em regra, podendo ser afastado caso o cidado tenha cumprido os requisitos da Regra 85/95 90/100 (Medida Provisria n. 676/2015).

    No obstante, conforme dispe a Lei Complementar n. 142/2013,

    regulamentada pelo Decreto n. 8.145/2013, no caso de Aposentadoria por Tempo de Contribuio para Pessoa com Deficincia ou de Aposentadoria por Idade para Pessoa com Deficincia, garantida a aplicao do Fator Previdencirio (FP) no clculo das aposentadorias por tempo de contribuio

    SC SB RMB

    Mdia dos 80% maiores

    SC

    RMB um % do SB

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    e por idade devidas ao segurado com deficincia, se resultar em renda mensal de valor mais elevado, devendo o INSS, quando da concesso do benefcio, proceder ao clculo da renda mensal inicial com e sem a aplicao do fator previdencirio.

    O segurado que protocolar pedido junto ao INSS requerendo

    informaes constantes do Cadastro Nacional de Informaes Sociais (CNIS) sobre suas contribuies e remuneraes utilizadas no clculo do SB, ter sua solicitao atendida num prazo mximo de 180 dias.

    Conforme dispe o ordenamento jurdico, o Salrio de Benefcio (SB) nunca apresentar como limite mnimo valor inferior ao salrio mnimo vigente (R$ 788,00), nem como limite mximo valor superior ao teto do SC (R$ 4.663,75). Ressalto ainda que sero considerados para clculo do SB os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuio previdenciria.

    Caso, durante o Perodo Bsico de Clculo, o segurado tiver recebido

    algum benefcio por incapacidade, considerar-se- como SC desse perodo, o SB que serviu de base para o clculo da RMB, com as devidas correes, respeitando o limite mnimo (Salrio mnimo) e mximo (Teto do RGPS). Em suma, quando o trabalhador estiver encostado e recebendo do INSS, o seu SC ser o SB usado para o clculo do benefcio por incapacidade.

    Vamos visualizar para ficar mais claro?

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    PERODO CONTRIBUTIVO - 1995/2012

    Para fins de apurao do SB de qualquer aposentadoria precedida

    de Auxlio Acidente, o valor mensal deste benefcio ser somado ao SC antes da aplicao da correo monetria prevista na legislao previdenciria (ndice Nacional de Preo ao Consumidor, o famoso INPC), no podendo o total calculado ser superior ao limite mximo do SC (Teto do RGPS).

    Vamos a mais um exemplo para ficar bem explicado esse contedo.

    Supomos que o benefcio acima citado seja concedido em dias atuais:

    Esse perodo compreende o tempo em que o segurado, em gozo de benefcio por incapacidade laboral deixou de contribuir para a Previdncia. No entanto, no perdeu sua qualidade de segurado e no perdeu esse tempo de contribuio, que contar como se contribudo tivesse, afinal, o beneficirio no deixou de recolher porque quis, mas porque estava incapacitado para o trabalho. Assim, contar para clculo posterior de benefcio (2012), como se nesse perodo ele tivesse auferido mensalmente o equivalente a seu Salrio de Benefcio (SB), ou seja, R$ 145,00 (de maio a dezembro de 1995).

    01/1995 - Incio do perodo contributivo

    05/1995 a 12/1995 Perodo de recebimento do Auxlio

    Doena.

    SM vigente: R$ 100,00 SB: 145,00

    Aux. Doena: 91% SB = R$ 131,95

    01/2012 - Solicitao de Benefcio Aposentadoria por Idade

    Clculo do SB para concesso do benefcio Aposentadoria por Idade, por meio da atualizao dos valores contribudos ao longo de todos os anos.

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    No caso da Aposentadoria por Tempo de Contribuio, o valor da

    Renda Mensal de Benefcio inicial (RMB inicial ou RMI) ser calculado considerando-se como Perodo Bsico de Clculo, os meses de contribuio imediatamente anteriores ao ms em que o segurado completou o tempo exigido para o requerimento do benefcio: 30 anos para a mulher e 35 anos para o homem, sendo que a RMI ser reajustada (pelo INPC) at a data de entrada do requerimento, no sendo devido qualquer pagamento relativamente perodo anterior a essa data.

    Para o segurado Contribuinte Individual e o Facultativo, optantes pelo

    recolhimento trimestral na forma da legislao previdenciria, que apresentarem SC de at um salrio mnimo e tiverem solicitado qualquer benefcio previdencirio, o SB consistir na mdia aritmtica simples de todos os SC integrantes da contribuio trimestral, desde que efetivamente recolhidos.

    O valor mensal do Auxlio Doena recebido pelo segurado no perodo (R$ 375,00) ser somado ao seu Salrio de Contribuio (R$ 1.000,00) antes da aplicao da correo monetria para o clculo da Aposentadoria solicitada pelo contribuinte. Ou seja, desde a concesso do Auxlio Doena em 2011, seu SC ser R$ 375,00 + R$ 1.000,00 = R$ 1.375,00, e sobre esse valor ser aplicado correo monetria at a data do requerimento da referida aposentadoria.

    Auxlio Acidente SB: R$ 750,00

    Aux. Acidente: 50% SB = R$ 375,00

    SC: R$ 1.000,00

    2011 - Concesso de Auxlio Acidente

    2012 - Requerimento de Aposentadoria

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    O Contribuinte Individual e o Facultativo enquadrados no recolhimento trimestral, s tero o SB calculado se os SC do perodo forem efetivamente recolhidos.

    No clculo do SB sero considerados os SC vertidos para o Regime

    Prprio de Previdncia Social (RPPS) de segurado oriundo desse regime, aps a sua filiao ao Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), de acordo com a legislao previdenciria.

    Em outras palavras, quando o servidor abandona o setor pblico

    (RPPS) para ingressar na iniciativa privada (RGPS), ele traz com ele os SC recolhidos para o RPPS, que sero contados para clculo do SB no RGPS.

    No caso de resciso de contrato de trabalho, as contribuies devidas

    sero recolhidas no ms subsequente resciso, computando-se em separado a parcela referente Gratificao Natalina (13. Salrio). Enquanto as contribuies devidas sobre a resciso no forem efetivamente recolhidas, o SC ser computado, para efeito de benefcio (SB), proporcionalmente contribuio efetivamente recolhida anteriormente a resciso, ou seja, do ltimo ms trabalhado.

    No sero considerados como tempo de contribuio, para o fim de

    concesso de benefcio previdencirio, enquanto as contribuies no forem efetivamente recolhidas, o perodo correspondente s competncias em que se verificar recolhimento de contribuio sobre SC menor que um salrio mnimo. O que isso quer dizer? Supomos que o contribuinte seja um segurado Empregado:

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    Dando continuidade, o SB do Segurado Especial, em regra, consiste

    no valor equivalente ao Salrio Mnimo, ressalvado o caso em que ele contribua, facultativamente, nas mesmas condies do Contribuinte Individual e do Facultativo, conforme dispe a legislao previdenciria.

    Sendo assim, conforme exposto acima, se o Segurado Especial deseja

    obter uma renda de benefcio superior ao salrio mnimo, dever contribuir de forma anloga ao Contribuinte Individual e ao Facultativo, ou seja, com 20% x SC, lembrando que o SC a Receita Bruta de Comercializao (RBC).

    No obstante, vale ressaltar que esse recolhimento facultativo no

    enquadra o Segurado Especial como Contribuinte Individual ou Segurado

    Maio/15 - Junho/15 Julho/15

    Dia 13 data da resciso contratual. As contribuies previdencirias devidas do dia 01/06 ao dia 13/06 sero recolhidas no ms seguinte: Julho.

    SC: R$ 788,00 (SM vigente) SC proporcional: R$ 341,47 (R$ 788,00 x 13/30 = R$ 341,17)

    A contribuio previdenciria incidir sobre R$ 341,47. A contribuio previdenciria incidente sobre a parcela proporcional ao 13. salrio ser paga no ms subsequente separadamente da parcela correspondente contribuio mensal regular: 13. Salrio: (5/12) x R$ 788,00 = R$ 328,33. A contribuio previdenciria sobre 13. incidir sobre R$ 328,33. Caso a contribuio devida do perodo trabalhado seja referente a valor inferior ao salrio mnimo (SC < SM), essa parcela no ser computada para obteno de benefcios. SC = R$ 328,33 Essa contribuio no contar para a obteno de benefcios futuros, ao menos que seja complementada at atingir o SC mnimo.

