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1 1 Escola Superior de Educação Instituto Politécnico de Bragança Licenciatura em Educação Básica UC: Metodologia de Investigação em Educação (2.º Ano) 2010 / 2011 2 Descrever, analisar e interpretar dados e resultados provenientes de uma investigação; Desenvolver uma atitude de investigação face à realidade educativa; Compreender conceitos e questões metodológicas de instrumentação, recolha de dados, análise de dados e interpretação de dados em estudos de natureza qualitativa ou de natureza quantitativa; Compreender os pressupostos de uma investigação científica e elaborar relatórios de investigação adequados à investigação em Educação. Resultados de Aprendizagem e Competências 3 Descrever, analisar e interpretar dados e resultados provenientes de uma investigação; Desenvolver uma atitude de investigação face à realidade educativa; Compreender conceitos e questões metodológicas de instrumentação, recolha de dados, análise de dados e interpretação de dados em estudos de natureza qualitativa ou de natureza quantitativa; Compreender os pressupostos de uma investigação científica e elaborar relatórios de investigação adequados à investigação em Educação. Resultados de Aprendizagem e Competências 4 A investigação em Educação Noções genéricas sobre investigação A importância da investigação científica na formação de professores Questões éticas na investigação em Educação Conteúdo da unidade curricular (versão detalhada) 5 Planeamento e delimitação da investigação Definição do problema. Exploração. Formulação de hipóteses Construção do modelo de análise e definição das variáveis Escalas de medida Selecção das unidades de observação Metodologias quantitativas e qualitativas Conteúdo da unidade curricular (versão detalhada) 6 Pressupostos da investigação Paradigmas da investigação Métodos e técnicas da investigação Técnicas de recolha de dados Conteúdo da unidade curricular (versão detalhada)

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1

Escola Superior de EducaçãoInstituto Politécnico de Bragança

Licenciatura em Educação Básica

UC: Metodologia de Investigação em Educação

(2.º Ano)

2010 / 2011

2

�Descrever, analisar e interpretar dados e resultados provenientes de uma investigação;

�Desenvolver uma atitude de investigação face à realidade educativa;

�Compreender conceitos e questões metodológicas de instrumentação, recolha de dados, análise de dados e interpretação de dados em estudos de natureza qualitativa ou de natureza quantitativa;

�Compreender os pressupostos de uma investigação científica e elaborar relatórios de investigação adequados à investigação em Educação.

Resultados de Aprendizagem e Competências

3

�Descrever, analisar e interpretar dados e resultados provenientes de uma investigação;

�Desenvolver uma atitude de investigação face à realidade educativa;

�Compreender conceitos e questões metodológicas de instrumentação, recolha de dados, análise de dados e interpretação de dados em estudos de natureza qualitativa ou de natureza quantitativa;

�Compreender os pressupostos de uma investigação científica e elaborar relatórios de investigação adequados à investigação em Educação.

Resultados de Aprendizagem e Competências

4

A investigação em Educação

�Noções genéricas sobre investigação

�A importância da investigação científica na formação de professores

�Questões éticas na investigação em Educação

Conteúdo da unidade curricular(versão detalhada)

5

Planeamento e delimitação da investigação

�Definição do problema. Exploração. Formulação de hipóteses

�Construção do modelo de análise e definição das variáveis

�Escalas de medida

�Selecção das unidades de observação

�Metodologias quantitativas e qualitativas

Conteúdo da unidade curricular(versão detalhada)

6

Pressupostos da investigação

�Paradigmas da investigação

�Métodos e técnicas da investigação

�Técnicas de recolha de dados

Conteúdo da unidade curricular(versão detalhada)

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Tratamento e interpretação dos dados

�Conceitos associados ao tratamento de dados

�Organização, interpretação e apresentação de dados

�Utilização de recursos estatísticos adequados na organização, tratamento e apresentação de dados

Redacção de um trabalho científico

� Estrutura de um trabalho científico

�Normas APA de apresentação da bibliografia

Conteúdo da unidade curricular(versão detalhada)

8

Métodos de ensino e aprendizagem

�Exploração dos temas recorrendo a diversas formas

� Processos expositivos

�Discussão de textos

� Elaboração de relatórios ou trabalhos de pesquisa

�Debates de temas em grupo

� Trabalho individual ou em grupo

� Resolução de tarefas de tipo e natureza diversificados.

Conteúdo da unidade curricular(versão detalhada)

9

Avaliação

�Avaliação Contínua - (Ordinário, Trabalhador) (Final)

� Prova Intercalar Escrita - 60% (Teste escrito sumativo);

�Discussão de trabalhos - 40% (Realização e discussão das tarefas propostas ou de trabalhos individuais ou em grupo).

�Avaliação de exame - (Ordinário, Trabalhador) (Recurso, Especial)

� Exame Final Escrito - 100% (Avaliação resultante da realização de exame prevista no Regulamento de Frequência e Avaliação em vigor).

Alternativas de avaliação

10

Avaliação – Exame

�O exame final será realizado tendo em conta o programa da unidade curricular;

� As classificações obtidas na discussão de trabalhos e na prova intercalar escrita não serão tidas em conta na classificação obtida por exame;

� A classificação final na unidade curricular será a obtida no exame, tendo em conta a legislação em vigor.

Alternativas de avaliação

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O trabalho final deve evidenciar:

�Um problema, objectivos e hipóteses (ou questões) de investigação;

�Revisão de literatura que fundamente as hipóteses (ou questões) de investigação formuladas;

�Metodologia utilizada na resolução do problema em estudo;

� Descrição do modo como se pretende fazer a apresentação, o tratamento e a análise de dados;

�Considerações finais;

� Bibliografia referenciada (normas APA).

Trabalho Final

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Os principais indicadores, com pesos idênticos, a considerar na apreciação do trabalho escrito são:

�Apresentação, expressão escrita e estruturação do trabalho;

�Rigor conceptual, aprofundamento e inovação da problemática em estudo;

�Consistência da temática, em estudo, com a sua exequibilidade prática e a metodologia;

�Apresentação, tratamento, análise e discussão de dados;

�Conclusões, relevância e correcção das referências, citações e bibliografia.

Avaliação Trabalho Escrito – Indicadores

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�Na apresentação oral deverão ser considerados os seguintes aspectos:

�Capacidade de comunicação e de argumentação;

�Coerência de discurso com sequência lógica;

� Domínio da problemática e capacidade de síntese;

�Distinção entre o essencial e o acessório e cumprimento do tempo previsto;

�O empenho e a atitude perante novas situações.

Avaliação: Apresentação Oral – Indicadores

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Investigação

�O que é a investigação?

