paciente com dor - maria del pillar
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O paciente com câncer está com Dor: como resolver isso?
Dra. Maria Del Pilar Estevez DizInstituto do Câncer do Estado de São Paulo ICESP
Faculdade de Medicina da Universidade de São PauloHospital Sírio Libanês
Declaração sobre conflito de interesses
De acordo com a resolução 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e a RDC 96/2008 da ANVISA, declaro que:
Participo de estudos patrocinados como médico investigador (AZ, Roche).
Presto consultoria e sou membro de advisory boards (Roche, AZ, Mundipharma)
Quem tem dor?
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo, exceto pele não melanoma
Distribuição dos tipos de câncer e dor
• Números arredondados para múltiplos de 10www.inca.gov.brSeeber et al 1982
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo, exceto pele não melanoma
Distribuição dos tipos de câncer e dor
72%
70%
78%
87%
74%
72%73%
72%
• Números arredondados para múltiplos de 10www.inca.gov.brSeeber et al 1982
Quando ela ocorre?Em que momento da doença?
Dor e câncer
0102030405060708090
leve moderada/severa
diagnósticodoença avançada
Doença avançada: 65-75% metástases ósseasSobrevida mediana de 48 meses25% sobrevida 5 anos81% dor multifocal15-20% dor decorrente do tratamento
Ventafridda et al, 1987Deandrea et al, 2008
Prevalência
•Doença avançada ou terminal64%
(58-69)•Em tratamento59%
(44-73)
•Curados 33%(21-46)
Meta análise, 52 estudos, 40 anosEverdingen et al. Annals of Oncology 2007
Fainsinger, R. L. et al. J Clin Oncol; 27:585-590 2009
O tempo para o controle da dor depende da intensidade
Dificuldades e barreiras
Ogboli-Nwasor et al.J Pain Res. 2013;6:71-77
Limitações ao tratamento adequado da dor em pacientes com câncer
Ogboli-Nwasor et al.J Pain Res. 2013;6:71-77
Limitações ao tratamento adequado da dor em pacientes com câncer
Pouco conhecimento
Avaliação da dor
Caracterize a fisiopatologia
Determine a intensidade
Determine o impacto na funcionalidade
Identifique os fatores que podem influenciar na resposta à analgesia
Woof et al. Lancet 1999Woof et al. Anesthesiology 2001
Dor severa (> 7)Opioide forte* (morfina, fentanil)
Dor moderada (4-6)Opioide fraco ou opioide forte em baixa dose*(codeína, tramadol)
Dor leve (1-3)Anti inflamatório não esteroide* (paracetamol) *+ medicação
adjuvante e analgésico não opióide
WHO, 1996
Escada analgésica da OMS para o tratamento da dor relacionada ao câncer
Consumo de opióides (mg/capita equivalente a morfina sem metadona) no mundo - 1980 a 2010
Cleary J et al. Ann Oncol 2013;24:xi41-xi50
Consumo de opióides (mg/capita equivalente a morfina sem metadona) para países da América Latina e Caribe
Cleary J et al. Ann Oncol 2013;24:xi41-xi50
Barreiras regulatórias na América Latina e Caribe
Cleary J et al. Ann Oncol 2013;24:xi41-xi50
Em resumo…
Alta frequênciaElevado sofrimentoPouco conhecimentoPreconceitoBarreiras regulatóriasCustos elevados
• Educação médica• Educação dos pacientes
e familiares• Racionalizar a
regulamentação• Redução dos custos• Padronização de
condutas
• A dor faz parte da rotina diária de grande parte dos pacientes com câncer, inclusive curados
• O tratamento da dor tem papel central no tratamento de suporte
• Os opioides são drogas essenciais no tratamento da dor relacionada ao câncer
• Devem ser instituídos protocolos claros de tratamento da dor, de forma a otimizar os resultados
• A regulamentação é necessária, mas não deve constuir uma barreira para o tramento
Conclusões
• O modelo de tratamento de câncer não deve estar baseado no antagonismo entre cura e conforto, mas no sinergismo destes dois resultados
Conclusões
Obrigada!