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    Facultativo, ou seja, no altera a natureza jurdica do seu vnculo junto ao RGPS. =)

    O termo Perodo Contributivo, visto algumas vezes em nossa aula, remete ao interstcio temporal em que o trabalhador efetivamente trabalhou e contribuiu para a Previdncia Social. Conforme o disposto no Regulamento da Previdncia Social, considera-se Perodo Contributivo:

    1. Para o Empregado (E), Empregado Domstico (D) e Trabalhador Avulso (A): o conjunto de meses em que houve ou deveria ter havido contribuio em razo do exerccio de atividade remunerada sujeita a filiao obrigatria ao RGPS, ou; 2. Para os demais segurados (C e S), inclusive o Facultativo (F): o conjunto de meses de efetiva contribuio ao RGPS.

    Por sua vez, todos os Salrios de Contribuio (SC) utilizados no

    clculo do Salrio de Benefcio (SB) sero corrigidos, ms a ms, de acordo com a variao integral do ndice Nacional de Preo ao Consumidor (INPC) referente ao perodo decorrido a partir da primeira competncia do SC que compe o Perodo Bsico de Clculo, at o ms anterior ao do incio do benefcio, de modo a preservar o seu valor real.

    Resumindo, todos os SC sero atualizados mensalmente, pelo ndice

    acumulado do INPC, at a data do requerimento do benefcio. Essa variao garante a preservao real do benefcio previdencirio!

    Imagine um SC referente competncia 01/2003, no valor de R$

    183,00. Qual seria o valor dessa parcela na data do requerimento do benefcio de aposentadoria em 01/2015. Observe:

    01/2003 a 01/2015 = 12 anos = 144 meses. INPC do perodo = 101,32% (ndice obtido facilmente pelo site do BACEN:https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores&aba=1). Logo, SC Atualizado = SC Original x INPC do perodo SC Atualizado = R$ 183,00 x 2,0132 = R$ 368,42

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    Com facilidade conseguimos atualizar os valores das parcelas contributivas da previdncia. O produto acima obtido significa nada mais nada menos que, os R$ 183,00 contribudos em 2003, ajudaro a compor o salrio de benefcio em 2015, como se tivesse sido recolhido o equivalente ao montante de R$ 368,42 em 01/2015.

    Se no fosse dessa forma, as mdias dos benefcios, principalmente

    das aposentadorias, que exigem maiores perodos de carncia e de contribuio, resultariam em valores irrisrios e completamente fora da realidade econmica atual.

    A legislao ainda dispe que o SB do segurado que contribui em razo de atividade concomitante ser calculado com base na soma dos SC das atividades exercidas at a data do requerimento ou do bito (para Penso por Morte) ou no Perodo Bsico de Clculo. Observe:

    1. Quando o segurado satisfizer, em relao a cada atividade, as condies para obteno do benefcio requerido, o SB ser calculado com base na soma dos respectivos SC (caso clssico), respeitando o limite do RGPS, ou; 2. Quando no se verificar a hiptese do tpico anterior, ou seja, quando no satisfizer as condies em relao a uma das atividades, o SB ser obtido por meio de clculos especficos que levaro em conta o Tempo de Contribuio e Carncia em relao a essa atividade, tambm respeitados os limites do RGPS. Essa parte do clculo no muito simptica, acredite, e para

    felicidade geral dos concursandos, no uma parte concursvel! Por esse motivo ela foi propositalmente omitida do seu material. =)

    Esses clculos a qual me refiro no se aplicam ao segurado que, em

    obedincia ao limite mximo do SC, contribuiu apenas sobre uma das atividades concomitantes.

    Suponha que Dejair seja gerente financeiro de uma grande empresa

    e msico instrumentista. Como gerente comercial, Dejair percebe mensalmente R$ 4.500,00 e como msico receba adicionalmente R$ 1.500,00.

    Nessas condies, ele contribuir somente at o teto de R$ 4.663,75,

    referente primeira atividade, e nada contribuir sobre os rendimentos como msico. Muita ateno aqui! Esse limite referente ao Teto do RGPS

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    vale para qualquer segurado que possua 2 ou mais fontes de rendimentos, ainda que se encontre em classes diferentes.

    No caso de Dejair, ele poderia ser Empregado da empresa e como

    msico, Contribuinte individual, ou ser em ambas as atividades, Contribuinte individual, ou ainda, ser segurado Empregado nos dois casos. Em todas as hipteses estaria limitado ao teto de R$ 4.663,75 quando da soma de seus rendimentos mensais.

    A legislao ainda define que o segurado que se afastar de uma das

    atividades antes da data do requerimento ou do bito, porm em data abrangida pelo Perodo Bsico de Clculo do SB, o respectivo SC ser computado, observadas, conforme o caso, as regras de clculo supracitadas.

    Constatada, durante o recebimento do Auxlio Doena, a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefcio dever ser revisto com base nos respectivos SC. Nesse caso, o SB da Aposentadoria por Invalidez deve corresponder soma das parcelas seguintes:

    1. O valor do SB do Auxlio Doena a ser transformado em Aposentadoria por Invalidez, com os devidos reajustes legais, E; 2. O valor correspondente ao percentual da mdia dos SC de cada uma das demais atividades no consideradas no clculo do Auxlio Doena, na forma da legislao especfica. (Esse clculo tambm no concursvel! Para nossa sorte!!!) Sobre a aplicao do Fator Previdencirio, o Regulamento da

    Previdncia Social traz a seguinte disposio:

    Fica garantido ao segurado com direito Aposentadoria por Idade a opo pela no aplicao do Fator Previdencirio (FP), devendo o INSS, quando da concesso do benefcio, proceder ao clculo da renda mensal inicial com e sem o fator previdencirio.

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    Como j vimos acima, para a Aposentadoria por Idade, o FP

    facultativo, aplicado somente se esse for maior que 1,00, ou seja, desde que a aplicao do fator majore o valor do SB e, por consequncia, a RMB devida ao aposentado.

    Por fim, entretanto, para a Aposentadoria por Tempo de Contribuio,

    o FP obrigatrio (em regra), podendo ter sua incidncia afastada caso o segurado cumpra os requisitos da Regra 85/95 90/100, instituda pela Medida Provisria n. 676/2015.

    Fique calmo! J vou explicar o FP e suas regra no prximo

    subtpico. =)

    01. Fator Previdencirio. Vamos adentrar agora as terras temidas e inexploradas do Fator

    Previdencirio! Mas o que vem a ser Fator Previdencirio? Quando e por qual motivo ele foi criado?

    O FP foi criado em 1999, no governo do presidente Fernando Henrique

    Cardoso, por meio da Lei n. 9.876 que dispunha sobre a contribuio previdenciria do Contribuinte individual e clculo de benefcio, alterando a Lei n. 8.212/1991 e a Lei n. 8.213/1991.

    Tal instituto foi criado com objetivo de adiar (principalmente) a

    Aposentadoria por Tempo de Contribuio dos trabalhadores que iniciaram muito cedo suas atividades laborais, instituindo, para isso, o referido FP composto de 3 variveis (idade, tempo de contribuio e expectativa de sobrevida).

    Antes de essa lei entrar em vigor, a Aposentadoria por Tempo de

    Contribuio dava-se normalmente depois de preenchidos os requisitos exigidos na legislao: tempo mnimo de contribuio e perodo de carncia. No era exigida do trabalhador uma idade mnima para o requerimento desse benefcio. Por exemplo, se o segurado (sexo masculino) iniciasse sua vida laboral aos 18 anos de idade, e desde ento contribusse regularmente para a Previdncia, aos 53 anos j seria possvel solicitar o benefcio.

    Porm, para o Estado isso no era interessante, afinal, com o passar

    das dcadas a sade pblica foi melhorando, alavancada pelos avanos da medicina. Essa evoluo positiva implicou o aumento da expectativa de vida do brasileiro, ou seja, as pessoas se aposentavam muito jovens e viviam

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    ainda muitos anos, dcadas, nas costas do governo, o que acabou causando o que os especialistas chamam de Rombo na previdncia.

    possvel perceber esse envelhecimento da nossa populao por

    meio das pirmides etrias ou demogrficas. Como se isso j no fosse suficiente, vem-se notando um estreitamento gradual na base dessas pirmides, ou seja, na taxa de natalidade nacional. Caso essa reduo continue seguindo a tendncia mundial, em um futuro prximo, poderemos sofrer com um rombo ainda maior em decorrncia da diminuio na arrecadao previdenciria pela reduo global da mo de obra.