�É a procura de resposta para problemas;

�“É um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento” (Ander-Egg, 1978: 28, citado por Marconi &

Lakatos, 2003);

�É uma atitude e uma prática de permanente procura da verdade ou da realidade;

Investigação em Educação

15

Investigação

�É um procedimento ou conjunto de procedimentos com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer realidades ou descobrir verdades;

�Uma investigação é um processo de construção do conhecimento, tendo como principais metas gerar novo conhecimento, validar ou refutar conhecimento preexistente.

Investigação em Educação

16

Tópicos de Discussão

�Qual é a importância da Investigação na formação de professores?

� Quais são as questões éticas que devem ser consideradas quando se investiga no contexto da formação de professores?

Investigação em Educação

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Tipos de conduta antiética

�Apresentar dados ou artefatos que não existem;

�Apresentar documentos ou objetos forjados;

�Falsificar dados reais ou provas ou dados deliberadamente distorcidos;

�Usar idéias ou textos de outras pessoas sem atribuir-lhes a autoria (plágio), inclusive deliberada violação de direitos de autor (copyright);

�Falsificar a autoria, omitindo um autor;

�Falsificar a autoria incluindo autor que não colaborou para o trabalho;

� Falsificar o status da publicação.(Charles Pessanha, Ci. Inf. vol.27 n.2 Brasília 1998)

Investigação em Educação

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Tarefa: Estruturar, para a investigação sobre um tema relevante para a prática de ensino, um projecto com os tópicos:

�Um problema, objectivos e hipóteses (ou questões) de investigação;

�Revisão de literatura que fundamente a investigação;

�Metodologia utilizada (ou a utilizar) na resolução do problema em estudo;

� Apresentação, tratamento, análise e discussão de dados;

� Considerações finais;

� Bibliografia referenciada (normas APA).

Projecto para o trabalho final

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Planeamento e delimitação da investigação

Principais procedimentos de uma investigação

� Definição do problema;

� Revisão bibliográfica;

� Planificação do processo de resolução;

� Execução da planificação definida;

� Recolha de dados;

� Organização e apresentação dos dados;

� Análise e interpretação dos dados.

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Definição do problema

� Identificar e descrever o problema de uma forma clara e facilmente entendível;

� Estabelecer relações;

� Apreciar a pertinência do problema;

� Precisar os objectivos;

� Precisar as linhas orientadoras em que se acredita, para resolver o problema.

Planeamento e delimitação da investigação

21

Revisão bibliográfica

� Situar o problema;� Precisar a metodologia;

� Procurar contributos nas teorias existentes;

� Decidir pela técnica de recolha de dados mais adequada;

� Considerar o conhecimento produzido em Investigações anteriores;

� Analisar problemas anteriores relacionados� Consultar bases de dados;� Atender a debates e a consulta a especialistas;� Analisar sínteses temáticas.

Planeamento e delimitação da investigação

22

Planificação do processo de resolução do problema

� Registar os procedimentos necessários à resolução do problema;

� Definir as variáveis ou categorias a estudar;� Definir uma calendarização para a realização de cada

fase de resolução problema;� Definir e validar os instrumentos de recolha de dados;� Calendarizar a administração dos instrumentos de

recolha de dados.

Planeamento e delimitação da investigação

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Execução da planificação definida

� Seleccionar uma amostra;� Criar condições para implementar a planificação

realizada;� Executar durante o período de tempo calendarizado

as actividades ou procedimentos propostos para a resolução do problema.

Planeamento e delimitação da investigação

24

Recolha de dados

� Administrar os instrumentos de recolha de dados ou implementar o processo definido para esse efeito.

� Obter os dados da forma considerada mais conveniente para o problema em estudo;

� Reunir e registar sistematicamente os dados.

Formas de recolha de dados

� Observações;� Inquéritos (entrevistas ou questionários);� Experiências e registo dos aspectos em estudo;� Pesquisas bibliográfica ou documental.

Planeamento e delimitação da investigação

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Organização e apresentação dos dados

� Agrupar os dados separando o essencial do acessório, para o estudo em causa;

� Resumir os dados através de contagens ou da sua classificação em categorias;

� Apresentar os dados de forma que permitam uma fácil leitura e compreensão.

Formas de apresentação de dados

� Tabelas;� Gráficos;� Quadros;� Texto.

Planeamento e delimitação da investigação

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Análise e interpretação dos dados

� Obtenção de indicadores e conclusões acerca dos resultados do estudo, recorrendo a:

� Comparações;� Testes estatísticos;� Correlações;� Medidas estatísticas, entre as quais:

� Média;� Moda;� Mediana;� Variância;� Desvio padrão.

Planeamento e delimitação da investigação

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Tarefa

1. Identifique um problema que gostaria de contribuir para a sua resolução.

1.1. Refira as principais etapas que vai considerar na sua resolução;

1.2. Descreva com pormenor cada uma das etapas referidas;

1.3. Apresente à turma o trabalho desenvolvido.

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Escalas de Medida

Estrutura do processo de medição

�A estrutura do processo de medição tem quatro níveis:

� A variável (propriedade que se quer medir – exemplos: inteligência, memória, temperatura);

� O atributo (o grau ou modalidade em que se manifesta a propriedade medida – exemplos: baixo, médio, alto);

� O valor (modo de expressar de forma numérica o atributo – exemplo: 1, 2 e 3);

� A relação (“ligação” entre os vários valores da variável).

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Escalas de Medida

Estrutura do processo de medição

Variável

Classificação final

Atributos Excelente Satisfaz

bastante

Satisfaz Satisfaz

pouco

Não

satisfaz

Valores

5

4

3

2

1

Relação

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Variáveis

Conceito de variável

� “Uma variável é uma quantidade que pode tomar váriosvalores, mas cujo valor numa dada situação é muitas vezesdesconhecido. Isto deve ser contrastado com umaquantidade constante" (Paulos, 1991: 242).

� “Como o termo sugere, variável reporta-se acaracterísticas que podem tomar diferentes valores oucategorias, o que se opõe ao conceito de “constante” (Almeida& Freire, 2000).

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Variáveis

Natureza da medida das variáveis

�As variáveis, relativamente à natureza dos valores que podem assumir, classificam-se em:

� Variáveis qualitativas

�Exemplos: qualidade do ar, estado do tempo, situação financeira do país;

� Variáveis quantitativas

�Exemplos: ordenado mensal, custo das propinas, número de desempregados.

32

Variáveis qualitativas

Variáveis qualitativas

�Os valores possíveis de uma variável qualitativa são qualidades ou símbolos.

� A relação entre esses valores só tem sentido em termos de igualdade ou desigualdade.