    Dessa forma, para evitar que as pessoas se aposentassem

    precocemente, foi introduzido o FP, reduzindo o valor do benefcio de forma proporcional em funo da idade, da expectativa de sobrevida (e no de vida) e do tempo de contribuio do segurado ao se aposentar, mediante a seguinte frmula:

    Na qual: FP = Fator Previdencirio Tc = Tempo de Contribuio Es = Expectativa de Sobrevida Id = Idade no momento da aposentadoria 0,31 = alquota de contribuio

    Pode ficar tranquilo, que voc no ter que decorar essa frmula para

    a prova, porm, acho muito importante voc conhecer a correlao existente entre o FP e as suas variveis:

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    FP diretamente proporcional ao Tc e Id: Quanto maior o valor de Tc ou de Id, maior ser o FP. FP inversamente proporcional Es: Quanto maior o valor de Es, menor ser o FP.

    A varivel Expectativa de Sobrevida (Es) do segurado na idade da

    aposentadoria ser obtida a partir da Tbua Completa de Mortalidade construda pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), para toda a populao brasileira, considerando-se a mdia nacional nica para ambos os sexos. Uma vez publicada a Tbua de Mortalidade, os benefcios previdencirios requeridos a partir dessa data consideraro a nova expectativa de sobrevida.

    Para efeito da aplicao do FP ao Tc do segurado sero adicionados: 1. 5 anos, quando se tratar de mulher, ou; 2. 5 ou 10 anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

    Conforme dispe a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), Lei n. 9.394/1996, para todos os efeitos legais, so consideradas funes de magistrio as exercidas por professores e especialistas em educao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia, as de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico.

    Essa adio tem efeito de correo matemtica, para evitar distores

    entre segurados homens e mulheres, inclusive nas condies de professor e professora, que se aposentam com um Tc menor.

    Entretanto, com a publicao da Medida Provisria n. 676/2015, que

    acrescentou o Art. 29-C a Lei n. 8.213/1991, tem-se que o segurado que preencher os requisitos para a Aposentadoria por Tempo de Contribuio poder optar pela no incidncia do fator previdencirio (FP) no clculo de sua aposentadoria quando o total resultante da soma de sua

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    idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for:

    1. Igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mnimo de contribuio de 35 anos, ou; 2. Igual ou superior a 85 pontos, se mulher, observando o tempo mnimo de contribuio de 30 anos. a conhecida, e amplamente divulgada, Regra 85/95! Suponha que, em 2015, Joseph tenha esteja com 53 anos de idade e

    35 anos de contribuio. Neste caso, ele pode se aposentar por tempo de contribuio, entretanto, fica a pergunta: Joseph pode optar pela no incidncia do FP? Vamos as contas:

    Idade (53) + Tempo de Contribuio (35) = 88 pontos.

    No caso, o Joseph no pode solicitar o afastamento da aplicao do FP em sua aposentadoria, pois no atingiu os 95 pontos exigidos pela legislao previdenciria.

    Num segundo caso, conjecture que Mrcio esteja com 59 anos de

    idade e 36 anos de contribuio no ano de 2015. Neste caso, ele pode sim optar pela no incidncia do FP! Observe:

    Idade (59) + Tempo de Contribuio (36) = 95 pontos. No obstante, cabe ressaltar que o Governo Federal optou pela

    majorao em 1 ponto por ano das somas de idade e de tempo de contribuio para os prximos anos da seguintes maneira:

    Ano: A partir de: Soma (M): Soma (H): 2015 18/06/2015 85 95 2017 01/01/2017 86 96 2019 01/01/2019 87 97 2020 01/01/2020 88 98 2021 01/01/2021 89 99 2022 01/01/2022 90 100

    Em suma, com essa progressividade, de 2022 em diante, a Regra ser

    90/100. =/

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    Por fim, para efeito de aplicao do disposto acima, sero acrescidos 5 pontos soma da idade com o tempo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Observe:

    Ano: A partir de: Soma:

    Mulher: Homem: Professora: Professor: 2015 18/06/2015 85 95 90 100 2017 01/01/2017 86 96 91 101 2019 01/01/2019 87 97 92 102 2020 01/01/2020 88 98 93 103 2021 01/01/2021 89 99 94 104 2022 01/01/2022 90 100 95 105

    02. Renda Mensal do Benefcio.

    Antes de adentrar a esse novo assunto, considero importante relembrar a sistemtica de clculo apresentada no incio dos nossos estudos: A Sistemtica de Clculo a seguinte: 1. Segurado recolhe suas contribuies sociais, mensalmente, com aplicao de um % sobre o seu SC; 2. Ao requer o benefcio previdencirio, o SB ser definido pela mdia dos 80% maiores SC da vida laboral do segurado, e; 3. A RMB do benefcio ser obtida com a aplicao de um % sobre o SB.

    A Renda Mensal do Benefcio (RMB) de prestao continuada que substituir o Salrio de Contribuio (SC) ou o rendimento do trabalho do segurado no ter valor inferior ao do salrio mnimo e nem ser superior ao limite mximo do SC (Teto do RGPS).

    SC SB RMB

    Mdia dos 80% maiores

    SC

    RMB um % do SB

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    Esse teto beneficirio excetua-se em caso de Aposentadoria por

    Invalidez quando o segurado necessita de assistncia permanente de outra pessoa. Nesse nico caso, o aposentado poder contar com um acrscimo de 25% sobre seu rendimento, ultrapassando, dessa maneira, o Teto do RGPS.

    A RMB o valor efetivo que o segurado ir receber mensalmente,

    sendo que para o clculo do valor dessa renda mensal sero computados:

    1. Para o segurado Empregado (E), inclusive o Domstico (D), e o Trabalhador Avulso (A), os SC referentes aos meses de contribuies devidas, ainda que no recolhidas pela empresa ou pelo empregador domstico, sem prejuzo da respectiva cobrana e da aplicao das penalidades cabveis.

    Em outras palavras, os SC do Empregado, do Domstico e do Avulso so considerados para o clculo da RMB, independentemente do efetivo recolhimento pelo empregador (empresa ou empregador domstico) ou pelo OGMO/Sindicato (no caso do Avulso). Logo, existe a presuno de recolhimento para essas trs espcies de segurados;

    2. Para os demais segurados (C, S, F) somente sero computados os SC referentes aos meses de contribuio efetivamente recolhida. Para eles, no existe a presuno de recolhimento que a legislao garantiu aos empregados e avulsos, e; 3. Para o segurado Empregado (E), inclusive o Domstico (D), o Trabalhador Avulso (A) e o Segurado Especial (S), o valor do Auxlio Acidente ser considerado como SC para fins de concesso de qualquer aposentadoria, nos termos da legislao previdenciria.

    Especificamente para o Segurado Especial que no contribui de forma facultativa como Contribuinte Individual (C), o valor da RMB do Auxlio Acidente ser somado ao valor da aposentadoria na data do incio desse benefcio.

    Aproveito esse momento da aula e informo que o tpico 1 supracitado

    nada mais do que o Princpio da Automaticidade das Prestaes Previdencirias, eventualmente citado em provas de concursos, principalmente os da rea jurdica.

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    Tal princpio consiste na obrigao do rgo previdencirio (INSS) em pagar as prestaes previdencirias aos segurados Empregados e Trabalhadores Avulsos, bem como seus dependentes, independente do empregador ter recolhido a respectiva contribuio.

    Conforme determina a doutrina majoritria, da qual me perfilho, no

    se deve negar a concesso de benefcio em razo do no recolhimento quando o responsvel pelo adimplemento da obrigao seja pessoa distinta do contribuinte. Vale ressaltar que o nus de fiscalizar pertence ao rgo fiscalizador (RFB) e no ao segurado. No mesmo sentido, est a jurisprudncia do STF e do STJ.

    Dando continuidade, ao segurado empregado (E), inclusive o

    domstico (D), e ao trabalhador avulso (A) que tenham cumprido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado, mas no possam comprovar o valor de seus SC no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentao de prova dos salrios de contribuio.

    Quer dizer que, para Empregados, Domsticos e Avulsos sem

    perodos de comprovao do valor do SC, ser considerado SC = SM. Isso pode ser muito desfavorvel para o segurado, que dependendo do valor mdio mensal recolhido, ir jogar para baixo a mdia dos SC. Porm, o segurado que conseguir provas suficientes do valor real do SC no comprovado, poder requerer um novo clculo do SB e, consequentemente, uma nova RMB.

    A RMI, recalculada de acordo com o disposto nos pargrafos anteriores, deve ser reajustada como a renda dos benefcios correspondentes com igual data de incio e substituir, a partir da data do requerimento de reviso do valor do benefcio, a renda mensal que prevalecia at ento (RMB provisria). Para fins da substituio, o requerimento de reviso deve ser aceito pelo INSS a partir da concesso do benefcio em valor provisrio e processado quando da apresentao de prova dos SC ou de recolhimento das contribuies.

    Cabe ainda Previdncia Social, por meio do INSS, manter cadastro

    dos segurados com todos os informes necessrios para o clculo da renda mensal. Esse banco de dados dever estar sempre atualizado.

    Voc j deve estar convicto de que a mdia dos SC atualizados gera

    o valor do SB, e sobre esse incide um percentual que definir a RMB. Assim, a RMB nada mais que o valor efetivamente pago todo ms pelo INSS ao

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    segurado. Esse ndice, segundo a legislao previdenciria, dar origem RMB dos benefcios previdencirios, e seguir os seguintes percentuais:

    1. Auxlio Doena: 91% x SB. Aps a cessao do Auxlio Doena decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou no ao trabalho, se houver agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefcio, a renda mensal ser igual a 91% x SB do Auxlio Doena cessado, corrigido at o ms anterior ao da reabertura do benefcio, pelos mesmos ndices de correo dos benefcios em geral. Exemplo:

    Miriam vendedora, segurada do Regime Geral de Previdncia e no ms de fevereiro sofre um acidente de moto no retorno para casa. Ela ento solicita o AUXLIO DOENA ACIDENTRIO, e recebe 91% x SB. (Vamos chamar esse SB de SB-1, para fins didticos). Na data da solicitao do benefcio, o SB-1 de Miriam de R$ 900,00, portanto, receber mensalmente como auxlio o importe de R$ 819,00. No ms de Julho, aps 5 meses de tratamento, a referida segurada, acreditando estar recuperada, retorna ao servio, mas percebe durante a jornada de trabalho que ainda sente muitas dores ao passar muito tempo trabalhando em p. Depois de aproximadamente 50 dias, j no ms de setembro, vendo-se novamente incapacitada para o servio, a vendedora ento solicita novamente o Auxlio Doena acidentrio. Por tratar-se de sequela ou agravamento de acidente anteriormente coberto pelo benefcio, reaberto o benefcio Auxlio Doena da segurada. No entanto, o clculo do novo benefcio agora ser diferente,. O SB-2 (SB em caso de reabertura de benefcio anteriormente concedido), ser calculado da seguinte forma:

    SB-2 = SB-1 + correes de fevereiro a agosto (ms anterior ao pedido de reabertura do benefcio)

    2. Aposentadoria por Invalidez: 100% x SB. Nesse caso, a RMI da aposentadoria concedida por transformao de Auxlio Doena ser de 100% x SB que serviu de base para o clculo da RMI do Auxlio Doena, reajustado pelos mesmos ndices de correo dos benefcios em geral.

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    No exemplo de Miriam, caso ela realmente no consiga mais exercer sua profisso ou qualquer outra, se afastar totalmente de qualquer atividade remuneratria, aposentando-se por invalidez. Perceber mensalmente o seguinte produto: 100% x SB corrigido.

    3. Aposentadoria por Idade: (70% x SB) + 1% x SB, por grupo de 12 contribuies mensais, at o mximo de 30% x SB. Para efeito desse acrscimo de 1% a 30%, presumir-se- efetivado o recolhimento correspondente quando se tratar de segurado empregado (E), domstico (D) ou trabalhador avulso (A). Como j explanado anteriormente, essas trs classes de segurados contam com a Presuno Legal de Recolhimento de Contribuies Sociais. Essa regra tambm vlida para a Aposentadoria por Idade para Pessoa com Deficincia.

    Vale lembrar que a Aposentadoria por Idade exige uma carncia de

    180 contribuies, ou seja, atingindo a idade necessria para a solicitao do benefcio e a carncia exigida, o segurado poder solicitar sua aposentadoria.

    No entanto, repare que a segunda parte da soma ser proporcional

    ao tempo em que o trabalhador contribuiu efetivamente para a Previdncia: Se contribuiu por menos tempo, o multiplicador ser menor do que daquele que contribuiu por maior perodo. Observe a tabela:

    Total: 205 contribuies

    SB: R$ 2.350,00 205/12 17 grupos de 12 contribuies (at o limite de 30), que nesse caso, gerar o acrscimo de 17%.

    70% x SB = R$ 1.645,00 17% x SB = R$ 399,50 (70% x SB) + 17% x SB = R$ 2.044,50

    PERODO CONTRIBUTIVO 1995 a 2012

    01/1995 Incio do perodo contributivo

    01/2012 Solicitao do benefcio

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    Nmero de

    contribuies

    Anos efetivamente contribudos

    (70%SB) + % x SB TOTAL

    180 15 (70%SB) + 15% x SB 85% x SB 192 16 (70%SB) + 16% x SB 86% x SB

    204 17 (70%SB) + 17% x SB 87% x SB 216 18 (70%SB) + 18% x SB 88% x SB

    228 19 (70%SB) + 19% x SB 89% x SB

    240 20 (70%SB) + 20% x SB 90% x SB 252 21 (70%SB) + 21% x SB 91% x SB

    264 22 (70%SB) + 22% x SB 92% x SB 276 23 (70%SB) + 23% x SB 93% x SB

    288 24 (70%SB) + 24% x SB 94% x SB 300 25 (70%SB) + 25% x SB 95% x SB

    312 26 (70%SB) + 26% x SB 96% x SB

    324 27 (70%SB) + 27% x SB 97% x SB 336 28 (70%SB) + 28% x SB 98% x SB

    348 29 (70%SB) + 29% x SB 99% x SB 360 30 (70%SB) + 30% x SB 100% x SB

    4. Aposentadoria por Tempo de Contribuio:

    4.1. Para a Mulher: 100% x SB, aos 30 anos de contribuio. 4.2. Para o Homem: 100% x SB, aos 35 anos de contribuio. 4.3. Para a Professora: 100% x SB, aos 25 anos de contribuio E de efetivo exerccio em funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental e no ensino mdio. 4.3. Para o Professor: 100% x SB, aos 30 anos de contribuio E de efetivo exerccio em funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental e no ensino mdio. 4.4. Para a Mulher Deficiente: 100% x SB, aos 20 anos de contribuio (deficincia grave), aos 24 anos de contribuio (deficincia moderada) ou aos 28 anos de contribuio (deficincia leve). 4.5. Para o Homem Deficiente: 100% x SB, aos 25 anos de contribuio (deficincia grave), aos 29 anos de contribuio (deficincia moderada) ou aos 33 anos de contribuio (deficincia leve).

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    5. Aposentadoria Especial: 100% x SB. 6. Auxlio Acidente: 50% x SB. 7. Penso por Morte: 100% x RMB da Aposentadoria por Invalidez que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

    Se na data do bito o segurado estiver recebendo Aposentadoria (de qualquer espcie) concomitantemente Auxlio Acidente, o valor desse auxlio, de natureza indenizatria, no ser incorporado Penso por Morte. Devo lembrar que essa regra de acumulao (Aposentadoria com Auxlio Acidente) vlida somente para os casos de direito adquirido, ou seja, aqueles ocorridos at 11/11/1997, data em que foi publicada a Medida Provisria que deu origem a Lei n. 9.528, que alterou a legislao previdenciria.

    8. Auxlio Recluso: 100% x RMB da Aposentadoria por Invalidez que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

    Para constar, o Auxlio Recluso sempre segue as mesmas regras de concesso da Penso por Morte (Lei n. 8.213/1991, Art. 80).

    Esse quadro esquemtico para ser (bem) memorizado:

    Benefcios calculados diretamente sobre o SB do segurado:

    Benefcio: RMB:

    Aposentadoria por Tempo de Contribuio: 100% x SB

    Aposentadoria por Idade: (70% x SB) + 1% x SB (12 Contr.)

    Aposentadoria por Invalidez: 100% x SB

    Aposentadoria Especial: 100% x SB

    Auxlio Doena: 91% x SB

    Auxlio Acidente: 50% x SB

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    Benefcios sem correlao DIRETA com o SB do segurado:

    Benefcio: RMB:

    Auxlio Recluso: 100% x RMB Aposent. Inval.