� As variáveis qualitativas (descrevem tipos ou classes) podem ser:

�Dicotómicas (apenas duas categorias);

�Exemplos: Sexo, possuir carta de condução.

�Politómicas (três ou mais categorias)

�Exemplos: Estado civil, escolas que frequentadas.

33

Variáveis quantitativas

Variáveis quantitativas

�Os valores de uma variável quantitativa são representados através de números.

� As variáveis quantitativas podem ser:

� Discretas;

�Exemplos: Idade em anos, número de alunos de uma escola, classificação final nos cursos da ESEB.

� Contínuas

�Exemplos: Comprimento, peso, tempo.

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Variáveis quantitativas

Variáveis quantitativas

� Uma variável diz-se discreta quando os seus valores podem ser relacionados por uma correspondência biunívoca com um subconjunto de números inteiros.

� Uma variável diz-se contínua quando os seus valores podem ser relacionados por uma correspondência biunívoca com intervalos de números reais.

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Escalas de medida das variáveis

Propriedades das escalas de medida das variáveis

� As escalas consistem em modos de expressar a qualidade ou a quantidade dos dados. Para que as escalas utilizadas possam responder aos vários tipos de valores que os atributos assumem numa investigação, estas escalas precisam de apresentar duas propriedades:

�Exaustividade: abrangência que permite representar todos os dados possíveis;

�Exclusividade: coerência para que qualquer dado só possa ser representado de uma única forma.

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Escalas de medida das variáveis

Actividade

1. Considerem os alunos presentes na sala.

1.1. Seleccionem uma variável quantitativa no contexto da turma.

1.1.1. Descrevam o processo de medição utilizado;1.1.2. Verifiquem as propriedades de exaustividade e de exclusividade.

1.2. Seleccionem uma variável qualitativa no contexto da turma.

1.2.1. Descrevam o processo de medição utilizado;1.2.2. Verifiquem as propriedades de exaustividade e de exclusividade.

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37

Tipos de escalas de medida das variáveis

Tipos de escalas de medida

� As variáveis relativamente à escala de medida podem distribuir-se por:

� Nominais;

� Ordinais;

� Intervalares;

� Proporcionais (ou de razão).

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Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala nominal

� As escalas nominais são meramente classificativas;

� É um nível de representação baseado no agrupamento e classificação de elementos para a formação de conjuntos distintos;

� As observações são divididas em categorias segundo um ou mais dos seus atributos;

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Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala nominal

� Os registos são, essencialmente, qualitativos, referentes ao tipo de sujeito, de objecto ou de acontecimento;

� Para que se satisfaça o princípio da exaustividade é preciso que cada caso possível tenha uma classificação, o que implica, muitas vezes, a definição de uma categoria complementar denominada por "outros“;

� Nas escalas nominais utilizam-se com frequência contagens e a moda para referenciar os dados.

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Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala nominal

Variável Categoria Valor da escala

Género Masculino 1

Feminino 2

Estado Civil Casado 1

Solteiro 2

Viúvo 3

Divorciado 4

Usa óculos ? Sim 1

Não 2

41

Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala ordinal

� Nas escalas ordinais os indivíduos ou as observações distribuem-se segundo uma certa ordem que pode ser crescente ou decrescente, permitindo estabelecer-se diferenciações;

� A escala ordinal permite a avaliação de um fenómeno em termos da sua situação dentro de um conjunto de patamares ordenados, variando desde um patamar mínimo até um patamar máximo.

42

Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala ordinal

� Na escala ordinal a variável utilizada para medir uma determinada característica, além de identificar a pertença a uma classe, também pressupõe que as diferentes classes estão ordenadas sob um determinado critério;

� Cada observação faz a associação do indivíduo medido a uma determinada classe, sem, no entanto, quantificar a magnitude da diferença face aos outros indivíduos;

� Uma escala ordinal é aquela em que os números servem além de nomear, identificar, classificar e ordenar, segundo um processo de comparação, as pessoas, objectos ou factos, em relação a determinada característica.

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43

Tipos de escalas de medida das variáveis

Escala ordinal�Hierarquizar as marcas de automóvel pelos atributos, consumo, desempenho, Beleza, custo de manutenção e modernidade, sendo: 1 = melhor, 2 = intermédio, 3 = pior

Atributos Marca A Marca B Marca C

Consumo 2 1 3

Desempenho 1 2 3

Beleza 3 1 2

Custo de Manutenção

1 3 2

Modernidade 3 2 1

44

Escala intervalar

� Os valores nas escalas intervalares envolvem classificação, grandeza e unidades de tamanho idêntico;

� A escala intervalar pode ser considerada como um caso particular das escalas métricas, em que é possível quantificar as distâncias entre as medições mas não existe um ponto nulo natural e uma unidade natural;

� A escala intervalar permite o posicionamento de valores em relação a um ponto arbitrário.

Tipos de escalas de medida das variáveis

45

Escala intervalarOs números classificam os objectos, tal que as distânciasentre os números correspondem às distâncias entre osobjectos, pessoas ou factos na característica que está a sermedida. Podem comparar-se as diferenças, mas não amagnitude (grandeza) absoluta das medições.

Tipos de escalas de medida das variáveis

Exemplo 1

Concordocompletamente

Concordoem parte

Não sei Discordoem parte

Discordocompletamente

5 4 3 2 1

Exemplo 2

MuitoInsatisfeito

Insatisfeito Indiferente Satisfeito MuitoSatisfeito

1 2 3 4 5

46

Exemplo 3 (Escala intervalar)

�Um exemplo clássico de uma grandeza medida numa escala intervalar é a escala Celsius de temperatura.

� Existe um ponto zero, arbitrariamente definido como sendo a intensidade exacta na qual a água começa a congelar, e uma unidade de medida (grau) definida como sendo um centésimo da diferença entre a intensidade a partir da qual a água congela (0°) e a intensidade a partir da qual a água ferve (100°).

Tipos de escalas de medida das variáveis

47

Escala proporcional ou de razão

� Nas escalas proporcionais ou de razão, em acrescento às intervalares, dispõe-se de um zero absoluto. Tal “ponto zero” (total ausência de uma característica ou propriedade) é difícil de fixar em psicologia ou em educação (Almeida & Freire: 2000, pp. 62-66);

� A escala de razão é a mais completa e sofisticada das escalas. É uma quantificação produzida a partir da identificação de um ponto zero que é fixo e absoluto.