    Salrio Maternidade Salrio da segurada

    Salrio Famlia: Cota/filho

    Penso por Morte: 100% x RMB Aposent. Inval.

    Guarde com carinho esse quadro, ele salva vidas. =) Antes de concluir o tpico, importante ressaltar (e relembrar) que o

    RPS/1999 (Decreto n. 3.048/199) garante ao Segurado Especial a concesso alternativamente:

    1. De Aposentadoria por Idade, de Aposentadoria por Invalidez, de Auxlio Doena, de Auxlio Recluso ou de Penso Por Morte, no valor de um salrio mnimo, dispensada a carncia nos casos do Auxlio Doena Acidentrio e da Aposentadoria por Invalidez Acidentria, OU; 2. Dos benefcios especificados na legislao previdenciria, observados os critrios e a forma de clculo estabelecidos, desde que contribua facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC).

    Em suma, conforme dispe a legislao previdenciria, ao Segurado

    Especial restam dois caminhos:

    1. Ter direito aos benefcios com valor de um salrio mnimo, ou; 2. Contribuir facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC) e, por consequncia, obter benefcios de valores maiores.

    Tal opo nada mais do que mais uma forma de proteo ao

    Segurado Especial, que uma classe geralmente composta de sofridos trabalhadores rurais. 03. Reajustamento do Valor do Benefcio.

    O reajustamento da Renda Mensal do Benefcio (RMB), ou seja, do Valor do Benefcio em si uma previso constitucional trazida pelo legislador constitucional derivado por meio da Emenda Constitucional n. 20/1998.

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    Essa previso uma garantia ao segurado em gozo de benefcios

    previdencirios, para que esses no sejam deteriorados em funo da inflao nacional. Observe o dispositivo legal respectivo (CF/1988):

    Art. 201, 4. assegurado o reajustamento dos benefcios (previdencirios) para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real da data de sua concesso.

    A princpio, importante ressaltar dois aspectos: A preservao do valor do benefcio ocorrer de forma permanente

    (e peridica, geralmente uma vez por ano) e;

    Buscar garantir o valor real do benefcio previdencirio. Os valores dos benefcios em manuteno sero reajustados,

    anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajustamento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor (INPC), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Nos ltimos anos, o INPC tem variado entre 6,0% e 7,5% ao ano.

    Para os benefcios que tenham sido majorados devido elevao do

    salrio mnimo, o referido aumento dever ser compensado no momento da aplicao do INPC, de acordo com normas a serem baixadas pelo Ministrio da Previdncia Social (MPS).

    Nos ltimos 5 anos, o salrio mnimo tem sido reajustado, em mdia,

    10,0% ao ano, ou seja, sempre acima da inflao do INPC. Os benefcios com valor mnimo (de 1 salrio mnimo), apresentam

    um reajuste anual maior que os benefcios de valores maiores. Logo, na prtica, no existe compensao entre o aumento do salrio

    mnimo com o aumento do INPC, pois aquele, em regra, maior que esse. Nem preciso lembrar que no existir benefcio que substituir

    remunerao de trabalhador inferior ao SM, porque isso voc j deve estar cansado de saber, no mesmo? Esses benefcios sempre sero reajustados junto com o SM, e acompanharo seu valor integral.

    Quanto sistemtica de pagamento dos benefcios, a legislao

    previdenciria assim dispe:

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    1. Os benefcios com renda mensal superior a 1 salrio mnimo sero pagos do 1. ao 5. dia til do ms subsequente ao de sua competncia, observada a distribuio proporcional do nmero de beneficirios por dia de pagamento, e; 2. Os benefcios com renda mensal no valor de at 1 salrio mnimo sero pagos no perodo compreendido entre o 5. dia til que anteceder o final do ms de sua competncia e o 5. dia til do ms subsequente, observada a distribuio proporcional dos beneficirios por dia de pagamento.

    Observe que os benefcios menores so pagos com preferncia sobre

    os benefcios maiores. Nada mais justo dar precedncia camada menos abastada dos cidados. Para os efeitos de pagamento, considera-se dia til aquele de expediente bancrio com horrio normal de atendimento.

    Nenhum benefcio reajustado poder exceder o limite mximo do SB

    (Teto do RGPS, atualmente em R$ 4.663,75) na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos, nem ser inferior ao valor de um Salrio Mnimo (atualmente em R$ 788,00).

    O valor mensal do Auxlio Acidente ser reajustado por meio da

    aplicao do INPC, conforme demonstrado nesse tpico. Esse benefcio no ter o seu valor variando em funo do SC do segurado.

    Para encerrar o assunto, e para levar com carinho para a prova, o

    Auxlio Acidente e o Salrio Famlia podero ter valor inferior ao Salrio Mnimo. O primeiro, possui carter indenizatrio, o que lhe permite um valor menor que salrio mnimo. J o segundo, Salrio famlia, em regra, sempre ter um valor bem inferior ao salrio mnimo, pois consiste em uma cota por filho menor de 14 anos ou invlido de qualquer idade (atualmente a cota pode ser de R$ 26,20 ou de R$ 37,18). 04. Decadncia e Prescrio.

    Para iniciar esse novo tema, interessante observar o conceito dos seguintes termos jurdicos:

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    Decadncia: a perda do direito material, por no ter sido exercido por quem de direito num perodo de tempo razovel. Prescrio: a perda do direito da ao, ou seja, de reivindicar um direito por meio de ao judicial cabvel.

    Estamos diante do princpio geral do Direito: Dormientibus non

    Succurrit Jus, que significa O Direito no socorre quem dorme. a base da segurana jurdica, pois, imagine se os direitos contassem

    com prazos ad aeternum (eternos, sem fim) para serem gozados ou acionados judicialmente? Com certeza seria um caos no mundo jurdico e no mundo dos fatos.

    Os institutos da Decadncia e da Prescrio buscam reprimir a inrcia

    dos titulares dos direitos, e para isso, fixam prazos legais razoveis para que esses cidados exeram seus direitos.

    Uma vez ocorrida a Decadncia ou a Prescrio, a consequncia

    jurdica, em regra, ser a mesma, ou seja, a impossibilidade de exercitar um direito.

    01. Decadncia e Prescrio na Parte de Benefcios.

    Apresentado os institutos, vamos nos debruar sobre a legislao

    previdenciria quanto parte de Benefcios, que traz a seguinte disposio:

    de 10 anos o prazo de Decadncia de todo e qualquer direito (ou ao) do segurado ou do beneficirio para a reviso do ato de concesso de benefcio, a contar:

    1. Do dia 1. do ms seguinte ao do recebimento da primeira prestao, OU; 2. Quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da deciso indeferitria definitiva no mbito administrativo.

    A legislao previdenciria prev prazo decadencial de 10 anos para

    o segurado ou seu beneficirio, reclamar sobre a reviso do seu benefcio.

    Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ao para haver prestaes vencidas ou

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    quaisquer restituies ou diferenas devidas pela previdncia social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Cdigo Civil de 2002.

    O segurado ter 5 anos para propor ao contra a Previdncia com

    intuito de cobrar os valores devidos pelo INSS para com o segurado. Como voc pode ver, o prazo para decadncia de 10 anos, enquanto

    que o prazo para prescrio de 5 anos. Na prtica, o que isso significa? Vamos a mais um exemplo prtico, para tornar as coisas mais claras!

    =) Suzana aposentada por idade, tendo solicitado o benefcio aos 60

    anos em abril de 2005. No entanto, tomou conhecimento que durante o clculo para concesso do seu benefcio, no foram excludos os 20% menores salrios de contribuio de todo o perodo laboral o qual tinha direito, o que acarretou na reduo do valor da sua RMB. Suzana poder impetrar ao com pedido de reviso AT abril de 2015, pois so de 10 anos o prazo decadencial para reclamar sobre a reviso do benefcio.

    No entanto, prescreve em 5 anos a contar da data em que deveriam

    ter sido pagas (04/2005) o direito de Suzana pleitear ao contra a Previdncia com intuito de cobrar os valores devidos pelo INSS para com o segurado. Dessa forma, estando hoje em abril de 2012, prescreveu em 2010 o direito de a referida aposentada receber a diferena que lhe caberia, referentes a 2005 e 2006, podendo impetrar ao referente apenas aos ltimos 5 anos (2007, 2008, 2009, 2010 e 2011). Observe a linha do tempo:

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    Para efeitos previdencirios, quando pedido de reviso de deciso

    vier acompanhado de novos documentos, alm dos existentes no processo, no ser considerado pedido de reviso, e sim um novo pedido de benefcio. Em suma, a apresentao de novos documentos cria uma nova requisio e no uma mera reviso.

    O pedido de reviso de deciso indeferitria DEFINITIVA de

    benefcio confirmada pela ltima instncia do Conselho de Recursos da Previdncia Social (CRPS), no ter sequncia eventual, aplicando-se, no caso de apresentao de novos documentos, alm dos j existentes no processo, o disposto no pargrafo anterior.

    No caso de reviso de benefcio em manuteno com apresentao

    de novos elementos extemporaneamente ao ato concessrio, os efeitos financeiros devem ser fixados na data do pedido de reviso.

    O direito da Previdncia Social de anular os atos administrativos de

    que decorram efeitos favorveis para os seus beneficirios decai em 10 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m-f, sendo que nesse caso, no ocorrer decadncia para anulao desses atos.

    No caso de efeitos patrimoniais contnuos, o prazo decadencial contar-

    se- da percepo do primeiro pagamento. Considera-se exerccio do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnao validade do ato.

    04/2005 Solicitao de Benefcio: Aposentadoria por Idade

    04/2005 a 04/2015 10 anos

    Perodo decadencial para peticionar reviso de benefcio.

    04/2005 a 04/2010 5 anos

    Perodo Prescricional para impetrar ao para

    cobrana de valores que deveriam ter sido pagos.

    Prescrevem em: 2010 os direitos referentes a 2005, 2011 os direitos referentes a 2006, 2012 os direitos referentes a 2007, e assim por diante.

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 (...)

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    02. Decadncia e Prescrio na Parte de Custeio.

    Quanto parte de custeio, os institutos da decadncia e da prescrio, esto intimamente ligados rea tributria. Para revisar de forma bem superficial, no Direito Tributrio, o que seria prazo decadencial e prazo prescricional? Na esfera federal seria o seguinte:

    Prazo Decadencial: o prazo o qual a Receita Federal do Brasil (RFB) tem para constituir o crdito tributrio referente Contribuio Social, por meio do Lanamento Tributrio. Prazo Prescricional: o prazo o qual a RFB tem para cobrar esse crdito do contribuinte (sujeito passivo).

    Em um esquema bem simples:

    Sobre esse assunto, at o ano de 2008, discutia-se o prazo de

    decadncia e prescrio das contribuies sociais. Esse dilema estava no fato de a Lei n. 8.212/1991 (Plano de Custeio da Previdncia Social) prever que o prazo decadencial e prescricional das contribuies sociais era de 10 anos, ao passo que o Cdigo Tributrio Nacional de 1966 (CTN/1966) sempre definiu que o prazo decadencial e prescricional dos tributos em geral era de 5 anos.

    Prazo Prescricional

    Fato Gerador

    Constituio do CT

    (Lanamento)

    Cobrana do CT 5 Anos 5 Anos

    Prazo Decadencial

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    Existiam doutrinadores apoiando as duas correntes e as provas objetivas de concursos cobravam, ora a literalidade do CTN (5 anos), ora a literalidade da Lei n. 8.212/1991 (10 anos).

    Finalmente, em 2008, aps incontveis demandas judiciais, o

    Supremo Tribunal Federal (STF) publicou a seguinte Smula Vinculante:

    Smula Vinculante n. 08/2008: so inconstitucionais o pargrafo nico do artigo 5. do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam de prescrio e decadncia de crdito tributrio.

    A partir dessa smula, as contribuies sociais (espcie do gnero

    tributo) comearam a seguir os prazos decadenciais e prescricionais presentes no CTN/1966 (5 anos). Diante de tal mudana e adaptando um pouco os dizeres do CTN, temos que:

    Decadncia:

    O direito de a Receita Federal do Brasil constituir o crdito tributrio referente s contribuies Sociais extingue-se aps 5 anos, contados:

    1. Do 1. dia do exerccio seguinte quele em que o crdito poderia ter sido constitudo, ou; 2. Da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, a constituio do crdito anteriormente efetuada.

    Prescrio:

    A ao para a cobrana do crdito tributrio referente s Contribuies Sociais prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituio definitiva.

    Amigo Concurseiro, se cair em sua prova alguma questo sobre

    decadncia ou prescrio de Contribuies Sociais, no tenha dvida, o prazo de 5 anos. =)

    Para concluir o assunto, vou apresentar um quadro resumo sobre

    Decadncia e Prescrio no Direito Previdencirio: Prazo:

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    Decadencial: Prescricional:

    Benefcios

    Reviso de Benefcios: 10 anos -

    Cobrana de valores devidos pelo INSS: - 5 anos

    Anulao de atos favorveis ao segurado: 10 anos -

    Custeio Constituio da Contribuio Social: 5 anos -

    Cobrana da Contribuio Social: - 5 anos

    05. Acumulao de Benefcios Previdencirios.

    A acumulao de benefcios previdencirios acontece de forma expressa na legislao previdenciria (Lei n. 8.213/1991, Decreto n. 3.048/1999 e Instruo Normativa INSS/PRESS n. 77/2015).

    Por se tratar do instrumento mais recente e mais detalhado,

    adotaremos a Instruo Normativa INSS/PRESS n. 77/2015 como base para nossos estudos neste ponto do curso.

    Sendo assim, conforme dispe o ato normativo supracitado, em seu

    Art. 528, salvo no caso de direito adquirido, NO permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefcios, inclusive quando decorrentes de acidentes do trabalho:

    1. Aposentadoria com Auxlio Doena; 2. Auxlio Acidente com Auxlio Doena, do mesmo acidente ou da mesma doena que o gerou; 3. Renda Mensal Vitalcia (antigo benefcio previdencirio extinto pela Lei Orgnica da assistncia Social LOAS) com qualquer outra espcie de benefcio da Previdncia Social; 4. Penso Mensal Vitalcia de Seringueiro (Soldado da Borracha), com qualquer outro Benefcio de Prestao Continuada (BPC) mantido pela Previdncia Social; 5. Auxlio Acidente com Aposentadoria, quando a consolidao das leses decorrentes de acidentes de qualquer natureza ou o preenchimento dos requisitos da aposentadoria sejam posteriores a 11/11/1997; 6. Mais de uma Aposentadoria;

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    7. Aposentadoria com Abono de Permanncia em Servio (antigo benefcio previdencirio extinto em 1994); 8. Salrio Maternidade com Auxlio Doena ou Salrio Maternidade com Aposentadoria por Invalidez; 9. Mais de um Auxlio Doena, inclusive acidentrio; 10. Mais de um Auxlio Acidente; 11. Mais de uma Penso por Morte deixada por cnjuge ou companheiro, facultado o direito de opo pela mais vantajosa; 12. Penso por Morte deixada por cnjuge ou companheiro com Auxlio Recluso de cnjuge ou companheiro, facultado o direito de opo pelo mais vantajoso; 13. Mais de um Auxlio Recluso de instituidor cnjuge ou companheiro, facultado o direito de opo pelo mais vantajoso; 14. Auxlio Recluso pago aos dependentes, com Auxlio Doena, Aposentadoria ou Abono de Permanncia em Servio (extinto em 1994) ou Salrio Maternidade do segurado recluso; 15. Seguro Desemprego com qualquer Benefcio de Prestao Continuada (BPC) da Previdncia Social, exceto Penso por Morte, Auxlio Recluso, Auxlio Acidente, Auxlio Suplementar (benefcio extinto) e Abono de Permanncia em Servio (benefcio extinto); 16. Benefcio Assistencial com Benefcio da Previdncia Social ou de qualquer outro regime previdencirio, exceto nos seguintes casos especficos:

    a) Penso Indenizatria a Cargo da Unio; b) Penso Especial aos Deficientes Fsicos Portadores da Sndrome da Talidomida (Lei n. 7.070/1982); c) Benefcio Indenizatrio a Cargo da Unio; d) Penso Especial aos Dependentes das Vtimas da Hemodilise de Caruaru/PE (Lei n. 9.422/1996), e;

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    e) Penso Especial (Hansenase), prevista na Lei n. 11.520/2007.

    17. Auxlio Suplementar (benefcio extinto) com Aposentadoria ou Auxlio doena, observado quanto ao auxlio doena o seguinte:

    a) Se, em razo de qualquer outro acidente ou doena, o segurado fizer jus a Auxlio Doena, o Auxlio Suplementar ou Auxlio Acidente ser mantido, concomitantemente com o Auxlio Doena e, quando da cessao deste ser:

    - Mantido, se no for concedido novo benefcio, ou; - Cessado, se concedido Auxlio Acidente ou Aposentadoria.