Tipos de escalas de medida das variáveis

48

Escala proporcional ou de razão

� Uma unidade de medida é definida em termos da diferença entre o ponto zero e uma dada intensidade;

� Cada observação é aferida segundo a sua distância ao ponto zero, distância essa expressa na unidade de medida previamente definida;

� Nas escalas de razão, um valor "2" indica, efectivamente, uma quantidade duas vezes maior do que o valor "1", o que não acontece, necessariamente, nas outras escalas;

Tipos de escalas de medida das variáveis

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49

Escala proporcional ou de razão

� Nesta escala, além de ser possível quantificar asdiferenças entre as medições, também estão garantidascertas condições matemáticas vantajosas, como umponto de nulidade;

� É possível fazer diferenças e quocientes e,consequentemente, conversões entre medidasexpressas em unidades diferentes.

Tipos de escalas de medida das variáveis

50

Escalas de medida

Contexto: Atletismo

Tipos de escalas de medida das variáveis

Tipo de escala

Variável a ser medida Resultados da medição

ESCALANOMINAL

Identificação dos atletas na chegada(número do atleta)

7 20 15

ESCALAORDINAL

Ordem de classificação(na chegada)

3º 2º 1º

ESCALAINTERVALAR

Taxa de desempenho(numa escala de 0 a 10)

7,3 8,2 9,8

ESCALA deRAZÃO

Tempo gasto no percurso(em segundos)

58 50 48

51

Tipos de escalas de medida das variáveis

Actividade (Escala nominal)

1. Considere a questão: Qual é o software utilitário que mais gosta de utilizar? a) Processador de texto; b) Excel; c) Powerpoint; d) Publisher.

1.1. Qual é a variável em estudo?

1.2. Façam a recolha dos dados relativos às respostas dadas à questão pelos colegas da turma;

1.3. Organizem os dados numa tabela de frequência;

1.4. Verifiquem se a medição efectuada verifica as características de exaustividade e de exclusividade;

1.5. Quais são as conclusões a obter das respostas dadas à questão?

52

Tipos de escalas de medida das variáveis

Actividade (Escala ordinal)Manifeste a sua opinião relativamente à afirmação: “Os governos devem diminuir os vencimentos dos seus membros”, em termos de acordo ou de desacordo, considerando que: 1= Nada de acordo, 2=Pouco de acordo, 3=Indeciso, 4=De acordo, 5=Completamente de acordo.

1.1. Qual é a variável em estudo?

1.2. Façam a recolha dos dados relativos às respostas dadas à questão pelos colegas da turma;

1.3. Organizem os dados numa tabela de frequência;

1.4. Verifiquem se a medição efectuada verifica as características de exaustividade e de exclusividade;

1.5. Quais são as conclusões a obter das respostas dadas?

53

Actividade (Escala proporcional ou de razão)1. Considerem a distância, em quilómetros, entre Bragança e a localidade onde nasceram.

1.1. Qual é a variável em estudo?1.2. Façam a recolha dos dados relativos às distâncias de

Bragança ao local de origem de cada um dos presentes;

1.3. Representem os dados recolhidos numa tabela;1.4. Representem os dados recolhidos num gráfico;1.5. Quantos quilómetros percorreram hoje o conjunto dos

alunos, para estarem presentes nesta na aula?

1.6. Verifiquem se a medição efectuada satisfaz as características de exaustividade e de exclusividade;

1.7. Que conclusões se podem obter com a investigação?

Tipos de escalas de medida das variáveis

54

Pressupostos da investigação

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55

�Kuhn define "paradigma" como uma série de suposições, métodos e problemas típicos, que determinam para uma comunidade científica quais são as questões importantes e qual a melhor forma de lhes dar resposta;

�A vantagem de um paradigma é que ele concentra a pesquisa;

� Sem um paradigma, investigadores diferentes acumulam colecções diferentes de dados quase ao acaso e ficam todos ocupados demais em dar um sentido ao caos e derrotar as teorias concorrentes para progredir de forma consistente. (Thomas Samuel Kuhn July 18, 1922 – June 17, 1996, American intellectual who wroteextensively on the history of science)

Paradigmas de investigação

56

�O problema com os paradigmas é que eles tendem a tornar-se fechados e rígidos;

�Os cientistas que rejeitam os paradigmas aceites pela comunidade científica são frequentemente descartados como excêntricos;

�Embora a aceitação de um paradigma possibilite descobertas, todo paradigma constitui uma teoria bastante fechada, impossibilitando o seu desenvolvimento com teorias concorrentes.

(http://www.geocities.com/~esabio/paradigmas.htm, 10-10-07)

Paradigmas de investigação

57

Paradigma da investigação quantitativa

�É fundamentado no positivismo de Augusto Comte;

�Considera-se que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpretar objectivamente;

�Cada fenómeno deverá ter uma só interpretação objectiva;

�A investigação assume uma abordagem positivista/behaviorista.(http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf, 16-10-07)

Paradigmas de investigação

58

Tópicos associados ao paradigma da investigação quantitativa

�Questões de mensuração;

�Definições operacionais;

�Variáveis;

�Testes de hipóteses;

�Correlações;

�Generalizações.

Paradigmas de investigação

59

Paradigma da investigação qualitativa

�A investigação assume uma abordagem interpretativa;

�É fundamentado no idealismo de Kant e seus sucessores;

�Admite-se que há tantas interpretações da realidade quantos os investigadores que a procuram interpretar.

(http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf, 16-10-07)

Paradigmas de investigação

60

Tópicos associados ao paradigma da investigação qualitativa

�Descrições;

�Indução;

�Teoria fundamentada;

�Estudo de percepções pessoais;

�Os dados surgem mais sob a forma de palavras do que de números.

Paradigmas de investigação

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11

61

�Não se pode afirmar que uma metodologia de investigação é boa ou má pelo facto de se basear num ou no outro paradigma;

�A opção pelo paradigma de investigação quantitativa ou qualitativa depende do assunto a estudar;

�Não existem barreiras vincadas entre os dois paradigmas.

Paradigmas de investigação

62

�Lessard-Hébert et al. (1994) referem que se podem verificar duas posturas bastante diferentes:

- Uma que toma partido de uma distinção dicotómica;

- Outra que opta pela tese de um continuum entre o qualitativo e o quantitativo.

�Blaxter, Hughes & Tight (2005) salientam que os dois tipos de investigação, quantitativa e qualitativa, ambos são úteis e válidos e não se excluem mutuamente, sendo possível utilizar os dois paradigmas na mesma investigação.

�Eisner (1997) defende a existência de formas híbridas na mesma investigação.

Paradigmas de investigação

63

Palavras ChaveParadigma de investigação quantitativa

�Variáveis;

�Números;

�Exterior;

�Explicação;

�Objectividade.