    Alm dos casos de acumulaes proibidas supracitadas, devemos ter

    conhecimento das seguintes nuances presentes na Instruo Normativa INSS/PRESS n. 77/2015 (por favor, no precisa decorar):

    a) A partir de 13/12/2002, o segurado recluso, que contribuir facultativamente para o RGPS, no faz jus aos benefcios de Auxlio Doena e de Aposentadoria durante a percepo, pelos dependentes, do Auxlio Recluso, sendo permitida a opo, desde que manifestada, tambm, pelos dependentes, pelo benefcio mais vantajoso; b) Salvo nos casos de Aposentadoria por Invalidez ou Especial, observado quanto a ltima, o retorno do aposentado atividade no prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que ser mantida no seu valor integral; c) O Auxlio Suplementar ou Auxlio Acidente ser suspenso at a cessao do Auxlio Doena acidentrio concedido em razo do mesmo acidente ou doena, devendo ser restabelecido aps a cessao do novo benefcio ou cessado se concedida aposentadoria; d) Comprovada a acumulao indevida na hiptese estabelecida no tpico 15 supracitado, dever o fato ser comunicado a rgo prprio do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), por ofcio, informando o nmero do PIS do segurado; e) permitida a acumulao dos benefcios previstos no RGPS com o benefcio de que trata a Lei n. 7.070/1982, concedido aos portadores da deficincia fsica conhecida como Sndrome da Talidomida;

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    f) Ser permitida ao menor sob guarda a acumulao de recebimento de Penso por Morte em decorrncia do falecimento dos pais biolgicos com Penso por Morte de um dos seus guardies, somente quando esta ltima ocorrer por determinao judicial, e; g) Para benefcios assistenciais iniciados a partir de 18/11/2011, ser permitida a acumulao com as penses indenizatrias a cargo da Unio, observado o disposto no tpico 16 supra apresentado. Dando continuidade, devemos nos lembrar de que, apesar de o

    Seguro Desemprego ser um benefcio de natureza previdenciria, ele no pago pelo INSS e sim pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Mesmo sendo uma benesse da esfera trabalhista, o legislador previdencirio trouxe algumas restries de acumulao, conforme apresentado acima.

    Quanto a Sndrome de Talidomida, considero importante conhecer

    um pouco da histria por trs dessa benesse. Desde o final da dcada de 50, o sedativo Talidomida est presente no mercado mundial. Sendo que essa medicao foi desenvolvida na Alemanha e tinha como objetivo controlar a ansiedade e os constantes enjoos das mulheres grvidas.

    Porm, a partir de meados da dcada de 60 foi descoberto que essa

    medicao provocava a m formao dos fetos dessas gestantes, sendo proibida a sua posologia a mulheres grvidas.

    Recentemente, em 2010, cientistas japoneses comprovaram que a

    Talidomida interfere diretamente na formao fetal, inativando a enzima Cerebol, de importncia essencial nos primeiros meses de vida para formao dos membros do beb.

    Voltando ao Direito Previdencirio, essa penso prevista na Lei n.

    7.070/1982 no poder ser reduzida em razo de eventual aquisio de capacidade laborativa ou de reduo de incapacidade para o trabalho ocorrida aps a concesso da penso vitalcia.

    Agora, que todas as disposies sobre acumulao de benefcios

    foram apresentadas, vou expor um interessantssimo quadro-resumo para a sua prova, com as principais combinaes cobradas em provas. =)

    Devo ressaltar, que na tabela abaixo, somente so proibidas as

    acumulaes cujo campo de cruzamento aparece a palavra No. Todos os benefcios cujo campo de cruzamento aparea em branco, quer dizer que so benefcios acumulveis.

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    Apos.

    Inv.

    Apos.

    Id.

    Apos.

    Tc.

    Apos.

    Esp.

    Aux.

    Doe.

    Sal.

    Fam.

    Sal.

    Mat.

    Aux.

    Acid.

    Penso

    Morte

    Aux.

    Recl.

    Abono

    Perman.

    Seguro

    Desemp.

    Benef.

    Assist.

    Apos.

    Inv. No No No No No No No No No No No

    Apos.

    Id. No No No No No No No No No No

    Apos.

    Tc. No No No No No No No No No No

    Apos.

    Esp. No No No No No No No No No No

    Aux.

    Doe. No No No No No No

    No

    (1) No No No

    Sal.

    Fam. No No

    Sal.

    Mat. No No No No No

    Aux.

    Acid. No No No No

    No

    (1) No No

    Penso

    Morte No No No

    Aux.

    Recl. No No No No No No No No No No

    Abono

    Perman. No No No No No No

    Seguro

    Desemp. No No No No No No No

    Benef.

    Assist. No No No No No No No No No No No

    (1) Mesma doena ou mesmo acidente

    Para arrematar esse tpico, com chave de ouro, vou deixar um

    resumo da parte de Benefcios:

    Benefcio: 1. Quem

    tem direito:

    2. Requisitos para concesso: 3. RMB:

    PC TC Id. Mn.

    Apos. por Idade (FP optativo)

    P/Defic.:

    FP favorvel

    CADES F 180 -

    65-H e 60-H Rural 60-M e 55-M Rural

    60-H Defic. + TC 55-M Defic. + TC

    70% x SB + 1%/12CS

    Apos. Por TC (FP obrigatrio)

    P/Defic.:

    FP favorvel

    CADES(1) F 180

    35-H e 30-H Prof. 30-M e 25-M Prof.

    H Defic.:

    25, 29 ou 33.

    - 100% x SB

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    M Defic.: 20, 24 ou 28.

    Apos. Invalidez CADES F 12 - regra

    0 - Acident. - - 100% x SB

    Apos. Especial E, A e

    C (Coop) 180

    15, 20 ou 25 anos em ativ. Especial

    - 100% x SB

    Aux. Doena CADES F 12 - regra

    0 - Acident. - - 91% x SB

    Aux. Acidente E, A e S 0 - - 50% x SB

    Aux. Recluso Depend. dos

    CADES F 0 - -

    100% x RMB Apos. Invalid.

    Sal. Maternidade

    CADES F 10 (C, S, F) 0 (E, D, A)

    - - Sal. da Segurada (limite - Teto do

    STF)

    Sal. Famlia E, A e Trab. Rural Apos.

    0 - - Cota/filho

    Penso P/Morte depend. dos

    CADES F 0 - -

    100% x RMB Apos. Invalid.

    (1) Segurado especial s tem direito a Aposentadoria por TC quando contribuir facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC).

    06. Acidente do Trabalho.

    Para iniciarmos esse novo tpico, nada melhor que observamos a atual definio legal de Acidente do Trabalho:

    Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio de empresa ou de empregador domstico ou pelo exerccio do trabalho dos segurados especiais (S), provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho.

    O Acidente do Trabalho aquele que acontece em razo do exerccio

    do ofcio pelo trabalhador e causa leses corporais ou perturbaes funcionais que causem:

    1. Morte; 2. Perda permanente da capacidade laboral; 3. Perda temporria da capacidade laboral; 4. Reduo permanente da capacidade laboral, ou; 5. Reduo temporria da capacidade laboral.

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    Para reduzir as chances de Acidente do Trabalho, a legislao

    previdenciria prev que, cabe empresa a reponsabilidade pela adoo e o uso de medidas coletivas e individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador. Essa disposio legislativa corroborada pela Norma Regulamentadora (NR) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) n. 06/1978, a qual afirma que empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC) adequados aos riscos da atividade.

    O no atendimento, por parte da empresa, das normas de segurana e higiene do trabalho, constitui contraveno penal (crime menor ou crime ano, como definiu o ilustre Doutrinador Penal Nelson Hungria), punvel com multa. dever da empresa, inclusive, prestar todas as informaes pormenorizadas sobre os riscos da operao e execuo das atividades aos seus trabalhadores.

    Para garantir tal prestao, cabe ao MTE, a fiscalizao das obrigaes

    em matria de Segurana e Sade do Trabalho (SST). Devo ressaltar ainda, que os sindicatos e entidades representativas da classe acompanharo o fiel cumprimento dessas obrigaes por parte da empresa.

    A legislao previdenciria clara ao afirmar que nos casos de negligncia quanto s normas de SST indicadas para a proteo individual e coletiva, a previdncia social propor Ao Regressiva contra os responsveis.

    Os Peritos Mdicos Previdencirios (INSS) tero acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se encontrem os documentos referentes ao controle mdico de sade ocupacional, e aqueles que digam respeito ao programa de preveno de riscos ocupacionais, para verificar a eficcia das medidas adotadas pela empresa para a preveno e controle das doenas ocupacionais.

    Alm disso, o INSS auditar a regularidade e a conformidade das

    demonstraes ambientais, incluindo-se as de monitoramento biolgico, e dos controles internos da empresa relativos ao gerenciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informaes prestadas pela empresa e constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigaes relativas ao acidente de trabalho.

    Os Peritos Mdicos Previdencirios devero, sempre que constatar o

    descumprimento do disposto na legislao, comunicar formalmente aos

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    demais rgos interessados na providncia, inclusive para aplicao e cobrana da multa devida.

    Alm do Acidente do Trabalho propriamente dito, a legislao

    previdenciria traz uma srie de causas que so equiparadas ao Acidente do Trabalho, a saber:

    1. Doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo MTE.

    A Doena Profissional aquela causada em razo de um trabalho

    peculiar, ou seja, em funo de uma atividade muito especfica e no comum.

    Como exemplo, podemos citar a intoxicao pelo chumbo nos

    montadores de bateria automotiva, ou ainda, a perda auditiva dos trabalhadores metalrgicos que trabalham com caldeiras ou vasos de presso. Como podemos perceber, no so atividades cotidianas.

    2. Doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante de relao elaborada pelo MTE.

    A Doena do Trabalho aquela causada em razo de condies

    especiais de um trabalho convencional. No estamos diante de atividades peculiares, mas sim atividades comuns.

    Como exemplo, podemos citar a Leso por Esforo Repetitivo (LER)

    que afeta geralmente os trabalhadores que passam horas por dia na frente de um computador digitando e processando dados, como o caso dos bancrios e secretrias.

    Vamos deixar bem claro a diferena entre DOENA PROFISSIONAL

    E DOENA DE TRABALHO! Como determina a doutrina trabalhista majoritria, molstia

    profissional ou doena profissional, a que o empregado contrai em consequncia do exerccio de sua atividade laboral, como, por exemplo, o saturnismo (espcie de intoxicao) dos que trabalham com chumbo.

    Em sua origem, como em suas consequncias, a doena profissional

    se confunde com o acidente de trabalho. Diferenciam-se na forma de

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    produo, pois, enquanto o acidente propriamente dito produz-se sbita e inesperadamente, a molstia profissional evolui lentamente, tendo causa durvel e, por assim dizer, permanente.

    Dando continuidade, devemos ter cuidado pois algumas doenas

    NO so classificadas como Doena do Trabalho, logo, tambm NO so equiparadas ao Acidente do Trabalho, a saber:

    a) A doena degenerativa; b) A inerente a grupo etrio; c) A que no produza incapacidade laborativa, e; d) A doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

    Em caso excepcional, constatando-se que a doena no

    classificada como Doena Profissional ou Doena do Trabalho, resultou nas condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, cabe a Previdncia Social considerar essa doena como um caso de Acidente do Trabalho.

    Agora, vamos dar continuidade a srie de causas que so

    equiparadas ao Acidente do Trabalho:

    3. O acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao.

    O acidente que contribuiu de maneira acessria para a morte ou

    reduo/perda da capacidade laboral do trabalhador considerado, perante a legislao previdenciria e trabalhista, como Acidente do Trabalho.

    Imagine que Marcos esteja tomando um cafezinho na cantina da

    empresa no exato momento da queda de uma viga de ao sobre a sua perna direita, derrubando-o do 5. andar at o trreo.

    A queda da viga, seguida da queda de Marcos foram as causas do

    acidente, ainda que Marcos no estivesse de fato trabalhando (pois estava tomando caf no momento da queda do objeto).

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    Nesse caso, o acidente com a viga de ao foi um acidente ligado ao

    trabalho, que embora no tenha sido causa nica, contribuiu diretamente para morte de Marcos, afinal de contas, alm de sofrer com a queda da viga em sua perna, o trabalhador azarado foi lanado de uma altura de aproximadamente 15 metros, o que lhe causou a morte! um exemplo mrbido, mas interessante.

    4. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em consequncia de:

    a) Ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) Ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) Ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) Ato de pessoa privada do uso da razo, e; e) Desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.

    Todos os atos listados, desde que sofrido no local de trabalho, so

    considerados Acidentes do Trabalho para efeitos legais. No merecem maiores comentrios por se tratar de uma lista autoexplicativa.

    5. A doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;

    A contaminao acidental, perante a legislao previdenciria,

    tambm considerada um Acidente do Trabalho.

    6. O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:

    a) Na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa; b) Na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito; c) Em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor

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    capacitao da mo de obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado, e; d) No percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.

    Todos os atos listados, ainda que sofridos fora local de trabalho, so

    considerados Acidentes do Trabalho para efeitos legais. No merece maiores comentrios, pois se trata de uma lista autoexplicativa.

    Para a legislao previdenciria, considera-se como se no exerccio do trabalho estivesse, os perodos, no prprio local de trabalho, destinados a refeio, descanso ou para satisfao de outras necessidades fisiolgicas.

    Conforme dispe a legislao previdenciria, a percia mdica do INSS considerar caracterizada a natureza acidentria da incapacidade quando constatar ocorrncia de nexo tcnico epidemiolgico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relao entre a atividade da empresa ou do empregado domstico e a entidade mrbida motivadora da incapacidade elencada na Classificao Internacional de Doenas (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.

    Na falta desse nexo tcnico, a Percia Mdica no realizar a

    caracterizao do suposto Acidente do Trabalho. Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando

    se verificar nexo tcnico epidemiolgico entre a atividade da empresa e a entidade mrbida motivadora da incapacidade, elencada na CID.

    Reconhecidos pela Percia Mdica do INSS a incapacidade para o

    trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo, sero devidas as prestaes acidentrias a que o beneficirio tenha direito.

    Para fins previdencirios, considera-se agravo a leso, doena,

    transtorno de sade, distrbio, disfuno ou sndrome de evoluo aguda, subaguda ou crnica, de natureza clnica ou subclnica, inclusive morte, independentemente do tempo de latncia.

    A percia mdica do INSS poder deixar de reconhecer o nexo tcnico

    epidemiolgico, quando demonstrada a inexistncia de nexo entre o trabalho e o agravo.

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    Por fim, a empresa ou o empregador domstico podero requerer a no aplicao do nexo tcnico epidemiolgico, de cuja deciso caber recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador domstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdncia Social (CRPS). 01. Comunicao do Acidente do Trabalho.

    Conforme determina a nossa legislao previdenciria, temos a seguinte determinao legal:

    A empresa ou o empregador domstico devero comunicar o Acidente do Trabalho, ocorrido com o empregado (E), o domstico (D) e o trabalhador avulso, Previdncia Social at o 1. dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sob pena de multa varivel entre o limite mnimo (salrio mnimo) e o limite mximo (teto do RGPS) do salrio de contribuio, sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia Social.

    A empresa ou o empregador domstico tem o dever de comunicar ao

    INSS sobre os Acidentes do Trabalho ocorridos. Essa comunicao dever ser feita por meio da Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT), que o documento oficial de registro de acidentes. Essa comunicao deve seguir os seguintes prazos:

    1. Em regra, o INSS deve ser informado at o 1. dia til seguinte a acidente, ou; 2. Em caso de morte, o INSS deve ser avisado imediatamente. As multas pela no comunicao ao INSS ou pela comunicao

    extempornea variam entre o valor do salrio mnimo (R$ 788,00) e o teto do RGPS (R$ 4.663,75).

    Da CAT original ser fornecida cpia fiel (idntica) ao acidentado

    ou seus dependentes (em caso de morte) e ao sindicato da categoria do acidentado ou do de cujus (falecido). No caso de multa, o sindicato da categoria poder acompanhar a cobrana, pela Previdncia Social, da multa supracitada.

    A falta de comunicao ao INSS pela empresa ou pelo empregador

    domstico pode ser formalizada junto autarquia previdenciria pelo prprio acidentado, pelos seus dependentes, pelo respectivo sindicato, pelo mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica.

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    Os casos de comunicao previstas no pargrafo acima no seguem

    os prazos estabelecidos para a empresa: 1 dia til (regra) ou de imediato (caso de morte), muito menos eximem as empresas e os empregadores domsticos da responsabilidade pela falta de comunicao