Paradigmas de investigação

64

Paradigmas de investigação

Definição de classes na organização de dados

Na definição de classes devem-se tentar aplicar as seguintes regras:

� Determinar a amplitude de variação das observações (diferença entre o máximo e o mínimo);

� Usar classes de igual amplitude;

� Determinar o número de classes. Para uma amostra de tamanho n, um critério consiste em considerar o número de classes igual a k, sendo k o menor número tal que 2 k≥n.

65

Palavras Chave

Paradigma de investigação qualitativa

�Categorias;

�Palavras;

�Interior;

�Compreensão;

�Subjectividade.

Paradigmas de investigação

66

Actividade

No conjunto dos alunos da turma, considere as variáveis: “número de horas de estudo por semana”, “número de horas de lazer por semana”, “número de horas que viaja por semana”.

1. Construa um instrumento para recolher os dados relativos às três variáveis;

2. Faça a recolha dos dados;

3. Organize os dados em classes e construa uma tabela de frequência para cada uma das variáveis;

4. Determine a média, a moda e a mediana dos dados relativos a cada variável;

5. Apresente à turma as conclusões da investigação.

Paradigmas de investigação

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12

67

Actividade

No conjunto dos alunos da turma, considere as opiniões dos alunos relativamente às “vantagens” e às “devantagens” do consumo de alcool durante a queima das fitas.

1. Construa um instrumento de recolha de dados que permita identificar as opiniões dos alunos;

2. Faça a recolha dos dados;

3. Defina a unidade de análise e as categorias de resposta;4. Contrua uma tabela na qual constem as categorias e a

distribuição das unidades de análise pelas categorias;5. Apresente à turma as conclusões da investigação.

Paradigmas de investigação

68

Conceito de método

�A ciência caracteriza-se por uma permanente e sistemática procura da verdade;

�De um modo geral a verdade nunca é definitiva, depende muitas vezes da observação associada ao raciocínio;

�Essa procura de verdade faz-se através de procedimentos que ganharam forma e estrutura ao longo dos tempos;

�Esses procedimentos assumem a forma de métodos quando são claramente identificadas as principais etapas que os caracterizam.

Métodos científicos

69

Conceito de método

�As ciências são caracterizadas pela utilização de métodos científicos;

�Nem todos os ramos que utilizam métodos científicos podem ser considerados científicos;

�“O método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar o objectivo – conhecimentos válidos e verdadeiros - , traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”; (Marconi & Lakatos, 2003).

Métodos científicos

70

Etapas do método científico (adaptado de Bunge 1980, cit. Marconi & Lakatos, 2003)

� Definição e contextualização do problema;� Procura de meios e de conhecimento relevante relacionado

com o problema;� Tentativa de resolução do problema a partir dos meios e do

conhecimento identificado;

� Invenção e produção de novas ideias ou dados empíricos;

� Obtenção de uma solução do problema;

� Investigação das consequências da solução obtida;

� Confronto da solução obtida com as teorias existentes;

� Caso a solução não seja consistente, proceder à verificação e correcção das hipóteses, teorias ou dados utilizados.

Métodos científicos

71

Métodos científicos

� Método indutivo

� Método dedutivo

� Método hipotético-dedutivo

Métodos científicos

72

Método indutivo

� Indução é um processo mental através do qual, partindo depremissas particulares, suficientemente constatadas,infere-se uma verdade geral, não incluída nas premissasparticulares;

� A utilização deste método conduz a resultados comelevada probabilidade de serem verdade, mas nemsempre se tem completa segurança;

Métodos científicos

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73

�Principais etapas do método indutivo

� Observação dos fenómenos;

� Descoberta da relação entre eles;

� Generalização da relação entre os fenómenos.

�As inferências indutivas são justificadas por:

� Expectativas e crenças que existe uma regularidadenos fenómenos e, assim, o futuro será idêntico aopassado;

� A crença que o futuro é idêntico ao passado assentanas observações e registos do passado.

Métodos científicos

74

Método dedutivo

� Admitindo o todo como verdade deduz-se que aspartes também são verdade;

� A conclusão verdadeira garante a verdade daspremissas que lhe deram origem;

� Todo o argumento dedutivo reformula ou enuncia deforma explícita a informação já contida nas premissas,tendo como finalidade o propósito de explicar oconteúdo das premissas.

Métodos científicos

75

Método dedutivo

� No método dedutivo também chamado por Aristóteles de silogismo, o raciocínio dedutivo parte da dedução formal tal que, postas duas premissas, delas, por inferência, se obtém uma terceira, chamada conclusão.

� A dedução não oferece conhecimento novo, uma vez que é um caso particular da lei geral.

� A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de conhecimentos novos.

� A dedução tem como ponto de partida o pressuposto do inteligível, ou seja, da verdade geral, já estabelecida.

Métodos científicos

76

Método hipotético-dedutivo

� Caracterizado por: partir de um problema, ao qual seoferece uma espécie de solução provisória, uma teoriatentativa, passando-se depois a criticar a solução, comvista à eliminação do erro, repetindo-se este processocriando novas soluções e novos problemas.

� Consiste na construção de conjecturas, que devem sersubmetidas a testes, à crítica intersubjectiva, ao controlomútuo pela discussão crítica, à publicidade crítica e aoconfronto com os factos, para ver quais as hipóteses quesobrevivem, resistindo, portanto, às tentativas derefutação e falseamento.

Métodos científicos

77

Etapas do método hipotético-dedutivo (Popper)

� Definição do problema (surge, em geral, de conflitostendo em conta expectativas e teorias existentes;

� Proposta de uma solução (construção de umaconjectura ou dedução de consequências na forma deproposições que podem ser testadas;

� Testes de falseamento (tentativas de refutação dehipóteses, entre outras formas, pela observação eexperimentação).

Métodos científicos

78

Etapas do método hipotético-dedutivo (adaptado de Bunge 1980, citado por Marconi & Lakatos, 2003)

� Colocação do problema;

� Construção de um modelo teórico;

� Dedução de consequências particulares;

� Testes de hipóteses;

� Adição ou introdução das conclusões na teoria.

Métodos científicos

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14

79

Actividade

Seleccione um problema.

Escolha um dos métodos apresentados e saliente asprincipais etapas do método escolhido na resolução desseproblema.

Métodos científicos

80

Unidade, população e amostra

� Unidade estatística: elemento da populaçãoestudada;

� População: conjunto de unidades com característicascomuns (Reis et al, 1999: 19);

� A população refere-se a todos os casos ou situaçõesacerca dos quais o investigador quer fazer inferênciasou estimativas;

� Uma amostra é um subconjunto da população, usadopara obter informação acerca do todo.

Técnicas de recolha de dados

81

Amostragem, recenseamento e sondagem

� Amostragem é a obtenção de informação sobre partede uma população (Reis et al, 1999: 19);

� Recenseamento é uma recolha de dados, sobrecertas características da população, obtidadirectamente a partir do conjunto das unidades dapopulação;

� Sondagem é uma recolha de dados, sobre certascaracterísticas da população, obtida a partir de umaamostra.

Técnicas de recolha de dados

82

Parâmetro e estatística

� Estatística é um número que representacaracterísticas da amostra.

� Calcula-se o valor de uma estatística a partir devalores observados na amostra;

� Utiliza-se uma estatística para estimar umparâmetro, desconhecido, na população.

� Parâmetro é um número que representacaracterísticas da população.

� Este número, geralmente, é desconhecido;

� Um parâmetro desconhecido pode ser estimado apartir de uma estatística (ou estimador).

Técnicas de recolha de dados

83

Amostra

Características de uma amostra

� Tamanho de uma amostra é o número de unidades que a constituem;

� A característica mais importante de uma amostra é a sua representatividade, ou seja, o seu grau de similaridade com a população em estudo;

� Considera-se que a dimensão mínima de uma amostra deve ser de 30 unidades estatísticas.

� O tamanho da amostra depende:

� Do grau de confiança que se pretende para os resultados;

� Do grau de pormenor desejado na análise;

� Dos recursos e do tempo disponíveis.84

Modelos de amostras

� As amostras podem ser:

� Probabilísticas;

� Não probabilísticas.

� Uma amostra diz-se probabilística quando as unidadesque a constituem tiveram a mesma probabilidade deserem seleccionadas na população, e considera-seamostra não probabilística nas outras situações.

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85

Modelos de amostras

Amostras probabilísticas

As amostras probabilísticas podem ser:

� Aleatórias simples;

� Aleatórias sistemáticas;

� Aleatórias estratificadas;

� Agregados.

86

Amostras

Amostras probabilísticas

Aleatórias simples

As unidades são seleccionadas, uma a uma ao acaso, a partir de um conjunto.

Aleatórias sistemáticas

Selecciona-se uma única unidade ao acaso, as outras são extraídas com intervalos fixos.

Aleatórias estratificadas

As unidades são seleccionadas ao acaso, no seio de subgrupos homogéneos.

Agregados ou cachos

É constituída por subgrupos homogéneos seleccionados ao acaso. Seleccionam-se grupos.

87

Amostras

Amostras não probabilísticas

As amostras não probabilísticas podem ser:� Voluntárias;� Intencionais (por acerto);� Acidentais (ao acaso);� Por quotas.

88

Amostras

Amostras não probabilísticas

Voluntárias ou por conveniência

Constituídas por unidades que se disponibilizam voluntariamente para integrar a amostra. Neste método selecciona-se a amostra em função da disponibilidade e acessibilidade dos elementos da população.

Intencionais (por acerto)

Constituídas a partir das intenções ou necessidades do investigador para estudar uma situação particular, baseiam-se em opiniões de uma ou mais pessoas que conhecem características específicas que se pretendem analisar da população em estudo.

89

Amostras

Amostras não probabilísticasAcidentais (ao acaso)

As unidades são seleccionadas respeitando a ordem comque aparecem. O método consiste em seleccionarinicialmente os inquiridos de modo aleatório e, emseguida, escolher unidades adicionais a partir dainformação obtida dos primeiros.

Por quotas

A característica principal de uma amostra por quotas é a necessidade de se qualificar o respondente "a priori";

Têm a vantagem da economia de tempo e de dinheiro;

São estratificadas com a locação (não aleatória) proporcional ao número de sujeitos de cada estrato.

90

Amostras

Actividade1. Justificando, convenientemente, proponha para cada

alínea um problema que possa ser resolvido a partir deum estudo experimental, no qual possa utilizar umaamostra probabilística do tipo:

1.1. Aleatória simples;

1. 2. Aleatória sistemática;

1.3. Aleatória estratificada;

1.4. Agregado.

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91

Amostras

ActividadeJustificando, convenientemente, proponha para cadaalínea um problema que possa ser resolvido a partir de umestudo experimental, no qual possa utilizar uma amostranão probabilística do tipo:

1.1. Voluntária;

1.2. Intencional (por acerto);1.3. Acidental (ao acaso);1.4. Por quotas.

92

Técnicas de recolha de dados (Lessard-Hébert, & Boutin, 1990: 145-146)

A) Inquérito

�Entrevista (oral)

�Questionário (escrito)

B) Observação

�Observação directa e sistemática (observador exterior)

�Observação participante (observador conhecido ou oculto)

C) Análise documental

Técnicas de recolha de dados

93

A) Inquérito

� Inquérito por entrevista (oral)

� Estruturada (protocolo fixo)

� Livre (sobre um tema geral)

� Centrada num tema específico (lista - controlo)

� Informal e contínua

� Painel, entrevistas repetidas (mudanças de atitudes, de influências)

� Em profundidade indirecta (significado das respostas)

Técnicas de recolha de dados

94

A) Inquérito

� Inquérito por questionário (escrito)

� Questões

� Fechadas (opções reduzidas de resposta);

� Abertas (liberdade nas respostas, quer no conteúdo quer na forma);

� Pré - formatadas (compromisso entre questões fechadas e questões abertas).

Técnicas de recolha de dados

95

Etapas para a construção de um questionário

� Contextualização e justificação;

� Definição dos objectivos;

� Redacção das questões ou afirmações associadas a cada objectivo;

� Definição do formato e das opções de resposta;

� Construção de versões provisórias e respectivas validações e revisões;

� Construção da versão final.

Técnicas de recolha de dados

96

B) Observação

�Observação directa e sistemática (observador exterior)

�Definição dos objectos a observar

�Amostragem representativa;

�Contagem;

�Selecção de dados;

�Monografias ou etnografias;

�Sistematização (notas, categorias, escalas).

Técnicas de recolha de dados

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17

97

B) Observação

�Observação participante (observador conhecido ou oculto)

�Factos tais como são para os sujeitos observados;

�Fenómenos latentes (que escapam ao sujeito observado, mas não ao observador);

�Relação face a face prolongada (ver, escutar, partilhar;

�Observador simultaneamente distante e interveniente.

Técnicas de recolha de dados

98

C) Análise documental

�Fontes podem ser privadas ou oficiais (arquivos, relatórios e estatísticas);

�Tipos de informação

� Factos, atributos, comportamentos e tendências.

�Opções técnicas

�Análise qualitativa de conteúdo;

�Análise quantitativa de conteúdo.

Técnicas de recolha de dados

99

Técnicas de recolha de dados

Actividade (Instrumentos de recolha de dados)

1. Proponha um problema acerca do qual vai obter dados através de um questionário e de uma entrevista.

1.1. Refira os objectivos do problema;

1.2. Faça um quadro no qual constem os objectivos e a técnica de recolha de dados para poder verificar a sua concretização;

1.3. Construa o respectivo questionário;

1.4. Construa o guião da respectiva entrevista.

100

Tratamento de dados

Dados

�Os dados são o resultado final dos processos de observação e experimentação (Vairinhos, 1996: 21);

�Da interpretação de dados deve resultar um resumo que pode ser: verbal, numérico ou gráfico para descrever as suas principais características;

� O método mais apropriado para tratar dados depende da natureza dos dados;

� Os dois tipos fundamentais de dados são:

� Dados qualitativos;

� Dados quantitativos.

101

Dados qualitativos

� Os dados qualitativos (ou categóricos) podem ser:

� Nominais, por exemplo o sexo: masculino, feminino;

� Ordinais, por exemplo o desempenho: baixo, médio, alto.

Tratamento de dados

102

Apresentação numérica de dados qualitativos

� Para sumariar dados qualitativos numericamente, utilizam-se, entre outras, as formas:

� Contagens;

� Proporções;

� Percentagens;

� Taxas por 1000, taxas por 1 000 000.

Tratamento de dados

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18

103

Dados quantitativos

� Os dados quantitativos representam informação resultante de características susceptíveis de serem medidas, apresentando-se com diferentes intensidades, que podem ser de natureza discreta (descontínua) ou contínua.

� Os dados quantitativos podem ser:

� Dados discretos;

� Dados contínuos.

Tratamento de dados

104

Dados quantitativos

� Dados discretos (exemplos): - contagens, número dealunos de uma escola; número de ataques de asma noano passado ou, o número de irmãos de 10 alunos deuma determinada turma, cujos valores são: 3, 4, 1, 1, 3, 1,0, 2, 1, 2.

� Dados contínuos (exemplos): medidas numa escalacontínua, tais como volume, área, peso, massa ou asalturas de um grupo de 10 alunos representadas, emmetros, por: 1,53; 1,57; 1,61; 1,60; 1,58; 1,55; 1,62; 1,56;1,52; 1,59.

Tratamento de dados

105

Dados quantitativos e dados qualitativos

� A distinção do tipo de dados, para uma variável, pode admitir diferentes interpretações;

� A variável “idade” das pessoas pode assumir dados do tipo:

� Quantitativo contínuo, a variável pode assumir todos os números reais de um intervalo;

� Quantitativo discreto, basta considerar a idade como o número de anos completos e apenas assume valores inteiros;

� Qualitativo, classificando as pessoas, em “crianças”, “jovens”, “pessoas de meia idade” e “idosos”.

Tratamento de dados

106

Organização de dados

� A utilidade dos dados estatísticos depende, muitasvezes, da forma como são organizados eapresentados.

� A apresentação dos dados faz-se, muitas vezes,através de:

� Quadros;

�Tabelas;

� Gráficos;

� Distribuições de frequência.

Tratamento de dados

107

Quadros, tabelas e gráficos

� Os quadros, as tabelas e os gráficos devem apresentar sempre três partes:

� Cabeçalho

No cabeçalho deve ser dada informação sobre os dados;

� Corpo

No corpo representam-se os dados;

� Rodapé

No rodapé deve ser indicada a fonte dos dados e observações pertinentes.

Tratamento de dados

108

Tipos de gráficos

� Dos vários tipos de gráficos destacamos:

� Gráfico de linhas;

� Gráfico de barras;

� Gráfico de sectores;

� Pictogramas.

� Os gráficos podem ser construídos a partir de diversos programas informáticos ou estatísticos, dos quais destacamos a folha de cálculo Excel e o SPSS.

Tratamento de dados

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109

Frequência absoluta e frequência relativa

� Frequência absoluta de um valor da variável é onúmero de vezes que esse valor ocorre na amostra ouna população;

� Frequência relativa de um valor da variável é oquociente entre a frequência absoluta desse valor e onúmero total de ocorrências de todos os valores davariável na amostra ou na população.

Tratamento de dados

110

Distribuição de frequências (exemplos) 1. Consideremos os dados de 20 alunos de uma turma

relativos às variáveis “avaliação final” e “altura”.� Avaliação final: R-A-A-A-A-A-R-A-A-A-R-A-A-A-A-R-R-A-A-

A, sendo A-aprovado, R- reprovado� Altura: 150 -165 -140 -155 -145 -165 -146-157-149-154-

154-164-154-165-155-148-163-154-144-150 (cm)

Apresente numa tabela a distribuição de frequências de cada uma das variáveis:

1.1. Avaliação final;1.2. Altura.

Tratamento de dados

111

Distribuição de frequências (avaliação final)

� Exemplo: Turma de 20 alunos

� A variável “Avaliação final” pode assumir os valores: “Aprovado (A)” e “Reprovado (R)”.

� Assim temos a variável qualitativa “Avaliação final” que assume dois valores A e R, expressos numa escala nominal.

� Recolhendo os dados obtiveram-se as seguintes observações:R-A-A-A-A-A-R-A-A-A-R-A-A-A-A-R-R-A-A-A.

Tratamento de dados

112

Valor Frequência absoluta

Frequência relativa

A 15

R 5

Total 20 1

Distribuição de frequências (avaliação final)

20

5

20

15

Tratamento de dados

113

Distribuição de frequências (variável altura)

Variável: altura

� Considerando a altura, expressa em centímetros, podemos admitir que esta variável é quantitativa, os dados são quantitativos do tipo contínuo, que assume valores numa escala intervalar.

� Os dados obtidos são os seguintes: 150-165-140-155-145-165-146-157-149-154-154-164-154-165-155-148-163-154-144-150.

Tratamento de dados

114

Distribuição de frequências

Variável: altura

Na definição de classes deve-se tentar conseguir aplicar as seguintes regras:

a) Determinar a amplitude de variação (diferença entre os extremos das observações (máximo e mínimo));

b) Determinar o número de classes. Para uma amostra de tamanho n, um critério consiste em considerar o número de classes igual a k, sendo k o menor número natural tal que 2k≥n;

c) Usar classes de igual amplitude.

Tratamento de dados

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20

115

Variável: altura

Atendendo ao critério estudado para a definição de classes:

� A amplitude de variação é 25 (165-140);

� O número de classes é 5, pois 5 é o menor número natural, tal que 25 ≥20;

� A amplitude de cada classe é 5 (25/5).

� Os intervalos correspondentes às cinco classes são:

[140, 145[, [145, 150[, [150, 155[, [155, 160[, [160, 165].

Tratamento de dados

116

Variável: altura

Agrupando os dados em classes, obtemos:

Classes Observações

[140, 145[

[145, 150[

[150, 155[ [155, 160[

[160, 165]

140, 144

145, 146, 148, 149

150, 150, 154, 154, 154, 154 155, 155, 157

163,164, 165, 165, 165

Tratamento de dados

117

Figura 1: D istribuição de f requência da variável “altura”

Classes Frequência absoluta

Frequência ab soluta

acumulada

Frequ ência relativa

Frequência relativa

acumulada

[140, 145[ 2 2 20

2

20

2

[145, 150[ 4 6 20

4

20

6

[150, 155[ 6 12 20

6

20

12

[155, 160[ 3 15 20

3

20

15

[160, 165] 5 20 20

5

20

20

Total 20 1

Tratamento de dados

118

Actividade

Identificaram-se as idades de 20 alunos de uma turma. Os dados obtidos, em anos completos, foram os seguintes: 14-14-13-13-15-15-16-17-14-14-14-14-14-15-15-15-15-14-14-15.

a) Qual o tipo de dados que assume a variável idade;

b) Como classifica a variável idade relativamente ao tipo de dados que assume;

c) Construa uma tabela de distribuição de frequência, na qual constem: os valores da variável (idade) e as respectivas frequências absolutas, frequências relativas, frequências absolutas acumuladas e frequências relativas acumuladas.

Actividades

119

ActividadeIdentifique o número dos “sapatos” de cada um dos mestrandos que está na sala.a) Qual o tipo de dados que assume a variável “número dos

sapatos”;b) Construa: um quadro no qual figurem as classes e

respectivas observações;c) Construa uma tabela de distribuição de frequência, na qual

constem: a identificação das classes e as respectivas frequências absolutas, frequências relativas, frequências absolutas acumuladas e frequências relativas acumuladas;

d) Construa um gráfico no qual constem as classes e respectivas frequências absolutas.

e) Determine a média, a moda e a mediana do conjunto constituido pelos números dos sapatos;

f) Comente a utilidade dos indicadores obtidos na alínea anterior

Actividades

120

Um trabalho científico pode ser organizado, de acordo com:

� Início (capa, índice, resumo, sumário,…);

� Introdução;

� Contextualização (Problema, objectivos, questões de investigação;

� Revisão bibliográfica e enquadramento teórico;

� Metodologia;

� Apresentação, tratamento de dados e interpretação dos resultados;

� Conclusões, recomendações e sugestões;

� Bibliografia;

� Anexos.

Redacção de um trabalho científico

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21

121

Relatório de investigação

Um relatório de investigação, compreende as seguintes partes (adaptado de Marconi & Lakatos, 2003: 228-230):

1. Apresentação

� Capa (autor, entidade, título, coordenador, local, data)

� Página de rosto (entidade, título, autor, coordenador, equipa técnica, local e data)

2. Sinopse (Abstract)(resumo do conteúdo do relatório, no máximo uma página)

3. Sumário (Relação das partes, capítulos, itens e subitens do trabalho).

Relatório de investigação

122

4. Introdução

� Objectivo (tema, delimitação do tema, objectivos gerais, objectivos específicos)

� Importância do estudo (razões que o justificam)

� Objecto do estudo (problema, hipótese principal, hipóteses secundárias, variáveis)

5. Revisão Bibliográfica

6. Enquadramento teórico

� Teoria base;

� Definição de termos.

Relatório de investigação

123

7. Metodologia� Natureza da investigação (qualitativa, quantitativa,

outra);� Procedimentos (bibliográfica, documental,

experimental, outros);� Técnicas de recolha de dados (Inquérito, observação,

análise documental);� Delimitação do universo;� Tipo de amostra.

8. Apresentação e tratamento de dados (demonstrar a evidência dos resultados obtidos com a pesquisa, todos os dados pertinentes conducentes a conclusões, bem como os dados que produzem resultados inconclusivos)

Relatório de investigação

124

9. Interpretação dos resultados

(é a parte mais importante do relatório, transcrevem-se os resultados sob a forma de evidências para a confirmação ou rejeição das hipóteses, ou para a impossibilidade de assumir uma posição, justifica-se como as provas obtidas mantêm a sustentabilidade da teoria, determinam a sua limitação ou rejeição).

10. Conclusões

(devem evidenciar as novidades alcançadas, indicar as limitações detectadas, apontar relações entre factos e teorias e uma síntese acerca da forma como argumentos, conceitos, factos, hipóteses, modelos e teorias se complementam).

Relatório de investigação

125

11. Recomendações e sugestões(indicações, de ordem prática, de intervenções na natureza ou na

sociedade, tendo em conta os resultados da pesquisa, as sugestões podem contribuir para o desenvolvimento da ciência abrindo novos problemas de investigação que tiveram origem no desenvolvimento desta, mas que não foram investigados).

12. Bibliografia(Inclui todas as obras utilizadas quer no projecto de pesquisa quer na execução e redacção do relatório).

13. Apêndices (material trabalhado pelo investigador, tabelas, quadros, gráficos, ilustrações diversas, instrumentos de recolha de dados, que não figurem na redacção do relatório);

14. Anexos(elementos esclarecedores de autorias diversas, devem ser limitados

e incluir apenas os estritamente necessários).

Relatório de investigação

126

Um dos problemas actuais dos jovens é a incertezarelativamente ao futuro profissional, nomeadamente saber qualvai ser o seu vencimento e a que distância do local onderesidem podem trabalhar. Admitindo que cada aluno da turmasabe o que deseja relativamente ao “vencimento” e à“distância”:

1. Construa um instrumento de recolha de dados relativos às duas variáveis;

2. Faça a recolha dos dados e organize-os;3. Construa uma estrutura para a apresentação do trabalho

de investigação que envolva as variáveis referidas;

4. Apresente à turma a estrutura e as conclusões da investigação.

Actividades de investigação

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Um dos problemas actuais dos jovens é a dificuldade em conseguirem emprego. Investigue as razões com que os alunos da turma justificam as dificuldades em conseguir emprego, tendo em conta as seguintes etapas:

1. Construa um instrumento de recolha de dados;

2. Faça a recolha dos dados;3. Defina a unidade de análise e as respectivas categorias;

4. Organize os dados obtidos, tendo em conta as categotrias que definiu.

5. Construa uma estrutura para a apresentação do trabalho de investigação;

6. Apresente à turma a estrutura e as conclusões da investigação.

Actividades de investigação